JCB 206

Page 1

Trabalhadores da Segurança - Irmãos de ofício

Ano XVI - nº 206 A P E S P

Governador e Comandante da BM visitaram Sgt no HBM

Março/Abril 2012

Construtores da Segurança Pública

Vidas dedicadas ao zelo e interesse da sociedade

Sd Wilson Cardoso - PM5 Repórter Fotográfico Pág. 9

Pág. 6 Senador - autor da PEC 102 - fala da unificação salarial entre PMs e PCs Pág. 26 Penas menores para réus confessos é uma medida que pode auxiliar o cidadão Pág. 27 Capitão de Corveta da Marinha do Brasil faz operação e muda de sexo Pág. 28 Sgt Coimbra, da FAB e da Umergs, vai para Santa Catarina Pág. 29 Perícias necropapiloscópicas auxiliam na solução em mais de 80% dos homicíidios Pág. 30

Volta às aulas em Taquara

Pág. 3

Delegado Joel Souza de Oliveira Pág. 22

Ten Enídio Dias Pereira Pág. 21

Sgt Carlos Roberto Romerinho Pág. 23

Ten José Silva Policial Militar do Pará Pág. 15

Cel Adão Eliseu de Carvalho Pág. 17

Vitória Longaray Strada Pág. 19

Menaide Réquia dos Santos Pág. 8

Prof. Romeu Machado Karnikowski Pág. 24

Cel Délbio Ferreira Vieira Pág. 13

Sd PM Alan Samir Salem, do 15º BPM Pág. 7

Sd Bombeiro e Salva-vidas Sd Bombeiro e Salva-vidas Marcelo Braz Gomes Rafael de Souza Pereira Pág. 7 Pág. 7


O PINIÃO

Mural do Leitor

pág 2 - Março 2012

Agradecimentos da direção da IBCM

Correio Brigadiano

O que poderá ser alterado na Segurança Pública?

A direção da IBCM remeteu agradececimentos pelo apoio de mídia que o jornal, em nome da parceria de anos, entre ambos, tem mantido. “Sabemos do comprometimento que o jornal tem com a verdade e com a necessidade de informar corretamente prestando um serviço ao nosso associado e, por isso, queremos agradecer O presidente lembrou que tanto a à direção do Correio Brigadiano pela parceria”, instituição quanto o jornal têm afinidade disse o presidente da IBCM, Daniel Lopes dos com a Brigada Militar, o que reforça a Santos. união entre ambos.

Os artigos publicados com assinatura nesta página não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. As cartas devem ser remetidas para a coluna Mural do Leitor, com assinatura, identificação e endereço. A Redação do JCB fica na Rua Bispo Willian Thomas, 61, CEP 91.720-030, Porto Alegre/RS. Por razões de clareza ou espaço, as cartas poderão ser publicadas resumidamente.

Jornal “abc da Segurança Pública”

Associação Pró-Editoração à Segurança Pública Utilidade Pública Estadual e Municipal Correio Brigadiano Editora Jornalística Ltda CNPJ: 05974805/0001-50

A PEC 102 - da Unificação - está com boas chances de, pelo menos, sepultar a PEC 300. E, com sucesso, resultará na criação do “Fundo” - grande vitória das bases de policiais e bombeiros militares. O tema já é visto com simpatia em muitos ramos da oficialidade. Mas qual é o pensamento de Força Terrestre sobre isso? É muito difícil mudar o curso de um rio. A natureza se forma com suas estradas naturais. Um rio é fruto das encostas que lhe dão forma e da pujança de suas vertentes. O homem pode criar adequações, mas não inverter o curso das águas de um rio. No máximo pode adequar. E se não o fizer corretamente vem a chuva, caem as encostas, barreiras e barragens e lá se vai a água na direção do antigo leito. Vai levando tudo que houver por diante. Assim também ocorre no curso da vida da sociedade. Os soviets mataram a dinastia russa exterminando um rio da sociedade. Mas não eram verdadeiros e foram despejados do Império da Utopia errando pelo mundo, malsinando o discurso do bem. Essa digressão visa avaliar o que está para acontecer com o sistema policial brasileiro. Entendo que tudo está preparado - não foi ou não começou agora. Apenas é um revanchismo entre irmãos, decorrente, ainda, da Revolução de 64. Assim aconteceu na passagem do Império para a República. Naquele momento, as instituições fardadas de segurança foram todas revisadas. Houve a extinção branca da guarda nacional e a transformação dos corpos policiais em guardas ou milícias cívicas. Está tudo pronto. Os intelectuais de esquerda e já muitos de direita engrossam o coro dos que querem desmilitarizar. Querem mudar o curso do rio. O imbróglio fica na questão constitucional de serem as PMs e BMs – Forças Auxiliares

Presidente: Ten Claudio Medeiros Bayerle Vice-Presidente: Cel Délbio F. Vieira Tesoureiro: Ten RR Luiz Antonio R. Velasques Secretário: Maj RR Pércio Brasil Álvares

Reservas do Exército brasileiro. Os estudiosos, mesmo os mais preparados, sempre se equivocaram e utilizaram o termo militar querendo referir-se à questão de ter estrutura e linguagem de Força Terrestre. Por isso, o gendarme francês tem dois níveis de Gendarmeria: o Departamental e o Móvel. O primeiro, apto para atuar em segurança interna, tem estrutura com semelhança a da Força Terrestre. Já o segundo, está todo estruturalmente organizado e com linguagem policial. Apesar de sermos, constitucionalmente, força auxiliar, na realidade, as tropas do Exército é que operam como auxiliares das tropas PMs, nas operações conjuntas. Então, que tenhamos nós enquanto, gendarmes, identidade estrutural própria e, não como cópia da estrutura da Força Terrestre. Que o Exército entenda e sensibilize o Ministério da Defesa de que a singularidade das Polícias Militares, quem sabe não necessariamente, os Bombeiros, é o caminho para esse momento. E que se altere a Constituição e produza uma Lei de Organização Básica das instituições policiais militares dos Estados. E essa confusão conceitual permite aos pesquisadores atribuírem a nossa militaridade como algo que não está nela. Está no ser estrutural que, historicamente, impusemos a nós próprios, como condição para que obtivéssemos a aceitação de militares. A militaridade é um sentimento comum, aos homens e tropas, das profissões com a consciência de entrega

total para a sociedade – o juramento solene de entrega da vida. Por outro lado, vemos, nesta discussão, nomes bastante conhecidos e alguns amigos. A maioria tergiversando e com meias verdades quanto à tradição militar das PMs e BMs. Nada tem a ver com 1964. É uma grande besteira, seja ela dita por sociólogos como Eduardo Soares, Marcos Rolim ou Romeu Karnikowski. Aos sociólogos citados e aos desinformados, saibam que a cúpula da Revolução de 1964 não deu às PMs a legislação favorável à exclusividade do policiamento ostensivo. As PMs já as tinham ganhado nas duas casas parlamentares (Senado e Câmara). Fora aprovada a Lei Básica, chamada de Lei Ulysses Guimarães, a qual não foi sancionada pelo presidente João Goulart (Jango), no dia 31 de março. Ficou sobre sua mesa e entrou para o espólio revolucionário. Os atos que foram assinados por Jango foram honrados pelos militares naquele momento golpista. Está tudo pronto e agora os golpistas são os antigos golpeados. E o golpe agora está na manipulação da verdade. Eles vão fazer o que talvez o golpeado Jango desejasse. Nos extinguir. Façam, mas saibam, que o rio um dia voltará para seu leito. Só a sociedade sabe o que deve ser alterado na segurança pública. Usam a sociedade para não dizer que só não nos transformamos em um satélite da Rússia, em 64, por causa das PMs de MG, de SP e do RS. Essa derrota vai doer para a eternidade.

Questões legais Marlene Inês Spaniol - Cap QOEM Mestre em Ciências Criminais pela PUCRS

Lei Maria da Penha e sua “não aplicação” no âmbito da Justiça Militar Diretor: Vanderlei Martins Pinheiro – Ten Cel RR Registro no CRE 1.056.506 INPI nºs 824468635 e 824466934 Direção do JCB: Administrativo: Franciele Rodrigues Lacerda Apoio: Janaina Bertoncello Rama Relações Institucionais: Cel Délbio Ferreira Vieira e Ten Valter Disnei Comercial: Paulo Teixeira Apoio: Estagiária Taciele de Fátima de Lemos Redação: TC Vanderlei Martins Pinheiro – MTb/RS nº 15.486 Revisão: Jornalista Luciamem Winck Colaboração: TC e Jorn Paulo César Franquilin Pereira – MTb/RS nº 9751 Web Mídia/Redator: Sgt Rogério de Freitas Haselein (Ag registro) Fotografia: Ten RR Enídio Pereira – Fotógrafo Jornalista MTE nº12368 e arquivos de OPMs E ACS da BM/RS e Arq da ACS PC/RS. Distribuição gratuita dirigida a: todos os servidores civis e militares, da ativa e inativos da BM, policiais da ativa e aposentados da Polícia Civil, servidores da Susepe, IGP, instituições municipais de segurança, vereadores, prefeitos e parlamentares. Tiragem: 15.000 exemplares Impressão: Gráfica Correio do Povo Informações e arquivos JCB: www.abcdaseguranca.com.br (antigo) www.correiobrigadiano com.br

Tel. e Fax: (51) 3354 1495 (51) 8481 6459 correiobrigadiano@hotmail.com adm_jcb@hotmail.com

Endereço: Rua Bispo Willian Thomas, 61. CEP 91720-030, Porto Alegre/RS Ano XVII – nº 206 – Mar/Abr de 2012 – Correio Brigadiano: uma voz na Segurança Pública

Conforme já descrito nas edições anteriores acerca da Lei Maria da Penha, sabe-se que ela é polêmica, tanto pela sua aplicação exclusiva de violência doméstica ao gênero feminino quanto pelas discussões com relação à competência quando a violência se dá entre casais de militares. A violência contra a mulher é uma realidade e, portanto, poderá alcançar também o seio da família militar, seja entre pais e filhos ou entre cônjuges militares de qualquer posto ou graduação e esta deve ser igualmente alvo de prevenção e repressão por parte do Estado. Contudo, caso haja, eventualmente, um Auto de Prisão em Flagrante homologado por juiz de Direito do Juízo Militar ou Inquérito Policial Militar em curso iniciado pela autoridade militar competente, caberá a análise pelo juiz de Direito do Juízo Militar o deferimento das medidas protetivas previstas no Art. 22 da Lei Maria da Penha, como forma de afastar qualquer tipo de ameaça contra a mulher (seja militar estadual ou federal). Nesta linha de pensamento, o Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) no julgamento do Habeas Corpus 1.678, de 01/02/2011, da relatoria do juiz Fernando Galvão da Rocha, assentou o entendimento de que as medidas protetivas poderão ser

deferidas, conforme o seu voto que a seguir transcrevo: “O paciente está sendo investigado por supostamente ter praticado diversos crimes, dentre eles crime que ofende a dignidade sexual de militar que é sua própria filha. A apuração dos fatos, apesar de terem ocorrido no seio do lar, se dá por meio de Inquérito Policial Militar e pode indicar também a ocorrência de crime militar, o que fixa a competência desta Justiça Especializada para processar e julgar a presente ação”. Mesmo com a apuração dos fatos na esfera penal, não se pode deixar de mencionar a responsabilidade disciplinar residual em virtude da violência doméstica, por ser pacífico o entendimento de independência entre as instâncias Civil, Penal e Administrativa, à exceção dos casos em que a decisão judicial comunicará os seus efeitos na órbita Civil e Administrativa, nos termos do Art. 935 do Código Civil de 2002. Conforme preconiza o Art. 5º, Inciso X, da CFRB/88, a casa é o local privado da família não podendo ser alvo de violações indevidas tanto por outras pessoas, quanto pelos agentes do Estado. Ou seja, a limitação constitucional veda a intromissão na vida particular e privada das pessoas, porém, os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, podendo ser relativizados em face

3ª parte

do interesse público, aplicando-se os princípios da razoabilidade e proporcionalidade os quais fundamentam o Estado. No caso concreto, a aplicar a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Neste sentido Di Pietro assevera que o administrador público não pode dispor do interesse público sob pena de ferir seus deveres funcionais, nos seguintes termos: “Precisamente, por não poder dispor dos interesses públicos cuja guarda lhes é atribuída por lei, os poderes atribuídos à Administração têm o caráter de poder-dever; são poderes que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder pela omissão. Assim, a autoridade não pode renunciar ao exercício das competências que lhes são outorgadas por lei. Não pode deixar de punir quando constate a prática de ilícito administrativo. Não pode deixar de exercer o poder de Polícia para coibir o exercício dos direitos individuais em conflito com o bem-estar coletivo. Não pode deixar de exercer os poderes decorrentes da hierarquia. Não pode fazer liberalidade com o dinheiro público. Cada vez que se omite no exercício de seus poderes, é o interesse público que está sendo prejudicado”. (A última parte deste tema na coluna Questões Legais será publicada na próxima edição do JCB)


pág 3 - Março 2012

E S PA Ç O Projeto quer disponibilizar uma farmácia para cada cidade que tenha um brigadiano

Com o objetivo de disponibilizar uma farmácia para cada cidade gaúcha que tenha ao menos um brigadiano, a IBCM e a Farmácias Aguiar Express deram início ao Projeto Credenciar. O trabalho visa estabelecer parcerias com drogarias espalhadas pelo Rio Grande do Sul e que estejam dispostas a facilitar para policiais da Brigada Militar a compra de medicamentos e perfumarias. Os interessados em participar dessa rede precisam formalizar um termo de adesão. O documento exige que o estabelecimento conveniado venda com desconto em folha ao policial. Para ter acesso à proposta ou buscar mais informações sobre o projeto basta entrar em contato com os telefones (51) 3084-7779 e (51) 3233-4622 ou por intermédio do e-mail para cadastramentoibcm@aguiarexpress.com.br. Para comprar, o brigadiano precisa ter o cartão de convênio, que pode ser solicitado na farmácia que fica na sede da IBCM, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, em qualquer drogaria credenciada no Interior ou ainda pelo e-mail cadastramentoibcm@ aguiarexpress.com.br. Nos primeiros dias do projeto, mais de 30 farmácias já se credenciaram em vários pontos do Rio Grande do Sul. A meta é superar 200 estabelecimentos ainda em 2012. “O policial militar pode sugerir ao responsável pela farmácia de sua confiança que entre em contato conosco e faça o credenciamento. Se preferir, também pode nos telefonar que faremos o contato com a farmácia indicada”, explicou a farmacêutica da Aguiar Express, Aline Retamal.

