L I V R O
P E R F O R M A N C E
foto: helena cooper
Aline Bernardi
S
empre que as luzes se apagam antes de um espetáculo começar, uma espécie de vertigem me percorre. Um não saber instantâneo entre recordar e não lembrar de um sonho. Um feixe de luz se acende. Aline Bernardi surge passo ante passo, em seu tempo, esplêndida, na estreia de seu solo “Decopulagem”, neologismo criado pela artista para exprimir o que está entre decupar e copular: inventariar o que precisa ser dito na cena e unir intimamente cada coisa, no seu tempo. Para escrever esta obra, a autora foi do imenso ao pequenino, equilibrista, a partejar sua santíssima trindade na arte da criação. Não ser Aline, sendo Aline em essência, no mais íntimo significado de habitar a própria presença, com palavras manoelescas e movimentos de plena harmonia entre apoios e impulsos. Nela mesma circula a seiva evidente de nascer o movimento e a dança. Pude acompanhar o processo de criação deste espetáculo e durante esses cinco anos minha amiga se transfigurou em leoa. Sim, os dreadlocks dela também fazem parte do belo figurino, concebido por Clarice Rito e costurado pelas mãos de Mara Mello, a partir da concepção de origami, traduzida em tudo que se dobra e desdobra. A andarilha, a artesã e a alfaiate são personagens desta narrativa tão fecunda. Porque as mãos são o corpo todo e moldam, através dos afetos, as indeterminâncias do destino. O parto, a teia, o fio, o sangue. O sangue, o fio, a teia o parto. A vida. Dentro e fora do útero, onde o círculo feminil nos permite entrar e sair deste espaço de criação, para que o sangue fluorescente nos conte em essência e o livro-espelho revele a nós mesmas à medida que nos escrevemos com o caminhar. Escrever é dança, fio de passo, movimento, laço, abraço. Se vamos falar das coisas que têm um moto-contínuo pela perspectiva das coisas circulares, cíclicas e femininas, não me parece tolo pensar que aline escolheu personagens que começam pela letra “a” para nos conduzir pelas mãos e pelos pés, quiçá extremidades potentes de nosso pulsante coração, nesta
jornada por espaços internos e externos, por paisagens que nossas almas carecem para parir a poesia da vida rumo ao infinito: a andarilha caminhando pelas vias de sua jornada, a artesã manufaturando seus sonhos e a alfaiate tecendo as vestes de sua sorte. Quão arquetípica é a imagem da grande mãe gerando suas crias. Na plasticidade extasiante da cena vida-mortevida, meus olhos perceberam o fio tênue que nos une: somos mulheres a dar à luz, na arte maiêutica, anfitriãs de ressonâncias. É bem verdade que eu e aline temos algum tipo de ligação uterina. Diversas vezes nós sangramos juntas, sem que eu entendesse, o que o meu corpo queria segredar com o vermelho-pigmento de nossa amizade. O espetáculo repercute em mim de variadas perspectivas e quero exprimir em alguns versos, o que a obra de aline bernardi diz por si mesma aos que se predispõem a testemunhar as feituras da dramaturgia. Renato frazão esteve presente na arte desta tessitura, assinou a direção musical e composição, que ampliam a cena, inspirando atmosferas de tempos sobrepostos e ativando memórias, sensações, desnudamentos e dobraduras de entrega. Guilherme frederico, o diretor, faz avançar o solo com uma condução sutil e sensível, transformando o espetáculo numa coisa que eu chamaria de grandiosa pérola dos tempos atuais. Eu vejo aline bernardi ganhando o mundo, com estas cartas-decopulagem, de correspondências que precisam ser entregues a pé. Eis aqui a andarilha aline a alfaiatar artesanias em nossas multidimensões. Flávia Muniz cantora, compositora e poeta
depoimento pós estréia no Teatro Cacilda Becker em março de 2019
ALINE BERNARDI
Autoria, Concepção e Performance Decopulagem é um trajeto de muitas dobras, um sonho-origami do meu corpo em movimento no mundo. É o meu desejo e ímpeto de ir na direção dos encontros que me torcem e deixam meus ossos vibrando. Este livro-performance é uma artesania, uma alfaiataria e uma andarilhagem das perguntas que surgem quando sou tocada por algo. A motivação se impulsionou pelo desejo de abertura das brechas e fissuras de conectividades entre o corpo e a palavra, com o intuito de atritar as zonas de conforto dos padrões de produção de conhecimento. As palavras em mim gostam de dançar, com as sinapses em microquedas. Ao longo dos últimos 6 anos experimentei horas de laboratórios de escrita em movimento até que aos poucos consegui contornar alguns percursos para escrever as prosas de cada títere. A Artesã é moldada pelas vozes e corpos de pessoas e artistas que inauguram espaços em minha dança. A Alfaiate oferece um canal de escuta atenta e aberta para o tema da maternidade, em diálogo com 9 mães, 1 pai e um cisto ovariano de dimensão fetal. A Andarilha é uma tessitura entre lugares que me proporcionaram metamorfoses. A palavra aqui quis fazer moradia no meu corpo em estados de movimento, em particular a queda de lógicas previamente estabelecidas ou de imagens representadas. Essa investigação é um gesto de continuidade da relação com perguntas que insistem em mover a minha inquietação: o que a bailarina pensa quando está dançando? É possível escrever em movimento?
