INFORMATIVO DA COOPERATIVA SANTA CLARA LTDA.
ANO 40 • NÚMERO 302 • DEZEMBRO DE 2016
Santa Clara é destaque em Queijos e Laticínios
João Seibel, à direita, diretor industrial de Lácteos, recebeu o troféu Mérito Lojista, em cerimônia realizada no dia 13
Cooperativa recebeu reconhecimentos da Agas e FCDL-RS A SANTA CLARA foi eleita a melhor fornecedora de Queijos no Carrinho Agas premiação concedida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), em novembro. A Cooperativa segue invicta na categoria desde que o segmento foi incluído na pesquisa, em 2013. Durante a cerimônia de premia-
ção, o diretor industrial de Lácteos, João Seibel, recebeu o troféu em nome da Cooperativa. Durante o evento, a Santa Clara também foi homenageada pela tradição centenária como fornecedora de produtos lácteos. Esta é a nona vez que a Cooperativa é premiada. Nas edições anteriores, a Santa Clara foi contemplada como Melhor Fornecedora de Queijos (2013, 2014 e 2015), Laticínios (2010, 2011 e
2012), Bebidas Lácteas (2004) e Alimentos Resfriados (2003). Mérito Lojista Pelo sexto ano consecutivo, a Cooperativa foi reconhecida pelo Mérito Lojista na categoria Alimentos no segmento Laticínios. O prêmio é concedido pela FCDL-RS. O prêmio foi recebido pelo diretor de Lácteos, João Seibel, em cerimônia no dia 13 de dezembro, em Porto Alegre
~ sempre prospera A união onde se planta juntos. Colher bons sentimentos é o que constrói a relação de carinho e confiança entre a Santa Clara e seus Associados. Desejamos a você um feliz Natal e um 2017 repleto de felicidade. COOPERLEITE | DEZEMBRO 2016
EDITORIAL
Ano para compartilhar sucessos e conquistas NO ANO DE 2016, indústria e produtores encontraram dificuldades, mas também motivos para comemorar. Se na metade do ano o preço do litro de leite atingiu patamares históricos, o mercado mudou no segundo semestre fazendo com que os valores caíssem. Mas é na dificuldade que podemos nos fortalecer. A Santa Clara demonstrou que é uma Cooperativa sólida, que trabalha em benefício de seus associados, colaboradores e comunidades onde está inserida. O ano foi marcado por diversas novidades, como o Programa Leite Saudável Santa Clara, que oferece benefícios aos associados, buscando diminuir índices de CCS e CBT dos rebanhos leiteiros. Outra novidade de sucesso foi o lançamento do Projeto Plantando o Bem, que atendeu a mais de 900 estudantes de Carlos Barbosa e rendeu à Cooperativa os prêmios Top de Marketing e Ocergs de Cooperativismo. Em 2016, a Santa Clara ainda recebeu reconhecimentos de consumidores e supermercadistas com o Marcas de Quem Decide, Carrinho Agas e Mérito Lojista. Outro motivo para comemorar foi a indicação do Frigorífico Santa Clara para a venda de seus produtos em todo o país. Uma importante notícia, que propicia crescimento não só para a Cooperativa, mas para todos os seus colaboradores e associados. Em 2017, ano em que a Cooperativa completa 105 anos, queremos compartilhar ainda mais sucessos com todos que fazem parte desta história. A direção da Cooperativa deseja a todos os associados e familiares boas festas e um ano novo cheio de conquistas e realizações. Boa Leitura!
O Cooperleite tem o objetivo de conscientizar, orientar e capacitar os produtores para a produção de leite com qualidade, segurança e em conformidade com a legislação vigente, fazendo valer desta forma o item 9.2.4. do Anexo IV da Instrução Normativa 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimemento (MAPA).
