Jocelyne Aubry
OSAROMASQUECURAM /
GUIA PRATICO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS E SEU PODER DE CURA
Publicações Prevenção de Saúde
Advertência: A presente obra e as opiniões e conselhos nela contidos não devem ser utilizados como meio de diagnóstico médico. Recomenda-se ao leitor que deverá consultar o seu médico ou outro profissional de saúde competente, sempre que tenha necessidade de infomações ou conselhos de natureza médica. Embora tenham sido envidados todos os esforços para verificar a exactidão das informações, opiniões e conselhos veiculados na presente obra, o editor não poderá ser responsabilizado por qualquer deficiência.
Publicado em França sob o título original: Suírir par l' aromathérapie, Editions Fleming - Paris. 1993 Edição Portuguesa com a autorização de IAB - International Authors Bureau Ld. © 1999 - Publicações Prevenção de Saúde, Lda. Todos os direitos reservados para P.P.S. Publicações Prevenção de Saúde, Lda.-tcl: 4828713 pu bsaude@ mail. telepac. pt Tradução de Delta Traduções, Lda - deltatrad@mail.telepac.pt Impressão e acabamento: Rolo & Filhos - Artes Gráficas, Lda Depósito legal n.? 141278/99 ISBN 972-8466-07-2
INTRODUÇÃO
"O sentido do odor situa-se na regiao do cérebro que é considerada como a sede das emoções, podendo assim explicar-se porque é que os odores têm um tal impacto sobre a memória emocional" afirma o Dr. Alan R. Hirsh, médico e director da Smell and Taste Treatment and Research Foundation, nos Estados Unidos. E o Dr. Hirsh sabe do que está a falar. No âmbito de um recente estudo realizado com 989 indivíduos, ele e os seus colaboradores puderam constatar os seguintes factos: .:. As pessoas com idades entre os 61 e os 91 anos associam a sua infância a odores da Natureza, tais como, o feno, as florestas de pinheiros, os cavalos ou o ar do mar. .:. Pelo contrário, os que tinham entre 12 e 61 associavam preferencialmente a sua infância a odores artificiais: plástico, combustíveis de carros ou aviões, canetas de feltro com cheiro intenso, etc . • :. Facto ainda mais significativo, aqueles para quem a infância invocava indubitavelmente odores da Natureza tinham também recordações de infância mais felizes. Nos outros, era exactamente o contrário. Este estudo, como muitos outros (ver o capítulo 1), demonstra até que ponto os odores que nos rodeiam podem ter um impacto decisivo no nosso espírito. E não apenas a curto prazo, mas também a longo prazo.
Os aromas que curam
Odores que curam e ajudam a pensar melhor No entanto, os aromas podem fazer mais do que simplesmente deleitar, seduzir ou enganar! Com efeito, sob a forma de óleos essenciais extraídos de plantas, eles integram-se numa disciplina simultaneamente muito moderna e muito antiga, a aromaterapia. E como poderá constatar ao longo desta obra, as moléculas aromáticas que compõem estes óleos essenciais podem, designadamente: .:. curar e prevenir uma quantidade de doenças e males correntes (ver nomeadamente o capítulo 3) .:. favorecer a concentração, tornando-nos mais eficazes no trabalho .:. acalmar durante o dia ou, inversamente, ajudar a passar à acção .:. permitir-nos adormecer mais facilmente e ter um sono mais profundo - ver como faziam os antigos romanos .:. ajudar a elevar-nos para estados de consciência superiores (meditação, técnica do sonho acordado), melhor do que o incenso .:. combater a hiperactividade e a insónia, nas crianças ou facilitarlhes o estudo .:. integrar-se numa rotina eficaz de cuidados da pele e cabelo .:. conferir uma intensidade nova às suas mensagens .:. etc.
Neste livro, encontrará igualmente um programa completo de desenvolvimento do sentido olfactivo, que lhe permitirá fazer do seu nariz uma "antena" infalível e um órgão de prazer em si mesmo (ver o capítulo 5). Este programa de despertar sensorial ajudá-lo-a a beneficiar ainda mais dos extraordinários efeitos terapêuticos dos óleos essenciais. -4-
Os aromas que curam
Em que medida o despertar do sentido olfactivo pode alterar a nossa vida? Como os longos ecos que ao longe se confundem Numa tenebrosa e profunda unidade Vasta como a noite e como a claridade, Os perfumes, as cores e os sons dão-nos respostas Há perfumes frescos como a pele de uma criança, Doces como o oboé, verdes como as pradarias, E outros, corrompidos, ricos e triunfantes, Com a expressão das coisas infinitas, Como o ãmbar, o almiscar, o benjoim e o incenso Que cantam o enlevo do espírito e dos sentidos" Baudelaire H •••
o domínio dos odores e dos aromas não lhe diz muito? Talvez tenha até dificuldade em imaginar que se possa experimentar com eles, um êxtase ou uma excitação tão forte como quando se ouve música. Tal como muitas pessoas, preferirá com certeza arejar as ideias ouvindo uma boa peça de Bach ou uma canção do seu grupo de rock favorito ... Ou ainda, explorar o mundo do tacto, em manifestações afectivas, ou comer num bom restaurante. Certamente que é sensível aos perfumes e gosta de sentir os odores que provêm da cozinha. E quando alguém lhe dá a cheirar uma flor muito perfumada, dirá, sem dúvida, "Hum, cheira bem!". Mas, no fundo, aqueles perfumes "requintados" não mexem consigo. Serão experiências agradáveis, mas um pouco banais. E que não afectam em nada a sua alma profunda, tal como poderá acontecer com certas obras de arte. No entanto, ao "destapar" o nariz, poderá respirar a atmosfera subtil e rarefacta de uma dimensão sensorial desconhecida da maior parte das pessoas. E poderá "transportar-se" à discrição para o -5-
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paraíso dos aromas, como forma de esquecer os seus problemas quotidianos. A partir daí, pode mesmo intensificar a sua percepção quanto a outras formas de sensação. A sua vida sexual fica assim muito enriquecida. E pode saborear com muito mais prazer os seus pratos e vinhos preferidos. O desenvolvimento do odor está igualmente associado a uma melhor consciência da respiração e a uma maior abertura do "coração". Coincidência significativa, a palavra francesa "sentir" não está igualmente ligada ao mundo das sensações e ao dos odores? De resto, tal como os odores, também os sentimentos são subtis, invisíveis, intocáveis, muitas vezes difíceis de analisar e de descrever.
Do sentido olfactivo ao sexto sentido Desenvolvendo este sentido tão negligenciado - senão mesmo completamente anestesiado pela vida contemporânea - estará então a estimular também esta parte do seu cérebro ligada às imagens e às sensações: o hemisfério direito. Deste modo, o despertar do sentido do olfacto pode igualmente contribuir para nos despertar o sexto sentido. Isto é, a capacidade para captarmos intuitivamente as coisas "com meias palavras", sem ter de, forçosamente, as "ver" ou "tocar". Por outras palavras, "sentirá" melhor o que se pretende fazer ou dizer, levando assim a dianteira em relação àqueles que pretendem primeiro "compreender", antes de agir. Neste sentido, não é verdade que se costuma dizer de um homem de negócios conceituado que ele "tem faro"? E não devemos esquecer que este "instinto" que tanto admiramos nos animais se deve, em grande medida, ao seu sentido do olfacto.
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o exemplo de Richard Wagner De resto, ao despertar este sentido adormecido, pode também fazer a experiência da sinestesia, faculdade bem conhecida de certos artistas como Messiaen, Sibelius ou Baudelaire. Noutros termos, pode aprender a combinar as sensações olfactivas com as percepções auditivas, gustativas, visuais ou tácteis. E assim, a exemplo de Baudelaire, constatar que: "". Os perfumes, as cores e os sons dão-nos respostas". Este despertar do poder sinestético galvanizará igualmente a criatividade - qualquer que seja o domínio artístico ou profissional. Assim, Richard Wagner utilizava frequentemente os perfumes para estimular a sua criatividade musical. Tinha mesmo uma correspondente em Paris que lhe enviava regularmente os últimos perfumes da moda. Diversas cartas trocadas entre Wagner e esta mulher testemunham bem a sua extraordinária paixão pelos perfumes. Porque não fazer o mesmo? Cada um no seu domínio, evidentemente ... Imagine-se, por exemplo, em fase de reflexão sobre a sua próxima transacção. Encontra-se confortavelmente esticado no sofá e respira longamente um perfume ou um óleo essencial de primeira qualidade. Sob acção dos potentes compostos presentes no perfume, esquecerá, pouco a pouco, as suas preocupações. E, neste estado de graça, todos estes factos díspares e caóticos que há pouco lhe enredavam o cérebro, se estruturam agora rapidamente em ordem. Ideias novas começam a surgir. Harmoniosas. Sintéticas. Audaciosas. Agora, já consegue ver claro e sente que encontrou finalmente a solução ...
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Deseja saber mais? Deixamos apenas uma pequena abordagem daquilo que a aromaterapia pode fazer por si. Cabe-lhe agora seguir-me ao longo deste livro, se desejar saber mais acerca dos inúmeros poderes dos óleos essenciais. E se for essa a sua intenção, só me resta desejar-lhe uma boa leitura, esperando sinceramente que este livro o ajude a usufruir ainda por muito tempo dos tesouros aromáticos que abundam no nosso planeta.
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CAPÍTULO 1 O EXTRAORDINÁRIO PODER DOS ODORES Em busca de um sentido perdido Há uns anos atrás, o sacristão da minha paróquia, que também tomava conta do cemitério, surpreendeu um cão a escavar em cima da campa do seu dono. Este havia descido à terra no dia anterior. O diligente cão tinha identificado o odor da pessoa que lhe era querida e tentava reencontrá-lo. Esta pequena história diz-nos muito acerca da acuidade olfactiva dos nossos amigos animais. O nariz deles é muito mais desenvolvido que o nosso. Se a evolução da espécie humana se caracteriza, acima de tudo, por um notável desenvolvimento do neo-córtex, este desemvolvimento parece ter enfraquecido um pouco alguns dos nossos sentidos. O odor, em particular. O ser humano já não tem, visivelmente, o nariz que tinha. Graças ao seu nariz, os nossos antepassados - não tão longínquos como isso - eram capazes de seguir o rasto de um animal ou de um inimigo, vários dias após a sua passagem. Os Ameríndios conseguiam detectar o odor de um cadáver até ... quinze quilómetros em redor. Mais perto de nós, os médicos do princípio do século, à falta de equipamento mais adequado, recorriam muitas vezes ao seu olfacto para diagnosticarem uma doença.
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Com efeito, cada doença é caracterizada por um odor particular. Uma febre tifóide, por exemplo, confere um odor insípido e desenxabido. Um reumatismo agudo exala um odor ácido. Uma nefrite aguda cheira a curtumes. O cancro imana um odor nauseabundo. Conta-se, a este respeito, que quando Freud foi atingido pelo cancro da garganta, o seu cão se recusava obstinadamente a aproximar-se dele, tal era o mau cheiro do seu dono. De uma maneira geral, quanto mais infecciosa é a doença, mais pronunciado se torna o odor da pessoa atingida. Paralelamente, quanto mais potente for a qualidade anti-séptica do óleo essencial, mais acentuado será o seu odor. Para além de desinfectar, o óleo essencial encobre o odor desagradável da doença. Mas não são apenas as doenças que ... deitam cheiro. O seu humor pode igualmente ser medido através do nariz. Os investigadores constataram que uma pessoa de bom humor exala um odor mais agradável do que uma pessoa antipática. Os animais sabem distinguir estas subtilezas melhor do que nós. Assim, o odor de uma pessoa amedrontada pode levar um gato ou um cão a atacá-la. Ao contrário, o de uma pessoa calma e serena atrai a simpatia dos animais. Podemos assim imaginar que S. Francisco de Assis deveria cheirar muito bem.
Porque nos influenciam os odores: factos reais Embora o nosso olfacto já não seja assim tão apurado como o dos nossos antepassados, conserva, todavia, uma qualidade de percepção bastante surpreendente. Se o leitor for dotado de um olfacto médio, poderá reconhecer entre 100 e 200 odores diferentes. Será igualmente capaz de detectar o odor de uma única gota de perfume numa casa inteira! E isto graças aos seus 10 milhões de cílios olfactivos que se renovam diariamente. - 10 -
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Em contrapartida, o perfumista deverá ser capaz de distinguir entre vários milhares de odores. Os olfactos mais apurados poderão distinguir até 4000 ou 5000. Mas isso exige vários anos de trabalho. No entanto, apesar da posição "proeminente" que o nariz ocupa no rosto, continua a ser ainda bastante desconhecido. Os investigadores sabem muito menos acerca do nariz do que acerca dos olhos ou dos ouvidos, por exemplo. Porém, uma série de factos são já conhecidos:
É aos vinte anos de idade que o olfacto apresenta maior acuidade. Dos cinco sentidos, é o olfacto que se deteriora menos com o envelhecimento. Regra geral, as mulheres são dotadas de melhor olfacto do que os homens. Sabe-se igualmente que 1,2 da população sofre de anostomia completa (quer dizer, a incapacidade total para sentir odores). E uma percentagem variável não consegue identificar certos odores específicos. Há certos cheiros que só podem ser captados por certos grupos de indivíduos. O exaltolido, por exemplo, uma substância utilizada como fixante em perfumaria, só é devidamente apercebido por certas mulheres púberes.
Porque não se deve hesitar em "enterrar o nariz no prato" Um pouco extraordinariamente, é em grande parte graças ao nariz que se consegue saborear os alimentos. Lembre-se da última grande gripe que sofreu. Recorda-se como a comida lhe parecia tão insípida? De resto, uma pessoa anostómica torna-se, muitas vezes, anoréctica. Sem os odores que os caracterizam, os alimentos ficam sem sabor. Os únicos sabores perceptíveis são ainda o do açúcar e do sal, do amargo e do ácido. Comer torna-se então uma actividade muito monótona. - 11 -
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Do nariz ao sexo Os odores desempenham também um papel importante na sobrevivência da espécie e na sua vida sexual. Os odores diferem de um sexo para o outro. Enquanto que a transpiração masculina exala um odor mais acre, a das mulheres evoca os produtos lácteos. Além disso, algumas das hormonas odoríferas que produzimos, as feromonas, são afrodisíacas. Elas indicam às pessoas que o rodeiam que o seu emissor se encontra com disposição favorável para o acto sexual. Uma mulher na sua fase fecunda produz mais feromonas e, por isso, torna-se assim mais atraente. A secreção de feromonas aumenta igualmente durante os jogos amorosos. É difícil comprovar até que ponto os odores influenciam a nossa vida amorosa mas, muitas vezes, atribui-se a sensação de "amor à primeira vista" ao odor exalado pelo ente querido. Daí que não tenha fica minimamente surpreendido com esta pequena história que me foi contada, um dia, por um amigo. O amigo em questão estava perdidamente apaixonado por uma mulher. Infelizmente, a sua paixão não era correspondida e, assim, o meu amigo viveu uma grande decepção. Mas eis que, um dia, pouco depois de me haver contado a sua história, ele mete a mão (ou deveria talvez dizer, o nariz) num sabonete cujo odor era exactamente o mesmo que o da mulher tão cobiçada. Compreendeu então que era do odor em questão que ele se havia tão perdidamente apaixonado. Assim, comprou o sabonete e esqueceu a mulher. Os odores corporais não influenciam apenas o sexo oposto. Tive várias vezes ocasião de observar que, quando me acontece compartilhar um mesmo apartamento com outras mulheres, os ciclos menstruais de cada uma delas tendem a sincronizar-se.
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Um curioso costume que se verifica no Tirol celebra, sem pudores inúteis, o extraordinário poder afrodisíaco de certas secreções. Com efeito, em certas danças, os tiroleses cheiram frequentemente ... as axilas. Como que para se inebriarem de hormonas sexuais e, assim, redobrarem de frenesim enquanto dançam.
Nos animais, a acção das feromonas desempenha um papel igualmente importante. Graças a estas hormonas sexuais, certas borboletas macho reagem a uma fêmea com cio até 25 km em redor. Um touro consegue, farejando o ar, detectar uma vaca com cio na outra ponta de um prado. Antes de a fecundar, ele irá primeiro lamber a sua vulva para se assegurar que não se enganou na fêmea. Muitas vezes, as feromonas animais aproximam-se muito das produzidas pelos seres humanos. Não será, portanto, de surpreender que os perfumistas utilizem habitualmente secreções animais na confecção dos seus perfumes (como é, entre outros, o caso do almiscareiro e do âmbar cinzento).
E se faz parte do grupo daqueles a quem os perfumes inebriam ao mais alto nível, não ficará decerto surpreendido ao tomar conhecimento que, no hipotálamo, o centro dos odores se encontra situado justamente ao lado do centro ... do orgasmo. Isto explica bem o porquê de os perfumes desempenharem um papel tão importante nos jogos de sedução. Conta-se que o célebre pintor Salvador Dali, costumava esfregar os seus bigodes com ... excrementos de bode. Há quem afirme que este odor característico poderia talvez explicar o sucesso louco que ele tinha junto das mulheres.
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Provas científicas e aplicações nos locais de trabalho Diversas investigações recentemente realizadas demonstram claramente que os odores que respiramos afectam de forma significativa as emoções e as capacidades intelectuais. Neste sentido, na Universidade de Cincinnati, o Dr. W. Dember, e o Dr. J. Warm, comseguiram provar que determinados odores podem aumentar o grau de vigilância e o desempenho dos indivíduos. Os indivíduos que participaram nesta investigação foram submetidos a um teste de 40 minutos. Tinham de ver uma cassete de vídeo e carregar num botão, logo que aparecesse uma sequência dada. No decurso desta experiência, alguns dos indivíduos recebiam um odor de menta ou de lírio-do-vale, através de uma máscara de oxigénio. Os outros receberam somente oxigénio. A experiência demonstrou que os indivíduos que respiraram as fragrâncias de menta e de lírio-do-vale obtiveram melhores resultados no teste. E isto, numa proporção de 25. Uma experiência idêntica foi levada a cabo no Japão. Treze operários da "Shimizu, Boston Subsidiary, S. Technology Center America, Inc.", foram submetidos a observação no seu local de trabalho, oito horas por dia, durante um mês. Esta experiência tinha como objectivo o estudo da influência dos diferentes odores propagados através do sistema de ventilação: Durante as horas em que o sistema de ventilação difundiu aromas de alfazema, os erros diminuíram em 21 . Durante as horas em que o sistema difundiu aromas de jasmim, os erros diminuíram em 33. E quando o sistema difundiu odores de limão, os erros diminuíram 54. Além disso, os trabalhadores afirmaram que se sentiam bastante melhor no seu local de trabalho com a presença destes perfumes agradáveis na atmosfera. Houve quem depressa se apercebesse de todo o potencial destas investigações e desenvolvesse esforços no sentido de as aplicar nos locais de trabalho. - 14 -
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Assim, M. Vladimir Sirnrnoff, investigador da Universidade Laval, no Quebeque, concebeu um sistema de purificação do ar. Este sistema, destinado aos edifícios, difunde substâncias voláteis de pinheiro balsameiro. No Japão, um crescente número de empresas utiliza estes sistemas. Uma determinada empresa perfuma o ar dos seus escritórios com odores diferentes, de acordo com a hora do dia. De manhã difunde odores de limão, a meio do dia, odores de flores e perto do fim da tarde, odores de bosque. Esta é, aliás, uma forma excelente de começar a experimentar os efeitos dos óleos essenciais. Todos poderão facilmente fazê-lo na "intimidade" dos seus escritórios. Não é necessário o uso de aparelhagem sofisticada. Um pequeno difusor simples, que não é muito dispendioso, será suficiente. Depressa verá surgir seguidores entre os seus colegas de trabalho.
Os malefícios dos maus odores
o cheiro das destilarias de óleos essenciais, de torrefacções de café ou do fabrico de perfumes, incluem-se entre os cheiros mais desagradáveis. Se os odores agradáveis trazem bem-estar, podem efectivamente tornar-se insuportáveis, quando em concentrações elevadas. Quanto aos maus odores, eles afectam as funções digestivas e respiratórias. As pessoas que sofrem de asma ou de enfisema e as crianças, são particularmente afectadas por estes últimos. Para além do mais, não se pode esquecer de que, se estiver constantemente exposto a maus odores, o seu sentido olfactivo COlTe o risco de se deteriorar. Uma varredora de ruas conta que sentiu tonturas e náuseas durante mais de dois meses, quando começou o seu trabalho. Após decorrido algum tempo, o cheiro já não a incomodava. De facto, ela já não o sentia. Da mesma forma, qualquer pessoa que fume ou esteja rodeada de grandes fumadores, "tolera" - 15 -
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melhor os maus odores. Contudo o seu olfacto está a atrofiar-se ou a "perverter-se" cada vez mais, sem dar por isso. Felizmente, a situação não é irreversível. Ao contrário das pessoas que sofrem danos permanentes no ouvido, em virtude de uma exposição prolongada a ruídos "maus", o nariz pode sempre ser reeducado. Desde que, obviamente, deixe de se expor com tanta frequência à acção dos maus odores.
Desconfiem das aparências! Não são só os maus odores que são prejudiciais. Existem igualmente, bons odores que se podem classificar como enganadores. Atendendo ao preço substancialmente elevado dos perfumes naturais (as essências de rosa e de jasmim contam-se nesta lista), os industriais criaram uma grande variedade de imitações sintéticas dos perfumes florais. Estes sucedâneos químicos estão ornnipresentes nos produtos de uso corrente. Encontram-se nos cosméticos, nos sabões e detergentes, nas fraldas, nos tampões, no papel higiénico, nos lenços de papel, etc. São mesmo acrescentados às borrachas utilizadas no fabrico de brinquedos para crianças. Há pouco tempo, comprei uma boneca para a minha filha. Ao abrir a caixa, um forte odor de rosas invadiu o quarto. Os produtos químicos que entram na composição deste género de perfumes sintéticos são, por vezes, irritantes e uma fonte de reacções alérgicas. Tal é em particular, o caso dos desodorizantes para a casa, os quais contêm produtos tais como o cloro, o amoníaco e o formaldeído. Tais produtos não destroem os odores, antes revestem a parede nasal com uma fina película de óleo, o qual vai inibir a função olfactiva. Alguns produtos anestesiam, literalmente, os tecidos olfactivos. Uma especialista (Daniêle Ryman, "Le Manuel d' Aromathérapie", Editions Souffles, p. 23) afirma que estes desodorizantes
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lar sobre um magnífico campo de alfazema. Em letras gordas, encontrava-se escrito: "Sinta o ar da Europa". Em letras mais pequenas: "Respire o perfume dos Verões europeus, raspando delicadamente este cartão". Ao raspar o canto indicado, um doce odor de alfazema desprendia-se da folha. Se o odor da mercadoria é por vezes, claramente identificável, pode igualmente aparecer de forma muito subtil. Contudo, não é por isso que se revela menos eficaz. Fala-se então de odores subliminares, que se dirigem directamente ao inconsciente. Desta maneira, o produtor defende-se quanto a levantar suspeitas no cliente.
"O perfume era tão divinamente bom que as lágrimas chegaram de imediato aos olhos de Baldini. Não precisava de fazer qualquer teste; limitou-se a ficar em pé, diante da mesa de trabalho, onde se encontrava a garrafa de mistura e aspirou. O perfume era magnífico. Comparado a "amor e Psique" assemelhava-se à diferença entre uma sinfonia e o arranhar de um violino desafinado. Baldini fechou os olhos e sentiu-se invadido pelas mais sublimes recordações. Viu-se, ainda novo, a atravessar, de noite, os jardins de Nápoles; viu-se nos braços de uma mulher de caracóis negros e divisou os contornos de um ramo de rosas no parapeito de uma janela, acariciado pela brisa nocturna; escutou o canto prolongado das aves e a música longínqua de uma taberna do porto; escutou um murmúrio ao ouvido, escutou um "amo-te" e sentiu como nesse mesmo instante a pele se lhe arrepiava! Abriu bruscamente os olhos e soltou um enorme suspiro de prazer. Este perfume não se assemelhava a nenhum até aí existente. Não era um perfume destinado a fazer com que se cheirasse melhor, nem uma qualquer água-de-colónia. Era algo de inteiramente novo, capaz de criar por si todo um universo, um universo maravilhoso e luxuriante e logo se esquecia o que o mundo à volta possuía de repugnante. Uma pessoa sentia-se rica, livre e boa ...
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podem, em certos casos, provocar alergias tão graves como as queimaduras solares. Estes aerossóis não serão certamente, o melhor meio para purificar o ar da sua casa. Mesmo sabendo que, temporariamente, eles camuflam os maus odores. Terá toda a vantagem em substituilos por óleos essenciais, que poderá facilmente difundir no seu apartamento.
o seu nariz prega-lhe partidas? Se o seu nariz lhe presta frequentemente um serviço fidedigno, ele poderá também induzi-lo em erro. No seu livro "A la Découverte des Parfums", C. D' Astous aborda este facto que é, no rninimo, surpreendente. Os vendedores de automóveis pulverizam por vezes, nos seus automóveis usados, um perfume que imita o odor que emana de um carro novo. O cliente, que rapidamente associa o odor a um "carro novo", ficará mais tentado a optar pela compra. É verdade, o poder dos odores é tal que pode influenciar o comportamento dos consumidores - e muitas das vezes, sem dar por isso. Um dos primeiros estudos consagrados a esta questão remonta aos anos quarenta. Neste estudo, os investigadores dividiram uma produção de meias de nylon em três lotes. À vista e ao toque, todos os lotes eram rigorosamente idênticos. Um lote foi então perfumado com odor de frutos, outro com odor de flores e o último foi deixado intacto. O teste demonstrou claramente que o lote de meias perfumado com odor de flores foi o mais popular. Para além disso, é muitas das vezes através do olfacto que os industriais tentam seduzir os seus clientes. Perfuma-se quase tudo. Até as páginas publicitárias. E não somente aquelas que anunciam perfumes, como acontece mais frequentemente no caso das revistas de moda. Assim, recentemente, apareceu na revista "Elle", uma publicidade referente aos automóveis da BMW. Nessa página, via-se um BMW a circu- 17 -
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CAPÍTULO 2 A AROMATERAPIA ATRAVÉS DOS TEMPOS E DAS CIVILIZAÇÕES A. À descoberta de uma superfitoterapia Como forma de exame final em ervanária, um professor pediu aos seus alunos que se dirigissem aos campos e trouxessem algumas variedades de plantas que não possuíssem quaisquer poderes terapêuticos. Após dois dias de buscas, todos os alunos, à excepção de um, regressaram com os seus achados. Ao fim de cinco dias, o aluno em falta regressou com as mãos vazias e o semblante triste. O professor dirigiu-lhe um amplo sorriso e disse-lhe: "Você é o único aluno qualificado para prosseguir os estudos." Tal como esta velha história chinesa bem ilustra, a natureza oferece uma extraordinária riqueza em plantas terapêuticas. Contudo, entre todas as plantas que possui à sua volta, o ser humano rapidamente constatou que algumas eram mais aromáticas do que outras. Os homens, tal como as mulheres, aperceberam-se rapidamente de todos os benefícios que poderiam retirar do odor dessas plantas, para intensificar o seu poder de sedução. O que de qualquer forma; era lógico, uma vez que muitas de entre elas utilizam os seus odores aromáticos para "seduzir" os insectos polinizadores. (De notar, no entanto, que paradoxalmente, muitas plantas empregues na perfumaria possuem um aroma que, no seu estado natural, servirá - 19 -
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mais para repelir os insectos. Estas plantas têm um sistema de reprodução diferente.) Com o correr do tempo, começaram a empregar-se diversos processos (ver mais à frente), para conservar e concentrar as moléculas odoríferas destas plantas. E assim nasceu a utilização dos perfumes. Por outro lado, os bons cozinheiros desses tempos imemonais, notaram também que outras plantas aromáticas se integravam bastante bem nos alimentos. Por acção da cozedura, estas plantas libertavam a sua essência aromática. Elas podiam igualmente intensificar ou alterar para melhor o sabor natural dos alimentos. São as chamadas "ervas aromáticas", que se utilizam ainda todos os dias na preparação das refeições. É o caso nomeadamente, da salsa, da mostarda, da salva, do manjericão, etc. No entanto, o ser humano constatou também que, ao extrair a essência odorífera das plantas aromáticas, poderia igualmente tratar diversos problemas de saúde ou "cuidar" da sua aparência exterior. E, muitas vezes, com um resultado melhor do que o obtido com as plantas no seu estado natural. Daí nasceu o que hoje denominamos de aromaterapia, que é de facto, uma espécie de superfitoterapia. Tudo indica que foi no Egipto e na China que a aromaterapia apareceu inicialmente. Se conhecemos poucas coisas sobre a aromaterapia chinesa, o contrário se passa com a aromaterapia que se praticava no Egipto. De facto, vários documentos egípcios atravessaram os séculos para chegar até nós. O mais antigo remonta a 4500 anos antes A.c.
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B. O Egipto antigo : berço da aroma terapia Desde a mais remota antiguidade, os Egípcios sabiam já como extrair os óleos essenciais. Eles empregavam extractos de plantas em domínios tão variados como a farmacologia, a astrologia, a perfumaria, a cosmética e o embalsamamento. Mas os perfumes tinham, sobretudo, uma vocação ritual e deles se serviam abundantemente nas cerimónias religiosas. Os antigos egípcios utilizavam em particular a mirra, a madeira de cedro, a amêndoa amarga, o hena, o coentro, mas também, muitas outras plantas. Para extrair os aromas destas plantas, conheciam já três métodos ainda hoje utilizados nos nossos dias: a maceração, a extracção e uma forma arcaica de destilação.
1 A maceração: Os egípcios deixavam mergulhadas em vinho ou em óleos, sementes, raízes, cascas, resinas ou flores. Após um determinado período de tempo, o líquido absorvia os princípios solúveis.
2 A extracção: Este método muito mais complexo, consiste em espalhar sobre uma substância gorda, pétalas de flores ou folhas. Como substâncias gordas, os egípcios utilizavam camadas de sementes de sésamo. As substâncias odoríferas das pétalas e das folhas eram assim transmitidas às sementes de sésamo.
3 A destilação: Para obter o óleo de madeira de cedro, os egípcios recorriam a uma forma arcaica de destilação. Aqueciam a casca do cedro em vasos de argila cobertos com uma rede em fios de lã. Ao aquecer, a c.asca libertava um vapor que embebia a lã. Para obter a essência bastava então espremer ou torcer essa lã. - 21 -
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Os perfumes dos deuses Os grandes sacerdotes foram os primeiros a utilizar os óleos essenciais. Instalavam os seus laboratórios nos templos e aí criavam os elixires para as suas divindades. Cada deus tinha um ou mais perfumes "pessoais" que os sacerdotes queimavam em cerimónias religiosas. Alguns perfumes serviam para honrar a divindade, outros para solicitar uma concessão e outros para agradecer uma graça alcançada. Na cidade do Sol, três vezes por dia, homenageava-se o deus Ra. De manhã, queimava-se resina, ao meio-dia mirra e ao pôr-do-sol, kuphi (ou kyphi). O kuphi era composto por dezasseis substâncias diferentes. De acordo com Loret, químico francês, tratava-se principalmente, de cálamo, cássis, canela, menta, citronela, pistácios, "convulvus scoparius", zimbro, acácia, hena, chipre, "resina", mirra e uva. Plutarca afirmava que o odor deste perfume "dá uma sensação de bem-estar e de calma, o espírito vagueia e atinge-se um estado de felicidade próximo do sonho, como se escutássemos uma bela música". Ao favorecer um estado de consciência alterado, o kuphi trazia igualmente um estado de vigilância acrescido. É por isso que os grandes sacerdotes e os faraós o aspiravam antes de meditar. Plutarca menciona igualmente que o kuphi favorecia o sono, combatia a ansiedade e proporcionava sonhos mais nítidos. As receitas dos sacerdotes eram mantidas muito bem guardadas. Quando um perfume estava pronto, era imediatamente colocado em vasos de grande valor.
A paixão da rainha Hatchepsout As famílias reais apreciavam igualmente as essências das plantas. A rainha Hatchepsout, uma das raras mulheres egípcias que acedeu ao poder, entre 1490 e 1468 A.C., nutria uma verdadeira paixão pelos perfumes e os cosméticos. Durante o seu reinado, o comércio das resinas e das especiarias conheceu uma expansão sem precedentes. - 22 -
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Foi também sob a sua influência que as mulheres egípcias adoptaram a maquilhagem dos olhos tão característica do antigo Egipto.
A aromaterapia ao serviço do povo Se a utilização das essências das plantas foi, antes de mais, apanágio dos grandes sacerdotes e das famílias reais, em breve seria difundida no seio do povo. A literatura, as pinturas e as esculturas da XVIII dinastia, demonstram que a aromaterapia conheceu então uma época muito "florescente" . Os egípcios aprofundaram em maior grau os seus conhecimentos acerca das plantas. Descobriram-lhes novas propriedades medicinais. Elaboraram novos perfumes, óleos de massagens e diversas pomadas para os cuidados da pele e do corpo. As mulheres egípcias tinham igualmente concebido um método contraceptivo surpreendente. Introduziam uma mistura de acácia, coloquíntida, tâmaras e mel na vagina. A fermentação deste preparado produzia um excelente espermicida. As fragrâncias florais não se destinavam apenas às mulheres. Os homens do Egipto também gostavam de se perfumar. Um dos seus métodos consistia em colocar um cone de unguento aromático sobre a cabeça. Ao derreter, o unguento propagava-se por todo o corpo.
A acção dos óleos essenciais prolonga-se mesmo para além da morte Graças ao seu grande conhecimento das plantas, os egípcios souberam conservar os corpos defuntos dos seus faraós, durante mais de 3000 anos. Um texto de Heródoto ensina como faziam os embalsamadores para obter tais resultados. - 23 -
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Antes de mais, o embalsamador esvaziava o crânio. Para fazê-lo, introduzia numa narina um tubo de ferro, que tinha uma das extremidades dobrada. Logo que o crânio ficava vazio, ele injectavalhe uma solução de ervas aromáticas e solventes vários. De seguida, fazia uma incisão no ventre. Retirava os intestinos, os quais limpava e passava por vinho de palmeira e aromas triturados. Seguia-se o enchimento da cavidade abdominal com mirra pura, canela e outros perfumes. Em seguida, o corpo era mergulhado em "natrum" durante 70 dias. Após o que o embalsamador o lavava e envolvia em ligaduras embebidas em "comi". O "comi" era um preparado à base de resinas e de essências aromáticas. Concluído o embalsamamento, o corpo era devolvido à família, numa sobreposição de cofres de madeira. Se se tratasse de um grande sacerdote ou de um faraó, o trabalho do embalsamador podia durar até seis meses. Para as gentes de condição mais humilde, o embalsamamento era bastante menos elaborado. Neste caso, injectava-se óleo de cedro na cavidade abdominal ainda com os vísceras. Deixava-se repousar o corpo numa solução salina, durante 70 dias. Retirava-se o óleo do ventre e entregava-se o corpo à família.
Os Óleos Essenciais na Grécia antiga "Quando revestem a vossa cabeça de perfume, este espalha-se pelo ar e somente as aves o podem apreciar; se pelo contrário, eu perfumar os meus membros inferiores, o perfume envolve o meu corpo inteiro, subindo até ao nariz". Diógenes Aquando da sua conquista do Egipto, por volta do ano 332 A.c., Alexandre o Grande fundou o célebre porto de Alexandria. Este porto tornar-se-ía um ponto de passagem determinante para o comércio de especiarias. - 24-
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Esta conquista permitiu igualmente aos gregos tomarem conhecimento do vasto saber egípcio sobre a arte dos perfumes. Tal foi o suficiente para que a aromaterapia se expandisse por toda a Grécia. Em Atenas, toda a gente se perfumava. Teofrasto afirmava que cada uma das partes do corpo da mulher necessitava de um perfume diferente. Sócrates acabou por condenar este costume, alegando que, se os escravos estivessem perfumados, se tornaria impossível distingui-los do homem livre.
Os perfumes que curam Embora fosse, evidentemente, a conquista do Egipto que levou os gregos a iniciarem-se na arte dos perfumes, a mitologia grega atribui, todavia, esta descoberta às suas divindades. Segundo uma lenda, teria sido iEone, uma ninfa de V énus, quem transmitiu este conhecimento aos homens. Uma outra lenda, diz que Asclépio (Esculápio), deus da medicina e filho de ApoIo, teria nascido em Epidauros. Este lugar tornar-se-ia, mais tarde, uma cidade célebre pelos seus numerosos centros de cura e pelos seus banhos terapêuticos. Na Grécia, eram as sacerdotisas que prestavam os cuidados. Elas conheciam bem os perfumes. No templo de Asclépio, podia-se aliás ler as receitas desses perfumes, inscritas em placas de mármore. De facto, à semelhança dos sacerdotes egípcios, as sacerdotisas de AscIépio conheciam as propriedades medicinais dos óleos essenciais. Deste modo, o "megaleion", perfume de aroma requintado, era utilizado para reduzir as inflamações da pele e curar as feridas.
D. Da Idade Média até aos nossos dias Os alquimistas e os ervanários da Idade Média, interessaram-se vivamente pelos óleos essenciais. Nos seus laboratórios secretos, efectuavam pesquisas extraordinárias sobre as essências das plantas. - 25 -
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Os seus vastos conhecimentos neste domínio deram lugar a uma disciplina particular, a espagíria. Esta disciplina aplicava os princípios da alquimia na preparação de substâncias medicinais. Sobreviveu "encapotada" até aos nossos dias. Aliás, muitos laboratórios europeus produzem medicamentos espagíricos que, em determinados aspectos, se assemelham aos óleos essenciais. Também as feiticeiras conheciam bastante bem as diferentes virtudes das plantas medicinais. Os seus conhecimentos eram de tal forma vastos que Paracelso, um dos pais da medicina moderna, declarou um dia ter aprendido tudo com as "feiticeiras". Mas a Igreja declarava que a prática médica destas "mulheres sábias" não passava de feitiçaria e magia negra. Muitas delas foram então queimadas vivas em fogueiras, por terem persistido em assim tratar os que as rodeavam. Para além disso, as novas escolas de medicina viriam ocupar totalmente o seu lugar. E foi assim que a arte de curar, que tinha sempre sido exercida pelas mulheres, se tornou um mister do foro reservado aos homens. Todo um imenso saber medicinal penaria assim na sombra do esquecimento, para, felizmente, voltar de novo à superfície na nossa época. Um pouco por todo o lado, vemos entretanto ressurgir algumas práticas inspiradas na aromaterapia. Assim, no século XVII, aquando de uma epidemia de peste, o médico do rei de Inglaterra, Carlos lI, sugeriu que se desinfectassem as casas, mandando queimar dentro delas essências aromáticas.
As cruzadas e a perfumaria moderna As cruzadas da Idade Média desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da ciência dos perfumes. Como é do conhecimento geral, os valorosos cruzados não avançavam animados apenas pelo espírito da Santidade. A "rota dos - 26 -
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cruzados" rapidamente se transformaria na "rota das especiarias". Tratava-se de facto, de uma sucessão de postos comerciais onde os europeus do Ocidente trocavam alimentos, vestuário e metais, por especiarias aromáticas, essências e unguentos perfumados provenientes do Oriente. Foram igualmente as cruzadas que trouxeram a arte da destilaria, aprendida com os Árabes, e a deram a conhecer à Europa Ocidental.
Os perfumes nobres No início do século XII, o rei Filipe Augusto concedeu aos perfumistas a permissão para exercerem os seus talentos. Antes de serem reconhecidos como tal, os aprendizes deviam estudar durante quatro anos a arte dos perfumes. No século XIII, os mestres luveiros receberam permissão para perfumarem o couro das luvas e para se dedicarem ao comércio dos perfumes. Este comércio rapidamente se tornou um dos mais prósperos. No reinado de Luís XIV, o uso dos perfumes pelos nobres tornouse uma verdadeira loucura. A tal ponto que o rei acabaria por decidir interditar completamente o seu uso. Mas o gosto pelos perfumes triunfou sobre a interdição. No século XVI, as cidades de Grasse, MontpeIlier e Narbonne eram conhecidas em toda a Europa pelo número e a qualidade das suas perfumarias. Nesta época, a higiene diária resumia-se a certas abluções matinais superficiais e a uma "perfumagem" magistral. As pessoas acreditavam que a transpiração e a sujidade constituíam como que uma capa protectora, que as protegia da doença, uma vez que os médicos continuavam a defender que as doenças se transmitiam pelos odores. Estas últimas infiltrar-se-iam nos orifícios do corpo e nos poros da pele. - 27 -
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Perfumar-se constituía, assim, uma protecção suplementar. Com efeito, os odores perfumados que envolviam uma pessoa, constituíam uma bolha olfactiva. Essa bolha impedia que se sentissem os maus odores vindos do exterior. Perto do final do século XVI e no início do século XVII, conhecia-se uma centena de essências diferentes: a amêndoa amarga, a canela, a camomila, o coentro, o cominho, o gengibre, o louro, o funcho, o orégão, o incenso, a alfazema, o cedro, a salva, a rosa, a almécega e o zimbro, etc.
o desaparecimento dos óleos essenciais autênticos As grandes agitações políticas do início do século afectaram profundamente o mercado dos óleos essenciais. Com efeito, a descolonização de vários países tornou praticamente impossível a produção de óleos essenciais de qualidade, a preços acessíveis. Não estando disponível a mão-de-obra barata, os produtores foram obrigados a industrializar-se. De onde decorreu um inevitável acréscimo dos custos de produção e do preço de venda dos óleos essenciais. Nesta conjuntura, os fabricantes pouco escrupulosos não hesitaram em falsificar os produtos para rentabilizar a sua empresa e manter os seus preços bastante baixos. Por outro lado, alguns laboratórios começaram a produzir e a oferecer substitutos sintéticos de várias essências. Como estes eram menos dispendiosos, muitos produtores perderiam assim o interesse pelos óleos essenciais naturais, para se dedicarem a estes substitutos sintéticos. Resultado: actualmente, os óleos essenciais autênticos, de boa qualidade e a um preço acessível, são bastante difíceis de encontrar.
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E. O regresso dos óleos essenciais e o nascimento da aroma terapia moderna Devemos ao francês R.-M. Gattefossé (1881-1950) o ressurgir da popularidade que hoje conhece a aromaterapia. Aliás, foi ele que criou a palavra "aromaterapia" para designar o uso dos aromas com fins terapêuticos. Devemos igualmente bastante ao médico francês, Jean Valnet, cujas numerosas pesquisas contribuíram largamente para assegurar a credibilidade da aromaterapia, tanto junto dos médicos como junto do grande público. De resto - facto significativo - em França, os óleos essenciais são actualmente reembolsados pelo Estado. Não obstante, embora possamos dizer sem exagerar que a aromaterapia "cresceu" em França, temos de admitir que ela está actualmente em vias de "florescer" de uma forma magnífica um pouco por todo o mundo e, mais particularmente, na Alemanha, nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Japão. O futuro nos dirá se a França poderá conservar a sua hegemonia neste domínio. Mas uma coisa é certa: tudo indica que a aromaterapia será a fitoterapia do século XXI.
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CAPÍTULO 3 AS INCRÍVEIS PROPRIEDADES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS A. Porque é a aroma terapia tão eficaz? À luz de pesquisas recentes, a aromaterapia apresenta-se cada vez mais como uma disciplina intermédia entre a antiga fitoterapia e a moderna farmacologia. Tal como já foi acima referido, poderemos mesmo afirmar que a aromaterapia é uma espécie de superfitoterapia. Mas em quê exactamente? Antes de mais, porque oferece as vantagens das correntes tradicionais e modernas, sem no entanto, ter os inconvenientes.
A questão do princípio activo Nos meios médicos, costuma-se olhar para a fitoterapia com superioridade. Contudo, uma série de medicamentos modernos são provenientes das plantas. Assim, a célebre aspirina provém da casca do salgueiro branco, a qual se utiliza desde há já muito tempo, como analgésico. E poder-se-iam citar ainda muitos outros exemplos. Com efeito, 700 das 2500 plantas medicinais conhecidas são utilizadas pela medicina oficial. Contudo, na maior parte das vezes, a indústria farmacêutica moderna não se contenta em utilizar as plantas no seu estado natural. Tal não seria, efectivamente, muito rentável.
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É por isso que, numa primeira fase, os investigadores analisam as plantas consideradas eficazes, para isolar o princípio activo. (Assim, no caso da aspirina, por exemplo, é o ácido acetilsalicílico que é verdadeiramente eficaz). Depois, numa segunda fase, são criados análogos químicos, que reproduzem os efeitos do princípio activo. É então fácil concentrar o equivalente químico do princípio activo, sob a forma de pílulas ou de comprimidos pouco dispendiosos, a produzir em grande escala. Nesta fase, o medicamento irá produzir um efeito mais poderoso que a planta medicinal original, o que é normal. Numa só pílula, a concentração em princípios activos equivale, talvez, a vários quilos dessa mesma planta.
Mas há sempre o reverso da medalha ... Não obstante, ao privilegiar desta forma os princípios activos, a farmacologia moderna expõe o doente a vários efeitos secundários negativos. Tal é o caso nomeadamente, da aspirina, quando utilizada com frequência. No que diz respeito aos outros medicamentos, as consequências a longo prazo são efectivamente imprevistas e danosas, tal como no caso dos medicamentos anti-psicóticos, muitos deles inventados a partir de investigações realizadas sobre a Rauwolfia serpentina, uma planta utilizada tradicionalmente para aliviar as doenças mentais. E isto, mesmo apesar do rigor do protocolo experimental. Porque é que isto acontece? Muito simplesmente porque, no seu estado natural, a planta medicinal oferece, para além do princípio activo, ingredientes neutros ou secundários que equilibram a acção determinante do princípio activo. Dito isto, torna-se necessário reconhecer que a terapia através de plantas não oferece as mesmas garantias de eficácia directa e imediata. Aos olhos dos nossos contemporâneos demasiado apres- 32 -
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sados, sejam eles médicos ou doentes, a sua acção poderia mesmo parecer desesperadamente lenta. Pretendemos sempre a "fórmula 1" farmacêu ti ca.
