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Questao de Direito Maritimo IS ARRESTO DO NAVIO ^
I" nil"""
AGGRAVO DE PETICAO iVflo t' par/e Icijitima , para aao^ct'or lie iteeisiio, ijiie orctcnmi o Icouiitameiilu do arresto, o credor de diindn, que. iiiHTiwu a cousii arrestada, r que ne promi Jii Irr sido paqii.
X. 3.237, — Vislos. exijoslos c miatados cstcs aulott dc uKSravo de |>cli?fi(> — agffravaiiU' I'edro Rodrigues Pcrt-s. aggravacio Lloyd Transatlanlico Hrasileiro — iiilei'iicisio da dccisao do .Juiz da 2' Vara Federal desle Districlo, do. fl.s. 63, cjiie jiilgando suffii'ioiitc a oaiigao prostada jielo aggravaliii para ccil)nr as deapeza.s do doposito reclamodus pelo depositario do iiavio "Dina'', inaiidoii Icvantar o arresto do niesino navio com ruiidanicnto no arligo 323, g 2" do decreto umncro 737, dc 1830, rcprodiwido iio 5 2" do arligo 207. <lo decreto minicro 848, de 18!)l):
Consideraiido ipic. paga, eomo dos aiilos se prova, pelo aggravacio a divida, de <|iie era crcdor o aggravante, eessoii para esle todo e riualtpier interesse nil arresto do navio "Dina", sciido assim parte inegiliiiia paru reeorrer da dccisao, niic dclernuiiou o levaiitninento do arresto do mesino navio, desde enlao so respoiisuvel pelas dcsiiezns de deposifo iiura com o respectivo depositario, qiie se sajisl'ez eom a eaiigilo jiilgada siiffieienle pela deci.sao aggravada para colirir tnes despezas; -Aceorcbm nao conheeer do aggravo; pagas as Cdstas pelo aggravante.
Supremo Trilmiiul Fed-ral. IP de agoslo dc 1D22.S— //. ilo Espirila Siinio, P, — (i. yalal, rclalor — Muni: liiirrelo. — Andre Ciimilcanli. Jlermencyildo de liarron. — Alfredo Pinln. — I'L iieirox de l.uKlro. — l.eoiii liiinios. — I'edro dox Siinlos. — Edniuiid'i I.ins.
Teiido o aggravante eiiiliurgado este acoordani, o aggravacio impiignon os emliargns. pela maiieira nhaixo:
Colcndo Triliunal: Os enibargos jxir Pedro Ilodrlgues Peres, no veiieraiido aceiTrdam a f!s. 12!t-130. qiic ilic lino eoiiliereii do aggravo. em rnzao do sun maiiifeslii illcgiliniidade. cleveiii ser despresudos, CIS <1110 sua nialerin ja foi apreciada e rejeclnda pelo Egrugio Tribniiiil, e iienliiiiiia eontriliici?ao nova irouxe ii cinbargaiile, eapuz cte Justifiear « iiinditieai;uo do Jiilgado, coiil'ortiie a Irucficional jurisprcideiieia de.sle E. Trilmiiiil.
De faefo:
O eiiiliarguiite, allcgaiido a qiinlidude dc aircstante do vapor "Dina", de propriedadc do cinliargudo, interpoz o reeiiiso de aggravo da senteni'a que julgo iclonea a caiigao presfada polo arrestado, para Icvuntameiilo do arresto qne opera a referi<la_ emhiirenc.no, pelos fiindamenlo.s: aj de nao Icr sido paga a divida; a)
Ji) de lic'io ser ndmissivel a caucfao; c) de ser insufficieiitc o iiuinernrio denositado em eatitno.
Exnmiiicmos eadii iima dcslas ollegafoes.