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“
Temos que ser otimistas e trabalhar para superar as dificuldades. O principal é arregaçar as mangas e acreditar que as coisas acontecem. Estamos otimistas para 2017, ano em que nossa Cooperativa completa 105 anos
”
Rogerio Bruno Sauthier, presidente da Santa Clara em avaliação de 2016 e perspectivas para o próximo ano (Leia mais na contracapa)
EXPEDIENTE COOPERATIVA SANTA CLARA Rua Pedro Baldasso, 47, Carlos Barbosa 95185-000 | Fone: (54) 3461-8300 www.coopsantaclara.com.br Conselho de Administração Presidente: Rogerio Bruno Sauthier Vice-presidente: Gelsi Belmiro Thums Secretário: Itamar Tang Conselheiros: Arno Ricardo Goelzer, Clairton Pedro Cecconello, Dirseu Tomasel, Inocência Dalsin, Justino Paludo, Lauro Antonio Benedetti, Nelson Volpato e Tiago Pitol Frizon Conselho Fiscal: Adelino Guerra, Rogerio Cichelero e Ivalino Tonatto COOPERLEITE Informativo mensal dos produtores associados à Cooperativa Santa Clara Ltda. Direção: Dptos. de Marketing e de Política Leiteira Redação: Fabrício Romio (MTB 17.841) Contato: fabricio.romio@coopsantaclara.com.br Tiragem: 4.100 exemplares Distribuição gratuita. Acompanhe nas redes sociais: facebook.com/coopsantaclara; instagram.com/coopsantaclara twitter.com/coopsantaclara; youtube.com/coopsantaclara
MARKETING
Queijo Provolone chega ao mercado em versão fatiada AMPLIANDO A sua linha de Laticínios, a Santa Clara lançou mais uma novidade. O Queijo Provolone Fatiado chega às prateleiras dos supermercados em uma versão mais prática para o consumidor. Fatiado e em embalagens de 150 gramas, o produto é ideal na preparação de sanduíches, lanches, pizzas e lasanhas. O Queijo Provolone Fatiado é defumado e levemente picante e pode ser encontrado em pontos de venda da região Sul do país. A linha de Provolones Santa Clara conta ainda com as versões forma, pedaço, defumado para assar e fresco para assar.
Produto é comercializado na região Sul, em embalagens de 150 gramas
Associados já podem retirar brindes de 105 anos OS BRINDES comemorativos aos 105 anos da Cooperativa Santa Clara já estão disponíveis. O associado pode retirar os presentes nos DPLs. As festas em comemoração ao aniversário da Cooperativa acontecem em todas as regiões de atuação da Santa Clara entre os meses de março e junho de 2017.
Os brindes de final de ano podem ser retirados diretamente nos DPLs
Unidades recebem distinções de órgãos municipais O SUPERMERCADO de Tapera recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores do município. A Cooperativa foi a 5ª empresa que mais contribuiu com a cidade através do retorno de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em 2015. A premiação foi recebida no dia 05 de dezembro. A Indústria de Laticínios de Getúlio Vargas também foi homenageada. A Cooperativa ficou em 4º lugar no Troféu Destaque Econômico 2016, na categoria Indústria Geral. A cerimônia de premiação foi realizada no dia 14 de dezembro.
Equipe do Super Tapera e o conselheiro Arno Goelzer presentes na premiação COOPERLEITE | DEZEMBRO 2016
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QUALIFICAÇÃO
DPLde Estação realiza capacitações para associados em novembro O DPL DE ESTAÇÃO realizou capacitações de associados durante o mês de novembro. No dia 22, produtores da região de Barra do Rio Azul participaram de palestra sobre qualidade do leite, mineralização do rebanho e a importância do uso de tamponantes na dieta animal. Também no dia 22, durante a noite, foi a vez dos associados de Paulo Bento participarem da capacitação com o tema qualidade. No dia 23, os produtores tiveram uma Manhã de Campo na propriedade da associada Clara Maria Fagion Zanin, na região de Três Arroios. Os assuntos abordados foram mercado e qualidade do leite e higienização de equipamentos. Já no dia 24 de novembro foi realizada uma Blitz de Silagem, na propriedade do associado Maciel Lanfredi, em Getúlio Vargas. Foram discutidos assuntos relacionados a ensilagem, matéria seca, compactação e uso de inoculantes.
Produtores de Barra do Rio Azul tiveram palestra técnica sobre qualidade
Manhã de Campo foi realizada na propriedade de Clara Maria Fagion Zanin
Blitz da Silagem na propriedade de Maciel Lanfredi, em Getúlio Vargas
Estudantes participam de Dia de Campo em Ciríaco
Programação aconteceu na comunidade de São João Bosco
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E S T U DA N T E S D O interior de Ciríaco e David Canabarro participaram do IV Dia de Campo Intermunicipal Estudantil. Realizado na comunidade de São João Bosco, em Ciríaco, o encontro contou com a presença de 180 alunos, pais e professores. Durante a programação, técnicos do DPL de Paraí apresentaram para os alunos noções sobre qualidade da água e do leite. O objetivo do encontro foi analisar a produção na atualidade, buscando estratégias de preservação do meio ambiente, recursos naturais e da biodiversidade.