Um concentrado equilibrado É neste sentido que a aromaterapia se situa no cruzamento dos caminhos. Tal como a moderna farmácia, ela oferece um concentrado (mêsmo muito denso) de princípios activos, que são, ao mesmo tempo, um concentrado de elementos secundários equilibrantes. Usado com ponderação, um óleo essencial será, por conseguinte, tão concentrado (e eficaz !), como um preparado moderno, mas sem causar efeitos secundários!
B. O que é um óleo essencial? Para saber se uma planta é aromática, basta esfregar a sua folha entre os dedos. Se o líquido que impregnar os dedos for ligeiramente perfumado, tratar-se-á, decerto, de uma planta aromática susceptível de fornecer um óleo essencial. Numa forma muito concentrada, os óleos essenciais disponíveis no mercado, colocam a quintessência das plantas ao seu alcance. Mas o que será exactamente um óleo essencial?
Óleo essencial ou essência? Na linguagem corrente e na rotulagem comercial, a expressão "óleo essencial" é muitas vezes, substituída por um dos seguintes termos : essência de flor ou de planta, essência floral ou aromática, extractos aromáticos de planta, essência vegetal, etc. - 33 -
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Na prática, querem dizer rigorosamente a mesma coisa. Estas expressões designam essencialmente o mesmo produto e não vale a pena discutir os termos empregues. Mas caso o leitor deseje perceber mais facilmente o universo complexo da aromaterapia, será bom saber que em aromatologia, a palavra "essência" não tem o mesmo significado que um óleo essencial. Passamos a explicar o porquê. No seu estado natural, as células secretoras de cada uma das partes de uma planta aromática produzem uma substância oleosa, contendo diversos elementos aromáticos. De uma forma geral, o aroma e as propriedades deste líquido variam de acordo com a parte utilizada. Esta secreção aromática é o que podemos chamar convemcionalmente a essência da planta. Por seu turno, o óleo essencial é o extracto obtido pela destilação a vapor da água (para mais pormenores, ver o capítulo seguinte). Este processo permite extrair maiores quantidades de líquido aromático. Contudo, ele modifica igualmente altera a sua composição química. O óleo essencial da planta terá, por conseguinte, uma fragrância e propriedades terapêuticas sensivelmente diferentes da essência. De notar que se encontram no mercado hidrolatos (ou hidrossóis ou ainda, águas florais), que são subprodutos da destilação a vapor. Estes contêm uma determinada quantidade de óleo essencial fortemente diluído. São produtos muito úteis para certos fins terapêuticos (nomeadamente, quando se trata da utilização para tratamentos em crianças). A convenção determina também que os óleos essenciais extraídos por meio de um processo que não a destilação, não sejam denominados "essências". Assim, o termo "essência" deverá ser igualmente utilizado para designar os óleos aromáticos extraídos dos citrinos - limão, laranja, etc. - que se obtêm espremendo a sua casca a frio, por meios mecânicos (ver o capítulo 4). - 34 -
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Por outro lado, devemos acrescentar que o termo "essência" é muitas vezes empregue no comércio, para identificar essências desnaturadas por um processo de extracção química ou ainda uma reconstituição química de óleos essenciais. Entre as essências falsificadas, as mais conhecidas são os óleos essenciais de pilriteiro, de cajepute, de camomila, de canela de Ceilão, de erva-cidreira, de niaouli e de segurelha. Embora estas últimas se mantenham válidas para utilização a título de perfume, elas são absolutamente de evitar em aromaterapia. Mesmo que o aroma de um óleo essencial seja perfeitamente reproduzido em termos químicos, o produto obtido nunca poderá ter a mesma acção terapêutica que o seu equivalente puro e natural. De notar, por último, que se a diferença entre "essência" e "óleo essencial" é uma convenção, o facto de um laboratório empregar a expressão "óleo essencial" (excepto para os citrinos), poderá funcionar como um indicador favorável. Qualquer verdadeiro especialista em aromatologia é, de facto, conhecedor da diferença. Por outro lado, o termo "essência" é uma palavra de significado amplo, que permite "encaixar" produtos duvidosos. As indicações 100 puro, 100 natural ou cultura biológica são igualmente indicadores preciosos.
E as essências de flor do doutor Bach? Já ouviram provavelmente falar das "essências do doutor Bach". Estas, não devem ser confundidas com os óleos essenciais que nada têm em comum com esses famosos remédios do doutor Bach, os quais são muitas vezes associados à aromaterapia. Estes últimos são fabricados de maneira muito diferente. As pétalas das flores são colocadas num recipiente de água ao sol. E sob a acção - 3S -
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dos raios solares, os poderes terapêuticos das pétalas, deverão supostamente impregnar a água, pouco a pouco. Essa água será, de seguida, repartida em pequenos frascos, cheios até metade com álcool. O álcool serve para conservar o produto obtido desta forma. Dito isto, as essências do doutor Bach podem efectivamente combinar-se com o espírito da aromaterapia.
Os óleos que não são óleos É bom sublinhar que os óleos essenciais não são óleos no verdadeiro sentido da palavra. Eles não contêm substâncias gordas, como os óleos vegetais obtidos através de prensas de lagar (óleo de girassol, de milho, de amêndoa doce, etc.). E, ao contrário destes óleos vegetais, eles não cnam ranço. Em contrapartida, os óleos essenciais são voláteis e, por conseguinte, evaporam-se rapidamente ao ar livre.
Os óleos essenciais não são suplementos alimentares Ao contrário dos óleos vegetais, que fornecem um grande número de elementos essenciais (vitaminas, minerais, etc.) à alimentação diária, os óleos essenciais não contêm tais elementos. Quem apresenta os óleos essenciais como suplementos alimentares, na sua publicidade, está por conseguinte, a fazer publicidade enganosa. Em sua defesa, cumpre dizer que em certos países, como os Estados Unidos, o estatuto de "suplemento alimentar" permite que sejam tolerados no mercado. É o caso, por exemplo, dos aminoácidos que são, de facto, substâncias poderosas que actuam como medicamentos. Como a investigação científica está ainda no campo das incertezas, no que lhes diz respeito, as autoridades proibiram os fabricantes de especificar as suas propriedades terapêuticas. Ao qualificá-los de "suplementos alimentares", poderemos assim "agradar a gregos e a troianos".
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C. As grandes propriedades dos óleos essenciais Tal como poderão constatar durante a leitura deste livro, os diferentes óleos essenciais podem actuar - e de uma forma notável em quase todos os campos da saúde ... e da doença. No entanto, poderemos salientar um certo número de grandes propriedades de onde decorrem as outras utilizações. Vejamos então.
Os óleos essenciais são anti-sépticos, bactericidas e antibióticos Estas são as propriedades que melhor se encontram comprovadas pela investigação científica moderna. Mas estas propriedades já são conhecidas há muito tempo! Se os antigos egípcios recorriam a determinados óleos essenciais para embalsamarem os seus mortos, isso devia-se apenas ao facto de eles saberem que tais óleos poderiam travar a actividade microbiana responsável pela deterioração dos corpos. A grande maioria dos óleos essenciais têm este poder desinfectante, mas uns têm-no mais do que outros. Citemos em particular os seguintes óleos essenciais: canela, limão, eucalipto, cravinho, alfazema, tomilho.
Os óleos essenciais estimulam o crescimento celular e favorecem a cicatrização Esta propriedade dos óleos essenciais torna-os muito úteis para os primeiros SOCOITOS e para o tratamento das feridas que cicatrizam mal. Poderão igualmente ser utilizados nas queimaduras de primeiro e segundo grau, não obstante o respeito das precauções que se impõem (ver a rubrica "Queimaduras" no léxico). Por conseguinte, deveremos ter sempre um óleo essencial cicatrizante na caixa de primeiros socorros. Encontram-se facilmente no - 37 -
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mercado alguns dos seguintes óleos, considerados entre os mais eficazes para este fim: eucalipto, hissopo, alfazema e alecrim.
Os óleos essenciais são anti-inflamatórios Esta propriedade torna-os muito úteis no tratamento dos problemas articulares relativamente menores, tal como bursites ou tendinites. Esta propriedade será ainda mais apreciada no tratamento das afecções das doenças reumáticas. Com efeito, nestes caso, a medicina oficial só tem para oferecer produtos que implicam numerosos efeitos secundários, alguns deles bastante graves. Tal como afirmava Philippe Orengo, um reputado cirurgião francês, especialista na área das articulações do joelho: "Sabemos que mais de 15 das patologias renais e nomeadamente das insuficiências renais graves, estão associadas ao consumo de anti-inflamatórios. Devemos dizer igualmente que mais de 30 das úlceras gástricas são provocadas por esses mesmos medicamentos. É um número imenso! Toda uma patologia iatrogénica é, assim, provocada pelos tratamentos utilizados em reumatologia. Mais surpreendente ainda, podemos ler na literatura médica que, na maioria dos casos, os anti-inflamatórios agravam a artrose." (in "Médecines nouvelles", série n° 1)
Os óleos essenciais são tonificantes Em difusão, inalação ou como utilização interna, vanos óleos essenciais funcionam como tónicos do humor e da vitalidade geral. Enquanto o chá e o café são excitantes, os óleos essenciais podem ser definidos como estimulantes. Qual é a diferença? Os excitantes esgotam as reservas enérgicas do organismo, enquanto os estimulantes dinamizam sem, no entanto, tornar as pessoas febris. Para além de exercerem uma acção .-,rogressiva e cumulativa. - 38 -
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Entre os óleos essenciais que tonificam o sistema nervoso, poderão aproveitar, em particular, os seguintes: pimenta preta, menta, rosmaninho, salva e madeira de sândalo.
Os óleos essenciais são analgésicos e antálgicos Este poder analgésico e antálgico dos óleos essenciais prestará igualmente grandes serviços a todos quantos tenham de recorrer frequentemente ao uso de sedativos (aspirina, etc.). Como por exemplo, as pessoas atreitas a enxaquecas e a artroses. Geralmente essas pessoas confrontam-se com o fenómeno da habituação e efeitos secundários que lhe estão associados. Tendo em conta que existem numerosos óleos essenciais analgésicos e antálgicos, tais pessoas poderão facilmente contornar este problema, variando o óleo essencial utilizado. Entre os óleos essenciais mais conceituados para este fim, referimos mais particularmente os seguintes: camomila, menta, pinheiro e alfazema. Para os diferentes tipos de dores, deverá consultar o léxico terapêutico na rubrica que lhe interessa. Nomeadamente em: dores de estômago, dores no peito, dores menstruais, dores musculares, etc.
Os óleos essenciais são calmantes e facilitam o sono Estas propriedades, que decorrem das anteriores, revestem-se de um enorme interesse para o homem e a mulher modernos, tão frequentemente vítimas do stress: * Tal como já referi no capítulo 1, os óleos essenciais são já usados no Japão, para reduzir o stress nos escritórios. Para além de purificarem o ar - muitas vezes poluído - dos escritórios, os óleos essenciais criam um ambiente tranquilo e agradável, que favorece a criatividade, a produtividade e a harmonia entre os trabalhadores. Não é preciso esperar que os outros instaurem tal prática nc seu local de trabalho. Porque não tomar a iniciativa de instalar - 39 -
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um pequeno difusor portátil na sua secção - ou na intimidade do seu escritório? Poderá estar certo de que todos apreciarão a sua iniciativa e rapidamente seguirão os seus passos. Pelo menos, faça a difusão de um óleo essencial quando regressar do trabalho. O efeito anti-stress é garantido.
* As pessoas que sofrem de insónias poderão igualmente restabelecer o sono através dos os óleos essenciais. Quer seja através de uso interno, de difusão ou de massagem com uma mistura de óleo vegetal e de óleos essenciais. Os óleos essenciais de camomila, de flor de laranjeira e de alfazema são particularmente indicados para beneficiar das propriedades calmantes dos óleos essenciais.
Os óleos essenciais têm uma acção reguladora sobre todo o organismo Os medicamentos "oficiais" têm, na maior parte das vezes, uma acção específica. Pelo contrário, a maior parte dos óleos essenciais têm a capacidade de exercer uma acção global e positiva sobre todo o organismo e ao mesmo tempo, desintoxicam, regularizam e estimulam cada um dos órgãos. A aromaterapia é, por conseguinte, uma medicina de equilíbrio e de prevenção, de primeira linha.
Os óleos essenciais podem exercer uma acção específica sobre os diversos órgãos e funções do corpo Quando se trata de obter uma acção mais directa e mais rápida sobre um órgão ou uma função em particular, os óleos essenciais podem igualmente ajudar e, muitas das vezes, de uma forma muito eficaz. - 40-
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Para saber mais pormenores sobre os problemas que o afectam, consulte o índice terapêutico no fim deste livro.
Os óleos essenciais têm uma acção psíquica e espiritual Quando transformadas em óleos essenciais, as plantas proporcionam-nos a sua essência profunda, o seu "espírito". Mas ao fazê-lo, elas podem igualmente colocar-nos em contacto com a nossa "essência", naquilo a que Jung chamava o "SER". Plenamente consciente desta questão, Philippe Mailhebiau, conceituado aromatólogo do laboratório Sunarôm, desenvolveu uma abordagem original: a caracterização das plantas utilizadas (para mais informações acerca desta abordagem especulativa mas fascinante, aconselha-se a leitura do seu livro "La Nouvelle Aromathérapie : caractérologie des essences et tempéraments humains ", das Éditions Vie nouvelle). De acordo com esta abordagem, que se assemelha à tipologia dos homeopatas, cada pessoa devia poder encontrar um óleo essencial (ou vários), que a "colocasse em contacto" consigo própria. Veja-se por exemplo, como Philippe Mailhebiau descreve o tipo salvia o.fficinalis : "Salvia officinalis é a essência que salva, e quando dizemos salvar, não nos referimos à necessidade de uma bóia de salvação. A Salvia officinalis tem, por conseguinte, uma natureza mais de assistente do que assistida. É uma mulher, que acima de tudo, se dirige a outras mulheres. Do alto da sua idade madura, o que não significa necessariamente avançada, ela soube ultrapassar as suas dores, os seus sofrimentos, as suas experiências, as suas crises e ilusões afectivas (distantes e de uma forma geral, breves), que sabiamente utilizou para se dotar de um carácter excepcional." Pretende um tipo masculino? Veja-se um exemplo interessante: o tipo Laurus nobilis (loureiro comum): - 41 -
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"O Laurus nobilis conhece e cultiva a arte da guerra. Não foge dela, mas muito pelo contrário, provoca-a por vezes e, de acordo com a sua evolução espiritual, essa guerra será interior ou exterior. Encontramos o temperamento guerreiro do Laurus nobilis no desenrolar da história, em todas as mitologias, manifestando-se por vezes, no esplendor da sua alma superior, mas outras vezes, na violência daqueles cujo orgulho sem limites fez cometer as piores loucuras. Todos os grandes conquistadores foram intrinsecamente Laurus; um exemplo característico foi Alexandre o Grande, outro, Napoleão, cujos loureiros estiveram longe de ser nobres." Se esta maneira de abordar a aroma terapia lhe parece um pouco especulativa ou esotérica, pelo menos retenha esta bela declaração de Philippe Mailhebiau: "A essência está para a planta como o pensamento está para o Homem! Se o Homem soubesse utilizar correctamente o mundo dos odores e das essências, poderia melhorar consideravelmente o seu estado psíquico e consequentemente, a sua saúde." Em contrapartida, se esta óptica lhe interessar, poderá começar a explorar o universo dos óleos essenciais por si próprio. Tacteando e com um pouco de sorte, conseguirá talvez descobrir um óleo essencial que lhe possa proporcionar um sentimento de harmonia profundo. É um bom indicador para lhe demonstrar que está em contacto com a sua "essência". Para obter uma certeza maior, vale verdadeiramente a pena consultar um aromaterapeuta competente. Colocando-lhe questões e apelando à sua intuição profissional, ele poderá seguramente encontrar um óleo essencial (ou uma combinação de óleos essenciais), que harmonize a relação entre o seu corpo e o seu espírito. Esse óleo essencial (ou essa mistura), sem dúvida que terá igualmente o efeito de corrigir os seus defeitos ... ou de os transformar em qualidades. - 42-
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D. Os principais componentes químicos dos óleos essenciais. Porque é tão importante conhecê-los Os óleos essenciais contêm diferentes moléculas aromáticas dotadas de propriedades precisas. Entre elas, contam-se em particular, as cetonas, os fenóis, os cumarinos, os aldeídos, os éteres, os ésteres, os mono-terpenos e os mono-terpinóis. A proporção destes componentes varia de um óleo essencial para outro e consoante o caso, a acção será anti-infecciosa, antiinflamatória, relaxante, etc. Como se poderá comprovar nas paginas seguintes, estes componentes podem também apresentar-se em diversas variedades, possuindo cada uma um nome diferente. Por exemplo, consoante o óleo essencial, os fenóis podem ser timóis ou linalóis. Estes pormenores podem parecer um pouco complicados numa primeira abordagem. Mas é importante que se tenha, pelo menos, uma pequena ideia de tudo isto para se poder escolher um óleo essencial verdadeiramente adequado. Com efeito, relativamente a uma mesma espécie de tomilho, por exemplo, torna-se necessário por vezes, preferir uma variedade e não a outra. E mesmo dentro dessa variedade, será talvez melhor, utilizar um óleo essencial extraído de uma parte da planta em particular (a flor ou a folha, por exemplo). No caso do tomilho, aconselha-se um tomilho com borneol, em vez de um tomilho com timoI. Nas páginas seguintes, poderá ver as grandes famílias bioquímicas que se encontram nos óleos essenciais. Relativamente a cada uma delas, ser-lhe-á dado: * as principais propriedades * determinadas recomendações * os principais nomes das diferentes variedades de compostos (quando tal for pertinente) - 43 -
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* OS principais óleos essenciais das plantas que contêm essas famílias bioquímicas.
As cetonas Em pequenas doses (1 ou 2 gotas por dia), os óleos essenciais que contêm cetonas estimulam o sistema imunitário. São também, anticoagulantes, cicatrizantes, sedativos, calmantes e hipoterrni zan tes. Em contrapartida, se a dose for indevidamente aumentada, a inversão dos efeitos pode ser muito rápida. As cetonas podem então, tornar-se tóxicas para o sistema nervoso e mesmo estupefacientes e causadores de epilepsia. Tal é em particular, o que acontece com o hissopo, a salva-mansa e o alecrim. Estes óleos essenciais ricos em cetonas nunca devem ser utilizados isoladamente nem em doses elevadas ou durante longos períodos de tempo. Nunca se deverão ultrapassar as 10 gotas por dia, a menos que o contrário seja indicado pelo aromaterapeuta. As principais variedades de cetonas (com o sufixo -ona) são: borneona, tuiona, verbenona.
Os principais óleos essenciais com cetonas: Artemísia-cornurn, carnomila-de-paris, alcaravia, cedro, hissopo, inula, massoia, tuia, alecrim (com cânfora), funcho, absinto, salvamansa, alfazema stoechas, hortelã-pimenta, eucalipto camaldulensis, etc.
Os fenóis Os fenóis caracterizam-se pelas suas propriedades anti-infecciosas e imuno-estimulantes, Em contrapartida, os óleos essenciais com fenóis são derrnocáusticos. São irritantes para a pele e suficientemente potentes para provocar queimaduras. - 44-
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São igualmente hepatotóxicos. Quando tomados em grande quantidade ou durante longos períodos de tempo, podem danificar o fígado, destruindo as suas células. Os danos causados são, por vezes, irreversíveis. Entre os óleos essenciais que contêm fenóis, um orégão como o origanum compactum, deve ser utilizado com a maior prudência. Este contém carvacrol, que é altamente tóxico. Poderá ser substituído com vantagem por um outro orégão como o origanum majorana, que não contém carvacrol. De sublinhar também que os óleos essenciais com fenóis são contra-indicados nos casos de hipertensão e diabetes. As principais variedades de fenóis (com o sufixo -01) são : carvacrol, eugenol, linalol e timol.
Os principais óleos essenciais com fenóis : Ajowan, cravo-da-índia, orégão (origanum compactum, que, por conter carvacrol, um dos tipos de fenol mais tóxicos, poderá ser substituído pelo origanum majorana, bastante mais doce), segurelha, tomilho (com timol), determinadas qualidades de eucalipto, canela de Ceilão, pimenta preta, etc.
As cumarinas As cumarinas são neuro-sedativas, anticoagulantes e antiespamódicas. Mas provocam igualmente foto-sensibilidade. Dito de outra forma, reagem intensamente à luz. Os óleos essenciais que contêm furo-cumarinas, podem provocar nódoas negras persistentes, numa pele exposta ao sol. A bergamota é principalmente conhecida por esta desagradável propriedade. Foi por esta razão que foi retirada da composição de vários produtos cosméticos, apesar do seu perfume suave. Bastante mais perigosas, as pirano-curnarinas podem, conforme as doses utilizadas, danificar o fígado. - 45 -
Os aromas que curam
Tudo depende da proporção e dos outros componentes que venham temperar ou equilibrar a essência. É o caso, nomeadamente, da alfazema comum que contém cetonas e cumarinas em pouca quantidade, as quais são, por assim dizer, neutralizadas pelos és teres, os quais possuem propriedades relaxantes muito importantes.
Os principais óleos essenciais com cumarinas : Os cítricos, ou seja, a laranjeira amarga, a laranjeira doce, a tangerineira, a bergamota e a lima.
Os aldeídos Os componentes desta categoria possuem, antes de mais, propriedades anti-inflamatórias. Como também são calmantes, baixam a tensão arterial e o calor do corpo. São, até certo ponto, antiinfecciosos. As principais variedades de aldeídos (sobretudo, com o sufixo -aI) são: o citral, o citronelal e o aldeído benzóico.
Os principais óleos essenciais com aldeídos: Limão, eucalipto, erva-cidreira, verbena, etc.
Os éteres Os éteres têm uma acção anti-espamódica mais importante que os ésteres e são excelentes reequilibrantes nervosos. Em contra parti da, dever-se-á ter em atenção, que se as doses forem demasiado fortes, existe o risco de os efeitos poderem ser os inversos.
Principais óleos essenciais com éteres : Segurelha, tomilho (com timol), niaouli, manjericão, hissopo, etc.
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Os aromas que curam
Os ésteres Os óleos essenciais que contêm ésteres possuem propriedades calmantes, reequilibrantes e anti-espamódicas. Utilizam-se com regularidade, uma vez que apresentam poucos riscos.
Principais óleos essenciais com és teres : Loureiro (laurus nobilisi, lavândula (lavandula hybrida), perpétuas-das-areias, alfazema (lavandula vera), cisto, ylang-ylang, camomila-de-paris (anthemis nobilis), gerânio rosa, etc.
Os mono-terpenos Os mono-terpenos distinguem-se pelas suas propriedades antisépticas. São úteis para estimular o sistema imunitário. Em contrapartida, são igualmente dermo-cáusticos. Podem por conseguinte, provocar queimaduras relevantes na pele. Quando se tratar de uma infecção da pele, em vez de se utilizar um tomilho com timol, o qual implica o risco de queimadura, deverse-á utilizar um tomilho com linalol, bastante mais suave e inofensivo. Todos estes óleos essenciais deverão, assim, ser preferencialmente diluídos em óleos vegetais biológicos, como o óleo de gérmen de trigo, de amêndoa doce, de avelã ou de girassol. Obviamente, todos obtidos por primeira prensagem a frio.
Os principais óleos essenciais com mono-terpenos: Tomilho (com timol), segurelha, erva-limão (lemon grass), orégão (compactum), niaouli, salva, canela de Ceilão, etc. - 47 -
Os aromas que curam
Os mono-terpinóis Outros compostos químicos importantes, estas moléculas aromáticas distinguem-se pela sua acção eficaz contra os micróbios, os vírus e as bactérias. Serão, por conseguinte, muito úteis sempre que haja necessidade de estimular o sistema imunitário. Os mono-terpinóis podem elevar ligeiramente a tensão arterial, mas de uma forma menos intensa do que os fenóis. Poderão, quando se tratar de uma infecção, funcionar como substitutos de um óleo com fenol, para as pessoas que sofram de hipertensão arterial. Além disso, não provocam queimaduras na pele e não são tóxicos para o fígado, o que permite o seu uso mais frequente. As principais variedades de mono-terpinóis (com o sufixo -DI) são: o borneol, o citronelol, o geraniol e o mentol.
Principais óleos essenciais com mono-terpinóis: Camornila-de-paris, eucalyptus (curiodora e globulus), geramo rosa, lavanda, manjerona, hortelã-pimenta, tomilhos (com borneol e linalol), etc.
Tudo é venenoso, nada é venenoso Tal como já foi referido, é necessário colher vanos quilos de flores, de folhas, etc., para obter alguns mililitros de óleos essenciais (100 kg de flores de alfazema resultam em 3 litros de óleos essenciais). O mesmo será dizer que os óleos essenciais são produtos muito concentrados. Da mesma forma, a prudência recomenda que o seu uso seja feito com moderação. Uma vez que as indicações e a posologia dos óleos essenciais a utilizar não aparecem na rotulagem, deve consultar este livro ou seguir os conselhos de um aromaterapeuta. Esta recomendação reveste-se de uma importância ainda maior quando se trata de óleos essenciais potencialmente tóxicos. Alguns deles são mesmo mortais em pequenas doses. Assim, uma colher de café de óleo essencial de tuia, por exemplo, pode ser suficiente para - 48 -
Os aromas que curam
provocar a morte. Felizmente, a maior parte destes óleos essenciais aliás, pouco numerosos - não são de venda livre. Vejamos, não obstante, uma lista exaustiva dos óleos essenciais com os quais se deve ser particularm.ente prudente.
Óleos essenciais que provocam foto-sensibilidade Bergamota, limão (citrus limonumi e angélica.
Óleos essenciais perigosos Canela, hissopo, celeri (apium graveolens), pimenta preta, angélica, lavanda stoechas e tuia. Nunca usar mais do que uma gota por dia e não dar às crianças.
Óleos essenciais a utilizar com muita moderação Tomilho (com timol) , segurelha (saureja montana), cravo-daíndia, hortelã-pimenta, alecrim (com cânfora) e salva. No máximo duas gotas por dia e não dar às crianças.
Óleos essenciais dermo-cáusticos Niaouli, tomilho (com timol), celeri (apium graveolens);pinheiro-silvestre (pinus silvestris), manjerona (origanum compactum), segurelha, lemon grass e santolina. Não mais de 3 num óleo de base.
Óleos essenciais somente para uso externo Eucalyptus (globulus), eucalyptus (radiata) e palma-rosa (cymbopogon martini).
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" CAPITULO 4 DA PLANTA AO FRASCO
A chuva e o bom tempo "Naquele tempo, Deus habitava a terra. Um agricultor engraçado chega-se ao pé de Deus e diz: "Ouve meu velho, tu talvez tenhas criado o universo, mas não és agricultor. Vou-te ensinar umas coisas." "Diz-me", respondeu Deus (sorrindo discretamente por trás da sua barba). "Dá-me um ano -disse o agricultor - e faz conforme eu te disser. Vais ver: vamos acabar com a pobreza l" Durante um ano, Deus concedeu ao agricultor todas as graças que ele pediu. Nada de tempestades, nada de trovoadas e nenhum perigo para o gado. Era o conforto total. O trigo crescia vigoroso. Se o agricultor pedia sol, o sol aparecia; se queria chuva, chovia a quantidade que ele queria. Nesse ano, tudo correu às mil maravilhas. O trigo cresceu a até uma altura tão elevada que o agricultor foi procurar Deus e disse-lhe: "Observa, meu velho. Mais dez anos como este e haverá colheita bastante para alimentar todo o mundo, sem que ninguém precise de trabalhar!" Mas quando a colheita foi feita, não havia nada no interior das espigas de trigo. Simplesmente, cascas vazias ... apenas ar. O trigo, que tinha crescido tanto, estava vazio. Surpreendido, o agricultor perguntou a Deus o que é que tinha acontecido. "Uma vez que não houve nem contratempos, nem conflitos, nem atritos, porque tu evitaste tudo o que era mau, o trigo não ganhou
Os aromas que curam
força. É sempre necessário lutar um pouco. É preciso que haja noite entre os dias. A tempestade, os relâmpagos, os trovões, tudo é necessário. Eles estimulam a alma do trigo." Os melhores óleos essenciais provêem sempre de plantas que cresceram em estado selvagem. De acordo com o reputado especialista em aromatologia Philippe Mailhebiau, uma planta deve ser submetida a condições difíceis para se desenvolver em pleno. Caso contrário, tal como o trigo deste agricultor, a planta dará lindas folhas, muitas flores, mas produzirá poucos aromas ou mesmo nenhum. Talvez já tenham sentido a diferença entre o perfume de uma rosa selvagem e o de uma rosa cultivada! É verdade, as plantas cultivadas devem sê-lo nas condições que mais se aproximem às da natureza e apenas com o mínimo de cuidados. Aliás, tal como a experiência comprova, os óleos essenciais provenientes de culturas intensivas são, inevitavelmente, de qualidade inferior. Exactamente como acontece com os cereais, os frutos e os legumes! A utilização de fertilizantes químicos e de pesticidas, cansa os solos. Além disso, os óleos essenciais extraídos de plantas cultivadas com fertilizantes químicos contêm vestígios dos fertilizados utilizados. Pelo que, é vivamente desaconselhado o uso destes óleos essenciais para fins terapêuticos.
As plantas devem ser colhidas com ternura e frugalidade São muitas as partes de uma planta que podem ser utilizadas na preparação dos óleos essenciais: as flores, obviamente, mas também as folhas, os frutos, as raízes, a casca, a madeira e a resina. Utiliza-se: - 52 -
Os aromas que curam
as flores, no fabrico dos óleos essenciais de jasmim, rosa e lavanda; as folhas, nos de patchouli, de estragão e de menta: os frutos, nos óleos essenciais de laranja, de limoeiro e de bergamota; as raízes, nos de lírio e de gengibre; a madeira, nos de sândalo e de cedro; as cascas, no óleo essencial de canela e a resina, no óleo essencial de benjoim. A colheita destes elementos nunca é deixada ao acaso. É preciso não esquecer que as plantas são seres vivos. Para preservar toda a quintessência dos óleos essenciais, impõe-se pois, a observância de determinados princípios: * A colheita deverá efectuar-se numa manhã soalheira, após o sol ter secado o orvalho. * Os períodos de colheita variam segundo a parte das plantas em causa: para as folhas: um pouco antes de os botões das flores aparecerem; para os botões e as cascas das plantas resinosas: na Primavera; para os frutos e as cascas dos arbustos: no Outono; para as cascas das árvores: no Inverno; para as raízes: na Primavera e no Outono. * Uma vez colhidas, as plantas, as cascas ou as raízes serão dispostas em secadouros ou fornos, para a fase da secagem. As plantas podem ser dispostas sobre ripados ou atadas em pequenos molhos e suspensas. Devem sempre ser secas ao abrigo da luz e num ambiente seco. Podem também ser depositadas imediatamente num destilador, que tenha sido previamente colocado no local. O facto de se iniciar a destilação das plantas, imediatamente após a colheita, favorece uma melhor qualidade dos óleos essenciais. * Para o aromatólogo Philippe Mailhebiau, a colheita é mesmo um ritual: " ... os homens e as mulheres que fazem a colheita saúdam a Natureza, cantam e rezam. As plantas não são - 53 -
Os aromas que curam
cortadas, são talhadas. O campo fica mais belo após a sua passagem. Nunca se pode partir um ramo, sequer. Isso produziria uma cisão ao nível do corpo etérico, que não cicatriza. "
Como extrair os óleos essenciais A destilação por vapor de água A destilação por vapor de água é o processo mais correntemente utilizado para obter os óleos essenciais. Desde o século X que os Persas, os Chineses e os Indianos recorrem a este processo. De acordo com pesquisas arqueológicas recentes, os Romanos dessa mesma época eram igualmente conhecedores da destilação dos óleos essenciais. Vejamos em que consiste este processo. O aparelho para destilar é composto por três recipientes ligados uns aos outros por meio de tubos finos. Um quarto recipiente, cheio com água fria, funciona como "refrigerador". O primeiro recipiente recebe a água. Essa água, quando aquece, liberta um vapor que se encaminha através de um tubo, conduzindo à base de um segundo recipiente. Este último está cheio com plantas aromáticas (folhas, flores, frutos, etc.). O vapor de água que circula por entre essas plantas, extrai os princípios aromáticos e depois sai através de um segundo tubo colocado no cimo do recipiente. De seguida, o vapor circula por um longo tubo em forma de serpentina, que mergulha num recipiente de água fria. Os vapores de água condensam-se, o que implica uma separação da água e dos óleos essenciais. Dado que óleos essenciais são mais leves que a água, salvo algumas excepções (como os óleos essenciais de alho, de canela e de amêndoa amarga, que são mais pesados do que a água) acumulam-se na parte superior do vaso receptor: o extractor. - 54 -
Os aromas que curam
As águas da destilação acumulam-se na parte inferior do recipiente. São usadas como águas florais ou hidrolatos. Os produtores conscenciosos deverão, pois, utilizar uma água de ongem pura.
A destilação por vapor oferece óleos essenciais de boa qualidade Deve, não obstante, ser efectuada a baixas pressões e a uma temperatura mínima. Além disso, a operação deve demorar o tempo suficiente para permitir aos óleos essenciais recolherem o máximo de elementos terapêuticos. Pouco a pouco, a caldeira atingia o ponto de fervura. E, ao cabo de um momento, primeiro hesitante e gota a gota e depois num fino fio, o produto da destilação escoava-se da «cabeça de mouro» para um terceiro tubo e desembocava num vaso florentino, que Baldini colocara por baixo. À primeira vista, esta papa turva e rala não parecia grande coisa. Contudo, a pouco e pouco e sobretudo quando o primeiro recipiente cheio havia sido substituído por um segundo e tranquilamente posto de lado, esta papa separava-se em dois líquidos distintos: por baixo, ficava a água das flores ou das plantas e, por cima, flutuava uma espessa camada de óleo. Se, pelo bico inferior deste vaso florentino, se fizesse sair cuidadosamente a água das flores que apenas tinha um leve perfume, restava o óleo puro, a essência, o princípio vigoroso e aromático da planta. O Perfume, Patrick Süskind
A compressão mecânica a frio Os óleos essenciais de citrinos, tais como o limão, a laranja, a tangerina, a bergamota, etc., podem ser obtidos por meio de compressão. Esta técnica consiste em raspar a casca do fruto fresco e - 55 -
Os aromas que curam
em seguida, comprimir a casca exterior obtida, para recolher o óleo essencial. Nas grandes indústrias, este processo artesanal foi substituído pela compressão mecânica da casca do citrino.
A extracção Existe igualmente, uma forma de extracção à base de sol ventes químicos. Estes últimos são muito eficazes para captar os perfumes das plantas, mesmo os mais subtis. Em contrapartida, os solventes utilizados deixam vestígios nos óleos essenciais. Por conseguinte, esses óleos essenciais não devem ser utilizados para fins terapêuticos.
A extracção utilizando substâncias gordas A extracção com utilização de substâncias gordas é um processo de extracção muito antigo. Utiliza-se sobretudo, para flores delicadas, como a rosa e o jasmim. O artesão dispõe as pétalas da flor sobre uma substância gorda purificada, a qual irá ser embebida, pouco a pouco, com os perfumes da flor. Logo que a substância gorda atinja o seu ponto de saturação e não possa absorver mais quantidade de perfume, o artesão limpa a pomada obtida e adiciona-lhe álcool. De seguida, deixará o preparado misturar-se durante cerca de 24 horas. Esta fase tem como finalidade obter a separação entre a substância gorda e os óleos essenciais. Apesar da grande qualidade dos óleos essenciais obtida por meio da extracção com utilização de substâncias gordas, este método já não é usado com frequência. Efectivamente, a este tipo de extracção é um processo muito trabalhoso e demorado. Os óleos essenciais obtidos por esta forma são, por conseguinte, muito dispendiosos.
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Os aromas que curam
Como conservar os óleos essenciais Se os óleos essenciais forem de boa qualidade, podem facilmente conservar-se durante vários anos. Devemos, no entanto, assegurar-nos de que os frascos estão bem fechados. Os óleos essenciais são quase tão voláteis como o génio da lâmpada de Aladino. Se a rolha não estiver bem atarraxada, o pequeno génio poderá escapulir-se. Os óleos essenciais devem igualmente ser guardados em ambiente escuro, fresco e seco. Evitar-se-á assim a oxidação e a resinificação dos óleos essenciais. Outro pormenor importante é que os frascos devem ser conservados de pé. Certos óleos essenciais "comem" literalmente as rolhas dos frascos. Com a pressa de se reunirem de novo às esferas celestes, fazem o possível e o impossível para escapar à matéria. Por último, os óleos essenciais nunca deverão ser deixados ao alcance das crianças.
Porque é importante utilizar óleos essenciais de boa qualidade? A qualidade dos óleos essenciais que utilizamos tem uma importância primordial. Os óleos essenciais de má qualidade não produzem os resultados previstos. Serão ineficazes ou, pior ainda, poderão mesmo, em certos casos, agravar a situação.
É certo que os óleos essenciais de boa qualidade custam um pouco mais, mas neste caso a diferença é por demais justificada. Não deverá haver hesitação em pagar um pouco mais. Outro inconveniente - importante - da comercialização de óleos essenciais de má qualidade é o descrédito que eles lançam sobre a aromaterapia. O consumidor que inicia um tratamento com um óleo - 57 -
Os aromas que curam
essencial considerado de boa qualidade e não obtém qualquer resultado, será levado a crer que os óleos essenciais são ineficazes. Muitas vezes, basta a existência de alguns charlatães para afectar a reputação de todo um conjunto de práticos honestos.
Como se poderão reconhecer os óleos essenciais de boa qualidade? A capacidade de separar o trigo do joio reveste-se de uma importância capital quando se trabalha com os óleos essenciais. O mercado oferece efectivamente tudo: o pior e o melhor. Infelizmente, é muito fácil produzir óleos essenciais sintéticos ou reconstituídos que imitam muito bem os óleos essenciais de boa qualidade. Os óleos essenciais que são falsificados com mais frequência são os de rosa, de jasmim, de niaouli, de erva-cidreira, de camomila, de canela de Ceilão, de segurelha, de cajepute e de pilriteiro. Estes óleos essenciais falsificados, que em rigor podem ser tolerados em perfumaria, são desaconselhados para fins terapêuticos. Eles não contêm os elementos curativos próprios de um óleo essencial autêntico. Mas como podemos distingui-los? De facto, não é fácil. Normalmente, as pessoas não têm em si ou entre os seus amigos, um "nariz" infalível que lhes permita avaliar a qualidade de um produto. E no que diz respeito aos anúncios, é igualmente difícil confiar nas suas palavras. Mesmo as expressões "puro e natural" ou ainda, "100 puro e natural" que, em princípio, deveriam funcionar como garantia de uma certa qualidade, escondem muitas vezes um óleo essencial falsificado. Com efeito, existem aparelhos sofisticados que medem com bastante precisão a composição dos óleos essenciais. Contudo, estes aparelhos não estão ao alcance de todos. - 58 -
Os aromas que curam
Veja-se por conseguinte, urna lista de truques eficazes para facilitar a identificação: * Uma das primeiras medidas a adoptar é abastecer-se de óleos essenciais numa loja de boa reputação. Todavia, para garantir uma maior segurança, verifique se o comerciante conhece o local de origem, as condições de fabrico e a qualidade dos seus óleos essenciais. Alguns comerciantes possuem os resultados das análises de amostras produzidas pelo fabricante. Efectivamente, existem aparelhos que permitem identificar e medir os diferentes componentes de um óleo essencial. * Poderá igualmente, comunicar directamente com os laboratórios. Procure pequenos laboratórios, visto que os melhores óleos essenciais são fabricados em pequenas quantidades. São provenientes de plantas selvagens ou de plantas cultivadas sem aditivos químicos. O que confirma bem o velho ditado: "Nos pequenos frascos estão os grandes unguentos." A prontidão na resposta às questões colocadas, poderá dar-lhe igualmente uma indicação sobre a integridade do fabricante. Geralmente, os laboratórios conscenciosos têm grande prazer em informar a sua clientela. Informe-se em particular, sobre a forma de destilação utilizada. Agora já sabe que urna destilação efectuada a altas temperaturas ou demasiado rápida prejudica a qualidade das essências. Pergunte igualmente de onde são provenientes as plantas e se são cultivadas com fertilizantes químicos. E lembre-se que mesmo os óleos essenciais produzidos em condições similares, não oferecem sempre a mesma qualidade. Com efeito, os óleos essenciais têm boas e más safras ... corno os vinhos. A safra é determinada por um conjunto de factores, tais corno a qualidade do sol, a exposição ao sol, a altitude, etc. - S9 -
Os aromas que curam
* Outro ponto de crucial importância, prende-se com a compra de frascos opacos. Eles protegem os óleos essenciais da luz.
* Assegure-se também, de que o nome latino da planta está bem visível no rótulo. Os nomes comuns das plantas podem induzi-lo em erro. De um país para outro, sucede muitas vezes que o nome de uma mesma planta seja totalmente diferente. Para além disso, para uma mesma família de plantas, existem muitas vezes diversas variedades. Por exemplo, entre as alfazemas, podemos distinguir a Lavandula vera, a Lavandula hybrida, a Lavandula spica, etc. As propriedades variam significativamente, de uma variedade para outra.
No que diz respeito a alguns óleos essenciais, há igualmente todo o interesse em conhecer a parte da planta utilizada. A composição do óleo essencial varia consoante ele seja proveniente das folhas, das flores, da casca, etc. O óleo essencial de canela de Ceilão, extraído da casca da árvore, é muito diferente do que se extrai das folhas. O óleo essencial da casca contém entre 65 a 75 de aldeído cinâmico, enquanto o óleo essencial extraído das folhas, só contém 3 . Em contrapartida, este último contém entre 70 a 75 de eugenol.
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CAPÍTULOS COMO DESENVOLVER O OLFACTO PARA VIVER MELHOR E OBTER UMA CURA ATRAVÉS DOS AROMAS
Esta invocação das extraordinárias capacidades do sistema olfactivo, desperta em si a vontade de desenvolver este sentido adormecido? Vale certamente a pena, dedicar-lhe um pouco de tempo. Ao desenvolver o seu sentido olfactivo, irá intensificar esse prazer simples e, ao mesmo tempo, tão pouco dispendioso - que é respirar. Da mesma forma, irá aprender a aproveitar melhor as potencialidades terapêuticas dos óleos essenciais.
A vancemos, etapa por etapa Rimbaud e os seus herdeiros espirituais enalteceram a ausência de regras sistemáticas de todos os sentidos para conhecer as revelações poéticas e metafísicas. Para alcançar tal estado, abusaram do álcool e das drogas. Muitos deles perderam assim a sua saúde. Poucos tiveram, de facto, a revelação que procuravam desesperadamente, incluindo Rimbaud. Com efeito, não é o "desregulamento de todos os sentidos" que permite aceder a tal requinte de percepção ou a uma realidade superior a que tantos grandes espíritos aspiraram.
Os aromas que curam
A via mais segura é o desenvolvimento sistemático de todos os sentidos. Incluindo o olfactivo, obviamente. Os sentidos educam-se, da mesma forma que o espírito, e cabe a cada um de nós descobrir novos horizontes olfactivos. Não podemos esquecer que este desenvolvimento dos sentidos é tão importante (senão mais importante) como o desenvolvimento do espírito, tão enaltecido na educação clássica. Com efeito, quanto mais o espírito se puder apoiar em órgãos de percepção apurados, mais poderá funcionar com precisão e rapidez. Obviamente, que tal como tantas outras coisas, o desenvolvimento dos sentidos é também obra de uma vida inteira. Mas o importante é começar - se ainda não se tiver começado. E com um mínimo de esforço e de boa vontade, irá rapidamente ficar espantado com a acuidade da sua percepção. Vejamos de seguida, alguns exercícios para "cultivar" o nariz. Tal como se poderá ver, alguns deverão ser praticados com outra pessoa. Estes exercícios podem mesmo tornar-se pequenos jogos de sociedade, aos quais as crianças se irão associar voluntariamente. Estas serão aliás, as primeiras a beneficiar deles a longo prazo.
A limpeza do nariz Para "destapar" o nariz, nada melhor do que começar por limpar o nariz de acordo com a técnica dos yogis (Vyut-Karma). Geralmente, esta limpeza efectua-se pela manhã, ao levantar. Mas poderá ser feita antes das sessões de exercícios para o sentido olfactivo. Vejamos como se deverá proceder: 1. Juntar uma colher de sal de mesa a um copo de água morna/quente e mexer bem. 2. Deitar um pouco desta mistura na concavidade da mão. - 62 -
Os aromas que curam
3. Com uma das narinas tapada, aspirar intensamente pela outra narina, a água salgada guardada na mão. Repetir este processo duas ou três vezes. 4. De seguida, passar à outra narina e aspirar também, duas ou três vezes. 5. Por último, assoar-se com intensidade, a fim de desobstruir bem as nannas. Esta limpeza do nariz poderá igualmente ser feita com um contagotas. Na Índia, os yogis servem-se geralmente de uma espécie de pequena chaleira com um bico longo e fino, que verte líquidos. De notar também, que esta limpeza do nariz não só permite desobstruir as vias nasais, mas também, pela acção do sal, elimina as bactérias. É uma excelente medida preventiva ou curativa que combina muito bem com a prática da inalação. Ver o capítulo 6.
o condicionamento respiratório Para melhor sentir, deve igualmente respirar bem. Antes das sessões de exercícios para o sentido olfactivo, recomendo assim que se sente durante alguns minutos e faça somente uma coisa: respirar pelo nariz ...