Quais os percursos rítmicos de uma escrita em queda? Decopulagem é um livro-performance que se desdobra em um solo de dança. A composição coreográfica enquanto pulsação poética revelou uma implicação nas relações de proximidade com os ritmos do corpo. A dramaturgia é adaptável aos diferentes espaços cênicos e porosa aos muitos suportes, criando múltiplas texturas. Todo esse período de investigação me ensinou a acolher os ciclos de vida-mortevida do processo, aprendendo a lidar com as transformações do trabalho. O convite é para que as palavras sejam pulsação de letras na criação de poéticas. Um corpomóbile para brincar, dobrar, inventar formas, costurar e seguir descobrindo relações com essas palavras tortas, retorcidas, contorcidas, alongadas, contraídas, expandidas, espiraladas. Decopule!
Release O Livro-Performance DECOPULAGEM é uma ode à artesania. Um origami de um corpo-móbile em movimento no mundo. A relação entre corpo e palavra, entre movimento e escrita, entre sensibilidade e pensamento é presença constante nas pesquisas e questionamentos da artista Aline Bernardi. O projeto desdobrase em um livro de tiragem artesanal com 33 prosas poéticas e em um solo de dança, que se entrelaçam por meio da poética inovadora criada pela artista em que a palavra não surge de um comando do cérebro para as mãos, mas sim de todo o corpo em movimento ou em “estado de dança”. A escrita em estado de dança é o eixo para os percursos metodológicos criados pela bailarina, de onde nascem diversas camadas para a criação de Decopulagem, seja na elaboração de um livro-obra em edição especial, com montagem artesanal, capa e contracapa de cerâmica e desenhos exclusivos do artista Kammal João; seja nas composições coreográfica e dramatúrgica do solo a partir das prosas compostas por Aline, que convocam simultaneamente espectador e leitor a uma relação com o tempo que questiona o hiperestímulo tecnológico que marca a sociedade contemporânea. A dramaturgia em Decopulagem é conduzida a partir da criação de três títeres: a Andarilha, a Artesã e a Alfaiate, que entrelaçam lugares e pessoas. A Andarilha é aquela que dialoga com os diferentes lugares percorridos. Sejam grandes metrópoles, cidades pequenas e interioranas ou pontos de natureza; de uma grande capital europeia a uma ecovila no interior de Minas Gerais. A Artesã interage com artistas, as obras e as ideias que marcam ou marcaram a trajetória da artista como performer e bailarina. A Alfaiate pratica a interlocução com a maternidade, tanto na geração de uma vida dentro do ventre materno, como na gestação de processos artísticos. O universo poético de Decopulagem nos apresenta um corpo e um percurso guiado
pelas forças dos desejos, das motivações e das inquietações rumo às descobertas de seu infinito potencial criativo. O prefácio do livro é assinado por Hélia Borges, professora da Faculdade Angel Vianna e um dos nomes atuais mais importantes do pensamento filosófico em artes do corpo. Em seu texto, descreve: “Aline, em seus escritos, nos conduz para um corpo alerta e acordado, um agir, um campo de germinações, de maquinações como expressão do campo imanente que é a vida. Sua leitura nos coloca no mundo”. Gestos, movimentos e palavras se afetam mutuamente, criando múltiplos ritmos de escrita, construções textuais imprevisíveis e instigantes imagens poéticas. Componentes essenciais no Solo, a trilha sonora original, o figurino e os adereços foram feitos com esmero e dedicação aos processos artesanais que marcam o projeto. O figurino propõe modulações de dobras feito um origami, sendo uma peça bidimensional que ganha tridimensionalidade quando posta no corpo em movimento; e os objetos de cena ressaltam retalhos e colagens colhidos ao longo do processo de criação, ambos assinados por Clarice Rito. A trilha sonora original foi composta minuciosamente pelo diretor musical Renato Frazão, evocando um Brasil profundo e recheado de particularidades rítmicas e melódicas. O deslocamento da performer pelo espaço cênico convida o público a testemunhar um momento em que surgem ecos de antepassados e da morte. A perspectiva de renascimento e transmutação convoca os ímpetos do Artesã
