Projeto de Capacitação em Produção Artesanal Nova Lima 2009
PROJETO CATÁLOGO MINAS RAÍZES Capacitação em Produção Artesanal – Nova Lima 2009 Coordenação
Igor Goulart Toscano Rios Organização Editorial
Daniela Menezes Martins Acompanhamento Técnico
Breno Pessoa dos Santos Direção de Arte
Daniela Menezes Martins Luiza Soares Otoni Vivian Bernardes de Souza Design Gráfico
Luiza Soares Otoni Vivian Bernardes de Souza Tratamento de Imagem
Fabiano Lana Fernando Henrique Moraes Borges Vivian Bernardes de Souza Fotografia
Reitora
Daniela Menezes Martins Fernando Henrique Moraes Borges Jandyr Gonçalves Cruz Matos Roberto Silva Pereira Junior
Janete Gomes Barreto Paiva
Revisão de Texto
Vice-Reitor
Igor Goulart Toscano Rios
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Dijon de Moraes Júnior Chefe de Gabinete
Ivan Arruda Pró-Reitor de Planejamento, Gestão e Finanças
Antônio Dianese Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
Magda Lúcia Chamon Pró-Reitora de Ensino e Extensão
Neide Wood Almeida
PROJETO EXPOSIÇÃO MINAS RAÍZES Capacitação em Produção Artesanal – Nova Lima 2009 Realização
Projeto Minas Raízes da Escola de Design Secretaria Municipal de Cultura de Nova Lima Curadoria
Daniela Menezes Martins Igor Goulart Toscano Rios Produção Executiva
ESCOLA DE DESIGN
Daniela Menezes Martins
Diretor
Design Museográfico
Roberto Werneck Resende Alves Vice-Diretora
Jacqueline Ávila Ribeiro Mota Coordenadora do Centro de Extensão
Gisele Hissa Safar Coordenadora do Centro da Imagem
Rosemary Portugal Gonçalves de Souza Coordenadora do Núcleo de Design e Responsabilidade Social
Maria Flávia Vanucci de Moraes Coordenadora do Curso de Design Gráfico
Mariana Misk Moisés Coordenador do Curso de Design de Produto
Marcelo Amianti
Bárbara Dias Lage Daniel Parreira Design Gráfico
Luiza Soares Otoni Vivian Bernardes de Souza Fotografia
Fernando Henrique Moraes Borges Jandyr Gonçalves Cruz Matos Roberto Silva Pereira Junior Montagem
Adriana Oliveira Costa Alexandre Demétrio Fernandes Fernando Henrique Moraes Borges Lucas Grassi de Freitas
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Cora Coralina
ÍNDICE CAPÍTULO III ARTESÃOS
40 Alexandre Demétrio 42 Antônio Januário 44 Bruno Oliveira 46 Claudia Cleto 48 Dirce Liberato 50 Eliane Aleixo 52 Gercy Maria do Pilar 54 Glória Faria 56 Jandyr Matos 58 Joceli Dias 60 Jorge da Cruz 62 Luiza Bicalho 64 Adriana Costa
CAPÍTULO I INSTITUCIONAL
Proext Cultura e Projeto Minas Raízes 10 Responsabilidade social universitária 11 Extensão universitária na Escola de Design 12
13 Cultura e artesanato em Nova Lima 14 Capacitando artesãos e multiplicadores 15 Design e responsabilidade social
CAPÍTULO II CAPACITAÇÃO
18 Design e artesanato: a experiência em Nova Lima 22 Recursos naturais 24 Cultura: matéria-prima para o artesanato 26 Fauna e flora 28 Artesanato, cultura e design: o alinhavar das áreas 30 Arquitetura e patrimônio histórico 32 Palavra e artesanato: narrativas possíveis 34 Manifestações culturais populares 36 Encontro entre a arte e o artesanato
66 Malu Giacomelli 68 Márcia Silveira 70 Maria José Couto 72 Maria José Valle 74 Maria Lia da Conceição 76 Maria Luiza Aramuni 78 Marisa Cunha 80 Marise Goretti 82 Regina Zanforlin 84 Rosangela Guimarães 86 Sandra Lopes 88 Sonia Piancastelli 90 Teresinha Evangelista
INSTITUCIONAL
Proext Cultura e Projeto Minas Raízes
Responsabilidade social universitária
Luciano Onça Coordenador do Proext Cultura
Roberto Werneck Resende Alves Diretor da Escola de Design da UEMG
O Proext Cultura é o programa do Ministério da Cultura que incentiva a produção de cultura realizada no âmbito da extensão universitária. A extensão universitária é hoje um espaço privilegiado para a produção cultural, uma vez que permite o diálogo e a integração do conhecimento tradicional e do saber acadêmico em projetos que valorizam a cultura local e a produção artística.
Um dos maiores desafios que se coloca à frente dos governantes atualmente é a tomada de decisões que visem à construção de uma economia mundial capaz de reduzir as desigualdades sócio-econômicas.
O fomento à economia da cultura é uma das principais linhas do programa. O Proext Cultura apoiou nas edições de 2007 e 2008 um total de 146 projetos de extensão da área da cultura. Destes, 46 são da linha de economia da cultura.
Entende-se que as universidades podem desempenhar a função de incentivadoras da cadeia de produção cultural, disponibilizando seus conhecimentos para a qualificação do processo produtivo. O Proext Cultura incentiva ações de extensão no campo da economia da cultura relacionadas à formação de profissionais e artistas, ao incentivo a produção cultural, à democratização do acesso aos bens culturais, ao apoio na inserção no mercado, ao fortalecimento da cultura tradicional, entre outras. O Projeto Minas Raízes foi apoiado pelo edital de 2008 do Proext Cultura e se consolidou como uma das experiências que servem de referência para o programa. As ações do projeto fortalecem a produção artesanal tradicional, incorporando a ela novos conhecimentos e oferecendo a perspectiva de sustentabilidade econômica aos artesãos participantes. Este e outros projetos fazem da Escola de Design da UEMG um fator importante de desenvolvimento regional que valoriza a cultura local. O Proext Cultura tem a satisfação de fazer parte da história do Projeto Minas Raízes, pois o projeto representa a certeza de que os objetivos do programa foram atingidos.
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As universidades públicas brasileiras são instituições criadas para atender às necessidades do país. Em toda a sua existência sempre estiveram associadas ao desenvolvimento econômico, social, cultural e político da nação, constituindo-se em espaços privilegiados para a produção e acumulação do conhecimento e a formação de profissionais cidadãos. A responsabilidade social universitária diz respeito aos deveres que a universidade tem com a sociedade que a financia, referindo-se principalmente à procura de soluções para os principais problemas sociais, à necessidade de uma melhor distribuição de renda e à criação de mecanismos de promoção social de setores historicamente marginalizados. Ela se traduz ainda na forma como uma instituição conduz suas atividades de maneira que se torne co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade. Quando realmente aplicada, permeia a pesquisa científica, a gestão responsável e também a extensão, sendo muito mais que pura filantropia.
A demanda por esta reflexão acadêmica sobre si mesma, no contexto de seu entorno social, se tornou essencial. A universidade deve incorporar na sua agenda a ética do desenvolvimento, pesquisas sobre temas da pobreza e da desigualdade social que se encontram o cerne da vida, reflexões e vivências de experiências de solidariedade e voluntariado com a comunidade, transformar a prática cotidiana acadêmica em princípios e bons hábitos comuns que transmitam valores às pessoas. Nesse sentido, a Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais vem desenvolvendo diferentes atividades de forma integrada voltadas para a sustentabilidade social, econômica, cultural e ambiental do nosso estado. O Projeto Minas Raízes acredita nesta nova perspectiva, professores e alunos que agem num cenário universitário marcado por múltiplas revoluções, diversos caminhos sem rumos certos, sem as grandes metanarrativas que orientavam os “antigos” projetos utópicos revolucionários, mas com o mesmo espírito humanista que os norteava.
