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O SEGURO NO JAPAO
As companhias seguradoras e o terremoto
A proposito de uma nota publicada em nosso numero anterior, recebcmos a seguinte caria: Rio de Janeiro, 21 de Janeiro de 1924.
Illmo. Snr. Director da "Revista de Seguros" —Nesta.
p numero 30 da sua "Revista de Seguros", publicado em Dezembro proximo passado, confem uma nota nos seguintes termos:
"As Companhias inglezas relufam em pagar OS seguros dos edificios e cousas destruidas pelo fogo, consequente ao terremoto, no Japao.
Os damnos sao calcufados em 2.0D0.00O de yens para todas as.Companhias que all tinham seguro."
Estou bem certo que da parts dssta Revista nao houve absolutamente, uma segunda intenqao ao destacar, naquelle commentario, as Companhias inglezas das suas congeneres de outros paizes, e bem assim, quero suppor que nao era intento da Revista, ao empregar as palavras "Os damnos sao calculados em. para todas as Companhias que ali tinham seguro", que as inglezas estao se esquivando de pagar indemnisa96es peias quaes sao legal ou moraimente responsaveis. Mas nem por isso a nota deixa de center apsnas uma meia verdade e de ser tendenciosa.
No interesse da verdade e da justiqa, lembraria a V. S. a convenisncia de dar publicidade ao que de verdadeiro existe sobre o assumpto em questio, e que se resume no seguinta:
1° — Nao somente todas as Companhias inglezas, mas tambem todas as americanas. francezas, suissas e outras europeas, que operavam no Japao, directamente ou pelo reseguro, resolveram ater-se estrictaments as condi<;oes communs de suas apoHces, as quaes eximem de responsabilidads por da mnos causados por terremoto ou suas consequencias;
2° — Essas condiqoes constam das apolices, de forma clarissima e insophismavel;
3® — Os regulamentos da Associaqao Japoneza de Companhias Seguradoras prohibem as Companhias emittirem apolices que nao excluam a responsabilidade em prejulzos causados por terremotos, salvo se esse risco for accrescido as condigdes communs medtante pedido especial do segurado, emit- tindo-se apolice especial ou endossando-se a apolice vigente, e paga pelo segurado uma taxa addicional correspondenie;
4° — As condigoes de todas as apolices emittidas no Japao sao submeftidas e approvadas por um departamento do governo;
5 — Em todos os casos em que o premio addicional para o risco dfi terremoto foi pago, as Companhias inglezas, tal qua] como as suas congeneres de outras nacionalida-
(B § % % d£s, vac pagar ou ja pagaram as indenn"* sagoes correspondentes;
6'' — Nao pdde haver obrigagao niors^ para uma Companhia de seguros, d.5mnisar prejuizos resultanles de um fi®®. pelo qua! nao recsbeu o premio addicit"^. a que teria direito si tivesse acceitado risco.
Desde ja, fico muito agradecido a V. Sattengao que se dignar dispensar ao msu P®r'^,a e com OS protestos de elevado aprego e disti"® consideraga, subscrevo-me, De V.
RKLATORIO dn Directoria da Associagao de Companhias de Seguros apresentado a Assembl^a Geral Ordinaria em 4 de Janeiro de 1924
Senljoj-es Associndos:
^>uinpi-in(lo 0 determinado cm nossos Estatutos, ■iios ajirc.sentar-vos 0 Relatorio da noss.i gestuo rantc um anno que agora finda, Occuparcmos a ntteiigao com os tr.ibalhos mais importantcs sSn "'i'' hitigar-vos c inesnio porque os outros
Cor cnnhecidos vossos pela nossa constante ""^^I'ondenci.T, tiido avisando a todos os respei'icv. I'osso intuito sempre cumprir o nosso e c, Q um tempo, fazer jus a vossa sympathi.i ^onsidcragao.
'm logo no comego da nossa gestao Sd do anno passado, foi mistdr fazer- Pa,, iigcira alteragao dos nossos Estatutos le_ Poder ser nossa associada a importante colp Loinpnnhia "Allianga da Bahia".
Nota da Red.: A noticia a que se refere a supra, foi extrahida de teiegrammas aqui P"j£,. cados, quando se -deu a catastrophe do Quern conhece a conducta das bcas de seguros, em qualquer parte, sabe que_ sem motive justo, nao recusam a satisfagao seus contractos, porque e do interesse do . credito, a maxima lisura. As companhias operam no Oriente nao podiam fugir a este P ceito.