a estar em cena a partir do universo poético de Kazuo Ohno, atritando a desconstrução do corpo domesticado. Um gesto imprevisível se manifesta na fisicalidade da bailarina e ativa um embate entre o butô e o balé clássico. O corpo segue sua trajetória performática até transformar a cena em um ritual que traz à tona a Alfaiate e o seu encadeamento com o tema da maternidade. Uma homenagem à ceramista Celeida Tostes e à sua performance “ Rito de Passagem” traça um elogio aos atos de fecundar e parir. Nossa travessia deságua em um lugar onde é possível experimentar uma vida inesgotável: o sonho. Em Decopulagem, Aline propõe um outro ritmo no cotidiano, uma pausa para escutar a si enquanto exercita a alteridade, através de gestos, ações e movimentos que alargam a percepção do corpo sensível.
GUILHERME FREDERICO Direção Geral
Uma vez me disseram que amizades feitas na Escola e Faculdade Angel Vianna são para a vida toda. Parece que é verdade mesmo, pois construir uma amizade durante o rico processo que as aulas da Angel proporcionam só pode ser para a vida toda. Conheci Aline no curso técnico de formação de bailarino da Angel. Descobrimos, durante o curso, muitas afinidades, pesquisas corporais semelhantes, inquietações em comum. E, claro, fizemos alguns trabalhos juntos. Da nossa turma, podemos dizer que ela foi a única que seguiu carreira profissional como dançarina e performer. Sempre determinada. E foi essa mesma determinação que me fez aceitar seu surpreendente convite para que eu a dirigisse no solo Decopulagem. O projeto, fruto de uma profunda pesquisa que ela desenvolve há anos nos Laboratórios Corpo-Palavra, me conquistou de imediato. E apesar de todo o receio de assumir a direção, a determinação de Aline e seu profundo envolvimento com o universo Decopulagem permitiram que eu me lançasse nesse desafio e nessa linda aventura. Era como se Aline me estendesse a mão para seguir um caminho que ela já estava trilhando. Um caminho repleto de poesia, de um manuseio próprio e instigante com as palavras, de lugares ao redor do mundo, de sentidos de maternidade, mães, suas crias e de referências artísticas. Conjuntamente com os títeres que estruturam o livro e o solo Decopulagem: a andarilha, a alfaiate e a artesã construímos juntos os fios condutores dessa jornada que é o solo. Começamos identificando o papel de cada um dos títeres. A Andarilha, aquela que percorre, que chega a vários lugares, afeta e é afetado por eles; são grandes centros urbanos, pequenas cidades no meio do mato ou locais onde só existe a natureza e suas forças. A Artesã, aquela que é impactada por outros artistas, outros criadores e suas criações, como poetas, músicos, coreógrafo(a)s, bailarino(a)s, artistas plásticos. Um diálogo de admiração e
contaminação. A Alfaiate é quem desempenha duas funções: em uma dobra se relaciona com a gestação, a maternidade e o nascimento/parto; em outra curva se põe a construir uma costura de tudo o que está em jogo. A dramaturgia começou pelos três. Depois que nos familiarizamos com o papel de cada um e as relações entre eles, partimos para os textos. No livro Decopulagem, composto por 33 prosas poéticas, Aline desenvolve uma escrita encantadoramente particular. O texto possui uma intensa fluidez, que nos envolve e nos guia por caminhos desconhecidos. Nem sempre sabemos onde estamos, e isso é muito bom. As imagens surgem de várias formas: visuais, auditivas, olfativas, táteis, gustativas. E muitas delas estão no texto. A trilha sonora original, criada pelo talentoso Renato Frazão, muitas vezes composta durante nossos ensaios, estabelece uma rica relação com a dramaturgia, numa estimulante via de mão dupla. Assim como a presença da Clarice, nos figurinos e adereços de cena, com seu olhar