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Extensão universitária na Escola de Design
Design e responsabilidade social
Giselle Hissa Safar Coordenadora do Centro de Extensão
Maria Flávia Moraes Vanucci Coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social
A Universidade do Estado de Minas Gerais acredita no ensino, na pesquisa e na extensão como instrumentos eficazes de desenvolvimento regional. Em termos gerais, a extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. Particularmente, o Centro de Extensão da Escola de Design é o responsável pela relação dialógica da escola com a comunidade nos diversos níveis de interação, seja na difusão do design, no repasse de conhecimentos técnicos e tecnológicos, seja como articulador de trabalhos sociais e projetos de difusão cultural. Sua política, dirigida a uma relação de reciprocidade com o meio circundante, envolve o estabelecimento de parcerias e cooperação na área de competência do design.
É comum no Brasil, um país com inúmeras desigualdades, diferenças e contradições, a sustentação da idéia de que é responsabilidade do estado, de forma exclusiva, todos os esforços para atender as demandas da sociedade, em especial daqueles grupos menos favorecidos e sob risco social.
A criação e implantação, em 2008, do Núcleo de Design e Responsabilidade Social consolidou a vocação, já apresentada pela Escola de Design, para o desenvolvimento de atividades nas quais o design pudesse contribuir significativamente para a melhoria social de comunidades. O Núcleo de Design, portanto, tem como objetivo intensificar a promoção de ações, programas e projetos, entre a escola e a sociedade, que contribuam para a formação de profissionais cidadãos, capazes de gerar soluções inovadoras de design para elevação da qualidade de vida e redução das desigualdades sociais. Nesse sentido, o Projeto Minas Raízes se identifica e consolida as ações do Núcleo de Design e Responsabilidade Social e o faz de uma maneira não invasiva, com compartilhamento de saberes e comunhão de intenções criando uma integração harmoniosa entre a Escola de Design e o setor produtivo de base artesanal, atendendo às demandas regionais, e vislumbrando possíveis novas áreas de atuação, contextualizadas ao perfil político, econômico, cultural e social do Estado de Minas Gerais.
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Embora esse raciocínio possua alguma legitimidade, é notório que o Estado não tem conseguido suprir toda a demanda e os problemas, especialmente de ordem social, têm se agravado. Em função disso, uma série de ações de caráter social tem sido realizada pelo setor empresarial e pela sociedade civil – compondo o chamado terceiro setor. Nesse contexto, faz-se urgente que as universidades se antecipem à demanda por uma nova postura tanto com relação à formação educacional de seus alunos quanto ao seu próprio papel na sociedade atual, de maneira a contribuir para o desenvolvimento de uma economia global mais sustentável e inclusiva.
A Escola de Design, por meio da criação do Núcleo de Design e Responsabilidade Social, tem buscado desenvolver ações, programas e projetos capazes de gerar soluções inovadoras para elevação da qualidade de vida e redução das desigualdades sociais através do design. São em sua maioria, projetos que envolvem a interação dos alunos com a comunidade externa, em que os alunos praticam atividades inerentes a sua profissão, tendo contato com realidades sociais diferentes, desenvolvendo também sua consciência crítica e responsabilidade social. Esta interação estabelece uma troca de saberes acadêmico e popular, que tem como conseqüência a produção e democratização do conhecimento. O Projeto Minas Raízes é um exemplo de sucesso dessa relação, em que todos saem ganhando: comunidade de artesãos, alunos, Escola de Design e Nova Lima. É com satisfação que, na qualidade de Coordenadora do Núcleo de Design e Responsabilidade Social da Escola de Design, vejo nascerem os frutos desse projeto.
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Cultura e artesanato em Nova Lima
Capacitando artesãos e multiplicadores
Leci Alves Campos Secretário Municipal de Cultura de Nova Lima
Maria de Lourdes Giacomelli Presidente da Associação dos Artesãos de Nova Lima
Nova Lima está localizada a cerca de 20 km de Belo Horizonte e, apesar de estar na região metropolitana, preserva muitas das suas tradições, talvez pelo fato de estar protegida por serras e matas que, além de proporcionar um clima diferenciado em relação à capital, poeticamente, a isolam de todo burburinho e confusão característico da grande metrópole, sua vizinha. Esse isolamento tem permitido que nossa cidade preserve também sua característica interiorana e todas as manifestações folclóricas e culturais, muitas vezes só encontradas em localidades muito distantes, no interior do estado. Nova Lima recebeu pessoas de muitos pontos do Brasil e do mundo, entre eles ingleses, italianos e espanhóis. Todas essas pessoas influenciaram a cultura novalimense e também se deixaram encantadoramente influenciar.
O município possui um rico patrimônio material com muitos prédios repletos de histórias e lendas, um patrimônio imaterial com festas religiosas e profanas, uma gastronomia que possui a tradicional queca (bolo inglês), um artesanato bem variado, além de um riquíssimo patrimônio natural. No final da década de 1990, Nova Lima inaugurou a Escola Casa Aristides, a primeira escola de reciclagem da América Latina. O projeto inicial sofreu transformações e hoje funciona como Escola de Artes e Ofícios. Com uma média de 800 alunos por ano, a escola oferece em três turnos cursos de desenho, cerâmica, pintura, história em quadrinhos, bordado, reciclagem e outros. Neste ano de 2009, o artesão de Nova Lima buscou a excelência na sua arte. A participação no Projeto Minas Raízes da Escola de Design foi ícone para esta evolução. O artesanato agora é visto com outros olhos, com outra percepção. Este curso fortalecerá a impressão do artesanato de Nova Lima na sua cultura, tão rica e peculiar.
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Quando assumi a presidência da Associação dos Artesãos de Nova Lima, uma de nossas metas era a capacitação dos artesãos. Capacitar-se significa tornarse capaz de executar uma tarefa ou empreendimento com conhecimentos suficientes para levá-la a bom termo. No caso do artesanato, significa melhorar os conhecimentos, aperfeiçoar a técnica, aprender a criar produtos e aumentar as chances de sucesso nas vendas, levando ao crescimento e enriquecimento do trabalho, com consequente melhoria da auto-estima e da qualidade de vida. Respondendo aos anseios da nova diretoria e às necessidades dos associados, veio até nós o Projeto Minas Raízes, selecionando artesãos da cidade para um curso de capacitação na Escola de Design, direcionado especificamente para o design de produtos artesanais. O tema escolhido não poderia ser melhor: a cidade de Nova Lima. Com as palestras e visitas aos locais mais característicos da cidade, foi como se todos se tornassem turistas e como tal passaram a ver a natureza, pontos turísticos e a história do município. Para a maioria, a sensação foi de portas que se abriram, dando acesso a caminhos mais largos, horizontes mais amplos.
Os conhecimentos compartilhados pela equipe do projeto com nossos artesãos certamente não foram lançados em terreno estéril. Prova disso foram os trabalhos apresentados à banca examinadora ao final do curso, todos de excelente qualidade, demonstrando sensível melhora em comparação com os trabalhos mostrados no processo de seleção. Com a participação no Projeto Minas Raízes, a Associação dos Artesãos de Nova Lima cresceu, e muito. Não somente pelos artesãos que receberam a capacitação, mas em número de sócios também, pois vários dos participantes do curso ingressaram em nosso quadro de associados e vieram para somar seus conhecimentos aos nossos, dividílos com os colegas, multiplicando as oportunidades de sucesso de todos nós. Agradecemos a todos os envolvidos no projeto a oportunidade que nos foi dada, a atenção e carinho com que fomos tratados. O artesanato de Nova Lima não será mais o mesmo depois do Projeto Minas Raízes.
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CAPACITAÇÃO
Design e artesanato: a experiência em Nova Lima
Esta intervenção se dá de forma integrada, envolvendo professores e alunos dos cursos de Design de Produto e Design Gráfico, além de professores e profissionais de diferentes áreas do conhecimento: História, Biologia, Arquitetura, Literatura, Turismo, Meio Ambiente, Cultura Popular, Museografia, que ministraram palestras, guiaram as visitas técnicas e avaliaram o desenvolvimento dos artesãos no decorrer do processo de capacitação.