Associados IBCM com IPE Saúde podem acessar os serviços da Santa Casa

Associados da IBCM que possuem o cartão IPE Saúde podem procurar atendimento na Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, em qualquer hora do dia e da noite, para urgências e emergências. O prontoatendimento adulto é prestado no Hospital Dom Vicente Scherer. O infantil, no Criança Santo Antônio. Já o prontoatendimento ginecológico, no Hospital Santa Clara. As três instituições fazem parte do Complexo Hospitalar Santa Casa, localizada na área central da Capital. A parceria firmada no final do ano passado é mais uma facilidade disponibilizada ao público da IBCM. Com o convênio, o associado passa a contar com uma instituição de saúde que tem mais de dois séculos de história e é reconhecida no Brasil e no exterior pela qualidade dos serviços prestados. Para os demais associados da instituição, e inclusive os que possuem o cartão do IPE, está disponível o prontoatendimento do Porto Alegre Clínicas. A parceria também garante atendimento 24 horas a usuários de qualquer idade.

Eventos de Volta às Aulas na cidade de Taquara

Muitos foram os eventos que marcaram o início letivo no Estado. Destacamos o ocorrido no dia 14 de março, na cidade de Taquara, com a abertura da Operação Volta às Aulas 2012. A iniciativa foi marcada pela entrega dos livros do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). O evento foi promovido na Escola Estadual Doutor Breno Oswaldo Ritter, na rua Luiz de Carvalho, 1308, bairro Empresa. O evento

foi promovido pela 5ª Companhia de Polícia Militar, comandada pelo Cap Aparício Renner da Silva. Entre os destaques da atividades estavam crianças fardadas, todas integrantes do Grupamento de PMs Mirins, que ilustram a capa desta edição do JCB.

8 /3 - Dia Internacional da Mulher

Correio Brigadiano

Uma PM: Mulher de Coragem 2012

Maj Pricilla, da PMRJ, recebe o troféu das mãos da primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, e de Hillary Clinton

WASHINGTON - A experiência como comandante da primeira Unidade de Polícia Major Pricilla Pacificadora (UPP) do Rio e a determinação em prender seus sequestradores levaram a Maj Pricilla Azevedo, coordenadora-geral de Programas Estratégicos da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, a ser a primeira brasileira a receber o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem, do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Sem conter as lágrimas, Pricilla recebeu a homenagem da secretária de Estado Hillary Clinton, ao lado da primeira-dama Michelle Obama, na capital americana. A Maj agradeceu às mulheres da comunidade Santa Marta pelo apoio ao seu trabalho. “Recebi várias mensagens no celular de mulheres da comunidade me parabenizando pelo prêmio. Para mim, isto é o mais importante, que as mulheres que testemunharam meu trabalho achem que esta é uma justa homenagem”,

disse Pricilla, de 34 anos, que comandou a UPP do Santa Marta por quase dois anos e meio. “Tenho muito orgulho de ser um exemplo para aquelas mulheres e fico muito feliz de ver que muitas delas, que eram submissas, hoje se colocam na comunidade”, acrescentou. Ela creditou o prêmio à seriedade do seu trabalho: “Se me propus a ser policial, quero fazer parte da história da instituição”. Pricilla foi uma das dez agraciadas da quarta edição do prêmio, entregue anualmente no Dia Internacional da Mulher, como forma de reconhecer a luta feminina em todas as regiões do planeta e promover as suas causas. Compareceram ainda à cerimônia duas das três ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz de 2011: as ativistas Leymah Gbowee, da Libéria, e Tawakkol Karman, do Iêmen. Ao ter sua biografia lembrada por Hillary,

São Paulo: Cavalaria da PM terá um Pelotão Feminino para a Copa de 2014

O Seminário Internacional “Mulheres e a Segurança Pública”, realizado entre os dias 6 e 9 de março no Auditório do Ministério Público, em Porto Alegre, teve o objetivo de ouvir e conscientizar as participantes sobre as políticas públicas e iniciativas de sucesso em benefício das mulheres, através de explanações e debates participativos entre governo e sociedade civil organizada. O evento foi promovido em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e o Gabinete da Primeira-Dama. Entre os participantes estavam representantes de instituições de segurança do Estado. Entre eles estavam: Ten Cel Ana Maria Hass (Brigada Militar); delegada Nadine Anflor (titular da Delegacia da Mulher da Capital); delegada Flávia Colossy Frey (titular da DRP de Lajeado); perita Andréa Brochier Machado (diretora do Departamento de Criminalística/RS); jornalista Vera Spolidoro (secretária de Comunicação Social e Inclusão Digital/RS); delegada penitenciária da Mulher Maria José Silva Diniz (Susepe); professor Dani Rudinicki (UniRitter); Cap Marlisa de Oliveira Amorim (BOPE-PMRJ); Cap Bianca Cirillo (BOPE/PMRJ); Sgt Ana Paula Monteiro (BOPE/ PMRJ); Sd Ana da Silva (BOPE/PMRJ); professora e doutora Lídia Possas (coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Unesp), e Regina Miki (secretária Nacional de Segurança Pública).

O Regimento de Cavalaria da PMSP está formando quatro mulheres, entre os 28 alunos que se encontram em formação. Elas cumprem as mesmas tarefas da tropa masculina: 9 horas ininterruptas, que vão desde limpar o cavalo em tempo rigorosamente cronometrado até um perfeito equilíbrio sobre o animal. Criado em 1892, o Regimento passará a empregar mulheres no patrulhamento montado. De acordo com o comandante da unidade, Maj Alfredo Rodrigues, a primeira mulher a tentar ingressar na tropa, na década de 90, teve o pedido negado. “Não tinha alojamento para mulher. Não tinha PM feminina. O serviço era considerado pesado para as mulheres”, assinalou ele, que espera completar um Pelotão Feminino (20 mulheres) até a Copa do Mundo de 2014. Notícia completa em: http://policialbr.com/profiles/blogs/ sp-cavalaria-da-pm-deve-ter-pelotao-femininoate-2014?xg_source=msg_mes_network.

Pricilla chorou e foi muito aplaudida pela plateia. Michelle afirmou que a Maj é um exemplo para todas as mulheres. “Ela é uma das poucas mulheres na chefia da corporação e comanda mais de 100 homens”, frisou. Hillary, por sua vez, lembrou do sequestro de Pricilla em 2007, ocasião em que foi espancada e, mesmo ferido, fugiu da quadrilha se embrenhando em uma mata. “Se as brasileiras vissem as mulheres que estão aqui recebendo a homenagem, valorizariam mais as oportunidades que têm”.

Mulheres e a Segurança Pública foi tema de seminário

Também tiveram destacada participação: delegada Martha Rocha (chefe de Polícia do Rio de Janeiro); Maj Priscilla Azevedo (coordenadora do Projeto de Unidades de Polícia Pacificadora da PMRJ); desembargadora aposentada e advogada Maria Berenice Dias (especialista em Direito Homoafetivo, das Famílias e Sucessões); Eliene Amorim (secretária municipal de Segurança Pública de São Leopoldo); Ivanete Pereira (coordenadora Institucional da Central Única das Favelas); Maj Nádia Silveira Gerhard (comandante do 40º BPM - Estrela/RS); Márcia Santana (secretária de Políticas Públicas para Mulheres/RS); Mabel Bianco (presidente da Fundacion para Estúdio e Investigacion dela Mujer - Argentina); Concepción Yagüe Olmos (investigadora e ex-subdirectora general de Tratamiento e Gestión Penitenciária e responsável pelo Plano de Igualdade de Gênero dentro da Secretaria de Segurança da Espanha (2008/2011); Patrícia Couto (Ouvidora da Segurança Pública); legista Angelita Maria F. Rios (Departamento Médico Legal/RS); e Télia Negrão (coordenadora Coletivo Feminino Plural). Igualmente participaram das discussões e dos inúmeros debates: Emília Fernandes (secretária-executiva do Codesul); e Maria do Rosário (ministra da Secretaria dos Direitos Humanos); Airton Michels (secretário da Segurança Pública/ RS); e o professor e doutor José Vicente Tavares dos Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).


pág 4 - Março 2012

CRPO/VRS realiza 1º Seminário Regional do Proerd em NH

No dia 7 de março, o Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale dos Sinos (CRPO/ VRS) realizou, na Câmara Municipal de Dois Irmãos, o 1º Seminário Regional do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd). Na ocasião, o Maj Cláudio Riegger destacou a importância que o Proerd tem para a comunidade e agradeceu o apoio dos prefeitos dos municípios da região.

O evento contou com os instrutores da Brigada Militar para delinear as metas para o ano de 2012. Igualmente houve uma cerimônia, que contou com as presenças do Maj Cláudio, comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar, do coordenador dos Projetos Sociais do CRPO/VRS, Ten Gustavo Fernando da Silva, do comandante do Policiamento de Dois Irmãos, Ten José Francisco Antônio Maria, e do presidente da Câmara Municipal de Dois Irmãos, vereador Jerry Meneghetti. Secretários municipais de Educação e prefeitos de cidades do Vale do Sinos, além de autoridades e lideranças comunitárias prestigiaram o ato, além de oferecer apoio ao Proerd no sentido de que a iniciativa se expanda pela rede de ensino.

Cmdo-Geral recebe comitiva de 35 oficiais Bombeiros do Rio

Igualmente em 7 de março, uma turma de 35 Cap do Corpo de Bombeiros Estado do Rio de Janeiro, acompanhados de um Ten Cel, estiveram no no auditório do Quartel do Comando-Geral, durante viagem técnica de estudo do curso de aperfeiçoamento que os habilitará à promoção a Maj.

A viagem corresponde a uma disciplina final em que os oficiais deverão apresentar um relatório com slides, retratando as visitas realizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A turma foi recepcionada pelo Cel Lampert, comandante do Corpo de Bombeiros, e pelo Ten Cel Guido, chefe do Estado Maior do Comando do Corpo de Bombeiros. Na oportunidade, o Cel Lampert discorreu sobre a situação dos Bombeiros, sendo questionado a respeito da possível desvinculação bombeiros/policiamento. Também apresentou os Comandos Regionais que compõem o CCB no Estado.

CABM promove palestra sobre Educação Ambiental no Litoral

O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM), através do 1º Batalhão Ambiental, realizou uma palestra de Educação Ambiental no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS),em Tramandaí, que abriga crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Na atividade de prevenção de Educação Ambiental, foram tratados diversos assuntos

atinentes ao meio ambiente, com a exposição de animais taxidermizados da fauna silvestre, oriundos da caça e pesca ilegal, além da apresentação do Programa Patrulheiro Ambiental Mirim. A garotada também participou de oficinas de reciclagem, e obtiveram informações sobre as atividades do CABM por meio de um vídeo institucional. Houve ainda uma grande caminhada de conscientização aos banhistas, onde os monitores ambientais da Equipe de Educação Ambiental da 42ª Operação Golfinho 2011/12, juntamente com os 100 alunos do CRAS aproveitaram para divulgar o trabalho do CABM aos banhistas, distribuindo folders ambientais.

I N T E G R A Ç Â O

DLP/BM recebeu a visita de dois oficiais da Polícia Militar do Ceará

Também no dia 7 de março, o Departamento de Logística e Patrimônio (DLP), da Brigada Militar, recebeu a visita de oficiais da Polícia Militar do Ceará, que vieram ao Rio Grande do Sul em busca de informações sobre as aquisições de equipamentos e materiais por parte da corporação. O DLP possui um setor específico para licitações e demais ações referentes à compra de materiais e contratação de serviços, realizados pelo Grupo de Licitações (GELIC). O Ten Cel Marcos Antonio Marinho Russo e a Maj Maria Helena de Freitas Costa foram recepcionados pelo diretor do DLP, Cel Renato Antônio Nunes Fraga, e por sua equipe de oficiais. Na oportunidade, houve a interação e troca de experiências na área de Logística e Patrimônio, entre outras questões.

Correio Brigadiano

CPC realiza operação conjunta com Denarc

Na manhã do dia 6 de março, na vila Santa Maria, pertencente ao Território da Paz do Rubem Berta, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) realizou uma operação conjunta com o Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc). A iniciativa foi articulada a partir de denúncias recebidas pela Secretaria de Segurança Pública, sobre tráfico de entorpecentes no local. Durante a ação foram presos três homens no interior de uma residência, Na mo-

radia, os PMs e agentes encontraram grande quantidade de cocaína, que estava escondida dentro do forro de um sofá. Na operação, foram empregados 40 policiais militares do 1º Batalhão de Operações Especiais (1º BOE), 15 agentes da Regional de Inteligência do CPC e 18 policiais do Denarc, totalizando 73 homens e 17 viaturas da Brigada Militar e da Policia Civil. O resultado do trabalho integrado foi apresentado à imprensa gaúcha em entrevista coletiva.

Curso Preparatório à Seleção do CTSP e CBA Na sede do Correio Brigadiano está previsto para início em 12 de abril um curso preparatório para quem deseja se preparar às seleções da Brigada Militar de Soldados para 2º Sargentos e de Sargentos para Tenentes. Contato das 9h às 17h pelo telefone (51) 8481-6459 ou pessoalmente na rua Bispo Willian Thomaz, 61 - Teresópollis - Porto Alegre.

