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Turma 2 017 - Co lĂŠ
Alunos d o
Alunos do 6º ano
Turma 2017 - Colégio Atenas
1ª Edição 2017 Alfenas - MG
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Índice A História de Jhon. . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Fazer o Bem é Melhor. . . . . . . . . . . . . . 8 Furacão Bently. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 A Esperança de Jack. . . . . . . . . . . . . . . 12 Lembranças. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 O Amor Salva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 O Diário de Hanna. . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Mariana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Realidade em Poesia. . . . . . . . . . . . . . 22 O Regaste de Mike. . . . . . . . . . . . . . . . 24 Mohamed. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 O Diário de Aylan. . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Fazer o Bem é Melhor Chalaua era uma menina de quatorze anos de idade que morava na Síria com sua mãe, pois seu pai morreu quando ela tinha cinco anos, ele foi atingido por uma bomba durante a guerra que aconteceu porque as pessoas não aceitavam e não respeitavam as religiões uns dos outros. Depois de muito tempo pensando em sair daquela cidade devastada, ela e sua mãe decidiram ir em busca de uma condição melhor de vida. Elas saíram num navio em direção ao Brasil, passaram muita fome e frio. O percurso até o Brasil era longo. Assim que o navio estava quase chegando, teve problemas técnicos e começou a afundar, pois não suportou a quantidade de passageiros a bordo. A menina sabia nadar e conseguiu se salvar, mas sua mãe não teve a mesma sorte. Chalaua ao chegar na cidade do Rio de Janeiro, dormiu na rua por uns dias. Ela passou muita fome, pois ao pedir comida para as pessoas, elas a ignoravam porque não entendia a sua língua. Em uma tarde, ao andar pelas ruas, encontrou Clara e Luan, um casal que doava alimento para família da menina quando morava na Síria. Clara e Luan se sensibilizaram com a história da menina e a levou para casa, dando-lhe roupas limpas e uma boa comida. Eles decidiram adotá-la e a matricularam em uma boa escola. Deram-lhe um novo nome, Luísa. Ela ficou muito agradecida por tudo o que seus novos pais lhe fizeram e, com isso, aprendeu a amá-los verdadeiramente. Após alguns anos, terminou a faculdade e resolveu ajudar as pessoas que passaram pela mesma situação que a sua. E assim percebeu que quando as pessoas se ajudam o mundo se transforma em algo melhor. Giovanna Galli, Marina, Talita, Thaís e Vinícius
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A esperança de Jack Jack era uma criança que morava em Samartã, uma ilha no Caribe. Como lá tinha muito furacão ele ficava sempre preocupado. Um dia apareceu um furacão em sua cidade e destruiu sua casa. Ele acabou ficando órfão, pois perdeu os pais na tragédia. A ilha tinha um lado holandês e outro francês. Ele morava do lado francês, mas o pessoal que morava no lado holandês se organizou e os ajudou a sair dali e, como Jack era uma criança, teve preferência e conseguiu sair rápido da cidade destruída. Ele foi levado para o Brasil, por conta de um programa de adoção que existia entre os países. Quando chegou ao Brasil, não quis ficar no abrigo para menores e fugiu para as ruas. Foi quando conheceu uma moça chamada Luíza. Ela ficou com muita pena dele, pois queria adotá-lo, mas não tinha condições financeiras para sustentar o menino.
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Luiza convenceu Jack a voltar para o orfanato, pois ficar na rua era muito perigoso para ele. Com isso, ela passou a visitá-lo todos os dias. Depois de um tempo a moça conseguiu um trabalho que pagava bem, e isso deixou Jack muito feliz e esperançoso, pois como Luíza tinha vontade de adotá-lo, ele viu ali a possibilidade de melhorar a sua vida. Luiza foi buscar Jack no orfanato para morar em sua casa e ele ficou muito feliz e agradecido. Jack percebeu que, quando as pessoas se ajudam, a vida de todos fica bem melhor. Ana Laura, Augusto, Davi, Eduardo e Gabrielle
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O diário de Hanna Sexta, 11 de novembro de 1999. Eu me chamo Hanna, tenho treze anos. Nasci em Damasco, uma cidade da Síria. Sou uma menina igual às outras, gosto de brincar na rua com meus amigos e quando chego em casa da escola, sempre ataco a geladeira. Domingo, 13 de novembro de 1999. Eu estava brincando na rua com meus amigos quando ouvi estouros e gritos, vi um tanque de guerra e sai correndo para casa, assim que cheguei, meus pais estavam pegando algumas coisas e me falaram para eu colocar em uma mala só as coisas mais importantes, porque iríamos nos mudar dali, pois estava começando uma guerra. Em minha mala coloquei meus bichinhos de pelúcia, doces, roupas e um álbum da família. Iríamos fugir dali de madrugada.