A bahia de Todos os Santos mede 757 quadrados, emquanto a de Guanabara tem 410 kilometros. j,j,
A costa da Bahia tem uma exfensao de '^^'^,50 lometros. A linha norte-sul do Estado mede kilometros e a Leste-Oeste, cerca de 10®^ mefros. O seu ponto culminante e a serra Almas, 1500 metres. O rio S. Francisco, 0 grande agua — dos indbs, tem 1.316 de curso. Segue-se-lhe a Jequitinhonha, com dJ kilometros.
A Cidade do Salvador, vulgarmente Bahia,, foi fundada em 1549.
Paj ' "ssemblea geral de 16 de Dezembro do anno ^oni ' Pfopcsta do Sr. Gaslao Ferreira, da quo "Sagres", foram eloitos para os cargos Os existiani de 2° secretario c 2" thesoureiro, liig Amerlco Rodrigues e Cicero Teixcira Por-
.'"Os side nossos dedicados companlieiDezembro do anno passado, occupou- Oivn^'rcctoria, contra o projecto da cmenda do da Receila, ein que as apolices de seSq|, ^ iiiaritimos e terrestres eram egualadas no P(., Propnrcioiial 001)10 as de seguros de vida. logo uma ropresentagoo A Coiiiniissuo de div, da Camara e do Senado e pubiicngoes pela Imprensa e foi uma Commissao ao iiQ_®do Federal, para desviar semelhanle golpc as Wq Associadas, tendo conseguido que a taxail<j. sello, qne no projecto era equiparada d Sq'gio^^Suros de vida, fosse cstabelecida em "osi' ^°''re a antiga taxa, A comniissao foi comSilvi* Srs. Commcndador .lose Antonio da giig*' Alfredo Ferreira Chavcs, Americo RodriCq <; Alexandre Gross, E agreiniott-se a csta Pi,..'bissao o Exmo. Sr. Dr. Joaquim da Costa "till?' ^ pedido do Sr. Presidente, para aioni- e jj'^r a Commissao ao Senado c ali aprescutnl-a; S{.t,.^y'do foi tambem d sua contribuigao, que o '®fer ® gesto fnvorovel que acabamos de INAUGUEACAO DA SE'DE SOCIAL auxiliar-nos com 0 seu grande prcstiglo, penliorando csta Directoria. scndo promovido a General, ellc teve de deixar o Commando e foi substituido pelo Sr. Coronel Oliveira Lj-rio, com quern logo nos entendemos, e ate para a enlregn de uma Estatueta, ju cntao adquirida, como premio desta .Associ.igao A 5' Companhia que havia Iriuinphado no concurso alii effectuado; entrega que fizcmos deante das forgas em linha (por assim o liaver dctcrniinado 0 Commandante Lj'rio), e sabinios de lA satlsfcitos por vermos que 0 Corpo de Bombeiros imo se esqueccria da nossa .Associagao, — 0 que e o mesmo que dizer — das nossas Assoeiadas. Pouco dcpols, resolviamos com o Sr. Com mandante Lyrio 0 ease das carlcirinbii.s que dao ingrcsso nas zonns dos incendioos, as quaes tivenios o gosto de distribuir a todas as nossas associadas,
TARIFA RtO-GRANDENSE
Depois de um aclivissimo traballio fcito pelo nosso collega Director, Sr. Carl Metz. com a competeneia que todos v6s Ihe reconheecis, organisouse a Tnrifa Rio-Grandense, npprovada aqui por unanimidade em .Asscmblda de 29 de Maio findo, c ha muito em vigor em todo o grande Estado do Rio Grande, colhcndo invejaveis resultados.
Codigo Aduaneiro
Por officio do Sr. Dr. Paula e Siivn, presidenteda Commissao de Estudo do Codigo -Aduaueiro, foi pedida a esta .Associagao uma Commissao eompctente para auxiliar esse imporlanle IrabaIho Foram nomeados os Srs. Dr. Joao Pedreira do Couto Ferraz, Dr. JosA Domingos Rache e Ale xandre Gross. O dcscmpcnho desta Commissao foi dc tal valor, qne 0 Sr. Dr. Paula e Silva. agradecendo-nos, clogiou altamcnte o grande nuxllio que Ihe havia prcstado as competencias du Commissao.
INSPECTORIA DE SEGUROS.
ehatn® die®'
Hoj'e, ella conta 575 arterias, com 24.479 pf® exclusiveis os edificios publicos, e 67 egrejas-
A archidiocese da Bahia possue 969 temp'"®^!^
A populagao da cidade e de cerca de 300.090 mas e a do Estado de 3.400.000, em mais de municipios.
01,''°' a 21 de Fevereii'o dcste anno que se inp Sbrou nestc sobrado da rua S Pedro,_ SO, a q,. scde social, 0 ha sido tal o desenyolvimento Ui® tein lido a nossa Associagrio, que ja nos senev'°s apertados, faltnndo-uos cspago para o seu "®dlente.
