Whindersson Nunes leva o melhor do trap em dupla apresentação no Rock in Rio
Whindersson Nunes, um dos maiores nomes do entretenimento brasileiro, fez história mais uma vez no Rock in Rio na quinta (19), ao encerrar o palco Supernova sob seu pseudônimo Lil Whind O artista, acompanhado de Omni Black, Yas, Arthur e Soares, entregou uma performance que eletrizou o público
Nesta sexta (20), o humorista e trapper voltou ao festival para uma aparição surpresa ao lado de Menino da NVR, garantindo a performance ao lado do amigo no palco do Rock in Rio durante o show de Cynthia Luz
Lil Whind, que iniciou sua trajetória musical em 2019, já havia deixado sua marca no Rock in Rio em 2021, e na quinta-feira repetiu o sucesso Seu estilo irreverente, que mescla trap e rap com letras bem-humoradas, marcou a noite com hits como “Piauí”, “Cerrado” e “Trap do Gago” Também marcaram presença no repertório diversas faixas do álbum "Gota D'Água", lançado em 2023, como "Louis V" e "Mídia", nas quais recebeu o trapper Arthurzim no palco para uma performance em conjunto
Durante o show, Whindersson também chamou a atenção do público para as queimadas que assolam o país atualmente, e entregou um tamanduá de pelúcia a uma criança no palco, simbolizando o risco que corre a fauna brasileira com a destruição de seu habitat
Whindersson, conhecido por sua versatilidade, também é um fenômeno do YouTube, onde iniciou sua carreira com vídeos humorísticos autênticos, conquistando milhões de fãs Além da
música, ele continua a arrastar multidões com seu espetáculo de humor "Efeito Borboleta" e se prepara para uma luta de boxe em novembro, nos Estados Unidos, contra Neeraj Goyat, em um evento promovido pela Netflix Com mais de 100 milhões de seguidores somados no Instagram e YouTube, Whindersson Nunes segue sendo uma das figuras mais influentes da internet brasileira O show de ontem no Rock in Rio provou, mais uma vez, sua capacidade de encantar e surpreender o público
Sophia Stedile revela "Tem Muito Ainda", canção sobre amor eterno que transcende a distância MÚSICA
A talentosa cantora e com pronta para tocar o cora lançamento de "Tem Muito A as plataformas digitais pela A que foi produzido pelo tim Music Arthur Favero e André músico e CEO do selo Anton de lançamentos que culm próximos meses, e traz u Leve/Bossa Nova, repleta de e "Tem Muito Ainda" é uma h de Sophia, trazendo um incondicional que ultrapassa expressa o sentimento de q querida já não esteja aqui, forma sutil e constante, qua conforta e encoraja Nas pala alguém dissesse: 'Eu não esto você Olhe para cima, peça aju Isso é refletido nos versos d afirma: "Quando tudo se apa mesmo longe de você"
A ideia de que o porto endereço se desenha nos m celebra a força e a beleza de após a perda Em versos com vida, que quando cê dança mensagem de que, apesar d esperança O encorajament "Levanta a cabeça, tem muito convida a reconhecer que a diante da partida de quem novos caminhos a serem trilh
Com seu timbre de voz a proporciona uma experiênci emocionar e envolver o públi entrega autêntica nas apre artista inesquecível
Jamie xx lança seu segundo álbum de estúdio “In Waves” MÚSICA
Jamie xx lança In Waves, seu aguardado segundo álbum de estúdio, pela Young Recordings O aguardado retorno solo de Jamie se desdobrou em uma série de eventos globais nos últimos três meses
Nas 12 faixas do álbum, que chega 9 anos depois de seu álbum de estreia indicado ao GRAMMY, BRIT, Ivor Novello e Mercury Music Prize, In Colour, Jamie reproduz os crescendos emocionais e a volatilidade emocionante de uma noite quase mística ao lado de um elenco de colaboradores que inclui The Avalanches, Kelsey Lu, John Glacier e Panda Bear, Oona Doherty e seus colegas de banda do The xx, Romy e Oliver Sim Criado ao longo de um período de quatro anos, inaugurado pelo seu muito amado Essential Mix, de 2020, e apimentado com períodos de autorreflexão, uma pandemia global e um amor recém-descoberto pelo surfe, é um álbum que está a caminho de eclipsar as alturas de seu antecessor mundialmente aclamado
No lançamento do The Floor em maio - uma residência de 10 noites consecutivas em um clube londrino que também contou com as participações não anunciadas de Charlil xcx e George Daniel, Romy, Daphni, 2ManyDJs, John Glacier, Jockstrap, Axel Boman, Two Shell, Yu Su, Lil Silva, MJ Cole, DJ Python e muito mais - Jamie apresentou todas as faixas de In Waves.
Em Nova York e Los Angeles, respectivamente. A série de eventos contou com a participação de Jamie xx e de artistas como Four Tet, Hudson Mohawke, Ben UFO, François K, Anthony Naples, Bambii, John FM, Bianca Oblivion, Mia Carucci, Jubilee, Florentino, Nourished By Time, Sister Zo e outros.
Em abril, Jamie lançou “Baddy On The Floor”, sua alegre colaboração de verão com Honey Dijon, antes de anunciar as novidades do álbum em junho com “Treat Each Other Right"; um hino de breakbeat que combina soul futurista, foi acompanhado por um videoclipe da fotógrafa e filmmaker Rosie Marks. Em junho, ele colaborou com Robyn em seu primeiro grande lançamento em seis anos com “Life”, uma explosão de horns e loops, apresentando uma das vocalistas mais icônicas dos últimos tempos. Ao lado dos recentes singles “All You Children” com The Avalanches, “Dafodil” e agora “Waited All Night”, com seus colegas de The xx, os fãs têm uma ideia do eufórico disco que está por vir.
Ziggy Alberts está de volta com o novo single “Where Does The Love Go?”