PÉ NA ESTRADA
Santa Clara promove excursão de associados para Gramado Primeira edição do Projeto Pé na Estrada levou produtores para conhecer pontos turísticos C E RCA D E 120 associados à Santa Clara das regiões de Carlos Barbosa, Veranópolis, Estação, Jacutinga e Paraí participaram de uma excursão para Gramado e Canela no sábado, 10 de dezembro. O roteiro incluiu visitas a pontos turísticos das cidades, o espetáculo de acendimento das luzes e decoração natalina. O produtor Vicente Bregalda, de Paraí, conta que dificilmente conheceria a cidade se não fosse pela excursão promovida pela Santa Clara. Segundo ele, que viajou com a esposa, o ponto que mais o encantou foi a visitação a fábrica de chocolates da Florybal. Marcos Vinicius Balbinot, de Ponte Preta, município próximo a Jacutinga, achou a viagem excelente. Para ele, foi uma oportunidade para conhecer um local diferente e sair da rotina. “Esse tipo de excursão é uma ferramenta da Cooperativa que facilita e incentiva o produtor a fazer passeios e conhecer a gastronomia e pontos turísticos de outros lugares”, comentou. A Santa Clara oferece oportunidades frequentes de conhecer novas localidades aos seus produtores. Mensalmente, é organizada uma visita de associados das filiais à sede, em Carlos Barbosa, pelo programa Conhecendo Minha Cooperativa, além de viagens a outros estados e países. A excursão a Gramado e Canela é a primeira realizada pelo projeto Pé na Estrada, desenvolvido através do programa Compartilhar, da Santa Clara, com objetivo de oferecer aos associados a oportunidade de realizarem viagens e passeios.
Associados da região de Estação no pórtico de entrada da cidade de Gramado
Produtores de Paraí no Parque Terra Mágica Florybal, em Canela
Grupo de Tapera e Carlos Barbosa durante a excursão na cidade de Canela COOPERLEITE | DEZEMBRO 2016
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16º ENCONTRO DE CRIADORE
Palestras abordaram manejo, utiliz Encontro que aconteceu na sede da Ascla contou com extensa programação de palestras para associados que registram rebanho CERCA DE 110 produtores associados à Santa Clara participaram no dia 09 de dezembro, do 16º Encontro de Criadores de Gado de Leite com Registro. Promovido anualmente pela Cooperativa, o evento tem por objetivo fortalecer o produtor rural, incentivar o registro de animais e atualizar informações relativas aos rebanhos dos associados. Durante a programação, foram realizadas palestras sobre boas práticas de manejo do rebanho, cuidados com máquinas de ordenha, administração da propriedade e análise do mercado lácteo. A abertura foi feita pelo presidente da Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, que deu as boasvindas aos presentes, e também contou com os pronunciamentos dos diretores Alexandre Guerra e João Seibel, e do prefeito de Carlos Barbosa, Fernando Xavier da Silva. Manejo A rodada de palestras iniciou com a fala do médico veterinário e auditor fiscal agropecuário Alexandre Trindade Leal, que falou sobre boas práticas na produção de leite. Segundo ele, o produtor deve atentar para a saúde animal, higiene, nutrição, bem-estar e para o meio ambiente para evitar perigos físicos, químicos e biológicos na matéria-prima. “A saúde animal depende da seleção de raças com resistência a doenças, do manejo sanitário, vacinação e uso adequado de produtos químicos e medicamentos veterinários”, explicou Leal. Úbere A segunda palestra do dia foi sobre a influência da máquina de orde06 DEZEMBRO 2016 | COOPERLEITE
Presidente Rogerio Bruno Sauthier deu as boas-vindas aos produtores participantes da
nha na saúde do úbere com Rafael Ortega, gerente técnico do Hipra Saúde Animal para Argentina, Brasil e Uruguai. Ortega destacou os cuidados com a manutenção e limpeza dos equipamentos para evitar desconfortos nos animais. De acordo com ele, é o maquinário que deve se ajustar ao rebanho e não o contrário. Ortega explicou que o produtor precisa tomar cuidados com a localização do equipamento, capacidade de sucção dos canos e da bomba e com a condição das teteiras. “É preciso uma manutenção preventiva para manter as teteiras limpas e em condições. Esta parte é muito importante já que é a única do equipamento que entra em contato direto com o animal. O produtor precisa lembrar que o grande objetivo das máquinas de ordenha é coletar a maior quantidade de leite, no menor tempo possível, evitando ao máximo danos aos tetos das vacas”, comentou. Mercado Na última palestra do dia, o engenheiro agrônomo e sócio da