SR. CHEFE DE POLICIA.
Deirt™ „ nreterito que nos tenios dirigido q S Margo Pre salvados nas occasioes dos ' uao tcnios obtido quanto serla fcVairMfiu"- nossa gnrantua e mnCOBPO DE BOMBEIROS i\ , r«n(lo que esta Directoria se tem iiu« j Companhias dc Seguros junto " frnoragfio. Crmiegon per unia Com- quella digna coip"' V ^ anterior ^•ssao da pirectona Mnreiano d'Avila, de
Nao deconheccis, por certo, o trabalho, cauto e insistcntc que tcmos fcito com o digno luspc. ctor Geral de Seguros, Sr. Dr. Decio Cesnrio .Alvini, pretcndendo-se a aboligao do sello sobre o reseguro. E, felizmente, tem eontinnado ate hoje as nossas nielhores relagoes com a Inspectoria de Seguros. de onde julgamos fruir bons resultados em beneficio das Companhias de Seguros.
PROJECTO PARA TRES ESCRIVAES
Lcndo-se o "Diario Official", de 19 de Setembro pns.sado, cm que o projecto do Lcgislagao Social n. f), crenva no Districto Federal, tres Officios de liscrivnes privativos. tornniido obrigatorio o regis- tro de lodn.s as apolices de seguros emittidas nesta Capital, vinios, pnsmados, a moiistniosidndc de tai projecto e a necessidade de comliatel-o. Fez-se iinniedintamente uma represcntagao A Cnmara dos Dcputados, redigida pelo Sr. Dr. Abilio dc Carvalho, c prociirou-se falar, a respcUo, com alguns Srs. Dcputados.
Passando ahi, o projecto, fizcmos outra represcn tagao ao Senado, e falAinos com alguns Srs. Senadores, bastante infiucnles para quo nos fosse feita justiga. .Aiuda assim recelosos, fizcmos nova
De Seguros
e especial representajad ao Exhio. Sr. Prc.sidcnte da Republica e demos todos os passos necessarios para que ella fosse entregue; e nao foi possoalmente mas ao seu Secretario, Sr. Dr. Edinundo Veiga, a quern devcmos agradccinientos pela maneira distincta com que recebeu a Directoria e o interesse que moslrou na ligeira exposisao que Ihe fizemos, — dIzendo-Dos que ludo cxplicaria ao Exnio. Sr. Presidente, enlregando-Ihe a representacao que haviamos levado. Nao parAnios ahi; outros passos tcmos dado c toda a esperansa temos de colher o almcjado resuUado de tantos trabaIhos pessoaes e pela Imprensa, dando-nos esta uma grande despesa, como beni podeis ajuizar.
Como resultado efficaz dc todo cste nosso trabalho, temos ja o estar "excluido do projecto, as apolices de seguro de mercadorias e do reseguro", como consta do "Diario Official".
Devemos nao esquecer de referir aqui os valiosos services que nos prestou o illustre Sr. Dr. Abilio de Carvalho, e tambem a .Associaciio Commercial do Rio de Janeiro, A qual, pedimos o seu apoio e foi prompla em collocar-sc da meihor vontade ao nosso lado.
TARIPA
Como sabeis, Srs. associadbs, devido ao grande esforco e superior eonhccimento quo tern o Sr. Carl Metz em tudo que diz respeito a Industria de Seguros, consegiiiu-sc organisar o Comit4 Mixto Paulista com a sua Tarifa para os Estados de Sao Paulo, Parana c Santa Cathnriiia, logo assignada por todos OS Membros do mesmo Comitc e approvada peia Assoclacao Ingleza, em S. Paulo; e, finalmcnte, approvada, por uii.animidade, pela nossa Associacao, em assemblea geral de 7 de Novembro findo. E' uni trabaiho de grande importancia para aquelics Estados; e para nds uma prova de quanto tem feito de proveitoso As companhias de seguros •esta Associacao.
CASO DO MARANHAO
A Lei I12I, de 9 de Maio deste anno, orcamento para o cxercicio dc 1923-1924, com um imposto absurdo, de 30 contos on 2 centos, impoz-nos o dever de prote.star, o que fizemos, telegraphando e escrevcndo longa carta a Associacao Commercial do Maranhuo, pedindo o seu valioso auxiiio — como orgao oH mais competente para dirigir-se ao Governo do MaranhSo. Temos cartas da Associacao Commercial do Maranhno, infonnaDdo-nos de que ja alguma coisa tem conscguido; inas isso nao bflsta, e eslamos cm correspondencia com a Asso ciacao a tal respeito.