O cantor e compositor Ziggy Alberts, vencedor do prêmio APRA, está de volta com um novo single, “Where Does The Love Go?” A faixa mais recente do artista australiano oferece um vislumbre do que está por vir em seu próximo sétimo álbum de estúdio, New Love, que ele anunciou hoje durante sua turnê nos EUA O álbum será lançado em 21 de fevereiro de 2025 por sua gravadora Commonfolk Records
A delicada “Where Does The Love Go?” mostra a produção minimalista característica de Ziggy, com violão suave e palmas que permitem que sua voz cheia de alma brilhe A música é inspirada em artistas como José González, The 1975 e Nick Mulvey, combinando elementos dos gêneros chill acústico, pop e cantor e compositor Refletindo sobre a criação da música, Ziggy compartilha: “Minha lembrança favorita dessa música é de estar sentado em Wategos, em Byron Bay, observando as ondas no verão de 2023”
Ziggy também se lembra de um momento de gravação particularmente memorável com o colaborador de longa data Garrett Kato “Em um determinado momento, começamos a perder o rumo, chorando de rir com a ideia de um personagem chamado Dr Love Go - que às vezes também era um general Na verdade, tivemos que parar de trabalhar porque não conseguíamos parar de rir Talvez esse personagem ganhe uma história em quadrinhos algum dia quem sabe!”
Em termos líricos, “Where Does The Love Go?” é introspectiva e provocativa Uma letra que se destaca, “As pessoas falam sobre sexo, mas dificilmente falam sobre o toque, deitado no chão com minhas mãos em seu estômago em Perth, onde acabamos de”, capta as contradições dos relacionamentos modernos Ziggy explica: “É uma música que escrevi para me perguntarpara onde vai o amor, quando não somos nós? É uma pergunta que eu fazia a mim mesmo quando estava sentindo falta de amor próprio Agora que pensei mais sobre isso, acho que o amor desaparece a menos que o incorporemos E é responsabilidade da humanidade, sempre que possível, mantê-lo vivo”
Após os recentes singles “New Love” e “Outlaw”, Ziggy Alberts continua a explorar novas profundidades
musicais e emocionais com “Where Does The Love Go?” Embora seu estilo folk de surfista, alegre e ensolarado, permaneça, há uma maior consciência do significado e da intenção por trás de sua música Ziggy está mergulhando fundo em suas raízes para criar joias folclóricas acústicas que são ao mesmo tempo despojadas e profundamente emotivas
O som folk-pop de Ziggy lhe rendeu 16 certificações em platina pela ARIA, incluindo um álbum de platina dupla para Laps Around The Sun Com vários prêmios APRA e inúmeras turnês esgotadas em todo o mundo, a base de fãs de Ziggy continua a se expandir a cada lançamento Apesar de seu sucesso, Ziggy continua ferozmente independente, fundando sua própria empresa musical, a Commonfolk Records, para manter o controle sobre sua música e carreira Sua jornada começou há uma década, quando Ziggy era um surfista de 19 anos e músico de rua que vivia em uma van, fazendo shows intimistas em quintais e salões comunitários na Austrália e na Europa
Desde o começo, a carreira de Ziggy disparou, mas sua música continua tão genuína e sincera como sempre Os fãs podem esperar por mais músicas e histórias sinceras nos meses que antecedem o lançamento de New Love, em 21 de fevereiro de 2025
Alec Orea
Renomado músico de jazz, lança projeto para guiar artistas na descoberta de sua identidade musical
Créditos: Nathan Cazella
Do sul do Brasil para o mundo, Alec Orea emergiu como um nome de destaque no jazz nos últimos anos Pianista, compositor e educador, Alec é filho de pianista clássica e iniciou sua jornada musical aos 11 anos, o que o levou a aprofundar sua paixão na graduação e 2 mestrados Ao longo dos anos, explorou e aflorou sua sonoridade complexa ao redor do mundo, consolidando uma identidade artística autêntica, contemporânea e universal, também marcada pela improvisação Inspirado por sua própria liberdade criativa, o músico agora busca expandir a mente musical de outros artistas por meio do "MMExpansion"
Alec Orea ganhou destaque no cenário musical brasileiro após ir para a Holanda, onde reconheceu a força de seu perfil como músico Durante esse período, ele conheceu o trompetista russo Alex Sipiagin, com quem fez inúmeras colaborações, entre elas seu primeiro disco intitulado "Gratitude”, em Nova Iorque Posteriormente, colaborou com Raul de Souza, uma lenda da música instrumental brasileira, produzindo seu último disco "Plenitude" Além disso, realizou turnês pelo Brasil ao lado da cantora Flora Purim e o baterista Airto Moreira, como Diretor Musical do sexteto Alec também trabalhou com músicos renomados como Will Vinson, Sidiel Vieira, e Rodrigo Digão Braz em seu álbum "Concerto para Piano e Universo – 1º e 2º Movimentos”
Alec Orea também se dedica intensamente à sua carreira como educador Uma de suas primeiras experiências docentes em São Paulo foi no Conservatório Nacional Souza Lima Após turnês e vivências por toda a Europa, ele recebeu o convite para lecionar no Global Music Institute da Berklee na Índia, uma experiência cultural marcante que ampliou suas inspirações Com o ensino como um pilar essencial de sua carreira, Alec trouxe consigo a sensibilidade para guiar músicos reféns das inúmeras crenças limitantes e paradigmas que permeiam a sobrevivência da música instrumental, desenvolvendo o projeto "MMExpansion" Representando o Jazz, como gênero e não estilo, o músico conhecido por sua abordagem “não convencional”, livre de rótulos, promove uma imersão profunda na experiência musical de modo a expandir tal arte Incentivando a mentalidade de elevar a consciência dos artistas que se empregam na área, o primeiro módulo do “MMExpansion”, sugere caminhos e reflexões para a busca de identidade artística, com autoconhecimento e expressão Alec Orea contará com a participação de diferentes músicos do segmento e a pianista e terapeuta neurolinguista Rachel Correa, especializada em reprogramação neural
Créditos: Tina Grach
O que motivou você a criar o projeto "MMExpansion" e como ele se diferencia de outros métodos de ensino musical?
