Japao

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Clima/ Geografia Continente: Ásia Norte (Hokkaido) - clima temperado frio, com longos meses de Inverno, influenciado pela corrente fria Oya Shivo;

Língua oficial: Japonês

Extensão territorial: 377.962 km²

Centro (Honshu) - clima temperado oceânico, alta pluviosidade; População: 127 milhões (2016)

Sul (Shikoku e Kyushu) - clima subtropical, amenizado pela corrente Kuro Shivo, também chamada de corrente do Japão. Capital: Tokio

*imagem: Cerejeiras 2

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Economia E

ntre 1948 e 1973, o crescimento econômico per capita japonês foi de 8,2% ao ano, de longe o maior entre os países desenvolvidos. A economia japonesa desenvolveu uma estrutura econômica e tecnológica avançada e tornou-se a segunda maior economia do mundo. O bom desempenho foi significativamente favorecido pelo atraso relativo do país e pelas possibilidades de convergência, mas foi também decisivamente influenciado por instituições que favoreceram altas taxas de investimento e de aumento da produtividade e o fortalecimento das empresas. O Japão desenvolveu também um sólido e dinâmico sistema de inovação.

CONDIÇÕES DE TRABALHO Muitos dentro e fora do Japão compartilham uma imagem do ambiente de trabalho japonês que é basea-da no “recrutamento simultâneo” de novos formandos e no modelo de “emprego vitalício” usados nas grandes empresas bem como possui uma reputação de longas horas de trabalho e uma forte devoção à própria em-presa. Afirma-se que esse ambiente reflete as condi-ções econômicas que começaram na década de 1920. As empresas mais prestigiadas recrutariam e teriam os melhores trabalhadores ao oferecer melhores benefí-cios e a verdadeira segurança no trabalho perpétuo. Na década de 1960, o emprego em uma grande compa-nhia havia se tornado a meta dos filhos da nova classe média, a busca que exigia a mobilização dos recursos da família e uma grande perseverança individual a fim de atingir o sucesso em um sistema educacional ex-tremamente competitivo. Esperava-se que os empregados trabalhassem duro e demonstrassem lealdade à firma, em troca de algum nível de segurança no emprego e benefícios, tais como subsídios à moradia, bons seguros, o uso de instala-ções recreativas, além de bônus e pensões. Os salá-rios começam baixos, mas a experiência é recompen-sada, com promoções baseadas em uma combinação de antiguidade e habilidade. A liderança não é baseada em assertividade ou tomada de decisões rápida, mas na habilidade de criar consensos, levando em conta as necessidades dos subordinados.

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CONDIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO Uma primeira particularidade diz respeito à organização empresarial, caracterizada pela formação de grandes conglomerados e pela ligação das empresas pela posse de ações cruzadas. Essa forma de organização teve sua origem nos grupos familiares no século XIX e, após desmontada pela ocupação norteamericana, voltou a se configurar, sob novas bases, no pós-guerra. Essa última questão, bastante complexa, envolve tanto elementos internacionais como institucionais e domésticos. Embora procuremos estabelecer um diálogo com os principais fatores internacionais, incluindo elementos ligados ao próxima com os bancos do conglomerado propiciou a mobilização de capital a baixos custos e risco, estimulando o investimento. Em segundo lugar, a proximidade entre as empresas favoreceu práticas conjuntas de cooperação técnica, desenvolvimento do produto e pesquisa e desenvolvimento. A presença de firmas de diferentes setores permitiu a acumulação de economias de escopo.

ECONOMIA DO JAPÃO ACUMULA MAIOR EXPANSÃO SUSTENTÁVEL EM MAIS DE UMA DÉCADA. A terceira maior economia mundial registrou um ritmo sustentável de crescimento pela solidez das exportações, incluindo os componentes de celulares e chips, e pelos investimentos relacionados aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Pretende demonstrar que sabe articular diversas tecnologias para ajudar na construção de uma cidade, verde, as casas já possuem painéis solares embutidos, que fornecem energia para a residência e ainda armazenam o excedente em uma bateria para uso posterior. O projeto também oferece um bairro exclusivo para moradores que não possuem carros próprios, com opções para o compartilhamento e alugueis de carros. Toda a cidade é equipada com sensores em rede que controlam a iluminação pública e garante, que a energia não seja desperdiçada

MOEDA O IENE foi adotado co-mo moeda oficial do JA-PÃO através de um ato de 10 de maio de 1871, durante o governo MEIJI. A lei da nova moeda es-tabeleceu o de contagem decimal: YEN 1; SEN 1/100; RIN 1/1000. Neste ano, passaram a circular apenas moedas. As notas de iene passaram a ser emitidas apenas em 1872.

