26 minute read

MOToiAuHiaN

• lf.SlfBAflC£'"^SS7^COKPA,1V •

Fuodada ^ em 1864

Companhia Ingleza de Seguro

Capital e ReserTasi exced-em a £ 60.000.000 0 a 3 MilJiocs de Contos

Seguros contra Fdgo e

Seguros de Automoveis

Agenles Oeraes no Brasil

Frisbee <& Freire, LimHada

34 - Rua Theophilo Ottoni - 34

RIO DE JANEIRO

Telephone: 3-2513 • Telegramas; PE.ARLCO

SEGUROS CONTRA ACCIDENTBS DE AUTOMOVEIS, FOGO, RISCOS MARITIMOS B FERRO-VIARIOS.

SEGUROS DE BAGAGEM

FILIAL NO BRASIL

Edificio do Castello — 7" andar.

151, Av. Nile Peganha

Esplanoda do Castello

— KIO DE JAINEIKO

Telephone 2-1870 (ROde particular) tabelece uma reserva de 574:5483270? Lan?ando no passivo da Companhia a reserva de contingencia de 25:1013150. porque n&o a escritura na Despesa ? As dMpesas gerals, que importam em 4:2343200 nao SM exagcradas para o exercicio de um an_o, mas nao estao em propor^ao com as 11quidagoes do exercicio e que importaram em 19:7313900, ou sejam, mais de 21 "l".

Uma observagao e necessario fazer: nao havendo quasi receita, a nao ser os juros de titulos, porq^ue tanta demora na liquidagao da Companhia? Esta morosidade so poderA trazer prejuizos maiores aos segurados.

Nao sera 0 caso da Inspetoria de Seguros agir com mais energia ?

O laconismo do relatorio detxa margem a mm^ duvidp: ^sim, por exemplo, nada consta so bre Moveis e Utensilios. Exlstem ou nao' COMPANHIA "UNIAO" DE SEGUROS MARl TIMOS E TERRESTRES - Porto Exercicio de 1932. " clemomtra

—-"B'" apenas a 4 '?dR8nnn ——' "WO sinis0 e.scrupuio que hn » ^lue demoastra atinglu a 62l'|fi3«77l A recent tulos de retida e em ^^presentado em ti o ao lelatorlo. Peicxs anexost^ntltulos de rpnHa A 1 ^ ^uinento crescenfo

"ova, porquanto jS foi fundada ha mais de quarenta anos, e. apczar de nao llgnrar entre as principals empresas do ramo, 0 vulto de seu.s negoclos e assas importante Nao '7'^° relatorios dos anos anteriores ?n o ? ,. J">zo seguro do seu progres- 1°'''® ^•'alanQo de 1932 apresentam in- foimacoes lisongeiras e nao temos razao para dualgarUmos.'^is rel ponsabilidades assumldas durante o ano atinela oco^TdosSram fl 707:0823600 coubeSo lesseguradoras, Esta propor- ^o entre o total dos sinlstros e o total dos ressefos^BSsw^rt® ^ Companhia apenas o liquido de nfo x^lnmiv ^ prudencia e cuidado em moc^m^trJ Propria grandes riscos. Este procedlmento. embora desfalqua a receita ntw. se verufc'a^ grandes prejuizos.'como de 1-1084^4®% ?deS de'TsVsra^fL'"'

Nesrn aDlicac^rt ac6rdo com os Estatutos,

- vu,,.,eijsu00. ^^wutieciaa, atingindo 3f;195Sgi6!1eS\pn®a"n^^ taportancla de r6is

.i.^"9.1lquldo do anrt v....

VERA CRIT7 D .

"obre a vifio ®°'^'cdade Anonvma cif» c= 1932,.^ em liqufda,5o ^(Eircic'ra"^

"gPe Morso. ^ "Dlarlo Official" de s-H vigor e para os quals es-

DDdfiSadks cerfiy semestre, estao melhor esD^lo o.f "0 Primeiro, fiK?^s ® ""'ca rubrica de obss",™; SSS «■»■» "

A campanha dos jornals do Rio Grande do Sul, de-sta capital e das associa^oes seguradoras contra 0 incendlarlsmo, se nao produzir um efeito salutar no anlmo das autoridades que tern por missao zelar pela seguranca publica, reprlmlr todas as infraqoes das lels penais e de decldir os conflitos entre os interesses de segurados e seguradores, deve-se descrer da moralidade do, nosso povo.

Palestra que ia ser realizada na Baia, em Jmiho de 1031, i)elo cngeiihelro Oscar Darrascosa, tecnico do Coniite Mixto Kaiano.

Valentes soldados da Paz, que guardais no briiho dos vossos capacetes e no machado sapador da raligiao capuchinha, o zelo, a caridade e a bravura, reparadores dos slnistros tenebrosos das chammas, combatidas pela abiicgagao dos vossos principios e pela norma bemfazeja dos vossos fins.

As Companhias seguradoras enlaQam-se pelos mesmos principios e trilham na mesma norma bemfazeja da paz, e sem perceberdes — "ao vosso lado caminha um outro exerC'ito, autonomo e quasi invisivel, que nao iiata, nao fere, nao destrde, antes restaura, recompoe e cobre, com o seu manto e seus e,scudos, todas as ruinas, desgragas e catastrofes pelos outros espalhados". Nas llnguas das chamas temerosas, o vosso combate, as vossas energias, sao ameacados de riscos, e nos outros assistimos extaslados os Imensos globes de fumo ccnvulsionados, cujas densidades sao valores por vos segurados.

A idea do seguro vem de iongas epocas, diz Talmud (sec. Ill A. C.):

"Quando numa caravana um dos seus homens venha a perder um animal sem que haja c'llpa ou negligencia de sua parte, e-lhe dado riitro as custas da massa comum."

