Linha Direta Dezembro 2014

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N° 12 DEZ. 2014

Linha Direta VISTOS E PERMISSÕES DE RESIDÊNCIA NA SUÍÇA I VIENA É O PALCO DO “THEATER BRASIL” I 2015: 15 ANOS “PREVENÇÃO MADALENA’S”

Abram a os r a p s a l a tos n e l a t s o nov os brasileir r maio, Te g, Lino BoT maíra z aug YseL e LeanDro g res mirins os esCriTo Da aBeC



e DiTor ia L / Con Te ÚDo

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Editorial Dezembro chegou, e com ele o momento de olhar para trás, fazendo um balanço do ano que termina, e olhar para a frente, traçando planos para o próximo. Na Linha Direta foi um ano de mudanças, especialmente no formato. Deixamos de ser brochura para nos transformarmos em revista. Nesta última edição do ano mudamos mais um pouco, investindo num novo visual e trazendo novas sessões. Esperamos que vocês gostem! Seu Feedback, sua opinião e sugestões são importantes para nós. Podem escrever para info@conselho-brasileiro.ch.

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Para fechar o ano com chave de ouro escolhemos como tema para esta edição “Talentos juvenis”. Nos últimos meses encontramos alguns dos muitos talentos-mirins brasileiros espalhados pela Suíça, nas áreas da música, literatura, artes plásticas e no esporte. Na área musical conversamos com a Maíra e o Lino. Graças a uma voz especial, Maíra participou do Concurso The Voice Kids, realizado pela televisão alemã. Na conversa, a jovem falou dos bastidores do show e da paixão pela música. Lino, por sua vez, tem o talento na ponta dos dedos. Ao dedilhar o acordeon, abrindo e fechando a sanfona, o menino de 12 anos parece viajar sem destino, por caminhos muito conhecidos. Ele contou para a revista como surgiu o interesse pela música e falou sobre seus outros talentos e os planos para o futuro. Na literatura e artes plásticas nossos talentosos artistas têm em comum a escola: são todos alunos da ABEC (Associação Brasileira de Educação e Cultura). Por iniciativa das professoras, eles escreveram histórias e poemas em português e traduziram para o alemão, formando uma coletânea, publicada com o apoio do Consulado-Geral do Brasil em Zurique. Outra talentosa artista recebeu do Ministério das Relações Exteriores uma Menção Honrosa no Concurso de Desenho Infantil Brasileirinhos no Mundo. Já no esporte, nosso talento-mirim é fera na capoeira. Filho de capoeirista, Leandro começou no esporte ainda pequeno e hoje, aos 9 anos, já disputa espaço com muitos adultos. A matéria de capa desta edição é uma pequena homenagem a esses brasileirinhos que fazem arte por aqui. Este número traz ainda entrevistas exclusivas com a CônsulGeral do Brasil em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo, e com a atriz Suzy Bezerra de Oliveira, do grupo Theater Brasil, da Áustria. Completam a edição a recém-criada página de eventos, em parceria com a Brasil Flash TV, notícias da Associação Madalena’s, que agora também é colaboradora da revista, temas da área de saúde, a Coluna Jurídica, assinada pelas advogadas Patricia Lobmaier e Patrícia Negrão, as notícias do cebrac e artigos sobre temas variados.

04 - Novos talentos brasileiros: Em terras suíças, essas crianças e

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jovens conquistam seu espaço no mundo artístico.

10 - Viena é palco do Teatro

Brasil: Grupo promove integração cultural entre o Brasil e a Áustria.

16 - Coluna Jurídica: Informações sobre os vistos de permanência na Suíça.

12 - Saúde: Conheça melhor o Sistema de Saúde da Suíça

20 - Cebrac: Veja as vantagens de ser um “Amigo do CEBRAC”.

14 - Perfil: Cônsul do Brasil em Genebra empenha-se para

22 - Prevenção Madalena’s:

apoiar a comunidade brasileira

Associação completa 15 anos de

de sua jurisdição

serviço à comunidade.

Desejamos uma ótima leitura e um final de ano muito feliz. Muito obrigada pela confiança e pela receptividade com que vocês nos presentearam neste ano e que 2015 nos encontre todos com saúde e muita disposição para encarar o futuro de braços e mente abertos! ERRATA: Na última edição foram identificados alguns dados incorretos. A legenda correta da foto na página 11 é Marília Wettstein. O nome do proprietário da empresa Central Lusitana é Rolando Faria. Pedimos desculpas pelos erros involuntários e pelos inconvenientes que possam ter causado.

Tiragem 5 mil exemplares Contatos linha direta redação: 061 423 03 47 publicidade 076 630 20 83 editora Irene Zwetsch publicidade cassia aquino revisão irene Zwetsch e patrícia negrão Financeiro e administração: nilce cunha editoria de arte: claudia weiss Colaboradores desta edição arara-Verlag, brasil Flash tV, cebrac, claudina Fialho Isele, deborah biermann, erica richter, FISp, glauca gonçalves mantellini, grecianny carvalho cordeiro, ministério das relações exteriores, miriam Vizentini, patricia lobmaier, patrícia negrão, tatiana Vieira Capa maíra Zaugg, fotografada por Jean-marc Felix. a linha direta não se responsabiliza pelos textos assinados publicados nas edições e nem pelos serviços oferecidos por nossos anunciantes. www.conselho-brasileiro.ch I info@conselho-brasileiro.ch


Foto : Inci S atir

Os novos talentos brasileiros


T e x to Ir e n e Z w e ts c h

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Maíra Zaugg: Da brincadeira ao show Música faz parte da vida de Maíra Zaugg­desde que era bebê. Dá para dizer que ela tem uma genealogia musical. A bisavó materna, alagoana, era compositora e tocava pandeiro. Na casa dos avós maternos no Brasil a música marcou gerações, o que explica o gosto musical eclético da jovem. Em casa, ouve-se do clássico à bossa nova, passando por blues, música popular brasileira e forró. Depois da iniciação musical pré-escolar, Maíra aprendeu piano, daí flauta transversa e hoje estuda piano na Escola de Jazz em Basel. O solo num musical da igreja despertou a jovem para o canto e desde 2009 tem a orientação da professora norueguesa Grv Elisabeth Knudsen. Mesmo com todo esse percusso musical, foi apenas por insistência das amigas­que ela resolveu gravar seu primeiro vídeo e colocar no You Tube. “Fiz isso sem avisar meus pais”, comenta, rindo. O efeito­foi melhor que o esperado. Além dos inúmeros cliques, ela recebeu um ­E-Mail sugerindo que se inscrevesse no concurso “­ The Voice Kids”, realizado pelas emissoras alemãs SAT1 e Pro 7. Os pais permitiram a inscrição, “para evitar conflito”, diz Christian Zaugg. “Nunca achamos que ela seria escolhida”, completa. A mãe, Vania Barbosa­Zaugg, também afirma que “não tinha esperança que ela fosse descoberta”. Com a ajuda da professora de canto, Maíra preparou um vídeo e mandou. ­Começou aí uma maratona com a qual a família não contava. Maíra foi convidada para o primeiro “Casting”, em Stuttgart, cidade que, ao lado de Berlim,

Munique, Frankfurt e Hamburgo, abrigou a primeira­eliminatória do concurso. Dos milhares de candidatos nesta primeira­ fase, cerca de 1500 foram convidados para a segunda rodada. Maíra estava entre eles e, na sequência, entre os 150 que disputariam as 72 vagas para a “Blind Audition” no programa. Maíra conta que cada candidato recebeu­ uma lista de 300 músicas, das quais ­deveria escolher 15 e indicar suas três preferidas. Essa terceira fase preliminar já aconteceu em Berlim, onde o programa é gravado. Além de cantar, os candidatos passaram também por uma entrevista individual. “Depois disso demorou bastan­te”, lembra Maíra. “Quando veio a ligação dizendo que eu tinha sido escolhida, não estava mais nem ligada”, conclui. A produção escolheu para Maíra exatamente a música do vídeo da candidatura, que era também a mesma do primeiro vídeo no You Tube. “Eu estava totalmente segura e praticava muito”, diz a jovem, que além das aulas normais tomou aulas particulares com a cantora Gina Günthard­. Das 72 crianças e jovens que participaram da “Blind Audition” – quando os jurados escolhem os candidatos apenas pela voz, sem vê-los, 36 foram escolhidos. Maíra, então com 13 anos, foi um deles. Nos bastidores do show nesta primeira­ fase o clima era “bem musical”, descreve­ Maíra. Depois da seleção tudo mudou. “Foi muito choro por parte das crianças­ não escolhidas”, conta a mãe, que ficou­­


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Foto : Je a n- M a r c Felix

“Fiz muitos amigos... Mudou minha vida.”