O MMExpansion é muito mais do que um método de ensino de conteúdos essencialmente voltados ao estudo de linguagens pertinentes ao universo teórico\prático musicais, porque além de trazer uma série de processos de estudos expansivos focados em vários instrumentos, o fio condutor do projeto se dá em vários níveis de compreensão, no intuito de proporcionar ao músico, análises precisas acerca de outros fatores que também influenciam o processo cognitivo, o encontro da identidade musical e a expansão da carreira
A motivação nasceu do desejo de compartilhar com o maior número de pessoas possível, que tais fatores, como por exemplo, ambiente e crenças limitantes são alguns dos pilares que definem e estabelecem alguns paradigmas e limitações da carreira do artista
Muitos músicos acreditam, erroneamente, que o sucesso material e artístico musical, são consequência de aspectos fundamentados em sorte, facilidades econômicas, “berço musical”, situação geográfica, sociedade, entre milhares de outras falácias pertencentes ao meio, quando grande parte dos músicos extremamente bem sucedidos que conheci e compartilhei o palco nos últimos 10 anos, vieram de famílias sem condições favoráveis, cidades pequenas em vários países, como Rússia e Brasil, por exemplo Eu mesmo sou nascido no interior do Paraná, família de condições muito simples economicamente falando, escola e universidade pública, e obtive um alcance jamais previsto para tal realidade
Por outro lado, conheço exatamente a situação oposta Músicos nascidos em NYC, com todas as condições favoráveis, família musical e, nem por isso, alcançaram tal sucesso de carreira ou performance
E é por isso que o curso tem a assinatura: “A Expansão da MENTE musical” É de suma importância que haja uma ressignificação de tais aspectos e crenças
Como você acredita que a sua experiência pessoal e suas colaborações internacionais influenciaram o desenvolvimento desse projeto?
Desde que saí do Brasil em 2013 para um mestrado na Holanda, tive a oportunidade de viver em mais de 5 países em 3 continentes diferentes E o processo de
agrupar especificamente tais músicos, jamais poderia se repetir em outro programa, visto que foi o meu contato individual com cada um deles, em diferentes ambientes, épocas, situações e colaborações artísticas que torna possível tal curadoria E estamos falando de músicos ingleses, russos, novaiorquinos, cubanos, brasileiros, holandeses etc
Tais músicos são de gerações e culturas distintas, que possuem em seu “currículo”, trabalhos com nomes expressivos da música instrumental mundial, tais como Hermeto Pascoal, Michael Brecker, Wynton Marsallis, Dave Holland, Gonzalo Rubalcaba, Shai Maestro, Tigran Hamasyan, Herbie Hancock, Mike Stern, só para citar alguns Não vejo outro programa que contém tamanha experiência em conhecimento, habilidade e conteúdo
Quais são os principais desafios que os músicos enfrentam ao buscar sua identidade artística, e como o projeto pode ajudá-los a passar por esses processos?
Essa pergunta está claramente respondida na primeira resposta desta entrevista, mas quero acrescentar que cada um dos músicos selecionados, possuem visões diferentes porém complementares de cada um dos mencionados aspectos A riqueza de informação e inspiração se dá de forma elevada e inquestionável
Entre os músicos com quem você colaborou no "MMExpansion", há alguém cuja abordagem te surpreendeu ou inspirou de uma maneira nova?
Eu venho tocando com cada um desses artistas nos últimos 10 anos E conheço por convivência muito de suas histórias
Constantemente me surpreendo e aprendo com cada um deles Nenhuma faculdade ou mestrado me trouxeram tal aprendizado Quando os solicitei a fazer parte desse programa, respondendo às várias dúvidas de muitos músicos que constantemente me procuram e perguntam sobre tais elementos, fui mais uma vez surpreendido e inspirado com cada um deles Mas isso faz parte do processo infinito que a música e a arte proporcionam Nunca chegamos ao fim de nada, o processo é constantemente mutável e evolutivo Então para responder sua pergunta eu diria: TODOS
Aos que pretendem se inscrever no projeto "MMExpansion", o que podem esperar?
Acho que quem leu até aqui já teve uma prévia! “risos”, mas é importante dizer que não estamos prometendo nenhuma fórmula ou receita Isso não existe no ambiente da arte Estamos proporcionando conteúdos intelecto\prático musicais, reflexões, música e neurolingístca, e ainda uma lista 170 contatos de jazz festivals e jazz clubs na Europa Isso porque além de proporcionar tais conhecimentos, eu resolvi compartilhar algo que nunca foi possível a muitos músicos, uma lista que levou 10 anos para ser elaborada, que por sinal, eu uso todos os anos para gerar minhas turnês pelo mundo
Puxando um pouco para a sua carreira… Em sua trajetória como artista, houve um momento específico em que você não sabia por qual caminho ir e sentiu falta de apoio? Pode contar um pouco sobre seu percurso como músico?
Quero reforçar o que mencionei anteriormente Não existe uma fórmula para nada, mas isso se dá em todas as áreas de conhecimento e profissões no mundo Eu conheço muito bem os desafios que cercam a vida de um artista, de um músico Em muitos momentos eu, sim, senti a falta de uma
orientação mais específica acerca de como poderia crescer, evoluir, atingir outros patamares Não foi um momento específico, foram vários
Em 2005 eu já havia alcançado, em Londrina – PR, um status de poder viver bem da música, dando aulas e tocando em vários projetos que não tinham nenhuma expressão artística significativa, mas me mantinham muito bem em termos financeiros No entanto, a parte do músico que queria inovar e realizar sonhos como tocar pelo mundo, as próprias composições, tocar com ídolos, etc estava faminta
Decidi então me mudar para São Paulo e começar do zero, abandonando toda a estabilidade e ambientes que não me direcionavam para tais objetivos
Chegando em São Paulo em 2007, iniciei um processo de imersão de 12 horas de estudos diários onde, por um ano, só trabalhava o suficiente para manter minhas contas pagas
Foi um período de reclusão Isso se estendeu de forma um pouco mais sutil por mais um ano, quando comecei a fazer tímidas aparições nos palcos da cidade. Até então eu estava somente me “alimentando e digerindo” tamanha informação musical que aquele lugar proporciona. (Recomendo).