A idea da organizagao, tem a sua analogia, visando os mesmos fins e principios, despertados pelo bem comum. na defesa da tranqulliri ade — uns combatendo os homens, dos incendlos, outros preparando a defesa das reservas seguradoras, poupando-as, pois cobrem elas prejulzos, ate entao nao reparados. Vemos 0 Duque de Brandenburgo com os vogais de Berllm e Kolhn em 1580, vemos as ordens franciscanas de 1671, etc., constituirem corporagoes para o combate ao logo, e segundo Girard, vemos que foram em 1680 creadas as primeiras companhias seguradoras em Londres. Se contemplarmos o escudo segurador da "Sun Fire Offices" de 1711, veremos a unlao existente entre a corporaqao da paz e a corporaqao da tranquilidade. Veremos sim 0 sol central irradiando o calor e o briiho das nossas missoes — em clma, o fogo de alavancas Sa machina combatente, em baixo, o capacete defensive e um feixe de machados offensives. Ao lado, um soldado da paz n sua armadura metalica, de outro lado, u nobre segurador carregando pesado fardo i mercadorlas. Se historiarmos desde o inic e folhearmos "La Semaine", de Margo de 192 encontramos os estudos de George Hamoi demonstrative hlstorico das vossas vidas e dc vossos fins. Ha um dever, ha um compromU so historico em se cultivar com carinho n Bala, as tradlgoes do inlcio da formagao nossa nacionalidade. Fol aqui, senhores solj dados da paz, que se ergueu no madeiraiuj symbollco da Fe, a nossa querlda Patria quizeram por bem perpetuar o nosso Pals, co| 0 nome do Brasil, que exprime brasa ou ?■ vermelho, tao simbolico e tao preso as coiS! do vosso mister. Foi aqui, que toeaiados nossos patricios.. indios, quando apavorad' pelo espetaculo do belo "horrlvel dos incendl' eles clamavam e erguiam preces a sua vindade "Mboitatd", reveladora de incendi representada era por uma cobra ora por u: madelro em brasa. Fol aqui, na cidade Salvador, que na graga lendaria, observadof' do "caita" (o incendio), possuldos de cflf vora (fogo interne), organizaram a turma lante tatacetuara (o tomador do chelro fogo — a distancia), que emboscados, ti dos e recelosos, bradavam o grito "Caramuf (homem do fogo), quando deparavam a bi)' de fogo detonante. Mboitatd velava n patricios, e por eles eram querldos e impl rados.

Do atritar nervoso e chocante de ped.raj paus, das centelhas divinas que rablscav ao ar trazendo-Ihe pavor, a sua deusa def® dia e conformava. Tlvemos, aqui nesta no! terra, espectaculos tristes, e assim, por exe plo, em 21 de Abril de 1624, pavoroso ince! dio de 8 naus portuguesas ancoradas no so porto, foram destruidas por fogo atc3' pelos conquistadores holandeses; em 8 Maio do mesmo ano, temporais fizeram ediflclos, matando cerca de 30 pessoas, no^'® mente manifestados em 19 de Margo de 19 onde cairam diversos ralos, desmoronando a varanda da Ordem 3.' do Carmo.

A populagao sobresaltada em 7 de Jan®'' de 1724, sentiu, pelas 7 ou 8 horas da noJ'

Revista De Seguros

um assustador estrondo subterraneo, segi-ido de um pequeno tremor de terra tambem notadp em Itaparica, manlfestando-se incendio na Casa da Polvora, indo o proprio vice-rei em pessoa ajudar a extincgao do fogo Nos desmoronamentos de terra, em 1732. na praca das Portas de Sao Bento, foram vitimadas algumas pessoas; em 9 de Maio de 1737, mam- festa-se fogo na Praga de Armas, propagan- do-se para a nau da India. Nossa Senhora de Rosario de Santo Andre, vitimando vinto pesh f "39, lavrou na ci- * dade baixa, violento Incendio no Trapiche BuAlfandega. onde. ^ce rer^n ^ ram h insanas de extlncao, fo ram dominadas as chamas.

lar^'eTmf "o Pi- lar em 1748 e em 1749, foram os estabeleciS.e 2, atacados pelos selvagons q e incendiaram casas, matando cerca ri«. 7n terJs n?; f de Miserlcordla, saerificando vJas ^ ' entao estuda e exeento °as, o governo as terras, e em ngf TT cL'r o' perda de IQQ.ooo libras, uma

British and Mercantile Insurance Company, de Londres. Em 14 de Junho de 1813, novos desmoronamentos de terras, destruiram innumeros predros, vendo-se o governo propenso a conceber um piano de mudanga da cidade para Itapagipe, chegando a ediflcar casas, etc.

No anno de 1827, o governo nomeia um procurador de seguros para examinar mercadorias, trabalhando junto a "Mesa de Inspecgao".