Igor Goulart Toscano Rios Professor de Prática Projetual e Teoria do Design na Escola de Design da UEMG. Coordenador do Projeto Minas Raízes – Artesanato, Cultura e Design na mesma instituição. Especialista em Arquitetura Contemporânea e em Design de Mobiliário pelo IEC PUC Minas. Artesãos selecionados e equipe do Projeto Minas Raízes - 2009
O Projeto Minas Raízes – Artesanato, Cultura e Design teve início em 2008, a partir da percepção da grande demanda por projetos sociais e de inclusão produtiva que reconectem os valores culturais regionais à produção do artesanato, descaracterizada em função da homogeneização dos produtos e das pressões de mercado. O projeto foi aprovado no edital nº 01/2008 do Programa Institucional de Apoio a Extensão da UEMG - PAEx/UEMG, e sua continuidade foi garantida, em 2009, pela aprovação no edital nº. 01/2008 do Ministério da Educação e do Ministério da Cultura do Governo Federal, PROEXT – MEC/MINC. Nas duas edições contamos com a participação de vários alunos voluntários e professores colaboradores, consolidando a vocação da Escola de Design/UEMG para trabalhar junto a diversas comunidades, desenvolvendo uma conscientização do aspecto político da atuação do designer, menos como projetista, e cada vez mais como articulador e gestor de processos socialmente sustentáveis.
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Tendo como base a experiência das duas edições deste projeto foi possível consolidar a implementação de um programa que concentra as ações da Escola de Design/ UEMG que abordam a relação entre design e artesanato. O projeto, portanto, se transformou em programa, e a edição de 2010 foi aprovada no edital nº. 06/2009 do PROEXT – MEC/MINC. Para o pleno desenvolvimento do projeto, diversas parcerias foram estabelecidas. A Prefeitura Municipal de Nova Lima, através da Secretaria de Cultura, a Assciação dos Artesãos de Nova Lima - Artes da Terra e o Centro da Imagem da Escola de Design/UEMG, foram atores imprescindíveis para o sucesso dos trabalhos. O projeto Minas Raízes tem como objetivo a capacitação e a socialização dos artesãos da região de Nova Lima, promovendo um desenvolvimento econômico sustentável através do resgate da cultura local como ferramenta para agregar valor ao produto artesanal.
Além de melhorar a auto-estima da população envolvida, o projeto visa ampliar a autonomia no planejamento e desenvolvimento de novos produtos artesanais, promovendo ampliação do valor cultural, da diferenciação, da competitividade e da margem de lucro, e conseqüente melhoria da qualidade de vida da comunidade. Objetiva, ainda, articular parcerias produtivas e contatos comerciais para ampliar a participação do artesanato na produção regional e promover o fortalecimento do setor. A partir da percepção das características do setor da produção artesanal de Nova Lima, desenvolveu-se uma metodologia de trabalho específica, procurando suprir as carências e explorar as potencialidades, sem descaracterizar o artesanato da região. As reflexões sobre a cultura regional propostas pelo curso proporcionaram uma maior diferenciação aos produtos, visando à competitividade no segmento. Além disso, foi possível verificar o crescimento da autonomia por parte dos artesãos. A renúncia à cópia e à utilização de projetos prontos encontrados em revistas especializadas demonstra a preocupação crescente em valorizar a cultura local, despertada nos artesãos.
O trabalho teve início com um amplo levantamento das características do setor de produção artesanal da região de Nova Lima, realizado através de entrevistas e questionários, contendo informações sobre tipologia, função, materiais, ferramentas e equipamentos utilizados, fornecedores, produção, embalagem, posicionamento de mercado e média de vendas e preços. Foram realizadas visitas aos principais pontos de venda dos produtos artesanais da região, às feiras e lojas, incluindo levantamento fotográfico dos produtos, dos pontos de venda e dos artesãos. A seleção dos artesãos participantes do processo de capacitação foi realizada buscando identificar as necessidades mais latentes do setor do artesanato local, além de identificar artesãos com potencial multiplicador.
Orientações individuais em sala de aula
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Durante toda a ação de capacitação foi utilizada a ferramenta do caderno de processo, onde o artesão pôde concentrar as anotações das aulas teóricas, referências iconográficas, estudos e croquis, desenvolvendo um raciocínio projetual para os exercícios propostos em sala. Esta ferramenta permitiu um acompanhamento diário da evolução dos artesãos não só pela equipe de trabalho mas também pelos próprios participantes.
Visitas a museus e exposições
O processo de capacitação incluiu aulas teóricas e práticas, e palestras temáticas sobre: Metodologia do Design, Design e Artesanato, Projeto de Produto, Literatura, História da Arte Moderna e Contemporânea, Fauna, Flora e Patrimônio Histórico e Cultural de Nova Lima. Contemplou ainda oficinas de processos criativos, de conceituação e de produção de textos, além de exercícios projetuais com temas fictícios, que abordavam questões de mercado, de usabilidade e funcionalidade, de materiais e processos, e de sustentabilidade. Estas atividades foram realizadas na Escola de Design da UEMG: o deslocamento dos artesãos propiciou uma maior interação ao grupo; possibilitou o acesso à infraestrutura da escola, como biblioteca, laboratórios e salas de aula; além de favorecer o distanciamento necessário à percepção de novas oportunidades.
Foram realizadas visitas aos locais de trabalho, oficinas e ateliês de cada artesão selecionado, afim de contextualizar os processos de produção e métodos de trabalho, permitindo a identificação mais precisa das carências e das potencialidades individuais. Também ocorreram diversas visitas técnicas a museus, exposições e mostras, afim de ampliar o repertório estético, formal e conceitual dos artesãos; a centros de artesanato e lojas especializadas, para se observar a dinâmica do mercado do artesanato; e à própria cidade de Nova Lima, promovendo a reflexão sobre o patrimônio natural, histórico e cultural do município, que serviria de tema e inspiração para o desenvolvimento da coleção de produtos apresentada neste livro.
Palestras com professores convidados
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Esta coleção apresenta novos produtos desenvolvidos pelos artesãos através de orientações projetuais em grupo e individuais, aplicando metodologias tradicionalmente utilizadas no ensino de design. Pode-se verificar o resgate da auto-estima e envolvimento com o desenvolvimento do setor da produção artesanal de Nova Lima por parte dos artesãos envolvidos no processo através da quantificação das participações em feiras, exposições e eventos específicos da área, além do envolvimento político junto a comunidade. Observou-se o incremento de uma postura crítica e uma visão holística frente aos problemas do setor, vários ampliaram seus contatos comerciais e articularam parcerias produtivas. Outros se sentiram estimulados a retomar os estudos ou desenvolverem pesquisas de materiais e processos. Pode-se perceber também, pelo crescente apoio dado pela Prefeitura de Nova Lima ao projeto e ao setor de produção artesanal local, um destaque proporcionado pela intervenção. Os artesãos, ao longo do projeto, conquistaram espaço cedido pela Prefeitura para o funcionamento de uma loja de artesanato, em região central na cidade. Conquistaram melhor representatividade política. Conquistaram parcerias para participação em grandes feiras nacionais e regionais. Conquistaram respeito e visibilidade, além de confiança e disposição para produzir, investigar, questionar e criar.
Atividades em sala de aula
Visitas às oficinas dos artesãos
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Cultura: matéria-prima para o artesanato Daniela Menezes Martins Graduanda em Design Gráfico pela Escola de Design da UEMG. Pesquisadora bolsista do Projeto Minas Raízes – Artesanato, Cultura e Design na mesma instituição.
O artesanato está ligado à história do homem e a sua necessidade de produzir utensílios e adornos de uso cotidiano. Entendido por uns como expressão artística e por outros como atividade produtiva, o certo é que as manifestações artesanais traduzem a cultura e a capacidade criativa de uma comuidade. A cultura é portanto, matéria-prima para o artesanato, e se traduz na sua identidade gerando uma relação de estima entre o homem e o objeto artesanal. Para BARROSO (1999), do ponto de vista antropológico, a identidade cultural de um grupo social é constituída pelo seu espaço territorial e por objetos, adornos, vestimentas, culinária, música, costumes, folclore, mitos, ritos, religião, moral, ética capazes de distinguir um determinado grupo dos demais. O artesanato tradicional é produzido à mão com ferramentas e equipamentos rudimentares utilizando técnicas transmitidas através de gerações, e matériasprimas abundantes na região.