O resultado disso foi o primeiro sonho realizado, gravar um disco de composições minhas em colaboração com outro artista Adauto Dias, com os ídolos da época: Nenê Baterista e Arismar do Espírito Santo
Quando obtive tal conquista, somada a também ter alcançado certa estabilidade com alunos e algumas performances (agora mais voltadas ao ambiente que queria), entendi que havia chegado a um certo limite. Esse processo de imersão me trouxe uma identidade sonora que, até então, não parecia estar sendo muito “valorizada” ou reconhecida. Ao invés de me adaptar às tendências daquele local, resolvi me experimentar em outro ambiente, dessa vez na Europa. A melhor forma de saber se o que eu estava fazendo enquanto música, tinha certa relevância, era testar outros ouvidos e mentes. Enviei um vídeo meu, tocando uma música para algumas universidades na Europa, pra saber que tipo de reação e resposta eu teria. 3 dias após esse envio, recebi uma proposta de uma universidade na Holanda, o Prins Claus Conservatoire, me oferecendo bolsa integral para fazer um mestrado. Isso me disparou um sinal de que o que eu estava desenvolvendo no piano tinha sim, muita relevância e não era “tão comum assim”.
Um ano após minha ida, fui premiado como aluno mestrando do ano na mesma instituição, com uma quantia de dinheiro muito significativa e um concerto com uma orquestra sinfônica, a Noord Nederland Orkest O nome do prêmio é VNO-VNW award
O fator mais interessante disso tudo, até aqui, foi que somente após isso, passei a ser respeitado e convidado a tocar no Brasil em teatros de significativa qualidade e visibilidade, tanto de cachê como de estrutura. Isso se deu tanto no ambiente de “contratantes” como de vários músicos que passaram a me reconhecer em virtude da mudança de ambiente.
Continuando Nesse mestrado na Holanda, conheci um dos maiores trompetistas da atualidade Alex Sipiagin, um dos professores do programa Imediatamente nos conectamos artisticamente e foi ele quem me incentivou a ir a NY gravar meu segundo disco, um pouco mais maduro dessa vez, com grandes nomes da cena americana Desde então estamos colaborando e tocando em vários projetos que já alcançaram mais de 10 países da Europa
Tal jornada nunca cessou e as constantes mudanças de ambientes e reinícios fazem parte dessa história. Alguns outros artistas importantes que chegaram até mim e destacaram meu trabalho foram Raul de Souza, Airto Moreira, Flora Purim, que culminam na realização de sonhos daquele garoto lá de Londrina em 2005.
Mundo pandêmico acontece e somos todos obrigados a nos lacrar em casa Naquela altura eu estava lançando meu terceiro trabalho, o “Concerto para Piano e Universo” que infelizmente foi artisticamente sufocado pela COVID
Passado esse tempo de extrema tristeza para todos os habitantes do planeta, reiniciei do zero novamente me mudando para Europa, mais uma vez, e após um ano aqui, assinei o lançamento desse trabalho com o selo suíço Unit Records. Já temos uma turnê marcada em 6 países da Europa em janeiro de 2025.
Então, sim, em muitos momentos eu senti a falta de uma orientação mais clara de como deveria me mover, mas estar em movimento era o único caminho Muitos músicos não se aventuram dessa forma E não há nada de errado com isso Mas um dos fatores que me motivaram a realizar esse programa, foi exatamente o compartilhar de erros e acertos que obtive nessa jornada, dos quais sou muito grato, para que de alguma forma eu possa contribuir com músicos que estão no mesmo ponto em que eu estava em 2005 Se eu tivesse ouvido as mesmas palavras que estou dizendo em minhas aulas desse curso, fatalmente teria tido um caminho mais “tranquilo” Mas reforço, não me arrependo
Conta um pouco sobre como foi a sua experiência lecionando no Global Music Institute -da Berklee na Índia, e de que forma esse contexto cultural ampliou suas visões artísticas?
Essa resposta poderia se transformar num livro, porque India não é brincadeira Estive lá em 2018, duas vezes, uma
em turnê, outra para o Global Music teaching residency. Até então eu já havia morado na Holanda, Ny, Suíça e Alemanha. Mas somente ao pisar naquele lugar eu senti o verdadeiro significado de “choque cultural”.
Esqueça tudo que você compreende sobre sociedade, sistemas (qualquer um que envolvem o cotidiano como transporte, comida, relações pessoais\profissionais, diálogos, comunicação, costumes, ambiente, etc) Tudo possui um significado e uma forma de expressão brutalmente diferentes
Não tenho muito como explicar isso numa resposta escrita, sem que haja uma descrição detalhada, mas isso seria realmente material para um livro. Só posso dizer que a transformação interna e externa foi genuína e altamente... chocante, não há outra palavra.
Como compositor, me rendeu o segundo movimento do “Concerto para piano e universo” , um trabalho que consiste em duas peças de 35 minutos cada
Você é um músico conhecido por uma abordagem “não convencional”, livre de rótulos. Pode detalhar um pouco mais sobre essa característica tão sua?
