Setembro a novembro de 2015
rota romântica em revista
edição 02
destinos que
encantam
Festival das cores
I
magine que você está em uma rota de estradas essencialmente românticas, contornadas por plátanos, onde o colorido varia de acordo com a estação do ano. Mais do que isso, pelos caminhos desta rota belos jardins floridos vão surgindo. Em alguns, as cores prevalecem e em outros o perfume é irresistível. As cidades escolheram seus símbolos entre espécies que estão representadas em canteiros cultivados por todos os lados. Por isso, ao subir à Serra pelas estradas que ligam as cidades da Rota Romântica, ou mesmo dentro dos municípios, é bem provável que os visitantes se sintam inspirados a criar ou aumentar os espaços verdes que têm a sua volta. Parques, espaços verdes, museus e espetáculos contribuem para colorir ainda mais este cenário e criam opções de lazer e preservação da memória.
Foto Sabrina Schuster
É fazendo um convite para este despertar de sentidos que a Rota Romântica em Revista mostra nesta edição uma diversidade de flores, plantas e atrações para agradar pessoas de idades das mais variadas, mas que têm em comum a preferência por programas ao ar livre.
mais do que só paisagismo ara escrever sobre jardins, flores e paisagismo é preciso se infiltrar nos canteiros e saber mais sobre as novas concepções na arte do cultivo e seus mistérios. E para isso nós fomos até Nova Petrópolis encontrar um paisagista nada tradicional: Phill Dummer. “Eu não chamo o trabalho que faço de planejamento paisagístico, mas de plano. São 12 meses onde se ensina a plantar, a podar, aplicar a sustentabilidade, desmistificar a segregação das coisas”, explica. Segundo ele, um bom espaço pode ter a união de jardim, pomar e horta em um objetivo focado no bem-estar das pessoas e nas suas expectativas.
P
Um jardim que não onera em tempo, em recursos financeiros e que traga prazer a quem vai utilizálo. Esta é, segundo ele, a nova exigência do público que busca um paisagista para a ocupação de um espaço. “É preciso colocar ali uma vegetação adaptada ao local, que atraia fauna e flora, enfim, que atenda a necessidade das pessoas”, revela.
Interação com o meio ambiente Há uma busca maior, conforme ele, por mais interação com o meio ambiente, em um sistema que inclui uma horta e plantas medicinais, por exemplo. “O tradicional, o corriqueiro está perdendo espaço. O mundo está caminhando para uma conexão com a terra no resgate das origens. É um conceito do passado readaptado para o presente. E o público desta nova modalidade de jardim ainda é pequeno, mas é crescente”, diz.
As lavandas de Morro Reuter
E
sta cidade tem uma história interessante para a escolha desta flor como símbolo. A cidade onde jardins emanam um perfume singular teve a lavanda, ou alfazema, como também é conhecida, introduzida na história entre os anos de 1997 e 2000, quando o paisagista francês Renê Bessi visitou a cidade e desenhou um croqui onde o município aparecia cercado por lavandas. Impressionado com a beleza do desenho, o então prefeito Wilson Reinheimer foi à França, visitou áreas de cultivo e de volta a Morro Reuter trouxe algumas variedades da planta. Em parceria com a Universidade de Caxias do Sul e Embrapa foram desenvolvidas experiências das quais surgiu a espécie hoje cultivada na cidade: a Lavanda Dentata. Foi neste período que Morro Reuter introduziu a lavanda como sua flor símbolo.
A CIDADE DAS FLORES Voltando aos primeiros degraus da Serra, temos ainda Ivoti, terra de não apenas uma, mas de todas as flores. Cidade onde elas podem ser vistas em todos os canteiros, desde o pórtico de entrada até o Núcleo Histórico de Casas Enxaimel, local de grande visitação de turistas. Divulgação/Prefeitura de Ivoti
O título de Cidade das Flores foi assumido por Ivoti em alusão ao antigo nome do município, que era conhecido como Bom Jardim.
E Tradição de cultivar o verde
H oje, a fl alemão H da família Daniel,fil
Não é to passa pel centro da
E
Christine incentiva o cultivo de flores e temperos em todos espaço disponíveis
m Nova Petrópolis, na estrada que liga a cidade a Gramado, fica a Floricultura Ursula. A empresa foi fundada pelo imigrante russo Georg Sobestiansky, que chegou ao Brasil em 1950 com a esposa Ursula.
ca idealizada por ele, que permanece com o mesmo desenho, embora já tenha sido revitalizada várias vezes. Segundo Christine, a empresa cresceu muito e isso se deve à cultura alemã, que tem o hábito de cultivar as plantas.
loricultura é administrada pela família do “A Ursula só contribui com o produto para alimenHans Hermann Hesse. A segunda geração tar este hábito”, diz. E atualmente, segundo ela, quala Hesse está no comando, com Christine e quer espaço pode ter um jardim, seja de flores, ou hos de Hans. mesmo de condimentos. “O espaço não é desculpa, odo mundo que conhece Hans, mas quem a claridade, ou falta dela sim, e mesmo assim, exislo labirinto verde, na Praça das Flores, no tem plantas que podem ser cultivadas com menos a cidade, pode ver ali uma obra paisagísti- luz”, explica.
