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Erros e acertos na subscrição de riscos de engenharia

Intercâmbio de conhecimento

Por VAGNER RICARDO

Um encontro técnico, com lições de erros e acertos na política de subscrição de Riscos de Engenharia em todo o mundo, reuniu, pela primeira vez, especialistas em seguros e resseguros de diversos países, no Rio de Janeiro, entre 22 e 26 de setembro, durante a conferência anual da Associação Internacional de Seguradoras de Riscos de Engenharia (IMIA, na sigla em inglês).

Para o Brasil, que se tornou um canteiro de obras, o encontro deixa como legado a perspectiva de criação de novos produtos, como o seguro de responsabilidade civil da construtora (IDI, na sigla em inglês), que protege empresas de perdas financeiras decorrentes de falhas na edificação até cinco anos após a entrega da obra; ou a cobertura Alop (sigla em inglês), para sinistros durante a obra que atrasem o cronograma.

O ponto alto foi a apresentação de cinco estudos técnicos com informações para os subscritores de Riscos de Engenharia sobre construção e seguros para novos projetos de usinas nucleares; de arranha-céus; contratos de fornecimento de energia e sinistros mais comuns; cobertura de riscos empresariais e o efeito do clima nos canteiros de obras. Os documentos estão no site: www.imia.com. Pelo lado brasileiro, as delegações estrangeiras conheceram detalhes da reconstrução do Maracanã.

“Esse intercâmbio é muito oportuno, já que as seguradoras passam a atender seus clientes de forma melhor, sem haver descuido de uma subscrição de riscos criteriosa”, destacou Angelo Colombo, diretor-executivo de Grandes Riscos da Allianz Seguros.

Salto qualitativo

Membro do board da IMIA, Emanuel Baltis entende que o encontro promove um salto qualitativo na política de subscrição e no desenvolvimento de produtos nos países que promovem a conferência anual. “A escolha dos temas envolve um grupo de subscritores dos principais players mundiais, que discutem assuntos técnicos de engenharia e de seguros e trocam experiência com outros países”, avalia.

Para Oscar Treceno, chairmam da IMIA, o intercâmbio de experiências é estratégico para as empresas que operam nesse ramo – em particular para o Brasil, que precisa eliminar gargalos de infraestrutura para aumentar sua competitividade.

Emanuel Baltis acrescentou que o evento foi uma oportunidade para se conhecer a realidade do mercado brasileiro de Riscos de Engenharia, o que deve facilitar a oferta de mais coberturas de seguros ou resseguros e dar celeridade à liquidação de sinistros. •

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