Agripoint, Valter Bertini Galan, fez uma análise do mercado de lácteos e de grãos em 2016 e as expectativas para o próximo ano. Segundo Galan, o primeiro semestre do ano apresentou uma baixa oferta de matéria prima, uma maior demanda por produtos e um aumento nas importações, o que fez com que os preços ao produtor tivessem um aumento. Já no segundo semestre, o cenário se inverteu, fazendo com que os preços caíssem. A previsão é de que o preço do leite pago ao produtor se estabilize já no início de 2017, que, segundo Galan, deve ser um ano com condições de produção e de custos melhores, com menos
Rafael Ortega falou sobre a influência da máq
RES DE GADO COM REGISTRO
zação de ordenhadeiras e mercado "Administrar sem uma boa coleta de dados é como dirigir no escuro"
da 16ªedição do Encontro
importações e possibilidade de recuperação da demanda interna. Ao final do encontro, o técnico em agropecuária Claudir Vibrantz, do Departamento Política Leiteira, fez um resumo do histórico de registros da Cooperativa e atualizou os dados. A Santa Clara é a instituição que mais registra animais da raça holandesa no país segundo a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. Desde 2000, quando a Cooperativa iniciou o trabalho junto a seus associados, 25.853 animais foram registradas com o afixo C. Santa Clara, abrangendo um plantel de 343 propriedades.
máquina de ordenha na saúde do úbere
Francisco Van Riel falou sobre administração da propriedade leiteira
O A S S I S T E N T E T É C N I CO da DSM Produtos Nutricionais Francisco Van Riel falou sobre a importância da coleta de dados e indicadores para a administração da propriedade. Segundo ele, administrar um negócio sem que se tenha dados sólidos em mãos é como dirigir no escuro. Van Riel explicou que as propriedades precisam coletar constantemente dados zootécnicos e econômicos para facilitar no planejamento a médio e longo prazo. Segundo o técnico, muitas propriedades realizam a coleta, porém os números ficam armazenados nas agendas, sem utilização. “Muitos produtores possuem muitos dados, mas não os utilizam para analisar e controlar a propriedade. É preciso repassar estes indicadores para os técnicos, que podem auxiliar na tomada de decisões como investimentos, viabilidade e longevidade do negócio, a su-
cessão familiar, o uso da mão de obra e o retorno econômico”, comentou. O planejamento forrageiro é um dos principais problemas administrativos, segundo o técnico. De acordo com ele, em muitas propriedades do Rio Grande do Sul, o planejamento anual dura oito meses e não 12. “É comum, a partir dos meses de setembro e outubro, nos procurarem para ajustes de dieta para economia de milho. Precisamos sentar e trabalhar com um programa que determine o nosso estoque de comida para que se possa ter uma produção constante ao longo de todo o ano”, explicou. Outro ponto comentado por Van Riel foi o plano de cria e recria nas fazendas, o que garante a reposição animal e o crescimento do plantel. Segundo ele, isso é importante para o crescimento da propriedade a longo prazo e também auxilia em eventuais vendas de gado, quando o orçamento diminui. 07 COOPERLEITE | DEZEMBRO 2016
MELHORAMENTO GENÉTICO
Programa de Acasalamento Santa Clara traz vantagens e benefícios MELHORAR AS características de cada vaca, de acordo com suas deficiências. Este é o objetivo do Programa de Acasalamento Genético Dirigido da Santa Clara, que existe desde 2001 e atende atualmente 480 propriedades. O programa consiste em analisar as deficiências de cada vaca e buscar touros com pontos fortes que possam suprir as necessidades de cada animal, objetivando um rebanho geneticamente superior. Para isso são avaliadas 17 características em cada uma das fêmeas, como estatura, vigor, profundidade corporal, característica leiteira, pernas, garupa, úbere e tetos. Os dados são computados em um sistema que apresenta opções de touros que possam melhorar cada característica escolhida pelo produtor. Na prática, o produtor pode avaliar cada animal separadamente, escolhendo determinadas melhorias como o aumento na produção leiteira do rebanho, obtendo animais com vida útil maior. “O uso de touros selecionados