impressionada com a estrutura e organização: “Os psicólogos e professores­que ajudavam nas tarefas escolares e aulas­ de reforço eram muito amáveis”, diz Vania­. Maíra passou também pelas “Battles”, segunda fase eliminatória pelos jurados, e chegou entre as 12 escolhidas para a semifinal. “Não passei nessa fase. Foi um desgaste emocional muito grande ter de cantar logo após as “Battles”, lembra a jovem. Ela relata que muita coisa acontece nos bastidores e acaba interferindo no resultado. “Vem muito do gosto da pessoa que escolheu”, no seu caso o cantor ­Henning Wehland, que foi seu “coacher”. Para Maíra, o mais difícil em toda a caminhada foi não poder comentar nada com as amigas. O show passou na Suíça dois meses depois da filmagem e ela já sabia o resultado final. Maíra diz que foi uma grande experiência participar do show e se ver cantando na TV. “Fiz muitos amigos também”, afirma. O sucesso de Maíra atravessou a fronteira e logo depois ela participou do concurso “Sing für uns” (Cante para nós), do jornal 20 Minutos. Entre os mais de 200 candidatos, Maíra chegou entre os quatro

finalistas e foi escolhida pelos “coaches” do concurso “The Voice of Switzerland”– Stress, Stefanie Heinzmann, Marc Sway e Philipp Fankhauser como vencedora, mesmo sendo a candidata mais jovem. Como prêmio ela foi convidada a fazer um show na redação do jornal. A data ainda não foi marcada, mas o sucesso na competição já lhe rendeu vários convites. A jovem cantora­se apresentou na festa de 1. de agosto em Rheinfelden (AG) e foi entrevistada pelo jornal Aargauer Zeitung. “Mudou m ­ inha vida”, garante. Também no mundo virtual ela conquistou seu espaço. Seu vídeo no You Tube passou de 50 mil para 200 mil cliques depois que o tio fez propaganda para a imprensa brasileira na Paraíba. Hoje são mais de 2,5 milhões de cliques. Em blogs brasileiros sua história é contada em várias versões. Foi até cogitada a sua participação num show com a sanfoneira Luci Alves, do The Voice Brasil. Como presente pelo aniversário de 15 anos Maíra pediu dois cursos de música, um em Valência, na Espanha, e outro em Londres, na London Music School. No curso na Espanha, no qual fez

muitos amigos, recebeu dos professores de ­Boston a sugestão para estudar nos Estados­Unidos. “Até ficamos meio tentados, mas depois desistimos”, conta a mãe. Do curso de Londres Maíra destaca um professor em especial, que lhe ajudou a perder o nervosismo e seguir sua inspiração.­“Lá trabalhamos mais a performance do que a música em si”, comenta. Quanto aos planos para o futuro, ­Maíra procura manter os pés no chão. Ela pretende seguir a carreira artística, mas quer primeiro terminar o ginásio, para ter um “plano B”. Uma alternativa para combinar os dois seria estudar numa escola de música na Inglaterra. “É um esquema puxado”, explica Maíra, “com aulas das 7 às 18 horas todos os dias”. Além disso, ficar longe da família não lhe agrada muito. Enquanto isso, ela investe tempo compondo e se apresentando na Suíça. Em novembro cantou na Noite da Cultura, em Liestal (BL), e em dezembro participa da Open Night no Parterre, em Basel. Ela está também com alguns projetos em vista, como um concerto com músicas da Disney. Para a jovem, cantar em inglês é mais fácil, pois acredita que o idioma se adapta a qualquer tipo de música, o que não acontece com o alemão e o francês. E onde fica a música brasileira? “A música brasileira é poesia”, diz ela. Nas horas vagas, Maíra se distrai saindo com as amigas ou assistindo as novelas Glee e Gossy Girl ou vídeos no You Tube. Seu próximo desafio será, quem sabe, a descoberta da música brasileira.


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Foto: Inci S atir

Com 12 anos de idade, Lino está no bom caminho para se tornar profissional na área da música. O pai (com Lino na foto), dá o maior apoio.

Lino Botter Maio: Músico ou mágico? Eis a questão! Essa dúvida ainda paira no ar para o adolescente Lino Botter Maio, que na verdade possui os requisitos básicos para ter sucesso numa ou noutra profissão: habilidade e concentração. Com 12 anos de idade, Lino está no bom caminho para se tornar profissional na área da música. Já tocou em vários concertos, acompanhando grupos e bandas de adultos, toca em duas bandas com amigos e colegas da escola e já participou da gravação de CDs, junto com seu pai, o músico brasileiro Rodrigo Botter Maio, que desfruta de muito respeito no meio artístico na Suíça. Tudo começou quando Lino assistiu o filme “Dois Filhos de Francisco”, que conta a história de dois irmãos artistas, que to-

cavam cavaquinho e acordeon. Ele tinha apenas 4 anos e ficou impressionado ao ver o menino tocando acordeon. Seu contato com o instrumento não parou por aí. Nas festas de aniversário da família ele conta que sempre ouvia acordeonistas tocando. “Era um instrumento diferente e, de tanto ver, acho que acabei me interessando”, lembra. No início, Lino começou a tocar com um acordeon de teclas, que era mais fácil. Mais tarde passou para o de botões. Também o tamanho do instrumento foi variando com o tempo, de acordo com o crescimento do menino, para que ele pudesse manuseá-lo melhor e carregá-lo para as aulas. A escola de música, no

princípio, ficava longe de casa e Lino conta que era difícil carregar o instrumento na bicicleta. Agora ele tem aula a 200 metros de casa e ficou bem mais tranquilo. O que mais lhe fascina no acordeon é a possibilidade de tocar a melodia e os acordes ao mesmo tempo. Lino reconhece que para tocar acordeon é necessário ter muita concentração e habilidade: “Não dá para ver onde toca a mão esquerda. É preciso tocar com as duas mãos e medir a quantidade de ar”, explica. Disciplina também é fundamental. O adolescente, porém, não parece ter problema com isso. Além da aula semanal, ele estuda o instrumento quatro vezes por semana, ensaia semanalmente com amigos numa banda e toca na banda da escola uma vez por mês. Além disso, tem acompanhado o pai em vários concertos e participa dos concertos organizados pelo professor. Acostumado a tocar todos os estilos de música, Lino diz que gosta muito de Astor Piazzola. O pai incentiva bastante o talento musical do adolescente e convidou-o para gravar duas músicas para o seu próximo CD. No final de outubro, Lino foi convidado para fazer o solo na música “Bebe”, de Hermeto Pascoal, durante a apresentação da Big Band de Wattwil no Moods, em Z ­ urique. Foi uma experiência que ele gostou bastante e, a julgar pelos aplausos, o público também. O talento de Lino não pára por aqui. No tempo livre ele adora fazer mágica e já teve a oportunidade de fazer alguns shows em festas de aniversário. Agora ele está em dúvida se quer se tornar músico ou mágico profissional. Enquanto não decide, relaxa fazendo um curso de tênis-de-mesa. Lino é um verdadeiro multitalento. Sua dica para crianças ou jovens que querem aprender música é que escolham bem o instrumento. “Não é divertido e não dá prazer quando se toca por obrigação. É preciso querer tocar!”


Foto: Arquivo Association C a p oe ira L aus a nne

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Leandro Gysel: “Comecei a fazer capoeira antes de começar a andar….” Na área do esporte, nossos brasileirinhos na Suíça também estão super ativos.­ Vejam aqui um pouco da história do Leandro­Gysel, de 9 anos, filho do Mestre Paulão, fundador da Association Capoeira Lausanne e um dos pioneiros da capoeira na Suíça. Seguindo a tradição de que “filho­de peixe, peixinho é”, Leandro começou cedo a fazer capoeira e hoje não tem medo de enfrentar também os adultos.

Como é seu nome? Leandro Você tem um apelido de capoeira? Sim, é Leoboy. Quando você começou com a capoeira? Quando eu era ainda bebê, meu pai me levava junto quando ele fazia capoeira e era uma sensação divertida. Então, posso dizer que comecei com a capoeira antes mesmo de começar a andar.

O que você acha mais interessante na capoeira? Aprender os movimentos e acrobacias. E o que é mais difícil? Quando se esquece os movimentos. Qual foi o momento mais especial/ importante que você viveu na capoeira? A primeira vez que eu consegui fazer um salto mortal. Você tem alguém que é seu modelo na capoeira? Tenho diversos. Meu pai, Mestre Paulão, o Mestre Gharronne, o professor Leandro, Edson, Mestre Canelão, Mestre Itapoan, muitas outras pessoas que estão na academia (Association Capoeira Lausanne) e também muitos Mestres que encontrei. Você acha que no futuro você será um profissional na capoeira? Um pouco sim, é um dos meus objetivos. O que você gosta de fazer no seu tempo livre? Gosto de andar de trotinete, jogar basquete e futebol, e eu também faço frequentemente capoeira. Se você pudesse dizer para outras crianças mais alguma coisa sobre a capoeira, o que seria? Que é bom aprender capoeira, é importante treinar, mesmo se não quer se tornar “mestre”, mesmo assim se faz um pouco de esporte, ganha muito equilíbrio e boa postura e melhora os reflexos.