que vê muito mais do que nós conseguimos ver. O processo percorreu mais de um ano de ensaios, encontros e reuniões, que nos mostrou algo: quando nos dedicamos, as coisas surgem de uma forma aparentemente orgânica, porém esse aparecimento criativo não vem do nada, ele está em gestação dentro de nós e se alimenta do nosso trabalho em constante atenção com a matéria-prima. Quando nos damos conta, temos uma jornada para esse corpo, com seu próprio sentido. Um corpo que é andarilho, artesão e alfaiate. Foi e tem sido um lindo mergulho, um processo minucioso e artesanal. Agradeço à Aline o convite, a confiança, a parceria e o afeto. que também me fez conhecer e compartilhar experiências com uma equipe incrível e talentosa. Que bom poder agora compartilhar tudo isso com vocês. Vamos decopular!
RENATO FRAZÃO
Diretor e Compositor Musical Essa é a primeira vez que eu trabalho com dança contemporânea. Mas não é a primeira vez que a Aline Bernardi constrói essa ponte. Assisti a performance “Decopulagem Trio Ritual” que ela fez em 2017 com Jéssica Barbosa e Thiago Amud, cuja trilha era toda composta de trechos de canções do Thiago. Quando recebi o convite titubeei um tanto, mas imaginei que ela sabia o que estava fazendo. Aline conhece bastante bem minha música e se deixou influenciar por ela ao passo que eu fui absorvendo sua dança e seus textos. Minha intimidade com a dança contemporânea beira o rudimentar. Mas basta pra saber que a música popular e a dança contemporânea partilham da mesma vontade de poetizar a vida.
Venho trabalhando na trilha do solo desde meados de 2018, quando começamos a ensaiar a partir de improvisos que vieram a ser a base para a composição da trilha. Compus duas canções: “Corpo Mãe”, com palavras que eu e Aline inventamos numa ousadia roseana; e “Andarilha, Alfaiate e Artesã”, para o encerramento do espetáculo. Agregamos algumas coisas que Aline coletou: as prosas lidas por mulheres, o canto/reza de Cândido do Matutu, os harmônicos de cura e o canto ancestral de Camila Caputti, as vozes de Camila e de Luiza Borges. O piano de Cláudia Castelo Branco e o violão de André Siqueira transformaram em beleza aquilo que na minha mão soava garranchos. A produção musical esmerada de Tássio Ramos deu o acabamento delicado de que esse espetáculo é merecedor. O compositor renasce a cada canção. Decopulagem me fez renascer cada dia em um lugar diferente.
CLARICE RITO figurinista e aderecista dos objetos de cena
Desde 2017 que decopulo com Aline com imenso entusiasmo, numa parceria que sempre traz desafios embrulhados numa reluzente película de prazer. Nossa co-criação é fluida, sincera, leve, poética, de uma cumplicidade existencial – pois são tantos os cruzamentos de constelações em nossos mapas de navegação... nos irmanamos nos múltiplos quereres... Decopular com Aline é degustar a paixão pelo movimento, pelas tessituras da vida com suas delicadezas, melodias e ruídos, suas luzes e sombras, texturas, gostos e cheiros, com a beleza das palavras. Creio que estampamos tudo isto em nossa produção artística. E como nos dobramos e desdobramos pelos caminhos, assim o fazem os títeres que ela criou para este solo, logo, assim o faz sua veste – um origami mutante. Encomenda complexa que, após diálogos e estudos, consegui concretizar com a colaboração das mãos habilidosas de nossa costureira Mara Mello. Cada fragmento dos elementos presentes neste trabalho contém nossas histórias pessoais – desde a coleção de selos e botões herdados, até a tesourinha escolhida para encerrar a cena. Tudo está imantado pela energia do afeto e do feminino. Agradeço ao deus Acaso, que constantemente tempera minhas escolhas, revelando-me a potencialidade dos materiais e das formas. Agradeço à Aline e ao Guilherme. Sinto-me profundamente afortunada em poder participar deste projeto tão único e precioso, no qual ambos receberam com grande generosidade minhas propostas estéticas. É nítida nossa sintonia. É nítida minha sorte.