A PALAVRA DO CHEFE DE POLÍCIA Ranolfo Vieira Junior – Delegado de Polícia Chefe da Polícia Civil RS

Dia Internacional da Mulher - Uma reflexão O Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março, homenageia 130 corajosas trabalhadoras norte-americanas que morreram em um incêndio durante manifestação por melhores condições de trabalho, no ano de 1857. O objetivo desta data é discutir o papel da mulher na sociedade, buscando o fim da discriminação e estimulando sua valorização. Falando em mulheres corajosas, prestamos nossas homenagens a todas as policiais, que emprestam sua competência e sensibilidade na busca pela paz social. Ser policial civil já foi uma profissão apenas para homens, mas, felizmente, desde a década de 70 seguir essa honrosa carreira passou também a ser uma escolha das mulheres. Atualmente, cerca de 30% do efetivo da

Polícia Civil é feminino. Ainda é pouco, mas certamente o tempo se encarregará de tornar mais equânime a representação de gêneros dentro de nossa instituição. O que nos cabe hoje é reconhecer a importância e valorizar a presença das mulheres na Polícia. No que diz respeito à atividade de Polícia Judiciária voltada à proteção das mulheres, merecem destaque as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher. Em 1988, foi criada a primeira delegacia especializada no Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre. Hoje já são 15 Delegacias da Mulher espalhadas pelo Estado e esse número tende a aumentar. Através de um trabalho árduo das delegacias especializadas, bem como de toda a Polícia, alcançou-se, em 2011, uma redução

de 30,5% nos casos de homicídios praticados contra mulheres e de 18,7% nas ocorrências de lesões corporais contra mulheres, em comparação com o ano de 2010. Esses números renovam o ânimo da Polícia para prevenir e enfrentar com ainda mais determinação a violência contra a mulher. Colhemos o ensejo para parabenizar as mulheres pelo seu Dia Internacional, ressaltando, contudo, que todo dia é dia da mulher.


pág 5 - Março 2012

Acadepol promoveu em março curso de edição de imagens

Na manhã de 12 de março teve início na Academia de Policia Civil (Acadepol), o primeiro Curso de Edição de Áudio, Vídeo e Imagem (CEAVI) para os servidores policiais. O curso tem como objetivo qualificar as informações visuais, desde a captura da imagem até a edição da mesma, usando diversos recursos de informática, que servirão de apoio às atividades de inteligência policial, investigação policial e à imprensa gaúcha. O curso, coordenado pelo delegado Emerson Wendt, diretor do Gabinete de Inteligência da Polícia Civil, utilizou apenas softwares livres e teve duração de quatro dias, sendo destinado a 39 agentes e delegados de todas as regiões do Estado. Outras edições deste

curso estão previstas para ocorrer durante o decorrer do ano. A abertura foi feita pelo diretor da Acadepol, delegado Francisco José Salatino Tubelo, e pelo diretor de Ensino, delegado Fábio Motta Lopes. O CEAVI foi ministrado por integrantes do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos, da Divisão de Comunicação Social e do Departamento de Polícia do Interior.

Tomam posse o novo diretor DPM e nova Chefa de Gab do Chefe da PC/RS

O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, empossou na manhã de 5 de março o delegado Antônio Vicente Vargas Nunes e a delegada Flávia Colossi Frey. O evento ocorreu no Auditório Cícero do Amaral Vianna, no Palácio da Polícia. O delegado Antônio Vicente Vargas Nunes, que atuava como titular da Divisão de Assessoramento Especial (DAE), do Departamento de Polícia do Interior (DPI), assumiu como diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM). Já a delegada Flávia Colossi Frey, que era titular da 19ª Delegacia de Polícia Regional (19ª DPR), em Lajeado, assumiu como chefe de Gabinete da Chefia de Polícia.

PALAVRAS DO COMANDANTE Sérgio Roberto de Abreu – Cel QOEM Comandante Geral da Brigada Militar RS

Operação Golfinho. Os bombeiros trabalharam muito neste veraneio. A falta de chuvas contribuiu sobremaneira para que tivéssemos diversos incêndios no Litoral gaúcho. Foram atendimentos, combate ao fogo, rescaldos, isolamentos, tudo com extrema técnica e profissionalismo, destacandose o grande número de inspeções do sistema de prevenção e incêndio em diversos prédios, casas e estabelecimentos comerciais. Nas rodovias que levavam às praias tivemos o trabalho incansável do policiamento rodoviário, que se posicionou em locais corretos e permitiu a fluidez do trânsito e a segurança dos motoristas, atendendo todas as ocorrências. Mesmo com toda a prevenção, houve um número menor de mortes, as quais poderiam ser evitadas se não houvesse a negligência e a imprudência dos condutores. Um outro braço da Brigada Militar presente foi o policiamento ambiental que durante o veraneio teve um trabalho árduo no combate à pesca ilegal, uso de redes e o evento do vazamento de óleo em Tramandaí, que demandou um esforço maior para que houvesse o esclarecimento da população e conscientização quanto à necessidade de preservar o meio ambiente e o ecossistema. Dentro da prevenção tivemos os Projetos Sociais que pelo trabalho diário levou a orien-

Chefe da PC/RS prestigiou a palestra da Chefe de PC/RJ O chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Junior, juntamente com o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, e o subcomandante da Brigada Militar, Cel Altair de Freitas Cunha, prestigiaram, em 8 de março, a palestra da chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, sobre a importância da mulher nas conquistas sociais e políticas do século XX. A chefe de Polícia Civil do RJ participará, igualmente,

do programa Frente à Frente, às 22h na TVE, ao lado da titular da 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, delegada Sílvia Coccaro.

Nova Central de Polícia é inaugurada em Novo Hamburgo Ocorreu às 17h do dia 22 de março a solenidade de inauguração da Central de Polícia, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Na ocasião, foram entregues seis viaturas preto e branco - cores da Polícia Civil -, modelo GM Prisma 1.4, sendo três destinadas a Novo Hamburgo e três a São Leopoldo. Os veículos foram adquiridos com recursos federais, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A nova Central de Polícia está localizada na rua Júlio de Castilhos, 806, no Centro do município.

Chefe da PC empossou quatro novos delegados regionais

42ª OPERAÇÃO GOLFINHO Quero antes de mais nada agradecer a todos os brigadianos e brigadianas que trabalharam arduamente durante a 42ª Operação Golfinho 2011/2012, pois não fosse o trabalho diário destes profissionais não teríamos atingido o sucesso que podemos vislumbrar ao receber os dados de todas as atividades desenvolvidas. Tivemos uma atividade operacional intensa, com diversas operações policiais, atendimento de ocorrências e prisões que resultaram numa sensação de segurança para os veranistas e moradores do Litoral gaúcho, desde a Barra do Chuí até Torres, numa demanda diária devidamente atendida. Na atividade de salvamento, tivemos a queda do número de mortes e de salvamentos, pois primamos pela prevenção, onde todos os mais de 500 salva-vidas orientavam diariamente em suas guaritas e proximidades aos banhistas para que tomassem os cuidados necessários para que não tivessem incidentes no mar durante suas férias. Cumpre aqui salientar e lamentar a morte inesperada de dois salva-vidas, um em treinamento e outro durante a atividade na guarita, ambos plenos de saúde e desenvolvendo um trabalho que tinha por objetivo salvar vidas, mas infelizmente perderam as vidas nesta

Correio Brigadiano

I N T E G R A Ç Â O

tação da Brigada Militar para os moradores e veranistas, sempre visando a manutenção da vida e a qualidade da convivência entre as pessoas que acorrem para o nosso Litoral. Na atividade de policiamento aéreo houve uma intensa atividade, com diversas remoções de pessoas para hospitais, auxílio nos salvamentos e apoio ao policiamento ostensivo em inúmeras oportunidades, com extrema técnica e brilhante atuação dos pilotos e tripulações. A fiscalização de empresas de vigilância e zeladoria foi realizada pelos brigadianos que atuam nesta área, com a regularização de mais de cem empresas durante a Operação Golfinho, permitindo aos moradores que possam ter um trabalho de zeladoria adequado e especializado. Todo o apoio às atividades operacionais foi desenvolvido por diversos órgãos de nossa instituição que permitiram que todos os setores envolvidos pudessem trabalhar com a maioria de suas necessidades atendidas. Nós tivemos nesta Operação Golfinho um saldo altamente positivo na maior operação policial do Brasil, pois movemos recursos materiais e humanos para todo o extenso Litoral gaúcho, levando a uma população de mais de 3 milhões de gaúchos e turistas de outros estados e países e a segurança pública desenvolvida pela Brigada Militar.

O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, empossou quatro novos delegados regionais do Estado. Em 14 de março, a delegada Elisabeth Cristina Barreto Muller assumiu o comando da 19ª Região Policial, com sede em Lajeado. Já no dia 15, a delegada Adriana Regina da Costa assumiu a 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, com sede em Gravataí. No mesmo dia, o delegado Marcelo Moreira da Silva foi empossado como titular da 3ª Delegacia Regional Metropolitana, em São Leopo

ldo. Já no dia 16, a delegada Elisangela Mello Reghelin passou a comandar a 2ª Região Policial, sediada em Gramado.

Polícia Civil participa da 1ª Etapa do Ranking de Tiro da BM

A Equipe de Tiro da Polícia Civil, coordenada pelo delegado Álvaro Steigleder, participou nos dias 7 e 8 de março, da 1ª Etapa do Ranking de Tiro da Brigada Militar, realizada no Clube de Tiro do Cassino/Rio Grande, na Categoria Convidados. Dos integrantes da equipe, obteve o 1º lugar o delegado Daniel Mendelski. Em 2º lugar ficou o inspetor Julio César Fabra Júnior e, em 3º lugar, o inspetor Marcelo Carbone. Nessa mesma oportunidade, foi entregue a premiação do Ranking de 2011, sendo campeão na Categoria Convidados o inspetor Carbone. Em 2º lugar ficou o inspetor Rodrigo Moras e, em 3º lugar, o delegado Mendelski. Na ocasião, os atiradores da Polícia Civil fizeram a entrega

de uma placa de agradecimento ao convite de participação do Ranking de Tiro da Brigada Militar em 2011 e de homenagem ao Centro de Material Bélico da Brigada Militar (BM) e unidades anfitriãs. A placa foi recebida pelo Maj Barcellos, do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPO-Sul) e pelo Cap Keller, do Centro de Material Bélico (CMB).


pág 6 - Março 2012

ESPAÇO SICREDI MIL – UNIDADE MENINO DEUS INAUGURAÇÃO EM ABRIL DE 2012 Estamos crescendo para atender melhor a Família Brigadiana!!! Aproveite! Associe-se! Venha cooperar e crescer com a gente! Av. Getúlio Vargas, 1039, Menino Deus, Porto Alegre.

Transfira sua folha de pagamento para a Sicredi Mil

Foto da maquete da nova unidae Sicredi Mil

Observe como particiar de sua Sicredi Mil

- Nas Operações Financeiras com os associados – considerado Ato Cooperativo - cobramos apenas o IOF adicional de 0,38% - Nosso juro no cheque especial é de 6,5% a.m. - a média do mercado gira em torno de 8,5% a.m. - Temos cerca de 530 unidades no RS, além da rede 24 horas e não há cobrança de Cesta de Relacionamentos (taxa de manutenção de conta) - Cartões de Crédito e Débito Visa Internacional com Chip e milhagem, sem custo de acordo com a utilização - Cartão SICREDI com débito, crédito e parcelamentos, nas máquinas próprias e na Redecard - Crédito Consignado com taxas diferenciadas - Consórcios com taxas de administração reduzidas - Seguro Automóvel com cotação em três grandes seguradoras: Mafre, HDI e Sul América - Nosso juro rotativo do Cartão de Crédito é de 6,0% a.m., chegando ao máximo de 7,5% a.m. para o mês seguinte (CET - 111,44% a.a.), enquanto a média praticada no mercado gira em torno de 12% a 14% a.m. (CET – 284,78% a.a.) - Ao associar-se você se torna dono e sua cota capital cresce, na medida em que você utiliza os produtos e serviços da Cooperativa No entanto, o maior diferencial é que ao final do exercício (ano) o associado participa do rateio das sobras (lucro). Informações pelos telefones (51) 3221-4033 e 3228-5951.

G E R

A

L

Talvez haja espaço para a criação das Capelanias Militares Religiosas O Ten Claudio Medeiros Bayerle foi procurado, pelo jornal, por sua condição de militante evangélico e questionado sobre se existem condições objetivas de a curto prazo serem ciradas capelanias militares religiosas como prevê a Constituição Federal. O Ten Bayerle foi muito direto em sua opinião: “A Liga das Lésbicas exigiu que o Tribunal de Justiça retirasse o crucifixo - maior símbolo do cristianismo - das repartições públicas gaúchas, com base na premissa constitucional de que o Estado é laico. Causou-me estranheza tal demanda, eis que não tomei conhecimento do contraditório por parte da sociedade. Se há ou não solidariedade em relação à petição apresentada, entrementes, vejo com serenidade e relativa tranquilidade a proposição do projeto da Capelania Militar pois, embora o Estado seja laico, a sociedade não o é e além disso não podemos esquecer que há o preceito constitucional.

Comparecimento em massa à AG da Umergs dia 28 de abril no Auditório da APM

Comparecimento em massa dos militares evangélicos de todo o Estado é o que solicita o presidente da União dos Militares Evangélicos do Estado do Rio Grande do Sul (Umergs), Cel Salomão Pereira Fortes. A convocação de Assembleia Geral da entidade para o dia 28 de abril prevê concentração a partir das 8h e início às 9h, na Academia de Polícia Militar, na avenida Cel Aparício Borges. O Cel Salomão gostaria de sensibilizar todos os integrantes a participarem do ato que tem por principal objetivo adequar o Estatuto da entidade às exigências legais que facilitaram as tratativas da sede própria da Umergs com a municipalidade de Porto Alegre. Informa a direção da Umergs que há previsão de almoço no local do evento.

Correio Brigadiano

Colete salva a vida de policial baleado no peito em Lins/SP A vida salva pelo colete. O sargento da Polícia Militar de São Paulo, Cláudio Roberto do Prado, de 44 anos, pode dizer que nasceu de novo na cidade de Lins, a 429 quilômetros da capital paulista. Ao tentar prender uma quadrilha que havia acabado de assaltar uma agência de turismo, o sargento levou um tiro – a bala atravessou seu braço esquerdo e foi parar na altura do coração. O disparo foi bloqueado pelo colete usado pelo policial. “É uma experiência muito difícil. Apesar do risco, a gente nunca espera que vá acontecer”, disse o sargento, que há 23 anos é policial militar, sempre trabalhando na rua. Para ele,

o testemunho ajudará a orientar seus colegas a sempre usarem o colete à prova de balas, mesmo com o forte calor que faz na cidade do interior de São Paulo. Segundo o sargento, o assaltante que o atingiu já era procurado por ter matado um policial civil em São Paulo. “Ele deu 23 tiros no meu colega”, recordou. O homem conseguir fugir, mas já foi identificado pela Polícia. E por pouco não matou o segundo PM. “O que a gente tira disso é que precisamos treinar mais e acreditar nas ocorrências”, acrescentou. Matéria obtida na postagem do portal http:// www.policialbr.com/.