* Concentre-se profundamente neste acto tão simples e, ao mesmo tempo, absolutamente vital. Sinta a sua vitalidade através da respiração. Tome consciência deste movimento incessante que começou no momento do nascimento e que terminará com a morte. Se isto o puder ajudar a compreender melhor toda a importância deste acto, imagine por um instante que parava de respirar. Ou, se tal for necessário, pare de respirar completamente, durante um minuto ou dois (consoante as suas capacidades pulmonares). - 63 -
Os aromas que curam
* Numa segunda fase, habitue-se a "deixar andar" a sua
respiração. Observe-a simplesmente, à medida que vai e vem, sem tentar controlá-la. E se for capaz de ficar completamente atento e neutro neste exercício de auto-observação, poderá aperceber-se dos três factos que se seguem: a respiração abranda; a expiração tem tendência a prolongar-se nitidamente, em comparação com a inspiração; a respiração fica mais profunda e parece efectuar-se ao nível do ventre e não dos ombros.
* Numa terceira fase, prove o ar, com tanto respeito como se se
tratasse de um vinho da melhor colheita. Tente compreender as mais pequenas variações nas sensações que se manifestam ao nível das paredes nasais. O ar é quente, frio, picante? Quando respira assim, de forma tão consciente, sente um certo estímulo nasal que se repercute no seu espírito ou em determinadas partes do corpo?
Não é assim tão espantoso, uma vez que as paredes do nariz são irrigadas por um rede muito densa de nervos, os quais estão ligados a todo o sistema nervoso. E é por isso que, do mesmo modo, a forma como respiramos afecta o estado emocional. Por exemplo, se estamos furiosos, a respiração acelera-se, ampliando assim a carga negativa. Inversamente, ao respirar conscientemente, tal como foi acima indicado, podemos abrandar a respiração e reencontrar a calma. Evitamos assim ficar "esgotados", ao respirar como um touro enfurecido. Se soubermos o que é uma respiração normal, saberemos mais facilmente vir à tona dos nossos estados negativos. Será suficiente que nos concentremos na nossa respiração ou, se tal for necessário, que a abrandemos, prolongando voluntariamente a inspiração.
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Os aromas que curam
Aprender a cheirar à distância Actualmente, o seu olfacto encontra-se, sem dúvida, bastante limitado em termos das suas verdadeiras capacidades. O exercício que se segue irá permitir-lhe, numa primeira fase, avaliar a extensão do campo de percepção olfactiva. Numa segunda fase, este irá aumentar cada vez mais, se praticar o exercício regularmente. Vejamos as diferentes etapas deste exercício: 1. Após ter feito uma curta sessão de condicionamento respiratório, pegue num frasco de perfume ou de óleos essenciais. Destape-o e, em seguida, aproxime-o do nariz. 2. Respire profundamente o perfume ou os óleos essenciais, durante cerca de um minuto. 3. Seguidamente, afaste progressivamente o frasco, até ao ponto em que não sinta mais nada. 4. Anote com precisão, a que distância do nariz é que "perdeu o contacto" com o odor. 5. Recomece o mesmo processo com 2 ou 3 potentes fontes de odores, agradáveis ou não: outros perfumes ou óleos essenciais, produtos de limpeza, roupas, frutos, etc. E a cada vez, anote a distância a que deixa de se aperceber claramente do odor. 6. Imediatamente a seguir ou um pouco mais tarde, encontre tempo para sentir de novo cada um destes objectos ou substâncias - e pela mesma ordem. 7. Reinicie este exercício regularmente, com as mesmas fontes de odores. E anote sempre os resultados obtidos, para assim avaliar os progressos conseguidos.
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Os aromas que curam
Um pouco de sínestesia Na nossa introdução, falámos um pouco da sinestesia ou seja, da faculdade que algumas pessoas têm de poder fundir os seus sentidos. Elas podem "ver" os sons, "escutar" os odores, etc. Vejamos de seguida, um pequeno exercício que irá permitir associar o sentido auditivo ao sentido olfactivo. 1. Ponha a tocar uma bela música. Se possível, uma musica sem palavras e que inspire bastante calma. Coloque ao alcance da suas mãos um frasco de óleos essenciais ou de perfume (natural e não muito agressivo). 2. Instale-se confortavelmente num divã ou numa poltrona. De seguida, faça uma curta sessão de condicionamento respiratório (ver mais acima). 3. Agarre então o seu frasco de perfume ou de óleos essenciais e inale a fundo, para que o possa sentir penetrar em todo o corpo. Simultaneamente, esforce-se para escutar atentamente a música. Deverá chegar a um ponto onde a intensidade das suas percepções sonoras e olfactivas se encontre num equilíbrio perfeito. Saberá então, que é realmente possível "cheirar" a música e "escutar" os odores. A partir desse momento, estará apto a experimentar tal sensação em todos os domínios. Passeie e "estique" ... o nariz! Vejamos de seguida, uma forma de dar uma nova dimensão aos seus passeios: 1. Após ter feito uma curta sessão de condicionamento respiratório, vá dar um passeio num ambiente onde o ar seja totalmente puro. Se mora numa cidade, espere pela tarde para sair e dar um passeio, de preferência nos parques públicos ou em ruas rodeadas de árvores e de jardins. 2. Tente transferir todo os seu poder de concentração para o nível do olfacto. Sinta aquilo que vê e ouve. Imagine que o seu cérebro é ... um nariz.
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Os aromas que curam
3. Seguidamente, esforce-se por identificar com precisao um número máximo de odores. No final do passeio, organize o seu "quadro de caça" olfactiva e tome nota do número de "presas" obtido. 4. Nos dias que se seguirem, retome o mesmo caminho e esforce-se por aumentar a média alcançada.
Desenvolvimento da memória olfactiva Os exercícios que se seguem exigem a colaboração de uma outra pessoa. Como se trata de exercícios divertidos, até mesmo as crianças podem "jogar" connosco. E cada um por sua vez, poderá exercitar o seu sentido olfactivo.
Exercício a 1. Faça uma curta sessão de condicionamento respiratório, com o seu parceiro de jogo. 2. Escolha 10 objectos ou substâncias que tenham um odor bem definido. Por exemplo: um cachimbo, um pedaço de casca de laranja e diversas variedades de flores ou de folhas de chá. 3. Aspire bem os seus odores, para que os possa identificar com clareza. 4. De seguida, tape os olhos com uma venda. 5. seu parceiro de jogo deverá então dar-lhe a cheirar os objectos ou as substâncias, por uma ordem diferente da seguida na fase de identificação. Uma taxa de 75 de sucesso já é um bom começo. 6. Por último, invertam os papéis antes de passar ao exercício seguinte.
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Exercício b As coisas começam a complicar-se! Desta vez, terá de identificar os odores combinados. 1. Se possível, comece, também aqui, por uma curta sessão de condicionamento respiratório. 2. Aspire cada uma das fontes odoríferas. 3. Tape de novo os olhos com uma venda. 4. Durante esse tempo, os seu parceiro de jogo deverá combinar duas a duas, as fontes odoríferas, colocando-as dentro de um recipiente. Deverá em seguida, colocar os recipientes a uma distância razoável uns dos outros, para evitar qualquer tipo de confusão. 5. Invertam os papéis. O jogo poderá complicar-se ainda mais: Por exemplo, em vez de ter a possibilidade de examinar todos os recipientes ao mesmo tempo, o seu parceiro de jogo poderá trazer-lhe um só recipiente de cada vez. É igualmente possível combinar mais de dois odores num só recipiente. Para tornar o jogo mais difícil para o seu parceiro, poderá também combinar 2 odores num recipiente e 3 ou 4 num outro.
Ainda mais difícil Vejamos agora um exercicro para as pessoas que tenham o seu sentido olfactivo bem desenvolvido. Desta vez, não terá à partida qualquer indicação sobre as fontes odoríferas a identificar. 1. Faça antes de mais, uma curta sessão de condicionamento respiratório. 2. Tape os olhos, enquanto o seu parceiro de jogo escolhe um determinado número de fontes odoríferas características. Essas - 68 -
Os aromas que curam
fontes odoríferas não têm obrigatoriamente de ser provenientes do espaço que o rodeia. 3. Feito isto, tente identificar essas fontes, urna após a outra. Relaxe e leve todo o tempo de que necessitar. Sobretudo, não tente obter a resposta por meio de dedução lógica. Deixe a sua intuição olfactiva fazer todo o trabalho. 4. Invertam os papéis.
Aprender a analisar os odores e os perfumes Se conseguiu obter bons resultados nos exercícios anteriores que deverá acontecer, se se exercitar regularmente - poderá então começar a analisar os perfumes. Corno veremos no capítulo 12, todos os perfumes equilibrados dividem-se em notas de cabeça, notas de coração e notas de fundo. Exercite-se a tentar perceber claramente estas diferentes notas, com todos os perfumes que lhe aparecerem debaixo ... do nariz. Explore incansavelmente os novos continentes olfactivos. Conduza estas experiências tanto com os perfumes mais simples, corno com os mais refinados e os mais caros. Tente igualmente aperceber-se bem da diferença entre os perfumes naturais e os produtos de síntese. Se não dispuser de muitos perfumes em casa, dirija-se simplesmente às lojas de perfumaria. E, com o pretexto de que procura um perfume para a pessoa amada, poderá apreciar os melhores perfumes do planeta.
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Os aromas que curam
Novas perspectivas Com um mínimo de perseverança, rapidamente poderá constatar que se abrem "portas" e "janelas" no interior do seu nariz e que um ar desconhecido penetra no seu interior. Mesmo os odores banais e familiares irão aparecer sob uma luz diferente. Esses odores terão doravante uma profundidade, uma intensidade e uma riqueza de que nem sequer suspeitava. E em vez de sentir uma massa olfactiva apática, irá começar a reconhecer nuances e graus. Irá "ver" os odores diferenciarem-se com a mesma precisão que os contornos das cores de uma paisagem. O que é verdade ao nível do olfacto, é igualmente verdade ao nível da visão: uma vista treinada observando uma pintura ou uma fotografia, verá toda uma gama de amarelos onde a vista desarmada só conseguirá ver um único tom de amarelo. E se for efectivamente dotada, poderá apreender a alma - e não somente o corpo. Um perfumista ou um aromaterapeuta de talento, é capaz de ter uma tal percepção. Será igualmente capaz de sentir mil e uma tonalidades onde a maior parte das pessoas só se apercebe de uma amálgama olfactiva sem qualquer nota dominante. Saberá igualmente, "cheirar" a sua alma e defini-la através de um perfume ou de um óleo essencial. Isto é aliás, o que ilustra admiravelmente bem, o fantástico livro de Süskind, "O Perfume", do qual já citámos alguns extractos neste livro e que relata a vida de um génio do campo olfactivo.
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CAPITULO 6 COMO UTILIZAR OS ÓLEOS ESSENCIAIS POR MEIO DE DIFUSÃO E INALAÇÃO
Neste momento, deve ter despertado em si uma vontade de utilizar os óleos essenciais e decerto que se estará a interrogar sobre como utilizá-los. Esses pequenos frascos de conteúdo misterioso exercem sobre si um fascínio, mas talvez receie "cometer algumas gafes". Este capítulo e os capítulos que se seguem apresentam-lhe o ABC da utilização correcta e eficaz dos óleos essenciais. Comecemos então pelo mais fácil e mais comum: o uso externo.
A difusão dos óleos essenciais A difusão dos vapores dos óleos essenciais apresenta muitas vantagens em comparação com os aerossóis e aos perfumes sintéticos. Sublinhe-se, antes de mais, o facto de os perfumes sintéticos serem constituídos por produtos químicos, muitas vezes irritantes para as mucosas. Alguns de entre eles provocam igualmente reacções alérgicas e acelerações dos batimentos cardíacos. Quem de entre nós ainda não sentiu uma certo mau estar ao cruzar-se no caminho com uma dessas senhoras demasiado perfumadas? Ou ainda, ao entrar dentro de um uma casa de banho
Os aromas que curam
acabada de vaporizar com um desodorizante comercial? O odor é por vezes, francamente sufocante. Mas às vezes torna-se difícil avaliar os malefícios dos perfumes sintéticos. Eles actuam frequentemente de forma dissimulada. É o caso de muitos desodorizantes comerciais, compostos por produtos químicos anestesiantes (Daniêle Ryman, "Le Manuel d' Aromathérapie", Ed. Souffle, p. 23). O glioxal, o amoníaco, o cloro e o formaldeído, contam-se entre estes produtos. A eficácia destes produtos, traduz-se no facto de eles inibirem momentaneamente a função olfactiva. Ficamos com a impressão de que o mau odor desapareceu, embora de facto ainda persista. Contudo, como o nariz está anestesiado, não se apercebe da sua presença. Tais produtos são irritantes para os brônquios e podem causar problemas respiratórios. Alguns de entre eles podem também provocar alergias importantes. Os óleos essenciais que se utilizam na difusão não implicam estes riscos. A menos, obviamente, que sejam utilizados de forma abusiva. Em contrapartida, eles apresentam numerosas propriedades terapêuticas. Para além de eliminarem os maus odores e de libertarem outros bastante agradáveis, os óleos essenciais são ao mesmo tempo calmantes, estimulantes, purificantes, etc. Aliás, um pouco por todo o mundo, as grandes empresas estão a demonstrar interesse pelos óleos essenciais, para purificar o ar viciado dos seus escritórios. Como já foi aqui referido, vários estudos revelam que a utilização dos óleos essenciais aumenta o conforto e o rendimento dos trabalhadores. Para purificar a atmosfera e combater a possibilidade de contágio de doenças infecciosas, dever-se-ão difundir óleos essenciais de eucalipto, de limão, de alfazema, de borneol, de zimbro, de niaouli e de tomilho. Estes óleos essenciais são excelentes desinfectantes. São perfeitos para as creches, as escolas, os meios hospitalares e o ambiente doméstico. - 72 -
Os aromas que curam
Atenção: se pretender difundir óleos essenciais num quarto onde circulem crianças pequenas, deverá fazê-lo com moderação. Difunda os óleos essenciais durante curtos períodos de tempo (por ex.: 5 minutos de manhã e 5 minutos à noite). Além disso, deve ter em atenção o facto de não utilizar sempre a mesma essência, uma vez que isso poderá ter um efeito desequilibrante junto das crianças pequenas. Se tiver dificuldades em adormecer, deite algumas gotas de óleo essencial no difusor. Instale-o no seu quarto e deixe-o funcionar durante 10 minutos, antes de ir para a cama. Os óleos essenciais que favorecem o sono são a alfazema, a camomila, o limão, o tomilho e a manjerona, o lírio, a bergamota e a salva. Graças ao efeito sedativo destes óleos, irá dormir como um anjo.
Para facilitar a aprendizagem escolar, dê a respirar aos seus estudantes, os suaves aromas da menta e das agulhas de pinheiro. Tal como já foi aqui referido, estes perfumes favorecem a concentração e a produtividade no trabalho. Para o ajudar a passar à acção, por exemplo de manhã, utilize os seguintes óleos essenciais: cravo-da-índia, alfazema, camomila, eucalipto, gerânio, rosmaninho, agulhas de pinheiro, etc. Estes óleos essenciais podem substituir vantajosamente o café matinal. O café, como é sabido, provoca uma aceleração cardíaca e uma estimulação que se assemelha por vezes, à agitação. Além disso, a recuperação de energia que ele provoca é sempre seguida de uma queda. Tem-se momentaneamente a impressão de ter mais energia, mas algumas horas mais tarde, está-se mais cansado do que antes. Ao respirar os odores do eucalipto não se sentirá, certamente, o efeito "bomba" de um café duplo. Os óleos essenciais têm um efeito mais subtil. Em contrapartida, o doce estímulo que produzem não conduz à excitação, nem à intoxicação ou perda de energia. O efeito é também bastante mais duradouro. - 73 -
Os aromas que curam
Como se poderão difundir os óleos essenciais? Vejamos algumas formas fáceis de difundir os odores dos óleos essenciais dentro de casa. A copela: para um quarto de vestir com uma pequena casa de banho, poderá depositar algumas gotas de óleo essencial num pequeno vaso de faiança. aquecedor de essências: trata-se de um pequeno prato que se coloca sobre uma lâmpada eléctrica ou por cima de uma vela. Deitam-se algumas gotas de óleo essencial sobre o tabuleiro. O calor da lâmpada eléctrica ou da vela difunde o óleo essencial na atmosfera. Note-se, contudo, que este método não é muito recomendável. Com efeito, a composição química e as propriedades do óleo essencial aquecido desta forma alteram-se. Consequentemente, o óleo essencial não produzirá, os efeitos esperados.
Se optar por utilizar este método, utilize uma lâmpada de fraca intensidade, ou ainda, afaste o tabuleiro da fonte de calor. Antes de cada utilização, não deverá esquecer-se de limpar o tabuleiro. Caso contrário, a acumulação dos óleos velhos (alguns óleos essenciais de qualidade inferior deixam depósitos) irá acabar por libertar maus odores. difusor: O difusor é o meio mais eficaz para espalhar os aromas dos óleos essenciais em quartos de grandes dimensões. Trata-se de um aparelho eléctrico bastante recente. É composto por uma bomba de ar semelhante à de um aquário, e por uma lâmpada eléctrica em pirex. A bomba injecta o ar na lâmpada que irá receber os óleos essenciais. Ao contactar com o ar injectado, o óleo essencial é pulverizado na atmosfera, sob a forma de minúsculas partículas aromáticas. Para obter urna difusão adequada, deixe funcionar o seu difusor durante dez minutos, 3 vezes por dia. Este procedimento deverá ser - 74-
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suficiente para espalhar um odor agradável num apartamento de dimensões razoáveis. método da roupa: Vejamos por último, uma outra técnica bastante simples e pouco dispendiosa, a utilizar num quarto de pequenas dimensões. Deite algumas gotas de óleo essencial num recipiente de água quente. Mergulhe uma peça de roupa adequada para o efeito, dentro da água, exponha ao ar e coloque essa mesma peça de roupa sobre um radiador quente.
As inalações A inalação de óleos essenciais é particularmente indicada para os problemas respiratórios, para as infecções como as constipações ou as gripes e para as dores de cabeça. Consulte o léxico terapêutico para saber quais os óleos que poderão ser utilizados para este fim. Por vezes, as inalações provocam alergias em certos indivíduos. Torna-se assim importante testar as essências escolhidas. Para fazer esse teste, inspire uma só vez e aguarde cerca de trinta minutos. Se não observar nada de anormal, inspire de seguida uma dezena de vezes. Aguarde de novo 30 minutos. Se tudo estiver bem, poderá então inspirar durante 4 ou S minutos. Aguarde ainda mais 30 minutos. Se não notar nenhum sinal negativo, poderá então passar à etapa seguinte. As inalações podem ser feitas com referência ao bom velho método da tigela de água quente: coloque simplesmente algumas gotas de óleo essencial numa tigela de água muito quente. Seguidamente, aproxime-se da tigela, para inalar os vapores aromáticos que ela liberta. Não se esqueça de cobrir a cabeça com uma toalha de banho, para conservar o vapor. As inalações podem durar entre 10 e lS minutos. Poderá repeti-las três ou quatro vezes por dia. É importante utilizar sempre óleos inteiros e de primeira qualidade (100 puros e naturais). Estes óleos não deverão ser diluídos em - 7S -
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óleos vegetais ou minerais, nem em álcool. Caso contrário, arrisca-se a danificar as mucosas nasais. Precauções: Os óleos essenciais com fenol, não são recomendados para as fumigações. São muito irritantes para as mucosas. Os asmáticos e as pessoas que sofrem de alergias, deverão absterse desta prática.
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CAPÍTULO 7 OS BANHOS AROMÁTICOS Os banhos completos Os banhos aromáticos permitem tirar proveito dos benefícios dos óleos essenciais. Eles estão ao alcance de todos, são fáceis de preparar e muito agradáveis. Podem ser relaxantes, estimulantes, afrodisíacos, quentes ou refrescantes. Tudo depende dos óleos escolhidos e da temperatura da água. Além disso, os banhos aromáticos podem combinar-se com muitas outras terapias. Têm então, um efeito sinérgico. Acompanham perfeitamente os envolvimentos em algas, os banhos de argila ou outros tratamentos mais convencionais. A única terapia com a qual os banhos aromáticos podem ser contra-indicados é a homeopatia. Com efeito, alguns óleos essenciais podem agir como antídotos relativamente aos medicamentos homeopáticos. Se estiver a tomar medicamentos homeopáticos, é aconselhável consultar o seu médico assistente para ficar a saber quais são os óleos essenciais compatíveis e os não compatíveis. O banho terá um efeito diferente, consoante se utilizar água quente, morna ou fria.
* Água quente (37 a 40 graus). Os banhos quentes são um remédio natural fantástico. Ao aumentar a temperatura do corpo, desencadeiam todo um processo de purificação. O calor da água que passa para o corpo acelera a circulação sanguínea e, ao mesmo
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tempo, expulsa as toxinas. Estas são de seguida evacuadas através dos intestinos, dos rins, da pele e dos pulmões. O Dr. Salmanoff afirma que um banho muito quente com a duração de uma hora permite ao corpo eliminar tantas toxinas como libertam os rins, no espaço de 24 horas. ( "Mes secrets naturels pour guérir et réussir", Ed. J.- C. Lattês, p. 280). Uma vez que favorece a distensão muscular, o calor estimula a oxigenação e regenera cada célula do corpo. Para preparar o seu banho, comece por encher a banheira com água à temperatura de 35 graus. Junte o óleo essencial escolhido e previamente diluído, imediatamente antes de entrar para o banho. Depois de se ter deitado na banheira, aumente progressivamente o calor da água, deixando correr um fio de água quente. Quando sentir uma ligeira transpiração na testa, mantenha a temperatura da água estável durante 5 minutos e depois deixe-a voltar de novo aos 37 graus. Deixe-se ficar no banho entre 5 a 10 minutos. Atenção! Os banhos quentes não estão isentos de riscos. Podem efectivamente, ongmar algumas complicações: estão contraindicados para as pessoas cardíacas, febris, tuberculosas, para as pessoas que sofrem de varizes ou de úlceras varicosas, de edemas cerebrais e para aquelas que tenham uma tensão arterial demasiado elevada. Se sofre de algum destes problemas, deverá consultar previamente um aromaterapeuta. Os banhos quentes são igualmente desaconselhados após um grande esforço e durante a digestão. Os banhos quentes podem também ser cansativos. É por isso que os banhos mornos são mais adequados para as crianças, as mulheres grávidas, as pessoas idosas, os indivíduos de fraca estrutura e as pessoas de carácter violento e irritável.
* A água morna (30 a 36 graus) é relaxante. Permite banhos de longa duração sem causar cansaço. Um banho morno antes de deitar, - 78 -
Os aromas que curam
predispõe para um sono profundo, uma vez que diminui a intensidade das ondas cerebrais. Permite um certo aquecimento do cérebro, favorecendo assim uma maior emissão de ondas alfa: as ondas propícias para a descontracção e o sono.
* A água fria (10 a 25 graus) não é tão assiduamente utilizada em aromaterapia. Sublinhe-se contudo, que ela provoca um efeito antidepressivo e anti-stress que não se deverá descurar. A água fria é igualmente muito útil para fazer baixar a febre. Deve então juntar algumas gotas de óleo essencial - de menta ou de eucalipto, previamente diluídos para uma maior eficácia. Antes de se submergir completamente no banho, deverá molhar primeiramente a nuca. Isso evitará que sofra um choque demasiado violento. Depois do banho, enxugue-se rapidamente e cubra-se com roupas quentes, a fim de evitar qualquer arrefecimento.
* As etapas do banho Vejamos agora, como preparar os banhos aromáticos: Aqueça o quarto a uma temperatura confortável. Feche bem as portas e as janelas, para conservar os vapores no interior do quarto. Encha a banheira com água quente, morna ou fria, consoante o caso. Misture 4 ou 5 gotas de óleo essencial com um solvente neutro ou com um produto que faça espuma e junte essa mistura à água do banho. Mexa a água. Uma tampa de champô, 250 ml de leite gordo ou 40 ml de vodka constituem bons sol ventes. Os óleos essenciais podem igualmente ser misturados com 1 ou 2 colheres de café de óleo vegetal. A mistura de óleo formará então uma fina película à superfície da água. Quando entrar no banho, essa película irá depositar-se na sua pele. Este método permite ao corpo absorver melhor os óleos. Se forem óleos essenciais muito suaves, poderá também, colocálos directamente na água do banho. Deverá então, mexer energi- 79 -
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camente a água do banho antes de entrar, para poder espalhar melhor os óleos essenciais. Alguns óleos podem, ao contacto com a pele, causar queimaduras ou alergias. É o caso em particular dos seguintes óleos essenciais : cravo-da-Índia, canela, pimenta, menta, manjericão e alecrim. Se optar por utilizar este último método, é aconselhável testar o efeito dos óleos a utilizar. Sobretudo, se for uma pessoa com pele sensível. Numa primeira fase, não deverá juntar mais de 2 gotas de óleo essencial à água do banho. Se a sua pele reagir bem, aumente progressivamente a dose. Junte os óleos essenciais à água do banho, imediatamente antes de entrar. De outra forma, os óleos terão tempo para se evaporar antes que possa tirar beneficiar do seu efeito. Instale-se confortavelmente no banho e saboreie esse prazer, respirando fundo durante um mínimo de 10 minutos. Logo sentirá o efeito reparador. Vejamos alguns dos óleos essenciais mais recomendados para os banhos aromáticos. Alfazema: acalma o sistema nervoso, alivia as tensões musculares e zela por um sono reparador. É recomendada para as crianças e os bebés. Camomila: favorece o sono e acalma as alergias cutâneas. É igualmente boa para as crianças e os bebés. Manjerona: elimina as tremuras e acalma as dores musculares. Alecrim: é estimulante (e, por conseguinte, perfeito para um banho matinal) e reduz as dores reumáticas. Bergamota: levanta a moral, favorece a meditação e possui propriedades anti-sépticas e desodorizantes. Jasmim, ylang-ylang: para além de provocarem uma sensação de bem-estar, estas essências estimulam a energia sexual.
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Para as crianças e os bebés, é fundamental misturar os óleos essenciais com um solvente, antes de os acrescentar à água do banho. As crianças têm a pele muito sensível e arriscam-se, mais do que os adultos, a sofrer irritações cutâneas ou queimaduras. Além disso, para as crianças só deverão ser utilizados óleos essenciais de primeira qualidade (100 puros e naturais). As crianças, tal como todos sabemos, adoram meter os dedos na boca. Arriscam-se assim, a ingerir óleos que lhes poderão causar danos. Poderão igualmente esfregar os olhos e provocar irritações na córnea.
Os banhos de pés e de mãos Os banhos de pés e de mãos são muito valiosos na prevenção e no tratamento de várias doenças, o que não nos deverá causar espanto, uma vez que as mãos e os pés são as partes mais receptivas do corpo. Uma bacia em terracota ou em faiança, será o ideal para utilizar nos banhos parciais. Se for em metal, é importante que esse metal seja esmaltado. O plástico não é recomendado. Nada melhor do que os banhos de pés para as constipações, as dores de cabeça, as enxaquecas e as nevralgias faciais! Aliviam as constipações, os problemas menstruais, as pernas e os pés cansados. Deita-se numa bacia com água suficiente para cobrir bem os tornozelos. Utilizar uma água o mais quente possível (deverá não obstante, evitar queimar-se) e não deixar baixar a temperatura. Sempre que necessário, acrescente um pouco de água quente à contida na bacia, a fim de manter a temperatura adequada. Imediatamente antes de introduzir os pés na bacia, juntar 10 gotas de óleo essencial, previamente diluído num óleo de base. Mexer a água para misturar bem. Devem-se fazer estes banhos durante cerca de 10 minutos, duas vezes por dia: um de manhã em jejum e outro de tarde, antes do jantar. - 81 -
Os aromas que curam
Poder-se-ão igualmente, alternar os banhos dos pés e das mãos. É o que sugere M. Mességué. Poder-se-á então, tomar um banho de pés de manhã e um banho de mãos à tarde. Antes do banho de pés, massaje suavemente os pés durante alguns minutos e mantenha-os aquecidos.
Os semicúpios São sempre indicados para os problemas ligados com o baixoventre, bem como para os problemas rectais. Libertam a energia, estimulam a circulação sanguínea, a digestão, o sistema imunitário e os órgãos genitais e combatem as hemorróidas. Para além disso, tal como os outros banhos, os semicúpios são um remédio extremamente simples. Constituem um hábito muito salutar. Trata-se simplesmente, de se sentar numa tina de água quente onde se juntaram os óleos essenciais diluídos. Para os semicúpios, é absolutamente indispensável misturar os óleos essenciais com um sol vente, antes de os acrescentar à agua. O contacto directo da mucos a vaginal ou anal com uma gota de óleo essencial pode causar prurido ou queimaduras.
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CAPÍTULOS AS COMPRESSAS Quando era criança, a minha mãe tratava-me as dores de cabeça de uma maneira muito simples. Dizia-me que me deitasse durante dez minutos e aplicava-me um pacho de água fria na testa. Este remédio agradava-me bastante e geralmente triunfava sobre a dor de cabeça. Mas pode-se sempre progredir. Se se juntarem algumas gotas de óleo essencial de alfazema à água contida nas compressas, estas serão ainda mais eficazes. Quando se procura um tratamento local para uma dor muscular, uma dor de dentes ou uma dor de garganta, por exemplo, as compressas aromáticas actuam depressa e bem. Para além do alívio local pretendido, as compressas têm também um efeito geral sobre todo o corpo. Para preparar as compressas, misture 2 gotas de óleo essencial em 1 litro de água quente ou fria (ver a secção "Quente ou fria", um pouco mais adiante). Mergulhe na água um pano absorvente e adequado para o efeito. Agite-o para tentar recolher o máximo possível do óleo essencial e escorra-o ligeiramente. Aplique a compressa e deixe-a actuar durante algumas horas. As dimensões do pano dependerão, obviamente, da parte do corpo que se deseja tratar. Se se pretender tratar as costas por exemplo, uma toalha será suficiente. Para a garganta ou a testa, um lenço de bolso será mais apropriado. Deverá utilizar-se um pano suficientemente grande para que se possa dobrar e assim obter alguma grossura de tecido.
Os aromas que curam
Se a compressa for colocada sobre um joelho, um cotovelo, um pulso, etc., deverá ser envolvida por uma ligadura elástica, que a irá manter no lugar. Se se tratar de uma compressa grande, para o baixo-ventre ou as costas por exemplo, a pessoa deverá, preferencialmente, permanecer deitada. Para evitar que a compressa molhe a ligadura, a roupa ou a cama, poder-se-á cobrir com um tecido plastificado.
As compressas quentes As compressas podem ser aplicadas quentes ou frias. Tudo depende do tratamento que se pretender efectuar. De notar, todavia, que em aromaterapia, as compressas quentes são usadas mais regularmente do que as frias. Com efeito, o calor que permite dilatar os poros da pele favorece igualmente a penetração dos óleos essenciais. As compressas quentes deverão ser aplicadas o mais quentes possível. Mas atenção às queimaduras! Para manter a temperatura da água, mantenha uma chaleira ao seu alcance. Se necessário, deite um pouco de água quente na bacia. As compressas quentes são indicadas para os seguintes tratamentos: dores musculares, artríticas ou reumáticas, dores de garganta ou de dentes, abcessos, celulite, todo o tipo de afecções cutâneas e obstruções dos diferentes órgãos. Elas proporcionam igualmente um grande alívio às parturientes. Neste caso, junte 5 ou 6 gotas de óleo essencial de alfazema ou de jasmim, a 2 ou 3 litros de água muito quente. Mergulhe nela um pano quadrado de grandes dimensões. Este permitirá cobrir bem a região a tratar e conservar melhor o calor. Escorra e aplique sobre o baixoventre ou na base das costas. - 84 -
Os aromas que curam
Quando a compressa começar a arrefecer, deverá ser imediatamente substituída por outra. Simultaneamente, poder-se-ão colocar compressas frias na testa da parturiente.
As compressas frias As compressas frias aliviam as dores de cabeça, as entorses, a febre e as inflamações. Devem, por conseguinte, ser aplicadas muito frias. Colocam-se cubos de gelo na água, para a manter fria. Quando a compressa aquecer, deverá ser imediatamente substituída por outra.
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CAPÍTULO 9 A AROMA TERAPIA E AS CRIANÇAS
A aromaterapia é muito recomendada para as crianças e os bebés. Não obstante, terão de ser respeitadas algumas regras de prudência. Salvo raras excepções, não recorrer aos óleos essenciais para uso interno, sem a indicação de um aromaterapeuta competente. Testar sempre os óleos essenciais, antes de iniciar um tratamento. Para saber como proceder para esse efeito,consultar o parágrafo: "Como testar os óleos essenciais". Nunca aplicar óleos essenciais não diluídos, quer no banho, quer em massagens ou compressas. Com efeito, os óleos essenciais flutuam à superfície da água e depositam-se no corpo e nos objectos que entram em contacto com a água. Ora, tal como todos sabemos, as crianças pequenas levam tudo à boca e também adoram esfregar os olhos. Arriscam-se assim a introduzir óleo essencial puro na boca ou nos olhos e a provocar uma irritação das mucosas. Para o banho do bebé, 1 gota de óleo essencial diluído numa colher de chá de óleo de amêndoa doce ou numa taça de leite gordo, é o suficiente. Os óleos esseiciais de alfazema e de camomila têm um efeito calmante. O óleo c: sencial de camomila faz desaparecer as irritações cutâneas que são tão habituais nos bebés. Para aliviar as cólicas dos bebés, misturar 2 gotas de óleo essencial de camomila ou de alfazema, numa colher de chá de óleo vegetal e massajar suavemente o ventre.
Os aromas que curam
Efectuar os movimentos no sentido dos ponteiros do relógio e de cima para baixo. Quando aparecem os dentes nas crianças, sucede por vezes, que a gengiva se torna dolorosa. Também neste caso, podem-se aliviar as dores do bebé graças aos óleos essenciais. Diluir 1 ou 2 gotas de óleo essencial de camomila em 5 ml de óleo vegetal (o equivalente a uma colher de café) e massajar o exterior da gengiva correspondente. Para ajudar uma criança a dormir melhor, deitar uma gota de óleo essencial de alfazema ou de camomila na roupa de cama.
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CAPÍTULO 10 AS MASSAGENS
A pele protege-nos A pele é mais do que um simples revestimento da carne. É um órgão tão vital como o fígado, o estômago ou os intestinos. A pele constitui uma espécie de barreira entre o interior e o exterior do corpo. Protege-nos contra as agressões exteriores: feridas, frio, calor, etc., prevenindo igualmente as perdas excessivas de determinados elementos vitais como o sangue, o calor, a linfa, etc. No entanto, esta barreira cutânea não é inteiramente estanque. Com efeito, a pele é um órgão semi-permeável. E, graças a esta propriedade, ela permite a realização de trocas constantes entre o interior e o exterior. Desempenha, por conseguinte, um papel fundamental na regulação da temperatura do corpo. Em caso de febre, é através da pele que se elimina o excesso de calor. A pele mantém igualmente, uma boa hidratação do corpo. Assim, as pessoas que sofrem grandes queimaduras, onde se perde uma percentagem significativa da derme e da epiderme, estão frequentemente sujeitas a graves desidratações. Este é um problema que, muitas vezes, se torna difícil de controlar. A pele permite igualmente, a eliminação das toxinas. Quando uma pessoa está doente, a transpiração mais abundante ajuda o corpo a libertar-se de um grande número de toxinas. Além disso, a abundância e o odor da transpiração são bons indicadores para diagnosticar o estado de saúde de um indivíduo.
Os aromas que curam
A pele alimenta-nos Para além de ser um órgão de eliminação por excelência, a pele é também um órgão de absorção. Para que não restem dúvidas, experimente esfregar a planta do pé com um dente de alho. Algumas horas mais tarde, poderá constatar que o seu hálito adquiriu um cheiro a alho. Isto prova até que ponto a pele se alimenta das substâncias com as quais está em contacto. Torna-se, portanto, necessário conceder uma atenção particular aos produtos que aplicamos na pele. Seja sob a forma de cremes, de óleos de massagem ou outros, devemos escolher sempre produtos sãos e nutritivos. Relativamente a esta questão, os óleos essenciais constituem um "alimento" incomparável. Não só são ricos em elementos extremamente benéficos para o corpo e o espírito, mas possuem também um grande poder de penetração. Actuam rapidamente e em profundidade, contribuindo ainda para o bom equilíbrio e a saúde geral do corpo. Durante muitos milhares de anos, os nossos antepassados utilizaram os óleos essenciais por via externa. Os bons resultados que obti veram foram suficientes para garantir a eficácia desta prática. Mas, nos nossos dias, é necessário provar tudo. Felizmente, vanas experiências rigorosas confirmam, actualmente, a importância da utilização externa dos óleos essenciais. Através de experiências controladas, é neste momento possível medir a velocidade da penetração cutânea dos diferentes óleos essenciais. Neste sentido, vejamos um estudo interessante conduzido por C. Valette. A experiência foi realizada num coelho, ao qual se tinha previamente rapado a pele do ventre. O investigador aplicou de seguida 1/100 de crrr' de diferentes essências (uma de cada vez) numa superfície igual à ocupada por uma moeda pequena. Seguidamente, cobriu a superfície tratada com um vidro de relógio, que fez aderir à pele. - 90-
Os aromas que curam
o Sr. Valette pôde assim constatar que, em 20 minutos, a pele do coelho absorvia completamente a essência de terebintina. As essências de tomilho e de eucalipto, eram absorvidas em 20 a 40 minutos; as de bergamota, de limão e de anis, em 40 a 60 minutos, as de citronela, de pinho, de alfazema, de canela e de gerânio, em 60 a 70 minutos e as de menta, de coentros e de arruda, em cerca de 100 minutos. O mesmo equivale a dizer que, em menos de uma hora, os óleos essenciais franquearam já a barreira cutânea e circulam livremente no sangue. Graças a este, os óleos essenciais são depois encaminhados para os diferentes órgãos do corpo.
Como utilizar os óleos essenciais nas massagens O uso dos óleos essenciais é absolutamente indispensável para as massagens. Se nunca fez esta experiência, experimente sem mais demoras. Os seus efeitos relaxantes, estimulantes, afrodisíacos ou outros, combinados com as suaves fragrâncias libertadas, irão deixálo encantado. Irá descobrir uma nova fonte de prazer e de bem-estar. Todos os tipos de massagens podem ser combinados com o uso dos óleos essenciais.
Prepare você mesmo os óleos para as massagens Poderá encontrar facilmente no mercado uma grande variedade de óleos para massagem. Além disso, uma vez que se interessa por óleos essenciais, aceite o desafio e prepare você mesmo os seus óleos para massagem. Poderá assim criar as misturas que melhor sirvam os seus interesses. Ficará com a certeza de que são de boa qualidade e, além disso, economiza substancialmente. - 91 -
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Para se orientar na confecção dos óleos, consulte os capítulos IS e 16. Aí encontrará indicações referentes aos efeitos dos vários óleos eSSenCIaIS. Para ficar a conhecer os óleos essenciais que se podem conjugar, convido-o a consultar o capítulo 14 "As boas e más combinações de óleos essenciais". Para cada uma das essências, encontram-se referidas as "essências associadas" ou seja, aquelas que constituem um bom complemento.
Quais são os óleos essenciais que melhor lhe convêm? É sempre importante escolher criteriosamente os óleos essenciais a utilizar para as massagens. Para escolher bem os óleos essenciais que melhor lhe convêm: 1. Consulte, em primeiro lugar, o léxico das propriedades dos óleos essenciais. Seleccione e tome nota dos óleos que poderão responder às suas necessidades principais. 2. Veja, de seguida, quais as outras propriedades dos óleos essenciais seleccionados. Veja se um dos óleos essenciais escolhidos não poderá tratar uma outra doença secundária que gostaria igualmente de combater. 3. Verifique se os óleos essenciais constantes da lista não encerram perigos, reportando-se ao capítulo 3: "As fantásticas propriedades dos óleos essenciais". Veja igualmente, se os óleos essenciais não apresentam contra-indicações que o possam abranger (capítulo 14). 4. Por último, centre a sua escolha no óleo essencial (ou nos óleos essenciais) que melhor responderem às suas necessidades.
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Como testar os óleos essenciais A etapa seguinte consiste em testar o óleo essencial escolhido. Esta etapa, importante para todos, torna-se absolutamente indispensável nos casos de tratamentos a aplicar a pessoas asmáticas, epilépticas, atreitas a alergias, crianças, mulheres grávidas ou pessoas idosas. Estas pessoas requerem um cuidado ainda maior. Para testar os óleos essenciais, deite uma gota do óleo em causa na parte interior do pulso e deixe-a penetrar por completo. Se, no dia seguinte, não notar nenhuma reacção cutânea, pode então utilizar o óleo essencial testado.
Os óleos de base Tal como já foi referido, os óleos essenciais são extremamente concentrados. Para efectuar massagens completas do corpo ou para massajar grandes superfícies (as costas, as pernas, etc.), deverá dilui-los num óleo de base. Além disso, os óleos essenciais não são ... oleosos. Seria então difícil utilizá-los para massagens sem o suporte de um óleo ... "oleoso". As mãos não deslizariam tão facilmente sobre a pele. Utilize os óleos vegetais como óleos de base. E, de preferência, óleos biológicos de primeira prensagem a frio. Evite em absoluto os óleos minerais. São produtos que contêm petróleo, do qual se extrai a gasolina e o querosene. Os hidrocarbonetos e as outras substâncias que se encontram no petróleo bruto, são depois extraídas através do uso de sol ventes bastante nocivos para a saúde. O óleo de grainhas de uva é perfeitamente adequado. Ele oferece todas as qualidades necessárias a um bom óleo de base. É leve, doce e tem uma característica muito importante, é inodoro. Permite, assim, valorizar melhor o aroma dos óleos essenciais que lhe forem acrescentados.
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Os óleos de abacate e de avelã, contam-se entre os mais penetrantes. Deste modo, favorecem uma acção rápida sobre o corpo. Os óleos de amêndoa doce, de gérmen de trigo, de cenoura, de avelã e de caroço de damasco, são ricos em vitamina E. São excelentes para os problemas cutâneos. O óleo de gérmen de trigo tem, contudo, a desvantagem de rançar rapidamente. Terá então de ser eliminado, uma vez que um óleo rançoso é tóxico para o corpo. De notar que é impossível encontrar óleo de gérmen de trigo de primeira prensagem a frio. Um bom óleo de gérmen de trigo obtém-se pela maceração num óleo de qualidade superior. Conservar sempre os óleos de primeira prensagem a frio em recipientes opacos. Estes deverão também ser colocados no frigorífico, a fim de evitar que criem ranço. Se gosta de preparar grandes quantidades de óleo para massagem de uma vez só, guarde apenas um pequeno recipiente do preparado à temperatura ambiente. O Óleo de Calêndula O óleo de calêndula é único no seu género. Possui as mesmas propriedades que o óleo essencial que dele se poderia extrair por meio de destilação. Esta característica impede-o de criar ranço. O óleo de calêndula é excelente para reduzir as inflamações reumatismais. Regulariza a circulação sanguínea e as funções digestivas. Alivia os problemas menstruais e combate o nervosismo. É igualmente um bom regenerador dos tecidos. Como se torna muito caro, poderá acrescentá-lo em pequenas quantidades ao seu óleo de base. Acrescente então o óleo essencial da sua escolha.
A vance então ... em pequenas quantidades ! Regra geral, os óleos essenciais actuam melhor em pequenas doses. Quando utilizados em quantidades demasiado generosas, podem mesmo provocar o efeito contrário ao pretendido. É o que - 94-
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acontece, especialmente, quando o que está em causa é o tratamento dos problemas ligados a emoções como o stress, as insónias, etc. Para os problemas físicos, a concentração pode ser ligeiramente mais reduzida. De uma forma geral, podem juntar-se 15 a 30 gotas de óleo essencial a 50 rn1 de um óleo de base. Se pretender massajar o corpo por completo, este irá absorver um total de 2 ou 3 gotas de óleo essencial. Se usarmos os óleos essenciais nessa proporção, iremos obter um perfume agradável, semelhante ao da própria planta no seu habitat natural. Para além disso, se pretender dar ou receber uma massagem do tipo reflexologia, shiatsu ou acupressão, acrescente algumas gotas de um óleo essencial ao seu óleo de base. Como estas massagens consistem numa série de compressões em pontos precisos do corpo, a absorção do óleo é menor. Se não for administrada em concentração suficiente, a quantidade de óleo essencial que penetra no corpo corre o risco de não produzir quaisquer efeitos. Deverá igualmente utilizar um óleo de massagem mais concentrado em óleos essenciais, se apenas pretender massajar uma parte do corpo. Os membros inferiores, o peito, as costas e o abdómen são as partes que mais regularmente se massajam em separado.
A tenção aos malefícios dos óleos essenciais ! Alguns óleos essenciais são dermo-cáusticos ou irritantes para a pele. Quando aplicados directamente sobre a pele, poderão provocar queimaduras mais ou menos graves. Torna-se, portanto, imperativo dilui-los adequadamente. Entre este grupo de óleos essenciais contam-se a canela, a menta, manjericão, o tomilho, etc. Para mais pormenores, consultar o capítulo 3, onde se encontra uma lista exaustiva dos mesmos. - 95 -
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Outros óleos essenciais causam foto-sensibilidade. Não devem ser utilizados se pretender expor-se ao sol. Caso contrário, arrisca-se a mudar de cor. Com efeito, os óleos essenciais que tornam a pele mais sensível aos raios ultravioletas, favorecem o aparecimento de manchas negras. Muitas vezes, estas manchas poderão persistir durante anos. O óleo essencial de bergamota é sobejamente conhecido por esta desagradável propriedade. Esta é a razão pela qual deixou de ser utilizado em cosmética, pese embora o seu perfume suave. Para conhecer a lista dos óleos essenciais que provocam fotosensibilidade, consulte o capítulo 3. Os óleos essenciais altamente tóxicos, como é o caso, entre outros, do funcho e da salva mansa, deverão ser utilizados com uma concentração mais baixa. Nas massagens ou qualquer outro tratamento, há que evitar sempre a aplicação de óleos essenciais puros nos olhos, nas orelhas e nas mucosas (nariz, boca, vagina). A menos que esteja em causa um tratamento específico, não se deverão aplicar óleos essenciais numa superfície irritada ou hipersensível. Se tiver dúvidas relativamente aos óleos essenciais que lhe são mais favoráveis, consulte um bom aromaterapeuta. Este saberá ter em conta os diferentes factores, na elaboração de misturas de óleos essenciais perfeitamente adaptados às suas necessidades. Para isso: 1. Antes de mais, ele procede à análise da sua saúde em geral. Tal análise permite-lhe determinar qual ou quais os óleos essenciais verdadeiramente adequados ao seu caso. 2. Um bom aromaterapeuta deve ter igualmente em consideração o efeito do perfume que resulta de tal preparado. Embora os perfumes aromáticos sejam, de uma forma geral, muito agradáveis, poderá dar-se o caso de um perfume recomendado lhe desagradar. De acordo com P. Mailhebiau, um dos mais conceituados aromatólogos, "um odor que nos agrada pode assemelhar-se muito a
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nós e um que nos desagrada pode ter como propriedade colocar-nos em questão". Poderá efectivamente suceder que o seu aromaterapeuta lhe proponha um odor que lhe desagrade, embora esteja em condições de desencadear um processo de cura. Dito isto, a maior parte dos aromaterapeutas irão sugerir, de uma forma geral, uma mistura que seja do seu agrado.