ABEC: “Pipoca, brigadeiro e guaraná”, em conto e prosa T e x to Miri a m M ü lle r V iz e n tin, professor a e co or dena dor a pedagógic a da ABEC

O lançamento do livro de contos e poemas “Pipoca, brigadeiro e guaraná”, produzido pelos brasileirinhos na Suíça de língua alemã, foi um sucesso! Resultado de um projeto realizado com alunos dos cursos POLH (Português Língua de Herança) da ABEC – Associação Brasileira de Educação e Cultura, cujo objetivo foi valorizar as competências adquiridas e a condição bilingue de seus alunos, o livro apresenta textos em português, produzidos em salas de aula e traduzidos para o alemão. O evento ocorreu no dia 24 de setembro 2014, na Biblioteca Multicultural Pestallozzi-Hardau, que gentilmente nos cedeu seu espaço. A festa contou

com a presença do Cônsul-Geral Adjunto Unaldo Vieira de Sousa, do Consulado­ Geral do Brasil em Zurique, entidade que patrocinou a impressão dos exemplares, da senhora Claudia Ulbrich, ­representan­te da Secretaria de Educação do Cantão de Zurique e da senhora ­Glaucia Luiz, representante­da biblioteca que gentilmente nos acolheu. Durante o evento, alguns dos alunosautores e suas professoras “brincaram com a leitura” de seus textos e trechos das histórias, envolvendo as crianças, pais e familiares. Cerca de 60 pessoas­ lotaram o espaço com sua alegria e ­orgulho da língua e cultura brasileira.

Claudina Isele, Maria do Carmo Schmid, Miriam Müller Vizentini, Paula Widauer, Rosilea Herrmann, Sidneia Neiverth e Sirlene Horst foram as professoras presentes, que coordenam algumas das classes de POHL da ABEC dos cantões Zurique e Argóvia, cujas aulas ocorrem semanalmente no espaço concedido nas dependências de escolas públicas da Suíça. No encerramento do evento foi servido aos presentes pipoca, brigadeiro e guaraná, delícias para 10 entre 10 de nossos brasileirinhos! Parabéns a estas crianças e às professoras, que dedicam seu tempo livre para aprender/ensinar a nossa língua e cultura em terras distantes.


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Depoimentos dos autores-mirins: Raissa Süsstrunk: “Eu achei muito bom, legal mesmo. Nunca pensei que meu texto seria escolhido e isso me deu vontade de escrever mais.” Açucena Batista Halter: “Achei bem legal as pessoas poderem ler algo meu.” Cauana Schurter: “Achei muito bom, porque eu gostei do meu texto.” Samuel Pierre Isele: “Eu gostei muito. Nós podemos escrever sobre os nossos sentimentos e o que achamos das coisas, das pessoas e de tudo que quiser.”

Foto : A rquivo A bec

Lukas Oberdanner: “Eu fiquei muito surpreso e emocionado de ter dois textos publicados. Foi muito especial também escutar o texto dos outros! Senti-me especial! Gostei muito mesmo de ler o texto dentro do livro com o meu nome. Quero continuar escrevendo, é bem legal poder pensar, imaginar histórias e você faz como você quer.” Philippe Oberdanner: “Foi muito legal. Nunca escrevi um livro antes, foi muito legal a oportunidade de escrever com outras crianças e pretendo continuar escrevendo.” Uma festa semelhante à “Pipoca, Brigadeiro e Guaraná” está programada para a Biblioteca Multicultural de Winterthur e em Berna, com os alunos e professoras dessas localidades. Para mais informações, visitem nosso site: www.abec.ch

Caroline Solero: “Eu me senti muito importante com dois textos no livro e o senhor Cônsul do Brasil lendo comigo meu texto em alemão.”

Semana Inesquecível para as classes da ABEC T e x to Cl au din a Fi a lho Isele, professor a da ABEC

É com imensa satisfação e alegria que gostaria de parabenizar novamente nossa aluna Tayane Schurter pelo talento e pela conquista do Prêmio Menção Honrosa na categoria I do IV Concurso de Desenho Infantil Brasileirinhos no Mundo realizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil em 2013. A cerimônia de premiação foi na classe de Kloten - Primarschule Spitz, no dia 25.09.2014. Para prestigiar o evento contamos com o Cônsul-Geral Adjunto Unaldo Eugenio Vieira de Sousa, do Consulado-Geral do Brasil em Zurique, a diretora da ABEC, Arlete Baumann, os familiares de nossos alunos e representantes da classe de Bülach. A Comissão Julgadora dos desenhos foi composta por nove profissionais do ramo das artes plásticas e

da educação infantil, que avaliaram cerca de 600 desenhos enviados ao Palácio do Itamaraty, em Brasília. O tema da IV edição foi “ O lugar mais legal do Brasil “. Tenho um prazer muito particular com essa premiação, pois participo com meus alunos desde o I Concurso e nem sempre é fácil elaborar os trabalhos com as crianças. Deste modo, sinto que valeu­a pena e poderei continuar incentivando minhas/nossas crianças nos próximos eventos. Agradeço a todos os meus alunos (classes da ABEC de Bülach e Kloten) pelos lindos trabalhos que fizeram, especialmente para esse concurso. O desenho da Tayane foi escolhido! De certo modo todos estivemos ­representados, pois a classe de Português da ABEC, o curso de HSK foram premiados também com a sua obra.

Ficamos muito honrados com a presença do Cônsul Adjunto Unaldo Vieira de Sousa na nossa classe e felizes de saber a respeito das primeiras experiências dele com a leitura.­Creio que os alunos guardarão lindas lembranças das atividades desses dias: Cerimônia de premiação do Concurso de Desenhos e o lançamento do livro “Pipoca, brigadeiro e guaraná”, com a leitura dos próprios textos por eles e pelo Cônsul Adjunto em alemão. Aliás, o lançamento do livro, que reuniu os jovens autores, familiares, autoridades e professores da ABEC, foi um sucesso. Sentimos grande prazer e emoção com a produção literária dos nossos alunos. Parabéns às crianças pelos textos divertidos, emocionantes, surpreendentes, criativos e cheios de poesia da infância. Lembro em especial dos meus alunos das classes de

Paraíso Marinho Brasileiro, Tayane Schurter (9 anos)

Bülach­e Kloten que tiveram os textos publicados.­Poder escrever em duas línguas é fantástico! Vocês sabem utilizar o tesouro da linguagem escrita. Continuem­escrevendo assim, com a alegria de quem descobre o mundo. Bravo! Nossa imensa gratidão aos pais, por acreditarem, incentivarem e apoiarem o nosso trabalho, por sua assistência, colaboração e participação nos dois eventos. À família Oberdanner meu obrigada pela organização das fotos. Foi lindo e gratificante!


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Te x to Irene Z wetsch Fotos Arquivo S uzy Be z e rra de Oliv e ira

Viena é o palco do “Theater Brasil”

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ascida na cidade de São Paulo e criada em Olinda e Recife (PE), Suzy Bezerra de Oliveira é atriz, dramaturga, produtora cultural e gestora de projetos socioculturais. Desde 2009 ela mora em Viena, na Áustria, e desenvolve um trabalho de teatro junto à comunidade brasileira, com artistas brasileiros e de outras nacionalidades. “Eu comecei a trabalhar com teatro ­profissional ainda no Brasil, mas por mais de dez anos estive afastada dos palcos por causa do meu trabalho como gestora ­social no Movimento Pró-Criança (www.movimentoprocrianca.org.br)”, relata Suzy. Em seu trabalho na área de gestão social, a atriz criou e dirigiu um centro

cultural onde funcionava uma escola de arte para crianças carentes e um pequeno teatro, aberto ao público em geral. A decisão de morar na Áustria implicou também numa nova mudança de rumo profissionalmente. “Eu tinha consciência de que não ia encontrar fácil um trabalho como gestora social. Por isso ­resolvi investir na minha antiga profissão de atriz e também de escritora de ­teatro. Convidei alguns brasileiros corajosos e aventureiros como eu e encenamos em 2011, pela primeira vez na cidade de ­Viena, a peça de minha autoria “Quem não se arrisca, não petisca” (Wer nicht wagt, der nicht gewinnt). Desde então não ­paramos mais e já encenamos quatro peças de teatro”,