Paz, lisagao brasileira m, ''atisma!" da civiem 1808 mar A pujante raga lusita-

0 Rei D, Joao w sao napoleonica em ®scapava da invado Brasil in^r. Brasil ^ naco'es tranquilidade e ma? assegurou a neflcit) que hole in^elevelmente o befoi autor£draT Nesse

CotApanhia de Semirn primelra da "Boa Pe" r.n? ' denominadivididos em'acf? T contos. Aqui, logo and, 80S000. cada uma Fol Panhla "Concm?^^ constituiu outra ComP>--^Peridade dias 1 outros dias Z fl?! substituldos por '«»8. qu. roi Z ngeira, denominada North

Em 1836, instalou-se nesta praca as Com panhias seguradoras "Northern ^surance e The Liverpool & London & Globe. Dias de amarguras, dias de tristezas estavam fadados a Baia_e eis que, em 1837, surge a deponente levolugao da "Sabina", onde as depredagoes, saques, incendios, campeiaram numa fogueira infernal. A cidade do Salvador, ardia, e cerca de 160 predios incendiavam-se simultaneamehte, em pontos diversos: Piedade Duarte, Macamblnho, Portao da Piedade' quatro grandes predios, na rua do Comercio, uma carreira de casas em Santa Bar bara, vinte e dois predios na Ladeira da Con-

INSIUIliE

CilPMI IIMITEL

(COIVIPANHIA INGLEZA DE SEGUROS)

Pundada cm York, Inglaterra em 1824

FOGO -- MARITIMOS TRANSPORTE -- AUTOMOVEIS.

DIRECCAO para O BRASIL: RIO DE JANEIRO Rua General Camara n. 66 — loja.

E- F. HAYWARD — Gerente.

Sao PAULO Rua 15 de Novembro 19 — 2° andar.

^ ~ Agentes. (Sub-Agente em Santos: S. A. Hansen Rua Cidade de Toledo n. 7)

Outras Atrencias em ceicao da Praia, Pregulca, e em varies outros pontos.

Aqueles que ouzassem ter a vossa humanitaria missao, seriam fatalmente jogados ^ chamas crimlnosas da insurrelcao. Para avaliardes bem, e aquilatardes o quanto de pavor ao fogo e ao terror do Incendlo, basta folhearse o livro da Hlstoria e encontramos o marco da fe e da crenga lancado pelos Franciacanos no seu temple. Em uma reglao da Alemanha, fez epoca esta reza:

■1' Oh! S. Floriano, meu bom pretetor, Que quando invoce nao falta

Do fogo protege! minha casa

E das chamas do meu vlzinho."

Aqui, nao apelavam para Sao Floriano e Sim para Sta. Bflgenia, e em 1757, mesmo, na igreja de Sao Francisco, flzeram erguer um altar, e, mais expressivo ainda o Undo painel do teto da entrada, em que a Santa se ve cercada de nuvens que sustentam casas presas aos turbilhoes das chamas. Em 1345, instala-se, nesta praga, a Companhla de Seguros inglesa "The Royal Insurance Compa ny", aceitando riscos de fogo e de vida. For multos anos perdurou o clamor da "Sabinada", ate que a Associagao Comerclal, preocupada com novos sinistros e salvaguardando seus interesses, encomendava uma bomba a Inglaterra, aqui chegada em 10 de Outubro de 1847, entrando em agao logo apos, em 3 de Novembro do mesmo ano, num pavoroso incendio no comercio, que ameagava 0 edificio da Alfandega. A primeira machina, quasi de nula eficiencia, apagava o fogo, que, mais pelo cansago dos seus manobradores, come ironicamente diziam naquela epoca, pouco fazlam, Em 1852, Instalou-se a Companhia de Seguros Interesse Publico, que, em 1866, adquiria uma bomba e depositava num edificio dos Orphaos de Sao Joaquim, na Praca do Comercio, sendo seus manobradores, elementos do comercio, pagos pelas Companhias seguradoras.

No ano de 1853, iniciava, aqui, operagoes, a Companhla Garantia, do Porto. No perlodo de 1866-1870, instalou-se a Guarda Noturna, tendo a frente, entre varias outras flguras Importantes daquela epoca, os senhores Jose da Cunha Martins, Cor. Francisco Jose Ramos, que davam guarda d cldade em substltulgao 1 Forca Publica, que marchara para a Guerra do Paragual. Em fins de Janeiro de 1867, manifestou-se violento incendio na casa df molhados de Fortunato Jose da Cunha, na Praga do Comercio, estendendo-se pela ruft do Juliao. Ao sinal de alarme dado pelo lendario sino da Associagao Comercial, correraffl OS improvizados bombeiros ao local e salva" ram com rare heroismo uma creanga, que to atirada de um segundo andar, aos bragos do povo. Os Incendios sucediam-se e nao eh raro no bairro comerclal a triste pergunto "onde sera hoje" ? e era esta cldade conside'^ rada como uma "Moloch Nova".

Em 1860, instala-se nesta praga outra Coni' panhla, a Comercial de Seguros Maritimos ' Terrestres. Devemos notar que, quanto mal Companhias de Seguros se montavam, ma: incendios se veriflcavara...

Foi aqui na cldade da Baia, senhores brav soldados da paz, que em 15 de Janeiro 1870, fol organizada, para honra nossa, Companhla Allanga da Baia, encampando Companhias Comercial e Bom Concelto, conS' titulndo a maior Companhla seguradora d:

|Amerlca do Sul, tendo a frente a respeitav flgura do honrado e cornpetcnte Presiden

0 Com. Francisco Jose Rodrigues Pedreira. "leader dos seguradores no Brasil. A Coib' panhia Allanga da Baia, entao adqulriu u bomba, baldes, machados, enxadas e, de acof' do com as outras seguradoras, reunidas tod: sob a diregao daquela Empresa, transferiu sede da primitiva corporagao salvadora Praga do Comercio para o predlo fronteiro

Igreja do Corpo Santo

I Em 1871, uma pleiade de mogos do corned 'do, dentre eles Joaquim Leite de Carvalbfj.