[as quasemílias] As Quasemílias, criadas por Clarice Rito, são pequenos patuás decopulantes – ou seja, são amuletinhos elaborados dentro da estética e linguagem do espetáculo e do livro-performance “Decopulagem”. Sob a “poética do descabelado”, atrelando delicadeza e rusticidade, seu aspecto de inacabado alude à metalinguagem: um objeto que em si fala sobre sua feitura, evidencia a estrutura da costura, revelando processos de gestos “in continuum”. As cores, formas e texturas das Quasemílias são pespontadas junto às histórias de cada botão, cada tecido, cada fio nelas utilizado, o que acrescenta à essência destes amuletos a energia da metamorfose, da transmutação.
Ficha Técnica Concepção, Autoria e Performance: Aline Bernardi Direção Geral: Guilherme Frederico Direção e Composição Musical: Renato Frazão Produção Musical: Tássio Ramos Figurino e Objetos de Cena: Clarice Rito Costureira: Mara Mello Vídeos: Julio Stotz Fotos: Helena Cooper Projeto Gráfico: Mauro Aguiar Logomarca Decopulagem: Evee Ávila Produção Executiva: Aline Bernardi Assessoria de Imprensa: Pequena Via Produções Direção de Comunicação: Ana Pinto Assistente de Comunicação: Matheus Vieira Desenho e Operação de Luz: Alanna Magalhães Técnicos de Luz: Jailson Santos, Apolo de Souza e Lucas Oradovschi Técnico e Operação de Som: Gabriel Fom [Trilha sonora original do Solo Decopulagem] Interpretação e Composição do canto anunciação: Camila Caputti Vozes: Luiza Borges, Angel Vianna, Renato Frazão, Soraya Jorge, Cândido, Camila Caputti
Violões: André Siqueira e Renato Frazão Piano: Claudia Castelo Branco [Livro Performance Decopulagem]
Revisão Técnica: Ondjaki Conselho Editorial: Ligia Losada Tourinho, Felipe Ribeiro, Olivia Von Der Weid, Dasha Lavrennikov Prefácio: Hélia Borges Depoimentos: Thiago Amud, Pedro Sá Moraes e Joel Pizzini Desenhos: Kammal João Revisão Ortográfica: Guilherme Frederico Montagem Artesanal: Clarice Rito, Aline Bernardi e Manon Bourgeade Ceramista da Modelagem das Capas de Argila: Newton de Mello Jr.
Agradecimentos: Richard Riguetti, Glória Maria Bernardi, Luca Bernardi, Frederico Paredes, Fabiano Carneiro, Evander Telles Santana, Débora Nascimento, Eva, Gabriela Geluda, Maria Inês de Mello, Filippo Bernardi, Angel Vianna, Jéssica Barbosa, Ana Paula Bouzas, Vitor Faria, Kammal João, Claudia Castelo Branco, André Siqueira, Luiza Borges, Camila Caputti, John Harding, Túlio Rosa, André de Vasconcelos Barbosa, Gilson Barros, Jailson Santos, Soraya Jorge, Guto Macedo, Paulo Mantuano, Leandro Floresta, Estúdio de Música Gayatri, Carol Pedalino, Dasha Lavrennikov, Julio Lage, Caio Picarelli, Thiago Amud, Joel Pizzini, Daniela Avellar, Hélia Borges, Pedro Sá Moraes, Sônia Motta, Sandra Bonomini, Simone Magalhães, Julietta Galelli, Moira Braga, Catalina Chlapowski, Juliana Gagliardi, Alexandre Ciconello, Lídia Laranjeira, Evee Ávila, Roberta Guizan, Eliane Carvalho, Felipe Tupinambá, Victor Labouret, Christiana Cavalcanti, Ana
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Benfeitoresdo livro performance Decopulagem
realização:
parcerias:
E S PA Ç O WARATAH
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