Catálogo de Agremiações Carnavalescas

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CATÁLOGO DE AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS DO RECIFE E REGIÃO METROPOLITANA ASSOCIAÇÃO DOS MARACATUS DE BAQUE SOLTO DE PERNAMBUCO E PREFEITURA DO RECIFE


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CATÁLOGO DE AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS DO RECIFE E REGIÃO METROPOLITANA

ASSOCIAÇÃO DOS MARACATUS DE BAQUE SOLTO DE PERNAMBUCO E PREFEITURA DO RECIFE

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Copyright © Associação dos maracatus de Baque Solto de Pernambuco e Prefeitura do Recife

Prefeito do Recife João da Costa

Diretora de Captação de Recursos e Marketing Cultural Jucy Monteiro

Vice-prefeito do Recife Milton Coelho

Diretora de Preservação do Patrimônio Cultural Franciza Toledo

Secretária de Gestão Estratégica e Comunicação Social Lygia Falcão

Gerente de Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial Carmem Lélis

Assessora Executiva Ruth Helena Vieira

Gerente do Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural – Casa do Carnaval Eduardo Pinheiro

Diretora de Propaganda e Criação Kássia Araújo

Diretora Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife Luciana Felix

Secretário de Turismo Samuel Oliveira

Diretora Administrativo-Financeira Sandra Simone dos Santos Bruno

Assessor Executivo Carlos Braga

Diretor de Desenvolvimento e Descentralização Cultural Eduardo Dida Maia

Secretário de Cultura Renato L

Coordenador da Comissão dos Ciclos Culturais Maurício Cavalcanti

Assessor Executivo Fernando Duarte

Gerente de Artes Cênicas Albemar Araújo

Diretora de Administração Setorial Leone Correia

Gerente de Formação Cultural Zélia Sales

Coordenador-Geral do Carnaval André Brasileiro

Gerente de Serviços Pedagógicos Mário Ribeiro

A849

Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco Catálogo de Agremiações Carnavalescas do Recife e Região Metropolitana /Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco; Prefeitura do Recife. - Recife, 2009. 260 p.:il Inclui DVD com a apresentação das campeãs de 2008. 1. Agremiações Carnavalescas do Recife - história 2. Carnaval do Recife – agremiações tradicionais 3. Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco I. Título.

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CDU 349.25(81RE)

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SUMÁRIO | SUMARY APRESENTAÇÃO. Prefeito João da Costa PRESENTATION. Prefeito João da Costa A ASSOCIAÇÃO E O CARNAVAL DO RECIFE. Manoelzinho Salustiano THE ASSOCIATION AND THE CARNIVAL OF RECIFE. Manoelzinho Salustiano CARNAVAL NÃO É BRINCADEIRA. Leda Alves CARNIVAL IS NO TOY. Leda Alves AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS. Carmem Lélis CARNIVAL ASSOCIATIONS. Carmem Lélis O CARNAVAL NA CADÊNCIA DO TEMPO. Lucas Victor Silva THE CARNIVAL AT THE RHYTHM OF TIME. Lucas Victor Silva VOZES DA FOLIA. Júlio Vila Nova REVELRY VOICES. Júlio Vila Nova DO VISÍVEL AO INVISÍVEL. Mário Ribeiro dos Santos FROM THE VISIBLE TO THE INVISIBLE. Mário Ribeiro dos Santos

CLUBE DE FREVO TROÇA CARNAVALESCA BLOCO DE PAU E CORDA CLUBE DE BONECO MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL ESCOLA DE SAMBA AFOXÉ CABOCLINHOS TRIBO DE ÍNDIOS BOI DE CARNAVAL LA URSA OU URSO

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7 9 11 14 18 22 26 30 58 80 100 118 140 160 180 194 214 224 242 13/8/2009 09:20:11


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O FREVO

APRESENTAÇÃO

Foto: Fred Jordão

Prefeitura do Recife Prefeito JOÃO DA COSTA

Com as comemorações do centenário da palavra Frevo, em 2007, o Carnaval do Recife andou a passos largos, chegando até mesmo a ser tema da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no carnaval carioca do ano seguinte, quando foi visto por milhões de telespectadores de diversos países. Nesse mesmo ano, depois de um exaustivo trabalho coordenado pela Prefeitura do Recife, por meio do Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural - Casa do Carnaval, o Frevo recebeu o registro, pelo IPHAN, de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Fruto do trabalho da Comissão dos Ciclos Culturais, a Prefeitura do Recife lançou o Cadastro e Contagem Geral das Agremiações que participaram do nosso Carnaval, no período 2001 a 2008, dando início à elaboração do mapeamento, registro e identificação desses grupos. Graças à atuação permanente da Comissão, a Prefeitura também editou, em 2008, o Guia do Folião com o objetivo de levar aos foliões, turistas, pesquisadores, jornalistas e ao público em geral toda a riqueza, as histórias

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e diferenças das diversas modalidades de Agremiações que abrilhantam o nosso Carnaval de Rua. Esta primeira edição do Catálogo do Carnaval do Recife vem coroar o êxito do projeto de Pesquisa Documental das Agremiações Carnavalescas do Recife e da Região Metropolitana. Há mais de oito anos, a política cultural do Recife tem como diretriz a valorização, difusão e preservação das nossas Agremiações. Para isso, os investimentos foram ampliados e, além de beneficiar as Agremiações, possibilitaram a realização de seminários, concursos, encontros e debates. Este trabalho conta com a participação de importantes nomes de pesquisadores e historiadores da nossa manifestação maior, como Carmem Lélis, Roseane Borges, Lucas Victor, Júlio Vila Nova e Mário Ribeiro dos Santos. Com este Catálogo, a cultura recifense e pernambucana ganha um rico e minucioso trabalho de pesquisa com 100 das mais tradicionais Agremiações Carnavalescas, que saem do papel de simples coadjuvantes para exercer o papel principal da mais importante festa popular da Cidade.

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PRESENTATION Prefeitura do Recife Prefeito JOÃO DA COSTA

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Celebrating 100 years of frevo in 2007, Recife´s carnival walked in stride to be the year’s theme of “Estação Primeira de Mangueira” samba school in Rio de Janeiro in the following year, when it was seen by millions of people from different countries. In the same year, after a thorough study coordinated by Recife’s city hall, specifically by the Center for Training, Research and Cultural Memory - Home of Carnival, the Frevo was registered, by IPHAN, as intangible patrimony of Brazil. Fruit of the labour of the Commission of Cultural Cycles, Recife’s city hall launched the registration of all groups participating in our carnival, since 2001 to 2008, initiating the work of mapping, registration and identifying of them. Because of the Commission outgoing activities, the City also published, in 2008, a Guide to inform carnival followers , tourists, researchers, journ alists and the general public all wealth, history and differences between the modalities and groups that enhance the carnival.

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This first edition of Recife’s Carnival Catalog crowned the sucess of the research conducted on our city’s carnival and its metropolitan region. For the past eight years, the cultural policy of Recife’s administration has been to guide the appreciation, dissemination and preservation of our groups. As a result of this, many groups have been benefited due to an increase in investments. In addition to this it has also provided for the holding of seminars, competitions, meeting and debates. The contributions of important researchers and historians such as Carmem Lélis, Roseane Borges, Lucas Victor, Júlio Vilanova and Mário Ribeiro dos Santos has led to the development of the project on our major cultural expression. Due to their active involvement this catalog will present a comprehensive research project has been launched providing Recife and Pernambuco with detailed information from a selection of one hundred of the most important traditional carnival groups. Therefore, leaving the coadjuvant role to a more supportive part in a very important and popular party in our city.

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A ASSOCIAÇÃO E O CARNAVAL DO RECIFE Assossiação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco Presidente MANOELZINHO SALUSTIANO

Falar da Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco é falar do Mestre Salustiano. Um homem simples, mas que na sua sabedoria acreditava na cultura do seu povo. A Associação foi criada por ele com um objetivo: unir os maracatuzeiros. Talvez ele não imaginasse a dimensão e a grandeza da sua idéia. Em 1989, quando a Associação foi fundada, existiam doze Maracatus de Baque Solto e hoje, em 2009, são cento e cinco associados de vinte e cinco cidades. No último Encontro Estadual de Maracatu de Baque Solto, organizado pela Associação, no Carnaval de 2009, reuniram-se onze mil folgazões fantasiados (brincantes de Maracatu de Baque Solto) em Olinda, na Praça llumiara Zumbi, e em Aliança, na sede da Associação. Como maracatuzeiro, o que mais me encanta são os rituais das matas, os banhos de ervas, as bebidas a base de cachaça e mel e o segredo do cravo branco, que nunca é revelado para aqueles que não têm merecimento. O Maracatu de Baque Solto é minha vida, porque dentro

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dele personagens como um Mateus ou uma Catita podem se transformar em reis ou em presidentes de Associações. Com isso, eles deixam de ser simples cortadores de cana e se tornam artistas, criadores, verdadeiras autoridades em cultura popular. E há também o Caboclo de Lança, que além da coragem em carregar o peso de sua fantasia (chapéu, surrão e guiada), possui ainda o “toque” de criatividade do Caboclo, que se vê diante do compromisso de anualmente bordar uma nova gola para compor seu personagem. Por tudo isso, este Catálogo é digno de mérito, e não só porque fazemos o Carnaval do Recife, mas também porque participamos da Festa de Momo como genuínos amantes dessa folia. Trata-se, portanto, de uma edição que trará uma grande contribuição para a divulgação das nossas manifestações culturais. Ao mesmo tempo, a Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco espera que no Brasil e em outros países mais pessoas tenham interesse em visitar Pernambuco e ver de perto o que nós temos de tão rico em beleza e criatividade.

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THE ASSOCIATIONS AND THE CARNIVAL OF RECIFE Assossiação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco President MANOELZINHO SALUSTIANO

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To talk about the 1T.N.Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco means to talk about Mestre Salustiano, a simple man that in his wisdom believed in the culture of his people. The association was created by him with an objective: unite the maracatu people. Perhaps he did not imagine the dimension and magnitude of his idea. In 1989, when it was founded there were twelve maracatus and now, 2009, they are a hundred and five associated, from twenty-five cities. In the last meeting organized by the entity, at the 2009 Carnival – Encontro Estadual de Maracatu de Baque Solto –, eleven thousand costumed 2T.N. folgazões gathered in Olinda, at Ilumiara Zumbi Square and in Aliança, at the association’s headquarters. As a maracatu man, the things that most enchants me are the wood rituals, the herbal baths, the beverage made of cachaça and honey, not to mention the white carnation secret, only revealed to those who merit. The “Loose Stroke” maracatu is my life, for the internal dynamics in which simple personas like Mateus and Catira can become the

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King of the procession or can be elected the president of the group; and also for the power of transforming simple sugar cane workers in artists, creators and authorities in popular culture. Additionally, there is the figure of the Caboclo de Lança (Spear Dancer) who not only has the energy to carry his heavy costume – composed of a richly glittery embroidered collar, cowbells, an enormous colourful wig and a long spear adorned with ribbons (the guiada) –, but he also has the creativity to embroider a new collar each year. This catalogue is quite important for us who make and participate in the Carnival of Recife. It represents a great contribution for the promotion of our cultural manifestations. The Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco expects more people, in Brazil as well as in other countries, to have the interest of visiting Pernambuco to see in loco what we most treasure: the beauty and creativity of our people. 1T.N.

“Loose Stroke” Maracatus Association of Pernambuco.

2.T.N.

People who take part in this maracatu modality.

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CARNAVAL NÃO É BRINCADEIRA LEDA ALVES Produtora Cultural

Foi assim que esse grande brasileiro chamado Marcus Pereira intitulou o Disco nº 1, de uma série sobre Carnaval com o selo da gravadora Discos Marcus Pereira. E não é mesmo. No Carnaval do Recife estão os Clubes de Frevo, Clubes de Boneco, Blocos de Pau e Corda, Troças, Caboclinhos, Tribos de Índios, Maracatus de Baque-Virado, Maracatus de Baque-Solto, Escolas de Samba, Bois de Carnaval, La Ursas, Afoxés. Neles se encontram irmanadas as três raças: o negro, o branco e o índio, numa fusão democrática, harmoniosa, exuberante de beleza nas suas músicas, cores e danças. Riqueza e parte do complexo e abrangente patrimônio cultural brasileiro, dificilmente encontrado em outros estados do Brasil. É o Carnaval um dos exemplos mais fiéis da nossa resistência cultural, um dos frutos mais alegres da nossa arte, um exemplo acabado da inesgotável capacidade de organização e mobilização populares. É fundamental que Dirigentes de Órgãos públicos acreditem nesse complexo cultural e respeitem essa forma de organização popular, que a cada dia prova e comprova o seu valor, esperando apenas que lhe dêem espaço para expressar sua arte. O Carnaval do Recife, nesses últimos anos, vem retomando seu espaço genuíno, antes invadido pelos meios de comunicação de massa e por todo um sistema econômico que se reflete nos “pensamentos e palavras” do povo. A globalização pode atingir mortalmente a Cultura de um povo. É nesse cenário que o Recife tem vivido o reconhecimento, o entendimento e a valorização por parte do Poder Público, que dá aos seus heróicos e resistentes Carnavalescos espaço e condições de apresentarem sua arte. Integrando as Agremiações Carnavalescas, estão nossos excelentes compositores,instrumentistaseintérpretesheróicosevalentes,produzindo seus frevos, marchas, toadas e loas, exercendo assim sua inalienável liberdade que é o ato de criar. Esta é outra forma de resistência.

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São homens, mulheres – adultos jovens e crianças – que fazem de suas vidas uma entrega total alimentada por uma obstinada paixão pelo Carnaval. Quem com eles convive, que conhece suas condições reais de vida, chega a se assustar ao vêlos, durante as festas do Carnaval, vestidos com suas fantasias bordadas de cores e brilhos, deslumbrantemente belas, nunca repetidas, cantando e dançando seus amores, suas dores e saudades, suas alegrias e tristezas, realizando nesses dias o sonho que sonham durante todo o ano. E, no entanto, são pessoas marcadas pela fome e pela miséria, de várias cores de pele, são os nossos legítimos produtores culturais que realizam o Carnaval com a cara de Pernambuco. É obrigação do Dirigente Público conhecer, amar, garantindo na dimensão do tempo presente a liberdade, o apoio e o incentivo à inventividade popular, à criatividade de todo o povo da tão amada Recife, para que no futuro as manifestações continuem fortes, solidamente enraizadas na história de sua gente e na memória do seu povo. Para que a população acredite e respeite os seus dirigentes, é fundamental que se sinta amada e respeitada, principalmente por seus artistas gênios do povo, criadores e multiplicadores da beleza, sem os quais o belo não cintilaria com tanta vida. Este Catálogo representa, principalmente, a homenagem e o louvor às Agremiações Carnavalescas. Sonho, persigo obstinadamente o pensamento de que cabe às Instituições Culturais e às pessoas, individualmente, legar às gerações futuras um Pernambuco luminoso e preservado. Um Recife vital, digno dos versos dos nossos melhores poetas. Uma cidade inteira conservada no esplendor de sua arquitetura, mas conservada também na riqueza de suas tradições, das suas manifestações artísticas populares, dos seus valores mais significativos, das suas sedutoras lendas. Realmente, Carnaval não é brincadeira.

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CARNIVAL IS NO TOY

Pátio do Terço NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS

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The sentence above entitled the album Disco nº 1, part of a series on Carnival, released by this great Brazilian whose name is Marcus Pereira, with the label of his homonymous record company. In fact, we must agree with it. In the Carnival of Recife, one can find Clubes de Frevo, Clubes de Boneco, Blocos de Pau e Corda, Troças, Caboclinhos, Tribos de Índios, Maracatus de Baque-Virado, Maracatus de Baque-Solto, Escolas de Samba, Bois de Carnaval, La Ursas and Afoxés. Within them our three constitutive ethnical groups: the blacks, the white and Indian co-exist in a democratic, harmonious fusion, marked by the exuberance of their music, colours and choreographies – part of the rich, vast and complex historical and cultural Brazilian patrimony, hardly found in any other of its states. The Carnival is one of the most emphatic examples of our cultural resistance and the most cheerful product of our art; indeed, it is a perfect example of the plentiful talent for popular organization and mobilization. It is fundamental for the public entities leadership to respect this form of popular organization and believe in it, once they, each day, prove and attest their value, in the expectation of guarantying the fair space for their artistic expression. In recent years, the Carnival of Recife has been regaining its authentic space, formerly invaded by the mass media at the service of mere economical interests, whose impact can be reflected in the way people think and behave. Acknowledging the effects of globalisation upon culture, the city administration has promoted the so essential recognition and valorisation of the city’s brave and resistant carnival persons, by providing the space and conditions for presenting their art. Among the ones who integrate the Carnival Associations, we shall highlight the presence of excellent composers, musicians, singers, who by producing their frevos, marchas (march), toadas (songs) and loas (responsive songs), they exert their invaluable freedom, manifested in the act of creation. This also means resistance. Men, women, young adults and children, they voluntarily dedicate

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their lives in an obstinate passion for the Carnival. People who have some acquaintance with them, and know their living conditions, might become astonished to see them wearing colourful glittering fancy dresses, with rich embroidering – never repeated –, dancing and singing their passions, pains, nostalgia, sadness and happiness, accomplishing, then, the dream of a whole year. Nonetheless, these people, of diverse skin colours, marked by hunger and misery, who hardly ever know their language well, they are the authentic cultural producers that make a Carnival that has become known as typically from Pernambuco. It is, therefore, the obligation of the public agents to make the acquaintance of the cultural carnival groups to guarantee, at the dimension of the present time, the support and incentive to the popular inventiveness, to the creative thinking of those who compose the so beloved city of Recife, so that in the future these qualities continue to be strong and well ingrained in the history and memory of its people. If the public administration and leadership desire to be accredited and respected, it is fundamental that the population, specially the artists – geniuses of society, creators and disseminators of the beauty – perceive love and respect in their acts and attitudes. This catalogue, thus, represents, most importantly, a homage and praise to the main actors of our greatest festival: the Carnival Associations. It is a dream, a personal pursuit and an obstinate thought that it is the responsibility of the cultural institutions and citizens individually to grant the future generations an outstanding and well preserved Pernambuco, together with a vivid Recife, worth the poems of its best poets. A city shall entirely preserve the resplendence of its architecture; however, it is equally a duty to preserve the richness of its traditions, of its popular artistic manifestations, of its most significant values, of its seducing legends. Definitely, Carnival is no toy.

Foto: Fred Jordão

LEDA ALVES Cultural Producing

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AGREMIAÇÕES CARNAVALESCAS

Saberes e fazeres, construção de vida CARMEM LÉLIS Historiadora e Pesquisadora Gerente de Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial / Secretaria de Cultura do Recife

Foto: Roberta Guimarães

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Sujeitos do seu tempo, os grupos sociais refletem a conjuntura histórica em que estão situados. Movem-se dinamicamente entre passado e presente a criar e manifestar um constante diálogo: provocador, mantenedor e mutante, repleto de sentidos. Tendo em vista as tantas dimensões constitutivas desses sentidos, direcionamos nosso olhar para as Agremiações Carnavalescas, como elementos vitais, agentes diretos do carnaval popular do Recife. Emergentes de um período conflituoso e expansivo, vivido pela cidade nos finais do século XIX, surgem as Agremiações Carnavalescas, originárias de grupos de trabalhadores urbanos. Tais grupos, quase sempre vinculados às Corporações de Ofícios e/ou às Companhias de Negros, reúnem-se em Irmandades Religiosas, como tática, na defesa de seus propósitos. Lutas cotidianas, embates que evidenciam necessidades sociais e atrelam forças na expectativa de melhores condições de trabalho e vida. São esses grupamentos que, por meio de uma linguagem específica, se apropriam do universo carnavalesco. Organizados, transmitem as suas mensagens e criam o espaço de ação e reação. Interar e intervir são movimentos que orquestram e situam as agremiações entre as inúmeras mudanças ocorridas no Recife de ontem. De forma provocante são geradas expressões coletivas que expandem os vários sentidos e significados da festa. O ontem e o hoje são tempos de memória comum, construída na experiência cotidiana, e resultam na atuação efetiva desses grupos na vida das suas comunidades. O cortejo que ganha as ruas desenvolve e expõe um formato à sua

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moda, cria seus próprios elementos e um estilo de se apresentar. Personagens como diabos, morcegos, porta-estandartes vestidos à Luiz XV, migram para o Carnaval, inspirados nas procissões quaresmais do período colonial. O frevo faz estremecer a rua, rasga o ar e impõe sua passagem; Caboclinhos com seus cocares e penas realizam manobras e executam danças guerreiras; Nações exibem suas rainhas e reis em solenes cortejos; Bois coloridos brincam e arrebanham crianças e jovens; Ursos satirizam e fazem cena; Caboclos empunham lanças de guerra e mistério; Banjos e violões trazem pastoras para o Carnaval; Afoxés embalam seus segredos nos cânticos de fé. Signos e significados, memórias e experiências do dia-a-dia, partilhadas, a reforçarem laços sociais. São elas que reavivam velhas e novas tradições, ora se reapropriando dos modelos impostos e os ressignificando, ora criando, inovando, ritualizando e transcendendo. Muitas são as dimensões explicitadas a partir do poder associativo e identitário das Agremiações. A rede de relacionamentos gerada pela participação no brinquedo ultrapassa os limites da festa, instiga e alimenta o processo de construção de conhecimento, estabelece relações de pertencimento e dá visibilidade aos atores anônimos e seus cabedais de cultura e arte. No passado ou no presente, a força do trabalho coletivo, o compartilhamento de saberes e fazeres, os mestrados de vida que caracterizam esses grupos se impõem e desafiam lógicas e formalismos. Se essa rua fosse minha... Compreender esse desejo expresso na letra da música e no uso dos espaços públicos pelas Agremiações, não só como

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Fotos: Fred Jordão

Sombrinha de Passista

território do concreto, mas também como código e símbolo, é trazer à memória uma parcela da história das camadas populares e da cidade. A rua se torna palco da folia e de tantas outras ações: as que regulam, estabelecem, ordenam... Assim como as vivências, dramas, projetos, sonhos individuais e coletivos, enfim, as ações promotoras do espetáculo. Caiadores, Vassourinhas, Lenhadores, Engomadeiras, Verdureiras. Quem são? Que orbe é essa que transforma o instrumento de trabalho em símbolo de festa? Que abre um parêntese no embate diário pela sobrevivência para dar lugar à folia, ao luxo, aos excessos, mas também à crítica, ao escárnio, à revolta e ao estabelecimento de regras que contrariam regras. Mas não se esgota aí a inquietante e rica intervenção. A galhofa, o bom humor, o orgulho, o civismo, as paixões e saudades explodem na construção do ato, sempre inacabado e inventivo, requerido por esses grupos organizados que, imbuídos do passado, explicitam o presente. Mutáveis por natureza e semelhantes na imensa diversidade. Diferentes das primeiras, as atuais Agremiações são compostas, também, por outras classes sociais o que não implica em uma menor participação das camadas mais humildes, referências no universo das Agremiações, principalmente nas mais antigas. São as sedes das Agremiações o território do encontro, suporte espacial para a preservação, socialização e transmissão. Construções, sem grandes expressões arquitetônicas, porém com imensa dimensão simbólica. Lugar

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Clube Carnavalesco Misto PÁS DOURADAS

onde efetivamente se constrói. Ponto de encontro e de intensas atividades lúdicas e sociais. Costureiras, bordadeiras, figurinistas, desenhistas, coreógrafos, maquiadores, mestres de baterias e batuques, passistas, cantores admiradores, platéia... O povo que faz arte, freqüenta, ensina ou aprende. Tudo é partilha e convivência não suprimindo os conflitos, contradições ou disputas. Muitas agremiações não possuem sedes oficiais o que transforma as residências dos seus dirigentes em escolas, oficinas, depósitos de fantasias, alegorias e adereços. Por todos os cantos estão registrados o trabalho e a festa, o ano inteiro é carnaval. É no desfile, na competição dos concursos, ou na orgulhosa exibição, sob o brilho do sol ou à luz da lua, que se dá o mágico momento. Lapso de tempo entre o ofício e a arte, deslumbramento, visibilidade e reconhecimento. As campeãs e seus troféus, tudo posto e disposto no prazer indescritível que explode e fortalece essa estranha e gigantesca teia de sentidos, pertencimentos, solidariedade, transmissão de conhecimento e fé. Assim, ao compreender a excelência desses grupos associativos, denominados agremiações, percebe-se estar, além da festa, a relação construtiva e organizacional da sociedade; o intrincado papel constituidor que envolve história e memória: efetiva ações e práticas sociais, nega, esquece, se apropria e incorpora, dando lastros e suportes para transformações. Alimentam dinâmicas objetivas e subjetivas nas quais a realidade e a fantasia comunicam, desafiam, articulam e qualificam.

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CARNIVAL ASSOCIATIONS Knowledges and practices, life construction. CARMEM LÉLIS Historian and researcher Manager for Preservation of the immaterial cultural patrimony / Secretaria de Cultura do Recife

Foto: Fred Jordão

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Composed of subjects from their times, the social groups reflect the historical structure in which they are situated. They move dynamically between past and present as to create and manifest a constant dialogue: provocative, protective and mutable, replete with meanings. Considering the diverse constitutive dimensions of these meanings, we focus our view upon the Carnival Associations, as vital elements and direct agents of Recife’s popular carnival. Having emerged in a period marked with conflict and expansion in the city life, by the endings of the XIX century, the carnival associations were originally formed by urban workers. Such groups, almost invariably affiliated to professional unions and/or Unions of Blacks, have joined the Religious Fraternities, as a tactic, in the defence of their purposes. Daily struggles and clashes put in evidence the social necessity for uniting forces in the expectation of better work and life conditions. They are those who, by means of a specific language, take possession of the carnival universe. Organized into carnival clubs, they transmit their messages and create the space for action and reaction. Interact and intervene are movements that orchestrate and situate the carnival associations, amidst the countless changes occurred in the Recife of yesterday. In a provocative manner, the collective expressions, which broaden the various senses and meanings of the festival, are generated. Today and yesterday are times of a common memory, constructed in the experience of daily life, what results in the effective participation of these groups in their communities’ life. The procession that takes the streets develops and exhibits a very peculiar configuration, with their own elements and performing style. Characters like devils, bats, banner-bearers dressed in a Louis XV fashion, migrate to the carnival, inspired in the Lenten processions from the colonial period. The sound of Frevo makes the street quake, echoes in the air and imposes its passage; the

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Caboclinhos with their cockades and feathers perform manoeuvres and war dances. Maracatu Nations exhibit their queens and kings in majestic processions. Colourful bois (oxen) play and attract children and youngsters; Ursos (bears) make mockery and delight the public; Caboclos wield spears of war and mystery; banjos and guitars bring pastoras (female performers) to the carnival; the Afoxés rock their secrets in the faith chants. Signs and meanings, memories and shared daily life experiences reinforce the social affiliation. Indeed, they revitalize old and new traditions, either by incorporating imposed patterns and re-signifying them or by creating, innovating, ritualizing and transcending. From the identity and associative power of carnival societies, many are the dimensions made visible. The net of relationships generated by the participation in the merrymaking surpasses the festival limits, instigates and feeds the process of knowledge construction; establishes relations of belongingness and gives visibility to the anonymous actors and their cultural and artistic universe. Be it in the past or in the present, the force of collective work, the sharing of knowledge and practices, the ‘master degrees’ in life, which characterize these groups, impose themselves and challenge formalisms and the common sense. “If this street were mine…” understanding the desire expressed in the famous popular Brazilian song lyrics and in the carnival associations’ use of the public spaces, not only as territory of the concrete, but as code and symbol as well, means to bring to memory a parcel of the popular classes’ and the city’s history. The street is turned into stage of the revelry and several other actions, namely, those that rule, establish and maintain… what involves experiences, dramas, projects, individual and collective dreams; in short, the propulsive actions of the show. Caiadores, Vassourinhas, Lenhadores, Engomadeiras, Verdureiras, Portuguese names to designate, respectively, painters, broom sticks, lumberjacks,

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Caboclinho PENA BRANCA

ironer and fruiterer. Who are they? What realm is this that transforms the work tool/name in symbol of festivity? That opens a parenthesis in the daily struggle for surviving to provide room for the revelry, the luxury, the excesses as well as the criticism, the mockery, the complaint and the establishment of rules that contradict the rules. Yet, the rich and instigating intervention goes beyond. The jest, the good humour, the pride, the patriotism, the passions and the reminiscences explode in the act construction, always imperfect and original, a kind of implicit requirement of these organized groups that, imbued with the past, make the present explicit. Mutable by nature and similar in the immense diversity, so are they. Different from the formers, the current carnival societies are also composed by groups of other social classes, a fact that does not imply in a decreasing participation of the lower classes, once they constitute symbolic references in the universe of such associations, especially the most ancient ones. The headquarters of the associations constitute the meeting territory, spatial support for the preservation, socialization and dissemination. They are buildings without architectonic expression, however, with great symbolic dimension. It is the place where, in effect, people build something. It is a meeting point, where intense ludic and social activities are held. Seamstresses, embroiders, fashion designers, designers, choreographers, make up artists, drum section conductors, dancers, singers, admirers, audience‌ people who make a living with arts, attend, teach or learn it. In such environment, sharing and acquaintanceship make part, not excluding the conflicts, contradictions and competitions, too. As a great number of associations do not possess their own official place, the directors’ residences are transformed into schools, workshops and storage space for costumes, allegories and adorns. Everywhere along the city, they are registered, the work and the merrymaking, all year long it is carnival. It is in the parade, in the competition of the contests or in the proud exhibition, under the sun bright or the moon light that the magic moment takes place – lapse of time between work and art, fascination, visibility and recognition. The champions and their trophies, everything prepared and accomplished in the name of the indescribable pleasure that explodes and strengthens this mysterious and huge web of meanings, belongingness, solidarity, propagation of knowledge and faith. Thus, as one comprehends the excellence of this associative groups, it is possible to perceive the constitutive and organizational relationship of such societies as something beyond the festivity; the entangled constitutive role which involves history and memory: it instigates actions and social practices, denies, erases, takes possession and incorporates, providing them with ballast and support for transformations. They feed objective and subjective dynamics, in which reality and fantasy enter into communication to challenge, articulate and qualify.

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O CARNAVAL NA CADÊNCIA DO TEMPO LUCAS VICTOR SILVA Historiador

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O Carnaval do Recife é plural em suas manifestações: alguns brincam Carnaval e outros assistem, outros escrevem e pesquisam sobre ele e muitos trabalham para servir muitos outros que consomem. Alguns foliões são ricos, outros pobres. Alguns brigam, outros se amam. Muitos criticam. Mais ainda bebem. Alguns descansam enquanto outros se cansam. Há os que vestem fantasias e há os que se despem. Enquanto uns usam a brincadeira como reza, para outros o Carnaval é uma festa profana, um tempo de construção do lazer e, muitas vezes, uma farra onde tudo vale. Os mais velhos muitas vezes brincam Carnaval como quem lamenta a passagem do tempo que transforma ou apaga os “antigos” carnavais de sua juventude. O sentido do Carnaval também se constrói no recordar o passado. O Carnaval também deixa “saudades” porque é efêmero: logo chega a Quarta-Feira de Cinzas. É hora de esconder novamente o corpo nos trajes do mundo real e guardar a fantasia para o ano que vem. Todavia, nem sempre o lúdico é a única motivação para as Agremiações fazerem a festa. O Carnaval é também espaço de crítica e ironia sobre o mundo da política. Portanto, não existe um sentido único para a festa. Existem, sim, diversos carnavais que são sentidos e brincados por grupos sociais e agremiações na cidade em seu tempo. No Recife, quem faz a folia são as Agremiações Carnavalescas: Troças, Clubes, Blocos, Maracatus, Caboclinhos, Tribos de Índios, Ursos, Bois, Afoxés e Escolas de Samba, manifestações das misturas culturais que fizeram do Brasil um país mestiço. Não há outra maneira de entender a história do Carnaval do Recife, a não ser procurando os significados da festa para aqueles que a praticam. Assim, podemos entender como a mistura cultural que formou o nosso Carnaval é atualizada a cada ano. Os brincantes recriam o espaço público e privado, redesenhando as ruas, (re)fabricando suas formas de lazer e (re)construindo a sua brincadeira a partir de escolhas feitas dentro de circunstâncias temporais. A despeito da aparente permanência que decorre da própria repetição anual do Reinado de momo, os festejos carnavalescos sofrem mudanças com

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a passagem do tempo. Mudam os tecidos, as cores, as músicas e as fantasias, mudam os dirigentes e os foliões, muda a relação que a Agremiação tem com a cidade, com os meios de comunicação, com o Estado e as autoridades. As Agremiações também articulam permanências: seu passado está vivo em tradições orais que criam uma memória, conferindo ligação entre os que fazem e os que fi zeram a Agremiação. As tradições carnavalescas devem ser entendidas como traduções sempre inacabadas de como se brincava no passado. As tradições são sempre transformadas em traduções adaptadas aos contextos do presente. São respostas aos problemas que sempre aparecem. Desse modo, as Agremiações se mantêm vivas. As traduções podem ocorrer de várias formas. Pode-se traduzir o Carnaval de outra cidade, estado ou país, como faziam elites do século XIX ao importarem para os salões de teatros, como o de Santa Isabel, o Carnaval dos Bailes de Máscara de Veneza. O Carnaval do Recife é repleto de exemplos dessas traduções. O Carnaval das Escolas de Samba é outro exemplo de (re) apropriação cultural da matriz carioca. O Frevo foi traduzido também para o Carnaval dos trios elétricos. Manifestações como o Maracatu, o Caboclinho são traduções da cultura brasileira produzida a partir dos (des)encontros entre portugueses, africanos e indígenas. O espetáculo do Boi da ilha de Parintins é uma tradução amazônica do bumba-meu-boi nordestino trazido para a região durante a migração nordestina do ciclo da borracha. O próprio Frevo é um claro exemplo de tradução recifense de sons de épocas e lugares diferentes. O Frevo resultou do encontro de diversas tradições musicais: os estilos europeus importados desde meados do século XIX (como polca, schottisch, valsa), os gêneros musicais executados pelas “bandas de música” (como o dobrado) e a “marcha” que foi inserida no Brasil pelas companhias de teatro de revista portuguesas. Nos anos vinte, uma nova música foi adicionada a esse caldo sonoro: o jazz. Certamente, era para o formato orquestral “jazz-bandístico” que compositores como Nelson Ferreira e Levino Ferreira escreviam seus Frevos.

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Foto: Roberta Guimarães

Quando foi fundado em 1978, o Galo da Madrugada, segundo seu presidente Enéas Freire (1921–2008), tinha por objetivo resgatar os tempos áureos do Carnaval de rua. Todavia, o que inicialmente contava com a presença de cerca de 70 pessoas, hoje anima uma multidão estimada em um milhão e meio de pessoas em um fenômeno sem precedentes. No Galo, ritmos pernambucanos coexistem com a tecnologia dos trios elétricos: nasceu uma nova tradição. As transformações tecnológicas contemporâneas afetam o cotidiano das Agremiações. Atualmente, o acesso pelas Agremiações, produtores e compositores carnavalescos à tecnologia de gravação digital e o barateamento dos custos de produção de CDs favorecem o registro e a gravação do repertório dos grupos. Também, não podemos esquecer que as manifestações culturais e os espetáculos populares são objetos do interesse dos meios de comunicação, da indústria da cultura e do entretenimento e do mercado publicitário. O que tem repercussões sobre as Agremiações. Logo, o Carnaval não se constrói totalmente à margem dos interesses de seus patrocinadores, sejam eles a mídia, o Estado, através de políticas de incentivo à cultura, ou mesmo os grupos empresariais ligados ao entretenimento e ao comércio de alimentos e bebidas. Isso não significa que as manifestações carnavalescas sejam meros reflexos dos interesses dessas entidades. Estes constituem apenas mais um fator que interage com outras práticas do cotidiano imediato na tradução e reinvenção constante das próprias manifestações. Na verdade, elas tentam utilizar esses instrumentos para divulgar suas cores e angariar recursos que garantam sua sustentabilidade. Outro exemplo é a história dos Blocos do Recife. Quando do seu surgimento nos anos 1920, os Blocos carnavalescos eram manifestações de elites urbanas. Durante as décadas de trinta e quarenta, no entanto, transformaram-se em brincadeiras das camadas populares; tempos depois, dos anos 1970 para cá, a classe média da cidade novamente voltou a organizar seus Blocos de Carnaval. A própria palavra Bloco é traduzida de diversas maneiras. Enquanto no Recife a palavra designava uma brincadeira com características diferenciadas (com “orquestra de pau e corda”), ao longo dos anos, em todo o país, a palavra “bloco” identificava qualquer tipo de Agremiação Carnavalesca, desde grupos vestidos de abadás em torno dos trios elétricos em Salvador e nos carnavais “fora de época” até quaisquer agrupamentos espontâneos de foliões. Por fi m, outro tipo de mudança importante na história do Carnaval diz respeito às maneiras como as folias são percebidas pelos intelectuais e autoridades da cidade. No século XIX, manifestações festivas populares como o Entrudo, os Maracatus e Batuques e, posteriormente, os Clubes Pedestres (Agremiações hoje chamadas de Troças ou Clubes Carnavalescos) eram tidas como fonte de males, desordens e conflitos. Os Maracatus eram desqualificados como divertimentos. Segundo jornais de época, eram manifestações da falta de civilidade e de moralidade cristã e, para muitos, assunto de polícia.

Maracatu Nação ESTRELA BRILHANTE

Entretanto, Maracatus como o Estrela Brilhante e o Leão Coroado, no século XIX, desfilavam lutando pela legitimidade de sua expressão cultural no espaço público. Aqui o Carnaval é espaço de luta pela cidade, pela identidade cultural de um grupo social. Depois da primeira metade do século XX, intelectuais e autoridades passaram a representar as manifestações populares de outra forma. A partir dos anos 1910, a representação dos Clubes Pedestres enfatizaria, sobretudo, sua dimensão lúdica, ordeira e “inofensiva”. O Frevo dos Clubes já não feria “os aristocráticos ouvidos” e “misturava todas as camadas nesse conjunto heterogêneo e ebrifestivo das ruas”, como ficou registrado na imprensa. Sobre os Maracatus, o escritor Mário Sette em Maxambombas e maracatus (1933) representou o folguedo como uma manifestação carnavalesca saudosa de uma África imemorial e também pacífica. Assim, ao valorizarem a cultura popular, as elites da República recém-proclamada reconheciam o espaço conquistado pelas Agremiações no mundo da cultura. Mas é preciso ressaltar que o espaço no mundo da cultura foi conseguido à custa de muita luta daqueles que faziam as Agremiações, resistiram e ganharam a batalha das ruas.

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THE CARNIVAL AT THE RHYTHM OF TIME LUCAS VICTOR SILVA Historian

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The Carnival of Recife is manifold in its manifestations: some people “play” and others watch it, some write about and some research it, and, many work at the service of many others who consume (it). Some revellers are rich, others are poor; some of them fight, others love one another. Many criticize it. Many others also drink. While some people rest, others get tired. There are those who wear fancy dresses and those who undress themselves. While for some the act of “playing” is sacred, for some it is a profane festival, a time for engaging in absolute leisure, a binge in which everything is permitted. The most aged, most of the times, “play” Carnival as if regretting for the passage of time that transforms and erases the “old” carnivals of their youth. The meaning of Carnival is also constructed in the recollection of the past. The Carnival also brings nostalgia because it is ephemeral: soon comes the Ash Wednesday; It is time to hide the body again in the real world garments and keep the costumes for the following year. However, the ludic play for the carnival associations is by no means the leitmotif of engagement in the party. The Carnival also represents a space for criticism and irony addressed at the world of politics. There is, therefore, no unique meaning for the party. There are truly diverse carnivals “played” and experienced by various social groups and associations of the city. In Recife, the carnival associations, in their most diverse forms, are the revelry promoters, namely Troças, Clubes, Blocos, Maracatus, Caboclinhos, Tribos de índios, Ursos, Bois, Afoxés and Escolas de Samba. Such manifestations result from cultural blending, a reflection of the mestizo character of the country. There is no other way of understanding the history of Recife’s Carnival, except for searching the meanings of the festival for those who practice it. This way, we can understand how the cultural blending, constitutive of our Carnival, is updated each year. The revellers re-create the public and private space, re-designing the streets use and remaking their “play” from the selected choices within time-space. Despite the apparent stability related to the very annual repetition of the 1T.N. King Momo coronation, the carnival festivities undergo into changes with the passage of time. The cloths are changed and so are the colours, the music and

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the fancy dresses; directors come and go and so do revellers; the relationship between carnival associations and the city, or between them and the means of communication, or else, between and the authorities, may at all be transformed. These groups also articulate forms of permanency: their past is alive in the oral tradition that creates the connections between the ones who had given their contribution to the group and the ones who are still active. The carnival traditions shall be understood as unfinished translations of how people used to play in the past. The traditions are invariably transformed in translations adapted to the present. They represent an answer to the ever raised issues. By so doing, the associations keep themselves alive. The translations can occur through diverse forms. It is possible to translate the Carnival from another city, state or country, as did the XIX Century elites when they imported to theatre rooms, as Santa Isabel for instance, the Carnival of the Masked Balls from Venice. The Carnival of Recife is plentiful of such translations. The “samba school” is another example of cultural borrowing from the original of Rio de Janeiro. The frevo has also been translated to the 2T.N. trio elétrico. Manifestations as the maracatu and the caboclinho represent translations from the confluence (and divergence) of the Portuguese, African and indigenous culture. The spectacle of the Boi from Ilha de Paritins in Amazon is a translation from the bumba-meu-boi of the Northeast, which was taken to the region by means of a migratory influx during the Rubber Cycle (1942-1945). The very frevo is a clear example of a recifense translation of music from distinct periods and places. It results from the convergence of diverse musical traditions: the European styles, imported from the mid XIX Century (as polka and Scottish waltz) and the most executed musical genres by the local orchestras (as dobrado) and the march – inserted in Brazil by theatrical companies from Portugal. In the 1920s, a new genre was added to this musical melt pot: the Jazz. It was certainly for the orchestral format of Jazz bands that composers like Nelson Ferreira and Levino Ferreira used to write their frevos. When it was founded in 1978, the Galo da Madrugada, according to its fore president Enéas Freire, it aimed at reviving the golden times of the street carnival. As

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time passed, what was previously a group of approximately 70 people, nowadays promotes the phenomenal gathering of an estimated one and half million people. The Galo gave origin to a new tradition, in which the rhythms from Pernambuco coexist with the technology of trios elétricos. The current technological transformations had a positive impact upon the carnival associations, promoters and composers, more specifically, the technology of digital recording that lowered the prices of CD production, what favoured the register through the release of albums containing the groups’ repertoire. Equally, we shall not forget that the cultural manifestations and popular spectacles are conceived as products, they constitute a focus of interest by the means of communication, the cultural and the entertainment industry and the advertising market, with a direct impact on the very carnival associations. The carnival, then, is not built completely apart from its sponsors’ interests, be they the media, the state by means of cultural incentive, or even companies linked to entertainment and to foodservice and beverage distribution. It does not mean to say that the carnival expressions are a mere reflex of powerful economical groups’ interests; indeed, the later represent an additional factor in interaction with practices of the immediate daily context that contribute to their constant translation and re-creation. In reality, they take advantage of these instruments to disseminate their colours and obtain resources to guarantee sustainability. Another example of the constant transformation fl ow, within Recife’s Carnival, can be learnt from the history of the groups called blocos. When the blocos appeared in the 1920s, they represented manifestations of the urban elites; nonetheless, during the thirties and the forties, they turned to be a frolic of the popular classes. Again, since the 1970s, the middle class has re-started to organize new blocos. As a matter of fact, the word bloco has regional variations. Whereas in Recife, it designates a specific kind of carnival grouping ( with “wood and string” orchestra), all over the years, through out the country, the word identifies any kind of carnival association, from the stylized groups around the trio elétrico in Salvador and the itinerant Salvador-like carnivals held in many parts of the country to any spontaneous groupings of revellers

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At last, another important change within the history of the Carnival concerns the way different manifestations are perceived by the intellectual class and the authorities of the city. In the XIX Century, popular festive manifestations as the Entrudo, maracatus, batuques, and later, clubes pedestres (now called troças or clubes carnavalescos) sounded as the source of evil, disorder and conflicts. The maracatus used to be undervalued, for they were regarded merely as a frolic. According to XIX Century newspapers, they were expressions of the lack of civilization and Christian morality, and still for many, they represented a police case. Nonetheless, maracatus such as Estrela Brilhante and Leão Coroado used to parade, fighting for the legitimacy of their cultural expression at the public space. Here Carnival represents a space of struggle for the open public expression, for the cultural identity of a social group. From the first half of the XX Century on, the intellectual class and the authorities have started to portray the popular manifestations differently. From the 1910s, the descriptions of clubes pedestres emphasized, specially, their ludic, orderly and inoffensive dimensions. The frevo no longer hurt the “aristocratic ears” and “gathered together all social classes in this heterogeneous and alcoholically-festive ensemble”, as registred in the local press. Concerning the maracatus, the writer Mário Sette, in “Maxambombas and Maracatus” (1933), represented the frolics as a passive and nostalgic carnival manifestation of an immemorial Africa. Thus, as the elites of the newly proclaimed Republic, they recognised the space conquered by such associations in the world of culture. Though, it is important to stress that the referred space had been attained by means of great struggle by those who composed the associations; they resisted and, eventually won the battle for free expression at the streets.

King Momos, King Momus, (Rei Momo in Portuguese or Rey Momo in Spanish) is considered the king of Carnival in numerous Latin American festivities, mainly in Brazil and Colômbia.

1T.N.

2T.N.

Moving stages atop big trucks carrying massive sound equipment.

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VOZES DA FOLIA O que dizem as letras do Frevo JÚLIO VILA NOVA Doutorando em Letras pela UFPE Presidente do Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos Autor de Panorama de folião – o carnaval de Pernambuco na voz dos blocos líricos (FCCR, 2007) juliovilanova@ig.com.br Bloco Carnavalesco Lírico COM VOCÊ NO CORAÇÃO

Foto: Fred Jordão

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A importância da canção como objeto de estudo para a compreensão da cultura brasileira vem se reafirmando a cada dia1. Com o justo reconhecimento do trabalho de quem se debruça sobre o Frevo há muito tempo2, é preciso dizer, no entanto, que somente há pouco ele (em suas modalidades cantadas: Frevo-de-Bloco e Frevo-Canção) tem sido alvo de maior interesse, quanto à análise de suas letras. Trata-se de um campo aberto a leituras – e audições – enriquecedoras. Afinal, no reduzido limite da canção, que não dura mais do que alguns minutos, melancolia e dor, alegria irreverente e crítica, anseios, dramas e belezas do nosso povo são registrados em versos e melodias pelos compositores, instrumentistas e intérpretes dessa música que “faz demais a gente se distinguir”, como justamente canta o artista3. No Frevo, a riqueza poética dos versos assume variadas formas, seja a exaltação ao próprio Carnaval e à cultura pernambucana; seja o registro da rivalidade entre agremiações4; seja a crônica social e política de diferentes épocas. Lançando esse novo olhar sobre o Frevo, para observar o seu discurso lítero-musical, ainda pouco explorado, buscamos enfatizar a sua importância como forma simbólica constituída de variados aspectos da vida cotidiana e da riqueza cultural de nosso povo. O Frevo-de-Bloco é a música dos Blocos Carnavalescos Mistos (denominação que, mais recentemente, tem sido substituída por Blocos Carnavalescos Líricos), com um importante dado sociológico aí anotado: o início da efetiva participação feminina – sobretudo das camadas médias da sociedade - no Carnaval de rua do Recife, no começo do século XX. Originalmente destinado ao canto feminino5 , em coro acompanhado por orquestra de cordas, percussão e instrumentos de sopro mais leves, o Frevode-Bloco é reconhecido pelo lirismo marcante na própria formação dos Blocos, com suas belas fantasias e presença feminina predominante. O caráter plangente das melodias e a estruturação harmônica das canções, muitas delas em tom menor, reforçam essa feição lírica. Quanto à temática das letras, já

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houve quem enxergasse a volta ao passado, a louvação à folia de outras épocas como assunto único abordado pelos compositores. Mas, se há um cantar a saudade, sentimento que é afinal inerente à própria folia, e que está na melancolia pela iminência da “quarta-feira ingrata”, há também outras praias por onde se lança a criatividade do Frevo-de-Bloco, para alegrar os corações. Há, por exemplo, um forte sentido de exaltação à beleza dos Blocos, desde os seus primeiros momentos, e daí podermos considerá-lo uma grande propaganda dos valores dessas Agremiações, que se multiplicaram no Recife e em outras cidades, a partir dos anos 90. É assim em Marcha da folia (Raul Moraes), escrita nos anos 20: “Bloco das Flores, por onde passa / Semeia com tal graça ao som de lindas canções / Os esplendores desta alegria que as almas extasia / E apaixona os corações [...]”; ou posteriormente, em Panorama de folião (Luiz de França): “Vem conhecer o que é harmonia nesta canção / O Inocentes apresenta um lindo panorama de folião”, dedicada ao Bloco Inocentes do Rosarinho. Interessante é que a exaltação e a valorização dirigem-se também a pessoas e lugares, e aí o Frevo-de-Bloco, assim como o Frevo-Canção, assumem características que os aproximam do gênero demonstrativo da Retórica aristotélica6, com a reverência a heróis e paisagens dignas de admiração. Entre os primeiros, incluem-se principalmente artistas, além de jornalistas, intelectuais, carnavalescos e outras personalidades7. Alguns títulos são reveladores: O bom Sebastião (Getúlio Cavalcanti); Pra você, Vavá (Maurício Cavalcanti e Marcelo Varella); Badia, a bordadeira de ilusões (Edson Rodrigues e Bráulio de Castro), Tributo a Bajado (Ivanildo Andrade). A série de Evocações, do maestro Nelson Ferreira8, é outro bom exemplo, bem como estes versos: “Mestre Capiba do frevo e da gente / sol riso poente em nosso Carnaval / sob os acordes de um trombone de prata / se foi serenata no azul sideral” (Pra não chorar, Romero Amorim); “Quanta alegria Narciso teceu com seu banjo / Quantos amores ele fez vibrar de emoção / No carnaval com

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certeza Narciso é o anjo / Que nos protege da dor e da desilusão” (O banjo de Narciso, Bráulio e Fátima de Castro). A exaltação às cidades é feita sob diferentes enfoques. Suas paisagens surgem nos versos do Frevo como uma maneira de reafirmar poeticamente o caráter identitário de pertencimento dos blocos às suas respectivas comunidades: “Somos Banhistas do Pina, viemos lembrar ao povo gentil” (Lindas praias, Luiz Faustino); “Escuta, Casa Forte, teu bloco vai sair” (Flor da vitória-régia, Getúlio Cavalcante e Fred Monteiro). Em outros casos, o enaltecimento dos valores assume uma forma explicitamente dialógica, com a voz poética dirigindo-se à cidade para ressaltar sua força e beleza: “Olinda, és tradição [...] és a grandeza, foi a natureza quem te transformou” (Olinda no frevo, Luiz Faustino); “É tão bonito dizer-te bom dia, minha cidade querida de ver / no rio de mais poesia / no mar que não cansa de ser” (Postal, Adalberto Cavalcanti e Heleno Ramalho). Outro exemplo interessante é este, em que, através de um processo de metaforização, a voz poética incorporase aos elementos da paisagem: “Sou ladeira, sou rua, sou praça, sou madeira de lei na avenida” (É tempo de bloco, Bráulio e Fátima de Castro). Há, ainda, um significativo conjunto de obras que exaltam a cidade (especialmente o Recife) pelo viés da saudade, motivada pela ausência, pela condição de estarem distantes de sua terra artistas como, por exemplo, Antônio Maria e Luiz Bandeira, voluntariamente exilados no Rio de Janeiro. Do primeiro, são bem conhecidos os versos “o Recife está longe, a saudade é tão grande que eu até me embaraço” (Frevo nº1 do Recife); do segundo, uma das mais famosas canções do Carnaval brasileiro, misto de alívio e felicidade pela volta: “foi a saudade que me trouxe pelo braço.” (Voltei Recife) Entre os maiores expoentes do Frevo-Canção9, destaca-se a obra de Capiba, boa parte marcada pelo discurso romântico, lírico-amoroso. No entanto, a abrangência temática do Frevo-Canção inclui muitos outros aspectos, tão ricos quanto variados: a própria folia, a mulher, o futebol, a política, a irreverência no registro de costumes, fatos e personalidades marcantes do cotidiano, no Brasil e no mundo, além de aspectos da linguagem popular, tudo isso conferindo às letras um caráter de crônica de diferentes épocas. Uma olhada na produção dos anos de 1950 e 1960 revela amostras significativas. A corrida espacial, que atiçou o imaginário popular, ensejou a criação de sucessos como A lua disse (Gildo Branco): “Gagarin subiu, subiu, subiu / foi até ao espaço sideral / chegou até a lua e sorriu / Vou-me embora pro Brasil / que o negócio é carnaval”; e o Hino do Ceroulas (Milton Bezerra de Alencar), com menção aos astronautas Collins e Armstrong, até hoje cantada pela multidão em delírio, nas ladeiras de Olinda: “Eu vou este ano pra lua / Não é privilégio, foguete já tem”. A canção Me dá um cheirinho (Sebastião Lopes) é um bom exemplo de assunto do próprio Carnaval: o hábito de cheirar lança-perfume, largamente difundido em todo o Brasil, até a proibição, pelo presidente Jânio Quadros,

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em 1961: “Me dá um lenço, mandarim / bote um pouquinho desse cheirinho pra mim [...]”. O Frevo-Canção aborda temas de alcance nacional, como o vestibular (Passei no vestibular, Gildo Branco) ou apenas local, como o fiasco da implosão de uma ponte no bairro da Torre, no Recife, fato bastante divulgado à época (meados dos anos 70): “Eu vi, você também, todo mundo viu / A bomba estourou, mas a ponte não caiu” (A ponte não caiu, Mário Griz). De modo geral, os estudos sobre a canção popular baseiam-se na percepção de que a letra, conjugada à melodia, é na verdade a fala redimensionada no canto, voz elevada à condição de arte, entonação carregada de sentidos. No Frevo, isso é evidenciado em um considerável número de composições, das quais podemos citar algumas de Sebastião Lopes, que registrou a voz do povo em suas letras, incorporando expressões típicas do falar de sua época, como se vê nos títulos: É rim! (1958), Qual é o pó? (1959), Mesmo que queijo (1962), Olhe o dedinho (1963), Quem morre de véspera é peru (1973). Muitos outros temas se revelam nesse universo cancional, que não cabe inteiro aqui. Reconhecida a altíssima qualidade musical do Frevo, por sua riqueza rítmica, harmônica e melódica, destacamos também a importância de suas letras. Há um século e mais se elaborando para contar um pouco da nossa história, cantada por multidões, o Frevo se revigora nos sopros, acordes e vozes geniais que nos embalam. E seus poetas - corações futuristas - traduzem em versos o momento novo, sem deixar de cantar a saudade, que move o sonho eterno do carnaval. Se hoje é tempo de bloco, de alegria centenária e folia geral, pelo prazer de cantar o Frevo será para sempre incontida emoção, flabelo das ilusões, retalhos de felicidade.