*imagem: Tokyo 5


Pontos turísticos C

onhecida como a Terra do Sol Nascente, um país com grandes tecnologias e um dos que mais recebem turistas do mundo. O turista tem a oportunidade de conhecer uma intrigante mistura de costumes. Os principais pontos turísticos do Japão são:

Castelo de Himeji e Monumentos de Nara O Castelo de Himeji é um dos mais bonitos de todo território japonês. Nunca foi afetado por desastres naturais ou guerras.

Monumentos de Nara Representam o passado do Japão, Nara foi a capital do país no começo dos anos 700 d.C

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Japão está entre os 6 países que tem a maior indústria de turismo, porém não é tão dependente do turismo. A economia do país é tão grande que o valor que o turismo traz para o país é pequeno comparado com o valor total da economia.

Parque Nacional de Shiretoko É uma das áreas mais isoladas do Japão, para chegar no local precisa contratar uma excursão guiada por trilhas que podem demorar até alguns dias, uma outra opção é uma viagem de barco, que levas apenas algumas horas

Monte Fuji Localizada na Ilha de Honshu. O Monte Fuji está inativo há mais de 300 anos e se tornou uma das atrações mais populares do Japão.

*imagem: Monte Fuji 6

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Culinária Curiosidade: O Washoku( comida japonesa) é tão importante que é nomeada pela UNESCO como patrimônio cultural intangível da humanidade. Ela vem despertando muito interesse por ser muito saudável e deliciosa.

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tradicional comida japonesa é baseada em alguns princípios como sazonalidade, produtos locais e variedades. A culinária japonesa se desenvolveu ao longo dos séculos, conforme mudanças sociais e econômicas. A comida é baseada em arroz com sopa miso e outros pratos. Os pratos mais comuns geralmente contêm peixe, vegetais em vinagre e vegetais cozidos em caldo, frutos do mar, grelhados ou cru, alguns preparos utilizam macarrão. O alimento estrangeiro, como comida chinesa e hambúrgueres são encontrados com frequência no Japão. O Japão tentou evitar por muito tempo o consumo de carne, mas com a modernização do Japão nos anos 1880, os pratos com base em carne se tornaram comuns. Os doces tradicionais japoneses são conhecidos como wagashi. Os ingredientes como pasta de feijão vermelho e mo-

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chi são usados. Mais sabores modernos incluem sorvete de chá verde, um sabor muito popular. Quase todos os fabricantes produzem uma versão disso. Uma sobremesa muito popular entre as crianças no Japão são dorayaki, sendo panquecas doces cheias de uma pasta de feijão vermelho doce. E são principalmente consumidos em temperatura ambiente, mas são também considerados muito saborosos, na temperatura quente. Daifuku : é feito à base de mochi, um bolinho japonês feito com farinha de arroz. Ele é tradicionalmente recheado com anko e morangos, e é possível encontrá-lo em três cores diferentes: branco (feito só de arroz), verde (com sabor aromatizado de chá verde) e cor de rosa (com sabor aromatizado de morango). Algumas bebidas tradicionais: Amazake: também chamado de ama-saquê, é um vinho de arroz japonês doce, de teor alcoólico baixo, fabricado pela fermentação do arroz. É muito popular durante o Hina Matsuri, também conhecido como “Festival das Bonecas” ou “Festival das Meninas”, comemorado no dia 3 de março. A bebida teve origem no período Kofun (250-538) e é mencionado no Nihon shoki. É considerado uma bebida para os dias frios, mas no período Edo (1603-1868) era consumido no verão