Massagens para toda a gente e para todos os gostos As massagens constituem uma extraordinária má fonte de bemestar. Basta experimentar para ficar rendido. Para que uma massagem seja bem sucedida, certos princípios deverão ser respeitados, uma vez que existe uma enorme diferença entre uma boa e uma má massagem. 1. Escolha um óleo para massagens adequado à pessoa a rnassajar. Para este efeito, seleccione 1, 2 ou 3 essências, de acordo com as necessidades da pessoa a massajar. Deite um total de 25 gotas de óleo essencial em 50 ml de óleo de base (óleo de grainhas de uva, de amêndoa doce, etc.). 2. De seguida, tente criar uma ambiente favorável. Prepare tudo de modo a não ser interrompido. Ligue o seu atendedor de chamadas. Escolha uma altura em que não esteja à espera de receber visitas. Aqueça o quarto à temperatura de cerca de 23° C. O massagista sentirá sem dúvida, um pouco de calor, mas a pessoa que está a ser massajada (e que permanece imóvel), sentir-se-á confortável. Sobretudo se ela estiver totalmente despida. O massagista deverá poder movimentar-se livremente em redor da pessoa que está a massajar. Se não dispuser de uma mesa de massagens, uma mesa de cozinha suficientemente grande, coberta com algumas mantas grossas, é o suficiente. Pode também trabalhar no solo, o que implica da parte do massagista uma certa destreza. - 97 -
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3. Para oferecer o melhor de si mesmo, o massagista deve sentir-se vigoroso e bem disposto. Poderá permitir-se receber uma masasgem quando está cansado, mas nunca ministrá-la. Para massajar outra pessoa, tem de se estar em forma. Além disso, não se deve fazer uma massagem a alguém por obrigação moral ou unicamente para lhe dar prazer. Nessas circunstâncias, a massagem seria simultaneamente penosa de efectuar e mais ou menos agradável de receber. Para fazer uma boa massagem, o massagista tem de se sentir bem e ter gosto em partilhar esse bem-estar. 4. Conceda-se todos os dias alguns instantes de interiorização, antes de passar à acção. Entre em contacto com o seu espaço de paz interior. S. De seguida vem a técnica. Existem vários tipos de massagens que combinam bem com o uso de óleos essenciais. O que escolhi para vos descrever assemelha-se essencialmente à massagem sueca. Embora seja fácil de efectuar, esta massagem alivia os músculos doridos e confere uma calma agradável à pessoa que a recebe.
As costas 1. Deite o equivalente a uma colher de café de óleo na concavidade da sua mão. Aqueça o óleo, esfregando as duas mãos, uma na outra. Aplique-o de seguida, sobre toda a extensão das costas, em movimentos amplos e suaves. Repita 3 ou 4 vezes. 2. Coloque as duas mãos na base das costas, uma de cada lado da coluna vertebral. Os dedos devem dirigir-se na direcção dos ombros. Exercendo uma pressão forte e regular, faça subir as mãos até aos ombros, ladeando a coluna vertebral. Nunca deverá fazer pressões directas sobre a coluna vertebral. Contorne o topo das omoplatas e reconduza as mãos para a base, fazendo-as deslizar suavemente sobre a superfície dorsal. Repita 3 ou 4 vezes. - 98 -
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3. Volte a colocar as mãos na base das costas e faça-as subir ao longo da coluna vertebral. Apoiando-as com bastante firmeza, efectue alguns círculos ao nível dos ombros e regresse à base das costas. Repita 3 ou 4 vezes. 4. Com a extremidade dos dedos, contorne a omoplata, efectuando pressões. Para dar mais força aos seus movimentos, coloque as mãos uma sobre a outra. Dado que se trabalha com base na compressão, é sempre importante sincronizar os seus movimentos e a sua respiração, com os movimentos e a respiração da pessoa que está a ser massajada. A compressão deverá ser efectuada aquando da expiração. Trabalhe somente uma omoplata de cada vez. 5. Com as palmas das mãos, faça de novo alguns círculos em redor das omoplatas e desça assim, até à base das costas. 6. Massaje de seguida a região lombar. Com a extremidade dos dedos, trace uma série de pequenos círculos partindo da coluna vertebral e dirigindo-se ao exterior. Repita 3 ou 4 vezes. Recomece os mesmos movimentos um pouco mais abaixo, a fim de cobrir toda a extensão lombar.
Os ombros 1. Coloque as duas mãos em toda a extensão da base do pescoço e faça-as deslizar no sentido da curva dos ombros, exercendo uma boa pressão. Repita 3 ou 4 vezes. 2. Coloque a ponta dos dedos ao nível das clavículas. Desloque os dedos no sentido das vértebras cervicais, ladeando a base do pescoço. Apoie-se firmemente sobre os músculos dos ombros, mas atenue a pressão quando chegar às vértebras. Repita 3 ou 4 vezes. - 99 -
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3. Coloque os polegares entre a omoplata e a clavícula direita. Efectue movimentos opostos com os dois polegares, deslocando um de cima para baixo e outro de baixo para cima. Repita 3 ou 4 vezes. 4. Termine com movimentos suaves e envolventes.
A face anterior das pernas e os pés 1. Coloque-se à direita da pessoa que está a massajar. Deite um pouco de óleo na concavidade da mão e esfregue as mãos uma na outra, para aquecer o óleo. Aplique-o de seguida sobre toda a parte anterior da perna direita. 2. Coloque as duas mãos abertas ao nível dos tornozelos e faça-as subir até ao cimo da coxa, na face interna da perna. Reconduza as mãos no sentido dos tornozelos, deixando-as deslizar sobre a face externa da perna. Repita 3 ou 4 vezes. 3. Massaje de seguida toda a extensão da perna, começando sempre por baixo. Para efectuar esta massagem, trabalhe simultaneamente com as duas mãos. Junte os dedos e, dobrando apenas a falange superior, forme uma pinça com a qual irá agarrar os músculos. Repita 3 ou 4 vezes. 4. Coloque a mão esquerda ao nível do tornozelo e a mão direita sob o joelho. Exercendo uma pressão redobrada com o polegar e o dedo maior, faça deslizar a mão direita para o lado esquerdo, ladeando a musculatura da barriga da perna. Repita 3 ou 4 vezes. 5. Efectue de novo movimentos ascendentes sobre a face interna da perna, seguidos de movimentos descendentes na face externa. Termine por uma massagem nos pés. Agarre então o pé entre as suas duas mãos. Com os polegares, faça pressão um pouco por toda a planta do pé. - 100 -
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Puxe suavemente cada um dos dedos do pé. Com o indicador, faça pressão entre os dedos. Descreva alguns círculos em redor dos tornozelos e deixe repousar o pé. Coloque-se do lado esquerdo da pessoa que está a ser massajada e ocupe-se agora da perna esquerda.
A barriga e o peito 1. Peça à pessoa que está a ser massajada que se vire de costas. Deite um pouco de óleo na concavidade da mão e esfregue as mãos uma na outra, para aquecer o óleo. Espalhe o óleo sobre toda a superfície da barriga. 2. Trabalhando com a palma das mãos, efectue movimentos circulares sobre a barriga. Trabalhe sempre no sentido dos ponteiros do relógio. Seguirá assim o movimento peristáltico dos intestinos. Descreva 3 ou 4 círculos completos. 3. Coloque as mãos uma a seguir à outra, acima do púbis e faça-as deslizar até ao peito. Comece de forma suave e vá aumentando a firmeza. A partir do meio do peito, desenhe meios círculos, subindo na direcção dos ombros e descendo as mãos de cada lado da caixa torácica.
Os braços e as mãos 1. Deite um pouco de óleo na concavidade da mão. Esfregue as mãos uma na outra, para aquecer o óleo. Espalhe o óleo sobre toda a extensão do braço direito. 2. Segure a mão direita da pessoa que está a massajar, com a sua mão esquerda. Com a sua mão direita, suba até ao ombro pela - 101 -
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face interna do braço e reconduza a mão no sentido do pulso, pela face externa. 3. Massaje de seguida toda a extensão do braço, começando sempre por baixo. Para efectuar esta massagem, trabalhe simultaneamente com as duas mãos. Junte os dedos e dobrando somente a falange superior, forme uma pinça com a qual irá agarrar os músculos. Repita 3 ou 4 vezes. 4. Efectue de novo, movimentos ascendentes na face interna, seguidos de movimentos descendentes na face externa. Termine com uma massagem nas mãos. Segure a mão da pessoa que está a massajar, entre as suas duas mãos. Com os polegares, faça uma série de pressões na palma da mão. Puxe suavemente cada um dos dedos. Descreva alguns círculos em redor do pulso e deixe repousar a mão. 5. Coloque-se do lado esquerdo da pessoa que está a ser massajada e ocupe-se então do braço esquerdo.
o rosto 1. Deite o equivalente a meia colher de café de óleo na concavidade da mão. Esfregue as mãos e espalhe o óleo sobre toda a face. 2. Coloque os polegares no meio da testa e faça-os deslizar na direcção das têmporas, contornando a linha do coro cabeludo. Ao atingir as têmporas, deverá efectuar ligeiras rotações com os polegares sobre elas. Repita 2 vezes. 3. Recomece o mesmo movimento, mas a partir do meio da face. Repita 2 vezes. 4. Coloque os polegares entre as sobrancelhas e dirigia-os para as têmporas, acompanhando a curvatura das sobrancelhas. Efectue ligeiras rotações nas têmporas. Repita 2 vezes. - 102 -
Os aromas que curam
5. Coloque os polegares na base do nariz e contorne a superfície óssea imediatamente abaixo dos olhos. Termine sempre com rotações sobre as têmporas. Repita 2 vezes. 6. Coloque os polegares na base do nariz, faça-os descer na direcção das maçãs do rosto e efectue rotações sobre as articulações dos maxilares. Repita 2 vezes. 7. Faça deslizar os polegares sobre a gengiva superior, partindo do centro do rosto em direcção aos lados. Repita 2 vezes. 8. Faça os mesmos movimentos sobre a gengiva inferior. Repita 2 vezes. 9. Massaje o lóbulo da orelha com pressões e ligeiros alongamentos. Desloque lentamente os dedos maiores por detrás das orelhas e efectue alguns movimentos de vaivém nas pregas. 10. Coloque as duas mãos sob a cabeça e erga-a delicadamente. Efectue movimentos lentos e suaves em diferentes direcções, para favorecer a distensão do pescoço. Poderá virar a cabeça para a direita, para a esquerda, erguê-la, recolocá-Ia sobre a mesa, induzir movimentos de flexão, etc. Deixe-a repousar sobre a mesa.
Conclusão Para terminar a massagem, toque ao de leve com as pontas dos dedos no corpo da pessoa que esteve a massajar. Depois, do cimo da cabeça dirija-se então para a ponta dos dedos - de seguida, do cimo da cabeça para a ponta dos pés. Cubra a pessoa com uma manta e deixe-a em repouso o tempo necessário para que possa retomar o contacto com o exterior.
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CAPÍTULO 11 A AROMA TERAPIA AO SERVIÇO DA BELEZA
A preocupação das mulheres com a sua beleza não é uma questão recente. E, ao que parece, elas aprenderam rapidamente a usar os óleos essenciais em seu benefício, para embelezar a aparência do corpo. Mesmo olhando muito para trás na história da aromaterapia, é possível encontrar produtos cosméticos à base de óleos essenciais. Neste capítulo, convidamo-lo a reconciliar-se com esta tradição. Irá encontrar nas páginas que se seguem, indicações práticas e precisas relativamente à preparação de loções, cremes, máscaras, etc.
Porque se utilizam os óleos essenciais em Cosmetologia? Tal como já foi referido em capítulos anteriores, a pele é muito mais do que um revestimento corporal. É um órgão vital, tal como o são o fígado e o coração. A pele é parte integrante do todo que constitui o corpo e, neste sentido, representa um bom indicador da saúde geral. Assim, uma pessoa que esteja de boa saúde terá uma tez brilhante. Pelo contrário, a pele de uma pessoa doente torna-se baça. A de uma
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pessoa ansiosa adquire reflexos amarelados e a de uma pessoa intoxicada ficará coberta de borbulhas. Para combater estes problemas de pele e para preverur o seu aparecimento, podemos encontrar no mercado uma enorme quantidade de produtos de beleza. Infelizmente, a maior parte destes produtos só disfarçam os defeitos da pele. Tal como os medicamentos alopáticos, apenas tratam os sintomas, não as causas. Os óleos essenciais fazem muito mais. Por um lado, têm uma acção local. Poderão ser utilizados tanto para reavivar a tez, como para apagar as rugas, para travar os excessos de oleosidade, etc. Por outro lado, os óleos essenciais actuam de uma maneira global sobre a totalidade do corpo. Quando aplicados na pele, penetram nos tecidos e equilibram o organismo em profundidade. Se necessário, irão estimular os rins ou o fígado, favorecendo assim a eliminação das toxinas. A sua beleza reencontra assim a sua verdadeira dimensão. Tornase o espelho da sua saúde.
Para se sentir bem na sua pele No mercado dos cosméticos existem alguns produtos de boa qualidade e à base de produtos naturais. Por definição, não contêm corantes, óleos minerais (os óleos minerais não penetram facilmente na pele, antes se acumulam nos poros, dificultando a sua respiração), perfumes sintéticos ou conservantes químicos. Para travar a proliferação bacteriana, os fabricantes utilizam determinados óleos essenciais, especiarias ou vitaminas. Contudo, os produtos inteiramente naturais não são fáceis de identificar. Tendo em conta a procura crescente e o facto de a sua produção se tornar mais cara, muitos fabricantes tentam fazer passar por natural o que efectivamente não o é. - 106 -
Os aromas que curam
Não hesitam em qualificar como "natural", um produto que apenas contém uma fraca percentagem de extractos de plantas. A publicidade é, muitas vezes, enganosa. A menos que seja um perito na leitura de rótulos, poderá facilmente ser enganado. Assim, ao querer cuidar da pele, arrisca-se a danificá-la ainda mais. Além disso, mesmo que se trate de um produto 100 natural, deverá sempre procurar conhecer a data de validade. Os conservantes naturais não são tão eficazes como os agentes químicos ou artificiais. Com efeito, após um certo tempo, as proteínas e as vitaminas presentes nos cosméticos deterioram-se e os microorganismos proliferam. Consequentemente, o produto arrisca-se a causar irritações na pele - por vezes graves.
Prepare você mesmo os seus produtos de beleza Um meio eficiente para resolver estes problemas é preparar você mesmo os seus produtos de cosmética. Poderá assim ficar certo de que eles não contêm qualquer agente nocivo e que correspondem às suas necessidades específicas. Tal como as grandes damas do século XVII, também pode ter os seus produtos personalizados. E adicionalmente, poderá fazer grandes economias.
Guia de aplicação dos óleos essenciais para os cuidados de beleza Pele normal: alfazema, gerânio, rosa, bergamota e camomila. Pele seca: camomila, jasmim, rosa, gerânio e alfazema. Pele oleosa: bergamota, cedro, salva, gerânio, alfazema, cipreste. Pele sensível: camomila, manjerona, alfazema, jasmim e rosa. Pele com acne: zimbro, alecrim, tomilho, alfazema e bergamota.
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Guia para as máscaras de beleza Pele com acne: couve, uva, tomate, iogurte, pepino, flocos ou sêmea de aveia. Pele normal: abacate, uva, limão, pêssego, morango, pepino, flocos ou sêmea de aveia e argila. Pele oleosa: couve, uva, limão, pêra, framboesa, flocos ou sêmea de aveia e argila. Pele seca: abacate, banana, cenoura, melão, flocos ou sêmea de aveia e argila. Para preparar as suas máscaras, basta reduzir simplesmente a puré ou raspar, consoante o caso, os frutos e os legumes mencionados. Para dar uma consistência adequada às suas máscaras, adicione se necessário, flocos de aveia ou de argila.
Óleo de limpeza para todos os tipos de pele 4 gotas dum óleo essencial à sua escolha (de acordo com o seu tipo de pele) em 100 ml de óleo de amêndoa doce. Agite energicamente antes de utilizar.
Loção tónica para todos os tipos de pele 1 gota dum óleo essencial à sua escolha (de acordo com o seu tipo de pele) em 250 ml de água destilada. Misture vigorosamente antes de utilizar.
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Os cuidados básicos para uma pele normal Propomo-lhe agora uma rotina de cuidados da pele que se aplica às peles normais. Mais adiante, serão fornecidos alguns pormenores para que possa adaptar este pequeno "ritual" às peles oleosas, secas ou com acne.
Todas as noites 1. Lave cuidadosamente o rosto e o pescoço, com um sabão suave ou com o seu óleo de limpeza (ver a receita um pouco mais acima). Use uma luva de banho, branca de preferência. Se não o fez ainda, li vre-se dos sabões comerciais altamente perfumados. A base alcalina que contêm desequilibra o pH da pele. Com efeito, a pele deve manter uma ligeira acidez, para se defender das bactérias e conservar a sua elasticidade. Poderá encontrar sabões de qualidade em várias lojas especializadas. De resto, mesmo com um bom sabão, deverá evitar as ensaboadclas magistrais. Estas eliminam os óleos naturais segregados pela sua pele e deixam-na desidratada. Um óleo de limpeza preparado por você mesmo é preferível ao sabão. O óleo irá retirar o excesso de oleosidade cutânea, sem secar a pele. 2. Enxagúe abundantemente para eliminar as impurezas. 3. De seguida, friccione o rosto com a sua loção tónica (ver um pouco mais acima). 4. Termine com uma massagem à base de óleo aromatizado, do qual poderá encontrar uma receita já a seguir.
Óleo facial para peles normais 1 gota de óleo essencial de gerânio 1 gota de óleo essencial de jasmim 3 gotas de óleo essencial de alfazema 10 ml de óleo de amêndoa doce - 109 -
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Todas as manhãs: 1. Lave o rosto com água limpa. 2. Friccione-o com a sua loção tónica. 3. Massaje-o suavemente com o seu preparado, até que tenha penetrado bem na pele.
Todos os dias: Pratique alguns exercícios que favoreçam a irrigação sanguínea ao nível da face. O yoga oferece toda uma série de posições invertidas para este efeito, as quais equivalem bem a máscaras de beleza.
Uma ou duas vezes por mês, cuide muito bem da sua pele: 1. Comece por um banho de vapor: Numa grande bacia de água muito quente, deite algumas gotas de óleo essencial de rosa, de alfazema, de camomila, de funcho, de menta, de salva ou de alecrim. Conserve o seu rosto sobre a bacia durante 5 a 10 minutos e cubra a cabeça com uma toalha turca, para preservar o vapor de água. Esta sauna do rosto é incomparável para limpar a pele. O calor dilata os poros da pele e expulsa a sujidade incrustada. Permite igualmente, uma melhor irrigação sanguínea facial. Contudo, não deve abusar dela. Uma ou duas vezes por mês é o ideal em termos de frequência, para as peles normais. 2. Se necessário, aplique de seguida uma loção esfoliante e esfregue a pele com uma escova suave. Poderá substituir a loção esfoliante e a escova, por uma pitada de sal do mar que se esfrega na pele com a ponta do dedo indicador. 3. Se desejar interromper aqui o tratamento, enxagúe o rosto com água fria para fechar bem os poros abertos. Se pretender continuar, através da aplicação de uma máscara, enxagúe então com água quente, para manter os poros abertos. 4. A máscara constitui a etapa seguinte. A natureza oferece tudo o que é necessário para a confeccionar. Não se deve menosprezar a sua simplicidade: posso garantir-lhe que ela actua bastante melhor e com muito mais sabedOlia do que os laboratórios mais sofisticados. - 110 -
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Na sua época, utilizar os frutos e legumes do jardim: abacate, uva, limão, pêssego, morangos e pepino. No Inverno, flocos de aveia, sêmea de aveia, uma gema de ovo ou argila misturada com um pouco de mel, tisana e 1 ou 2 gotas de óleo essencial, serão o suficiente. Prepare a sua máscara, dando-lhe uma boa consistência. Ela não deverá colar, nem ficar demasiado seca. Aplique a máscara uniformemente sobre o rosto, evitando cobrir a superfície dos olhos. Deite-se durante 20 minutos e relaxe enquanto a pele absorve os elementos nutritivos da máscara. Lave o rosto com água morna. 5. Termine o tratamento com uma massagem no rosto e no pescoço, por meio do seu óleo facial. Massaje o pescoço de baixo para cima, as maçãs do rosto, o queixo e o nariz, com movimentos circulares, e a testa, descrevendo meios círculos partindo da base do nariz e aumentando até às têmporas. De seguida, poderá colocar uma luva de banho (ou uma toalha turca) quente sobre o rosto, para aumentar a penetração dos óleos essenciais.
Os outros tipos de pele: como cuidá-los diariamente Acabámos de ver quais os cuidados básicos que se adequam a uma pele normal. Com algumas diferenças, os mesmos aplicam-se às peles oleosas, secas ou com acne. Vejamos alguns outros conselhos para adaptar este ritual estético ao seu tipo de pele, em particular. As peles oleosas Imediatamente sob a superfície da pele, encontram-se pequenas glândulas responsáveis pela lubrificação cutânea: as glândulas sebáceas. - 111 -
Os aromas que curam
Sucede por vezes, que essas glândulas, sob a acção de estiumlantes, trabalham muito intensamente. Produzem então um excesso de sebo que vai tornar a pele oleosa. Assim, a pele terá tendência a cobrir-se de acne e de pontos negros. Esta efervescência das glândulas sebáceas está, muitas vezes, ligada à superprodução hormonal. Da mesma forma, é frequente ver o rosto dos adolescentes cobrirem-se de borbulhas e de pontos negros, na altura da puberdade. A alimentação desempenha também um papel importante. Se for rica em substâncias gordas e em açúcares, se bebe bastante café ou chá, tem tendência a acentuar a acção das glândulas sebáceas. O simples facto de fumar agrava igualmente a situação.
Que fazer? Tal como já foi acima referido, a pele é o reflexo da saúde geral. Uma pele em mau estado pode ser um excelente indicador de uma intoxicação corporal. 1. Se o seu regime alimentar deixa muito a desejar, a primeira etapa consiste em modificá-lo. Consuma alimentos saudáveis, ricos em vitaminas, em minerais e em fibras alimentares. 2. Se necessário, consulte um bom aromaterapeuta. Ele poderá sugerir-lhe um tratamento em profundidade para purificar o seu sistema. 3. Utilize produtos cosméticos à base de óleos essenciais, de cedro, de salva, de gerânio, de alfazema ou de cipreste. Estes óleos essenciais regularizam a actividade das glândulas sebáceas. Devem ser utilizados na preparação da loção tonificante, do óleo facial, dos banhos de vapor, bem como das máscaras de beleza. 4. Siga escrupulosamente a rotina de base mencionada anteriormente, mas tenha também em atenção a observância dos pontos que se seguem: * Lave o rosto com água destilada, que ajuda a pele a recuperar o seu pH normal. * Massaje o rosto com um óleo facial preparado da seguinte maneira: - 112 -
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2 gotas de óleo essencial de bergamota 2 gotas de óleo essencial de cipreste 1 gota de óleo essencial de zimbro 5 ml de óleo de amêndoa doce 5 ml de óleo de gérmen de trigo. Misture vigorosamente antes de utilizar. * Faça banhos de vapor facial, uma ou duas vezes por semana. Retire os pontos negros, com o auxílio de um esfoliante. * Aplique uma máscara adequada.
As peles secas Quando as glândulas sebáceas não segregam uma quantidade suficiente de sebo, a pele torna-se seca. Tem igualmente, tendência a envelhecer bastante mais rapidamente. Resiste mal às agressões exteriores tais como o frio, o sol e o vento. Uma alimentação pobre em vitaminas e em minerais, o consumo de medicamentos, os apartamentos sobreaquecidos e o abuso de álcool, favorecem a secagem da pele. Que fazer? 1. Se necessário, modifique os seus hábitos alimentares, preferindo alimentos nutritivos. Beba mais água. 2. Prepare os seus cosméticos com óleos essenciais de camomila, de jasmim, de manjerona, de alfazema e de rosa. Estes óleos essenciais suaves e delicados, adequam-se perfeitamente às suas necessidades. Os óleos essenciais de gerânio e de alfazema, que têm um efeito regulador das glândulas sebáceas, produzirão igualmente bons efeitos. 3. Reporte-se à rotina de base mencionada anteriormente, introduzindo algumas alterações: * Lave o rosto somente à noite, utilizando água de rosas, à qual acrescentou previamente 1 gota de óleo de calêndula. Mexa energicamente a mistura e aplique-a com delicadeza, uma vez que as peles secas se irritam facilmente. - 113 -
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* Não utilize sabões comerciais ou produtos que contenham álcool. Estes últimos terão como efeito uma maior secagem da pele. * Massaje o rosto com um óleo facial preparado da seguinte maneira: 3 gotas de óleo essencial de gerânio 2 gotas de óleo essencial de rosa 5 rol de óleo de gérmen de trigo 5 ml de óleo de amêndoa doce 1 gota de óleo essencial de alfazema. Misture energicamente antes de utilizar. * Tenha cuidado com os banhos de vapor - um banho de vapor por mês será o suficiente. Além disso, um banho de vapor não deve durar mais de 3 minutos. * Aplique uma máscara apropriada.
As peles com acne Quando os rins e o fígado não conseguem desempenhar esta função, é através da pele que as toxinas se libertam. A pele torna-se oleosa, acumulando acumula assim as impurezas do meio ambiente e as células mortas da epiderme. Estes resíduos bloqueiam os poros da pele. Os pequenos folículos na base dos pêlos, infectam. Aparecem as borbulhas da acne e os pontos negros. Que fazer? 1. Também aqui não se poderá deixar de lado a questão alimentar. Evite os excessos de substâncias gordas. Consuma o número suficiente de frutos e legumes frescos e de cereais integrais. 2. Consulte um bom aromaterapeuta. Ele poderá orientá-lo no sentido de um tratamento em profundidade. 3. Os óleos essenciais que melhor se adequam ao seu tipo de pele são os de junípero, de alecrim, de tomilho, de alfazema e de bergamota. Utilize-os na preparação dos seus produtos cosméticos. - 114-
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4. Siga a rotina de base para os cuidados da pele, tendo em conta as indicações específicas que se seguem: * Limpe o rosto com o seguinte preparado: 25 ml de álcool 10 gotas de água de rosas 1 gota de óleo essencial de limão 1 gota de óleo essencial de bergamota. Agite energicamente antes de utilizar. * Enxagúe o rosto com água destilada, a fim de regularizar o pH da pele. * Para proteger a pele, massaje o rosto com um óleo facial preparado da seguinte maneira: 3 gotas de óleo essencial de alfazema 2 gotas de óleo essencial de bergamota 5 ml de óleo de damasco 5 ml de óleo de Rosa mosquet Misture energicamente antes de utilizar. * Faça banhos de vapor faciais, uma vez por semana. Retire os pontos negros com o auxílio de um esfoliante. * Aplique uma máscara apropriada. ~
Oleos essenciais para os seus 200 000 cabelos Quem de entre nós poderá afirmar que nunca se preocupou com a sua cabeleira? Gostamos de cabelos macios, volumosos, brilhantes, sedosos, etc. Para se poder ter uma cabeleira com estas características, a escolha dos produtos de higiene é determinante. Devemos ter sempre presente que, tal como a pele, os cabelos reflectem também o estado de saúde. São os primeiros indicadores de uma saúde pericJitante. A primeira etapa é então cuidar da saúde, fazendo uma alimentação saudável. Dê especial atenção aos aminoácidos, às vitaminas E, C e às do complexo B. Não esqueça igualmente o - 115 -
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suplemento de minerais. Os que influenciam mais particularmente a saúde dos cabelos são o zinco, o cálcio, o ferro e o cobre. Seguidamente, deverá dar um tratamento adequado aos seus cabelos. Evite fustigá-los muito frequentemente com champôs concentrados, à base de produtos químicos. Estes descontrolam o funcionamento das glândulas sebáceas do couro cabeludo. Vejamos em seguida, alguns truques ou cuidados que lhe permitirão obter - ou conservar - os cabelos dos seus sonhos: * Escolha produtos à base de ervas, de argila, de óleo vegetal, etc., que poderá encontrar nas lojas da especialidade. Pode enriquecer o champô acrescentando-lhe um óleo essencial (cerca de 10 gotas para um frasco de 250 rnl). Pode igualmente confeccionar você mesmo o seu champô. Encontrará uma fórmula de champô, um pouco mais adiante. * Antes de espalhar o champô na cabeça, dilua-o em água. O facto de deitar o champô directamente sobre os cabelos e sempre no mesmo sítio, acaba por "afectar-lhe os nervos". * Escove os cabelos todos os dias, com uma escova de cerdas de javali. Este pêlo capta o óleo segregado pelas glândulas sebáceas do couro cabeludo e espalha-o por toda a extensão dos cabelos. De tempos a tempos, efectue uma escovagem, inclinando-se completamente para a frente. Esta posição permite-lhe escovar bem a parte "de baixo" da cabeleira. Além disso, favorece uma boa irrigação sanguínea do couro cabeludo. De sublinhar, no entanto, que uma escovagem regular faz desaparecer os caracóis. Se preza os seus caracóis e as suas "ondas", substitua as escovagens por massagens do couro cabeludo. * Espalhe 1 gota de óleo essencial de alecrim na ponta dos dedos e massaje, * Substitua as loções amaciadoras (o bálsamo que contêm engordura o cabelo) pela utilização de óleo essencial de alecrim. Deite uma gota na concavidade da mão e passe a sua - 116-
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escova sobre ela antes de escovar os cabelos. O óleo essencial de alecrim dá brilho e resplandecência aos cabelos. Massaje regularmente o couro cabeludo, para ajudá-lo a descontrair-se e para estimular a circulação sanguínea. Após a utilização do champô, enxagúe abundantemente os cabelos. Os restos de champô favorecem o aparecimento de caspa. Termine o enxaguamento com um jacto de água fria. A água fria fecha os poros e estimula a circulação sanguínea. * Evite a utilização de secadores de cabelo e de ferros de frisar. Estes secam e queimam os cabelos. * Dê atenção aos elásticos demasiado apertados.
Fórmulas de saúde para os seus cabelos: Champô de ovo 1 gema de ovo 5 ml de rum ou de vodka 10 gotas de óleo essencial de cedro, de alecrim, de camomila, de alfazema, zimbro ou cipreste. Massaje a cabeça com esta mistura e deixe-a actuar durante dez minutos. Enxagúe abundantemente.
Locão amaciadora para os cabelos Junte 2 ou 3 gotas de óleo essencial de salva, de camornila (para os cabelos louros) ou de alecrim (para os cabelos castanhos), à água de enxaguar. Agite energicamente antes de deitar sobre a cabeça.
Tratamento para a queda de cabelo 1 gota de zimbro 2 gotas de cipreste 2 gotas de alecrim 10 ml de azeite. - 117 -
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Massaje cuidadosamente o couro cabeludo com este preparado, 1 hora antes de lavar com champô. Na altura da lavagem, esfregue bem o couro cabeludo para eliminar os vestígios de óleo.
Tratamento para os cabelos oleosos 1 gota de óleo essencial de cedro 2 gotas de óleo essencial de cipreste 2 gotas de óleo essencial de zimbro 10 rn1 de azeite. Massaje suavemente o couro cabeludo com este preparado, 1 hora antes de lavar com champô. Na lavagem, esfregue bem o couro cabeludo para eliminar os vestígios de óleo. Tratamento para favorecer o crescimento do cabelos e eliminar a caspa 3 gotas de óleo essencial de alecrim '2 gotas de óleo essencial de alfazema 10 ml de azeite. Massaje suavemente o couto cabeludo com este preparado, envolva a cabeça numa toalha turca e deixe actuar durante toda a noite. De manhã, lave os cabelos, esfregando bem com o champô para retirar todos os vestígios de óleo.
o cuidado das mãos e dos pés Para manter macia a pele das mãos e dos pés, aplique o seguinte preparado e massaje suavemente, a fim de o fazer penetrar. 3 gotas de óleo essencial de rosa 2 gotas de óleo essencial de limão 10 rn1 de óleo de amêndoa doce. Para fortalecer e embelezar as unhas, junte 1 gota de óleo essencial de limão, a uma colher de café de óleo vegetal. Em seguida, deite numa taça meia de água e mergulhe as mãos neste preparado durante quinze minutos. - 118 -
CAPÍTULO 12 A ARTE DOS PERFUMES
"E havia ainda um outro projecto que Baldini congeminava, um projecto da sua predilecção e que seria uma espécie de contrapeso ao projecto relativo a Saint-Antoine e à sua produção, se não em massa, pelo menos de artigos de ampla difusão: pretendia criar, para um escol de clientes ricos e importantes, ( ... ) perfumes pessoais, que, à semelhança da roupa por medida, apenas se adaptariam a uma pessoa, só ela os poderia utilizar e teriam mesmo o seu ilustre nome. Imaginava, por conseguinte, um "Perfume da Marquesa de Cernay", um "perfume do Marechal de Villars", um "Perfume de M. le duc d' Aiguillon", e assim por diante. Sonhava com um "Perfume da Marquesa de Pompadour" e mesmo com um "Perfume de Sua Majestade o Rei", num frasco de ágata requintadamente trabalhado, com um engaste em ouro cinzelado e uma discreta gravação na base e por dentro, com os dizeres: "Giuseppe Baldini, perfumista". Patrick Süskind, O Perfume
Na Idade Média, os perfurr es estavam reservados para os ofícios religiosos. Foram as cruzadas [ue trouxeram para o Oriente o hábito de se perfumar. A Idade Média foi igualmente a época dos alquimistas. Fechados dentro dos seus laboratórios, estes esforçavam-se por descobrir o Elixir da Longa Vida. Foi ao efectuarem as suas pesquisas que
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descobriram que o álcool podia servir de base às essências vegetais. Após esta descoberta primordial, os perfumes à base de álcool invadiram gradualmente o mercado. Mas estes perfumes, que então eram apelidados de Água de Vida, eram bem diferentes dos que conhecemos actualmente. Eram criados com fins curativos e considerados verdadeiras panaceias. Por exemplo, a água de Colónia era famosa pelo seu efeito "hipnótico sobre os nervos sensitivos, reanimador para os nervos, dando uma sensação de frio e de calor e motriz para os nervos que comandam a circulação venosa e arterial". ("La Parfumerie Moderne", Outubro de 1947) Foi no reinado de Napoleão I que os perfumes perderam a sua vocação terapêutica. Com efeito, no ano de 1800, Napoleão decretou que todas as substâncias alcoólicas aromáticas vendidas com fins medicinais deveriam apresentar, no rótulo, a lista dos produtos que entravam na sua composição. Desde então, os perfumistas, ciosos das suas receitas e decididos a não revelá-las, deixaram de promover as virtudes terapêuticas dos seus produtos. A época dos pequenos laboratórios de alquimia, impregnados de aspirações nobres, pertence ao passado. Actualmente, o objectivo dos fabricantes de perfumes é fazer fortuna e a concorrência é feroz. Os óleos essenciais que constituíam outrora a essência de um perfume, são agora raramente utilizados. Nos nossos dias, os perfumes, mesmo os mais caros, não passam de misturas engenhosas de aromas sintéticos produzidos em laboratório. As imitações são, aliás, cada vez mais perfeitas. Muito astuto será o nanz que conseguir descobrir a diferença. Em contrapartida, estas reproduções, embora sejam agradáveis ao cheiro, já não oferecem, as propriedades terapêuticas dos perfumes de outrora. Já ninguém se atreveria a beber o seu perfume, como acontecia antigamente.
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Gostaria de criar o seu próprio perfume? Se deseja criar o seu próprio perfume, deve saber, antes de mais, que nem todos os óleos essenciais são igualmente voláteis. Para os distinguirmos segundo o seu grau de volatilidade, classificamo-los em três categorias principais. Bem combinadas, as diferentes notas irão deixar-se escapar uma a uma, numa doce e harmoniosa continuidade.
As notas de cabeça (ou de arrebatamento): Conferem uma nota de delicadeza aos perfumes e evaporam-se rapidamente. Quando se aplica um perfume na pele, as primeiras fragrâncias que se libertam são as notas de cabeça. Os óleos essenciais desta categoria actuam rapidamente e estimulam o corpo e o espírito. Os óleos essenciais que apresentam uma nota de cabeça, são os de limão, de laranja, de alecrim, de angélica, de bergamota, etc.
As notas de coração (ou "bouquet"): Após as notas de cabeça terem evaporado, são as notas de coração que emanam mais perfume. Estas notas de coração têm uma acção mais específica sobre os órgãos do corpo. Abrangem as essências de jasmim, de rosa, de cravo, de lilás, de lírio, de ylang-ylang, etc.
As notas de fundo: As notas de fundo persistem durante mais tempo. São elas que dão a nota de base ao perfume. Cabem nesta categoria os odores de madeira e resinosas, característicos das essências de cedro, de sândalo, de benjoim, de patchouli, etc. As notas de fundo são calmantes.
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Outros conselhos Deve ainda ter presente que um bom perfume não é tudo! É preciso igualmente saber como utilizá-lo. Assim, quando transpira abundantemente (no Verão ou após a prática de uma actividade desportiva), a sua pele toma-se mais ácida e corre assim o risco de alterar o odor de um perfume. Seja discreto nestes casos e prefira o perfume indirecto de um pó, de um leite, de um creme ou de um sabão. Existem igualmente perfumes matinais e perfumes nocturnos. Os primeiros são leves, invocam os frutos ou as flores, enquanto os nocturnos exalam um odor mais intenso de flores ou de especiarias. Os perfumes libertam melhor as suas fragrâncias se forem vaporizados nos locais onde o sangue aflui: na parte interna dos pulsos, na nuca e atrás das orelhas.
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CAPÍTULO 13 COMO UTILIZAR OS ÓLEOS ESSENCIAIS EM APLICAÇÃO INTERNA Os prós e os contras "Tudo é venenoso, nada é venenoso - é a quantidade que determina o veneno." Paracelso Também pode beneficiar das propriedades dos óleos essenciais, aplicando-os por via interna. Esta utilização é, no entanto, mais delicada e não tão consensual.
Os contras Muitos aromaterapeutas, entre os quais se encontra Margarite Maury (aromaterapeuta muito conhecida nos países ocidentais, autora do livro "Le capital jeunesse", publicado em 1961), consideram que o uso interno dos óleos essenciais é, muito simplesmente, perigoso. De acordo com esta escola de pensamento, o uso externo possibilita a obtenção de resultados igualmente válidos e, muitas vezes, melhores. E isto sem provocar os riscos associados a uma utilização interna.
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Os principais perigos ligados ao uso interno dos óleos essenciais são os seguintes: Um óleo essencial não diluído que entre em contacto com as mucosas corre o risco de provocar queimaduras. Poderá causar irritações graves nas paredes da boca, do estômago e dos intestinos. Quando tomados em quantidades significativas, os óleos essenciais podem igualmente danificar os órgãos de eliminação. Tal é, em particular, o caso do fígado e dos intestinos.
Os prós Outros aromaterapeutas consideram que a utilização interna dos óleos essenciais é absolutamente válida, desde que seja feita sob a vigilância de uma pessoa competente. Ponto de vista este que eu também defendo. Não obstante, creio que a pessoa competente de que se fala pode muito bem ser você mesmo. Porque afinal, "se queremos as coisas bem feitas, fazemo-Ias nós mesmos". Deverá, obviamente, informar-se de forma adequada e actuar com inteligência e cuidado. E, observando rigorosamente as 9 grandes regras que se seguem, evitará com certeza todos os perigos possíveis.
As 9 grandes regras para o uso interno Regra nU, I: Testar os óleos essenciais Esta precaução - importante em utilização externa - é ainda mais importante para o uso interno. Ao testar os óleos essenciais, estará a avaliar as suas reacções específicas a uma determinada essência ou essências. Evitará assim consumir um óleo essencial ao qual poderia ser alérgico. - 124 -
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Para efectuar este teste, deite 1 gota de óleo essencial na zona interior do pulso. Esfregue suavemente, para o fazer penetrar na pele. Vinte e quatro horas depois, se não observar nada de anormal, é um bom sinal. Poderá então passar a tomar 1 gota desse mesmo óleo essencial de manhã e outra à noite. Se reagir bem, aumente a dose para 2 gotas. Regra n° 2: Diluir os óleos essenciais Um óleo essencial nunca deve ser consumido puro. Antes de o levar à boca, dilua-o num óleo vegetal (biológico, de preferência) ou numa solução alcoólica. Estes são os dois melhores suportes. Será suficiente uma diluição a 10. Alguns autores recomendam igualmente deitar o óleo essencial numa colher de mel ou sobre um pedaço de açúcar. Estes suportes não permitem uma diluição tão boa dos óleos essenciais. Contudo, adoçam o sabor, muitas vezes desagradável, dos óleos essenciais. Embora este método seja válido, as diluições em óleo ou no álcool são mais seguras e mais suaves para o organismo. Finalmente, outros autores recomendam que se junte os óleos essenciais a uma bebida quente (uma ti sana ou uma taça de água quente). Por favor, não confiem em tais recomendações. Tudo aponta para que esta seja uma prática nociva. Com efeito, os óleos essenciais não se dissolvem na água (mesmo na água quente), antes flutuam à superfície. Assim, quando ingerir a sua bebida, as gotinhas de óleo entrarão em contacto directo com as paredes internas. Arrisca-se por conseguinte, a sofrer irritações mais ou menos incómodas, consoante a quantidade e a composição da essência utilizada.
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Regra n° 3: É preferível pouco do que demasiado Como se trata de produtos de origem natural, algumas pessoas crêem que os óleos essenciais são isentos de perigo. Este pensamento está errado. Desde que se reconheça que um medicamento é eficaz para tratar esta ou aquela irregularidade, ele representa igualmente um perigo potencial. O mesmo será dizer que, se os óleos essenciais podem prestar grandes serviços, poderão igualmente ser nocivos para a saúde. Por exemplo, a camomila, reconhecida pela sua suavidade, tornase vomitiva em doses fortes. Os óleos essenciais concentrados em cetonas, podem causar crises de epilepsia. Uma ou 2 gotas de óleo essencial de salva têm um efeito calmante. Mas em doses elevadas, o efeito é precisamente o inverso. A salva terá então uma acção muito violenta. Nunca esquecer que os óleos essenciais são concentrados potentes. Deverão, por conseguinte, ser usados com moderação. A prudência recomenda que nunca se deve aventurar cegamente numa terapêutica à base de óleos essenciais. Após ter testado um óleo essencial, poderá utilizar entre 1 a 3 gotas de manhã e à noite. Tudo depende do seu peso. Calcule 1 gota por cada 25 quilos. Mas esta recomendação é feita de uma forma muito genérica. Deverá ainda ter em conta os componentes do óleo essencial utilizado. Alguns são mais tóxicos do que outros (ver o capítulo 3). É o que acontece, em particular, no caso dos óleos essenciais com cetonas e fenol. Se a essência utilizada contém muitos destes componentes, deverá então reduzir a dose. Além disso, como já foi aqui referido, a qualidade dos óleos essenciais pode variar consideravelmente de um frasco para o outro. - 126 -
Os aromas que curam
Por um lado, um óleo essencial será mais ou menos eficaz consoante a qualidade da planta de onde tiver sido extraído. Quanto à qualidade da planta, propriamente dita, depende do tipo de cultura empregue, do solo de onde ela provém, do grau de exposição ao sol, etc. Em aromaterapia encontramos, tal como acontece nos vinhos, colheitas boas e colheitas menos boas. Por outro lado, o modo de extracção do óleo essencial, a parte da planta utilizada, bem como o modo de conservação da essência, são igualmente factores que influenciam a sua qualidade. O conjunto destes factores torna difícil a existência de uma posologia exacta e universal. Para uma essência de boa qualidade, a quantidade a utilizar deverá ser menor e vice-versa. Por conseguinte, deve fazer uso do seu bom senso, explorar e fazer testes. Mas sempre respeitando determinadas tabelas! E tenha presente as sábias palavras de Jean Valnet: " ... em determinados casos, obteremos resultados tanto mais convincentes, quando mais diluído estiver o produto ... ".
Regra n° 4: Atenção a alguns óleos essenciais Para conhecer os perigos ligados a algumas essências, leia atentamente o parágrafo "Tudo é venenoso, nada é venenoso", inserido no capítulo 3. Os óleos essenciais de jasmim, de rosa e de benjoim não são indicados para uso indirecto.
Regra n° 5: Não utilizar óleos essenciais por via interna quando se sofre de inflamações do estômago ou do intestinos Com efeito, o contacto das paredes do estômago ou dos intestinos com os óleos essenciais mais não faria do que agravar a situação. - 127 -
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Regra n° 6: Assegurar-se da qualidade dos óleos essenciais Existe no mercado uma grande variedade de marcas de óleos essenciais. Infelizmente em muitos casos a qualidade não é das melhores. Deve precaver-se e apenas utilizar as essências puras e 100 naturais. De facto, se a qualidade dos óleos essenciais é importante quando se trata de um uso externo, torna-se primordial em uso interno.