1. É crescente o número de publicações na área; no meio acadêmico, os departamentos de Letras da UFC e da USP, por ex., abrigam grupos de estudos sobre o tema, coordenados pelos Profs. Drs. em Lingüística Nelson Barros da Costa e Luiz Tatit, respectivamente. 2. Samuel Valente, Renato Phaelante, Evandro Rabello, Leonardo Dantas, entre outros pesquisadores. 3. Sabe lá o que é isso (João Santiago), frevo-de-bloco, hino do Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José. 4. Pioneiras análises do elemento lingüístico do Frevo estão em Ruy Duarte (1968:69-72) e Valdemar de Oliveira (1970:36-38), abordando, respectivamente, nomes de agremiações e títulos de Frevos-de-Rua, para assinalar o caráter viril e mesmo a violência da folia nas ruas do Recife, desde os fins do século XIX. 5. Assim é nas apresentações dos blocos, nas ruas ou nos palcos. Nas gravações em disco, encontra-se também a voz solo, masculina ou feminina, em algumas interpretações. 6. Considerado como uma das bases da linguagem da propaganda, o gênero demonstrativo florescia em ocasiões propícias ao elogio fúnebre ou ao enaltecimento dos valores de uma cidade, na antiga Grécia. 7. A escolha dos homenageados oficiais do carnaval corrobora o sentido de enaltecimento e reverência à obra desses heróis, celebrados nas letras das canções. 8. Nas 7 Evocações, o maestro homenageia carnavalescos e blocos do início do século XX, artistas cariocas, o jornalista Mário Melo, os poetas Manuel Bandeira e Ascenso Ferreira, o artesão Vitalino e a rainha do Maracatu Nação Elefante, Dona Santa, além das ruas do Recife. 9.

Tipo de Frevo cantado em voz solo, com acompanhamento de orquestra de metais.

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REVELRY VOICES What the Frevo lyrics say JÚLIO VILA NOVA Doctorate student in Arts at UFPE President of Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos Author of Panorama de folião – o carnaval de Pernambuco na voz dos blocos líricos (FCCR, 2007) Bloco Carnavalesco Lírico BOLA DE OURO

Foto: Roberta Guimarães

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The importance of the song as an object of study for the comprehension of Brazilian culture has been confirmed day by 1T.N.day. With the fair acknowledgment of the work of those who have been dedicated to frevo for a long 2T.N.time, it makes necessary, however, to say that, only recently, it in its sung modalities: Frevo-deBloco and Frevo-Canção - “Choir and Solo Frevo” ,respectively – has attracted greater attention, concerning its lyrics analysis. It constitutes a field that is open to enriched readings – and listening(s). After all, in the strict limits of the song that lasts no longer than a few minutes, melancholy and pain; irreverent joy and criticism; wishes, life dramas and the beauty of our people have been registered in verses and melodies by composers, instrumentalists and singers of this music that “makes us so much distinguished”, as so accurately sings the 3T.N. artist. In Frevo, the poetic richness of the verses assumes varied forms, be it the exaltation of the Carnival itself or of the culture from Pernambuco; be it the register of the rivalry among the 4T.N.associations or the social and political chronicle from different times. By casting this new view upon the Frevo, to observe its lyrical and musical discourse, still scarcely explored, we searched to emphasize its importance as a symbolic form constituted of daily life diversified aspects and the cultural richness of our people. The Frevo-de-Bloco is the song of the “mixed carnival Blocos” (denomination that, more recently, has been substituted by “lyrical carnival blocos”, with an important sociological register: the beginning of an effective female participation, especially from the middle class, in the street carnival of Recife, in the early XX century. Originally destined to the female 5T.N.chant, in choir accompanied by string orchestra, percussion and light wind instruments, the Frevo-de-Bloco is identified for the lyricism, decisive in the very formation of the Blocos (clubs), with their fine costumes and the predominant female presence. The plaintive quality of the melodies and the harmonic structuring of the songs, many of them in a minor tone, reinforce this lyrical feature. Regarding the lyrics themes, there were those who exaggerated in the return to the past, in the exaltation of past

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revelries as the unique subject approached in their compositions. However, if, by the one hand, the praise for the good past reminiscences is a reality, an inherent feeling of the carnival itself, present in the melancholy for the imminence of the “non grata Ash Wednesday”, there are, on the other hand, other avenues through which the creativity of the Frevo-de-Bloco can pass, to delight the hearts. There is, for instance, a strong sense of praising the beauty of the blocos since their very beginning, what can be considered a sort of propaganda on the values of these associations that have multiplied in Recife and in the interior since the decade of 90. This can be observed in Marcha da folia (Raul Moraes), written in the 20’s: “Bloco das Flores, wherever it goes / disseminates with such grace, at the sound of lovely songs/ the resplendence of this joy that enraptures the spirits / and enamour the hearts […]; or subsequently, in Panorama de folião (Luiz de França): “Come to know what harmony is in this song / the Inocentes present a beautiful scenery of revelry”, dedicated to the Bloco Inocentes do Rosarinho. It is interesting to note that the exaltation and praising is also addressed to people and places, and, in this aspect, the Frevo-de-Bloco likewise the FrevoCanção assume characteristics which approach them to the demonstrative genre of the Aristotlic 6T.N.Rethoric, with reverence to heroes and episodes, worthy of admiration. In the fi rst group, artists, along with journalists, intellectuals, carnival revellers and other personae are 7T.N.included. Some titles are revealing: O bom Sebastião – “the good Sebastião”— (Getúlio Cavalcanti); Pra você, Vavá – “For you, Vavá” - (Maurício Cavalcanti e Marcelo Varella); Badia, a bordadeira de ilusões – “Badia, the embroider of ilusions”- (Edson Rodrigues e Bráulio de Castro), Tributo a Bajado -“Tribute to Bajado” - (Ivanildo Andrade), and others. The series Evocações, by conductor Nelson 8T.N.Ferreira, is another good example, as can be seen in this verses: Master Capiba of Frevo and of ours / smile of the sun, twilight in our hearts / at the sound of a silver trumpet / he’s gone, serenade in the sidereal blue” (Pra não chorar, Romero Amorim); “so much

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joy Narciso interweaved with his banjo / so many lovers he made vibrate with emotion / at Carnival Narciso is truly the angel / who protects us from the pain and disenchantment” (O banjo de Narciso, Bráulio e Fátima de Castro). The glorification of the cities is accomplished under different focuses. Their landscapes appear in the Frevo verses as a way of poetically re-state the Blocos identity, expressed in the feeling of belonging to their respective communities: “We are bathers of Pina, we are here to remind the gentle people” (Lindas praias, Luiz Faustino); “Listen, Casa Forte, your bloco will get to the streets” (Flor da vitória-régia, Getúlio Cavalcanti e Fred Monteiro). In other cases, the appreciation of values takes an overtly dialogical form, in which the poetical voice addresses the city to highlight its force and beauty: “Olinda, you are tradition […] you are the greatness, it was the nature that transformed you” (Olinda no frevo, Luiz Faustino); “It is so beautiful to say good morning to you, my dearest city, to see / in the river of so much poetry / in the sea that does not feel exhaust for being so” (Postal, Adalberto Cavalcanti e Heleno Ramalho). Another interesting example is that in which, by means of the metaphor, the poetical voice incorporates itself to the landscape elements: “I’m steepness, I’m street, I’m square, I’m hardwood at the avenue (É tempo de bloco, Bráulio e Fátima de Castro). There is still a representative number of pieces that extol the city (specially Recife) by means of the reminiscent view, motivated by the absence, by the condition of being distant from their hometown, as it is the case of the artists Antônio Maria and Luiz Bandeira, voluntarily exiled in Rio de Janeiro. From the former the following verses are very well known: “Recife is far way, and I am so homesick that I even embrace me” (Frevo nº1 do Recife); from the second, one of the most famous songs of the Brazilian carnival, a mixture of relief and happiness for being back: “it was the homesickness that brought me by the arm” (Voltei Recife) Among the greatest exponents of Frevo-Canção, the works of Capiba are prominent for the lyrical romantic discourse. Nevertheless, the scope of themes include many other aspects, as rich as varied: the revelry itself, women, football, politics, irreverence in the register of significant practices, facts and personalities of daily life, either in Brazil or in the world, together with aspects of popular language, which confers the lyrics the characteristic of chronicle from different times. A look at the production of the 1950’s and 1960’s reveals significant samples. The space race triggered the popular imagery, giving origin to hits likeA lua disse (Gildo Branco): “Gagarin went higher and higher / up to the sidereal space / he arrived at the moon and smiled / I’m leaving to Brazil / because the thing is carnival”; and also the Celouras’ anthem (Milton Bezerra de Alencar), that mentions the astronauts Collins and Armstrong, is still today sung by the delirious crowd through the steep streets of Olinda: “I’m going to the moon this year / it is not a privilege, the rocket exists”. The song Me dá um cheirinho (Sebastião Lopes) is a good example of a typical carnival subject: the habit of smelling perfumed ether, widely disseminated in Brazil until the prohibition by the president Jânio Quadros, in 1961: “Give me a handkerchief, mandarin / put a little bit of this scent for me

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[...]”. The Frevo-Canção can both deal with national wide themes, as it is the example of the vestibular exam (Passei no vestibular, Gildo Branco), as well as local ones, like the fiasco of the implosion of a bridge in the district of Torre, Recife, a very well known fact by the time (middle 70’s): I saw, you saw, everybody saw / the bomb exploded but the bridge didn’t fall” (A ponte não caiu, Mário Griz). In general, the studies on the popular song are based in the perception that the lyrics, conjugated with the melody, is in reality the speech translated into chant, the voice elevated to the condition of art, intonation full of meanings. In Frevo, this is evidenced in a considerable number of compositions, among which we can mention some pieces by Sebastião Lopes who registered the people’s voice in his lyrics, incorporating typical expressions from the spoken language of his time, as these titles show: É rim! (1958), Qual é o pó? (1959), Mesmo que queijo (1962), Olhe o dedinho (1963), Quem morre de véspera é peru (1973), slangs and popular expressions that literally might be translated into English as “It’s bad!, “What’s the matter?”, “It’s a piece of cake”, “Be aware of the finger”, “The turkey dies in the eve”, respectively. Many other themes are revealed in this musical universe that can not be completely encapsulated here. Acknowledging the extraordinary musical quality of Frevo, for its rhythmic, harmonic and melodic richness, we equally underline the importance of its lyrics. For one century and more, elaborating itself to tell a little bit of our history, sung by the crowds, the Frevo revitalizes itself in the metal instruments, in the chords and genial voices that animate us. And its poets – futuristic hearts – translate into verses the new moment, without forgetting to sing the reminiscences which move the eternal dream of carnival. If today it is the time of bloco, of centenary cheerfulness and generalized revelry, for the pleasure of sing the frevo will be forever unrestrained emotion, flabelo of illusions, 9T.N. patches of happiness. There is an increasing number of publications in the area; in the academy, the departments of “Letras” of UFC and USP for instance, keep study groups on the subject, coordinated by the professors Nelson Barros da Costa and Luiz Tatit, respectively, PHD in Linguistics.

1T.N.

2T.N. Samuel Valente, Renato Phaelante, Evandro Rabello, Leonardo Dantas, among other researchers.

Sabe lá o que é isso (João Santiago), frevo-de-bloco, Bloco Carnavalesco Misto Batutas de São José’s anthem.

3T.N.

Pioneer analysis on the linguistic element of Frevo can be found in the studies of Ruy Duarte (1968:69-72) and Valdemar de Oliveira (1970:36-38), dealing respectively with names of associations and Street- frevo titles to remark the virile character and even the violence of the revelry in the streets of Recife, since the end of the XIX century.

4T.N.

It is likewise in the presentation of the blocos, at the streets or on the stages. In the recorded albums, the solo voice, male or female, is also found in some interpretations.

5T.N.

Considered as one of the basis of the propaganda language, the demonstrative genre flourished in appropriate occasions to the funeral homage or to the praise of a city’s values, in the ancient Greece.

6T.N.

The choice for the officially honoured of the carnival reinforces the sense of praising and paying reverence to the works of these heroes, celebrated in the song lyrics.

7T.N.

In the 7 Evocações, the conductor pays homage to carnival revellers and blocos from the beginning of the XX century, to artists from Rio, to the journalist Mário Melo, to the poets Manuel Bandeira and Ascenso Ferreira, to the handcrafter Vitalino and to the Maracatu Nação Elefante’s queen, “Dona Santa” and also the streets of Recife.

8T.N.

“A small piece of cloth used for patchwork”. It is in this sense that the word has been used here, once it is related to a bloco’s name in Portuguese.

9T.N.

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DO VISÍVEL AO INVISÍVEL: O carnaval de rua do Recife e a manifestação de espaços vividos MÁRIO RIBEIRO DOS SANTOS Pesquisador da Fundação de Cultura Cidade do Recife / Mestrando em História Social da Cultura Regional pela UFRPE

Embarabô e Mojubá Embarabô e Mojubá Nanã, Mojubá aió Oxaguiã, eró Exu bê! Laroiê! (toada do orixá Exu)

Fotos: Fred Jordão

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Ao projetarmos nosso olhar de forma atenta para o Recife durante o Carnaval, identificamos como a geografia da festa se configura em torno de um misticismo que envolve toda a cidade – território de circulação de memórias, de formação de identidades e culturas históricas. Nas ruas, nas praças, nos becos e nos pátios (lugares historicamente marcados pela confluência e pelo encontro de grupos humanos culturalmente diversos), transitam sujeitos que, combinando as invenções das culturas populares, as recriações das tradições, a oralidade, a religiosidade e as relações de poder, enxergam na manifestação cultural formas indispensáveis de estar no mundo, de transcender e alimentar o desejo de se perceberem integrados, pertencentes, no sentido mais coletivo do termo, para além das diferenças. Esse intercâmbio de saberes e fazeres diversos assume a sua expressão maior no Carnaval, quando cerca de 250 Agremiações carnavalescas ocupam o centro da festa com seus desfiles, expressando-se por diferentes linguagens que associam os domínios amplos da cultura e das religiões que professam. Em geral, as práticas religiosas afro-brasileiras se destacam nesse contexto, uma vez que possuem entre seus adeptos um grande número de carnavalescos, ligados aos terreiros de Candomblé (também conhecidos como Xangô) e de Jurema. Dessa forma, durante o Carnaval, uma nova ordem social se anuncia. Um período de nova temporalidade. As ruas constituem verdadeiros prolongamentos dos terreiros, permitindo que símbolos da identidade afro-religiosa invadam a cidade através das manifestações culturais, que os incorporam e disponibilizam para grupos sociais mais amplos, isto é, para os foliões, independentemente do seu sentido religioso.

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Pólo Multicultural ABERTURA DO CARNAVAL 2008

O Pólo Afro e a Noite dos Tambores Silenciosos (no Pátio do Terço) constituem os dois acontecimentos que mais se aproximam dessa realidade, ao aglutinar no mesmo espaço sujeitos de várias tendências. Embora a influência das religiões afro-brasileiras seja mais explícita nos grupos de Maracatu de Baque Virado e Afoxé, uma vez que utilizam em seus repertórios ritmos e letras típicos dos terreiros de Xangô, e seus integrantes se apresentem com roupas no estilo africano ou religioso (torços, braceletes, pano-da-costa, fios de conta), outras manifestações como os Maracatus de Baque Solto, os Caboclinhos, as Escolas de Samba, o Urso, o Boi de Carnaval, as Troças, os Blocos de Pau e Corda, os Clubes de Boneco e os Clubes de Frevo também possuem uma forte ligação com aquele tipo de prática religiosa. A Troça Carnavalesca Mista Abanadores do Arruda, por exemplo, expressa sua devoção aos orixás nas cores de algumas fantasias e no seu Estandarte. O vermelho e o verde revelam a relação do grupo com o orixá Ogum - conhecedor da metalurgia e do poder de transformação do ferro em armas e utensílios, necessários às guerras e à agricultura. O depoimento a seguir, de Cláudio Brandão, presidente do Clube de Boneco Seu Malaquias, reforça o pensamento anterior e legitima a devoção que alguns brincantes carregam em seus orixás patronos, ao preservar suas cores na agremiação: “as cores do boneco são vermelha e branca porque meu avô gostava de Xangô. E meu pai disse pra eu sempre manter essa tradição”. Nesse sentido, no período que antecede a festa, alguns líderes de Agremiações, com o propósito de preservar os fundamentos do grupo e sua memória religiosa, iniciam o chamado“ritual de proteção do brinquedo”, também

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Pólo Multicultural CARNAVAL 2008

denominado “calço”, que pode ser individual ou coletivo. Uma espécie de limpeza espiritual, com a intenção de resguardar, prevenir do mal. Não executá-los pode trazer sérios prejuízos, seja para a agremiação ou para os próprios brincantes. São muitas as fórmulas mágicas de proteção. Banhos de ervas, perfume de alfazema, velas pelo corpo, mel, defumações, ingestão de beberagens etc. Cada grupo as realizam a sua maneira. Há casos em que toda a Agremiação se concentra no terreiro para fazer os rituais: fantasias, adereços, instrumentos musicais, tudo envolvido numa atmosfera sagrada. Como exemplo, podemos citar a maioria dos Maracatus de Baque Virado e Afoxés que tem na Ialorixá ou no Babalorixá os principais dirigentes da sessão. Contudo, há grupos que, por não possuírem espaços próprios, se reúnem para fazer suas obrigações religiosas nas residências de alguns dirigentes, os quais improvisam em suas salas ou quintais um espaço sagrado para receber as entidades e/ou divindades a fim de realizar os rituais de proteção. É o caso, por exemplo, do Caboclinho Sete Flexas, em que seu presidente – Mestre Alfaiate – realiza todas as etapas necessárias antes que seu grupo saia às ruas. “Quando chega o Carnaval, o que eu faço é o seguinte: dou oferenda pro caboclo. Às vezes, quando tenho condições, vou na mata fazer uma obrigação, dou um bicho, arreio fruta, acendo um ponto. Mas pra ir ao terreiro aqui, ali, acolá, não. Eu mesmo faço.” Embora percebamos na maioria das Agremiações carnavalescas uma estreita relação com as religiões afro-brasileiras, muitos grupos têm como patronos Santos católicos. O Clube das Pás tem como santo de devoção São José; o Bloco Banhistas do Pina, Nossa Senhora da Conceição; o Clube

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Lenhadores Olindense, São Pedro, entre outros. Nas sedes das agremiações, essa ligação simbólica com o divino se faz, principalmente, por meio de altares, prática comum no catolicismo popular, em que os fiéis decoram com flores, velas e terços o local de veneração da imagem do santo protetor. Assim, consciente ou inconscientemente, a reutilização dos significados, das referências históricas ou culturais pelas Agremiações carnavalescas relacionadas às práticas religiosas, desvenda a tensão estabelecida entre os significados anteriores e o novo uso. Formas de resistência que se traduzem, ao longo dos tempos, na vida cotidiana desses grupos, por meio de organizações, mas também sob formas “surdas”, implícitas – e às vezes nem tão surdas assim. Nesse trânsito, no qual os brincantes transportam para o Carnaval sua ligação com o Divino, identificamos o desenvolvimento, de maneira silenciosa e lenta, cuidadosa e habilidosa, de uma densa rede invisível, cuja malha se encontra esticada por toda a cidade, a ponto de interferir na própria estrutura organizacional, funcional e simbólica da Festa. Essa rede é transgressora da ordem pública e institui novos espaços de circulação. A rua passa a ser o domínio territorial dos caboclinhos, afoxés, maracatus, bois, troças e clubes. É o “lugar praticado”. Os becos, as esquinas, os pátios, as avenidas e os palcos constituem espaços de circulação, cujos itinerários são fortemente definidos e conquistados. Assim, revela-se o Carnaval de rua do Recife traduzido nos traços marcantes de elementos constituintes do campo representativo da população. Território do entrelaçamento entre o sagrado e o profano; da mistura entre a realidade e a representação da realidade.

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FROM THE VISIBLE TO THE INVISIBLE:

The street carnival of Recife and the manifestation of the (living, lived) spaces MÁRIO RIBEIRO DOS SANTOS Researcher from Fundação de Cultura Cidade do Recife / Master student in Social History of Regional Culture - UFRPE Embarabô e Mojubá Embarabô e Mojubá Nanã, Mojubá aió Oxaguiã, eró Exu bê! Laroiê! (orixá Exu chant)

Foto: Fred Jordão

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As we project an attentive look to Recife during the Carnival, it is possible to identify how the festival’s geography is organized around a mysticism that involves the whole city – propitious territory for the fl ow of memories and formation of identities and historical cultures. Through the streets, squares, alleys and temples’ forecourts (places historically marked for the confluence and meeting of culturally distinct human groups) there is great circulation of individuals, who combining the popular culture inventions, the traditions re-creation, the oral medium, the religiosity and power relations perceive in the cultural manifestation crucial means for being present in the world, transcending and feeling of integration and belonging, in the most collective sense, beyond the differences. This interchange of diversified knowledge and practices assumes its greater expression at Carnival, when about 250 carnival associations occupy the centre of the party with their parades, expressing themselves through different languages, which combine the wide domains of culture to the religions they profess. In general, the Afro- Brazilian religious practices are prominent in this context, once they possess among their devotees a great number of carnival leaders and revellers, affiliated to the Candomblé (also known as Xangô) and Jurema Terreiros (temples). Therefore, during the Carnival, a new social order is established; a period of new temporality. The streets become truly an extension of the terreiros (sort of temples), allowing that the symbols of the Afro-religious identity invade the city, by means of cultural manifestations which incorporate and make them available for wider social groups, i.e., to revellers, independently of its religious sense.

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Pólo Multicultural MARACATU DE BAQUE SOLTO PIABA DE OURO

The Afro 1T.N.Stage and the . Noite dos Tambores Silenciosos (at Pátio do Terço) constitute two of the events that most approximate this reality, by conjoining in the same space subjects of varied tendencies. Although the influence of Afro-Brazilian religions can be more explicitly verified in the “Twisted Stroke Maracatu” and Afoxé groups, once they use in their repertoire typical rhythms and lyrics of Xangô temples and their participants perform with African or religious style costumes (2T.N.bracelets, panos-da-costa, bead and torso threads), other manifestations such as “Loose Stroke Maracatu”, Caboclinhos, “Samba Schools”, “Bear”, Boi de Carnaval, Troças, Blocos de Pau e Corda, “Puppet” and “Frevo” clubs also have a strong connection with that type of religious practice. The “Carnival Troça” called Abanadores doArruda, for instance, expresses its devotion to the orixás (deities) by the colours used in some fancy dresses and in its banner. The red and green reveal the group’s relationship with the orixá Ogum – alleged to be knowledgeable about the metallurgy and the power to transform the iron in weapons and utensils, necessary to the war and agriculture. The following account, by Cláudio Brandão, president of the “Clube de Boneco Seu Malaquias, reinforces and illustrates the connection between carnival and religion in Recife, specifically in the fact that some revellers use the colours of their protector orixás in the carnival clubs they create: “the colours of the puppet are red and white because my grandfather devoted Xangô; and my father told me to keep this tradition”. In this sense, some time before the festival, some association leaders, with the purpose of preserving the basis of the group and its religious memory, initiate the so called “ritual for the ‘play’s’ protection”, also denominated calço that can be individual or collective. It is a sort of spiritual cleansing, with the intention of protecting, preventing from the evil. In their belief, the non execution of such practice bring serious harms, either for the associatior or the ‘players’ themselves. The magic portions for protection are diverse: herbs bath, lavender perfums, candles all over the body, honey, smoking, drinking of herbal beverages, etc. Each group has its own manner of using them. There are cases in which the whole association concentrates in the terreiro to accomplish the rituals: costumes, adorns, musical instruments, everything involved in a sacred atmosphere. Great part of the “Twisted Stroke Maracatus” and Afoxés, for example, have a session conducted by the Ialorixá (female leader) or the Babalorixá (male). Nevertheless, there are groups that for not possessing their own place, gather to fulfill their religious obligations in the residences of their leaders, who improvise in the living room or in the backyard a sacred place to receive their spiritual masters or deities, in order to carry out their protection rituals. It is the case of Caboclinho Sete Flexas, whose president - “Mestre Alfaiate”- performs all the necessary steps

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prior to the group’s departure to the streets. “When the Carnival period arrives, I do this: I offer an oblation to the caboclo (deity). When it’s possible, I go to the woods to fulfil an obligation, I offer an animal, some fruit, fire candles. But to go to a terreiro here, there, anywhere, definitely not, I do it myself”. Although it is clearly verified in the great majority of carnival associations their close relation with the Afro-Brazilian religions, many groups have catholic saints as their patrons. For example, The Clube da Pás has devotion for St. Joseph; the Bloco Banhistas do Pina for Our Dear Lady of Immaculate Conception; the Clube Lenhadores Olindense, St.Peter, among others. In the headquarters of such institutions, this symbolic connection with the spirituality is expressed, mainly, by the altars, common practice of the popular catholicism, through which the devotees decorate with flowers, candles and rosaries the veneration place of the saint protector’s image. This way, the concious or unconcious reutilization of the meanings, historical or cultural references, related to religious practices, by these carnival clubs, uncovers the established tension between the previous meanings and the new use. It all constitutes resistence means, translated through out the time, in the daily life of these groups, by means of instituitions, but also under “deaf”, implicit forms – and sometimes not so deaf at all. In this movement, through which the revellers transport to the Carnival their connection with the divine, we can identify the silent, slow, careful and skillful development of a dense invisible web, whose network happens to be extended all over the city, in such a way that it interferes in the organizational, functional and symbolic structure of the festival itself. This network is transgressive of the public order and institutionalizes new spaces of circulation. The street turns to be the territorial domain of caboclinhos, afoxés, maracatus, bois, troças and clubes. It is the “practised place”. The alleys, corners, forecourts, avenues and stages constitute new circulation spaces, whose itinerary is strongly defined and conquered. The street carnival of Recife, thus, reveals itself, translated in the strong features of the constituting elements of the population’s imaginary. Sacred and profane interweaving territory; domain of the mixture between the reality and the representation of reality.

Night of the Silent Drums – a gathering of maracatus. At midnight, all drums fall silent and lights are turned off, while the Babalorixá prays and sings chants honouring Our Dear Lady of Rosary and special songs to the eguns (the dead). Esta nota também está presente nos textos sobre o Maracatu Nação.

1T.N.

Rectangular white or bicolor (striped) piece of cloth used on the shoulders hanging to the back. The word costa may be a reference to the Ivory Coast or to the Portuguese word for the back, part of the body covered by this cloth.

2T.N.

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30 | B

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Clube Carnavalesco BOLA DE OURO

Foto: Roberta Guimarães

CLUBE DE FREVO

Os Clubes de Frevo têm suas origens nas corporações profissionais existentes no Recife das últimas décadas do século XIX. Na véspera do Dia de Reis, alguns membros dessas corporações não trabalhavam e, reunidos, formaram um alegre e numeroso cortejo. Posteriormente denominados Clubes Pedestres, desfilam pelas ruas e becos das freguesias do Recife – Santo Antônio, São José e Boa Vista. Entre esses Clubes, destacam-se: Caiadores, Vassourinhas, Canna Verde, Clube das Pás de Carvão, compostos por trabalhadores assalariados, pequenos comerciantes, capoeiras, vendedores ambulantes, prostitutas, entre outros grupos sociais. Essa forma de brincar o Carnaval revela como as camadas populares criam e desenvolvem formas de participar dos festejos de Momo na cidade. Nos anos de 1960, os Clubes Pedestres perdem essa denominação e passam a se chamar Clubes de Frevo. Assim,

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reelaboram sua estrutura, coreografias e incorporam novos personagens e elementos. Das organizações anteriores, conservam o uso de Estandartes (uma espécie de Bandeira com o nome e com as cores da Agremiação, o Smbolo, o ano de sua fundação e o ano do desfile) e de figuras como o Morcego, a Morte e o Diabo, heranças das procissões católicas realizadas no período colonial. Os Capoeiras , também conhecidos como brabos ou valentões, e que vinham à frente dos cortejos, são substituídos por grupos de passistas; ao passo que as bandas militares cedem lugar para as orquestras de metais, executando hinos e músicas pertencentes ao repertório de cada agremiação. Os Clubes geralmente se apresentam com a seguinte formação: Faixa ou Abre-alas, Diretoria, Balizas-puxantes, Damas-de-frente, Destaques, Cordões, Porta-estandarte, Passistas, Orquestra e, em alguns grupos, carros alegóricos.

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Foto: Roberta Guimarães

Agremiações Carnalavescas Foto: Roberta Guimarães

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Clube Carnavalesco Misto GIRAFA EM FOLIA

The clube de Frevo (Frevo Club) has its origins in the existent professional unions in the last decades of the XIX century. On the eve of the Three Kings day, on 6 January, some members of these unions would not work and, together, used to go out to the streets forming a numerous cheerful procession. These groups were denominated Clubes Pedestres (Pedestrian Clubs) and used to parade through the streets and alleys of Recife’s parishes - Santo Antônio, São José and Boa Vista. Among those clubs, the most famous are Caiadores, Vassourinhas, Canna Verde and Clube das Pás de Carvão that used to include in its parades labourers, small traders, capoeiras (fighters), street vendors, prostitutes, and other social groups. This stratified form of playing Carnival reveals how the popular social classes create and develop particular ways of participating in the carnival festivities of the city. In the 1960’s, the Pedestrian Clubs went into a re-structuring process, changing their configuration and choreographies, incorporating

new characters and elements. Such change is also reflected in the new denomination, clubes de Frevo (Frevo Clubs). From the former configuration, though, some elements have remained, as it is the case of the use of banners (a kind of flag with the name and colours of the club, the symbol, foundation and parade year); the use of certain symbols now called “hand allegories”, together with certain dramatis personae as the Bat, the Death and the Devil, a heritage of the catholic processions of the Brazilian colonial period. In contrast, the Capoeiras, also known as the aggressive or the violent that used to come at the front of the procession have been replaced by a group of dancers; the martial bands, in turn, opened space to the metal orchestras that animate the procession, performing the anthems and songs belonging to each association’s repertoire. The Frevo Clubs normally present the following arrangement: Faixa or Abre-Alas (Chart-Bearer), Directory, “Puller-Marjorettes”, “Front-Ladies”, Featured Costumes, Rows, Banner-Bearer, Dancers, Orchestra and, in some groups, Floats.

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CLUBE DE FREVO Foto: Fred Jordテ」o 1_CLUBE DE FREVOnovo.indd 33

Clube Carnavalesco Misto PAVテグ MISTERIOSO

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

BOLA DE OURO

Fotos: Roberta Guimarães

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Fundado em 15 de setembro de 1915, recebeu o nome da rua onde foi criado – Rua da Bola – em Santo Amaro. Conta-se que existiam duas Agremiações nesse bairro, o Bola de Ouro e o Bola de Prata, mas uma divergência fez com que o Bola de Prata não saísse mais no Carnaval, restando apenas o Bola de Ouro para alegrar o Carnaval da comunidade. Depois de um longo período desativado, volta a desfilar no Carnaval, desde 1987, quando Luíza Ramalho assume a Presidência do Clube (estando até hoje nesse cargo). Sob seu comando, o Bola foi transferido para o Bairro de São José onde hoje se localiza, mesmo sem sede própria. O Clube acumula inúmeros títulos de Campeão do Carnaval, entre eles o de Bicampeão em 2007 do Grupo Especial. A Agremiação tem uma Bola dourada como símbolo e suas cores oficiais são o amarelo e o preto, desfilando com aproximadamente 250 integrantes.

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CLUBE DE FREVO Founded on 15 September 1915, it received the name of the street in which it was created – Rua da Bola, in Santo Amaro. According to the accounts, there were two associations in the district, the Bola de Ouro and the Bola de Prata - Golden Ball and Silver Ball, respectively - however, a dispute caused the Bola de Prata to stop going out to the streets at the Carnival, so that only Bola de Ouro remained to cheer up the community during the festival. After being closed for a long period, the club turns to parade at the Carnival since 1987, when Luíza Ramalho assumes the direction of the association (post that she occupies until today). Under her command, the Bola has been transferred to the district of São José, where it is located even without its own headquarters. The association collects several Champion titles in the Carnival, among those, in 2007, it was for the second consecutive time Champion of the Special Group. It has a golden ball as the symbol and the official colours are yellow and black. The group parades with approximately 250 participants.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 15/09/1915 Endereço | Adress: Av. Dantas Barreto, n° 1227, apto 3, São José, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3225-1265 | 8800-0630 Presidente | President: Luíza de França dos Santos Lopes Ramalho

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

GIRAFA EM FOLIA

Fotos: Roberta Guimarães

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Fundado inicialmente como uma Troça, em 7 de maio de 1960, seu nome surgiu em razão de um fato pitoresco. Seu fundador, José Aluízio Vieira, que trabalhava em uma loja chamada Girafa Tecidos, tinha, coincidentemente, uma estatura bastante elevada, o que terminou por lhe render o apelido de Girafa. Ao fundar a Agremiação, veio-lhe então a idéia de denominá-la Girafa em Folia. As cores oficiais do Clube são o amarelo e o preto (cores que remetem às do animal) e tem a Girafa como seu símbolo, aparecendo no Estandarte, rodeada de confetes e serpentinas. A Agremiação ainda possui músicas próprias como O regresso e No passo da girafa, ambas do Maestro Nunes. A Troça Girafa em Folia foi criada no bairro de Guadalupe, Olinda; contudo, hoje, localiza-se no bairro de Areias, no Recife, onde mora o seu atual Presidente, Valdemir Vieira Cavalcanti. Além de desfilar no Carnaval do Recife com aproximadamente 300 integrantes, o Clube se apresenta na comunidade em uma prévia que acontece dias antes do Carnaval.

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CLUBE DE FREVO Founded initially as a Troça, on 7 May 1960, the name came up from a hilarious fact. Its founder, José Aluízio Vieira, who worked in a shop called Girafa Tecidos (Giraffe), by coincidence, had a rather high stature that, eventually, gave him the nickname of Girafa (Giraffe). At the creation of the carnival fellowship, he had the idea of naming it Girafa em Folia that means Giraffe in Revelry. The official colours of the club are yellow and black (correspondent to the animal ones) and has the giraffe, illustrated in the banner covered with confetti and serpentines, as its symbol. The fellowship also has original songs as O regresso and No passo da girafa, both by Conductor Nunes. The former Troça Girafa em Folia initiated its activities in the district of Guadalupe, Olinda; however, it is nowadays situated in the district of Areias, Recife, where the current president, Valdemir Vieira Cavalcanti, lives. Besides parading on the Carnival of Recife with about 300 revellers, the group also makes a presentation in the community on a “preliminary of Carnival”, as the preceding parties that occur throughout the city, following a traditionally established schedule, are called.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 07/05/1960 Endereço | Adress: Rua Oiticica Lins, n° 689, Areias, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3455-0806 | 8742-3261 | 9602-0649 Presidente | President: Valdemir Vieira Cavalcanti Programação | Programme: No segundo domingo de janeiro, o Clube realiza a prévia na comunidade de Areias e conta com a participação de outras agremiações da cidade. O evento se dá no endereço supracitado. On the second Sunday of January, the club promotes the “preliminary of Carnival” in the community of Areias and counts on the participation of other carnival societies of the city.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

LENHADORES

Fotos: Otávio de Souza

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Fundado em 5 de março de 1897, o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores nasceu da dissidência de alguns sócios do Clube das Pás, que estavam contrariados pelo fato de que neste último ano as mulheres vinham exercendo uma participação muito significativa na Agremiação. Um dos fundadores, Juvenal Brasil, sugeriu o nome machadinhas; no entanto, os demais optaram por lenhadores, numa referência aos trabalhadores que utilizam a referida ferramenta. Sua primeira sede foi no bairro da Boa Vista, na Rua da Glória, e lá se manteve durante 70 anos, o que lhe rendeu o carinhoso apelido de “Leão da Boa Vista”. Atualmente a sede de Lenhadores é na Mustardinha. A Agremiação tem como cores oficiais, o verde, o branco e o vermelho, e o seu símbolo oficial são dois Machados entrecruzados. O Clube ainda possui um Frevo próprio chamado de Canhão 75. Lenhadores possui dezenas de títulos, o mais recente foi o ViceCampeonato do Grupo II em 2007. O Clube desfila no Carnaval do Recife com 140 pessoas.

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CLUBE DE FREVO Founded on 5 March 1897, the Clube Carnavalesco Misto Lenhadores has been established from a dispute among the members of Clube das Pás, initiated because some of them had been feeling disappointed with the fact that, in that year, the women were gaining power, playing a very significant role in the association. One of the founders, Juvenal Brasil, suggested the name machadinhas (hatchets); the rest of the group, however, chose lenhadores (lumbermen), workers that use the referred tool.

Its first place was in the district of Boa Vista, in Rua da Glória, where it has remained for seventy years, what gave it the fond nickname “Lion of Boa Vista”. Nowadays its place is located in Mustardinha district. The association has green, white and red as the official colours, and two crossed hatchets correspond to its symbol. The club also has its own frevo called Canhão 75. The Lenhadores has dozens of titles, the most recent one was the Vice-Championship of the Group II in 2007. The club parades in the Carnival of Recife with 140 people.

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Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 05/03/1897 Endereço | Adress: Rua Moçambique, n° 160, Mustardinha, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3422-6214 | 3447-8888 Presidente | President: Genival Dantas da Silva Programação | Programme: Todas as quartas (das 18 à meia-noite) e sábados (das 22 às 4 horas) acontecem na sede da agremiação as noites dançantes com ritmos variados. Aos domingos (18 à meia-noite), show com a orquestra da casa. A partir do mês de setembro, iniciam os ensaios dos passistas da Agremiação. On Wednesdays (from 18:00 to midnight) and Saturdays (from 22:00 to 4:00), they held, in the club’s headquarters, the dancing nights at the sound of varied rhythms. On Sundays (18:00 to midnight) there are shows with their own orchestra. Early in September the rehearsals for Passistas (frevo dancers) take place.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

PÁS DOURADAS

Fotos: Fred Jordão

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Foi fundado em 19 de março de 1888, no bairro de São José, por um grupo de carvoeiros que trabalhava no Porto do Recife. Inicialmente foi batizado como Bloco das Pás de Carvão, em homenagem aos seus instrumentos de trabalho. Em 1890, muda o nome para Clube Carnavalesco Misto Pás Douradas. O Clube traz como cores oficiais, o verde, o amarelo e o vermelho e tem como símbolo as emblemáticas Pás de carvão amarelas ou douradas. A Agremiação possui um hino chamado Sua excelência o Clube das Pás, de autoria do Maestro Jones. O atual Presidente, Eraldo Ribeiro, substituiu Josabat Emiliano, Presidente do Clube durante 45 anos. Hoje, o Clube das Pás promove em sua sede localizada no bairro de Campo Grande famosos bailes e noites dançantes, eventos muito conhecidos na cidade. A Agremiação já conquistou 45 Campeonatos no Carnaval do Recife, desfilando com aproximadamente 350 integrantes.

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CLUBE DE FREVO Founded on 19 March 1888, in the district of São José, by a group of charcoal burners, who worked at the Port of Recife, the carnival fellowship was initially named Bloco das Pás de Carvão, Club of the Coal Shovels in English, in homage to their work tools. In 1890, the denomination is changed to Clube Carnavalesco Misto Pás Douradas that literally means Golden Shovels Mixed Carnival Club. The official colours of the club are green, yellow and red and, as its symbol, it has the emblematic coal shovels in yellow or golden. The fellowship paraded in the early years of existence at the sound of Gonçalves Maia, a typical carnival march from Pernambuco, similar to the Dobrado (military march), composed by Zeferino Bandeira, which still today integrates the club’s repertoire. In 1916, the Frevo Violenta, composed by Leovirgídio Alves, in homage to Antônio Português, its first president, was adopted as the official anthem of the group. The current President, Eraldo Ribeiro, has substituted Josabat Emiliano, who directed the club for forty-five years. Today, the Clube das Pás promotes, in its headquarters, located in the district of Campo Grande, famous balls and dancing nights, very famous in the city. The association has already conquered forty-five championships in the Carnival of Recife, parading with about 350 participants.

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Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 19/03/1888 Endereço | Adress: Rua Odorico Mendes, n° 263, Campo Grande, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3341-7196 | 9297-5510 Presidente | President: Eraldo Gomes do Rêgo Programação | Programme: A Diretoria do Clube promove, em sua sede, bailes dançantes: segundas e quartas-feiras das 17 às 22 horas; sextas-feiras e sábados das 22 às 4 horas; domingos das 16 às 22 horas. The directory promotes, in the club’s centre, balls, on Mondays and Wednesdays, from 17:00 to 22:00; Fridays and Saturdays, from 22:00 to 4:00; Sundays, from 16:00 to 22:00.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

VASSOURINHAS

Fotos: Roberta Guimarães

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Fundado em 6 de janeiro de 1889, seu nome tanto remete ao ofício do varredor quanto ao sentido de sair “varrendo” as ruas com seu desfile. A Agremiação foi fundada no bairro de São José, onde permaneceu a maior parte de sua existência. Por isso, ganhou o carinhoso apelido de Camelô de São José. Hoje, possui uma sede própria no bairro de Afogados. Tem como cores oficiais, o amarelo, o azul e o branco e como símbolo a Vassoura. A Marcha nº 1 de Vassourinhas é uma das músicas mais executadas do Carnaval pernambucano e já foi levada pelo próprio Clube para diversos outros Estados com a função de divulgar a cultura pernambucana e, conseqüentemente, a música do frevo. O Vassourinhas, que é detentor de inúmeros títulos de campeão no Carnaval do Recife, desfila com cerca de 90 integrantes e ainda se apresenta na comunidade de Afogados.

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CLUBE DE FREVO The Vassourinhas was Founded on 6 January 1889, and its name, whose translation means brooms of Recife, is both a reference to the job of sweeper as to the sense of “sweeping” the streets with its parade. The association initiated its activities in the district of São José, where it had been settled for most of its existence. For this reason, it received the fond nickname of Sao José’s Street Vendor. Nowadays, it possesses own headquarters in the district of Afogados. As official colours, it has the yellow, blue and white and the symbol is the broom. The Marcha nº 1 de Vassourinhas (a march) is one of the most performed musics at the Carnival of Pernambuco and has already been presented by the club itself in diverse other Brazilian states, with the objective of disseminating Pernambuco’s culture and, consequently, the frevo music. The Vassourinhas holds countless winner titles in the Carnival of Recife and parades with about 90 participants, both in the city centre and in the community of Afogados.

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Grupo II | Group II Fundação | Foundation: 06/01/1889 Endereço | Adress: Rua Crucilândia, s/ n°, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3428-4269 | 9166-2689 Presidente | President: José Gouveia Programação | Programme: O Clube promove em sua sede bailes dançantes ao som de ritmos variados todos os domingos das 18 à meia-noite. The club promotes in its centre balls at the sound of varied rhythms, every Sunday from 18:00 to midnight.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

PAVÃO MISTERIOSO

Fotos: Fred Jordão

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O Pavão Misterioso foi fundado em 25 de maio de 1975, no bairro de Peixinhos – Olinda. Inicialmente concebido como uma Troça Carnavalesca, tornou-se Clube em 1989. Criado por Wellington de Santana e sua esposa, Marília de Santana, com o intuito de animar o bairro de Peixinhos durante o Carnaval, ganhou esse nome em razão do grande sucesso da música e da novela Pavão Misterioso. Em 1990, quando Jorge Luiz Sérgio de Aquino, conhecido como Bicão, assume a Presidência, o Clube é transferido para o bairro do Ibura, onde se localiza até hoje. O símbolo da Agremiação é o próprio Pavão e suas cores oficiais são: o rosa, o verde, o amarelo e o vermelho. Campeão da 1ª Categoria nos anos 2005 e 2007, hoje o Clube desfila no Carnaval do Recife com aproximadamente 400 integrantes e possui um frevo composto pelo Maestro Nunes especialmente para ele, chamado O bonitão. Não possui sede própria.

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CLUBE DE FREVO The Pavão Misterioso, that translated means Misterious Peacock, has its origins on 25 May 1975, in the district of Peixinhos – Olinda. Initially conceived as a Troça, only in 1989 it became a club. Created by Wellington de Santana and his wife Marília Santana, with the purpose of animating the district of Peixinhos during carnival, the club received this name due to the great success of a homonymous song and soap opera. In 1990, when Jorge Luiz Sérgio de Aquino, known as Bicão, assumes the leadership, the club is transferred to the district of Ibura, where it is located presently. The symbol of the association is the peacock itself and its official colours are: pink, green, yellow and red. Champion of the first category in 2005 and 2007, the club today parades in the Carnival of Recife with approximately 400 participants and has an original frevo, composed by Conductor Nunes specially for it, called O Bonitão. It does not possess headquarters.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 25/05/1975 Endereço | Adress: Rua do Jasmim, n° 65, Conjunto Residencial 27 de Novembro, Ibura, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3477-0605 | 8404-7739 | 8772-1162 Presidente | President: Jorge Luiz Sergio de Aquino (Bicão)

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE MÁSCARA

O GALO DA MADRUGADA

Fotos: Fred Jordão

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Fundado em 24 de janeiro de 1978, na Rua Padre Floriano, 43, no bairro de São José, por Enéas Freire, Mauro Scanoni, José Mauro Freire, Rômulo Menezes, Rogério Costa, Antônio Carlos Freire e Cláudio Menezes. Formado por esse grupo de amigos, insatisfeitos com o rumo do Carnaval, enclausurado nos clubes sociais, decidiram então criar uma Agremiação para que pudessem se divertir como nos Carnavais antigos. Em seu primeiro desfile contou com a participação de 75 pessoas fantasiadas de almas penadas, hoje arrasta mais de 1,5 milhão de foliões, número que o levou a ser registrado no livro dos Recordes, Guinness Book, desde 1994 como a maior Agremiação Carnavalesca do mundo. O Galo desfila pelos bairros de São José e Santo Antônio sempre na manhã do Sábado de Zé Pereira. No início saía de madrugada. Não possui cores oficiais, seu símbolo é o Galo, que a cada ano se apresenta com um novo visual. A Agremiação possui um hino oficial, Galo da madrugada, composto por José Mário Chaves, no ano de 1979, além de muitas músicas que homenageiam o Clube como: Apoteose do Galo, Frevo do Galo, Fogo do Galo, Praga do Galo, Galo de ouro, O canto do Galo, Do Galo ao Bacalhau, Hoje tem Galo, Nostalgia do Galo, Galo da Madrugada, Lá vem o Galo e Canta, galinho, canta. O Galo possui sede na Rua da Concórdia, que funciona o ano inteiro como local de informações e venda de objetos relativos ao Clube.

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CLUBE DE FREVO The carnival club, whose name literally translated corresponds to Cock of the Dawn Masks Club, was Founded on 24 January 1978, at Rua Padre Floriano, 43, in the district of São José, by Enéas Freire (president of the club until 9 June 2008, date of his death), Mauro Scanoni, José Mauro Freire, Rômulo Menezes, Rogério Costa, Antônio Carlos Freire and Cláudio Menezes. They formed a group of friends, who were dissatisfied with the course that the carnival had taken - enclosed in the social clubs - and decided, thus, to create an association in which they could have fun as in the old carnivals. At its first parade, it had the participation of 75 people fancy dressed as “haunted ghosts”, today it trails more than one and half million revellers, number that deserved a register on the Guinness Book, since 1994, the biggest carnival club of the world. The Galo parades through the districts of São José and Santo Antônio, always in the morning of 1T.N.“Zé Pereira’s” Saturday. In the early years, it used to depart at daybreak. It does not have official colours and its symbol is the cock that each year is sculptured, in the form of a huge statue (equivalent to a three-floored building), installed in the city centre, every time in a new look. The association has an official anthem, Galo da Madrugada, composed by José Mario Chaves in 1979. In addition, there are many other songs that pay homage to the club, such as Apoteose do Galo, Frevo do Galo, Fogo do Galo, Praga do Galo, Galo de ouro, O canto do Galo, Do Galo ao Bacalhau, Hoje tem Galo, Nostalgia do Galo, Galo da Madrugada, Lá vem o Galo and Canta, Galinho, canta. The Galo possess its own headquarters, located at Rua da Concórdia, which works all year long as a centre for selling products and affording information relative to the club.

Grupo Independente | Independent Group Fundação | Fundation: 24/01/1978 Endereço | Adress: Rua da Concórdia, n° 984, São José, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3224-2899 | 9434-5972 contato@galodamadrugada.org.br Presidente | President: Rômulo Menezes Programação | Programme: A partir de julho, às 19 horas, Quintas do Galo, e toda sexta-feira Almoço no Galo, até o Carnaval. From July on, “Galo’s Thursday”, at 19:00, and every Friday, “Lunch at Galo”.

1T.N.

A name of Portuguese origin used to refer to the Carnival.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

MARACANGALHA

Fotos: Fred Jordão

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O Clube Carnavalesco Misto Maracangalha foi fundado em 6 de setembro de 1958, no bairro da Torre. Os fundadores, João Correia de Lima e Rubem João da Silva, com o intuito de animar o carnaval do bairro, criaram a Agremiação que inicialmente se chamava “Agripina”. No entanto, em virtude do sucesso da música “Eu vou para Maracangalha”, de Dorival Caymmi, os fundadores propuseram a mudança do nome e a Troça passou a se chamar Maracangalha. Dez anos depois de sua criação, a família de Rubem João da Silva (ainda presidente) se muda para o bairro do Ibura e a Agremiação passa a desfilar pelas ruas da comunidade do UR-02 onde permanece há 40 anos como uma tradição do Carnaval dessa localidade. Em 2000, devido ao seu crescimento e vitoriosas participações no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, organizado pela Prefeitura do Recife, os diretores resolveram mudar de categoria e a Agremiação deixou de ser Troça para se apresentar como Clube Carnavalesco Misto Maracangalha. Vale destacar que nesse concurso o Clube conquistou vários títulos, os mais recentes foram os de Campeão do Grupo II em 2004 e 2008. A Agremiação, que conta com cerca de 100 integrantes, tem como cores oficiais o amarelo e o vermelho; o símbolo que exibe em seu Estandarte é o de uma Mulher em uma praia, que lembra a de Maracangalha, no litoral de Salvador (BA), local que serviu de inspiração para a música que deu nome à Agremiação.

