T1054 - Revista de Seguros - maio de 1926_1926

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Revista de Seguros

Os servlQos prestados pelas conipanhias de "egui'os nao devem se liinitar a pagar, como ge'■almente 6 o caso, os sinistros. As suas fuucgoes dcjvem appllcar-se a uni fim mais alto, quo d o de Pi-evenir o mal, caiisador do prejuizo. Esaa prevengao poderd ser effectuada com niaior efficaeia se os seguvados tiverem um interesse pecuniario em evitar a occiUTeiieia dos sinistros. Essg inieresse existird quando os premios co-' biados forem fixados de accordo com o risco segurado, Isto d, concedendo-se reducQao no preWio somente quando forem adoptadoa os appaI'elhoa e inedidas de prevengao indicados pelo servigo tcohnico. Essa fixagao iiecessita pordia, para poder apreciar a condigao physica do ris co, do proenchlmeiUo de um relatorio de inspe ctor, por pessoa entendida na materia, e a comPilagao de estatisticas miuuciosas, referentes as informagSes fornecidas pelos relatorios e os si"latros observados.

Essa compilagdo das estatisticas perniittira calcular os indicios do risco das principaes caude sinistros indicios que deverao ser usados P^fa a determinagao do premio correspondente i-isco real.

Com uma organisagao racioiial de preven^ ^ X... ?*_ ^ ^ ' o. as Rompanlilas de seguros presturfio servigos cconotnicos e soclaes. Com eftoito, com essa ortd sa^gao ollas elimhiarao em grande parte, a ? ®cgao dos maus riscos em detrlraento dos boiis da ^ornando-os melhores pela adopgao s medidas e apparellios que o caso especifico Querer, como supprirdo ao reiaxaniento dos seados que, aBsumindo elles mesmos o risco ra 0 qual se seguram, serlum mais euldadoSOg cacin c. outrosim, proteger-se-5o com mais effitiontra as inteiigdes frauduleiitas de segu' Os mal intencionados.

•Os beneficlos sociaes auferidos pela preveuda° do prejuizo, tornam-se aih- Ptais patentee quando se considera que a Im-' '^ftaiicia segurada representa apenas, muitas "s.-o, oeguiuua repieoeuia tt i/cuao, ®2e8, Uma pequeua parte do prejuizo material moral causado & communidade.

As vantagens peeuuiarias que as compauhias de seguros, os segurados, em summa, toda a communidade, auferirao com a referida prevengao deveriam iuduzir as companhias a desempenhai-em-se dessa obrigagao social de organisar methodicamente um servigo efflciente da referida p^eveugao.

Compete Ss companhias de seguros tomar a -Iniciatiya da organizagao desse servigo e esclarecer os poderes pubiieos sobre o que deveria ser feito para o bem da communidade. A acgio destes dever-se-ia limitar a legislar ou regulameiUar a referida preveugao onde a Iniciatlva privada se torna impotente.

Essa acgao dos poderes pubiieos sd. deveria operar depois de ouvir os interessados. As com panhias de segaros, como principaes interessa dos poderao fornecer as informagdes e estatisti cas technicas, que serao tanto mais vallosas si forem obtiflas com ajuda de technicos, isto 6, acluarioB e engenheirps que se especialisam na materia.

Para exemplifkar as ideiaa que foram expostas, vou referir-ine ao ramo de seguros de reparagoes dos accidentes do trabalho, por ser mais um ramo de seguro social do que qualquer oulro explorado actualmente no Brasil. As obBorvagSes que farei applicar-se-fto, mutatis mu tandis, aos outros ramos de seguros.

A primeira impressao que se tem, estudaiido as estatisticas dos accidentes nos archives das companhias de seguros, d a de assombro pela elsvagao do numero, quer relative, quer absolute, dos accidentes do trabalho.

0 dispendlo em diuheiro effecluado pelas companhias, quer em reparagSes quer em servigo medico, pharmaceutieo e hospltalar, por grande que seja, nao representa, porOm, sinao uma peqiionn parto du pevda sotfrida pela communida de. Com efCeito, se o operario vem a soffrer uma incapacidado temporaria, uao recebe, em reparag&o, mais do que uma parte do salario diario, emquanto durar a incapacidade, (a experiencia inostrou que, quando os operarios feridos ganhavum o salario Inteiro, nan tinham incentlvo

flU.'llL.IJU! REDACQAO : Rua do Lsvradio, 60 Isl. C. ass — Caiia postal 99 RIO DE JANEIRO
ANNO VI MAIO DE 1926 NtlM. 59 ft ietos e
Director Abllio de Carvalho /5/fec/or-oeren/e Candido de Olivetra
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Este numero contem 30 paginas

em voltar ao trabalho. Essa perda torua-se ainda mais patent© para os invalidos permanentes, que se veem em estado de inferioridade duraiite o restante da vida. para com os validos.

Esse estado de iuferioridads-pdde atd impedil-os de molliorar a sua posigao social e eco'nomica, podendo o aecideute fazer ruir o sen future.*A perda 6 aiiidk maior quando o aeci deute vem causar a morte de operarios que tSm respousabilidade de familia, em que os sens dependentea sentlrao sua falta, e, algumas vezes ficarao pvivados do estrlctameute Jiecessarto.

Os patrdes sao tambem* prejudicados pelos accideiites do trabalho, porquanto, por ser, muitas vezes, o accideiitado, um operario Iiabil a sua falta poderd vlr a iuflulr sobre a qualidade e a qiiautidade da producgao.

Aldm dessa perda, os palroes verao o seu damuo ainda augmeutado pelo facto do producto manufacturado ou iransportado viv a ser, niultas vezes, damnificado pelo proprio aeci deute

E", por eonseguiiite, patents que todos, os operarios, os patroes e as conipanhias segura^Jo-r ras tfim um iuteresse pecuniario na prevengao dos accidentes do trabalho. A aolugao dessc problema sd sera dada, em liuhas geraes, pelas companhias de seguros, se estas orgaiiisarem um servlgo de prevengao de accidentes com actuaries e engenheiros, especialistas na materia, que aproveltarao as estatisticas colligidas para medir a exteneao do raal causado e applicar os remedios mais efficazes.

No Brasil, a'maloria-das companhias de se guros que operam em aecideute do trabalho, applicam a taxa da tarifa de accordo com a classe do risco, sem estudar, por meio de um relatorio de inspecQao, qiie leve-em conta os pontos de perigo, 0 malor ou menor risco que pode offerecer a empreza a ser segurada. Ora, 6 um facto provado pelas estali.stlcas colligidas, aqui no Bra sil como no estrangeiro, que em uma determiiiada'classe, digamos fabrlca de moveis, o risco de aecideute que offerece cada fabrlca varia miiito, de uma para outra. A taxa da tarifa, sendo obtida pela experieucia de todas as fabrlcas da moveis. evidentemente, apeiias uma media e nao uma taxa adequada ao risco de uma determinada fabrlca de moveis. A taxa da tarifa tendo sido obtida pela experieucia de fabricas que offerecem multo perigo e que. por consegulnte, produziriain muitos accidentes e de fabricas que offerecem poiico perigo e que, por consegulnte, produziriam poucos accidentes, ^ portaiito, liijusta como 6 contraproducente, pejos motives jA mencionados, cobrar o mesmo premio para as fa bricas da mesma classe que offerecem muito e • poueo perigo.

Por esse motivo, d uecessario adoptar-ae um mefhodo para ajustar o premio da tarifa -(por exemplo o da fabrlca de moveis) ao de cada uma das fabricas de moveis, u9aiulo-se„.o premio da tarifa como base, aiigmeiitando-o quando o risco for peior que o da media e diniinuhido-o quando o risco for melhor que o da media.

Ha dois melhodos para fazer esse ajustamento, methodos esses que se completam. 0 prlmeiro, applicado no inicio do aeguro do risco, permitte pelo relatorio do inspector, cer.tificarse se o risco inspeccionado esta om peior ou meibor condigao piiysica que o da media, O augmeiito ou a dimlnuigao sobre o premio da ta rifa 6 feito por um methodo raeional summarlamente explicado mais adiaute.

O segundo 6 applicado no fim do seguro, e conforme a experieucia veritloada for melhor ou peior que a esperada, far-se-lia um abatimento ou auguiento A taxa cobrada.

O segundo methodo vem completar o primeiro, porque ha varios riscos que nfio podem ser avaliados pela iuspecgao, notadamente a malor ou menor pericia com que as machlnas sao mauejadas pelos operarios. as mudangas frequentes de operarios, o que geralmente affecta deBfavoravelmeiite 0 numero de accidentes, como a actividade com que a producgiio 6 feita, a vlgliancia que o mestre exerce .sobre o pessoal na adopgao dos appareliios e medidas de preveugSo, etc., cujo Indicio de risco nao pode ser avaliado por uma' iospecgao. A seguir, me occuparei apenas do primeiro methodo, por ter esse a maior Influencia na applicagao da preveugao dos accideufes.

Pela iuspecgao poder-se-ha apurar os pontos de perigo e fixar a reditcgao do premio que pocierA ser coiicedida, se esses pontos de perigo forem eliminados. Pelas estatisticas dos acciden tes occorridos, pode-se apurar, para cada classe, as priiicipaes eausas de aecideute e as respectivas indemuisagoes pagas e peias iuspecgoes dos ris cos, 08 diversos pontos de perigo para cada uma dessas causas de modo a estabelecer o indicio monetario do risco de cada um dosses pontos de perigo OH gi'upo de pontos de perigo, Procedendo assim, poder-se-ha determlnar o indicio medio das priucipaes causas para cada classe e cada risco, para assim fixar quauto o risco deste 6 superior ou inferior no risco me dio da classe.

As causas de accidentes sAo numerosissimas e coiitam-se por centenas. As priucipaes, que tem uma influencia sobre a condigao physica da fabrlca sao as machlnas cujo principal ponto de perigo sao os pontos de manobra, isto A, as l-artes da machina onde os operarios collocara . a materia a ser trabalhada.