Regra n° 7: Conhecer o nome latino dos óleos essenciais
É importante conhecer o nome latino dos óleos essenciais que se adquirem. Este deverá constar sempre do rótulo do frasco. Tal como já foi aqui referido, existem por vezes, muitas variedades de uma mesma planta e cada variedade possui as suas próprias características. Por exemplo, um tomilho rico em timol será muito útil em caso de infecção. Mas, para tratar uma criança com gripe, o tomilho com linalol, que é mais leve, é muito mais vantajoso. Regra n° 8: Tomar os óleos essenciais antes ou durante as refeições O melhor momento para tomar os óleos essenciais é antes ou durante as refeições. A parede do estômago encontrar-se-á então protegida pelos alimentos que forem ingeridos. Não haverá o risco de os óleos essenciais entrarem em contacto com ela, causando-lhe irritações. Regra n° 9: Não utilizar óleos essenciais por via interna em crianças com idade inferior a 10 anos Se é verdade que as crianças reagem, muitas vezes, melhor do que os adultos à aromaterapia externa, o mesmo não se passa com a interna. Os óleos essenciais são demasiado potentes para elas. - 128 -
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Para os tratamentos internos, deverá recorrer-se mais aos hidrolatos. Os hidrolatos são os líquidos obtidos durante a destilação de uma planta. Apresentam as mesmas propriedades que os óleos essenciais correspondentes, mas menos concentradas. Também aqui, deverá assegurar-se da boa qualidade dos hidrolatos adquiridos. Muitos de entre eles são produtos falsificados. Tais hidrolatos, embora sejam tolerados na utilização externa, tornam-se absolutamente nocivos para uso interno. Junte 1 colher de café de hidrolato numa tisana ou num copo de água. Dê este preparado ao seu filho, de manhã em jejum.
Outras formas de uso interno - Por via rectal Os óleos essenciais sob a forma de supositórios ou de clisteres podem ser utilizados por via rectal. Este uso é, obviamente, recomendado para os problemas intestinais: diarreia, obstipação, colite, etc. É igualmente muito eficaz no tratamento de problemas hepáticos e circulatórios. Os clisteres trazem um alívio rápido, mas também podem causar danos igualmente rápidos. Por conseguinte, deverá agir com prudência. Utilize somente preparados de baixa concentração. De uma forma geral, um tratamento por dia, preferencialmente à noite, é o suficiente. A temperatura ideal é de 37°C. - Por via vaginal Os duches com óleos essenciais tratam de forma eficaz as afecções vaginais (leucorreia, candida albicans, etc.). Contudo, não deve abusar destes tratamentos, sob pena de se arriscar a interferir no equilíbrio natural da flora vaginal. Geralmente, um duche por dia é o suficiente. - 129 -
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Além disso, é importante diluir bem os óleos essenciais a utilizar, para não irritar as mucos as vaginais. Dilua 2 gotas de óleo essencial em 5 ml de vodka. Em seguida, acrescente 5 ml desta mistura a 1 litro de água fervida e arrefecida. A temperatura ideal é a mesma temperatura do corpo, ou seja, 37° C. Os óleos essenciais de alfazema e de zimbro são os mais adequados para os duches vaginais. - Por injecção Os óleos essenciais também podem ser administrados por meio de injecção. Mas, como pode imaginar, neste caso estamos perante um tratamento que é da competência de um médico autorizado.
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CAPÍTULO 14 AS BOAS E AS MÁS COMBINAÇÕES DE ÓLEOS ESSENCIAIS
Quer sejam utilizados por via interna ou por via externa, os óleos essenciais, quando em combinação, deverão seguir determinados princípios. Por outro lado, a menos que se trate de um aromaterapeuta competente, é difícil obter misturas bem equilibradas de óleos essenciais. A manipulação dos óleos essenciais torna-se complicada quando não se conhecem muito bem os componentes químicos exactos. É esta a razão pela qual se recomenda muitas vezes à pessoa inexperiente que utilize somente um óleo essencial de cada vez. O que, na maioria das vezes, é absolutamente eficaz. Não obstante, a utilização de um só óleo essencial apresenta as suas limitações. E ao utilizar somente um óleo essencial de cada vez, privamo-nos por vezes de um tratamento muito mais adequado às nossas necessidades. Com efeito, uma boa associação de óleos essenciais aumenta consideravelmente as propriedades terapêuticas de um tratamento. 1. A combinação de óleos essenciais torna-se, por vezes, necessária quando se sofre de vários males que não podem ser todos tratados com recurso a um só óleo essencial. Por exemplo, se sofre simultaneamente de dor de cabeça e de dor de dentes, terá necessidade de utilizar dois óleos essenciais.
Os aromas que curam
Poderá aplicar uma gota de óleo essencial de cravo-da-índia na cavidade do dente dorido e, para tratar a dor de cabeça, poderá difundir uma essência de alfazema. Para tratar uma pele com acne, combina-se muitas vezes a alfazema, a bergamota e o gerãnio. A acção destas três essências é assim, complementar. A alfazema estimula o crescimento de novas células. A bergamota, que é adstringente, fecha os poros da pele e combate os estados depressivos que frequentemente se encontram associados à acne. O gerãnio equilibra a função das glândulas sebáceas. 2. Por outro lado, a combinação de diferentes óleos essenciais é muito mais do que uma simples adição das características de cada um deles. Alguns óleos essenciais, quando misturados, aumentam mutuamente as suas propriedades terapêuticas. Têm um efeito sinergético. Assim, conseguiremos obter uma mistura que constitui, por assim dizer, um novo óleo essencial cujas propriedades são muito mais amplas, do que a soma simples de cada um dos seus componentes. 3. Os óleos essenciais que se misturam podem também, equilibrar-se. Por exemplo, consideremos o óleo essencial da segurelha, que contém uma forte percentagem de monoterpenos. Os monoterpenos são bons analgésicos, mas são igualmente dermocáusticos. Para atenuar este efeito dermo-cáustico, poder-se-á combinar o óleo essencial de segurelha com o de alfazema. Conseguiremos assim obter um óleo essencial cuja acção analgésica é igualmente potente, mas que não apresenta o risco de provocar queimaduras na pele. Se, por uma ou outra das razões precedentes, pretender efectuar misturas de óleos essenciais, tenha em atenção alguns conselhos preliminares que deverá respeitar. l. Leia atentamente os capítulos 3 e 14. O capítulo 3 dá-lhe informações sobre as famílias bioquímicas das plantas e suas características. O capítulo 14 menciona os vários componentes químicos das plantas. - 132 -
Os aromas que curam
2. Não misture mais do que três óleos essenciais. Na maioria dos casos, uma associação de dois ou três produz bons resultado. 3. Reporte-se à lista que se segue, para poder conhecer as essências mais compatíveis. Esta lista constitui uma boa base de trabalho. Sirva-se igualmente do seu nariz. Quando uma mistura liberta um odor agradável, existem fortes probabilidades de que esteja bem equilibrada. Com a experiência, irá desenvolver a sua sensibilidade olfactiva e conseguirá seguramente preparar misturas perfeitamente bem doseadas. Pode ainda recorrer às diferentes receitas que aparecem ao longo deste livro. Se, contudo, não sentir o entusiasmo necessário para efectua!" esta aprendizagem, saiba que pode adquirir complexos de óleos essenCiaIS.
Com efeito, alguns laboratórios produzem excelentes complexos. As dosagens são então estabelecidas por aromaterapeutas competentes, que conhecem bem os componentes químicos dos óleos essenciais.
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Os aromas que curam
Lista dos óleos essenciais que se podem combinar bem Alecrim: manjericão, limão, alfazema, eucalipto-de-cheiro, cipreste e salva Alfazema: combina bem com quase todos os óleos essenciais, mas mais particularmente com o limão, a laranja, a salva, o pinheiro e o alecrim Bergamota: jasmim, alfazema e néroli Camomila alemã: gerânio, alfazema e rosa Cedro: Bergamota, cipreste, jasmim e alecrim Cipreste: zimbro, alfazema, pinheiro, alecrim com verbenona Eucalipto-de-cheiro: alfazema e pinheiro FIor-de-laranjeira: sal via sclarea, gerânio e alfazema Funcho: gerânio, alfazema e rosa Gerânio: combina bem com quase todos os óleos essenciais, mas mais particularmente com o manjericão, o limão e a rosa Jasmim: combina bem com quase todos os óleos essenciais, mas mais particularmente com o limão Limão: alfazema e laranja Manjerona: bergamota, alfazema e alecrim Menta: manjericão e alfazema Pinheiro: cedro, alecrim e salva Rosa: combina particularmente bem com a bergamota, a sal via sclarea, o jasmim e o gerânio Salva: bergamota, limão, alfazema e alecrim Salvia sclarea: cedro, limão, gerânio, jasmim, zimbro e alfazema Segurelha: alecrim, salva, tomilho com linalol e alfazema Tomilho com linalol: bergamota, alfazema, limão e alecrim Zimbro: cipreste e alfazema - 134 -
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CAPITULO 15 LÉXICO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS E SUAS PROPRIEDADES
"Vem, vento do sul que desperta os amores, Sopra sobre o meu jardim E espalha os seus perfumes. ( ... )" Neste capítulo, poderá encontrar a lista dos principais óleos essenciais de venda livre. Mas, antes de consultar este léxico, leia com atenção as seguintes notas eminentemente práticas. 1. Em cada rubrica, poderá constatar que é referido o nome latino da planta. Este nome latino reveste-se de uma importância particular, uma vez que é indispensável para identificar correctamente os óleos essenciais. Tal como já foi explicado no capítulo 4, dois tipos de alfazema, por exemplo, não darão, necessariamente, origem a um óleo essencial com as mesmas propriedades. Aliás, todos os laboratórios sérios se obrigam a mencionar o nome da planta no rótulo. Este é mesmo um bom critério para distinguir o trigo do joio - mais do que abundante no mercado. 2. Irá igualmente encontrar os componentes característicos dos óleos essenciais, os quais não são referidos por mero pedantismo. Do interior de uma mesma espécie de alfazema, é possível extrair um óleo essencial cujas propriedades variam sensivelmente,
Os aromas que curam
consoante o extracto provenha de uma parte da planta ou de outra (para mais pormenores, ver o capítulo 4). 3. Nas rubricas que se seguem, é frequentemente recomendado o uso de óleo de amêndoa doce para as massagens. Saiba, contudo, que o óleo de grainha de uva é, em vários aspectos, superior ao de amêndoa doce (ver no capítulo 10, o parágrafo relativo à preparação dos óleos para massagens). Com efeito, o óleo de grainhas de uva é mais leve que o de amêndoa doce e é menos perfumado. Esta última característica permite a valorização da fragrância dos óleos essenciais utilizados. Para além disso, o óleo de grainha de uva é mais barato do que o de amêndoa doce. O seu único inconveniente é ser menos popular e, por conseguinte, um pouco mais difícil de encontrar. Por isso se recomenda igualmente o uso do óleo de amêndoa doce. Se não conseguir encontrar nem um, nem o outro destes óleos, poderá utilizar qualquer outro óleo vegetal.
Alecrim (Rosmarinus officinalis - Labiadas) Desde há muito que o homem aprecia as virtudes do alecrim. Conta-se que os antigos egípcios perfumavam a tumba dos seus mortos, depositando nela um ramo de alecrim. Na Grécia antiga, o alecrim era um símbolo de amor. Entrançava-se para formar coroas, que eram então colocadas sobre a cabeça dos noivos. Na Idade Média, o alecrim era correntemente utilizado nas sessões de exorcismo. Acreditava-se que o fumo libertado afugentava os demónios. Mas o alecrim não gozava unicamente de uma reputação mística ou simbólica. Ao que parece, também Luís XIV, o rei Sol, e Mme de Sévigné, ficaram curados do seu reumatismo graças ao alecrim. Até ao princípio do século XX, os hospitais franceses utilizaram o alecrim como desinfectante. Curiosamente, foi no momento em que a ciência reconheceu o poder desinfectante do alecrim que os hospitais deixaram de o utilizar.
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Os aromas que curam
Os componentes químicos do alecrim variam muito em função do clima e dos solos onde cresce. Por este motivo, os produtores conscientes indicam, no rótulo da garrafa, o componente característico do óleo essencial que ele contém. Componentes característicos: cetonas (cânfora), óxidos (1,8 cineol), monoterpeno, etc. Origem: Europa Central e Mediterrâneo. Partes utilizadas: as extremidades floridas. Propriedades: o óleo essencial de alecrim é um bom estimulante geral, mas é particularmente recomendado para estimular os sistemas nervoso, respiratório e cardíaco. Este óleo essencial é igualmente anti-séptico, anti-inflamatório, anti-espasmódico, analgésico, cicatrizante e facilita a drenagem do fígado.
No mercado, encontra-se especialmente o alecrim com cineol, o alecrim canforado e o alecrim com verbenona. Alecrim com cineol: este alecrim é particularmente eficaz nas afecções bronco-pulmonares. Não sendo tóxico, é indicado para as crianças. É um óleo essencial que se utiliza preferencialmente por via cutânea ou em difusão e que combina bem com outros óleos essenciais. Alecrim com verbenona: o óleo essencial de alecrim com verbenona é indicado para regularizar a função hepática. É igualmente anti-infeccioso, desintoxicante e estimulante. É um óleo essencial não tóxico, que é bem tolerado por via interna. Alecrim com cânfora: este alecrim deve ser utilizado com prudência, devido ao seu teor elevado de cetona. Em pequenas doses, o óleo essencial que dele se extrai constitui um bom tónico para um coração fraco. Em massagem local, alivia os músculos cansados e tensos, bem como as dores de dentes (massajar o exterior da gengiva). O óleo essencial de alecrim com cânfora é muito menos popular do que os dois anteriores.
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Uso externo
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Para aliviar as enxaquecas e as dores de dentes: utilizar algumas gotas de óleo essencial de alecrim (com verbenona ou ceneol) em inalação (10 gotas para uma tigela de água quente) ou em infusão, 3 ou 4 vezes por dia. Para estimular o sistema nervoso central, quando algumas faculdades estão debilitadas (visão, olfacto, sensibilidade cutânea, etc.): utilizar algumas gotas de óleo essencial de alecrim (com verbenona ou cineol) em inalação (lO gotas para uma tigela de água quente) ou em infusão, 3 ou 4 vezes por dia. Poderá igualmente tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo. Para clarificar o espírito e estimular a memória: utilizar algumas gotas de óleo essencial de alecrim (com verbenona ou cineol) em inalação (lO gotas para uma tigela de água quente) ou em infusão, 3 ou 4 vezes por dia. Para tratar os problemas respiratórios (gripe, bronquite, asma, tosse convulsa): utilizar algumas gotas de óleo essencial com cineol, em inalação (lO gotas para uma tigela de água quente) ou em infusão, 3 ou 4 vezes por dia. Pode igualmente tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo ou friccionar o peito e a garganta com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 rnl de óleo de amêndoa doce. Para aliviar as dores de garganta: gargarejar com 2 gotas de óleo essencial com cineol, diluídas em um pouco de álcool e adicionadas a um copo de água quente. Massajar igualmente a garganta com o preparado acima mencionado. Para combater as crises reumáticas, artríticas e gotosas, bem como vários tipos de dores musculares: tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial de qualquer das espécies de alecrim, diluídas num pouco de óleo de amêndoa doce. Poderá igualmente massajar as zonas doridas com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 rnl de óleo de - 138 -
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calêndula. Pode ainda aplicar compressas quentes com este mesmo preparado. Para obstruções hepáticas: aplicar compressas quentes sobre o fígado. Juntar 2 gotas de óleo essencial de alecrim com verbenona, a 1 litro de água quente. Mexer vigorosamente e mergulhar um pano próprio para o efeito, no preparado obtido. Agitar o pano, para que possa absorver o máximo de óleo essencial contido na água. Para os cuidados da pele: juntar algumas gotas de alecrim (com verbenona ou cineol) nas máscaras de argila. Para os cuidados dos cabelos: juntar algumas gotas de óleo essencial de alecrim (com cineol ou verbenona), à agua do enxaguamento. Mexer vigorosamente. Poderá ainda deitar 2 gotas de óleo essencial na concavidade da mão e aí passar a escova dos cabelos, a fim de a embeber de óleo essencial, escovando de seguida os cabelos. Escove bem toda a cabeleira. O melhor método é pentear o cabelo com a cabeça virada para a frente e começar a escovagem a partir da nuca. Termine escovando os cabelos que se encontram na parte de cima da cabeça. Se não o tiver feito já, procure comprar uma escova de cabelo com cerdas de javali. Essas escovas, cujos pelos são mais macios, são menos agressivas para os cabelos. As cerdas de javali são absorventes, permitindo assim espalhar, por toda a extensão do cabelo, os óleos naturais segregados pelas glândulas capilares, bem como os óleos naturais que nela forem colocados. Deste modo, os cabelos ficarão mais saudáveis.
Uso interno Para os problemas nervosos, respiratórios, hepáticos, intestinais, artríticos, os estados de fraqueza geral e impotência: 3 ou 4 gotas de óleo essencial de alecrim com verbenona, diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. - 139 -
Os aromas que curam
Advertência: o óleo essencial de alecrim, tomado em grandes quantidades ou durante longos períodos de tempo, pode ongmar crises de epilepsia.
Alfazema (Lavandula officinalis ou Lavandula vera Labiadas)
o óleo essencial de alfazema é muitas vezes considerado como sendo o óleo essencial por excelência, destinado à pele. Com efeito, é por via transcutânea que ele actua de forma mais eficaz. Poderá também ser utilizado por via interna, mas perde então muita da sua eficácia. (Philippe Mailhebiau, "La nouvelle Aromathérapie", Tomo 1, Ed. Vie nouvelle, p.157). Combinado com outras essências de flores, a alfazema liberta geralmente um perfume muito agradável. Em particular com a manjerona, o alecrim, o gerânio e a bergamota. Componentes característicos: ésteres, geraniol, linalol, etc. Origem: Sul de França, Itália, etc. Partes utilizadas: as extremidades floridas. Propriedades: para além de cheirar maravilhosamente bem, a alfazema tem numerosas propriedades terapêuticas. É um óleo essencial que se torna "essencial" na sua farmácia. É analgésico, anti-depressivo, reequilibrante, anti-espasmódico, anti-séptico, anti-bactericida, anti-reumático, diurético, tónico, descongestionante, hipotensivo, sedativo, verrnífugo, carrninativo, calmante, cicatrizante e insecticida.
Uso externo
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Para tratar as feridas, as úlceras, as fístulas anais, etc.: aplicar compressas mornas. Duas gotas de óleo essencial de alfazema, para 1 I i tro de água. Para as queimaduras: poderá aplicar óleo essencial de alfazema puro. Este desinfecta em profundidade e activa a cicatrização de forma notável. - 140-
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M. Gattefossé, O pai da aromaterapia moderna, teve a oportunidade de o constatar. Após ter sofrido uma queimadura grave numa mão, aquando de um acidente de laboratório, ele mergulhou a mão queimada num recipiente de óleo essencial de alfazema. Após algumas horas, teve a grata surpresa de constatar que, apesar da gravidade da referida queimadura, a sua mão estava já curada. E isto, sem deixar cicatrizes. Para os problemas cutâneos: massajar suavemente com o seguinte preparado: 5 gotas de óleo essencial de alfazema, diluídas em 10 rnl de azeite. Para os cuidados dos bebés e das crianças pequenas: o óleo essencial de Alfazema é muito indicado para os lactentes e as crianças pequenas. Graças a ele, poder-se-ão aliviar as cólicas, prevenir ou curar diversas infecções e facilitar o sono. Dar banhos aromatizados de óleo essencial de alfazema. Juntar à água do banho, 2 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo de amêndoa doce ou de álcool. Para favorecer o sono, difundir 2 gotas de óleo essencial, no quarto de dormir. Os Romanos, que conheciam muito bem a alfazema, tinham o hábito de confeccionar enxergas cheias com alfazema, para facilitar o sono. Como os riscos de habituação são mais acentuados nas crianças pequenas, é importante não abusar do uso dos óleos essenciais. Além disso, é aconselhável não utilizar sempre a mesma essência. Poderá alternar o emprego da alfazema com o da camomila, do alecrim e do pinheiro, de acordo com as necessidades da criança. Para aliviar as dores do parto: aplicar compressas quentes ou efectuar massagens no baixo-ventre e na base das costas. Além disso, o efeito estimulante da alfazema sobre o útero acelera o nascimento. Os aromas de alfazema servem igualmente para desinfectar o quarto que irá receber o recémnascido, abrem a respiração e ajudam a mulher (e o seu acompanhante) a ficar calma. - 141 -
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Para acalmar as picadas de insectos e desinfectar as mordeduras de animais: misturar 5 rnl de óleo essencial de alfazema e 5 rnl de álcool. Friccionar a zona afectada. Para repelir os insectos: difundir algumas gotas na casa ou esfregar a pele com uma mistura de 5 rnl de óleo essencial de alfazema e 5 rnl de álcool. Para as afecções pulmonares: difundir o óleo essencial de alfazema na casa da pessoa doente. Poderá igualmente, recorrer aos banhos quentes aromáticos ou às massagens. Para o banho: diluir 5 gotas de óleo essencial em um pouco de óleo e adicionar à água do banho. Para a massagem, diluir 5 gotas de óleo essencial em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para aliviar as dores musculares ou reumáticas: massajar as partes dolorosas com o preparado acima referido. Para aliviar as dores de cabeça: aplicar compressas frias com óleo essencial de alfazema. Aplicá-las sobre a testa ou sobre a nuca. Poderá igualmente massajar as têmporas com um óleo para massagens.
Uso interno Para combater os espasmos, as infecções e as inflamações reumáticas, acalmar a dor, combater os parasitas intestinais e as dores de cabeça ou tonificar os bombeamentos cardíacos: 2 a 5 gotas diluídas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Nota: esta alfazema actua melhor por via cutânea do que por via interna.
Alfazema aspica (Lavandula spica - Labiadas ) A alfazema aspica é muito semelhante à variedade anterior. É contudo, mais grosseira, o que a torna menos interessante em perfumaria. - 142 -
Os aromas que curam
Em contra partida, presta bons serviços em aromaterapia. Trata bem as infecções pulmonares e tonifica o coração. É anti-inflamatória, analgésica, cicatrizante e emenagoga. É indicada para as crianças, para obviar aos casos de reumatismo infantil ou ainda, para fricções nas gengivas, afim de aliviar as crises dos dentes.
Alho (Allium sativum - Liliáceas)
o alho goza de uma excelente reputação, desde os tempos mais remotos. Os faraós egípcios distribuíam-no todas as manhãs aos seus escravos, para os proteger das doenças. Nesta mesma época, havia também o hábito de suspender alguns dentes de alho no pescoço das crianças que tinham vermes. Também os gregos sabiam apreciar as virtudes do alho. Conta-se que os atletas antigos comiam um dente de alho antes de se entregarem às suas performances olímpicas. Mais recentemente, Maurice Mességué conta que na Gasconha, sua terra natal, os habitantes esmagavam um dente de alho em cada uma das divisões da casa, sempre que havia riscos de epidemia. Componentes característicos: sulfureto, óxido de alilo, alicina, alistatina, garlucina, etc. Origem: Ásia central - mas cresce também no estado selvagem, na Sicília, em Espanha, no Canadá, na Argélia, etc. Propriedades: o óleo essencial de alho é um bom estimulante geral. É igualmente, um antibiótico, anti-séptico, regulador da flora intestinal e da tensão arterial, vermífugo, desintoxicante e antidiabético. Para além destas propriedades, previne as doenças do coração (arteriosclerose). Uso externo
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Para tratar os calos e as verrugas: aplicar uma gota de óleo essencial puro, directamente sobre o calo ou a verruga. Atenção para não atingir os tecidos circundantes. - 143 -
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Para desinfectar as feridas e as picadas de insectos, eliminar a tinha e a sarna: juntar 5 gotas de óleo essencial de alho a 10 ml de óleo de amêndoa doce e aplicar este preparado sobre as zonas a tratar. Para aliviar as dores artríticas, reumáticas e gotosas: juntar 5 gotas de óleo essencial de alho a 10 ml de óleo canforado. Esfregar as partes dolorosas de manhã e à noite.
Uso interno Para estimular a saúde em geral, purificar o sangue e combater a gripe: 1 gota de óleo essencial, fortemente diluído em óleo vegetal ou num pouco de álcool, revela-se um preparado muito eficaz, embora o alho também possa ser consumido em cru. O alho purifica o corpo de vários poluentes (cigarro, ar poluído, poluentes alimentares, etc.) e estimula a saúde natural. Se não conhecer já esta velha receita, experimente-a sem demora. Ficará encantado! Esmague alguns dentes de alho e coloque-os num recipiente. Junte um fio de azeite e deixe repousar durante dez minutos. De seguida, barre o pão com este preparado e coloque-o no grelhador. Uma delícia! O principal inconveniente do alho é que deixa um hálito muito forte. Contudo, poderá atenuar este odor trincando alguns grãos de café, mastigando talos de salsa ou de cerefólio.
Anis verde (Pimpinella anisum - Umbelíferas) O fruto do anis verde tem a forma oval e é composto por duas sementes felpudas. Sem este aspecto felpudo, a semente do anis é muito semelhante à perigosa cicuta, que causou a morte de Sócrates. Componentes característicos: anetol, metilcavicol, terpenos, etc. Origem: Oriente Partes utilizadas: os frutos - 144 -
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Propriedades: o anis verde distingue-se do anis estrelado e da chicória, cujas propriedades são relativamente diferentes. O óleo essencial de anis verde estimula o corpo e, em particular, os sistemas digestivo e nervoso. Abre o apetite e elimina as cólicas. Nas mulheres em fase de aleitamento, aumenta a produção de leite.
Utilizações De uma forma geral, é preferível consurrur o anis verde em infusão ou em decocção. Devido ao seu elevado grau de toxicidade, o óleo essencial de anis verde raramente é utilizado. Se pretender utilizá-lo, deverá consultar previamente um bom aromaterapeuta. Esta precaução poderá evitar aborrecimentos graves.
Bergamota (Citrus Bergamia - Rutáceas) O aroma da bergamota conjuga-se particularmente bem com outros aromas. As combinações bergamota/alfazema ou bergamota/gerânio, contam-se entre as mais agradáveis para o olfacto. A essência de bergamota (natural ou sintética) é muitas vezes utilizada em perfumaria e em confeitaria. Componentes característicos: acetato de linalil, limoneno, linalol, etc. Origem: Itália. Partes utilizadas: os frutos. Propriedades: anti-sépticas em geral, anti-espasmódicas, estimulante gástrico, ligeiramente vermifugo e tónico.
Uso externo * Nos casos de fadiga psíquica ou de depressão: a essência de bergamota poderá trazer bons resultados. Estimula o organismo e combate os pensamentos sombrios. Efectuar massagens com 5 gotas de essência diluídas em 10 ml de óleo de - 145 -
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amêndoa doce. Em menos de uma hora, sentir-se-á descansado e bem disposto. Para facilitar o sono e desobstruir as vias respiratórias: faça semicúpios quentes, adicionando à água 7 gotas de essência de bergamota.
Uso interno
Para estimular o apetite e facilitar a digestão: 1 ou 2 gotas diluídas em óleo vegetal ou num pouco de álcool, 2 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: se pretender expor-se ao sol, evite aplicar na pele qualquer tipo de produtos que contenham essência de bergamota. Caso contrário, arrisca-se a ver aparecer nela marcas rebeldes. Estas marcas podem persistir durante meses e até mesmo anos. Quando não diluída, a essência de bergamota aplicada na pele exposta ao sol poderá mesmo dar azo a queimaduras bastante graves.
Borneol (direito) ou Cânfora do Bornéu Não se deve confundir o borneol com a cânfora japonesa. Embora seja semelhante a esta pelo seu odor e o seu aspecto, o borneol não é tóxico. As propriedades anti-sépticas do borneol são superiores às da cânfora, O borneol gozou sempre de uma excelente reputação junto dos povos do Médio Oriente. Componente característico: álcool. Origem: Bornéu, Sumatra. Partes utilizadas: o borneol é um elemento cristalizado, produzido pelo tronco dos velhos dryobalanops camphora (árvore do borneol) e que se deposita entre o tronco e a casca. Propriedades: anti-séptico, tónico geral, cardíaco e nervoso. Uso externo
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Nos casos de fadiga psíquica, nervosa ou cardíaca: adicionar 5 gotas de óleo essencial de borneol, a 10 rnl de óleo vegetal e - 146 -
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massajar a coluna vertebral. Poderá igualmente tomar banhos quentes, adicionando-lhes 5 gotas de óleo essencial diluídas em óleo de amêndoa doce. Para purificar o ar da casa: difundir os aromas do borneol.
Uso interno Para purificar e tonificar o corpo, combatendo os estados depressivos: 2 ou 3 gotas de óleo essencial num pouco de óleo vegetal ou de álcool, 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições.
Cajepute (Melaleuca leucadendron - Mirtáceas) Componentes característicos: cineol (45-65 ), pineno, aldeídos, terpineol, etc. Origem: lndonésia, Austrália. Partes utilizadas: as folhas e os rebentos. Propriedades: anti-séptico geral, pulmonar, intestinal e unnano, este óleo essencial é também, antiespasmódico, anti-nevrálgico, verrnífugo e anti-reumático.
Uso externo
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Para combater as enxaquecas: aplicar compressas frias sobre a testa. Duas gotas para um litro de água fria. Difundir algumas gotas de óleo essencial na casa. Para desinfectar e favorecer a cura das dermatoses (eczema, acne, psoríase, etc.) e das feridas: aplicar compressas mornas ou quentes com o preparado acima mencionado. Para aliviar as dores reumáticas: esfregar o local com 4 gotas de óleo essencial de cajepute, diluídas em 5 ml de óleo de calêndula e 5 rnl de óleo de amêndoa doce. Para as crises de dores de dentes: uma gota de óleo essencial sobre o dente sensível deverá acalmar a dor. Não obstante, como o óleo essencial de cajepute é irritante, deverá tomar - 147 -
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cuidado para não o aplicar sobre os tecidos da boca. O melhor será pedir ajuda a outra pessoa. Munido de uma cotonete, o seu "salvador" poderá assim aplicar o óleo essencial directamente sobre o dente. Para as dores de ouvidos: diluir uma gota de óleo essencial em 5 gotas de óleo de amêndoa doce e introduzir o preparado no ouvido, com a ajuda de uma cotonete.
Uso interno Para eliminar os parasitas intestinais, para tratar as laringites, as bronquites, as tuberculoses, a asma, os espasmos gástricos, os vómitos nervosos, as cistites, as afecções do útero, as menstruações dolorosas, a epilepsia, o reumático e a artrite: 2 ou 3 gotas de óleo essencial, diluídas em óleo vegetal ou num pouco de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o óleo essencial de cajepute é irritante. Nunca o aplique sem ser diluído, sobre a pele ou os tecidos das mucosas.
Camomila-romana ou Camomila-de-paris (Anthemis nobilis - Compostas) Muito popular na farmacopeia dos antigos, a camomila e as suas virtudes estão actualmente a ser redescobertas pela medicina moderna. As numerosas propriedades desta pequena flor branca com um botão de ouro, fazem dela uma planta indispensável. O óleo essencial de Camomila é muito pouco tóxico. Da mesma forma, é indicada para os bebés e as crianças pequenas. Não hesite em utilizá-la nos casos de dentições dolorosas, problemas digestivos e em várias doenças infantis. É, igualmente, um óleo essencial muito recomendado para as mulheres. Para aumentar a eficácia dos tratamentos com óleo essencial de camomila, estes deverão ser acompanhados de tisanas de camomila. Componentes característicos: éter angélico e isobutírico, entemol, antemeno, sesquiterpenos, ésteres, etc. - 148 -
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Origem: Europa Ocidental. Partes utilizadas: a planta e as flores. Propriedades: o óleo essencial de Camomila é, sobretudo, reconhecido pelas suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. Mas é igualmente estomacal, vermffugo e emenagogo. Combate a diarreia e as cólicas. Uso externo
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Para as dores reumáticas, artríticas e gotosas, as inflamações musculares, os órgãos congestionados e as dores de ouvidos: misturar 5 gotas de óleo essencial de camomila e 20 gotas de óleo essencial de bétula amarela, com 10 rn1 de óleo de calêndula e 40 ml de óleo de amêndoa doce. Massajar as partes doridas com este preparado. Para aliviar as dores relacionadas com a menstruação, regularizar o ciclo menstrual, atenuar os problemas da menopausa e fortalecer os órgãos genitais: massajar o baixo-ventre com o preparado acima referido. Para curar os problemas cutâneos, as feridas, as queimaduras, as conjuntivites e tratar os olhos cansados: aplicar compressas mornas. Duas gotas de óleo essencial para 1 litro de água. Para os problemas respiratórios: massajar o peito, a garganta e o cimo das costas, com 5 gotas de óleo essencial de camomila, diluído em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Tome também banhos quentes: 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo que deverá acrescentar à água do banho, imediatamente antes de entrar. Para as infecções urinárias: colocar compressas sobre o baixoventre. Duas gotas de óleo essencial para um litro de água quente. Para favorecer o sono, afastar os pensamentos sombrios e purificar o ar do ambiente: difundir algumas gotas de óleo essencial de camomila. - 149 -
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Uso interno Para estimular o apetite, tratar os problemas gástricos e intestinais, limpar o fígado e o baço, combater a anemia e eliminar os parasitas: deitar 2 a 4 gotas de óleo essencial num pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dias, antes ou durante as refeições.
Canela de Ceilão (Cinnamomum zeylanicum - Lauráceas) Componentes característicos: aldeído cinâmico (65-75 ), eugenol, carbonetos, álcoois terpénicos, etc. Origem: tal como o seu nome indica, a canela de Ceilão provém do Ceilão. A caneleira cresce também na Índia oriental e nas Antilhas. Partes utilizadas: o interior da casca. Propriedades: é estimulante, estomacal, anti-séptica, carminativa, verrnífuga, anti-espasmódica, adstringente, hemostática, emenagoga e parasiticida. Uso externo * Para fortificar o organismo e combater a fadiga: massajar o corpo com 5 gotas de óleo essencial de canela, diluído em 10 rnl de óleo de amêndoa doce. Para combater as gripes, curar as bronquites e outras afecções * respiratórias: praticar inalações. Cerca de 10 gotas de óleo essencial, para 1 ou 2 litros de água muito quente. Combinar então o óleo essencial de canela, com o de eucalipto, de pinheiro ou de limão. Para as doenças infecciosas: difundir na atmosfera para * purificar o ar. Uso interno Para estimular a circulação sanguínea, fortalecer as funções respiratória e digestiva, eliminar os gases e os parasitas intestinais, parar as hemorragias e estimular o apetite sexual: 2 gotas diluídas em - 150 -
Os aromas que curam
um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: não utilizar o óleo essencial de canela nas crianças sem procurar o conselho de um aromaterapeuta competente. Este óleo essencial pode ser irritante e vir a provocar convulsões.
Cedro (Cedrus atlantica, Cedrus libane e Thuya occidentalis - Coníferas) terpénicos, característicos: hidrocarbonetos Componentes sesquiterpenos, etc. Origem: Líbano, Estados Unidos e Canadá. Contudo, no Líbano, os cedros são menos abundantes do que eram noutros tempos. A forte procura de madeira de cedro provocou grande destruição das magníficas florestas de cedros libaneses. O cedro que cresce nos Estados Unidos, o qual é também denominado cedro vermelho, é muito semelhante à Tuia do Canadá. Partes utilizadas: as folhas e a madeira. Propriedades: anti-séptico poderoso, tónico, fungicida, afrodisíaco, digestivo e adstringente.
Uso externo * Para perfumar e desinfectar a casa: difundir algumas gotas de óleo essencial de Cedro. O seu perfume é irresistível. tratar os problemas respiratórios: inalar o óleo essencial * Para de cedro. Como o óleo essencial de cedro contém um elemento tóxico, limitar o tempo de inalação e utilizar pequenas doses. Cinco gotas de óleo essencial são o suficiente. Para fazer desaparecer as irritações cutâneas (acne, eczema, * prurido ... ): aplicar compressas mornas. Duas gotas de óleo essencial de cedro para um litro de água. Para acalmar a mente e tonificar o corpo: diluir 5 gotas de óleo de cedro num pouco de óleo e juntar à água do * essencial banho, imediatamente antes de entrar nela. - 151 -
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Para combater a celulite: tomar banhos de água quente, à qual se adicionaram 2 gotas de óleo essencial de cedro e 3 gotas de óleo essencial de cipreste. Diluir previamente num pouco de óleo. Para fortificar os rins e tratar as inflamações da vesícula: massajar a base das costas e do ventre com 7 gotas de óleo essencial de cedro, misturadas com 10 rn1 de óleo de amêndoa doce.
Uso interno Para fortificar as vias urinárias e o sistema respiratório, facilitar a digestão e estimular o apetite sexual: 2 ou 3 gotas de óleo essencial de cedro em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes por dia, antes ou durante as refeições. Advertência: óleo essencial feito a partir da madeira de cedro, é o único que pode ser utilizado por via interna. O óleo essencial produzido a partir das folhas contém uma substância tóxica (o tuiono). uso de óleo essencial de cedro está contra-indicado durante a gravidez.
Chicória (Carum carvi - Umbelíferas) Componentes característicos: cetona, carboneto, álcool, etc. Origem: Europa central e do Norte. Partes utilizadas: as sementes. Propriedades: a semente de chicória tem um gosto semelhante ao do anis. Aliás, as propriedades do óleo essencial que dela se retira são bastante similares. É estimulante, antiespasmódico, carrninativo, diurético, aperitivo, estomacal e facilita as menstruações.
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Uso externo
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Para combater a tensão nervosa: massajar o plexo solar ou o ventre com 7 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 rnl de óleo de amêndoa doce. Para eliminar os gases: massajar o ventre no sentido dos ponteiros do relógio. Utilizar o preparado acima referido. Para desinfectar e curar as feridas: fazer compressas com 2 gotas de óleo essencial para 1 litro de água morna. Para estimular o apetite e purificar o ar envolvente: difundir dez gotas dentro de casa.
Uso interno Para abrir o apetite, estimular a digestão, eliminar os gazes e os parasitas intestinais: deitar 1 a 3 gotas em óleo vegetal ou num pouco de álcool. Tornar 2 vezes por dia, antes ou durante as refeições.
Cipreste (Cupressus sempervirens - Coníferas) Componentes característicos: 65 de terpenos, entre os quais o d-pineno, d-campeno, d-silvestrebo, cimeno, etc. Origem: o cipreste cresce abundantemente nas regiões mediterrâneas. Partes utilizadas: as pinhas. Propriedades: este óleo essencial é um excelente adstringente. É igualmente, vasoconstritor, anti-sudorífico, anti-séptico, anti-reumático e reequilibrante.
Uso externo
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Para tratar os problemas de incontinência, de menstruações muito abundantes e de edemas: massajar todo o corpo com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Tornar banhos a que foram adicionadas 5 gotas de óleo essencial de cipreste, diluídas em um pouco de óleo. - 153 -
Os aromas que curam
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Para os problemas de incontinência e de menstruações muito abundantes: poderá efectuar uma massagem no baixo-ventre. Os sernicúpios, a que se adicionou óleo essencial de cipreste, constituem também um bom tratamento. Não esquecer diluir o óleo essencial em um pouco de óleo vegetal, antes de o adicionar à água do banho. Para tratar as varizes: massajar suavemente a perna, de baixo para cima, com algumas gotas de óleo essencial de cipreste e de cedro, diluídos em 25 ml de óleo de arnica. Para combater os odores fétidos e a transpiração demasiado abundante dos pés: fazer banhos de pés, adicionando à água 4 gotas de óleo essencial de cipreste e 3 gotas de óleo essencial de alfazema, diluídas em um pouco de óleo vegetal. Para as hemorróidas: fazer semicúpios com 4 gotas de óleo essencial de cipreste e 3 gotas de óleo essencial de junípero, diluídas em um pouco de óleo vegetal. Poderá, igualmente, massajar ou fazer compressas com este preparado. Para a tosse convulsa e as tosses espasmódicas: deitar algumas gotas de óleo essencial na almofada do doente, 4 ou 5 vezes por dia.
Uso interno Para os problemas ligados à circulação sanguínea (varizes, hemorróidas, menstruações, etc.): 2 a 4 gotas diluídas num óleo vegetal ou em álcool. Tomar duas ou 3 vezes por dia, antes ou durante as refeições.
Coentro (Coriandrum sativum - Umbelíferas) Componentes característicos: coriandrolo isómero (90 ), mas também geraniol, cineol, pineno, etc. Origem: o coentro adapta-se facilmente aos diferentes habitats. Podemos encontrá-lo um pouco por todo o mundo. Partes utilizadas: os frutos. - 154 -
Os aromas que curam
Propriedades: tal como a chicória e o anis, o óleo essencial de coentro é carminativo, estomacal, excitante, analgésico, aperitivo e tónico.
Uso externo
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Para aliviar as dores nevrálgicas, reumáticas e artríticas: massajar as partes dolorosas com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de calêndula.
Uso interno Para estimular o apetite e a função digestiva, para curar as afecções gastrintestinais, combater a flatulência e os espasmos: diluir 1 a 3 gotas de óleo essencial num pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições.
Cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata - Mirtáceas) Componentes característicos: fenol (80-85), álcool metílico, etc. Origem: O craveiro-da-índia cresce, nomeadamente, nas ilhas Molucas, nas Antilhas e em Madagáscar. Partes utilizadas: o botão floral (o cravo-da-índia). Propriedades: o óleo essencial de cravo-da-índia é anti-infeccioso, anti-bacteriano e anti-viral. Possui igualmente, propriedades anestesiantes, tonificantes, estomacais, carminativas, anti-espasmódicas e vermífugas.
Uso externo
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Para as doenças da pele: tomar banhos quentes, a cuja água se adicionaram 7 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. Poderá também aplicar compressas mornas com 2 gotas de óleo essencial acrescentadas a 1 ou 2 litros de água. - 155 -
Os aromas que curam
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Para as dores de dentes: peça a alguém que lhe coloque 1 gota de óleo essencial na cavidade do dente dorido. Para aliviar dores variadas: massajar as partes doridas com 5 gotas diluídas em 10 rn1 de óleo vegetal. Em casos de fadiga geral: massajar o corpo inteiro com o preparado acima referido. Poderá igualmente, tomar um banho quente, seguindo a mesma fórmula que foi indicada para as doenças da pele.
Uso interno * Para combater as infecções, facilitar a digestão e combater os parasitas intestinais: 2 a 4 gotas diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar três vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Para tonificar o útero, antes do parto: Jean Valnet recomenda * que se juntem cravos-da-índia às sopas, durante os últimos meses da gravidez. Antes do parto, poderá dissolver 3 gotas de óleo essencial de cravo-da-índia em 2 rn1 de álcool, deitar a solução obtida num copo de água e beber.
Estragão (Artémisia dracunculus - Sinantéreo) Componentes característicos: estragnol (60 a 70 ), terpenos, etc. Origem: Médio Oriente. Parte utilizada: a planta. Propriedades: este óleo essencial é um bom estimulante digestivo. É igualmente, estomacal, aperitivo, anti-séptico, anti-espasmódico, carrninativo, vermífugo e emenagogo. Uso externo * Para as digestões difíceis, enjoos nas viagens, soluços e falta de apetite: massajar a região do plexos solar antes ou depois das refeições. Utilizar sete gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Poderá também fazer algumas inalações. Deite cerca de 10 gotas para 1 ou 2 litros de água muito quente. - 156 -
Os aromas que curam
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Para aliviar as menstruações dolorosas: adicionar 7 gotas a 10 rnl de óleo de amêndoa doce e massajar o baixo-ventre. Poderá igualmente tomar um banho quente, a cuja água irá adicionar 5 gotas diluídas num pouco de óleo de amêndoa doce ou de álcool.
Uso interno
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Para as digestões difíceis: 2 ou 3 gotas diluídas em óleo vegetal ou álcool. Tomar antes ou durante uma refeição pesada. Para os enjoos nas viagens e os soluços: 2 ou 3 gotas diluídas num óleo vegetal ou em álcool, sempre que necessário. Para provocar a expulsão dos vermes intestinais: 2 ou 3 gotas diluídas em óleo vegetal ou álcool. Tomar 3 por dia, antes ou durante as refeições.
Eucalipto comum (Eucalyptus globulus - Mirtáceas) Componentes característicos: eucaliptol (80 - 85 ), álcool etílico e amílico, etc. Existem cerca de 300 variedades diferentes de eucaliptos. À excepção do eucalipto-de-cheiro, os constituintes químicos das diferentes espécies são bastante semelhantes. Tal como o eucalipto-comum, o eucalyptus radiata é particularmente indicado na aromaterapia. Propriedades: este óleo essencial é balsâmico, analgésico, antireumático, cicatrizante e estimulante. É também um anti-séptico pulmonar e urinário. Origem: Austrália, Mediterrâneo e América. Partes utilizadas: as folhas.
Uso externo
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Para todas as afecções respiratórias, tais como as bronquites, as broncopneumonias, a gripe, a asma e a tosse: difundir o óleo essencial de Eucalipto no quarto do doente. Massajar o - 157 -
Os aromas que curam
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peito e as costas com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo vegetal. Deitar algumas gotas num canto da almofada ou sobre uma peça de roupa. Diluir 5 gotas de óleo essencial de eucalipto em um pouco de óleo e juntar a um banho quente. Para desinfectar as creches, as salas de aula e os balneários: difundir óleo essencial de eucalipto, durante 5 minutos de manhã e à tarde. Como as crianças são muito sensíveis aos óleos essenciais, convém não abusar deles, mesmo em difusão. Além disso, para evitar criar dependências relativamente a um óleo essencial em particular, dever-se-á utilizar outro ou vários alternadamente. O óleo essencial de alfazema e o de limão são igualmente bons desinfectantes. Para as queimaduras, as feridas e as hemorragias: aplicar compressas ou 4 gotas de óleo essencial de eucalipto, 12 de bergamota e 14 de alfazema, misturadas com 25 ml de óleo vegetal. Para as dores artríticas e reumáticas: massajar com 5 gotas de eucalipto, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para as infecções urinárias: massajar o baixo-ventre com o mesmo preparado. Para a varicela: Patricia Davis, autora de "Aromatherapy an A-Z", refere ter obtido bons resultados, combinando os óleos essenciais de eucalipto, de alfazema e de camomila no banho e em difusão. Ela afirma que o tratamento ajudou a baixar a febre e a aliviar o prurido provocado pela doença. Para afastar os mosquitos: esfregue as partes expostas com 5 gotas de óleo essencial de Eucalipto, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Poderá também, difundir óleo essencial de Eucalipto na casa, para acabar com as moscas. Contra a caspa: adicionar algumas gotas de óleo essencial de eucalipto ao seu champô habitual. - 158 -
Os aromas que curam
Uso interno Para os problemas respiratórios, as infecções urinárias, a diabetes, os parasitas intestinais, os estados depressivos acompanhados de fraqueza e o reumático: 2 a 5 gotas diluídas em óleo vegetal ou álcool, 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Segundo P. Mailhebiau, o óleo essencial de eucalipto actua melhor por via externa.