É simplesmente fundamentada na recusa em repetir “sons” que já vêm sendo tocados nos últimos 100 anos As mesmas 12 notas são utilizadas desde o início do que podemos chamar de música ocidental Renascença, Barroco, Classicismo, Romântico, Impressionismo, Atonalismo, Dodecafonismo, mesclas entre “erudito e música popular, escravos, Jazz Swing, bebop, Bossa, Hard bop, cool jazz, modern enfim Hj temos uma gama tão grande de possibilidades que me vejo obrigado a continuar ao invés de repetir Bach, Beethoven Debussy, Miles Davis, John Coltrane, etc etc etc
A tradição é de fundamental importância para uma base sólidade. Apenas para que seja continuada. Preservada sim, mas também evoluída. E é possível.
Créditos: Dani Antunes
Como você enxerga a recepção do jazz contemporâneo no cenário global?
Absolutamente aberta. Na verdade esse tem sido cada vez mais o foco das curadorias em muitos cantos do mundo. Alguns desfoques também ocorrem, mas isso é papo para outra entrevista.
O que podemos esperar do seu segundo álbum previsto para 2025? Como ele se conecta com a sua música que você tem trilhado até agora?
É de fato um “continuar” desde que a pandemia nos atingiu. O “Concert for Piano and Universe” é exatamente o retrato de todas as minhas viagens pelo mundo. Agora sendo devolvido em forma de som.
Quais são seus planos para as próximas turnês?
Além desse trabalho estar entrando no cenário europeu a partir de 2025, colaboro com artistas de vários países e, nesse momento estou compondo um novo trabalho que se chamará: “Second Chances”, inspirado no mundo pós pandêmico.
Créditos: Lorenzo di Simone
Créditos: Tina Grach
Bruna Magalhães se une a Rachel Reis em novo single,"Baila Comigo"
A cantora e compositora Bruna Magalhães se une à também cantora e compositora Rachel Reis para lançar o novo single "Baila Comigo", já disponível em todas as plataformas digitais pela Midas Music A faixa é uma mistura dançante e envolvente das sonoridades únicas de ambas as artistas, destacando-se pelo arranjo cheio de personalidade que mescla a essência de cada uma "Baila Comigo" fala sobre um reencontro com um amor antigo, abordando sentimentos de saudade e ressentimento "A letra fala de um reencontro com um amor antigo que não deu certo," explica Bruna, "nesse reencontro, o ex amor fica tentando a pessoa a viver aquilo mais uma vez como uma última dança " Musicalmente, "Baila Comigo" é uma fusão de ritmos latinos e MPB, apresentando uma combinação de elementos percussivos e eletrônicos com instrumentos acústicos "É uma verdadeira mistura do meu estilo de música com o da Rachel, sempre que escuto esse som, me vem uma vontade de dançar" afirma Bruna O processo de composição do single foi uma colaboração entre as artistas, com Bruna iniciando a melodia no violão "Comecei a escrever os versos e ter uma ideia pro refrão
Aí mandei para Rachel um pedaço e ela amou," conta Bruna Juntas, elas foram construindo a letra e a música, enquanto os produtores trabalharam no arranjo "A música foi tomando forma e chegou nesse resultado maravilhoso"
A inspiração para a letra veio de uma experiência pessoal de Bruna "A inspiração da letra veio de uma história que eu vivi," revela a cantora "Reencontrei um amor antigo, nossa história era toda complicada Não tive um final feliz nessa história, mas me rendeu essa música e eu acho que quase todo mundo já passou por algo parecido " Esse relato pessoal promete ressoar com o público, tornando a faixa uma experiência musical carregada de emoções universais
A parceria entre Bruna e Rachel Reis surgiu de uma conexão natural entre as duas artistas nas redes sociais "Sempre fui fã do trabalho dela e ela do meu," comenta Bruna "Escrevemos super rápido e está sendo muito incrível lançar essa faixa juntas, ainda mais por sermos mulheres, eu do Norte (Pará) e ela do Nordeste (Bahia) " Rachel Reis também compartilha seu entusiasmo com a
colaboração: "Conheci Bruninha na internet, e logo me identifiquei com a composição dela A gente ficou se acompanhando e um dia ela me enviou mensagem Ansiosa pra gente mostrar ela pro mundo A expectativa está lá em cima "
Casas André Luiz: 70 anos de dedicação ao cuidado de pessoas com deficiência
No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro, é fundamental refletir sobre as conquistas e desafios enfrentados por essa parcela da população que, muitas vezes, carece de atenção e apoio adequados. Em meio a essa discussão, destacamos o papel fundamental de instituições como a Casas André Luiz, que há mais de 70 anos dedica-se ao cuidado e acolhimento de pessoas com deficiência.
Fundada com o objetivo de preencher uma lacuna no atendimento a deficientes abandonados, a Casas André Luiz nasceu em um cenário em que orfanatos cuidavam de crianças, mas não havia quem olhasse por aqueles com necessidades especiais. Ao longo de sua história, a instituição cresceu e se estruturou para fornecer serviços de saúde, assistência social e educação, sempre priorizando o bem-estar e a inclusão dos seus assistidos.
Nesta entrevista, conversamos com o Sr. Armando Marcos Scarpino, atual presidente da Casas André Luiz, para conhecer sua visão sobre o futuro da instituição, os principais desafios enfrentados e os objetivos que ele espera alcançar durante sua gestão, reafirmando o compromisso de transformar vidas e continuar a missão de cuidar dos mais necessitados.
Sr. Armando, como tem sido sua experiência desde que assumiu a presidência da Casas André Luiz no início deste ano, e quais são as suas principais prioridades e objetivos para a instituição?