Os outros pontos de perigo taes como as Dartes moventes da machina, o macUinisino proPUlsor. as partes traiismissoras da forga nao P eiecein tao grande risco como o ponto de nianobra, 0 risco dos pontos de manobra varia de • a machina para outra, e precisa-se por isto inieiai todas as machinas, fixando-se um in-

"''SCO para cada ponto de maprotegidas de accordo com Padroes de completa seguranga, quer para "S nao protegldas.

No inicio. porAm, no BrasH, poder-se-iia l even,,. as causas mais graves dos accidentes do a 0, llmltando-se a applicar os appareihos je prevensao^a algumas maehinas taes como as Mhras de esmeril, machinas para estampar e PH a serrav madeira, de fita on circular, para dePois, gradualmeute, esteiider a prevengao As ouirns machinas.

Para exomplificar, convent citar que oq ac-entes A ylsta, causados pelo esmeril, sao nuneroaisslmos e necessitam geraiffieute da ex"acsao de corpos eslranhos por ocullstas, o que

^ inoapacidade lit / accordo com a parte do olho atParTi ^ iacapacidade permanente l-arcial nao sAo infelizmente raros,

rin. dlspendldas para os culdadot.-r ® reparagoes poderi.am ser muito reiiuer oeulos.apropriados, e ombo applicado as pedras de esmeril

OS otn Pa'-a i)ar»o<,°^' tambem para as maos a outras cau«„.. ° attingldas. podendo ai atA a morte do operario.

cohBf a pedra seja pavciaimenie 1 a com um protector conatruido e coliocudo fio, Pi'Oteja efficazmente os oporu- . caso o esmeril venha a quebrar-se.

^ Vfilocidade das pedras, como a espessur.i I'iar ^ serem empregados, devem va- 0 accordo com a sua dimensao e espessura, tabellas techulcas que foram estabeiecific ® compete ao inspector veriP®''fas satisfazem ao criterlo das re^®tidas tabellas.

Observou-se que as pedras cuja velocidade Pet ®°""®®P0Pde A sua dimensao, estalam e os due se espaiham causam verdadeiros 'Ustres. A mesma observngflo api'lica-se As pe•10 que se quebram por falta de pericia dos t Accidentes esses que podem ser evlPs Pelo uso de protectores adequados.

Observou-se tambem que os operarios que estopa para segurar as pegas a serem esme-

riihadas, em vez .de luvas, podem ficar com os dedos presos na mesma, o que occasiona o decepameiito dos mesmos.

Muitos desses accidentes poderiam ser evitados pela adopgao de appareihos de prevengSo, cujo uso se torna vantajoso, qner para segurados, por receberem uma reducgao no premio maior que o prego de acqulsigao delles, de modo que OS segprados tAm todo o iuteresse em applical-os, quer para as companhias que os compram para serem eqliocados uas fabricas emquauto es.tlverem seguradas, e Hue evitavao assim perdas multo maiores que o prego inicial da acquisigao. Pdr nao serem esses appareihos fabrlcados no Bi-asii, as companhias de seguros deveriani tpmar a si a luiciativa de importar do estran geiro OS qtie provarem ser de maior efficacia. As companhias que procederem como foi iudicado, ficarao iiecessariamente em situagap mais vantajosa perante a concurrencia, nns re. uovagoes de seguros, por ser mais liicrativa, ao fim de. contas, para a compauhia, quando uma apoiice deu mau resultado financeiro. cortar o mai pela raiz prevendo futuros accidentes, do que augmentar empiricamente o premio.

Convem tambem notar que, pela concurren cia, muitos seguraSos recuaarao pagar o augmeuto do premio por achar companhias congeneres dispostas a assumir o risco por taxa menor.

Ha, evidentemente, casos.em que o augmeuto do premio A a melhor alternativa a seguir, no tadamente quando o risco for mai classificado, ou quando a ma experiencia A devida a factoros moraes que nao podem ser eliminados por medidas de prevengao.

Muitas companhias nao estao convencidas de que para ganhar dlnheiro deve-se saber recusar seguros. 0 desejo de augmentar a reeeita Ibes faz attribuir ao acaso a ma experiencia, embora a iuspecgao do risco, como a observagao dos accidentes occorridos. raostre que a mA condigao physica ou moral do risco, torna muito graude a probahilidade de repetigao dos faetos observadoa-

Seria, povAm, convenieute para as compa nhias que operam neste ramo, entenderem-se para dar A campanha de prevengao dos acci dentes 0 devldo impulso,"que terla como consequeiicia chamar a atlengAo dos poderes pubiicos para a relevancia da materia.

Alids, e.sse deveria ser um dos fins priuci paes de toda a associagao que fixar fnxas imlformes.

236 REVISTA DE SEGUROS •OT* Muio tie 1!)2G WlUfi Malo do 1026 REVISTA DE SEGUROS
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Rio, 6 de Malo de 1926. E. OLIFIBRS.

de Oliveira Coelho

O sen rallociuieiito — Ifoinunag'ejn Jla Coiiipanliia de riuc foi Director

No dia 9 do mez in'oximo passado, falleceu, nesta Capital, o lioiirado cidadao e acatado jurista Dr. Josd de Oliveira Coclho, flue, ha alguiis aiinos afastado das lides for'eiise, fazia pavte da Directoria da Compauhia Nacional de Seguro Mutuo Contra Fogo, couceituada InstitulQao que tantos sei'vigos tem preatado a previdepcia carioca.

O Dr. Oliveira Coellio chegou a ser, iieste grande centre da intelligencia nacional, um dos mais afamados causidicos.

Exerceu, aldm de outros c'argos officiaes, o de Inspector Geral de Seguros.

No ranio de seguro, a que dedicou os ultimos annos da sua util e brilliante existencia, o Dr. Oliveira Coelho conseguiu penetrar no seu 'espirito e na sua technica, como demoiistrou na longa conferencia que a respeito reali.sou.no Institute dos Advogados, ha alguns annos.

Bssa conferencia nds comegaremos a publicar etn jullio proximo, como ensiiiamento a todos que se dedicam a essa especialidade e liomenagem ao saudoso extlncto.

O Conseliio de Administragao, directores e einpregadgs da Companhia Nacional de Segtiro Mutuo Contra Fogo, mandarara celebrar no dia 17 de Abril, as 9 lj2 boras, na igreja de S. Francisco de Paula, a missa de 7" dia, pelo repouso eterno da alma do seu inesquecivel dire ctor, Dr. Josd de Oliveira Coelho.

O extincto era figura de destaqne em iiosso • meio social, pela sua cultura juridica, qualidades de caracter e de coragao.

Natural do Bstado do Rio de Janeiro, onde nasceu a 16 de Janeiro de 1853, na cidade de Angra dos Rels, matrlculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, em 1873, tendose bacharelado em 1877 em scieuciaa jurldlcas e sociaes.

O seu tirociuio acadeinico foi dos mafs briIhantes ao lado do Lucio de Mendonga e outros contemporaneos, pleiade illustre de intellectuaes que liavia de refulgir mais tarde na inipreusa, na trlbuna, na magistratura, nas lides forenses, na phase mais brilliante da nossa historia patria, em que se agltaram as mais nobres e generosas campanlias sociaes em prol da liberdade civil e politica; a Aboligao e a Repiiblica.

Sendo presldente da entao proviuoia do Parand 0 Cons^lbeiro Rodrigo Octavio, convidou-o para sea secrefario, bem como ao Conseiheiro Carlos de Carvallio para Chefe de Pollcia,

Foi promotor publi^o em Magd, juiz'"eni Lorena, S, Paulo, e em Cabo Frio. no Eatado do Rio de Janeiro.

Havendo, em 1S8C, installacio escriptorio de advocacia nesta Capital, para logo conquistou justo renome pelas causas importantes de que foi patroiio, gozando, pela austeridade de seu caracter e brilho de sun intelligencia, a couslderagao e estima de julzes e collegas.

Foi 1" Delegado no 1" Goveruo Coustitucional da^Repiiblica; intendente municipal, juiz substituto federal, juiz federal em exercicio varias vezes; teiido presidido por mais de uma vez esse belio insfituto de prevldeiicia, que d o Montepio Geral dos Servidores do ISstado.

Foi director da Caixa de Amortizagao, dire ctor da Carteira Commercial do Banco do Brasil, e, ao fallecer era director da Companhia Nacio nal de Seguro Mutuo Contra Fogo, cargo que vtnha exercendo desde Maio de 1913.

Os seus trabaDios na"S lettras juridicas se encontram uas paginas da revista technica "O Direito", al^m de um vadeniecuni forense intitulado "0 Direito a todos".

Enviuvara ha menos de um anno da Sra. D. Candida de Carvalho e Oliveira, virtuosa senhora, cujo coragao era um escrinio de aprimoradas virtudes chriatas.

Delxa do seu consorcio ti'os fllhas e cinco netos; as Sras.'DD. Dhalla, casada com o cirurgiao-dentista Dr. Alfredo Garcez; Maria Paula, casada com o Dr. Ernesto Possas, medico; Do ra. casada com o Sr. Benjamin Gomes de Castro.

Desembaigador J3D3IUNDO KEGO

Falleceu nesta Capital, no dia 2 cleste mez, o desembai-gador Edmundo de Almeida Rego, que servia na Camara de Aggravos da Cdrte de Appellagao. ,

Era 0 extincto um cidaddo de boos costu mes e vantajosainente coiiliecido.

Pretor, juiz de direito e desembargador duraute vinte e um aunos, em todos estea cargos niereceu sempro o respeito e o acatnmeiito de todos quantos lidam no fOro, pela sua cultura, amenldade de trato, labor e integridade.

Foi nra perda seusivel, nao sd para a justlga como para a sociedade a dosee sacerdote da i lei; — tanto mais quauto a sua relativa mocidade aiiida fazia muito esperar do seu espirito votado ao estudo e & dlguificagao do seu cargo.