explica. O grupo Theater Brasil (theaterbrasil.com) foi criado em 2011 e é um projeto da Verein iKUZS (www.ikusz.org), uma associação criada por Suzy e seu marido em 2009, também em Viena. Suzy explica que os objetivos do grupo são diversos: • Trabalhar profissionalmente com teatro, ampliando o mercado de trabalho para artistas em geral que atuam nas artes cênicas na cidade de Viena. • Oferecer cultura, lazer e informação, não só para brasileiros, mas também para austríacos e estrangeiros. • Dar oportunidades de trabalho para artistas brasileiros e de outras nacio­ nalidades. • Promover a integração social e cultural entre o Brasil e a Áustria • Promover o intercâmbio cultural entre artistas de diversas nacionalidades. O grupo, do qual participam artistas brasileiros e austríacos, entre outros, trabalha essencialmente na área da comédia. “Uma exceção foi a última peça, “Leopoldina, Titilia e o imperador”, que por ser uma história real não poderia deixar de ter também o drama”, explica Suzy. As peças apresentadas têm em média duas horas de duração e o grupo faz duas temporadas por ano. Até o momento f­oram encenadas peças escritas por Suzi, mas ela não descarta a ideia de no futuro encenar peças de outros autores. O grupo tem um elenco fixo, mas de acordo com o projeto entra ou sai alguma pessoa. Para as pessoas interessadas em ingressar no Theater Brasil, o requisito principal é ter paixão pelo teatro, talento­e uma experiência mínima de ­palco. “Normalmente fazemos um


pequeno­teste”, comenta Suzy. Os ensaios acontecem em um salão, no prédio onde mora uma das atrizes, que também é responsável pela produção dos espetáculos. As atividades do Theater Brasil são ­financiadas por empresas brasileiras e ­alguns profissionais que entram com a mão de obra gratuita. “Nosso objetivo no futuro é conseguir um apoio fixo anual para cobrir todos os gastos. O cachê dos artistas até agora está sendo pago com a bilheteria”, explica a atriz. Até agora os artistas já se apresentaram em Viena, Graz (Áustria) e Zurique (Suíça). “Para o próximo ano os projetos são uma peça completa de teatro e um espetáculo com diferentes monólogos e performances, que vai reunir mais dois autores, além de mim”, informa.

No papel da apresentadora Maria da Glória em “Leopoldina, Titilia e o imperador” (2014)

A motivação de Suzy em todo esse projeto vem da certeza de que o melhor­ é trabalhar em grupo e dar ­tempo ao tempo. “Quando eu tinha 13 anos um professor­me disse uma frase que eu guardei até hoje: O possível você faz hoje e o impossível você faz amanhã”, lembra a atriz. Para ela o significado da frase é que devagar sempre se chega em algum lugar e se for em grupo, melhor.

“Por isso, tenho sempre em mente o texto da canção de Chico Buarque no musical­ Saltimbancos: “Todos juntos somos fortes­, não há nada para temer”.

Contato Theater Brasil, theaterbrasil.com Telefone: (+43) (0) 676 657 7060 E-mail:suzy@ikusz.org

Cursos de Alemão no CEBRAC Conversação e Gramática Conversação para situações cotidianas Curso de Conversação em Alemão.1* Início: Fevereiro de 2015 Sábados, das 09:15 – 12:00 hs Duração: 10 semanas Valor: CHF 150.*Para moradores da cidade de Zurique (zona 10). O curso é subsidiado pelos órgãos do governo: "Sprachförderkredit" da cidade de Zurique, "Bundesamt für Migration" e "lntegrationsförderung" do cantão de Zurique

Curso de Conversação em Alemão.2 Duração: 7 semanas Datas: Sábados, das 09:30 – 11:45 hs Início: Janeiro de 2015 CHF 160 - Amigos do CEBRAC (sócios) CHF 175 - Não-sócios

Curso regular Gramática alemã Curso regular Gramática alemã - A1 Início: 17 de março de 2015, todas as Terças e quintas, das 9h30 - 11h15 Duração: 5 semanas CHF 230 – Amigos do CEBRAC (sócios) CHF 250 – Não-sócios Curso regular Gramática alemã - A2.2 Início: 17 de março de 2015, todas as Terças e quintas, das 18h30 - 20hs Duração: 5 semanas CHF 230 – Amigos do CEBRAC (sócios) CHF 250 – Não-sócios

Curso aberto para todos, independente do lugar de moradoria.

Curso regular Gramática alemã - A2.1 Início: 10 de março de 2015 Curso em andamento CHF 230 – Amigos do CEBRAC (sócios) CHF 250 – Não-sócios

Professora Célia Küffer ) 076 613 18 97

Professora Isa Felder ) 078 648 6237

Possibilidade de abertura de novas turmas a qualquer momento. Entre em contato para obter mais informações pelo site www.cebrac.org


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Informações sobre saúde em português e em mais sete línguas A Suíça tem um sistema de saúde muito bem estruturado e confiável. Porém, em função de sua complexidade, nem sempre é fácil entender como ele funciona. Pensando nisso, a equipe da Rádio X desenvolveu o projeto dos “Spots de Saúde”. Nos Spots de Saúde são respondidas, em forma de diálogo, as perguntas mais frequentes ligadas ao tema da saúde. Este ano a Radio X traz os seguintes temas: • Seguro de saúde • Seguro contra acidentes • Lugares para atendimento e serviços na área da saúde (farmácia, consultórios médicos, hospitais, clínicas de reabilitação) • Emergência • Dicas de saúde (alimentação e exercícios físicos) Os spots de saúde em português foram ao ar durante o programa “Beleza”, às quartas-feiras das 21 às 22 horas. Todos os spots podem ser também encontrados no site www.radiox.ch/kampagnen/aktuell/gesundheitsspots/ Os temas dos spots sobre saúde baseiam-se no folheto Guia de Saúde Suíça, da Cruz Vermelha Suíça, que está disponível em 18 idiomas no site www.migesplus.ch. Os spots de saúde da Radio X têm apoio dos órgãos locais para integração de migrantes “Integration Basel” e Departamento para Integração do Cantão Basel-Landschaft.

inFormaçÕes Tatiana Vieira / tatiana.vieira@radiox.ch


T e x To Ir e n e Z w e tS c h

Saúde: Prevenção de quedas na Terceira Idade Segundo o Serviço de Estatística Suíço, as quedas no ambiente domiciliar, no tempo livre e em atividades esportivas são uma das formas mais frequentes de acidente. Com o avanço da idade, principalmente acima de 65 anos, aumenta o risco de quedas pela diminuição de funções corporais importantes como força, coordenação, reações de equilíbrio e percepção dos sentidos. Como consequência desses acidentes, têm-se fraturas, perda de mobilidade ou a diminuição da independência nas atividades profissionais ou da vida diária. Com o objetivo de diminuir o impacto dessas quedas, vários projetos, cursos e atendimentos voltados à Terceira Idade têm sido estimulados na Suíça. Exemplos práticos podem ser encontrados junto a: • Pro Senectute Schweiz (Agência especializada em Terceira Idade e Esporte): www.pro-senectute.ch • BFU (Agência de Orientação para Prevenção de Acidentes), com livreto para download sobre treinamento rumo à prevenção de quedas • fisioterapeutas especializados e registrados junto à Physioswiss (Associação Suíça de Fisioterapeutas): www.physioswiss.ch A prevenção de acidentes hoje faz parte da sua saúde futura!

gLauCa gonçaLves manTeLLini Fisioterapeuta PhD physiotherapie@mantellini.ch

Mídia & Saúde

mento e informação

onselhamento lemas para fixar ou respeitar aconselhamento de jovens ou de gião. Endereços disponíveis através

tung.me ou telefonar para o gência para pais: 0848 35 45 55.

seu filho utiliza os meios de e forma excessiva, desenvolvendo ndência, entre em contato com os prevenção de vícios da sua região.

ention-zh.ch/ueber-uns/regionale4 634 49 99. s de jogos e outros vícios de comZurique: radix.ch ou Tel. 044 360 41 18.

net ention-zh.ch/selbsttest mações sobre a utilização online

medien.ch e o uso e educação para utilizar as Francês, Italiano) ds.ch ianças na internet (em alemão, )

net: apoiar as crianças e os sugestões para os pais de e 16 anos de idade» mendados: ention-zh.ch/Publikationen  erial  Familie ou pelo 99. Pedidos de até 100 exemcantão de Zurique são gratuitos. estão também disponíveis em trangeiras. s informativos para pais www.suchtschweiz.ch/infoagogisches-material/eltern cês e italiano)