para combater a fadiga. É muito nutritiva, de fácil digestão e rica em aminoácidos e vitaminas do complexo B. Shochu: é uma bebida destilada típica do Japão. Costuma ser destilada a partir da cevada, batata doce ou arroz, e tem uma graduação alcoólica de cerca de 25% (menos que o uísque ou a vodca, porém mais que o vinho e o saquê). A origem exata do shochu é incerta, mas antigamente bebidas fortes como shochu eram chamadas de araki ou rambiki (alambique), termo usado no Oriente Médio. Acredita-se que o shochu foi criado em Kagoshima por volta da metade do século XVI. Apesar de Kyushu ser sua terra natal, a bebida é produzida em todo o Japão. Alguns shochus são destilados muitas vezes e misturados com outras bebidas, aumentando ainda mais seu teor alcoólico. Umeshu: ou vinho de ameixa é um dos mais populares licores japoneses. Ele é feito de saquê e ameixas japonesas, e tem um sabor muito doce e agradável. Alguns tipos de Umeshu tem chá verde ou limão adicionados. Toso: é uma bebida tradicional de Ano Novo no Japão. É feito a partir de uma mistura de muitas ervas tais como canela, ruibarbo, sanshou, Okera e kikyou. Tra-

ta-se de uma bebida cheia de superstições pois dizem que afasta doenças ao longo do ano, além de trazer harmonia para a família. O ritual consiste em três copos, chamados sakazuki, onde cada membro da família toma um gole, começando do mais velho ao mais jovem. A tradição foi trazida da China e foi adotada inicialmente por aristocratas japoneses durante o período Heian. Hoje faz parte do Oshougatsu japonês. Sakurayu: o sakura é uma flor que marca a primavera no Japão e a partir dela são criados muitos produtos. Uma delas é o Sakurayu, um chá feito com as pétalas das flores de cerejeira. As flores são colhidas durante seu curto florescimento, as cálices são removidas e em seguida, as pétalas são mantidas em conserva em um recipiente com vinagre de ameixa e sal, antes de serem secas. Depois adiciona-se água fervente e serve-se com uma ou duas flores flutuando na xícara. Seu sabor é levemente salgado e é muito consumido em cerimônias de casamento. Se por acaso estiver no Japão, vale a pena experimentar esse chá que há tantas gerações faz parte da vida dos japoneses.

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*imagem: comida Japonesa


Política

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bandeira do Japão é branca com um círculo carmesim (vermelho), representando o primeiro raio de luz, sendo conhecida como a terra do sol . O Japão atual possui o regime político monárquico parlamentarista, ou seja, existe uma família real, sendo seu representante o imperador e existe um parlamento tendo um poder legislativo, judiciário e executivo. O imperador que exerce o cargo desde 1989, a Era Heisei, é o imperador Akihito. Atualmente, a família real tem um papel diplomático e representativo. O poder legislativo japonês é um órgão bicameral, ou seja, composto por duas câmaras: Câmara Baixa e Câmara Alta. A Câmara Baixa, ou Câmara dos Representantes é formada por 480 membros, tendo eleições a cada quatro anos. A Câmara Alta, ou Câmara dos conselheiros é formada por 242 mem-

bros, cujo o mandato tem duração de seis anos, mas a cada três anos há uma renovação na metade do elenco. Como característica do poder da monarquia parlamentarista, o chefe de estado na prática é o primeiro-ministro. No Japão, o primeiro-ministro é indicado pela Câmara Baixa e nomeado pelo imperador, atualmente quem exerce o cargo é Shinzō Abe. Apesar do elevado nível do sistema educacional no Japão, a população não possuí interesse no cenário político principalmente, jovens e mulheres. A maioria do governo é formado por homens mais velhos com isso, a representatividade de jovens e mulheres é bem escassa. O país ainda é muito conservador, mulheres japonesas não conseguem conciliar carreira e cuidado com os filhos devido à pressão social exercida sobre elas.

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Há no país uma preocupação política, social e econômica, o crescimento vegetativo. O crescimento vegetativo é um conceito que está associado ao crescimento populacional, o Japão atualmente sofre de uma grande população idosa e uma diminuição na população mais jovem, tornando sua pirâmide etária invertida. O governo teme a falência do sistema previdenciário com isso, há diversas políticas de assistência a mulheres que querem engravidar. Com uma monarquia milenar, o Japão passou por diversas adversidades, como exemplo: a Restauração Meiji 1868, Primeiras Fábricas 1875,Guerra Nipo-Russa 1904, Primeira Guerra Mundial 1914-1918, Terremoto de Tokyo 1923, Segunda Guerra Mundial 1939-1945 entre outros diversos acontecimentos. Na Segunda Guerra Mundial, o confronto entre Estados Unidos e Japão