IS UE AS APOLICES

As Companbias de Seguros; ao tomavem se guros de niei-cadorias uBo avaliam o "stock", nao balancelani a casa:

1", porqne a quantia escripta na apolice «penas indica o maxinio da indemnisagao;

2". porque o pequeno premio a recebev nao compensaria o trabalho de um exame meticuloso das condlgoes do segiirado;

3". porque seria iuutil. O segurado poderia ter tanto ou mais do que o valor seguro, no dia do eontraclo. e ter multo menos no momenio do sinLsti'o;

Noutro ponto. disse a sentenga:

"As Companbias iuteressadas acceitaram a respousabilidade desse seguro e at6 aqui nao existe prova de que a firma referida bouvease simulado possuir um stock" phantastico em seu estftbelecimento. Como, portanto. se poderd fa•■zer semelhante affirmagao?"

,

4", porque .sendo o seguro um coutracto de in demnisagao de <Tamno, o segurado que reelama a indemnisagao deve provar a existencia dos yqlores seguros;

5", porque sendo o seguro nm contraeto de b6a f^, o segurador acceita como verdadeiras as .declaragdea segurado. Se elle exagera a importancia dos seus haveres, se usa de retlcencias ou esconcle o que o segurador devia saber, 0 contraeto flea vioiado e elle deve soffrer as consequeucias da sua malicia,

Uma sentenga criminal que no passado nuPiero estampamos, disse que '•segujqndo em quatrocentos contos o "8tock"-do mercadorlas, as companbias, certam'ente, se deram ao imprescindivel cuidado que todas tem de fazer uma averleuagao, quanto ds condigoes finauceiras do estabeleclmeiito. valor do seu inoblllario e mercn^orias em "atoek". nao sdndo possivel que tlvessem agido de maneira diverse."

A questAo coelho bastos

Esta Revista, por varias vozes, occupon-se a questao qua as "ludustrias Coelho Bastos"

®ovem ds Companbias Confianga, Garantia e U. dos Vareglstaa para recebimento da indemni^agdo de um slnistro de fogo, acteado pelo seu, foprio vigia, sem ter pago e nem ao menos ® erecido o pagamento dos premlos.

As "Industrias", para formai-em oplniao, fomoveram publicagoes varias,

Queriam impressioiiar o juigudor, fazendo ®8candalo.

As companbias accionadas* tlnham' por si "o ^'feito, a jurlsprudeucia, a doutrina e a prova. Estavam serenas, tanto mais quando contiavam bS' intelligencia e integridade do juiz, que la ®6ntenclar.

A decisao a que noa referimos moslra que o juiz esforgon-se em buscar a verdade. mas por falta de conhecimento da pratica do seguro, pensou que a emissao da apolice precedesse o balango da casa ou ao menos o exame da escripta. Fosse asslm, o que nao 6. como jd dissemos e 6 a verdade por todos sabida, a prova de ter um "stock" regulando o valor do seguro, no dia do ajuste, nao, 6 prova da existencia desse valor no momenio do inceudio.

Comprehende-se facilniente que um negociaiite que nada tenba a lucrar com um iucendio nao ird provocal-o, antes se desdobrard em zelo e vigilancia para eviial-o.

A suspelta de criminalldade s6 pdde nascer de nao valerem as mercadorias tanto quauto o seguro; de estarem ellas desvalorizadas yeiii alta do camblo; por ter havido retiradae clandestinas; par estar a terminal- o contraeto do predio ou por ter o segurador muitos titulos vencldos ou a vencerem-se e buscar no iucendio um derivative para a Eallencia, na esperauga de ven der por atacado suas mercadorias ao seguro.

Nao se pode, pois, iiivocar a apolice como presuinpgao das boas condigSes do segurado, no iucendio posterior. Jamais, jamais.

A sclugao foi dada no dia 27 deste mez. 0 Dr. Costa Ribeiro, titular da 2' vara civil, em deseuvolvida sentenga, que pablicaremos depois, julgou improcedente a pretensao da autora. O segurado que nao pagou o premio nao tem direito a Indemnisagao, por que eile d o eqnivalente do rlsco assumido.

A apolice de seguro preve riscos futures. Tnda a vez que uma indemuisag&o ffir paga, por menor que seja. a apolice nfio pode continuar em vigor, n menos que se iifio trate de apo lice de averbagao.

E' erroneo e contrario aus interesses das proprias companbias e do ffsco. pagar a indemuisagfto e deixar- a apolice a cobrlr os mesmos riscos.

m nfiVISTA DB SEGUROS Maio de 15126
•.S
Maio do ,1920 REVISTA DE SEGUROS 239

BOO nnO seguro incomprehendidoPOO

Os uossos bomeiis publicos (os que vivem dos dilihelros publleos) nunoa tlveram exaeta comprehensao dos fins do segtiro e do sen papel no seio da sociedade economicamente organizada.

Regulamentado apenas ba vfnte e tantos annos, a sua direc;ao foi considerada uma dessas sinecuras tap communs no Brasil.

O primeiro regulamento nao foi bem recebldo por certas emprezas.

Um outro ministro o revogou em beneficio dos particulares intereases em jogo.

Ha sempre jurisconsultos para darem pareceres a favor daquelles que ilies pagam, como ha a advocacia adniinistrativa conJra os interesses da Patria e a decencia das'leis.

O quarto Inspector, o Dr. Pedro Vergne de Abveu, trazeudo um bello nome de parlamentar, proeurou cumprlr a sua missao, interessando-se deveras pela Instituigao. Viajou pelo norte e pelo sui, inspeccionando as Companhias, escreveu relatorios, quiz subdietter todas ellaa d inspecgao, mas nao logrou aor oiivido pelos seus" superiores hierarcbicos.

Neste palz, os interesses particulares levarao sempre de vencida os Interesses publicos.

Durante a epidemia das mutuas, muitas vezes o Dr. Vergne se oppoz, ds concessoes, mas deputados e parentes de Ministros ganbavam dinheiro e obtinbam as cartas patentes.

Quasi que nao houve nome de uma certa notorledade na politica e nas letras, que ae nao envolvesse nesses negocios. Taes homens nao se importavain de ficar sujos, nem se envergonhavam de serem tidos. raals tarde, como exploradorea, pelas suas victimas..

Em 1911, as couipanblas naclonaes se dirlglrani ao Ministro da Pazenda sobre a situagao do seguro. mas este estadista (estadista porque era de um Bstado) nao enteudeu o que Ibe pedlam on estava muito occupado com a politica da sua aldeia. e na'da fez.

Mais de um projecto de regulamento organisou o Dr. Vergne de Abreu — com estudo e com amor, mas os nossos grandes homens do Ministerio nunca se preoccuparam com essas minimas cousaa.

Do ministro Amaro conseguio o Dr. Vergne que ado fosse perinittlda a uma certa empresa born apadrinhada fazer seguros no extrangeiro e quando os homens do Congresso estupidaraente qUizeram que o Imposto de'sello recahlsse sobre o valor segurado em vez de ser sobre o premio.

S. Ex. nobremente oppoz-se com a mais"accentuada energia, a isso que poderemos cliamar um crime contra os interesses da populagao e os ensinameiitos da previdencia.

Fiualmente, surgio o Reg. de 1920. A reforma teve em luira augmentar o numero de fiscaes.

Substituldo o Dr. Vergne, que se caugara dlante da indifferenga budbica dos uossos vagos estadjstas, o sen successor, o Dr. D. C. Alvim, esteve aeftipre dispoato a acabar com aquillo que Ihe parecia mao e com certas praticas que elle achava inconvenieutes d propria instituigdo.

Os nossos boniens nunca comprebenderam a real importancia do seguro na vida economica de um paiz, como ndo coniprehendem a signlficagao do titulo com que se adornam.

Urn autlgo ministro da fazeiida cUegou a dizer aquelle Inspector que nao valla a peua elle se preoccupar com o seguro nacional.

E era um dos mais intelllgeutes que este re gimen tern produzido!

O actual Preaidente da Republica se tern mostrado, em algumas occasioea, bem disposto em relagao ao desenvolvimento da instltulgdo, tantas vezes ameagada pelo Congresso, quer por meio de impoatos aspbyxiantes, quer pela creagao de cargos, que deviam dar moradia a alguns mogos fidalgos.

As boas intensoes nao bastam neste palz.

For falta de discipllna e de civismo, o Poder 6 fraco, dentro das leis liberaes.

Os melhores desejos, os projectos mais sios encontrain a resistencia da lama. E' mais facil Irauspor uma moutanha do que um cbai'co.

A incurla. a Incapacldade e o conluio de cer(03 interesses tern effeltos eutorpecentes. E na penumbra do sonho apparece aeductora Fada, com uma bolsa na mao.

Alguem nos iuformou que se houver uma explosao no dep.osito da "Coloric Company", na Avenida Rodrigues Alves dar-se-d uma grande catastrophe no Rio de Janeiro. Serd cousa nun ca vista.

Jamals se deveria permlttir um deposito destes tao proximo do "centre" da cidade.

I> Malo de 1926 REVISTA DE SEGUROS

O FISCO

Felizmeute, o Ministro da Fazenda reconheceu a procedencia das reclamagbes feitas con tra as instrucgoes relativas ao imposto sobre a renda.

"No momento em que se trata da salvagao do paiz, nenhum desfallecimeiito d permittido", diaae Joffre na Ordem do Dia, que Ihe abrio as portas da immortalidade.

A uagao luvadlda, arrasada e pisada pelo inimigo secular, teve o' suor da agonia.

Aqui, lids temos "vida folgada e milagro8a". Se comegarem a esgotar a capacidade tiibutaria desse rebanbo humauo, da grande maesa de revoltados pacientes, o que mais Ihe podario arranoar. nuni momento doxalamidade na cional? Per maiores qjie sejam as rendas, .os compromissos do Thesouro nao serao diminuidos 6 as despezas imiteis crescerao .=empre. Nao se cogita de economisar, mas de gastar.

0 "amanba" sd existe como addlamento para a malandrice e nao como aviso para a 'previdencia.

Um dos membros'da commissao dos "Geddes" nos contou o descalabro que vae por ahl, a prevarlcagao, o peculato e a concussao (o tri

umvirate de 15 de novembro) aue elles virani e apalparam.

Sem ferlr "direitos adquiridos", apenas coTtando OS abuses existentes, a nagao teria um saldo orgameutarlo de cem mil conto? anuuaes o que quer dizer que ella 6 desfalcada em mais de cem mil contos por auiio.