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Segunda, 14 de novembro de 1999. Quando saí de casa vi que nossa cidade tinha sido destruída pelos bombardeios. As janelas estavam quebradas, prédios destruídos, portas derrubadas, árvores caídas, mato pegando fogo, muitas pessoas chorando pelas perdas. Andamos por seis dias a pé, até que encontramos uma família que também estava em busca de um novo lar, de um lugar seguro para viver. Eles deram carona para nós, pois também iam para Beirute, uma cidade tranquila e pequena. Foram sempre muito gentis conosco. Assim que chegamos na cidade, as pessoas nos receberam muito bem nos dando um abrigo e comida. Ficamos em um apartamento bem pequeno, mas estávamos muito felizes, pois apareceram pessoas que não conhecíamos para nos ajudar. A todo momento, foram prestativas e solidárias conosco. Quarta, 16 de novembro de 2003. Querido diário, hoje sou muito feliz, pois ajudo as pessoas da mesma forma como elas me ajudaram quando eu precisei. Giovanna Batista, Mariana e Sarah
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Mariana Em um dia chuvoso, Luana brincava com suas amigas pelas ruas da cidade de Mariana, no interior de Minas Gerais. Ela sempre ia para escola de bicicleta, pois adorava admirar a paisagem. Havia uma semana que a chuva não parava. Em Mariana tinha uma empresa que retirava minério da terra, por isso tiveram que criar uma barragem para descartar os resíduos. Luana ao voltar da escola viu que sua vida mudaria completamente. Ela viu a barragem se rompendo e trazendo para cidade uma onda de barro que ia levando tudo que via pela frente. Seu pai e muitas outras pessoas que trabalhavam na mineradora, não conseguiram sair a tempo e acabaram morrendo. Neste dia Luana chegou em casa correndo e gritando por sua mãe. Elas saíram dali em direção a uma torre de comunicação, pois era um lugar alto e seguro. Luana viu a história da sua cidade desaparecer em segundos. Após a lama destruir tudo, elas foram para um abrigo provisório, ficaram sem beber e comer. Várias pessoas de outras cidades se reuniram e levaram mantimentos e água para o pessoal desabrigado. Elas conheceram uma senhora voluntária chamada Maria que as convidou para ficar em sua casa. Dona Maria vivia sozinha, pois perdeu todos os parentes. Então, ela resolveu ajudar Luana e sua mãe. Ela cuidou da criança como se fosse filha. Luana tinha o sonho de ser pintora e dona Maria pagou para ela um curso de pintura. Com isso, a menina cresceu e fez uma exposição dos quadros que fazia para as pessoas refletirem o quanto o homem maltratou a natureza. Luana ficou muito agradecida pelo que a senhora fez por ela, ajudando-a em um momento tão difícil. Ela nunca imaginou que alguém que mal conhecia poderia fazer tanto por ela. Amanda, Igor, Luma, Nícolas e Túlio
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Mohamed No dia 25 de setembro de 1920, Mohamed Hacalá, um menino esperto, generoso e honesto, que só tinha 15 anos de idade, estava fugindo da Síria para o Brasil junto com um grupo de pessoas, pois o país estava em guerra. Durante a viagem, ele encontrou uma amiga que gostava muito, Clary, que também estava no navio e, quando desembarcaram, eles resolveram montar barracas e acampar em um bairro da cidade de São Paulo. Tinham a esperança de serem adotados por uma boa família. Por vários dias, passaram muita necessidade, devido à pouca quantidade de alimentos que trouxeram da Síria. Uma senhora passou a observar como aqueles jovens estavam vivendo em condições precárias. E sensibilizada com a situação se aproximou deles e ao conversar, descobriu que eram refugiados da Síria. Ela se comoveu muito, porque a história deles era a mesma que ela havia passado como refugiada da Síria há alguns anos, por isso, resolveu adotá-los.