Joaquim Jose Pinto Moreira, Manoel Joaqui' de Souza Viana, Francisco Jose Rodrigues drelra, organizavam o corpo de Voluntari'^i Contra Incendios, que, apos os labores diarl'g^ e com OS seus rubros bonets, davam ronda comercio, salvaguardando os riscos conl*^ fogo e atuando, quando necessario, com materials das Companhias seguradoras. 1

A pollcla, dlariamente, fornecia-o santo j senha do dla. Em 1872, manifesta-se gran^^^ incendio na Socledade Recreativa, sendo xiliada a extlngao pelos Bombeiros, uma tu^ ma de marlnhelros de uma fragata frances^ surta na ocasiao em nosso porto. Mais Coi'' panhias seguradoras estrangeiras, se instal^j vam nesta capital. Assim, em 1872, viera^ a "Die Transatlantische Puer VerslcherungA "Action Gessalschaft", em 1876, a "Die burg Magdeburget Fuer Versicherungs Ges"

Os incendios sucediam-se, os prooessos smpregados para os atear eram grosselros e primitivbs, pois, se consultarmos a interessante obra do Eng. Dep. Walter Tann, graduado da Corporagao de Bombeiros, de Berlim, veremos a analogia, existente quanto ao inicio da fundagap de tais corporagoes. Veremos, que, em 1580, ja o duque de Brandemburgo convidava OS vogals de Berlim e Kolhm para conferenciarem. alias confecionarem, um regu- lamento de incendio, com disposigoes preven- hvas, estabelecidas em 1618, sendo interessan te ressaltar que ja tratavam eles de evitar pjlhagem e roubo durante os incendios pelos

°a IS sabels. senhores soldados da paz sue ml ?? ® Alemanha pcs- rTra " desconheccis que esta corexercltando ao homem do fogo por meio de

"rrsere Ss r

bombas holandesas, 1832

Governo do Exmo <4>- t ^ e no Couto, pela lei de 2rrt/n ^ Almeida ereada a Guarda m ^894, foi beiros, compostas de 200" do-se um credify^ autorizana respectlva defesa A lei laf? 1895, regulamenton . ® Fevereiro de 27, onde dl2- ° ai-tigo nu- oficiais, guardas p S P""^eiros cuidados dos Vida d^s ® bombeiros, sera salvar a «"ipregando depoLs'^"^ estWerem em perigo, O artigo 30 mn t ' ®xtingua 0 incendio" 'Ma. composto de anS Bombeiros, que seria '"^sarios ao bom i! etc.. ne°"elali5,ado el. servigo. ■euradoras, senhm-f"^"^®' eo«»Panhlas se- festaram o apli,,? P^z, bgp tando-ihes todo n ® material, ofer- saiam para o comh«f posna palate ^^"^''^"•"^^"tendo no f^'-da nocturna l "^idade. uma ;^emivas e vlgjw auxlllares, pre- S: P=Ia S S/r"'''' " aer Mmi^ da Associagao Comer-

O governo, entao, montou o seu quartel a rua Dr. Manoel Vltorino, transferindo-o, depols, para a rua do Coniachito. Por6m, os si nistros de incendios surgiam sempre em diversos pontos, desta Capital, combatidos, entretanto, sem eficiencia, tanto de materials coAio ainda de agua; em 1898, irrompe um sinistro na rua do Rosario, devorando todo o quarteirao, outro se manifesta no armazem de molhados de Manoel Jose Ribeiro e na Farmacia Minerva, a rua Cons, bantas. onde atualmente esta situada a Farmacia Medrado e ainda, um outro, na loja de fogos, a rua dos Cobertos, vitlmando o benquisto medico Dr. J. 0. de Carvalho no seu consultorio. Em 13 de Outubro de 1903, e devorado pelas cha mas 0 Traplche Filar, entrando em agao de extlngao as bombas da Fundigao Pllar e do rebocador Lamport. Proseguem-se os incen dios, em 2 de Maio de 1905, na Faculdade de Medicina, em 13 de Margo de 1908. na rua dos Cobertos Grandes, este em tais proporgoes que devorou um quarteirao inteiro composto de onze predlos e um grande edificio frontei ro; em 1912, tumultos populares incendiaram a Biblloteca Publica, predlos da rua Chile e outros ediflcios em diversos pontos da clda de, cujos valores eram de grande monta. Construido o novo quartel de Bombeiros, na Praga dos Veteranos e com a aquisigao de materials modernos e eficlentes, em 1917, sob a admlnistragao do Ex. Sr. Julio Brandao, poude lograr, entao, melhores dias, muito contribuindo^para o levantamento desta heroica Corporagao, at4 entao esquecida. A falta de contmuidade de interesses governamentah?. a indlferenga dos publicos poderes, as reformas adminlstratlvas desnecessarias, contribulram para que, cansados os elementos materials, fossem fatigando o estimulo moral dos bravos soldados da paz, sempre confiantes em ^ melhores. E as labaredas imprevistas dominavam, consumindo preciosas fortunas e tesoi^os de arte. Nada valiam os protestos das Companhias seguradoras, nao ouviam os apelos da populagao recelosa, ja desiludldas as companhias estrangeiras, e dahl, aumentarem elas 25 "I" sobre as taxas dos valores segurados ("A Xarde". 31-8-1919). Novos si nistros, novas calamidades, ate que todas as Companhias de seguros que operavam nesta capital, reunidas apos longos estudos, envlaram um memorial, em 1926, a Prefeitura, interessando-se que fossem aumentadas em seu numero, remunerados de um modo mais jus- to e suficiente, que Ihes dessem um regula- mento, no qual ficasse assegurado caber a eles e somente a eles a dire^ao e as responsabilidades dos socorros, durante os perigos de incendios; que Ihes dessem assistencia medica, que dotassem de maquinas e utensllios, etc., mas tudo resultou em vao, motivando uma replica desagradavel dada a pouca atencao dispensada pelo Prefeito de entao. Apezar disto, nao desanzmam as Companhias e, reunidas em torno do Comite Mixto Balano de Seguros, tiveram, como solueao, uma harmonia dlgna e elevada, contrzbuindo para Isto nao somente o digno Comandante e Oficials desta herolca corporacao, mas tambem 0 atual e benemerlto Prefeito (Pimenta da Cunhaj, que se tern dedlcado com carinho, zelo e patriotismo e cuja gratidao todos devem exaltar e admirar. E se auscultarmos a velha taba de Thome de Souza-,Jiavemos de notar, para honra nossa, que agora pulsa uma populacao confjante e crente pelas benemerencias dedicadas do atual Prefeito, pois anterlormente a popula?ao, definhada, desiludida e desunida, em nada esperava, restando, senhores soldados da paz, que salbais reconhecer e admirar estas honrosas considera5605, que o governo e as seguradoras e 0 publico. vos dedicam.