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começou quando o Japão realizou o ataque surpresa à base naval americana de Pearl Harbor. Depois de anos em guerra com os Estados Unidos, o Japão oficialmente se rendeu em 14 de agosto de 1945 após os Estados Unidos lançarem bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Após esse conflito o Japão ficou devastado e com a ajuda dos Estados Unidos se reergueu economicamente e politicamente tornando-se o Estado que conhecemos hoje

*imagem: Palácio Imperial Japonês


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uma época de agitação política, tentando trazer paz e estabilidade, ensinando as pessoas a cultivar a virtude. Ele destaca o respeito pelo pais e anciãos, dever, conduta adequada, lealdade, aprendizagem e ensinamentos. O governo criou uma escola de Confúcio, a “Escola da Paz Próspera”. Vários professores espalhou para a sociedade ensinamentos como a mistura de Confucionismo, Budismo e Xintoísmo.

Religião

Religião é pautada como uma doutrina a ser seguida por um fiel, por se identificar com os seus desígnios e regras. Atualmente existem mais de três mil religiões no planeta e muitas entram em conflitos entre si por conta das tradições impostas por cada religião. Felizmente, as religiões têm trabalhado sempre em conjunto para que prevaleça a paz entre todas elas, para que esteja sempre claro aos fiéis que sempre existe espaço para cada um expressar a sua fé à sua maneira. Para que isso aconteça de fato, vários são os congressos organizados pelas religiões a fim de debater sobre as religiões e selar acordos de paz entre elas. Por exemplo, uma pessoa segue a Igreja Católica por acreditar em seus ideais, como a existência de Deus e a de Jesus Cristo, e a veneração de imagens e também devemos destacar que não são todas as religiões que colocam Deus no centro de tudo e de todos no Japão isso é muito comum. Muitas religiões seitas (todo grupo que segue uma determinada corrente seja ela religiosa, política, musical) aceitam a existência não apenas de um Deus, mais de vários que estão intimamente ligados com os eventos e fenômenos naturais que ocorrem na Terra (como o Deus Sol, o Deus Água e entre outros fenômenos). Existem diversas religiões no Japão a predominância são as crenças em elementos da natureza e a religião politeísta (nativa do Japão). A seguir vamos detalhar um pouco mais sobre as religiões:

Cristianismo no Japão

homem-natureza é o ponto central do xintoísmo. Esta é uma crença que acredita que todos os elementos são Deus compostas por elementos da natureza. Desde de sua origem o Xintoísmo não tem um fundador e não criava textos sagrados igual as outras religiões de costume. A religião era expressada com rituais para o seu Deus (Elementos de Natureza), o maior objetivo dos rituais era manter uma harmonia entre os humanos e a natureza, como uma forma de agradecimento ou o pedido de uma melhora. Os japoneses adotaram a pratica da agricultura com isso o xintoísmo se tornou ligado com o ano agrícola, seria uma respostas de suas divindades. Em épocas de colheita ou plantio ou em momentos importantes eram realizados festivais comunitários. Esses festivais continham rituais e eles consistiam em quatro partes de sua representação: purificação, oferendas, recitações ou orações e uma refeição. Todos da religião participavam nem que seja apenas na refeição para manter um espirito de harmonia entre os seres humanos e as divindades. O xintoísmo não tinha templos sagrados, mas com o tempo os japoneses construíram lugares para representar a religião e realizar seus rituais.

Xintoísmo O Xintoísmo ou conhecido também como “Caminho dos Deuses” (Kami), é uma religião totalmente japonesa que possui origem pré-histórica por ter sua crença nos fenômenos naturais. E também é a maior religião do Japão, sim eu também achei que era o Budismo. Ela é uma religião baseada no respeito e culto da natureza, sendo considerada uma grande aliada e imprescindível para a existência da vida na Terra. A relação

Budismo

O Budismo como muitos pensam não

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O Cristianismo no Japão teve uma grande repercussão. Ele foi trazido para o Japão pelo missionário Jesuíta Francis Xavier, quando em 1549 o catolicismo foi introduzido no pais. Na época teve bastantes seguidores e a família Tokugawa, que governava o se voltou contra o cristianismo e expulsou os missionários do Japão. Até que a família Tokugawa, perderam força na política e foi introduzido novamente o Cristianismo no pais. Após a II Guerra Mundial teve pequenos avanços do cristianismo no pais. Em 2006, os cristãos somavam 3,03 milhões de pessoas que representava menos de 2,4% da população. Ela teve uma crescente popularidade por suas cerimonias de casamento no estilo cristão, mais ainda ela era conhecida como uma religião estrangeira. Um dos motivos de os Japoneses não aceitar de “braços abertos” o cristianismo e por que eles tem uma cultura politeísta, isto acarreta nessa divergência de pensamento.