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Associacao Commercial Do Rio De Janeiro
Esta importanto Associacao pediu-nos uma Commissao para. Junto u sua, cstudnr os assumptos quo interessam as Companhias de Seguros, c foi esta no.ssa Cominissiio: — Srs. Carl Jfetz, Americo Rodrigues e Gastao Ferreira. Em consequencia das gentilczns dispcnsadns a esta Associacao rcsolveu-se deJIa fazermos parto e 6 ali permancnte represenlante o Sr. Carl Metz.
C0N8ELH0 MUNICIPAL
Requereu-se ao Consciho Municipal, que a nossa Associacao fosse considerada de Utilldade Publica Municipal, e id em duiis sessocs foi votndn favoravclmente; faita s6 a tcrceirn, que A dc lei. Sa. bemos que assumptos de inaior importancia tflni feito deniorar a entrada dcsse projecto em 3* discussdo.
ASSOCIACOES E COMPANHIAS ESTRANGBIRA®
.4s Associacoes nossas cougeneres, no Chile e Argentina, estao em repetidn correspondencia co®' nosco e jd declararam que as Companhias sti»« filiadas, estao disposlas a respcitar as Tarifas Seguros do Brasil. desde que estcjam opprovaa' pela nossa Associacao, sendo-nos muito ngrada\e constatnr a confraternldade e apoio e unlao dc fas com que nos tem ncompanhado e honrado Companhias estrangeiras nossas Associadas, 'ie nqui trabalham em seguros,
INSPECTORLV DE SEGUROS
.4o esiimado Sr. Inspector Geral de SegurosDr. Dccio Cesario .\lvim, fizemos repixsentac contra o novo imposto a favor do Corpo dc ''".j hciros, per isso que as Companhias de Seguros . estao niiiito sohrccarregadas dc impostos. E hem sobre uma emenda suggerida no Cnngrcsso'^ cional. relativa aos seguros de cafe; e do ^,,3 obtivemos dequcllc cavalheiro a promessa g[i. importanto interferencia favoravcl as nossas P Cdcs.
COMMENDADDR PEDREIRA . bJO
Ac terininar este nosso ligciro Relatorm-^^junos devemos esquecer dc asslgnaJar que p^aiociacao teve a suhlda honra dc receber aqui 0 Sr. Comniendador Francisco Josi' Ro''rig"" pjdreira, digno Presidente da iinporlante Lo nhia ".Allianca da Bahin", nossa associada, ® {j. guardamos carinhosas lemhrancas dc sua pre^
COMMISSAO MIXTA j.gif
A Directoria nao podia olvidar os servicos_^.y,p. vantes que tem prestado a esta Associacao "'-hes"' missao Mixta" e a "Classificadora de Trap' das quaes e Jignissimo Presidente o ExniO' Dr. Joac Pcdreira do Couto Ferraz, que tem g, de uma dedleacao inviiigar, incansavel e s' vamos OS nossos maiores agradeclmcntos <1" cstendem aos sens distinctos coinpanheiro CommissSo.
SECRETARIA icP*
Em consequcncin do desenvolvimcnto tornado o cxpedieiite da nossa Associaciio. '* ,,liO' neccssario adniittir um bom steno-iluclj mfc' jVilOi quo 5 o Sr. Mario dos Santos, em suhsl'M ,10 da Senhorinha Ondina, a qual, per influenC j(c Sr. Carl Metz, foi. collocadii numa i^lP''''ig^^c- Coinpanhia de Seguros, nossa Associada. jpl® nios dizer quo 0 comportamento da Senlm' -5, Ondina, impoz-se .4 nossa estima e considei'li ^5 O Sr. Mario dos Santos, no desempenlio das s nttribuicScs, tem dado provas da sua conip"'® c actividadc dignns de elogio. ,10.
O Sr. CoinmendiKlor Telmo continiia prcsi" com a intelligenciii de sempre, no dcseinpenim suas atti'ibiiicocs. bons services A nossa Associa^^, para a qual cntrou logo que c.sta se instnlloU- .,0 commentlamos A vossu con.siderncao o descni'®' (o corrccto dado |>or este ftmccionario ao cumprim^' das suas funccoes.
Senhores Associatio.s:
E' tudo quanto por dever tinhamos a relata'' se alguma oulra inforniacno vos f6r mislir, estanios As vossas ordens, E ao fechar o torio" A «'-ato ."ever declarar rruc, tendo a Ass^' eincao, por mais de uina vez, despezas extraor"'' narias e eppellando para as nossas dignas Assf ciadas, estas atlenderam sempre ao nosso pcdido Com a mnior boa vontade c gentUeza. Pica regiS' trado aqui, o nosso agradccimento.