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CLUBE DE FREVO The Clube Carnavalesco Misto Maracangalha was founded on 6 Setember 1958, in the district of Torre. The founders João Correia de Lima and Rubem João da Silva, with the purpose of animating the carnival of the neighbourhood, created the club, which initially was a Troça called “Agripina”. However, due to the success of the song Eu vou para Maracangalha, by Dorival Caymmi, they proposed to change the name of the association that became Maracangalha. Ten years after its foundation, Rubem João da Silva (still president) moved with his family to the district of Ibura and the carnival society started to parade through the streets of the community called UR-02, where it remains for 40 years as a tradition in the carnival of that locality. In 2000, owing to its growth and to the victorious participations in the Contest of Carnival Associations, promoted by the City Council of Recife, the directory decided to change the category of the association from Troça to Carnival Club. It is important to mention that, in the referred contest, the club conquered several titles, the most recent ones were 2004 and 2008Champion of Group II. The association counts 100 participants and has yellow and red as official colours; the symbol, displayed in its banner is the illustration of a woman on a beach, in allusion to Maracangalha, located at the seaside of Salvador (Bahia), place that inspired the song after which the association was named.

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Fundação | Foundation: 06/09/1958 Endereço | Adress: Rua Guaratuba, nº 6, Ibura (UR-2), Recife (PE) Referência: próximo ao Posto de Saúde da comunidade. Contatos | Contacts: (81) 3475-1495 | 9921-8244 Presidente | President: Rubem João da Silva

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Fred Jordão

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CLUBE CARNAVALESCO MISTO

ARRASTA TUDO

O Clube Carnavalesco Misto Arrasta Tudo foi fundado em 8 de março de 1937, no bairro de Beberibe. Seus fundadores são Manoel Pinto Ferreira, Alzira Pinto Ferreira, Waldemar Gomes (primeiro Presidente), Amaro Frutoso, Henrique Rildo e Alberto Moraes. O Clube tem suas origens na Troça Meninas de Ouro que em 1936 desfilava pela comunidade de Beberibe cantando frevo-canção e arrecadando dinheiro dos moradores para custear a bebida e a comida dos participantes durante o Carnaval. Essa característica peculiar fez com que a Agremiação fosse conhecida como “Arrasta Tudo”, nome assumido em 1937. Em 1947, a Agremiação substitui os instrumentos de pau e corda por uma orquestra de frevo-de-rua e em 1997 passa da categoria de Troça para Clube. O Arrasta Tudo tem como cores oficiais o azul e o branco e como símbolos dois Ciscadores, instrumento de limpeza que serve para arrastar a sujeira. Ainda possui músicas próprias gravadas, sendo a mais conhecida o frevo com o mesmo nome da Agremiação, composto por Roberval de Souza. Seu atual presidente é Ederlon Gomes da Silva. A Agremiação desfila com aproximadamente 140 integrantes da comunidade de Beberibe e adjacências (Dois Unidos, Caixa d’Água, Águas Compridas, Aguazinha e Linha do Tiro), percorrendo seu bairro sempre na TerçaFeira de Carnaval. O Clube ainda se apresenta no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco no qual conquistou 13 títulos, 8 de Campeão e 5 de Vice-Campeão, o último deles no Carnaval de 2008 no Grupo I.

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CLUBE DE FREVO The Clube Carnavalesco Misto Arrasta Tudo initiated its activities on 8 March 1937, in the district of Beberibe. Its founders are Manoel Pinto Ferreira, Alzira Pinto Ferreira, Waldemar Gomes (first president), Amaro Frutoso, Henrique Rildo and Alberto Moraes. The club has its origins in the Troça “Meninas de Ouro” (Golden Girls) that in 1936 used to parade in the community of Beberibe, singing Frevo-canção and raising money from the local people to pay for the food and beverages offered to the participants during the carnival. This peculiar feature made the association become known as Arrasta Tudo, which could be translated into English as “It Takes it all”, name that it assumed in 1937. In 1947, the club substitutes the wind and wooden instruments for a street-frevo orchestra and, in 1997, it changes from Troça to Clube Carnavalesco (club). The club has blue and white as official colours and as symbol two rakes, cleansing instrument that is used to drag the dirtiness, once the Portuguese word “arrasta” means to drag. It also has recorded original songs, among which the most famous is the frevo with the same name of the association, composed by Roberval de Souza. Its current president is Ederlon Gomes da Silva. The group parades with approximately 140 revellers from the community of Beberibe and neighbourhood (Dois Unidos, Caixa D’água, Águas Compridas, Aguazinha and Linha do Tiro), going through the community’s streets always on the Carnival Tuesday. The club also performs in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, in which it conquered 13 titles, 8 Championships and 5 ViceChampionships - the last of them was in the 2008 Carnival at Group I.

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Fundação | Foundation: 08/03/1937 Endereço | Adress: Av. Hildebrando de Vasconcelos, n° 736, Beberibe, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-3298 | 3449-2092 | 3449-5462 | 8630-1539 Presidente | President: Ederlon Gomes da Silva

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

TRANSPORTE EM FOLIA

Fotos: Otávio de Souza

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O Clube Carnavalesco Misto Transporte em Folia foi fundado em 20 de setembro de 1936 como Troça Carnavalesca Mista por Sr. Eliziário Lessa de Alcântara. Atualmente a Agremiação é presidida pelo seu filho, Paulo Lessa de Alcântara, que assumiu no ano de 2002 em decorrência do falecimento de seu pai, lembrado com muito orgulho como Babalorixá e carnavalesco. A Troça surgiu após uma corrida de saco realizada na estiva onde Eliziário trabalhava, da qual foi Campeão, e durante a comemoração resolveu fundar uma Agremiação para sair durante Carnaval no bairro de Afogados. Confeccionou um Estandarte nas cores verde, vermelha e amarela, com o desenho de um Caminhão carregado de açúcar no centro, e assim Transporte em Folia desfilou pela primeira vez. Para Paulo, um momento de grande satisfação ocorreu na década de 1980, quando a Agremiação passou para a categoria de Clube de Frevo, pois já havia conquistado diversos campeonatos como Troça. Outro fato que marcou a história do Clube foi um frevo que Maestro Nunes compôs para o fundador da Agremiação, intitulado Eliziário no Frevo. O Clube Transporte em Folia participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco com cerca de 200 pessoas, mas é no dia 20 de setembro que toda a comunidade participa da Agremiação, ao comemorar seu aniversário com um grande bingo, finalizando com um desfile pelas ruas do bairro.

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CLUBE DE FREVO The Carnival Club Transporte em Folia that English means “Transport in revelry”, was initiated on 20 September 1936 as a Troça by Eliziário Lessa de Alcântara. Presently, the Association is directed by his son, Paulo Lessa de Alcântara, who assumed the leadership in 2002, after his father’s death. This carnival reveller and 1T.N.Babalorixá is still remembered with much pride. The troça arose after a bag race in the wharfs, where Eliziário had worked, from which he was the winner and, during the celebration, he decided to create an Association to put in the streets at the Carnival, in the district of Afogados. He made a banner in green, red and yellow, with the illustration of a truck loaded with sugar in the middle, and, this way, Transporte em Folia paraded for the first time. For Paulo, a moment of great satisfaction happened in the decade of 80, when the carnival club was promoted to the category of Frevo Club, once it had conquered several championships as a Troça. Another significant fact in the history of the group was when conductor Nunes composed a frevo in homage to its the founder, entitled “Eliziário no Frevo”. The Club Transporte em Folia participates in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco with around 200 people, however, it is on the 20 September that the whole community meet to celebrate its anniversary with a great bingo, culminating with a parade through the streets of that district. 1T.N.

Fundação | Foundation: 20/09/1936 Endereço | Adress: Rua Piriá, n° 24, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3227-4661 | 8698-9491 Presidente | President: Paulo Lessa de Alcântara

Male Candomblé leader.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE CARNAVALESCO MISTO

REIZADO IMPERIAL

Fotos: Roberta Guimarães

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O Clube Carnavalesco Misto Reizado Imperial foi fundado como Troça Carnavalesca no dia 11 de janeiro de 1951, na Bomba do Hemetério, bairro de Água Fria. Foram seus fundadores: Geraldo de Almeida, José Cabral Filho, Arnaud Henrique, Augusto José de Souza e João José dos Santos. Como Troça Carnavalesca, o Reizado Imperial foi por três anos consecutivos (1973, 1974, 1975) Vice-Campeão do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco. Em 1987, por opção de seus sócios-fundadores, a Agremiação passa à categoria de Clube Carnavalesco, obtendo no ano 2002 o ViceCampeonato e em 2003 o título de Campeão do Concurso de Agremiações Carnavalescas. A Agremiação, que conta atualmente com 120 componentes, tem como símbolo um Rei, representando o personagem do Reisado, manifestação do Ciclo Natalino, e como cores oficiais o vermelho, o amarelo e o azul. O Clube Reizado Imperial tem à sua frente Geraldo Almeida, grande Mestre da cultura popular, figura de destaque na preservação e divulgação das manifestações culturais de Pernambuco.

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CLUBE DE FREVO The Carnival Club Reizado Imperial initiated as a Troça, on 11 January 1951, in Bomba do Hemetério, district of Água Fria. Its founders were: Geraldo de Almeida, José Cabral Filho, Arnaud Henrique, Augusto José de Souza and João José dos Santos. As a Troça, the association, for three consecutive years (1973, 1974, 1975), was vice-champion in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. In 1987, for a decision of its founder partners, the group turns to the category of Carnival Club, in which it obtained the vice-championship in 2002, and in 2003, the Champion title. The association counts, at the moment, 120 participants; its symbol is a king, representing the character of Reisado, a regional manifestation of the Christmas festivities; and the official colours are red, yellow and blue. The club Reizado Imperial is led by Geraldo Almeida, a great master in popular culture, an eminent activist in the preservation and dissemination of the cultural manifestations of Pernambuco.

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Fundação | Foundation: 11/01/1951 Endereço | Adress: Rua Arapixuma, nº 84, Bomba do Hemetério, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3444-9301 | 9102-3382 Presidente | President: Geraldo de Almeida Programação | Programme: A partir do mês de setembro até o Carnaval são realizados os Ensaios Abertos, sábados ou domingos, a partir das 21 horas. Open Rehearsals are held from September until the carnival, Saturdays or Sundays, at 21:00.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Marcelo Lyra

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CLUBE CARNAVALESCO MISTO

PÃO DURO

O Clube Carnavalesco Misto Pão Duro foi fundado no dia 16 de março de 1916. Em pleno domingo de sol, um grupo de rapazes resolveu aproveitar a praia do Pina. Sentindo fome, foram à procura de comida na padaria do bairro. Os rapazes encontraram apenas pão velho, já duro, que antigamente era chamado de marroque. Sem opção, eles compraram esses pães e saíram comendo. Um dos rapazes, fazendo graça, colocou o pão numa vara e saiu pulando e cantando pelas ruas. De imediato o grupo teve a idéia de fundar uma Troça Carnavalesca com o nome de Pão Duro. A Agremiação participou do Carnaval em 1917, seu primeiro Estandarte de lona foi pintado nas cores vermelha e verde, tendo ao centro um emblema com escudo de armas de Pernambuco e dois anjos ladeando um Pão. Em 8 de outubro de 1993, passa da categoria Troça para Clube Carnavalesco, mantém seus símbolos e cores oficiais e arrasta mais de 100 foliões durante o Carnaval. O Clube possui músicas próprias como a marcha número 1 Fogão e sua marcha regresso A chave e um segredo, ambas compostas por José de Barros. A primeira sede de Pão Duro foi no bairro do Cabanga, atualmente está situada no bairro de São José. As atividades do Clube estão divididas entre esta sede e a residência do Presidente, José Levino Xavier dos Santos, localizada na Avenida Central, 151 no bairro de Jiquiá, Recife, PE. Durante sua trajetória nesses quase 100 anos, o Clube tem sido de grande importância histórica para o Carnaval do Estado, tendo conquistado até hoje vários títulos no Concurso de Agremiação Carnavalesca do Recife.

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CLUBE DE FREVO The Carnival club called Pão Duro, or ‘Tough bread’, in English, had its creation date on 16 March, 1916. On an a absolute sunny Sunday morning, a group of young men decided to enjoy Pina Beach. Feeling hungry, they walked towards the neighbourhood´s bakery, where there was no fresh bread. With no alternative, they bought the old bread. One of them, making fun of the situation, plugged a loaf of bread in a stick (like a banner) and went on dancing and singing along the streets. Immedialtly, the group had the idea of founding a troça with the mentioned name. The carnival association took part in the 1917 Carnival. Its first banner was made of canvas in the colours red and green, with the illustration of Pernambuco’s Shield of Arms and two angels keeping a loaf of bread as its emblem. On 8 October 1993, it moves from the category of troça to the Clube Carnavalesco (Carnival Club) one. Yet, it still keeps its original symbols and official colours and gathers more the one hundred revellers at Carnival. The club has its own original songs as, for instance, Fogão and A Chave e um Segredo. The former is used to open the parade and the last to close it. They both were composed by José de Barros. Pão Duro’s first headquarters was located at a neighbourhood called Cabanga and nowadays it is at São José. The activities of the group are developed at its headquarters and at its president’s house. During its almost 100 years, the club has a great historical value to the Carnival of Pernambuco. Additionally, it has, up to the present date, conquered several titles in the Contest of Carnival Associations of Recife.

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Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 16/03/1916 Endereço | Adress: Avenida Central, n° 121, Jiquiá, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3074-3948 | 3075-0261 | 8776-4569 Presidente | President: José Levino Xavier dos Santos Programação | Programme: Começa a partir do mês de setembro nas segundas-feiras, uma vez por mês, das 20 às 22 horas. The rehearsals start in September, once a month, on Mondays, from 20:00 to 22:00.

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Caboclinhos TUPI GUARANY

Foto: Fred Jordão

TRIBO DE ÍNDIOS Oriundas do Estado da Paraíba, as Tribos de Índios são incorporadas ao Carnaval do Recife e muitas vezes confundidas com os Caboclinhos. Apresentam danças marcadas pela musicalidade indígena, com temáticas ligadas à luta, guerra, morte e ressurreição. As primeiras Tribos de Índios que se apresentam no Carnaval do Recife são a Tupi-Guarani (fundada em 1951), a Tupi-Papo-Amarelo (1962) e a Paranaguazes (1953), as duas primeiras fundadas no Estado da Paraíba e a terceira criada em Pernambuco sob influência paraibana. A Tribo de Índio TupiGuarani liderada por Perré, índio proveniente da Paraíba, que influencia o surgimento de outros grupos no nosso Estado, deixa como legado uma dança executada pelos Caboclinhos e pelas Tribos de Índios com seu nome. Assim como nos Caboclinhos, a apresentação conta com a presença de personagens e de Cordões de índios e índias. O PortaEstandarte normalmente abre o desfile, seguido do Cacique e da Cacica (alguns grupos também trazem Rei e Rainha), Puxante, Espião e Feiticeiro, finalizando com os Cordões. Estes se apresentam em duas fileiras: as índias de um lado, portando

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machadinhas, e os índios de outro com lanças na mão direita e escudos na mão esquerda, o que os distinguem dos grupos de Caboclinhos. Além desses elementos tem-se o conjunto de músicos e alas de crianças. Os participantes normalmente pintam o corpo de vermelho e usam camisas de cetim ou veludo com desenhos de escudos e machados no centro. A indumentária inclui os leques e cocares, sendo confeccionada com penas de peru, de pato, além de boá. O figurino, os adornos e o estandarte são ricamente decorados com franjas, lantejoulas e pedrarias. O Baque geralmente é composto de dois bombos (ou surdos), maraca (ou ganzá) e gaita. Executam músicas singulares, que influenciam diretamente na coreografia/evolução, momentos em que alguns grupos apresentam o perré, a macumba, a matança, (encenação de disputa pelo posto de pagé) e outras evoluções. As loas muitas vezes falam das guerras, de antigas lideranças, do próprio grupo e da religião. Assim como ocorre nos Caboclinhos, os Mestres das Tribos de Índios algumas vezes são seguidores da Jurema ou do Candomblé.

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Agremiações Carnalavescas Tribo de Índios TUPINAMBÁ

With its origin in the neighbour state of Paraíba, the Tribo de Índios (Indian Tribe) has been incorporated to the Carnival of Recife, being for times confused with the Caboclinhos. They present rather complex dances, accompanying the rhythm, marked by the Indian musicality with themes related to fights, war, death and resurrection. The first “Indian tribes” to parade in Recife were the Tupi-Guarani (founded in 1951), the Tupi-Papo-Amarelo(1962) and Paranaguazes (1953), the first two founded in Paraíba and the third in Pernanbuco, under the influence of that state. The Tribo Tupi-Guarani was led by Perré, an Indian descendant, who influenced the uprising of many other groups in Pernambuco, leaving a legacy that even includes a kind of dance, performed by the Caboclinhos and other Tribos, named after him. Like Cabloclinhos, the presentation includes the presence of characters and Indian rows of men and women. The Standard-Bearer normally opens the parade, followed by the male and female tribal chiefs, (some groups also present King and Queen), Puxante (Puller), Spy and Wizard and, in the end, come the rows. The rows are presented in two lines: women holding hatchets at one side, and in the other side, men with lances in the right hand and shields in the left, what differentiates them from the Caboclinhos. In addition, the association brings a rhythm ensemble and some of them present children rows.

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The participants normally paint the body in red and wear satin or velvet t-shirts, containing shields and axes drawings in the middle. The garments as well as the fans and cockades are crafted with turkey, duck feathers and boá – a sort of scarf made of plume, feathers or other synthetic materials. The outfit, the embellishments and the standard are luxuriously decorated with fringe, sequins and beads. The baque (beat) is generally composed of two drums (or bass drums), maraca (or ganzá) and harmonica. They perform singular music that directly influence this manifestation’s specific choreography – moment in which some members of the group present the perré, the macumba (magic), the massacre (theatrical part when the Indians fight to be established as Pajé – religious chief) and some other dances. The songs evoke wars, past leaders of the group itself or of the religion. As in Caboclinhos, the Tribo de Índios’ masters are major followers of 1T.N.Jurema or 2T.N.Candomblé, what confers a religious trace to the manifestation.

1T.N. A ritual involving the use of a drink prepared from the shrub of Mimosa Hostilis that is said to produce glorious visions. A religion based on African traditions with elements derived from Christianity, practiced chiefly in Brazil.

2T.N.

Foto: Gil Vicente

Foto: Fred Jordão

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Foto: Fred Jordão

TRIBO DE ÍNDIOS

Tribo de Índios TUPI GUARANY

Tribo de Índios TUPINIQUINS

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Agremiações Carnalavescas

TRIBO DE ÍNDIOS

TUPINIQUINS

Fotos: Gil Vicente

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A Tribo de Índios Tupiniquins foi fundada em 15 de janeiro de 1922, no bairro de Afogados, por José Manoel dos Santos, Inaldo Galdino da Silva, José Manoel da Silva e Maria José Correia da Silva. A partir da década de 1980, a Agremiação passa a desfilar no Concurso de Agremiações Carnavalescas, obtendo diversos títulos de Campeã e ViceCampeã. Disposta em duas filas, com Índias de um lado e Índios do outro, as primeiras portando machadinhas e os segundos portando pequenas lanças, a Tribo Tupiniquins apresenta-se com cerca de 60 integrantes, trazendo seus cocares de penas de garça, de ema ou de galinha e pequenos escudos. Conta ainda com o Terno de músicos, composto de gaitas, ganzás e surdos. Seu símbolo é o próprio Índio Tupiniquim e suas cores oficiais são o vermelho e o amarelo, influências da ligação da Agremiação com os cultos indígenas como a Pajelança e o Catimbó, que dão um toque místico à Tribo.

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TRIBO DE ÍNDIOS The Tribo de Índios Tupiniquins was founded on 15 January 1922, in the district of Afogados by José Manoel dos Santos, Inaldo Galdino da Silva, José Manoel da Silva and Maria José Correia da Silva. From the decade of 1980, the carnival society started to parade in the Contest of Carnival Associations from Pernambuco, either winning the championship or becoming in the second rank for several times. As a matter of fact, in 2007, it was, once more, the champion. Displayed into two rows, with women in one side holding hatchets and men in the other with small lances, the Tupiniquins make their presentation with about 60 participants, wearing heron, ostrich or hen- feathered cockades and small shields. It also has a rhythm ensemble composed of harmonica, bass drums and ganzá (rattle). Its symbol is the Tupiniquin Indian itself and its official colours are red and yellow, an influence of its affiliation to Indigenous rites as Pajelança (shamanism) and 1T.N.Catimbó, which confers a mystical touch to the manifestation.

Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 15/01/1922 Endereço | Adress: Rua do Maruim, n° 163, São José, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3448-1907 | 8715-9799 | 8734-3520 Presidente | President: Waldemira Trajano da Silva Programação | Programme: No mês de janeiro acontecem os ensaios abertos, às quartas-feiras, com início às 20 horas. In January, open rehearsals take place on Wednesdays, starting at 20:00.

1T.N.

Religion that mixes Indian practices and popular catholicism.

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Agremiações Carnalavescas

TRIBO DE ÍNDIOS

TUPINAMBÁ

Fotos: Fred Jordão

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A Tribo de Índio Tupinambá foi fundada, como Caboclinho, em 10 de fevereiro de 1980 por Sebastião José de Silva, no bairro de Areias. Após a morte de seu fundador/presidente, em 2000, a Tribo suspende suas atividades e passa dois anos sem desfilar. Em 2002, Cidiclei Simões (atual Presidente), devido à experiência de ter desfilado na Tribo de Índio Tupi Guarany durante 19 anos, entra em contato com a família de Seu Sebastião e pede autorização para dar continuidade ao Tupinambá. A partir de então, a Agremiação passa a desfilar como Tribo de Índio e a fazer parte da comunidade de Linha do Tiro. Hoje, desfila com aproximadamente 70 integrantes, entre crianças, jovens e adultos. Tem como cor oficial o vermelho, e como símbolos o Machado, a Lança e o Escudo, elementos presentes nos estandartes e nas fantasias. O figurino é idealizado pelo próprio Cidiclei que, com sua mãe, irmã e esposa, confecciona as fantasias, os adereços e os cocares. A sede funciona em sua própria casa e se estende por toda a rua, onde ocorrem ensaios e festas para as celebrações da Páscoa, do Dia das Mães, Dia das Crianças e Natal, todas organizadas pela diretoria da Agremiação para a comunidade.

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TRIBO DE ÍNDIOS The Indian-like association Tupinambá initiated as a Caboclinho, on 10 February 1980, by Sebastião José de Silva, in the district of Areias. After its founder/president’s death in 2000, the tribo suspends its activities and stops parading for two years. In 2002, Cidicley Simões (current president), due to the experience of having paraded in the Indian group Tupi Guarany for 19 years, gets in contact with Mr.Silva’s family and asks for their permission to give continuity to the Tupinambá. Henceforth, the group starts to parade as an “Indian Tribe” and to make part of Linha do Tiro community. Today, it parades with about 70 participants, including children, youngsters and adults. It uses red as official colour and an axe, a lance and a shield as symbols; such elements are present in the banners and costumes. The garb is designed by Cidclei himself who, together with his mother, sister and wife makes the costumes, cockades and accessories. His house hosts the headquarters, that extends along the whole street, where the rehearsals and parties for the celebration of Easter, Christmas, Mother’s and Children’s Day, all organized by the directory for the community, are held.

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Fundação | Foundation: 10/02/1980 Endereço | Adress: Rua Laje Grande, nº 96, Linha do Tiro, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 3451-3118 | 8825-2561 Presidente | President: Cidiclei Simões de Melo Programação | Programme: Os ensaios acontecem às quintas-feiras a partir das 19 horas do mês de agosto até o Carnaval. The rehearsals take place from August until the carnival, on Thrusdays at 19:00

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Agremiações Carnalavescas

TRIBO DE ÍNDIOS

TUPI GUARANY

Fotos: Fred Jordão

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O Clube de Índios Tupi Guarany foi fundado no bairro de Caixa d´Água (Olinda) em 15 de setembro de 1945, dando início à história das Tribos de Índio de Pernambuco, já que, até então, se tratava de uma manifestação cultural da Paraíba. Por iniciativa do paraibano Severino José da Silva, conhecido por Perré, a Tribo foi fundada com seus amigos Valdemar, José e Sebastião. Apesar de não se saber o real motivo de Perré ter voltado para a Paraíba, muitos líderes de outras Tribos de Índios, que brincaram no Tupi Guarany, falam do legado que Perré deixou relacionado ao formato, à musicalidade, à indumentária e, principalmente, às coreografias dessas Agremiações que, até hoje, executam uma evolução específica com o nome de Perré. As atividades do Tupi Guarany são assumidas por José Caetano de Oliveira, gaiteiro da Agremiação, que dá continuidade à brincadeira até abril de 2001, quando falece. Sua esposa, Dona Maria de Lourdes, que já estava na Presidência do grupo desde 1985, mantém a Agremiação até os dias de hoje. Desfila com uma média de 80 integrantes, tem como cores oficiais o vermelho e o amarelo e como símbolos a figura de um Índio, Setas e Machados, presentes no estandarte e nas fantasias. Foi Campeã de 1996 a 2003; em 2007, foi ViceCampeã e em 2008 conquistou mais um 1º lugar.

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TRIBO DE ÍNDIOS The Clube de Índios Tupi Guarany was created in the district of Caixa d´Água (Olinda), on 15 September 1945, initiating, thus, the history of the carnival Indian-like groups, called Tribos de Índios, in Pernambuco, once so far, it had been a cultural manifestation restricted to the state of Paraíba. By the initiative of Severino José da Silva, known as Perré, from that state, together with his friends Valdemar, José and Sebastião, the Tribo was founded. Even ignoring the real reason for Perré’s return to Paraíba, many leadears of other such groups, who had played at the Tupi Guarany, still comment on the legacy Perré has left, related to the configuration, musicality, garb and, principally, to the choreographies of these carnival clubs that still today perform a specific movement denominated Perré. José Caetano de Oliveira, harmonica player, takes charge of the Tupi Guarany activities, promoting, thus, the continuity of the ‘play’ until April 2001, time of his death. His wife, Mrs. Maria de Lourdes, who had already been at the group’s presidency since 1985, maintains the club until these days. This society has red and yellow as official colours and the figure of an Indian, arrows and axes, present in the banner and the costumes as official symbols; It parades with an average of 80 participants. It was the 1996 and 2003 winner at the Contest of Carnival Associations from Pernambuco; in 2007, it obtained the vice title and, in 2008, it conquered, once more, the championship.

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Categoria Única | Unique Category Fundação | Foundation: 15/09/1945 Endereço | Adress: 2ª Travessa Córrego dos Carneiros, nº 35, Caixa D’Água, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-7018 | 8627-7952 Presidente | President: Maria de Lourdes Brandão de Oliveira Programação | Programme: Os ensaios ocorrem a partir do mês de janeiro às quartas-feiras às 20 horas. The rehearsals start in January, on Wednesdays, at 20:00.

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Boi MALABÁ

Foto: Roberta Guimarães

BOI DE CARNAVAL

Com origens marcadas por uma forte presença religiosa, as manifestações artísticas que têm o Boi como figura central remontam à Antiguidade. No Brasil, sua presença está fortemente ligada à força motriz utilizada na pecuária e nos engenhos de açúcar do Nordeste. A “brincadeira” aparece no Carnaval do Recife como uma forma derivada do Bumba-meu-boi, auto de Natal que representa a morte e ressurreição do Boi. Os Bois de Carnaval são caracterizados pela simplicidade, improviso e irreverência, e levam para a rua uma grande variedade de personagens, classificadas como fi guras humanas, animais e fantásticas. Algumas são indispensáveis, como o Capitão, Mateus, Bastião, Catirina, Doutor, Padre, Arlequim, o Boi, a Ema, a Burrinha, o Babau, o Jaraguá, o Diabo, o Morto-carregando-o-vivo, a Caipora e o Mané Pequenino. Esses personagens fazem parte do “Boi de terreiro”. Ao migrar para

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o Carnaval a brincadeira acrescenta ou suprime personagens e ritmos. Diferentemente do Bumba-meu-boi ou Boi de terreiro, o Boi de Carnaval traz para a avenida apenas um cortejo aberto por um estandarte. Alguns grupos apresentam alas e cordões (como de pastorinhas, de baianas, de caboclos,), em outros o cortejo desfila livremente. A orquestra é formada por 2 bombos, ganzá, gonguê, recoreco (ou bage de taboca), sendo opcional o uso da alfaia, do tarol e da rabeca. Quem “tira” (canta) as loas é o tirador ou cantadeira, e as músicas podem ser compostas para o desfile ou improvisadas. O figurino dos Bois de Carnaval utiliza diversas estampas de chitão, distribuídas em quase todos os personagens. De maneira geral, as fantasias são simples, porém bastante originais, criadas de acordo com a história de cada figura.

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Agremiações Carnalavescas

Boi FACEIRO

Foto: Roberta Guimarães

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The cultural manifestations which have the bull (Boi) as the main character date back to ancient times, with their origins marked by a strong religious nature. In Brazil, their presence is linked to the economic propulsive force provided by this animal, both for the livestock and for the sugar mills of the Brazilian Northeast. The merrymaking arises in the Carnival of Recife as a derived form of Bumba-meu-Boi, Christmas play that represents the death and resurrection of the Bull. The Bois de Carnaval, expression whose literal translation could be “Carnival Bulls”, are characterized by the simplicity, mockery and improvisation; they take to the streets a great variety of characters, classified as human, animal and fantastic figures, some like the Captain, Mateus, Bastião, Catirina, Doctor, Priest, Harlequin, the Boi (Bull), the Brazilian Ostrich, the Donkey, Babau, the Jaraguá, the Devil, the Dead-carrying-thealive, the Caipora, and Mané Pequenino are indispensable. These characters compose the Boi de terreiro or Bumba-meu-boi. When they started to perform at the Carnival, these groups felt the necessity of adapting the ‘play’, either including or excluding characters and rhythms. Differently from the Bumba-meu-Boi, The “Carnival Bull” brings only a procession of characters

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to the avenue. In the parade, they normally bring the banner or a chart containing a message or a theme. Some groups present mixed or single rows (1T.N.pastorinhas, baianas, caboclos), however, in some such clubs, the characters parade freely. The orchestra is constituted by two drums, ganzá (rattle), gonguê (large metal cowbell like instrument), reco-reco (friction drum); the alfaia (wooden drum), the side-drum and the rabeca (rustic violin-like instrument) are optional (talves seja interessante fazer uma página com o nome dos instrumentos musicais usados pelas diversas agremiações, para evitar muitos parênteses). The person in charge of leading the loas (responsive songs) is called tirador for men and cantadeira for women; the songs may be composed specially for the very parade or improvised. The outfit makes use of varied colourful patterned cotton fabric, helping in the composition of almost all characters. In general, the costumes are simple but quite original, created in accordance with the story of each character. 1T.N.

Female singers, female dancers and Indians, respectively.

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BOI DE CARNAVAL

Foto: Roberta Guimarães

Boi MALABÁ

Foto: Fred Jordão

Boi CARA BRANCA DE LIMOEIRO

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Agremiações Carnalavescas

BOI

DA CARA BRANCA

Fotos: Fred Jordão

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O estandarte do Boi da Cara Branca indica sua fundação em 1941, mas não se tem registro de seus fundadores. Dona Olindina Clarinda, atual presidente, conta que existia um Boi em Prazeres – Jaboatão dos Guararapes, mas que não era registrado, “só era conhecido pelas calçadas do povo quando saía pra brincar”. O Boi ficou sem desfilar vários anos e, atendendo aos inúmeros pedidos da comunidade, Dona Olindina resolve resgatá-lo. Em 1990, com seus filhos e Seu Benedito, carnavalesco do bairro, funda a Associação Boi da Cara Branca. A “brincadeira” faz a alegria de toda a vizinhança, constituindo-se em

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momentos de encontro e numa das poucas opções de lazer da comunidade: “quem não brinca, assiste”. Além do aspecto lúdico, a Associação oferece cursos para formação de costureiras e cabeleireiras. Apesar de ser uma Agremiação do município de Jaboatão dos Guararapes, o Boi da Cara Branca apresenta-se no Carnaval do Recife com 30 componentes desde que retomou suas atividades. Em 2007, conquista o 1º lugar no Grupo I do Concurso de Agremiações Carnavalescas, passando a desfilar no ano de 2008 no Grupo Especial.

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BOI DE CARNAVAL The Boi da Cara Branca’s banner indicates 1941 as its foundation year; yet, there is no register of its founders. Mrs. Olindina Clarinda, present president, tell there was a Boi in the district of Prazeres – Jaboatão dos Guararapes but it has not been registered, “what all the people knew about it was that it would pass through the streets, playing on the pavement”. This Boi ceased parading for many years until Mrs Olindina, attending to the countless community requests, decides to revive it. Then, in 1990, together with her children and “Seu Benedito”, a carnival person of the neighbourhood, founds the association, whose English translation means “White Face Bull”. The “play” cheers up all the neighbourhood, promoting moments of social gathering in one of the few opportunities for leisure in the community: “those who don’t play, watch it”. In addition to the diversion it provides, the carnival club offers courses to form hairdressers and dressmakers. Despite the fact of being located in the municipality of jaboatão dos Guararapes, the Boi da Cara Branca participates in the Carnival of Recife, with 30 revellers, since it re-started its activities. In 2007, it conquers the first position at Group I, what made it ascend to the Special Group in 2008.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 10/12/1941 Endereço | Adress: Rua Estrada Velha do Jordão, nº 176, Prazeres, Jaboatão dos Guararapes (PE) Contato | Contact: (81) 3378-9535 | 8713-3453 Presidente | President: Olindina Clarinda da Silva Programação | Programme: Ensaios aos sábados e domingos, às 19 horas, a partir do Dia dos Santos Cosme e Damião (27/09). The rehearsals are held on Saturdays and Sundays, starting on St. Cosmas and St. Damian Day (27 September).

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Agremiações Carnalavescas

BOI

ESTRELA

Fotos: Fred Jordão

230 | B

Fundado em 4 de junho de 1985, o Boi Estrela surgiu de uma reunião entre amigos, no Pátio Histórico de Jaboatão dos Guararapes, que discutiam a formação de uma Agremiação para brincar no Carnaval da cidade. Na ocasião, surgem crianças tangendo Bois pelas ruas e um deles se destaca, seguido de pessoas com paus e pedras nas mãos. Essa situação dura alguns minutos e faz com que se defina a criação de um Bumba-meu-boi, que recebe o nome de Estrela. Dessa forma, desde o início de sua história o Boi traz uma estrela na testa, que o caracteriza.

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Seu atual presidente, Amaro Adelino, foi um dos nove fundadores do Boi Estrela e até hoje conduz a Agremiação. “Fundei essa brincadeira, o Boi pra mim é tudo. O Boi não saindo acaba comigo [...] contribuo com muito trabalho e amor à brincadeira. Vivo praticamente dentro do Boi”. Com mais de 80 participantes, o Boi Estrela é referência no Carnaval de Pernambuco, possuindo em sua galeria diversos troféus, placas, diplomas e medalhas. Acumula diversos títulos e seus últimos campeonatos foram na Categoria Única em 2003 e no Grupo Especial em 2006.

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BOI DE CARNAVAL On 4 June 1985, the Boi Estrela arouse in Jaboatão dos Guararapes, from a meeting of friends who were discussing about the creation of a fellowship to play at the carnival of that city. In the occasion, some children passed by running after bulls through the streets, among the animals, one of them called everyone’s attention, for not feeling intimidated. This situation lasted for some minutes, enough time for making the group decide on the creation of a bumba-meu-boi that received a name that means star (Estrela). For this reason, the”bull” brings in its forehead a star, symbol that characterizes it. His present president, Amaro Adelino, was one of the nine founders of Boi Estrela and, until these days, he has led the group. “I have founded this merrymaking, for me it is everything. If the boi ceases parading, I will feel destroyed [...] I contribute with much work and love for the ‘play’. In effect, I’m completely dedicated to the boi”. With more than 80 revellers, the fellowship plays an important role in the Carnival of Pernambuco, having collected all over the years various trophies, medals, plaques and certificates. It has also conquered several titles, among those the last ones were 2003 Champion of the Unique Category and 2006 Champion of the Special Group.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 04/06/1985 Endereço | Adress: Rua Boa Esperança, n° 24, Prazeres, Jaboatão dos Guararapes (PE) Contatos | Contacts: (81) 3479-3678 | 3479-1360 | 8860-7017 Presidente | President: Amaro Adelino da Silva Programação | Programme: Ensaiam às terças e sábados às 19 horas e realizam eventos na comunidade em datas comemorativas (Dia das Crianças, Dia do Folclore, Dia das Mães, etc.). The rehearsals start in August, on Tuesdays and Saturdays, at 19:00 and in special dates (Children’s Day, Mother’s Day and Folklore Day), they promote events in the community.

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Agremiações Carnalavescas

BOI

FACEIRO

Fotos: Roberta Guimarães

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Fundado em 15 de dezembro de 1997, como resultado de um projeto desenvolvido pelo Centro Cultural Leão do Norte (fundado no bairro dos Coelhos em 1995), o Boi Faceiro teve como objetivo primeiro a revitalização de um brinquedo popular em processo de declínio. Ao longo dos seus dez anos de atuação, realiza como resultado dos seus ensaios, apresentações e desfiles, ações pedagógicas e sociais na comunidade dos Coelhos, o que promove a transmissão de valores e saberes. Destaca-se pelo trabalho inovador, baseado em pesquisas sobre o folguedo, tendo conquistado o Campeonato na Categoria Única nos anos 2001/ 2002/ 2004 e 2005 no Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife e Campeão em 2007 do Grupo Especial. Com participantes de todas as idades, traz para a avenida mais de 200 pessoas provenientes da própria comunidade, mas também de outras cidades e até de outros países. O Boi Faceiro representou o Brasil e Pernambuco em uma turnê por diversas cidades da Alemanha, em comemoração aos 500 anos do Brasil (em 2000), e no Festival Nacional de Folguedos Populares (em 2007), na cidade de Teresina.

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BOI DE CARNAVAL Initiated on 15 December 1997, as the result of project developed by a cultural centre – Leão do Norte (founded in 1995) – the “Cheerful Bull”, as it might be called in English, had as main objective the revitalization of a popular decadent merrymaking. In its more than 10 years, it accomplishes, along with the rehearsals, performances and parades, pedagogical and social activities in Coelhos community, which, in turn, promotes the dissemination of values and knowledge. It is noticeable for the innovative work, based on research on the merrymaking, what led to the conquest of the championship in the Unique Category in the years 2001/ 2002/ 2004 and 2005 and 2007 championship of the Special Group, in the Contest of Carnival Associations of Recife. Composed of revellers from all ages, the association brings more than 200 people to the avenue – the great majority from the community, however, it also includes participants from other cities and even other countries. The Boi Faceiro represented Brazil and Pernambuco in a tour through several cities in Germany, in the 500 years of Brazil celebration (in 2000) and in a national festival of popular merrymakings (in 2007), in the city of Teresina.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 15/12/1997 Endereço | Adress: Rua Prof. Jorge Lobo, n° 31, Coelhos, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 8663-6112 | 9205-2229 Presidente | President: Aelson Ferreira da Hora Programação | Programme: A partir de março acontecem os ensaios às quartas e sábados, às 19 horas. From March on, they promote rehearsals on Wednesdays and Saturdays, at 19:00.

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Agremiações Carnalavescas

BOI

TEIMOSO

Fotos: Roberta Guimarães

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O Boi Teimoso foi fundado por Nelson José dos Santos, grande Mestre de Bumba-meu-boi, em 12 de fevereiro de 1935. Primeiramente, criou o Boi Mimoso no bairro da Torre; depois de ter brincado no Boi Misterioso do Capitão Antônio Pereira, é incentivado a criar o Boi Teimozo, na comunidade da Bomba do Hemetério, onde residiu por mais de 40 anos. Grande referência do Natal e do Carnaval do Recife, o Boi Teimoso acumula mais de 30 títulos do Concurso de Agremiações Carnavalescas. Apresentou-se em várias cidades de Pernambuco e de outros Estados, inclusive em Brasília na década de 50. Seu Nelson, além de participar de

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diversos congressos nacionais e internacionais para falar sobre seus saberes e seu “brinquedo”, atuou nos filmes Riacho de sangue e Canto do mar, o que contribuiu para a visibilidade da Agremiação. Depois do seu falecimento, em 2006, sua esposa, Dona Marina, assume a liderança do grupo, dando continuidade ao legado deixado por um artista que dedicou sua vida à“brincadeira do boi”, e mantendo vivas a beleza e a simplicidade de uma Agremiação que sempre abrilhantou o Carnaval do Recife. “Eu acho que tem muita coisa pra falar do boi, mas num termina nunca a brincadeira, a gente fica impressionado” (Seu Nelson).

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BOI DE CARNAVAL The association whose name could be translated as “Bullheaded” was founded by Nelson José dos Santos, a great bumba-meu-boi ‘master’, on 12 February 1935. He firstly created the Boi Mimoso in the district of Torre; after having ceased playing in the Boi Misterioso of “Capitão Antônio Pereira”, he was stimulated to start with Boi Teimoso, in Bomba do Hemetério community, where he has lived for 40 years. An acknowledged presence on Recife’s Christmas and Carnival, Boi Teimoso collects more than 30 titles in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. It has performed in several cities of Pernambuco and other states, including Brasília in the 50’s. Mr. Santos, besides participating in several national and international congresses to share his knowledge and talk about his merrymaking, he had participated in two films, namely Riacho de sangue and Canto do mar, what provided visibility to the group. After his death, in 2006, his wife, Marina, assumes the group’s leadership, giving continuity to the legacy left by an artist that dedicated his life to the “Boi play”, thus, keeping alive the beauty and simplicity of a society that has always embellished the Recife’s Carnival. “ I think there is pretty much to say about the boi, but the ‘play’ is by no means extinguished, we become really impressed” (Mr.Santos).

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 12/02/1935 Endereço | Adress: Rua Aramina, n° 43, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 3451-9871 Presidente | President: Marina dos Santos

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Agremiações Carnalavescas

BOI

MANHOSO

Fotos: Gil Vicente Maia

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Criado com o objetivo de “completar o ciclo de Agremiações existentes no bairro de Areias”, o Boi Manhoso foi fundado em 14 de fevereiro de 1972 na Vila das Lavadeiras por Genildo Lopes da Silva, Luzinete Costa da Silva e Reginaldo Severino da Silva, todos moradores da Vila. Segundo o atual presidente, Valdemir Vieira Cavalcanti, “... a Vila das Lavadeiras, como o próprio nome já diz, era formada só por lavadeiras. No fundo da casa existia um enorme tanque coletivo de lavar roupas e uma criação de bois e vacas soltos por toda a Vila [...] comiam tudo que viam pela frente, porém tinha um que gostava de comer sabão e ficava espumando muito. As lavadeiras tangiam os bois, mas o ‘comelão de sabão’ ficava, deitava e balançava o rabo para as lavadeiras que logo o apelidaram de Boi Manhoso. Então, no momento da fundação D. Luzinete, que era lavadeira, resolveu homenagear o boi comedor de sabão”. Atualmente, o Boi Manhoso consegue levar para as ruas uma média de 100 desfilantes, motivados pela criançada que traz vigor e alegria para a Agremiação. Ao longo de sua história, foi campeão do Grupo I em 2006, passando para o Grupo Especial em 2007 quando obteve o 4º lugar. Em 2008, conquistou a 3º colocação.

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BOI DE CARNAVAL Created with the objective of “completing the cycle of existent carnival associations in the district of Areias” the Boi Manhoso was founded on 14 February 1972, in the community Vila das Lavadeiras, by Genildo Lopes da Silva, Luzinete Costa da Silva and Reginaldo Severino da Silva, all dwellers from that community. According to Valdemir Vieira Cavalcanti, current president “...Vila das Lavadeiras (“laundresses alley”), as the name implies, was made up exclusively by laundresses. At the back area, there was an enormous collective cistern, used for the laundry and there was a little cattle of bulls and cows spread through out the surroundings […] they would eat everything they found; yet, there was one that used to eat soap and would slobber so much; then, he would lay down and wag his tail for them, who immediately coined him Manhoso, Portuguese word for charming. So, at the moment of the association’s foundation, Mrs. Luzinete Silva, who was a laundress, decided to pay homage to the soap-eating bull”. Nowadays, Boi Manhoso manages to take to the streets an average of 100 revellers, motivated by the children who bring vigour and cheerfulness to the group. In its trajectory, it was the 2006 Champion of Group I, ascending to the Special Group in 2007, when it obtained the fourth position. In 2008, it obtained the third position.

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Fundação | Foundation: 14/02/1972 Endereço | Adress: Rua Oiticica Lins, n° 689, Areias, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 3455-0806 | 8742-3261 Presidente | President: Valdemir Vieira Cavalcanti Programação | Programme: Os ensaios acontecem aos domingos, às 15 horas, a partir da última semana do mês de setembro, até o carnaval. The rehearsals start on the last week of September and are held on Sundays, at 15:00, until carnival.

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Agremiações Carnalavescas

BOI

CARA BRANCA DE LIMOEIRO

Fotos: Fred Jordão

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O Boi Cara Branca foi fundado em 5 de agosto de 1996 na cidade de Limoeiro, interior do Estado de Pernambuco, por Adilson Lopes da Silva e seu amigo Inaldo. Como Adilson já havia brincado em diversos Bois: Boi Leão, Boi Misterioso, Boi Coração e Boi Estrela, todos de Limoeiro, foi incentivado a fundar sua própria Agremiação. O nome da Agremiação foi criado em virtude da presença de vários bois, num matadouro próximo à sede do Boi Coração, que despertavam sua atenção por serem pretos com a cara branca. Diferentemente dos Bois de Carnaval do Recife, o Boi Cara Branca é classificado por seus integrantes como “boi de caboclinho”, trazendo caboclas e caboclos, trajados com penas, plumas, cocares, atacas e diversos elementos associados à indumentária dos caboclinhos. Essa influência indígena também está presente nas loas (cantadas durante o desfile) e no próprio Estandarte, que traz a figura de um Índio como símbolo da Agremiação. Desfila com cerca de 40 participantes, residentes de Limoeiro, e tem como cores oficiais o azul e o branco. Desde sua fundação, o Boi Cara Branca apresenta-se em sua cidade, onde obteve o 1º lugar do Concurso em 1998 e 2001. Desfila no Recife desde 2003, nos Pólos de animação, mas só em 2008 participou do Concurso de Agremiações Carnavalescas, conquistando o Vice-Campeonato do Grupo I.

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BOI DE CARNAVAL The Boi Cara Branca was founded on 5 August 1996, by Adilson Lopes da Silva, in the city of Limoeiro, in the interior of Pernambuco. Since Adilson had played in several other Bois, such as Boi Leão, Boi Misterioso, Boi Coração and Boi Estrela, all of them from Limoeiro, he became interested in creating his own carnival fellowship. The name of group owes to the presence of several bulls, in a slaughterhouse, situated in the whereabouts of Boi Coração’s site, which called Adilson’s attention for being black with a white face. Differently from the carnival Bois of Recife, the Boi Cara Branca is classified by its members as a“Caboclinho Boi”, composed of caboclos and caboclas (indians), adorned with feathers, plumes, cockades, atacas (bracelets for wrist and ankle) and several elements related to the Caboclinhos garb. This indigenous influence is also found in the responsive songs, called Loas (sung during the parade) and in the banner itself that carries the illustration of an indian, symbolizing the fellowship. It parades with about 40 participants, adopting blue and white as official colours. Since its foundation, Boi Cara Branca has perfomed in its own city, where it obtained the number one position in the 1998 and 2001 Contest. In Recife, it parades since 2003, at the decentralized stages of the festival, but only in 2008 it started to participate in the Contest of Carnival Associations, obtaining the vice-championship of Group I.

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Fundação | Foundation: 05/08/1996 Endereço | Adress: Rua Mons. Jerônimo de Assunção, nº 332, Centro, Limoeiro (PE) “Rua da Barriguda” Contatos | Contacts: (81) 9226-0250 | 9677-7612 Presidente | President: Adilson Lopes da Silva Programação | Programme: Os integrantes se reúnem todos os domingos na sede, mas os ensaios ocorrem durante o mês de janeiro a partir das 9 horas. The members usually meet every Sunday in the association’s headquarters but the rehearsals only start in January, also on Sundays, at 9 o’clock.

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Agremiações Carnalavescas

BOI

MALABÁ

Fotos: Roberta Guimarães

O Boi Malabá foi registrado como Troça Carnavalesca no dia 2 de março de 1987 por Renilson (mais conhecido por Mestre Caboclo) e quatro amigos, 240 | 241 todos residentes do Alto do Pascoal. Mestre Caboclo conta que sua história na “brincadeira” do Boi começou por influência de “Seu Nelson” (1917-2006), seu pai adotivo e Mestre do Boi Teimoso, que o incentivou a criar sua própria Agremiação. Criado em 1980, quando desfilava apenas na própria comunidade, foi assim “batizado” pelos fundadores ao identificarem no dicionário a palavra Malabá como “rei dos bois”. Desfila atualmente com uma média de 60 integrantes, reunindo a família do “Seu Renilson” (filhos e netos) e grande parte da vizinhança. De acordo com Sandra Barros, filha do presidente e também uma das lideranças da Agremiação, o Boi envolve toda a família: sua mãe é a costureira, seu marido, Anderson Santos, é compositor e faz parte da orquestra, e seu filho Maykon, de 5 anos, desfila no Boi tocando maracá. O personagem central da Agremiação, o Boi Malabá, é sempre preto e branco. Traz um cravo branco preso entre um chifre e outro, que o diferencia dos outros Bois de Carnaval. Essa particularidade também está presente na música que marca o desfile da Agremiação: “O Boi Malabá é uma beleza / ele é um cravo branco / é uma luz acesa”. No carnaval de 2008, foi campeão no Grupo I do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, passando para o Grupo Especial. Para os próximos anos a diretoria do Boi Malabá pretende organizar um projeto voltado para crianças e jovens da comunidade, oferecendo cursos como percussão, costura, bordados, etc.

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BOI DE CARNAVAL The Boi Malabá was only registered as a Troça, on 2 March 1987, by Renilson (mostly known as “Mestre Caboclo”) plus another four friends, all of them dwellers from Alto do Pascoal. Mestre Cabolclo tells that the story of the “merrymaking” initiated under the influence of “Seu Nelson” (1917 – 2006), his step father and ‘master’ of Boi Teimozo, who stimulated him to create his own association. Created in 1980, it used to parade only in the very community. It received this name for the founders have discovered the word Malabá in the dictionary and its respective meaning: “king of the cattle.” Currently, it parades with an average of 60 participants, gathering together Renilson’s family (children and grandchildren) and part of the neighbourhood. According to Sandra Barros, the president’s daughter and also a leader of the association, theBoi involves the whole family: her mother is the dressmaker, her husband, Aderson Santos, is the composer and integrates the orchestra; her son Maykon, a five year old boy, takes part playing maracá, a sort of rattle. The main character of the association, the Boi Malabá is always black and white. It brings along a white carnation tied between the horns, what differentiates it in relation to other such associations. This peculiarity is also present in the song that marks its parade: “Boi Malabá is such a grace / it is a white carnation / such an illumination”. In the 2008 carnival, it was the the Group I winner, in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, rising to the Special Group. For the upcoming years, the directory of Boi Malabá intends to develop a project addressed to children and youngsters from the community, offering percussion classes, dressmaking, embroidering courses, etc.

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Fundação | Foundation: 02/03/1987 Endereço | Adress: Rua São Rafael, nº 237, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-9797 | 8789-4457 | 8752-6359 Presidente | President: Renilson Siqueira de Barros | Sandra Cristina de Sá Barros Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir do mês de setembro aos sábados e domingos, às 18 horas. The rehearsals start in September, on Saturdays and Sundays at 18:00.

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LA URSA OU URSO

Urso BRANCO DO ZÉ

Foto: Fred Jordão

LA URSA OU URSO A presença do Urso no Carnaval pernambucano é herança européia. A longa convivência com o animal, desde tempos primitivos, promove sua incorporação às tradições culturais desses povos. Ao extrapolar o universo utilitário (como alimento, uso da pele, etc.), o Urso ganha imensa representatividade no imaginário popular. Inúmeros registros na literatura, nas canções, na mitologia, no anedotário e até nos rituais religiosos o traduzem. No Brasil, a ocorrência do Urso tem início no século XIX com os imigrantes italianos. Entre eles, a comunidade cigana ligada à arte circense que, entre outros espetáculos, apresenta ursos “amestrados”. Esse número populariza a imagem do animal e o insere definitivamente na cultura nordestina. A “brincadeira” se caracteriza pela presença de um homem fantasiado de Urso, o Italiano ou Domador e do Caçador, acompanhados de alguns músicos. Falar em La Ursa, denominação popular da manifestação nos remete à brincadeira de rua, onde crianças batem latas, dançam e catam: “La Ursa quer dinheiro, quem não dá é pirangueiro”.