é uma religião de origem japonesa é sim Indiana. Ela é do século VI (dC.), e foi levada a China durante as viagens do diplomata Zhang Qian por volta do século II. Sua origem veio a partir dos ensinamentos do Buda Shakyam. O Buda ensinou que, independentemente do grau de felicidade que se pode alcançar na vida, eventualmente, ficam doentes, envelhecem e morrem. Muitos acreditam que o Budismo vai além de uma religião é sim um estilo de vida, uma filosofia para a vida. Quando a crença chegou ao Japão, Coreia e China foi difícil entender sua linguagem culta. Algumas elites japonesas foram estudar Chinês para ter uma melhor compreensão sobre a religião. No entanto muitos japoneses foi atraído pelo Budismo e teve um grande laço com a religião até os dias de hoje.

Confucionismo

A tradição Confúcio foi fundada em (551 – 479 Ac), os ensinamentos foram passados os discípulos nos Analectos de Confúcio. O confucionismo entrou no Japão a partir da Coréia do Sul e China como o Budismo. O Confucionismo foi conhecido pelos japoneses no século VI e viveu

*imagem: Simbolo do Xintoísmo 13


*imagem: Kanjis

Literatura A

Primeira Literatura & Litera- Em meados do século IX foi desenvoltura Heian (século IX – sécu- vido uma ortografia nativa para a repre- Literatura Edo (século XVI – sécusentação fonética do japonês (Kana), lo XIX) lo XII) A literatura do Japão é uma das mais ricas tradições Orientais e sua história têm sido muito influenciada por outras culturas, como a China. O Japão não possuía escrita própria até que os Kanji foram introduzidos em sua cultura através de obras clássicas chinesas. Entre elas podemos citar: Kojiki ou Furukotofumi , de 712, que é o livro mais antigo sobre a história do Japão antigo, onde, apesar de incluir numerosos nomes e expressões japonesas, foi escrito em mandarim; e Nihon Shoki , de 720, que é o segundo livro mais antigo sobre a história do Japão. Assim como o Kojiki, Nihonshoki se inicia com lendas mitológicas, e continua com o relato de eventos históricos do século VIII. Estas obras foram produzidas devido

que foi criado a partir de caracteres chineses abreviados, utilizados para transmitir os sons japoneses. Com a introdução do kana, o desenvolvimento de uma literatura de prosa única se tornou mais intenso, os quais podemos citar o Ise monogatari (“Contos de Ise”, meados do século X) e o Tosa nikki (“O Diário de Tosa”, 935). A ascendência política dos regentes Fujiwara, ao final do século X, dependia da união de suas filhas com imperadores, desta forma, formaram-se grupos literários femininos na corte das imperatrizes, dando início a grande parte dos clássicos em prosa do século XI. Genji monogatari (“Conto de Genji”, de Murasaki Shikibu, século XI) e Makura no soshi (“Livro de Cabeceira”, de Sei Shonagon, século XI) são considerados pelos japoneses um marco no desenvolvimento da literatura tradicional.

Com a formação de um governo central estável e a ascensão da economia, surgiu uma grande classe de homens ricos na cidade Edo (atual Tóquio), contribuindo para o aumento da alfabetização e à valorização de trabalhos literários no mercado, dando início a uma indústria editorial. Estudos fictícios humorosos da sociedade contemporânea, como Koshoku ichidai otoko (“Vida de um Homem Amoroso”, por Ihara Saikaku, 1682), fizeram grandes sucessos na época. Surgiram teatros comerciais com fantoches (joruri) e kabuki. Trabalhos em prosa, com ilustrações elaboradas, eram direcionadas ao público em massa, que acabaram se tornando um símbolo da literatura do período Edo. O verso de 17 sílabas (haiku), foi levado ao nível de grande poesia por Matsuo Basho, mesmo sendo baseados em natureza e cotidiano de pessoas comuns.