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Ele estabelece uma ligação com a comunidade e seu lugar de origem, e assim passa a contar uma história. O objeto artesanal (SEBRAE, 2004) se apropria de elementos que constituem a cultura material e imaterial se valendo de cores e formas das paisagens locais, da fauna e flora, do patrimônio histórico, da arquitetura típica, das lendas e festas populares, dos tipos humanos. BARROSO (1999) afirma que:
Com o início do trabalho de pesquisa do artesanato da região de Nova Lima ficou evidente a necessidade de propor o desenvolvimento de uma ação sistêmica para resgatar o artesanato local e sua identidade, visto que o mesmo se encontrava desvalorizado por fatores sócio-econômicos influenciados pela globalização, desconectado da realidade da comunidade local tão rica em expressões e elementos culturais regionais.
A proposta do Projeto Minas Raízes para a capacitação dos artesãos da região de Nova Lima consistiu em desenvolver novos produtos artesanais de referência cultural. Durante o processo de capacitação verificouse que os artesãos perceberam a potencialidade do uso das referências culturais como forma de diferenciação e aumento da competitividade dos produtos no mercado.
Reconhecer a identidade está em identificar e utilizar a força expressiva de muitos elementos de uso cotidiano, mas que de tão vistos ninguém mais os enxerga e de tão tocados ninguém mais os sente. São produtos e imagens banais que fazem parte indissociável de uma memória coletiva, que devem ser resgatados e incorporados ao acervo de símbolos que permita entender ou qualificar o conceito de
Tendo em vista resultados tão promissores podemos acreditar que a aproximação entre design, artesanato e cultura, se configura uma experiência capaz de tornar um produto competitivo não apenas pelos seus atributos estéticos e funcionais, mas também pelo seu valor cultural. Valorizando o artesão e seu território, o design pode contribuir de forma significativa para a transformação pessoal e profissional dessas pessoas, além de fortalecer o setor econômico do artesanato.
Referências BARROSO, Eduardo. Design, Identidade Cultural e Artesanato. Primeira Jornada Iberoamericana de Design no Artesanato. Fortaleza: 1999. SEBRAE. Termo de Referência do Programa SEBRAE de Artesanato.
pertinência cultural.
Ao perceber necessidades e potencialidades produtivas de uma determinada comunidade, cabe ao designer identificar e valorizar o artesanato através do resgate da cultura material e iconográfica da região onde a ação será realizada.
Os produtos apresentados ao final do curso utilizaram como referência a cultura material e imaterial da região, sendo os temas dos produtos distribuídos assim: 42% sobre a fauna e flora, 24% sobre a religiosidade, 17% sobre a arquitetura e patrimônio histórico, 7% sobre os recursos naturais da região e 5% sobre manifestações culturais populares.
Brasília: SEBRAE, 2004.
Registros da oficina de Processo Criativo
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Artesanato, cultura e design: o alinhavar entre as áreas Vivian Bernardes de Souza Graduanda em Design Gráfico pela Escola de Design da UEMG. Aluna bolsista do Projeto Minas Raízes – Artesanato, Cultura e Design na mesma instituição.
O design, na sua gênese e no seu desenvolvimento sempre se pautou pelo dialogo com outras áreas do saber. Interdisciplinaridade, multidisciplinaridade, transversalidade, entre outros, são termos familiares para um estudante de design e, ainda que nem sempre sejam conceitos plenamente aplicados, estão presentes seja no discurso, seja na proposta de trabalho de muitas instituições de ensino. A compreensão efetiva dessa capacidade que o design tem de se colocar como interlocutor entre diversas áreas pôde ser experimentada ao longo dos dois anos de participação no projeto Minas Raízes.
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O projeto promove uma maior integração acadêmica dos alunos, pois favorece a convivência, a troca de experiências com diversos professores, alunos e outros profissionais, ampliando assim, a diversidade dos pensamentos compartilhados. A consciência das diversas linhas de atuação dentro da profissão, despertada com essa interação com o projeto, é de fundamental importância para o primeiro passo da escolha assertiva da orientação profissional.
O desafio colocado para nós estudantes de design, era compreender as demandas do grupo de artesãos e ser capaz de respondê-las respeitando o caráter diferenciado existente entre nossa própria escolha de futuro – o design, a diversidade do grupo com o qual trabalhávamos – o artesanato e uma área fronteriça, de limites intangíveis, na qual buscávamos constantemente referências – a arte. Monitoria dos alunos bolsistas
A participação no projeto foi uma forma de vivenciar a prática profissional. O que torna a atividade extensionista ainda mais atraente é sua ligação direta com a comunidade. Usufruir das teorias adquiridas na escola em prol de alternativas de contribuição para a sociedade gera maior interesse pela busca de novos conhecimentos , os quais embasam e realimentam essas atividades práticas. No processo de capacitação minha contribuição enquanto estudante de design veio da bagagem teórica e do conhecimento prévio das ferramentas metodológicas de desenvolvimento projetual, estes foram pilares nas orientações em favor do aprimoramento da produção artesanal, baseando sempre na geração de autonomia dos artesãos em seu processo produtivo. Em contrapartida, a oportunidade de aproximação da área de artesanato, sobretudo através da convivência com o grupo de artesãos, gerou acréscimo profissional, uma vez que ao me deslocar para posição de monitora sendo requisitada a todo momento a aplicação das teorias às orientações para o desenvolvimento dos produtos artesanais foi um processo que complementou e solidificou a compreensão da minha prática projetiva. Houve também um expressivo amadurecimento pessoal advindo da convivência com um grupo tão diversificado.
Equipe de alunos no I Seminário Nascional de Pesquisa e Extensão em São del João, Minas Gerais
Artesãos, equipe do Projeto Minas Raízes e banca avaliadora
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Palavra e artesanato: narrativas possíveis Tailze Melo Ferreira Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela PUC Minas. Coordenadora da pós-graduação lato sensu Processos Criativos em Palavra e Imagem do IEC PUC Minas. Integrante do grupo de pesquisa do CNPq Cultura, Cidade e Comunicação na mesma instituição.
“O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: eu escuto a cor dos passarinhos.” Manoel de Barros
“Eu preciso destas palavras. Escritas.” A frase pode ser entendida como síntese da produção artística do sergipano Arthur Bispo do Rosário (1911-1989) e remete ao uso visceral que o artista fez dos signos verbais em suas criações. O uso abundante da palavra em estandartes, fardas e no majestoso “Manto da Apresentação”, obra que traz o gesto da costura de eventos autobiográficos, coloca a palavra escrita como forma de construir aquilo que o próprio Bispo designou de “registros de minha passagem pelo mundo”. Nesse sentido, parece mais interessante uma recepção que não considere as criações de Bispo somente como registro íntimo de uma subjetividade, mas que busque analisar seu potencial estético, sua visualidade única que exerceu incontestável influência sobre vários outros artistas. O uso da palavra escrita nas produções de Bispo cria uma superfície idiossincrática, promovendo para o espectador um olhar vertiginoso na superfície de suas obras.
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Oficina de texto Costura do Cotidiano
Outro artista brasileiro que se valeu da palavra como força expressiva para narrar aspectos biográficos, mas também como recurso estético, foi José Leonilson (1957-1993). Em suas criações, Leonilson explorou jogos semânticos, vazios lexicais, bem como uma plasticidade, muitas vezes, definida pelo uso da palavra.
Interessante pensar que em seus desenhos, pinturas e objetos de pano denominados como bordados, a palavra instaura-se como uma costura de fragmentos de sua própria existência. O signo verbal parece, pois, surgir na perfuração do bordado, tipo de inscrição que exibe o avesso, como um jogo metalinguístico. Foi pensando na palavra como mediação entre a experiência pessoal e uma proposição estética, que preparei a oficina Costuras do Cotidiano: Palavra e Vida para o Projeto Minas Raízes. Procurei, em um primeiro momento, trabalhar com os artesãos a idéia de cotidiano relacionada à necessidade de nomear o mundo visível, ou seja, o mundo das coisas concretas, mas também o mundo invisível, as qualidades de sensações que são de ordem subjetiva. Nesse momento, a reflexão ainda se situava no âmbito da palavra denotativa, isto é, da palavra como a parte social da linguagem. No entanto, cabe à literatura e a qualquer outra linguagem expressiva de cunho artístico, inclusive ao artesanato, deslocar sentidos convencionais, substituir expressões surradas, inaugurando léxicos e sintaxes baseadas na vontade própria do criador.