O blog http://cripplerooster.blogspot.com. br/2010_08_01_archive.html/ trata de questões de veículos em sua relação com transporte. É bastante abrangente e crítico. Mas também, trata de amenidades de seu tema. Ele, mesmo assim, se expressou: “Às vezes eu gosto de desenhar carros, mas para desenhar no computador eu não tenho tanta paciência nem equipamento adequado. Então prefiro desenhar à mão e depois usar scanner (ou celular com câmera) para digitalizar

os desenhos”. Ele continua: “Embora eu não me dê tão bem para desenhar no computador, fiz uns retoques em um Chevrolet Astro usando o Paint. Já em outro desenho, uma Toyota HiAce caracterizada como ambulância militarizada, foi tudo à mão mesmo”. No desenho de um Chevrolet 1931, ele tentou fazer uma caracterização parecida com algumas viaturas atuais da Brigada Militar, até com algumas “cicatrizes” de combate...

O governador Tarso Genro e o comandante-geral da Brigada Militar, Cel Sérgio de

Ricardo Luis Domingues Rodrigues, 47 anos, que foi baleado nas costas durante assalto a uma joalheria na zona Norte da Capital quando o mesmo se encontrava internado no Hospital da Brigada Militar (HBM/PA). O governador transmitiu votos de melhora e do apoio necessário para o seu atendimento. Elogiou o profissionalismo e a coragem no atendimento da ocorrência.

Um calhambeque brigadiano na visão artística do Cripllerooster

Governador e comandandte da BM visitaram Sgt no HBM Abreu, visitaram, na tarde de 23 de março, o Sgt


pág 7 - Março 2012

RESP Capital

Ó R G Ã O S PPOOLLI ICCI IAAI ISS

Área da Segurança Pública de Porto Alegre

Correio Brigadiano

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Exemplos emblemáticos de devotamento à vida funcional

Três salva-vidas! Dois são bombeiros de formação e morrem acidentados. Um PM do Polost salva criança

Da guarita de Salva-vidas para a eternidade

Um salva-vidas de 37 anos morreu quando estava em serviço, na guarita 174, no balneário de Salinas, em Cidreira, no Litoral Norte. De acordo com o comandante dos Salva-vidas da Operação Golfinho,Ten Cel Daniel Minuzzi, o bombeiro Marcelo Braz Gomes subiu na estrutura e caiu do alto, batendo a cabeça na areia. Gomes foi socorrido pelos colegas e encaminhado em ambulância para atendimento médico, mas morreu a caminho do hospital. Gomes trabalhava como salva-vidas na mesma guarita há cerca de dez anos. Por isso, era muito conhecido pelos frequentadores da praia, que ficaram comovidos com a morte. O veranista Jorge Peixoto, que conversou com ele momentos antes da queda, disse que o salva-vidas aparentava estar bem, sem nenhum problema visível. Veranistas relataram que sempre viam o soldado conversando e brincando com os banhistas. Um frequentador, chorando, escreveu na areia próximo ao posto: “Marcelo, descansa em paz”. “Marcelo era muito querido por todos. Onde ele estava, sempre tinha gente em volta se divertindo. Quando eu me aproximava da areia, sempre sabia se ele estava de serviço ou não pela animação do local e porque as pessoas ficavam próximas a ele”, contou Fernanda Borchert Salomão dos Santos, que conhecia o salva-vidas do local. O soldado era casado e não tinha filhos. Morava na praia de Salinas, mas trabalhava no 8º Comando Regional de Bombeiros (8º CRB), em Gravataí. No tempo livre, praticava surfe e corria à beira-mar. Seu corpo foi sepultado em Cidreira. Centenas de pessoas, entre eles colegas do Corpo de Bombeiros, amigos e populares, acompanharam o enterro. O salva-vidas trabalhava havia cerca de 10 anos na mesma guarita. Por isso, era conhecido pelos veranistas daquela praia. No dia seguinte à morte, os salvavidas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul fizeram uma homenagem nas guaritas. Abaixo da bandeira que mostrava as condições do mar, uma tarja preta manifestava o pesar dos bombeiros. Junto à guarita onde ocorreu a tragédia, moradores e veranistas do balneários depositaram flores e mensagens ao herói falecido. O que mais intrigou a todos é que, momentos antes, o salva-vidas brincava e conversava com os amigos conquistados ao longo de dez temporadas.

Resgate do menino que caiu na caixa d’água

Morte súbita no treinamenteo da Op Golfinho

Postado pel Blog do CPM da Brigada Militar http://obrigadiano.blogspot.com/2012/01/herois-de-farda.html http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=149&C aderno=0&Noticia=396497

O Sd Rafael de Souza Pereira, 25 anos, teve um infarto durante a realização de exercícios físicos na Lagoa de Cidreira, no dia 28 de dezembro de 2011. O incidente ocorreu quando do exercício de vizualização de vítimas - atividade integrada ao treinamento de salva-vidas para a Operação Golfinho. Foram colocadas bóias a cerca de 60 metros da beira da Lagoa de Cidreira e os soldados deveriam nadar até o local. Pereira, considerado um bom nadador e com condicionamento físico adequado para os exercícios, teve um infarto (confirmado pelo atestado de óbito) dentro d’água. Foi levado por colegas até o Pronto-Atendimento de Cidreira, distante cerca de quatro minutos do local. Após isso, foi encaminhado ao Hospital da Ulbra, em Tramandaí, mas não resistiu. Rafael trabalhava na Brigada Militar há dois anos. Seu corpo foi levado para Cruz Alta, na região Noroeste, onde ele trabalhava e onde mora a sua família. PMs do policiamento ostensivo, rodoviário, ambiental, aéreo, bombeiros, salvavidas, projetos sociais e demais atividades de apoio empregadas na 42ª Operação Golfinho realizaramu uma homenagem especial in memoriam aos salva-vidas e aos soldados Marcelo Braz Gomes e Rafael Souza Pereira. As condecorações foram entregues à esposa do soldado Marcelo, Josiane Ribeiro Gomes, e aos pais do soldado Rafael, João Batista Teixeira Pereira e Leonice de Fátima Terra Souza. O Sd Rafael sonhava fazer carreira militar. Começou no Exército, onde serviu por dois anos, chegando a Cb. Ele foi aprovado, há dois anos, no concurso para a Brigada Militar. Era seu sonho antigo ser salva-vidas, e estava pela primeira vez participando da Operação Golfinho. Segundo filho de uma família com quatro irmãos, era alegre e extrovertido. Gostava de jogar futebol e tocar violão. Seu enterro ocorreu no Cemitério Municipal de Cruz Alta, onde recebeu da Brigada Militar honras militares pela morte em serviço.

O Sd do 15º Batalhão de Polícia Militar, Alan Samir Salem, 30 anos, evitou tragédia, em Canoas, ao aplicar a Reanimação Cárdio Pulmonar (RCP) em uma criança de um ano de idade após afogamento em caixa d’água. O fato ocorreu em 11 de janeiro, às 15h40min, na rua Colômbia, bairro Niterói. O pedido de socorro foi feito pela avó da criança informando o afogamento pelo telefone 190. Os PMs que estavam na Vtr 6286, ao chegarem no local, se depararam com a vítima: uma criança de dois anos sem sinais vitais e com aspecto desfalecido. Imediatamente o Sd Salem efetuou o procedimento de RCP, logrando êxito em ressuscitar a criança que foi encaminhada imediatamente ao Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), onde ficou internada. A avó da criança relatou que havia colocado uma caixa d’água a encher e quando percebeu seu neto estava em seu interior, já desacordado. Foi a bordo da viatura, em que Salem salvou a vida de Arthur Monteiro Ramos, que o menino voltou para casa. Depois de sobreviver ao afogamento dentro de uma caixa d’água, ele acabou transferido do HPSC para o Hospital Universitário e foi recebido na rua Colômbia com fogos de artifício, faixas de boas vindas e muita emoção. “Quem viu o jeito que ele saiu daqui não acredita que ele está de volta. Ele teve duas paradas cardíacas, foi um pesadelo. Ele nasceu de novo”, contou a avó Edinilza Mota Ramos, 44 anos, que cria o garoto. Um milagre é como os familiares classificam o que aconteceu a partir da chegada do Sgt André Smolinski, 34 anos, e do Sd Alan Samir Salem, 30 anos, que faziam patrulhamento da região na tarde do incidente. A avó encontrou o menino desfalecido e pediu socorro. Em minutos, a viatura chegou ao local. No caminho até o HPSC, a partir do atendimento de Salem, que é salvavidas, Arthur voltou a respirar. Os dias de internação, com passagem pela UTI, foram de angústia. A bisavó Neuza Maria Ferreira Mota, 60 anos, mal podia conter a emoção ao fazer seu agradecimento: “Que bom sentir a alegria de trazer meu bisneto vivo de volta para os nossos braços. Foi Deus que colocou esses dois anjos na nossa vida. O Sgt e o Sd passam, a partir de agora, a ser os padrinhos dele”, comemorou. O feito de Salem foi amplamente divulgado pela imprensa local e nacional.


pág 8 - Março 2012

RESP Metropolitana

Correio Brigadiano

ÓRGÃOS POLICIAIS

Correspondente às Áreas do CPM e do CRPO VRS

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Dona Mena - um exemplo na força da família brigadiana A construção do 7º BPM, em Três Passos, na década de 60, revelou a força das esposas de PMs

Vamos destacar a história de dona Menaide Réquia dos Santos (recentemete falecida), esposa do 1º Sgt Pedro dos Santos, que com sua família, foi uma das famílias fundadorqs do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM). Os fatos que vamos destacar aconteceram na fundação do 7º BPM e devem ter ocorrido também na criação de outras unidades da Brigada Militar. Vamos nos ater a um pequeno recorte dessa história.

O 7º BPM tem sede na cidade de Três Passos, no Extremo Nordeste do Estado, e foi criado em 2 de junho de 1966. Como se diz na caserna, por questões de segurança da fronteira, foi implantado a toque de caixa. O destaque é da esposa do então Sd Pedro dos Santos, de nome Meneida. Ela ficou conhecida como “dona Nena” e liderou uma organização de esposas de policiais militares, na busca de meios de sobrevivência às famílias, naquela distância e devido a ausência de meios de subsistência. Três Passos era conhecida entre os brigadianos, além da distância, já que se levava quase um dia inteiro para chegar lá, mas por seu barro vermelho, chamado de tabatinga vermelha. Dona Mena chegou em Três Passos com os

três filhos: Izar Alice, Jucinara e Samuel. Pedro fora dias antes incorporado numa tropa (comboio militar) composto de um ônibus, um caminhão e duas viaturas leves. Levaram quase um dia para chegar ao destino. O Sd Pedro servia no 4º RPMon e se dava com o Cel Soveral, comandante do 7ºBPM, que o convidou para ir servir na nova unidade. Havia a promessa de residência para as famílias. De acordo com Samuel, filho de dona Nena, “alguns dias após a chegada dos militares fundadores do 7º BPM, o comandante Soveral dispensou os que deixaram as famílias em Porto Alegre para providenciarem em alugar casa e trazerem o pessoal para a cidade”. Segundo ele, as mudanças foram levadas de trem até a cidade de Ijuí. Em caminhões seguiram até a cidade de Três Passos. As famílias viajaram de de ônibus e foram recepcionadas pela comunidade. “A tralha já havia seguido no trem e no comboio. São significativas para a famílias as fotos que mostram o comboio com seu pai na saída de Porto Alegre, a da chegada de todos na cidade Três Passos”, assinalou. Foram morar na Vila Militar, conhecida na cidade como Vila Popular, que ficava numa baixada, atrás das obras de construção do 7º BPM, umas poucas quadras dali. Nas primeiras semanas houve o consumo dos gêneros alimentícios que um fornecedor autorizado pelo quartel fez entrega a cada família. “Começava a faltar comida e não havia crédito”, lembrou. Esse foi o momento que dona Nena mobilizou as outras esposas com o mesmo problema. Dona Nena nasceu em Nova Prata, em 25 de março de 1928 e faleceu em Porto Alegre, em 23 de novembro do ano passado. Até os 30 anos, antes de casar, morou em Novo Prata e cuidava dos pais. Era da área rural e e lá aprendeu, além das lidas comuns de uma casa, a produzir aqueles bens de colônia como pão caseiro, bolos, queijo e outros produtos coloniais. Integrante de uma família numerosa com oito irmãos, Nena estava, também, acostumada a produzir em maior quantidade e não via muita diferença em que houvesse um trabalho cooperativado com as demais esposas de policiais

Dona Mena, Sd Pedro e os três filhos (década 60)

Casamento do Sd Pedro e de Mena

Brigadianos Evangélicos em Três Passos na Igreja Batista local (década 60)

Festa com crianças em Três Passos na Igreja Batista local (década 60) com filhos de PMs

Residência de Pedro e Mena com os filhos em Três Passos, na Vila Militar, conhecida como Vila Polular, próximo ao 7º BPM (década 60)

militares naquela mesma situação. Seu grande apoio veio da sua crença. Ela, Pedro e as crianças eram da Igreja Batista e já estavam frequentando a irmandade, no Centro de Três Passos, desde que chegaram. Nena reuniu as mulheres, expôs seu plano e foi procurar o Pastor Ernesto Weigmann de quem, também, obteve apoio. Com umas primeiras doações de ingredientes houve a produção e foi fácil a colocação dos produtos, pois ela produzia, bem ao gosto da população da cidade, onde a maioria é descendência alemã. Cresceu o grupo. Dona Nena e as quase 20 famílias tiveram uma vida comunitária e cooperativada. Houve fartura e a liberdade para os homens desenvolverem suas atividades na construção do quartel, inclusive muitos carrinhos de terra ou argamassa as mulheres e filhos carregavam para dentro ou fora da obra, enquanto os policiais militares lanchavam. O serviço não parava

nunca ía até tarde da noite. Foram sete anos e meio de uma quase Odisseia na superação das dificuldades apresentadas. A força da família se estruturava na fé. A Igreja Central Batista de Três Passos ficava há uns 6 quilômetros da casa da família e eles iam e voltavam a pé. Muitas vezes saíam às 7h e retornavam às 23h. O Natal de 1966 foi na igreja, como outros posteriores, o Sd Pedro era diácono e Nena, zeladora do prédio. “Momentos gratificantes após toda a luta de uma organização coorperativa das mulheres brigadianas, de então, que deu resultados”, frisou. O Sd Pedro antes de ir para o 7º BPM, frequentava a Batista de Porto Alegre, na avenida Cristõvão Colombo, em frente o Shopping Total, ainda inexistente, onde ele é o único fundador remanescente. A sucessão de Pedro e Nena têm hoje seis netos. Dois jovens filhos da Izar Alece, duas meninas filhas de

Jucinara e um casal de crianças, filhos do Samuel, o caçula. Samuel participante da Legião Altiva da Brigada Militar, onde começou a ir com seu pai, levando seu filho, um menino que aparece fardade em todos os desfiles militares de Porto Alegre. Segundo familiares, dona Nena sofreu um mal súbito (infarto) no dia em que participou do Balanço de 2011, da Legião Altiva da Brigada Militar, na sede da ASSTBM, em 25 de novembro de 2011. Houve um café da manhã e entregas de medalhas, quando tanto seu esposo, o 1º Sgt Pedro, e o filho Samuel, foram agraciados. Emocionada, ela foi para casa e após o almoço foi descansar. Enquanto dormia, teve o infarto e morreu. Faleceu sem saber que estava sendo listada para receber a homenagem da própria Legião Altiva da Brigada Militar por seu feito que garantiu o sustento das famílias dos PMs em Três Passos.


pág 9 - Março 2012

Comunicação

Social

Correio Brigadiano

Sd Wilson: finalista do Prêmio Press do jornalismo gaúcho

Bombeiro em 1990, que atua na PM5 desde 2006, é o repórter fotográfico da BM na mídia do Estado

O Sd Wilson Genês Cardoso, bombeiro da Brigada Militar, serve há seis anos na Comunicação Social da BM, como repórter fotográfico. Já atuou em diversas ocorrências de salvamento e resgate, idealizando a partir delas, junto ao comando da BM, o primeiro vídeo institucional da Brigada Militar.