Narramos, sucintamente, 0 dever das vossas missoes, 0 orgulho das vossas tradicdes e as passagens de alguns fatos aqui desenrolado, senhores soldados da paz, e agora volvamos as nossas vistas, para 0 nosso tema "0 Bombeiro e a Agao Seguradora".

O compromisso feito, quando assumistes 0 posto de bombeiro, fol um compromisso dc honra, compromisso da obrigacao de completa abnegacao pelo bem publico, e ahi trazeis na vossa cabeca o capacete da Honra pelo compromisso que assumiste perante a digna Corporagao de que fazeis parte, em benefic'io da massa anonima da populacao, que deposita Incontestavelmente em vos a confianpa e a tranquilidade; e quando precise for, recorrera a assistencia dos vossos abnegados servi?os, sabendo de antemao. que serao presta- ' dos solicitos e indiferentes, aos perigos e as chamas devoradoras, pelas vossas manobras e 0 manejo dos vossos machados em cruz sol dados da paz, soldados do Fogo i Pensae bem, bombeiros, a populacao confia na vossa heroicidade e deveis sempre, portanto, estar alertas e vigilantes, prontos a prestar 0 imediato socorro, Se nao estiverdes dispostos a obedecer aos principios da moral da hlglene, da-lei, da religiao, da dlsciplina e da economia. melhor seria desistisseis do penoso encargo para a nossa tranquilidade Mas Isto nao se da, nem existe ! E' tao fino 0 vosso mister, que nao preclsamos de um so reservista das nossas fileiras-do exercito es tar entre vos, precisamos, sim, estar alVados aos proflssionais e especlalistas nos oficios va ries que se prendem a vossa profissao e assim devem estar entre vos, caraplnas habeis marceneiros, bombeiros hidraulicos, mecanicos, pedreiros. etc., para que pos^m. alem do seu conhecimento especializado, atacar com agressividade as chamas no moziiento do combate para sua debelacao, E' tao severa a vossa missao, que vou contar-vos uni case de verdadeira confianga nos vossos services para que avallels melhor a missao elevada que tendes e que se sublimam nos grandes atos de solidariedade humana e para que asslm vos compenetrals melhor da razao das lestras que aqui se t§m sucedido.

ALLIANCE ASSURANCE CO., LTD. *

ESTABELECIDA EM 1824

OPERA EM

Seguros de Fogo, Marltimos e Accldentes de Automovels.

RESERYAS EXCFDFM £ 80.000.000

AGENTES GERAES: — Wl LSON,SONS & CQ., LTD.,

AVEMI'A RIO BRA3VC0, SJ7

CAIXA POSTAL 751 telephone 4.7200

Revista De Seguros

— "Certo dia, numa escola pubiica de meninas, na FranQa, irrompe um incendio. A professora salta por uma das janelas. As creanqas, gritando e chorando, em pavor, precipitam-se em desordem em diregao as saidas, com risco de serem esmagadas umas ao peso das outras, No meio do panicc, uma menina se conserva admiravelmente calma, e Permanece sentada no seu banco. Gra?as aos prontos socorros dos bombeiros, que chegaam de todas as estaqoes, o incendio e domi- e bombeiro, e sabe 0 que e pre- so fazer quando ha incendio; ele disse-me ® declarasse um dia, na escola, e eu ficasse calma, tranquilamente senta- gj diz Pomperoux, comandante do Reris Sapadores — Bombeiros de Pahue ^ prudencia e 0 sangue frio, dimi- riscos auxiliando a extingao dos inafi^^ '^^'Pbsiros tem que possulr qualldades gaz ser bons observadores, sa- Ijj vivos, audazes e ser tambem melhor ;';'^estieadores. nos seus patrulhamentos ou

® Quando se restabeleceu a calma e a professora quo havia notado a sa rt pequena, pergunta-lhe a cau- da sua confianqa em contraposicao ao desespero de todas as outras.

^Iri^*^ logar, e esperasse que 0 socorro respondeu-Ihe a pequenita. ^ yiianto de ensinamentos, que belo exemplo ant Prilhante aqao de confianga ? Que cerebro bem calibrado desta Q ® 0 cerebro lombrosfano do pequeno Trautwsin, incendiario de cidades 1 da paz — saibais 0 que e Qg Piso fazer quando houver incendio. Trelnai a rapidez dos vossos moviacompanhado da calma do vosso que P vosso logar e 0 trabalho ■sos ° ^°®®P superior vos indicar. fazei os vos- servigos raciocinados, sempre conscientes, ^'^Pazes e prontos.