resulta em um ganho genético sete vezes maior do que a seleção de vacas do próprio rebanho. A genética é uma poderosa ferramenta que, quando bem utilizada, promove impressionantes resultados”, explica Rafael Martins Lucas, médico veterinário do DPL de Carlos Barbosa. Outra vantagem em utilizar o programa é o de garantir o controle de consanguinidade, já que possui arquivos que contém touros do mundo inteiro, com provas atualizadas e informações sobre genealogia. “Para isso, o produtor deve ter as informações necessárias, como pai e avô materno do animal que será acasalado”, comenta o veterinário. De acordo com Rafael, o melhoramento genético é um trabalho de médio e longo prazo, em que o produtor precisa ter persistência e manter o foco nos objetivos determinados durante o levantamento das necessidades para alcançar os resultados desejados. O programa é gratuito para todos associados. Interessados podem entrar em contato com os
técnicos do DPL. Resultados O associado Dieter Roese sente no dia-a-dia os resultados do Programa do Acasalamento Genético. O produtor de Salvador do Sul realiza o acasalamento desde que se associou à Santa Clara, em 2004. Roese conta que os resultados do programa podem ser medidos através da classificação linear de seu rebanho. Se no início a pontuação era, em média, 80 pontos, atualmente os resultados são de 83 para animais de primeira cria e de 86 para adultas. O produtor busca aumentar a longevidade e produtividade dos animais através do melhoramento genético de úbere, pernas e pés. De acordo com ele, é um trabalho que leva anos, mas que traz resultados compensadores, já que os melhoramentos genéticos são constantes. “Através do programa de acasalamento, qualquer produtor, independentemente do tamanho da propriedade, tem acesso aos melhores animais disponíveis no mercado”, explica.
Dieter Roese com a C.Santa Clara D.Roese 17324 Gatinha Shottle, um dos melhores animais de sua propriedade
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MERCADO LÁCTEO
Captação de leite no Brasil cai pelo 8º trimestre consecutivo Dados referentes ao período julho-setembro foram divulgados pelo IBGE dia 15 de dezembro 5,8 BILHÕES de litros foi o total de leite captado no Brasil no terceiro trimestre deste ano. O volume é 2,6% inferior se comparado ao mesmo trimestre do ano de 2015. Este é o oitavo trimestre consecutivo com retração na captação brasileira. Com a alta dos preços, a retração do terceiro trimestre foi menor que nos dois trimestres anteriores, que tiveram queda de 4,5% e 7,8%, respectivamente, porém a queda acumulada de janeiro a setembro ficou em 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O total do ano até setembro é de 16,9 bilhões de litros captados, 867 milhões de litros a menos que 2015. Sul teve alta Enquanto regiões como Nordeste e Centro-oeste tiveram quedas de 10,7% e 6,6%, respectivamente, a região Sul foi a única a apresentar uma leve alta na captação, com 0,8%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os índices da região Sul acabaram sendo puxados para o positivo em virtude de Santa Catarina ter alcançado uma alta de 10,9% em relação ao mesmo trimestre de 2015. De julho a setembro deste ano, o Paraná retraiu 0,2% na captação e o Rio Grande do Sul 5,2%, o maior índice de retração entre os principais estados produtores (conforme tabela ao lado). Ainda entre os principais estados produtores, Minas Gerais e Goiás apresentaram quedas de 4% cada, enquanto São Paulo retraiu 0,8% na captação. Com dados da Milkpoint.
Captação Brasileira de Leite
Variação da captação de leite por região (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015)
Variação da captação de leite nos principais estados (3º Tri 2016 x 3º Tri 2015)
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AGENDA
Reuniões de núcleos seguem nos meses de janeiro e fevereiro AS VOTAÇÕES para a escolha dos representantes e vices de núcleo, que iniciaram em novembro no município de Muitos Capões, seguem até o mês de fevereiro. Ao todo, serão realizadas 45 reuniões de núcleos em todas as regiões em que a Cooperativa está presente. Confira no quadro ao lado, o calendário de reuniões para o mês de janeiro.