Literatura Medieval (século XII – século XVI)

Literatura Moderna (século XIX – século XX)

A poesia durante o período medieval foi desenvolvida principalmente por

ao patrocínio do governo, que na época tinha como objetivo afirmar a legitimidade de sua estrutura política. Entre essas coleções de mitos, lendas de heróis populares, genealogias e registros históricos, também é possível encontrar o que se assemelham a músicas, que parecem trazer a ideia da natureza dos versos japoneses antigos. A primeira grande coleção de poesia nativa, foi o Man’yoshu, que possui versos compostos entre o século VII e VIII, ainda escritas com caracteres chineses. Os primeiros poemas da coleção são marcados pela expressão direta de emoções fortes e intensas, porém os posteriores mostram o surgimento das convenções retóricas e sutileza expressiva que dominou a próxima tradição da poesia de corte.

rimas emparelhadas (renga), surgidas de tradições das cortes waka, utilizadas tanto pela classe guerreira quanto pelos membros da corte. Um grande marco da literatura em prosa da era medieval foram os contos de guerra, do qual podemos destacar Heike monogatari (“Conto de Heike”, século XIII). A revolta social dos primeiros anos da era, levou ao surgimento de diversos trabalhos influenciados pela filosofia Budista de problemas nas questões do mundo (mujo), que deu base para vários trabalhos como contos e ensaios.

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A restauração imperial de 1868 foi seguida pela introdução de tecnologia e cultura ocidentais, o que finalmente diminuiu a influência chinesa no país. Assim, o romance se tornou um sério e importante gênero da literatura japonesa.

O primeiro romance japonês considerável foi Ukigumo (“Nuvens à Deriva”, de Futabatei Shimei, século XIX), que se destaca devido ao notável estilo coloquial da linguagem na concepção do herói da história. O romance acabou servindo de inspiração para diversos escritores como Higuchi Ichivo e Shimazaki Toson. Os romances realistas modernos chegaram ao auge com Natsume Soseki, que trouxe sentimentos cotidianos do

mundo ocidental como culpa, traição e egoísmo. Depois da Segunda Guerra Mundial, Dazai Osamu foi o autor que mais retratou o sentimento de confusão e perda pelo qual pareciam estar, com obras como Shayo (“O Sol Poente”, século XX) e Ningen shikkaku (“Não Mais Humano”, século XX), atraindo um grande público leitor. Mesmo com obras que traziam maus sentimentos, a escrita japonesa no pós-guerra não foi caracterizada apenas em termos de choque e de deslocamento. Houve um renascimento das atividades literárias após 1945, onde um novo grupo de escritores influentes ficou conhecido como “a primeira geração de autores pós-guerra”. A “segunda geração de escritores pós-guerra” inclui Abe Kobo, que criou um novo tipo de alegoria existencial “Kafkaesca” em novelas como Suna no onna (“A Mulher da Areia, século XX), e Mishima Yukio, que atraía leitores internacionais com seu esteticismo exuberante em trabalhos como Kinkakuji (“Templo do Pavilhão Dourado”, século XX). Na década de 50, a ficção japonesa não foi mais caracterizada com pós-guerra, devido a uma reconstrução da forma 1-novel alcançada pelos autores da “terceira geração”. Na década de 60, os autores procuravam se familiarizar com formas de ficção e experimentar novos modos de representação. A geração criada com base na cultura internacional das últimas décadas foi ascendendo através de escritores como Murakami Ryu, Muramaki Haruki e Banana Yoshimoto têm sido extremamente populares entre os jovens leitores tanto no Japão quanto no mundo à fora.

Literatura Atual (desde 2000)

Novas formas de literatura surgiram nos últimos anos, o que inclui roman-

ces online e romances keitai (em celulares), dos quais foram muito acessados por públicos variados de todo o mundo, alguns até se tornaram Best-Sellers em formato de livros, enquanto outros foram dramatizados. Romances com ilustrações e escrita fácil também se popularizaram entre os jovens.

Especial: Mangá

O mangá é considerado uma adaptação de emakimonos (narração através de rolos de pinturas), ainda no século VIII. No século XII, os emakimonos foram evoluídos para cenas ilustradas com muitas pinturas, deixando a imaginação atuar na mente de “leitores”. No período Edo os rolos foram substituídos por livros, onde se abstinham á ilustrações de romances e poesias. No século XIX, Katsushika Hokusai criou a palavra “mangá” (desenhos irresponsáveis) para nomear uma série