Bio de Jatieiro, 27 de Dezembro de 1923.
Jose A. da Sllva, Presidente.
Uo Sr. Comniendador Jose Antonio da Silva.
QUe'acaba de deixar a presldencia da Associacao de Companhias de Seguros, recebemos a s^guinte carta:
Rio de Janeiro, 10 ds Janeiro de 1924. Illmo. Snr. Director da "Revista de Seguros". — Nesfa.
Amigo e Snr.
Como
Acabando de ter 0 gosto de dar Posse a nova Directoria da "Associacao de Companhias de Se guros", cumpro um grato dever de agradscimento a essa importanfe "Revista de Seguros", de que V. S. e, tao m.srecidamente, digno Director, pela attencao e carinho mesmo, dispensado a Associa cao, fazendo a insercao de suas Actas e outras publ-.cacoes valiosas.
De minha parte, queira V. S. receber 0 penhor do meu rtconhecimento as gentilezas que me foram concedidas.
Esfimando a brilhante "Revista", e aos seus Direclores todas as prosperidades, sou, com subida estima e consideracao, de V. S. att. amg. e ob(a) Josd A. da Silva.
GOiisepeiiGia ila anorinaliQade em que vive a HlleinaiiDa o i iiegocip He seguros esla, all, son graves cmiiliiBeiicias ^ niercado de seguros, da Allcmanha, um dos r^f ® importniites do mundo, sobretiido no que se g aos rcseguros, passa, actuulraenle, por uma ^ "nde provacao, dadns as circumstancias politicas ^ononiicas do paiz, cxcessivamcnto anormacs. jj D segitro. factor importnntc, que acompanha fo"s Os ramos da viiia economica e commercial de iiacao, pois A cllc como um bom cspelho, j hual n5o deixnm de reflectir immedialamente "'las as occorrencias, ainda as mcnores, que ahi dcsenrolnm nao poudc ficar inattingido pela vl^'Xa continua do cnmbio, pelo avilt.imento da nacional que, ha bastaute tempo, tornou o ^^"■acter de uma simples catastrophe na Allema-
'"teressaiites notas sobre a situacSo actual do-mercabi) geririanico de seguros — A desvalorisagao do marco ifitroduziu a desordem na Industria seguradora — Estao sendo ensalados dous systemas de salvamento: o do "festntark", qua aceelta como base o "Indice do curso ouro" da Alfandega allema e o do "curso ouro sob a base do dollar americano" — Estas sao, porem, solugoes provlsorlas, ainda n§o geralmenfe acceltas — A espera da melbores tempos.
(lie imporlanle e conceitaadii "Reuista de Seguros" de Buenos Aires, iraduzintos, com a dein'rfa venin, o seguinte orfigo, devido d penru concisn do seu represen lante na America Central, Sr. Andres N. Bclotsvclr).
O nptiCTRF no MARCO TKM SIDO A PESS1M.V psHTA DOS NEGOCIOS — O m.srco allem-us lihnver tido uns momentos de retV, • de Fcvcrciro a Ahril de l9']av '"'•■latno, ' j,, „ baixflr. O marco per. dci. ~ t'i.'r de moedn de valor real, aid quo sou aaraclcr de ,„n,bem como snnplcs me dia '""''ll®"",' iiinVivo e como iv.oeda de circu- 'dor de por causa de sua pouca es tab"?-',. mornenlo cm que sao escriptas es- ab.hdade. No mo „i,emRo eslA caminhando las hnhas, o, «'ai ^.^,,„p]cta, hara a ''"vnlor.sas ^ do marco, os procos
ar^troForvra ^
" alto custo dos gencros. nao permiltindo sequer, a applicacao, ncssc ■Jogo, de ncnhum calculo serio c firme. Por exemplo: os precos dos generos alimentlcios cstrangeiros subiram mais do que os dos immovcis, das maehinas e outros. Os donos das apolices de seguros ficaram nu ma sltuacao bastante lamenlavel, importancia que se cobrava, no cnso de um sinistro, mesmo quando o damno se produzia denlro de poucos dins ap6s a realizacao do seguro, nao chcgava para cobrir os gastos com a rcconstruccao do objecto sinislrado.
De outro lado, a estatislica nos demonstra, tam bem, que as sominas agora seguradas, em relacao com as niilcriores A gucrra, nao se tAm elevado na mesma proporjfio da baixa do marco.
Aos.clientcs nao tern sido permittido outra cousa, scnno recorrer, a cada instante, aos seguros addicionoes, procurando desta forma, cobrir a bai xa do marco.