E d para isto que o povo geme sob o Itatiaya dos impostos e nas garras dos concussfOi-. narios, pois a concussao 6 o crime mais vepetide no Brasil, onde quasi todos os'publicanos ou arrecadadores de impostos o tomam por virtude.

As medidas lembradas pelos Geddes eram muito uteis para serem adoptadas por uma camara repuhlicana. S6 se fosse na Suissa.

Os nossos estadistas nao acharam necessi- ' dade de cortar as despezas ociosas, os passeios & Europa, as collocagdes de alguns incapazes, as festas internaclonaes, as embaixadas ridlculas e 03 arremeclos de preparagao militar.

O patriotismo estd no prato tarto a custa da miseria geral, para o que ba sempre a "linguagem do desespero" para justiticar o augmento dos impostos de importagao, de consumo, de ren da e de sello para bem da familia republicaua.

Os abusos neste regimen sac tantos e tao profuudoa, que para destruil-os 6 precise destruir aquelles que os enearuam e praticam.

•ca:

Os iiicendios em trapicbes! Quantos miiliares de contos os taes trapicheiros tern sacrifioado pela sua desidia ou cousa peior?

Se esses estabelecimentos fossem vigiados ?Uidadosamento uiio seriam vlsilartos pelo (ogo, A trequencia desses sinistroi significa apj"8a falta de cadoia.

Uma conipanliia que indemiiizou um dos sous segurados. na ultima fogueira do caes do Porto, recebeu a deniincia de que foi roubada em "luitos contos de lAis, pois a quautldade de mercadoria indemiiisada lA nao existia, tendo o traPlcheiro foruecido notas de deposito sem nenhuWa base e somente pelas informayoes do proprio Jhteressado.

O caso eatA soiido Inveai.lgiiilo.

A Associagao de Companhias de Seguros dl-^ flgio uma carta de cumprimentos ao Sr. Cel. Bandeira de Mello, pela sua nomeagAo para i" Belegado Auxlllar.

DES. DB. OVIDIO BOMBIRO

O juiz de direito da Provedoria, Dr. Ovidio Marcondes Roineiro, que iuterinamente estava aervindo na C6rte de Appellagao, foi promovido a Desembargador com exercicio na 5' Camara, ou CHinura de Aggravos.

0 novo desembargador tern uma longa carreira na magistratura desta Capital.

Pretor, juiz de direito de .diversas varas, chega agora ao mais alto posto," tciido se revelado sempre um maglstrado trabalhador, iutelligente, serene e juste.

A S. Ex., a "Revista de Seguros" envia as suas felicitagoes. ^

O Juiz do Direito da 3' Vara Civel Dr. Snmpiilo Vianiia foi removido por accesso para' a Vara da Provedoria e para aquella, o Dr. Lbopoldo Auguslo de Lima, juiz da l" Vara Cri minal. Ambos OS promovidos sao juizes de bojn conceito.

(W' i\.- '« - 'N m I 240 REVISTA,PB.SBGDHOS Mafo de 192G
0 Bxmo. Sr. Presidente da Republica agradeceu 0 telegramma de cumprimentos que a Associagao de Companhias de Seguros lUe dlriglo a proposito da sua Meusagem so Congresso". <1
Neste palz, os flnanclstas querem tomar por modelo a Franga, cujo systema fiscal d asPhyxiante, mas esta uagao sahhi da maior catas trophe da bistoria.

Correctores de seguros

A Associagao de CompanhiaG de Seguros iestltiiiu uma carteira annual pava os Correctores de Seguros.

A medlda d util para aquelles que se dedicam a essa profissao, afastando ou ao menos difficultando os Correctores de accaso. Ab mesir.o tempo estabelece a identldade dc seu portador e coEstitue uma prova da boa couducta delles e os recommeudarao aquelles aos quaes se dirijam para sollcitar seguros.

Alguiis desses auxiliares das seguradoras, que tao penosamente agenciam a sua vlda, queixam-se de que a tarifa uniforms adoptada ultimameiite, Ihes tenham reduzido as commissoes costumelras e este assumpto deva merecer a atlengao da Associagao.

Em outros pontos, a tarifa preeisa ser revlsta. em relagao ao seguro dos predios em que estao localisadas as Industrias, que uao exijam ediflclos especlaes.

O seguro no Rio de Janeiro havia descldo i5 maior barateza e o que b muito barato nao pode prestar. Convinba. talvez, u3o dar urn"salto niuito grande, nem modificar de chofre e profun-. damente a sltuagao anterior.

Manoel Rodrlgiies Aives cumprio a pena de um anno de prlsao cellular, por crime de incendio do seu estabelecimento comaiercial A rua da Constituigao.

Pdsto em liberdade, procurou e fez recolher & prisao seu socio Francisco Garcia Junior, como elle processado por aquelle delicto.

Esse rbo, que anteriormente havia tido um incendio "casual" na sua casa, foi submettido a Julgamento perante 0 Dr. Fruetuoso Munlz Barretto de AragSo, juiz da 7' Vara Criminal, e coudemuado a um auuo de prisao cellular, e a multa de 5 % sobre 0 damuo causado.

O fim visado foi 0 receblmento do seguro de oitenta contbs que tinham nas companhi'as Allianga da Bahia e Lloyd Atlantico.

0 predio sinisti-ado foi mdemniaado pela Gompaubia Confianga, em sessenta coutos.

Rogamos aos nossos assignautes que \hes faltando a "Reviata de Seguros'' nio deixem de reclamar immediatamente.

A culpa uao pode ser nossa, senAo caaualmente, pols compramos numeros da "Revista" a um Carteiro do Correio.

Os Correctores, por seu lado, devem se educar na profissao, uao vendo apenas a couHulssao a embolsar, mas comprehenderem a sua responsabilidade moral num seguro despropositado, em relagSo As coudigoes do negocio ou perigoso em relagao A pessoa do segurado, coino quaudo se trata de um homem de maos auLccedontes ou em dlfficuldades de dinheiro, porque 0 incendio serA uma das probabilidades que elle encontrard para saliir do passo perigoso em que se encontra.

Os bons Correctores se revelam na escolba conscienciosa que fazem dos riscos, cujos segu ros estao a seu cargo collocar.

S6 asslm elles poderAo recommeudar-se A confianga e A estima das seguradoras.

Couduzindo-se de maneira cppoata elles uao terao neiihum prestigio.

O seguro nao A azar. Deve basear-se'em estatisticas e atteuder, tambem. ao valor moral do segurado.

Esta Industria, para corresponder A sua funcgao economica-no seia da sqciedade moderua, preeisa ser. bem educada.

MAGALHaES CARVALHO.

PXCEDERICO BECKMANN

O Sr. Alexandre Gross, Ageiite Geral da Companhla Alllanga da Bahia, nesta praga, substabeleceu "com reserva", no anclgo funcclonarfo Sr. Frederico Beckmann, os poderes da procuraqAo que llie foi outorgada pela alludlda Compaiiliia. Fica asslm 0 Sr, Frederico Beckmann com todos 03 poderes de Agente da mesma Compauliia, luvestldura essa que foi commuulcada A Inspectorla de Seguros.

Ageucia <!e Segaros em S. Paulo

Pessoa com pratica de 8 annos de se guros, optimas relagoes no alto commei'clo de Sao Paulo, com carteira produzlndo annualmente de 150 a 200 conios de premios, acceita agenda de coinpauhia de primeira ordem. Paru mais detalhes e Informagdes escrever a "Revista de Seguros".

N. B. — Sd se acceita representagAo de Companliias de primeira urriem e gnarda-se todo 0 sigilo quer faga ou nSo o negocio.

"PREVIDENTE"

FIINI)A1>A EM 1873

Rua 1." de Mar^o, 49 (EDIFICIO PROPRIO)

TELEPHONES:

l>ivc«><oria — 9foi*ic 1561

CJei'ciicia — 2161

Capital integralisado em 2.500 accoe.s de reis 1:OOOSOO() 2 Reserva legal Iminovcis e apolices de sua propriedade e outros valores 5

Deposilo no Thesouro. • Sinislros pagos 14

.500:0008000

290:0008000

,096:8908400

200:0008000

,062:2338300

T£ixas modicas

DIRECTORIA: Jodo Alves Affonsio — Presidente. Josc' Carlos Neves Gonzoga—Director.

AOENTES:

- J. M. de CarvaWo <£ Cia.

Una 4lo Uosui-io, il -1- aii«1ar

S. PAULO

> ' 243 ■„ ^-3. REVISTA DE SEGUROS
Maio de 1926
. mill
■©

COMPAN'HIA DE SEGUKOS MAKITIMOS E TEllliESTItES

— FUNDADA EM 1894

Deposito no Thesouro 200;000$000

Opera em Seguros Terrestres em predios, eslabelecimentos commcrciaes, moveis, inercadorias em transilo e ouiros riscos terres tres. Em Seguros Maritimos sobre vapores, navies a vela e outras embarca?5es, mercadorias embarcadas, etc. Aceila procurafao para adminlstrar bens de qualquef nalureza, recebimenlo de altigueis de predios, juros de apollces e ouiros liliilos de renda, mediante modica commissao.

Direclores: Joao .Torgrc Gaio Junior, Jose Albei'to de Bittciiecmrt Ainarante e Antonio Cardoso de Gouvea.

PRESTAM-SE CONTAS PGR SEMESTRES, TRIMESTRES OU MENSAES

87, RUA I>A <IUITA^"J>A, 87

Ediflcio Proprlo

Telephone Norte 1922

RIO DE JANEIRO

HDIS]®iaDN

iTIai-iHiiioN, 'rerrcsIres e c-oiiira iic<'iaciiios <le AiiloitioveiN

COJvTRACTOS conipreliousiveis e seip coniplicacoes.

SERVING efficionte e iminccliafco.

RECLAMA^OES de acoidentes licjnidadas com toda brevidade 6 ecjnidade.

Aveia Rio Bronco, 69177

2? ANDAR Rio de Jc&nelro

Os lueendl^rlos.