Herança da cu
A
A terapia do pé na terra Trabalhar com as flores, segundo Erica, é um calmante. “Uma agradável terapia”, define. Segundo ela, é um trabalho de mudanças constantes, afinal, cada estação tem suas plantas específicas. “A maioria dos consumidores finais são leigos e querem um recando bonito em suas casas. Para isso precisam ser orientados sobre o que e como plantar. Qualquer pessoa consegue ter plantas em casa, inclusive temperos e chás, basta que tenha a planta certa no lugar certo, e nisso podemos ajudar”, afirma.
o subir a Serra pelas belas estradaque ligam as cidades da Rota Romântica, ou mesmo dentro dos municípios, os visitantes se sentem motivados a embelezar o seu próprio jardim. O passeio oferece todo aparato profissional e material para a construção destes espaços. São muitos os profissionais paisagísticos e floriculturas pelo caminho. É com a simplicidade e o acolhimento de uma empresa familiar que o visitante é
recebido na Fl da Serra, em D
Às margens da to ao acesso à ponesa, um rec hectares com árvores, esta um parquinho ças e uma ime de de flores e dos clientes. N acompanhada ca da família M Erica. Junto co lham o esposo a filha, a paisa Meurer.
ultura germânica
loricultura Pé Dois Irmãos.
a BR-116, junà Colônia Jacanto de dois lago, muitas acionamento, para as crianensa variedaestá à espera Nossa visita foi pela matriarMeurer, dona om ela trabao Normélio e agista Veluma
Bem-vin criança
A
o Viajar com crianças é uma ser uma dor de cabeça se não Se a criança for pequena é bo terá um local com banheiro imprevistos. Caso a criança esteja cans seguir viagem. Também é bom ter no car estradas que levam à Rota Romântica c essa estrutura. Na hora de escolher o pass atrações condizentes com a idade e que la a fazer um roteiro longo demais poder já sabe: toda família perde a paciência. antes de sair de casa e aproveitar tudo de Romântica têm a oferecer.
ndas, as!
a alegria, mas também pode o prestarmos atenção nelas. om saber se no caminho você o e trocador para possíveis sada, pare e relaxe antes de rro água e um lanchinho. Nas certamente você encontrará seio, fique atento para buscar e não cansem demais. Forçárá irritá-la e o resultado você A dica é planejar um pouco e bom que as cidades da Rota
A estrutura inclui, além dos espaços dos animais, o galpão de educação ambiental, restaurante e loja exclusiva de produtos que valorizam a fauna brasileira
Um parque temático com atrações fantásticas e réplicas de engenhocas inventadas pelo homem, em tamanho menor e em pleno funcionamento.
A descoberta de um pequeno mundo
A
amor Cons indis em este sentime os visitantes e quem é crian adulto também integrante da R de 2,5 mil peq suas rotinas co observados po de 30 anos. Os cenários eu delicadamente çam a imagina
r está nas pequenas coisas. siderando ser esta uma verdade scutível, existe um endereço Gramado que transborda ento. O Mini Mundo insere em outra dimensão, no qual nça fica encantado e quem é m. Nesta pequena comunidade Rota Romântica habitam cerca quenos moradores que vivem omo se não estivessem sendo or visitantes gigantes há mais
TVs com programação constante, além do público anônimo que vai desde moradores de rua até trabalhadores da Linha Férrea.
Tirando um pouco os olhos das réplicas de locais famosos como o Museu Paulista, a Usina do Gasômetro e o Castelo de Neuschwanstein, é possível ainda interagir com o Limpador de Chaminés, o Ursinho Gui, a Ursinha Ana e a bruxinha Jú. Eles caminham em meio aos visitantes, enquanto os minimoradores seguem com suas vidas escancaradas em cenas do cotidiano, como um pedido de casamento, o apagar de um uropeus e brasileiros recriados incêndio, tumultos na estrada, e muitas oue encantam os olhos e agutras, que vão sendo detalhadas e traduzidas ação. Trens que funcionam, por guias durante o passeio.