Isfo dava As companhias .seguradoras, um traba iho cnonne, que se nao compensava de nenhum modo. Em solu?ao a essas difficuldades, as segu radoras alleinas, que, como A snbido, ja tem feito muitissiino para o dcsenvdviincnto da lechnica dos seguros em geral, fratnram, antes dc ludo, dc reduzir os seus gastos, simplificando, 0 inethodo cie trabaiho, nos escrjptorios. Neste sentiilo,, regislram-se casos vcrdadciramcnte pniticos. Isto, .porAm. nao era a salvacAo. O trnlinlho, entre. tanto, JA cstava cucaniinhado e nao dava niargem para maiores siniplinciivocs. Os emprcgados, c.specialmcntc os que toniaram piirle na ultima giierra, estavnra hem defeiulidos por leis especiaes c nao se os podia despedir sem causas muito importantes.
AlAni dislo, os gastos, que estavani diminuindo muito poiico, sob uma pressao artificial, voltaratn a sublr illiniitadamente, por causas naturacs: os impostos crcsciam; cresciiiin us pregos dos artigos de escriptorios; cresciatn os gas(os de viagem dos empregados; crescia o custo da vida; — tudo augmcntava.
Nao havia, pois, um niethodo para salvar a sitnagao
A DESORGANISACAO DO NEGOCIO DE SEGU
ROS — As conscqucncias da baixa da mocda come^aram logo o scr scotidas na propria vida in. terior das coinpanbias. Os eapitaes c os fundos destas, aceumulados durantc muitos annos do trabalho continuo, pouco a pouco se foram convcrtcndo, cnj muito curio praso, em sommas ridicu]as, insignificantcs. As comp.anhias pcucuraram, entao. reduzir seus "liinitcs" de trabalho e de opcrasocs. E todo o passo que davam era em busca de angmcnto de eapitaes, por meio de fusdes e forma?6es de grandes gnipos das mesmas companhias. Todavia, aguardvam as scguradoras allemas a esperanea de um saneamento da moeda do paiz. As conipanhias mats debeis ou de uma politica administrativa menos elarividenlc deixaram de existir, depots de se arruinarem por eomplefo. As conipanhias eslrangeiras, que trabalham, de uma ou de outra fonna, com as allemas, como seja por meio de rcseguros ou de cessoes, nao podiam olhar com tranquillidadc o desunrolar anor. nial das cousas na Allcmanha. A situagao das reseguradoras eslrangeiras era,- assim, bastante desagradavel. Os premlos so Ihes ernm pagos com muito atrnso, lentamenle, depois de uni trabalho cnorme que tiuham de fazer junto ds companhias allemas. Os sinistros que, por conta das empresas rescguradorns, passavam de uma certa imporiancia, tinhain que ser abonados ds companhias cedentes. — (forma que passou a sc toriiar muito usual nos eontratos de reseguros) — principal- . mente quando se Iratavnm de "sinistros de calxa". Dahi, resultava o. seguinte; — os sinistros pagavam-se em seguida, porem, o premio s6 chegava muito depois, cm marcos e assim mesmo muito desvalorisado. Estes eontratos represcntavam para OS rcscguradores estrangeiros, prejuizos continuos, devido tudo a baixa do cambio. E', pois, muito na tural que elies tcnliam deiiberado cortar as suas relacoes com as conipanhias allemas, dcixando ca. ducar os eontratos feitos com ellas.
Chegoii o momento em quo os seguradores alleinaes, mesnio os mois opiimlstas, tivcrani de reconhecer que opernr, soh a base do marco, ja nao era possivel e que, neste sentido, era necessario tomar niedidas energicas e urgentes.
A' PROCURA DE S0LUC6ES QUE TONIFIQUEM A INDUSTRIA DOS SEGUROS — 0 mais diffieil serin, natiiralmente, passar as opera?oes parn base da moeda estrangeira, mesino porque, qtianto a Isto, as companhias tropecavam em determinacoes expressas do Govenio, que proliiliiam de modo Icrminante toda a. espccie dc transacfdes, de caracter interior, isto 6, denlro do paiz, cm moe da estrangeira. Exceptuavam-sc, nessas probibl?oes. apenas os transportes c, como e logico, os seguros em coniiexiio com elles, poslo que se tratasse dc um negocio relncionado com o estrangeiro e accentuadameiite de caracter exterior. As com panhias de seguros que operavam no ramo de transportes. sempre que Ihes permittiam as circumstancias, passaram a opernr em moedas es lrangeiras, no passo que o ramo tnlvez mais importante do seguro — o incendio — hem como outros secuiidarios, ficnvum soh a base do marco alicinao. As cousas nao podinm perdurar, desta maneira^
-As empresas seguradoras da Allemanha. demonstrando muita energia, procuraram huscar solugoes: apresentaram-se, entao, muitos projcctos, todos hascados no systema de "mnrcos firmes" ("Fertmnrk"), Cogitavam de encontrar nielos que peniiittisseni caleular a base dos valores d>vcrsos, quo mais ou menos represcntasscm o va lor do "marco ouro", porem manejado com a moe da da circulagao legal. .Acceltaram-se, entao. va lores coniparativos, comot — moeda estrange'COp {quasi sempre o dollar); earvao, (uma combinagno com a eompanhia hamburgucza de vapores "Ham burg-America P. A. G.); centeio, (systema ja muito em voga em algiimas paries da Allemanha) e outros.