O trabalho da Casas André Luiz é muito especial para todos nós. Fazemos parte de um conselho onde tudo é voluntário, e é desse conselho que saem as diretorias responsáveis por administrar a instituição, de tempos em tempos. Eu estou envolvido com a Casas André Luiz há mais de 35 anos e já a presidi em outra ocasião. Agora, nesse momento, a experiência tem sido um pouco diferente, pois cada período traz seus próprios desafios. Atualmente, a instituição precisa focar na renovação de suas estruturas e na conservação do patrimônio e do hospital. Passamos por momentos muito difíceis durante a pandemia, e viver de doações nunca foi fácil Muitas pessoas não sabem, mas a i
nstituição recebe apenas uma pequena parte de recursos do governo cerca de 30%. Os outros 70% vêm da sociedade E depender desse apoio em um cenário onde a sociedade enfrenta sucessivas crises financeiras é um grande desafio
Outro ponto crucial é a questão da arrecadação, pois dependemos dessas doações. Por exemplo, as pessoas doam móveis ao Mercatudo, e há toda uma logística reversa para processar essas doações. É importante que a instituição faça isso de maneira adequada, não só no recebimento, mas também na prestação de contas para o doador, para que ele saiba como o recurso está sendo utilizado. Sem esse processo, nós não existiríamos.
Além disso, estamos optando por adquirir prédios próprios. Temos uma grande unidade do CRD em um imóvel alugado, e de repente o proprietário decidiu pedir o imóvel de volta. Isso desarticula completamente nossa operação Por isso, estamos focados em garantir que nossa infraestrutura seja da própria instituição, evitando interrupções nos processos Uma vez resolvido isso, podemos voltar nossa atenção para o que realmente importa: cuidar das pessoas
No hospital de Picanço, já fazemos esse trabalho há muito tempo Também temos um ambulatório na Vila Galvão, que atende mais de mil pessoas, mas ele ficou pequeno e precisamos expandir Nossa meta é aumentar em pelo menos 50% o número de atendimentos ambulatoriais, o que será possível com a transferência desse serviço para o nosso parque, que tem 70 mil metros quadrados Aqui, teremos mais espaço para atender mais pessoas, incluindo aquelas com transtorno do espectro autista Já oferecemos esse serviço, mas poderemos fazê-lo de forma ainda mais ampla e eficiente
Portanto, o grande desafio da instituição é aumentar sua capacidade de atendimento e garantir que a infraestrutura esteja preparada para continuar esse trabalho pelos próximos 75 anos
Neste Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, quais são as principais conquistas da Casas André Luiz que o senhor gostaria de destacar?
Eu prefiro destacar as conquistas individuais das pessoas Vou compartilhar a história de uma mãe que chega ao nosso ambulatório com seu filho para ser atendido Muitas vezes, o nascimento de uma criança com deficiência faz com que os pais passem por um processo de luto, pois os projetos de vida que eles tinham para aquela criança mudam completamente Cuidar de uma criança com deficiência, especialmente uma deficiência severa, pode ser extremamente desafiador Às vezes, essa
criança não consegue andar, tomar banho, se alimentar ou ir ao banheiro sozinho.
Quando essa pessoa precisa de atendimento médico, ela pode não conseguir expressar o que está sentindo, o que torna tudo ainda mais complicado. Na Casas André Luiz, não atendemos apenas a pessoa com deficiência, mas também sua família. Um dos nossos programas, o Ponto de Encontro, por exemplo, ajuda a ensinar essas pessoas a serem mais independentes, como pegar transporte público sozinhas e encontrar-se em uma praça. Isso pode parecer simples, mas envolve muito trabalho e traz uma grande sensação de liberdade para essas pessoas e suas famílias
Ensinar alguém a se alimentar, tomar banho e cuidar de si mesmo traz uma nova perspectiva de vida para a família e liberdade para o assistido Esses sucessos individuais são fundamentais para nós Quando vemos uma mãe falando sobre a melhora de seu filho, ou quando trazemos um novo interno para morar aqui, percebemos a diferença que fazemos em suas vidas Mesmo dentro das limitações, eles conseguem ter qualidade de vida e, acima de tudo, ser felizes Esse é o nosso grande objetivo
Como a Casas André Luiz tem adaptado suas práticas e serviços para enfrentar os desafios impostos pela pandemia e o aumento das necessidades dos assistidos?
Temos pessoas aqui com mais de 70 anos e, muitas vezes, elas chegam em situações em que não há mais ninguém para cuidar delas, seja porque os pais ou familiares faleceram ou porque não têm mais condições de dar o suporte necessário Nessas situações, a instituição acolhe esses assistidos Um dos maiores desafios atualmente é cuidar dos idosos com deficiência Muita gente não sabe, mas quase metade dos nossos internos vivem em uma espécie de semi-UTI São pessoas com traqueostomia ou gastrostomia, e que provavelmente não sobreviveriam em outro lugar ou em suas próprias casas. Não há hospital que faça o que nós fazemos, proporcionando qualidade de vida para essas pessoas, que aqui encontram amparo e felicidade.
Com o tempo, percebemos que o perfil dos assistidos mudou. No passado, aceitávamos casos mais leves, mas hoje essas pessoas permanecem com suas famílias. Aqui, tratamos dos casos mais severos e profundos, onde realmente não há como
a família cuidar sozinha É um trabalho desafiador e caro, pois envolve médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e uma equipe especializada para garantir que essas pessoas tenham uma vida digna
Com a crescente necessidade de engajar a nova geração em ações voluntárias, como a Casas André Luiz está lidando com o desafio de atrair e motivar os jovens a participarem ativamente dos projetos da instituição?
Temos um grupo de voluntariado muito ativo, composto por pessoas que estão conosco há 30 anos e também por novos voluntários O voluntariado é muito forte na nossa instituição, e em 2023 somamos 19 378 horas de trabalho voluntário Para atrair os jovens, é importante que eles conheçam o trabalho que fazemos Por isso, incentivamos visitas de escolas e grupos de jovens para que eles vejam de perto a importância do nosso trabalho Acreditamos que o jovem de hoje será o voluntário de amanhã Muitos deles querem fazer a diferença na sociedade e têm essa necessidade de colocar a mão na massa Por isso, fica o convite aos pais para que tragam seus filhos para conhecer a instituição Todos os domingos, a partir das 14 horas, temos visitação à Casa, onde é possível ver de perto o carinho e amor com que nosso trabalho é realizado Muitas pessoas acabam se contagiando com esse ambiente
O Mercatudo desempenha um papel crucial na sustentabilidade financeira da instituição. Quais são os planos futuros para expandir e melhorar ainda mais os bazares beneficentes?