Funcho (Foeniculum vulgare - Umbelíferas) Componentes característicos: anetol (50 - 60 ), estragol, terpenos, cetona, etc. As suas propriedades: o óleo essencial de funcho regulariza o sistema reprodutor da mulher e aumenta a produção de leite. É energético, digestivo, anti-espasrnódico e carminativo. É também, um poderoso diurético. Origem: Mediterrâneo e Europa central. Partes utilizadas: as folhas, as raízes e as sementes. Uso externo
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Para as menstruações difíceis, as infecções unnanas, as retenções de urina e os problemas intestinais (cólicas, flatulência, dores): massajar o ventre com 5 gotas de óleo essencial de raiz ou de sementes de funcho, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para fazer subir o leite nas mulheres em fase de aleitamento e desencaroçar os seios: aplicar compressas quentes ou massajar suavemente com o óleo essencial diluído. Para eliminar a celulite: efectuar massagens sobre as partes afectadas. Tomar banhos quentes contendo óleo essencial de funcho e de alfazema. Acompanhar estes tratamentos com o uso interno de funcho. - 159 -
Os aromas que curam
Uso interno Para eliminar a celulite, forçar a expulsão dos parasitas intestinais, regularizar o ciclo menstrual, tratar as cistites e facilitar a digestão: diluir 1 a 5 gotas de óleo essencial de funcho em óleo vegetal ou álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. As tisanas de funcho são igualmente benéficas. Poderá beber 2 ou 3 taças por dia. Advertência: o óleo essencial de funcho é um poderoso diurético. A sua utilização abusiva pode danificar os rins. Pode ser tóxico para as crianças com menos de 6 anos. Em doses elevadas, este óleo essencial causa epilepsia.
Gengibre (zimgiber officinalis - Zingibéracée) Componentes característicos: terpenos, sesquiterpenos, álcoois, etc. Origem: Índia e China. Propriedades: este óleo essencial é apentivo, digestivo, estimulante, anti-séptico, anti-escorbútico, depurativo, anti-pirético e analgésico. Partes utilizadas: as raízes. Uso externo
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Para as dores reumáticas e artríticas: com a seguinte receita, friccionar os locais doridos, 3 vezes por dia durante 15 dias (até 21 dias, se necessário). Manter este tratamento, mesmo se a dor desaparecer no espaço de 2 ou 3 dias. 40 g de tintura de gengibre 6 g de essência de zimbro 6 g de essência de orégão 3 g de essência de cipreste 12 g de terebintina 500 m1 de alcoolato de alecrim (Jean Valnet, "Arornatherapie" (lO" edição), Ed. Livre de Poche, p. 258
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Os aromas que curam
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Para as diarreias, a flatulência, as cãibras menstruais e as dores intestinais: massajar o ventre com 5 gotas de óleo essencial de gengibre, diluídas em 10 rn1 de óleo de amêndoa doce. Para combater os odores de alho e de cebola e para tratar a garganta irritada: gargarejar com 2 gotas de óleo essencial de gengibre, diluídas em um pouco de vodka e adicionadas a um copo de água quente.
Uso interno Para combater as más digestões, aos enjoos nas viagens e às náuseas de gravidez: beber o preparado acima referido.
Gerânio (Palargonium odorantissimum - Geraniáceas) Componentes característicos: terpenos, álcoois terpénicos, ésteres, cetonas, etc. Origem: África do Norte, ilha da Reunião. Partes utilizadas: toda a planta. Propriedades: este óleo essencial é antidepressivo, estimulante, adstringente, hemostático, anti-séptico, anti-diabético, diurético, cicatrizante e analgésico. Repele também os insectos.
Uso externo
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Para os problemas de fígado e de rins: aplicar compressas quentes sobre o órgão afectado. Duas gotas de óleo essencial de gerânio num litro de água quente. Fazer uma massagem em todo o corpo, com 5 gotas diluídas em 10 rn1 de óleo de amêndoa doce ou massagens locais com 7 gotas de óleo essencial de gerânio diluídas em 10 rn1 de óleo de amêndoa doce. Tome banhos quentes, a cuja água se adicionaram 5 gotas de óleo essencial de gerânio. Para aliviar os sintomas pré-menstruais: tomar banhos quentes contendo óleo essencial de gerânio ou massajar o baixo ventre. - 161 -
Os aromas que curam
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Para combater a celulite: massajar as partes afectadas. Tomar banhos quentes contendo óleo essencial de gerânio ou aplicar compressas quentes. Para as peles secas ou oleosas: 5 gotas de óleo essencial de gerânio diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. O óleo essencial de gerânio ajuda a regularizar a produção de sebo. Para repelir os insectos: difundir algumas gotas de gerânio em casa. Para tratar as inflamações da boca: gargarejar com algumas gotas diluídas numa solução alcoolizada.
Uso interno
Para as úlceras gástricas, os distúrbios gastrintestinais, renais, hepáticos e a diabetes: 2 ou 3 gotas diluídas num óleo vegetal ou em álcool. Tomar 2 vezes por dia, antes ou durante as refeições.
Hissopo (Hysopus officinalis - Labiadas) Componentes característicos: cetona terpénica, pineno, geraniol, etc. Origem: Sul de França. Partes utilizadas: as extremidades floridas e as folhas. Propriedades: este óleo essencial é expectorante, anti-séptico, estimulante, estomacal, digestivo, aperitivo, cicatrizante e resolutivo. Uso externo
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Para limpar as vias respiratórias e fortificar os pulmões, desobstruir os poros da pele, aliviar a tosse e estimular o corpo e o espírito: fazer inalações com 8 gotas de óleo essencial, diluídas num litro de água quente. Poderá também tomar banhos com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo e adicionadas à água do banho, imediatamente antes de entrar nela. Manter a porta do quarto-de-banho fechada, para impedir a saída dos vapores. - 162 -
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Para desinfectar as feridas e acalmar as inflamações: aplicar compressas mornas. Duas gotas de óleo essencial para um ou 2 litros de água limpa.
Uso interno Para combater a asma, fortalecer o sistema respiratório, estimular o apetite, tratar os problemas urinários e digestivos: 2 a 4 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o hissopo, devido às cetonas que contém, pode provocar crises de epilepsia. Deverá por conseguinte, ser utilizado com prudência, quer em doses fracas, quer por curtos períodos de tempo. As pessoas nervosas são as mais susceptíveis de serem afectadas.
Hissopo (Hysopus officinalis - Labiadas) Componentes característicos: cetona terpénica, pmeno, geraniol, etc. Origem: Sul de França. Partes utilizadas: as extremidades floridas e as folhas. Propriedades: este óleo essencial é expectorante, anti-séptico, estimulante, estomacal, digestivo, aperitivo, cicatrizante e resolutivo. Uso externo
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Para limpar as vias respiratórias e fortificar os pulmões, desobstruir os poros da pele, aliviar a tosse e estimular o corpo e o espírito: fazer inalações com 8 gotas de óleo essencial, diluídas num litro de água quente. Poderá também tomar banhos com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo e adicionadas à água do banho, imediatamente antes de entrar nela. Manter a porta do quarto-de-banho fechada, para impedir a saída dos vapores . ..........
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Para desinfectar as feridas e acalmar as inflamações: aplicar compressas mornas. Duas gotas de óleo essencial para um ou 2 litros de água limpa.
Uso interno Para combater a asma, fortalecer o sistema respiratório, estimular o apetite, tratar os problemas urinários e digestivos: 2 a 4 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o hissopo, devido às cetonas que contém, pode provocar crises de epilepsia. Deverá por conseguinte, ser utilizado com prudência, quer em doses fracas, quer por curtos períodos de tempo. As pessoas nervosas são as mais susceptíveis de serem afectadas.
Hortelã-pimenta (Mentha piperita - Labiadas) Componentes característicos: 30 a 70 de mentol, terpenos, menteno, felandreno, cetona, etc. Origem: Mitcham, uma província de Inglaterra. Partes utilizadas: as folhas e as extremidades floridas. Propriedades: o óleo essencial de menta é estimulante para o sistema nervoso, estomacal, anti-infeccioso, anti-inflamatório (em particular para o sistema digestivo), vermífugo, anti-espasmódico e expectorante. Também bom repelente de insectos.
Uso externo * Para combater a fadiga psíquica e cerebral ou estimular a memória: tomar um banho quente, a cuja água se adicionaram 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Poderá igualmente difundir o óleo essencial no seu gabinete de trabalho ou em qualquer outro local. Para purificar o sangue e limpar o fígado: tomar banhos * quentes, a cuja água se adicionaram 5 gotas de óleo essencial, - 164 '\
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diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Poderá igualmente, efectuar massagens no corpo inteiro ou em determinadas zonas específicas, se for questão de drenagem do fígado. Para desinfectar as feridas, as queimaduras, as esfoladelas, etc.: aplicar compressas locais. Uma gota de óleo essencial de hortelã-pimenta e 1 gota de óleo essencial de alfazema, diluídas num litro de água limpa. Para aliviar as dores reumáticas e artríticas: massajar a região dorida com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 rnl de óleo de amêndoa doce. Tomar banhos quentes aromatizados com menta. Cinco gotas diluídas em um pouco de ólec vegetal ou de álcool. Poderá igualmente aplicar compressas quentes: 2 gotas de óleo essencial para 1 litro de água. Para acabar com a caspa: juntar 5 gotas de óleo essencial a 10 rnl de álcool e diluir num litro de água limpa. Enxaguar os cabelos com este preparado, massajando suavemente o couro cabeludo durante dez minutos. Para estimular a digestão: massajar suavemente ao nível do estômago: 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 rnl de óleo de amêndoa doce.
Uso interno Para tonificar o corpo, estimular o sistema nervoso e digestivo, eliminar os espasmos, os gases e os parasitas intestinais, bem como combater as infecções, as enxaquecas e favorecer a expectoração: 2 a 5 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 4 a 5 vezes ao dia, antes ou durante as refeições e lanches.
Nota: a menta silvestre, a menta vulgar, o poejo e a crispa, são igualmente variedades de menta utilizadas em aromaterapia. A menta silvestre actua particularmente bem sobre o sistema simpático.
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Os aromas que curam
Laranjeira-azeda ou Petitgrain (citrus aurantium, varo amara - Rutáceas) Componentes característicos: limoneno, linalol, acetato de linalil, etc. Origem: a laranjeira cresce espontaneamente na China, mas a sua cultura pratica-se em Itália, França, nos Estados Unidos, no México, etc .. Partes utilizadas: as cascas frescas. Em contrapartida, a essência de flores de laranjeira obtém-se a partir das flores. Propriedades: a essência de laranja é equilibrante para o sistema nervoso, sedativa, anti-inflamatória, anti-espasmódica e regeneradora.
Uso externo
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Para acalmar as crises de ansiedade e reduzir o stress: massajar com 5 gotas de essência diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce, difunda algumas gotas de essência pela casa. Também pode tomar banhos aromáticos. Para aliviar as dores artríticas e reumáticas: massajar as regiões afectadas com 2 gotas de essência de laranja e 3 de alecrim, diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. Para os cuidados da pele: aplicar o seguinte preparado, de manhã e à noite: 2 gotas de essência de laranja, 1 de rosa ou de jasmim, diluídas em 5 ml de óleo de amêndoa doce.
Uso interno Para equilibrar o sistema nervoso, combater os espasmos musculares e reduzir as palpitações cardíacas: 1 a 3 gotas diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar 3 ou 4 vezes por dia.
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Os aromas que curam
Limoeiro (Citrus Limolium - Rutáceas) Componentes característicos: terpenos, linalol, acetatos de linalol, curaminas, etc. Origem: originário da Ásia, o limoeiro foi depois introduzido nas regiões do Mediterrâneo. Cresce igualmente na América do Sul e na Califórnia. Partes utilizadas: a parte superficial da casca. Propriedades; a essência de limão é anti-séptica e anti-infecciosa. Fortalece o sistema imunitário, alcaliniza o corpo e ajuda a combater o reumático, a artrite, a gota e todos os outros distúrbios resultantes de um meio demasiado ácido. Esta essência possui também um efeito tónico sobre a circulação sanguínea, regulariza a pressão sanguínea e previne a arteriosclerose. Além disso, é digestiva, cicatrizante, carminativa e vermifuga. Uso externo
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Para tratamento de doenças infecciosas, tais como a gripe, as bronquites e as infecções gástricas: fazer inalações com dez gotas de essência em água muito quente. Poderá igualmente difundir algumas gotas em casa e tomar banhos de água quente, a que se adicionaram 3 gotas de essência de limão, diluídas em um pouco de óleo. Adicione a mistura de óleos imediatamente antes de entrar na água. Para desobstruir as vias respiratórias e combater as gripes: friccionar o peito e as costas com 5 gotas de essência, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para favorecer a cura das feridas, das queimaduras e das úlceras: aplicar compressas mornas, com 2 gotas de essência num litro de água. Para as picadas de insectos e as erupções cutâneas: aplicar uma mistura de 5 gotas de essência, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce.
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Os aromas que curam
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Para fazer desaparecer as verrugas e os calos nos pés: aplicar 1 gota de essência pura, todos os dias. Atenção para não atingir os tecidos circundantes. Para estimular a circulação sanguínea e regularizar a pressão sanguínea: massajar o corpo inteiro com 4 gotas de essência, 5 ml de óleo de calêndula e 5 rnl de óleo de amêndoa doce. Para tratar as varizes, massajar suavemente a perna, de baixo para CIma.
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Para aliviar as dores artríticas e reumáticas: massajar o local com o preparado acima mencionado. Diluir 3 gotas de essência em um pouco de óleo de amêndoa doce e juntar o preparado à água do banho, imediatamente antes de entrar nela. As inalações são também muito recomendáveis. Cerca de 10 gotas de essência para 1 ou 2 litros de água muito quente.
Uso interno Para combater o reumático, a artrite, a gota, as úlceras e as queimaduras do estômago: diluir 1 ou 2 gotas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Embora possa parecer surpreendente à primeira vista, a essência de limão neutraliza a acidez do corpo. Por esta razão, está indicada no tratamento dos problemas de hiper-acidez. O poder alcalinizante do limão também ajuda o corpo a eliminar os ácidos úricos. Estes, quando se encontram em excesso no corpo, depositam-se nas articulações, causando assim, dores artríticas e reumáticas. Advertência: a essência de limão pode ser irritante para a pele. Deverá, por conseguinte, utilizá-la em fraca diluição, a 1 será o suficiente.
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Os aromas que curam
Loureiro (Laurus nobilis - Lauráceas) Componentes característicos: cineol (50) e diferentes álcoois (linalol, terpineol-4). Origem: Mediterrâneo. Partes utilizadas: os ramos, as folhas e os frutos. Propriedades: o óleo essencial de loureiro é tonificante, regenerador, anti-infeccioso, anti-espasmódico e anti-inflamatório. Estimula o sistema imunitário e as faculdades cerebrais. Combate os estados depressivos.
Uso externo * Para combater as infecções bronco-pulmonares: deitar algumas gotas no difusor ou fazer banhos de vapor. Oito gotas para meio litro de água quente. Respirar os odores libertados, durante cerca de 5 minutos. Tomar banhos quentes. Acrescentar 5 gotas de óleo essencial a um pouco de óleo de amêndoa doce e juntar à água do banho. Friccionar o peito e o cimo das costas com 4 gotas, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para tratar as infecções da pele: 3 gotas de óleo essencial de * loureiro, 2 gotas de óleo essencial de alfazema e 10 ml de óleo de calêndula. Massajar suavemente o rosto com este preparado e aplicar uma luva de banho sobre o rosto, para favorecer a penetração dos óleos essenciais. Para combater a depressão, os estados de angústia e as ilusões: * tomar banhos quentes, a cuja água se adicionaram 5 gotas de óleo essencial de loureiro. Para tratar o reumatismo: massajar o local com 5 gotas diluídas num pouco de óleo de amêndoa doce.
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Uso interno Para fortificar o coração, os pulmões, os órgãos uro-gerntars, o sistema nervoso e para tratar o reumatismo: 1 ou 2 gotas de óleo essencial num pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 4 ou 5 vezes ao dia. - 169 -
Os aromas que curam
Manjericão (comum) (Ocymum basilicum - Labiadas) Na Índia, o manjericão é a planta sagrada de Krishna e de Vishnou. Foi, sem dúvida, Alexandre o Grande, quem terá introduzido esta planta de aroma refinado, na Grécia antiga. Entre nós, o manjericão é muitas vezes considerado a planta do amor. Cultiva-se facilmente no exterior ou no interior, num ambiente soalheiro. Componentes característicos: ocimeno, linalol, , cineol, estragol, etc. Origem: Índia Partes utilizadas: as folhas. Propriedades: o óleo essencial de manjericão faz maravilhas nas pessoas nervosas ou que sofrem de depressões e insónias. Alivia as enxaquecas nervosas ou gástricas, os acessos violentos de tosse e as vertigens. Aumenta ainda a produção de leite nas mulheres em fase de aleitamento e regulariza as menstruações. Uso externo * Para aliviar os músculos cansados, tensos e doridos: massajar localmente com uma mistura de 3 gotas de óleo essencial de manjericão e 2 gotas de óleo essencial de alfazema, em 10 rnl de óleo de calêndula. Aqui fica o conselho para os bailarinos e os desportistas. Para cuidar dos seios encaroçados: aplicar compressas * embebidas no seguinte preparado: 2 gotas de óleo essencial de manjericão num litro de água quente. Para fazer desaparecer os calos e as verrugas: misturar * algumas gotas de óleo essencial de manjericão com óleo de rícino. Acrescentar uma pitada de fermento de bolos e fazer uma aplicação local. Para fazer desaparecer as aftas e as infecções da garganta: diluir 2 gotas de óleo essencial num pouco de álcool e deitar
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tudo num copo de água quente. Efectuar gargarejos com este preparado. Para tonificar e dar brilho à pele: juntar 3 gotas de óleo essencial de manjericão, diluídas num pouco de óleo, à água do banho. Atenção, o óleo essencial de manjericão pode ser irritante para as peles sensíveis. Em contrapartida, se for usado na concentração certa, tonifica e revitaliza a pele. Para favorecer o sono: tomar um banho quente com óleo essencial de manjericão, antes de ir para a cama. Não esquecer diluir previamente o óleo essencial em um pouco de óleo de amêndoa doce, antes de o adicionar à água do banho. Para recuperar o olfacto: fazer inalações de óleo essencial de manjericão. Deitar cerca de 10 gotas de óleo essencial em um litro de água muito quente.
Uso interno Para combater a fadiga geral e intelectual, fazer desaparecer as crises de angústia, as vertigens, para eliminar as cãibras e favorecer o sono: 3 ou 4 gotas num pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o uso do óleo essencial de manjericão está contraindicado durante a gravidez. Em contrapartida, facilita o parto.
Manjerona (Origanum majorana - Labiadas) Componentes característicos: cânfora, borneol, etc. Origem: Pérsia, Mediterrâneo, Alemanha, etc. Partes utilizadas: as extremidades floridas. Propriedades: este óleo essencial é bactericida, anti-espasmódico, sedativo, hipotensivo, digestivo, anafrodisíaco, analgésico, cicatrizante e fortificante. A manjerona possui também, um efeito vagotonificante (estimula o sistema nervoso parassimpático e relaxa o sistema simpático). Daí resulta, uma melhor vasodilatação. - 171 -
Os aromas que curam
Uso externo
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Para fazer desaparecer as enxaquecas e as dores de cabeça: deitar 10 gotas de óleo essencial de manjerona numa tigela de água muito quente e inalar os vapores durante dez minutos. Poderá também diluir 5 gotas de óleo essencial em 10 ml de óleo e massajar suavemente as têmporas. Para tratar a asma, as bronquites e as rinites: fazer inalações com o preparado acima referido. As massagens na garganta e no peito e os banhos quentes acrescidos de 6 gotas de óleo essencial, dão igualmente bons resultados. Para combater a insónia: antes de se ir deitar, tome um banho quente acrescido de 3 gotas de óleo essencial de alfazema e de 3 gotas de óleo essencial de manjerona. Para tratar os problemas intestinais e as cãibras menstruais: juntar 2 gotas de óleo essencial de manjerona a 1 litro de água quente e aplicar em compressas sobre o ventre e o baixoventre. Para dissipar as dores musculares, reumáticas e artríticas: massajar as partes dolorosas com 5 gotas de óleo essencial misturadas com 10 rn1 de óleo de calêndula. Para diminuir a tensão: tomar banhos com água morna, à qual foram adicionadas 7 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Para tratar as doenças nervosas: tomar banhos quentes, a cuja água se acrescentaram 5 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo de amêndoa doce ou de álcool. Este foi um método utilizado por Dioscórides, no século I antes de Cristo.
Uso interno Para purificar e tonificar o organismo, aliviar os espasmos e as pulsões sexuais, facilitar a digestão, desobstruir as vias respiratórias e fortificar os nervos: 3 a 4 gotas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 3 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. - 172 -
Os aromas que curam
Advertência: em doses elevadas, o óleo essencial de manjerona pode tornar-se estupefaciente.
Muscadeira (Myristicafragrans - Miristáceas) Componentes característicos: pineno, campeno, etc. Origem: Índia. Partes utilizadas: as nozes. Propriedades: este óleo essencial é anti-séptico, digestivo, estimulante e analgésico.
Uso externo
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Para tratar o reumatismo: esfregar as partes dolorosas com 2 gotas de óleo essencial de muscadeira, 2 gotas de alecrim e 1 de cravo-da-índia, diluídas em 15 ml de óleo de amêndoa doce. Para estimular a circulação sanguínea e tonificar o corpo: efectuar uma massagem completa com 3 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Poderá também tomar banhos quentes acrescidos de 3 gotas diluídas num pouco de óleo ou de álcool.
Uso interno Para purificar o corpo e estimular o sistema digestivo e cardíaco: 2 a 3 gotas diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: utilizado em doses elevadas ou durante longos períodos, o óleo essencial de muscadeira pode provocar distúrbios nervosos. Poderá também revelar-se irritante para a pele. Por conseguinte, devereduzir as doses para as massagens, as compressas e os banhos aromáticos.
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Os aromas que curam
Niaouli (Melaleuca viridiflora - Mirtáceas) É muito difícil encontrar um óleo essencial de niaouli 100 puro e natural. O mais frequente é encontrar somente um produto reconstituído, ou seja, uma mistura de componentes naturais que imitam o odor do óleo essencial original. Estas reconstituições não apresentam nem as qualidades, nem as propriedades de um óleo essencial original. Componentes característicos: eucaliptol, terpineol, pineno, etc. Origem: Nova Caledónia. Partes utilizadas: as folhas. Propriedades: este óleo essencial é anti-séptico, anti-reumático, cicatrizante, analgésico e estimulante. Uso externo * Para desinfectar as feridas e as erupções cutâneas: juntar 5 a 6 gotas de óleo essencial a meio litro de água fervida e arrefecida, e limpar a ferida várias vezes por dia. Para tratar as queimaduras: humedecer uma gaze com óleo * essencial puro e cobrir a zona afectada. Para descongestionar as vias respiratórias e combater as dores * de garganta: juntar 10 gotas de óleo essencial numa tigela de água quente e inalar. Difundir algumas gotas de óleo essencial na casa. Tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo de amêndoa doce. Poderá igualmente friccionar o peito e a garganta com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para as dores artríticas e reumáticas: esfregar as partes doridas com o preparado acima referido.
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Uso interno Para purificar o corpo (em particular os sistemas respiratório e urinário), eliminar os parasitas intestinais e tratar o reumatismo: 2 ou 3 gotas diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. - 174 -
Os aromas que curam
Advertência: o efeito estimulante do niaouli poderá impedi-lo de dormir bem se for utilizado à noite.
Orégão (Origanum vulgare - Labiadas) Componentes característicos: fenol, timol, etc. Origem: Europa do Sul. Partes utilizadas: as extremidades floridas. Propriedades: este óleo essencial é anti-séptico, sedativo, aperitivo, analgésico e estomacal.
Uso externo
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Para aliviar as menstruações dolorosas: massajar o ventre com 3 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para atenuar as dores reumáticas e artríticas: tomar banhos quentes acrescidos de 2 gotas de óleo essencial de orégão e 3 gotas de óleo essencial de alecrim, diluídas em um pouco de álcool. Misturar bem na água do banho. (Uma vez que o óleo essencial de orégão pode ser irritante para a pele e para as mucosas, é preferível dilui-lo em álcool, antes de o adicionar à água do banho). Após o banho aromático, poderá igualmente massajar as partes doridas com o seguinte preparado: 3 gotas de óleo essencial de alecrim e 2 gotas de óleo essencial de orégão, diluídas em 10 rnl de óleo de calêndula.
Uso interno Para facilitar a digestão, estimular o apetite e combater as afecções respiratórias: 2 a 3 gotas diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: em virtude das suas poderosas propriedades emenagogas, o uso de óleo essencial de orégão está contra-indicado para as grávidas. Como é irritante para a pele e as mucosas, deverá - 175 -
Os aromas que curam
também ser utilizado com prudência. Ainda, quando utilizado em doses elevadas ou durante longos períodos de tempo, o óleo essencial de orégão pode tornar-se estupefaciente.
Pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris - Coníferas) Componentes característicos: terebintina (pineno, canfeno), etc. Origem: regiões temperadas. Partes utilizadas: os rebentos e as agulhas. Propriedades: este óleo essencial é um anti-séptico poderoso para as vias respiratórias. É eficaz no tratamento das vias urinárias. É igualmente refrescante, desodorizante e estimulante.
Uso externo
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Para as afecções respiratórias (rinites, bronquites, asma, pneumonia, etc.): adicionar algumas gotas de óleo essencial a uma tigela de água quente e inalar várias vezes ao dia. Poderá igualmente tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo de amêndoa doce. Para combater o reumatismo, a artrite e a gota: tomar, igualmente, banhos quentes.
Uso interno Para os problemas respiratórios, do fígado e as infecções urinárias: 3 a 4 gotas por dia, diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Tomar 3 ou 4 vezes por dia, antes ou durante as refeições. Advertência: existem numerosas variedades de pinheiro que são utilizadas na produção de óleos essenciais. Como as propriedades dos óleos essenciais extraídos variam de uma espécie para a outra, não se esqueça de verificar o nome latino inscrito no frasco.
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Os aromas que curam
Roseira-de-damasco (Rosa damascena - Rosáceas)
o óleo essencial de rosa é, sem dúvida, o mais antigo de todos. A sua descoberta é atribuída a A vicena, um célebre alquimista iraniano do século x. O óleo essencial de rosa é muito caro. O seu preço elevado justifica-se, em parte, devido à grande quantidade de rosas necessária para produzir pequenas quantidades de óleo essencial (são necessários cerca de 600 kg de rosas para obter 30 ml de óleo essencial). Mas também devido ao próprio método de extracção. O óleo essencial de rosa é obtido através da extracção com utilização de substâncias gordas, o que implica muito mais trabalho. Componentes característicos: geraniol, cotronelol, etc. Origem: a rosa cresce facilmente em vários locais do mundo. Partes utilizadas: as pétalas. Propriedades: este óleo essencial é indicado para harmonizar o sistema reprodutor da mulher. Actua eficazmente no plano físico, mas também no plano psicológico. Ajuda as mulheres a assumir a sua dimensão sexual. É igualmente adstringente, cicatrizante, antidepressivo e afrodisíaco.
Uso externo
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Para todos os problemas ligados aos órgãos reprodutores da mulher (atonia uteri na, ciclos menstruais irregulares, tendências abortivas, etc.): poderá tomar banhos aro matizados com rosa. Uma ou 2 gotas diluídas em um pouco de óleo e adicionadas à água do banho, são o suficiente. Este óleo essencial é muito concentrado e liberta um odor suave mas forte. Poderá, igualmente, aplicar compressas quentes sobre o baixo-ventre. Uma gota para 1 litro de água quente. Para os problemas psicológicos femininos, relacionados com a sexualidade (falta de segurança, frigidez, depressão pósparto, violações, etc.): difundir os odores de rosa em casa, - 177 -
Os aromas que curam
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tomar banhos aromatizados com óleo essencial de rosa (ver o parágrafo anterior). Para os cuidados da pele: a rosa é indicada para todos os tipos de pele, mas em particular para as peles secas, sensíveis e envelhecidas. Juntar 1 gota de óleo essencial a 10 ml de óleo de grainhas de uva e aplicar este preparado no rosto, de manhã e à noite. Existe um grande número de pomadas e de cremes de beleza à base de rosa, à venda no mercado. Se desejar adquiri-los, verifique antes de mais, a qualidade do produto. A grande maioria deles são perfumados artificialmente e não apresentam nenhuma das virtudes do óleo essencial puro.
Uso interno Para os problemas ligados à sexualidade feminina, as afecções cutâneas e os estados depressivos: 2 ou 3 gotas diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou depois das refeições.
Rosmaninho (Lavandula stoechas - Labiadas) Distingue-se das duas alfazemas anteriormente referidas, pelas cetonas que contém. Nunca deverá ser utilizado em aplicações internas. Para as crianças, é preferível o uso da alfazema ou da alfazema aspica.
Salva comum (Salvia officinalis - Labiadas) "Homem, porque te lamentas tu se no teu jardim cresce salva?", diziam os médicos da escola de Salerno, para testemunhar os poderes . pouco comuns da salva. De acordo com a tradição popular, havia também o hábito de dizer: "Quem tem salva no jardim não precisa de médico." - 178 -
Os aromas que curam
Na Grécia antiga, Dioscórides recomendava-a frequentemente aos seus doentes, para tratamento de infecções diversas. Entre os Ameríndios um velho costume determina que se queime salva para afastar os maus espíritos. E com eles ... a doença. Componentes característicos: cetonas (tuiona composto altamente tóxico - e borneona), óxidos, álcoois, etc. Origem: Dalmácia - mas cresce facilmente em todos os continentes. Partes utilizadas: as folhas e as flores. Propriedades: este óleo essencial é indicado para fortalecer ou curar os órgãos genitais da mulher. É esta a sua maior qualidade. Mas o óleo essencial de salva é igualmente tónico, anti-séptico, expectorante, adstringente e anti-reumático. Sem contar que ele regulariza a circulação sanguínea e o funcionamento das glândulas sudoríferas.
Uso externo
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Para provocar ou regularizar o fluxo menstrual, favorecer a concepção e aliviar as dores que acompanham a menstruação: massajar o baixo-ventre com 3 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. Tomar banhos quentes acrescidos de 3 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Para aliviar as dores do parto: beber infusões de salva, durante o mês anterior à data prevista para o parto. Para harmonizar o clima psicológico ligado à sexualidade feminina: tomar banhos aromáticos, com 3 gotas de óleo essencial previamente diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. Para aliviar as dores reumáticas e artríticas: massajar as regiões doridas com 3 gotas de óleo essencial diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. Tomar banhos quentes acrescidos de 3 gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo ou de álcool. - 179 -
Os aromas que curam
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Para melhorar a circulação sanguínea: fazer massagens, efectuando movimentos circulares na direcção do coração, com três gotas de óleo essencial diluídas em 10 rnl de óleo de calêndula. Para combater uma transpiração demasiado abundante dos pés: fazer banhos de pés com quatro gotas de óleo essencial, diluídas em um pouco de óleo ou de álcool.
Uso interno Para regularizar a circulação sanguínea e o sistema sudorífero, acalmar as angústias ligadas à sexualidade na mulher e estimular o corpo e o espírito: 1 ou 2 gotas diluídas em um pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o óleo essencial de salva comum contém uma percentagem elevada de tuionas. Mesmo em pequenas doses, este óleo essencial pode ter um efeito epiléptico e ser tóxico para o sistema nervoso. Pode também desencadear hemorragias menstruais, acompanhadas de fortes e dolorosas contracções uterinas. Em doses elevadas, o óleo essencial de salva comum pode provocar paralisia e tomar-se abortivo. A salva comum inibe igualmente a produção de leite nas mulheres em fase de aleitamento.
Salva Esclareia tSalvia sclarea - Labiadas ou Lamiáceas) Esta variedade de salva assemelha-se muito à anterior mas, ponto importante, não apresenta toxicidade. Com efeito, não contém nem tuionas, nem cânfora. É vantajosa para as afecções ginecológicas, activa a circulação sanguínea, desintoxica e favorece o crescimento dos cabelos.
Uso externo * Para tratar todos os problemas ginecológicos e para acalmar as emoções que lhes estão ligadas: massajar o baixo-ventre com - 180 -
Os aromas que curam
3 g de óleo essencial de salva (salvia sclarea), 2 g de alfazema (lavandula vera) e 10 ml de óleo de amêndoa doce. * Para estimular o crescimento dos cabelos e dar-lhes brilho: massajar o couro cabeludo com 2 gotas de óleo essencial de salva (salvia sclarea) e 5 ml de azeite de primeira prensagem a frio. * Para melhorar a circulação arterial e desintoxicar o corpo: tomar um banho quente, acrescido de 3 gotas de óleo essencial de salva (salvia sclarea) e 2 gotas de alecrim trosmarinus officinalis) diluídas em um pouco de óleo. Massajar o corpo com 3 gotas de óleo essencial de salva (sal via sclarea) e 2 g de alecrim (rosmarinus officinalisi, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce.
Sândalo (Santalum album, Santalum spicatum - Santaláceas)
o sândalo é uma árvore parasita que se alimenta das raízes das árvores que a rodeiam. Duas espécies diferentes fornecem óleos essenciais. O Santaluni album, também chamado santal citrin, cresce na Índia e o Santalum aplicatuni cresce na Austrália. Este último, produz um óleo essencial de qualidade moderada. Para uma e outra espécie, a qualidade do óleo essencial obtido depende muito da idade da árvore e da qualidade da madeira. I\s melhores essências obtêm-se pela destilação das árvores de menos de 30 anos. Devido à sua grande procura, as florestas de sândalo desaparecem rapidamente. O óleo essencial de sândalo é, por conseguinte, cada vez mais caro. A fim de proteger algumas raras florestas de sândalos que ainda existem, seria talvez mais razoável substituir a utilização do óleo essencial de sândalo por um outro óleo essencial com efeitos similares. Componentes característicos: santatol, fusanol, ácidos santálico e terasantálico, etc. Origem: Índia e Austrália. - 181 -
Os aromas que curam
Partes utilizadas: a madeira. Propriedades: este óleo essencial é adstringente e anti-séptico. É, em particular, um poderoso anti-séptico urinário. Da mesma forma, é bom para tratar as vias pulmonares e constitui um bom tónico geral. Quanto à sua reputação afrodisíaca, tudo indica que não é exagerada.
Uso externo
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Para tratar as infecções unnanas: tomar banhos quentes acrescidos de 5 gotas de óleo essencial de sândalo, diluídas em um pouco de óleo de amêndoa doce ou de álcool. Poderá igualmente aplicar compressas quentes sobre a zona renal. Para as compressas, juntar 2 gotas de óleo essencial, para um litro de água quente. Para as afecções pulmonares: juntar 10 gotas de óleo essencial numa tigela de água muito quente e inalar várias vezes ao dia. Poderá igualmente friccionar o peito e a garganta, com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Para os cuidados da pele: o sândalo é benéfico tanto para as peles secas, como para as peles normais e as peles oleosas e cobertas de acne. Se necessário, aplicar compressas quentes.
Uso interno Devido ao seu gosto muito amargo, o óleo essencial de sândalo raramente é utilizado por via interna. Advertência: em doses elevadas, o óleo essencial de sândalo provoca uma sede intensa, calor nas paredes do estômago e, por vezes, náuseas.
Segurelha (Satureia montana - Sabiá) Componentes característicos: fenol, monoterpeno, etc. Origem: as montanhas do Mediterrâneo e o sul de França. Partes utilizadas: as extremidades floridas. - 182 -
Os aromas que curam
Propriedades: este óleo essencial é fortemente anti-séptico, digestivo, estimulante, analgésico, vermífugo, afrodisíaco e cicatrizante.
Uso externo
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Para desinfectar as feridas e as picadas de insectos ou favorecer a cicatrização: aplicar compressas quentes. Uma gota de óleo essencial para 1 litro de água fervida. Para estimular a libido: massajar cada um dos lados da coluna vertebral com duas gotas diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce.
Uso interno Para estimular as faculdades cerebrais, a digestão, a libido, purificar o sangue e combater os parasitas intestinais: 2 a 3 gotas por dia, diluídas em óleo ou em álcool. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: tal como todas as essências que contêm fenol (ver o capítulo 3), o óleo essencial de segurelha é irritante para a pele e as mucosas. Por isso, é importante utilizá-lo sempre diluído. Não é recomendável em inalação ou em difusão. Deve ainda evitar as doses elevadas ou os tratamentos durante períodos prolongado. O óleo essencial de segurelha pode cansar o fígado, danificar os intestinos e tornar-se excitante.
Tomilho (Thymus vulgaris - Labiadas) Componentes característicos: fenol (ti rnol, carvacrol, linalol), terpenos, etc. Origem: Mediterrâneo. Partes utilizadas: as extremidades floridas. Propriedades: este óleo essencial é digestivo, estimulante para o corpo e a mente, anti-infeccioso - em particular para o aparelho respiratório, urinário e para os intestinos. É aperitivo, anti-espas- 183 -
Os aromas que curam
módico, anti-reumático e vermífugo. Activa a circulação sanguínea e favorece a circulação. A composição bioquímica do tomilho varia de um clima para o outro, e é diferente consoante as variedades. Do mesmo modo, os óleos essenciais que dele são extraídos apresentam algumas diferenças entre si. De facto, podemos encontrar duas variedades principais de óleo essencial de tomilho: o óleo essencial de tomilho com timol e o óleo essencial de tomilho com linalol. O tomilho com timol (thymus vulgaris com ti moi), caracteriza-se pela sua acção profunda e duradoura. É particularmente indicado para o tratamento das afecções generalizadas e frequentemente repetidas. É um bom estimulante do sistema imunitário. Em virtude da sua forte percentagem em timol, o óleo essencial de tomilho com timol deve ser utilizado com precaução. O tomilho com linalol (thymus vulgaris com linalol) é muito mais suave do que o anterior. É o tomilho indicado para utilizar nas crianças. É particularmente benéfico paras os problemas broncopulmonares, as otites, as dores de garganta e as infecções renais. O óleo essencial de tomilho com linalol constitui em excelente tónico geral. Uso externo
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Para desinfectar as vias respiratórias: tomar banhos quentes, acrescidos de 5 gotas de óleo essencial, diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Friccionar o peito e a garganta com 5 gotas diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. Difundir os óleos essenciais no quarto de dormir antes de se deitar. Deitar 10 gotas de óleo essencial numa tigela de água quente e inalar durante 10 a 15 minutos. Gargarejar com o seguinte preparado: 1 gota de óleo essencial, diluída num pouco de óleo e adicionada a meio copo de água morna. Para desinfectar as vias urinárias: fazer semicúpios quentes, de manhã e à noite, com cinco gotas de óleo essencial bem diluídas. Massajar as costas ao nível dos rins, com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de amêndoa doce. - 184 -
Os aromas que curam
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Para aliviar as dores reumáticas e artríticas: friccionar com 5 gotas de óleo essencial, diluídas em 10 ml de óleo de calêndula. Aplicar compressas quentes. Diluir 2 gotas num pouco de álcool e adicionar a 1 litro de água quente. Para estimular de manhã ou ajudar a conciliar o sono à noite: tomar banhos quentes, de manhã como estimulante (terminar com um duche frio), e à noite para conciliar o sono. Diluir previamente o óleo essencial (5 gotas) em um pouco de óleo ou de álcool.
Uso interno Para estimular o apetite e a digestão, activar a circulação sanguínea, estimular tanto a nível físico como mental, eliminar os espasmos e combater as infecções respiratórias, urinárias ou gástricas, o reumatismo e a insónia: 3 a 5 gotas diluídas num pouco de óleo vegetal ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições. Advertência: o óleo essencial de tomilho não deve ser utilizado puro sobre a pele, uma vez que é irritante e cáustico.
Ylang-ylang ou Cananga odorahe (Unona odorantissima Anonáceas)
o ylang-ylang é uma árvore que atinge, frequentemente, uma altura de 20 metros. As suas flores são colhidas durante as noites de Maio e Junho. Componentes característicos: eugenol, linalol, terpenos, etc. Origem: Extremo Oriente e Madagáscar. Partes utilizadas: as flores. Propriedades: este óleo essencial acalma as funções respiratória e cardíaca. É, por conseguinte, muito útil para os indivíduos em estado de choque, coléricos ou ansiosos. Este óleo essencial é igualmente anti-séptico, sedativo, afrodisíaco e anti-depressivo, - 185 -
Os aromas que curam
Uso externo
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Para acalmar a respiração e o coração: juntar 10 gotas de óleo essencial numa tigela de água muito quente e inalar durante dez minutos. Para combater a falta de apetência sexual e os estados depressivos: diluir 5 gotas de óleo essencial em um pouco de óleo ou de álcool e adicionar à água do banho. Para dar brilho e perfume aos cabelos: diluir algumas gotas num pouco de álcool e adicionar o preparado à água do enxaguamento.
Uso interno Para acalmar a respiração e os batimentos cardíacos, para combater os estados depressivos, a falta de libido e as infecções intestinais: 2 a 5 gotas diluídas num pouco de óleo ou de álcool. Tomar 3 vezes ao dia, antes ou durante as refeições.
Zimbro (Juniperus communis - Coníferas) Componentes característicos: borneol, isaborneol, cadimeno, terpenos e sesquiterpenos, etc. As suas propriedades: o óleo essencial de zimbro é um bom estimulante digestivo e nervoso. É também desintoxicante, diurético, tónico, anti-séptico, estomacal, depurativo, anti-reumático, antidiabético, emenagogo, soporífero e sudorífero. Origem: Europa. Partes utilizadas: os frutos.
Uso externo
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Para os problemas urogemtais, as depressões, a falta de energia e as afecções pulmonares: tomar banhos quentes, a cuja água se adicionaram 5 gotas de essência de zimbro, diluídas em óleo de amêndoa doce. - 186 -
Os aromas que curam
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Se se tratar de um problema mais específico da função renal: aplicar compressas quentes nas costas, ao nível dos rins. Duas gotas de óleo essencial de Zimbro diluídas num litro de água quente. Fazer massagens locais com 7 gotas de óleo essencial para 10 ml de óleo de amêndoa doce. Este tratamento permite uma boa desintoxicação e tonifica os rins. Para reduzir as inflamações reumáticas, artríticas e gotosas: massajar localmente com 7 gotas de óleo essencial de zimbro, diluído em 10 ml de óleo de calêndula. Tomar banhos quentes, a cuja água se adicionaram 5 gotas de essência de zimbro. Para além de trazerem um alívio local, os banhos quentes com óleo essencial de zimbro, favorecem a eliminação das toxinas úricas, responsáveis pelas inflamações. A alternância de compressas quentes e frias produz óptimos resultados. Como desinfectante: o zimbro, tal como o alecrim, foram utilizados durante muito tempo, nos hospitais franceses, para purificar os locais. Em caso de epidemia, não hesite em difundir algumas gotas na sua casa. Poderá igualmente, usá-lo para as limpezas domésticas. Uma ou duas gotas diluídas na água da lavagem permitem desinfectar os soalhos, as casas-de-banho, etc. Para clarear a mente e combater os pensamentos sombrios: utilizar o óleo essencial de zimbro no banho, para fricções, em difusão, etc. Para os tratamentos cutâneos (acne, eczema): aplicar duas compressas mornas, acrescidas de óleo essencial. Duas gotas para 1 litro de água.
Uso interno Contra os estados de fadiga geral, a artrite, o reumatismo, as menstruações dolorosas, as afecções urinárias e a arteriosclerose: 2 ou 3 gotas diluídas num óleo vegetal ou em álcool. Tomar 2 ou 3 vezes por dia, antes ou durante as refeições. Advertência: em caso de inflamação aguda dos rins, não utilizar óleo essencial de zimbro. - 187 -
ÍNDICE TERAPÊUTICa
Este índice apresenta urna lista de óleos essenciais para cada urna das doenças ou pequenos problemas de saúde mais frequentes. Consoante o caso, poderá encontrar urna lista de óleos essenciais para uso interno ou externo ou ainda para ambos. * Atenção! O facto de se indicarem vários óleos essenciais para urna mesma doença não significa que se deverão tornar todos. O motivo porque é dada urna lista exaustiva é, antes de mais, para que não tenha de voltar a comprar um novo óleo essencial para cada novo problema que surgir. Com as opções de escolha que propomos, não terá qualquer dificuldade em encontrar o óleo essencial que lhe interessa, na sua "aromateca" . Contudo, em muitos casos, o efeito combinado de vários óleos essenciais é mais intenso do que a simples sorna das partes. Tem um efeito dito "sinérgico", que aumenta a eficácia do tratamento. * Para uso interno, respeite a dose sugeri da, ou seja: 2 gotas para um adulto numa perspectiva de prevenção 3 a 5 gotas para um adulto, para tratamento e cura. Tal corno já foi aqui referido, um óleo essencial provoca, muitas vezes, o efeito contrário ao pretendido, quando a dose é muito elevada. Mesmo sendo a aromaterapia urna medicina natural, ela não pode ser considerada corno "suave". Exige-se, portanto, prudência em todas as situações.