Ação social O Mini Mundo realiza anualmente a Campanha do Alimento, em parceria com o Orbis Clube Gramado. A ação está na 13ª edição. Durante sete dias o parque abre suas portas para a solidariedade. De segunda a sexta para a comunidade de Gramado e Canela e escolas. Sábado e domingo é aberto ao público. O inSERVIÇO gresso é pelo Horácio Cardoso, 291 menos 1 kg Diariamente das 9h15 às 17h. de alimento não perecível. Ingressos: R$ 24,00 para adultos R$ 15,00 para crianças de 2 a 12 anos
R$ 12,00 para pessoas acima de 60 anos
O SERVIÇO Km 35 da ES-115 Diariamente das 9h às 17h Crianças de até 2 anos não pagam Entre 3 e 15 anos e a partir de 60 1/2 entrada R$ 27,00 De 16 a 59 anos R$ 54,00 Informações www.gramadozoo.com.br
Grama ótima em fam de 1,5 da fauna brasileira oferece programa ambiental e safari no equipe especializad e educadores am GramadoZoo não é corredores cercado expostos. Pelo con qual se valoriza o b e a pesquisa e a con
As tradicionais jau vidros blindados e são, que reproduze das espécies. “Por estressados, ou não
Em meio à bicharada
adoZoo, em Gramado, é uma pedida para um passeio mília. No local estão cerca 5 mil animais de espécies a. Além da visitação diária, as especiais de educação oturno. Para isso conta com da de biólogos, veterinários mbientais. Uma visita ao é apenas um caminhar por os de jaulas com animais ntrário: é uma proposta no bem-estar animal, o estudo nservação ambiental.
ulas e grades dão espaço a enormes viveiros de imerem com fidelidade o habitat aqui, se os animais estão o querem ver ninguém, eles
simplesmente podem se entocar e você não vai vê-los”, explica o veterinário Renan Alves Stadler. No zoo gramadense, além dos animais que chegam por apreensão do Ibama, espécies em extinção recebem cuidados especiais para reprodução e pesquisa. O local possui hospital veterinário, berçário e ambientes especiais para os animais de clima quente. A estrutura do zoo inclui, além dos espaços dos animais, o galpão de educação ambiental, restaurante e loja exclusiva de produtos que valorizam a fauna brasileira, onde parte do valor arrecadado é revertido para pesquisa e conservação de espécies ameaçadas de extinção. Em funcionamento desde 2008, o GramadoZoo é o único do Brasil e do Continente que está entre os 25 melhores do mundo. Além disso, já foi premiado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária pelo bem-estar animal e da
Secretaria Estadual de Turismo pelo programa de educação ambiental no 1° Prêmio Inovação do Turismo RS.
BICHO BOM DE FOTO Os fotógrafos, amadores ou profissionais, que forem visitar o parque podem participar do concurso fotográfico “Bicho bom de Foto”, que vai premiar os três melhores trabalhos com um ano de Passaporte Familiar no GramadoZoo (para no máximo quatro pessoas) e uma diária (com acompanhante) em hotel parceiros, além de uma camiseta da Loja Bichos do Brasil. O resultado final do concurso será divulgado em 24 de março de 2016 no site do zoológico. As inscrições podem ser feitas até 16 de dezembro de 2015. O regulamento completo no site www.gramadozoo.com.br
O
DiDiversão a todo vapor e
Mundo a Vapor, em Canela, é parada obrigatória para quem vai à Serra com crianças. A fachada reproduz o famoso acidente ferroviário acontecido em Paris, em 1895, quando uma locomotiva cruzou desgovernada e em alta velocidade a estação de Montparnasse, atravessou uma parede e ficou pendurada a 12 metros de altura. Para quem imagina que a atração é simplesmente a reprodução deste acidente, a notícia é boa: lá dentro tem mais. Um parque temático com atrações fantásticas e réplicas de engenhocas inventadas pelo homem, em tamanho menor
e em pleno funcionamento. Ernesto Urbani foi o patriarca do Mundo a Vapor. Na oficina da família, ele dava assistência e consertava as locomóveis das serrarias e fazia manutenção em máquinas e ferramentas. Seus filhos, Omar, Benito e Hermes, criados dentro das oficinas, passaram a criar, artesanalmente, réplicas, imitando o processo industrial completo. Nascia ali o Mundo a Vapor.A primeira miniatura foi construída em 1950 por Omar Urbani, então com 16 anos, a partir de sobras de material. AÇÃO SOCIAL O Mundo Vapor participa da formação de pequenos artistas, apadrinhando crianças carentes da cidade de Canela, no Espaço D’Arte. Todas as moedas recolhidas no Poço Gravitacional são destinadas à compra de material escolar da Associação Assistencial Dom Luiz Guanella/Centro Social Padre Franco situada no Bairro Santa Marta, em Canela RS, que abriga mais de 150 crianças. O Mundo a Vapor realiza também a Campanha da Fralda onde, por um dia, quando um pacote de fralda vale ingresso ou o valor do ingresso é revertido para compra de fraldas adultas e geriátricas, distribuídas para os necessitados.
e sem limite de idade
SERVIÇO Av. D Luiz Guanella, 1177 RS 235 - Rod. Canela / Gramado Ingressos R$ 20,00 para adultos R$ 10,00 para crianças de 6 a 15 anos Estudantes com apresentação de carteira estudantil, e maiores de 60 anos. Crianças até 5 anos não pagam entrada.