A Casas André Luiz tem feito parcerias com empresas, condomínios e outros parceiros para garantir a obtenção de itens para o Mercatudo, e os bazares têm sido fundamentais para nossa sustentabilidade Este ano, nossa meta é abrir cinco novos bazares, e no próximo ano, abriremos ainda mais No entanto, não basta abrir os bazares, é necessário também garantir a doação de produtos para abastecê-los Por isso, as doações são tão importantes para nós Seja um empresário que tenha móveis de escritório em desuso ou alguém com móveis residenciais que não precisam mais, essas doações se transformam em uma ajuda direta para nossos assistidos Reaproveitamos tudo o que podemos: desde
consertar uma geladeira quebrada até recuperar móveis danificados Nosso time é especializado em dar nova vida a esses itens, que são então vendidos a preços acessíveis no Mercatudo
A reutilização de madeira, por exemplo, é uma prática comum aqui Todo esse trabalho tem nos permitido continuar oferecendo os serviços essenciais que realizamos na instituição Às vezes, aquilo que é doado não tem valor comercial, e isso é um grande problema As pessoas precisam entender essa realidade Por exemplo, quando você vai retirar algo na casa de alguém, imagine uma pessoa que mora em um prédio e quer doar uma geladeira Muitas vezes, essa geladeira já está quebrada
Então, há toda uma logística envolvida: você precisa ir até o prédio com um caminhão, retirar o item, trazer até a instituição e, em alguns casos, consertálo antes de colocá-lo à venda no bazar, como no Mercatudo Acontece que cerca de 70% das doações não estão em condições de uso – muitos itens acabam virando lixo, como sofás ou móveis danificados
É importante que as pessoas tenham sensibilidade ao doar Às vezes, mesmo que o item principal esteja em más condições, elas podem incluir um saco de roupas ou algo a mais que possa ser útil A instituição sobrevive dessas doações
Hoje, cada retirada de doação custa cerca de 100 reais, considerando toda a logística e o trabalho envolvido Muitas vezes, o valor arrecadado com a venda dos itens doados nem cobre esse custo, especialmente quando o item se transforma em sucata
Existem doações que acabam sendo onerosas e outras que geram algum retorno para a instituição, e é desse retorno que dependemos O trabalho não é fácil, mas se conversarmos e explicarmos isso para as pessoas, elas podem nos ajudar. Mesmo que o sofá doado não tenha utilidade, por exemplo, a inclusão de algo como um saco de roupas pode gerar um retorno financeiro que cubra os custos da logística. Esse é o equilíbrio necessário para que o trabalho da instituição possa continuar.
Qual é a sua visão para o futuro da Casas André Luiz e quais são alguns dos principais objetivos que você espera alcançar durante sua gestão como Presidente?
A Casas André Luiz nasceu com um objetivo simples, mas essencial: cuidar das pessoas. Naquela época, já existiam orfanatos, mas não havia quem cuidasse dos deficientes que eram abandonados Foi com esse propósito que a instituição surgiu E ela vai continuar sempre focada em atender os mais necessitados Se, um dia, não houver mais deficientes – algo que eu sinceramente espero que aconteça – ou se as famílias puderem cuidar de seus filhos com deficiência, a instituição certamente encontrará outras frentes de necessidade, porque sempre haverá quem precise de ajuda Esse é o futuro que vejo para a Casas André Luiz
Durante minha gestão, meu objetivo é garantir que a Casa continue sua missão e amplie ainda mais o que já vem fazendo ao longo dos anos Ela tem uma longa trajetória de trabalho importante, e queremos que esse trabalho continue crescendo, sempre melhorando Esse é o nosso compromisso
A instituição não tem fins lucrativos O que buscamos não é lucro financeiro, mas sim a satisfação das pessoas que atendemos O verdadeiro "lucro" da Casas André Luiz é ver a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas que moram aqui Nos sentimos realizados quando percebemos que estamos alcançando esse objetivo Foi para isso que a instituição nasceu e é por isso que estamos aqui, todos os dias
Quentin Lewis vence prêmio como "Melhor Diretor" no festival internacional Lima Webfest MÚSICAL
O diretor recebe o reconhecimento por seu trabalho com "Ivanov", produção do Canal Demais
Neste domingo (22), o diretor Quentin Lewis celebrou uma nova conquista na carreira Ele foi um dos premiados no Lima Webfest, festival internacional de audiovisual sediado no Peru, onde venceu a categoria de "Melhor Direção" por seu trabalho em "Ivanov", produção do Canal Demais
A websérie "Ivanov" vem ganhando destaque no mercado do audiovisual e em prestigiados festivais internacionais A história aborda questões complexas como a depressão e conta com Bruno Ahmed e Mariana Lewis nos papeis principais
O Lima Webfest é um evento anual que reúne o melhor do entretenimento audiovisual produzido exclusivamente para plataformas digitais Criadores, produtores, cineastas e estudantes se encontram neste evento único para compartilhar experiências e se conectar por meio de conferências, workshops, eventos especiais e um dia de celebração, no qual o melhor do ano será premiado em diferentes categorias
O festival reconhece o trabalho efetuado pelo diretor, que preparou o elenco composto pelos atores Bruno Ahmed, Mariana Lewis, Ana Cecília Mamede, Aline Azevedo, Alex Teix e Márcia Romão "Muito feliz por ganhar o prêmio de Melhor Direção com Ivanov no Lima Webfest! Um enorme agradecimento à nossa incrível equipe: a assistente de direção Márcia Romão e o diretor artístico Alex Teix Um destaque especial para nossos atores incríveis Bruno Ahmed, Aline Azevedo, Mari Lewis e Ciça Mamede Grato aos organizadores do Lima Webfest por essa honra", comemora Quentin "Ivanov" também se encontra no ranking oficial do Webseries World Cup, seleção do ano de 2024
O projeto ainda não possui data oficial de lançamento, pois está percorrendo os festivais pelo mundo Até o momento, a equipe e elenco já comemoraram muitos prêmios e indicações da websérie, o que comprova a qualidade do projeto
'Cidade Deus: A Luta Não Para': quinto episódio da série destaca a resistência e a união comunitária
O aguardado quinto episódio da série HBO Original CIDADE DE DEUS: A LUTA NÃO PARA estreou no canal HBO e já está disponível na Max. Por dentro do cotidiano dos moradores da comunidade, a trama destaca como o esforço coletivo tem o poder de se transformar em atos revolucionários. Em meio ao intenso conflito entre tráfico, polícia e milícias, os moradores unem forças e simbolizam a resistência da população periférica, tendo a diversidade social, étnica e de gênero como a principal colaboradora para o enriquecimento do enredo, mostrando que a luta da Cidade de Deus ecoa vozes além da procura pelo fim da guerra, mas procura garantir o pertencimento das pessoas na sociedade.