Depois de um ano morando com a nova família, Mohamed resolveu sair dali, pois não aguentava mais tantas ordens. Ele saiu em direção à periferia da cidade, onde seria difícil encontrá-lo, uma vez que a cidade era muito grande. Chegando em um evento naquele bairro afastado, alguns jovens começaram a interrogá-lo e ameaçá-lo, porque ele era um estranho na comunidade deles. Depois que ele contou sua história de refugiado, aqueles jovens o encaminharam a um abrigo. Durante três anos, ele ficou longe de casa, mas sua família estava lhe procurando. Mohamed passou a trabalhar no abrigo e ajudou a criar um espaço de acolhimento aos refugiados. Um dia Clary o encontrou naquele lugar, ficou emocionada e apaixonada pela atitude dele. Os dois voltaram para casa da família adotiva e contaram sobre o trabalho do jovem. A mãe de Mohamed ficou orgulhosa e também resolveu ajudar financeiramente a instituição. Ele ficou muito feliz em poder ajudar mais as pessoas e pediu Clary em namoro. Depois de dois anos se casaram e constituíram uma família, se tornando exemplo para outros refugiados. Estéfany, Murilo, Yris e Yuri
O Diário de Aylan Segunda, 19 de setembro de 2015. Oi diário, esse é o meu primeiro dia escrevendo em você. Meu nome é Aylan, tenho 10 anos e moro em Aleppo, na Síria. Minha vida aqui é muito boa. Todos os dias brinco com os meus amigos depois da escola. Há uns três anos, tinha um amigo chamado Pedro e que hoje é meu irmão, pois ele foi abandonado pela família, e como ele era meu melhor amigo pedi muito para os meus pais que o adotassem. Quinta, 1 de janeiro de 2016. Oi diário, faz um tempo que eu não escrevo em você. Minha cidade está passando por uma fase muito difícil. Muitas pessoas estão morrendo e outras estão machucadas. A todo tempo, temos que nos proteger de bombas e tiros do estado Islâmico. Não estou tendo muito tempo para escrever, me desculpe por isso. Terça, 5 de janeiro de 2016. Oi diário, minha família está muito triste, pois nossa casa foi bombardeada ontem enquanto estávamos fora, e agora estamos na rua. Estamos procurando alguma forma de sair de Aleppo. Qualquer lugar é melhor que aqui. Sempre acreditei que conseguiria tornar o meu sonho de ajudar os refugiados em realidade, mas com essa situação está cada vez mais difícil de ter alguma esperança. Terça, 26 de janeiro de 2016. Oi diário do Aylan. Dessa vez quem está aqui é o Pedro, o irmão do Aylan. A pior coisa que poderia ter acontecido, infelizmente, aconteceu. Me senti na obrigação de vir aqui contar tudo a você, pois Aylan morreu tentando me proteger de um tiro enquanto fugíamos da nossa cidade. Agradeço a tudo que ele fez por mim. E o meu maior sonho agora é tornar o sonho dele em realidade. Sábado, 5 de fevereiro de 2017. Oi diário do Aylan. Novamente sou eu, Pedro, escrevendo aqui para dizer que exatamente hoje, o sonho do Aylan foi realizado. Eu e minha família adotiva criamos uma instituição que acolhe refugiados. Damos tudo o que precisam e os ajudamos a ir para um novo país com uma casa, comida, emprego e escola. Fico muito feliz que isto esteja acontecendo, pois era o sonho do meu querido irmão. ADEUS DIÁRIO DO AYLAN. Beatriz, Giovanna Batista e Nina
Enrico, Lucas, Marcela, Tainá e Thamiris O Amor Salva
Ana Laura, Augusto, Davi, Eduardo e Gabrielle A Esperança de Jack Beatriz, João Gabriel, João Vitor e Matheus A História de Jhon
Giovanna Galli, Marina, Talita, Thaís e Vinícius Fazer o Bem é Melhor Igor, Isadora, Leonardo e Nina Lembranças
Giovana Zauli, Isabelle, João Pedro, Lívia, Renato e Rodrigo Furacão Bently
Giovanna Batista, Mariana e Sarah O Diário de Hanna
Estéfany, Murilo, Yris e Yuri Mohamed
Alana, João Guilherme, João Pedro, José Pedro e Rafaela O Resgate de Mike
Amanda, Igor, Luma, Nícolas e Túlio Mariana
Ana Júlia, Gabriel, Gustavo, Maria Clara, Rafaela e Victor Realidade em Poesia
Beatriz, Giovanna Batista e Nina O Diário de Aylan
Este livro é um conjunto de histórias que trazem reflexões sobre atitudes e comportamentos humanos diante de situações difíceis enfrentadas por pessoas que perderam tudo, menos a coragem de recomeçar. Por isso “Nunca é o fim!”, nos mostra a solidariedade, a compaixão e o bem presente nas pessoas, que com amor e carinho se sensibilizaram diante do sofrimento alheio e lhes estenderam a mão para uma nova vida. Que ao ler essas páginas, possam todos fazer a transformação dentro de si e entender que, com atitude, um sorriso e um abraço amigo, podemos fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
Profª: Maíra Valadares
Colégio
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