Junto com a Comunicação Social criou o Brigada em Foco - primeiro programa de TV da corporação que foi autorizado em 1992 pelo comando da época a registrar as ocorrências. Wilson teve a criatividade de divulgar as ações da BM junto à imprensa de uma forma diferente, fazendo com isso virar marketing para a BM de uma forma de manter a imprensa com as divulgações da corporação. Os feitos podem ser vistos em capas de jornais, matérias jornalísticas e videos de ocorrências, divulgados diariamente à imprensa através de FTP e e-mails. Graças a esse trabalho, a PM5 disponibiliza à imprensa diariamente, durantes as 24 horas do dia, material informativo de mídia fotográfica e vídeo. Hoje no meio jornalístico ele é reconhecido por todos pela camaradagem e forma de tratar

os profissionais da imprensa gaúcha, contribuindo para o engradecimento instituicional da BM. Recentemente, ele foi finalista no Oscar da Imprensa do RS: o Prêmio Press. Foi o único Sd PM participante. Wilson tem registro profissional Arfoc Brasil e Arfoc RS como repórter fotográfico. É editor de vídeo, fotógrafo e cinegrafista (DRT/007115/2008-46). Seu e-mail é wilson@brigadamilitar. rs.gov.br. Ele posta as questões institucionais no canal Youtube, através do link comunicacaosocialbm, onde estão, contados até 28 de fevereiro de 2012, 51 postagens e ainda podem também serem vistos em no site www.videolog.tv/comunicacaosocialbm/ videos, onde estão postados em torno de 60 vídeos institucionais. Ele é filho do Maj da reserva da Brigada Militar, Vilson Genes Gonçalves Cardoso, atual vice-presidente da Instituição Beneficente Coronel Afonso Massot, e de Zélia Maria. Wilsinho, como é mais conhecido, nasceu em 1º de abril de 1970, na cidade de Porto Alegre. Estudou no Colégio Estadual Paula Soares, no Centro da Capital, e no Colégio do Universitário. Ingressou na Brigada Militar em 2 de maio de 1990. Seu Curso de Formação Policial Militar teve a duração de quae um ano

e foi desenvolvido em 1991. Foi seu coordenador de curso o atual Cap Prestes, então como Sgt. Como Bombeiro especializou-se, inicialmente, em Busca e Salvamento em Resgate Aéreo. Foi no exercício dos treinamentos dessa atividade, como Sd Bombeiro, que pode perceber quanto as cenas, na distância da aeronave, criam uma linguagem própria. Idealizou, então, operar isso em forma de mídia, mantendo ao leitor, a emoção e a adrenatlina que ele sente. Mas foi ao ser cedido para a Força Tarefa que operou o PAN do Rio, em 1992, para tirar fotografia aéras daquele evento, em helicópteros, que esse serviço despertou seu pendor e revelou para a Brigada Militar a importância da fotografia como instrumento de trabalho policial ostensivo. Ele havia feito seu curso de fotografia no Senac de Porto Alegre. Fez também no Senac o curos para edição de vídeos. Em pouco tempo sua esposa e filhos auxiliavam Wilson nos trabalhos de gravação de vídeo e fotografia de eventos, muitos deles institucionais da Brigada Militar ou de entidades vinculadas à corporação.

Wilson é casado com Rosângela Cardoso, com quem tem três filhos: Camila, Wilson Jr e Renan, já sendo avô de Nina e Lia. Talvez como cacoete de fotografar ele sempre quer se expressar por imagens e esse foi sua linguagem institucional, com uma grande quantidade de folderes que elabora para noticiar situações da vida brigadiana. Na internet e no Facebook circulam, diariamente, seus folhetins mostrando o trabalho de seus colegas brigadianos ou os próprios brigadianos em suas comemorações. A história fotográfica da Brigada Militar teve um grande momento com o ST Flávio, nas décadas de 60 e 70. E não chegou a ficar órfã quando nas décadas de 80 e 90, o então Cb Enídio retomou estas atividades para a PM5. Hoje, Enídio é Ten da reserva e, da mesma forma com que houve a evolução tecnológica da época do ST Flávio, para o Cb Enídio, houve também do Enídio, para o momento digital com o Sd Wilson. O fotógrafo, com registsro profissinal no Ministério do Trabalho e com reconhecimento da mídia gaúcha por seu trabalho institucional, tem um pensamento muito simples e elucidador de como se pode ser inovador na Brigada Militar: “Basta querer e acreditar no seu superior”. Numa época de tanta contradição é alentador verificar que as relações internas, se ajustadas, são produtivas para todos, mas principalmente para a sociedade. Wilson pretende quando de sua transferência para a reserva, o que deve ocorrer daqui há uns oito ou nove anos, continuar com atividades vinvuladas à corporação. No momento não pensa em trabalhar para a iniciativa privada.


pág 10 - Março 2012

Correio Brigadiano

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie


pág 11 - Março 2012

3ª RESP SUL

Correio Brigadiano

JCB Edição 200

Correspondente às Áreas dos CRPOs S, CS e AJ

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Quem são os construtores da Segurança Pública gaúcha? Conceito proposto pelo JCB para irmanar o tratamento às pessoas que labutam em prol do coletivo

Os construtores da Segurança Pública são o principal “foco” do jornal “abc da segurança”/ “Correio Brigadiano” como linha editorial para destacar o trabalho dos integrantes das organizações de segurança pública gaúcha. Estas pessoas são as destinatárias de nossa ação e esforço editorial. Todos os integrantes dos quadros das instituições vinculadas, direta ou indiretamente, à SSP/RS, são construtores. Todos, indistintamente, com menor ou maior parcela, produziram operosidade ou eficiência no atendimento das demandas, sempre crescentes, da sociedade.

Conceito

Um mero conceito para tipificar, classificar e exaltar as ações dos cidadãos e dos cidadãos/ policiais que tenham contribuído para uma sociedade voltada para a paz e tranquilidade. Segurança pública no preceito constitucional não é encargo só dos policiais. Também o é de toda a sociedade. É o direito e dever - tutela basilar da forma mais saudável para o desenvolvimento social harmônico. Cabe lembrar que alguns construtores exercem seu trabalho em gerenciamento estratégico, outros em gerenciamento operacional, outros exercem atividades administrativas e, nem sempre, são policiais de carreira. A maioria, em todas as instituições, é executora de tarefas em contato direto com o público, sendo que essa atividade dos policiais é denominada de atividade fim. Porém, todos - sem exceção - entregam a vida à vocação policial direta ou indireta, administrativa ou gerencial. E a partir de como são desenvolvidas suas ações buscamos uma classificação identificadora dessa experiência. Uma designação genérica, independente das cargos que a lei lhes tribute e a sociedade dignamente os refere. Este novo processo, nos permitirá, a longo prazo, ter uma homogeneização de tratamentos interinstitucionais, sem no entanto omitir as instituições ou os cargos e funções. O ser policial como ente está integrado por ele e sua família. A participação ativa na sociedade é um elemento basilar para que se possa explicar a matriz conceitual que estaremos usando. O policial é um representante do Estado e não se desliga do trabalho quando lhe convém. Também sua família faz parte desse

causaa da degurança pública que transpareça pelo desempenho funcional vocacionado ou pela doação plena e espontânea nesse fazer.

processo. As ações por todos desenvolvidas no seio da sociedade, na escola própria ou dos filhos, nos clubes de serviços, clubes sociais e tradicionalistas, tudo reflete na ação policial, dele e de toda a corporação que ele pertence. Desde a presidência na Associação ou Círculo de Pais e Mestres, pelo policial ou seu cônjuge, ou em outros envolvimentos com a sociedade é fator de representação policial.

Inclusão

Queremos que seja um pequeno esforço no processo de mídia para a inclusão dos que que menos oportunidade recebem para a divulgação de sua história profissional. Existem pessoas (profissionais da segurança pública), que se tornam bastante conhecidos (por seus méritos), por atuarem nas entidades de classes, entidades sociais, assistenciais e filantrópicas. Também existem aqueles que por razão da função, como comandantes militares de Polícia e bombeiros, ou os delegados titulares de órgãos policiais, bem como outros administradores que recebem atenção dos órgãos de Comunicação. Estes são construtores naturais e, a todos, o destaque é devido, mas a seu tempo. Por isso nosso processamento aos ex-comandantes da Brigada Militar e ex-chefes da Polícia Civil e outras instituições integrantes da SSP, vai ser desenvolvido após o sistema de construtores ter avançado e conseguido ter seu desenvolvimento, por um universo de histórias de vida, mesmo que incipiente, mostrar à sociedade e aos próprios integrantes das instituições, a força dessa nova visão, de eternização de homens que se dedicaram e produziram segurança.

MBAs

Assim, com base nos conceitos definidores do sistema MBA (Master of Business Administration) definimos a titulação genérica na classificação dos construtores. A partir do “Master”, usaremos o “Sênior” e o “Júnior”, como refencial indicador do mais experiente ao que se se encontra na consolidação de seu conhecimento.

Consideramos, como pressuposto, que as carreiras policiais são as definidoras da aplicação dos conceitos: Mastser, Sênior e Júnior. Estamos tentando definir e agregar situações que compartilhem fazeres específicos, que ocorram durante a primeira e última etapas das carreiras. Assim, temos para o Master, as subdivisões de “High” e “Comandante” e, para o Júnior, o “Spot”. Os conceitos serão abaixo expressados em cada uma destas apreciações teóricas que poderão sofrer alterações. MASTER – São todos os que já cumpriram até mais de 70% de seu contrato com a sociedade, do que lhe foi constituído pela lei em sua relação com o Estado. São pessoas cuja folha de serviço retrata um perfil, e do qual muito pouco dele se afastarão, exceto às situações positivas. Muitos policiais, recém-aposentados, têm perdido a vida ainda em ações da segurança, alguns por questões remuneratórias complementar, mas outros, simplesmente, para defender alguém, que nem fariam se estivessem na situação de atividade. Outros continuam suas atividades de ações policiais ainda quando aposentados, se civis, e na reserva, se militares em ONGs das mais diversas. Tanto numa ou noutra situação eles não são simples “Master”, eles são “HIGTH MASTER”. SÊNIOR - É a classificação daqueles que já atingiram os 50% de tempo de serviços de suas carreiras e cujo perfil já dá curso a uma história que normalmente não sofre alterações. É uma mera divisão temporal que distingue pessoas na experiência e comprovação de plena entrega à melhor forma de conciliação de sua vida pessoal e o crescimento da instituição que ele pertence. JÚNIOR - É a classificação daqueles que são ainda jovens na profissão e na representação de suas corporações. Poderá já mesmo a

menos de 50% da carreira ter um conjunto de ações que o diferencie da média e isto deve ser salientado e é isso que se propõe apresentar construtores da segurança pública. Mas, muitas vezes, há também uma construção pontual de ações que ele participa. Fica possível a partir de uma série de fatos de um policial jovem, mostrar-lhe como um construtor, porém sempre será mais fácil se houver já fatos “pontuais” sobre este policial. Assim, sobre os policiais mais jovens serão publicadas notícias dos “SPOT JÚNIOR” ou questões pontuais onde foram destacados. Aí é que pode em determinado tempo um policial jovem ser destacado com um policial JÚNIOR, pois sobre ele há material suficiente para justificar, para aquele momento, essa definição. Os policiais sabem quem podem ter melhor remuneração e não têm cobrado de seus chefes. Mas as pesquisas sempre apresentaram resultados em que os policiais não se sentem devidamente reconhecidos. Não queremos assumir o papel que o Estado, através dos administradores, deveria propiciar. Vamos naquilo que chegar ao nosso conhecimento, procurar deixar eternizado valores profissionais de polícia. Nossas seis classificações são: MASTER, HIGTH MASTER, COMANDANTE MASTER, SÊNIOR, JÚNIOR e JÚNIOR SPOT. Usaremos estes conceitos para ilustrar as histsórias de vida que passamos, a partir da edição nº 206, experiementalmente, apresentar com reportagens noticiosas do jornal abc da segurança pública / correio brigadiano. Ilustraremos nas matérias junto com as fotos dos destacados um selo identificador da participação dele na história da segurança pública. Serve de uma mera referência mas que poderá ser definidora num futuro para a definição do troféu “TOP da Segurança Pública Gaúcha”, que pretendemos instituir. Há um espaço disponível para destacar e premiar todas as pessoas que se devotarem à

Profissionais com mais de 70% de seus 30 anos de serviço e uma excelente folha de serviços prestados à sociedade.

Os que, apesar de aposentados ou na reserva, continuam a dar sua contribuição às questões da segurança pública.

Os administradores têm a obrigação de fazer o melhor possível, mas a sociedade nota quando o esforço, vai além.

Muitos profissionais ao terem ultrapassado 40 % da carreira já deixam vislumbrar um rastro produtivo que deve ser reconhecido.

Pág - 5

Mesmo no primeiro terço de uma carreira é possível vislumbrar o profissional de futuro.