Pelismente os nossos juizes, jil estao prestando attengao aos grande crimiaosos, conforme se verifica pelas seguintes nottcias publicadas

COS jornaes:

NA

As pi'ovos eram vchciuentcs e o Juiz decreton-lhe rt pilsno prevenclvii

0 facto occorveu na audieucia de Uoje. da 8a Vara Criminal. Estava sendo aummarlado o r^o Mauoel Gomos Pelxoto, accusado como inceiidiario, por haver ateado fogo, em 27 de Fevefelro do corrente anno, num predio silo A rua Rivadavia Correa, 163, oiule liavia nm botequim de sua propriedade.

Taes foram as provas contra o accusado que o juiz Chrisolito de Guamao. ao ser-terminada a

Companllia IVaci^Biial de Seguros YPIMANCi A

tciTc.stres, iiini'itiiiios c siccidonlc.s no traballio

CAPITAL Rs. a.OOO:OOOSOOO

SEDE: RIO EE JANEIRO

Rua General Camara N. 33=2.° e 3.° andar

Telephones- ( ® Norte 2127

( Para fogo e acoidentes no trafaalho Norte 952

Caixa Postal N. 1)9« — Cldi^'os Kibeiio e A B C 5.* Ed,

SUCCURSAE IIE SAO PAULO

Rua Jos6 Bonifacio N. 33-A - Tel. Central 1493

Caixa Posial

Biiderec^o Telepa-aplfefico "VOUGA"

instrucsSo criminal, resolveu decvetar-lhe a prlsSo preventiva, e. desta forma, c rdo deixou o cartorio aeguindo para a Detengao."

•0 INCENDIO DA RUA MARECHAL FLORIANO

O Dr. 3" pvomotor publico, em longo e fuiidamentado parecer, opinou peta condemnagao de Oldovico de Souza Araujo, que esta seado processado como incurso no art. 140 do Codigo Penal, como responsavel pelo incendlo da rua Marechat Floriano n. 43."

O juiz Dr. Alvaro Blttencourt Belfort proferio a sua sentenqa, absolvendo o accusado. por se nao ter convencido da criminalidade do facto.

0 nosso Director, que tanto lem trabalhado Para levantar o civel do seguvo, defendendc-o "este mensavio, em artigos da imprensa diarla ® em comnientarios ua "Revistu de Critica Ju•diolaria", asatm c.omo perante oe poderes publiCOS. em nioraentoa graves perlgos para elle, recebeu da "'Associagao de Compauhjas de Segui"oa", a scguinte carta: Rio de Janeiro, 8 de Maio dc 1926. lilmo. Sr. Dr, Abilio de Carvalho — Nesta.

Prezado Amigo.

Respondendo A sua estimada carta do dia Abril p. p.. — suggerindo a adopgao de mtas clausulaa nas apoHces para so poder reacontra a variedade do fraudes pratlcadas pe® segurados contra o erario das Companhlas de egnios, etc., — cumpre-nos informar a V. S.

Qp^ Possa ultima reunlao foi deliberado quo

_ ^''"PpfPonte serd o assumpto Jevidamente

P® suggestoes de grande • 01 para serem incluidas na esuerada "apoUbrasileira",

der Protestos de nossa elevada cousle muito aprego, firmamo-uos.

0 proprietario de uma casa iuccndiada, em 1924, escreveu a 10 de outubro do mesmo anno ao agenciador de seguros, Casiello Branco, dlzendo, entre outras cousas o seguinte;

"Diz elle, (um individuo rulgo Cavallo Branco, padrasto de um dos scclos da firma qtie teve o sinistro) que nenhuma testemunha iria depor na. vara, que A muito amigo do Sr. EscrivSo; que a esposa delle Cavallo Branco se dd muito com elle; que o juiz o atteude muito; que frequente o cartorio e prometteu bons proventos quaiido entrar nos oltenta eontos."

O proprietario da casa incendiada dizia co- * nhecer boas testemunhas que poderlam depor sobre o facto e offerecia-se para indical-as.

Na occasido propria, pordm, o missivSsta negou-se a. dar o seu depoimeiito na vara civil em que corre a'acgao para cobranga do seguro.

Ha, por^m, questQes de direito e mesmo de feclo. que bem podem excluir a intensdo dos segurados, dando ao juiz, ao mesmo tempo, a convicgno de se tratar de un> acto doloso, como sao em regra todos os incendios, com os quaos possam lucrar os segurados.

Aiuda uma vez pedlmos tVs Companhias de Seguros que nos envlem as sentengas proferidas em aegoes relativas a seguros, em que forem inteveasadas, afim de serem commentadas nesta Revista.

.-"W-l Trr
P m
Maio da 1926 REVISTA DE SEGUROS 243
occasiao do SUMMARIO
De V. S., Am'os. Att'os s Obgd'os. ■'^^SOCIaCaO de COMPANHIAS de SEGUROS
0 Secretarlo A. Bnrroso.

Corpo de Bombeiros de Porto Alegre EgK

Somos informados de (lue o Covpo de^Boni'beiros de Porto Alegre acalja de encommendar d firma Alexandre Cetlin Jr. & C., ile Hamburgo, uma lancha bom dotada de todo o apparelhameiito moderno para o ata(]Tie de Inceudio no litto ral da referida cidade, salva^ao de e-mbarcacoes, rebotjue-das mesmas, etc. E' um elemeitto que muito vae melhorar a efficiencla do serviQo con tra iiicendios em Porto Alegre e que, embora vepresente de momento um grands sacrificio para as finangas do Corpo, serd futiiramente de effeitos bem compensadores para os interesses das Companhlas de Seguros. Isto e tudo o que preseutemente se tem conseguido, ua alludida Capi tal, deve-se exclusivamente A perteita unlao de vistas em que se mantem as seguradoras para a defesa dos sens interesses.

— Pelo ultimo Relatorio do Corpo de Bom beiros de Porto Alegre ve-se que os iiicendios

INSPJ'ipOES ELBCTJKICAS NO ItIO

GKANDE DO SUE

Fomos Informados de qua o Comitd Mixto Rio Grandense enviou o .seu Eugenhetro a Sao Leopoldo. Novo Hamburgo e H'lmburgo Velho, afim de inspeccionar as iustaliagoes electrlcas existentes nessas localidades.

Ha pouco tempo, a Iiispectoria do Seguros deu o contra em uma arapuca que pretendiam fuudar para explorar os simples.

O inventor do systheraa tinha aido agente de duas mutuas de S. Paulo e teve saudade daquelles tempos de ratoeiras armadas pelos proprios ratos.

B por fallar nisto, porque a justiga crimi nal nada f^z em relagao & ••Cruzeiro-do Sul", que fallida de facto, antes de sel-o de dlrelto, sem deposito no thesouro, sem resorvas, sem pagar impostoB, conseguio que duraiite miiito tempo nao fosse pnblicado o decreto que suspendia m Buas operagoes?

Algum politico se Interessa sem duvida.

Emquanto o dinbeiro dos segurados pingava liaveria "comidas" e o comer 6 o forte deste re gimen, que foi proelarna'do antes da hora do almogo.

^ - .T "

A Associagao de Compaiihias de Seguros, pele sua Direetoria, fez uma vislta ao Sr. Dr. Chefe de Policia.

com prejuizos supei^iores a 30:000?, foram em 1922, 23; 1923, 15; 1924, 9; 1925, 5...

Basta isto para demonstrav que o incendionao e por si mesmo um facto casual.

A sua frequencia tem causas moraes. A quasi certeza da impuuidade e a cubiga de dfnlieiro sdo os seus factores, na maioria das vezes..

A estatlstica 6 o tbermonietro da vida de um povo. Por ella se pode ver nac s6 o seu desenvolvimento como as alteragoes do seu orgauismo, a alta ou a depressdo da sua temperatura.

Porto Alegre era uma cidade de frequentes Iiicendios. Duraiite um curto periodo, as segu radoras tiveram eutre o que reeeoeram e pagaram o "deficit" de alguus milharos de coiitos.

Depots que ellas orgaiiisavani um servlgo de prevengao e defesa contra o fogo, que a policia comegou a ser melhor exercida e a justiga raais rigorosa, o iiumero de iuceudios foi dimiiiuiiido progressivamente.

SUB-COMITE" EM SANtA CRUZ (Kio Grande do Sul)

Mais um Siib-Comitd acaba de ser coustituido pelo laborioso Comitd Mixto Rio Gran dense, cujos esforgos em pr61 da Industria do Seguros sao dignos dos maios elogios.

O novo Sub-Comitd ficou assim constitiiido: Presideiite, Conipauhia Allianga da Bahia: Secretario. Compauhia Anglo Sul-Americana;

Vogaes: Compauhia Internacional; Comnanliia Paulista; Compauhia Lloyd Sul Americano; Companhla Italo-Brnsilelra.

Ob malores acclonistas da Compauhia AlH' anga da Bahia sao:

Francisco J. Rodrigues Pedreira (presidente) 1 •

Jos^ Maria Soiiza Teixeira (Director). ' l.OOO .

D. Maria Teixeira Riheiro SA 1'?

Bernardino Vicente de Araujo (Dire ctor) 160

D. Maria de Miranda Carvalho 160j

Adolpho Moreira. I33i

Alvaro Martins Catliarino 100

Angein S4 . . • lOO|

D, Enediiin Weiise de Olivelra .. .. lOO^

Francisco Si '

Josi Joaqiiini Vieira Lopes lOO.;

D. Maria Emilia dos Santos Pedreira. lOOi

Malo de 1926 REVISTA DE SEGUROS

Companhia Paulista de Seguros

Completa agora vinte annos de existencia a Companhia Paulista de Seguros liilciando modestamente em 1906 as suas operagoes e teiido recebido dos seus acclonistas apeiias 800:000? a Companhia uesses vinte aii•^os, ja distribuiu em divideudos e bonificagSes

2-820:0005 integralisou com os hicros, as acgSes, Pugou sinlstros na importaiicia "de 4.665:015S718, e possue lioje o grande patrlmo,fio de 5,880:4315240 destinado & garantia doa seus segurados.