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Os Ursos que participam do Concurso de Agremiações Carnavalescas apresentam diversos outros elementos como Porta-Cartaz (uma espécie de estandarte); Tema; Faixa ou Abre-Alas (com o nome do Urso, ano de desfile e tema); Alas e Cordões; e uma Orquestra. As músicas são cantadas por um Coral, normalmente em ritmo de marchinhas, xotes, baiões, polcas e xaxados, com letras que podem falar da própria “brincadeira”, do Tema que o Urso traz para a avenida, ou ainda canções de duplo sentido associando o Urso à figura de um amante. Os principais instrumentos da Orquestra são: sanfona, triângulo, pandeiro, reco-reco, violão, tarol e surdo, podendo incluir cavaquinho, banjo e ganzá. A história e a função de cada personagem (ou figura) muitas vezes mudam de grupo para grupo. O Urso dança preso ao Caçador por uma corda ou corrente e, em alguns momentos do desfile, foge e simula ataques ao público. O Caçador traz uma espingarda e exibe o Urso capturado. O Italiano representa um “gringo”, com uma maleta de dinheiro, como vendedor do Urso ou tentando comprá-lo.

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Urso BRANCO DO ZÉ

Fotos: Fred Jordão

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The presence of or (Bear) in the Carnival from Pernambuco represents a European inheritance. The long acquaintance with the animal, from primitive times, promotes its incorporation to the cultural tradition of these peoples. By extrapolating the utility universe (meat, skin, etc.), The bear gains space in the domain of popular imagery, evidenced in countless registers in literature, songs, mythology, anecdotes and even religious rites express it. In Brazil, the uprising of the bear occurs in the beginning of the XIX century with the Italian immigrants. Among them, the gypsy community linked to the circusy art that, amidst other spectacles, presents trained bears. This number popularizes the image of the bear and inserts it definitively in the north-eastern culture. The “play” was initially characterized exclusively for the presence of a man wearing the Bear costume, the Italian or Tamer and the Hunter, accompanied by some musicians. Until today, when one thinks of , popular name for the “play”, it is common to imagine children playing in the streets during Carnival, beating tins, pulling someone fancy dressed as a bear, shouting something that resembles the “treat-or-trick”, which precisely means “Bear wants money, who does not give it is stingy”. The that participate in the Carnival Associations Contest

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present various other elements as Chart-Bearer (a sort of banner), theme, 1T.N.or Banner (with the name of the bear, parade year and theme); rows and an orchestra. The songs are sung by a choir, normally in the rhythm of old carnival songs, polkas and typically north-eastern music as and containing lyrics related to the “play” itself, to the theme worked, or still double entendre songs, taking advantage of the ambiguity of the correspond Brazilian Portuguese word for bear that is also a slang to mean male lover. The main instruments of the orchestra are accordion, triangle, tambourine, - (friction percussion), guitar, bass drum and side-drum. It can also include (tiny guitar), banjo and (rattle). The story and the function of each character frequently change from group to group. The Bear dances tied to the hunter by a rope or a chain and, in a certain moment of the parade, it escapes and simulates attacks to the public. The hunter takes a rifle and exhibits the captured bear. The Italian is called ‘gringo’, a Brazilian slang for European-like foreigners, he holds a case with money and either can act as the sailor or as the one who tries to buy the Bear. 1T.N.

Someone in featured costume that goes ahead of the rows.

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LA URSA OU URSO

Urso BRANCO DO ZÉ

Urso TEIMOSO DA TORRE

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Agremiações Carnalavescas

URSO

BRANCO DO ZÉ

Fotos: Fred Jordão

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De acordo com Dona Maria de Lourdes, fundadora e atual Presidente, “o Urso Branco do Zé é de entidade”. Surgiu no Centro Espírita Mãe Oxum, por solicitação de um Mestre (“Seu José”), que pediu aos participantes que fizessem um Urso de Carnaval. O Centro funcionava no bairro de Quitandinha (Jaboatão dos Guararapes) e, com o Urso, mudou-se para Peixinhos (Olinda), onde funciona a sede atualmente. Além de Dona Maria, Roberto da Silva, Maria José Barbosa, Amaro de Lira, Luiz de Lira, Luzia de Lira e Severino Francisco fundaram o Urso Branco do Zé em 9 de fevereiro de 1992. As cores da Agremiação são o amarelo e o azul, em referência aos orixás Oxum e Iemanjá. O Urso Branco do Zé diferencia-se dos outros grupos pelo uso de fantasias luxuosas, criadas pelo estilista Cazuza. “Minha gente, o Urso não vai ficar só naquilo ali, ‘roupa estampadinha’... Acabou aquilo, criatura! ...então a gente ficou assim estilizado” (Dona Maria). Com cerca de 150 participantes, grande parte das pessoas que brinca no Urso são jovens, provenientes do próprio bairro, mas também de Pau Amarelo (Paulista) e de Quitandinha (Jaboatão), comunidade de origem. Os principais títulos do Urso Branco do Zé foram conquistados em 2002 e 2004 da Categoria Única e Vice-Campeã em 2007 do Grupo Especial.

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LA URSA OU URSO According to Mrs. Maria de Lourdes, initiator and current president, the Urso Branco do Zé, whose English translation is ‘Zé’s White Bear’, belongs to a spiritual entity”. It came up in the Spiritualist Centre Mãe Oxum as a request by a spirit Master José (Zé), who asked the participants to make a carnival bear. The Centre was situated in the district of Quitandinha (Jaboatão dos Guararapes), and, with the bear, it moved to Peixinhos (Olinda), where it is placed now. Together with Mrs. Maria de Lourdes, Roberto da Silva, Maria José Barbosa, Amaro de Lira, Luiz de Lira, Luzia de Lira and Severino Francisco founded the Bear, in 9 February 1992. The colours of the Association are yellow and blue, as a reference to the orixás (African deities) Oxum and Iemanjá. The Urso Branco do Zé is diferentiated from other groups for the use of luxurious costumes, a creation of the stylist Cazuza. “Hey, everybody, the Bear can’t repeat the old formula of ‘printed clothes’...Come on, it’s too old-fashioned! ...so, we became stylish.” (Maria de Lourdes). The bear has approximately 150 players, most of them youngsters, from the very district and also from Pau Amarelo (Paulista) and from Quintandinha (Jaboatão), original community of the carnival fellowship. The main titles conquered by Zé’s White Bear were in 2002 and 2004 in the Unique Category and Vice-Champion of the Special Group.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 09/02/1992 Endereço | Adress: Rua Selma Bandeira, nº 75, Vila das Pedreiras, Peixinhos, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 8811-2028 Presidente | President: Maria de Lourdes da Silva Programação | Programme: A partir do mês de novembro, ensaiam às quintas (19 horas) e domingos (16 horas) no Nascedouro de Peixinhos; anualmente comemoram o aniversário do Urso, festejando na própria sede no mês de fevereiro. Early in November, they rehearse on Thursdays (19:00) and Sundays (16:00), at Nascedouro de Peixinhos; every year they celebrate the Bear’s anniversary.

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Agremiações Carnalavescas

URSO

CANGAÇÁ

Fotos: Fred Jordão

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O Urso Cangaçá foi fundado em 3 de janeiro de 1983 por Johnson Arcanjo, João Eugênio e Zuleide Alves, no bairro de Água Fria. O nome Cangaçá vem de cangaço e significa troço velho, pois, inicialmente, o Urso brincava com roupas velhas, ao som de batidas de latas, percorrendo a comunidade. Em 1996, Cristina Andrade, atual Presidente do Urso Cangaçá, resolveu assumi-lo, revigorando um “brinquedo” que estava prestes a acabar. A partir de então, com a ajuda da comunidade, de artistas e amigos, consegue que o Urso seja Vice-Campeão, mantendo a posição por vários anos, e que em 2006 passou para o Grupo Especial, no qual é Bicampeão (2006/ 2007). O Urso Cangaçá, além dos elementos tradicionais, apresenta em seu conjunto a inovação, a força e a beleza de seus quase 200 brincantes, incluindo crianças, adultos e idosos. Está presente na Programação Oficial do Carnaval do Recife, sendo convidado a se apresentar, inclusive, em outros momentos festivos da cidade.

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LA URSA OU URSO The Urso Cangaçá was created, on 3 January 1983, by Johnson Arcanjo, João Eugênio and Zuleide Alves, in the district of Água Fria. This name comes from cangaço, a regional popular expression to mean worn-out, due to the fact that the former existent “bear” used to play with old clothes, at the sound of tin beats, going through the community. In 1996, Cristina Andrade, current president, decided to take charge of the bear and, this way, renewed the play that was about to be extinguished. Since then, with the community’s help, artists and friends, it managed to be vicechampion, holding the position for many years until 2006, when it ascended to the Special Group, in which it won two championships (2006/2007). The Urso Cangaçá, besides the traditional elements, presents in its ensemble the innovation, the force and the beauty of its almost 200 players, including children, adults and elders. It is present in the official programme of Recife’s Carnival, being also invited to parade in other festive moments of the city.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 03/01/1983 Endereço | Adress: Rua São Sebastião, n° 392, Água Fria, Recife (PE) Contato | Contacts: (81) 3444-5078 | 8803-7579 | 3444-8776 Presidente | President: Maria Cristina de Andrade

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Agremiações Carnalavescas

URSO

DA TUA MÃE

Fotos: Roberta Guimarães

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O casal Maria Celina da Silva e José Trajano da Silva, com seus filhos – Valdemira, Valdemir, Valdir e Valdeci – funda o Urso da Tua Mãe em 5 de setembro de 1989. De acordo com Dona Maria, o Urso surgiu de um grupo formado na comunidade do Coque: “...a gente tinha uma quadrilha, aí já viu! Uma “brincadeira” chama outra...” Na reunião de fundação, cada integrante propôs um nome para a “brincadeira”, e por ter sido entre todas as idéias a mais engraçada, escolheuse a denominação Urso da Tua Mãe. O primeiro desfile, ainda na categoria Aspirante, foi realizado com fantasias emprestadas, porém, mesmo diante das dificuldades, o Urso reconhecidamente passa a concorrer no Grupo II, do Concurso de Agremiações Carnavalescas. Foi Campeão do Grupo I e passa para o Grupo Especial em 2008. O símbolo da Agremiação é o próprio Urso, presente nas cores cinza e branca no estandarte e nos adereços conduzidos pelos cordões de figurantes. Sai com mais de 70 integrantes, com a participação efetiva da família Trajano da Silva e da comunidade. A cada ano o Urso da Tua Mãe traz uma música inédita para a avenida, criadas por Antônio Paulino, que, além de compor, “puxa” as marchas durante o desfile.

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LA URSA OU URSO The couple Maria Celina da Silva and José Trajano da Silva, with their children – Valdemira, Valdemir, Valdir and Valdeci – on 5 Setember 1989, founded the Urso Tua Mãe, whose translation means Your Mother’s Bear. According to Maria Celina, the bear was created by a group from Coque community: “...we had a typical north-eastern country-dance group, you know, a ‘play’ attracts another...” At the initial meeting, each participant suggested a name for the play, and for being, among all the ideas, the funniest, due to the ambiguity involved, the denomination Urso da Tua Mãe was chosen. In the first parade, still in the Aspirant Category, they used borrowed costumes; nonetheless, the carnival society admittedly has been promoted to participate in Group II at the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. It has been the champion of Group I and, in 2008, it starts to take part in the Special Group. The symbol of the association is the Bear itself, illustrated in grey and white in the charts and embellishments used by the participants of the rows. It goes to the streets with more than 70 people, with massive participation of the Trajano da Silva family and the community. Each year the Urso da Tua Mãe brings an original song to the streets, composed by Antônio Paulino that additionally undertakes the singing during the parade.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 05/09/1989 Endereço | Adress: Rua do Maruim, nº 163, São José, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3448-1907 | 8715-9799 Presidente | President: Valdemira Trajano da Silva Programação | Programme: Os ensaios acontecem na própria sede a partir do mês de novembro se estendendo até janeiro. The rehearsals are held at the association’s headquarters, from November until January.

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Agremiações Carnalavescas

URSO

ZÉ DA PINGA

Fotos: Fred Jordão

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O Urso Zé da Pinga foi fundado em 2 de agosto de 1985, no bairro do Pina, por participantes do Centro Ilê Axé Oxóssi Gongobira, ligado à religião Jurema Sagrada. De acordo com Edileuza, atual presidente, a idéia “...partiu de uma brincadeira no nosso Centro. Mestre José da Pinga, nossa entidade, é muito brincalhão e disse que quando era ”matéria” gostava muito de mulher e adorava ser o ‘urso’...”. Depois desse fato, resolveram consultá-lo sobre a organização de um Urso de Carnaval e, recebida sua autorização, fundaram o Zé da Pinga. Inicialmente, “brincava” apenas na comunidade e em bairros próximos, sendo convidado posteriormente para participar do Concurso de Agremiações Carnavalescas no centro do Recife. Começou em 1992, na categoria Aspirante, no decorrer dos anos conquistou o 1º lugar em 2005, e atualmente faz parte do Grupo Especial. Com mais de 150 participantes provenientes da própria comunidade, a Diretoria do Urso Zé da Pinga promove oficinas de confecção de Instrumentos, Costura e Bordados, nas quais são produzidas as fantasias. A cada ano, o Urso leva um tema novo para o desfile e uma marcha inédita de acordo com a história. Representando o Mestre José, um rapaz desfila vestido com suas cores - o preto e o vermelho.

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LA URSA OU URSO The Urso Zé da Pinga (Zé da Pinga Bear) was founded on 2 August 1985, in the district of Pina, by the members of the Ilê Axé Oxossi Gongobira Spiritualist Centre, linked to the 1T.N.Sacred Jurema religion. According to Edileuza, the president, the idea “...came from a ‘joke’ in our Centre. Master José da Pinga, our spiritual entity, is very playful; he said that when he was material (alive), he was very fond of women and loved to be the ‘bear’(lover)”... After this, they decided to consult him on the organization of a Carnival Bear, and, having received his permission, they created the Zé da Pinga. Initially, it used to play only in the community and in the neighbourhood; later, it was invited to take part in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. It started in 1992, in the Aspirant Category and went on for many years, when in 2005 it conquered the first position in the rank. Now it integrates the Special Group. With more than 150 participants from the very community, the Direction of Zé da Pinga promotes workshops on the manufacture of the instruments, needlework and embroidering, in which the costumes are produced. Every year, the group works on a new theme and on an original related song for the parade. Representing Master José, a young man parades wearing his colours - black and red. 1T.N. A ritual involving the use of a drink prepared from the shrub of Mimosa Hostilis that is said to produce glorious visions.

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Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 02/08/1985 Endereço | Adress: Rua Eurico Vitrúvio, nº 483, Pina, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3463-6666 | 8742-6330 Presidente | President: Edileuza Lira da Silva Programação | Programme: Os ensaios ocorrem nas semanas pré-carnavalescas aos sábados às 19 horas; e anualmente acontece a Festa para o Mestre José (em 2 de fevereiro). The rehearsals occur on the pre-carnival weeks, on Saturdays at 19:00; once a year, on 2 February, there is the party for Master José.

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Agremiações Carnalavescas

URSO

TEXACO

Fotos: Fred Jordão

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O Urso Texaco foi fundado no bairro de Campo Grande no dia 8 de janeiro 1958. Num período próximo ao Carnaval, um grupo de amigos, reunido num bar, teve a idéia de fundar uma Agremiação. Após decidirem pela criação de um Urso, surgiu a polêmica para a escolha do nome da brincadeira. De acordo com registros deixados por Albérico Simões, um dos seus fundadores, como o bar onde se reuniam ficava em frente a um posto de gasolina Texaco, um dos amigos sugeriu colocar esse nome no Urso, sendo aprovado pelos demais. Após o falecimento de “Seu Alberico”, houve uma reunião para fundar oficialmente o Urso Texaco, que foi registrado como Troça Carnavalesca Mista Urso Texaco, em 20 de dezembro de 1999. Hoje, o Urso conta com mais de 70 integrantes, que dão continuidade à brincadeira criada há 50 anos. Em 2003, houve uma nova eleição, na qual a atual diretoria foi eleita, tendo como presidente Degenildo Trajano da Silva. No Carnaval de 2008, o Urso Texaco foi Campeão do Grupo I no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, passando para o Grupo Especial.

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LA URSA OU URSO The Urso Texaco initiated its activities in the district of Campo Grande, on 8 January 1958. In a short period before Carnival, a group of friends, gathered in a bar, had the idea of founding a carnival association. After having decided on the creation of a bear, there came the hesitation on the choice of a name for the merrymaking. According to the accounts left by Albérico Simões, one of its founders, since the bar where they used to meet was opposite a Texaco gas station, one of those men suggested to put that name in the bear and the others agreed. After Mr Albérico Simões’ death, there was a meeting with the objective of officially founding the society that came to be registered as Troça Carnavalesca Mista Urso Texaco, on 20 December 1999. Today the group counts more than 70 participants, who give continuity to the ‘play’ initiated 50 years ago. In 2003, there was a new election in which the present directory was elected, with Degenildo Trajano da Silva as the president. At the 2008 Carnival, the Urso Texaco was the Champion of Group I, in the contest of Carnival Associations of Pernambuco, rising to the Special Group.

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Fundação | Foundation: 08/01/1958 Endereço | Adress: Rua Professor José dos Anjos, nº 321, Arruda, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 9211-6255 | 8623-0096 Presidente | President: Degenildo Trajano da Silva Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir de setembro, na rua da sede. The rehearsals start in September, on the headquarters street.

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Agremiações Carnalavescas

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TEIMOSO DA TORRE

Fotos: Fred Jordão

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O Urso Teimoso da Torre foi fundado em dezembro de 1978, ano em que amigos moradores do bairro da Madalena se mobilizaram na organização de uma rifa com o objetivo de custear o desfile da Agremiação no Carnaval de 1979. Entretanto, a quantia arrecadada não atingiu o valor esperado. Mas isso não desanimou Gildo da Silva Oliveira, fundador e ainda Presidente do Urso, que comprou o que foi possível e colocou a Agremiação na rua. Por isso, o Urso chama-se Teimoso. O Grupo Folclórico Urso Teimoso da Torre conta com a participação de aproximadamente 60 brincantes e traz no porta-cartaz a imagem de um Urso e do seu Caçador como símbolos. No Carnaval, além de desfilar pelas ruas da comunidade e Pólos descentralizados do Recife, faz diversas apresentações, até mesmo fora do Estado de Pernambuco. Recentemente viajou para o Paraná a fim de abrilhantar a festa naquele Estado. Em 2008, gravou o seu primeiro CD com apoio da Secretaria de Cultura do Recife, iniciativa que registra, valoriza e divulga essa manifestação e a Agremiação em especial.

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LA URSA OU URSO The group entitled Urso Teimoso da Torre, whose possible English translation could be “Bullheaded Bear from Torre Folkloric Group”, was founded in December, 1978. In that year, a group of friends, dwellers from the neigbourhood of Madalela, got together and organized a raffle to cover the expenses with the association’s parade for the 1979 Carnival. Yet, the amount of money raised did not reach the target. This fact, though, did not discourage Mr Gildo da Silva Oliveira, founder and still president of the carnival society, who bought everything he could and put the group on the street. For this reason, the “Bear” has received such a name. The folkloric group has approximately 60 s and brings in its banner the illustration of a bear and his hunter as a symbol. At Carnival, besides parading along the streets of the community and main official stages of the festival, it makes various other performances, even outside the state. Recently, for instance, it has travelled to Paraná to brighten the festival in that Brazilian state. In 2008, the group released its first CD with the support of the local Departament of Culture, an endeaveour that preserves, valorizes and gives visibility to this cultural manifestation, in general, and to the group, in particular.

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Fundação | Foundation: 08/12/1978 Endereço | Adress: Rua Dom Helder Camara, n° 123, Curado V, Jaboatão dos Guararapes (PE) Contatos | Contacts: (81) 9931-1237 | 3249-6018 Presidente | President: Gildo da Silva Oliveira Programação | Programme: Todos os domingos à tarde, a partir do mês de janeiro, até a Semana PréCarnavalesca. The rehearsals are held on Sundays afternoon, from January until the PreCarnival week.

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EQUIPE TÉCNICA Idealização, Concepção e Supervisão do Projeto Manoelzinho Salustiano, Lêda Alves, Marcelo Varella e Maurício Cavalcanti Realização Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco (AMBS) Prefeitura do Recife Patrocínio Banco do Brasil Coordenação de Pesquisa Eduardo Pinheiro Pesquisa e textos Alzenide Simões, Carmem Lélis, Eduardo Pinheiro, Hugo Menezes, Leilane Nascimento e Mário Ribeiro Colaboração Cássio Raniere e Marcelo Miranda Supervisão de textos Carmem Lélis Revisão de Textos Norma Baracho Araújo Tradução de Textos Roxana Siqueira Produção Executiva Paz Brandão, Marcelino Bandeira, Diogo de Sá, Jairo José da Silva, Marcílio Bernardo e Maria das Graças Apoio Jurídico Carolina Rangel Pinto Programação Visual e Diagramação DG Design Gráfico | Dulce Lôbo e Germana Freire Colaboração: Cristiana Nóbrega Fotos Fred Jordão, Roberta Guimarães, Gil Vicente Maia, Otávio de Souza e Marcelo Lyra DVD | Produção e Edição TOM Produções TV Viva - Centro Luiz Freire de Pesquisa e Documentação Impressão Companhia Editora de Pernambuco (CEPE) Edição FCCR – Fundação de Cultura Cidade do Recife .

AGRADECIMENTO ESPECIAL A Associação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco – AMBS e as Agremiações Carnavalescas que fazem parte deste Catálogo agradecem ao ex-Prefeito do Recife João Paulo Lima e Silva, que mais uma vez demonstrou sensibilidade no trato com os nossos Artistas Populares e graças ao seu irrestrito apoio, foi possível a realização deste projeto. AMBS SPECIAL ACKNOWLEGEMENT The 1TNAssociação dos Maracatus de Baque Solto de Pernambuco – AMBS and the Carnival Associations that compose this catalogue are grateful to João Paulo Lima, exmayor of Recife, who has always demonstrated sensibility in dealing with our popular artists, and, thanks to his unrestricted support, the accomplishment of this project has been made possible. AMBS “Loose Stroke” Maracatus Association of Pernambuco. (esta mesma nota aparece no texto de Manoel Salustiano

AGRADECIMENTOS Mestre Salustiano (em memória), Godé do Piaba de Ouro, Lucivan, Gildo, Joab, Mané do Boi, Paulo Henrique, Aluisio Leondino, Biu Gordinho, Ana Paula Santos, João Paulo Lima e Silva, Lygia Falcão, Ruth Vieira, Solange Melo, Kalinne Medeiros, George Meireles, Leda Alves, Marcelo Varella, Maurício Cavalcanti, Paz Brandão, Lindivaldo Júnior, André Ananias, Fernando Albertim, Jaqueline Alcântara, Leonardo Dantas Silva, Evandro Rabello, Samuel Oliveira, Flávio Domingues, João Roberto Peixe, Maria do Céu, Fernando Duarte, Fernando Coelho, Fátima Pereira, José Libonati, Ada Siqueira, Simone Figueiredo, Beto Rezende, Sandra Bruno, André Brasileiro, Myriam Brasileiro, José Monteiro, Flávio Figueiredo, Bruno Siqueira, Valéria Bioca, Fátima Melo, Nena, Jussara, Anneliese Pires, Jucy Monteiro, Anastácia Alencar, Heloísa Arcoverde de Morais, Norma Baracho, Pedro Américo, Edvaldo Nóbrega, Neide Lino, Albemar Araújo, Zélia Sales, Graça Xavier, Paulinho Mafe, Gerson Victor, Walmir Chagas, Zoca Madureira, aos funcionários da Casa do Carnaval, do Núcleo de Concurso, do Núcleo Afro, da Companhia Editora de Pernambuco - CEPE, e a todos os diretores e integrantes das Agremiações Carnavalescas do Recife, Região Metropolitana e da Mata Norte, que participam deste Catálogo. NOTAS | NOTES 1. De um total de 103 Agremiações Carnavalescas selecionadas para fazer parte deste Catálogo, 13 delas não estão aqui representadas por razões e motivos alheios à nossa vontade. 1. From a total of 103 Carnival Associations, selected to make part of this Catalogue, for reasons independent of our will, 13 are not represented here. 2. As informações de cada Agremiação Carnavalesca, aqui contidas, são de inteira responsabilidade de seus respectivos representantes. 2. The information contained here, concerning each Carnival Association, is of entire responsibility of their respective representatives. 3. O conteúdo dos Textos de Abertura é de inteira responsabilidade de seus respectivos autores. 3. The Opening Texts content is of entire responsibility of their respective authors

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Este livro foi composto e editado eletronicamente em fontes Myriad Pro e Draft Place, capa dura e miolo em papel couchĂŞ fosco 145 g/m2 , costurado, com uma tiragem de 1.000 exemplares. Produzido pelo Parque GrĂĄfico da Editora de Pernambuco - CEPE, em agosto de 2009.

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Troça Carnavalesca Mista BATUTAS DE ÁGUA FRIA

Foto: Fred Jordão

TROÇA CARNAVALESCA

As Troças assemelham-se aos Clubes de Frevo. Saem pela manhã ou à tarde, apresentando-se nas ruas do centro ou do subúrbio recifense. Nas comunidades em que se originam, arrebatam homens, mulheres, crianças e idosos. O improviso, a descontração e a irreverência são a tônica no desfile dessas agremiações. A palavra “troça”vem do verbo “troçar”que significa “ridicularizar”, “escarnecer”, “zombar de”. Palavras que traduzem o verdadeiro espírito da brincadeira. O surgimento de uma Troça está quase sempre ligado a uma história pitoresca, brincadeira entre amigos. A organização de uma Troça no momento de sua apresentação obedece à seguinte seqüência: a diretoria, seguindo-se de balizas ladeadas por cordões, figuras de frente,

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passistas, fantasias de destaques, porta-estandarte e uma orquestra de metais, que encerra o desfile. De maneira geral, as Troças Carnavalescas são caracterizadas pelo horário de apresentação e simplicidade. Porém, temos a presença de alguns grupos tradicionais que trazem grandes orquestras, alas rigorosamente organizadas, temas, destaques grandiosos e são tão luxuosas quanto os Clubes de Frevo (noturnos), tornando-se o horário do desfile quase um determinante para a sua designação. Hoje, um grande número de Troças desfila no Carnaval do Recife; algumas filiadas à Federação Carnavalesca de Pernambuco; outras independentes, que se apresentam apenas em suas comunidades.

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Agremiações Carnalavescas

Troça Carnavalesca Comunitária Mista TÔ CHEGANDO AGORA

Fotos: Fred Jordão

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A Troça Carnavalesca Mista or simply Troça is similar to a Frevo Club, however, dimensionally smaller. They go out in the morning or in the afternoon, making their presentation in the central or in the peripheral streets of Recife. In their original community, they trail men, women, elders and children. The improvisation, relaxation and the irreverence are the stress in the parade of these associations. The word troça comes from the Portuguese verb correspondent to “mock” in English, which means to treat with ridicule or contempt; deride; words that translate the true spirit of the ‘play’: funny. The uprising of a troça is almost always related to a picturesque history, a joke or play originated in a friend gathering. In the street, the organization of a troça, in the moment of its presentation, obeys the assigned sequence: directory, followed by majorettes sided by rows, front people, dancers, featured costumes, banner-bearer and a metal orchestra. In general troças are characterized by time of presentation and their simplicity. Though, we have traditional groups that bring big orchestras, rigorously organized rows, themes, extravagant featuredcostumes as luxurious as the ones in the frevo club, being the time of the parade almost a determinant factor for its designation. Today, a great number of troças parade in the Carnival of Recife; some affiliated to the Carnival Federation of Pernambuco, others independent that only parade in their own communities.

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TROÇA CARNAVALESCA Troça Carnavalesca Comunitária Mista TÔ CHEGANDO AGORA

Troça Carnavalesca Mista FORMIGA SABE QUE ROÇA COME

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA MISTA

A MÃE É MINHA

Fotos: Fred Jordão

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Fundada no dia 16 de junho de 1999, no bairro do Prado, A Mãe É Minha foi uma iniciativa de D. Marlene Barbosa de Souza, que queria criar “um folguedo para brincar no carnaval”. A fundadora, que até hoje é a presidente, acionou sua família para com ela organizar uma Troça. O nome foi uma sugestão de um dos seus familiares que, entre outras sugestões, foi escolhido depois de uma divertida votação. O nome A Mãe É Minha recebeu aprovação unânime. A Agremiação tem como cores oficiais o azul e o amarelo e possui como símbolo uma Mulher (a mãe) carregando nos braços uma criança. Desfila tanto no Concurso de Agremiações Carnavalescas, realizado pela Prefeitura do Recife, quanto na própria comunidade, escolhendo um dos dias de festa para esta apresentação. A Troça conta com aproximadamente 300 componentes. Não possui sede própria e sua concentração acontece na casa da Presidente. Mesmo tendo sido fundada recentemente, a Agremiação já possui títulos de Campeã do Carnaval do Recife. Em 2007, sagrou-se Campeã do Grupo 1, com um desfile que homenageou os cem anos do Frevo. Essa vitória permitiu o retorno da Troça A Mãe É Minha para o Grupo Especial em 2008.

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TROÇA CARNAVALESCA Created on 16 June 1999, in the district of Prado, the troça, whose name means The Mother is Mine, was an initiative of Mrs. Marlene Barbosa de Souza, who wanted to create a “a frolic to play carnival”. The founder, and until now president, mobilized the family for together organizing a troça. The name was a suggestion of one of the family members that, among other names, was chosen after a funny election. The referred name received unanimous approval. The carnival group has blue and yellow as official colours and, as a symbol, the illustration of a woman (the mother) carrying a child in her arms. It parades both in the Contest of Carnival associations and in its own community, in a previously selected carnival day. The troça has approximately 300 participants. It does not have its own place and its concentration occurs at the president’s house. Despite its recent foundation, the association has already won champion titles in the Carnival of Recife. In 2007 it was the Champion of the First Group, with a parade in homage to a hundred years of frevo. This victory permitted the return of the group to the Special Group in 2008.

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Fundação | Foundation: 16/06/1999 Endereço | Adress: Rua Xavier Sobrinho, n° 189, Prado, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 3445-4430 | 9657-9533 Presidente | President: Marlene Barbosa de Souza Programação | Programme: Os ensaios acontecem na própria sede, a partir do mês de janeiro, quando o Carnaval se aproxima. The rehearsals start in January as Carnival approaches and take place at the association’s own headquarters.

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA COMUNITÁRIA MISTA

TÔ CHEGANDO AGORA

Fotos: Fred Jordão

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Foi fundada em 27 de dezembro de 1987 depois da junção de duas Quadrilhas matutas da comunidade do Alto Santa Terezinha, no bairro de Água Fria, chamadas Traquinos de Água Fria e Terezinha na Roça. Os amigos, que pensaram nessa fusão com o intuito de criar uma brincadeira para animar o Carnaval da comunidade, reuniram-se para escolher o nome da Troça. Tô Chegando Agora foi sugerido por um dos integrantes e logo aceito por todos. Entre os seus fundadores, José Rinaldo da Silva, Givaldo Soares e Rinaldo da Silva. A Troça iniciou a sua trajetória no Carnaval do Recife fazendo arrastões pelas ruas e ladeiras da comunidade de origem. Somente três anos depois desfilou oficialmente no centro da cidade participando do Concurso de Agremiações. Desfilando no Concurso de Agremiações Carnavalescas, Tô Chegando Agora já ganhou o título de Vice-Campeã do Carnaval três vezes: 1998, 2000 e 2001. Sagrou-se Campeã no ano de 2002 e novamente Vice-Campeã em 2007. A Agremiação desfila com aproximadamente 200 pessoas; tem como cores oficiais o vermelho, o verde e o amarelo, expressas no estandarte, que traz no centro o seu símbolo: um turista com a maleta e uma sombrinha de frevo.

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TROÇA CARNAVALESCA On 27 December 1987, from the union of two typical north-eastern country-dance groups called Traquinos de Água and Terezinha na Roça, from Alto Santa Terezinha community, in the district of Água Fria,. The friends, who thought about this integration with the objective of creating a ‘play’ to cheer up the community at carnival, met to choose a name for the troça. This name that means ‘Mixed Community Carnival Troça I´m Arriving Now’ was suggested and promptly accepted. In that pioneer group the names of José Rinaldo da Silva, Givaldo Soares and Rinaldo da Silva are mentioned. The troça started its trajectory in the Carnival of Recife by making revelry through the streets and steep streets of the community and, only three years later, it officially paraded at the city centre, taking part in the Contest of Carnival Associations. In this contest, Tô Chegando Agora has already won the title of vicechampion three times: 1998, 2000 and 2001. It was awarded with the championship in 2002 and, in 2007, it was once more vice-champion. The association gets to the streets with about 200 people. Its official colours are red, green and yellow, present in the banner that has in the middle its symbol, the figure of a tourist with a case and a frevo umbrella.

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Fundação | Foundation: 27/12/1987 Endereço | Adress: Rua Tamboara, nº 553, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-3531 | 3443-3351 | 8854-3727 Presidente | President: José Rinaldo da Silva

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA MISTA

ABANADORES DO ARRUDA

Fotos: Roberta Guimarães

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A Troça Carnavalesca Mista Abanadores foi fundada em 1º de outubro de 1934, no Alto da Alegria, bairro de Água Fria, por Manuel João, José Gonçalves de Santana e Amaro Santiago. Este último, inspirado no símbolo do Clube Vassourinhas (a vassoura), insistiu em denominar a Agremiação também por um objeto de trabalho. Assim foi batizada a Troça Abanadores, conhecida carinhosamente por Abano. O acréscimo da palavra Arruda ocorre em 1937, quando José Gusmão assume a Presidência e a sede passa a ser no bairro do Arruda. O carnavalesco Rubem Martins da Silva, quando Presidente da Agremiação, conseguiu conquistar o hepta campeonato absoluto. Hoje, a Troça encontra-se na comunidade da Bomba do Hemetério e tem como presidente Alzira Maria Dantas. Seu Estandarte é composto por dois Abanos de palha, uma Boneca, o desenho de um Sol e uma Lua, ainda tem como cores oficiais o vermelho e o verde, em função de Ogum (orixá do panteão africano e patrono da Troça) e o amarelo (cor que simboliza o ouro, a riqueza e representa Oxum – orixá do amor, da riqueza). Abano possui diversos frevos próprios compostos pelo maestro José Constantino, como Nó cego, Abanadores de ouro e Abano do meu coração. Entre os muitos títulos, Abanadores foi a grande Campeã do Carnaval 2007, levando aproximadamente 250 pessoas. Além do concurso oficial, a Troça também se apresenta na comunidade na Terça-Feira de Carnaval.

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TROÇA CARNAVALESCA The Troça Mista Abanadores do Arruda had its foundation on 1 October 1934, in Alto da Alegria, Água Fria district, by Manuel João, José Gonçalves de Santana and Amaro Santiago. This last one, inspired on the symbol of Vassourinhas Club (the broom) insisted on naming the association after a housework instrument. This way, the Troça Abanadores, affectionately knwon as Abano, was created. The addition of the word Arruda occurs in 1937, when José Gusmão becomes president and its headquarters moves to the district of Arruda. The carnival person Rubem Martins da Silva, when President of the association, managed to win the championship hepta absolute. Today the Troça is situated in the community of Bomba do Hemetério and has Alzira Maria Dantas as the president. Its banner is composed of the illustration of two straw abanos, – fan-like objects used to blow a fire – a doll, the moon and the sun. Its official colours are red, green, as a homage to Ogum (an African deity, protector of the troça) and yellow (colour that symbolizes gold, wealth and represents Oxum – deity of love and wealth). Abano possess many original frevos, composed by the conductor José Constantino, such as Nó cego, Abanadores de ouro and Abano do meu coração. Among its many titles Abanadores was the great champion of the 2007 Carnival, bringing about 250 people. The troça makes its presentation at the official contest and also in the community on the Carnival Tuesday.

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Fundação | Foundation: 01/10/1934 Endereço | Adress: Rua Bomba do Hemetério, n° 234, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 8704-1228 | 8604-5525 Presidente | President: Alzira Maria Dantas Programação | Programme: Em sua sede acontece, todos os sábados (a partir das 22 horas) e domingos (a partir das 21 horas), o Festival Dançante. No quarto domingo do mês, geralmente é realizada uma Noite Cubana. In its headquarters, on Saturdays (from 22:00) and on Sundays (from 21:00), they promote the ‘Dancing Festival’. On the every fourth Sunday, they normally have a ‘Cuban Night’.

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA MISTA

FORMIGA SABE QUE ROÇA COME

Fotos: Fred Jordão

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Fundada em 15 de janeiro de 1957 no bairro do Ipsep, a Troça Carnavalesca Mista Formiga Sabe que Roça Come recebeu esse nome do seu fundador, Eládio Paiva, que, com um grupo de amigos, em um domingo de confraternização, resolveu fazer uma “brincadeira” para sair no Carnaval. Ao informar à esposa, D. Luíza, da sua idéia de criar uma Troça, ela inicialmente contra respondeu: “formiga sabe que roça come”. Prontamente, Eládio e seus amigos batizaram a Agremiação com essa expressão, que contou com a adesão de D. Luíza que neste mesmo ano desfilou na Agremiação. A atual Presidente, Carmelita Batista de Brito, desfila na Agremiação desde os nove anos de idade e está como presidente desde 2001. Formiga, como é carinhosamente chamada, já foi Campeã e Vice-Campeã de muitos Carnavais do Recife. Possui como cores oficiais o amarelo, o vermelho, o verde, o azul e o branco, e seu símbolo é a própria Formiga, que aparece no estandarte com uma folha na trinca. Tem como hino o frevo-de-rua Formiga está de volta, de autoria do Maestro Ademir Araújo e Formiga Sabe que Roça Come do Maestro Nunes. A Troça não possui sede própria, nem realiza ensaios. É possível ver a Agremiação, como os seus mais de 100 integrantes, no Concurso de Agremiações Carnavalescas ou em sua comunidade, onde desfila invariavelmente no último dia de carnaval.

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TROÇA CARNAVALESCA Founded on 15 January 1957, in the district of Ipsep, the troça’s name could be translated as An Ant Knows Which Crop it Eats, a say used to mean that a person knows exactly with whom he/she is dealing. It received this name by its founder, Eládio Paiva, who with a group of friends, one fraternization Sunday, decided to make a ‘play’ to launch on carnival. As he shared the idea with his wife, Mrs. Luíza Paiva, she immediately replied: “An Ant Knows Which Crop it Eats”. Eládio and his friends promptly coined the association with this expression. Mrs. Paiva adhered to the group and in that same year, she gained the streets with them. Carmelita Batista de Brito, since 2001 president, started to parade in the carnival fellowship when she was nine years old. Formiga, as it is affectionately called, has been champion and vice-champion of Recife’s carnival several times. Its official colours are yellow, red, green, blue and white and its symbol is the ant itself, illustrated in the banner with a leaf on a trident). Its anthem is a ‘street-frevo’ that in English means The Ant is Back, a composition by Conductor Ademir Araújo. The troça neither has its own place, nor makes rehearsals. It is possible to see the association with its more than 100 revellers in the Carnival Associations Contest or in its own community, where it invariably parades in the last carnival day.

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Fundação | Foundation: 15/01/1957 Endereço | Adress: Rua Virgínia Heráclito, nº 422, Vila do Ipsep, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 3472-6079 Presidente | President: Carmelita Batista de Brito Programação | Programme: A Troça promove arrastões uma semana antes do Carnaval, percorrendo as ruas do IPSEP, sempre das 17 às 20 horas. The Troça promotes parades along the streets of IPSEP district, a week before Carnival, always from 17:00 to 20:00

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA MISTA

O BAGAÇO É MEU

Fotos: Marcelo Lyra

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A Troça Carnavalesca O Bagaço É Meu foi fundada em 4 de maio de 1929, na comunidade Vila Esperança em Olinda (PE). Entre seus fundadores, João Veríssimo, Brivaldo de Cunha, Francisco Carneiro, João Batista e Lorival Augusto. Seu nome surgiu depois de uma cena cômica: um dos fundadores da brincadeira, conhecido por Vicente, ao passar em frente a uma barraca que vendia caldo-de-cana, pediu ao dono que guardasse o bagaço da cana, pois o levaria quando voltasse do seu compromisso. Ao voltar avistou uma pessoa recolhendo o bagaço e gritou: “O bagaço é meu!”. A Agremiação tem como cores oficiais o verde e o amarelo e como símbolos representativos um moinho de cana fazendo o caldo enquanto expele o bagaço pelo outro lado. Além de concorrer no Carnaval do Recife, desfila também na cidade de Olinda para que a comunidade, da qual faz parte, possa prestigiá-lo. Bagaço sai no Carnaval com a participação de aproximadamente 120 foliões. A Troça não possui sede própria e a presidente, desde 1979, é Jandira Elias, neta de um dos fundadores, José Severino dos Santos.

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TROÇA CARNAVALESCA The Carnival Troça O Bagaço É Meu, which in English means the bagasse is mine, was created on 4 May 1929, at Vila Esperança community in Olinda (PE). Among its founders the following names are listed: João Veríssimo, Brivaldo de Cunha, Francisco Carneiro, João Batista and Lorival Augusto. It was named after a comic scene: one of the play initiators, known as Vicente, passing by a sugarcane juice kiosk, asked the owner to keep the cane bagasse until he passed back from his appointment. When arriving, he saw someone taking the bagasse and shouted: “The bagasse is mine”! The association has green and yellow as official colours and the illustration of a cane grinder in action throwing the bagasse out as a representative symbol. Besides disputing in The Carnival of Recife, it also parades in the city of Olinda, in order to be appreciated by its community. Bagaço, as it is called, gets to the streets in the carnival with the participation of approximately 120 revellers. The troça does not possess its own place and the president, since 1979, is Jandira Elias, one of the founders’ grand-daughter, José Severino dos Santos.

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Fundação | Fundation: 04/05/1929 Endereço | Adress: Rua da Mangueira, nº 158, Vila da Esperança, Bultrins, Olinda (PE) Contato | Contact: (81) 3052-0710 Presidente | President: Jandira Elias

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Agremiações Carnalavescas

TROÇA CARNAVALESCA MISTA

CACHORRO DO HOMEM DO MIÚDO

Fotos: Fred Jordão

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A Troça Carnavalesca Mista Cachorro do Homem do Miúdo foi fundada em 5 de março de 1910. Seu nome é proveniente de uma história pitoresca. Na volta de um enterro, alguns amigos, associados do Clube Lenhadores da Boa Vista, presenciaram a cena de um vendedor de miúdos, embriagado, procurando juntar o cavalete e o seu tabuleiro para ir para casa. Algumas pessoas tentam ajudá-lo, mas o tabuleiro cai, espalhando os miúdos pelo chão. Todos ficam aguardando que os cachorros que o acompanham se atirem sobre a mercadoria, devorando-a. Para surpresa geral, os cães, além de não comerem o miúdo ainda o vigiam para que ninguém se aproxime. Diante da situação inusitada, um dos fundadores propôs fazer uma Troça (para sair de

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dia, visto que Lenhadores desfilava à noite), que foi batizada de Cachorro do Homem do Miúdo. Os fundadores foram: Antônio Oliveira, Bernardino Sena, José Maria Costa, Antero Gomes, Alfredo Maximiliano. O miudeiro e os cachorros tornaram-se personagens indispensáveis, símbolos da Troça, que tem como cores oficiais o vermelho, o verde, o amarelo e o branco. Cachorro detém 23 títulos do Concurso de Agremiações Carnavalescas, realizado pela Prefeitura do Recife. Além de desfilar na comunidade de Caixa d’Água, a Agremiação sai na Terça-Feira gorda, arrastando mais de 200 foliões. A Troça não possui sede própria e se concentra provisoriamente num bar conhecido porCachorrão Bar, de propriedade do atual presidente (desde 1992), Carlos Orlando.

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TROÇA CARNAVALESCA This troça whose name could be translated as Giblet Man’s Dog was initiated in 1910. Its name came from a picturesque history. Back from a funeral, some friends, affiliated to Clube Lenhadores da Boa Vista witnessed the scene of a giblet sailor, completely drunk, trying to join the frame and his board to go home. Some people tried to help him but the board fell, spreading the giblets to the ground. Everyone had the expectation that the dogs that followed him would cast themselves onto the merchandise, gulping it. To their surprise, not only the dogs did not eat the giblets, but they kept guard on them as well, so that nobody would get closer. Facing the unusual situation, one of the founders proposed to create a troça (to go out during the day since Clube dos Lenhadores da Boa Vista used to make their presentation at night) that was named Cachorro do Homem do Miúdo. The founders were: Antônio Oliveira, Bernardino Sena, José Maria Costa, Antero Gomes, Alfredo Maximiliano. The giblet man and the dogs became indispensable characters, symbols of the troça that has red, green, yellow and white as official colours. Cachorro, as it is known, has 23 titles in the Contest of Carnival Associations, promoted by the City Council of Recife. Besides parading in Caixa d’Água community, the association leaves on the Carnival Tuesday, trailing 200 revellers. The group does not possess its own place and temporally concentrates in a bar known as Cachorrão Bar, belonging to its current president (since 1992), Carlos Orlando.

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Fundação | Foundation: 05/03/1910 Endereço | Adress: Av. Leopoldino Canuto de Melo, nº 613, Caixa d’Água, Olinda (PE) Contato | Contact: (81) 9239-9390 Presidente | President: Carlos Orlando Programação | Programme: A partir de janeiro, acontecem os ensaios segundas e quartas, das 19 às 22h30, no Cachorrão Bar. From January, the rehearsals take place on Mondays and Wednesdays, from 19:00 to 22:30 at Cachorrão Bar.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Fred Jordão

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TROÇA CARNAVALESCA MISTA

BATUTAS DE ÁGUA FRIA

A Troça Carnavalesca Batutas de Água Fria foi fundada em 11 de fevereiro de 1940, como uma brincadeira para animar o carnaval da comunidade de Água Fria. A Troça começou como Batutas Infantil, Agremiação na qual desfilavam apenas crianças. Com o passar dos anos, o fundador, José Dias, percebeu o aumento do interesse pela Agremiação por parte dos adultos e, em 1946, se reuniu com os demais organizadores (Humberto de Brito, Milton Correia, José Antônio da Cruz, Antônio de França e José Cipriano), a fim de propor que pessoas de todas as idades pudessem desfilar. Assim, em 1946, Batutas Infantil passa a se chamar Troça Carnavalesca Mista Batutas de Água Fria. A Troça se destaca no Carnaval e essa visibilidade é alcançada também pela atuação direta que tem com a comunidade em razão dos diversos trabalhos sociais que realiza. Tal atuação lhe rendeu a construção de uma sede onde, até hoje, acontecem, além dos preparativos para o Carnaval, eventos festivos e atividades que envolvem os moradores de Água Fria. Batutas, como é carinhosamente conhecido, possui cerca de 500 integrantes, tem como cores oficiais o vermelho, o verde e o branco, o seu símbolo é a Batuta de um maestro e seu atual Presidente é Valmir Carneiro Gondim. A Agremiação, que percorre as ruas do bairro em um dia previamente escolhido no Carnaval, também participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, realizado pela Prefeitura do Recife, e já conquistou vários títulos, os mais recentes foram os de Campeã em 2003 e 2004 do Grupo Especial, Vice-Campeã em 2005 e 2006 e em 2008 novamente Campeã do Grupo I.

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TROÇA CARNAVALESCA The Troça, whose English translation could be “Batons from Água Fria” had its foundation on 11 February 1940 as a merrymaking to animate the carnival of Água Fria community. The group initiated with the name Batutas Infantil, a fellowship exclusively for children. As time passed, the initiator, José Dias, perceived the increasing interest for the group on the adults part, what made him, together with the other organizers (Humberto de Brito, Milton Correia, José Antônio da Cruz, Antônio de França and José Cipriano), meet to propose that people from all ages would be allowed to parade. Therefore, in 1946, the group has its name changed to Troça Carnavalesca Mista Batutas de Água Fria. The troça has a remarkable participation at the carnival and this visibility is also attained thanks to the significant role it plays in the community, by means of several social activities it develops there. This active role resulted in the construction of its headquarters, a place used not only for the carnival preparations but for festive events and activities involving the dwellers from Água Fria. Batutas, as it is affectionately called, possess about 500 revellers. Its official colours are red, green and white and uses the illustration of a conductor’s baton (batuta) as a symbol; Valmir Carneiro Gondim is its present president. This fellowship parades through the community streets, in a previously defined carnival day and also takes part in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, in which it has conquered several titles; the most recent ones include: 2003 and 2004 Champion of the Special Group; Vice-Champion in 2005 and 2006, and in 2008 it was once again Champion of Group I.

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Fundação | Foudation: 11/02/1940 Endereço | Adress: Rua Égas Muniz, n° 184, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3451-8203 | 8641-4865 Presidente | President: Valmir Carneiro Gondim Programação | Programme: Realiza mensalmente, em um domingo escolhido pela diretoria e divulgado com antecedência, uma festa aberta para a comunidade com diversas bandas de ritmos variados e orquestras de frevo. Every month, on a previously selected Sunday, the directory promotes a party open to the community with several bands of varied rhythms and frevo orchestras.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Fred Jordão

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TROÇA CARNAVALESCA MISTA

CAMISA VELHA

Em 15 de fevereiro de 1922, foi fundada a Troça Carnavalesca Mista Camisa Velha. Seu nome é oriundo de uma história pitoresca. No Domingo de Carnaval do ano de 1922, acontecia de forma amistosa um jogo de futebol no qual jogavam moradores comunidades do Cordeiro e da Mustardinha. O jogo foi interrompido por causa da folia carnavalesca e os jogadores saíram do campo em direção à casa de Dona Candira, onde costumavam se reunir; no caminho, encontraram uma camisa velha que logo foi transformada em um estandarte improvisado, fato que deu nome à nova Troça. Seus fundadores foram José Antônio Guimarães, José Alves da Silva, João Rodrigues, Linda Alves, Hermínio Tavares, Candira Rocha, Amaro Rocha e João Vicente dos Santos. A Agremiação, que tem como cores oficiais o vermelho e o branco e como símbolo uma Camisa e uma Máscara de carnaval, conta com aproximadamente 130 integrantes, desfila na comunidade em um dia previamente divulgado pela diretoria e no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, organizado pela Prefeitura do Recife. Suas conquistas mais recentes foram os campeonatos de 2007 no Grupo II e o de 2008 no Grupo I, o que o levou ao Grupo Especial em 2009. O atual presidente é Dalmo José Bispo, sobrinho-neto de uma das fundadoras, que, apesar de morar no município de Paulista, continua levando a Troça para desfilar no bairro do Cordeiro. Como a Troça não tem sede própria, o seu endereço atual é o da casa do presidente em bairro e município diferentes de onde são realizadas as atividades da Agremiação, bem como onde se configura sua participação no Carnaval.

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TROÇA CARNAVALESCA On 15 February 1922, the Troça Carnavalesca Mista Camisa Velha, whose name comes from a picturesque story, had its creation. At the carnival Sunday of 1922, an amicable football match between dwellers from the communities of Cordeiro and Mustardinha was taking place. The game was interrupted because of the carnival revelry and the players left the field towards “Dona Candira’s”, where they used to meet; on the way, they found an old shirt (camisa velha, in Portuguese) that immediately was transformed into an improvised banner. After this very fact, the carnival club was named. Those players and troça founders were: José Antônio Guimarães, José Alves da Silva, João Rodrigues, Linda Alves, Hermínio Tavares, Candira Rocha, Amaro Rocha and João Vicente dos Santos. The society has red and white as official colours and the illustration of a shirt and a mask as its symbol. It counts approximately 130 participants and parades both in the community, in a previously selected and announced carnival day, and in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, promoted by Recife’s City Council. The group’s more recent conquests include the 2007 championship of Group II and the 2008 of Group I, what made it rise to the Special Group. The current president is Dalmo José Bispo, one of the founder’s grandnephew, who, despite living in the municipality of Paulista, continues to take the troça to parade in the district of Cordeiro. Once the group does not possess its own place, its current address is at the president’s house, located at a different area from where the society develops its activities and establishes its participation at the carnival.

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Fundação | Fundation: 15/02/1922 Endereço | Adress: R. 80, Quadra 57, Bloco 7, ap. 103, Maranguape I, Paulista (PE) Contatos | Contacts: (81) 3437-5424 | 88733254 Presidente | President: Dalmo José Bispo Programação | Programme: A Troça realiza ensaios a partir de janeiro em locais e datas previamente divulgados pela diretoria. The group organizes the rehearsals in January, at places and dates previously announced by the directory.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Marcelo Lyra

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TROÇA CARNAVALESCA MISTA

TEIMOSO EM FOLIA

Em 8 de janeiro de 1945, no bairro da Mustardinha, foi fundada a Troça Carnavalesca Mista Teimoso em Folia. A Agremiação ganhou esse nome depois de uma reunião dos amigos Ramiro Eufrásio, Zé do Monte e Pereira que discutiam sobre a criação de uma brincadeira para animar a comunidade. O impasse na escolha do nome fez com que dois dos amigos reunidos percebessem a teimosia do terceiro integrante, sugerindo então batizar a Agremiação de Teimoso em Folia. A Agremiação é considerada hoje a mais antiga do bairro Mustardinha. Teimoso tem como símbolo uma Árvore e embaixo dela dois Homens discutindo, uma cena que remete à história da Troça. Suas cores oficiais são o azul e o branco. O atual presidente é Nilton Laureano da Fonseca que assumiu a Troça em 2004, no lugar anteriormente ocupado por seu pai, José Laureano (que recebeu a incumbência de dirigir a Troça de Zé do Monte, um dos fundadores). Nessa gestão a Agremiação recuperou sua sede própria, ainda no bairro da Mustardinha. A Troça possui cerca de 180 integrantes e além de desfilar na comunidade no Domingo de Carnaval, participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, organizado pela Prefeitura do Recife. A Agremiação já conquistou vários títulos, sendo os mais recentes os ViceCampeonatos do Grupo I em 2007 e 2008. Ela também se apresenta em outros Pólos de animação da cidade.