U
Um pov chamado
m espetáculo para levar a família Este é Korvaunturi, uma ex fusão de teatro, dança, té circenses e cenários virtuais. O show conta a história de um povo e sábio que vivia em um mundo enc chamado Korvatunturi, uma terra lon com uma grande montanha mágica que os pensamentos de todos os seres e aurora boreal brilha todas as noites. espetáculo repleto de magia que desp
SERVIÇO São Pedro nº663, Gramado Ingressos de R$ 80 a R$ 90 Crianças até 12 anos, estudantes com carteirinha e pessoas acima de 60 anos tem 50% de desconto. Menores de 3 anos não pagam ingresso.
vo encantado o Korvatunturi
a inteira. xplosiva écnicas
antigo cantado ngínqua e escuta onde a . É um erta os
verdadeiros valores da vida e leva o espectador a um reencontro com os sentimentos de amizade, alegria, solidariedade e amor. Depois de entrar no Centro de Eventos da Faurgs, no centro de Gramado, onde o espetáculo acontece, o público é cercado pelo cenário como se fizesse parte da atração. Os sons envolventes da floresta e o aroma do ambiente resgatam os espectadores da realidade e juntam todos aos moradores de Korvatunturi. O figurino é único, colorido e alegre.
Ergam suas taças e celebrem!
A
Bellepoque não é apenas um espetáculo. É uma outra dimensão. Neste espetáculo, o público e artistas conseguem agregar a fantasia única do burlesco e do sensual em um momento único. Se não estiver disposto a entrar no mundo de Madame Cacá e seu Cabaré, nem passe pelas portas da Fancy Gramado. Entretanto, se você for um destes amantes das artes, venha preparado, porque o espetáculo é lindo e você vai sair daqui extasiado. A atração une arte estética e beleza em impressionantes performances que levam o espectador a uma jornada pelo universo da sensualidade.
A vida alternativa de artistas de cabaré contada de forma alegre e criativa através da música, dança, teatro e técnicas circense apresenta uma dimensão sedutora da realidade onde o aspecto lúdico e o “proibido” eletrizam os sentidos. No cabaré de madame Cacá cada personagem tem uma história, com suas dores e amores. Não há muitas palavras para descrever o espetáculo que em todos os dias de apresentação lota a casa. Vale a pena mesmo é conferir de perto e deixarse embevecer pelo talento dos personagens. Como diz Madame Cacá, “peguem seus copos, ergam suas taças, embriaguem-se...”
SERVIÇO
Espetáculo une música, dança, teatro e técnica circense
Rua Garibaldi, nº328 Em janeiro nas quintas e sextas Sempre às 22h30 Valor R$ 60 a R$ 120 Para maiores de 18 anos
romantismo à beira do abismo ra que mais casais aproveitassem o ont des Arts em ver- romantismo da cidade para encher
P
são
Serra
Gaúcha a grade com seus cadeados.
mirante de Gramado, que Então, vale uma parada no mirante
permite a visão do Vale delimitado para o estacionamento do Quilombo, no belve- e uma caminhada pelo belvedere. dere da Avenida das Hor- Vale a contemplação e vale selar a
tênsias, estrada que liga Gramado a relação. Só não vale jogar a chave Canela, se transformou no Pont des na natureza. O belvedere tem 850 Arts (local de Paris repleto de cade- metros de altitude e os cadeados ados apaixonados) da Serra Gaúcha. pendurados na grade de proteção Bastou que alguém tivesse a ideia de acabaram dando um charme todo ornamentar a grade de proteção pa- especial ao local.
EXPEDIENTE ROTA ROMÂNTICA EM REVISTA (51) 3093-0530/8189-4624 ALAMEDA COELHO NETO, 20/403 - BOA VISTA PORTO ALEGRE - CEP 91340-340
www.conexaocorporativa.com.br edição e desigN Liège M. Alves e Lissandra Mendonça FOTO CAPA: Liège M.Alves REPORTAGEM E FOTOS: Vera Fernandes