Peio balaiigo e coiitas relativas ao exerciolo de 1926 que siibmettemos ao'vosso eoiihecifoeiito podeis. assim como os nossos segurados e 0 Publico em geral avaJiar do grau de prosper!-• Oade da empresa, e das solidas garantlas que ella pfferecB. tudo-coiiseguido em relativo peque-, tio espago de. tempo, Ao commercio, aos IndusIj'iaes e aos proprietarlos que tOm honrado a Compauhia com a sua preferencia, ao mode coin one tem ella sabido corresponder a essa prefe'•encia, bem como a poiitualidade na liquidagilo ,sempre amigavel dos siiiistros, sao devido os •fptiuios resultados. aU aqui obtidos.

Contractos de Seguros * * Apesar da grande coucorrencia existente o or dos contratos de seguros cresce de anuo I'ara anno.

anuo findo realisarara-se coutratos na gj l'°'"tancia de 517.501:565§87G excedendo as- tti oni 8.800:351S762 o total dos contratos feiem 1924.

-SOU fundagio a Compauhia feali5 na importaiicia de. ^ •'^®'1:551§648 demoiistrando esse facto a l""®^®reneia do piiblico pela confianga solidas garantlas que'ella otferece 110 modo de tratar com os seus segurados.

Ftindos de Resei'va

as • '^I'ango encerrado em Dezembro de 192-1 da Compauhia Importaram em riin ^•'510:145$805.

tn 1 "o correv do anuo de 1925 augmeii. Para 2.982:3415747.

Capital e Resorvas

real e effectiva garantia dos seguraa Companhia tem o'-seii capital e reservas Par

ua importancia de 5.880:4315240 representados pelos valores seguintes:

Predios nas ruas centraes da capital 3.276:5265400

Apolices federaes 754:0005000

Apolices. do Estado de Sao Paulo 100:0005000

Letras da- Prefoitura de Sao Pauio

195:0005000

AcgSes da Cia. Paulista de Estradas de Ferro 734:1615500

Emprestfmos com garantia de apolices de vida ;. .. 140:6155000

Emprestiiuos com garantia hypothecarla 200:0005000

Dinheiro em caisa e nos bancos 292:1315140

Moveis, uteusilios e impres-

5.880:4315240

Estando os predios das ruas Alvares Penteado, Quitanda e Barao de Itapetininga escripturados pelo valor das compras, hoje taivez duplicado, nao parece exiiggovo calcular-se em luais de 6.000:0005 o patrimonio da Companhia para cuja formagio os senhores accionistas contribuiam apenas com 800:0005000.-

Dividendos e Bomficagoes

A Companhia ji distribuiu dividendos e boulficagoes na importancia de 2.820:0005000. No exercicio de 1925 fovara distrihuidos 240:0005 de dividendos e 60:0005 de boulfica goes elevando-se assim a 15 % o rendimento das aegoes.

As aegoes da Companhia do valor nominal de 2005000 estao cotadas a 4005000. Siulstroa

No anno findo foram pagos sinlstros na Importaucia de 478:3895'715 elevando-ae a rdis 4.665:0155718 o total pago desde a fundag&o da Companhia.

244 REVISTA DB SEGUROS Malo de 1926
f % .IB'
\ '
DO RELATORIO DA DIHBCTOBIA
Juros
44:8465000 Garantia
Depositos
Estampilbas
Apolices
das
Total
sos 35:1195000
e dividendos a receber
de consume 1:2615000
jiidiclaes ' 27:0225000
federaes 3:S86f800
a cobrar e saldos
agendas 75:8625400

de Companhias de Seguros|

.* ^ jj ».:« #3« i". nytr. /-> »^sr.f?vr. mio rt lovjtvn n A assemblda cta da Assembl^a Geral Extvaordiuaria da Associagao de Companhias de Seguros, vealisada em 23 de Abril de 1926.

Aos viute e dois dias do mez de Abril de mil uovecentoa e vinte e seis, pelas tres horas da tarde. na sdde da Associagao de Companhias de Seguros, a Rua Sao Pedro n. 30, sobrado, achando-se representadas as Companhias: "Stel la", "Confianga", "Integridade", "Interesse Publico", "Italo-Brasileira", "Lloyd Sul America no", "Lloyd Industrial Sul Americano", "Paulista", •■Internacional", -'Mannheim", "Phenix Sul Americano", "Sul Brasil", "Rio Grandense", "Porto Alegrense", "Indemnisadora de Pernanibueo", "Phoenix Pernambucana", "Uniao dos Proprietaries "Seguranga Industrial", "Uniao Flumineuse", "Adamastor", "Santistu". "Lloyd Atlantico", "Indemnisadora". "Brazil", "Varegistas", "Ypiranga", e "Giianabara". — assumindo a Presidencia o Vice-Preaidente em exercicio. Sr. Affonso Cesar Burlamaqui, declarou que estando representadas vinte e sete Companhias podia, de conformidade com os Bstatutos, funccionar a

Receita e Despesa

No anno de 1925 a receita geral foi rdis

2.318:4645615 e a despesa importou em rdis

1.553:0075260 havendo assim um saldo de 785:4575355 que reunido ao saldo anterior na importancia de 109:0905705 forma o total rdis

894:5485060 que foi de accflrdo com os estatutos distribuidos em divideudo, bonificagao, fundo de reserva, porcentagens, etc., havendo ainda um saldo para o exercicio de 1926 de 140:9865432, de cuja importancia poderd aer deduzida a bonificagao de 60:0005 se assim entender a assemblda geral.

Agendas

Estao funccionando regularmente as agencias do Rio de Janeiro, Santos, Campinas e Por to Alegre. Dentro de pouco tempo serd installada a de Recife.

CONCLUSSO

Sao essas as informagSes que julgamos de noBso dever trazer ao vosso conhecimento afim de que possaea ajuizar dos negoclos da Oompanhia e do desempenho que temos dado ao nosso mandato.

Sdo Paulo. 24 de Fevereiro de 1926.

OS DIRBCTORES — (ass.) J, Cardoso de Almeida, Dr. Nicolau de Moraes Barros e A. Verlano Perelra.

, e que o motivo que o levava a estar, mais uma vez, dirigiiido os trabalhos da reunido, era por se eiicontrar ainda ausente do Rio o Sr. Octavio Ferreira Noval, Presidente da Assoclagao'de Companhias de Seguros. Consultaudo em seguida a assemblda sobre a iiecessidade de ser'| lida a acta anterior, foi essa leitura dispetisada, por jd ter side assignado por todos esse do- , cumento. Antes de entrar nos assumptos a serem resolvidos e constantes do convite dirigido aos Srs. Assoeiados, o Sr. Presidente informou que a Directoria. aldm das providencias ja tomadas a i-espeito, estava trabalhando. tambein. com a Associagao Commercial do Rio de Janeiro, para que fossem defeiididos os iuteresses das Compa nhias de Segugps no easo do novo Imposto sobre a Renda, e que nesse sentido ja havia entregue a alludida congeuere um memorial, assignado egualmente pela "Fire". O 2" Secretario. a pedido do Sr. Presidente. leu esse memorial, teiido OS dizeres merecldo approvagao unanime da assemblda. 0 Sr. Burlamaqni menciouou depois OS assumptos que. de accordo com a convocagao, precisavam de ser discutidos e appro- w vados pela asseniblda: o novo Regulumento da Tarifa de Trapiches e o Corpo de Corretoros officiaes, esclarecendo ainda o Sr. Presidente que, de conformidade com a resolugao tomada na ultima assemblda geral, havla sido enviada copia do referido Regulamento a todas as Associadas. O Sr. Presidente referiu-se em seguida d necessldade imperiosa de ser organisado o Corpo de Corretores officiaes no Districto Fe deral, e logo ap6s a leitura, pelo Sr. 2" Secre tario. do Regulamento para esse Corpo de Corre tores officiaes, argumentou cr.iteriosameute tal Iiecessidade e solicltou, por tim, aos Srs, Asso eiados para se manifeslarein a respeito. Pedl■ram eiitao a palavra-i o Sr. Roberto Cardoso, para apreseutar emendas ao Regulamento d" Corpo de Corretores officiaes; e os Srs. Mario Cadaval e Carl Metz para apresentarem emeu das ao novo Regulamento da Tarifa de Trapi ches. O Sr. Presidente poz, eiftao, em discussao OS Regulamentos do Corpo de Corretores Off'* ciaes e da nova Tarifa de Trapiches. com aB emendas apresentadas. seiido os mesmos approvados por uuanimidade, e o seu inlcio marcado, respectivamente, para 15 de Maio e 1" de JuIho on quaiido a Directoria da Associagao o julgasse convenieute. Pol tambein approvada. por uuanimidade, a proposta apresentada de que os Corretores pugariam d Associagiio uma contrlbuigflo annual de clncoonta mil rdis. O Sr. Burla maqni cougratiilou-se eiitfto com os Srs. Asso eiados, por ter sido approvado o Corpo de Corre tores Officiaes, realisando-se, assinj, a aspiragao antiga de todas as Companhias de Seguros. Nada mais havendo a tratar o Sr. Presidente, agradecendo a preseiiga dos Srs. Assoeiados o a solidariedade demonstrada por todos nas delihcragoes tomadas, — encerrou a sessao, lavrandoae em seguida esta data que fica assignada pclos Assoeiados presentes A Assemblda Geral.

GO-

OO^. -

Ratinhar dos Seguradores

NSo ha muito, o seguro comegou a .sahir do regimen de obscin-idade em que vsgetou duraute nuiito tempo, devido & auser.cia de prepare doa sens dirigentes, a grosseiria de alguns e li falla de respeito proprio, diaute dos segurados, <10 meudigar o premie.

Era muito coniinum conversar-se com um director on ageute de seguros e niic eiicontrar neste o conhecimento technlco da industria a que servia. Comprehendla. tanto o seu offkiu corao o taverneiro que negocia seni saber o que 6 commercio.

Nos paizes em que o seguro 6 mais adean'udo, ha escolas para seguradores. Aqui nao.

Felizmente, esse atrasq vae cedendo logar •yo appareciinento de sabedores da industria. Nas dlroctortas e agencias, jii se encontTum homens Pralieos, e intelllgente.s. Otilfos pordm sab rotiiieiros e vivem a ratinhar, em se tratando de despezas que iiao tenhum caractor obrigatorio.