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TROÇA CARNAVALESCA On 8 January 1945, in the district of Mustardinha, the Troça Carnavalesca Mista Teimoso em Folia initiated its activities. The carnival society received this name after a gathering of three friends: Ramiro Eufrásio, Zé do Monte and Pereira, respectively, who met to decide on the creation of a merrymaking to animate the community. The deadlock on the choice of a name, made clear to one of those men the obstinacy of the third friend, what drove him to suggest the societ’s name, which in English means “Stubborn in Revelry”. Today, the group is considered a pioneer in the district of Mustardinha. As a symbol, “Teimoso” has the illustration of a tree with two men discussing under it, a scene that alludes to the troça’s story. Its official colours are blue and white. The current president, Nilton Laureano da Fonseca, assumed the group in 2004, substituting his father, José Laureano, who accepted the responsibility of leading the Troça de Zé do Monte, one of the founders. At the present management, the society recovered its own headquarters, at that very community. Counting about 180 participants, the troça besides parading in the community on the carnival Sunday, it also participates in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. This group has already obtained several titles, the most recent of them are the 2007 and 2008 vice-championships of Group I. It also performs in other stages of the city during the festival.

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Fundação | Foundation: 08/01/1945 Endereço | Adress: Rua João Trajano da Silva, n° 212, Mustardinha, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3226-1224 | 8723-1058 Presidente | President: Nilton Laureano da Fonseca Programação | Programme: Na sede, em janeiro, acontece uma grande festa comemorativa do aniversário da Troça. Outros eventos são realizados, previamente divulgados pela diretoria. At teimoso’s headquarters, in January, a great party is promoted to celebrate the troça’s aniversary. Other events, announced beforehand by th directory, are also accomplished there.

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Bloco da Saudade

Foto: Fred Jordão

BLOCO DE PAU E CORDA Originados dos bairros centrais do Recife nos anos 1920, os Blocos, também chamados inicialmente de Bloco Carnavalesco Misto, têm na sua formação inicial certa semelhança com os ranchos carnavalescos do Rio de Janeiro, surgidos no fi nal do século XIX. A partir de 1974 com a fundação do Bloco da Saudade, formado por profissionais liberais, foram criados diversos Blocos que passaram a ser denominados Blocos Independentes ou Líricos. É importante destacar ainda a sua semelhança com os grupos de Pastoril (dança de origem ibérica que faz parte das manifestações culturais do Ciclo Natalino em nossa região). Explica-se aí a própria formação do Bloco, com o coral feminino à frente acompanhado por uma orquestra de pau e corda composta por instrumentos como banjo, violão, cavaquinho, bandolim, pandeiro, instrumentos de percussão e outros. De acordo com o pesquisador Leonardo Dantas Silva, o aparecimento dos Blocos vai tornar possível “às moças e senhoras da chamada pequena burguesia [...] saírem às ruas, mas protegidas por um cordão de isolamento, envolvendo todo o grupo e separando-o da multidão, sob a severa vigilância de pais, maridos, irmãos, genros e amigos”.

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Nesse percurso, observa-se que os Blocos nascem, sob o signo da ordem e com o apoio de intelectuais e da polícia, como contrapontos ao Carnaval dito “perigoso” dos Clubes pedestres e Maracatus formados pela classe trabalhadora, em geral afro-descendentes, considerados responsáveis pela criminalidade, desordem na folia e inadequados à imagem civilizada que a nascente República tentava construir para o país. Diferentemente da maioria das Agremiações Carnavalescas que tem o Estandarte como abre-alas, no Bloco, o desfile é aberto pelo Flabelo – alegoria de mão que traz o nome, a data de fundação e o símbolo da Agremiação. Após o Flabelo, desfilam a Diretoria, as Damas de frente, os Destaques, os Cordões, o Coral feminino e por fim a Orquestra. Das manifestações que compõem o Carnaval do Recife, nenhuma supera o romantismo e lirismo dos Blocos, a entoar canções evocando os antigos Carnavais, a prestar homenagens a personalidades da cultura pernambucana, exaltar as belezas da terra ou simplesmente brincar com o cotidiano.

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Agremiações Carnalavescas

Bloco Carnavalesco Misto COM VOCÊ NO CORAÇÃO

Bloco da SAUDADE

Originated in the central districts of Recife in the 1920’s, the , also initially called (Mixed Carnival Club) have in its early configuration a certain similarity with the from Rio de Janeiro, arisen in the end of the XIX century. From 1974, with the foundation of , integrated by liberal professionals, diverse other associations of the kind have been created, changing the former denomination to or (Independent or lyrical). It is also important to highlight the similarity of these groups with the (original Iberian dance, a cultural manifestation related to the Christmas festivities of the Northeast). This explains the very configuration of the that brings ahead a female choir, accompanied by a, literally translated, “wood and string” () orchestra, composed of instruments as banjo, guitar, cavaquinho (tiny guitar), mandolin, along with what can be understood here as “wood”: tambourine and other percussion instruments. According to the researcher Leonardo Dantas Silva, the uprising of such clubs would make it possible for the “ladies of the middle class... to go out to the streets, yet protected by an isolating rope that surrounded all the group, separating it from the crowd, under the strict vigilance of

parents, husbands, brothers, sons in law and male friends.” In this trajectory, it can be observed that the are generated under the sign of order and with the support of intellectuality and the police, as an alternative to the alleged “dangerours” Carnival of the and ,constituted by the labour class, in great part Afrodescendents, considered responsible for the criminality and disorder in revelry, besides being inadequate to the civilized image that the incipient Republic was trying to build to the country. Different from the great majority of carnival associations, which open their parade with the banner, the open theirs with the – hand allegory that brings the name, foundation date and symbol of the carnival club. Following the , there is the directory, the “Front Ladies”, the featured costumes, the rows, the female choir and the “wood and string” Orchestra. Considering the manifestations which compose the Carnival of Recife, no other one preponderates in romanticism and lyricism than the , with their choirs and “wood and String” orchestras, chanting songs that evoke the old carnivals and pay homage to the culture icons from Pernambuco.

Fotos: Fred Jordão

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BLOCO DE PAU E CORDA Bloco Carnavalesco Misto PIERROT DE SÃO JOSÉ

Bloco Carnavalesco Misto MADEIRA DO ROSARINHO

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO MISTO

BANHISTAS DO PINA

Fotos: Fred Jordão

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A idéia de fazer um Bloco Lírico no Pina surgiu quando um grupo de moradores da localidade (pescadores, estivadores e lavadeiras) decidiu desfilar pelas ruas fazendo serenata. Estava lançada a semente do que mais tarde se tornaria o Bloco Carnavalesco Misto Banhistas do Pina, em 3 de fevereiro de 1932. Inicialmente, a Agremiação recebeu os nomes de Amadores, Jangadeiros, Veranistas, chegando finalmente a denominar-se Banhistas do Pina. Suas cores oficiais são o azul e o branco, em função da devoção “religiosa que os primeiros integrantes do Bloco tinham por Nossa Senhora da Conceição”. Localizada numa área praieira, a Agremiação tem como símbolo uma Jangada. E sua sede funciona, desde a sua fundação, na Rua São Luiz, 316, na localidade conhecida popularmente como Bode, no Pina. Hoje, com 75 anos de fundação, Banhistas, como é carinhosamente chamado, continua uma referência para a comunidade, assim como o Carnaval da cidade. Com diversos campeonatos conquistados, entre eles o título de Campeão do Carnaval em 2001/ 2002/ 2003 da 1ª Categoria, e 2006 e 2007 do Grupo Especial, no Concurso de Agremiações Carnavalescas, o Bloco, que desfila com 150 componentes, tem no seu repertório diversas composições como Lindas praias, de autoria de Luiz Faustino – o hino da Agremiação, entre outras marchas de compositores renomados; um livro publicado contando sua história – Banhistas do Pina: evolução de um bloco (1994); além de outras homenagens.

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BLOCO DE PAU E CORDA The idea of creating a lyrical Bloco in Pina emerged when a group of people living in the locality (fishermen, dockworkers, laundresses) decided to parade through the streets performing serenades. That was the germ of what would later blossom as Bloco Carnavalesco Misto Banhistas do Pina, on 3 February 1932. The association initially received the names of Amadores, Jangadeiros, Veranistas – Amateurs, “Jangada Sailors”, Vacationers, respectively – to eventually find its definitive denomination that in English means “Pina’s Bathers”. Its official colours are blue and white, due to the “religious devotion its first participants had for ‘Our’ Dear Lady of Immaculate Conception”. Situated in a littoral neighbourhood, the carnival society has the 1T.N.Jangada as its symbol. Since its foundation, its headquarters are located in the same address. Today, after 76 years, Banhistas, as it is tenderly known, is still a reference to the community; equally is the Carnival of the city. Having conquered diverse winner titles in the Contest of Carnival Associations, among them the Group I Carnival Champion of 2001, 2002 and 2003 and the Special Group in 2006 and 2007, the group parades with 150 participants and has several original songs in its repertoire as Lindas Praias by Luiz Faustino; the association’s anthem and many other songs of recognized composers. Banhistas also has a published book on its history - Banhistas do Pina: evolução de um bloco (1994), together with other honours. 1T.N.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 03/02/1932 Endereço | Adress: Rua São Luiz, n° 316, “Bode”, Pina, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3477-7887 | 3467-8360 | 8741-4604 Presidente | President: Lindivaldo Oliveira Leite (Vavá) Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir de janeiro, todas as sextas-feiras, com início às 20 horas; Festas com som mecânico (bolero, música cubana, pagode e brega), todos os sábados, a partir das 22 horas. Domingos, das 17 às 23 horas. The rehearsals start in January, on Fridays at 20:00. They promote parties with sound system (bolero, Cuban music, pagode and brega), every Saturday, starting at 22:00; on Sundays, from 17:00 to 23:00.

Typical North-eastern boat, consisting of a raft with a sail.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO MISTO

BATUTAS DE SÃO JOSÉ

Fotos: Fred Jordão

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O Bloco Batutas de São José foi fundado em 5 de junho de 1932 por um grupo de carnavalescos dissidentes do Bloco Batutas da Boa Vista. Em 1933, desfila pela primeira vez, enchendo de lirismo e alegria o Carnaval do Recife. Em seu flabelo, o Bloco estampa suas cores oficiais – o vermelho, o azul e o branco. Seu símbolo remonta ao nome da Agremiação: duas Batutas cruzadas (instrumento de regência utilizado pelos maestros). Durante a sua trajetória, a sede do Batutas ocupa várias ruas históricas do bairro de São José: Rua das Calçadas, da Concórdia, Imperial, Vidal de Negreiros, Praça Dom Vital e Cais de Santa Rita, até chegar ao bairro de Afogados, em 1995, onde constrói sua própria sede. A Agremiação é conhecida pelos movimentados bailes que

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realiza aos domingos, como o Baile da Terceira Idade, por exemplo. Todos os anos, a partir do mês de setembro, iniciam os preparativos para o Carnaval: desenhos, costuras, bordados, acertos de marcha. Com um repertório singular, o Bloco é um dos poucos que cantam músicas exclusivamente próprias. Como exemplo, podemos citar: Relembrando o passado, Sabe lá o que é isso, Não deixe Batutas morrer, entre outras. No Carnaval do Recife, a Agremiação sai com cerca de 100 integrantes e participa de diversos eventos na cidade, como o tradicional Encontro de blocos, Acertos de Marchas, além do Concurso de Agremiações Carnavalescas, com vários Campeonatos conquistados e o Vice-Campeonato do Grupo Especial em 2007.

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BLOCO DE PAU E CORDA The Bloco, whose translation to English means “Batons from São José”, started from a dispute within the Bloco Batutas da Boa Vista. In 1933, it parades for the first time, flowing lyricism and cheerfulness to Recife’s Carnival. In the flabelo, the Bloco impresses its official colours – red, blue and white. The symbol is a reference to the name of the association: two crossed batons (the conductor’s instrument). During its history, Batuta’s headquarters has had many addresses in the historical streets of São José district: Rua das Calçadas, da Concórdia, Imperial, Vidal de Negreiros, Praça Dom Vital, Cais de Santa Rita, until it arrived in the district of Afogados, where it finally built its own place, in 1995. This carnival club is famous for promoting animated balls on Sundays, as the Third Age Ball, for instance. Every year, from September on, they initiate the preparations for the Carnival: design, needle work, embroidery and rehearsals. Possessing a singular repertoire, the Bloco is one of a handful that sings original exclusive songs, as it is the case of Relembrando o passado, Sabe lá o que é isso, Não deixe Batutas morrer, and many others. In the Carnival of Recife, the association parades with about 100 revellers and participates in diverse events of the city; for example, the traditional Encontro de Blocos (meeting), Acertos de Marchas (musical meeting or rehearsal), along with the Contest of Carnival Associations, in which it has won several championships and, in 2007, it was the ViceChampion of the Special Group.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 05/06/1932 Endereço | Adress: Rua Cabedelo, n° 60, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3441-7707 | 3428-3768 | 8885-8101 Presidente | President: Nadira Maria da Silva Almeida (Dona Nadira) Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir de janeiro, todos os domingos. Também acontece o evento Domingo com a Terceira Idade, das 16h30 às 21 horas. The rehearsals start in January, on Sundays. It also promotes the event for the third age “Domingo com a Terceira Idade”, on Sundays, from 16h30 to 21:00.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO MISTO

FLOR DA LIRA DO RECIFE

Fotos: Fred Jordão

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Dentro da modalidade Bloco de Pau e Corda, o Flor da Lira é uma das mais antigas Agremiações do Recife. Nasceu em 17 de março de 1920, na comunidade de Santo Amaro, de uma brincadeira organizada por um grupo de amigos que participavam da Troça Bola de Prata. Nos anos 1940, por motivos diversos, o Flor da Lira ausenta-se do Carnaval do Recife, só voltando às ruas em 1978. Aos 87 anos de história, o Flor da Lira faz parte do Carnaval da Cidade, levando para as ruas mais de uma centena de foliões, que, fantasiados, evoluem ao som das marchas Lira querida; Só depois da quarta-feira; Tributo a Luiz Faustino, entre tantos outros sucessos. Foi Campeão da 1ª Categoria em 2004. Em 2006, já no Grupo Especial, conquista o Vice-Campeonato no Concurso de Agremiações Carnavalescas promovido pela Prefeitura do Recife com, aproximadamente, 100 componentes. Com um calendário de apresentações que ultrapassa o período de Momo, Flor da Lira participa de diversas programações na cidade, como Pátio de São Pedro, Casa da Cultura, entre outros Pólos de animação. Garanhuns, Igarassu, Moreno e Cabo de Santo Agostinho são alguns municípios do Estado nos quais o Bloco também se apresentou.

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BLOCO DE PAU E CORDA Within the modality Bloco de Pau e Corda, the Flor da Lira, that might be translated as “Flower of the Lyre”, is one of the oldest carnival associations of Recife. It began on 17 March 1920, in the community of Santo Amaro, from a ‘play’ organized by a group of friends who took part in the Troça Bola de Prata. In the 1940’s for various reasons, Flor da Lira disappears from the carnival of Recife, re-appearing again only in 1978. In 87 years, the club integrates the Carnival of the city, taking to the streets more than a hundred costumed revellers that make their evolutions at the sound of Lira querida, Só depois da quartafeira, Tributo a Luiz Faustino, and many other carnival hits. It was Champion of the First Category in 2004. In 2006, already in the Especial Group, with about 100 part-takers, it obtains the Vice-Championship in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, promoted by the City Council of Recife. With a schedule that transcends the Carnival period, Flor da Lira participates in several programmes through out the city as, for instance, in Pátio de São Pedro, Casa da Cultura, among other cultural stages. Garanhuns, Igarassu, Moreno and Cabo de Santo Agostinho are some of the municipalities of Pernambuco in which the group has performed.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 17/03/1920 Endereço | Adress: Rua Bernadete Xavier Gomes, n° 71, Mangueira, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 9945-9957 Presidente | President: Ademir José da Silva Programação | Programme: A partir de janeiro, todas as terças-feiras, das 19h30 às 22 horas realizam os ensaios e acertos de marchas. In January, every Tuesday, from 19:30 to 22:00 the rehearsals and musical meetings take place.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO MISTO

MADEIRA DO ROSARINHO

Fotos: Fred Jordão

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O Bloco Carnavalesco Misto Madeira do Rosarinho nasceu em 7 de setembro de 1926 de uma dissidência do Bloco Inocentes do Rosarinho. Com mais de vinte títulos, entre eles o hexacampeonato, Madeira tem como cores oficiais o vermelho, o branco e o verde. Seu símbolo é um Escudo, assemelhando-se aos clubes de futebol, e entre as suas marchas-de-bloco destacam-se Me apaixonei por você; Paraquedista e Madeira que cupim não rói, esta última de autoria de Capiba, em 1963. Sua sede, com mais de 30 anos e com capacidade para 1,5 mil pessoas, é uma referência para a comunidade do entorno e para a Cidade do Recife, funcionando como local de entretenimento, onde são realizados festas e bailes durante todo o ano. No Carnaval, transforma-se em um dos grandes salões do Carnaval da cidade, divulgando e perpetuando o frevo pernambucano. No Carnaval do Recife, o Bloco participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas, sendo Campeão da 1ª Categoria em 2005 e do Grupo I em 2007, desfilando no domingo com 115 componentes. Nos demais dias de folia, integra a programação dos bairros e pólos descentralizados. Na Quartafeira de Cinzas, o Bloco realiza o Bacalhau do Madeira, arrastando multidões pelas ruas da comunidade.

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BLOCO DE PAU E CORDA The Bloco Carnavalesco Misto Madeira do Rosarinho was created on 7 September 1926, from a dispute within the Bloco Inocentes do Rosarinho. Counting more than twenty titles, including that of being Champion for six consecutive times, Madeira (timber) has red, white and green as the official colours and its symbol is a shield, similar to the ones of the football clubs. The group has some original songs called marchas-de-bloco, as for instance, Me apaixonei por você; Paraquedista and Madeira que cupim não rói; this last one, the most famous, was composed by conductor Capiba, in 1963. Its headquarters, with more than 30 years and with room for one thousand and five hundred people is a reference point for the community of the neighbourhood and for the city, functions as a place for entertainment, where parties and balls are accomplished all year long. At Carnival, it is transformed in one of the great ballrooms of the city, disseminating and perpetuating the frevo from Pernambuco. In the Carnival of Recife, Madeira participates in the Contest of Carnival Associations in which, among other titles, it was Champion of the first category in 2005 and of Group I in 2007, parading on Sunday with about 115 participants. In the other days of revelry, it integrates the programme of the suburbs and decentralized stages. On the Ash Wednesday, the group promotes the Bacalhau do Madeira, trailing a great crowd through the streets of the community.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 07/09/1926 Endereço | Adress: Rua Salvador de Sá, n° 64, Rosarinho, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3427-2070 | 9298-9897 | 9147-1000 Presidente | President: Reginaldo Vaz Curado (Dida) Programação | Programme: A partir do mês de janeiro, todas as segundas e quartas-feiras, com início às 20 horas, acontecem os ensaios. Realiza-se também na sede o evento A Noite das Mulheres, toda as quintas-feiras, das 22 às 3 horas. Sabadão Brega, das 22 às 5 horas. The rehearsals start in January, on Sundays and Wednesdays, at 20:00. At Madeira’s social centre, they hold, every Thrusday, from 22:00 to 3:00, the event “Noite das Mulheres” (Women’s Night); on Saturdays, “Sabadão Brega, from 22:00 to 5:00.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO MISTO

PIERROT DE SÃO JOSÉ

Fotos: Fred Jordão

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O Pierrot de São José foi fundado pela carnavalesca Severina dos Ramos Caminha, popularmente conhecida por Sevy Caminha, em 13 de outubro de 1978. Em razão de um desentendimento com o Bloco Batutas de São José, Dona Sevy – com suas filhas, familiares e amigos – decide fundar uma outra Agremiação. O nome do Bloco remonta a um dos personagens da commedia dell’arte, o Pierrot, que está presente no Flabelo nas cores preta e prata. Os preparativos para o Carnaval acontecem na própria sede, residência de Dona Sevy no bairro de São José, onde os próprios integrantes confeccionam

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fantasias, adereços e alegorias. Com acervo musical próprio, o Pierrot tem como principal compositor Benedito Alírio de Morais. Entre as músicas que mais se destacam, podemos citar Pierrot dois, O regresso de Pierrot, Os 25 anos de Pierrot e Lágrimas de Pierrot. Desfila com aproximadamente 120 componentes e, além dos músicos e do coral feminino, traz diversos Pierrôs, Colombinas e Arlequins. Em 2008, o Pierrot de São José celebrou seu 30º aniversário no Encontro de Blocos que ocorre no Marco Zero na Segunda-feira de Carnaval.

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BLOCO DE PAU E CORDA The Pierrot of São José, as it might be called in English, was founded by the carnival reveller Severina dos Ramos Caminha, popularly known as Sevy Caminha, on 13 October 1978. Because of an argument with some members of the Bloco Batutas de São José, “Dona Sevy”, together with her daughters, relatives and friends, decides to create another carnival club. The name of the club dates back to one of the commedia dell’arte’s character: the Pierrot, present in the Flabelo, in black and silver. The preparations for the Carnival take place at “Dona Sevy’s” that hosts the headquarters of the club, in São José district, where the participants themselves make the costumes, embellishments and allegories. Possessing an original musical repertoire, the Pierrot has Benedito Alírio de Morais as its main composer. Pierrot dois, O regresso de Pierrot and Os 25 anos de Pierrot are among the most popular songs. The fellowship parades with approximately 120 participants and, along with the musicians and the female choir, it brings several Pierrots, Columbinas and Harlequins. In 2008, the Pierrot de São José celebrated its 30th anniversary in the Encontro de Blocos (meeting) that is held at Marco Zero on the Carnival Monday.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 13/10/1978 Endereço | Adress: Rua dos Ramos, nº 60, São José, Recife (PE) Contatos | Contats: (81) 3424-6705 | 9944-5896 | 9115-5543 Presidente | President: Severina dos Ramos Caminha Programação | Programme: Ensaiam às terças às 19h30 a partir do mês de novembro. The group’s rehearsals start in November, on Tuesdays at 19:30.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO

DA SAUDADE

Fotos: Fred Jordão

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O Bloco da Saudade surgiu por causa da música Valores do passado, composta por Edgard Moraes em 1962, na qual homenageava 24 Blocos extintos e idealizava a criação de um Bloco que pudesse reviver antigos carnavais. Formado inicialmente por artistas, intelectuais e universitários, o Bloco da Saudade é criado em 1973 por Antônio José Madureira (Zoca) e Marcelo Varella, mas desfila pela primeira vez em 1974, ano que consta no Flabelo. Em formato de máscara nas cores azul, vermelha e branca, o tradicional Flabelo é o grande símbolo da Agremiação, a identificando onde quer que chegue. De sua orquestra participaram grandes músicos pernambucanos, a exemplo de Antônio Carlos Nóbrega, Zoca Madureira, Egildo Vieira, Walmir Chagas, Antúlio

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Madureira, Getúlio Cavalcante e Narciso do Banjo, este último falecido em 2003. Com seu coral feminino e orquestra de pau e corda, o Bloco da Saudade segue entoando seu hino, despertando a admiração de diversos foliões e estimulando o surgimento de outros Blocos. Apesar de não desfilar no Concurso de Agremiações, participa ativamente da programação do Carnaval do Recife com os seus mais de 150 componentes. No mês que antecede o Carnaval, realiza acertos de marchas às sextas-feiras no Clube Náutico Capibaribe e na Semana Pré-Carnavalesca se apresenta nas ladeiras de Olinda (concentrando-se na “ladeira” do Varadouro) e no centro do Recife (da Praça Maciel Pinheiro ao Marco Zero).

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BLOCO DE PAU E CORDA The Bloco da Saudade - “Reminiscences Bloco” - was inspired in the song Valores do passado - “Treasures from the Past”, composed by Edgard Moraes in 1962, in which he makes a tribute to 24 extinguished Blocos and envisions the creation of a Bloco that could revive the old carnivals. Formed initially by artists, intellectuals and university students, the Bloco da Saudade is created in 1973, by Antônio José Madureira (Zoca) and Marcelo Varella; however, it is in 1974 that it parades for the first time, as can be verified in the Flabelo. The great symbol of the association has the shape of a mask in the colours blue, red and white and, wherever it goes, it is possible to recognize the Bloco. The Bloco’s orchestra had the participation of great musicians from Pernambuco like for instance, Antônio Carlos Nóbrega, Zoca Madureira, Egildo Vieira, Walmir Chagas, Antúlio Madureira, Getúlio Cavalcante and Narciso do Banjo, who died in 2003. With its female choir and wood and string orchestra, the Bloco da Saudade arouses the admiration of revellers and has stimulated the uprising of other associations of the kind. Although it does not parade in the Contest of Carnival Associations, it participates actively in the programme of Recife’s Carnival, with its more than 150 players. In the month before the Carnival, it accomplishes the rehearsals called acertos de marchas, on Fridays, at Clube Náutico Capibaribe and in the pre-carnival week, it makes presentations in the steep streets of Olinda (having its concentration at “ladeira do Varadouro”) and in the city centre of Recife (from Praça Maciel Pinheiro to Marco Zero).

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Grupo Independente | Independent Group Fundação | Fundation: 01/12/1973 Contato | Contacts: (81) 8858-2606 | 91471868 | www.blocodasaudade.org.br Presidente | President: Izabel Cristina

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO

EU QUERO MAIS

Fotos: Marcelo Lyra

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Fundado em 7 de março de 1992 no sítio histórico de Olinda, o Bloco Eu Quero Mais foi criado com o intuito de acrescentar ao Carnaval da cidade a beleza e o lirismo de mais um Bloco. Formado por integrantes do Coral Carnavalesco Eu Quero Mais, tem como padrinhos os compositores Fátima e Bráulio de Castro, que criaram o hino do Bloco, denominado Eu Quero Mais Olinda. Seu Flabelo, confeccionado por Margarete Cavalcante dois anos após a fundação, tem formato de uma sombrinha de frevo. Nas cores azul, vermelha, amarela e branca, presta homenagem ao Bloco da Saudade e à Troça Eu Acho É Pouco, devido à participação de seus integrantes nessas Agremiações. Coordenada por Naize Siqueira, a Orquestra do Bloco constituiu-se no decorrer dos anos e conta com participações especiais de diversos músicos, como Getúlio Cavalcante, Fred Monteiro, Vitor Mendes, Walmir Chagas, Xaruto e João Alberto. Sempre relacionadas aos temas, suas fantasias e adereços se renovam a cada ano, sendo idealizadas pelos artistas Fábio Costa e Américo Barreto. O Bloco Eu Quero Mais, com mais de 100 componentes, não participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas, mas está inserido nas diversas programações do Carnaval do Recife e de Olinda. Em 2003, criou-se o Eu Quero Maiszinho, Agremiação que conta com coral, orquestra e desfilantes mirins.

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BLOCO DE PAU E CORDA Founded on 7 March 1992, in the historical site of Olinda, the Bloco, whose name in English means “I want more”, was created with the purpose of contributing to the Carnival of the city with the beauty and lyricism of one additional Bloco. Integrated by members of the carnival choir Eu Quero Mais, it is godfathered by the composers Fátima and Bráulio de Castro, who created the Bloco’s anthem, entitled Eu Quero Mais Olinda. The Flabelo elaborated by Margarete Cavalcante, two years after the foundation, has the shape of a frevo umbrela in the colours blue, red, yellow and white, in homage to Bloco da Saudade and to Troça Eu Acho É Pouco, due to the participation of some of its revellers in these associations. Coordinated by Naize Siqueira, the Bloco’s orchestra has been constituted throughout the years and has had the special participation of several musicians, such as Getúlio Cavalcante, Fred Monteiro, Vitor Mendes, Walmir Chagas, Xaruto and João Alberto. Always related to the themes, the costumes and adorns are designed by the artists Fábio Costa and Américo Barreto and renewed at each year. Eu Quero Mais, with more than 100 participants, does not take part in the Contest of Carnival Associations; however, it is included in diverse programmes in the Carnival of Recife and Olinda. In 2003, the Eu Quero Maiszinho, association with a choir, orchestra and paraders composed of children, was initiated.

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Grupo Independente | Independent Group Fundação | Foundation: 07/03/1992 Endereço | Adress: Rua 15 de Novembro, n° 146, Varadouro, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3274-0998 | 8778-0998 Presidente | President: Maria Leone de Souza Correia Programação | Programme: Ensaiam a partir do mês de agosto, se estendendo até o Carnaval, sempre às segundas-feiras, às 20 horas, na Rua Paraíso do Norte, 71, Várzea – Recife. Apresenta-se também no Pátio de São Pedro, às 19 horas durante todo o 1° mês que antecede o carnaval. The rehearsals take place in January, at AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), on Saturdays at 21:00. The children Bloco Eu Quero MaiszinhoI parades at Pólo das Fantasias (Praça do Arsenal), in the afternoon of the Carnival Tuesday.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO CARNAVALESCO LÍRICO

COM VOCÊ NO CORAÇÃO

Fotos: Fred Jordão

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O Bloco Lírico Com Você no Coração foi fundado em 26 de outubro de 2004. A história da Agremiação começa com o grande desejo de Eleny Regis da Cruz (atual presidente) de criar um Bloco Lírico para animar as festas da Sudene, órgão do qual foi servidora. A fundadora resolveu então concretizar sua idéia contando para tanto com a adesão de outros servidores da Sudene, que, juntos, em 2005, criaram o Bloco. O Bloco Lírico Com Você no Coração, cujo nome foi inspirado na música Frevo da saudade de Aldemar Paiva, não se limita mais às festas de Carnaval da Sudene. Possui atualmente mais de 100 integrantes e se apresenta no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, organizado pela Prefeitura do Recife. Apesar do pouco tempo de

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existência, já conquistou os Campeonatos do Grupo II, em 2007, e do Grupo I, em 2008. Além do concurso, a Agremiação desfila ainda na comunidade de Engenho do Meio sempre na sexta-feira da Semana PréCarnavalesca, bem como no Encontro de Blocos no Recife Antigo e outros eventos do período carnavalesco. Como sugere o próprio nome, o Bloco traz em seu flabelo um Coração como símbolo. Suas cores oficiais são o verde e o branco por serem também as cores da Associação dos Servidores da Sudene, onde também fica localizada a sede da Agremiação. Apesar dessa ligação, a Agremiação não conta apenas com servidores da Instituição. Entre os seus mais de 100 componentes, participam muitos moradores do bairro do Engenho do Meio.

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BLOCO DE PAU E CORDA The Bloco Lírico Com Você no Coração – “With You in the Heart” – was founded on 26 October 2004. The history of the carnival fellowship starts with the great desire of Eleny Regis da Cruz (current president) of creating a lyrical bloco to animate the parties of SUDENE, governmental office in which she had worked. The founder decided, then, to turn her idea into reality, counting for such on the adhesion of other colleagues, who, together with her, created the Bloco. The fellowship, whose name was inspired in the song “Frevo da Saudade”, by Aldemar Paiva, is not restricted to the carnival parties of SUDENE anymore; presently, it has more than 100 participants and parades in the Contest of Carnival Associations, sponsored by the City Council of Recife. Despite the brief time of existence, it has already conquered the championship of Group II, in 2007, and Group I, in 2008. Parallel to the Contest, the group also parades in the community of Engenho do Meio, always on the Friday of the pre-carnival week, in the Encontro de Blocos no Recife Antigo (gathering of blocos) as well as in other events of the Carnival period. As the name suggests, the Bloco brings in its flabelo a heart as the symbol. Its official colours are green and white, for being the colours of the Association of Servants from SUDENE that hosts the headquarters of the carnival club. The association, nonetheless, is not composed exclusively with servants from the institution; among its more than 100 revellers, many people from Engenho do Meio are included.

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Fundação | Foundation: 26/10/2004 Endereço | Adress: Rua Lindolfo Collor, s/n°, Engenho do Meio, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3304-1492 | 8864-1305 Presidente | President: Eleny Regis da Cruz Programação | Programme: O Bloco realiza em sua sede, localizada na Associação dos Servidores da Sudene, duas festas, as quais fazem parte do seu calendário oficial: o aniversário da Agremiação e a confraternização no final do ano. Ambas são abertas ao público. Outros eventos podem acontecer durante o ano, mas são previamente anunciados. In its headquarters, the Bloco promotes two parties that integrate its official calendar: the fellowship’s anniversary and the end of the year celebration both open to the public. Other events, previously announced, can take place along the year.

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Clube de Boneco SEU MALAQUIAS

Foto: Roberta Guimarães

CLUBE DE BONECO

Os Bonecos Gigantes surgem na Europa, provavelmente na Idade Média, sob a influência dos mitos pagãos escondidos pelos temores da Inquisição. Chegam ao Brasil com os portugueses, desfilando inicialmente em procissões e festividades religiosas na figura de bufões ou reproduzindo santos católicos. A tradição de Bonecos Gigantes no Carnaval de Pernambuco destaca-se principalmente na cidade de Olinda. O primeiro, da enorme família de gigantes, foi O Homem da Meia-Noite (1931), como uma dissidência de sócios da Troça Carnavalesca o Cariri de Olinda. depois a Mulher do Dia, o Menino da Tarde, entre outros. Os Clubes de Bonecos desfilam acompanhados por uma orquestra de metais ao som do frevo-de-rua e, ao contrário das outras Agremiações, não trazem Bandeira ou Estandarte, a principal alegoria é o Boneco. Apresentam-se fantasiados, algumas vezes com o nome do Clube ou do personagem ao qual representam

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inscrito em uma faixa atravessada no corpo, dançam e reverenciam personalidades curvando-se diante delas e de espaços ou casas ilustres. Há Bonecos com até três metros e meio de altura, que pesam em média 35 quilos. O material utilizado na confecção varia bastante, podendo ser de papel machê, fibra ou tecido. Os Clubes que brincam no subúrbio do Recife e nas ladeiras de Olinda trazem o Boneco acompanhado da orquestra e da multidão, mas os que participam do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, trazem diversos outros elementos como diretoria, passistas, destaques, cordões, alas e outros desfilantes que se apresentam com fantasias improvisadas. Em alguns Clubes, os Bonecos são considerados calungas pelos carnavalescos, carregados de um forte fundamento religioso. O “miolo” do boneco, assim como ocorre no Boi e no Urso, geralmente é uma pessoa antiga na Agremiação que algumas vezes passa por diversos cuidados espirituais.

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Foto: Fred Jordão

Agremiações Carnalavescas 102 | 103 Clube de Boneco TADEU NO FREVO

Clube de Boneco is the denomination given to carnival fellowships that parade with giant puppets. The giant puppets have arisen in Europe, probably at the Middle Age, under the influence of pagan myths hidden behind the Inquisition threat. They arrive in Brazil at the hands of the Portuguese settlers, parading initially in processions and religious festivities, in the shape of buffoons or catholic saints. The tradition of such fellowships in the carnival of Pernambuco is mainly remarkable in the city of Olinda. The first of the huge puppet family was the Homem da Meia Noite – Midnight men – (1931) that resulted from a dispute between the members of the Carnival Troça O Cariri de Olinda. Then, other characters appeared: Mulher do Dia, (Day Woman), Menino da Tarde (Afternoon Boy), and a great many others. The Puppet Club is usually accompanied by a metal orchestra at the rhythm of street-frevo. Different from other associations, it does not bring a flag or a banner. The main allegory is the puppet itself, which parade costumed as to compose a character; sometimes,

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they carry the name of the club or of the character they represent written in a sash over the puppet’s shoulder. They dance and bow in reverence to personalities and illustrious spaces as they pass in front of them. There are puppets with up to three and half metres high, weighing 35 kilos at average. The material used in the making of the puppets can vary greatly, from papier-marche, to cloth or fibre. The groups that play in the districts of Recife and in the steep streets of Olinda bring the puppet accompanied only with a single orchestra and the crowd, whereas those that participate at the Contest of Carnival Associations of Pernambuco perform with other elements such as directory, frevo dancers, featured costumes, rows and also revellers with improvised costumes. In some clubs, the puppets are considered as calungas (consecrated icons) by the revellers, carrying a strong religious meaning. The person inside the puppet, called miolo (core) as it is observed with the Boi (Bull) or with the La Ursa (bear) is generally a person for a long time in the fellowship who is submitted to diverse spiritual cares.

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CLUBE DE BONECO

Foto: Gil Vicente

Clube de Boneco LINGUARUDO DE OURO PRETO

Foto: Roberta Guimar達es

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Clube de Boneco SEU MALAQUIAS

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

O COMELÃO

Fotos: Fred Jordão

104 | B

O Clube de Boneco O Comelão foi fundado em 26 de janeiro de 1997 por um grupo de amigos no bairro da Bomba do Hemetério, Recife. Entre seus fundadores, encontram-se: Edmilson Correia (Dinda Mago), Arnildo de Oliveira, José Andrade (Zezo), José Siqueira, Ivan Henrique (Capim), José Luiz, Zito, Irene Conceição, Severina Ramos, Valdir (Ripa) e Severino (Biu). Seu nome foi escolhido em alusão a um de seus participantes, José Andrade, conhecido por Zezo, famoso por seu apetite exagerado. Os amigos, com o intuito de homenageá-lo, confeccionaram um Boneco gigante semelhante a ele: O Comelão. O Boneco de três metros, símbolo da

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Agremiação, apresenta-se com uma Colher e um Garfo, trazendo como cores oficiais o amarelo e o azul. Em 1998, após fi liar-se à Federação Carnavalesca de Pernambuco, a Agremiação passa a desfilar no Concurso de Agremiações Carnavalescas conquistando títulos de Campeão em 2002 e 2007 do Grupo Único. Atualmente, O Comelão, com cerca de 150 integrantes, apresenta-se, além do Concurso Oficial, na Avenida Guararapes (Corredor do Frevo), no Marco Zero (Encontro de Bonecos) e no bairro da Bomba do Hemetério, na Semana Pré-Carnavalesca.

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CLUBE DE BONECO The O Comelão that can be translated as The Glutton, was established on 26 January 1997, by a group of friends in Bomba do Hemetério district, Recife. Among them, Edmilson Correia (Dinda Mago), Arnildo de Oliveira, José Andrade (Zezo), José Siqueira, Ivan Henrrique (Capim), José Luiz, Zito, Irene Conceição, Severina Ramos, Valdir (Riga) and Severino (Biu). The name of the fellowship was chosen in reference to one of its participants, José de Andrade known as Zezo, famous for his exaggerated appetite. His friends, in order to praise him, made a giant puppet with his features: O Comelão. The puppet, three metres high, holding a spoon and a fork stands as the symbol of the association, whose official colours are yellow and blue. In 1998, the group joined the official union (Federação Carnavalesca de Pernambuco) and started to parade in the Contest of Carnival Associations, obtaining several winner titles, from 2002 to 2007, in the Unique Group. Presently, the O Comelão counts about 150 players and, besides the official Contest presentation, at Guararapes Avenue (Frevo Corridor), it also parades at Marco Zero (Encontro de Bonecos – Puppets Meeting) and in the district of Bomba do Hemetério, on the pre-carnival week.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 26/01/1997 Endereço | Adress: Rua Aurilândia, n° 92, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 4103-3267 | 8838-5434 Presidente | President: Edmilson Correia Monteiro (Dindo Mago) Programação | Programme: Escolinha de Frevo - dança - todas as quartas-feiras e sábados (das 14 às 17 horas) e Escolinha de Passistas, todas as quartas-feiras e sábados (das 18 às 21 horas). Frevo dance classes are held every Mondays and Wednesdays (from 18:30 to 21:00) and Afro Ballet workshops every Tuesday and Saturdays (From 18:30 to 21:00)

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

O GAROTO DA ILHA DO MARUIM

Fotos: Gil Vicente Maia

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Fundado em 7 de setembro de 1990, o Clube de Boneco O Garoto da Ilha do Maruim surgiu de um grupo de amigos que costumava se encontrar com alguns pescadores da Ilha do Maruim, Olinda, para jogar futebol, no Clube da Juventude. Entre os fundadores, destacam-se: Luciano Avelino André, Arquimedes Avelino Andrade e Louro. O Clube, como referência ao próprio nome, é representado por um Boneco gigante com feições de uma criança alegre e desfila com mais de 100 integrantes. Traz como cores oficiais o azul e o branco. Ao longo dos seus 17 anos de trajetória carnavalesca, conquistou os títulos de campeão em 2003 do Grupo Único e Vice-Campeão em 2007 do Grupo Especial no Concurso de Agremiações Carnavalescas, promovido pela Prefeitura do Recife.

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CLUBE DE BONECO Founded on 7 September 1990, the O Garoto da Ilha do Maruim, which in English means Boy from Ilha do Maruim, came up from a group of friends who used to meet with some fishermen from Ilha do Maruim, Olinda, to play football at a local club. Within that group of friends, special reference is made to Luciano Avelino André, Arquimedes Avelino Andrade and Louro. The club, as the name implies, is represented by a giant puppet with features of a cheerful boy that parades with more than 100 revellers. It adopts blue and white as official colours. For over 18 years of its carnival history, it has gained the title of Champion of the Unique Group in 2003 and the Vice- Championships of the Special Group in 2007, in the Contest of Carnival Associations, promoted by the City Council of Recife.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 07/07/1990 Endereço | Adress: 2ª Travessa Santa Tereza, n° 455, Santa Tereza, Olinda (PE) Contato | Contact: (81) 3494-3494 Presidente | President: Luciano Avelino André

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

SEU MALAQUIAS

Fotos: Roberta Guimarães

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Fundado nos anos de 1940 na cidade de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco, o Clube de Boneco Seu Malaquias nasceu como uma Troça. A idéia de fundar a Agremiação foi de Antônio Ramos de Oliveira, conhecido popularmente por “Seu Maracujá”, que registrou o Boneco em 27 de agosto de 1954. O nome foi escolhido em função de uma pessoa com estatura elevada que existia na região e era chamada Malaquias. Em 1959, quando da mudança de Seu Maracujá para o bairro de Águas Compridas, Olinda, a sede do brinquedo é transferida para essa localidade. Em 1977, após o falecimento do seu primeiro diretor (Maracujá), assume a presidência do “brinquedo”, seu filho José Ramos de Oliveira, mais conhecido como Zezinho de Malaquias, que decide mudar o estatuto da Agremiação de Troça para Clube de Boneco. A Agremiação tem como símbolo um Boneco gigante (Seu Malaquias) que pesa em torno de quarenta quilos e traz como cores oficiais o vermelho e o branco, decorrente da devoção ao orixá Xangô. Como Troça, Seu Malaquias foi Vice-Campeão por três vezes: 1966, 1967 e 1968. Na categoria de Clube de Bonecos, obteve o título de Campeão nos anos de 1989 a 1995 e em 1999. Foi Campeão na Categoria B em 2001 e Vice-Campeão em 2004 e 2005. No Carnaval 2006 e 2007 conquistou o título de Campeão do Grupo Especial do Concurso de Agremiações Carnavalescas. Fazem parte do seu repertório os frevos-de-rua Malaquias no frevo e Recordação de Maracujá, composições do Maestro Nunes; e Seu Malaquias, hino do Clube, da autoria de José Bartolomeu.

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CLUBE DE BONECO Founded in the 1940’s, in the city of Carpina, 1T.N.Zona da Mata Norte de Pernambuco, The Clube de Boneco Seu Malaquias – “Seu Malaquias Puppet Club – initiated as a Troça (see Troças). The idea of creating a carnival association came from Antonio Ramos de Oliveira, most popularly known as “Seu Maracujá”, who registered the Puppet in 27 August 1954. The name was chosen with reference to a man of high stature from that locality called Malaquias. In 1959, as “Seu Maracujá” moved to the district of Águas Compridas in Olinda, the Puppet’s place, then, was transferred to this place. In 1977, after its first director’s death, his son José Ramos de Oliveira, most known as “Zezinho de Malaquias”, assumes the direction of the “play” and decides to change the association’s statute in order to transform the Troça into a Clube de Boneco. The fellowship has as the symbol a giant puppet (Seu Malaquias) that weighs about 40 kilos and the official colours are red and white, as a sigh of devotion to the orixá Xangó. As a Troça, Seu Malaquias had been Vice-Champion in the Contest of Carnival Associations for three years: 1966, 1967 and 1968. In the category Clube de Boneco, it obtained the title of winner in 1989 until 1995 and in 1999. It was the winner of the Second Group in 2001 and Vice in 2004 to 2005. At the 2006 and 2007 carnivals, it conquered the title of Champion from the Special Group. The street frevo repertoire of the Puppet includes: Malaquias no Frevo and Recordação do Maracujá, both Conductor Nunes’ compositions, and Seu Malaquias, the club’s anthem, composed by José Bartolomeu. 1T.N.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 27/08/1954 Endereço | Adress: Rua Ladeira de Pedra, nº 1304, Alto do Pascoal, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-1950 | 8634-6842 seumalaquias@bol.com.br Presidente | President: Cláudio Brandão (Chocho) Programação | Programme: Prévia carnavalesca do Clube de Boneco Seu Malaquias: acontece um desfile no domingo pela manhã no bairro do Alto do Pascoal. The association promotes a Carnival Preliminary with a parade performed on a Sunday morning in Alto do Pascoal.

North Coastal Forest Zone.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

TADEU NO FREVO

Fotos: Fred Jordão

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O Clube de Boneco Tadeu no Frevo foi fundado no dia 23 de julho de 1986, na Rua 24, Caetés II, Abreu e Lima (PE), por um grupo de quadrilheiros, integrantes de uma Quadrilha junina chamada Tadeu na Roça, nome inspirado na música Prenda o Tadeu, grande sucesso musical da época na voz da cantora Cremilda. Entre seus fundadores, destacam-se: Josevan Sales de Souza, Arnaldo Teixeira, Josane Muniz, Jean Sales, Jairo, Margarida Monteiro e Marilucy Monteiro. A Agremiação é representada por um Boneco gigante, com aproximadamente 3,5 metros de altura e tem como suas cores oficiais o verde e o preto. Surgiu como Troça, mas, em 1991, passa para a categoria de Clube de Boneco, pela qual se consagrou Campeã durante vários anos (1995, 1997 a 2001). Em 2005, volta a conquistar mais um primeiro lugar, em 2006 foi Vice-Campeão e em 2007 ficou com a terceira colocação do Grupo Especial no Concurso de Agremiações Carnavalescas. Com cerca de 150 figurantes, a Agremiação destaca-se pela beleza, animação e irreverência de seu desfile. Tem como hino o frevo-de-rua Tadeu no frevo de autoria do Maestro Nunes e ainda Regresso Margarida, do mesmo compositor.

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CLUBE DE BONECO The Puppet Club Tadeu do Frevo, as it might be called in English, was created in 23 July 1986, in Abreu e Lima (PE), by dancers of typical northeastern country-dance group called Tadeu na Roça, a name inspired in a funny song that was a great local hit of the time: Prenda o Tadeu (Arrest Tadeu). Among its founders the following names are highlighted: Josevan Sales de Sousa, Arnaldo Teixeira, Josane Muniz, Jean Sales, Jairo, Margarida Monteiro and Marilucy Monteiro. The association is represented by a giant puppet, with about 3.5 metres high, adopting green and black as the official colours. It started as a Troça (see Troças), but in 1991 changed to the category of Clube de Boneco, by which it has been acclaimed winner of the Carnival Associations Contest for many years (1995, 1997 to 2001). In 2005, it obtains the number one title again, in 2006, it was the Vice-Champion, and in 2007, it achieved with the third place at the Special Group. With almost 150 players, the group is remarkable for its beauty, cheerfulness and irreverence of its parade. The official anthem is the street frevo Tadeu do Frevo, a composition by conductor Nunes.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 23/07/1986 Endereço | Adress: Rua 24, nº 15, Qd. 28, Caetés II, Abreu e Lima (PE) Contatos | Contacts: (81) 8872-6455 | 8754-3958 Presidente | President: Josevan Sales de Souza Programação | Programme: A partir do mês de janeiro, o Clube realiza ensaios abertos aos sábados, sempre à noite. From January, the Club holds open rehearsals, always on Saturdays night.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

O SAPATEIRO

Fotos: Fred Jordão

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O Clube de Boneco O Sapateiro foi fundado no dia 8 de novembro de 2005 por Reginaldo Ferreira de Souza, com o objetivo de prestar uma homenagem a seu pai, “Seu Berilo”, sapateiro de profissão. O Sapateiro é uma forma de reconhecimento da comunidade da Imbiribeira ao trabalho que vem sendo desenvolvido há mais de 20 anos por “Seu Berilo”, no Centro de Artes Salinas, com projetos voltados para crianças, adolescentes e um grupo de 3ª Idade. A figura de Berilo vem representada pelo Boneco, e sua profissão é representada pelos Cordões (desfilantes organizados em fileiras que percorrem todo o desfile do Clube), que trazem a imagem de sapatos nos adereços de mão. Com cerca de 200 integrantes, o Clube de Boneco O Sapateiro faz a alegria do bairro da Imbiribeira, desfilando na própria comunidade na Semana Pré-Carnavalesca e no centro do Recife, onde conquistou o 3º e o 4º lugar (em 2007 e 2008, respectivamente), no Grupo Especial do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco. Após o Carnaval, o Clube retoma suas atividades no final do mês de julho, para fazer os reparos nas fantasias e adereços, e ensaiar para o ano seguinte.

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CLUBE DE BONECO The Puppet Club O Sapateiro, whose translation is “the shoe maker”, was founded on 8 November 2005, by Reginaldo Ferreira de Sousa, with the purpose of paying homage to his father: “Seu Berilo”, a professional shoemaker. O Sapateiro represents a kind of recognition from the Community of Ibiribeira to the work that has been developed by this shoe maker for more than 20 years, by means of the Centro de Artes Salinas, with projects oriented to children and teenagers, along with a third age group . The figure of “Seu Berilio” is represented by a puppet and his profession by rows of revellers that bring the shoe emblem in the hands accessories. With around 200 participants , O Sapateiro cheers up the district of Imbiribeira, parading in the very community at the pre-carnival week and in the city centre of Recife, where it conquered the third and fourth places (in 2007 and 2008, respectively), in the Special Group of the Contest of Carnival Associations. After the carnival, the club restarts its activities in July, in order to make repairs in the costumes and accessories and to rehearse for the following year.

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Fundação | Foundation: 08/11/2005 Endereço | Adress: Rua Nossa Senhora do Carmo, n° 21, Imbiriribeira, Recife (PE). Referência: Entrada da Loja Jacaúna. Contatos | Contacts: (81) 3497-2336 | 8538-1823 Presidente | President: Reginaldo Ferreira de Souza

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Gil Vicente Maia

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CLUBE DE BONECO

LINGUARUDO DE OURO PRETO

A Troça Carnavalesca Mista Linguarudo de Ouro Preto foi fundada em 1º de maio de 1983 por Alberto Monteiro Cavalcanti, Maria dos Prazeres Alves Cavalcanti e José Alves de Souza Filho. Os fundadores tinham como objetivo animar as ruas do bairro de Ouro Preto no município de Olinda, localidade que não contava mais com uma Agremiação carnavalesca na qual pudessem desfilar os seus moradores. Em 1990, depois de sete anos de desfile nas ruas de Olinda e do Recife, foi decidido, em assembléia realizada com os dirigentes, que a brincadeira passaria da categoria Troça para a de Clube de Boneco. O Linguarudo, como é carinhosamente chamado, conquistou vários títulos no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, promovido pela Prefeitura do Recife, entre eles, o Vice-Campeonato em 1991 e o Primeiro Lugar em 1994. Mais recentemente, foi Vice-Campeão em 2007 e 2008 pelo Grupo I. Além da participação no Concurso, o Clube se apresenta também nos domingos de Carnaval, pelas ruas da comunidade de Ouro Preto oferecendo, nesse mesmo dia, antes do desfile, um farto café da manhã acompanhado de orquestras de Frevo para aquecer os foliões que acompanham o Clube. A Agremiação apresenta-se ainda na Terça-feira, no Sítio Histórico de Olinda, no Encontro de Bonecos Gigantes. O Clube, que possui um Boneco com a língua para fora como símbolo, tem como cores oficiais o azul e o branco e desfila com aproximadamente 200 integrantes. Cristina Alves da Silva é a atual Presidente.