Nessa perspectiva, a palavra apresenta-se no domínio metafórico, no desligamento entre seu significante e seu significado. No poema/canção Metáfora, de Gilberto Gil, a “lata” do poeta serve para caber o incontível; a “meta” do poeta indica o inatingível. Por isso, enfatiza o compositor, não devemos nos meter a exigir do poeta que em sua “lata”- aqui metáfora da própria poesia - caiba algo determinado, devemos deixá-lo simplesmente metaforar. Assim, no campo da arte, a palavra perde sua função designativa para se ligar ao domínio da imaginação. No ato de imaginar, o artista vai além do mundo visível, transfigurando a realidade. Aqui a palavra salta do dicionário, transgride domínios morfológicos, cria campos sinestésicos, delira como sugere o poeta Manoel de Barros. Para muitos artistas, o uso da palavra é vital, imprescindível para alinhavar vida e obra, caso de Bispo e de Leonilson. Nessa ambiência, o objetivo de minha oficina foi criar um estímulo, uma sensibilização estética que atentasse para o infinito criativo possível no domínio das palavras.
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Encontro entre a arte e o artesanato Vânia Myrrha de Paula e Silva Professora de História da Arte na Escola de Design e Escola de Música da UEMG. Especialista em História da Arte pela PUC Minas e em Arte Contemporânea pelo IEC PUC Minas.
“Os objetos de artesanato pertencem a um mundo anterior à separação entre o útil e o belo.” Octávio Paz
Em 2008 tive meu primeiro contato com um projeto extremamente simpático e instigante, o Projeto Minas Raízes da Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais, que oferece um curso de capacitação e produção artesanal para aperfeiçoamento dos artesãos da cidade de Nova Lima. Em seu programa inclui palestras sobre vários assuntos, entre eles arte. Fui convidada para falar sobre Arte Moderna. Entusiasmada em apresentar a arte moderna para um público novo para mim, nunca antes havia falado para artesãos, fiz uma palestra muito extensa, o que possibilitou um desfecho não programado, mas que enriqueceu minha experiência com eles. Como o tempo tinha sido insuficiente para tanto entusiasmo, resolvemos em conjunto que eu faria uma segunda palestra dando continuidade à primeira. E assim foi decidido que, dessa vez, eu iria visitá-los ao invés deles virem a Belo Horizonte. Numa tarde me dirigi à Nova Lima apreciando a paisagem das montanhas e a companhia da Daniela, Vivian e João, colegas da UEMG, que trabalhavam no projeto. Chegando à cidade, fomos a
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um lugar que me cativou no primeiro momento, a Casa Aristides. Uma edificação do século XIX, construída em frente a uma praça, para abrigar o armazém que abastecia a região. Atualmente, é a Escola Casa Aristides – Atelier de Artes e Ofícios, um espaço para aprender, fazer e expor arte. Foi ali que, enfim, conclui minha palestra e, depois, em meio a uma boa conversa saboreamos um delicioso lanche preparado pelos artesãos. Uma tarde agradável em que conheci um lugar e pessoas interessantes, vi uma bela exposição de obras ali produzidas e tive a confirmação da magia da arte, que reúne as pessoas, instiga a criação e provoca a vontade “do fazer”. Convidada para escrever sobre a história da arte como ferramenta para a formação cultural do artesão, me lembrei desse dia, de como ele foi importante e no quanto representou para mim sentir o interesse daquelas pessoas encantadas com algumas descobertas sobre a aparentemente inexplicável arte moderna.
A cultura em geral e a história da arte em particular são instrumentos fundamentais para a formação do artesão não apenas do ponto de vista conceitual, mas também como fonte de pesquisa. É um rico material para inspiração e pesquisas plásticas, além de permitir ao artesão a reflexão sobre sua própria prática artística.
espaço de troca e não como barreira, explorar outros universos e nos liberta de pontos de vista singulares e irredutíveis. Incluí-la na formação de um artesão é uma proposta que multiplica as possibilidades de compreensão da arte e oferece uma troca gentil das diferenças que existem entre uns e outros.
A história do artesanato se mistura à história da arte que, por sua vez, se mistura à história do homem; revela a necessidade de se produzir adornos e objetos para uso cotidiano; evidencia a capacidade criativa e produtiva humana e revela usos, costumes e tradições.
Quando participei do Projeto Minas Raízes, o importante foi estabelecer um elo entre as obras dos artistas que veríamos e a produção daqueles artesãos que iriam me ouvir. Para isso selecionei obras de arte que utilizavam materiais conhecidos e produtos de design que dialogavam com a arte. Assim formou-se a tríade: arte moderna, design e artesanato.
Uma das funções da história da arte é compreender o processo criativo de múltiplas maneiras. As sucessivas transformações das formas, observadas no processo de criação de Pablo Picasso, podem ser aplicadas ao artesanato, como um conjunto de meios e processos para alcançar a forma ideal que atenda às necessidades de uso. Outra função é analisar situações históricas e artísticas de contextos culturais diferentes, propondo uma reflexão livre e dinâmica sobre o passado e o presente, receptiva a novas interpretações. Deve ser vista como domínio aberto onde se entrecruzam e afrontam diferentes opiniões e posições, e onde o diálogo proveitoso e estimulante entre artistas e intelectuais se encontra sempre presente. A história da arte nos convida a conhecer o outro, compreender a fronteira como
Arte Contemporânea, Design e Artesanato foi o tema da minha palestra em 2009. Os temas são infinitos, assim como a arte e os produtos do artesanato que sempre fizeram parte da vida do homem.
Palestra sobre Arte Moderna na Casa Aristiades em Nova Lima
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ARTESテグS
Luminárias de mesa Banqueta
Matéria-prima: fibra de bananeira, rami e ferro Técnica: papel artesanal e montagem Dimensões: média 23 cm x 20 cm x 20 cm grande 40 cm x 21,5 cm x 21,5 cm
Adriana costa ( 31) 8525 9039 aocosta2000@yahoo.com.br “O curso de capacitação contribuiu de várias formas para a minha vida ao longo dos dois anos que participei: a possibilidade de intercâmbio de experiências e idéias com os artesãos, professores e monitores; o aprendizado e aplicação de alguns conceitos do design nos meus trabalhos; e o mais difícil e também mais gratificante pelo resultado obtido foi a busca, a pesquisa e o desenvolvimento não somente de uma, mas de “várias identidades” que representam a diversidade cultural de Nova Lima e a aplicação destas “identidades” nos meus produtos.”
Cadernos Embaúba
Matéria-prima: papel artesanal, papel e tinta Técnica:encadernação artesanal Dimensões: médio 15, 5 cm x 10 cm x 1,5 cm grande 22 cm x 15 cm x 1,5 cm
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Cabideiro Fachadas Matéria-prima: sucata e tinta Técnica: montagem Dimensões: 29,5 cm x 125 cm x 10,5 cm
Alexandre demétrio (31) 3541 9193 | (31) 9718 5004 “O curso trouxe novos elementos para o meu desenvolvimento de produtos, além de ser uma oportunidade de novas experiências e projeção para o mercado futuro.”
Quadros Fotógrafos de Nova Lima Matéria-prima: madeira, sucata e tinta Técnica: montagem Dimensões: 17,5 cm x 14,5 cm x 1,5 cm
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Porta faqueiro Bicame Matéria-prima: bambu, arame e sisal Técnica: montagem e amarração Dimensões: 44 cm x 56 cm x 8 cm
Antônio januário (31) 9122 0811 “O curso me ensinou a criar com mais consciência e a refletir mais sobre a peça, eliminando os possíveis defeitos, aperfeiçoando mais a produção. Na minha vida pessoal aprendi a me organizar melhor, fazendo novos contatos, ampliando assim a minha produção.”
Luminária de mesa Galeria da Mina Matéria-prima: bambu, arame e sisal Técnica: montagem e amarração Dimensões: 43 cm x 30 cm x 30 cm
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Bruno oliveira (31) 3542 2285 | (31) 8516 8315 brunodacruzoliveira@yahoo.com.br “O curso me ajudou a procurar referências, a fazer um projeto antes da criação de um novo produto, a identificar um público-alvo, um mercado e também a oportunidade de adquirir experiência para alcançar meus objetivos.”
