Ser diferente... por que não? by contareconta

Alunos do 2Âş ano Turma 2017

ColĂŠgio Atenas

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Alunos do 2º ano Turma 2017

Colégio Atenas

1ª Edição 2017 Alfenas - MG

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Índice A Adorável História de Black. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 A Fascinante Borboleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 A Vida no Sítio Lago dos Patos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 As Dificuldades de Doki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 As Superações de Bob . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Max, o Elefante Nadador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 Memórias da Cidade Pet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 O Diferente Campeonato de Surf . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 Totó e suas Aventuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Violeta e a Cidade das Flores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Zozo e sua Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

A Adorável História de Black Era Natal quando uma menina chamada Carolina queria muito um periquito, mas em seu apartamento não era permitido esse tipo de animalzinho. No dia seguinte, ao sair do trabalho, seu pai foi ao pet shop e comprou um lindo gatinho para sua filha, que ficou surpresa com o presente. Carolina e seu gatinho começaram a se dar muito bem e ficaram amigos. Certo dia, em uma das brincadeiras, a menina percebeu que seu animalzinho tinha uma deficiência auditiva, porque ela chamava-o e ele não atendia. Mesmo assim, os dois brincavam, passeavam, iam ao parque e estavam sempre juntos. Um dia, o gatinho de estimação, perdeu-se na rua e Carolina ficou muito triste e magoada. Chamava, chamava e ele não ouvia. Ela, logo teve uma ideia de imprimir folhetos com fotos do seu bichinho e distribuir pelas ruas para procurá-lo. No dia seguinte, acharam Black em um beco e levaram-no para a sua dona, que o tratou como seu filho. Assim, Carolina disse aos amigos que não devíamos maltratar os animais, porque eles são seres vivos e precisam de carinho, de cuidados especiais, como banho, tosa, alimentação e muita atenção.

Gabryel Costa Soria Sousa Gustavo Henrique Rocha Pereira Henrique Marques da Silva Barbosa Otávio de Lima Domingues

As Dificuldades de Doki Na caverna da grande floresta, nasceu um morcego chamado Doki. Ele vivia com seus pais e mais nove irmãos. A vida naquele lugar era alegre. À noite saíam para brincar, se alimentar e voltavam para casa um pouco antes do sol nascer. Certa vez, saíram para brincar, Doki, cansado, pousou em um galho de árvore, caiu e machucou sua asa. Seus irmãos viram-no no chão e foram voando contar para os pais. Os pais dos morceguinhos, amedrontados, saíram voando ao encontro de Doki. Chegando lá, viram que seu filho estava com a asa machucada e levaram-no ao veterinário. Doutor Ramister examinou e deu o seguinte diagnóstico: não voaria mais. Então seus pais o levaram para fazer fisioterapia com a Doutora Avestruz. Doki adorava ir ao consultório da Doutora Avestruz. Ele fazia todos os exercícios direitinhos e, no final de cada sessão, ganhava uma fruta silvestre. Com o passar do tempo, Doki foi melhorando, voltou a voar, não como antes, agora voava cambaleando. Mesmo assim, estava feliz porque conseguia voar. Certa noite, saindo da caverna, trombou com Kika e começaram a conversar: - Você é novo aqui? - Não, nasci aqui! - Qual é o seu nome? - Chamo-me Doki. E o seu? - Kika. Os dois levantaram-se, foram brincar na floresta e viraram amigos. Kika perguntou sobre sua dificuldade de voar e Doki explicou tudo a ela. Kika passou a ajudar Doki em seus treinamentos, ficaram adultos, começaram a namorar. Depois de três anos casaram-se e tiveram filhos.

Heitor Rodrigues Bittencourt Isabela Oliveira Melo Mariah Vilhena Silva Moreira Rafael Melo Munhoz Manso

Memórias da Cidade Pet Era verão quando nasceu um coelho chamado Tor. Sua mãe Gigi percebeu que seu filho não conseguia ouvir muito bem, pois ela o chamava, mas ele não respondia ao chamado. Dona Gigi levou Tor ao médico veterinário no Hospital Socorro Pet. Foram feitos vários testes, exames em seus ouvidos e foi confirmado que era um problema auditivo de nascença. Tor sentia-se um pouco triste por não poder falar com seus amigos por gestos, porque eles não entendiam. Na escola, a professora Juju começou a dar aulas de libras, ensinou todos os animaizinhos a se comunicar com Tor. Os amigos ficaram muito felizes ao interagir com o colega. Dona Juju criou na escola o Projeto Música em Libras. Todos ensaiaram a música Vagalume que passava a mensagem de ajuda aos outros. A maior apresentação aconteceu no Teatro Municipal da cidade Pet. Todos os animais da cidade, o prefeito Leão e os pais da bicharada compareceram ao teatro. O prefeito aprovou a apresentação e colocou a foto dos participantes no mural das “Memórias da Cidade Pet”. Os pais dos alunos acharam incrível a apresentação. Assim, a professora Juju propôs a construção de uma escola de libras na cidade Pet para ensinar a comunicação entre todos os animais.

