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Final em Las Vegas: Brasileiro João Vitor Leme faz maior nota da história e conquista bicampeonato mundial pela PBR

Em novembro, num ano considerado o melhor de todos os tempos na principal liga de montarias em touros do mundo, quarenta competidores disputaram as finais mundiais da PBR (Professional Bull Riders) Unleash The Beast. no T-Mobile Arena, em Las Vegas. Entre eles, o brasileiro João Vitor Leme que reescreveu a história de recordes da PBR, superando, inclusive, o seu próprio feito durante etapa na Califórnia, conquistando o bicampeonato mundial, o título de melhor cowboy do mundo, a tão sonhada fivela de ouro e o prêmio de US$ de 1 milhão de dólares (equivalente a quase R$ 6 milhões de reais).

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A vitória veio depois de o cowboy de Ribas do Rio Pardo (MS) permanecer os oito segundos sobre o touro Woopaa e registrar 98,75.

Leme venceu os seis touros que montou durante os cinco dias de disputa da Final Mundial da PBR Unleash The Beast e estabeleceu novos recordes em uma única temporada: 21 vitórias de rounds; 24 montarias acima dos 90 pontos; primeira vez que um competidor atinge os 50 pontos possíveis; maior nota de todos os tempos (98,75); e oito vitórias em eventos (empatando com Justin McBride); quinto competidor que mais faturou na carreira, ultrapassando os US$ 5,11 milhões de dólares.

Em 28 anos de história da PBR, Leme tornou-se o sétimo brasileiro a conquistar a fivela de ouro, resultando no 12º título mundial para o Brasil, e o 19º cowboy a ter esse prestígio. Além da fivela de ouro, a vitória rendeu ao atleta o equivalente a R$ 9,5 milhões de reais em prêmios (somando o prêmio de US$ 1 milhão de dólares pelo campeonato, US$ 300 mil dólares pela etapa e mais US$ 400 mil conquistados durante o ano).

O parceiro de Leme nessa conquista de maior nota de todos os tempos também teve premiação merecida. Woopaa é o touro campeão do ano de 2021, faturando ainda US$ 125 mil dólares em prêmios. A temporada foi concluída com média de 46,93 pontos, 0,58 à frente de Chiseled, que terminou como vice-campeão.

Eli Vastbinder tornou-se o Rookie of The Year 2021 (Revelação do Ano) com quatro montarias acima dos 90 pontos, superando o brasileiro Junior Patrik Souza em 169,5 pontos. Souza era o favorito ao título, mas acabou sofrendo uma lesão no quadril e precisou passar por cirurgia, ficando fora da final mundial.

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759 animais passaram pelo Recinto de Exposições, em Rio Preto

ESPECIAL FENOVI 2021

Fenovi movimenta R$ 2,5 milhões na ovinocultura

Sucesso de feira inédita em Rio Preto marca expansão da ovinocultura no Noroeste Paulista. Focado em negócios e técnica, evento reuniu excelência da cadeia produtiva de ovinos a fim de ampliar mercado nacional

São José do Rio Preto teve a honra de sediar a inédita FENOVI – Feira Noroeste Paulista de Ovinos. O município foi escolhido pelos organizadores por sua reconhecida e estratégica posição no agronegócio, além da consolidada estrutura para receber eventos de grande porte. Realizada de 7 a 12 de dezembro, no Recinto de Exposições 'Alberto Bertelli Lucatto', a feira estreou com autoridade, uma vez que agregou a 14ª Exposição Nacional das Raças Dorper e White Dorper, a mais importante competição de ovinos do país.

Técnica e especializada

Focada em atividades técnicas e ambiente de negócios, a FENOVI contou com ampla programação envolvendo toda a cadeia produtiva da ovinocultura, do melhoramento genético ao consumo final na gastronomia. Foram 759 animais das raças Dorper, White Dorper, Suffolk, Poll Dorset, Ile de France, Santa Inês e fêmeas de rebanho geral participando de julgamentos, exposição e comercialização. Rebanhos de 52 fazendas dos estados de São Paulo, Paraná, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro apresentaram e disputaram o reconhecimento dos melhores e mais valorizados animais do setor. O 1º Congresso Nacional da Carne Ovina, que compôs a programação, reuniu grandes especialistas nacionais e internacionais, em palestras que discutiram os potencias da produção de ovinos, as oportunidades e desafios, assim como o futuro promissor da ovinocultura.