Situações pontuais decorrentes da atividade de policiamento, quer por risco de vida, iniciativa ou criatividade, revelam o profissional.


pág 12 - Março 2012

Correio Brigadiano

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie


pág 13 - Março 2012

S a n t a

M a r i a

Correio Brigadiano

Coronel Délbio - a carreira de um grande conciliador

Além de todas as honrarias militares, por justo valor, ele se consagra pela capacidade da conciliação

O Cel Délbio Ferreira Vieira nasceu em 13 de fevereiro de 1942, na cidade de Santa Maria, em um lar modesto. Filho de Crescêncio Caetano Vieira e de Alda Ferreira Vieira, tem três irmãos. O pai era barbeiro muito conceituado naquela cidade, onde tinha um establecimento próximo ao Centro. Amante do esporte bretão desde a infância, chegou a treinar no Internacional de Santa Maria, onde algumas vezes entrou em campo, pela mão dos craques titulares do clube. Continua até hoje, aos 68 anos de idade, um atleta. Mantém a forma com exercícios regularmente. Ele guarda com carinho a inciativa de um grupo de oficiais onde serviu, que lhe outorgaram um diploma de goleador. Concluído o então, ginasial da época, em Santa Maria, mudou-se para a Capital a fim de prestar concurso para oficial da Brigada Militar. Vitorioso, incluiu na corporação em 2 de março de 1960, no Centro de Instrução Militar (CIM) - hoje Academia de Polícia Militar (APM) - e passou a frequentar o Curso de Formação de Oficiais (CFO). Durante o curso conheceu Jane Rocha da Silva, com quem se casou logo após a formatura de oficial. Sua promoção à Aspirante a Oficial ocorreu em 16 de novembro de 1963, como concludente da turma do CFO/63. Foi classificado na unidade da Brigada Militar de Pelotas - naquele momento histórico

denominada de 3º RPMon, atual 4º BPM. Ele, que vivera em seu curso de formação a experiência da “Legalidade”, agora, como como Aspirante, vai viver a “Revolução de 64”. Em consequência de fato histórico, ainda não revelado, de um oficial superior que assumiu uma cidade da área daquele batalhão, ele foi servir na cidade de Bagé. Casado há pouco tempo - o casamento foi celebrado em 8 de maio de 1965 -, tratou de levar sua esposa para aquela cidade passando toda a sorte de dificuldades comuns às familias de militares que destacam pela primeira vez. Porém, seu desempenho, ainda quando na sede do batalhão, numa visita do comandante da Brigada, à época, Cel Otávio Frota, em uma incerta à unidade de Pelotas, ocorrida pela madrugada, quando Délbio estava de Oficial de Dia, lhe rendeu, quase um ano após, a indicação para frequentar um curso nos Estados Unidos com mais um grupo de Oficiais da BM. Por esse motivo, o jovem casal Délbio e Jane, deixaram Bagé. Sua promoção de Aspirante a 2º Ten, como de toda a sua turma, naquele ano de 64, foi atrasada. Deu-se em dezembro de 64, a contar de 29 de junho de 1964. Já a promoção a 1ºTen, vai encontrá-lo já em curso nos Estados Unidos. Seu casamento com Jane recebeu dois presentes divinos: Claudia e Magno. A filha, portadora de um tumor cerebral, morreu bastante jovem, e até hoje é constante motivo de sofrimento para Jane. Já Magno é Maj da Brigada Militar, especialista em Cinofilia e Operações Especiais, e também pai dos dois netos de Délbio: Mateus (ativo e argumentador) com seus 8 anos é praticante de artes marciais; Sofia, com seus dois anos de idade é toda formosura e delicadeza. Ambos são a alegria e o motivo de consumo de toda atual folga do coronel. Em 1971, quando Délbio retorna do curso (AIP-USA) vai servir no 6º BPM, na cidade de Rio Grande. Por seu apoio aos subordinados nas questões de boa técnica, uma ocorrência lhe rende um aborrecimento. Sentindo que

seu comandante de batalhão não entendeu seu trabalho e sabedor no mesmo momento, pelo próprio comandante, da existência de uma vaga para o Curso de Oficial Especialista Bombeiro(CEBO), ele se candidata à vaga e consegue o apoio dos demais oficiais da unidade que poderiam se candidatar, os quais por escrito, abrem mão vaga em favor de Délbio. Não resta outra alternativa ao comandante a não ser de indicá-lo. Retorna para Porto Alegre a fim de frequentar o respectivo curso de Bombeiros. Concluindo o CEBO, é classificado no 11º BPM, então dernominado de Batalhão de Policiamento Rádio Motorizado (BPRM). Em aproximadamente um ano é convidado para servir no Quartel do Comando Geral (QCG). E lá vai servir de 1972 a 1982, de 1º Ten a Maj, de lá sendo transferido a pedido, para buscar experiência com novas realidades do sistema de policiamento e bombeiros. Foi durante esse período que frequentou o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO/76). Délbio é dócil, mas tem um temperamento forte. Quem o ouve com seu esmero e educação, pode ser surpreendido pelo policial determinado ou pelo militar exímio usuário das leis e regulamentos. Ele sempre foi muito jeitoso para lidar com as questões humanas, consequência de sua profunda formação cristã. Mas é como oficial superior e com os conhecimentos de trabalho no comando da corporação que emerge o homem habilidoso e conciliador. Ele já dera mostra como tenente no 11º BPM desse perfil. Porém, foi a têmpera adquirida em dez anos de QCG, onde quando como 1º Ten, realizou tarefa, que as repetiu quando Cap. E se sentiu desgastado, quando Maj, por conta das reorganizações administrativas internas voltou a fazer as mesmas tarefas. Fora promovido a Maj em 31 de março de 1979, pelo princípio de merecimento. Nessa ocasião falou com seu chefe de Seção do EMBM e pediu uma transferência para o interior do Estado. Havia vagas em Três

Passos e Pelotas e ele optou em retornar a sua unidade de Aspirante, o 4º BPM, onde foi ser o subcomandante. No ano seguinte, em 1980, frequentou o Curso Superior de Polícia Militar, na APM, e retornou a Pelotas. No ano seguinte foi designado a responder pelo comando do 3º GI (Grupamento de Incêndio), atualmente denominado de 3º GCI (Grupamento de Combate a Incêndio). Este foi um momento muito importante da carreira de Délbio. Comandou por dois anos esse OPM de bombeiro. Na formatura de sua despedida ele, que ainda se emociona ao recordar dos veteranos brigadianos, se despedir um a um. Todos choraram pela perda daquela grata relação funcional. Fora transferido para o 6º BPM, na mesma cidade de Rio Grande, também sede do 3º GI. E ele foi ser o subcomandante do batalhão, onde já servira quando Ten após o retorno dos Estados Unidos. Fez um excelente comando tanto no sentido operacional, quanto de integração com a comunidade e com a tropa. Conta uma história sobre como resolveu a inimizade entre dois Cap. Era um destaque no mundo social e político da cidade e foi preterido na promoção a Ten Cel. Pediu para retornar à Capital e uma comissão de autoridades de Rio Grande procurou o comando da BM solicitando a volta do Maj Délbio. Promovido a Ten Cel em 22 de fevereiro de 1985, pelo princípio de merecimento, voltou para Rio Grande e fez o CSPM/87, passando a servir no Centro de Intendência (CSMInt), onde permaneceu por dois anos. Foi promovido a Coronel em 21 de abril de 1989 e designado a servir na Direção de Informática. Não encontrando apoio do comando da época, para obtenção das necessidades básicas daquela então Direção, hoje Departamento, comunicou diretamente ao comandante-geral que estava entrando em gozo de Licença Especial. Dias após foi procurado por uma comissão de oficiais para que retornasse às atividades e o próprio comandante pediu sua cooperação em assumir o Comando de Policiamento de

Área 4 (CPA/4), em Santa Maria, que o fez com toda o protocolo, entrando em instalação para providenciar a transferência da família. Nesse momento estava fazendo um Encontro dos Casais com Cristo (ECC) da Igreja Católica. Lembra de um momento de oração, dos previstos, que Jane falou de sua ida para Santa Maria e ele disse para ela, textualmente: “É o momento de falar com ele”. Fazia referência à imagem de Jesus Cristo próxima do local onde estavam a rezar . Quando chegaram em casa havia na frente do edifício um motoqueiro da BM com um recado do comandante-geral, para que ele se apresentasse para assumir o Comando do Corpo de Bombeiros que estava em volta da discussão de separatismo e onde o comandante não era bombeiro. Voltou a Santa Maria, passou o comando em gabinete e visitou os generais daquela guarnição e outras autoridades que haviam prestigiado sua posse. Assumiu o CCB e montou um gabinete na Assembléia Legislativa. Manteve os bombeiros na Brigada Militar, pois havia quem trabalhasse por isso e o comandante-geral também o queria. Nos anos de 1991 e 1992 foi chefe do Esdado Maior da Brigada Militar, que equivale hoje ao Sub-Comandante Geral. Durante o exercício dessa função, foi o coordenador da Operação Golfinho 92/93. Essa foi sua última função na Brigada Militar. Foi compulsado, conforme prevê o Estatuto, indo para a reserva em 27 de janeiro de 1993, como detentor das medalhas S/1, S/2 e Estrela de Bronze. Ele já trilhava um caminho com as entidades brigadianas que se ampliaram com sua ida para a reserva. No MBM era do Conselho Deliberativo, onde foi presidente da A.G. e três vezes reeleito, sendo a terceira como suplente. Na Associação dos Oficiais foi conselheiro por dois mandatos, tendo dado posse a uma diretoria e extinguido o antigo Conselho Assessor. Foi vice-presidente da Instituição Beneficente Cel Massot, atuou na Apesp e Correio Brigadiano. Assumiu recentemente como Sub-Comandante da Legião Altiva da BM.


pág 14 - Março 2012

Correio Brigadiano

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie


pág 15 - Março 2012

RESP Sul

Correspondente às Áreas dos CRPOs S,CS e AJ

Sgt PM prende e algema Cap PM na Rodoviária de Campos

Conforme informações, no início da noite de 11 de dezembro, o Sgt PM Sodré, graduado supervisor, recebeu determinação para comparecer à Estação Rodoviária de Campos – Shopping Estrada – para atender solicitação da Cap Méd PM Ana Luiza Sandoval Góes, lotada no Hospital Central da PMERJ. No local, a Cap alegava que um motorista da empresa 1001 tinha constrangido sua sobrinha em um ônibus que estava chegando de Macaé e exigia que o Sgt tomasse providências. Com a chegada do coletivo, a sobrinha da Cap disse ao Stg que o motorista tinha chamado a PM, ainda em Macaé, para retirá-la do ônibus e ela tinha se sentido ofendida. Já o motorista disse que ela embarcou no coletivo do horário das 16h com uma passagem para o ônibus das 16h30min e ele disse para que descesse e esperasse o do horário correto. E, por ela dizer que não iria descer e proferir ofensas contra ele, chamou a Polícia. Com a chegada dos PMs de Macaé, um passageiro trocou sua passagem com ela e o ônibus seguiu viagem. Porém, durante todo o percurso ela o ofendia e o ameaçava dizendo: “Quando chegar em Campos, você vai ver o que vai te acontecer”, o que foi confirmado por diversas testemunhas. Após ouvir o motorista e os demais passageiros,

Correio Brigadiano

ÓRGÃOS POLICIAIS

o Sgt Sodré tentou explicar à Cap que os fatos não tinham se passado como ela e a sua sobrinha tinham narrado. A Cap então, de forma agressiva e aos gritos, passou a ofender o Sgt Sodré com palavrões. E, encostando sua identidade funcional no rosto do Sgt, exigia que ele a obedecesse. Sempre gritando e esbravejando, afirmou: “Junte os cascos e se apresente pra mim, porra”. A Cap, extremamente descontrolada, gritava e ofendia o Sgt, tendo inclusive tentado agredi-lo diversas vezes. Por estar muito agressiva e as pessoas que a tudo assistiam estarem revoltadas, para se proteger e protegê-la, Sodré a algemou. Naquele momento, as pessoas aplaudiram o Sgt e todos os passageiros, que a tudo presenciaram, se prontificaram a testemunhar sobre o ocorrido. O Sgt então, por ter recebido ordens superiores, conduziu a ocorrência para o 8º BPM, onde as providências administrativas foram tomadas. Ainda conforme informações, por ter recebido ordens para não apresentar o fato na 134 DP, o Sgt Sodré irá ao Ministério Público onde informará todo o ocorrido e posteriormente entrará com uma ação de danos morais contra a Cap.(Matéria transcrita do endereço http://rionf.com. br/wordpress/archives/2766/.)

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Ex-morador de rua que apanhou da Polícia torna-se oficial da PM

Tenente José Silva

José Silva, 42 anos, morou por uma década nas ruas do Ceará, no Nordeste, e hoje é Ten. Conhecido como “Já Morreu” no passado, agora dá palestras sobre sua história de vida. De “Já Morreu” a Ten Silva passaram-se 42 anos. Antes de galgar a patente de oficial da Polícia Militar do Ceará, em 2004, José Gonçalves da Silva, 55, ficou órfão, morou na rua por mais de uma década, passou fome, foi preso injustamente e apanhou da própria Polícia. Nesse meio tempo, sem nunca ter frequentado a escola, trabalhou como gari, engraxate, lavador de carro, cobrador de ônibus e foi ajudante de pedreiro. Quando se tornou policial militar, precisou lidar com o preconceito dentro da corporação. “Eu tinha receio de dizer que fui morador de rua. Quando era Sd, o Cb poderia me discriminar. Promovido a Cb, poderia ser o Sgt, e assim por diante”, comenta. Do passado de morador de rua, Silva guarda lições compiladas em um livro que escreveu sobre sua trajetória. Ele dá palestras em escolas e clínicas de recuperação de dependentes químicos, contando sua história

como exemplo. “Durante toda minha vida, nunca fumei nada. Nunca usei droga”, diz. Silva tem três filhas adultas formadas. Graduou-se em História e é lotado no Colégio da Polícia Militar do Ceará, no bairro Padre Andrade, em Fortaleza, onde trabalha como coordenador disciplinar. Caçula de seis irmãos, Silva deixou o distrito de Baixo das Palmeiras rumo à sede do município, no Crato (a 504 quilômetros de Fortaleza), aos sete anos, após perder a mãe e, anos depois, o pai. “Eu não queria continuar naquele lugar”. Na cidade, por ser magro e usar roupas surradas, ganhou o apelido de “Já Morreu”, dado no interior do Nordeste a pessoas com baixa expectativa de transformação social. “Já Morreu” viveu por 12 anos nas ruas do Crato. À noite, dormia na Igreja da Sé. Durante o dia, vagava pelo Centro da cidade fazendo biscates e pedindo esmola. Quando o sacristão o expulsou do templo, passou a dormir no cemitério. E assim foi até conseguir, aos 11 anos, um emprego de gari na prefeitura. Então, o caminhão de lixo lhe deu guarida. Aos 15 anos, quando o então presidente Médici (1969-1974) teve a ideia de ligar a região Norte ao restante do país por uma estrada, Silva se juntou a outras centenas de trabalhadores em algum lugar no meio do Estado do Pará na construção da rodovia Transamazônica.