Isaac Lopes Fonseca da Silva Letícia Orbegoso Lucas Vilela Ávila Sophia Oliveira Centi

O Diferente Campeonato de Surf Havia na cidade de Guarujá, uma cachorra que estava prenha de cinco filhotes. Duas semanas depois, eles nasceram saudáveis e bonitos, mas um deles era diferente dos outros. Quando nasceram, a mãe deu o nome para os cinco filhotes: Paçoca, Pipoca, Zeca, Pingo e Vênus. Um deles, Pingo, nasceu com uma deficiência. A mãe percebeu que ele era cego e não o aceitava como seu filhote. Ela acabou abandonando Pingo na rua, pertinho de um parque. Ele ficou triste e sozinho, no cantinho do parque. Certo dia, um menino que estava brincando lá encontrou o cachorrinho e levou-o para sua casa. Brincava com ele, mas Pingo quase não sorria, então, Júnior ficou preocupado e achou que ele tinha um problema. Levou-o ao veterinário e descobriu que Pingo era cego. Júnior tinha uma cachorra chamada Mel, também com deficiência e ele não se importava, cuidava muito bem dela e agora cuidaria de Pingo, treinando-o para competições. Um dia, Júnior foi levar seus cachorrinhos para uma competição de surf que iria acontecer na praia de Guarujá. Participaria somente animais com algum tipo de deficiência. Os amigos de Júnior também levaram seus animais de estimação. Foram dez participantes no total e eles estavam ansiosos, mas ao mesmo tempo alegres para começar o campeonato. Neste dia as ondas estavam leves e tranquilas para os cachorros. O campeonato era de duplas. Pingo e Mel fizeram manobras legais, diferentes, divertidas e acabaram ganhando a competição de surf e um troféu de ouro. Júnior, o dono dos vencedores, foi entrevistado e explicou que os animais ganharam porque acreditaram neles mesmos. Eles eram cachorros bem cuidados e bem treinados. Na vida, ninguém é igual a ninguém, e mesmo sendo deficiente se acreditarmos em nós mesmos conseguiremos o que nós queremos e o troféu da vida será recebido com muito carinho e amor.

André Pereira Engel Madureira Ana Laura Vieira Reis Felype Ávila Pianetti Maria Eduarda Trigo Sousa

Zozo e sua Família Naquela floresta vivia uma família de corujas formada por pai, mãe, três filhos, dois meninos corujas e uma menina coruja. Eram unidos e, na maioria das vezes reuniam-se na hora das refeições. Certa noite, estavam jantando pedaços de carne quando sua mãe percebeu que Zozo estava esbarrando nas coisas, batendo nas cadeiras, na mesa e em outros móveis da casa. Seus pais acharam estranho, ficaram preocupados e levaram-no à veterinária Drª Girafa. Dona Girafa examinou Zozo, escutou seus batimentos cardíacos, pesou, olhou seus olhos, ouvidos e viu que ele era cego. Quando a doutora falou com seus pais, eles ficaram muito tristes, assustados e perguntaram se seu filho teria uma vida normal. Drª Girafa respondeu que sua vida seria normal, mas precisaria de uma arara-guia para ir aos lugares sem esbarrar em nada. Ela falou que o Senhor Elefante vendia animais-guias. Saindo do consultório foram para a loja do Senhor Elefante e compraram uma arara-guia. Zozo ficou muito feliz e pode voar para todos os lugares sem esbarrar em nada. Zozo cresceu, foi trabalhar na loja do Senhor Elefante e sempre recebia ajuda da sua arara-guia. Ele era um bom funcionário admirado pelos clientes e seu chefe. Na loja, conheceu uma cliente e apaixonou-se, ela também era cega e tinha uma arara-guia. Depois de dois meses, casaram-se, tiveram cinco filhotes, ficaram velhinhos e nasceram dois netinhos.

Felipe Costa Tavares Lívia Dourado Faria Lucinda Tamburini de Moura L. Lifante Reynaldo Lacerda Agostinho de Faria

AGRADECIMENTOS Aos meus queridos alunos, que fizeram meus olhos brilharem e meu coração disparar, ao perceber que através das histórias escritas por eles, compreenderam que cada um pode ser feliz do seu jeito e todos merecem respeito. À querida colega de trabalho, Paula Terra, pelo companheirismo e partilha dos mesmos sonhos ao realizar o projeto Conta Reconta. Aos pais e equipe do Colégio Atenas pela confiança depositada em mim e no meu trabalho.

Profª: Fabiana Cassimiro Dias Orestes Cesário

Nestas páginas você encontrará uma coletânea de histórias vividas por animaizinhos que superam barreiras e enfrentam suas dificuldades por serem diferentes. Para tanto, vivem aventuras que prometem emocionar. Com suas lutas, conquistam a felicidade e o respeito. Toda essa atmosfera de criar e construir um livro foi enriquecida e motivada quando conhecemos “ O Camaleão Confúcio” da escritora Marina Jorge que nos deu o prazer de sua visita. As vivências desses personagens construídos a partir da criatividade de cada criança, retrata a realidade de nossa sociedade. As histórias são regadas de otimismo e confiança, características latentes na infância. Então, viva você essa aventura e aproveite com alegria essa leitura. Profª: Fabiana Cassimiro Dias Orestes Cesário

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