2. Auflage, August 2012

terial informativo icionais deste folheto, assim

Televisão, consoles de jogo, telefone celular, computador e internet fazem parte da vida cotidiana das crianças. São recreativos e cativantes, oferecem Telefone celular, variedades, informação e possibitelevisão, computador lidades de comunicação. Os telefoEvitar a dependência nes celulares e a internet (Skype) possibilitam o contato com amiDicas para pais de gos e familiares distantes. Porém: crianças de 5 a 12 anos Esses aparelhos podem também sobrecarregar as crianças e torná-las dependentes do seu uso. “Telefone celular, televisão, computador: Evitar a dependência”, dicas para pais de crianças de 5 a 12 anos, em 10 idiomas: www.fisp-zh.ch/pdf/internet/handy_pt.pdf Portugiesisch

deZ e m bro 2014 / / 13

Seu Desconto

100 Fr. na primeira Extension


014 14 / // /deNOV de z ezmbro e mbro2014 2014

Te x to Deborah Te x to BieIre rmnaen n, ZwBe e tsrn cha

Cônsul de Genebra procura estar perto da comunidade Desde 2013 a Embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo chefia o Consulado do Brasil em Genebra. Num almoço informal com a editora da Linha Direta, a simpática Embaixadora falou sobre sua carreira diplomática, o trabalho no Consulado e sua família. Natural do Espírito Santo e mãe de duas filhas, a diplomata traz na bagagem uma vasta experiência, acumulada nos diversos países em que atuou, nas áreas política, comercial e de direitos humanos. ­A carreira diplomática começou na Embaixada do Brasil em Washington, para onde foi enviada logo depois da promoção, juntamente com o marido, o também Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, que atualmente é Diretor Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). De lá seguiram juntos para Montevideo, onde a Embaixadora respondeu pelo setor econômico e comercial na Missão Permanente do Brasil junto à Aladi (Associação Latino-Americana de Integração). Genebra foi a terceira parada, de 1997 a 2001, quando a Embaixadora estava na Delegação Permanente do Brasil na cidade suíça. O retorno ao Brasil, em 2003, foi a convite do então Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que a designou para a Chefia de Gabinete. Os dois diplomatas sempre conseguiram ser transferidos juntos. Foi assim no retorno à Genebra, em 2008, quando Maria Nazareth assumiu o posto de embaixadora brasileira junto à Organização das Nações Unidas e seu marido tornou-se embaixador do Brasil junto à OMC. Dentro da ONU, a embaixadora representou o Brasil no Conselho de Direitos Humanos. Economia, política, comércio, meio ambiente, direitos humanos e agora a chefia de posto no Consulado-Geral do Brasil em Genebra. O que lhe agrada mais? ­­ “A multilateralidade me agrada muito, é uma característica minha”, responde a Embaixadora, que já viveu bons momentos em Genebra. “Foi aqui que Roberto e eu começamos a namorar, na viagem de

mochila pela Europa, em 1979”, lembra, com um sorriso. Em 2013, com a eleição do marido como Diretor Geral da OMC, iniciou-se um novo ciclo na cidade Suíça. “Eu não poderia ficar aqui como embaixadora, então foi negociado para ficar como Cônsul-Geral”, explica. O trabalho no Consulado é, na opinião de Maria Nazareth, “o reality show de Direitos Humanos”. Para a embaixadora é a oportunidade de estar perto da comunidade: “Gosto de lidar com pessoas, tentar ajudar, contribuir para que a vida dos brasileiros que estão aqui seja um pouco mais fácil”, revela. No início, ela disse que ficou “chocada com as instalações e condições do Consulado”. Realmente, quando se entra no Consulado e vê as salas e corredores pequenos, uma sala de espera com algumas poucas cadeiras e o balcão de atendimento sem proteção, não se imagina estar num Consulado. Mesmo assim, o trabalho parece funcionar bem. “Os funcionários têm boa vontade, enxergam o trabalho como “missão” e procuram resolver os problemas dos brasileiros que vão lá. “Temos um espírito de equipe: todos fazem tudo”, afirma. Com um sistema híbrido de agendamento e sala de espera, diferenciando “serviço longo” (passaporte, por exemplo) e “serviço rápido” (reconhecimento de assinatura, por exemplo), a Cônsul e sua equipe tentam diminuir a espera e otimizar o atendimento. Há uma fila para serviços rápidos e um balcão só para a impressão digital, para que as pessoas possam deixar a documentação e receber pelo correio. “Assim não saem de mãos vazias”, comenta. “Com a agenda há mais previsibilidade no serviço”, explica Maria Nazareth, mas

caso a pessoa não tenha agendado, pode ficar na fila. O limite para a fila é de 16 pessoas, pois o atendimento ao público é até as 13 horas. “Estamos tentando diminuir a fila, até porque na falta de cadeiras, tem que fazer a fila andar rápido”, brinca. “Temos por princípio atender todo mundo que vem ao Consulado, pois ele é a “Embaixada” dos brasileiros, é a presença do Governo Brasileiro junto à comunidade brasileira local. O papel do Consulado é facilitar a vida dos brasileiros no que diz respeito a serviços notarais e também oferecer atendimento psicólogico e jurídico, dentro das possibilidades que tem”, observa. Nesse sentido, há espaço no balcão de atendimento para flyers e cartões, divulgando o trabalho dos brasileiros. É claro que nem tudo são flores. “As pessoas voltam a ser brasileiras no Consulado e esperam um procedimento diferenciado do que nas entidades suíças”, comenta a Embaixadora. Uma vez um funcionário foi agredido, o que levou ­todos a ter medo do público. “Quando cheguei, implantei a mentalidade de que não se deve ser subserviente, mas se deve servir, tratar com respeito, para receber o respeito do público também.” Numa situação em que houve problemas, a Chefe de Posto tomou a dianteira, defendeu o funcionário e deixou claro que, pela Regra do Manual Consular, ela pode convidar a pessoa a sair se faltar com o respeito. Funcionou! A postura da Embaixadora à frente do Consulado é de participação e proximidade dos brasileiros de sua jurisdição consular. “Se não fizer parte da comunidade, não posso entender seus problemas. Não posso ficar acima da comunidade”, comenta. Uma de suas iniciativas foi a


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BOX “O Consulado do Brasil em Genebra quer lhe ajudar, quer que você, brasileiro/brasileira se sinta em casa. Venha nos conhecer, venha nos visitar!” Embaixadora Maria Nazareth (na foto com o marido)

abertura do Consulado num sábado, para dar conta do trabalho. “Foi um sucesso!” Várias pessoas vieram lhe agradecer, pois não têm condições de ir ao Consulado durante a semana. A experiência deu tão certo que será repetida no dia 13 de dezembro, das 10 às 14 horas. Além de boa parte dos funcionários, Maria Nazareth herdou de seu antecessor o Conselho de Cida-

dania (CdC), grupo com o qual trabalha em parceria, estimulando o associativismo. O Consulado apoia as iniciativas do CdC, como a participação na Marche de l’Espoir e as palestras do dia 17 de outubro, para brasileiros que querem iniciar um pequeno negócio, e do dia 29 de outubro, sobre a possibilidade de jovens sem permissão de estadia e trabalho na Suíça fazerem uma aprendizagem. “Existe um “gargalo” depois que o jovem terminou o

Jovens “sem papeis” podem aprender uma profissão na Suíça Uma sala lotada assistiu atenta à palestra de Luc Barthassat, Conselheiro de Estado do Cantão de Genebra, sobre a lei que permite aos jovens “sem papeis” (sem permissão de estadia ou trabalho na Suíça) fazerem sua aprendizagem no país. Realizado no dia 29 de outubro no Centre de la Transition Professionnelle, em Genebra, o evento foi promovido pelo Conselho de Cidadania da Suíça Romanda e pelo Consulado– Geral do Brasil em Genebra e contou com a presença de Joël ­Petoud, do Departamento de Instrução Pública de Genebra. Depois da saudação feita pela Embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevêdo, Barthassat, que se mostrou admirado com a quantidade de público, contou que foi a filha que despertou sua atenção para o problema dos jovens “sem papeis”, ao relatar o caso de jovens que não podiam continuar os estudos por não terem permissão de trabalho. “São jovens que estão ativos aqui,

representam uma mão-de-obra que precisamos e não podem fazer aprendizagem. Era preciso fazer algo para mudar isso”, argumenta. Na maioria dos casos era um problema da segunda geração e atingia várias regiões da Suíça. “Muitos nasceram aqui e não tem papel”, explica. Na época, não havia estatística a respeito. “Com o apoio de Alain Berset e Simonetta Sommaruga, com ajuda da esquerda e de algumas pessoas da direita fez-se uma primeira estatística, para convencer sobre a necessidade de mudar a lei. Tivemos uma votação apertada”, lembra Barthassat. Mesmo assim, a iniciativa passou e virou regulamento de uma lei já existente.

ensino fundamental e não tem permissão de residência na Suíça, pois ele não pode fazer uma aprendizagem, nem trabalhar e fica sem opção”, conclui. (Veja detalhes da palestra no Box abaixo) Nessa maratona, ainda tem espaço para a família? A Diplomata garante que sim. Mesmo à distância, a mãe/embaixadora encontra tempo para acompanhar a carreira das filhas e o crescimento das netas.

