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A falta de EPIs pode fragilizar

R E P O R T A G E M

TEMPOS DE PANDEMIA EXIGEM NOVOS PROCEDIMENTOS NA ROTINA DOS MÉDICOS

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Omédico oftalmologista chinês Li Wenliang aconselhou aos colegas de trabalho, por meio de mensagens do WhatsApp, que tivessem cuidado com um possível surto de doença respiratória grave em 30 de dezembro de 2019. Depois disso, ele foi obrigado pela polícia chinesa a assinar um documento em que se comprometia a não divulgar mais informações sobre a doença.

Esse foi um dos primeiros casos identificados do novo coronavírus, que causou uma pandemia e que, no mundo inteiro, infectou 12,5 milhões de pessoas e provocou a morte de outras 558.089 até o dia 15 de julho de 2020. No Brasil, 1,9 milhão se infectou, e o país registrou 74.133 mortes no mesmo período. Em Minas, houve 82.010 de infectados, com 1.752 mortes.

O novo coronavírus tem a letalidade alta. Dados divulgados pela revista científica The Lancet constatam que, enquanto a gripe influenza apresenta índices de letalidade de 0,03 a 0,3%, os índices referentes ao n-CoV são de 3% a 5%, em 2019, ou seja, quase dez vezes mais que os da influenza.

De acordo com o infectologista mineiro Carlos Starling, membro da Sociedade Mineira e Brasileira de Infectologia e do Comitê de Enfrentamento da covid-19 da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o problema maior é que os sintomas do novo coronavírus são semelhantes aos de uma gripe. Um estudo da OMS, que levou em consideração prontuários de mais de 55 mil chineses que foram infectados pelo coronavírus e morreram, identificou que os sintomas mais comuns foram febre, tosse seca, tosse com catarro espesso, tosse com sangue, falta de ar, dor articular, dor de cabeça, arrepios, náusea ou vômito, nariz entupido, diarreia e olhos inchados. Ainda há casos de pacientes assintomáticos, aqueles que contraem o vírus, mas não manifestam sintomas em nenhum momento.

Como ainda não há vacinas nem tratamento adequado contra o coronavírus, o mais importante é que a população e, principalmente, os profissionais da saúde se protejam para que haja a contenção de uma extrema escalada do coronavírus. O uso de EPIs (máscaras, luvas, óculos, protetor facial, gorros, aventais) é extremamente importante. O contato na linha de frente com pacientes que foram infectados tem causado a contaminação de médicos e outros profissionais da área da saúde. Um levantamento realizado pelo jornal O Globo constatou que, até 21 de maio de 2020, 113 médicos haviam morrido por causa do covid-19. Desses, quatro eram mineiros. Em muitos casos, a falta de EPIs contribuiu para a contaminação das vítimas. Atualizar dados

Dessa forma, o CFM criou um site especial em que médicos podem denunciar a falta de EPIs e até mesmo de material de higiene. Já a falta de anestésicos e relaxantes neuromusculares em instituições públicas e privadas de Minas

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