14ª Exposição Nacional das Raças Dorper e White Dorper foi realizada dentro da FENOVI Também participaram animais das raças Suffolk, Poll Dorset, Ile de France e Santa Inês

ESPECIAL FENOVI 2021 Resultados de sucesso

Somente os dois leilões de ovinos das raças Dorper e White Dorper realizados na FENOVI movimentaram cerca de R$ 1,3 milhão. Além disso, R$ 1,2 milhão foram efetivados em vendas diretas nos pavilhões, genética e máquinas e equipamentos. Aberta ao público, com entrada e estacionamento gratuitos, a FENOVI também ofereceu opções de entretenimento para toda a família, com opções de visitação e apresentações de hipismo. O Cordeiro Gourmet Festival e a Expo Vinhos Rio Preto foram o ponto alto da gastronomia, ao apresentar requintado cardápio com cortes de carne de cordeiro, harmonizados com vinhos nacionais e importados. Tudo acompanhado de música boa, ao vivo. A FENOVI colocou o Noroeste Paulista no centro da ovinocultura brasileira e o início de um ambicioso projeto para consolidar a produção de ovinos na região e em todo o estado de São Paulo. O evento foi uma correalização da Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, e da Anpovinos (Associação Noroeste Paulista de Ovinocultores), com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (ARCO), da Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (ASPACO) e da Associação Brasileira dos Criadores de Dorper e White Dorper (ABCDorper).

O TERROR DOS BEZERREIROS!

Acriptosporidiose bovina é causada principalmente pelas seguintes espécies do gênero Cryptosporidium: Cryptosporidium parvum, Cryptosporidium bovis, Cryptosporidium andersoni e Cryptosporidium rynae. O aparecimento de sinais clínicos em bovinos infectados está diretamente correlacionado a idade, estado imunitário do hospedeiro e da espécie do parasito responsável pela infecção. A diarréia é o sinal clínico mais evidente durante a criptosporidiose bovina, sendo normalmente observados em bezerros neonatos infectados por C. parvum. De todas as espécies do gênero Cryptosporidium que acometem bovinos, o C. parvum é a única que reconhecidamente apresenta potencial zoonótico. Os bovinos quando infectados por essa espécie, excretam grandes quantidades de oocistos do parasito no meio ambiente, fator muito importante na epidemiologia desta coccidiose.

O gênero Cryptosporidium é responsável pela infecção de bovinos de diferentes faixas etárias, podendo ocasionar a grandes perdas econômicas a pecuária. Tais prejuízos geralmente são atribuídos aos tratamentos não efetivos dos animais infectados e ao aumento da mortalidade pós-natal provocados pela associação do parasito com agentes virais e/ou bacterianos. Além de perdas econômicas, a utilização indiscriminada de antibióticos no tratamento da criptosporidiose bovina, pode ainda, acelerar o mecanismo de resistência de enterobactérias aos princípios ativos utilizados.

O Cryptosporidium sp. é um dos principais agentes etiológicos causadores de diarréia em bezerros. Quando associada a outros agentes etiológicos (vírus, bactérias ou outros parasitos) esse parasito pode apresentar altos índices de mortalidade em bezerros neonatos.

Animais recém-nascidos infectados com C. parvum tendem a desenvolver diarréia profusa e aquosa, inapetência, letargia, desidratação e, em alguns casos, óbito. O início da diarréia ocorre em torno de 3 – 4 dias após a ingestão dos oocistos, durando aproximadamente 1 – 2 semanas. A eliminação de oocistos no ambiente ocorre entre 4 e 12 dias após a infecção e se torna desafiadora, pois esta forma infectante é resistente a maioria dos desinfetantes. Medidas como a remoção freqüente das camas e fezes do ambiente, realização de vazio sanitário nas instalações, além da utilização de produtos de desinfecção a base de dióxido de cloro, amônia e peróxido de hidrogênio se mostram eficientes e podem contribuir para a redução da carga de Cryptosporidium no ambiente.

O medicamento de escolha para prevenção e tratamento da criptosporidiose bovina é a halofuginona. Seu efeito é criptosporidiostático, atuando sobre o ciclo do parasito impedindo a sua reprodução no hospedeiro. O ideal é que o tratamento com a halofuginona seja feito por 7 dias consecutivos, observando-se como ponto positivo a redução da eliminação de oocistos e da duração da diarréia.

Assim como em qualquer outro medicamento, é importante se atentar para a dose recomendada – 2ml para cada 10 kg de peso vivo, uma vez ao dia, por via oral após a alimentação dos bezerros. Os fabricantes da halofuginona não recomendam o seu uso em animais que apresentam sinais de diarréia por mais 24 horas, devido ao animal desidratado e comprometido ser mais susceptível à toxicidade do medicamento. De forma geral, como medida profilática o medicamento deve ser administrado até 48 horas após o nascimento e, como agente terapêutico, em até 24 horas após o início dos sintomas.

RICARDO PAULINO DE OLIVEIRA

Médico Veterinário - CRMV/SP nº 22.290

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