REUNIÃO DE NÚCLEOS Data Cidade Horário Vila Maria 10h30min 10/01/17 Linha 13 (Nova Araçá) 10/01/17 20h David Canabarro 11/01/17 10h30min São Jorge 11/01/17 20h Santa Luiza (Carlos Barbosa) 12/01/17 11h Tapera 19/01/17 10h30min Imigrante 24/01/17 11h Linha Pimenta (Barão) 25/01/17 11h Monte Belo do Sul 26/01/17 20h Carlos Barbosa 31/01/17 11h
CLASSIFICADOS
DIVERSOS VENDEM-SE 40 vacas holandesas lactantes e 5 novilhas prenhas. Tratar com Agir Baptista Ferraz, (54) 99903-0101 – David Canabarro VENDEM-SE 2 novilhas holandesas com registro. Previsão de parto para janeiro e março. Tratar com Neusa Gobbi, (54) 99681-6160 – Garibaldi VENDEM-SE 8 terneiras holandesas. Tratar com Mauro Benedetti, (54) 99173-9093 ou (54) 991691890 – Carlos Barbosa VENDE-SE plantadeira Vence Tudo, ano 2002, modelo AS 11500, com 5 linhas para soja e milho. Tratar com Marcos, (54) 99684-9756 – Cotiporã COMPRA-SE até 300 folhas de Brasilit 6mm, usado e em bom estado. Tratar com Jean, (54) 981560970 - São Domingos do Sul VENDE-SE arado com dois discos. Tratar com L. Bavaresco, (54) 99674-4108 – Carlos Barbosa
VENDEM-SE vigas de concreto, 3,10m para piso ripado de confinamento. Tratar com Ivaldo, (54) 3433-2609 – Carlos Barbosa
EQUIPAMENTOS VENDE-SE resfriador a granel Etscheid, 650 litros. Tratar com Olmir, (54) 99602-9616 ou 99935-5694 – Veranópolis VENDE-SE ensiladeira JF 120 com kit de inverno e verão. Tratar com Agir Baptista Ferraz, (54) 99903-0101 – David Canabarro VENDE-SE resfriador Westfalia, 1000 litros, 2004. Tratar com Rudimar, (54) 99679-2093 – Muliterno VENDE-SE resfriador 525 litros, duas ordenhas, ano 2006, em ótimo estado. Entrada de R$3.000,00 e mais 12 vezes de R$ 250,00. Tratar com Nilvo, (54) 99939-0882 – Fagundes Varela VENDE-SE ensiladeira Nogueira, ano 2010. Tratar com Valdemir José Kochhann, (51) 999372046 – São Pedro da Serra
VENDE-SE ensiladeira Pecus 9004, geração 4, com quebra de grãos, ano 2010. Tratar com Giovani, (54) 99134-7298 ou (54) 98422-0934 – Vila Maria VENDE-SE ordenhadeira canalizada Sulinox, 6 conjuntos. Tratar com Mauro, (54) 99173-9093 ou (54) 99169-1890 – Carlos Barbosa
VEÍCULOS VENDEM-SE trator Valtra BM 100, 2014, com 1.400 horas de trabalho e 2 carroções basculantes de 6 toneladas. Tratar com Agir Baptista Ferraz, (54) 999030101 – David Canabarro VENDE-SE trator Massey Ferguson 50x. Tratar com Mauro Benedetti, (54) 99173-9093 ou (54) 99169-1890 – Carlos Barbosa COMPRA-SE trator Valtra 4x4, 685. Tratar com Flávio, (54) 99123-9012 – Nova Bassano Nota: A Cooperativa Santa Clara não se responsabiliza pelos produtos aqui anunciados. Os negócios são realizados diretamente pelos produtores.
Anunciar nos classificados do Cooperleite é gratuito para associados.