Para cursar o ginásio ou o ensino superior, os jovens “sem papeis” não precisam de permissão de residência. No caso da aprendizagem, porém, eles precisam de uma permissão de trabalho e, consequentemente, de residência. Para permitir a esses jovens o acesso à aprendizagem de uma profissão, o Parlamento suíço aprovou a proposta de regulamentação e, desde fevereiro de 2013, os jovens “sem papeis” têm direito de requerer uma autorização de residência pelo período de duração do curso. Para usufriur da lei é preciso provar que frequentou cinco anos de escola obrigatória na Suíça, não pode ter nenhum problema com a polícia e deve revelar sua identidade e endereço. Mais de um ano depois de entrar em vigor só duas pessoas se utilizaram da lei. “A maioria não consegue provar os cinco anos de escola na Suíça ou tem medo de revelar a identidade e colocar a família toda em risco”, explica Barthassat. Ele garante que está sendo negociado com o Serviço de Imigração para contornar a situação. “Os cantões e

cidades estão conscientes, mas a direita está forte. Estamos tentando negociar”, comenta. Ele sabe que está “pisando em ovos”, mas está confiante: “Há patrões mais engajados, que buscam pessoas interessadas e não necessariamente suíços”. Outra preocupação é com os jovens que vêm para cá adolescentes, pois têm a desvantagem de não poder provar os cinco anos da escola obrigatória aqui. A sugestão de Joël Petoud é fazer uma aprendizagem profissional na escola e não numa empresa, eliminando a necessidade da permissão de trabalho. A Embaixadora Maria Nazareth observou que a maior parte da comunidade brasileira de Genebra e na Suíça romanda está no país de forma não regular e enfatizou que a lei traz vantagens para os jovens. “Uma vez por mês temos um serviço de atendimento jurídico no Consulado, que pode ajudar a montar um dossiê com o pedido para se beneficiar da lei. É preciso buscar as oportunidades”, incentivou. Além do Consulado, outras associações também podem ajudar gratuitamente a montar o dossiê.


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Te x To lobm a Ie r & n egrã o

Vistos e Permissões de Residência na Suíça 1] Sou brasileiro e gostaria de viajar

4] Conheci um estrangeiro que mora

para a Suíça. Preciso de visto? O que devo observar? Não, o visto é dispensado nas viagens de turismo, visita, negócios, estudo, tratamento médico, que não ultrapassarem 90 dias. Porém, as autoridades suíças poderão exigir: passaporte válido por 3 meses, passagem de ida e volta dentro desses 90 dias, comprovante de recursos financeiros, seguro de saúde e reserva de hotel ou carta-convite.

na Suíça e agora decidimos nos casar. Como devo proceder para obter um visto e residir neste país? Você terá que requerer um visto de preparação de casamento junto ao Consulado Suíço no Rio de Janeiro ou em São Paulo. Caso o matrimônio já tenha sido celebrado no Brasil, um visto de reagrupamento familiar terá que ser requerido.

2] Pretendo trabalhar na Suíça. Como faço para obter um visto? A Suíça tem dois parâmetros para regulamentar o trabalho de estrangeiros no país. Os que são cidadãos de um dos países da União Europeia ou da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) usufruem dos privilégios garantidos pelo “Acordo de Livre Circulação de Pessoas”. Aos outros cidadãos cabe apenas um contingente restrito de autorizações de trabalho que destinam-se apenas aos trabalhadores com cargo de chefia e à mão de obra qualificada. Sendo brasileiro, para obter um visto você terá primeiro que ter um contrato de trabalho para poder exercer uma atividade profissional na Suíça. O empregador, por sua vez, terá que provar que não há nenhum cidadão suíço, da União Europeia ou da EFTA que possa realizar o trabalho de quem quer contratar.

3] Tenho dupla nacionalidade: brasileira e europeia. Isso facilita o pedido de visto? Sim, cidadãos da União Europeia ou EFTA, bem como membros de sua família, podem, em geral, entrar na Suíça e residir por três meses enquanto procuram emprego. Este prazo de três meses pode, em certas circunstâncias, ser prorrogado por mais 6 meses.

5] Posso me casar na Suíça dentro do prazo de 90 dias que tenho direito de ficar aqui como turista? Alguns cantões admitem que a pessoa se case aqui nestas condições. Informese na prefeitura onde o casamento será realizado se isto é possível e quais os documentos exigidos, que variam de prefeitura a prefeitura.

6] Gostaria de estudar na Suíça por mais de 90 dias. Como devo proceder? A primeira providência é ser aceito em uma instituição de ensino e comprovar que poderá arcar totalmente com os custos. O pedido de visto deverá ser feito junto ao Consulado Geral da Suíça no Brasil, que também exigirá uma carta contendo os motivos pelos quais deseja estudar aqui, bem como o comprometimento de deixar o país após o término dos estudos.

7] Quais os tipos de permissões mais comuns para os cidadãos brasileiros? Permissão de residência “L”: visto concedido a estrangeiros por motivos de trabalho ou estudo por um período curto, a noivos que estão preparando o casamento, a artistas e a estagiários. Os estagiários somente serão aceitos entre as idades de 18 a 30 anos. Permissão de residência “B”: para estrangeiros que imigram para a Suíça por motivos de trabalho ou que casam com

um residente, suíço ou não. A permissão “B” está vinculada a determinadas condições e sua validade é, em geral, limitada a um ano. Pode-se perder a permissão “B” se o estrangeiro ausentar-se por mais de 6 meses do país, cometer um delito ou depender por um certo período da ajuda social. Permissão de residência “C”: é uma autorização permanente e ilimitada, sujeita a controle a cada 5 anos. Portadores deste visto podem mudar de trabalho, de profissão e de cantão a qualquer momento. Porém, o estrangeiro poderá perder a permissão caso se ausentar por mais de 6 meses do país, sem antes ter solicitado às autoridades competentes permissão para tal. Também poderá perdê-la caso pratique algum delito ou se torne dependente por muito tempo da assistência social.

LoBmaier & negrão advocacia e consultoria patricia Lobmaier advogada e mestre em direito Internacional tel.: 076 665 60 33 [oab/rJ 134.929] patricia Brooking negrão advogada, tradutora e Intérprete tel.: 079 607 67 33 esta coluna é uma colaboração das consultoras jurídicas voluntárias do conselho brasileiro da Suíça. para mais informações ou para enviar as suas perguntas, escreva para: info@lobmaier-negrao.ch info@conselho-brasileiro.ch


T e x To debor a h ma rISte l a bIer m a nn

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Visto de Reunião Familiar { paLesTra } O KI oferece possibilidade de tradução gratuita para os participantes sem conhecimentos de alemão. Uma mesa repleta de documentação escrita em diversos idiomas estava à disposição, bem como um aperitivo gentilmente oferecido pelo KI aos presentes.

Centenas de imigrantes registram-se na Suíça por ano sem, entretanto, ter condições de providenciar a vinda de seus familiares para perto de si. O Centro de Competência em Integração (KI-Bern) organiza duas vezes ao ano uma palestra sobre o assunto. O evento é gratuito e visa orientar os imigrantes locais a respeito das possibilidades no âmbito da reunião familiar. A última edição da palestra sobre a “Reunião Familiar” aconteceu no dia 30 de outubro. Foram convidados dois migrantes para relatarem brevemente sobre suas experiências e suas opiniões. A organizadora do evento, senhora Marianne Helfer discorreu sobre o assunto esclarecendo dúvidas. Na sequência, o senhor Hubert Feller, chefe do Serviço de

próximo evento: 28 de abril de 2015 às 19 horas Atendimento ao Habitante na cidade de Berna, explicou detalhadamente os diferentes status de moradia reservados aos imigrantes, bem como os caminhos legais de solicitação e de direitos referentes à reunião familiar. Com duração de duas horas, o evento foi prestigiado por cerca de 50 pessoas.

le cap Französische Kirche predigergasse 3 berna mais informações: www.bern.ch/integration


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Te x To deborah marISte l a bIe rm a n n

Faça um passeio pela Feira de Informação Profissional de Berna O dilema é conhecido de muitos pais e responsáveis: Que profissão seguir? Como programar meu futuro? O que fazer depois do término da escola obrigatória?