Intitulado ‘A Revolta’, descubra os acontecimentos do episódio na sinopse oficial:
As forças policiais de Reginaldo avançam com brutalidade, apesar das súplicas de Barbantinho, Berenice e Wilson Os homens de Bradock reagem, e a intensa troca de tiros acaba com a morte de uma pessoa querida da comunidade Bradock culpa a polícia, Reginaldo culpa Bradock Berenice lidera uma manifestação contra a violência, e da revolta surge um plano de resistência
A produção conta com grandes nomes em seu elenco, como: Alexandre Rodrigues, Thiago Martins, Roberta Rodrigues, Sabrina Rosa, Kiko Marques, Edson Oliveira, Andréia Horta, Marcos Palmeira, Eli Ferreira, Jefferson Brasil, Luellem de Castro, Otávio Linhares, Rafael Lozano, Leandro Daniel, Luiz Bertazzo, além de contar com talentos estreantes oriundos de comunidades do Rio de Janeiro, bem como a própria Cidade de Deus, Vidigal e Mangueira.
CIDADE DE DEUS: A LUTA NÃO PARA é uma série HBO Original produzida pela O2 Filmes. Os produtores responsáveis pelo projeto são Andrea Barata Ribeiro e Fernando Meirelles, os coprodutores são Cris Abi e Gustavo Gontijo. Aly Muritiba assina a direção geral e Bruno Costa entra como segundo diretor O roteiro é de Sérgio Machado, Renata Di Carmo, Armando Praça, Estevão Ribeiro, Rodrigo Felha e Muritiba Por parte da Warner Bros Discovery a produção executiva é de Mariano Cesar, Anouk Aaron e Mônica Albuquerque
Premiado musical “A Cor Púrpura” ganha nova temporada no Teatro Liberdade, em São Paulo MÚSICAL
Destacando temas de resiliência, superação, auto descoberta e empoderamento feminino, o musical que é sucesso no Brasil há cinco anos
A Cor Púrpura, o musical”, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Bradesco Seguros, está de volta aos palcos, trazendo consigo a profundidade emocional e a poderosa narrativa que conquistou plateias ao redor do mundo Com texto de Marsha Norman e músicas de Brenda Russell, Allee Willis e Stephen Bray, a superprodução, baseada no romance homônimo de Alice Walker, que também foi adaptado para o cinema em 1985, por Steven Spielberg, é produzida pela Estamos Aqui Produções, com direção de Tadeu Aguiar, e ganha agora uma nova temporada no Teatro Liberdade, em São Paulo, de 26 de setembro a 20 de outubro
Acumulando elogios de público e crítica desde setembro de 2019, quando fez sua grande estreia, além de somar mais de 100 prêmios, indicações e honrarias, o que faz deste o musical mais reconhecido do país, a produção retorna ao cartaz após bem-sucedidas temporadas anteriores - três no Rio de Janeiro e três em São Paulo - anunciando novidades no elenco, agora encabeçado por Suzana Santana no papel de Celie, Lola Borges como Nettie, Aline Serra como Shug e Wladimir Pinheiro como Mister, que se unem a outros personagens complexos e cativantes vividos por Leandro Vieira, Erika Affonso, Samuel Conzé, Maju Tatagiba, Claudia Noemi, Hannah Lima, Vall Coutinho, André Sigom, Cesar Rocafi, Renato Caetano, Leonardo de Araújo, Rodrigo Fernando e Chelle
Reunindo vozes e talentos que prometem tocar antigos e novos corações, inspirando profundas reflexões, a produção se destaca não apenas pela história comovente, ao narrar a trajetória de Celie, uma mulher negra que enfrenta adversidades e desafios no sul dos Estados Unidos durante a primeira metade do século XX, mas também pela trilha sonora exuberante que mistura gospel, jazz, ragtime e blues, capturando a essência da época e da jornada da personagem, marcada pela superação de profundas questões sociais atemporais como desigualdade, racismo, machismo e violência contra a mulher
Com versão brasileira de Artur Xexéo, o espetáculo, com produção geral de Eduardo Bakr, teve a direção musical assinada por Tony Lucchesi na primeira temporada, estando, desde 2022, sob a batuta de Thalyson Rodrigues Já as coreografias são de Sueli Guerra, a cenografia de Natália Lana, os figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal, o desenho de luz de Rogério Wiltgen e o desenho de som de Gabriel D’Angelo
Em cartaz há cinco anos, a longevidade do espetáculo é um testemunho de seu impacto duradouro e da relevância de suas mensagens Cada apresentação promove uma celebração da força humana e da capacidade de superação diante das adversidades, provando que "A Cor Púrpura" continua a ser uma fundamental no teatro musical contemporâneo, inspirando novas gerações e relembrando a todos a importância da luta por amor e dignidade