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CLUBE DE BONECO The was founded on 1 May 1983, by Alberto Monteiro Cavalcanti, Maria dos Prazeres Alves Calvalcanti and José Alves Sousa Filho. The founders had the objective of animating the streets of Ouro Preto, a district of Olinda that no longer possessed a carnival fellowship in which its dwellers could parade. In 1990, after seven years parading in the streets of Olinda and Recife, it was decided in an assembly held by its principals that the ‘play’ would change from the category of Troça to Clube de boneco (Puppet Club). The Linguarudo – Portuguese word for gossiper, as it is fondly called, has won many titles in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, among these titles, the vice-championship in 1991 and the first place in 1994. More recently, it was vice- champion of Group I, in 2007 and 2008. In addition to its participation in the contest, the association also performs at the carnival Sunday through the streets of the community, providing first a hearty breakfest to the carnival revelers, at the sound of frevo orchestras in order to prepare them to follow the club passage. The group still make a presentation on Tuesday, at the historical site of Olinda, in the Encontro de Bonecos Gigantes, a gathering of all giant puppets. The club, represented by a puppet with its tongue out, has blue and white as official colours, parading with approximately 200 participants. Its current president is Cristina Alves da Silva.

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Fundação | Foundation: 01/05/1983 Endereço | Adress: Rua Ema, n° 27, Casa A, Ouro Preto, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3439-9118 | 9288-2247 cristinaalves@zipmail.com.br Presidente | President: Cristina Alves da Silva Programação | Programme: Apesar de não possuir sede própria, o Clube realiza, antes do Carnaval, ensaios abertos na comunidade. Data, local e horário são divulgados previamente pela diretoria a partir de outubro. No mês de maio, é realizada uma grande festa em comemoração ao aniversário do Linguarudo, com a presença de outras agremiações e artistas da cultura popular. Even not possessing its own headquarters, the club accomplishes open rehearsals to the community, starting in October; the date and place are previously announced by the directory. In May, they promote a great party to celebrate the anniversary of Linguarudo, with the participation of other carnival associations and artists of the popular culture.

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Agremiações Carnalavescas

CLUBE DE BONECO

TÔ A FIM

Fotos: Fred Jordão

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O Clube Carnavalesco Anárquico Mixto Tô a Fim foi fundado em 7 de setembro de 1990 por um grupo de amigos que participavam de uma manhã de sol no Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, e que resolveram criar um Boneco para brincar o Carnaval. Entre os nomes sugeridos pelo grupo, o termo “Tô a Fim”, proposto por João Ismar, foi acatado imediatamente pelos demais amigos reunidos, entre eles, Fernando Tolentino, o primeiro Presidente, e Cleonice Maria de Medeiros, que ocupa o cargo desde 2007. A Agremiação, apesar de fundada na Mustardinha, sede do Clube Lenhadores, foi acolhida pela comunidade do Pina, onde tem sede provisória localizada na residência da sua Presidente. O seu símbolo é uma Maçã mordida e um Dedo apontando para ela, representando o Pecado e a Luxúria, o que complementaria o que sugere o seu nome: Tô a Fim de... As cores oficiais carregadas pelo Boneco são o vermelho, o azul e o branco. O Clube desfila com aproximadamente 100 integrantes oriundos da comunidade do Pina, bem como de outras localidades da cidade e tem em seu calendário um grande ensaio de rua na Semana Pré-Carnavalesca. Em 2008, o Tô a Fim foi campeão do Concurso de Agremiações Carnavalesca do Recife, na categoria do Grupo I, e em 2009 foi classificado em 3º lugar no Grupo Especial.

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CLUBE DE BONECO The carnival fellowship, whose core name could be translated into English as “I’m willing”, was founded on 7 September, 1990, by a group of friends who had been participating, on sunny morning, at the carnival club called Lenhadores and decided to create a “Boneco” (giant puppet) for ‘playing’ the Carnival. Among the names suggested by the group, the expression “Tô a Fim”, proposed by João Ismar, was immediately accepted by the other fellows, including Fernando Tolentino, the first president and Cleonice Maria de Medeiros, who is in charge of the group since 2007. The association, despite its foundation at the neighbourhood of Mustardinha, was received by the community of Pina, where its temporary headquarters functions, at the president’s house. It has a bitten apple and a finger pointing at it as its symbol, representing the sin and lasciviousness that complements what its name suggests: “I’m willing”. The official colours carried by the puppet are red, blue and white. The club parades with about 100 s from the community of Pina and other localities of the city. In 2008, the group was the champion in the Contest of Carnival associations of Recife, in the Group I category and, in 2009, it was the third place of the Special Group.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 07/09/1990 Endereço | Adress: Av. Conselheiro Aguiar, n° 146, Pina, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3338-6892 | 3228-2545 Presidente | President: Cleonice Maria de Medeiros Programação | Programme: Ensaio geral, aberto ao público, realizado na rua da sede provisória na Semana Pré-Carnavalesca. A general open rehearsal, is held at the street of its temporary headquarters, at the Pre-Carnival week.

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Maracatu Nação ENCANTO DA ALEGRIA

Foto: Fred Jordão

MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO Os grupos de Maracatu Nação também conhecidos pelo nome de Maracatu de Baque Virado têm origem nas coroações de Rainhas e Reis negros denominados Reis do Congo. Sob a proteção das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, promovem-se as coroações como forma de subordinação, administração e controle dos escravos. Os rituais de coroação das Nações africanas eram realizados durante os festejos em homenagem a Nossa Senhora do Rosário (mês de outubro) quando, após a cerimônia, os integrantes do cortejo, vestidos em trajes de gala, percorriam as ruas da cidade. Com a abolição da escravatura, o desfile dos cortejos desliga-se das comemorações litúrgicas da Igreja Católica e passa a integrar os festejos carnavalescos. No formato de uma autêntica Nação, os grupos de Maracatu apresentam-se ao público como uma Corte ricamente trajada com sedas, veludos, bordados e pedrarias. À frente do cortejo, vem o Porta-Estandarte; em seguida a Dama-do-Paço, pessoa que conduz a calunga (ícone consagrado, detentor do axé do maracatu). Continuando o préstito, surgem as Damas de Frente, as Baianas de Cordão ou Catirinas, as Baianas ricas. Têm-se ainda Imperatriz

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e Imperador; Duque e Duquesa; Conde e Condessa; Marquês e Marquesa; Cônsul e Consulesa; Embaixador e Embaixatriz; Príncipe e Princesa; Lampiões, Soldados romanos e Vassalos. A figura do Caboclo Arreiamá ou Caboclo de Pena representa a sabedoria dos povos indígenas e a proteção dos espíritos das florestas. O cortejo encerra-se com a chegada do Rei e da Rainha, que desfilam protegidos por um grande guarda-sol colorido (pálio), carregado por um escravo (pajem). Assim como nas outras Agremiações, cada Maracatu tem uma batida ou baque próprio. O instrumental do “brinquedo”, composto de tarol, caixa de guerra, mineiro, agbê, gonguê e alfaias (tambores de madeira), também varia em número e tipo, e é comandado pelo Mestre de Apito. Fortemente ligadas às religiões de matriz africana, em especial, o Candomblé, as Nações mais “tradicionais” encontram nos símbolos, cânticos, danças, indumentárias e adereços estreitas relações com os orixás e outras entidades. É uma manifestação artística de modelo europeu e espírito africano, num movimento de luta, resistência e preservação das práticas culturais afro-brasileiras.

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Agremiações Carnalavescas

Nação do Maracatu LEÃO DA CAMPINA

Fotos: Fred Jordão

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The groups of Maracatu Nação (Nation) also known as Maracatu de Baque Virado (Twisted Stroke) have their origins in the coronations of black Queens and Kings denominated Congo Kings. Under the protection of the Fraternities of Our Dear Lady of the Rosary and St Benedicto, they promote the coronations as a form of subordination, administration and control of the slaves. The coronation rites of the African Nations used to be accomplished during the festivities in homage to Our Dear Lady of the Rosary (October) when, after the ceremony, the participants of the procession, dressed with pomp, went through the streets of the city. With the abolishment of the slavery, the parade of such processions has been detached from the liturgical celebrations of the Catholic Church and starts to integrate the carnival festivities. In the configuration of an authentic Nation, the Maracatu groups make their presentation as a court, richly dressed in silk, velvet, embroideries and rhinestones. Ahead of the procession, enters the Banner-Bearer, followed by the Dama-do-Paço (Court Lady) who carries a doll, called 1T.N.calunga; in the sequence, come the female dancers, called Damas de Frente, Baianas de Cordão or Catirinas, the rich Baianas. There are still the Emperor and Empress, the Duke and Duchess, Count and Countess, Marquis and Marquise,

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couple of Consuls, couple of Ambassadors, Price and Princess, Lampiões (north-eastern icon), Roman Soldiers and Vassals. The persona of the Caboclo Arreiamá or Caboclo de Pena represents the wisdom of the indigenous peoples and the protection of the forest spirits. The procession ends with the arrival of the King and the Queen, who parade protected by a great colourful umbrella (pálio), carried by a Pájem (pageboy). Equally to other carnival associations, each maracatu has its own beat or stroke. The rhythm ensemble of the “play” is composed of snare drums (including tarol, a shallow type), mineiro (metal cylindrical rattle), agbê (calabash wrapped in a net of bead threads), gonguê (large metal cowbell like instrument) and alfaias (wooden drums); it also varies in number and types of instruments and is conducted by the Mestre de Apito (Whistle Master). Strongly connected to the religions of African origin, specially the Candomblé, the most “traditional” Nations express through the symbols, chants, dances, garments and their close relations with the orixás (deities) and other deities. It is an artistic manifestation of European model and African spirit, within a movement of fight, resistance and preservation of the cultural Afro-Brazilian practices. 1T.N.

consecrated icon, axé (sacred force) holder of the maracatu

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Maracatu Nação ENCANTO DA ALEGRIA

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

Maracatu Nação OXUM MIRIM

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Fred Jordão

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MARACATU NAÇÃO

ENCANTO DA ALEGRIA

O Maracatu Nação Encanto da Alegria, fundado em 10 de dezembro de 1998, na Rua Aurilândia, 151, Bomba do Hemetério, Água Fria, nasceu de um sonho de sua fundadora Ivanize Tavares de Lima (Mãe Ivanize de Xangô), que após deixar o Maracatu Leão de Judá, onde era Rainha, dá início ao seu grande sonho: criar o seu próprio Maracatu. O nome Encanto da Alegria, segundo Dona Ivanize, deve-se ao fato de “o orixá Iansã ser o próprio Encanto; e Alegria é porque antigamente o local era conhecido como Alto da Alegria”. A cor oficial do Maracatu é o vinho. A Boneca, no alto do seu Estandarte, representa o orixá Iansã, símbolo da Nação. Em 2001, com apoio da comunidade, o Maracatu vai para as ruas pela primeira vez para participar do Carnaval da cidade. Na história do Encanto, o dia 13 de maio de 2003 é bastante significativo, quando aconteceu a Cerimônia de Coroação de sua Rainha Dona Ivanize, no adro da Igreja do Terço. Desde a sua fundação, a Agremiação já participou de diversas programações na cidade, como a Terça Negra, a Noite dos Tambores Silenciosos, as Comemorações do Dia da Consciência Negra, a Abertura do Carnaval da Cidade, a Festa da Lavadeira, o Concurso de Agremiações Carnavalescas, além de apresentações em Brasília e São Paulo. Em 2003, grava o primeiro CD – Encanto da Alegria: pequena longa história, sob o comando do Mestre de Apito, “Toinho”, que lidera o batuque do Maracatu desde a sua fundação. Dois anos depois, grava o segundo CD Maracatu Nação Encanto da Alegria: baque forte e mostra que o baque do Encanto muda a cada dia, tornando o próprio registro um retrato provisório.

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“Black Tuesday” – musical event promoted by the Unified Black Movement every Tuesday night at Pátio de São Pedro. 2T.N. Night of the Silent Drums – a gathering of maracatus. At midnight, all drums fall silent and lights are turned off, while the Babalorixá prays and sings chants honouring Our Dear Lady of Rosary and special songs to the eguns (the dead). 3T.N. “Laundress Festival” – a cultural and religious celebration that happens on 1 May, at Paiva beach, Cabo de Santo Agostinho – PE. 1T.N.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

The Maracatu Nação Encanto da Alegria, founded on 10 December 1998, was originated from the dream of its founder Ivanize Tavares de Lima (Mãe Ivanize de Xangô), who after leaving the Maracatu Leão de Judá, where she had been the Queen, starts to consider her great dream: create her own maracatu. The name Encanto da Alegria or, Enchantment of Gladness in English, according to “Dona Ivanise” owes to the fact of “the orixá Iansã be the Enchantment herself and Gladness, correspondent to alegria in Portuguese, refers to the former name of the place which was called Alto da Alegria. The official colour of the carnival fellowship is maroon. The doll, illustrated in its banner, represents the orixá Iansã, symbol of the Nation. In 2001, with the community support, the maracatu goes to the streets for the first time to take part in the carnival of the city. In the history ofEncanto, the date 13 May 2003 is very important; it is when the Coronation Ceremony of its Queen, Mrs Ivanise Lima, took place at the forecourt of Igreja do Terço, a Catholic temple. Since its creation, the association has already taken part in several events in the city; for example, 1T.N.Terça Negra, 2T.N.Noite dos Tambores Silenciosos, celebrations of Dia da Consciência Negra (Black Awareness Day), opening of the Carnival, 3T.N.Festa da Lavadeira, Contest of Carnival Associations, in addition to performances in some Brazilian cities as Brasília and São Paulo. In 2003, it releases the first CD – Encanto da Alegria: pequena longa história, under the conduction of the Mestre de Apito (Whistle Master) “Toinho”, in charge of the maracatu’s musical ensemble since its foundation. After two years, it records the second CD Nação Encanto da Alegria: baque forte and shows that the Encanto’s baque (stroke) changes every other day, what makes the very register a temporary account.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 10/12/1998 Endereço | Adress: Rua Aurilândia, n° 141, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-3741 | 3444-3311 Presidente | President: Clovis Cosme dos Santos Programação | Programme: A partir de dezembro todos os sábados, depois das 16 horas, realizam-se os ensaios com os batuqueiros. O Maracatu funciona como Ponto Cultural promovendo aulas de informática, exibição de vídeos, oficinas de Percussão, de Confecção de Fantasias e Adereços, de segunda a sexta-feira, das 8 às 19 horas. The rehearsals with the percussionists start in December, on Saturdays, from 16:00. The maracatu headquarters also operates as a Ponto Cultural (cultural centre), promoting computer classes, video exhibitions, workshops on percussion, making of costumes and embelishments, from Monday to Friday, between 8:00 to 19:00.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU NAÇÃO

ESTRELA BRILHANTE

Fotos: Roberta Guimarães

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A Nação do Maracatu Estrela Brilhante foi fundada em 16 de julho de 1910, por ex-escravos. Entre os seus fundadores, Cosme Damião Tavares ou “Seu Cosme”, pescador, nascido em Igarassu, na segunda metade do século XIX. Em toda a sua trajetória, o Estrela, como é carinhosamente conhecido, passou por diversos bairros da cidade, até se estabelecer no Alto José do Pinho – local de grande efervescência cultural. É nessa localidade que reside a atual Rainha e Presidente da Nação, Marivalda Maria dos Santos. Dona Marivalda faz da sua casa a sede do Maracatu: desenha, costura, borda, confecciona instrumentos. Mulher de personalidade forte, seguiu os passos da Ialorixá Maria Madalena (antiga Rainha da Nação) e conquistou a admiração e o respeito do público pernambucano.

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A Nação tem como símbolo uma Estrela e como cores oficiais o azul e o branco, em homenagem a Iemanjá – orixá protetora dos mares e oceanos. À frente da “bateria” há mais de uma década, Mestre Walter – músico, arranjador, compositor e professor de mais de uma geração de percussionistas, lidera mais de uma centena de batuqueiros. Em 2001, grava o primeiro CD Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife, com toadas que fazem parte do seu repertório. O grupo participou de diversos eventos na cidade, no Brasil e no mundo. Da EXPO 2000, em Hannover (Alemanha), e de conceituados festivais em países como França, Espanha, Portugal, Bélgica e Itália. No Carnaval do Recife, o Estrela Brilhante conquistou diversos títulos, entre eles o de Campeão do Grupo Especial no Concurso de Agremiações Carnavalescas, em 2007.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

The Nation Maracatu Estrela Brilhante, that can be translated as Shiny Star Maracatu, had its creation on 16 July 1910, by a group of slaves. Among them, Cosme Damião Tavares or “Seu Cosme”, a fisherman, born in Igarassu, in the second half of the XIX century. In all its history, the Estrela, as it is caressingly known, had its centre in several districts of the city until settling in Alto José do Pinho – place of great cultural effervescence. It is in this locality that the current Queen and President of the Nation, Marivalda Maria dos Santos, lives. She hosts the maracatu headquarters in her house; additionally, she designs, does needle work, embroiders and makes the instruments of the association. A woman of great personality, who followed in Ialorixá Maria Madalena’s (former queen of the Nation) footsteps, conquering the admiration and respect from the public of Pernambuco. The Nation has a star as the symbol and blue and white are the official colours, in homage to Iemanjá – orixá protector of seas and oceans. In charge of the percussion for more than one decade, Master Walter – musician, arranger, composer and teacher of more than one generation of percussionists, he conducts more than a hundred of them. In 2001, the group releases its first CD Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife, with tunes that compose its repertory. The maracatu has participated in various events in the city, in Brazil and in the world. For example, the EXPO 2000 in Hannover (Germany) and in acknowledged festivals in France, Spain, Portugal, Belgium and Italy. In the Carnival of Recife, the Estrela Brilhante won diverse titles as the Champion of the Special Group in the Contest of Carnival Associations in 2007, for instance.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 16/07/1910 Endereço | Adress: Rua Tuína, n° 15, Alto José do Pinho, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3267-3753 | 8775-9820 Presidente | President: Marivalda Maria dos Santos Programação | Programme: Ensaios acontecem a partir de setembro, aos domingos, sempre às 17 horas. The rehearsals are held from the beginning of September, always at 17:00.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU NAÇÃO

GATO PRETO

Fotos: Fred Jordão

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Fundado em 16 de junho de 1989 por um grupo de brincantes da comunidade do Alto dos Coqueiros, Beberibe, o Maracatu Nação Gato Preto é liderado, desde a sua fundação, pelo Babalorixá Amaro da Silva Vila Nova, popularmente conhecido como Chocho. Fortemente ligado às práticas religiosas afro-brasileiras, em especial o Candomblé e a Jurema, o nome do grupo é decorrente de um “recado” dado pela mestra de Chocho, Ritinha, a respeito da “brincadeira” que estava se formando: “diga ao meu filho, que quer botar aquele negócio, que se ele botar o nome do meu exu – Gato Preto – o negócio vai pra frente”. Assim, as cores que o caracterizam são o amarelo, em homenagem à entidade Ritinha, e o preto, em função de Exu. Seu símbolo é um gato preto em cima de uma carroça. Desde a sua fundação, o Maracatu vem colecionando títulos: passou de Aspirante a Grupo II, onde conquistou seis vezes o 2º lugar e quatro vezes a 1ª colocação no Grupo I, incluindo o último Campeonato, em 2007, que o levou ao Grupo Especial. Com cerca de 300 componentes, entre eles 70 batuqueiros sob a liderança do Mestre Cristiano, o Gato Preto vem participando ativamente da programação carnavalesca da cidade: Abertura do Carnaval, Noite dos Tambores Silenciosos, Concurso de Agremiações Carnavalescas, além de apresentações na comunidade de origem.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO Created on 16 July !989, by a group of revellers from the community Alto dos Coqueiros, Beberibe, the Maracatu Nação Gato Preto is led, from the moment of its foundation, by the Babalorixá Amaro da Silva Vila Nova, known as Chocho. Closely connected to the Afro-Brazilian religious practices, specially the Candomblé and the Jurema, the name of the group comes from a “message” given by Chocho’s master, Ritinha, in relation to the “play” that was being planned: “tell my son, who wants to create that stuff, if he put the name of my exu – Black Cat – the stuff will go ahead”. Thus, the colours that characterize the Nation are yellow, in homage to the spiritual entity Ritinha, and black, related to exu (orixá). The illustration of a cat on a cart is its symbol. Since its foundation, the maracatu, has been collecting titles: it changed from the Aspirant category to Group II, in which it was the second in the rank for six times and for four times it has been the Group I Champion, including the Carnival of 2007, what made it rise to the Special Group. With about 300 participants, among which 70 percussionists under the leadership of Master Cristiano, the Gato Preto has been actively participating in the carnival programme of the city: Carnival Opening, Noite dos Tambores Silenciosos, Contest of Carnival Associations from Pernambuco as well as presentations in its own community.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 16/06/1989 Endereço | Adress: Rua Laje Grande, n° 155, Alto dos Coqueiros, Beberibe, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3449-6327 | 3304-9084 | 3268-2955 Presidente | President: Amaro da Silva Vila Nova (Chocho) Programação | Programme: Os ensaios são realizados a partir de setembro, todos os domingos, das 19 às 22 horas. The rehearsals start in September, every Sunday, from 19:00 to 22:00.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Fred Jordão

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NAÇÃO DO MARACATU

LEÃO DA CAMPINA

A Nação do Maracatu Leão da Campina foi fundada pelos integrantes do Centro Leão do Norte de Cultura Popular, em 26 de julho de 1997. Liderada pela Ialorixá Nadja Cristina, no ano seguinte a Agremiação vai para as ruas e desfila pela primeira vez no Pátio de Santa Cruz, entre os Maracatus de 2ª categoria. Em 21 de maio de 2004, um acontecimento marca a história da Nação - Mãe Nadja de Angola é coroada Rainha do Maracatu Leão da Campina, no Pátio da Igreja de N. S. do Rosário dos Homens Pretos. Era o início de uma trajetória de muitas conquistas. Em 2005, no Concurso de Agremiações Carnavalescas, conquista a 3ª colocação entre as maiores Nações de Maracatus do Estado de Pernambuco e, em 2007, o vice-campeonato. Oyá Balé é o orixá que rege a Nação, junto com Xangô e Ogum – patrono do batuque. Assim, suas cores são o branco, o vermelho e o azul, em homenagem às divindades regentes. Na avenida, apresenta-se com duas Calungas, Dona Maria Luiza, Dona Ana Rosa e uma Boneca de Pano, Dona Rita de Cássia que são carregadas pelas damas-do-paço Sheila Oliveira, Cristiane Souza e Cristina Ferreira. Com cerca de 300 componentes, entre eles 100 batuqueiros, traz à frente do seu baque os Mestres Jamerson e Hugo Leonardo. O grupo é associado da Rede Reação – um projeto que incentiva as práticas culturais na comunidade do Ibura. Entre os espaços de apresentação, podemos citar a Noite dos Tambores Silenciosos, a Terça Negra, a Abertura do Carnaval, além de apresentações no interior do Estado.

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1T.N. Night of the Silent Drums – a gathering of maracatus. At midnight, all drums fall silent and lights are turned off, while the Babalorixá prays and sings chants honouring Our Dear Lady of Rosary and special songs to the eguns (the dead). 2T.N. “Black Tuesday” – musical event promoted by the Unified Black Movement every Tuesday night at Pátio de São Pedro.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

The Nation of Maracatu Leão da Campina - Lion of Campina - was founded by the members of a centre of popular culture called Leão do Norte, on 26 July 1997. Under the leadership of Ialorixá Nadja Cristina, in the following year the association goes to the streets and, for the first time, it parades at Pátio de Santa Cruz among the second category maracatus. On 21 May 2004, an event marks the history of the Nation - “Mãe Nadja de Angola” is crowned Queen of the maracatu, in the forecourt of the Catholic temple dedicated to the Blacks, Igreja N. S. do Rosário dos Homens Pretos. This was the beginning of a trajectory marked with many conquests. In 2005, at the Contest of Carnival Associations from Pernambuco, it obtains the third rank among the great maracatu Nations of Pernambuco, and in 2007, it reaches the second place. Oyá Balé is the orixá that rules the Nation, together with Xangô and Ogum - the “batuque’s” patron. Hence, its colours are white, red and blue as homage to the ruler deities. In the Avenue, it performs with two Calungas: Mrs. Maria Luiza and Mrs. Ana Rosa and a cloth doll, Mrs Rita de Cássia.esses nomes são das condutoras das bonecas?se a resposta for afirmativa, após o nome calungas colocar carried by e antes de Mrs Rita de Cássia colocar by.. Em caso contrário, se esses forem os nomes das calungas, após a relação dos nomes escrever o seguinte: ,dead queens of the Nation. Gathering about 300 participants, among which, 80 percussionists, the Leão de Campina has in the command of its baque (beat) the Masters Jamerson and Hugo Leonardo. The group is also connected to Rede de Reação (Reaction Net) - a project that stimulates cultural practices in the community of Ibura. The spaces of presentation in which the group takes part include Noite 1T.N. dos Tambores Silenciosos, 2T.N.Terça Negra, the Opening of the Carnival and presentations in the interior of the state.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 26/07/1997 Endereço | Adress: Rua Vale do Cariri, n° 236, UR 5, Ibura, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3091-3011 | 3477- 4228 | 8870-4062 maenadja@hotmail.com Presidente | President: Nadja Cristina de Castro Programação | Programme: Ensaios acontecem a partir de março: No inverno, aos sábados, no colégio Jordão Emericiano, UR-2 - Ibura, com início às 15 horas; No verão, aos domingos, na Praça do Marco Zero, com início às 14 horas. The rehearsals start early in March, on Tuesdays, at Praça do Ibura - UR 1, at 19:00; on Saturdays at Colégio Maria Sampaio, UR – 5 – Ibura, at 17:00.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU NAÇÃO

PORTO RICO

Fotos: Fred Jordão

Há controvérsias com relação à data de origem da Nação Porto Rico do Oriente. Em seu livro de registro temos 1916 como o ano oficial de nascimento do grupo; porém, nos estudos realizados pelo pesquisador Pereira da Costa, encontramos a publicação em um jornal recifense de 1914, que diz: “fez ontem seu dendê, em frente à nossa tenda de trabalho, o velho Maracatu Porto Rico”. Nos anos 1950, após a morte de um dos seus primeiros líderes, Zé da Ferida, o Maracatu fica adormecido num museu da cidade, até que por iniciativa 130 | 131 dos Babalorixás Eudes Chagas (antigo Rei do Porto Rico), Luiz de França e Veludinho, o Maracatu vem às ruas, sagrando-se Campeão do Carnaval de 1968. Como presente, recebeu de um barqueiro e artesão do Pina, aquela que viria a se tornar o símbolo do grupo – a Caravela Santa Maria e dois barcos menores (Pinta e Nina). Em toda a sua trajetória, conquistou diversos títulos, entre eles, o Heptacampeonato do Carnaval de Pernambuco, na sua modalidade. No final dos anos 1970, após a morte de “Seu Eudes”, quem assume a liderança do Maracatu é a Ialorixá Elda Viana, que faz de sua residência e terreiro, a sede do Porto Rico. Mãe Elda é a única Rainha viva, coroada ainda pela Igreja N. S. do Rosário dos Homens Pretos, bairro de Santo Antônio, Recife, em 1979. O batuque de sua Nação, quem comanda é Mestre Shacon e lembra o “baque das ondas do mar”, “devido à sua execução cadenciada, pausada e dolente, recheada com variações vibrantes lembrando o movimento das ondas do mar”. Suas cores são o verde e o vermelho, em homenagem ao orixá patrono – Ogum. Nos últimos vinte anos, Porto Rico conheceu muitos lugares do Brasil e da Europa, entre eles, Sergipe, São Paulo e Bahia; Berlim e Hannover (Alemanha); Bruxelas (Bélgica) e Barcelona (Espanha). No Recife, participa com algumas apresentações na Terça Negra, na Noite dos Tambores Silenciosos, além do Concurso de Agremiações Carnavalescas, no qual foi Campeão quatro vezes na 1ª Categoria nos anos de 2001/ 2002/ 2004/ 2005 e Vice-Campeão do Grupo Especial em 2006. Em 2003, grava seu primeiro CD - Nação do Maracatu Porto Rico: no baque das ondas.

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“Black Tuesday” – musical event promoted by the Unified Black Movement every Tuesday night at Pátio de São Pedro. 2T.N. Night of the Silent Drums – a gathering of maracatus. At midnight, all drums fall silent and lights are turned off, while the Babalorixá prays and sings chants honouring Our Dear Lady of Rosary and special songs to the eguns (the dead). 1T.N.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

There are controversies in relation to the origin date of the Nation Porto Rico do Oriente. In its register book, 1916 is the official year of the group’s foundation; however, in the studies accomplished by Pereira da Costa, researcher, we find a publication in a newspaper of Recife, dated from 1914, in which one reads: “it made its presentation, at the front of our work tent’s door, the old Maracatu Porto Rico”. In the fifties, after one of its first leader’s death, Zé da Ferida, the maracatu becomes “asleep” in a museum of the city until when, by the initiative of the Babalorixás Chagas (previously King of Porto Rico), Luiz de França and “Veludinho”, the maracatu gets to the streets, being acclaimed Champion of 1968 Carnival. As a gift, it received from a boat maker and craftsman what would become the symbol of the group – the Santa Maria Caravel and two smaller boats (Pinta and Nina). In all its history, it conquered diverse titles, among them, the Heptachampionship in the Carnival of Pernambuco, in its modality. In the end of the seventies, after the death of “Seu Eudes”, Ialorixá Elda Viana assumes the leadership of the group and transforms her residence and terreiro (temple) also in the headquarters of Porto Rico. “Mãe Elda” is one of the few alive Queens crowned in the Catholic temple Igreja N. S. do Rosário dos Homens Pretos, Santo Antônio district, Recife, in 1979. The batuque (beat) is conducted by Master Shacon and resembles “the stroke of the sea waves”, “for its cadenced performance, slow and indolent, full of vibrant variations resembling the sea waves”. Its official colours are green and red, in homage to the patron orixá – Ogum. In the last twenty years, Porto Rico has visited several Brazilian cities as well as European ones, as for instance, Aracaju, São Paulo and Salvador; Berlim, Hannover (Germany); Brussels (Belgium) and Barcelona (Spain). In Recife, it takes part in the following events: 1T.N.Terça Negra, 2T.N.Noite dos Tambores Silenciosos, besides the Contest of Carnival Associations, in which it won four Champion titles in 2001, 2002, 2004, 2005 and a Vice title in the Special Group in 2006. In 2003, it records it first CD - Nação do Maracatu Porto Rico: no baque das ondas.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 07/09/1916 Endereço | Adress: Rua Eurico Vitrúvio, n° 483, “Bode”, Pina, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3328-4474 Presidente | President: Elda Viana Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir do mês de agosto, sempre às quartas-feiras e sábados, das 20 às 22 horas. The rehearsals are held from the beginning of August, always on Wednesdays, from 20:00 to 22:00.

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Agremiações Carnalavescas Fotos: Roberta Guimarães

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MARACATU NAÇÃO

ELEFANTE

Considerada uma das mais antigas Nações de Baque Virado de Pernambuco, o Maracatu Elefante foi fundado em 15 de novembro de 1800, no bairro da Boa Vista, Recife, por Manoel Santiago, ex-integrante do Maracatu Brilhante, hoje extinto. A Agremiação tem como símbolo um Elefante, animal protegido pelo orixá Oxalá, e suas cores oficiais são o vermelho e o branco, relacionadas ao orixá Xangô. Diferentemente da maioria dos Maracatus, o Elefante se apresenta com três calungas: Dona Leopoldina, Dom Luís e Dona Emília. Outra peculiaridade desta Nação é o fato de ter sido o primeiro Maracatu a ser conduzido por uma matriarca – até então todos os grupos eram liderados por homens. Sua principal Rainha foi Maria Júlia do Nascimento – Dona Santa, a mais célebre majestade negra na história do Carnaval do Recife. O seu reinado foi de 1947 a 1962 – ano do seu falecimento. Após esse período, a figura respeitada e emblemática da Rainha virou mito. Conforme vontade de Dona Santa, o acervo da Agremiação ficou sob a responsabilidade do Museu do Homem do Nordeste – Fundação Joaquim Nabuco. Em meados dos anos 1980, o Elefante volta às ruas, agora sob a liderança de Dona Madalena. Mulher de personalidade forte, reorganiza a Nação e conquista diversos Campeonatos, além de conduzir o grupo em diversas excursões à Europa e a outros estados brasileiros. Na década seguinte, é a vez da Ialorixá Rosinete comandar de forma majestosa os desfiles da Nação. Mesmo com o falecimento da sua Ialorixá, continuou saindo e atualmente, com mais de 120 figurantes, o Maracatu participa da Abertura do Carnaval do Recife, da Noite dos Tambores Silenciosos e do Concurso de Agremiações Carnavalescas.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

Considered to be one of the most ancient “twisted stroke” Nations of Pernambuco, the Maracatu Elefante was founded on 15 November 1800, in the district of Boa Vista, Recife, by Manoel Santiago, formerly participant of the extinguished Maracatu Brilhante. The association has as a symbol the elephant, alleged to be an animal protected by the orixá Oxalá, and the official colours are red and white, related to the orixá Xangô. Different from other maracatus, the Elelefante, performs with three calungas: “Dona Leopoldina”, “Dom Luís” and “Dona Emília”. Another peculiarity of this Nation lies in the fact of being the first maracatu directed by a matriarch – so far all the groups had been led by men. Its main Queen was Maria Júlia do Nascimento – “Dona Santa” the most notable black majesty in the history of Recife’s Carnival. Her reign lasted from 1947 to 1962 – year of her death. After this, the respectable and emblematic Queen became a myth. Fulfilling the desire of “Dona Santa” the association’s collection has been transferred to the responsibility of Museu do Homem do Nordeste - Fundação Joaquim Nabuco, a museum dedicated to the historical and cultural north-eastern heritage. In the middle eighties, the Elefante comes back to the streets, now under the leadership of a woman of strong personality, “Dona Madalena”, who re-organizes the Nation, so that it conquers many number one titles and goes on diverse tours through Europe and other Brazilian states. In the following decade, it isIalorixá Rosinete’s turn to majestically command the parades of the Nation. Even with her death, it continued to make street presentations and now it counts more than 120 participants. Themaracatu is included in events like the Carnival Opening, Noite dos Tambores Silenciosos and the Contest of Carnival Associations from Pernambuco.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 15/11/1800 Endereço | Adress: Rua Riolândia, n° 504, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 8868-3162 | 9195-5694 Presidente | President: Nilton Constâncio de Oliveira (Dunga) Programação | Programme: A partir de dezembro acontecem os ensaios, todos os domingos, das 16 às 18h30. From December on, the rehearsals are held on Sundays, from 16:00 to 18:30.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU NAÇÃO

ESTRELA BRILHANTE DE IGARASSU

Fotos: Fred Jordão

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As origens do Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu remontam à Ilha de Itamaracá, onde foi registrada, pelo inglês Henry Koster, no início do século XIX, uma Coroação do Rei do Congo com a presença do Vigário da Paróquia. Os escritos do inglês confirmam os relatos de Maria Sérgia de Santana, a Rainha Mariú, matriarca da Agremiação, falecida em 2003 aos quase 105 anos de idade. A partir de 1824, como contava a Rainha Mariú, o Maracatu passou para seu pai, João Francisco da Silva, sendo posteriormente repassado para si e para o seu marido, Manoel Próspero de Santana, conhecido como “Seu Neusa”, Mestre de Batuque da Nação. Com o marido, Dona Mariú foi morar no Sítio Histórico de Igarassu, onde está a sede do Maracatu. Na década de 1980, com a morte de “Seu Neusa”, e a impossibilidade de locomoção de Dona Mariú, o Maracatu passou um período desativado. Somente em 1993, por intermédio da Comissão Pernambucana de Folclore, são retomadas as atividades da Agremiação, culminando com a Coroação dos novos Reis em 6 de janeiro de 1994. Hoje, a matriarca do Estrela Brilhante de Igarassu, que tem como símbolo uma Estrela dourada e cores oficiais o azul e o branco, é Dona Olga, filha de Dona Mariú, que lidera a Agremiação com mais de 150 integrantes. Responde como Mestre dos batuqueiros, Gilmar de Santana, o filho mais novo de Dona Olga, que divide com a sua mãe as responsabilidades de manter a tradição e um compromisso ancestral.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO The origins of the Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, that in English means Shiny Star of Igarassu, date back to Itamaracá Island, where the English chronicler Henry Koster, at the beginning of the XIX century, registered a Coronation of the King of Congo at the presence of the parish vicar. The writings of Koster support the accounts of Maria Sérgio de Santana and Queen Mariú’s, the association’s matriarch, who died in 2003 with almost a hundred and five years. Only in the year 1824, as Queen Mariú used to tell, the maracatu passed to her father, João Francisco da Silva and, subsequently, it has been passed to her that together with the husband, Manoel Próspero de Santana, known as “Seo Neusa”, Batuque (beat) Master of the Nation, directed the group. They moved to the Historical Site of Igarassu, where the maracatu centre is located. In the decade of 1980, when “Seo Neusa” died and with the “Dona Mariú’s lack of mobility, the maracatu has ceased for a period of time. In 1993, through the intervention of the Commision for the Folklore of Pernambuco, the activities of the association are retaken, culminating with the Coronation of a new King and Queen on 6 January, 1994. Presently, the matriarch of Estrela Brilhante de Igarassu, whose symbol is a golden star and the official colours are blue and white, is “Dona Olga”, “Dona Mariú’s” daughter, who leads the association with its more than 150 participants. Who assumes the designation of Batuque Master is Gilmar de Santana, the youngest son of “Dona Olga” that shares with his mother the responsibility of preserving the tradition and the ancestral commitment.

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Grupo Independente | Independent Group Fundação | Foundation: 08/12/1824 Endereço | Adress: Rua Barbosa Lima, n° 274, Centro, Igarassu (PE) Contatos | Contacts: (81) 3543-1873 estrelabrilhantedeigarassu@gmail.com / maracatuestreladeigarassu@gmail.com www.myspace.com/maracatuestrelabrilhantedeigarassu Presidente | President: Olga Santana Programação | Programme: A partir do mês de setembro, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu realiza seus ensaios preparatórios para o carnaval em frente à Igreja dos Santos Cosme e Damião (Sítio Histórico de Igarassu). No mesmo dia realiza-se também o Sextas Culturais, um projeto do próprio grupo em parceria com a Prefeitura Municipal de Igarassu, onde o conjunto recebe grupos de cultura popular do próprio município e arredores. In September, the maracatu starts the preparatory rehearsals for the carnival, in front of the Igreja dos Santos Cosme e Damião (Historical Site of Igarassu). In the same month, in partnership with the City Council of Igarassu, it accomplishes the project Sextas Culturais - Cultural Fridays, in which the group receives popular culture groups from the municipality itself or from the neighbourhood.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU NAÇÃO

CAMBINDA ESTRELA

Fotos: Fred Jordão

Fundado no Alto Santa Isabel, bairro de Casa Amarela, em 7 de setembro de 1935, o Maracatu Nação Cambinda Estrela surgiu como Maracatu de Baque Solto, também conhecido como Maracatu de Orquestra ou Rural. Há registros de que o Cambinda Estrela já era um Maracatu Nação no Carnaval de 1947, 136 | 137 quando conquistou o título de Vice-Campeão, entretanto não se tem como afirmar quando essa mudança ocorreu. Ao fi nal dos anos 70 do século passado, o Cambinda Estrela, assim como outras Nações, entra em processo de decadência. No fi nal dos anos 80, a Agremiação não mais desfila nos carnavais e passa a ser considerada “peça de museu”, visto que os seus principais articuladores haviam morrido: Mário Miranda, também conhecido como Maria Aparecida, e José Tercílio e sua esposa, Dona Inês, Rainha da Nação. Após muitos anos distantes das ruas e do Carnaval da cidade do Recife, o Cambinda Estrela foi reativado em 1997, mais precisamente no dia 2 de outubro, como fruto da cooperação de alguns estudantes da Universidade Federal de Pernambuco e de diversos maracatuzeiros das comunidades de Chão de Estrelas, Campina do Barreto e de outras, circunvizinhas. Atualmente, o Maracatu mantém diversas atividades de cunho social, voltadas para crianças e jovens na comunidade de Chão de Estrelas e adjacências, através do Projeto Social Cambinda Estrela. A Nação, que tem como símbolos o Peixe e a Estrela e como cores oficiais o vermelho e amarelo, representando os orixás Oxum, Iansã e Xangô, possui em sua trajetória diversos título de Campeão (1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2007 e 2008) do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco. O grupo conta, atualmente, com cerca de 600 componentes de 14 comunidades do Recife e Região Metropolitana.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO

Founded at Alto Santa Isabel, Casa Amarela district, on 07 September 1935, the Maracatu Nação Cambinda Estrela, had been originally a “Loose Stroke” maracatu, also known as orchestra or rural maracatu. There are registers that the Cambinda Estrela was already a maracatu Nation, in the 1947 carnival, when it obtained the Vice-Champion title; nevertheless, it is not possible to precise when this change took place. At the end of the 70s of the previous century, the Cambinda Estrela, like many other “nations”, enters into a decadency process. By the end of the 80’s, the association has no longer paraded at the carnival and turned to be considered as a “museum object”, once its principal leaders had died. They were: Mario Miranda, also known as Maria Aparecida, together with José Tercílio and his wife, “Dona Inês”, the Nation’s Queen. Long after being distant from the streets and carnivals of Recife, the maracatu was reactivated in 1997, more precisely on the 2 October, as an offspring of the cooperation between some students of the Federal University of Pernambuco (UFPE) and several maracatu people from the communities of Chão de Estrelas, Campina do Barreto and other neighbourhoods. Nowadays, the group holds several activities of a social nature, addressed to the children and youngsters of Chão de Estrelas and neighbour communities, by means of the Social Project Cambinda Estrela. The “Nation” has the Cambinda, a fish species, and the star (Estrela) as its symbol and red and yellow representing, respectively the Orixás Oxum, Iansã and Xangô, as the official colours. In its history, the society collects several Champion titles (1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2007 e 2008) at the Contest of Carnival Associations from Pernambuco. Presently, the group counts about 600 participants, from 14 communities of Recife and Metropolitan Region.

Fundação | Foundation: 07/09/1935 Endereço | Adress: Rua Marcílio Dias, n° 420, Chão de Estrelas, Recife (PE) Referência: próximo ao terminal. Contatos | Contacts: Wanessa Paula (81) 3444-3672 | 8848-2897; Ivaldo Marciano (81) 9972-7019; Isabel Guillen (81) 8874-5798; Ivo Rodrigues (81) 9934-4338 Presidente | President: Wanessa Paula C. Q. dos Santos Programação | Programme: O Cambinda Estrela promove oficinas de Capoeira, Dança, entre outras. Todos os sábados, durante o ano, desenvolve oficinas de Baque de Maracatu a partir das 15 horas, trabalhando a teoria e a prática. The maracatu promotes capoeira, dance and other workshops. Every Saturday along the year, it develops maracatu beat workshops, starting from 15:00 on, approaching theory and practice.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE VIRADO

OXUM MIRIM

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu de Baque Virado Oxum Mirim foi fundado em 2 de abril de 2002, no bairro de Afogados, por Mauricéia Inácio da Paixão, Rosicleide Inácio, Carmelita da Silva, Marinalda Inácio, Daniele Vicente e Dayse da Paixão. Segundo Rosicleide Inácio, tesoureira da Agremiação, a idéia de fundar o Maracatu partiu de sua mãe, Dona Mauricéia Inácio da Paixão, filha de Oxum, na época Baiana do Maracatu Almirante do Forte, que tinha um “sonho” de fundar sua própria Agremiação. Após tomar a decisão, de maneira inusitada, “apareceu na porta de sua casa” uma menina toda vestida de amarelo. Nesse momento, conforme relata Rosicleide, escolheuse o nome do maracatu: Oxum Mirim. Em 2003, com cerca de 80 componentes, o Maracatu Oxum Mirim passa a desfilar oficialmente no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, obtendo nos anos seguintes os títulos de Vice-Campeão (2006) e Campeão (2008) do Grupo II, já contando com 150 componentes. A Agremiação, que tem como símbolo uma Boneca representando a orixá Oxum e como cores oficiais o amarelo (Oxum) e o vermelho (Xangô), destaca-se pela presença do Mestre de Apito, Levi, com 24 anos, considerado um dos mais jovens a comandar o “baque” de uma Nação de Maracatu e por trazer em suas “loas” letras em homenagem aos orixás.

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MARACATU NAÇÃO OU DE BAQUE VIRADO The “Twisted Stroke” Maracatu Oxum Mirim was founded on 2 April 2002, in the district of Afogados, by Mauricéia Inácio da Paixão, Rosicleide Inácio, Carmelita da Silva, Marinalda Inácio, Daniele Vicente and Dayse da Paixão. According to Rosicleide Inácio, the society’s treasurer, the idea of creating a maracatu came from her mother, Mrs. Mauricéia Inácio da Paixão, “daughter of Oxum”. By the time she took part in the Maracatu Almirante do Forte, she dreamt of having her own association. After having taken this decision, in an unexpected way, “there came at her door” a girl dressed in yellow. At this moment, as Rosicleide reports, the name of the maracatu was chosen: Oxum Mirin that means “Little Oxum”. In 2003, with about 80 participants, the Maracatu Oxum Mirim starts to officially parade, by enrolling in the Contest of Carnival Associations from Pernambuco, in which it obtained in the following years the titles of (2006) Group II Vice-Champion and (2008) Champion, by this time, already with 150 people. As a symbol, the group has a doll representing the orixá Oxum and adopts yellow (Oxum) and red (Xangô) as official colours; it is noticeable for the presence of the “wistle master” Levi, 24 years old, considered to be one of the youngest to command the “baque” (rhythm ensemble) of a Maracatu Nation and for in his loas (responsive songs) pay homage to the orixás.

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Fundação | Foundation: 02/04/2002 Endereço | Adress: Rua Fazenda Nova, nº 86, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3229-1789 | 8780-6915 | 3255-3218 | 8659-0356 Presidente | President: Mauricéia Inácio da Paixão Programação | Programme: Promove a partir do mês de agosto até o Carnaval os Ensaios Gerais e aulas de Percussão, todos os domingos, das 15 às 19 horas. From August until the carnival , it promotes General Rehearsals and percussion classes, on Sundays, from 15:00 to 19:00.

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Maracatu de Baque Solto CAMBINDA BRASILEIRA

Foto: Fred Jordão

MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL Rica expressão da cultura afro-indígena no Carnaval de Pernambuco, o Maracatu de Baque Solto é também conhecido como Maracatu de Trombone, de Orquestra ou Rural. Nessa manifestação cultural fica evidente a fusão de vários folguedos populares existentes nas áreas canavieiras do interior do Estado como: reisado, pastoril, cavalo-marinho, bumba-meu-boi, caboclinhos, entre outros. Essa mescla acontece também na cidade, quando no início do século XX a crise do açúcar leva os trabalhadores do campo em direção à capital, que incorporados à vida da cidade, adaptam-se a uma nova realidade social, utilizando para isso as suas próprias referências. Brincar Maracatu de Orquestra foi uma delas. A chegada ao Recife interferiu na estrutura da brincadeira, nas suas representações, concepções estéticas, realidade sociocultural dos brincantes, assim como nas práticas religiosas que fundamentam o brinquedo. No Carnaval, desfila sob a orientação do apito do Mestre, que orienta todo o Maracatu. Quatro figuras principais abrem o cortejo: Mateus, Catirina, a Burra e o Caçador. Ainda à frente da Agremiação, a Bandeira ou Estandarte apresenta o grupo; no corpo do cortejo temos o Vassalo ou Menino do Guarda-Chuva; os Lampiões ou Carboreteiros; a Dama-do-paço, que conduz

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a Boneca de Pano, e o Baianal, isto é, o Cordão de Baianas. No entanto, a figura que mais chama atenção certamente é o Caboclo de Lança – figura exótica, carregada de magia e beleza plástica, que se apresenta ao público com uma gola ricamente bordada, uma enorme cabeleira colorida e uma lança comprida ornada com fitas (a guiada), conferindo-lhe dignidade marcial. Chocalhos presos ao surrão, sob a imensa gola, promovem uma orquestração corporal. Na rua, as manobras (danças) são um constante vai-e-vem ao redor do cortejo. No Maracatu de Baque Solto, ainda temos a presença de Caboclo Arreiamá ou Tuxauá que em lugar da guiada traz nas mãos um machado e sua cabeça é ornada por um grande cocar de penas. O instrumental do brinquedo, chamado de terno, é composto por bombo, surdo, tarol, porca (cuíca), gonguê, além dos instrumentos de sopro como o clarinete, o trombone e o trompete. É comandado pela figura do Mestre, que improvisa versos e loas (músicas). Como forma de ensaios, os Maracatus de Baque Solto realizam as chamadas “Sambadas”: encontro de mestres, orquestras e “maracatuzeiros”, que acontecem em seus Terreiros durante todo o ano.

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Agremiações Carnalavescas Maracatu de Baque Solto PAVÃO DOURADO DE TRACUNHAÉM

Fotos: Fred Jordão

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Rural or Loose Stroke Maracatu, a possible English translation, constitutes a rich expression of the Afro-indigenous culture in the Carnival of Pernambuco. It is also known as Trombone or orchestral Maracatu. In this cultural manifestation it becomes evident the fusion of various popular merrymakings, such as reisado, pastoril, cavalo-marinho, Bumba-meu-Boi, Caboclinhos, among others, present in the interior cane plantation areas of the state. This mixture has also been verified in the city, when in the beginning of the XX century, the sugar crisis started spreading the land labours towards the capital, where they had been incorporated to the city life and became adapted to a new social reality, using, though, their own paradigms, as it is the case of playing Orchestral Maracatu. The arrival in Recife interfered in the structure of the ‘play’, in its representations, in the aesthetical conceptions, in the social cultural reality of the players as well as in the religious practices in which it is based. In Carnival it parades under the direction of the whistle or the movement of the master’s cane, who conducts all movements of the Maracatu. Four main dramatis personae open the procession: Mateus, Catirina, the Mare and the Hunter. At the front of the association, the banner or the flag presents the group; composing the procession, there are also the Vassal or Umbrella Boy; the Lampiões or Carborundum Men lightening the way; the Court Lady holding

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the cloth doll and the Baianal or the Baianas (female dancers) row. Nevertheless, the most featured persona is the 1T.N.Caboclo de Lança (spear dancer) – exotic figure full of enchantment and aesthetic beauty, who makes his presentation to the public wearing a richly glittery embroidered collar, cowbells, an enormous colourful wig and a long spear adorned with ribbons (the guiada), conferring a martial dignity. In the streets the manoeuvres, (dances) develop in a continuous back-and-forth motion around the procession, as if to verify whether everyone is protected and at his place. It is a ritual movement to inhibit the reaction of an eventual enemy. There is, however, a Caboclo that does not use the spear. In his hands, he holds an axe and his head is adorned with a big feathered cockade. It is the Arreiamá Caboclo, also called Tuxáua. The rhythm ensemble is composed of drum, bass drum, sidedrum, cuíca (friction drum), gonguê (large cowbell like instrument), added to the wind instruments as clarinet, trombone and trumpet. The music is conducted by the Master, who improvises verses and loas (responsive songs). As a means of rehearsing, the Maracatus de Baque Solto promote the Sambadas: meeting of masters, orchestras and maracatu players that take place in the outdoors of several maracatu headquarters all year long. 1T.N.