Coiuo iustanicnle realcoii o respeitavcl Accordam emhargado, ""cstando pngo a (llviila pelo cinbargndo, eosson para o cmbargnnfc todo c qiinlqiicr iiileresse no arresto do iiavio "Dina".
niiiniiiiiiiiniiniiiiiiiiniiiiiiiiiiiiiiimiiiiHiiui^i'
A cerlidao jiinlu (doe. n. 1) prova cffed'^f incnte o Icvaiitameiilo I'eito pelo emliarguiile d' qiiantiu dc 25:7.3;i?3fl0, judicialinciite eonsignada ® e(irresi>oiicteii.e a divida principal, imiltn e jiTOS cslipiilados c vencidos ate- el data da offcrta pcli;no a Gs. 8).
As eiislas Jiidlcines da acsao e do iirreslo. /[" xadas pelo eontadcir cm !)028in0 {doe. a fls. Torain egualinenlc [mgas ao eniiiargaiite. poi' feilo da eonipensui,-ao legal npcrada u favor eiiibargado, iior isso qiic, sendo esle. laiiibe'"" cicdor do embargaiite Pedro Peres peia qiiaalin 1:52781.30, a c|iie este foi condciniiadci iia eoi'S'' gnas.ici^ cm iiagameiitii, como faz certo o doc- * fls. 27. aqticlla clividn esla plennmciilo c.xlioc'®; verificaiido-sc aiiula o saldo dc 624R150 (1:525?"="' — !)02S10ft), a f.avor do emJiargado, e.e-nf do dj'' posto no artigo 1.000 do Codigo Civil e n<> go 27. k'tra c, do clerreto 3.422. de 30 de sclC"'* liro de 1889. <|iie diz iireecrliinliiicnte:
"Tom login- a eompensag.'io das ecisl"-' e) qiiaiuto em diversos liligios, eiiH''-' mesiiias iiarles. eiiilii iinin destiis e" eedora em algiiin. "
Ora, ."c o einlinrgaiite. pAr-liil . Cbrina. se a'''"." pleiiameiitc. jiago c satisfcito da dinida iiinlln, juros c cu-stas jiidiciaes, — ciiie jui-idieii on ceonomiro iiie pode qunclrar P'"""' oppclr ao levuntumenlo do arresto? ,, Pois lino V trivia! qcie "iiii.s d'iiilerJI. piix on", como diz a eonliecida paremia, on. i"> giiageiii do Cod. Civil, "para pro)i6r, on conU'"' iiinn iiredo, e iieeessarlo icr legitimci intere.sse f noinico oil moral" ?
O einbac-gatile. evidentelnente, nao let" qualidatle. nenlinm interesse inais Ihc cube . rolni-ao ao arresto do navio, de vez que a .""'.ic dinida cxistente iV data da eaii?.io, e a resiie''"'.^ (Ks despc:ux de deposilo, reslrictanieiite, 0 iiremio devicio ao depositario foi pngo. ipie poiide ser apurcido <i sen qnanlnm pei» " iiacjrio do navio (doe. n. 2).
Mas. relotivnmcnte a tacs desjiezas qiieiii ce o direito dc reteiiedo e o depositario Riiliii ',,f ligo 1.27!) do Cod. Civil) e nao o emlinrg"' „ I'edro Peres, qne niio dclciii o iianio. e ,a n.ao detem ii.io relein". eonsoaiite :i velbu iiia*" •juridicn.
Ora, o depositario ccijas ccmlas toram iciii"'''"?ii das e diseulicias amptamente no .liiizo Federn' [' 2" Vara, eonforniando-se com a enueao prest"''. iiffo reeon-eli da seiilvii^-,i (pH. „ julgou id<""''i eomo, pois, seria lieito ao enibarganle, aiTOga''',.i cinalidade on predicanieiito que llip nao enbe. P" p sc opp6r a iima satisfavf,,, eom a qnnl, f'l"',' inenle, concordou o depositario. imiea ccitid"" por elia altingida ?