Envie seu anúncio com nome do associado, telefone para contato (com DDD) e cidade para fabricio.romio@coopsantaclara.com.br ou entre em contato com o DPL de sua região. DEZEMBRO 2016 | COOPERLEITE
ENTREVISTA
"Em 2017, o ambiente para produção de leite estará melhor” Valter Bertini Galan é mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), engenheiro agrônomo e um dos sócios da Agripoint. Galan falou com exclusividade para o Cooperleite sobre o mercado lácteo em 2016 e fez projeções para o próximo ano, durante o 16º Encontro de Criadores de Gado com Registro. Qual o balanço que você faz do mercado no ano de 2016, tanto para a indústria quanto para produtores? Para a cadeia como um todo foi um ano de muita instabilidade. O preço subiu muito fortemente, tanto ao produtor quanto para a indústria, principalmente no leite UHT. No segundo semestre este preço caiu também muito rapidamente. Na média, a lucratividade possivelmente foi semelhante a outros anos e melhor do que em 2015. O que complicou em 2016 foram os altos e baixos. No passado recente, isto não havia acontecido. Foi um ano de muita instabilidade, o que não é muito bom, pois o produtor estava muito bem em um determinado momento e, 60 dias depois, o preço caiu muito. Para planejamento e fluxo de caixa isso foi muito complicado. Quais os motivos para a alta no preço do leite pago ao produtor no primeiro semestre e a redução do preço no segundo semestre do ano? Tivemos uma queda na produção. Pelo segundo ano consecutivo a produção brasileira como um todo caiu. No Rio Grande do Sul houve uma queda mais forte, segundo o IBGE, do que o total Brasil. De janeiro a julho, a média Brasil caiu 6,4% e no Rio Grande do Sul
a queda foi de 8,4%. No primeiro semestre, tivemos uma oferta baixa de matéria-prima, uma demanda menor do consumidor e um aumento nas importações. Com a queda de produção, as indústrias foram atrás de leite para manter sua produção e isso puxou o preço lá para cima. Quando este preço chegou na ponta consumidora, no varejo, o consumidor reagiu negativamente, já que estamos em um cenário econômico de recessão, fazendo com que os preços caíssem. Primeiro no leite UHT no atacado, depois no leite spot (venda entre indústrias) e produtor. Foi esta a dinâmica que ocorreu. O que o produtor pode esperar para o próximo ano em relação ao preço do leite e custos de produção? A previsão é de que o preço do leite pago ao produtor se estabilize já no início de 2017. Vamos iniciar o ano com um potencial de produção mais alto do que no ano em 2016, mas sem o pico que tivemos na metade do ano. Vai ser um ano mais normal em termos de curvas de preço. Pelo aprendizado deste ano, as puxadas de preço, se houverem, vão ser menores do que neste ano. Para o produtor vai estar melhor, porque 2016 foi de soja e milho muito caro, principalmente no primeiro semestre.
Para o ano que vem, o cenário vai estar melhor, principalmente no mercado de milho, que é o que pesa ao produtor. Então para produzir leite o ambiente será bom. A exportação de milho pode crescer porque o câmbio está desvalorizado, o que auxilia. Devemos ter mais produção interna de leite por conta dessa questão de soja e milho mais baratos. Outro ponto positivo, tanto para indústria quanto para produtor, é que a importação estará bem menor porque o câmbio vai estar mais desvalorizado. Além disso, os preços internacionais tiveram uma subida forte nos últimos 60 dias, principalmente na Europa. A redução na produção do mercado argentino também será muito relevante para a produção brasileira. Como o produtor pode se preparar para 2017? O produtor precisa ter todos os números de produção e custos. Em 2017 teremos um cenário melhor para produção. Mas via de regra, é preciso ter todos os dados muito bem apurados, porque o mercado oscila muito, como demonstrado este ano. Então o produtor precisa ter o seu sistema em mãos para saber o que pode ou não alterar dentro da propriedade para garantir a manutenção de seus lucros. 11 COOPERLEITE | DEZEMBRO 2016
FIM DE ANO
Direção faz balanço de 2016 e projeções para o próximo ano O ano de 2016 foi razoável. Tivemos épocas de muita euforia, quando os preços do leite atingiram patamares históricos, e de algumas tristezas, com a queda dos valores em determinadas épocas. Somando, foi um ano difícil, mas que deixa perspectivas boas para 2017. No primeiro semestre. Começou a faltar produto no mercado e, com esta falta, todo mundo quis comprar e estocar, o que fez com que o preço ficasse até exagerado ao consumidor e houvesse um desequilíbrio, baixando o preço ao produtor. Isso é algo natural. Mesmo com este período de dificuldades, continuamos a trabalhar com seriedade para benefício dos nossos associados e comunidades onde a Santa Clara está presente. Normalmente, quando temos um período ruim, logo após vêm períodos melhores. Esta é a característica natural dos produtos perecíveis. Temos que ser otimistas e trabalhar para superar estas dificuldades. O principal é arregaçar as mangas e acreditar que as coisas acontecem. Estamos otimistas para 2017, ano em que nossa Cooperativa completa 105 anos de história. Temos a certeza de que se continuarmos trabalhando juntos, com honestidade, a Santa Clara continuará a ser reconhecida pela qualidade e tradição de seus produtos.