Quadro Nossa Senhora do Pilar Matéria-prima: madeira Técnica: pirogravura e entalhamento Dimensões: 65 cm x 35 cm x 3 cm
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Estandarte Anglicano I
Matéria-prima: argila, ferro e esmalte Técnica: modelagem e queima em alta Dimensões: 24 cm x 34 cm x 2 cm
Claudia cleto (31) 3221 2779 | (31) 9778 5243 claudiamcleto@yahoo.com.br www.ceramigas.com.br “Com a ajuda do projeto supri a necessidade de encontrar uma identidade fácil de ser reconhecida em minhas peças. Considero que ao término destes estudos, acrescentei informações preciosas à minha busca, através das aulas de história da arte, da criatividade, do uso da palavra e da crítica afiada e minuciosa dos nossos instrutores. Gostei de ver o esforço, motivação e empenho dos artesãos para alcançar um produto final melhor.”
Estandarte Anglicano II
Matéria-prima: argila, ferro e esmalte Técnica: modelagem e queima em baixa Dimensões: 24 cm x 34 cm x 2 cm
Luminária de mesa Zig Zag Matéria-prima: argila Técnica: modelagem Dimensões: 90 cm diâmetro x 27 cm
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Mochilas Bicame
Dirce liberato
Matéria-prima: tecido e tinta Técnica: costura e batik Dimensões: 62 cm x 32 cm x 32 cm
(31) 3541 4584 “Durante o curso de capacitação fiz novos amigos e descobri que minha ansiedade é comum. Passei a enxergar com olhos criativos as coisas mais simples do meu mundo. Aprendi a associar e combinar as idéias e a planejar o produto.”
Jogo americano Fauna e Flora Matéria-prima: tecido, tinta e bambu Técnica: costura e batik Dimensões: 32 cm x 48 cm
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Eliane aleixo (31) 3541 0862 elianemaleixo@gmail.com www.myspace.com/elianealeixo “Minha visão e o meu olhar ficaram mais amplos. Os meus trabalhos ficaram mais detalhados. A minha atenção nos detalhes ficou maior e estou aprendendo a desenvolver as minhas habilidades quando estou produzindo as peças.”
Boneca Bananeira
Matéria-prima: argila e folha de bananeira Técnica: modelagem e montagem Dimensões: 22 cm diâmetro x 58 cm
Boneca Embaúba
Matéria-prima: argila e folha de embaúba Técnica: modelagem e montagem Dimensões: 20 cm diâmetro x 53 cm
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Gercy Maria do pilar
Almofada Pilar
Matéria-prima: cânhamo e linha de algodão Técnica: bordado hardanger Dimensões: 39 cm x 36 cm x 11 cm
(31) 3541 7870 | (31) 8841 0013 gercymp@hotmail.com “Observando com calma a cidade consegui ver de modo diferente tudo que me cerca. Os detalhes antes não observados agora chamam mais atenção e fico imaginando o que o artista pensava quando fez aquela obra. Aprendi a observar com mais cuidado a arquitetura, as plantas e os animais.”
Toalha de mão Rosário
Matéria-prima: toalha de algodão e linha de algodão Técnica: bordado ponto cruz Dimensões: 47 cm x 70 cm
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Glória faria (31) 3581 7337 | (31) 9991 4607 godoiafaria@yahoo.com.br “O curso me enriqueceu muito na organização mental. Comecei a fazer e pensar nos projetos a serem elaborados. Tomei consciência da matéria-prima a ser usada e o produto a ser elaborado. Fiz análise do tempo que uso em todo trabalho. Ganhei imensamente com todos os palestrantes e professores. Pessoalmente aprendi outros trabalhos e outras técnicas com meus colegas. Concluindo, amei este curso.”
Quadros Pássaros Matéria-prima: retalho jeans e tinta Técnica: pintura em tecido Dimensões: pequeno 45 cm x 23 cm x 2 cm médio 45 cm x 25 cm x 2 cm grande 44 cm x 32 cm x 2 cm
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Camisetas Não Quero Saudade.
Jandyr matos
Matéria-prima: malha em algodão e em poliéster e viscose Técnica: costura, transfer sublimático e serigrafia Dimensões: 56 cm x 70 cm
(31) 3581 1014 | (31) 9786 5903 jgcmatos@ig.com.br “O aprendizado que é continuo em nossas vidas, teve como facilitadores os professores e monitores. As informações técnicas sobre tudo que foi apresentado no curso, possibilitaram uma visibilidade maior dos produtos, da cidade e dos artesãos.”
Bolsa Rosário Matéria-prima: tecido em algodão Técnica: costura e transfer sublimático Dimensões: 33 cm x 40 cm
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Joceli dias (31) 3542 1094 “Comecei a ver as coisas com outros olhos, observar mais e dar atenção às opiniões das pessoas. Tive esta oportunidade no curso e cheguei à conclusão que nunca é tarde para se fazer algo que se gosta, e que cada dia aprendemos uma nova lição.”
Luminária de mesa Preservação I
Matéria-prima: jornal, papel artesanal e arame Técnica:colagem e montagem Dimensões: 35,5 cm diâmetro x 54 cm
Luminária de mesa Preservação II
Matéria-prima: jornal, papel artesanal e arame Técnica:colagem e montagem Dimensões: 25 cm diâmetro x 35,5 cm
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Quadro Divino
Jorge da cruz
Matéria-prima: argila e pigmento Técnica: modelagem e pintura a frio Dimensões: 10 cm diâmetro x 2,5 cm
(31) 3543 0177 | (31) 8746 7235 jorgedacruz84@yahoo.com.br “O curso contribuiu com uma visão mais ampla na forma de criar e elaborar as peças, no modo de pensar os projetos e a execução.”
Escultura Nossa Senhora do Pilar Matéria-prima: argila e pigmento Técnica: modelagem e pintura a frio Dimensões: 18 cm x 50 cm x 15 cm
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Luiza bicalho (31) 3581 1288 | (31) 8782 1288 luizabicalho@ceramigas.com.br www.ceramigas.com.br “Aprendi a planejar o meu trabalho, a calcular o custo real e quanto quero colocar a mais na peça para chegar ao preço final. Isto tornou meus projetos viáveis e me mostrou como atingir o público almejado. Tenho mais confiança no que executo e isto faz com que tudo saia melhor e mais bonito. Os projetos executados ficam de acordo com o meu planejamento. Isto é ótimo.”
Lustre de teto Chá Inglês Matéria-prima: porcelana, pigmento e ferro Técnica: pintura em porcelana Dimensões: 290 cm diâmetro x 98 cm
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Potes Minério
Matéria-prima: argila Técnica: modelagem e queima de buraco Dimensões: 13 cm diâmetro x 12 cm
Malu giacomelli (31) 3541 9510 | (31) 9717 1676 malugiacomelli@yahoo.com.br www.ceramigas.com.br “As palestras e visitas foram fundamentais para que eu mudasse a forma de ver o mundo circundante. Passei a perceber formas, cores e detalhes que antes não via. Pude auxiliar outros artesãos da associação a melhorarem seus trabalhos ao aplicar o que aprendi sobre design e processos criativos, sobre disposição dos elementos nas composições, sobre acabamento, sobre técnicas, etc.”
Colares Cabaça
Matéria-prima: argila e vidro Técnica: modelagem e fusing Dimensões: 3 cm x 5 cm x 2 cm
Bolsa e carteira Art Deco
Matéria-prima: retalho jeans e cerâmica Técnica: costura e bordado Dimensões: bolsa 45 cm x 35 cm x 12 cm carteira 26 cm x 15 cm x 1 cm
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Márcia silveira (31) 3542 9950 | (31) 8525 8229 msilveira49@yahoo.com.br
Oratório Nossa Senhora de Aparecida
Matéria-prima: madeira, pastilha de vidro e pedra ônix Técnica: mosaico Dimensões: 27 cm x 51 cm x 12 cm
“Através do curso passei a me situar melhor com relação ao público alvo para o meu produto. Tenho mais clareza sobre o que produzir e como elaborar preços. Pessoalmente me sinto mais segura com relação as minhas metas.”