Nesta conformidade, "se,„|„ absohitamentc il'C ptima a jmrte que vom a ,l„izo pedir clireit" !, gravo inlerposto pelo emtmrgante. b)
''cposiiai-io Uahia, alem de iUtqiiidas. nao fornm si'ifieicnlcmciite provadas, como se mostra do do"miciitci a fls. 25. e de accordo e " " "'"eia traiiquilla do Hgregio Trib eom a jurispniIninal; osi^i'^''"i <''-sso, 0 levaiitamenic) do embargo tiu .l''"-"""'"eiite legitiiiindo polo dlsposto iic> nr„ pj"'- letrn c, do decreto 848. qiie reproduziii bt-m "rligo 325, ,S 2" do decreto "37. como occeniiioii o .Accordimi emiiargndo, c)
"As dcspezas fellas pelo depositario da enil>nreac;fio apprcheiiclida. clcposltuda c vendidn nao serao pagas no processo adnilnistralivo, se forem iniptujiiadas, deveiido-se entao reeorrer aos mcios oi'di.narios", (apiid: O. Kelly. "Man. .Iicrisp. Federal, ii. 573, pug. 95).
'lukn I"'ccImi cm que fornm apreseiitadas em iiiiii,, contns do depositario. islo e. em 14 de 'oliil 1 eorrenle anno. (»/ dcic. a fls. 2.5). o "aliin * despczas reclaiiHuias pelo depositario '•lie " '""I'Invci, seguiido a rela<;uo offerecida, por i{a,i ' ,"i"'io. a 45:775^171. ao iiusso qne o embnre„i„" dyposiloii, a mais. a <iiianlia de 2:2nO?(M)l). fls X certo u pellsi'io inicial e os does, a "OR""" netivo eerlo de para uni piissivo eventual de cinilg', om onscqiieneia. excessive o valor caii13 de • , "R- " petitao de caiigno lem a data de " eiKl 0. desile aquella data atf- ii prescnle, i,„i""''.«aile -- CREDOU PAGO E SATISFEITO '""dci com o cleposilnrio Rahin. vein prolel- tiiti, ""'Uiiviiniente o levantanicnto do arresto, »ieii(,, '"'"poslto doioso de protrabir indcfinidnMli,. silciag;io eriniiiiosn de liieros faecia, 0 deslioiie.slos. <]iie para elles defliiem cin 'leiijp""' do niivici, eomo foi plena e liiminosn*•' doeiimentado na ne<,-iic> de eoiitas. 1),. ' decisiio lio .liiizo da 2" Vara Federal, .'l^' attitude. impiidenle e deslioncs''■"ifl e Jiisto (me elle possa collier da pro- .""I'osa, para :ulegar agora, clcpois dc ter oici, " vasto arsenal da clucana c do nrtiflmm'.s- dc seis Inezes, <iiie a rnucdo <' (''"'os 'li«"do cms aillos, se ciouiiinenl'a ad mlu/k''iie. ,1 diilii cm que foi offerecida, a cifra a velliacn munobrn do emliargiiiile.
•"iix'in dc deposilo reciamadns era de cuja coljci'Uira o cmhor^nda docm niooda corrcnte, a qiianemi ("/ does, u fls. 8. 25. 48 c iiota ^ '"'"'•Kaclo a f|s, 146).
'i«e .R'' P'ideria realisar uiiici satisfaviio, poiDe.:.. ^""'""'■io da eoiisa Icria seniprc Intcresiiv 0'" nrolelinr o aiulnmeiito do respeeli- jj'" t'nzemos literatiini impressionisla Oil),,'"! "'eto: mlo i- preciso eompulsar a farta dobu existeiile ims nulos; bcisln poiiderar "'■i-e '■'I'ota estrnnlia. eocitiimaz. irnlnnle do ern<i!'l>'mdo-se fiiiininlmlesenimMite a eii- V,'! do navio. o„e:ar dc pago e saUsfeilo. pXemi- d,i iniegralicliide do sen c^^redilo. e de eaii'H-i U,'"'"' "s despczas de deposit.., - para qne diivida possa mais exist..- sol-re o moxc-l n Willis .2 A* .>•<•>« IIIA ft i> jorro contintin do hierOs copiosos o dcsUonestos -para o tleposilarici, c que consliluc. ucste foro, p nicio dc vlda do certos espertalhocs audnzcs, coiiliucido eiii.grammalicamcole por "iiicliistrin dos deposilos".