Pre passeios. Pensar, idear, estudar semPu sinistro ficticio, mais possivel, em tal predio, como seria combatido, quais os pg "Sos, etc,, pels 4 a sua profissao e sua es-

Pao^ ® P seu meio de vida, 0 seu ganha

Vib' si e 0 sustento da familia. Ao som do alarme, ao tlllntar nervoso das P^aas ou ao roncar alarmante das sire' Ptocurai 0 vosso logar, 0 vosso carro, e jp ^^^Prai no percurso, despertando 0 vosso tincto guamecido pelo capacete luzidlo de glorias, relembrai a aqao que ides desenvolver, onde deveis buscar os meios de combate, com que elementos coiitais, e as instrugoes ministradas per vossos superiores. Tomal gosto pelo vosso servigo, dispertai as vossas aten?5es para as instrugoes, para a missao que vos foi confiada, porque ja se foi o tempo err que as profissoes eram generalizadas, importando nisto certas analises e rapidas pesquizas.

Quando retornardes ao vosso quartel, cheios de glorias do dever cumprido e no repouso confortador do vosso "eu", deveis reconhecer OS vossos erros, aquilatando 0 vosso rendimento. anotando 0 que esqueceste ou nao souberdes fazer, balanceando assim a vossa missao sem orgulhos, nem tibiezas e sem ressenti mentos. Nao critiqueis os erros alheios ou dos vossos companheiros; ide aos escombros examinal a sala tecnica, consultai os vossos su periores, perguntai 0 que nao sabeis ou nao podeis compreender, e nesta harmonia digni- fwante, sem vos atemorizar 0 mando supe rior. mas com a sinceridade elevada da sa discipIIna, terels que veneer, tereis que galgar a vossa posigao, conseguindo a pouco e pouco 0 premio da vossa abnegagao e honestzdade. A vossa politlca e a da seguranga.

Quando a rebeldia ou niotins se apresentam ao choque de interesses coletivos ou pufalicos' manifestam-se, as vossas armas ofensivas contra 0 fogo, pols que, as armas que tam bem tendes, estao ensarilhadas, porque elas nao sao para vos, armas sao os materials de ataque ao fogo, os vossos aflados machados e outros^petrechos contra as chamas. A vos sa religiao 4 a da salvagao pubiica e tenhais em mira sempre que a populagao se acha tranquilamente a espera do socorro e que ha de chegar, tal como aquela pequena colegial francesa, que Ja cltei. senhores oficiais a vo^a rnissao e de observar, instruir. ordenar, e espinhosa e Ingrata. Instruir e um de ver. e uma caridade, e. 56. sabemos 0 bem que nos faz, quando somos conhecedores dS coisas que evam incognitas.

O metodo e tudo, 0 grau de capacidade mental do vosso dlscipulo, 0 "test" emfim r'bomMr "T ° In'tBlectaai do bombeiro o vOs sois r(ap„„saveis pela sua tormacao. O catecismo da devem ser sempre claro, eonclso, precise e uniforme

ItuS e-SirrfSSbS ~

multlpllcidade de elementos que constituem

Revista De Seguros

a "sciencia" do fogo", requer urn aparelhamento especial, que nao possuimos, uma continuidade de estudos, de aperfeieoamentos, que nao temos, para aeompanharmos a solucao do modernismo tecnico.

Na Alemanha, onde o grao da tecnica e consideravelmente elevado, por Isto insisto em aitar, as bases da nobro e elevada crganizaqao modelar, infelizmente em quasi nada adoptada em nosso meio. Senhores oflciais, em Berlim, OS enslnamentos sao seccionados e as instruQoes mlnistradas da seguinte forma; secgao — Combate ao fogo; 2.* — Prevenqoes de incendio; 3." — Tecnica; 4* — Telegrafo; 5._ Administracao; 6.' — Provimento d'agua; 7.* — Tabelas de servi?o; 8.* — Adminis tracao dos exercicios.

Constituido de um comandante, 33 engenheiros, 48 grandes mestres de incendio, 302 mestres de incendio e 1.539 sargentos e pracas, no total de 1925 pessoas, com 220 velculos motores e 300 veicuios a traqao animal, atendendo a eerca de 4.506 incendios, 1.307 alarmes falsos, 550 alarmes criminosos, 1.502 slnistros per envenenamento de gaz de iluminaqao, 3.585 socorros diversos. Na forja intelectual dessa Corporagao, onde a disclplina civica 6 dominante, vemos o dinamismo do seu horario: 24 horas de servieo, para as praqas, e 48 horas seguidas para os engenheiros; nas 24 horas de folga relativas, tem de inspecionar riscos, etc. Este horario interno obedece ao seguinte criterio:

8 i|2-9 — Entrada de serviqo;

9-9 112 — Ginastica esportiva;

9 1|2-10 112 — Intervalo para cafe;

10 112-12 — Serviqo de escala;

12-14 — Hora de almoqo e descanso;

14-15 3|4 — Servi^o de escala;

15 314-16 — Hora de merenda;

16-18 — Servigo de escala;

18-8 a. m. — Prontidao.

La estao 33 engenheiros a postos, organ!-, zando cadastros de riscos e procedendo a es tudos tecnicos relativos aos fins da corporagao; lA estao os profisslonaes, manlpulando utensllios, Id estao obreiros Instruindo e praticando ofaras relativas aos servlgos, presos a sua tecnica que, no case de incendio, devem ser executadas em correspondencla. Sabels, senhores oficiais, que ainda la os valeutes soldados da paz tem outras humanas missoes, como atender sinJstros por intoxicagao de gaz de lluminagao publica, transportes de enfermos, concertos urgentes de encanamentos de gaz, afogamentos, sossobramentos, desmovonamentos, collsoes, desastres de elevadores, socorros de animais nas ruas, concertos imediatos nas linhas eletrlcas externas, combate as perigosas abelhas, danos causados pelo vento, inundagSes, navios naufragados, con certos urgentes em encanamentos de agua, etc.