Piso para jardim Sapo Verde Matéria-prima: cimento e pedra ônix Técnica: mosaico Dimensões:30 cm diâmetro x 3 cm
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Roupa de bebê Memória Inglesa Matéria-prima: tecido em algodão e linha de algodão Técnica: costura e acolchoado inglês Dimensões: vestido 48 cm x 40 cm | calção 37 cm x 26 cm
Maria José couto (31) 3541 1337 | (31) 8635 4286 coutomariajose@yahoo.com.br
“Aprendi muito com o curso. Aos 68 anos sempre procurei crescer
em conhecimentos e capacitação profissional, acrescentando sempre aos meus conhecimentos já adquiridos. Este curso me possibilitou um grande enriquecimento profissional e pessoal.”
Sacola ecológica Tatu Formiga Matéria-prima: tecido americano cru, linha e tinta Técnica: costura, serigrafia e bordado Dimensões: 48 cm x 52 cm x 12 cm
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Maria José valle
Cadernos Vermelho Vila
Cadernos Zig Zag
Matéria-prima: papel artesanal e fio encerado Técnica: encadernação artesanal Dimensões: 22 cm x 15,5cm x 1 cm
Matéria-prima: papel artesanal e linha de algodão Técnica: encadernação artesanal e crochê Dimensões: pequeno 15,5 cm x 11,5 cm x 1,5 cm médio 22 cm x 17,5 cm x 1,5 cm
(31) 3541 0583 mfvalle@bol.com.br “O artesanato entrou em minha vida quando era criança. Ao longo desses anos desenvolvi um estilo restrito as minhas experiências pessoais. O curso me ensinou a olhar o que esta a minha volta e o que isso poderia influenciar em minha criação. Construir um projeto, testá-lo e modificá-lo até achar a forma final. Aprendi conceitos que até então não conhecia. Os resultados foram produtos mais interessantes, detalhados, criativos, com bom acabamento e o mais importante, com a minha identidade e a de Nova Lima.” Conjunto de bolsa Borboleta Azul Matéria-prima: papel artesanal e fio encerado Técnica: encadernação artesanal e bordado Dimensões: porta-cheque 10 cm x 23 cm x 0,5 cm agenda 12 cm x 22,5 cm x 1 cm bloco de notas 19,5 cm x 22 cm x 1 cm
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Estandarte Nossa Senhora do Pilar Matéria-prima: juta, fita e miçanga Técnica: costura e montagem Dimensões: 54 cm x 65 cm
Maria Lia souza (31) 3541 2542 | (31) 9191 0596 marialiasouza@yahoo.com.br “A participação no curso contribuiu muito em todos os aspectos. As críticas foram necessárias para meu aprendizado. Tenho recebido muitos elogios dos meus estandartes depois que freqüentei as aulas e também aumentaram as minhas vendas. Gostei muito de participar do curso!”
Estandarte São Sebastião
Matéria-prima: juta, fita e miçanga Técnica: costura e montagem Dimensões: 49 cm x 57 cm
Quadro Todos os Santos
Matéria-prima: madeira, papel e imagem em resina Técnica: montagem e colagem Dimensões: 12 cm x 70 cm x 4 cm
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Quadro Divino II
Maria Luiza aramuni (31) 3332 0966 | (31) 9653 1287 maluibh@gmail.com
Matéria-prima: madeira, tinta e imagem em resina Técnica: pátina, montagem e colagem Dimensões:26 cm x 32 cm x 4 cm
Quadro Divino
Matéria-prima: madeira, tinta e imagem em resina Técnica: pátina, montagem e colagem Dimensões:20 cm x 20 cm x 3,5 cm
“Consegui chegar aqui mais forte e confiante em meu potencial. Espero poder vender meu trabalho, atingir meu público alvo e que possam apreciar a minha singela arte. Pesquisei muito no meu caderno sobre temas, com dedicação e superação e com certeza isso será fonte de inspiração para meus futuros trabalhos.”
Quadro Nossa Senhora do Pilar
Matéria-prima: madeira, tecido, linha e tinta Técnica: pátina, costura e bordado Dimensões: 29,5 cm x 35,5 cm x 5,5 cm
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Quadro Coroa do Divino
Matéria-prima: argila e pigmento Técnica: montagem e queima em alta Dimensões: 16 cm diâmetro x 3 cm
Marisa cunha (31) 3581 1770 | (31) 8883 1770 marisa.cunha@yahoo.com.br www.ceramigas.com.br “Passei a ver tudo com outros olhos. Percebi cores e formas que antes do curso não prestava atenção. Fiquei mais ousada em minhas criações. Agradeço muito pela grande contribuição que os professores e a equipe deram ao meu trabalho. Eu cresci muito!”
Fruteira Quaresmeira
Matéria-prima: argila, vidro e tinta Técnica: modelagem e fusing Dimensões: 37 cm x 28 cm x 11 cm
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O curso me ensinou a criar com mais consciência e a refletir mais sobre a peça, eliminando os possíveis defeitos, aperfeiçoando mais a produção. Na minha vida pessoal aprendi a me organizar melhor, fazendo novos contatos, ampliando assim a minha produção.
Agendas Outono Outono ee Jambreiro Jambreiro Agendas
Matéria-prima: papel papel artesanal artesanal ee linha linha de de algodão algodão Matéria-prima: Técnica: encadernação encadernação artesanal artesanal Técnica: Dimensões: 22 22 cm cm xx 16 16 cm cm xx 2 2 cm cm Dimensões:
Marise goretti goretti (31) 8728 7463
“O curso ajudou no sentido de ver melhor a cidade e o que há em volta de outra forma, vendo em determinado lugar ou coisa o que não está claramente à mostra. Foi bom aprender mais um pouco,conhecer pessoas diferentes e conhecer melhor as pessoas com quem eu já convivia. Aprender é sempre bom. Quero melhorar sempre.”
Móbile Flor Flor Móbile
Matéria-prima: fibra fibra de de bananeira, bananeira, saco saco de de cimento, cimento, Matéria-prima: fio encerado encerado ee semente semente fio Técnica: papel papel artesanal artesanal ee modelagem modelagem com com fôrma fôrma Técnica: Dimensões: 5,5 5,5 cm cm xx 101 101 cm cm xx 1 1 cm cm Dimensões:
Bloco de de notas notas Azul Azul Borboleta Borboleta Bloco
Matéria-prima: papel papel artesanal artesanal Matéria-prima: Técnica: encadernação encadernação artesanal artesanal Técnica: Dimensões: 11 11 cm cm xx 11 11 cm cm xx 1 1 cm cm Dimensões:
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Quadros Chita Amarela
Regina zanforlin
Estandarte Santo Antonio
Matéria-prima: madeira e tinta Técnica: marcenaria e pintura em madeira Dimensões: pequeno 24 cm x 24 cm x 2 cm médio 26 cm x 26 cm x 2 cm grande 30 cm x 30 cm x 2 cm
Matéria-prima: madeira, tinta e favas Técnica: marcenaria e pintura em madeira Dimensões: 54 cm x 91 cm x 9 cm
(31) 3541 2228 zanforli@uai.com.br
“Gostei muito do curso porque tive palestras muito boas, visitas culturais que me acrescentaram muito e ótimas orientações dos professores e equipe. No conjunto do curso fui estimulada a criar e no meu caso retomar pesquisas anteriores que estavam paradas.”
Cabideiro Bananeira Matéria-prima: madeira e tinta Técnica: marcenaria e pintura em madeira Dimensões: 84 cm x 47 cm x 6 cm
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Rosângela guimarães (31) 3344 2238 | (31) 9952 2238 arefogo@yahoo.com.br www.ceramigas.com.br “No trabalho que executo com a cerâmica, descobri a importância de ter foco no produto, no projeto, no público, no tema,na utilização, na pesquisa, no embasamento da criação. O entrosamento, o conhecimento, a troca de idéias e experiências com os outros artesãos também foram muito importantes. Agradeço muito a todos os colaboradores que foram tão atenciosos.”