Faltavn, pordm, um systema unlforme. Varia® conipanhias procuraram inclhodos para a ram'" ficagao do systema, tcndo sido elahorados, a respeito, varies projectos,
OS PRTNCIPAES SYSTEMAS ENSAIADOS, SEUS CARACTERISTICOS PRTNCIPAES grande eompanhia nnrtc.amcricana propoz o s*-' gulutc meOiodn. (o dc "Feslmnrk"), que deu origem a tocios os dcinais projectos:
.Acceilavn-se como base o "indlce do curso oj' cadi ro" da alfandega allcma, que se fixava para semnna separadamenle, e representava-se o medio aleangado pelo dollar norle-americaiio.
IKUIUA/ USVUJJ^«U(V IJUiV UUlJtll JIXJS(CUIIiwa — .'a rantc as tres semanas anteriores, expressado cnt csse valor cm marcos.
A eompanhia reeeheria o premio com tos per cento addicionaes (siipponlinmos 33 '|o como garantia contra a baixa do dinhsiro fijs antes de ser este convertidn cm valores eoostn" e collocaria essa imporlancin cm sen banco, dollars norte-americauos. j,.
Quando se verificnssc-o sinistro, seu valor se ^ xaria soh a base do indicc da' alfandega, semana em questao, c logo o pnganiento to em marcos, em soinma correspondcnte a eo dc dollars e segundo o curso do dia.
Um,systema posterior, um pouco mais cado, foi proposto por uma grande eomiwjn^ lierlinensc. Segundo este systema, chamadu „ ^ so ouro, sob a base do dollar iiorte-american" • iniportancia do seguro era calculada em doi dc accordo com o curso que este tivesse no jg ceiro dia depois do confrato do seguro. expressaria, entao, em "marcos ouro". O /gpi rado tinha que pagar um premio provisorio marcos), na conta de crcdito da compaiihia. um banco. No dia seguinte, se faria o no, finitivo do premio e dos gastos, Se, do depo houvossc sobra, esta seria dcvolvida no fOto coiiclusHO do contracto; se faltasse, o scgn ficaria obrigado a pagar a differenga dentro 15 dias seguinles.
0 sinistro era avaliado em marcos e sun tancia se expressaria em dollars, para represen^,^ dcste modo. uma quantidade consfante, que no g da liquidagao seria paga em marcos, ji seguno calculo do cambio do dia.
SYSTEMAS QUE NaOSaO SENAO VOS; E' NECESSARIO ESPERAR—Algmnas sns segurndora allcinas pensavam haver oucontrA com n appHcagaodos referido.s mcthodos, as so goes desejiidas. E' evidente, porim, que, coin t ^ processos, nao poclin coiitinunr o negocio de segnro,^ pnis dies cvitam, apenas por momeulos. os 1'® fgoa inuninentes das operagoes sob a base do .5,, CO. E' cei'lo, porom, que nao existia neiihum sj tcma uniforme 0 isto demonstra que nem ..5 OS segui"ados_ particlpani ila opiniao cic que es' niclhorios sejani effectivaincnte prulicos. d"
Muitos crceni que uma contintia dcmanda dollars, como causa du implantagao daquelles sj® Icmas, iiifluiria seriamenlc, no valor do inarCO' Os marcos. quando se os bus-cam, rarclam... "Ssim se vcrificam os sinistros. Aquellas medidas siio, pois, indubitavelmenti' provisorios. Uma normalisacao no secure nao 5®
Pode produzir antes da norniallsagao das cousas Allemanha, em um sentido geral. Muitos esperam que 0 novo governo allemao eonsig.i mcthodos com que solucione os proble""is mais impbrtantes E' indubitavel pe se •eni cmprcgado, neste sentido, acgSo energica, com 1 implantagao de impostos clevadissimos. orde- ^ndo entrega de moedas eslrangeiras, etc.,
Ja sc fala em varios projectos que tim por fim ^onsoliilar o marco c substituir 0 s.ystcmo mo"Jlario actual, por um outro mais solido e inais "ficaz, Sao as mesmas. pois. as provagoes por ■j"® passavam as companhias de seguros nos pri- 'ardios da queda do marco..