Mas volvamos ao assunto do vosso ambiente. Duas escolas sao conhecidas para o ataque ao fogo: a chamada portugueza, em que entram como fator a agilidade e o herolsmo dos seus bombeiros, e a angle amerlcana, alicergada na confianga dos recursos eficazes e tecnicos dos seus aperfeigoamentos. Na primeira, formada no heroismo, os bombeiros entram no foco, isto e, no local perigoso onde 0 incendio carapeia e destrde, com o perigo das suas proprias vidas, as chamas ou sua origem; na segunda, localizam OS sinistros evitando propagagao das chamas para outros pontos, usando-se para isto, processes adequados para cada incendio, pois nem todos eles se parecem, nem todos os si nistros sao iguals.

Adotamos a escola portuguesa, por necessidade e por convenlencia, dada a pobreza dos nossos equipamentos, ensaiando-se ultimamente, um sistema mixto das duas escolas combinadas, adotando-se ja processes de extingao com recursos quimicos etc., e o ataque raciocinado.

Muitas vezes ouvimos, do leigo observador. criticas graciosas, como por exemplo, pensarera que a quantidade d'agua em abundancia e que domlna as chamas e que o desperdigar deste elemento 4 que extingue o fogo, V6s bem sabels, briosos oficiais da paz, que este precioso liquido, e necessario, e indispensavel para a extlngao do Incendio, mas sabels tambem que a maneira tecnica de distrlbulr o ataque, a natureza da substancia que se vai combater, emfim. fatores que se apresentam no momento, devem ter o combate racioci nado e especlalizado. Estals farto de ouvir dizer, logo apos set llgado os hidrantes, que ha pouca agua ou mesmo falta. porem e ne cessario observar que os encanamentos em geral sao de pressao de 3 a 3 1(2 atmosferas, quando precisais para o vosso trabalho de ex tlngao de 6 a 8 atmosferas de pressao. e para isso usamos os processes inicials com tanques de emergencta, extintoves. at4 que se estabelega a pressao necessaria.

Para se observar o griu da tecnica de ex-

Revista De Seguros

tingao de sinistros de incendio, ultimamente tem sido adotados jatos finos de agua, que. manobrados por bombeiros competentes, tem • dado otlmos resultados, aliviando tambem, em grande parte, o volume de fumaga tao nocivo a boa marcha dos vossos trabaUios, por nao permitfr a completa observagao. Nao e sdmente o incendio que se val apagar; e tam bem a defesa dos prejulzos alheios — provenlente da agua ou de outra especie que possam causar avarias — que empobrecem os pa trimonies 8 consomem fortunas seguradas ou uao. O prejuizo alheio, onde a causa do sinistro bao fora ali manifestada, quer por negligencias, descuidos. propositos, etc., e muito peor, pordue de nada foi causador, e fol estranho a sua ^ontade, recebendo reflexo de prejulzos, individuais ou das Companhias seguradoras por ser prejuizo, devem ser evitados. Na Alemanha, ainda em Berlim, os servigos profissionais do bombelro, sao gratis, quando_ se ti^tar de servigos prestados aos infortunios dfetando os homens, animals ou edificios; "bas, desde quando sejam propositais, por neSligencia, etc., pagam uma tabela especial de eervigo, baseada no custo do horario do pesmaterial, viagem e trabalhos efetivados, Perque nao 4 dado o direito a ninguem de fa2er prejulzos preconcebidos a terceiros.

Outros leigos pensam que o soldado de paz ® 0 carregador de mercadorias e moveis, nos sinistros, tudo querem atrablliariamente salcom 0 desvio da agao do combate, nao sendo rare ver-se que, com o perigo da vida, n bombelro salva e o guarda em deposito e o nmigo do alheio o leva. O roubo e pilhagem, Como ja disse, estava previsto no Regulamenc de Berlim, relative ao ano de 1618 ! Qual P rendimento desta agao? Nenhuma. Ingra^ a vossa missao, senhores oficiais, porque Ratios elementos estranhos a vossa vontade ®ntram como fatores importantissimos da ^ussa agao e dos vossos desejos. Diz Jean i^archand. critico de Incendios em Paris, que "o fator principal para o doralnio dos in cendios e a presenga dos combatentes ao fogo, 'bunldos de elementos necessarlos". Ora, a Vossa presenga, os segundos contados apos o ^iarme ao vosso quartel, a presteza dos vos sos soccorros. a maneira das vezes, avlsados ®-Pds longos minutos, encontrando ao chegat local do sinistro — chamas devoradoras ^•iastradas e incendio irradlado. No percurPara a salvagao, arde o calor mental do Vosso raciocinio, diante de uma interrogagao.

— Chegaremos ainda em tempo de domina-lo ?

— Havera no percurso algum acidente ou congestlonamento de transito !

— Se estivessemos nas proximidades evifcariamos maior mal ?

— Havera agua nos hidrantes e estarao proximos ao local do sinistro ?

Todo este arder do vosso cerebro e felizmente guarnecldo pelo capacete do cumprimento do dever, impoe-vos o sacrificio que a populagao confia.

— Chegaremos ainda a tempo de domina-lo ?