'•■•lal bar-, 'Jovsso. afim de avoluiiiar os sens Iii_cri>s,_ e, '■•"ii-ii Imslavn movimenlnr a inachinn in- ' da ehlcana.
Tacs OS motlvos ineoufessaveis por <iue o emJiargante — socco da pirataria do ciepositario Rahia -- tlnlia interesse em protcllar o levantaincnlo do arresto, lumuUuando e atrnvaiicando o proeesso da can^iio eom expedienles cnlvos e rabnloes. e chegando ao exlremo dcspejo de reeor rer de lima decisao jndleial. <|ue somenlc poderia affecliir o interesse do depositario Raliia.
/'rob piidor !
Nao: a eifra a allcnder e a fixada pelo depo sitario a .lain eiii qne foi offerecida a cau^ao. pcmci) impurtando qtic, por eiilpa dclle, as des jiezas sofiressein majorasiiu. pois v saiiido que bii "i"rgcm nnr-; m- iornea-i falsos,' ede.: i-Jpil'sei'itando Ik'o 's"'
"A mora do crcdor subtrahc o deve,dor iscnlo de dolo a responsubiiidndc pe la conservacno da cmisa, oliriga o crcdor a rusarcir as despczas em|iregadus em conserval-as... " (tiod. Civ art. 948).
I'oiteo importa c|ue a scnienta <juo Jnlgou a enugao. tenha data de 18 de julho de t!)'22, "els qiic todo o julgamento reti'oagc 3 data da dcniniuia", e "faz ao antor uma sitiia^ao tao favornvel, eoiiio se o reu tivesse ecdido a ilemanda, ao eiivcz de a ella reslslir injuslaniente".
"Cost la retroactivitO du jugemenl qni expliqne Ics avantagcs attaches a la demande cii justice: ics effels du jiigeiuen! ail jour de in deiuande. ei ie deniandeiir cst Iraile comme s'il cut eu gain de cause ie. jour nienie on ii i'a fiinnee". (Gursonuct. Trait.- dc Procedure". II. § 257, pnginn 262).
"E polclie la seiitenza dicitiarti. ossia nitn crcii o cosliluisce il diritto, mas solo I.) ricimosee. pereif) il suo effectlo 6 reIroucttivo. risale cioe di cc.gola geiierule. al i;iV)r/i<> deiia de.inanda yiiidiziote". (Ma'ttirolci, Diritto Gludiziario, vol. V, II. 3, pag. 6).
.4' luz dcste crltcrio, sciciitifieo c legal, i* hem de ver c|ne so a data da caiii;"". " total das dcs pezas reclamadas pelo depositario monlavam 3 eifra de 45:7.'>58071, e este. e iic"io outro. o valor a atteiuier para o Julganicnto da cnn^-fcu. Estas eonsiderasocs, enlretanto, suggcrimos, tSo .so, por amor c'lS disposicjc'ics psyehologieas, taillo c ecrto <|iie, como sabiaineiile dccidiu o vonerando .4ce. "cmbargado, de acclrdo com a sua tradlcicnal Jiirisprudcncia. o embargaiite. qiic nao e o dcposilario do aiinio, e que se achii pago e salisfciin dc s.m c-redflo, iiuilla e .juros estipiilados c cuslas vciieiiiiis. e parte iltcgiticmi para se oppAr ao Icycmlnineuto do arresin; e. em eonscciucncia. rcjeitar os ombargos a fls. e coiiclcmnar o eitibargniito nns ciistns. i.' distc-ibiiir ea- more.
.Jl'STICA, Rio, 18 dc Dczembi-o de 1922.
0 advogado; KIXNAK! TORRES.
- Niima acQiio movidn contra uma compnnhia dc sog.irns de vlda, o Siiin-oiiio Trilinnal dceldiii que end.) ella Slide em S. Paulo, e a niitora iieste i.>isti'iclo Fecieval. eqiiiparado aos Eslados, conipetcute e o jiiiz daciiuvlln scccao para proeessar " julgar o feito. Aggravo n. 3.284.