Escultura Anjo Inspiração
Matéria-prima: argila e latão oxidado Técnica: montagem e queima em alta Dimensões: 31 cm x 65 cm x 17 cm
Escultura Anjo Prometido
Matéria-prima: argila e latão oxidado Técnica: modelagem e queima em alta Dimensões: 34 cm x 30 cm x 18 cm
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Prato Mata do Jambreiro
Sandra lopes
Matéria-prima: vidro e tinta Técnica: fusing Dimensões: 35 cm x 35 cm x 7 cm
(31) 3542 9418 | (31) 8727 9418 sandralopes@yahoo.com.br “O curso possibilitou um enriquecimento cultural e apoio de informações técnicas na melhoria de meu produto. Também contribuiu na divulgação dos trabalhos, ampliando o relacionamento dos artesãos, expandindo assim o campo de ação.”
Anel e colar Quaresmeira Matéria-prima: vidro e tinta Técnica: fusing Dimensões: anel 2 cm x 4 cm x 2,5 cm colar 4 x 8 x 0,5 cm
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Pratos Pássaros do Jambreiro Matéria-prima: faiança e pigmento Técnica: pintura sob e sobre esmalte Dimensões: 25 cm x 25 cm x 3 cm
Sonia piancastelli (31) 3581 7999 | (31) 8842 1847 soniapiancastelli@gmail.com “A segurança que adquiri ao longo do curso me ajudou principalmente como professora. Hoje dou uma aula muito mais completa, porque vejo o potencial dos alunos muito mais fácil. Fiquei ainda mais ciente do meu valor como artesã. Quero sempre estar aprendendo, farei quantos cursos puder para crescer e ajudar os outros.”
Bolas Répteis Matéria-prima: faiança e pigmento Técnica: pintura sob e sobre esmalte Dimensões: pequena 9 cm diâmetro média 10 cm diâmetro grande 14 cm diâmetro
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Almofadas aromatizadas Arquitetura Matéria-prima: tecido e tinta Técnica: costura e batik Dimensões: 40 cm x 40 cm x 11 cm
Teresinha evangelista (31) 3541 7371 | (31) 9119 4584 tervan100@yahoo.com.br
Almofadas aromatizadas Fauna e Flora Matéria-prima: tecido e tinta Técnica: costura e batik Dimensões: 40 cm x 40 cm x 11 cm
“Me tornei uma artesã mais confiante e aprendi como processar as criações de uma maneira profissional e fundamentada. Agora tenho um horizonte sem fim para buscar elementos de criação. Aprendi também que é mais fácil criar e não copiar. Se o artesanato já me fascinava, agora ele me realiza.”
Pulseiras e bracelete Répteis
Matéria-prima: linha de algodão Técnica: crochê Dimensões: pulseira 90 cm diâmetro x 2 cm bracelete 70 cm diâmetro x 5 cm
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Participantes da edição 2009
AGRADECIMENTOS
EQUIPE DE TRABALHO
Ao Coordenador do Programa de Extensão Universitária do Ministério da Cultura Luciano Onça. Ao Diretor Roberto Werneck
Projeto Minas Raízes Capacitação em Produção Artesanal – Nova Lima 2009
Resende Alves e à Vice-Diretora Jacqueline Ávila Ribeiro Mota da Escola de Design. À Coordenadora do Centro de Extensão Giselle Hissa Safar. À Coordenadora do Centro da Imagem Rosemary Portugal Gonçalves de Souza. Ao Coordenador do Centro Design Silvestre Rondon Curvo. À Coordenadora do Núcleo de Design e Responsabilidade Social Maria Flávia Vanucci Moraes. Aos Professores Breno Pessoa dos Santos e José Rocha Andrade. Ao Prefeito de Nova Lima Carlos Roberto Rodrigues; ao Vice-Prefeito de Nova Lima Jaconias Gomes de Souza e ao Chefe de Gabinete Djalma Ricardo Júnior da Prefeitura Municipal de Nova Lima. Ao Secretário de Cultura de Nova Lima Leci Alves Campos e aos funcionários Alielton Alves Diegues, Elenita Márcia Couto Pessoa, Ícaro Eustáquio da Silva e Juliana Maria de Oliveira da Secretaria Municipal de Cultura de Nova Lima. Ao Secretário de Comunicação de Nova Lima Marcos Augusto e aos funcionários Paula Pereira e Welington de Oliveira do Departamento de Jornalismo da Secretária Municipal de Comunicação de Nova Lima. Ao Secretário de Desenvolvimento Econômico de Nova Lima Victor de Campos Silveira. À Anyole Lana de Lima, Tatiana Pessoa Geckler e aos funcionários do Departamento de Turismo de Nova Lima. À Adriana Oliveira Costa, Claudia Datto e aos funcionários da Escola Casa Aristides Atelier de Artes e Ofícios. À Presidente da Associação dos Artesãos de Nova Lima Artes da Terra Maria de Lourdes Giacomelli e à Vice-Presidente Claudia de Oliveira. À Geni Teresinha da Silva e José Alípio Moraes da Papelaria Sonho Real. À Janaína Aparecida Alves e Lugério Vilela Fonseca da Artes Gráficas Formato. À Maza de Palermo do Centro de Artesanato Mineiro. À Gabriela Navarro do Museu de Artes e Ofícios. A Tiago Afonso de Oliveira do Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer da AngloGold Ashanti. À Luciana Barbosa do Centro de Arte Contemporânea Inhotim. A Manoel Reis do Centro das Tradições do Rosário no Estado Maior de Minas Gerais. À Maria Elisa Ordones de Oliveira e Flavia
Coordenador Igor Goulart Toscano Rios Professores Convidados Breno Pessoa dos Santos Rosemary Portugal Gonçalves de Souza Pesquisadora Bolsista Daniela Menezes Martins Alunos Bolsistas Fernando Henrique Moraes Borges Lucas Grassi de Freitas Luiza Soares Otoni Vivian Bernardes de Souza Aluno Voluntário Roberto Silva Pereira Junior
Araújo Roque da Feira da Tecnitur/Unilar. À Claudia Esteves e Teresa Aguiar da Fundação Renato Azeredo. Aos funcionários Carlos Eduardo Costa, Elenice Pereira Costa Grego e Diva Pardim da Escola de Design. Aos professores e alunos do Centro de Extensão. Aos palestrantes das edições 2008 e 2009 Alonso Lamy de Miranda Filho, Amanda Câmara Franco, Ana Luiza Cerqueira Freitas, Bárbara Dias Lage, Flávio Augusto Araújo Nascimento, Giselle Hissa Safar, Glaucinei Rodrigues Correia, Manoel Reis, Mariana Oliveira e Souza, Mazarelo Carneiro de Miranda, Nadja Maria Mourão, Samuel Eller, Tailze Melo Ferreira e Vânia Myrrha de Paula e Silva. A banca avaliadora das edições 2008 e 2009 Andréia Costa, Giselle Hissa Safar, Maria Flávia Vanucci Moraes, Mazarelo
REALIZAÇÃO
PROMOÇÃO
PATROCÍNIO
APOIO INSTITUCIONAL
APOIO
Carneiro de Miranda e Natacha Rena. Aos alunos voluntários das edições 2008 e 2009 Bárbara Dias Lage, Claudio Nadalin Vaz, Francislene da Silva, João Thomaz Martins Dirickson, Patrícia Cândida Porto, Roberto Silva Pereira Junior, Sabrina Dias Piancastelli. Aos colaboradores Daniel Parreira, Fabiano Lana, João Victor de Oliveira Rodrigues, Julia Mírian Pires Lage, Maria Carolina Gomes Fraga, Pedro Guedes Amaral, Thaís Souza do Amaral e Vinícius Ferreira Mota. Ao artesão Fábio Teixeira de Bichinho, Prados – MG. Aos artesãos que participaram das edições 2008 e 2009. Aos nossos familiares, companheiros e amigos. Agradecemos a todas as pessoas e instituições que apoiaram o desenvolvimento deste projeto, por acreditar, assim como nós, nas possibilidades que o design apresenta de contribuição para o artesanato e artesãos de Minas Gerais.
Este catálogo foi composto em Futura e Diavlo. O miolo foi impresso em papel Couche Fosco 150 grs. A capa em papel Duo Design 300 grs. com aplicação de relevo seco. Impressão e acabamento por Artes Gráficas Formato. Belo Horizonte, Minas Gerais. Outubro de 2009.