Para responder algumas dessas dúvidas, a Secretaria Cantonal de Educação (Erziehungsdirektion) e o Departamento de Aconselhamento Profissional (BIZ = Berufsinformationszentrum) organizam anualmente uma Feira de Informação Profissional. Mais de 200 expositores apresentam, durante 3 dias, das profissões mais comuns às mais exdrúxulas: restauradores de móveis, cursos superiores, profissões ligadas à gastonomia, à saúde e à proteção civil, entre mais de 250 profissões existentes e regulamentadas. O sistema de aprendizado técnico na Suíça é um sucesso, graças a uma generosa e produtiva parceria entre o comércio, a indústria e o sistema educacional suíço, que subvenciona e incentiva a formação profissional. Em atenção à população migrante, os organizadores do evento agendam diversas turnês em língua estrangeira, as “Fremdsprachige Führungen”. A turnê se compõe de uma palestra inicial sobre o sistema educacional na Suíça - um verdadeiro desafio de entendimento para muitos

com 40 pessoas interessadas, que se reuniram no sábado, dia 1° de novembro, às 09 h 45, em frente à entrada principal do pavilhão de exposições de Berna, a BEA. Depois de ouvirem a palestra de 40 minutos, seguiram em visita pela feira.

que é dada em alemão com tradução consecutiva. Depois da palestra, a tradutora dá um giro com os pais e interessados pela feira e esclarece alguns pontos relativamente à escolha e à formação técnica profissional na Suíça. As turnês em língua estrangeira ocorreram em tâmil (imigrantes do Sri-Lanka), tibetano (Tibete), tigrinia (Etiópia) e vietinamita (Vietnã), além de português. Para os participantes das turnês em língua estrangeira, a entrada é grátis. A comunidade de língua portuguesa compareceu

A feira se repete anualmente e apresenta também muitas possibilidades de formação continuada para adultos e jovens adultos com conhecimentos ainda insuficientes da língua local. O BIZ oferece aconselhamento gratuito para os interessados. Procure o BIZ mais perto de você. Em praticamente todos os cantões você encontra um Serviço de Aconselhamento Profissional. No Cantão de Berna há sete filiais do BIZ: www.erz.be.ch/erz/de/index/ berufsberatung.html Feiras semelhantes a essa são realizadas também em outros cantões, normalmente depois das férias de outono. Procure informações no Departamento de educação do seu cantão. Informações: www.erz.be.ch/erz/de/index/berufsberatung/ migration_und_integration.html

Venha viver momentos de descontração e alto astral! Se você gosta de cantar e quer participar, inscreva-se através do e-mail cantabrasil@gmx.ch ou mande SMS para o nr. 076 572 0313 Nosso repertório varia entre MPB, Música Folclórica, Natalina e Gospel ENSAIOS:

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2as-Feiras, 19.30 – 21.00 h Centro Comunitário Kapellenhof

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6as-Feiras, 19.30 – 21.00 h CEBRAC

Bruggerstrasse 143, 5400 Baden

Quellerstrasse 25, 8005 Zurique

Regente: Sandra Rodrigues Urech

Apoio:


T e x to A r a r a-V e r l ag // w w w.a r a r a-ver l ag. de

deze m bro 2014 / / 19

Livro brasileiro na lista de “recomendados” para o público infanto-juvenil A obra literária “Brazilian Underground: Die Geschichte von Satine”, da autora Mayra Dias Gomes, traduzida e publicada pela Arara-Verlag, foi selecionada para constar no Catálogo de Recomendações de Livros Infanto-juvenis 2014/2015 da Kolibri Suíça, uma associação de interesse público com sede em Basileia. A publicação reúne títulos selecionados a partir de critérios de qualidade literária e adaptados ao público infanto-juvenil. O Catálogo de Recomendações, publicado pela Baobab Books, sob o cognome Kolibri, é um instrumento prático para professores, bibliotecários, pais e outras pessoas que trabalham como multiplicadoras de informação. A gama de produtos que consta do catálogo inclui livros, áudio livros e material para utilização em sala de aula. Cada um dos itens do catálogo é apresentado individualmente com uma crítica, a sugestão de idade dos leitores, dados ­bibliográficos e a capa do livro.

O nome “Kolibri” remete ao passarinho, que não mede esforços para encontrar, entre as muitas ofertas, o melhor néctar.­O mesmo acontece com a equipe de redação que elabora a lista das obras recomendadas: ela é completamente independente e neutra. Os títulos recomendados possibilitam às crianças e jovens um encontro aberto com outras culturas e mostram aspectos variados da diversidade cultural e do convívio intercultural. Em sua página na internet, a Baobab disponibiliza um banco de dados online para consulta, que complementa a versão impressa. No momento, o livro de Mayra encontra-se recomendado apenas no catálogo impresso. A Editora Arara, responsável pela tradução da obra para o alemão, está em contato com a Kolibri para que eles disponibilizem a informação também online. No site pode-se ler também sobre os critérios de como candidatar um livro ao catálogo: www.baobabbooks.ch/de/kolibri/ das_empfehlungsverzeichnis.

Pai Paulo Ty, Ossanyin Joga-se búzios a domicílio! Resolva seus problemas de amor, saúde e profissionais. Natel 079 844 77 05 Cel. Brasil +55 21 9878 58 239 Fixo Brasil +55 21 2418 82 72

Brazilian Underground. Die Geschichte von Satine A versão original em português, chamada Fugalaça, foi escrita por Mayra aos 17 anos e publicada pela Editora Record quando a autora tinha 19 anos. Fugalaça foi escrito durante a fase de depressão de Mayra e tornou-se um fenômeno underground brasileiro e um instantâneo retrato sobre uma geração imedia­ tista e incapaz de lidar com frustrações. Em 2014, Fugalaça foi lançado na Feira de Livros de Frankfurt, na Alemanha, pela editora Arara-Verlag, sob o título “Brazilian Underground: Die Geschichte von Satine”. Veja abaixo a resenha da obra em português: Quantas barreiras precisamos superar para encontrarmos, finalmente, o nosso caminho? Qual será o limite máximo que se pode atingir, antes que tudo comece a ruir? Satine, uma jovem brasileira, vive com sua abastada família no Rio de Janeiro e possui tudo o que uma jovem adolescente pode desejar. Entretanto, a súbita morte de seu pai abala tremendamente a menina aos doze anos de idade. Em seu árduo percurso na busca do autodescobrimento, Satine passa por experiências intensas, geralmente dolorosas, faz uso de drogas, envolve-se em mentiras e conhece Ricky – o grande amor de sua vida, por quem Satine tudo faria. Sem controle dos seus sentimentos, Satine inicia uma fase de vida, na qual a realidade lhe escapa entre os dedos. Uma estória sobre as dificuldades de se tornar um adulto...


020 / / NOV e mbro 2014

T e x to x x x x x x x

Seja Seja um um

Amigo AmigododoCEBRAC! CEBRAC!

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2 Ganha Ganha descontos descontos em eventos, em eventos, cursos cursos e outros e outros serviços serviços do CEBRAC do CEBRAC

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E3 ainda, E ainda, colabora colabora comcom o CEBRAC o CEBRAC que que há 18háanos, 18 anos, com com o engajamento o engajamento de de voluntários, voluntários, apóiaapóia a integração a integração de brasileiros de brasileiros que que vivem vivem na Suíça. na Suíça. Entre Entre em contato em contato hojehoje mesmo mesmo parapara ser um ser Amigo um Amigo do CEBRAC do CEBRAC pelopelo e-mail e-mail info@cebrac.org info@cebrac.org ou telefone ou telefone 044 271 044 271 4305 4305 www.cebrac.org www.cebrac.org | www.facebook.com/Cebrac.Zurique | www.facebook.com/Cebrac.Zurique


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NOVem bro 2014 / / 021


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Te x to Grecianny C arvalho Cordeiro foto Arquivo Pre ve nçã o M a da le n a’s

Prevenção Madalena’s: Em 2015 Associação completa 15 anos de serviço à comunidade

Há catorze anos, sob os auspícios da brasileira Lúcia Amélia Brüllhardt, surgiu o “Prevenção Madalena’s”, uma organização não-governamental voltada para a prevenção contra a exploração sexual de menores e o tráfico de seres humanos.