E" O JO G O
Entre todas as paginas de elbqiiC.icia, qua deixou 0 luminoso espirito, que acafaa de desapparecer nas sombras do tumulo, litna das mais elevadas e, provavslmente, a que abaixo transcrevemos.
Na Camara dos Deputados, era 1896, urn patricio de Ruy Barbosa' fez contra eile um odioso discursa. Dias depois, na sessao de 13 ide outubro, no Senado, o g!oi:i,oso bahiano pronunciou em defesa da sua vida' publica uiba formidav'ei ora?ao, que ha de ficar nos annaes como uma das mais vibrantes manifestaqoes da palavra humana, Espbino, celebr? orador athenlense, na'accusaqao movida contra Gtesiphon, que teve por dsfsnsor Demosthenes, rondo sido declarado calumniador, retirou-se para Rhodes, ondc abriu uma escola de Rhetorica.
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Urn dia, repetiu aos seus aiumnos • o seu discurso naqiielle proccsso e como elle? Ihe pcrgiintassem como foi possivel ao aecusado escapar u tondenHiaqao, o mestre Ihes respondeu: Ouvi, agora, a defesa de Demosthenes, e tendc recitado a ce.lebre Oraqlo da Gor6a,"o enthusiasmo defies foi muito maior.
Eschino electrisado pela eloquencia do adversario, exclamou: Q-uanto mais se ouv:sse>s o proprio jeao rugir 1
Se 0 discursb de 13 de outubro dj !896 lido desperta ranta admiraqao, qual nao teria sido a impressao do Senado ouvindo 'Ruy Barbosa pronunciaUo, vibrando de indi-gnaqao diante da iniuatiga do adversario e abrindo as vistas dos sens ptfres todas as paginas da sua vida publica e da sua vida intima ?
Perorando, o orador descrevcu o jogo, vicio a que se eniregava o deputado aggressor. Esta pe.roragao vale bem ser iembrada como um surio de talento e verdade.
Ella deve figurar nos compendios escolares. E' uma licgao de hygiene moral.
Ha imia calaitiidade peor do que -a loteria e a Bolsa. Estas derivam, mas no segundo grao, de uma enfermidade huTuana, cuja descendencia immediata e infinitamente mais reprovada e desastrosa. Df todas as desgragas quo penetram no homem- pela algibeira g arruinam o caracter pela fortuna, a mais grave e sem duvida nenhuma e'ssa: d jogo, o jogo na sua expressfio mSe, o )dgo na sua aecepgSo usual, o iogn propriamente Jilo, em uma palavra; o jogo, os naipes, os dadog, a mesa verde.
Permanenfe como as grandes endemias que devastam a humartidade, universal como o vi cio, furtivo como o crime, solapado po seu com tagio como as invasoes purulentas, corruptor ds todos OS estlmulos moraes. como o alcool, c"® zomba da decencia, das. leis e da policia, abates no dominio das suas emanagoes a sociedados tc'iras, nivela sob .a sua deprimente egualdade-.to das as classes, merguiha na sua promiscuidad# ihdifferente ale os mais baixos volutabros do 1'*® social, alcanga no requints das suas seducgoss 2® alturas mais aristocraticas da inteliigencia, da t'queza, da autoridade; inutiiisa genios; dsgrad® prineipes; emudecs oradores; atira a lucta ?®" litica .almas azedadas pelo calistismo habitual. da® paradas infelizes, a familia coragoes degcncrados pelo contacto quotidiano de todas as impurezas. a concurrencia do trabalho diuriio os naufraS"® das noites tempestuosas do azar; e nao rare ® violencia das indignagoes. que vem estuar no cinto dos parlamentos, e apenas a resaca dns tacoes c! dos destrogos das longas madrugadas cassino, . Quantos destines nao se encomrafh'por-nhi. t'®' minados exciusivamente na sua irremediavel terilidade pela acgao dvsse fadario .maiigno ! Qu®® las vidas, que n nalureza dotara de prendas cellsntes para a felicidade propria e o bem do® sous semeihantes, nao se conscmem, gragas ' tyrannia dessa paixao absorvente, no desconteh'"' mento, na fevolta, na inveja, na malevolgncia bitual ! Quantos phcnomenos inexplicaveis de f®"'' cgao, de colera, de odio ao que exisU', de desp^"® d® na® contra o quo dura, de giierra ao que se ele^'a. irreconciiiabilidade com o que nao se abaixa, tern a sua origem nos coniratempos e amarg'""®^ dessas existcncias aberradas, que sacudidas, ®®'l tinuamente pelas emogo.es do inesperado, se insutam das suas surprozas, se esiiolam com suas Jecjpgo's e, wndo a felicidade rcpartir-s® ccgas peia superficie do taboleiro verde, por suppor que a sorte de todos neste miindo, distribue com a mesma casuaiidade, com a mesm® deqpropofgao, com. a mesma injustiga; acaba®" por ver no merocimento, no esforgo, na econom'®' na perseveraiiga, cousas ficticias, estranhas ou h®®' tis, acabam por confundir o sudario divino d®® martyres do trabalho com a pobreza oxprobatot'* em que a occiosidade amortalha os desclassifi®®' dos de todas as profissocs !