OS FELIZES INCKNDTAllIOS

Quaiido ha um vultoso iiiceiidio, e o dono do fogo nppareuta ter alguns nickels^ a policia " recohe conio um benemerlto. urn trinmphador. ^"iio tern o crlterio de consideral-o presumidahieute respousavel pelo fogo. Nao vd que o fogo bno pode ser tido logo coino casual. Tudo sao 'hesuras e consideragoes parn o eavalhpiro da '"dustrla protegida.

0 pessoal da Delegacia d amavel e cortez, BGiviqal e rlsonho. Para elles todos o fogo fot dessas fatalidades que descem do Alem".

O doiio da casa siiiistrada faz da Delegacia sala de visltas. Recebe os amigos, que o ''ho coiifortar diaute da desgraga.

Presta declaragoes; nao soffre Interroga- drlo. Torna-se amigo do pessoal. Depots vae ^hr.i casa e toma uma taga de vlnho espiimanespecie de champagne futiirisla, para saudar » hba Fortuua.

^0 leito niacio, ao lado da esposa as vezes hssustada, faz os calculos da o'lieragao: "Devo eceber tanto, pagarei tanto, luerarei taiito."

®to um arrepio o agita.

ear? E se as companhias ua.o quizevem paf, Ee olho eshugalhado ua treva do quarto, ^esurado treme.

Ha no seguro luuitos vicio.4 ii serem corri-. gidos.

Necessario 6 que os agenciadores sejam educados e escolhidos; que vejam a sua responsabiildade moral na agen-eia de um mdo seguro e que um alto sentlmenlo de solidariedade anlnie 0 espirito novo desta industria uo Brasil.

Nas classes comiuerciaes, todos labutam pela vida seni discordias, rivaiidndes e baixas ccnipeligoes.

A classc industrial tern encontrado na sua iijiiilo a aiicora contra todos os ataques a sua silua'gao actual.

Porque os seguradores uao se hao de eulender, viveiido iruin terreno do concordia, do que so podera resultar a dignificat-rio. a forga, o presUgio e o iuteresse da instituigao?

•Porque uao apreude os modevnos methodos da propaganda intelligente e fructiticadora?

— Porque algumas dellas tbm medo de gaslar dez reis para gaiihar o vintem.

Depois raciooiua; A justiga sempre foi tolerante para esses eases. Ah! se nao fosse a bondade della, uao liaveria incendios.

— Mas 0 advogado quauto quererd? E o pessoal do fdro e todos esses novos e modestos serveiituarlos da C6rte-de Appellagao, depots da reforma, os quaes teiu cara de forae, e parecem saiiguesugas?

Novos calculos faz o iiiocentissimo segurado e conclue com a convicgao Je que no final ganhard alguma cousa.

E adormece placidaniente, contiando na protecgao de Deus e na Justiga, que absolve os inceudiarios e Ihes da o fructo uo seu trabalho lionrado.

Ditosa patria!

Passou no dia 23, o auuivevsarlo nalallclo do Sr. Dr. Decio C. Alvim, Inspector de Segu ros, ora em goso de llcenga.

A Associagiio de Companhias de Seguros envlou «m telegramma de fellcilagSes ao distlncto funcclpnario, que tanto merece pelas suas altas qualldades.

A lei 4 o olho da socledade, destinado a velar na conservagdo' commum e bem -eslar de totlos.- Ledo — Novella 19.

246 RBVISTA DE SEGUROS Maio de 192G -
J ^ * I J ACTOS OFFICIALS |l W
i!Associacao
Maio do 192« "'UROf itEViSTA DE SEGUiv-rri
"OO •OO

as.so< ta^:'ao de coMPAxnrAs de seouros

OS HEXEFICIOS PRESTADOS

A nkida compreheiisfio da utilidade de nm orgaiiismo que congregue as voiUades da iiitlusiria seguradora, defenda os sens legUJnios iiiteresses, sein esqiiecer os da collectividnde e ii reproseiUa peranto os poderes publlcos, vac abrindo caniinho eiu todas as coiiscietieias, coino demousfram OS conceitos abaixo, qae se eiicontram ein varios dos ultimos relalorios;

Do Rcliitoi'io (111 "Alliaiita dii IJjiliia"

"Merece os ruais vivos elogios a llhistre Directovia desta digiia institiiiQao pelos serviQos que vem prestando ao levaiitameiito moral da iiicUistria de seguros, no paiz. Infelizmeute, nem to das as Co.mpatihias Nacioiiaes de Seguro coiupreheiideram aiiida os beneficios resultantes dessa louvavei acqao moralizadora, em qiie vem empenliada esta Associaeao de classe."

• Do Ueliitofio cla Coiiipanltiii "Gnaiinl>iu-a"

"Apraz-me deixar consigiiado neste documeiito quauto € mister reeonliecer de utilidade bein

COMO ELLES SAO

Um fabrfcante de perfiimarias fez diversos embarques de caixas de pd dp arroz, segurando08 contj-a 0 risco de roubo.

Chegados os volumes ao logar do destino, verificava-se que o p6 de arroz tlulia sldo substituido por terra e o seguro pagava .

A Estrada de Ferro soffria a censura do seu desleixo e falta de vigilancia e as reclaniaSoes dos seguradores prejudicados,

Um dla chegou d Estrada uma das remessas do famoso p6. Quiz ella verlficar o estado do conteudo, mas o perfumista uao consentio. Preferio voltar com o volume a arriscar-se ao exame. O ''grilo" uao passou e o hor.rado segurado deixoii de ganhar legitlmamente o que esperava, pondo terra. uos olhos do seguro.

TELEPHONE

orientada iia acgao c'onstnictiv.-i desempenhada pela ^benenierita Assoclagao de Companbia dd Seguro. ciijo program'ma vae sendo desdobradt com a firmeza que se origiiia das convicgdes for tes."

Do Kclitloi'io du ('oinpiiiihia InitU'niioioiial dp .ScgHi'o.s

'■. Felizmente a Associagao de Companhlaj do Seguros em bda bora iiolou o desequiltbrio existente entre as despezas e os sinistros, de urn laclo, e a rcceita, de outro, e conseguiu unifor mizar, com ligelros augmentos, as taxas para OS seguros de fogo em todo o sul do Brasil, allmentando nds a esperanga de que tambem no norte do paiz. onde a insensata coiicurrencia baixou as taxas atd o extreme, uao tnrdarll a ser feita lima uniformisagao de taxas. exteiislva. egualmente aos demais ramos de seguros. "

Do Rc'liitorio dn f'onipanhin "liulpmuiziidoni"

"Nao podemos deixar de agradecer a esta As sociagao 08 esforgos despeiididos em prol de iiossa iiulustria, iiuma vigilancia constaute e benefica aos iiossos iiiteresses.''

Uma companbia bem admiuistrada. de, vida folgada, e naturalmente zelosa do seu bom iiome nao se deixara cliamar a juizo, se uio tiver uma razao que llie parega ponderosa pare listgav.

Podera ser mal aconselhada pelo seu advogado. que nao serA a pessoa versada em jurisprudencia, que Instrue e guia sens constituintes, mas um arranjador de trapas para envolver as partes n'uma rede de sopliismas.

Ha bachareis muito perigosos. Elles estao se toriiando uma das pvagas nacion'aes. como sac OB politicos e os fuuccionarlos. E' de i'6ceiar que, se uao fecliarem tautas faculdndes de direito, que existem iia Republica, desapparecerao as ultimas nogoes de direito que aiiid® restam, pois as ieia, os actos offlciaes e o estylo forense revelam a maior decadeucia. No repartigdes, os bacliareis sao terriveis sabedores de leis. . que despresam pela praxe burocratlca.

NORTE 2196 REDE PARTICUUR LIG4HD0 DEPENDENCES \

A Mensagem Presidencial e os Seguros

A mensagem eaviada no dla 3 ao Congresso dtz 0 seguiule:

SEGUROS

K de franca prosperidade a situagao da iiirtustria seguradora naoional.

E Isso se deve, em grande parte, sem duvidn, " niedidas adoptadas pela Governo, atrav6s da Dispectorla. respectlvn, de prudeute e opportuna nscallzagao preventlva das emprezas nacionaes e extrangeiras. autorlzadas a operar no territorio da Republica. e de systematica e severa repressao de abuses inveterados.

Combateiulo o avlltamento das taxas dos seSikos e maritimos. examiuando e corrigiudo a re-dacgao das apoliees, cuidaado da formagao e apO'lcagao das reservas e da integralizagao de capioes, zelaiido pela arrecadagiio dos impostos e proeuraudo, por todos os meiqs, sanear o mercado seRurador. o Governo promoveu, par isso mesmo, a Propagaguo do Institiilo, sem aiigmeutar a despeza Pubiica. antes fazendo accrescer a receita, e velauao mosmo tempo, com solicitude, como Ihe ctimpi-ia, OS interesses, cada vez maiores. coufia'es a essa industria. em uosso paiz.,.

Niio esiii aiiidn terminada a apuragao da renda do imposto de 5 % sobre os premios de segu ros terrestres e maritimos, e de 2 Te sobre os de vlda, correspondeuie ao exerciclo de 1925. Comtudo. H arrecadagao ja monta a 5.685:2995815. ou muls 598:260.5942 que a do auterior.

A despeza com o servigo de fiscalizagao das emprezas foi de 459:1205, verincando-se, asslm. desde id, um saldo de 5 22G; 1795815

O imposto do sello. a que e.stao tambem sujeitas as operagoes de -seguros, produzio renda quasi Igual d das taxas sobre premios. Motivos imperlosos nao perinittem elaborarse 0 ante-projecto. que o Governo pretendia offerecer li vossa conslderagao, completando os dispositivos dos Codigos Civil e Commercial sobre se guros e assumptos correlates.

A commissao especial, designada para examinav as reclamagaes apresentadas pelas soeiedades de seguros contra o regulamento baixado com o decroto ti 1G.738, de 31 de Dezembro de 1924, jit fez eutrega de seu relatorio, e o Governo dard, em breve, solugfio d materia.