A

pós constatar o quadro de exploração sexual em que vivem muitos homens e mulheres trabalhadores do sexo, em especial, as mulheres de nacionalidade brasileira, no território suíço, Lúcia Amélia passou a prestar um serviço de apoio e ajuda àqueles sexualmente abusados e explorados, submetidos a todo tipo de sofrimento físico e emocional. A ONG “Prevenção Madalena’s” surgiu oficialmente em 16.03.2006, devidamente registrada no Brasil, tendo por objetivo prevenir, informar e alertar a juventude brasileira para a problemática da exploração sexual e do tráfico de seres humanos, onde são vítimas muitas brasileiras que embarcam para a Europa com o sonho de viver um conto de fadas que em muito distoa da realidade, levando-as a um quadro de exploração sexual, onde são submetidas a todo tipo de violência. No Brasil, esse trabalho preventivo vem sendo feito em escolas da rede pública

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Embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo apoia o projeto

do Estado de Pernambuco. Além disso, o “Prevenção Madalena’s” desenvolve na Suíça um trabalho de efetiva defesa dos direitos humanos de brasileiros e brasileiras vítimas de exploração sexual,

de maus tratos, de violência doméstica e também do tráfico de seres humanos, contando com a valiosa colaboração de autoridades brasileiras e suíças. A trajetória da ONG “Prevenção Madalena’s” tem sido árdua, no entanto, a importância do trabalho por ela desenvolvido, mediante a coordenação de Lúcia Amélia e a imprescindível ajuda de várias pessoas, através do estabelecimento de parcerias com diversas instituições no Brasil, Alemanha e na Suíça, vem obtendo o devido reconhecimento pelo poder público suíço-brasileiro, por outras organizações não governamentais, associações culturais, autoridades, escritores, jornalistas, enfim, por todos aqueles que acreditam no ideal de um mundo melhor, onde o ser humano seja visto em toda a sua plenitude, e não somente como um mero objeto, uma fonte inesgotável de exploração em vários aspectos. O “Prevenção Madalena’s” tem plena convicção de que a sua bandeira de luta somente alcançará os objetivos pretendidos mediante a união de forças e de esforços entre todos aqueles que acreditam ser possível um mundo melhor, com franco respeito ao ser humano e aos seus direitos mais elementares. “Madalena’s” e toda a sua equipe estão motivados para comemorar os 15 anos da entidade e começar o ano de 2015 com suas atividades a todo vapor, desenvolvendo novos projetos, estabelecendo novas parcerias, divulgando o livro “As Aventuras de Madaleninha” como forma de prevenção ao tráfico de seres humanos às crianças brasileiras e de outros países, bem como atuando de forma aguerrida e proativa contra a exploração sexual e a violência doméstica, sem jamais desconhecer o importante papel das variadas formas de manifestação cultural nessa luta.


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e V e n to S

BRASIL NA SUÍÇA 1 — Luan Davi Lançamento do CD do cantor em Fribourg 26 de Setembro

2 — Gilberto Gil em Zurique 21 de Outubro

3 — Aline Barros 1 de Novembro 4 — Edi Motta 1 de Novembro

5 — Fiesta Latina Festa latina em Zurique animou mais uma vez um grande público e contou com uma ala brasileira também 1 de Novembro 6 — Festa Halloween 1 de Novembro

7 — Noite black & white Mais uma animada festa promovida pela promoter Jaque Avila. 13 de Setembro

8 — Festival Jam Session de Montreux 2014 Noite dedicada à bossa nova e ao samba, com personalidades ilustres 27 de Setembro 9 — Baianas em Montreux Desfile das Baianas, Jam Session de Montreux


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DEBORAH MARISTELA BIERMANN Traduções Consultorias Tradutora Reconhecida Alemão-Português ASTTI Intérprete e Tradutora Intercultural e Jurídica deborah@biermann.ch Tel.: +41 (31) 371 22 15 | Mobil: +41 (79) 277 03 87

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Brasileirinhos no Mundo desenham “uma história brasileira” O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, por intermédio da SubsecretariaGeral das Comunidades Brasileiras no ­Exterior, lançou o V Concurso Internacional de Desenhos Infantis sobre o Brasil intitulado “Uma história brasileira”. Os dez melhores desenhos (em cada uma das duas categorias), escolhidos pela Comissão Julgadora constituída para esse fim, farão jus ao “Prêmio Itamaraty­ de Desenho Infantil Brasileirinhos no Mundo”. O Concurso visa a promover e divulgar o interesse pelo Brasil e pela brasilidade entre o público infantil brasileiro residente no exterior. Com o tema „Uma História Brasileira“, os desenhos deverão retratar, de forma criativa e original, na forma de quadrinhos, uma história envolvendo

qualquer experiência direta ou indireta da vida de brasileiro(s) no exterior. Podem inscrever-se no Concurso cidadãos brasileiros que residam no exterior e que tenham, na data da inscrição, entre 06 (seis) e 09 (nove) anos de idade (Categoria I) ou entre 10 (dez) e 12 (doze) anos de idade (Categoria II). As inscrições devem ser feitas por e-mail cujo assunto traga a frase „Inscrição – V Concurso de Desenho Infantil Brasileirinhos no Mundo“ para o endereço eletrônico: brasileirinhos@itamaraty.gov.br. O envelope com o desenho deverá ser enviado para o Consulado ou Setor Consular da Embaixada responsável pela jurisdição do local de residência do participante, constando pelo lado de fora do envelope de encaminhamento a

i­ndicação “Prêmio de Desenho Infantil Brasileirinhos no Mundo”, valendo a data de recebimento no Consulado.

O período para entrega das inscrições e dos desenhos será de 01º/10/2014 à 01º/02/2015 Confira o edital completo com detalhes sobre o Concurso no site: www.brasileirosnomundo. itamaraty.gov.br


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INFORMATIVO CEBRAC E CBS © shuttlestock

Quellenstrasse 25 8005 Zurique, Suíça www.cebrac.org | www.conselho-brasileiro.ch ASSOCIAÇÕES / GRUPOS BRASILEIROS E ÓRGÃOS DE INTEGRAÇÃO DO GOVERNO SUÍÇO (SUÍÇA ALEMÃ/ITALIANA) E DE LIECHTENSTEIN Conselho Brasileiro na Suíça Informação e apoio para a comunidade e os grupos brasileiros na Suíça www.conselho-brasileiro.ch info@conselho-brasileiro.ch T.: 061 423 03 47

GGG Ausländerberatung Aconselhamento para estrangeiros www.auslaenderberatung-basel.ch integration@ggg-ab.ch T.: 061 206 92 27

Sans Papiers Organização que apoia as pessoas sem permissão de residência www.sanspapiers.ch

BERNA (BE)

Projeto Madalenas ONG de prevenção contra a exploração sexual e o tráfco de seres humanos www.prevencaomadalenas.com info@prevencaomadalenas.com T.: 076 454 87 85 DAO - Dachorganisation der Frauenhäuser Schweiz Abrigo para mulheres na Suíça e em Liechtenstein www.frauenhaus-schweiz.ch Projeto Resgate ONG que ajuda pessoas que são sexualmente e laboralmente exploradas a retornar ao Brasil www.projektresgate.ch info@projektresgate.ch T.: 044 251 68 50 Tradutores Interculturais Tradutores e intérpretes de várias línguas www.inter-pret.ch AARGAU (AG) Coral Canta Brasil – Promove a cultura brasileira através do canto cantabrasil@gmx.ch T.: 076 572 03 13 BASEL (BS) Ciga Brasil Centro de Integração e Apoio www.cigabrasil.ch info@cigabrasil.ch T.: 061 423 03 47 Brasilea Centro cultural para promover e divulgar a cultura brasileira www.brasilea.com info@brasilea.com T.: 061 262 39 39 Stiftung ECAP Curso de Integração www.ecap.ch jvierkoetter@ecap.ch T.: 061 690 96 19 Ausländerdienst Baselland/ALD Serviço de aconselhamento ao estrangeiro www.auslaenderdienstbl.ch T.: 061 827 99 06

Brasil Infos – Fórum Brasil Suíça www.brasil-infos.ch Grupo Atitude - Grupo que visa apoiar a integração de brasileiros na Suíça info@atitude.ch T.: 031 350 14 35, (5as 14 -17h) Pastoral Brasileira (Missão Católica de Língua Portuguesa) Oferece diversos cursos www.kathbern.ch T.: 079 521 83 21 ISA - Centro de Informações para estrangeiros www.isabern.ch isa@isabern.ch, T.: 031 310 12 72 LIECHTENSTEIN (LI) Verein Casa Brasil – Organização cultural brasileira de eventos e cursos www.casabrasil.li denise@casabrasil.li T.: +423 373 51 11 Suchtprävention Liechtenstein Amt für Soziale Dienste T.: +423 236 72 72 LUGANO (TI) Clube Brasileiro da Suíça Italiana (CBSI) www.clubebrasileiro.ch info@clubebrasileiro.ch T.: 091 922 35 31 SOLOTHURN (SO) CIBRA – Centro Brasileiro de Integração – Associação que visa apoiar a integração através de seminários, workshops e palestras cibra.so@gmail.com T.: 032 685 11 73 ST. GALLEN (SG) Brass – Associação Brasil Suíça de apoio à integração www.verainbrass.ch info@vereinbrass.ch T.: 071 288 43 25 ARGE Integration Ostschweiz – Serviço de aconselhamento ao estrangeiro sekretariat@integration-sg.ch info@integration-sg.ch T.: 071 228 33 99

A VIAGEM NÃO ACABA NUNCA José Saramago A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: “Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. a equipe da linha direta e do conselho brasileiro na Suíça deseja que em 2015 todos nós possamos continuar nossa viagem, refazer nossos caminhos e recomeçar, como a cada novo ano, a cada novo dia.



Rue du Cendrier 19


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