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de caricaturas que ele mesmo produziu no decorrer dos tempos. Ao final da Segunda Guerra, houve uma forte influência obtida do mundo ocidental, como cinema, livros, revistas, comics e animações, que influenciou vários autores a produzir as famosas histórias em quadrinhos. Osamu Tesuka é considerado o “Pai do Mangá” pelo público, pois este incorporou a estética ocidental à japonesa, criando assim uma “nova cultura” no país, a qual levaria o Japão a ter reconhecimento mundial. Dentre as obras mais notáveis podemos citar Kozure Okami (“Lobo Solitário”, 1970), de autoria de Kazuo Koike e arte


*imagem: Elementos da Cultura Popular Japonesa

Cultura A Cultura Japonesa

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Japão exibe uma cultura com tradições milenares e que lembram as raízes na cultura chinesa, a distância geográfica permitiu ao Japão a construção de um modelo cultural diferenciado e cujas marcas persistem mesmo com a característica do povo de adaptar-se à evolução tecnológica.

Costumes

A Cultura Pop Japonesa

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s japonese vivem sob rígidos códigos e muitos são de tamanha sutileza.

ultura Pop japonesa é uma combinação altamente influente do cinema, televisão, manga, e música pop em todo o mundo. A indústria de manga é a maior indústria de quadrinhos do mundo, com dezenas de publicações semanais e mensais sendo lançados regularmente. A indústria cinematográfica é baseada em filmes do gênero, tais como filmes de horror e Kaiju juntamente com mangá, animes, centros de jogos e arcadas, juntamente com a influência de empresas como Nintendo e Sony e as dezenas de produtores de software de jogos. Entre os animes mais influentes e mais assistidos estão: Pokémon, Naruto, Dragon Ball, One Piece, entre outros... Entre os jogos japoneses mais jogados desde seus lançamentos estão: Mega Men, Mario Bros, Sonic, entre muitos outros...

De costas em arco, os japoneses dizem olá, despedem-se, demonstram gratidão ou arrependimento. Curvar as costas significa ter respeito. Outro costume do Japão está nos calçados, que são retirados à entrada de casas, templos e, até mesmo, restaurantes. Por tradição, como as refeições são feitas em tatames, retirar os sapatos é uma forma de manter o ambiente higienizado.

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*imagem: Luta de Sumô

Esportes KARATE

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arate, também chamado de karatedo, significa literalmente “mãos vazias” ou “caminho das mãos vazias”. O precursor do Karate foi Gichin Funakoshi, considerado o “Pai do karate” também fundador do Shotokan karate. Foi através dele que o Karate passou a ser disseminado em 1917 e incorporado na rede pública de ensino do Japão Além da força física, a prática do Caratê segue a filosofia do zen budismo e enfatiza o equilíbrio entre o corpo e a mente, contribuindo para a disciplina e autoconfiança dos praticantes de karatê, que são chamados de carateca.

KENDO

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Kendo significa literalmente “caminho da espada”. É uma arte marcial caracterizada no combate com a espada japonesa. Trata-se de uma evolução da arte do kenjutsu e seus exercícios e prática se originaram a partir de escolas de esgrima, em especial a escola kenjutsu Itto-ryu, fundada no século 16. O Kendo é uma atividade física e mentalmente desafiante que combina artes marciais e princípios imJUDO portantes como disciplina, retidão de caráter, além do equilíbrio entre Judô significa literalmente “cao corpo, espírito e a mente minho suave” ou “caminho da suavidade”. Foi criado por Jigoro Kano no final do século 19 e rapidamente disseminou-se por todo o planeta. A disseminação mundial do judô tem levado ao desenvolvimento de uma série de ramificações, como sambo e o Jiu-Jitsu Brasileiro. Além de desenvolver habilidades físicas e técnicas de defesa pessoal, o judô dá ênfase no auto aperfeiçoamento pessoal, espiritual e moral de seus praticantes (judocas).

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SUMO

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Sumô é considerado o esporte nacional do Japão. Era realizado em festivais anuais de colheita, se estendendo mais tarde em festivais xintoístas. Com o tempo, o treinamento de sumô acabou sendo incorporado ao treinamento militar. Atualmente, seis grandes torneios são realizados todos os anos no Japão. Os torneios contam com a presença de um sacerdote xintoísta, além de ser repleto de rituais como bater palmas, bater os pés, e jogar sal no ringue antes de cada luta. Os concorrentes utilizam técnicas para levar o oponente ao chão. Aquele que tocar o chão primeiro com qualquer parte do corpo (Exceto a parte inferior

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