A empreitada durou seis meses. Ele juntou pouco dinheiro e voltou. “Foi quando alguém, mas não lembro quem, me deu a luz para ir estudar”, relembra. Ainda morando na rua, Silva foi cursar o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização). Com o que aprendeu de cálculo, escrita e leitura, conseguiu o melhor emprego da vida, até então, como porteiro de um pequeno hotel ainda hoje em funcionamento no Crato. O estabelecimento sofreu um assalto e as suspeitas recaíram sobre Silva. Ele foi detido, espancado pela Polícia que, sem provas, teve que soltá-lo. “Eu larguei o emprego e troquei por outro, mas uma semana depois aconteceu um assalto lá e a dona do hotel deu queixa contra mim. Eu acabei preso e apanhei muito dos policiais. Até que o verdadeiro ladrão foi encontrado e confessou o crime”, recorda. Silva lembra que sua ex-patroa se desculpou pelo que houve. “Mas isso marcou”. confidencia. Continua na página 28


pág 16 - Março 2012

Correio Brigadiano

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie


pág 17 - Março 2012

RESP Central

Correio Brigadiano

ÓRGÃOS POLICIAIS

Correspondente às Áreas dos CRPOs C, P, VRP e VT

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Cel Adão Eliseu possui os direitos humanos no DNA Professor, escritor, humanista e coronel da reserva da Brigada Militar, Adão Elizeu

O professor, escritor, humanista e coronel da reserva da Brigada Militar, Adão Eliseu de Carvalho, nasceu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em 14 de dezembro de 1929. Filho do operário Galdino Eliseu de Carvalho e da dona de casa Antonina Chagas de Carvalho, ficou órfão, do pai, aos cinco anos de idade junto com seus quatros irmãos. Foi um início de vida bastante exigido, contando com a solidariedade familiar mas, com um esforço coletivo de todos ainda crianças na garantia da subsistência familiar. Dentre seus irmãos, o mais moço é o Ten Nestor Chagas de Carvalho, também, na reserva, que se incorporou à BM quando o coronel já se encontrava frequentando o Curso de Formação de Oficiais (CFO). O Cel Adão incluiu na BM em 8 janeiro de 1947, aos 18 anos, fazendo sua formação de Sd no 5º BPM, então 5º Batalhão de Caçadores. Quando “passou a pronto” - ou seja, concluso o curso e apto para a prestação de serviços da BM -, ele foi destacado para o município de Arroio do Meio. Lá permaneceu por oito meses e

de lá saindo, por requerimento para frequentar o curso de Cb. Aceito para o curso, passou a servir adido ao 1º BPM, então 1º Batalhão de Caçadores, na avenida Cel Aparício Borges, ao lado de um prédio do Centro de Subsistência, existente na época, local que tinha um engenho de beneficiamento de arroz e um armazém reembolsável. Todo esse complexo corresponde hoje ao Batalhão de Operações Especias (BOE), de Porto Alegre, a Enfermaria Regimental da Academia de Polícia Militar (APM) e a um Posto da Policlínica Odontológica, da Direção de Saúde (DS). Ali era o atual 1º BPM. Foram oito meses de curso em 1948. Conclusa a nova formação foi promovido a Cb e classificado no próprio 1º BC. Iniciava-se uma nova fase na vida do jovem brigadiano Adão Eliseu prestando serviço junto à 2ª Delegacia de Polícia, na Azenha. Era o Cb comandante das patrulhas noturnas, entre outros lugares, na famosa e histórica rua Cabo Rocha e arredores do antigo Cine Castelo. Atuava num dos mais famosos “bassfound” da noite porto-alegrense, daquela época. Moreno (ou um mulato quase imperceptível) já experimentava os primórdios de sua formação humanística. O ambiente era pesado, por vezes exigindo demandar o uso de força, seja para conter os ânimos exaltados, os excessos no consumo de bebida ou as brigas de toda a espécie, mas principalmente, das mulheres da dita vida fácil. Adão Eliseu era jovem, bem apessoado e franzino, tinha alguma consciência dos riscos, mas sabia se comportar inclusive tendo diversos causos para contar sobre situações inusitadas daquela rotina. Ainda em 1948 prestou seleção para Sgt. Foi aprovado, frequentou o curso no antigo Centro de Instrução Militar (CIM), atual APM, e após concluso e promovido voltou para o seu 1º BC como 3º Sgt, retornando as suas

rotinas e histórias que conta daquele tempo da Brigada. Mas em paralelo consumia livros e se preparava para a carreira. No ano de 1955, como 2º Sgt, começou a frequentar uma nova formação brigadiana, agora para oficial. Passara no concurso ao CFO (Curso de Formação de Oficial) e por ser casado, o que não era permitido pelo regulamento, integrou uma comissão que foi ao comandante-geral da BM pedir a abertura de exceção para os diversos sargentos casados daquele ano. E obtiveram a permissão especial. Foram quatro anos de curso, formando-se Aspirante a Oficial da BM, com a solenidade padrão no Estádio General Cipriano, na APM, em 20 de dezembro de 1958. Foi classificado no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e em 21 de abril de 1959, promovido a 2º Ten. Adão Eliseu mantinha seu gosto pela leitura e pela busca ao saber e isso o tornava diferenciado. Era aberto à discussão de qualquer tese ou doutrina. E para não tergiversar buscava esclarecer-se sobre teses e doutrinas propostas. Em 21 de junho de 1961 foi promovido a 1º Ten. E a virtude da busca ao saber foi interpretada como um potencial óbice pelos brigadianos mandantes da Revolução de 64. Ele foi incluso no rol dos investigados à cassação. Adão Eliseu foi transferido para o Corpo de Bombeiros e sofreu muita desconsideração durante os nove anos (1964-1973) que serviu no berço do humanismo brigadiano, mas também foi ali que ele fortificou sua têmpera de professor, humanista e escritor. Entre as recordações que guarda estão a de ouvir o toque de reunião de Oficiais e saber que não pode participar. Estava servindo naquela unidade contingencialmente. A orientação era para deixá-los (era ele e mais outros cinco oficiais na mesma situação) fora de

função e de qualquer atividade. Pressupunha-se que eram pessoas as quais não se poderia ter confiança. Havia os cochichos e a interrupção de conversas quando os seis se aproximavam de grupos de oficiais. Adão Eliseu não foi expurgado, mas também, não foi reabilitado. Apenas não foi cassado. Continuou nos Bombeiros com uma vida quase normal. Em 1966, além de frequentar o Curso de Especialização de Oficial Bombeiro (DEOB), em 21 de abril foi promovido a Cap. Nesse período conturbado de sua vida (1967) fez o vestibular e foi frequentar o curso de Letras na PUCRS. Era o comandante da Estação Fluvial à época. Formou-se em 1971 e já no ano seguinte, fez uma pós-graduação em Psicologia Educacional, cursando na mesma universidade que se licenciara e bacharelara em Letras. O ensaio de vida do humanista estava a pleno e ele não tinha essa consciência. Nesse mesmo ano de 1971 frequentou o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) e ficando habilitado à promoção. Uma das mais gratas lembranças do Cel Adão Eliseu é o anel de formatura que recebeu dos colegas oficiais dos bombeiros, os quais se cotizaram e compraram com o beneplácito do comandante bombeiro daquele momento, Cel Carlos Ademar da Silveira. Apesar de cinco filhos no casamento, ele teve problemas na relação e divorciou-se da esposa ficando com a guarda das crianças. Em 1963, casou-se em segunda núpcia com Maria Angélica da Silva Pires. Por ocasião desse segundo matrimônio foi morar no Beco do Carvalho, no bairro do Partenon. Maria Angélica ajudou na criação da escadinha de cinco filhos e, ainda, tiveram mais dois filhos (um casal). Ela é chamada de mãe por todos os filhos, enteados já adultos, que criou. Ela sempre foi atenciosa com todos

que procuravam Adão Eliseu. Em razão da posterior atividade política do Cel, a segunda esposa ficou muito conhecida por integrantes da Brigada Militar, sendo chamada de “dona Maria”. Na metade da década de 70 sua vida começava a ter um recomeço ou um reatamento de melhores relações institucionais que se produziram a partir das atividades do Cel Adão Eliseu na cultura e no ensino do mundo civil. Ele produz, em coautoria com Wolnir do Santos, ex-colega do curso de Letras e militar do Exército, seu primeiro livro - Língua Nacional -, em 1974. Também com a mesma parceria, escreveu História da Literatura brasileira. E ainda uma terceira obra: O retrato do Brasil. Nesse mesmo período Adão Eliseu começa a lecionar Português nos cursos preparatórios ao 2º grau (hoje Ensino Médio) Alcides Maya e no pré-vestibular Andradas. Começa um lento reconhecimento institucional do profissional antes desconsiderado. Em 1975, já como Cap, foi requisitado para atuar como Assistente Militar do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, onde permaneceu nessa função por quatro mandados presidenciais. Trabalhou com os seguintes presidentes do Legislativo: João Carlos Gastal (1973/1975), Nivaldo Soares (1977/1979), Carlos Giacomazzi (1979/1981) e Aldo Pinto (1981/1982). Foi promovido a Ten Cel em 31 de março de 1979. Com o que aprendera na Casa do Povo, resolveu atender aos pedidos de partidários do PDT (sempre foi Brisolista) e brigadianos para representá-los no Legislativo, se lançando candidato em 1984, mas acabou eleito vereador da Capital dois anos depois. E na sequência, foi nomeado secretário de Segurança Pública pelo então governador Alceu Collares. Depois, assumiu a Secretaria de Relações Internacionais.


Correio Brigadiano

pág 18 - Março 2012

E-Mail: orgatec.sm@terra.com.br

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie


pág 19 - Março 2012

Beleza Brigad iana

Correio Brigadiano

Garota Verão da Capital é do Farrapos e do Tiradentes

Aluna do CT Vitória Longarai Strada e sócia do Clube dos Oficiais representou a Porto Alegre

Na Capital participaram da disputa ao título de “Garota Verão 2012” 25 jovens, sendo 12 delas representando clubes e sociedades e13 sem representação clubística. Entre as classificadas para a final realizada em Capão da Canoa estava a Garota Verão Porto Alegre 2012, que representava o Clube Farrapos, Vitória Longaray Strada. Ela participou da disputa na final com 80 candidatas de todo o Estado. Debutante do Farrapos, em 2011, Vitória tem 15 anos e é estudante do Colégio Tiradentes, da Brigada Militar.

Vitória Longaray Strada é a “AL Longaray”, do Colégio Tirandentes, da Brigada Militar. Ela nasceu em 12 de outubro de 1996, no Hospital Mãe de Deus, na Capital. É filha de Jorge Osmar Strada e de Marisete Longaray Strada, sendo filha única. Uma criança muita ativa e cedo começou a fazer cursos de expressão corporal. Fez ginástica rítmica por 8 anos, chegando a

competir a nível estadual. Parou para fazer Ballet e Jazz . Aos 13 anos, foi aconselhada a recorrer às passarelas, como modelo. Foi descoberta por um caçador de talentos quando tinha 11 anos. Seu primeiro trabalho foi uma propaganda para uma loja de roupas para adolescentes. Posteriormente, interessou-se pela arte de interpretar. Cursou Teatro por um ano, levando com isso a se inscrever em um workshop no Rio de Janeiro dirigido por um dos diretores da Globo, Márcio Augusto. Desfilou para lojas de calçados e boutiques femininas e fez o comercial de Natal do Bourbon Shopping 2011.Há dois anos é modelo do Show Room da marca Carmin. O interesse pelo Colégio Tiradentes partiu dela mesma, mas somente no segundo semestre, antes do concurso. Por isso, precisou de um curso preparatório e muita dedicação. Estava determinada a entrar no Colégio Tiradentes. “Nós, pais, já sabíamos que esse interesse iria aflorar, pois quando aos 11 anos participou do projeto Protetor Ambiental Mirim, adorou tanto que optou por repetir a iniciativa, uma como aluna e outra como ajudante”, diz Marizete, mãe de Vitória. Foi tão importante a participação dela no Protetor Ambiental Mirim que ela guarda recordações de alta estima e amizades que duram até hoje. Antes de fazer concurso para o CT ela estudou no Colégio Mãe de Deus, Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Quanto às questões que de viver em uma escola militarizada, com

marchas, cantos de hinos e, de comportar-se como militar, Vitória teve uma adaptação maravilhosa. Os pais ficaram espantados quando se depararam com ela (no período de adaptação) marchando no quarto, na hora do banho e nos ensinando todas as regras, hinos e manobras da escola. Para ela é um orgulho vestir a farda, mesmo no transporte público de ida e volta para a escola. Tem um carinho todo especial pelo comando do Tiradentes, assim como pelos integrantes do Corpo de Alunos (CAL) e pelo corpo de docente. Por solicitação de um psicopedagogo da antiga escola, ela foi visitá-los fardada. As antigas colegas a cercaram e dispararam dezenas de perguntas, e para cada resposta era um espanto, dizendo que só mesmo quem tem um perfil adequado se adapta a essas regras “rígidas”. Como não poderia faltar, a velha pergunta sobre as faxinas obrigatórias e se era verdade que tinham que limpar até os banheiros. Tanto quanto para as outras perguntas Vitória respondia com naturalidade e consciente que tudo isso contribui para a formação de um bom cidadão. Suas notas são sempre boas. Quanto ao trabalho, fica registrado na agência os horários livres para que possam repassar aos clientes, ou encaminhamento para testes. No trabalho fixo como modelo da Carmin são feitos os prélançamentos da moda nos Show Room aos clientes lojistas do Rio Grande do Sul, e estes são periódicos em troca de estação, fazendo com que ela trabalhe no turno inverso da escola. Ela fez seu Debut no Clube Farrapos. Sempre teve uma expectativa de debutar e isso aconteceu pelo convênio do Colégio Tiradentes com Farrapos. Vitória não tinha uma ideia formada de como seria a festa de seus 15 anos, mas sua mãe já tinha tudo em mente para o seu debut no Clube Farrapos e

disso a mãe não abriria mão, por achar muito lindo e uma grande recordação. Mas foi só a Vitória participar do primeiro encontro para, por ela própria, comprar a ideia que depois viria a agradecer a mãe pelo incentivo. Ela ficou muito feliz em debutar, juntamente com seus pais, como diz a tradição do debut, ela foi apresentada à sociedade gaúcha. E foi uma grande honra, ter o “Clube Farrapos dos Oficiais da Brigada Militar”, através da jornalista Sonia Lupi, vislumbrado em Vitória, uma excelente representante da entidade junto ao concurso “Garota Verão 2012”. Com o concurso Garota Verão Porto Alegre ela permanece todo este como titular do cetro. No próximo ano ela estará entregando a faixa à nova garota escolhida. “Ainda não sabemos a programação consequente do concurso, estamos aguardando. Sabemos que no próximo ano participará do evento passando a faixa à Garota Verão 2013. Seria interessante ressaltar, aqui, no que se refere ao evento Garota Verão, as perguntas e curiosidades das pessoas no evento em Capão da Canoa. Perguntas como: “O CTBM permite que participe de concurso de beleza?”; “Lá nessa escola não é só marchar e obedecer ordens de militares?”. O futuro de Vitória ninguém sabe. Voltará ela a disputar concursos de beleza pelo Farrapos? Brilhará nas passarelas da moda? Será vista atuando nos palcos ou em telenovelas? São perguntas que somente o tempo tratará de responder.