Ainda nao dispomos, sequer, de um apareIho de alarme, e, a diminuigao crescente do numero de aparelhos telefonicos publicos e particulares, ora manifesta pelo excessive preco e ajustes de cambio, que se nao ajustam bem com a populagao avida em se comunicar com esta corporagao, nos casos de sinis tro, logo pressentldos, Muitas vezes longo periodo de tempo e decorrido para o aviso aos bombeiros, quer por nao possuirmos aparelhos avlsadores, quer por ser, na maioria, os in cendios ocorridos a noite, quando justamente OS pedidos com telefones instalados, encontram-se fechados. Para avaliardes bem o grau de utllidade dos aparelhos de alarmes, bastariamos citar que o governo americano anunciou um premlo de 5.000 dolares, para quem inventasse uma campa de alarme contra in cendio para a cidade de Nova York, e que constituisse uma caixa de chamada, que pudesso dar sinal, sem atingir as deinais distribuidas numa mesma linha.

E Edison, o extraordinario inventor ameri cano, querendo auxiliar o seu amigo telegraflsta MackensG, fe-lo concorrer, conseguindo a realizagao de tal descoberta, que o Governo adotou. No Rio e em Sao Paulo, existem. de ha muito, o servico complete de alarme distrlbuido numa Estagao Central de Avisos de Incendios, e em'adonho seria, no momento, descreve-lo. O aparelhamento empregado e do tipo Collin, Wachtenhr, Apper, Detex, Pa trol e outros. Nao existindo no nosso meio tals sistemas de aparelhos. langamos mao de recursos dos telefones da rSde geral e o alar me e dado no Quartel pelo aparelho de nu mero 1.414, que a populagao deve rettr em sua memoria.

Dado no momento o excessivo prego de uma Instalagao especial, poderlamos instalar provisorlamente, nas zonas de malor densidade,

Revista De Segdros

das, chegando-se sempre, nas pesquizas, as conclusoes por exclusoes de causas. Ainda nao dispomos de laboratorios de incendlos, ainda nao temos um corpo de peritos adextrados e especializados. Nos grandes centres, estes la boratorios trabalham conjuntamente, isto e. 0 das Cias. seguradoras e o dos Corpos de Bombelros, emltindo fichas de sinlstro. Se consultarmos a notavel obra de F. Michote e do Com. Walsh, a recente obra A. Chaplet e J. Rousset, veremos que nos Estados Unidos exlstem 613 sociedades compostas de todas as Companhias de Seguros, e Comites em Londres, Paris, Berlim e Napoles. Em Franqa, a organizacao da luta contra incendlos e constituida por 11 membros, sendo quatro tecnicos cientistas do Oficio Nacional das Riquezas e InvengSes, um arquiteto da Prefeitura, da Policia. tres bombelros profissionais, um bombeiro voluntario, que e o Presidente da Federagao.

'E' justificavel, assim, a aproximaqao que devem ter as Cias. de Seguros e os valentes soldados da paz, resultando beneficos resultados a coletividade e ao bem publico. Aqueles que anunciam maliciosamente lucros lantasticos das Cias. seguradoras, devem, ponderadamente, e com Isenqao de animo, observar OS beneflclos e proveitos, as vantagens, que tais organizaqdes vem prestando a cole tividade e aos bens em geral.

O ilustre Dr. Pedro Vergne de Abreu, quando Inspetor de Seguros. do Governo Federal, nas suas palavras de Concordia e Paz, nos diz sobre as Cias. de Seguros; "sem elas teriam ja desaparecido da face da terra cidades e nagoes destruidas e consumidas, per incen dlos, Inundagoes e terremotos. Sem o seguro inspiragao do Supremo Deus Chicago e Sao Francisco, Martlnlca e o Japao, talvez jazessem, para sempre destruidas e deshabitadas e a propria terra rolaria sem rumo, como tantos planetas extintos. Como poderiam as na goes, ap6s as guerras e catastrofes, atendevem compromissos sem as reservas seguradoras ?

Como poderlam os povos atravessarem esta tremenda crise dos sem trabalho, avaiiados por Albert Thomas, Diretor do Bureau Internacional do Trabalho, na Liga das Nagoes, em cerca de 25 milhoes de pessoas, acrescidos ain da pelo fenomeno critlco da "chomage", avaliado por Marcel Ichac em 1907 em 44 "I" e em 1931 em 53 "i", sem o seguro social ?

As ideas incendiarias do extravagante economlsta brltanlco Vlsconde de Saint Cha- mans, que entendla no seu glacial temperamento de saxao, ao verlficar-se uma crise de trabalho, os governos deveriam mandar incendlar cidades ou provocar guerras aflm de dar trabalho aos operarlos. Lembra o incen-' dlo de Londres em 1666, que foi um alivlo para a economia Inglesa, pols incentivara trabalhos e dera o que fazer a milhares de ope rarlos.

Tal solugao extravagante vlrla. fatalmente, refletir sobre as empresas seguradoras, e ela vlrla a ser solugao original, solugao com o recurso da economia seguradora brltanica.

Emfim. senhores soldados do fogo, nesta palestra, em que procure! alongar-me no tema dos vossos nobilltantes servigos. resta-me agradecer as vossas atengoes e sollcitar a vossa benevolencia para com o modesto palestrante, se nao satisfez a vossa espectatlva.

Mas sempre, como vosso ardoroso admlnlstrador, sempre ao vosso lado, vendo nos capacetes e nos vossos machados sapadores a defesa da populacao que confia no herolsmo, na abnegagao e na corregao com que desempenhals a vossa benefica raissao salvadora.

E agora, senhores meus, a sorte que nos vem conduzindo generosamente nestes ultlmos tempos, resulta tambem do esforgo e orlentagao segura que vem recebendo csta Corporagao, orlentada e gulada pelo benemerito Prefeito Pimenta da Cunha e eu desejo aqui fazer um apelo, que mals significa o vosso proprio desejo, o de homenagear este benemerlto cldadao, e assim, coletivamente e unldos pelo mesmo sentlr, fagamos estalar as palmas da nossa admiracao e agradeciinento.

This article is from: