produzido por
rodrigo serr達o
o poema que sorri
o céu que se estende p’lo olhar
Deixo-te aqui este verso Em que as palavras me fazem sorrir, Como os teus olhos negros sem fundo Abrem estrelas no céu a dormir.
Deixo-te aqui o segredo Se o céu que se estende p’la janela e p’lo olhar é meu, De ser a vela que brilha ao luar, então eu quero lá morar, Do desejo em que estamos escondidos E se o mar é nosso até ao fim p’ra conquistar, Que nos leva para o alto mar. vamos lá, rompendo pelas vagas ao luar. Valsam os dedos esquecidos Se a terra que o meu olhar alcança é o nosso lar, Pelas palavras da tua canção, então a gente segue a trabalhar, Do desejo em que estamos escondidos E se a fome que temos nos empurra ao caminhar, A saudade não tem direcção. vamos lá, que já vai sendo a hora de chegar. Hoje eu sou como as estrelas Se estou aqui no meu cantinho a matutar Como a gaivota seguindo o luar, é porque somos sonho a rebentar, Que percorre sempre este caminho Somos todos passos do caminho p’ra levar Que nos leva para alto mar. lá bem longe, aonde os homens têm de chegar. Como um barco sem rota Se a chuva que embala o nosso ouvido é um cantar Ancorado em ti, então eu digo: todos a bailar! Numa ida sem volta E se o fogo que aquece o nosso olhar é ilusão, Num poema que sorri. nós só temos que ir de braço dado na canção. Música e Letra: Rodrigo Serrão Música e Letra: Rodrigo Serrão
{dedicada ao Filipe}
cantar da emigração
canção de embalar Dorme meu menino a Estrela d’Alva, Já a procurei e não a vi, Se ela não vier de madrugada, Outra que eu souber será p’ra ti.
Éste vaise y aquél vaise, E todos, todos se van; Galicia, sin homes quedas que te poidan traballar. Tés, en cambio, orfos e orfas e campos de soledad, E pais que non teñem fillos e fillos que non tên pais.
E tés corazóns que sufren Outra que eu souber na noite escura, longas ausencias mortás. Viudas de vivos e mortos Sobre o teu sorriso de encantar, que ninguén consolará. Ouvirás cantando nas alturas, Trovas e cantigas de embalar. Música: José Niza
Trovas e cantigas muito belas, Afina a garganta meu cantor, Quando a luz se apaga na janela, Perde a estrela d’alvo o seu fulgor. Perde a estrela d’alva pequenina, Se outra não vier para a render, Dorme qu’inda a noite é uma menina, Deixa-a vir também adormecer. Música e Letra: José Afonso {dedicada aos meus filhos}
Letra: Rosalía de Castro {dedicada a Cristina}
sou a chuva
quem embarca, quem embarca
Quando a chuva cai de mansinho, E ao ouvido diz a cantar, Que a saudade de estar contigo, É uma vela sempre a brilhar;
Quem embarca, que embarca, Quem vem para o mar quem vem, Quem embarca nos teus olhos, Que linda maré que tem.
Que me leva de encontro ao sonho, Embalada p’la solidão: Sou a chuva no seu caminho, nossa senhora E ela é pena na minha mão.
do carmo
Alma ausente, sorriso vago, Sou a chuva no seu cantar, Melodia do meu embalo, É a dela sempre a chorar;
Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Carmo, Ai, aonde a foram pôr, Olha aonde a foram pôr.
Pelo cantar da sereia, Se perdem os navegantes, Também me perco no mundo, Pelos teus olhos brilhantes. As nuvens correm depressa, A lua vai devagar, Cedo a tristeza começa, Tarda a aventura em chegar.
P’los teus olhos, abrigo manso, Ai la-ri, ai la-ri-ló-lé-la Dá-me os teus olhos profundos, Onde acalmo o meu coração, ai la-ri lá-ai sou tua Mas agora, sem teu regaço, E o mundo pode acabar, Só há chuva na minha mão. Que importa que o mundo acabe, Lá no cabeço do prado, Se há mundos no teu olhar. Lá no cabeço do prado, Música e Letra: Rodrigo Serrão Ai, aonde não há outra flor, Onde não há outra flor. Música e Letra: Popular Arranjo: Rodrigo Serrão
Se eu pudesse abrir meu peito, Mostrar-te meu coração, Então acreditarias, Se te quero bem ou não. Dá-me os teus olhos profundos, E o mundo pode acabar, Que importa que o mundo acabe, Se há mundos no teu olhar. Música: Paulo Ribeiro Letra: Popular
Senhora da Póvoa, Minha Senhora da Póvoa, Ai minha boquinha de riso, Minha boquinha de riso. Camoesa, Minha maçã camoesa, Ai criada no paraíso, Criada no paraíso. Trago no regaço uma flor de verde pinho, E não sei se a dou ao meu amor ou se a guarde p’ra depois. Que essa flor tão mansa é um sinal da minha entrega, E não sei se a dou ao meu amor ou se a guarde p’ra depois... Se a não der, fica assim, Um segredo p’ra mim, Mas se a der, logo ali, Dou-te o mundo a ti! Senhora da Póvoa, Minha Senhora da Póvoa, Ai estás viradinha à terra, Estás viradinha à terra.
senhora da póvoa Virada à terra, Bem pudéreis vós senhora, Ai rogar os que andam na guerra, Rogar os que andam na guerra. Trago na lapela uma pomba de oiro fino, E não sei se a dou ao meu amor ou se a guarde p’ra depois. Que essa pomba d’oiro é um sinal da minha entrega, E não sei se a dou ao meu amor ou se a guarde p’ra depois... Se a não der fica assim, Um segredo p’ra mim, Mas se a der, logo ali, Dou-te o mundo a ti! Música: Popular, Rodrigo Serrão Letra: Popular, Rodrigo Serrão Arranjos: Rodrigo Serrão
fiquei no teu nome parada ...e vens-me do fundo da noite, Nos braços de um vento gelado, E eu louca só escrevo o teu nome, Nos restos de um livro fechado. Fechado e que nunca existiu, Nem mesmo após tanto querer, Estou louca e só escrevo o teu nome, Num livro que não podes ler. Queria rever-te, só mais outro dia, Queria-te ler como penso que lia. Queria falar-te e enquanto sorrir, Entrar nos teus olhos sem ter de fugir. Mas hoje só tenho o teu nome, Nem versos já trago comigo, E volto ao papel em que escrevo, Guardado lá dentro do livro...
são joão baptista Ó meu S. João Baptista Ó meu lindo diamante, Quem me dera ir convosco Por esses céus adiante. S. João não tem capela Nem flores para a fazer, Vamos ao jardim do céu Que algumas lá há-de haver. S. João não tem capela Vem cá que eu lha darei, De cravos e mais de rosas De flores que eu apanhei.
Ó meu S. João Baptista Que há-de ser de ti assim tão triste, Toma as flores, faz um abrigo, Na capela de sorrisos Que eu plantei aqui por ti. S. João já tem capela E o sorriso que eu deixei, De cravos e mais de rosas De flores que eu apanhei. Música: Popular, Rodrigo Serrão Letra: Popular, Rodrigo Serrão
...e vens-me do fundo da noite, E eu grito ao vento que passa, Não escrevo, não penso e não sonho, Fiquei no teu nome parada. Música e Letra: Rodrigo Serrão
Arranjos: Rodrigo Serrão
Dedico este CD: Aos meus Pais, por estarem vivos. Agradecimentos: João Courinha e Paulo Ribeiro, obrigada. CAPA BRANCA, Dolores Araújo, Sofia Gozalez Araújo, Cristina Delgado, Patrick&Fernando, António Gamito , Lígia Bento e Alexandra Paulino pelo vosso apoio. Pai e Mãe pelo grande suporte. Filipe, Francisco, Lourenço e Salvador pelo vosso amor. Sofia Moreira por ser a rede que nos sustenta e... pelo pão caseiro. Rodrigo Serrão, por continuar ao meu lado nesta caminhada, com a verticalidade e a arte que o dignifica. A ti, meu Deus, por todas as bênçãos.
Ficha técnica Voz: Joana Pessoa. Participação especial: Paulo Ribeiro no tema 7. Músico convidado: João Courinha (sax soprano) nos temas 1, 3, 5, 6. Instrumentos; Arranjos; Produção Músical, Artistica e Executiva; Direcção técnica: Rodrigo Serrão Gravado nos estúdios: Kbranca Std Capa Branca Produções: capabranca.prod@gmail.com | (+351) 93 676 676 5 Fotografia: António Gamito Design gráfico: Alexandra Paulino | cordelaranja@gmail.com
SPA IP 1272 2 ℗ & © 2011 Capa Branca Prod. Unip. Lda. Editado e Distribuído em Portugal por Capa Branca Prod. Unip. Lda. Reservados todos os direitos do produtor fonográfico e do proprietário da obra gravada. Proibidos a duplicação, o aluguer e a utilização deste disco para qualquer execução pública e radiofusão não autorizada.
joana pessoa
produzido por
rodrigo serrão SPA IP 1272 2 ℗ & © 2011 Capa Branca Prod. Unip. Lda. Editado e Distribuído em Portugal por Capa Branca Prod. Unip. Lda.
KBR 002 11 CD
O Céu que se Estende p’lo Olhar O Poema que Sorri Canção de Embalar Cantar da Emigração Sou a Chuva Nossa Senhora do Carmo Quem Embarca, Quem embarca Senhora da Póvoa Fiquei no teu Nome Parada Ó Meu S. João Baptista
joana pessoa
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KBR 002 11 CD
joana pessoa
a sa s