-".que c muito seguro (csla opiiuao tern inais Rarticiiipio.g do quo as outras) e que, para norma. '^ar as cousas, no p.aiz, 0 Governo tei-4 de rosepriinciro varias qucstoes de ordcm essencial- ^ante politiea. Breve, talvez, tcnhamos serias noades neste sentido, A, N. BELOTSVETOV.
^■■aga, setcmhro, 1923.
''"ciite Ifliito Paiilistailahsociatao iIe Compantiiasde
Seyuros, Rio de Janeiro e da Tiie fire Insurance association of Tiie Stat of Sao Paulo
^Vlso DAS COMI'ANHIAS DE SEGUROS AOS SEUS SEGURADOS E AO I'UBLICO EM GERAL DO ESTADO DE S, PAULO.
Companhias de Seguros nacionaes e estrunlo a""' abaixo mencionnUas Jevam no couhccimen, de seus scgurados e uo publico em geral, que as ;;"uciag6cs 5s qunes estao filindas approvaram -.""liinemente a laxagao uniforme para todos os s contra fogo, raio e ou suas consequencias, y.'Undos neste Estado, comegaiuio a nova tanfa a j korar em todas as suas determinagoes, desde 1 I'evereiro parn o Estado de Sao Paulo, ficando vn data em diante subordinados is novas tae condigoes unifoniiisadas, todos os seguros Vos e todas as renovagocs dos jA existentes.
Aachen & Munich,^damastor, bingia.2;[mnga da Bnhia. 2"lnnce Assurance. Aniericniin. Amphitrilc. Ahglo Sul Americana. Assurances Gbniralcs. Rrnsil, 'Irnsileinv de Seguros. Commercial do Parfi- ^ommercial Union Assurnnct. ^"nfianga. "arantia. "real American. "unrdian Assurance. Hnv.rn. 'lomo. 'ndcmnizadora. Integridadc. Inlercsse publico. InternacioiialItiilo-Argeiiliua-
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Lloyd Atlantic"; j^niericano. Lloyd Industrial =>«' Lloyd Pnraeuse.
Lloy.d Sul Americano.
London Assurance. London & Lancashire.
M annhcimer.
Minerv'a.
Motor Union.
Nacioiial de Seguros Operarios. Niagara.
North British & Mercantile. Northern Assurance.
Paulista.
Pelotense.
Phenix dc Porto .Alegre.
Phenix Sul Americano. Porto Alegrense.
Preussische Nncional.
Rio Grandense.
Royal. Royal Eehange.
Sagrcs, Santisla. Seguranga Industrial.
Stella. Sul Brasil.
Tranquilidade. Uniao de Porto .Alcgre. ^
Uhiao Commercial do Vareglstns. Uuiao dos Proprielarios.
L'Union de Paris.
Urania. World Auxiliary. Y'orksljire.
Sao Paulo, 29 de Janeiro de 1924. p Comitd Mixto Paulista nOSCIO KIEHL, Secrolnrio.
A Paixao Be Jesbs Chbisto
O -Sr Dr. Joao Pedreira do Couto Ferraz Ju nior, fundador da "Associagao de Adoragao Continua a Jesus Sacramento", teve a bondade de nos offerecer 0 Hvro que acaba de dar a pubhcidade, sobre a paixao de .lesus.
E' um trabalho de grande piedade, escnpto em estylo simples e. attrahente, que mereceu do co- nhecldo jurisconsulto Dr. Lacerda de Almeida, OS melhores elogios.
"Assumpto eterno, eternamente novo, eternamente tocante, jamais esgottado e sempre lido com avidez.por amigos e inimigos da grande victima".
"E' uma descripgao pathetica e um estudo consciencioso; interessa 0 lado historico. a parts de investigagao, 0 trabalho artistico por assiin aizer, acompanhado de_finas estampas illustratlvas do texto". A apreciagao do Dr. Lacerda de Almeida e longa e justa.
O livro contbm um schema de Jerusalem, naquelle tempo, e esta ornado com sessenta e duas gravuras.
Os nossos agradecimentos ao distincto Dr. Pe dreira lllilIiliiiniiiKiiiiiiii
A Corte de Appellagao (Primeira Camara) confirmou, unanimerr.ente, 11 sentenga que condemiiou Albuquerque & Mendes, repr.tsentados por Joao Guttemberg Mendes, na acgao que Ihes move a Companhia Progressa Industrial do Brasil, por falta.de cumprimento de um contracto d,3 venda de algodao.