From the Tupy, kaa’boc, ‘who came from the forest’. The mestizo of Indian and white.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL

Maracatu de Baque Solto PIABA DE OURO

Maracatu de Baque Solto LEテグ FORMOSO DE OLINDA

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

CAMBINDA BRASILEIRA

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu Cambinda Brasileira foi fundado em 5 de janeiro de 1918, no Engenho Cumbe, na cidade de Nazaré da Mata (PE). É considerado o Maracatu de Baque Solto mais antigo de Pernambuco com atividades ininterruptas. Destacam-se em sua história fi guras como João Estevão, popularmente conhecido como João Padre, que ficou à frente do Maracatu por cinco décadas consecutivas, além do Caboclo Zé da Rosa e Dona Joaninha. Com mais de 180 componentes, o grupo é guiado pelo Mestre de Loa Antônio Paulo Sobrinho e pelo mestre de Caboclo Zé do Carro e tem como símbolo uma Cambinda (peixe) nas cores prata e dourada. No ano de 2006, conquistou o título de Campeão, da 2ª Categoria, e em 2007, Campeão da 1ª Categoria do Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife. Participou do Projeto Músicas do Brasil, Abril Cultural, em julho de 1998; do livro Cambinda do Cumbe, Funcultura, em 2005, com imagens da Agremiação; além de ter se apresentado na Bahia e em diversas cidades do interior pernambucano.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The Maracatu Cambinda Brasileira started its activities on 5 January 1918, at Engenho Cumbe, in Nazaré da Mata (PE). It is considered the oldest “loose stroke” maracatu with uninterrupted activities of Pernambuco. People like João Estevão, known as João Padre, who led the maracatu for five consecutive decades, Caboclo Zé da Rosa and “Dona Joaninha” are distinguished names in the history of the carnival society. With more than 180 participants, the group is guided by the loa master Antônio Paulo Sobrinho and by the master Caboclo Zé do Carro; it has a silver and golden cambinda (fish) as its symbol. In 2006, it conquered the Champion title, in the Second Category, and in 2007, the First Category championship, at the Contest of Carnival Associations from Pernambuco. It took part in the project Músicas do Brasil, Abril Cultural, in July 1998; it was the topic of Cambinda do Cumbe, Funcultura, in 2005, a book containing pictures of the association; it has also made performances in Bahia and in many interior cities of Pernambuco.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Fundation: 05/01/1918 Endereço | Adress: Engenho Cumbe, Nazaré da Mata (PE) Contatos | Contacts: (81) 9947-1961 | 8604-2595 Presidente | President: José Manoel da Silva (Zé do Carro) Programação | Programme: Aniversário de 90 anos do Maracatu (12 e 13 de janeiro de 2008); ensaios na sede da Agremiação, sempre no segundo semestre, aos sábados. The 91th anniversary of the maracatu 12 and 13 January 2009; the rehearsal at the association’s centre are held on the second semester, on Saturdays.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

CRUZEIRO DO FORTE

Fotos: Fred Jordão

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A fundação do Maracatu de Baque Solto Cruzeiro do Forte vincula-se ao episódio de limpeza de uma cacimba realizada por um grupo de migrantes rurais no dia 7 de setembro de 1929. Entre os fundadores, destacam-se José da Mota, Manoelzinho, Antônio Carneiro, Elias Carneiro e José dos Santos, todos vindos de cidades do interior de Pernambuco como Paudalho, Timbaúba e Nazaré da Mata. O nome da Agremiação origina-se do Arraial Novo do Bom Jesus, monumento histórico popularmente conhecido como Cruzeiro do Forte, localizado nos Torrões, bairro de origem do Maracatu. O local era, até a década de 1970, o centro do cotidiano festivo da comunidade, tendo grande referência simbólica para os integrantes do Maracatu Cruzeiro do Forte que antes das apresentações visitavam o monumento em busca de bênção e proteção. Atualmente o Maracatu Cruzeiro do Forte é Hexacampeão (2002– 2007) do Concurso de Agremiações Carnavalescas, desfilando com mais de 160 integrantes. Tem como símbolo um Cruzeiro e não possui cores oficiais, prevalecendo o verde e o vermelho.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The foundation of the “Loose Stroke Maracatu” Cruzeiro do Forte is linked to the episode of the clean-up of a pool by a group of rural migrants at the Brazilian holiday 7 Setember, in the year 1929. In that group the following names are mentioned: José da Mota, Manoelzinho, Antônio Carneiro, Elias Carneiro and José dos Santos, all of them from interior towns of Pernambuco, such as Paudalho, Timbaúba and Nazaré da Mata. The Association’s has its origins at Arraial Novo do Bom Jesus, historical monument also known as Cruzeiro do Forte, situated in Torrões, original district of this fellowship. The place, Until the decade of 1970, had been the festive centre of the community, carrying a great symbolic reference to the participants of the maracatu, who before their presentations used to visit the monument, a cross, in search of blessing and protection. At the present time, the Maracatu Cruzeiro do Forte has for six consecutive times (2002-2007) been the Champion of the Contest of Carnival Associations, parading with more than 160 people. It has a cross as its symbol and does not have official colours, though green and red predominate.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Fundation: 07/09/1929 Endereço | Adress: Rua Taió, n° 43, Torrões, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3445-0102 | 3091-7078 | 8825-1098 Presidente | President: Maria da Conceição Programação | Programme: A partir de agosto acontecem os ensaios, de 15 em 15 dias, na sede da Agremiação às 19h30. No mês de janeiro, aos domingos, a partir das 20 horas, ensaios abertos em frente à sede da Agremiação com apresentações do terno música - e evolução das baianas e caboclos de lança. The rehearsals start in August, every fifteen days in the association centre at 19:30. In January, on Sundays from 20:00 the rehearsals are open, including the music ensemble, the Baianas and the Caboclos.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

ESTRELA DE OURO DE ALIANÇA

Fotos: Fred Jordão

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Tendo suas origens na Zona da Mata Norte de Pernambuco, no Sítio Chã de Camará em Aliança, o Maracatu de Baque Solto Estrela de Ouro de Aliança foi fundado em 1º de janeiro de 1966. Entre seus fundadores estão Sebastião Frei Carvalho, Manoel Francisco de Lima, Sebastiana Maria da Conceição, Luís Rosa da Silva e Severino Lourenço da Silva, conhecido por Mestre Batista, que liderou o Maracatu até 1991, ano de seu falecimento. Tem como símbolo uma Estrela dourada, e não possui cores oficiais, prevalecendo a cor amarela. Com cerca de 140 brincantes, o Maracatu, no domingo de Carnaval, concentra-se no Sítio de Chã de Camará a partir do meio-dia, para desfilar

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nos municípios vizinhos, e depois segue para o Recife e Olinda. Participa do Concurso Oficial do Carnaval do Recife desde 1985, tendo conquistado sete Campeonatos e quatro Vice-Campeonatos. Além de Pernambuco, o Estrela de Ouro apresentou-se em São Luís do Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí, Brasília, São Paulo, Alagoas, Minas Gerais e França. Atualmente, funciona como Ponto de Cultura do MinC, local de trabalho e encontro de diversas manifestações populares (cavalo-marinho, coco, ciranda), e onde também acontecem as oficinas de consertos de instrumentos, confecção de figurinos e a produção geral do Maracatu. Participou do projeto Toques e Trocas da Petrobras e do livro Batuque Book.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL With its origin at North 1T.N.Zona da Mata of Pernambuco, in Chã de Camará Farm in Aliança, the maracatu, whose name means Aliança’s Gold Star, was founded on 1 January 1966. The following names are included among its founders: Sebastião Frei Carvalho, Manoel Francisco de Lima, Sebastiana Maria da Conceição, Luís Rosa da Silva and Severino Lourenço da Silva, known as Master Batista who led the maracatu until 1991, year of his death. As a symbol this group has the gold star and yellow prevails as official colour. With about 140 part-takers, the maracatu, at the Carnival Sunday, concentrates in Chã de Câmara Farm from midday on to parade in the neighbour towns and, then, it departs towards Recife or Olinda. It integrates the official contest of Recife’s Carnival since 1985, in which it has won seven championships and four second ranks. Besides Pernambuco, it has also made performances in São Luiz - Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí, Brasília, São Paulo, Alagoas, Minas Gerais and abroad, in France. Nowadays it has been included in a national project of the Brazilian Culture Ministry (MINC), in which its headquarters becomes a cultural centre, work and meet place for several popular manifestations (cavalomarinho, coco, ciranda), where the workshops for instruments fixing, costumes craft and general maracatu production take place. It has participated in the Petrobras project called Toques e Trocas (strikes and exchanges) and in the book entitled Batuque Book. 1T.N.

Grupo Especial | Special Group Fundação | Fundation: 01/01//1966 Endereço | Adress: PE 62, Sítio Chã de Camará, Entrada de Upatininga, Aliança (PE). Comercial: Av. Conde da Boa Vista, n° 514, Sala 902, Boa Vista, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 325-16749 | 9926-3288 | 3222-5571 lourenco_silva01@yahoo.com.br / www.estreladeouro.org Presidente | President: José Lourenço da Silva Programação | Programme: Acontecem durante todo o ano: oficinas, seminários e apresentações culturais (ver site). Ensaios nos meses de novembro e dezembro e em janeiro 15 dias antes do Carnaval. The workshops, seminars and cultural performances are held all year long (see web site)

Coastal Forest Zone

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

ESTRELA DOURADA

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu de Baque Solto Estrela Dourada foi fundado em 5 de agosto de 1994 no município de Buenos Aires, na zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco. Seus fundadores – José Modesto da Silva Filho, José Galdino dos Santos, Arlindo José de Oliveira, José Faustino da Silva – eram diretores de outro Maracatu do município, o Leão Teimoso. Com o fim dessa Agremiação, resolveram criar um outro Maracatu para desfilar no Carnaval. Em busca de um novo nome, os fundadores perceberam que a palavra estrela dava nome a muitos grupos, mas nenhum deles usava a expressão dourada. Foi então que surgiu o nome do Maracatu: Estrela Dourada. A Agremiação tem como cores oficiais o amarelo, o azul e o branco e como símbolo uma Estrela dourada. Desfila pelas ruas do centro de Buenos Aires sempre no Domingo de Carnaval e participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, realizado pela Prefeitura do Recife, no qual conquistou recentemente os Vice-Campeonatos do Grupo II, em 2007, e do Grupo I, em 2008. Apesar de sua recente fundação, quando comparada aos centenários grupos do Estado, o Estrela Dourada conta com total apoio dos moradores de Buenos Aires, que compõem um quadro de desfilantes (entre tocadores e outros personagens) de mais de 100 integrantes. O atual Presidente e um dos fundadores, José Modesto da Silva Filho, é o Mestre Caboclo do Maracatu e responsável pelas atividades que acontecem na sede da Agremiação localizada no centro do município.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The “Loose Stroke” Maracatu Estrela Dourada – Golden Star in English has its foundation on 5 August 1994, in the municipality of Buenos Aires, at zona da Mata Norte, region of Pernambuco. Its founders, José Modesto da Silva Filho, José Galdino dos Santos, Arlindo José de Oliveira and José Faustino da Silva had formely been the directors of another maracatu at that town - Leão Teimoso. With the end of this association, they decided to create another maracatu to parade at the Carnival. In search of a new name, those men realized that the Portuguese word for star used to name many groups but none of them used the correspondent Portuguese word for Golden. It was this way that the Maracatu’s name emerged. The association has yellow, blue and white as official colours and a golden star as the symbol. It parades through the city centre streets of Buenos Aires, always on the Carnival Sunday and takes part in the Contest of Carnival Associations from Pernambuco, in which it conquered the Vice-Championships of Group II, in 2007, and of Group I in 2008. Despite its recent foundation, if compared to centenary groups of the state, the Estrela Dourada counts on the unrestrictive support on the part of the inhabitants of its home town, who compose the team of participants (including musicians and characters), with more than 100 people. The current president and one of the founders, José Modesto da Silva Filho, is the master responsible for the maracatu’s loas (responsive songs) and also for the activities that take place at the headquarters of the association, located in the centre of that town.

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Fundação | Fundation: 05/08/1994 Endereço | Adress: Bairro Santo Antônio, s/n°, Centro de Buenos Aires, (PE) Contatos | Contacts: (81) 9998-2092 | 9657-1441 Presidente | President: José Modesto da Silva Filho Programação | Programme: O Maracatu realiza em sua sede uma grande festa de aniversário na qual acontece uma Sambada com diversos Mestres de Maracatu da Zona da Mata. Além dessa festa, são programados três grandes ensaios abertos ao público antes do Carnaval, cujas datas são previamente divulgadas pela diretoria. The association promotes in its place a great anniversary party, in which a sambada with several maracatu masters of Zona da Mata. In addition, three great open rehearsals take place before the Carnival, with their dates previously announced by the directory.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

LEÃO FORMOSO DE OLINDA

Fotos: Fred Jordão

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A Agremiação origina-se em Cruz de Rebouças em data não identificada. Entregue aos atuais dirigentes, conta com nova data de fundação desta vez em 3 de outubro de 1973, com sede na Rua Curupira, nº 100, na Cidade Tabajara, Olinda, por Luiz Barbosa da Silva (Nazaré), Severino Ferreira da Silva e Adjair Rodrigues de Araújo, adquirindo, desde então, o formato que apresenta hoje. A denominação de Leão Formoso deve-se ao fato de o seu fundador ser torcedor do Sport Clube do Recife. Possui como símbolo o próprio Leão e como cores oficiais o vermelho e o preto. O Maracatu Leão Formoso de Olinda acumula seis títulos do Concurso de Agremiações Carnavalescas, dos quais dois são de Campeão (1998 e 2001) de 1ª Categoria e dois de Vice-Campeão (2006 e 2007) do Grupo Especial. Com cerca de 300 componentes, a Agremiação chama a atenção do público pela grande quantidade de participantes e pela beleza de seu cordão de Caboclos de Lança (caboclaria).

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The association has its origin in Cruz de Rebouças, in non-specified date. Having passed to the current direction, it, in turn, has a new foundation date: 3 October 1973, with its centre in Olinda and new organizers: Luiz Barbosa da Silva (Nazaré), Severino Ferreira da Silva and Adjair Rodrigues de Araújo, acquiring the configuration it presents nowadays. The designation Leão Formoso (Handsome Lion) owes to the fact of having been founded by a supporter of the football team Sport Clube do Recife. Like the team, the symbol is a lion and the official colours black and red. The Maracatu Leão Formoso de Olinda collects six titles in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, among them, 1998 and 2001 Champion in the First Category, 2006 and 2007 Vice-Champion of the Special Group. Counting 250 people, this society fascinates the public for the beauty of its Caboclos de Lança (caboclaria) row and for the great number of participants.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Fundation: 03/10/1973 Endereço | Adress: Rua Curupira, n° 125, Cidade Tabajara, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 337-8566 | 9931-0661 Presidente | President: Luiz Barbosa da Silva (Nazaré) Programação | Programme: Realiza entre o mês de janeiro e o Carnaval, ensaios abertos na sede da agremiação, sempre aos sábados a partir das 21 horas. Between January and the Carnival, it accomplishes open rehearsals in the association’s centre, on Saturdays from 21:00.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

LEÃO VENCEDOR DE CARPINA

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu Leão Vencedor foi fundado em 6 de novembro de 1991 por Severino Pedro de Lima, João Antônio da Silva, Josefa Maria da Conceição e Pedro Cipriano Lima, na cidade de Carpina, Pernambuco. A iniciativa partiu do fundador e atual presidente, Severino Pedro de Lima, na época integrante do Maracatu Leão do Norte, que, insatisfeito com o grupo, decide criar seu próprio Maracatu. Como o nome sugere, a Agremiação tem como símbolo um Leão e não possui cores oficiais, predominando o colorido e a plasticidade próprios aos maracatus de baque solto. Apesar de ter sido fundado em 1991, o Maracatu Leão Vencedor de Carpina passa a desfilar no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco apenas no ano de 2006, na categoria Aspirante. Em 2007, concorrendo no segundo grupo, torna-se Campeão e no ano seguinte, 2008, obtém o título de Campeão do Grupo I. Atualmente, a Agremiação conta com 210 componentes e traz em sua trajetória apresentações em diversas cidades e festivais culturais do interior de Pernambuco, a exemplo da Festa da Lavadeira, no município do Cabo de Santo Agostinho, e no Circuito do Frio, nas cidades de Taquaritinga do Norte e Garanhuns.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The Maracatu Leão Vencedor - Victorious Lion – was founded on 6 November 1991, by Severino Pedro de Lima, João Antônio da Silva, Josefa Maria da Conceição and Pedro Cipriano Lima, in the city of Carpina (PE). The iniciative came from Severino Pedro de Lima, by the time a member of Maracatu Leão do Norte, who dissatisfied with that group, decides to create his own maracatu. As the name suggests, the carnival fellowship has a lion as the symbol and does not adopt official colours, allowing for the diversity of colours and aesthetical beauty common to the “loose stoke” maracatus. Despite its foundation in 1991, the Leão Vencedor only starts to parade in 2006, at the Aspirant Category. In 2007, competing at Group II, it conquers the championship and, in the following year, it obtains the title of Group I Champion. At the moment, the association counts 210 participants and includes in its trajectory performances in several cities and cultural festivals in the interior of Pernambuco; for example, at 1T.N.Festa da Lavadeira in Cabo de Santo Agostinho and 2T.N.Circuito do Frio in the cities of Taquaritinga do Norte and Garanhuns. “Laundress Festival” – a cultural and religious celebration that happens on 1 May, at Paiva beach, Cabo de Santo Agostinho – PE.

1T.N.

2T.N.

Fundação | Fundation: 02/11/1991 Endereço | Adress: Rua Travessa Mendes Martins, n° 262, Carpina (PE) Contatos | Contacts: (81) 3621-6471 | 8888-7478 Presidente | President: Severino Pedro de Lima Programação | Programme: Promove a partir do mês de outubro até o Carnaval os Ensaios Gerais e as Oficinas de Bordado, todos os domingos das 14 às 18 horas. From October until the carnival, it promotes general rehearsals and embroidery workshops, every Sunday, from 14:00 to 18:00.

A cultural event in winter that include some interior cities.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

PIABA DE OURO

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu Piaba de Ouro foi fundado em 11 de setembro de 1977 por Manoel Salustiano Soares, Agostinho Pires e Manuel Mauro de Souza, no bairro dos Bultrins, Olinda (PE), com o objetivo de reviver folguedos populares da Zona da Mata de Pernambuco. Seu nome origina-se dos pequenos peixes existentes em um riacho que corria próximo à casa de Mestre Salustiano, sua grande liderança. Tem como símbolo uma Piaba na cor dourada e como cor predominante o amarelo. Nos anos 80 conquistou por sete vezes consecutivas o título de Campeão do Carnaval pernambucano. Conta em sua história com diversas apresentações em festivais realizados em outros estados e países como Cuba (1995), França (2004) e Estados Unidos (2004). Atualmente funciona como Ponto de Cultura do MinC, onde realiza diversos cursos gratuitos para crianças e jovens, como: música, dança, teatro popular, confecção de instrumentos, figurinos e adereços, audiovisual, além de promover uma programação artística gratuita para a comunidade.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The Maracatu Piaba de Ouro had its foundation on 11 Setember 1997, as an initiative of Manoel Salustiano Soares, Agostinho Pires and Manuel Mauro de Souza, in the district of Bultrins, Olinda – PE, aiming at reviving the popular frolics from Zona da Mata of Pernambuco. Its name is related to a species of tiny fish (piaba) existent in a stream that ran behind the house of its great leadership, Mestre Salustiano. A golden piaba stands as its symbol, since this is what exactly the name of the maracatu means; hence, yellow is the predominant colour. In the eighties, it has for seven successive times been the Champion of Pernambuco’s Carnival. Piaba de Ouro marked its trajectory with several presentations in festivals either in other states of the country or abroad as was the case of Cuba (1995), France (2004) and the United States (2004). At present, its headquarters functions as a Ponto de Cultura (cultural centre), subsided by the Brazilian Culture Ministry (MINC), where it develops diverse free courses for children and youngsters such as music, audiovisual, dance, popular theatre, manufacture of instruments, costumes and accessories, besides promoting a free artistic programme for the community.

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Grupo Independente | Independent Group Fundação | Fundation: 11/09/1977 Endereço | Adress: Rua Curupira, n° 126, Cidade Tabajara, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3372-5986 | 8801-3065 | piabaouro@hotmail.com Presidente | President: Manoelzinho Salustiano Programação | Programme: Ensaiam nos meses de outubro e novembro. Promove o Encontro de Maracatus de Baque Solto de Pernambuco (Espaço Ilumiara Zumbi) todas as segundasfeiras de Carnaval a partir das 8 horas, além de apresentações culturais durante todo o ano. It promotes the Meeting of Maracatus de Baque Solto de Pernambuco at Espaço Ilumiara Zumbi, every Carnival Monday from 8:00. It also makes cultural presentations all year long.

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Agremiações Carnalavescas

MARACATU DE BAQUE SOLTO

PAVÃO DOURADO DE TRACUNHAÉM

Fotos: Fred Jordão

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O Maracatu de Baque Solto Pavão Dourado foi fundado em 1988 por um grupo de brincantes dissidente do Maracatu Estrela de Tracunhaém que decide fundar sua própria Agremiação. Quem assume sua presidência é Juraciel Cândido de Lima, permanecendo no posto até os dias atuais. Na época, várias sugestões foram lançadas, até que um dos fundadores achou que o Pavão representaria bem a beleza do Maracatu. Assim, todos acataram a sugestão, passando o símbolo a ser um Pavão dourado com a calda multicolor (amarela, azul, verde, vermelha, etc.). Além de desfilar no Carnaval com cerca de 150 integrantes em seu cortejo pelas ruas de Tracunhaém, fez diversas apresentações no Estado de Pernambuco nos últimos dois anos (2008 e 2009) nas cidades de Olinda, Nazaré da Mata, Paudalho, Itaquitinga e Taquaritinga do Norte. Vale ressaltar que o Maracatu tem obtido importantes títulos no Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife, mais recentemente, em 2007, sagrou-se Campeão do Grupo 2, passando no ano seguinte para o Grupo 1. Em 2009, também saiu vitorioso e por isso passa a desfilar no Grupo Especial no Carnaval de 2010.

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MARACATU DE BAQUE SOLTO OU RURAL The Maracatu whose core name means “Golden Peacock”, in English, was founded in 1988, by a group of dissident s from the Maracatu Estrela de Tracunhaém that decided to create their own association. Who took charge of the group was Mr. Juraciel Cândido de Lima, its president up to the present. At that occasion, several names were being proposed until the moment one of the founders suggested that the peacock would represent all the beauty of the Maracatu. Thus, a golden peacock with a multicoloured tail stands as its symbol. Besides parading at the Carnival with about 150 participants in its procession along the streets of Tracunhaém, the group has performed in several towns of Pernambuco in the last two years, as for instance, Olinda, Nazaré da Mata, Paudalho, Itaquitinga and Taquaritinga do Norte. It is important to mention that the Maracatu has obtained important titles in the Contest of Carnival Associations of Recife. More recently, in 2007, it was consecrated the Champion of Group I. In 2009, it was also victorious, what made it rise to the Special Group in the 2010 Carnival.

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Grupo Especial | Special Group Presidente | President: Juraciel Candido de Lima Endereço | Adress: Rua Cristóvão de Holanda, n° 42, Bairro Novo, Tracunhaém (PE) Contato | Contact: (81) 9652-8571 | 3646-1086 Programação | Programme: Ensaios a partir do mês de setembro, geralmente das 20 às 22 horas na própria sede. The rehearsals start in September and normally take place at its headquarters, from 20:00 to 22:00.

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Escola de Samba IMPERIAIS DO RITMO

Foto: Fred Jordão

ESCOLA DE SAMBA Manifestação cultural popular, musical, coreográfica e poética, o samba acontece em quase todos os Estados brasileiros, com destaque para Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, desde os tempos coloniais. Em nosso Estado, o samba organizado em escolas adquire características próprias, como, por exemplo, a incorporação de instrumentos de execução musical e coreografias herdadas do frevo, do maracatu, da capoeira, além de outras expressões. No Recife, as primeiras referências do samba de escolas encontram-se no bairro de Casa Amarela, na batucada Bando da Noite, mais tarde chamada Escola de Samba Quatro de Outubro. Nos anos 1930, a Escola de Samba Limonil, do bairro de Afogados, entra para a história do Carnaval da cidade. Na década de 1940, a chegada do Encouraçado São Paulo, que trazia sambistas entre seus tripulantes, contribuiu para o aumento de blocos e escolas de samba. Tais Agremiações encontram-se listadas nos grandes jornais de circulação da época. Um misto de festa e espetáculo, o desfile de uma Escola de Samba é um verdadeiro ritual que gira em torno do canto,

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do visual, da música e da dança. O enredo transforma-se numa linguagem plástica traduzido nas fantasias, adereços e alegorias. A presença do casal de Mestre-sala e Porta-bandeira no desfile é um dos elementos mais representativos. Num bailado harmonioso, tais personagens exibem orgulhosamente o maior símbolo da agremiação: o Pavilhão. Outras figuras importantes de uma Escola são as Baianas, a Comissão de Frente e os Destaques, com suas fantasias luxuosas. À bateria cabe sustentar, com sua marcação, a cadência, o canto e a evolução de todo o grupo, além de permitir aos passistas demonstrarem toda graça e sensualidade. Surdos, agogôs, repiques, pandeiros, caixas, apitos, tamborins, cuícas, reco-recos, ganzás e chocalhos compõem a Bateria de uma Escola. É importante destacar o papel do Mestre de Bateria e seus ritmistas. Essa relação é fundamental para que haja harmonia. Com extraordinária beleza, as Escolas de Samba mesclam histórias e sonhos, ficção e realidade, um espetáculo que sintetiza em seu conjunto diversas formas expressivas como a música, a encenação e a energia de todos os participantes.

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Agremiações Carnalavescas

Escola de Samba DEIXA FALAR

Foto: Roberta Guimarães

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Popular cultural, musical, choreographic and poetic manifestation, the samba is present in almost every Brazilian state, especially in Rio de Janeiro, Bahia and Pernambuco since colonial times. In our state, the samba, organized into Escolas de Samba – literally and currently translated as Samba Schools, acquires peculiar features as for instance, the introduction of musical instruments and choreographies used in frevo, maracatu, capoeira, besides other expressions. In Recife, the fi rst references of samba schools are found in Casa Amarela district, in the batucada (samba meeting) Bando da Noite, later called Escola de Samba Quatro de Outubro. In the 1930´s the Escola de Samba Limonil, from Afogados district, entered to the carnival history of the city. In the 1940´s, the arrival of the Encouraçado São Paulo, which brought among its crew members samba dancers and composers, contributed, then, to the increasing of blocos and samba schools. Those associations have been listed on the major newspapers in circulation by that time. A mix of celebration and show, the samba school parade is truly a ritual that involves chant, visual, music and dance. The plot or theme is transformed into a plastic language, translated to the costumes, embellishments and allegories. The presence of the couple

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Mestre Sala and Porta-Bandeira –Master of Cerimonies and FlagBearer – is one of the most representative elements. In a graceful dance, they exhibit the most important symbol of the samba club, a sort of banner called Pavilhão. Other important elements of such clubs are the Baianas (old ladies), the Front Comission and the Featured Costumes, with their large and luxurious fancy dresses. It is the Drum Section (Bateria) that holds the rhythm, the cadence, the chant and the evolution of the whole group as well as allows dancers to show all their grace and sensuality. Bass drums, agogôs (instrument with two to five bells), repiques (cylindrical metal drum), snare drums, whistles, tambourines, cuíca and reco-reco (friction drums) and ganzás (rattles) make up the school bateria. It is important to emphasize the role of the Bateria Master and the musicians, whose interaction is essential to a well valorised item in the parade, namely harmony. With extraordinary beauty, the samba schools tell histories, dreams, fi ction and reality, i.e., a spectacle that synthesizes as a whole, the integral sequence and the fl uency of presentation; the unity and the artistic balance in the diverse expressive forms of the parade (musical, dramatic, visual) as well as the energy of communication among all participants.

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ESCOLA DE SAMBA

Fotos: Fred Jord達o

Escola de Samba GIGANTES DO SAMBA

Escola de Samba GALERIA DO RITMO

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

GALERIA DO RITMO

Fotos: Fred Jordão

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O Grêmio Recreatico Escola de Samba Galeria do Ritmo foi fundado em 15 de novembro de 1962 no Alto José do Pinho, Recife. Entre seus fundadores estão José Severino de Santana (Naná), José Jaime, José Emídio de Santana, José Carlos, Antônio Cícero, Agnaldo Souza, Sebastião Simplício, Ailton de Souza e Aristóteles Cabral. O primeiro Tema-Enredo foi dedicado ao renomado artista Ataulfo Alves e suas Pastoras, composto por José Emídio de Santana. A Escola filia-se à Federação Carnavalesca de Pernambuco em 1967 e ainda na 2ª Categoria conquista o segundo lugar no Concurso de Agremiações Carnavalescas. Posteriormente é vitoriosa em 14 Campeonatos e 12 Vice-Campeonatos, sendo

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um dos principais o de 1979 quando passa para a 1ª Categoria. Na década de 1980, a Galeria do Ritmo foi convidada para representar o Carnaval brasileiro na Europa, excursionando em países como Alemanha, Bélgica, entre outros. Foi hexacampeã do Concurso de Agremiações Carnavalescas de 2001 a 2005 da 1ª Categoria e Campeã do Grupo Especial em 2006. A Agremiação desfila com aproximadamente 1,5 mil integrantes. Seu símbolo é uma Lira, representando a musicalidade da escola, além da Águia, que homenageia a Portela, tradicional Escola de Samba do Rio de Janeiro. Suas cores oficiais são o azul e o branco em devoção a Nossa Senhora da Conceição.

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ESCOLA DE SAMBA The Grêmio Recreativo Escola de Samaba Galeria do Ritmo was founded on 15 November1962, in Alto José do Pinho, Recife. The names of José Severino de Santana (Naná), José Jaime, José Emídio de Santana, José Carlos, Antônio Cícero, Agnaldo de Sousa, Sebastião Simplício, Aílton de Sousa and Aristoteles Cabral are mentioned as the initiators of the club. The first theme was dedicated to the renown artist Ataufo Alves and his Pastoras (female performers), composed by José Emídio de Santana. The school was affiliated to the Carnival Federation of Pernambuco in 1967 and also conquers the second place of the second category in the Contest of Carnival Associations. Subsequently, it has become the Winner for 14 contests and has obtained the Vice title for 12 contests, being one of the most important the parade from 1979, when it entered to the first category. By the 80´s, the Galeria do Ritmo was invited to represent the Brazilian carnival in Europe, touring in countries like Germany, Belgium, among others. In 2005, it achieved the Championship for the sixth consecutive time (from 2001 to that year) in the first Category of the referred contest, rising to the Special Group, in which it starred winning the number one title. The fellowship parades with nearly 1500 participants. Its symbol is a lyre, representing the school musicality, together with the eagle, in homage to Portela, traditional samba school of Rio de Janeiro. Its official colours are blue and white, in devotion to ‘Our’ Dear Lady of Immaculate Conception.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 15/11/1962 Endereço | Adress: Rua Belarmino Henrique, n° 147, Morro da Conceição, Casa Amarela, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3432-3801 | 8654-3033 | 8736-6721 Presidente | President: Valdir Ferreira de Barros Programação | Programme: Ensaiam a partir do mês de setembro, todas terças e quintas-feiras, das 20 às 22 horas. Acontecem apresentações da bateria mirim, nas terças, das 10 às 12 horas e bandas de brega e pagode (todos os domingos das 15 às 21 horas). Shows with brega and pagode bands are held every Sunday between 15:00 to 21:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

GIGANTE DO SAMBA

Fotos: Fred Jordão

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Fundada em 16 de março de 1942, no Alto do Céu, em Água Fria, a Escola de Samba Gigante do Samba é uma das mais antigas que desfilam no Carnaval do Recife. Entre seus fundadores estão Luiz Ferreira de França (Zacarias), Humberto Oliveira, Luiz Rodrigues da Silva Melo e Ademar Paiva (Portela). O primeiro nome dado à Escola foi Garotos do Céu e só em 1974 seu nome mudou oficialmente para Grêmio Recreativo Escola de Samba Gigante do Samba. Suas cores oficiais são o verde e o branco e tem como símbolo uma Águia, que aparece no centro do Pavilhão da Agremiação. A Escola, que já se apresentou em outros Estados, conquistou 30 títulos de Campeã do Concurso de Agremiações Carnavalescas entre os anos de 1968 e 2003. E em 2006, foi Vice-Campeã do Grupo Especial. Antigamente a Gigante do Samba realizava os Sambões, festas que varavam a madrugada, contando com a presença de sambistas nacionais como Leci Brandão, Sandra de Sá, entre outros. Atualmente, a Agremiação, que desfila com mais de 1,2 mil integrantes, realiza em sua sede os Ensaios de Bateria às terças e sextas a partir das 20 horas.

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ESCOLA DE SAMBA Founded on 16 March 1942, at Alto do Céu community, in Água Fria district, the Escola de Samba Gigante do Samba - Giants of Samba, in English, is one of the most traditional to parade in Recife’s Carnival. The following names are listed as its founders: Luiz Ferreira de França (Zacarias), Humberto Oliveira, Luiz Rodrigues da Silva Melo and Ademar Paiva (Portela). The first name given to the club was Garotos do Céu (Céu Boys) and only in 1974, its name officially changed to Grêmio Recreativo Escola de Samba Gigante do Samba. The official colours of the group are green and white and it has an eagle as the symbol, illustrated in the association’s banner. The Samba school has already made presentations in other states and conquered 30 winner tittles in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, between 1968 and 2003. Additionally, in 2006 it achieved the Vice- Champion title of the Special Group. In the past, Gigante do Samba used to promote the Sambões, parties that generally lasted until early morning, with the participation of national samba artists, like Lecy Brandão, Sandra de Sá, and many others. Presently, the Association that parades with more than 1200 people, accomplishes in its headquarters Bateria (drum section) rehearsals, on Tuesdays and Fridays, beginning at 20:00.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 16/03/1942 Endereço | Adress: Rua das Crianças, nº 63, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3444-4656 | 8693-9009 | 9973-0184 Presidente | President: Rivaldo Figueiredo de Lacerda Programação | Programme: Todos os domingos realizam o evento: A mistura que dá certo (brega e pagode), das 18 às 24 horas; e aos domingos, de 15 em 15 dias, realizam a Noite Cubana, das 18 à meia-noite. The event A Mistura que dá Certo (brega and pagode) is held, every two weeks, on Sundays, from 18:00 to 24:00; they also promote, every 15 days, the Cuban Night, from 18:00 to 24:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

IMPERADORES DA VILA SÃO MIGUEL

Fotos: Roberta Guimarães

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O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperadores da Vila São Miguel foi fundado em 6 de setembro de 2002, em Afogados, por dissidentes da Escola de Samba Limonil. Segundo Maurício Batista dos Santos (fundador e presidente), por ter sido criada por ex-integrantes de outras Escolas e antigos carnavalescos da cidade como Luiza Zumira Santos, Leonice Nery, Gerlane Ramos, Francisco Carlos Pereira, Ana Paula Chagas e Roberto Siqueira, seriam esses os Imperadores “do samba” da comunidade de Vila São Miguel. E assim batizou-se a Escola. A Agremiação tem como cores oficiais o azul, o amarelo e o branco e seu símbolo é uma Coroa que representa o “Império”. Em seus desfiles, além da Coroa, se faz presente, invariavelmente, uma “ala imperial”, composta por participantes com fantasias que remetem a uma corte. A Imperadores desfila com mais de 300 integrantes, entre eles 100 ritmistas compõem a bateria do Mestre Gilmar. A Escola foi Campeã do Grupo I em 2007, o que lhe possibilitou desfilar no Grupo Especial em 2008 do Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife.

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ESCOLA DE SAMBA The Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperadores da Vila São Miguel was founded on 6 September 2002, in the district of Afogados, from a dispute within the Escola de Samba Limonil. According to Maurício Batista dos Santos (founder and president), the idea of the name owes to the fact that the club has been created by ex-members of other samba associations and old carnival revellers, like Luiza Zumira Santos, Leonice Nery, Gerlane Ramos, Francisco Carlos Pereira, Ana Paula Chagas and Roberto Siqueira. They would be the real “samba emperors” (imperadores) of Vila de São Miguel community. There came the club’s name. The association has blue, yellow and white as official colours and a crown as the symbol, representing the “empire”. In the parades, it invariably takes an “imperial row” constituted by costumed participants, dressed as if in a court. The Imperadores performs with more than 300 participants, including100 people in the rhythm ensemble, conducted by “Mestre Gilmar”. The school conquered the winner title in the first group in 2007; hence, it started parading in the Special Group of the Contest of Carnival Associations from Recife in 2008.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 06/09/2002 Endereço | Adress: Rua Benjamim Torreão, n° 17, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3428-4269 | 9166-2689 | 9960-7689 Presidente | President: Maurício Batista dos Santos Programação | Programme: A partir de setembro, todas as quintas-feiras acontecem Ensaios abertos de Bateria das 20 às 22 horas, estendendo-se até o Carnaval. From September, on Thursdays, the open rehearsals for the Bateria take place from 20:00 to 22:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

LIMONIL

Fotos: Otávio de Souza

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O Grêmio Recreativo Escola de Samba Limonil surgiu de uma reunião de amigos que conversavam e bebiam na esquina da 5ª rua da Vila São Miguel, atual Campo Largo, onde até hoje funciona sua sede. Antes de sua fundação como Escola de Samba, que ocorreu em 28 de maio de 1935, era denominada de Batucada, manifestação bastante comum no Recife, formada da Liga dos Pobres da Vila de São Miguel para ir de encontro a um português que possuía um estabelecimento comercial e se dizia “dono da vila”, cobrando “aluguel” semanalmente das pessoas que moravam em barracos no entorno. De acordo com Silvio Pessoa, Presidente e um dos compositores da Agremiação, “a forma de protestar era fazer zoada”. O nome da Escola faz referência à mistura entre o anil, o pitu e o limão, elementos presentes no momento de sua fundação, influenciando na escolha das cores da Agremiação (o verde e o branco).

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Entre os seus principais fundadores, destacam-se: João 21, Batelão e Nestor. Este último, ao ver Limonil na avenida pela primeira vez, “morreu do coração, fantasiado”, fato relembrado até hoje. Como forma de reverenciálo, os integrantes da Escola, antes de entrar na avenida, prestam-lhe uma homenagem e cantam um samba-enredo que faz referência ao fundador: “É tão bom recordar / Vem ver o artista imortal, vem ver / dessas cores verde e branco / Limonil e seu encanto / Faz tudo acontecer...”. A Limonil é a mais antiga Escola de Samba em atividade, tendo como grande referência a sua Bateria que, a partir da década de 1960, foi considerada por 10 anos consecutivos a melhor Bateria do Concurso de Agremiações Carnavalescas. Atualmente, conta com 300 integrantes e uma Bateria Mirim (20 crianças) que realiza apresentações na comunidade e em eventos na Cidade do Recife.

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ESCOLA DE SAMBA

The Grêmio Recreativo Escola de Samba Limonil began from a group of friends who used to meet to talk and drink, on the corner of the 5th street of Vila São Miguel, now called Campo Largo, where the headquarters is still located today. Before its foundation as a samba club, which occurred on 28 May 1935, it was called a Batucada, a sort of Samba meeting, very common in Recife, constituted by the Liga dos Pobres da Vila de São Miguel (Poor Inhabitants of Vila de São Miguel League) to confront a Portuguese trader, who possessed a commercial establishment and alleged that he was the “area owner”, collecting weekly rent payments from the shanty dwellers of the surroundings. According to Silvio Pessoa, president and one of the association’s composers, the way of protesting was to “make noise”. The club’s name is an allusion to the blend of the Portuguese words for indigo, pitu (a kind crab) and lemon, very present elements on those meetings, that influenced on the choice for the fellowship’s colours (green and white). Among its main founders, the following names are stressed: João 21, Batelão and Nestor. This last one, as he saw the Limonil for the first time at the avenue “had a fatal heart attack in his fancy dress”, a fact still remembered these days. As a way of venerating him, before entering the avenue, the participants pay him homage and sing the Samba-Theme that refers to its founder: “It’s so good to recall / come and see the immortal artist, come / from these greenish and white colours / Limonil and its grace / makes it all happen…”. The Limonil is the most ancient Escola de Samba in operation, with highlight to its Bateria that, by the 60’s, for 10 consecutive years, has been considered the best in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco. Nowadays, it has 300 members and a Junior Bateria (20 children), performing shows either in the community or in events through out Recife.

Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 28/05/1935 Endereço | Adress: Rua Campo Largo, n° 102, Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3422-7297 | 8892-4714 Presidente | President: Silvio José Pessoa Programação | Programme: Ensaios às quartas, às 19h30, a partir do mês de setembro. Durante todo o ano promove festas em sua sede: pagode aos sábados a partir das 22 horas e bingo dançante aos domingos das 16 às 20 horas. The rehearsals are held on Wednesdays, 19:30, starting in September. All over the year, it promotes parties in its place: Pagode on Saturdays, at 22:00 and dancing bingos on Sundays, from 16:00 to 20:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

DEIXA FALAR

Fotos: Roberta Guimarães

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A Sociedade Recreativa Escola de Samba Deixa Falar foi fundada em 28 de setembro de 1996, na Rua Francisco Berengue, 487, bairro Campo Grande, por um grupo de seis amigos liderados por Sr. Nielson Arruda. Seu nome foi uma homenagem à primeira Escola de Samba do Brasil, Deixa Falar, atualmente Estácio de Sá, criada no ano de 1928 por um grupo de músicos, liderados pelo músico Ismael Silva no bairro de Estácio de Sá, Rio de Janeiro. Desfilou durante cinco anos consecutivos pelas ruas do bairro de Campo Grande, ainda como “Bloco de Sujos”. Seu primeiro desfile foi em 1997 com o tema “Reinado de Bombas” que contou com 300 figurantes. Só a partir de 2002, após sua filiação à Fesape (Federação das Escolas de Samba de Pernambuco), é que passa concorrer oficialmente no Concurso de

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Agremiações Carnavalescas, consagrando-se Campeã do Grupo de Acesso com uma expressiva diferença de 40 pontos para o segundo colocado. Em 2003, a Escola de Samba foi Vice-Campeã e no ano de 2007 conquistou o título de Campeã do Grupo Especial com o tema Recife Multicultural: o frevo paixão do carnaval desfilando com mais de mil integrantes. Em 2008, a Escola de Samba Deixa Falar traz o tema: Recife, palco cultural das artes cênicas, homenageando o teatro pernambucano e personalidades como Hermilo Borba Filho, Ariano Suassuna, José Pimentel e Barreto Júnior. Tem como samba-enredo oficial A nação campo grandense que acompanha a Escola em todos os lugares, como seu símbolo representado por um Papagaio e cores padrões verde e branca.

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ESCOLA DE SAMBA The Socidade Recreativa Escola de Samba Deixa Falar was founded in 1996, by a group of six fellows led by Mr. Nielson Arruda, at rua Francisco Berengue, 487, Campo Grande district . Its name was a homage to the first “samba school” called Deixa Falar, Portuguese expression that means: “Don’t mind if people gossip”, now called Estacio de Sá, founded in 1928 by a group of musicians led by a musician called Ismael Silva, at the district of Estácio de Sá, in Rio de Janeiro. The group had paraded for five consecutive years through the streets of Campo Grande distric, by the time called “Bloco dos Sujos”. Its debut parade was in 1997, with the presence of 300 participants. However, only in 2002, when it was affiliated to FESAPE, acronym whose translation means Samba Schools of Pernambuco Union, that it starts to take part in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, in which it achieved the winner title of the Acess Group, with a significant advantage over the other contestants. In 2003, the samba school obtained the vice winnership and in 2007, it conquered the winner title of the Special Group, with the theme which translated means: multicultural Recife: the Frevo, a Carnival Passion , gathering more than a thousand revellers. In 2008, Deixa Falar performed with the theme: Recife, Cultural Stage of Scenic Arts, in homage to theatre from Pernambuco and its great personalities like Hermilo Borba Filho, Ariano Suassuna, José Pimentel and Barreto Junior. This carnival fellowship has as official anthem a samba that could be translated as “the nation from Campo Grande”, which accopanies the group wherever they go; likewise its symbol, the figure of a green and white parrot.

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Fundation | Fundation: 28/09/1996 Endereço | Adress: Rua Marques de Baependi, n° 409, Campo Grande, Recife (PE) Próximo ao Caldinho da Zezé Contatos | Contacts: (81) 3241-4006 | 8796-8022 | 9194-0914 Presidente | President: Eliane da Silva Bezerra Programação | Programme: A partir do mês de julho acontecem os Ensaios de Bateria em frente à sede provisória da Agremiação, sempre aos sábados das 20 às 23 horas. From July on, the section drum rehearsals are accomplished outdoors the temporary association’s headquarters, always on Saturdays, from 20:00 to 23:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

UNIDOS DE SÃO CARLOS

Fotos: Fred Jordão

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A Escola de Samba Unidos de São Carlos foi fundada em 10 de fevereiro de 1978, no bairro de Afogados, por dissidentes de outra Agremiação: a Escola de Samba Caixão do Lixo. Segundo o atual presidente e fundador, Antônio Carlos, “a agremiação foi criada como uma homenagem a uma Escola de Samba do Rio de Janeiro, a Unidos de São Carlos, hoje Estácio de Sá”. Entre os fundadores, Antônio Costa Lima, Reginaldo Barbosa, Antônio Carlos e Nelson Melo do Amaral. Em 1982, a Unidos de São Carlos passa a desfilar e concorrer oficialmente no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, obtendo em anos posteriores dois títulos de Campeã (2006 e 2008) e quatro Vice-Campeonatos (1987, 2000, 2003 e 2007). Ao longo de sua história, a Escola teve diversos símbolos: primeiro o Cifrão do Tio Patinhas, depois duas Mãos unidas e por último um Pandeiro com uma Arara. Suas cores oficiais são o vermelho, o azul e o branco. O grupo, que conta hoje com 600 componentes, além de se apresentar no Carnaval vem cumprindo diversas programações dedicadas à valorização e difusão do samba.

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ESCOLA DE SAMBA

The carnival association in focus had its foundation on 10 February 1978, in the district of Afogados, by dissidents of another “samba school”: Escola de Samba Caixão do Lixo, weird name whose meaning is “coffin from the garbage”. According to the present president and founder, Antônio Carlos, “the club was created as a homage to a ‘samba school’ in Rio de Janeiro with the same name, nowadays called Estácio de Sá”(o texto da Deixa Falar menciona o mesmo fato: que o nome da escola já foi o da Estácio de Sá). Among its founders the following names are mentioned: Antônio Costa Lima, Reginaldo Barbosa, Antônio Carlos and Nelson Melo do Amaral. In 1982, the Unidos de São Carlos starts to parade and participate officially in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, obtaining in the following year two Champion titles (2006 and 2008) and four vicechampionships (1987, 2000, 2003 and 2007). Along its history, the group adopted several symbols: first, Uncle Scrooge`s money sign; then, two united hands and finally, a tambourine with a macaw. Its official colours are red, blue and white. Today the society parades with 600 participants; besides performing at the carnival, it attends various programmes dedicated to the valorization and dissemination of samba.

Fundação | Foundation: 10/02/1978 Endereço | Adress: Rua da Volta, nº 75, Bairro de Afogados, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3448-2730 | 8778-8320 Presidente | President: Antônio Carlos (Carlinhos) Programação | Programme: Promove a partir do mês de julho até o Carnaval os Ensaios Gerais, todas as terças e quintas, das 20 às 22 horas. From July until the carnival, General Rehearsals are promoted, on Tuesdays and Thursdays, from 20:00 to 22:00.

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Agremiações Carnalavescas

ESCOLA DE SAMBA

IMPERIAIS DO RITMO

Fotos: Fred Jordão

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O Grêmio Cultural Esportivo Escola de Samba Imperiais do Ritmo foi fundado no ano de 1991 como um “Bloco de Samba”, no bairro dos Coelhos, por um grupo de entusiastas do samba, participantes do Bloco Coelho em Folia. O objetivo do grupo, segundo Jéferson da Cruz Lopes, fundador e atual presidente, era “reviver a tradição do samba no bairro que contava antigamente com diversas agremiações: As Duvidosas, Almirante do Samba, Mocidade da Boa Vista, entre tantas outras”. Em 2001, mais precisamente em 10 de dezembro de 2001, o Bloco passa oficialmente à categoria de Escola de Samba, filiando-se à Federação das Escolas de Samba de Pernambuco (Fesape). Entre os fundadores, destacam-se: Jéferson da Cruz Lopes (Gel), João Francisco da Costa, Aelson Ferreira da Hora, José Bonfim Pereira, Edílson Felix de Góes e José Tomé da Silva. O nome, conforme relata Jéferson Lopes, foi inspirado na história de outras

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Escolas de Samba existentes em Pernambuco, a exemplo da Império do Asfalto e Império do Samba. A Escola de Samba Imperiais do Ritmo, que tem como símbolo uma Coroa (remetendo à idéia de grandeza) e como cores oficiais o verde e o branco, a partir do ano de 2002, passa a desfilar no Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, na categoria Aspirante. Foi o início de uma trajetória de conquistas: Campeã do Grupo II (2004); Vice-Campeã do Grupo I (2005); Vice-Campeã do Grupo I (2006) e, novamente, Vice-Campeã do Grupo I (2008). Além do desfile oficial, a Agremiação vem participando nos últimos anos de diversas programações dedicadas à valorização e divulgação do samba como o Encontro de Baterias promovido pela Fesape e o Festival do Samba promovido pelas Escolas de Samba de Pernambuco. Atualmente, a Agremiação conta com 700 componentes.

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ESCOLA DE SAMBA The samba school, whose last two names mean Rhythm Emperors, was initiated in 1991, under the denomination Bloco de Samba, in the district of Coelhos, by a group of people passionate about samba and participants of the club Bloco Coelho em Folia. The purpose, according to Jéferson da Cruz Lopes, founder and current president, was to “revive the samba tradition in that neighbourhood, which had counted several carnival associations: As Duvidosas, Almirante do Samba, Mocidade da Boa Vista and many others”. In 2001, more precisely on 10 December 2001, the club is officially included in the Escola de Samba category, by means of its affiliation to the local union of samba schools (FESAPE). Among the initiators of the carnival society, the following names are highlighted: Jéferson da Cruz Lopes (Gel), João Francisco da Costa, Aelson Ferreira da Hora, José Bonfim Pereira, Edílson Felix de Góes and José Tomé da Silva. The name, in Jéferson’s account, was inspired in the naming tradition of other such associations from Pernambuco, as for instance, Império do Asfalto and Império do Samba. The Imperiais do Rítmo adopts a crown as a symbol (alluding to the idea of royalty) and green and white as official colours. From 2002, it starts to parade in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, in the Aspirant Category. It was the beginning of a trajectory marked with conquests : 2004 Champion of Group II; 2005 Vice-Champion of Group I; 2006 Vice-Champion of Group I; and once more, 2008 Vice-Champion of Group I. Along with the official parade, the “samba school” has been participating in last years in diverse programmes dedicated to the promotion and dissemination of the samba such as Encontro de Baterias (Drum Section Meeting), promoted by FESAPE and Festival do Samba, organized by Escolas de Samba de Pernambuco. Nowadays, the association counts 700 participants.

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Fundação | Fundation: em 1991, como Bloco de Samba, e em 10/12/2001 como Grêmio Cultural Esportivo Escola de Samba Imperiais do Ritmo. in 1991, under the denomination bloco de samba; on 10/12/2001, as Grêmio Cultural Esportivo Escola de Samba Imperiais do Ritmo. Endereço | Adress: Rua Rego Melo, nº 7, Coelhos, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 8639-8922 Presidente | President: Jéferson da Cruz Lopes (Gel) Programação | Programme: Promove a partir do mês de setembro até o Carnaval os Ensaios de Bateria, todas as quartas-feiras, a partir das 20 horas. Numa semana, o evento é realizado na comunidade dos Coelhos (circulando pelas ruas); na semana seguinte, no bairro do Cordeiro, na Rua da Lama. From September until the carnival, the Drum Section Rehearsals are held on Wednesday at 20:00. At a week, the event is accomplished in the community of Coelhos (through the streets); in the following week, it happens at the district of Cordeiro.

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Agremiações Carnalavescas

BLOCO DE SAMBA

A TURMA DO SABERÉ

Fotos: Fred Jordão

Contar a história do samba no Recife é de certa forma narrar a trajetória artística de uma das maiores tradições do Carnaval pernambucano: Bloco de Samba A Turma do Saberé. Fundada oficialmente em 20 de janeiro de 1960, 178 | 179 na casa de Dona Rica e no Bar de Petrônio, bairro de São José, A Turma do Saberé é conhecida por aglutinar ao longo de sua história grandes referências do samba. O nome do grupo vem do peixe denominado Saberé, conhecido por beliscar a isca e não ser capturado. Segundo Fabiano Cezar, diretor de eventos, na década de 1950, existia no bairro de São José, “um grupo de amigos que durante o Carnaval visitava a vizinhança do bairro, comia, bebia e ia embora”. Em analogia ao peixe espertalhão, os amigos passaram a ser conhecidos como “os saberés”, tornando-se alguns, fundadores do bloco: Djalma Popó, Ubiratan, Valdir Queijinho, Ubirajara, Reginaldo Cafetão, Fernando Cinza, João Mazurca, Chico Pezão, Vado Bola, Cabo Gerson, Cabo Wilson, Airton Seborréia, Valdemar Cacaquinha, Nai, Beto Tijolo, entre tantos outros carnavalescos e admiradores do samba. Apesar de não concorrer no Concurso de Agremiações Carnavalescas, o Bloco que tem como símbolo o Peixe Saberé e cores oficiais a azul e a branca, desfila pelas ruas do bairro de São José com mais de 500 integrantes, todos homens, divididos entre as alas show, de frente e bateria, esta se destacando com mais de 150 batuqueiros de diversas Escolas de Samba do Recife. Além dos integrantes, milhares de admiradores acompanham os carros de som ao longo do itinerário percorrido pela “Turma do Saberé”. Nos seus 47 anos de existência, o Bloco lançou diversos sambas-enredos, destacando-se o samba Eu sinto tanta emoção, composto por Jarbas Boemia.