Os dados estatiaticos seguintes resumem as operagoes, no exereicio de 1924:

QUADRo DESIOXSTRATIVO das OUERAfoKS DE SEGUROS TERRESTRES E JI-lRITmOS, DURAXTE O EXERCrCIO DE 1024

< O.M|»,v\HlAS SEGURO.S TERRESTRES SEGUROS MARITIMOS , NAOIOXAES (43 COMPANHIAS) COMPANHIAS)

Vnlovps

seguradoa

9.089.023:5185351

3.977,135:9145941

2iS
DE SEGLiROS Maio (le 192(j
SURSCRIi'TO m 3.09Q:00Ot<W Kl .U.tSAUO
AllUiiiiesta, 4S-5.\ ACCCIIA iEEUROSCOHTRlOslllSCOSDEFOGDC'HilRITIHOilHODICilSlUn LtOUIDKO»IHH!OlATASADimRflnHDEKOilTO
r """"
Maio de 192(!
1,799.876:0015728 675.334:5245203 7.2S!).647:B1G.$(:23 3.301.801:3901738 Premios 35.427:3025216 20.249:9145874 . 7.183:6675061 2.579:1585813 ^■^'quidoa. 28,2.43:6355155 17.670:.TBGS061 Sinistrpg • 11.864:3355885 7.019:7875716
2.960:5125429 953:7735541 TOTAES (43 COMPANHIAS) 13.060.159:4335292 2.474.710:5255931 10.5,91.448:9075301 53.677:2175090 ;l .702:8255874 45.914:3915216 18.884:1235601 3.!)14:28559'i'0 14.969:8371631
'^®ciipe,-ados

ilEViSTA DE SEGUROS

COMl'AXHUS .SEGUROS TERRESTKES

EXTRANGEIBAS (25 COMPANHIAS)

Valores

Seguvados •. '• . 7.840.393:8473516

Re.segurados 484.015:364$340

Liqnidos 7.356.378:4831176

Pi'einios

Recebldos 23.361:0213508

Pagos... .. 1.423:4741860

Liguidos 21.937:5463648

Siiilstros

Pagos 6.002:0743063

Recuperados - 393:696?331

Liquidos. 5.608:3775742

ro;MPA>rHiAS seguros terrestres

NAUIOXAES E EXTKANGEIRAS (OS COMPANHIAS)

Viiloi-e.s

Segurados 16.929.417:3653867

Seseguradoa 2 m 391:3063068

Liquidos 14.646.025:9993799.

Preinios

Recebidos 58.788:3233724

Pages : • • • 8.607:1413921

Liquidos 50.181:1815803

.Sinisti'os

Pages 17.866:4093948

Recuperados 3.354:2095750

Liquidos 14.512:2005198

OPERAC«">ES DE SEGUROS TERRESTRES E

BSPECIEirAfOES 1023 ,

Valores segurados .. .. 17.170.100:2383147

Valores resegurados 2.321.174:8063934

lAquido 14.848.925:4315213

Premios recebidos.. .. 70.697:7303170

Preinios pagos .8.953:1223650

Liquido 61.744:6073514

Sinlstros pagos , 42.248:1661182

Siiiistroa

- 6.947:4323306

Liqiiiao .35.300:7335876

KAZOES IlECURSO

Para o Exmo. Sr. Dr. Miiiistvo da Fazeiida recorre a Conipanliia C. de Seguros Maritimos e Terrestres. da declsao dc Exmo. Sr. Dr. Director da Recebedoria do Rio de Janeiro que Ihe impoe a multa de 500?, miiiimo do Art. 60, letra c, do Decveto n. 15.589, de 29 de Jullio ''e 1922, mandando cobrar uina dlfferenqa de imposto com a indra de 1 %.

0 artigo cltado mandava que as Sociodades ftuonymae participassem a dlstribuigao do gratificagoes aos seua Directores o.u Administradoros ® 110 caso trata-se da porcontagein de 1:5003. dada pelos Estatutos ao respective Conselho Fis cal. Ora, 0 Conselho Fiscal nilo dirige, niio adluinlstra a socledade anonyma; tiscalisa apenas.

0 Deer. n. 434, de 1891, que consolidou as dispoBigoes legislativas e regulamentares. refe--•"enies a estas Sociedades, diapoe, no art. 97, quo ollas sorao geridas por dots ou mals admit "istradores e detevmina no art. 101 (no, silencio dos estatutos ou contracto social) as funcQSea dos mesmos.

O art. 118 trata do Conselho Fiscal e os • sMlgoa subsequentes definem as suas attrlbui, goes.

Hao tern elles funcgoes administrattvafl na BOciedade; apenas fiscalisam os actos dos .ndmi, "istradores.

Hilo tendo o artigo em que foi julgada iu-

cui'sa a Recorrente tratnndo de Flscaes. achou a mesnia Recorrente que no silencio da lei nao era obrigada a participar a pequena gratlficagao a elles coucedida.

Si o Reg. que se pretende iuobservado pcia Recorrente iiao se referio aos Fiscaes. evideutemeiite nao havla obrigasao da Recorrente do lazev qualquer communicagao. Nao sao os pavticulares que devem pagar pelas omissoes dos regulamentos.

Nao tern logar a interpretagao dada pelo illustrado Director da Recebedoria. porque a lei em relagao aos lactos sujeitos ao sen domluio 4 clnra e precisa. "Quando verba sunt clara, non admittitur mentis interpretatio".

As leis fiscaes, como as peuaes. nao admiitem interpretagao extenslva. Na Nova Consolldagao das Leis Civis, Carlos de Carvalho escreveu. no art. 62 | 15". Violenlas interpretagOes coiistiiuem fraude da lei." Era assim que en_tend!a o apodado regimem absolutlsta. na Lei de 29 de Outubro de 1754 e no Alvara de 23 de Janeiro de 1755

Bm vista do exposto, a Recorrente confia que soja dado proviraonld ao preaente recurso, — ou que "por equldade" se torne apenas exigido o pagamento do impost© com a mdra. Esta decisao, a Recorrente tem o direito de espei-ar da justiga de V. Es.

.Vac reunir-se a 31 de Julho proximo, o 3' ConSresso de Credito Popular e Agricola.

nosso Director Dr. Abilio de Carvalho •'B parte da Commissilo de Imprensu.

Os Juizes sfl-o dcvedores da justiga de hoje e, nao da justiga de amauha. Cun-e.

recuperados
SEGUROS MARITLMOS (17 COMPANHIAS) Mulo de 1926 REVISTA UE SEGUROS Maio de 1926 TOTAES l27 COMPANHIAS) 860.114:2273207 47.004:0165568 8.700.508u974S723j 531.019:38039081 813.110:2103639 8-169.488:69358151 3.563:0733139 85:3495540 26.924:094|647i 1.508:82434001 3.477:7233599 25.415:2703247! •1.332:3911255 50:3513537 7.334:4653318 444:408$S5S| 1.282:0393718 6.890:4163460 SEGUROS MARITIMOS (57 COMPANHIAS) TOTAES (70 COMPANHIAS) 4.837.250:1423148 722.338:5403771 21.766.667:5083015 3.005.729:9063839 4.114.911:6013377 18.760.937:6013176 23.812:9883013 2.664:5083353 S2.601:3113737| 11.271:65032741 21.148:4795660 71.329:6613463 8.352:1783971 1.004:1255078 26.218:58839191 4.358:334|828| 7.348:0533893 21.860:2B4§091 MARITLMOS NO.S EXERCICIOS DE 10^3 E 1024 1024 niFEERENCA EM 1024 21.766.667:5083015 -|- 4.59G.567:2G9$868 3.005.729:9063839 -|- 684.555:099.3906 :S.760.937:6013176 3.912.012:1695963 82.601:3113737 11.271:6503274 11.903:5813567 2.318:5273618 71.329:6615463 9.585:0533949 ?6.218:5883919 4.358:3343828 16.029:5778263 2.589:0975478 21.860:2543091 13.440:4793785 Tf=
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OUARDIAN" (GUARDIAN ASSURANCE CO. LITD. DE LONORESJ ESTABeUCCIUA. EM tSS-t Capital suhscriiito Este. S.OWl.flOO Capital rSfsa'lo '' " 1.000.000 PiiiKlos accumulados — acima de 2 222 229 Reiuiu lotai 2-000.000 BU.AZILIAN W.VKK.VST COJIIVXNY lA311TED — AGENTE3 Avenida Rio Branco,.9 - 2." — Sala 22B DE JANEIRO Colxa Postttl 779 Tclci»hone Norlo 5401
SEOURO CONTRA FOGO
:0 ADAMASTOR ■% 4 Companhia de Seguros Luzo-Sul Americana SfeOE EM OSBOA CnpHiil rc:ili/a4lo it(» Ri-:tKil ... liO(M>:OOOSOOO Dei»o»j(o no Xhosoiu'o . t>00:000$000 Represenlanfes Geraes- MAGACMBS <£ C. Rua Primeiro de Mar^o, 51 Telepl\one Norle a©34 uio »E JANEIRO A«EIif'CIAS F.Sa: Sao Panio : K. MogalQaes <£ C. — Baliia : MagoW^^^ ^ CPara : Stein^v cG C. \\ Companhia Interesse Publico ££ Seguros Maritimos a Terrestres Pnii(1a<1a iia Capiial lia Raliia oiii lSf53 DADOS ESTATISTICOS DO BALANQO ANNUAL DE 1925 CAPITAL KEAIASADO . . . ' 1.000:0003000 DEPOSITO no THESOURO federal, em APOLICES. . . 200:0003000 SEGUROS—Pelos viscoa assumidos 195.197:1043000 Prcmios aiT-ecadados. 940:8023200 SrXISTKOS PAGOS SBM DESCONTO. . . ' • •- 570:8823200 _ 361:0323870 Tendo pago o divideiido de 1925 d raziio de 403000 por accao. ACCEITA SEGUltOS MAlllTIMOS, TEKlll3STKf3S K rEBltOVIAlUOS Agciite e Reprp-soiifaiito. Avenida Rio Branco N. 117 2? andar-Sala 6-Tel. Norte 3923 ^ Mi

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