Os aromas que curam
Sempre que seja possível - ou até recomendado - o uso de mais do que 3 a 5 gotas, tal indicação é geralmente especificada. Não obstante, deverá consultar também o léxico dos óleos essenciais (no capítulo anterior), para saber mais pormenores acerca do óleo ou óleos essenciais que lhe convém usar. Reporte-se igualmente ao quadro dos óleos essenciais que só devem ser usados com muita prudência (ver o capítulo 3). * Tenha sempre presente que, para uma maior segurança, é aconselhável experimentar previamente 2 ou 3 gotas, aplicadas sobre o pulso. Assim, poderá ter a certeza de que não se irá arriscar a sofrer qualquer reacção alérgica. * Sempre que necessário, poderá encontrar neste índice recomendações de carácter geral, referentes ao seu regime alimentar ou ao seu modo de vida. Não se esqueça de que a saúde é um todo e que os medicamentos naturais se esforçam por tratar o todo (ou seja, o terreno), antes de partir para o particular (ou seja, a doença). Assim, trata-se a causa e não somente os sintomas.
Abatimento (ver Astenia) Acidez do estômago (ardor de estômago) Uso interno: hortelã-pimenta, limão (citrus liinonum, folhas), manjericão ou chicória. Recomendações: * Evitar os alimentos acidificantes e sobretudo, mastigar bem os alimentos. Adoptar medidas anti-stress, antes e durante as refeições, tais * como: sessões de relaxamento, ausência de conversas negativas, não à leitura (livros ou jornais), não à rádio e à televisão - 190 -
Os aromas que curam
Acne (pontos negros, etc.) Uso interno: laranja icitrus auranthium, folhas), cisto, alecrim (com verbenona), camomila-romana ou cenoura (daucus carota). Uso externo: cenoura, eucalipto (radiata), alfazema (vera) ou cisto com um óleo vegetal (3 de óleo essencial). De preferência, utilizar óleo de amêndoa doce. Recomendações: * Evitar os alimentos acidificantes e, sobretudo, o açúcar. Comer muitos alimentos crus. * Eliminar o uso de produtos cosméticos demasiado gordurosos, que podem obstruir os poros da pele. * Adoptar as medidas anti-stress habituais: sessões de relaxamento e noites de sono normais.
Afonia Uso interno: laranja amarga (citrus auranthium, folhas), cipreste ou tomilho (com linalol). Uso externo: gargarejar com um hidrolato de salva comum e de alfazema (vera).
AfrodisÍacos Uso interno: canela de Ceilão, zimbro, cravo-da-índia, hortelãpimenta, néroli ou ylang-ylang. Uso externo: idem, em difusão ou em aplicação na própria pessoa (ou no companheirol). Recomendações: Tal como já foi aqui referido (ver capítulo 1), os centros nervosos associados aos odores são vizinhos dos responsáveis pelas emoções e pela excitação sexual. Assim, par além do uso interno, a inalação e a difusão dos óleos essenciais contribuirá certamente para melhorar a qualidade dos - 191 -
Os aromas que curam
encontros sexuais. E isto vale tanto para aqueles que experimentam algumas dificuldades sexuais como para os outros. Quanto à utilização dos óleos essenciais sob a forma de perfumes, o ideal é encontrar uma essência que realce ou intensifique o "odor da sua personalidade" sem no entanto a esconder, obviamente.
Aftas Uso interno: bochechar com um hidrolato de menta (viridis) ou de tomilho (com linalol).
Aleitamento Uso interno: * para parar: salva comum. para aumentar: endro, anis verde, cominhos, funcho, chicória, * tudo em doses muito moderadas.
Alergias a determinados alimentos Uso interno: cenoura (daucus carota), alecrim (com cineol), laranja (citrus auranthium, folhas), perpétua, mirto ou tomilho (com linalol). Uso externo: alfazema (vera), alecrim (com verbenona) ou tomilho (com timol) com um óleo vegetal (3 de óleo essencial).
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Recomendações: Poderá ser alérgico a um ou mais alimentos - mesmo sãos e naturais. Mas muitas das vezes, a reacção alérgica está ligada a certos aditivos químicos presentes nos alimentos industriais. Nem sempre é fácil determinar quais são os alimentos que causam alergias. Poderá descobrir os "culpados" com recurso à técnica da eliminação progressiva. - 192 -
Os aromas que curam
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Elimine particularmente o açúcar branco, bem como os produtos lácteos. Atenção igualmente aos cereais, sobretudo o centeio. Estando comprovado que é particularmente sensível, deverá testar escrupulosamente os óleos essenciais, antes de os utilizar com regularidade (tal como indicado na introdução deste índice).
Alopecia Uso externo: massagens do couro cabeludo com camomilaromana, alfazema (vera), cedro ou ylang-ylang, combinado um óleo vegetal (5 de óleo essencial). De preferência, utilizar óleo de amêndoa doce. Recomendações: Não existe uma cura milagrosa para a queda do cabelo. Não obstante, os óleos essenciais combinados com um modo de vida antistress, uma alimentação saudável e determinadas vitaminas, poderão certamente reduzir a queda do cabelo e revitalizá-Io. Em alguns casos, é possível uma certa recuperação.
Amigdalite Uso interno: Gargarejar com os seguintes óleos eSSenCIaIS, cuidadosamente diluídos num óleo vegetal: camomila-romana, laranja (citrus auranthium, folhas), salva comum, cisto, segurelha, alecrim (com verbenona) e loureiro. Poderá também, diluir o óleo essencial num álcool (como o vodka) que, de seguida, deverá misturar com água. Para as crianças (já grandes): gargarejos com óleo essencial de laranja (citrus auranthium, folhas), de tomilho (com linalol) e de loureiro. - 193 -
Os aromas que curam
Uso externo: 3 de óleo essencial de eucalipto (radiata), misturado com um óleo vegetal - de avelã, se possível. Massajar as amígdalas várias vezes ao dia. Recomendações: * A criança deverá permanecer na cama e repousar o mais possível. * Impeça-a de consumir açúcar branco. * Evite que sofra de obstipação, fazendo-o ingerir fibras alimentares (se for necessário, sob a forma de cápsulas).
Ancilose Uso externo: alecrim (com cineol), alfazema (híbrida) ou cravoda-índia. Aplicar em massagens ou em cataplasma, com óleo de avelã (5 de óleo essencial). Recomendações: Usualmente associada às lesões articulares ou ósseas, a ancilose é um problema muito mais sério do que a simples rigidez muscular. Manifesta-se sobre a forma de diversos problemas artríticos, como a espondilite anquilosante. Os óleos essenciais poderão ser úteis, desde que usados no quadro de uma abordagem "holística". Ver a rubrica "Artrite".
Anemia Uso interno: tomilho (com linalol), cenoura (daucus carota), salva comum, alecrim (com verbenona) ou hortelã-pimenta. Recomendações: * Poupe o fígado, fazendo uma alimentação saudável. * Coma muita salsa. * Tome suplementos de ferro, se se tratar de uma anerrua causada por carências em ferro. vitamina B 12 para a anemia causada por carência em * Tome vitamina B 12. - 194 -
Os aromas que curam
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Se a anemia parecer resultar de um regime vegetariano, serรก conveniente comer, pelo menos, ovos e peixe. Sobretudo se estiver grรกvida
Anginas (inflamação da garganta) Para as anginas vermelhas Uso interno: camomila-romana, tomilho (com timol), salva comum, alecrim (com verbenona), loureiro ou cravo-da-Índia. Para as crianças: tomilho com linalol, salvia sclareia, alecrim (com cineol). Uso externo: eucalipto (radiata) ou alfazema. 20 de óleo essencial diluído em óleo de avelã. Para as anginas brancas com estreptococos Uso interno: fazer gargarejos com óleo essencial de segurelha, de alecrim (com verbenona) ou de alfazema (aspica). Para as crianças, recorrer mais ao tomilho (com linalol) ou ao limão (citrus limonum). Uso externo: eucalipto (globulus) ou niaouli, para fazer massagens dos lados da garganta. Recomendações: * Repouse bastante. * Num ou noutro caso, atenção à obstipação. Coma também, bastantes alimentos crus.
Angústia Uso interno: laranja amarga (citrus auranthium, folhas), rábano, loureiro, alecrim (com verbenona), ylang-ylang ou hissopo. Uso externo: massagem do plexo solar com 3 de óleo essencial de alfazema,gerânio, camomila romana ou rábano, diluído em óleo de amêndoa doce. Recomendações: Por via interna, poderá usar os óleos essenciais por ingestão, por difusão ou por inalação. - 195 -
Os aromas que curam
o USO por inalação é particularmente recomendado, uma vez que se pode combinar com a meditação (ver essa rubrica), que é uma outra técnica eficaz para diminuir e combater a angústia. Anorexia Uso interno: camomila romana, cenoura (daucus carota), limão, estragão, salva comum ou tomilho (com linalol). Recomendações: A anorexia constitui um dos grandes enigmas da medicina. Mas tudo parece apontar no sentido de que, uma abordagem multidisciplinar, física e psicológica, é ainda o melhor procedimento a adoptar. Neste contexto de acção multidisciplinar, alguns óleos essenciais podem desempenhar um papel útil a vários níveis. Se a pessoa anoréctica se recusar a fazer um tratamento interno, poderá difundir os óleos essenciais. A curto e a longo prazo, os óleos essenciais em difusão poderão, nomeadamente, ajudar a combater a depressão ou a apaziguar a mente atormentada da pessoa anoréctica. Esta prática terapêutica não é nova. A medicina tradicional do Tibete e da Índia sempre utilizou determinadas essências para tratar as doenças mentais. Da mesma forma, os banhos aromáticos e as massagens com óleos essenciais, serão úteis para ajudar a pessoa anoréctica a "sentir-se melhor no seu corpo". Tal como é sabido, a anorexia advém geralmente de uma atitude perfeccionista e de uma recusa neurótica do corpo. Para além disso, sendo um facto assente que a pessoa anoréctica é, regra geral, uma rapariga nova, o facto de ser estimulada por aromas e perfumes muito femininos, irá contribuir para despertar a sua feminilidade e o seu desejo de seduzir. O que representa um passo importante na direcção da cura! O ideal seria consultar um aromaterapeuta capaz de descobrir o óleo essencial que melhor corresponde à sua personalidade complexa. - 196 -
Os aromas que curam
Apetite (perda de) Uso interno: cravo-da-índia, hortelã-pimenta ou manjericão. Recomendações: A simples falta de apetite não tem, felizmente, qualquer relação com a anorexia. Geralmente, soluções muito simples são o suficiente para resolver o problema. Como, por exemplo, fazer longas caminhadas. Ou, se for necessário, "suar bastante" numa sauna ou através de exercícios vigorosos.
Arteriosclerose (ver também Aterosclerose) Uso interno: alecrim (com verbenona), perpétua, loureiro, cenoura ou alho. Recomendações: Os óleos essenciais, só por si, não são suficientes para combater um problema tão grave. Os anos de má gestão da saúde não podem desaparecer com algumas gotas de óleo essencial. A hereditariedade desempenha um papel passivo, o abuso dos fritos e das gorduras saturadas, os aditivos químicos presentes nos alimentos industriais, os hábitos de vida com stress, o tabagismo e a falta de exercício, são outros factores que levam ao endurecimento das artérias. Deve-se, antes de mais, começar por intervir ao nível destes factores (para mais pormenores, consultar a rubrica Aterosclerose). A partir desse momento, a utilização de óleos essenciais constituirá um tratamento auxiliar muito pertinente.
Artrite Uso interno: camomila romana, salva comum, tomilho (com timol), alecrim (com cineol), loureiro ou hortelã-pimenta. Uso externo: os mesmos óleos essenciais são os indicados para massagens e aplicação tópica. Dilua-os previamente num óleo vegetal. Não massajar em caso de inflamação. - 197 -
Os aromas que curam
Recomendações: Por via interna, os óleos essenciais eliminam as toxinas e favorecem a circulação ao nível das articulações. Por via externa, aliviam a dor. Mas tal como os problemas cardiovasculares, as doenças das articulações exigem uma abordagem global: * Vigie a sua alimentação (apesar do que afirma a medicina oficial, muitos estudos provam a importância da alimentação no combate da artrite). Por conseguinte: Reduza ao mínimo o consumo de açúcar branco, de chá e de café. Diga não aos alimentos acidificantes. Afaste em particular, o tomate, a batata, o pimento vermelho ou verde e a paprika. Elimine, o mais possível, as substâncias gordas da sua alimentação. Tente descobrir quais os alimentos que melhor se associam aos seus sintomas. Examine em profundidade o fundo psicológico que poderá * estar na origem da doença. Habitualmente, encontra-se muito rancor, fúria e culpabilidade. E tal como pode constatar, os períodos de stress coincidem muitas vezes, com o reaparecimento dos sintomas. Nesta óptica, o óleos essenciais que lhe recomendamos para determinados problemas psicológicos afiguram-se muito úteis. Ver, nomeadamente, a rubrica Angústia. * O exerctcio físico - adequado - é indispensável e frequentemente negligenciado por preguiça ou falta de motivação. Algumas formas de exercício físico, como o yoga (adaptado) e a ginástica de manutenção, têm a vantagem de trabalhar simultaneamente a mente e o físico.
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Asma Uso interno: limão, hissopo, loureiro, alecrim (com cineol), rábano ou salva comum. Uso externo: massagem das costas com alfazema híbrida e niaouli, 3 de óleo essencial diluído em óleo de amêndoa doce. Recomendações: * Os óleos essenciais recomendados para uso interno não devem ser utilizados nas crianças. * Não ingerir produtos lácteos. Não consumir nenhum alimento que contenha aditivos químicos. * Para o aspecto psicológico das crises de asma, ver também a rubrica seguinte.
Asma nervosa Uso interno: camomila romana, laranja (citrus auranthium, folhas) ou rábano. Uso externo: alfazema (vera), niaouli ou mirto com óleo de amêndoa doce (5 de óleo essencial). Recomendações: * Abandone o açúcar e os produtos lácteos. Desconfie de alguns cereais que podem causar alergia, no seu caso. * A respiração praticada no yoga e a auto-hipnose permitem-lhe controlar as crises de asma, onde a angústia parece desempenhar um papel desencadeador ou agravante.
Astenia Uso interno: camomila romana, salva comum, cipreste, alfazema (híbrida), tomilho (com ti mol) ou cravo-da-índia. Uso externo: os mesmos óleos utilizados em inalação ou em difusão.
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Recomendações: * Tomar igualmente suplementos de vitaminas e minerais. * Praticar a meditação e as técnicas de visualização criadora. Ver a rubrica Meditação.
A terosclerose (ver também, Circulação sanguínea e Colesterol) Uso interno: perpétua, loureiro ou alecrim (com verbenona). Recomendações: * Reduzir o mais possível o consumo de fritos, de gorduras animais saturadas e de álcool. Coma bastantes legumes e fibras alimentares, os quais ajudam tanto a limpar as artérias, como a impedir o seu endurecimento. * O tabagismo, a falta de exercício físico e a obesidade, são outros dos factores de risco determinantes. * O stress constitui igualmente uma das principais causas de aterosclerose - mesmo se a medicina oficial tende a subestimá-lo, para colocar a tónica nos outros factores já referidos. Elimine, pouco a pouco, os factores de stress inúteis na sua vida. Diminua as necessidades materiais para ter menos questões com que se preocupar. Nesta luta contra o stress, os óleos essenciais podem igualmente desempenhar um papel muito útil. Ver a rubrica Stress.
Atonia (digestiva) Uso interno: tomilho (com linalol), hortelã-pimenta, manjerona (origanum majoranai ou estragão.
Avitaminose (ver Suplementos alimentares)
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Os aromas que curam
Bicha solitária (ver Parasitas intestinais) Bolhas Uso externo: cenoura (daucus carota), laranja (citrus auranthium, folhas), alfazema ou gerânio com um óleo vegetal (3 de óleo essencial). De preferência, utilizar óleo de gérmen de trigo. Recomendações: * Evite rebentar a bolha. Para isso: 1. Comece por embeber um pedaço de algodão no óleo essencial escolhido. 2. Seguidamente, coloque-o à volta da bolha, de maneira a criar uma barreira protectora. 3. Por último, aplique um emplastro que cubra o todo. * Se a bolha for efectivamente muito grande: 1. Rebente-a previamente, com uma agulha esterilizada. 2. Limpe a fundo a zona em causa. 3. Aplique de seguida, o óleo essencial escolhido, com um tecido próprio ou uma cotonete para os ouvidos.
Bronquite Uso interno: laranja, hissopo, loureiro, alfazema (as pica) ou segurelha. Uso externo: eucalipto (globulus) ou eucalipto (radiata) e alecrim (com cineol). Diluir em óleo vegetal (20 de óleo essencial), para massagens no tórax. Estes óleos podem igualmente ser utilizados com um difusor ou absorvidos por inalação, deitando algumas gotas num recipiente com água a ferver. Recomendações: * Repouse ao máximo, afastando as fontes de stress. * Elimine o açúcar branco e os produtos lácteos.
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Bulimia USO interno: laranja (citrus auranthium, folhas), hissopo, tomilho (com linalol), alecrim (com verbenona) e salva comum. Recomendações: * Para além do uso de óleos essenciais, faça também umas sessões de psicoterapia, para tentar encontrar a razão da sua "paixão" pela comida. * Se decidir optar por recorrer à força de vontade, avance com prudência. Não esgote a sua reserva de vontade com intenções e palavras inconsequentes. Não estabeleça objectivos demasiado elevados para si. A vontade é um músculo mental que é preciso treinar progressivamente.
Cãibras musculares (pernas, etc.) Uso externo: alecrim (com cineol), alfazema (híbrida) e rábano, com um óleo vegetal, de preferência um óleo de avelã (20 de óleo essencial). Em massagens ou em compressas. Recomendações: * Atenção aos saltos altos. O seu uso prolongado implica uma atrofia dos músculos da parte inferior da perna. Quando o pé retoma a sua posição normal, poderá sentir dores. * Alguns medicamentos - de entre eles, vários calmantes muito populares - causam cãibras. Pergunte ao seu médico quais são os efeitos secundários dos medicamentos que lhe prescreveu.
Cálculos biliares ou hepáticos Uso interno: cenoura, hortelã-pimenta, manjericão ou alecrim (com verbenona). Uso externo: nos casos de dores violentas, 1 gota de hissopo por dia, em massagens sobre a vesícula biliar.
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Recomendações: Elimine o açúcar branco e as gorduras saturadas. Coma bastantes alimentos crus. * Atenção aos produtos lácteos (nomeadamente, o queijo).
Calos Uso externo: alfazema, geramo ou cenoura. Diluir em óleo de gérmen de trigo (5 de óleo essencial), para aplicação tópica. Recomendações: * Faça também, banhos de água salgada. * Aplique um penso de alho esmagado sobre o calo.
Calosidades Uso externo: cenoura, geramo, alfazema, diluídos em óleo de gérmen de trigo (5 de óleo essencial). Com o seu teor rico em vitamina E, o óleo de gérmen de trigo favorece a regeneração celular. Recomendações: * Trate as calosidades apenas quando estas estiverem muito grossas ou dolorosas. Se a zona em questão é constantemente "posta à prova", a calosidade desempenha um papel útil. * Faça também banhos parciais de água salgada e esfregue a área com uma pedra pomes. * Use luvas para os trabalhos duros, nos casos de calosidades nas mãos. Para quem sofre de calosidades nos pés, deverá verificar se a sua forma de andar não é desequilibrada. * Não tente retirar as calosidades com instrumentos cortantes.
Calvície (ver Alopecia)
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Os aromas que curam
Cancro Alguns óleos essenciais são imuno-estimulantes - como por exemplo, os que contêm sesquiterpenol (óleo essencial de sementes de cenoura, de madeira de sândalo branco ou de cipreste). Por conseguinte, eles fortalecem o "terreno" do indivíduo e podem contribuir para prevenir e tratar os vários tipos de cancro. Este é um domínio pouco estudado, mas algumas pessoas relataram resultados bastante interessantes. Assim, o Dr. Jean Valnet cita vários exemplos de tratamentos bem sucedidos, em casos por vezes considerados incuráveis pela medicina oficial. Contudo, o seu tratamento associava a aromaterapia a outras formas de terapêutica, como o ácido fosfórico e o magnésio. Para uma doença tão grave como o cancro é indispensável combinar várias abordagens. Obviamente que não se coloca aqui a questão do "auto-tratamento". A abordagem deverá passar pela consulta de um médico aberto à ideia da aromaterapia. Em contrapartida, nada o impede de tratar você mesmo, com óleos essenciais, o aspecto psicossomático da doença. Poderá retirar grandes benefícios dos óleos essenciais que levantam a moral e combatem a angústia e o stress. Ver também, as rubricas: Angústia, Astenia e Stress.
Cansaço (rigidez muscular) Uso externo: camomila romana, laranjeira, alfazema (aspica), loureiro, alecrim (com verbenona), diluídos num óleo vegetal, como por exemplo, o óleo de avelã (20 de óleo essencial). Em massagens (vigorosas e profundas) ou em aplicações tópicas com compressas. Recomendações: * Pratique um método de relaxamento. * Faça exercícios preventivos de flexibilização. - 204-
Os aromas que curam
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Evite ficar muito tempo em posição sentada. Levante-se pelo menos uma vez em cada hora, para fazer alongamentos. Se as circunstâncias o permitirem, ponha música a tocar e dance livremente para libertar o excesso de energia nervosa.
Caspa Uso externo: alecrim, salva, tomilho (diluídos em óleo vegetal), aplicados em massagens sobre o couro cabeludo.
Catarro Uso interno: alfazema (aspica), camomila romana ou hortelãpimenta. Uso externo: massagens com eucaliyptus radiata, diluído em 3 de óleo de avelã.
Celulite Uso interno: manjerona toriganum majoranai, salvia sclarea, cipreste, laranjeira ou alecrim (com verbenona). Uso externo: massagem com pelargonium graveolens, laranjeira ou verbena (lippia citriodora), combinados com óleo de amêndoa doce (5 de óleo essencial). Recomendações: * Opte por uma alimentação desintoxicante, contendo bastantes legumes crus. * Vigie o factor stress. Pratique relaxamento (ver a rubrica Meditação)
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Ciática Uso externo: camomila romana, alfazema aspica, zimbro, manjerona (origanum majorana). 10 de óleo essencial diluído em óleo de avelã. Recomendações: * Trabalhe também com técnicas de relaxamento (ver Meditação). * É urgente que faça psicoterapia para se confrontar com a sua agressividade contida.
Cicatrizes Uso externo: alfazema, cenoura, cisto, rosmaninho, diluídos em óleo de gérmen de trigo (5 de óleo essencial).
Circulação sanguínea (problemas de) Uso interno: cipreste, perpétua, alecrim (com cânfora) ou cenoura. Recomendações: Ver Aterosclerose.
Cirrose Uso interno: cenoura, hortelã-pimenta, alecrim (com verbenona) e perpétua. Recomendações: * Como é evidente, abstenção de álcool, açúcar, gorduras animais saturadas e alimentos fritos. * Sobretudo se a cirrose resultar do abuso de álcool, um suplemento de vitaminas e de minerais torna-se absolutamente indispensável. Deverá tomar vitaminas de quase todos os grupos e, em particular, os seguintes minerais: cálcio, crómio, magnésio, manganésio e zinco. - 206-
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Cistite Uso interno: hortelã-pimenta, salvia sclarea, sândalo ou segurelha. Uso externo: massagem da vesícula com niaouli, canela de Ceilão e alfazema (híbrida), diluídos num óleo vegetal - se possível, um óleo de amêndoa doce (10 de óleo essencial).
Colesterol Uso interno: tomilho (com timo!) ou alecrim (com verbenona). Recomendações: Ver Aterosclerose.
Cólicas Uso interno: anis, bergamota, hissopo ou hortelã-pimenta. Uma ou 2 gotas antes ou depois das refeições. Uso externo (para os bebés): massajar suavemente o ventre, no sentido dos ponteiros do relógio, com 2 gotas de óleo essencial de alfazema ou de camomila alemã, diluídas em 5 ml de óleo de amêndoa doce.
Colite Uso interno: canela do Ceilão, manjericão, salva comum e alfazema (aspica). Recomendações: * Como a colite se encontra geralmente associada a problemas psicossomáticos, uma terapia psicológica ou a prática da meditação (ver essa rubrica), poderão ajudar a resolver o' problemas em profundidade. * Rejeição das especiarias fortes, como a mostarda, a pimenta. etc. * Mastigue longamente os alimentos. - 207-
Os aromas que curam
Condiloma USO externo: tuia. Aplicar directamente sobre os condilomas, de manhã e à noite, até ao seu total desaparecimento.
Congestão do fígado Uso interno: cenoura, laranjeira, alecrim (com verbenona), menta (viridis) ou manjericão. Hidrolatos de tomilho (com linalol) e de alecrim (com verbenona), de manhã em jejum, em um pouco de água morna. Recomendações: * Evite os fritos, as gorduras animais, o álcool e os produtos lácteos. Evite o açúcar branco. * Umjejum curto é sempre preferível.
Congestão pulmonar Uso interno: cipreste, eucalipto, alfazema, menta ou tomilho (com timol). Uso externo: tomilho (com timol) para adultos e tomilho (com linalol) para as crianças. As inalações, bem como os banhos aromáticos, são excelentes para descongestionar os pulmões.
Conjuntivite Uso externo: compressas de hidrolatos de camomila romana, de mirto e de pelargonium graveolens.
Consequências das radiações ou dos tratamentos com radioterapia Uso interno: tomilho (com timol) ou alecrim (com verbenona).
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Constipação Uso interno: tomilho com linalol, alecrim (com verbenona) ou alfazema aspica (pouco). Uso externo: alecrim (com cineol), eucalipto (radiata) ou alfazema, em massagens ou em difusão. Para a utilização em massagens, poderá nomeadamente, misturar um óleo vegetal com 20 de óleo essencial e massajar os cantos do nariz. Recomendações: Para além da difusão com um difusor regular, poderá também juntar algumas gotas de óleo essencial (de eucalipto, por exemplo) a água previamente fervida num tacho. Coloque o tacho sobre a mesa. Coloque-se acima dele, cobrindo a cabeça com uma toalha. Permaneça assim alguns minutos.
Contusões Uso externo: camomila romana, alfazema ou rábano. Misture com um óleo vegetal (20 de óleo essencial). Utilize, em particular, o óleo de avelã. Recomendações: De sublinhar que a tintura de arnica é muito eficaz em aplicações locais-pincelagens.
Convulsões Uso interno: manjericão, camomila romana, laranjeira ou salvia sclarea. Uso externo: massagem do plexo solar com alfazema, pelargonium graveolens, camomila romana, diluídos num óleo vegetal, como o óleo de amêndoa doce (5 de óleo essencial).
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Coperose USO interno: perpétua, laranjeira, cipreste ou alecrim (com cineol). Uso externo: alfazema, cenoura ou palmat rosat. Diluir 3 de óleo essencial num óleo vegetal (em particular, óleo de avelã), para aplicação local.
Coqueluche (Tosse convulsa) Uso interno: cipreste, cisto e tomilho com linalol. Uso externo: deite algumas gotas de óleo essencial de alfazema ou de tomilho, na fronha da almofada. Poderá igualmente aplicá-las num difusor ou numa toalha colocada sobre um radiador.
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Recomendações: * Uma quarentena de 5 semanas é imprescindível. A criança não deve ficar deitada durante os ataques de tosse, para evitar que o muco se acumule na garganta. * Dê uma alimentação saudável à criança: nada de muitas gorduras, açúcar ou produtos lácteos.
Cuidados com os animais Tal como os seres humanos, os animais também retiram benefícios dos óleos essenciais. Com efeito, todas as indicações fornecidas neste índice são igualmente aplicáveis aos animais. Como é evidente, e para evitar reacções tóxicas, deverá dosear a administração de óleo essencial com base no tamanho dos animais. E não se esqueça que a sensibilidade dos animais é, de longe, superior à nossa. Por isso, na maioria das vezes, as doses minimas serão o suficiente. Possui uma quinta de criação de gado ? Utilizando os sol ventes adequados e um bom distribuidor de água, poderá mesmo servir-se dos óleos essenciais em grande escala. As propriedades anti-sépticas e antibióticas que eles possuem irão ajudá-lo a tratar muitos problemas habituais verificados nos animais.
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Além disso, existe um imenso campo de aplicações por explorar ao nível da difusão dos óleos essenciais, nos locais de criação. Tal como observámos que a música clássica favorece a produção de leite, a difusão de óleos essenciais agradáveis e calmantes poderá ser um outro factor benéfico para a criação pecuária moderna.
Cuidados da pele (ver o capítulo 11) Cuidados dos cabelos (ver o capítulo 11) Depressão (ver Astenia) Diarreia crónica ou passageira Uso interno: canela de Ceilão, cravo-da-índia ou alecrim (com verbenona). Uso externo: se a dor for muito forte, deite uma gota de salva comum no punho e massaje. Recomendações: * Ingira fermentos lácteos. * Coma arroz integral, mastigando bem.
Dor ou fadiga ocular Uso externo: aplicar compressas de hidrolato de camomila romana. Recomendações: Neste campo, a prevenção continua a ser a melhor política. Se trabalha com um ecrã de raios catódicos ou se tem de preencher formulários ou trabalhar com documentos, pare um pouco, pelo - 211 -
Os aromas que curam
menos de hora a hora. Os olhos não foram feitos para estar sempre a ver ao perto. * Faça então massagens aos olhos para distender os músculos oculares. * Olhe para longe e, em seguida, fixe qualquer coisa perto. Alterne muito rapidamente a visão ao longe e ao perto. * Faça o globo ocular virar para a esquerda e para a direita.
Dores de cabeça Uso interno: alfazema (aspica), hortelã-pimenta ou alecrim (com verbenona). Uso externo: * Massaje as têmporas com uma gota de alfazema e de alecrim (com cineol). * A difusão e a inalação de uma ou outra destas essências irá contribuir para o seu bem-estar. Recomendações: * Controle a tensão arterial. * Pratique meditação regularmente.
Dores de costas Uso externo: alfazema (aspica) ou manjerona, diluídos num óleo vegetal (5 de óleo essencial), para fazer massagens profundas das zonas afectadas das costas.
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Recomendações: Ter um bom colchão é uma primeira condição para prevenir e tratar as dores de costas. * Fortaleça os músculos da região lombar. Uma musculatura fraca está, muitas vezes, na origem das dores. * Se tem um trabalho sedentário, levante-se regularmente e faça alguns exercícios de alongamento. - 212 -
Os aromas que curam
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Delegue responsabilidades. Sem se dar conta, talvez esteja a assumir "costas largas". Pratique igualmente uma técnica de relaxamento para desvanecer as tensões psicológicas que são, geralmente, a causa das dores de costas.
Dores de dentes Uso interno: 1 gota de cravo-da-índia sobre um algodão. Aplicar sobre o dente.
Dores de estômago Uso interno: camornila, menta ou pinheiro. Recomendações: * Faça regularmente exercícios de relaxamento. * Coloque ímãs sobre o plexo solar (lado norte contra a pele).
Dores menstruais Uso interno: salvia sclarea, salva comum, rábano ou alfazema (aspica). Uso externo: * Massaje o baixo-ventre com salvia sclarea e alfazema (aspica). 10 de óleo essencial diluído em óleo de amêndoa doce. caso de emergência, massaje a parte interior do pulso com * Em 1 gota de salva comum.
Dores musculares (ver Cansaço)
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Dores nos seios Uso externo: massagem do plexo solar com 3 de óleo essencial de alfazema, gerânio, camomila romana e rábano, diluído em óleo de amêndoa doce.
Eczema Uso interno: cenoura, alecrim (com verbenona), manjericão ou salvia sclarea. Uso externo: aplicação tópica de alfazema, cenoura, pelargonium graveolens, ormenis ou menta silvestre, diluídos em óleo de amêndoa doce ou de gérmen de trigo (5 de óleo essencial). Não utilize água da torneira para fazer a sua higiene. Utilize hidrolatos de menta silvestre e de alfazema. Recomendações: * Atenção aos alimentos que podem causar alergias: fritos, gorduras animais, açúcar branco, produtos lácteos e alimentos acidificantes. Coma bastantes alimentos crus (o seu conteúdo em água * purifica o sangue). * No ambiente que o rodeia, controle os factores que possam causar alergias: produtos de limpeza, etc. * Tente aperceber-se de quais os acontecimentos da sua vida que coincidem com as crises de eczema.
Ejaculação precoce Uso interno: manjerona ou camomila. A manjerona, em particular, acalma o sistema nervoso simpático, cuja hiperactividade se traduz pelo nervosismo e por uma falta de controlo geral. Uso externo: * Camomila romana, laurus nobilis e hissopo, diluídos num óleo vegetal (3 de óleo essencial), para massajar o baixo-ventre. Inalação de manjerona e de camomila.
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Difusão de manjerona, de flores de laranjeira ou de camomila, durante a relação sexual.
Recomendações: Relaxe antes dos encontros sexuais, inalando um óleo essencial.
Enurese Uso externo: cipreste. Massaje a base da coluna vertebral com algumas gotas de óleo essencial, antes de se deitar.
Esgotamento físico Uso interno: cenoura, hortelã-pimenta, alecrim (com verbenona) ou limão. Uso externo: alfazema, rábano, gerânio, diluídos num óleo vegetal (3 de óleo essencial).
Esgotamento intelectual Uso interno: cipreste, loureiro, tomilho com linalol, zimbro e estragão. Uso externo: alfazema, rábano e camomila romana. 3 de óleo essencial diluído em óleo de amêndoa doce. Recomendações: Nos períodos de esgotamento, temos tendência a estimular o sistema nervoso, para combater a fadiga e o cansaço. Contudo, esta estratégia não é "rentável" a longo prazo. É como a história do agricultor que pretende "obrigar" o solo a produzir a todo o custo, "dopando-o" com fertilizantes químicos. Durante alguns anos, o solo fornece o que lhe é pedido. Mas chega o momento em que ele se esgota e deixa de dar o que se espera dele. À sua maneira, tem um "esgotamento". O mesmo se passa com o nosso "terreno" biológico. Podemos obrigá-lo, durante vários anos, a produzir uma grande "capacidade de - 215 -
Os aromas que curam
trabalho", ao ritmo louco das nossas ambições. Porém, a longo prazo esgotamos os nossos recursos energéticos e físicos. Com efeito, é justamente o contrário daquilo que se deveria fazer. Por outras palavras, devemos procurar acalmar-nos o mais possível, com determinados alimentos. Por conseguinte, resista à tentação - aparentemente inofensiva e normal - de abusar do chá ou do café. Ante de recorrer aos "grandes remédios", experimente primeiro os óleos essenciais.
Estado de embriaguez e "ressaca" Uso interno: hortelã-pimenta, manjericão, alecrim (com verbenona) ou loureiro.
Exaltação (ver Nervosismo e Stress) Extremidades frias Uso interno: laranjeira, perpétua, alecrim (com verbenona) ou salvia sclarea. Recomendações: Faça mais exercício físico.
Febre-dos-fenos Uso interno: tomilho (com timol), alecrim (com verbenona) ou loureiro. Uso externo: massagem dos cantos do nariz com alecrim (com cineol), eucalipto (radiata) ou alfazema. Recomendações: Adopte um regime alimentar que não cause alergias. Evite os alimentos acidificantes, os fritos e as gorduras animais saturadas. Suprima o açúcar branco e os produtos lácteos. - 216 -
Os aromas que curam
Flebite USO interno: cipreste, cenoura, perpétua ou alecrim (com verbenona). Uso externo: massagens nas pernas com alfazema ou alecrim (com cânfora), diluídos num óleo vegetal (3 de óleo essencial). Prefira um óleo de avelã.
Gânglios Uso interno: tomilho (com timol) ou alecrim (com verbenona). Uso externo: massagem dos gãnglios com niaouli, alfazema (híbrida), diluídos num óleo vegetal (5 de óleo essencial). Utilizar, em particular, óleo de avelã. Recomendações: Evite os doces.
Gastroenterite Uso interno: canela de Ceilão, alecrim (com verbenona), segurelha ou loureiro. Recomendações: * Vigie a sua alimentação. Exclua as gorduras e os fritos. * Coma lentamente e pouco de cada vez. Tome ultra leveduras 3 vezes ao dia.
Ginecologia (ver Gretas nos seios, Dores nos seios, Dores menstruais, Leucorreia e Menstruações irregulares) Golpes (arranhões, etc.) Uso externo: aplicação de pensos com hidrolatos de alfazema, cisto e cenoura.
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Os aromas que curam
Gota Uso interno: tomilho com timol, salva comum ou alecrim (com verbenona). Uso externo: aplicação tópica de óleo essencial de rábano ou de alecrim (com cineol), diluídos num óleo vegetal (20 de óleo essencial). Recomenda-se em particular o uso de óleo de avelã. Recomendações: * Tal como reconhece a própria medicina oficial, o seu estado melhorará com um regime alimentar isento de fritos, de gorduras saturadas, de álcool e de alimentos acidificantes. * À semelhança do doutor Ludwig, que foi quem fez essa descoberta, muitas pessoas constataram que o consumo de cerejas elimina a dor e o edema de origem gotosa.
Gretas nos seios Uso externo: cisto (muito pouco) com alfazema, diluídos em óleo de gérmen de trigo. Fazer aplicações locais. Recomendações: * Ingerir sementes germinadas e alimentos crus. * Poderá igualmente deitar o conteúdo de cápsulas de vitamina E sobre as zonas a tratar. * Não é necessário interromper o aleitamento.
Gripe (Influenza) Uso interno: tomilho (com timol), loureiro, alfazema (aspica) ou alecrim (com cineol). Uso externo: massagens do tórax com eucalyptus radiata, alecrim (com cineol). 10 de óleo essencial diluído num óleo vegetal como o óleo de avelã.
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Os aromas que curam
Hemorróidas Uso interno: cipreste, perpétua ou alecrim (com cânfora). Uso externo: cisto, alfazema ou cipreste. 3 de óleo essencial diluído num óleo vegetal (em particular, de avelã). Em caso de crise, deite 2 colheres de sopa de hidrolato de cipreste numa bacia de água morna e faça um sernicúpio. Recomendações: * Suprima os lacticínios e todos os alimentos ácidos, as charcutarias, a mostarda, os pepinos de conserva, etc. * Coma bastantes alimentos crus.
Hepatite viral Uso interno: tomilho (com timol), cenoura, hortelã-pimenta, alecrim (com verbenona), manjericão ou estragão.
Herpes Uso interno: loureiro, rábano ou alecrim (com verbenona). Uso externo: camomila romana, cenoura, alfazema ou rábano. 3 de óleo essencial diluído num óleo vegetal. Recomendações: * Exclua o álcool e os doces. * Evite o excesso de stress e faça meditação regularmente. O tratamento com gelo foi referido como sendo muito eficaz * no "New England Journal of Medecine". A irritação atenua-se imediatamente e a cura é muito rápida.
Hiperactividade da criança Uso externo: a difusão de óleos essenciais calmantes - como os de laranjeira ou de camomila - irá contribuir para acalmar o espírito da criança hiper-activa e também o seu. - 219 -
Os aromas que curam
Recomendações: Modifique igualmente o regime alimentar da criança. O açúcar branco e os aditivos químicos presentes na maioria dos produtos comerciais causam perturbações psicológicas.
Hiper-emotividade Uso interno: camomila romana, laranjeira, menta silvestre, manjericão ou estragão. Uso externo: massagem do plexo solar com alfazema, laranjeira (citrus auranthium, flores) ou camomila romana. Recomendações: * Evite todos os alimentos que contenham aditivos químicos e açúcar branco. * Reduza o consumo de carne e de proteínas em geral. Como mais hidratos de carbono (massas, pão, etc.). * Pratique regularmente uma técnica de meditação e exerça actividades físicas muito vigorosas. * Desenvolva um talento artístico para canalizar a sua energia.
Hipertensão Uso interno: alho (muito diluído), limão, alecrim ou ylang-ylang. Recomendações: * Para evitar qualquer risco, consuma alho sob a forma de cápsulas de alho sem cheiro. * Vários estudos recentes demonstraram que os suplementos de potássio reduzem muito os problemas de hipertensão.
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Os aromas que curam
Impotência Uso interno: canela de Ceilão ou cravo-da-índia. Recomendações: O centro cerebral responsável pela erecção é vizinho do sentido do olfacto. Ao sensibilizar-se para os perfumes, poderá fazer do seu nariz uma verdadeira zona erógena. Além disso, o facto de respirar perfumes ou óleos essenciais antes das relações sexuais, pode ter um efeito muito calmante, que irá eliminar a angústia paralizante. Ao mesmo tempo, respire lenta e profundamen te. Poderá igualmente, pedir ao seu parceiro(a) que lhe faça uma massagem antes das relações sexuais, utilizando uma mistura de óleo vegetal e de óleo essencial afrodisíaco. Contudo, não deverá negligenciar as outras formas de abordagem terapêutica. Coma igualmente mais proteínas e tome suplementos de vitamina E.
Indigestão Uso interno: hortelã-pimenta, rnanjencao, alecrim (com verbenona), cravo-da-índia ou estragão. Uso externo: * Aplique compressas frias sobre o ventre. * Massaje o ventre com a mão aberta.
Infecções da bexiga Uso interno: aipo (apium graveolens), loureiro, sândalo, segurelha ou alecrim (com verbenona). Recomendações: Exclua os alimentos acidificantes.
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Os aromas que curam
Insectos perniciosos (baratas, etc.) Uso externo: óleo essencial de cravo-da-índia, limão, ylang-ylang, alfazema, segurelha ou cipreste. Em aerossol ou vaporizador, constituem um bom meio de se livrar dos insectos perniciosos dentro de casa. * Em aplicação tópica, o óleo essencial de limão, diluído num óleo vegetal, permite manter à distância os "indesejáveis".
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Insónia Uso interno: laranja (citrus auranthium, folhas), camomila romana, mirto ou tomilho (com linalol). Uso externo: * 5 de óleo essencial de alfazema ou de camomila com um óleo vegetal (nomeadamente, óleo de amêndoa doce), para fazer massagens suaves. * Poderá também deitar algumas gotas de alfazema sobre a almofada. É uma técnica igualmente muito aconselhável para as cnanças. * Os banhos quentes, só por si, são bastante eficazes para o fazer cair nos braços de Morfeu. A sua eficácia será acrescida se acrescentar à água, óleo essencial de alfazema ou de camomila (previamente diluído num álcool tipo vodka). * A difusão ou a inalação de um dos óleos essenciais mencionados nesta rubrica, constituem outros meios excelentes para favorecer a conciliação e a profundidade do sono. Recomendações: * Faça mais exercício, para gerar um "bom cansaço" em todo o corpo. * Pratique meditação (ver a rubrica Meditação) ou qualquer outra técnica de relaxamento, durante o dia e antes de se deitar. - 222-
Os aromas que curam
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Coma apenas hidratos de carbono (pão, massas, frutos e legumes) durante a noite. As proteínas (leite, carne, peixe, etc.) fazem aumentar a produção de neurotransmissores, responsáveis pelo despertar cerebral.
Leucorreia Salvia sclarea, salva comum ou manjerona toriganum majoranai.
Mau hálito Uso interno: hortelã-pimenta, alecrim (com verbenona), cenoura ou canela de Ceilão.
Meditação Tradicionalmente, a utilização de aromas esteve sempre associada às práticas religiosas, sob a forma de perfumes, de velas aromáticas, de fumigações, de incenso, etc. Actualmente, o incenso está presente nos locais de culto e nas salas de meditação. De sublinhar, contudo, que nem todos os tipos de incenso são recomendáveis. Alguns de entre eles, sobretudo se forem de má qualidade, libertam mesmo para a atmosfera substâncias potencialmente cancerígenas. Em contrapartida, a difusão de óleos essenciais está totalmente isenta de perigos, criando o mesmo "espaço vibratório" privilegiado. De notar também que a inalação de óleos essenciais pode tomar-se, por si só, uma forma de meditação. Com efeito, um dos princípios básicos da meditação é o de se concentrar a fundo na respiração. Poderá assim, não se deixar "raptar" por pensamentos ou sentimentos negativos. Mas nem sempre é fácil meditar. É por isso, que ao respirar ao mesmo tempo um óleo essencial apropriado, terá mais facilidade em tomar consciência da sua respiração. E adicionalmente, vai tirar proveito dos efeitos relaxantes do óleo essencial ! Poderá, assim, "matar dois coelhos com uma cajadada". - 223 -
Os aromas que curam
Menopausa (afrontamentos, etc.) Uso interno: cipreste, salva comum, salvia sclarea ou camomila romana. Recomendações: * Evite todo o stress inútil. * Pratique hatha-yoga. * Coma sementes germinadas. * Em algumas mulheres, o ginseng e a vitamina B5 revelaram-se muito eficazes para reduzir a intensidade dos sintomas da menopausa.
Menstruações dolorosas (ver Dores menstruais) Menstruações irregulares (ver também, Dores menstruais) Uso interno: salvia sclarea, salva comum ou manjerona (origanum majorana).
Nádegas "assadas" do lactente Uso externo: hidrolatos de alfazema, de camomila romana ou de cenoura. Recomendações: Evite utilizar açúcar branco no biberão. Substitua-o por mel biológico.
Náuseas Uso interno: hortelã-pimenta, manjericão, alecrim (com verbenona), estragão ou limão.
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Os aromas que curam
Nervosismo Uso interno: camomila romana, laranjeira (citrus auranthium, folhas) ou salvia sclarea. Uso externo: massagem do plexo solar com alfazema, flor de laranjeira e camomila romana. Recomendações: * Reduza fortemente o consumo de alimentos acidificantes ou contendo aditivos químicos ou açúcar branco. * Atenção à cafeína! Está provado que o excesso de cafeína (mais de 4 ou 5 chávenas de café) aumenta consideravelmente o nervosismo e a ansiedade. * Pratique regularmente meditação (ver a rubrica Meditação) ou uma técnica de relaxamento.