Esse mnl, quo muitas vezes nao se separa hipanar senao pelo tabique divisorio entre a s®"' c a alcova; essa fatalidade, que rouba ao estu<"' tantos faientos, a industria tantas forgas, a pf"' bidade tantos caracteres, ao dever domestico ta®'
'as virtudes, a patria tantos heroismos, feiiia sob a sua inanifestagao completa em escond.erijos, onde a palavra sc-abastarda no calao, oirde a^persoh.Sj.tdade humana se despe do seu piidor.'midc a 'tilbriaguez da cobiga- delira cynica' e obscena^ onde OS maridos, blaspheiroarn pragas improferiveis conira a sua honra conjugal, onde em uma communhao qdiosa se contraem amisades inverosimeis. 'nde 0 menos que sc gastq c o equilibrio da alma, , ® menos que se arcuina e o ideal, o menos que se dissipa e o tempa, estofo presioso de to.das as obras primas, de todas as utilidades solidas, de tot*®® as acgoes grandes.
Incontavel e o numero das creaturas, que a len^"•rao, 0 exemplo o Instincto,' o habito, o acaso, ® miseria levam a passar por esses logares, cuja ^lientoia vae periodicamentu fazer-se apodrecsr alii, P®'' goso, por necessidade, por avidez, e na cor^Pgao de cujos mysteries cada inlciado se affaz ® ir deixando ficar aos poucos, a energia, a fc, ® luizo, a nobreza, a honra, a lemperanga, a caria flor de todos os affecios, cuja perfume
®"'balsama e preserva o caracler.
^ Aqueiigg reacgao do horror no fun® da consciencia, logram salvar-s: em tempo destremedacs, poderiam escrever a historia da "tfcz;! humana vista sob aspsctos innominaveis.
I porem, presas da vaza que nunca mais os "■"Sa, rolam o immergem nella, de decadencia decadencia, cada vez' mais saturados, cada mais infoHzes, cada vez mais fundidos no inmrtunifi tea
-w Ct«un vv*» m(**o mni.o, ate que a piedade infinita do termo de ?s cousas Ihes recolha ao seio do eterno imento, os restos de um desiino sem epi- j," ° logo nao conhece remitiencias: com a mesma °"tiivuidad3 com que devora as noites do homem j°®Upado e os dias dc ocicso, os milhoes do opue as migalhas do operario, tripudia unifor"^mente sobrc as sociedades nas quadras de fe"ndidad^ e de penuria. de abastanga e de fom.c, siegria e de luto. E' a kpra do vivo e o vcrnu^ cadav.er".
®®quec '®Phio, ^ 0 jogo, 0 grande putrefacior. .Diathsse can"-tpsa das ragas anemizadas pela sensualidade s n preqiiiga, elle entorpece, callsja e desviriliza Povos, nas fibras de cujo onganismo insinuou o germen proliferante e inexilrpavel. desvarios do encilhajniento dao c passam j 'fo rapidos temporaes. Sao irregularidades vio^"htas das epocas de prosperidad.c e esperanga.
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