O ano de 2016 foi marcado pelo recorde de preço de venda UHT e pela alta importação de leite. Avaliando o ano todo, podemos concluir que foi bom. Realizamos investimentos buscando agregar valor aos produtos da Santa Clara. Nas indústrias, o foco foi em melhorias da estrutura da Indústria de Laticínios de Getúlio Vargas, o que já proporcionou um aumento no rendimento em torno de 4% comparado ao ano de 2015. Outra novidade foi o início do uso do sistema robotizado na Indústria de Leite Longa Vida. Entre os destaques do ano, podemos citar as premiações da Cooperativa Santa Clara no Carrinho Agas (Melhor fornecedor de Queijos), Mérito Lojista (Categoria Alimentos - Segmento Laticínios) e Marcas de Quem Decide (Marca de Queijos mais lembrada e preferida pelos gaúchos), além do prêmio Ocergs de Cooperativismo e o Top de Marketing pelo projeto Plantando o Bem. Para 2017, iremos investir fortemente na linha de queijos, além de darmos início na construção da nova indústria de laticínios em Casca. Apesar da situação atual do Brasil, a Cooperativa Santa Clara continua trabalhando e investindo para fortalecer ainda mais a sua marca e a sua história centenária.
Um ano para ficar na história da Santa Clara, pois atingimos pela primeira vez o faturamento de R$ 1 bilhão. Tínhamos projetado crescer 10% no faturamento e estamos com mais de 15%, apesar da crise econômica que passa o Brasil. E este faturamento foi muito puxado pelos preços históricos do leite UHT durante o ano. Mas o leite mais uma vez foi desafiador. Tivemos um primeiro semestre com produção menor do que o primeiro semestre do ano anterior e sem pressão dos importados, onde conseguimos preços históricos, tanto no mercado com o leite UHT, quanto para o produtor. Já nestes últimos 4 meses do ano, os preços puxaram para baixo, com pressão forte do leite importado entrando via Mercosul com preços bem mais competitivos do que o nacional, provocando uma concorrência desleal, pois os preços do leite em pó importado chegavam a ter 30% de diferença em relação aos nossos. Tínhamos projetado que seria um ano de margens muito ajustadas para o setor lácteo, o que está se confirmando neste final de ano, quando tivemos que usar a reserva dos meses anteriores para passar o máximo ao produtor. Mas nos sentimos satisfeitos, pois conseguimos fazer com que o nosso produtor pudesse receber 35% a mais no preço médio do leite comparando com o ano passado. Isto é muito bom para o produtor, apesar dos custos de produção no campo terem subido. No setor lácteo, temos o nosso maior projeto que é a construção da indústria em Casca para 600.000 litros/dia. Neste ano concluímos a terraplenagem para já em janeiro iniciar as obras. O setor de suínos trabalhou o ano com margens mais ajustadas por consequência do aumento do custo da ração, que interferiu na competividade do setor. No Frigorífico comemoramos a indicação do Sisbi, o que nos possibilitará, a partir de 2017, vender os produtos do setor a outros estados além do RS, otimizando assim a nossa logística existente dos laticínios. Nas demais unidades de negócio da Santa Clara, estamos atingindo as nossas metas conforme o planejamento.Abrimos mais um mercado agropecuário na cidade de David Canabarro e iniciamos os projetos para mais duas lojas (em Quinze de Novembro e Paim Filho), para atender melhor aos nossos associados. O ano de 2017 será ainda mais prazeroso para a Cooperativa Santa Clara, pois estaremos comemorando os 105 anos de história com as nossas mais de 5.000 famílias de associados e os 2 mil colaboradores. Com o comprometimento e união de todos, continuaremos fazendo a diferença para conquistar ainda mais a admiração dos nossos clientes e consumidores. Boas Festas a todos e um excelente 2017. Abraços.
João Seibel, diretor de Lácteos da Santa Clara
Alexandre Guerra, diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara
Rogerio Bruno Sauthier, presidente da Santa Clara
DEZEMBRO 2016 | COOPERLEITE