Obstipação Uso interno: canela de Ceilão, loureiro, salvia sclarea, cenoura, cravo-da-índia ou alecrim (com verbenona). Recomendações: * Coma bastantes legumes e frutos. * Coma igualmente pão integral (devido às fibras). * Coma ameixas ou uma compota de maçãs e ruibarbo, de manhã ao pequeno-almoço e de noite, ao deitar.
Odores corporais (transpiração excessiva) Uso externo: salva comum, salvia sclarea ou alecrim (com verbenona), sob a forma de banhos parciais ou completos. Para as axilas, aplique uma mistura de óleo essencial e de óleo vegetal. Recomendações: * Aprenda a relaxar (ver Meditação). * Reduza o consumo de café e de chá. O seu consumo está geralmente associado a uma transpiração excessiva. - 225 -
Os aromas que curam
Olhos (precauções) Atenção! Quer no caso de um tratamento específico dos olhos ou de um tratamento do rosto ou dos cabelos, procure sempre evitar o contacto dos óleos essenciais com os olhos. Se isso acontecer, não utilize sobretudo água para retirar o óleo essencial. Use um óleo vegetal puro de primeira qualidade para lavar os olhos. Em caso de irritação prolongada, consulte um médico.
Otite Uso interno: tomilho (com timol), salva comum ou alecrim (com verbenona). Para as crianças, utilize preferencialmente tomilho com linalol e alecrim com cineol. Uso externo: eucalipto (radiata), lavandula vera, 20 de óleo essencial diluído em óleo de avelã. Recomendações: * Corte com os produtos lácteos e queijos. * Utilize também analgésicos (de preferência do tipo acetaminofeno), para acalmar a dor e assim favorecer o sono
Papeira Uso interno: tomilho (com linalol), alecrim (com verbenona) ou alfazema (aspica). Uso externo: eucalipto (radiata), alfazema híbrida com óleo vegetal (20 de óleo essencial). Recomendações: * Durante o período de doença, dê à criança um regime alimentar muito saudável (elimine o açúcar branco, reduza as proteínas animais e os alimentos acidificantes e industriais). * Fortaleça o sistema imunitário com suplementos de vitaminas e de minerais, bem como com cápsulas de alho sem cheiro. - 226-
Os aromas que curam
Parasitas intestinais Uso interno: sândalo, canela (muito pouco), alfazema aspica, tomilho (com linalol) ou ormenis mixta. Recomendações: Coma sementes de abóbora e alho (que poderá ingerir em cápsulas sem cheiro, para evitar um hálito desagradável).
Pé-de-atleta Uso externo: alfazema híbrida, niaouli (muito pouco) ou ormenis extra, diluídos num óleo vegetal (5 de óleo essencial). Recomendações: Está provado que o facto de andar descalço numa casa-de-banho comum constitui um factor de risco importante. Use sempre chinelos.
Perdas de memória (ver também, Cansaço intelectual) Uso interno: salva comum, manjerona (origanum majorana), loureiro ou alecrim (com verbenona). Recomendações: * Faça sessões de relaxamento para evitar sobrecarregar-se. Para além do mais, o relaxamento permite combater os excessos de stress, que constituem uma das principais causas dos problemas de memória. * Aprenda a gerir melhor o seu tempo. Saber gerir o tempo é também uma forma de hierarquizar os dados sensoriais e intelectuais da sua vida diária. * Tome suplementos de lecitina de soja. A lecitina favorece a produção de acetilcolina, um neurotransmissor indispensável aos processos de memorização.
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Os aromas que curam
Pneumonia Uso interno: segurelha, hissopo (muito pouco), loureiro ou alecrim com verbenona. Uso externo: eucalipto (globulus) diluído num óleo vegetal (20 de óleo essencial). Massajar os brônquios.
Problemas dentários Uso interno:
* Para a inflamação das gengivas, utilize um hidrolato de cravada-índia e de alfazema as pica, e faça lavagens da boca. * Para a "raiva de dentes": massajar a gengiva com 1 gota de alfazema aspica ou 1 gota de alecrim (com cânfora) e 1 gota de alfazema.
Prostatite Uso interno: segurelha, alecrim (com verbenona), sândalo ou zimbro. Uso externo: massajem da próstata com alfazema híbrida e niaouli (muito pouco). 20 de óleo essencial de alfazema, diluído em óleo de avelã. Recomendações: Exclua o álcool, o açúcar branco e os alimentos acidificantes.
Prurido anal Uso externo: hidrolato de camomila romana e de alfazema em compressas. Recomendações: * Verifique se não tem parasitas intestinais. * Evite todos os alimentos acidificantes ou que contenham aditivos químicos. - 228-
Os aromas que curam
Prurido vaginal Uso externo: hidrolato de camomila romana e de alfazema em compressas.
Psoríase Uso interno: cenoura, laranja (citrus auranthium, folhas) ou loureiro. Uso externo: alfazema, cenoura e laranja (citrus auranthium, folhas). Cinco por cento de óleo essencial diluído em óleo de amêndoa doce. Recomendações: * Escolha uma alimentação desintoxicante (exclua os alimentos acidificantes, o açúcar branco, etc.). * Aprenda a relaxar (ver Meditação). * Exponha-se regularmente ao solou a raios UVB artificiais (com as precauções necessárias).
Queda de cabelo (ver Alopecia) Queimaduras Uso externo (para queimaduras de 10 grau): cenoura, alfazema, cisto, pelargonium (graveolens) diluídos em óleo vegetal (5 de óleo essencial). Recomendações: * Como tratamento auxiliar, descasque e corte uma cebola em duas partes. Retire a película fina que cobre a casca interna da cebola e aplique-a sobre a queimadura. * Utilize igualmente gel fresco de Aloé vera, uma planta de interior um pouco semelhante ao cacto. Com justo mérito, ela é apelidada de "planta das queimaduras". - 229-
Os aromas que curam
Resfriado (ver também, Catarro, Gripe e Rinite) Uso interno: canela, cravo-da-índia ou loureiro (somente para adultos). Recomendações: * Coma bastantes legumes e frutos frescos. * Beba bastante água. * Tome suplementos alimentares para fortalecer o poder imunitário. * Um resfriado é sempre um sinal de que qualquer coisa não está bem na sua vida, impondo uma reavaliação dos hábitos de vida e de trabalho. Está a desgastar-se sem conta, peso, nem medida.
Rugas Uso externo: cenoura, palma-rosa, alfazema ou gerânio, diluídos em óleo de gérmen de trigo (10 de óleo essencial). Recomendações: Atenção às aplicações directas de óleos essenciais não diluídos. E não se esqueça de que o combate das rugas é uma luta em várias frentes. Assim: * Faça regularmente sessões de relaxamento físico e mental para dissolver as tensões emocionais que lhe franzem o rosto. exercícios de distensão e massagens faciais. Para tanto, * Faça contraia o rosto a fundo e deixe a sua raiva e aflição exprimirem-se plenamente. Depois relaxe subitamente e em profundidade. De seguida, massaje suavemente o rosto - em particular, o contorno dos olhos e a testa. Corrija a sua alimentação (menos gorduras e mais legumes * crus). Lembre-se de que o tabaco e o álcool constituem causas do envelhecimento da pele. Bem como, aliás, o * primordiais uso de muitos produtos cosméticos. - 230-
Os aromas que curam
Sarampo Uso interno: tomilho (com linalol), cenoura ou alecrim (com verbenona). Recomendações: * A criança deverá permanecer em repouso até que a febre desapareça. * A criança deverá ficar isolada para evitar o contágio através da tosse, dos espirros ou dos contactos físicos. * Filtre a luz do quarto. * O seu filho deverá beber bastantes líquidos para eliminar as toxinas. * A sua alimentação deverá ser ligeira e isenta de produtos lácteos.
Sensibilidade ao sol Atenção aos óleos que causam foto-sensibilidade (ver o capítulo 3).
Sinusite Uso interno: loureiro, tomilho (com timol), alfazema aspica ou alecrim (com cineol). Uso externo: faça inalações com eucalipto (radiata).
Soluços Uso interno: manjericão, uma gota sobre um açúcar. Recomendações: * Para os soluços passageiros, um dos melhores truques é o do saco de papel: 1. Utilizando os dedos, aplique um saco de papel sobre o rosto, de forma a cobrir o nariz e a boca. 2. Faça-o de maneira a que o ar circule o menos possível. 3. De seguida, respire profundamente o ar contido no saco. - 231 -
Os aromas que curam
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4. Continue até que os soluços desapareçam. Normalmente, isso não deverá demorar mais do que 5 minutos. Para os soluços que duram várias semanas, poderá também recorrer ao seguinte truque, mencionado no "New England Journal of Medecine". O truque consiste, muito simplesmente, em engolir em seco uma colher-café bem cheia de açúcar. De acordo com a famosa revista médica, este truque foi o suficiente para fazer desaparecer soluços que já duravam há 6 semanas.
Sonhos nocturnos e técnicas de sonho acordado Uso externo: alfazema, laranja ou gerânio rosat. Difunda um destes óleos essenciais no quarto de dormir, antes de se deitar. Recomendações: Sabe-se que, durante a noite, o inconsciente está muito permeável às influências subtis. Qualquer percepção de barulho, de palavras e de cheiro é transformada pelo seu subconsciente, para produzir certas imagens e impressões. Tradicionalmente, sempre se insistiu sobre a importância de proteger o sono. Os óleos essenciais podem ser úteis a este nível. Não só favorecem o sono, mas também o condicionam, de forma a induzir sonhos positivos. Existe todo um campo de experimentação que se oferece a este nível. Experimente vários óleos essenciais (em difusão ou em aplicação sobre a fronha da almofada) e veja a acção que têm sobre os seus sonhos. Na mesma óptica, poderá utilizar também os óleos essenciais, para praticar a técnica do sonho acordado de Desoille, bem como a autohipnose.
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Os aromas que curam
Sono (aprofundar) Uso externo: alfazema, laranja e gerânio rosat. Difunda um destr s óleos essenciais no quarto de dormir, antes de se deitar. Recomendação: ver Sonhos.
Sonolência Uso externo: loureiro, zimbro, alecrim (com verbenona) ou menta silvestre. Utilizam-se em inalação, em massagens ou em aplicações sobre o pulso. A inalação de óleos essenciais combinada com uma meditação sobre a respiração constitui uma excelente forma de regeneração física e mental (ver o capítulo 5 e a rubrica Meditação). Para as massagens, misturar o óleo essencial com um óleo vegetal (5 de óleo essencial). Massajar o estômago. Recomendações: * O café e o chá resolvem momentaneamente o problema da sonolência. Mas, ao utilizá-los muito frequentemente para "acordar", está a hipotecar as suas reservas de energia. Os óleos essenciais e uma pausa-exercício (mais do que uma pausa-café), permitem sair deste ciclo vicioso. * Tenha o cuidado de combinar correctamente os alimentos. Algumas combinações alimentares fazem trabalhar muito o sistema digestivo e daí advém a sonolência. Poderá ler os livros do Dr. Shelton sobre a questão. Ou ainda, * fazer uma lista de quais as combinações alimentares associadas aos períodos de sonolência.
Stress Uso interno: camomila romana, laranjeira, manjericão ou salvia sclarea. Uso externo: * Massajar o plexo solar com 2 ou 3 gotas de alfazema. - 233 -
Os aromas que curam
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Difundir ou inalar (em particular, durante uma sessão de meditação), um dos óleos mencionados para uso interno. Para os banhos aromáticos, a alfazema é particularmente indicada. Recomendações: Consuma menos chá, café, chocolate, cola, tabaco e álcool. "Arranje tempo" para gerir melhor o seu tempo e reduzir os factores de stress. Aprenda a meditar e a relaxar (ver a rubrica Meditação e o capítulo 5). "5 vezes por dia, crie situações que lhe dêem prazer", repetia frequentemente um velho naturopata, sempre alegre e cheio de vitalidade. É de facto, uma excelente "disciplina" para se livrar do stress. E sempre que se sentir tentado a dizer "não tenho nenhum tempo livre ... ", habitue-se antes a dizer "não faço por ter tempo livre ... ". Tem mais tempo do que, na realidade, julga.
Suplementos alimentares Os óleos essenciais têm um extraordinário teor em substâncias diversas. Contudo, não contêm nem minerais, nem vitaminas, nem proteínas. Ao contrário dos suplementos alimentares como as vitaminas ou os minerais em comprimidos, a geleia real ou as algas em pó (spiruline), os óleos essenciais não podem compensar uma alimentação deficitária.
Torcicolo Uso externo: alfazema, rábano, alecrim (com cineol), eucalipto (citriodora), que deverá combinar com uma base de óleo vegetal.
Utilize esta mistura para fazer massagens ligeiras ou cataplasmas. Recomendações: Estas utilizações dizem respeito, sobretudo, ao torcicolo agudo que afecta quase toda a gente. Mas valerá igualmente a pena recorrer - 234-
Os aromas que curam
à aromaterapia nos casos de torcicolos espasmódicos - a título de tratamento auxiliar. Em contrapartida, para o torcicolo congénito, a cirurgia é geralmente a única solução. De notar que, para o torcicolo agudo, existe muitas vezes um factor psicológico que deve ser tido em conta. As técnicas de relaxamento poderão, por conseguinte, afigurar-se como medidas úteis para prevenir, bem como para tratar o torcicolo agudo.
Tosse Uso interno: utilizados sob a forma de gargarejos ou ingeridos juntamente com óleo ou mel, o tomilho (com linalol), o loureiro nobre ou a alfazema aspica, desenvolvem uma acção bactericida muito acentuada. Uso externo: * Eucalipto (globulus) em massagens (5 de óleo essencial diluído em óleo de avelã), dos dois lados da garganta ou do peito. Eucalipto (globulus) em inalações por meio de um difusor ou * através do vapor. Recomendações: Durante o período crítico, escolha uma alimentação leve e saudável, isenta de produtos lácteos. Se a tosse é um fenómeno benéfico que permite expulsar os "maus organismos", não abuse.
Transpiração excessiva ou fétida Uso interno: alecrim (com verbenona) ou salva comum. Uso externo: hidrolatos de salva comum e de tomilho com linalol, para massajar os pés ou as axilas, consoante o caso. Recomendações: A transpiração excessiva é um sintoma que não se deve negligenciar, sendo importante analisar bem as causas. Por conse- 235 -
Os aromas que curam
guinte, paralelamente ao uso dos óleos essenciais, deverá também tratar as causas. Trata-se de um problema estritamente glandular, resultante sobretudo de uma alimentação desequilibrada? Neste caso, deverá optar por uma alimentação ligeira e excluir os alimentos acidificantes e as gorduras. A transpiração é causada por um excesso de chá ou de café? A solução está bem à vista. Reduza ao mínimo o consumo de cafeína. Se a transpiração excessiva provém, sobretudo, de um stress profissional ou emocional, veja na rubrica "stress", como a inalação de determinados óleos essenciais poderá contribuir para o acalmar.
Tristeza (ver Astenia) Ulceração cutânea Uso externo: pensos embebidos em hidrolatos de alfazema, cenoura ou menta (viridis). Recomendações: * Lave bem o local, antes da aplicação. * Evite a manipulação de produtos químicos domésticos ou industriais. * Exclua os alimentos ácidos e os que contenham aditivos químicos.
Urticária Uso interno: alecrim (com verbenona), cenoura ou laranjeira. Recomendações: * Atenção aos alimentos acidificantes. * Vigie os factores de stress e siga uma psicoterapia.
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Os aromas que curam
Varizes Uso interno: cipreste, alecrim (com verbenona), sândalo ou pistachia lentiscus. Recomendações: Para além do uso de óleos essenciars, um certo número de medidas poderão igualmente contribuir para prevenir e tratar as dores e o prurido: * É extremamente importante fazer exercício todos os dias, para manter uma boa circulação. Não é preciso treinar para os Jogos Olímpicos! Um pouco de marcha a pé (mas vigorosal) será, por si só, suficiente para melhorar o seu estado. * Não esfregue o local onde exista uma variz que está a "incomodar" . * Adopte um regime alimentar sem demasiadas substâncias gordas e que contenha muitos legumes crus. Todos os dias, coloque as pernas em posição elevada. Se possível, durma numa cama inclinada. * Em caso de ruptura das veias varicosas, deite-se imediatamente. De seguida, eleve a perna com a ajuda de uma * almofada ou de qualquer outro objecto. Faça também uma pressão ligeira com um tecido próprio, para diminuir a perda sanguínea. Uma vez terminada a hemorragia, consulte rapidamente um médico. Evite permanecer muito tempo de pé.
* Verrugas Uso externo: tuia, alho ou limão. Recomendações: * Faça aplicações repetidas, à razão de I ou 2 gotas de cada vez. * O "Tégarome", uma mistura de óleos essenciais (ver Zona), seria igualmente indicada.
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Os aromas que curam
Viagens Uso interno: * Prevenção das doenças tropicais: canela ou cravo-da-índia. * Enjoos nas viagens: hortelã-pimenta, manjericão, estragão ou limão.
Vómitos (ver Náuseas) Zona Uso interno: rábano, alecrim (com verbenona) ou camornila romana. Uso externo: camornila romana, alfazema (aspica), rábano, perpétua, eucalipto (citriodora), diluídos em óleo de avelã (3 de óleo essencial). Recomendações: A medicina oficial não tem obtido muitos resultados no tratamento a longo prazo da zona. Daí que valha a pena experimentar as abordagens naturais. Antes de mais, a alimentação desempenha um papel de primeiro plano. Evite, nomeadamente, os alimentos ácidos e os produtos lácteos. Coma bastantes alimentos crus. Por outro lado, reduza as fontes de stress e de fadiga, com as técnicas de relaxamento, as plantas e seus óleos essenciais (ver Stress, Astenia e Angústia). A aromoaterapia é igualmente indicada em período de crise. Por exemplo, se sentir muita comichão, o seu médico irá receitar-lhe, certamente, um creme anti-séptico ou antibióticos. Porque não utilizar, no seu lugar, óleos essenciais anti-sépticos ou antibióticos? Não terá de suportar os efeitos secundários - muito frequentes - associados aos produtos farmacêuticos. De referir que existe um produto concebido por Jean Valnet, o "Tégarome", que é uma mistura dos seguintes óleos essenciais: - 238-
Os aromas que curam
alfazema, tomilho, salva, eucalipto, alecrim, cipreste, niaouli e gerânio. De acordo com Jean Valnet, "o Tégarome pode anular um ataque de zona, numa semana no máximo, se a afecção for tratada nos primeiros dias do seu aparecimento". Jean Valnet diz ainda que este produto é igualmente eficaz para as queimaduras solares, as queimaduras de primeiro e segundo grau, as picadas de insectos, os cortes, os vários tipos de borbulhas, as contusões e a higiene da boca.
Zumbidos nos ouvidos
* *
Uso interno: laranja, perpétua ou manjerona. Uso externo: 1 gota de alfazema em massagens no ouvido. Recomendações: Não se deixe dominar pela ansiedade que o impele a verificar se os barulhos parasitas estão "lá". Aumente o volume do rádio ou coloque um disco para desviar a atenção. Habitue-se também a cantar quando estiver sozinho. Para além de o proteger dos ruídos interiores, o canto é uma forma muito eficaz de eliminar a ansiedade e a depressão.
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"
GLOSSARIO DAS PROPRIEDADES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS
Adstringente: retrai os tecidos e os vasos Analéptico: estimula as funções respiratória, circulatória e digestiva. Analgésico: diminui ou suprime a sensibilidade à dor Antálgico: acalma a dor Antibiótico:
destrói os
. . rrucroorgamsmos
ou bloqueia o seu
crescimento Anti-escorbútico: combate o escorbuto Anti-espasmódico: acalma e diminui os espasmos e as convulsões Anti-infeccioso: combate as infecções Anti-nevrálgico: reduz ou elimina a dor localizada no percurso de um nervo sensitivo Anti-séptico: previne ou combate a infecção Anti-sudorífico: reduz ou elimina a transpiração Anti-tússico: combate a tosse e acalma as irritações das VIas respiratórias
Os aromas que curam
Aperitivo: abre o apetite Bactericida: destrói as bactérias Balsâmico: tem um efeito calmante sobre as vias respiratórias (esta palavra vem de "bálsamo"). Calmante: acalma a dor e a excitação nervosa Carminativo: expulsa os gases intestinais Colagogo: favorece a evacuação da bílis Colerético: estimula a secreção da bílis Depurativo: purifica o organismo através da eliminação das toxinas Diaforético: activa a transpiração Diurético: aumenta a secreção urinária Emenagogo: desencadeia o fluxo menstrual Emoliente: relaxa e amolece os tecidos inflamados Estomacal: favorece a digestão ao nível do estômago Expectorante: facilita a evacuação do muco e das secreções que obstruem os pulmões Febrífugo: combate ou elimina a febre Fungicida: elimina os fungos parasitas Hemostático: para as hemorragias Hipotensor: baixa a tensão arterial Laxante: purga ligeiramente Parasiticida: destrói os parasitas. Refrescante: acalma a sede e a sensação de calor - 242-
Os aromas que curam
Resolutivo: acalma uma infecção, desobstrui Sedativo: acalma a dor ou regulariza a actividade de uma função orgânica Suavizante: exerce um efeito calmante sobre a pele e as mucosas. Sudorífico: provoca uma transpiração abundante Tónico: aumenta a actividade das diversas funções do orgamsmo (tónico cardíaco, pulmonar, etc.) Vasoconstritor: estreita os vasos sanguíneos Vasodilatador: dilata os vasos sanguíneos Vermífugo: destrói ou expulsa os parasitas intestinais
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" GLOSSARIO DOS TERMOS PRINCIPAIS
Águas florais: sinónimo de hidrolatos. Ver esta palavra. Aquecedor de essências: pequeno tabuleiro, colocado sobre uma vela ou uma lâmpada eléctrica fraca. Nele são colocadas algumas gotas de óleo essencial que, sob a acção do calor, se dispersam na atmosfera. Cadinho: pequeno vaso de cerâmica onde se depositam algumas gotas de óleo essencial. Estas ficam ao ar livre e evaporam-se pouco a pouco. Casca: parte exterior dos frutos como o limão. Destilação a vapor: processo de extracção com vapor de água, para extrair a essência das plantas aromáticas (ver o capítulo 4). As essências extraídas desta forma são, na verdadeira acepção da palavra, óleos essenciais.
Difusor: aparelho eléctrico que projecta gotas minúsculas de óleo essencial na atmosfera. Essência: secreção natural das plantas aromáticas que, seguidamente, por meio de destilação com vapor de água, irá fornecer aquilo que chamamos um óleo essencial. Não confundir essência com óleo essencial.
Os aromas que curam
Extracção utilizando substâncias gordas: técnica que consiste em utilizar uma substância gorda (creme de extracção) para extrair o óleo essencial das flores. Hidrolato: subproduto aromático da destilação a vapor das plantas aromáticas. Estas águas de destilação são muito úteis quando se pretende um produto pouco concentrado (por exemplo, para as crianças). Hidrosol: sinónimo de hidrolato. Ver esta palavra. Odorífero: que cheira bem. Óleo essencial: essência concentrada e volátil, extraída das plantas aromáticas, pela destilação com vapor de água. Para além de ser muito mais concentrada em moléculas aromáticas do que a essência da flor, a sua composição é bastante diferente. Perfumado: frequentemente utilizado para qualificar qualquer coisa que cheira bem, este adjectivo pode também servir para designar, muito simplesmente, alguma coisa que liberte um odor, bom ou mau. Prensagem (mecânica a frio): técnica que consiste em comprimir a casca dos citrinos (limão, laranja, etc.), para obter um óleo essencial. Sinérgico: diz-se dos compostos cuja acção se reforça mutuamente.
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CONCLUSÃO
A história da planta íbis Num dos seus livros, o célebre autor de ficção científica, Philipp Van Dyck, relata a extraordinária história de uma árvore extraterrestre, a íbis. Essa espécie de árvore, apareceu na Terra após a explosão de uma nave espacial que transportava várias plantas. Aconteceu na época em que ainda reinavam na terra os grandes répteis, muito antes do aparecimento do Homem. As íbis tinham uma característica muito particular: não conseguiam suportar a violência. Quando um tiranossauro ou qualquer outro réptil carnívoro se lançava ao ataque dos inofensivos vegetarianos, as íbis emanavam um perfume que pacificava o cérebro do carnívoro. Este último, mesmo se estivesse esfomeado, acabava por sucumbir de fome. Levados pelo vento, os espórios perfumados das íbis espalharamse por toda a Terra, pacificando pouco a pouco todos os grandes répteis. E com o tempo, todos se extinguiram. Esta história, um soberbo mito para explicar o desaparecimento dos grandes répteis, não acaba aqui ... Através de um brusco salto no tempo, de 80 milhões de anos, ela transporta-nos, por fim, para o despertar da Terceira Guerra Mundial.
Os aromas que curam
Uma árvore de íbis renasce misteriosamente no pátio de um soldado russo em licença. Ao ouvir o soldado vociferar contra os Americanos, experimentou de novo o reflexo de emitir os seus espórios perfumados, que retiram toda a brutalidade àqueles que os respiram. A Terceira Guerra Mundial teria assim sido evitada. Pelo menos, neste relato de ficção científica que tem algo de conto de fadas.
Dos odores de santidade aos odores de saúde Se ainda não existe um óleo essencial que possa transformar um qualquer tiranossauro em Gandhi, tudo indica porém que, quando usados em doses normais, a maior parte dos óleos essenciais têm, tal como a música, a capacidade de suavizar os humores. O mundo dos aromas é um universo de uma subtileza extrema que nos liberta do peso da rotina diária. Isto é, já de si, suficiente para colocar ao seu alcance forças benéficas que harmonizam o corpo e o espírito. A partir daí, a aromaterapia consegue realizar muitos outros milagres ...
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 Odores que curam e ajudam a pensar melhor .................................................... .4 Em que medida: o-despertar do sentido olfactivo pode alterar a nossa vida? ......................, . ..' .................................................................................... 5 Do sentido olfactivo ao sexto sentido ................................................................. 6 O exemplo de Richard Wagner... ....................................................................... 7 Deseja saber mais? ............................................................................................. 8
CAPÍTULO 1 O EXTRAORDINÁRIO PODER DOS ODORES ............................ 9 Em busca de um sentido perdido ........................................................................ 9 Porque nos influenciam os odores: factos reais ................................................ 10 Porque não se deve hesitar em "enterrar o nariz no prato" ............................... 11 Do nariz ao sexo ............................................................................................... 12 Provas científicas e aplicações nos locais de trabalho ...................................... 14 Os malefícios dos maus odores ........................................................................ 15 Desconfiem das aparências! ............................................................................. 16 O seu nariz prega-lhe partidas ? ....................................................................... 17
CAPÍTULO 2 A AROMA TERAPIA ATRAVÉS DOS TEMPOS E DAS CIVILIZAÇÕES .............................................................................. 19 A.À descoberta de uma superfitoterapia ............................................................... 19 B.O Egipto antigo: berço da aromaterapia ............................................................ 21
Os aromas que curam
1 A maceração: .................................................................................................. 21 2 A extracção: .................................................................................................... 21 3 A destilação: ................................................................................................... 21 Os perfumes dos deuses ......................................................................................22 A paixão da rainha Hatchepsout.. .......................................................................22 A aromaterapia ao serviço do povo ................................................................... 23 A acção dos óleos essenciais prolonga-se mesmo para além da morte .. 23 Os Óleos Essenciais na Grécia antiga ......................................................................24 Os perfumes que curam ..................................................................................... 25 D.Da Idade Média até aos nossos dias ......................................................................... 25 As cruzadas e a perfumaria modema ..................................................................26 Os perfumes nobres ............................................................................................27 O desaparecimento dos óleos essenciais autênticos ............................................28 E. O regresso dos óleos essenciais e o nascimento da aromaterapia moderna .................................................................................................................. 29
CAPÍTULO 3: AS INCRÍVEIS PROPRIEDADES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ......................................................................................31 A.
Porque é a aromaterapia tão eficaz? ............................................................. 31 A questão do princípio activo ............................................................................ 31 Mas há sempre o reverso da medalha .................................................................32 Um concentrado equilibrado ............................................................................. 33 B.O que é um óleo essencial? ...................................................................................... 33 Óleo essencial ou essência? ............................................................................... 33 E as essências de flor do doutor Bach? .............................................................. 35 Os óleos que não são óleos .................................................................................36 Os óleos essenciais não são suplementos alimentares ........................................36 C.As grandes propriedades dos óleos essenciais ..........................................................37 Os óleos essenciais são anti-sépticos, bactericidas e antibióticos .......................37 Os óleos essenciais estimulam o crescimento celular e favorecem a cicatrização .........................................................................................................37 Os óleos essenciais são anti-inflamatórios .........................................................38 Os óleos essenciais são tonificantes ...................................................................38 Os óleos essenciais são analgésicos e antálgicos ................................................39 Os óleos essenciais são calmantes e facilitam o sono ......................................... 39 Os óleos essenciais têm uma acção reguladora sobre todo o organismo ............ 40 Os óleos essenciais podem exercer uma acção específica sobre os diversos órgãos e funções do corpo .................................................................................. 40 Os óleos essenciais têm uma acção psíquica e espiritual. .................................. 41
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Os aromas que curam
D.Os principais componentes químicos dos óleos essenciais .............................. .43 Porque é tão importante conhecê-los .................................................................. 43 As cetonas .......................................................................................................... 44 Os fenóis ............................................................................................................ 44 As cumarinas ...................................................................................................... 45 Os aldeídos ......................................................................................................... 46 Os éteres ............................................................................................................. 46 Os ésteres ........................................................................................................... 47 Os mono-terpenos .............................................................................................. 47 Os mono-terpinóis .............................................................................................. 48 Tudo é venenoso, nada é venenoso .................................................................... 48 Óleos essenciais que provocam foto-sensibilidade ............................................. 49 Óleos essenciais perigosos ................................................................................. 49 Óleos essenciais denno-cáusticos ....................................................................... 49 Óleos essenciais somente para uso externo ........................................................ 49
CAPÍTULO 4 DA PLANTA AO FRASCO ............................................................... 51 A chuva e o bom tempo ................................................................................... 51 As plantas devem ser colhidas com ternura e frugalidade ................................ 52 Como extrair os óleos essenciais .......................................................................54 A destilação por vapor de água .......................................................................... 54 A destilação por vapor oferece óleos essenciais de boa qualidade ..................... 55 A compressão mecânica a frio ........................................................................... 55 A extracção ........................................................................................................ 56 A extracção utilizando substâncias gordas ......................................................... 56 Como conservar os óleos essenciais ................................................................ 57 Porque é importante utilizar óleos essenciais de boa qualidade? ..................... 57 Como se poderão reconhecer os óleos essenciais de boa qualidade? ............... 58
CAPÍTULO 5 COMO DESENVOLVER O OLFACTO PARA VIVER MELHOR E OBTER UMA CURA A TRA VÉS DOS AROMAS ............................................................................................ 61 Avancemos, etapa por etapa ............................................................................. 61 A limpeza do nariz ............................................................................................62 O condicionamento respiratório ....................................................................... 63 Aprender a cheirar à distância .......................................................................... 65 Um pouco de sinestesia ....................................................................................66
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Os aromas que curam
Desenvolvimento da memória olfactiva ..................................................... 67 Exercício a ......................................................................................................... 67 Exercício b ......................................................................................................... 68 Ainda mais difícil .............................................................................................. 68
Aprender a analisar os odores e os perfumes ............................................. 69 Novas perspectivas ......................................................................................70
CAPÍTULO 6
COMO UTILIZAR OS ÓLEOS ESSENCIAIS POR MEIO DE DIFUSÃO E INALAÇÃO ................................................................. 71 A difusão dos óleos essenciais ................................................................... 71 Como se poderão difundir os óleos essenciais? ..........................................74 As inalações ............................................................................................... 75
CAPÍTULO 7
OS BANHOS AROMÁTICOS .......................................................... 77 Os banhos completos .................................................................................. 77 Os banhos de pés e de mãos ....................................................................... 81 Os semicúpios .............................................................................................82
CAPÍTULOS AS COMPRESSAS ........................................................................... 83 As compressas quentes ................................................................................84 As compressas frias .................................................................................. 85
CAPÍTULO 9
A AROMA TERAPIA E AS CRIANÇAS ........................................... 87 CAPÍTULO 10 AS MASSAGENS ............................................................................... 89 A pele protege-nos ......................................................................................89 A pele alimenta-nos .................................................................................... 90 Como utilizar os óleos essenciais nas massagens ...................................... 91 Prepare você mesmo os óleos para as massagens ...................................... 91 Quais são os óleos essenciais que melhor lhe convêm? .............................. 92 Como testar os óleos essenciais ..................................................................93 Os óleos de base .........................................................................................93 Avance então ..... em pequenas quantidades! ............................................. 94 - 252-
Os aromas que curam
Atenção aos malefícios dos óleos essenciais! .............................................95 Massagens para toda a gente e para todos os gostos ................................... 97 As costas ..................................................................................................... 98 Os ombros ................................................................................................... 99 A face anterior das pernas e os pés ........................................................... 100 A barriga e o peito .................................................................................... 101 Os braços e as mãos ................................................................................. 101 O rosto ...................................................................................................... 102 Conclusão .................................................................................................103
CAPÍTULO 11 A AROMATERAPIA AO SERVIÇO DA BELEZA ..................... 105 Porque se utilizam os óleos essenciais em Cosmetologia? .......................105 Para se sentir bem na sua pele .................................................................. 106 Prepare você mesmo os seus produtos de beleza ...................................... 107 Os cuidados básicos para uma pele normal .............................................. 109 Os outros tipos de pele: como cuidá-los diariamente ................................ I 11 As peles oleosas ............................................................................................... 111 As peles secas .................................................................................................. 113 As peles com acne ............................................................................................ 114
Óleos essenciais para os seus 200 000 cabelos .........................................115 Fórmulas de saúde para os seus cabelos: .................................................. 117 O cuidado das mãos e dos pés .................................................................. 118
CAPÍTULO 12 A ARTE DOS PERFUMES ............................................................ 119 Gostaria de criar o seu próprio perfume? ................................................. 121 Outros conselhos ....................................................................................... 122
CAPÍTULO 13 COMO UTILIZAR OS ÓLEOS ESSENCIAIS EM APLICAÇÃO INTERNA ................................................................. 123 Os prós e os contras .................................................................................. 123 Os contras ................................................................................................. 123 Os prós ...................................................................................................... 124 As 9 grandes regras para o uso interno ..................................................... 124 Outras formas de uso interno .................................................................... 129
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Os aromas que curam
CAPÍTULO 14 AS BOAS E AS MÁS COMBINAÇÕES DE ÓLEOS ESSENCIAIS ................................................................................... 131 Lista dos óleos essenciais que se podem combinar bem .......................... 134
CAPÍTULO 15 LÉXICO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS E SUAS PROPRIEDADES ......................................................................... 135 Alecrim (Rosmarinus oiftcinalis - Labiadas) .........................................................136 Alfazema (Lavandula oiftcinalis ou Lavandula vera - Labiadas) ........................ 140 Alfazema aspica (Lavandula spica - Labiadas ) .................................................... 142 Alho (Allium sativum - Liliáceas) ........................................................................... 143 Anis verde (Pimpinella anisum - Umbelíferas) ..................................................... 144 Bergamota (Citrus Bergamia - Rutáceas) ............................................................. 145 Bomeol (direito) ou Cânfora do Boméu ..................................................................146 Cajepute (Melaleuca leucadendron - Mirtáceas) ..................................................147 Carnomila-rornana ou Carnornila-de-paris (Anthemis nobilis Compostas) ............................................................................................................. 148 Canela de Ceilão iCinnamomum zeylanicum - Lauráceas) ................................... 150 Cedro (Cedrus atlantica, Cedrus libane e Thuya occidentalis= Coníferas) ............................................................................................................... 151 Chicória (Carum carvi - Umbelíferas) ...................................................................152 Cipreste (Cupressus sempervirens - Coníferas) ................................................... 153 Coentro (Coriandrum sativum - Umbelíferas) ....................................................... 154 Cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata - Mirtáceas) ........................................... 155 Estragão (Artémisia dracunculus - Sinantéreo) .....................................................156 Eucalipto comum (Eucalyptus globulus - Mirtáceas) ............................................ 157 Funcho (Foeniculum vulgare - Umbelíferas) ........................................................159 Gengibre (zimgiber oiftcinalis - Zingibéracée) ...................................................... 160 Gerânio (Palargonium odorantissimum - Geraniáceas) ...................................... 161 Hissopo (Hysopus officinalis - Labiadas) ................................................................162 Hissopo (Hysopus oiftcinalis - Labiadas) ............................................................. 163 Hortelã-pimenta (Mentha piperita - Labiadas) ...................................................... 164 Laranjeira-azeda ou Petitgrain (citrus aurantium, varo amara - Rutáceas) ........... 166 Limoeiro (Citrus Limolium= Rutáceas) .................................................................167 Loureiro (Laurus nobilis - Lauráceas) ................................................................... 169 Manjericão (comum) (Ocymum basilicum= Labiadas) ......................................... 170 Manjerona (Origanum majorana - Labiadas) ....................................................... 171 Muscadeira (Myristicajragrans - Miristáceas) ......................................................173 Niaouli (Melaleuca viridijlora - Mirtáceas) .......................................................... 174
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Os aromas que curam Orégão (Origanum vulgare - Labiadas) ................................................................ 175 Pinheiro-silvestre (Pinus sy/vestris - Coníferas) .................................................... 176 Roseira-de-damasco (Rosa damascena - Rosáceas) .............................................. 177 Rosmaninho (Lavandula stoechas - Labiadas) ..................................................... 178 Salva comum (Solvia officinalis - Labiadas) .......................................................... 178 Salva Esclareia (Salvia sclarea - Labiadas ou Lamiáceas) .................................... 180 Sândalo (Santalum album, Santa/um spicatum - Santaláceas) ............................ 181 Segurelha (Satureia montana - Sabiá) .................................................................. 182 Tomilho (Thymus vulgaris - Labiadas) ................................................................. 183 Ylang-ylang ou Cananga odorahe (Unona odorantissima - Anonáceas) .............. 185 Zimbro (Juniperus communis - Coníferas) ........................................................... 186
ÍNDICE TERAPÊUTICO ............................................................ 189 Abatimento (ver Astenia) ........................................................................................ 190 Acidez do estômago (ardor de estômago) ............................................................... 190 Acne (pontos negros, etc.) ...................................................................................... 191 Afonia ..................................................................................................................... 191 Afrodisíacos ............................................................................................................ 191 Aftas ....................................................................................................................... 192 Aleitamento ............................................................................................................ 192 Alergias a determinados alimentos ......................................................................... 192 Alopecia .................................................................................................................. 193 Amigdalite .............................................................................................................. 193 Ancilose .................................................................................................................. 194 Anemia ................................................................................................................... 194 Anginas (inflamação da garganta) .......................................................................... 195 Angústia .................................................................................................................. 195 Anorexia ................................................................................................................. 196 A petite (perda de) .................................................................................................. 197 Arteriosclerose (ver também Aterosclerose) ........................................................... 197 Artrite ..................................................................................................................... 197 Asma ....................................................................................................................... 199 Asma nervosa ......................................................................................................... 199 Astenia .................................................................................................................... 199 Aterosclerose .......................................................................................................... 200 Atonia (digestiva) ................................................................................................... 200 Avitaminose (ver Suplementos alimentares) .......................................................... 200 Bicha solitária (ver Parasitas intestinais) ................................................................ 201 Bolhas ..................................................................................................................... 201 Bronquite ................................................................................................................ 201 Bulimia ................................................................................................................... 202 Cãibras musculares (pernas, etc.) ............................................................................ 202
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Os aromas que curam Cálculos biliares ou hepáticos ......................................................................... 202 Calos ................................................................................................................ 203 Calosidades ..................................................................................................... 203 Calvície (ver Alopecia) ................................................................................... 203 Cancro ............................................................................................................. 204 Cansaço (rigidez muscular) ............................................................................. 204 Caspa ............................................................................................................... 205 Catarro ............................................................................................................. 205 Celulite ............................................................................................................ 205 Ciática ............................................................................................................. 206 Cicatrizes ......................................................................................................... 206 Circulação sanguínea (problemas de) .............................................................. 206 Cirrose ............................................................................................................. 206 Cistite .............................................................................................................. 207 Colesterol ........................................................................................................ 207 Cólicas ............................................................................................................. 207 Colite ............................................................................................................... 207 Condiloma ....................................................................................................... 208 Congestão do fígado ........................................................................................ 208 Congestão pulmonar ........................................................................................ 208 Conjuntivite ..................................................................................................... 208 Constipação ......................................................................................................209 Contusões .........................................................................................................209 Convulsões .......................................................................................................209 Coperose ........................................................................................................... 210 Coqueluche (Tosse convulsa) ........................................................................... 210 Cuidados com os animais ................................................................................. 210 Cuidados da pele (ver o capítulo 11) ............................................................... 211 Cuidados dos cabelos (ver o capítulo 11) ........................................................ 211 Depressão (ver Astenia) .................................................................................. 211 Diarreia crónica ou passageira ......................................................................... 211 Dor ou fadiga ocular ........................................................................................ 211 Dores de cabeça ................................................................................................ 212 Dores de costas ................................................................................................. 212 Dores de dentes ................................................................................................213 Dores de estômago ........................................................................................... 213 Dores menstruais .............................................................................................. 213 Dores musculares (ver Cansaço) ...................................................................... 213 Dores nos seios ................................................................................................. 214 Eczema ............................................................................................................. 214 Ejaculação precoce ........................................................................................... 214 Enurese ............................................................................................................. 215
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Os aromas que curam Esgotamento físico .......................................................................................... 215 Esgotamento intelectual ................................................................................... 215 Estado de embriaguez e "ressaca" ................................................................... 216 Exaltação (ver Nervosismo e Stress) ............................................................... 216 Extremidades frias ........................................................................................... 216 Febre-dos-fenos ............................................................................................... 216 Flebite .............................................................................................................. 217 Gânglios .......................................................................................................... 217 Gastroenterite .................................................................................................. 217 Ginecologia (ver Gretas nos seios, Dores nos seios, Dores menstruais, Leucorreia e Menstruações irregulares) ........................................................... 217 Golpes (arranhões, ete.) ................................................................................... 217 Gota ................................................................................................................. 218 Gretas nos seios ............................................................................................... 218 Gripe (InfIuenza) ............................................................................................. 218 Hemorróidas .................................................................................................... 219 Hepatite viral ................................................................................................... 219 Herpes .............................................................................................................. 219 Hiperactividade da criança .............................................................................. 219 Hiper-emotividade ........................................................................................... 220 Hipertensão ...................................................................................................... 220 Impotência ....................................................................................................... 221 Indigestão ........................................................................................................ 221 Infecções da bexiga ......................................................................................... 221 Insectos perniciosos (baratas, ete.) .................................................................. 222 Insónia ............................................................................................................. 222 Leueorreia ........................................................................................................ 223 Mau hálito ....................................................................................................... 223 Meditação ........................................................................................................ 223 Menopausa (afrontamentos, etc.) ..................................................................... 224 Menstruações dolorosas (ver Dores menstruais) ............................................. 224 Menstruações irregulares (ver também, Dores menstruais) ............................. 224 Nádegas "assadas" do lactente ......................................................................... 224 Náuseas .............................................................................................................224 Nervosismo ...................................................................................................... 225 Obstipação ....................................................................................................... 225 Odores corporais (transpiração excessiva) ...................................................... 225 Olhos (precauções) ...........................................................................................226 Otite ..................................................................................................................226 Papeira ..............................................................................................................226 Parasitas intestinais .......................................................................................... 227 Pé-de-atleta .......................................................................................................227
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Os aromas que curam Perdas de memória (ver também, Cansaço intelectual) ....................................227 Pneumonia ........................................................................................................228 Problemas dentários .........................................................................................228 Prostatite ..........................................................................................................228 Prurido anal ......................................................................................................228 Prurido vaginal ................................................................................................. 229 Psoríase ............................................................................................................ 229 Queda de cabelo (ver Alopecia) ....................................................................... 229 Queimaduras .................................................................................................... 229 Resfriado (ver também, Catarro, Gripe e Rinite) ............................................. 230 Rugas ............................................................................................................... 230 Sarampo .......................................................................................................... 231 Sensibilidade ao sol ......................................................................................... 231 Sinusite ............................................................................................................ 231 Soluços ............................................................................................................ 231 Sonhos nocturnos e técnicas de sonho acordado .............................................. 232 Sono (aprofundar) ............................................................................................233 Sonolência ........................................................................................................233 Stress ................................................................................................................233 Suplementos alimentares .................................................................................. 234 Torcicolo .......................................................................................................... 234 Tosse ................................................................................................................235 Transpiração excessiva ou fétida ......................................................................235 Tristeza (ver Astenia) ....................................................................................... 236 Ulceração cutânea ............................................................................................ 236 Urticária ........................................................................................................... 236 Varizes ............................................................................................................. 237 Verrugas ........................................................................................................... 237 Viagens ............................................................................................................ 238 Vómitos (ver Náuseas) ..................................................................................... 238 Zona ................................................................................................................. 238 Zumbidos nos ouvidos ..................................................................................... 239
GLOSSÁRIO DAS PROPRIEDADES DOS ÓLEOS ESSENCIAIS ................................................................................ 241 GLOSSÁRIO DOS TERMOS PRINCIPAIS ............................... 245
CONCLUSÃO................................................ . ............................ 247 A história da planta íbis ............................................................................ 247 Dos odores de santidade aos odores de saúde .......................................... 248
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4. 3.
Como desobstruir imediatamente o seu nariz e eliminar as bactérias - Página 62
Como passar sem o café continuando a ter os mesmos efeitos - Página 73
Como aliviar a obstipação - Página 81
O que fazer em caso de inflamação reumatismal- Página 94
O que fazer se tem uma pele muito seca - Página 1 1 3
Como se proteger da hiperacidez gástrica - Página 1 67
Quando e COMO aliviar as varizes - Página 1 53
Como lutar contra as digestões difíceis - Página 1 56
Como se proteger das doenças de coração - Página 1 43
O que fazer em caso de gripe - Página 1 50
Como acabar com a celulite - Página 1 59
O que fazer em caso de cansaço geral- Página 1 55 OS AROMAS
QUE CURAM
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