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ESCOLA DE SAMBA

To tell the history of samba in Recife, it is somewhat to narrate the artistic trajectory of one of the greatest traditions of the Carnival from Pernambuco: the samba club A Turma do Saberê or “The Gang of Saberé”, in English. Officially founded on 20 January 1960, at “Dona Rica’s” and “Bar do Petrônio”, district of São José, the Turma do Saberê is notable for bringing together all over its history great samba names. The name of the group is related to a fish called Saberé, known for biting the bait without being captured. According to Fabiano Cezar, events director, by the 50´s there was a group of friends in São José district, who, during the Carnival, used to visit the neighbourhood and, after eating and drinking, they would go away. In analogy to the smartness of the fish, this group of fellows started to be called “the Saberés” and some of them, whose name are here listed, became the group’s founders: Djalma Popó, Ubiratan, Valdir Queijinho, Ubirajara, Reginaldo Cafetão, Fernando Cinza, João Mazurca, Chico Pezão, Vado Bola, Cabo Gerson, Cabo Wilson, Airton Seborréia, Valdemar Cacaquinha, Nai, Beto Tijolo, among many other carnival revellers and samba admirers. Despite the fact of not competing in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, the club, represented by the fish saberé and adopting blue and white as official colours, parades through the streets of São José, trailing more than 500 people, all men, divided into show and front rows along with the Bateria (drum section), which has become noticeable for assembling more than 150 rhythm performers of several samba schools from Recife. In addition to the paraders, thousands of enthusiastic revellers follow the sound vehicle along the Turma do Saberé’s itinerary. In its 47 years of existence, this samba fellowship has released several samba-themes, from which the samba Eu Sinto Tanta Emoção by Jarbas Boemia is one of the most famous.

Grupo Independente | Independent Group Fundação | Foundation: 20/01/1960 Endereço | Adress: Rua Vidal de Negreiros, nº 188, Pátio do Terço, São José, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 2129-6172 | 9163-8247 Presidente | President: José Fernando Fernandes (Nanico) Programação | Programme: A partir de agosto, acontecem os Sambões (sextas-feiras às 21 horas) e Ensaios da Bateria (quartas-feiras às 20 horas); Amigos do Bairro de São José (1º domingo de dezembro) e Concurso de Samba-Enredo (mês de dezembro). From August they promote the Sambões (Fridays, at 21:00 ) and the Bateria Rehearsals (Wednesdays, at 20:00) Amigos do Bairro de São José (1st Sunday of December) and the Contest of Samba-Theme (December).

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Afoxé OYÁ ALAXÉ

Foto: Fred Jordão

AFOXÉ

A palavra afoxé deriva do sudanês ÀFOHSHEH e significa “encantamento, palavra eficaz, operante”, ou ainda a “enunciação que faz acontecer”. Para o musicólogo e maestro Guerra Peixe, no seu livro Maracatus do Recife, o termo trata de um “remoto designativo” do maracatu. Garante Guerra Peixe que “a palavra apareceu no Recife, certamente, em virtude de influência religiosa que os sudaneses exerceram sobre os bantus”. Imbuído de um caráter religioso e de manutenção de valores, o Afoxé é uma expressão artístico-religiosa ligada às nações africanas. Geralmente é conduzido por um Babalorixá ou Ialorixá, e suas sedes funcionam no interior dos terreiros de Candomblé. A ligação dos grupos com a religião também se traduz nas cores que levam às ruas, que fazem referência aos orixás. Em Pernambuco, o primeiro Afoxé foi o Ilê de África, nascido no Recife em fins dos anos 1970, como uma proposta de resistência social, política e cultural. Mas é em meados

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dos anos 1980, que vários militantes do Movimento Negro Unificado vão às ruas com o Afoxé Alafin Oyó. Contudo, se nos anos 1980 não existia mais do que uma dezena de grupos, hoje são mais de trinta Afoxés. Na rua, a organização de um Afoxé é caracterizada pela figura do Bandeirista, que abre o cortejo e apresenta a Bandeira da Nação; uma criança conduz o babalotim (símbolo sagrado do Afoxé, também podendo ser carregado por uma mulher grávida); o corpo de bailarinos, ricamente ornamentados com panos-da-costa, fios de conta e torso nas cores do orixá patrono; a diretoria; e a sua percussão, composta por agbês (cabaça envolvida por uma rede confeccionada com fios de conta), atabaques (run, rumpis e lê) e agogôs. Alguns grupos trazem pessoas representando os orixás. As músicas cantadas pelos grupos mesclam palavras em iorubá e em português, retratando aspectos religiosos e a origem étnica das diferentes Nações.

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Afoxé ALAFIN OYÓ

Foto: Otávio de Souza

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The word afoxé dates back to the end of the19th century and constitutes a term with several meanings as so many others used in this period to designate the frolics connected to the Blacks’ cultural manifestations, such as batuques, sambas and maracatus. According to some scholars, this word has a Sudanese origin áfohsheih and appears due to its influence over the Bantus that used it to name nations and groups administrated by a black governor. Imbued with a religious character and concerned about the preservation of values, the afoxê is a religious artistic expression, linked to the african nations. It is normally directed by a male leader, Babalorixá or a female one, Ialorixá and its headquarters are held inside a candoblé temple, called terreiro. The relationship of the groups with the religion is also expressed by the colours they take to the streets as a reference to the orixás (deities). In Pernambuco, the first afoxé was the Ilê de Africa, created at the end of the seventies in Recife as a form of social, political and cultural resistance. However, it was in the middle eighties that

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several militants of the Unified Black Movement went to the streets with the Afoxé Alafin Oyó. Though, if in the eighties there were no more than a dozen of groups, nowadays they are more than thirty. In the street, the organization of an afoxé is characterized by the presence of the Flag-Bearer, who opens the procession and shows the “Nation’s” Flag; a child carries the babalotim (sacred afoxé symbol, that can also be carried by a pregnant woman); the body of dancers, richly adorned with 1T.N.panos- da- costa, bead and torso threads in the colour of the patron Orixá; the directory and the percussion composed of agbês (calabash wrapped in a net of bead threads), conga drums (run, rumpis and lê) and agogôs. Some groups bring people costumed as orixás. The songs sang by the groups blend Yorubá and Portuguese words, portraying religious aspects and the ethnic origin of the different nations. Rectangular white or bicolor (striped) piece of cloth used on the shoulders hanging to the back. The word costa may be a reference to the Ivory Coast or to the Portuguese word for the back, part of the body covered by this cloth.

1T.N.

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AFOXÉ

Afoxé ARÁ ODÉ

Fotos: Fred Jordão

Afoxé OYÁ ALAXÉ

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Agremiações Carnalavescas

AFOXÉ

ALAFIN OYÓ

Fotos: Otávio de Souza

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Dos anseios dos brincantes que integravam a ala de Xangô do Afoxé Povo de Odé nasceu o Alafin Oyó, em 1983, registrado com o nome Associação Recreativa Carnavalesca Afoxé Alafin Oyó, no dia 2 de março de 1986. Na língua ioruba, Alafin significa rei; Oyó, por sua vez, uma cidade da Nigéria, na África Ocidental. Com cerca de 150 integrantes, entre vozes, instrumentos e dançarinos, o grupo vai para as ruas vestido com as cores vermelha e branca, em homenagem ao orixá Xangô – patrono da Nação. À frente do cortejo, traz como símbolo o oxé (machado duplo) – “arma utilizada por Xangô nas suas guerras e conquistas”. Consciente da importância da sua existência na trajetória do povo negro em Pernambuco, o Alafin desenvolve um trabalho de valorização e preservação da cultura e história afro-brasileira, por meio da dança, música, capoeira, entre outras práticas pedagógico-culturais, para crianças e jovens de comunidades carentes de Olinda e do Recife. Reconhecido nacionalmente, o Afoxé integra o calendário festivo do Estado, apresentando-se no Encontro de Afoxés, durante o Carnaval; na Terça Negra; na Festa da Lavadeira; no Festival de Inverno; em mostras de dança; entre outros eventos de caráter socioculturais.

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AFOXÉ From the desire of players who integrated the xangô row of the Afoxé Povo de Odé, the Alafin Oyó was originated in 1983 and later, on 2 March 1986, registered with the name Associação Recreativa Carnavalesca Afoxé Alafin Oyó. Alafin, in the yoruba language, means king and Oyó, in turn, is a city in Nigeria - Western Africa. Composed of approximately 150 participants, among vocals, rhythm ensemble and dancers, the group goes to the street dressed in red and white, in homage to the orixá Xangô – patron of the Nation. At the front of the procession, It brings as a symbol the oxé (double axe) – “the weapon used by Xangô in his wars and conquests“. Aware of the importance of its existence for the trajectory of black people in Pernambuco, the Alafin develops a work of valorisation and preservation of the Afro-Brazilian culture and history, by means of dance, music, capoeira and other cultural pedagogical practices for children and youngsters from poor communities of Olinda and Recife. Nationwide acknowledged, the Afoxé is included in the state festive calendar, making performances at an afoxés meeting, Encontro de Afoxés, during the Carnival; at all “nations” meeting called Terça Negra; and festivals like Festa da Lavadeira, Festival de Inverno, dance exhibitions, among other events of a social and cultural nature.

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Fundação | Foundation: 02/03/1986 Endereço | Adress: Rua Carlos Gomes, n° 88, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3439-4527 | 3439-3962 | 3491-4374 | 9955-4969 | 8712-4516 | afoxealafinoyo@yahoo.com.br | fabianoalafin@yahoo.com.br Presidente | President: Fabiano Santos da Silva Programação | Programme: A partir do mês de julho, realizam-se os ensaios todos os domingos, das 14 às 18 horas, na Fábrica do Carnaval - Olinda (PE). Também acontecem as Rodas de Afoxés aos sábados, das 18 às 23 horas, no G.R.E.S Preto Velho, no Alto da Sé em Olinda. From the month of July, every Sunday from 14:00 to 18:00, the rehearsals are accomplished at Fábrica do Carnaval – Olinda(PE). Also the Rodas de Afoxés take place at G.R.E.S Preto Velho, at Alto da Sé in Olinda.

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Agremiações Carnalavescas

AFOXÉ

ARÁ ODÉ

Fotos: Fred Jordão

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O Afoxé Ará Odé, também conhecido como Povo de Odé, nasceu em 1982, sob a liderança do Tata Raminho d’Oxóssi, com o objetivo de continuar com o movimento de resistência do povo negro iniciado pelo Ilê de África – primeiro grupo do gênero no Estado, criado em 1980. O Afoxé tem como símbolo o Adematá (arco-e-flecha), ferramenta utilizada por Odé ou Oxóssi – o orixá caçador. As cores também fazem referência ao seu patrono, o azul e o branco. Com mais de 250 integrantes, entre vocal, percussão e dançarinos, o Ará Odé faz parte da programação do Carnaval desde a sua fundação. Participa do Encontro de Afoxés, no domingo de Carnaval; da Terça Negra, além de outros eventos socioculturais que acontecem no Recife, em Olinda e até mesmo em outros Estados do Nordeste, como Bahia, Alagoas e Sergipe. Na historiografia dos Afoxés, o grupo merece destaque por ter entre seus membros a primeira rainha a ser coroada num Afoxé em Pernambuco - Mãe Lú de Oxalá, em 1990.

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AFOXÉ The Afoxé Ará Odé also known as Povo de Odé (Odé People), was founded under the leadership of Tata Raminho D’Oxossi, in 1982, with the purpose of continuing the blacks resistance movement, initiated by the Ilê de Africa – first group of the kind in the state of Pernambuco, created in 1980. The afoxé has as a symbol the Adematá (arc and arrow), a tool used by the Odé or Oxóssi – the hunter orixá. The colours blue and white are also a reference to their patron. With more than 250 participants, including vocals, percussionists and dancers, the Ará Odé since the foundation is included in the carnival programme. It participates in the Afoxés Meeting, on the carnival Sunday; in the Terça Negra, besides other social and cultural events that take place in Recife, Olinda, and even in other north-eastern states, such as Bahia, Alagoas and Sergipe. In the historiography of afoxés, the group deserves distinction for having as a member, the first queen ever to be crowned in an afoxé in Pernambuco – Mãe Lú de Oxalá, in 1990.

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Fundação | Fundation: 23/04/1982 Endereço | Adress: Rua São Paulo, nº 402, Vila Popular, Olinda (PE) Contatos | Contacts: (81) 3493-6029 | 8747-8429 Presidente | President: Luzia da Silva Jansen (Mãe Lú de Oxalá) Programação | Programme: Todos os sábados, das 15 às 18 horas, acontecem os ensaios do grupo, iniciando no mês de novembro; também realizam-se aulas de percussão para as crianças da comunidade da Vila Popular, Jardim Brasil. De segunda a quintafeira, com início às 13 horas. The rehearsals of the group start in November, every Saturday, from 15:00 to 18:00; equally they offer percurssion classes for the children from the community of the Vila Popular, Jardim Brasil, from Monday to Thursday, beginning at 13:00.

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Agremiações Carnalavescas

AFOXÉ

ILÊ DE EGBÁ

Fotos: Fred Jordão

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O Afoxé Ilê de Egbá nasceu em 1986, por iniciativa de jovens carnavalescos e religiosos, também seguidores da linhagem do Ilê de África. Seu atual presidente e fundador é o Babalorixá Dito d’Oxóssi, que faz da sua casa / terreiro, sede do Afoxé. No Carnaval, traz para as ruas cerca de 150 desfilantes. As suas cores, o vermelho, o branco e o amarelo, fazem referências aos orixás Xangô (patrono da Nação) e Oxum, uma das detentoras dos fundamentos do grupo. O Ilê de Egbá tem como símbolo o Oxé (machado) de Xangô e detém o título de pioneiro, no gênero, na cidade do Recife. Em 2000, grava o seu primeiro CD, uma coletânea intitulada Pernambuco em Concerto; neste mesmo ano grava Batá, outro grande sucesso. Três anos depois, grava Nações de Candomblé e uma coletânea com outros Afoxés. Reconhecido internacionalmente, o grupo já participou de apresentações em países da Europa como Alemanha, Portugal, Espanha, Holanda, entre outros. No Brasil, além de diversas cidades pernambucanas, percorreu outros Estados, como Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Rio de Janeiro. O Ilê de Egbá participa também da programação oficial do Carnaval do Recife desde a sua fundação, com shows, apresentações na Noite dos Tambores Silenciosos, Encontro de Afoxés, Terça Negra, entre outros eventos de caráter e sociopolítico e cultural.

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AFOXÉ The Afoxé Ilê de Egbá has started in 1986 by the initiative of young religious carnival players, also followers of the Ilê de Africa stream. Its current president and founder is the Babalorixá Dito D’Oxóssi, who uses his house/ terreiro also as the Afoxé headquarters. At the carnival, it trails about 150 individuals dressed in red, white and yellow, as a reference to the orixás Xangô (patron of the Nation) and Oxum, one of the group basis holders. The Ilê de Egbá, whose symbol is the Oxé de Xangô (an axe), is remarkable for being pioneer of the category in the city of Recife. In 2000, it releases its first album, a collection entitled Pernambuco em Concerto. In this same year, it records Batá, another great success. After three years, it releases Nações de Camdomblé and a collection with other afoxés. Internationally acknowledged, the group has already participated in some presentations in European countries like Germany, Portugal, Spain, Netherlands among others. In Brazil, it has performed not only in cities from Pernambuco but from other states as Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo and Rio de Janeiro as well. The Ilê de Egbá is also a participant in the official schedule of Recife’s Carnival since its foundation with shows, presentations at Noite dos Tambores Silenciosos, Encontro de Afoxés, Terça Negra, among other social, political and cultural events.

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Fundação | Foundation: 17/08/1986 Endereço | Adress: Rua Severino Bernardino Pereira, n º 216, Alto José do Pinho, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3304-6858 | 8806-5371 yledegba@yahoo.com.br | ditoxossi@hotmail.com Presidente | President: Dito de Oxóssi Programação | Programme: Os ensaios acontecem às sextas-feiras, 19 horas, a partir do mês de agosto. The rehearsals are held on Fridays at 19:00, starting in August.

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Agremiações Carnalavescas

AFOXÉ

OXUM PANDÁ

Fotos: Roberta Guimarães

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No Carnaval de 1995, as ruas e ladeiras de Olinda foram tomadas por um grande número de pessoas vestidas de amarelo e branco. Era o Afoxé Oxum Pandá que iniciava a sua missão: “cantar a beleza da raça negra; lutar contra o fim do preconceito e qualquer tipo de discriminação”. À frente do grupo, o Estandarte e o Babalotim (escultura de madeira, proveniente da África, representando o orixá Oxum, sentada e amamentando uma criança), abrem espaço para cerca de 230 desfilantes que integram o cortejo, liderado pelo Babalorixá Genivaldo Barbosa. Em fevereiro de 2000, o Afoxé grava o seu 1º CD, Não há silêncio; quatro anos mais tarde, num grande show em São Paulo, grava o segundo CD, ao vivo – Brilho do sol; e em 2006, junto com outros Afoxés, grava o CD produzido pela Terça Negra. Da programação do Carnaval do Recife, já participa há aproximadamente seis anos, desde o 1º Encontro de Afoxés. Daí por diante, apresentou-se em diversos festivais e eventos culturais na cidade e em municípios vizinhos, como a Festa da Lavadeira, no Cabo de Santo Agostinho, por exemplo. O Oxum Pandá também já percorreu algumas cidades do interior do Estado, como Carpina, Paudalho e Garanhuns.

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AFOXÉ In the 1985 carnival, the streets and hills of Olinda were taken by a great number of individuals dressed in yellow and white. It was the Afoxé Oxum Pandá that had just initiated its mission: “to sing the beauty of the Blacks as well as to fight against the prejudice and kind of discrimination”. Ahead of the group, the banner and the babalotim (a wooden sculpture original from Africa, representing the orixá Oxum sat and feeding an infant) open space to almost 230 paraders, who integrate the procession led by the Babalorixá Genivaldo Barbosa. In February 2000, the Afoxé releases its first album – Não há Silêncio; four years later, in a great show in São Paulo, it records the second album – Brilho do Sol and in 2006, together with other afoxés, it records a CD produced by the Terça Negra. It participates in the schedule of Recife’s Carnival for almost six years, since the first Encontro de Afoxés. Henceforth, it made performances in several festivals and cultural events in the city and in neighbour towns, as the Festa da Lavadeira in Cabo de Santo Agostinho. The Oxum Pandá has also made presentations in some interior towns, such as Carpina, Paudalho and Garanhuns.

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Fundação | Foundation: 01/01/1995 Endereço | Adress: Rua Deodato Torres, n° 62-A, Barro, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3253-6793 | 8883-4394 Presidente | President: Genivaldo Barbosa Programação | Programme: Os ensaios acontecem todos os sábados (a partir de dezembro), das 16 às 19 horas. Também acontecem aulas de percussão e dança para as crianças da comunidade do Barro e da Ilha do Maruim, Recife. Todos os sábados, com início às 16 horas. The rehearsals start in December, every Saturday from 16:00 to 19:00. Percussion and dance classes are offered to the children of Barro and Ilha do Maruim communities, every Saturday, starting at 16:00.

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Agremiações Carnalavescas

AFOXÉ

OYÁ ALAXÉ

Fotos: Fred Jordão

O Afoxé Oyá Alaxé foi fundado no dia 10 de abril de 2004 por Maria Helena Mendes, fi lha de Dona Amara Mendes, Obá-Meji (Rei duas vezes) – mãe-de-santo do terreiro Ilê Obá Aganju, ialorixá bastante respeitada no universo das religiões de matrizes africanas. Com Fábio Gomes, Maria Helena 192 | 193 realiza seu sonho de criar um grupo percussivo dentro da comunidade de Dois Unidos. A partir da interpretação dada pelo Sr. Paulo Braz (Alapini – sacerdote de Egun - zelador do axé do afoxé): “...realmente Oyá quer um afoxé. O nome será Oyá Alaxé. Orunmila, divindade do destino, respondeu confirmando: ‘podem iniciar, pois este Afoxé virá como filho incandescente’. O nome não se refere a uma qualidade da natureza Oyá, mas a uma invocação que significa: Oyá é a senhora do axé, a possuidora da energia vital...”. Durante o ano, o Afoxé promove vários trabalhos educativos e de cidadania com jovens e adultos da comunidade, destacando-se as aulas de percussão e de adereços que acontecem às terças e quintas-feiras. Na última sexta-feira de cada mês, realiza-se Roda de Diálogo, momento em que abre o espaço do barracão para atender ao projeto Brasil Alfabetizado, continuando as atividades de cidadania que acontecem desde 2007, assim como as campanhas de vacinação voltadas para crianças e idosos. Os ensaios para o Carnaval começam no mês de outubro e acontecem até o momento da saída do desfile oficial, que ocorre na quinta-feira da Semana Pré-Carnavalesca, quando o Afoxé Oyá Laxé invade o Pátio de São Pedro com as cores rosa, branca, marrom e vinho. O cortejo traz todo axé de Oyá, com mais de 220 desfilantes, entre crianças, jovens e adultos, levando às ruas do Recife e de Olinda músicas de repertório do Candomblé Nagô e algumas adaptações de Santeria Cubana, além de composições de Fábio Gomes e Maria Helena.

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AFOXÉ The Afoxé Oyá Alaxé was founded on 10 April 2004, by Maria Helena Mendes, the daughter of Mrs. Amara Mendes, Obá-Meji – expression that means twice king – leader of the candomblé temple Ilê Obá Aganju, a very respected 1T.N. Yalorixá in the universe of Afro originary religions. Together with Fabio Gomes, she fulfils her dream of creating a percussion group in the community of Dois Unidos. Based on the interpretation given by Mr. Paulo Braz, entitled Alapini – Egun spiritual leader – guardian of the Afoxé’s sacred force (axé): “...In fact, Oyá wants an afoxé. Its name will be Oyá Alaxé. Orumila, deity of the destiny replied in confirmation: ‘you may start, for this afoxé will come as an illuminated son’. The name Oyá is not related to a quality of the nature but it is an evocation that means: Oyá is the master of the axé, the one who possesses the vital energy…”. Along the year, the afoxé promotes several projects on education and citizenship with youngsters and adults of the community, among which, the percussion and making of embellishment workshops are most prominent. Each month, on the last Friday, the “Dialogue Circle” is accomplished; it is the moment when the group’s headquarters hosts a Brazilian governmental project on Literacy, offering, this way, continuity to the activities on citizenship that take place since 2007 as well as the vaccination campaigns addressed to children and elderly people. The rehearsals for the carnival start in October and continue until the departure for the official parade, on the Thursday of the pre-carnival week, when the Oyá Laxé invades the Pátio de São Pedro in the colours pink, white, brown and marron. The procession brings “all Oyá’s axé”, with more than 220 paraders, including children, youngsters and adults, singing through the streets of Recife and Olinda songs of the Candomblé Nagô and some adaptations of what Santeria Cubana? as well as songs by Fábio Gomes and Maria Helena, members of the group. 1T.N.

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Fundação | Foundation: 10/04/2004 Endereço | Adress: Rua Mamede Coelho, n° 231, Dois Unidos, Recife (PE) Contato | Contacts: (81) 3451-8373 | 9125-6628 | 8700-6395 Presidente | President: Maria Helena Mendes Programação | Programme: A partir do mês de outubro, realizam ensaio aberto ao público, a cada 15 dias, sempre aos domingos, às 15 horas, na Torre Malakoff – Bairro do Recife. From October, they promote open rehearsal, every fifteen days, always on Sundays, at 15:00, at Torre Malakoff - Bairro do Recife.

Female Candomblé leader

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Caboclinhos TRIBO CANINDÉ DO RECIFE

Foto: Roberta Guimarães

CABOCLINHOS Manifestação popular originária das culturas indígena, os Caboclinhos ou Tribo de Caboclinhos expressam um forte sentimento nativista. São homens, mulheres e crianças que apresentam vigorosas coreografias em ritmo marcado pelo estalido das preacas (espécie de arco-e -flecha de madeira). A religião está presente na manifestação por meio dos cultos indígenas, a pajelança, religião dos antepassados. É na Jurema ou Catimbó, como é popularmente conhecida, que atua a maioria dos mestres e caboclos. Alguns grupos diferem dessa linha, cultuando religiões afro-brasileiras, ligadas a terreiros de Xangô e Umbanda. A apresentação normalmente inicia com o Porta-estandarte (podendo haver mais de um), seguido de dois Cordões de Caboclos e Caboclas. No centro da Agremiação, o Cacique (responsável pelas coreografias) e a Cacica (ou mãe da tribo). O desfile também conta com a presença do Pajé (ou curandeiro, orientador espiritual do grupo); do Matruá (representa um feiticeiro); do Capitão (chefe de uma das alas); do Tenente (chefe da outra ala); dos Perós (crianças da tribo) e dos Caboclos de Baque.

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As danças variam de um grupo para outro. Com rica coreografia, de maneira geral, evoluem com agilidade. Os bailarinos agacham-se, levantam-se, rodopiam nas pontas dos pés e calcanhares, em três momentos específicos: Guerra, Baião e Perré, determinados pela mudança do ritmo. Alguns grupos também apresentam o Toré ou Macumba, o Traidor (destaque das preacas marcando o ritmo), a Emboscada (disputa de dois grupos) e a Aldeia (dança em círculo). A indumentária é composta por atacas (de pé e mão), saiotes e tangas, e confeccionada com penas (de ema e de outras aves), lantejoulas, contas, búzios, espelhos, vidrilhos, cordas e sementes. Os adereços de cabeça são bastante diversificados: cocares, capacetes, cabeleiras, diademas, girassóis e leques, decorados com penas e lantejoulas. O baque é composto por caracaxás (maracás), surdo e inúbia (flauta ou gaita), podendo haver atabaque e caixa. As músicas normalmente são instrumentais, havendo grupos que recitam versos ou loas.

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Foto: Roberta Guimarães

Agremiações Carnalavescas Foto: Fred Jordão

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Popular manifestation rooted in the indigenous miscegenation, the Caboclinhos, also called Tribo de Caboclinhos expresses a strong feeling of recognition for the Indians as the first inhabitants of Brazil. They are men, women and children who perform vigorous choreographies in a rhythm marked by the clacking sound of the preacas (a type of wooden arc and arrow). The religion is present at this manifestation by means of indigenous rites, the pajelança (shamanism) and the forefathers religion. It is in the Jurema or Catimbó, as it is popularly known, that most of the masters and caboclos enter into action. Some groups differ from this segment, worshiping Afro-Brazilian religions, linked to Xangô and Umbanda terreiros (temples). The presentation is normally opened with the banner-bearer (there can be more than one), followed by two rows of men and women costumed as 1T.N.caboclos and caboclas, respectively. In the middle, the male tribal chief (in charge of the choreography) and the female chief (the tribe’s mother). The parade also includes the presence of the Pajé (the healer and group’s spiritual leader), the Matruá (represents a witch), the Captain (one of the row´s chief), the Lieutenant (a row´s chief), Perós (Indian children) and the Caboclos de Baque (instrumentalists).

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Caboclinhos 7 FLEXAS

The dances or evolutions differ from one group to the other. They are commonly enacted in two lines that can be subdivided into rows, with choreographies that represent situations invented and re-invented by masters and players. In general, they dance with agility, bend down, stand up and spin around on the tiptoes, in three specific movements: War, Baião and Perré, determined by the rhythm change. Some groups also perform the Toré or Macumba, the Traidor - betrayer (emphasis on the preacas counting the rhythm), the Emboscada - ambush (dispute between two groups) and Aldeia - Indian village (dance in circles). The garb is composed of atacas (bracelets for wrist and ankle), overskirts and loinclothes, all crafted with feathers (ostrich and other birds), sequins beads, sea shells, mirrors, glass beads, strings and seeds. Te head are well diversified: cockades, helmets, wigs, diadems, sunflowers and fans, decorated with feathers and beads. They make their presentation barefoot. The Baque (beat) is made up of caracaxás (rattles), bass drum and inubia (flute or harmonica) and it also can have conga and snare drums. The songs are normally instrumental; Nevertheless, some groups recite verse or loas (responsive songs). 1T.N.

From the Tupy kaa’boc, ‘who came from the forest’. The mestizo of Indian and white.

Foto: Roberta Guimarães

Caboclinhos UNIÃO SETE FLEXAS DE GOIANA

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CABOCLINHOS Caboclinhos TRIBO CANINDÉ DO RECIFE

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

7 FLEXAS

Fotos: Roberta Guimarães

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José Severino dos Santos – fundador, figurinista e presidente do Caboclinhos 7 Flexas – conta que a história da Agremiação tem seu início na cidade de Maceió, num terreiro de Umbanda: “naquela brincadeira de chamar caboclo, eu recebi 7 Flexas, fiquei gostando e lá eu consegui colocar o Clube na passarela em 1969”. Em 1970, Mestre Alfaiate, como é mais conhecido, retorna para Pernambuco e aqui o registra em 7 de setembro de 1971. Com cerca de 100 participantes, provenientes do próprio bairro de Água Fria – onde funciona a sede – e de comunidades do entorno, grande parte de seus integrantes são jovens e crianças. Destaca-se no Carnaval do Recife pelo luxo de suas fantasias e pelas vigorosas coreografias, “puxadas” por Paulinho (filho de Mestre Alfaiate). Já se apresentou em diversos Estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, assim como no exterior, quando viajou para a França em 2005 e 2006. O 7 Flexas possui diversos títulos conquistados no Concurso de Agremiações Carnavalescas, sendo os últimos Campeonatos em 2003 e 2005 da 1ª Categoria e Vice-Campeão do Grupo Especial em 2006. Tem como cores oficiais o verde, o vermelho, o azul e o amarelo, representando a mata, a guerra, a paz e o sol, respectivamente.

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CABOCLINHOS Mr. José Severino dos Santos – the founder, costume designer and president of Caboclinhos 7 Flexas – tells that the history of the group started in the city of Maceió in an Umbanda terreiro: “in that game of evoking the caboclo, I received Sete Flexas, got amused with it, and in that city, I managed to take the club to parade in 1969”. In 1970, Master Alfaiate (taylor), as he is most known, returned to Pernambuco where he registered the association on 7 September 1971. With almost 100 players from the very district of Água Fria – where its centre operates - and neighbour comunities, most of them are youngsters and children. The association is distinguished in the carnivial of Recife for the luxurious costumes and for the vigorous choreographies led by Paulinho (Master Alfaiate’s son). The Caboclinhos has already performed in several Brazilian states, like São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia and Minas Gerais as well as overseas, when it traveled to France, in 2005 and 2006. The 7 Flexas has conquered several titles in the Contest of Carnival Associations; the last champioships were in 2003 and 2005 of the first Category and vice-champion of the Special Group in 2006. Its official colours are green, red, blue and yellow representing the forest, the war, the peace and the sun, respectively.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Fundation: 07/09/1971 Endereço | Adress: Travessa do Dowsley, nº 66, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3443-2787 | 8695-6131 Presidente | President: José Severino dos Santos (Mestre Zé Alfaiate) Programação | Programme: Ensaiam aos sábados e domingos às 19h30 a partir do mês de junho. They rehearse on Saturdays and Sundays at 19:30, from June on.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

CAHETÉS DE GOYANNA

Fotos: Fred Jordão

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O Caboclinhos Cahetés de Goiana foi fundado por José de Melo e João Marinho em 15 de dezembro de 1904. A denominação faz referência à Tribo Cahetés que, segundo os moradores mais antigos, existia no Município de Goiana. A Agremiação é herança familiar, e quem a conduz atualmente é o Pedro Gonçalves Ramos. Assume o grupo em 1960, quando tinha apenas 14 anos, com base na história contada por Dona Noca, na época uma senhora de 90 anos, comadre de sua mãe. Tem como símbolos um Índio, um Machado, a Lua e a Estrela, presentes nas fantasias e no Estandarte. Suas cores oficiais são: verde, amarelo, azul, branco, vermelho e rosa, simbolizando a mata, o ouro, o céu, a paz, a guerra e o amor, elementos da natureza e sentimentos presentes no cotidiano do índio. Contrastando com o número de participantes que saía no início de suas atividades, entre 10 e 15 integrantes, desfila hoje em dia com quase 120 componentes. Apesar de ter surgido há mais de 100 anos, foi registrado apenas em 1992, quando começa a participar do Concurso de Agremiações Carnavalescas no centro do Recife. Além de se apresentar no Carnaval do Recife e de Olinda, desfila em diversas cidades da Zona da Mata, como Condado, Aliança, Nazaré da Mata, Carpina, Tracunhaém, Pombos e em seu município, Terra dos Caboclinhos, no Encontro de Caboclinhos de Goiana.

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CABOCLINHOS The Caboclinhos Cahetés de Goiana was founded by José de Melo and João Marinho on 15 December 1904. The denomination is a reference to the Cahetés tribe that, according to the eldest residents, it had actually existed in the town of Goiana. The carnival club is a family heritage and it is currently directed by Mr. Pedro Gonçalves Ramos. He assumed controll of the group in 1960, when he was only fourteen, based on the story (comentário: muito vago. “na história contada por…” que história? do grupo? Dos índios? -of the group/ of the Indians) told by ‘Dona Noca’, a ninety year old lady at that time, his mother’s godmother. It has as symbols the illustration of an indian, an axe, a star and a moon, present in the costumes and in the banner. The official colours are green, yellow, blue, red and pink – that, respectively, symbolizes the forest, the gold, the heaven, the peace, the war and the love, elements of nature and feelings of the Indians dayly life . In Contrast with the number of people that used to take part at the beginning of its activities, between 10 to 15 players, nowadays they parade with almost 120 participants. Alhough it has emerged more than a hundred years ago, it was only in 1992 that the group was registred, when it started to perform at the Contest of Carnival Associations of Recife. Besides the presentations in the carnival of Recife and Olinda, it also parades in many other cities from 1T.N.Zona da Mata, such as Condado, Aliança. Nazaré da Mata, Carpina, Trachunhaém, Pombos and in its own town, calledTerra dos Caboclinhos, at Encontro de Caboclinhos de Goiana, a gathering of such groups. 1T.N.

Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 15/12/1904 Endereço | Adress: Rua do Sol, n° 133, Centro, Goiana (PE) Contatos | Contacts: (81) 8694-2298 | 8668-0906 Presidente | President: Pedro Gonçalves Ramos Programação | Programme: Anualmente ocorre uma festa para comemoração do aniversário do Caboclinho (15/12) às 20 horas na sede; no domingo de Carnaval acontece a “Caçada do Bode” a partir das 4 horas; na terça-feira o “Almoço do Bode”, às 12 horas; e na Quarta-feira de Cinzas o “Bacalhau”, a partir das 8 horas. Every year they celebrate the anniversary of the Caboclinhos (15/12), at 20:00 at its headquarters; On the carnival Sunday it promotes the “Caçada do Bode” (Goat Hunter) at 16:00. On the Tuesday they held the “Goat Lunch” at 12:00; and on the ash Wednesday at 8:00 there is the “Bacalhau”, Portuguese word for cod but, in effect, it is used to mean an extended day for the carnival.

Coastal Forest Zone.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

KAPINAWÁ

Fotos: Roberta Guimarães

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O Caboclinhos Kapinawá foi fundado em 21 de fevereiro de 1982 por Josebias Fraga, Paulo Borges, Edson Araújo, Antônio de Jesus e José Boaventura Falcão, primeiro Presidente da Agremiação. Como no bairro da Linha do Tiro saíam várias pessoas para brincar em Caboclinhos de bairros próximos, numa confraternização durante o Carnaval, esse grupo de amigos resolveu criar uma Agremiação (Caboclinhos) na própria comunidade. O primeiro desfile ocorre em 1983, com aproximadamente 35 figurantes, pelas ruas do bairro na noite do Sábado de Zé Pereira. A partir de 1984, começa a participar do Concurso de Agremiações, na categoria “Aspirante”. Desde sua fundação, a sede do Kapinawá funciona na residência de José Falcão, hoje falecido. Seus fi lhos deram continuidade à brincadeira, conquistando o primeiro lugar na 1ª Categoria em 2001; nos anos seguintes, dois Vice-Campeonatos (2004 e 2005) e dois Campeonatos (2006 e 2007). Formado por crianças, adultos e principalmente adolescentes, seus quase 180 figurantes são da própria comunidade e de bairros próximos. Como alguns deles são educadores do Projeto Escola Aberta, o Kapinawá tem uma relação muito próxima com duas escolas públicas do bairro (Padre Nelson Rodrigues e Paulo VI). De acordo com Hilton Falcão, grande liderança do grupo, “a escola é o maior parceiro pra uma Agremiação”. Antes de sair para o concurso, o Kapinawá tradicionalmente desfila nas ruas de Linha do Tiro.

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CABOCLINHOS The Caboclinhos Kapinawá was founded on 21 February 1982, by Josebias Fraga, Paulo Borges, Edson Araújo, Antônio de Jesus and José Boaventura Falcão, the first president. Aware of the fact that many people from Linha do Tiro district used to play in Caboclinhos of the neighbourhood, this group of friends, in a carnival party, decided to create an association of the kind in its own community. The first parade takes place in 1983, with about 35 players, along the streets of this district in the night of that Carnival Saturday. In the following year, it starts to participate in the Contest of Carnival Association in the “aspirant” category. Since its foundation the residence of Mr. José Falcão hosts the headquarters of Kapinawá. After his death, his children continued the “play”, conquering the championship in the first Category in 2001 and in subsequent years, two vice titles (2004 and 2005) and two more championships (2006 and 2007). Integrated by children, adults and mostly teenagers, its nearly 180 participants are from the community or neighbour districts. As some of them are educators in the Projeto Escola Aberta, the Kapinawá has a close relationship with two public schools of the area, Padre Nelson Rodrigues and Paulo V. According to Hilton Falcão, great group’s leadership, “the school is the major partner for such an association”. Before departing for the contest, the Kapinawá traditionally parades in the streets of Linha do Tiro.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 21/02/1982 Endereço | Adress: Rua Uriel de Holanda, nº 1371, Linha do Tiro, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3266-1538 | 3377-5543 | 8865-8115 Presidente | President: Sandra Falcão de Melo Silva | Hilton Falcão Programação | Programme: Ensaiam aos domingos às 19h30 a partir do Dia das Crianças no Campo do Café - Beberibe The rehearsals begin at the Children´s Day (12 October), on Sundays at 19:30, in Campo do Café – Beberibe

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

OXÓSSI PENA BRANCA

Fotos: Fred Jordão

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O Caboclinhos Oxóssi Pena Branca foi fundado no bairro de São José por Cícero Antônio em 17 de janeiro de 1979. De acordo com Dona Zuleide Alves, atual Presidente, “devido à ligação que Seu Cícero tinha com a religião Umbanda, decide render homenagem aos Caboclos dele”. A denominação do Caboclinho faz referência a duas entidades: Oxóssi e Pena Branca. Depois de passar um tempo desativado, Dona Zuleide resolve resgatálo, assumindo o Oxóssi Pena Branca em 16 de janeiro de 1993. Como tinha apenas o Estandarte, confecciona as fantasias para participar desse Carnaval com bastante dificuldade. Nos anos seguintes, conquista o Vice-Campeonato da 2ª Categoria e em 1996 é Campeão, passando para o Grupo Especial, categoria na qual desfila atualmente. As cores oficiais do caboclinho são o verde, o branco e o amarelo, simbolizando a mata (Oxóssi), a paz (Pena Branca) e o ouro (Oxum). Leva para a avenida cerca de 180 integrantes, incluindo crianças, adolescentes e adultos, provenientes da própria comunidade. A sede funciona na residência de Dona Zuleide, onde acontecem os ensaios e a produção de fantasias e adereços, que são confeccionados pelos próprios brincantes.

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CABOCLINHOS The Caboclinhos Oxóssi Pena Branca initiated its activities in the district of São José by Cícero Antônio, in 17 January 1979. According to the current presidente, Mrs. Zuleide Alves da Silva, “due to Mr. Cícero Antônio’s affiliation to the Umbanda religion, he has decided to pay homage to his (spiritual) Caboclos”. The denomination Caboclinhos makes reference to two deities: Oxóssi and Pena Branca. After being closed for some time, Mrs. Silva, then, decided to rescue the Oxóssi Pena Branca by assuming its controll on 16 January 1993. As the banner was the only remaining thing, with much effort, she made the costumes for that carnival participation. In the oncoming years it has conquested the vicechampionship of the second category and in 1996 it became the champion, rising to the Special Group, category in which it has paraded so far. The official colours of the Caboclinhos are green, white and yellow standing for the forest (Oxóssi), the peace (Pena Branca) and the gold (Oxum). It takes about 120 participantes to the avenue, including children, teenagers and adults from the very community. The Caboclinhos’ place is located at Mrs. Silva’s residence where the rehearsals are held and the production of the costumes and embellishments, by the revellers themselves, is accomplished.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 17/01/1979 Endereço | Adress: Rua Elza, nº 132, Água Fria, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3498-0184 | 8653-5941 Presidente | President: Zuleide Alves da Silva Programação | Programme: Ensaiam em frente à sede a partir de julho, aos sábados, às 20 horas; e a partir de outubro, às quintas-feiras na sede da Escola de Samba Gigantes do Samba. The rehearsals take place in front of its president’s house, starting in July, on Saturdays at 20:00, and from October, on Thursdays, at the centre of Escola de Samba Gigantes do Samba.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

TRIBO CANINDÉ DO RECIFE

Fotos: Roberta Guimarães

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A Tribo Canindé do Recife nasceu em 5 de março de 1897, de um grupo de Curumins (crianças) do bairro de Afogados, com o nome de Príncipe do Rio do Rei Cannindé. Em 1910, sob a liderança do carnavalesco Manoel Rufino, chega ao Córrego José Francisco, localizado na Bomba do Hemetério, onde funciona até hoje. A atual Presidente, Juracy Simões, assume o Canindé em 1994, após o falecimento de seu pai, Severino Batista da Silva, conhecido por Criança, que até então era o Presidente. Sendo a primeira mulher a liderar uma Agremiação desse gênero, Juracy interfere na estrutura do grupo e o brinquedo ganha um novo impulso, tornando-se Campeão do Concurso de Agremiações Carnavalescas por nove vezes consecutivas entre 1996 e 2004, e Vice-Campeão do Grupo Especial, em 2007. A participação do Canindé no documentário Três rainhas em um reinado de Momo (TV Viva, 2003) e a gravação do CD No traçado do guerreiro (2005) fortalecem a divulgação do grupo. Seguindo os ensinamentos de seus pais, Juracy preserva o fundamento religioso da Tribo e mantém sua ligação com a Jurema Sagrada. Com cerca de 120 integrantes, a Agremiação é marcada pelos laços de parentesco, compadrio e amizade.

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CABOCLINHOS The Tribo Canidé do Recife was originated on 5 March 1897, from a curumins (children) group called Principe do Rio do Rei Canindé, in the district of Afogados. In 1910, under the leadership of the carnival man, Manuel Rufino, it moves to Córrego José Francisco, at Bomba do Heméterio district, where it is established until today. The current president, Juracy Simões, has been running the Canindé since 1994, after her father’s death, Mr Severino Batista da Silva, known as Criança (kid), who so far had been the leader. Being the first woman to lead a fellowship of the kind, Juracy interferes in the structure of the group, giving, thus, a new impulse that made this Caboclinhos winner for nine consecutive years, between 1996 and 2004, in the Contest of Carnival Associations and vice-champion of the Special Group, in 2007. The participation in the documentary Três Rainhas em um Reinado de Momo (TV ViVa, 2003) and the release of the CD No Traçado do Guerreiro (2005) has strengthened the divulgation of the group. Following her parents teachings, Juracy preserves the religious principles of the Tribe and keeps its connection with the Sacred Jurema. With nearly 120 participants, the carnival society is noticeable for the family, co-paternity and friendship ties among the players.

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Grupo Especial | Special Group Fundação | Foundation: 05/03/1897 Endereço | Adress: Rua Bomba do Hemetério, n° 596, Bomba do Hemetério, Recife (PE) Contatos | Contacts: (81) 3444-2037 | 9929-1109 Presidente | President: Juracy Simões da Silva Programação | Programme: A partir de julho, realiza ensaios aos domingos, às 19h30min. Nos mês de janeiro intensificam-se os ensaios que passam a acontecer às quartas-feiras e aos domingo, no mesmo horário. From July the rehearsals take place on Sundays, 19:30. In January the rehearsals are intensified, being accomplished also on Thursdays, at the same time.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

TRIBO TUPÃ

Fotos: Roberta Guimarães

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O Caboclinho Tribo Tupã, como é conhecido, foi fundado em 16 de junho de 1979 no Alto José do Pinho por Agnaldo Rodrigues de Amorim e seus familiares. Depois de ter participado da Tribo de Índio Tabajaras, da Tapirapés e da Tribo Carijó, Agnaldo é estimulado a fundar sua própria Agremiação. Durante os primeiros anos, o Tupã se apresentava apenas com meninas e mulheres, por causa do alto custo para confeccionar fantasias e cocares masculinos. Cinco anos depois, aproximadamente, começa a desfilar com homens e mulheres, momento em que consegue conquistar o primeiro campeonato. O Caboclinho Tupã desfila atualmente com uma média de 150 participantes, provenientes das comunidades de Cajueiro, Chão de Estrelas, Morro da Conceição, Vasco da Gama e do próprio Alto José do Pinho. Destacase pelas coreografias vigorosas e inovadoras, obtendo em 2007 o ViceCampeonato do Grupo I e em 2008 a 1ª colocação, passando então para o Grupo Especial. Tem como atual Presidente, Amauri Rodrigues de Amorim, eleito em outubro de 2007.

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CABOCLINHOS The Cabolclinho Tribo 1T.N.Tupã, as it is known, was founded on 16 June, 1979, in the district of Alto José do Pinho, by Agnaldo Rodrigues de Amorim and his family members. After having participated of some indian-like carnival groups like Tribo de Índio Tabajaras, Tapirapés and of Tribo Carijó, Mr. Amorim was stimulated to create his own association. During the first years, the group used to make its presentation exclusively with women and children, due to the high cost for making costumes and male cockades. By this time, it managed to obtain its first championship. The Caboclinho Tupã currently parades with an average of 150 participants from the communities of Cajueiro, Chão de Estrelas, Morro da Conceição, Vasco da Gama and Alto José do Pinho. It is noticeable for the vigorous and innovative choreographies, for which it obtained the 2007 vice-championship of Group I and the 2008 first place, rising, then, to the Special Group. His present president is Mr. Amauri Rodrigues de Amorim, elected in October, 2007. 1T.N.

Fundação | Foundation: 16/06/1979 Endereço | Adress: Rua Irapiranga, nº 47, Alto José do Pinho, Casa Amarela, Recife (PE) Contato | Contact: (81) 8875-3556 | 3442-3085 Presidente | President: Amauri Rodrigues de Amorim Programação | Programme: Os ensaios acontecem a partir de setembro. Quartas e domingos na Rua Miguel Cavalcanti de Albuquerque, Alto José do Pinho, e sábados na Rua Compositor José Gonçalves Júnior, ambos das 19 às 21 horas. The rehearsals start in September, on Wednesday and Sundays at Rua Miguel Cavalcanti de Albuquerque, Alto José do Pinho; on Saturdays, at Rua Compositor José Gonçalves Júnior, both from 19:00 to 21:00.

From the Tupy, thunder, God’s voice; later interpreted as Sun God.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

UNIÃO SETE FLEXAS DE GOIANA

Fotos: Fred Jordão

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A Associação Caboclinho União Sete Flexas de Goiana foi fundada em 25 de março de 1991 no município de Goiana, Zona da Mata de Pernambuco. Fundado por Nelson Cândido Ferreira, também conhecido como Ferreirinha, o Caboclinho conta com a participação de 120 integrantes, incluindo filhos e netos do fundador. Geane Gonçalves Ferreira, uma de suas filhas, é a atual Presidente e estilista da Agremiação. Apesar de ter sido criado em 1991, o União Sete Flexas só foi registrado na Federação Carnavalesca do Estado de Pernambuco no ano de 1994. Desde então, participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas de Pernambuco, tendo conquistado o 1º lugar em 1998 e 2004 (Grupo II), e o Vice-Campeonato do Grupo I em 2008. Tem como símbolos a figura de um Índio e sete Flexas entrecruzadas, e como cores oficiais: o vermelho, o preto e o branco. O Caboclinho possui loas próprias, compostas e cantadas por “Seu Nelson”, registradas em abril de 2008 com o lançamento do CD “Caboclinho União Sete Flexas”. O União Sete Flexas já se apresentou em diversas cidades do interior do Estado e faz planos para desfilar em Brasília e na Bahia.

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CABOCLINHOS The carnival club whose name could be translated as “Seven Arrows Caboclinho Union Association” had its foundation on 25 March 1991 in Goiana, a town at 1T.N.Zona da Mata of Pernambuco, by Nelson Cândido Ferreira, also known as “Ferreirinha”. Nowadays, the group has 120 members, including the children and grandchildren of its founder. Apropos, Geane Gonçalves Ferreira, one of his daughters, is the current president and costume designer of the association. Although it was created in 1991, the União Sete Flexas was officially registered only in 1994. Since then, it takes part in the Contest of Carnival Associations of Pernambuco, having obtained the winner title in 1998 and in 2004 (Group II) and the vice-championship of Group I in 2008. The association’s symbols are the illustration of an Indian and seven crossed arrows and the official colours are red, black and white. The caboclinho possess original loas, composed and sung by Mr. Ferreira, registered in April 2008, with the releasing of the CD “Caboclinho União Sete Flexas”. This very group has already performed in several interior cities of the state and plans to parade in Brasília and in the state of Bahia. 1T.N.

Fundação | Foundation: 25/03/1991 Endereço | Adress: Rua Teixeirinha, nº 614, Nova Goiana, Goiana (PE) Contatos | Contacts: (81) 9258-1760 | 9427-6766 Presidentes | Presidents: Geane Gonçalves Ferreira / Nelson Cândido Ferreira Programação | Programme: Os ensaios ocorrem aos domingos e às quartas a partir do 1º domingo de Sant´Ana (julho), às 20 horas. The rehearsals are held on Sundays and Wednesdays, starting on the first Sundays of July at 20:00.

Coastal Forest Zone.

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Agremiações Carnalavescas

CABOCLINHOS

TAPUIA CANINDÉ DE GOIANA

Fotos: Fred Jordão

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O grupo de Caboclinhos Tapuia Canindé foi fundado no dia 21 de julho de 2002, no município de Goiana, por Maria José do Nascimento, em razão de uma dissidência havida no Caboclinho Sete Flechas de Goiana. Tapuya significa cabocla curumim, guerreira e flecheira, Canindé é uma etnia indígena. O nome foi escolhido por trazer a idéia de força e coragem. Seu símbolo, portanto, é uma Índia com Arco-e-flecha na mão. O grupo, que desfila com cerca de 120 integrantes e defende em suas indumentárias cores como o verde, o vermelho e o amarelo, tem sede provisória na casa do atual Presidente, Severino José do Nascimento. Os ensaios da Agremiação começam em julho indo até a Semana PréCarnavalesca do ano seguinte, em eventos que acontecem na rua da referida sede. O Tapuia Canindé se apresenta no Sábado de Zé Pereira, no centro da cidade, e no Domingo de Carnaval em sua comunidade, Nova Goiana. Além disso, participa do Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife e já conquistou diversos títulos, mais recentemente, em 2008, sagrou-se campeão do Grupo 2. Em 2009, o grupo mostrou sua arte e beleza no norte do Brasil, nos Estados de Rondônia e do Pará.

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CABOCLINHOS The group Caboclinhos Tapuya Canindé was created on 21 June, 2002, in the municipality of Goiana, by Mrs. Maria José do Nascimento, due to a dispute within Caboclinho Sete Flechas de Goiana. In a native language Tapuya means female indian descendent, warrior, brave women and Canindé is an indian ethnicity. This name was chosen to convey the idea of force and courage. Its symbol is, therefore, a female indian with bow and arrow in hands. The carnival fellowship parades with about 120 participants, using the colours green, red and yellow in their outfit. The group’s temporary headquarters is located at its current president’s house. The rehearsals, which start in July and continue up to the Pre-Carnival week of the following year, are held at the headquarters’ street, in events the Caboclinhos promotes. The Tapuya Canindé performs on 1T.N.“Zé Pereira’s” Saturday, at the city centre and, on the Carnival Sunday, at its community, Nova Goiana. In parallel, it participates in the Contest of Carnival Associations of Recife, having conquered several titles. More recently, for instance, it was consecrated Champion of Group II. In 2009, the group presented its art and beauty on a tour in the North of Brazil, through the states of Rondônia and Pará. 1T.N.

Grupo I | Group I Fundação | Foundation: 21/07/2002 Endereço | Adress: Rua Mage, na PE 62, n° 27, Nova Goiana, Goiana (PE) Contatos | Contacts: (81) 9213-5369 | 3626-1406 Presidentes | Presidents: Severino José do Nascimento Programação | Programme: Ensaios abertos nos finais de semana a partir do mês de julho na rua da sede provisória. A festa de aniversário da Agremiação é aberta ao público e também realizada nessa rua. From July on, open rehearsals take place at the headquarters’ street, at the weekends. The anniversary celebration is also open to the public.

A name of Portuguese origin used to refer to the Carnival.

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