Aluna Strada em visita pelo Colégio Tirandentes ao Cmt Geral em abri 20111

Foto realizada em meados de abril de 2011, momento em que foi entregue ao Cel Sérgio, Cmt-Geral da BM, o convite para a Formatura das Boinas, evento tradicional dos primeiros anistas, cuja representante foi a Aluna Longaray, que posteriormente, conquistou o título de Rainha do CTBM-PA. A aluna Vitória Longaray Strada, do 2º ano, é aplicada, disciplinada e ótima estudante, tendo sido eleita Garota Verão Porto Alegre/2012 pelo Clube Farrapos, ao disputar o título entre 85 candidatas da Capital. O restante da história de vida de Vitória pode ser lindo na página 8 e também no portal www.abcdasegurança.org.br/.


Correio Brigadiano

pág 20 - Março 2012

Indústria de Máquinas Ltda. O prazer de fazer cada vez melhor

O patrocínio faz a notícia circular - Prestigie 15 (54) 3321-99


pág 21 - Março 2012

RESP Central

ÓRGÃOS POLICIAIS ÓRGÃOS POLICIAIS

Correio Brigadiano

Correspondente às Áreas dos CRPOs C, P, VRP e VT

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Ten Enídio: Operacionalidade e Comunicação Social

Representante de uma família repleta de brigadianos e sua trajetória de Sd a Ten da corporação O Ten Enídio Dias Pereira, atualmente, trabalhando no Setor de Informática do Tribunal Militar Estadual, ficou bastante conhecido na Brigada Militar pelo ofício de fotógrafo que, exerceu desde a mais tenra idade. Enídio pertence a uma família literalmente de brigadianos. Filho de Enidio Pereira e de Zireni Perci Dias Pereira, nasceu 27 de dezembro de 1959, na cidade de Pelotas. Estudou no Colégio Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro Simões Lopes, tem Pelotas, todo o antigo primário. Seu pai era Sd da BM e tinha um estúdio fotográfico, frequentado por soldados do Batalhão do Exército, que era quase em frente, na rua Duque de Caxias. Há uma foto do Enídio nesse local (no portal). Ali Enídio iniciou seu aprendizado em fotografia que vai acompanhá-lo em sua carreira na BM. Na foto, ao lado e acima, Enídio, o mais claro e de blusa listrada, está entre seus tios, irmãos de seu pai: Maria, Aires (civil) Ubirajara Amaro Pereira (Ten RR) e do outro lado de Enídio, seu tio, Paulo Roberto Amaro Pereira (2º Sgt RR). Na foto seguinte, Enídio está com seus irmãos, dois dos nove que ele tem, sendo estes, bem à esquerda, Sergio Renato Dias Pereira (PM RR) e Sandra Enízio Pereira Moraes, casada com o 2º Sgt RR Moraes. Computando

com seu pai, os tios, irmãos, cunhado e sogro, totalizam mais de meia dúzia na BM, afora a filha que frequentou o Colégio Tiradentes, e a esposa que trabalhou por diversos anos no Jornal Correio Brigadiano. Um DNA verdadeiramente brigadiano. Em 1979 a famíilia de Enídio vem para a Capital e ele segue a saga familiar e entra para a Brigada Militar, ocorrendo em 13 de maio de 1981. Inclui no 9º BPM onde frequenta o Curso de Formação (foto acima e à direita da página).

Pouco mais de um ano de sua entrada na BM, ele casa com Vera Eledina Dutra Leivas. É pitoresca, segundo Enídio, a forma com que se conheceram, namoraram e casaram. Quando chegou em Porto Alegre, em 1979, ele não tinha nada de roupa para ir a uma festa. Consequiu tudo emprestado (menos a cueca) e foi a um baile de debutantes no Clube dos Cabos e Soldados. Lá tirou para danças a Vera, filha de brigadiano. Após terminar a contradança, Vera não se mostrava muito satisfeita. Eis que Enídio tropeçou e, ao quase cair no chão, tapeia o vertido de Vera, levantando-o escandalosamente. Encabulado e se desculpando, ela não o constrange e dá a oportunidade que Enídio precisa de conversar.

Aí já marcaram encontro para o dia seguinte, quando o Enídio comparece com sua irmã, o que gera uma cara torta de Vera. Após veio o namoro, noivado, casamento, ocorrido em 13 de janeiro de 1982, e um sogro brigadiano. Já casado e brigadiano do 9º BPM, em 1983, enquanto a maioria de seus colegas buscavam os cursos supletivos de frequência livre, ele vai para o Colégio Júlio de Castilhos. Frequenta o Ensino Médio e, paralelamente, o Curso de Formação de CB para o qual foi aceito. O Cb Enídio serve no batalhão Pedro e Paulo (9º BPM) de 1984 a 1988. Uma das funções que exerce é junto à Mobilização com o falecido Sgt José Carlos de Cartro que, como ele, também era fotógrafo.

Em 1988 nasce a filha Mery Stéfani Leivas Pereira, que mais tarde vai estudar no Colégio Tiradentes da Brigada Militar. Enídio é convidade para trabalhar como fotógrafo na PM/5, ACS/BM da Brigada Militar, indicado pelo Sgt Dorival e aceito pelo então Cap Fernandes. Seu período de ACS/BM é bastante profícuo e pode ser divido em três períodos ou atividades: a organização dos arquivos e resgate da produção do período ST Flávio, a Operação Golfinho (foram muitas edições) e os eventos em geral, em especial as montagens fotográficas solicitadas pelos comandos. O arquivo fotográfico pessoal, disponibilizado pelo Ten Enídio, nos mostra bem forte sua paixão pelo trabalho da Golfinho, mas também seu passado, quando ainda era jovem, no tempo dos cabeludos, com várias fotos. Um dos destaques é a foto que ele mesmo tirou em frente a um espelho - a primeira da parte cima e à esquerda da página -, que é sua preferida. A foto que lembra sua lua de mel como patrulheiro na frente da JME, onde hoje trabalha, a foto recebendo a comenda Cel Otávio Frota, como 2º Sgt, em solenidade da JME no 9º BPM. Há ainda a foto com o próprio Cel Frota, a quem visitou em casa por questões da PM5 e de quem ganhou até uma “galinha viva”. Sua foto com a ex-PM e atual escrivã PC Martini e a atual Sgt Janice. É como se a vida de Enídio fosse contada por imagem. O restante da história continua no portal: www.abcdaseguranca.org.br.


pág 22 - Março 2012

PM - PC e IGP

Correio Brigadiano

Joel Souza: delegado e atual diretor do Denarc da PC/RS De PM a Delegado: profissional que acredita na formação militar para o policiamento

O delegado Joel Souza de Oliveira é o atual diretor do Departamento Estadual de Investigações doe Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, cargo que assumiu no início de janeiro de 2010. É profissional da segurança pública, com um excelente e adequado currículo a essa função. Entende que parte de seu sucesso está no agir com visão militar. Diferente do pensamento de muitos colegas da Polícia Civil e de um grande número de policiais militares, propensos e defensores da desmilitarização, não julga existir estreitamente nessa formação para o serviço policial. Ele próprio pode ser citado como exemplo. E ao revelar sua trajetória, ele irá auxiliar muitos policiais a encararem uma forma diferenciada, nessa polêmica. O delegado é conhecido por ser muito dinâmico nas ações policiais e por ter construído uma profícua carreira policial, dizendo-se, ainda, com plena consciência no emprego dos ensinamentos adquiridos na doutrina militar. Apesar de não ter familiares em atuação nos órgãos de segurança do Estado, ele possui uma visão bastante íntima com três das quatro vinculadas à Secretaria da Segurança Pública. Ele é delegado de Polícia,mas antes foi escrivão de Polícia. Tem então pleno domínio do conhecimento institucional da organização e ainda foi policial militar, antes de policial civil, tendo também servido ao Exército. Portanto, tem domínio do conhecimento que rege a doutrina militar. Sua esposa é uma perita aposentada do IGP. É um profissional completo, com mais de 40 anos de carreira policial ininterrupta. Não se acanha em admitir que também trabalha baseado em sua formação militar que se iniciou no Exército brasileiro. Fato que ocorreu quando fez o serviço militar obrigatório, em Alegrete, no Grupo de Artilharia de Campanha existente naquela cidade. Relata que em sua equipe existem outros ex-brigadianos e egressos de

carreiras das Forças Armadas. Logo após o serviço militar prestou exames à Brigada Militar para o Curso de Formação de Oficiais (CFO), na Academia de Polícia Militar (APM). Exames que prestou na mesma turma do atual comandante-eral da BM, Cel Sergio Abreu, e também do Atamar Cabreira, até bem pouco tempo comandante do CPC, entre outros coronéis da BM. Fato esse que permitiu conversas de avaliação e brincadeiras, nas alternâncias de posições, que todos tiveram em suas carreiras na Polícia Civil e na Brigada Militar. Houve outros dois concursos públicos que prestou, no ano de 1974, sendo aprovado em ambos, quando então optou por incluir na Brigada Militar, no 1º Batalhão de Policia Militar. Neste Órgão Policial Militar serviu por quatro anos. Fez parte do início das Patrulhas de Qualquer Tarefa (PQT) - embrião de patrulhamento ostensivo como tropa tática de reação -, na Brigada Militar, que eram orientadas pelo hoje Cel da reserva Hugo Castro, que foi subcomandante da BM. O Delegado Joel foi enfático em afirmar: “Tive a honra daquele aprendizado, que ainda me é importante profissionalmente”. Também recorda, entre outros, do então Cap Mauro Pinto, que era bacharel em Direito e, posteriormente, fez concurso para o Ministério

Público e para lá se transferiu. Tanto o Cap Pinto, quanto o Cap Castro eram tidos como oficiais da “linha dura” - expressão que representa a forma de exigências técnicas. O delegado diz que ali foi o laboratório do trabalho de patrulhas, com os PMs embarcados nas laterais, pelos lados externos das Pick Ups. E, ainda, treinavam e aplicavam as descidas com as viaturas em movimento e em regular velocidade. Ele recorda que o ex-comandante -geral Pafiadachi também estava, nessa época, no 1º BPM, num grupo que antecedeu ao atual GATE da BM. Ele, delegado Joel, como policial militar, participou desses treinamentos e ações, que lhe permitiram um estilo de vida, em que se torna necessário ter um excelente preparo físico. Hábito que o delegado ainda cultiva e entende não poder se afastar. Tem seus equipamentos e cumpre as cargas determinadas regularmente. No ano de 1978 fez concurso para escrivão da Polícia Civil. Foi aprovado, indo cursar na Academia de Polícia Civil (Acadepol) sua formação policial civil. Como era técnico em eletrônica, houve seu aproveitamento, em razão dessa formação, no Departamento de Telecomunicações da Polícia Civil (Detel), hoje incluso no Departamento de Informática Policial (DINP). Na sequência, frequentou a

Faculdade de Engenharia Eletrônica o que só reforçou seus laços técnicos com esse órgão departamental da PC. Montou os principais sistemas de comunicação da Polícia, com ênfase para economicidade e alta eficiência, operando desde aquela época, toda a telefonia institucional, sobre uma base VHS. O delegado Joel entende que a segurança pública como um todo deveria estar operando integrada nas comunicações em VHS, telefônicas e informatizadas. Formado engenheiro eletrônico, fez seu mestrado na Espanha, especializando-se em Rede Informatizada em TI e Cabo, produzindo toda a base técnica hoje existente na Polícia Civil gaúcha. Foram várias vezes sua atuação nessa área técnica, tendo lá permanecido por oito anos como escrivão e bem mais que esse tempo como delegado. Em 1988, estava formado Bacharel em Direito na PUCRS, tendo ainda frequentado as Escolas do Ministério Público e da Ajuris, em aperfeiçoamento ao bacharelado. Em 1990, prestou concurso para delegado de Polícia. Aprovado, frequentou novamente a Acadepol, agora para o gerenciamento superior da sua instituição policial. O delegado Joel foi titular da 1ª DP, emJúlio de Castilhos, por dois anos, subordinado ao delegado Luiz Uraldo, da Regional em Santa Maria. Serviu posteriormente em Tupaciretã, por quase um ano, quando sofreu um acidente de trânsito, com fortes fraturas que, não fosse o seu preparo físico, teria sérias sequelas. Em 1995, foi servir em Butiá, já era delegado de 2ª Classe e lá permaneceu poucos meses. Foi convocado pela chefia da Polícia Civil para assumir a direção do Departamento de Polícia do Interior (DPI). E aí, faz-se necessária uma análise sobre procedimentos operacionais, adotados pelo delegado Joel. Por onde ele passou sempre atuou com visão e aplicação tática, além dos preceitos jurídicos legais inerentes às funções cartoriais e de administração dos inquéritos policiais. Procurou esclarecer esses conceitos em suas equipes e com elas, sempre montou operações com denominações

específicas. A atuação nessas operações são mensuradas e avaliadas, conjuntamente, na conclusão dos trabalhos com os respectivos resultados, passados integralmente, à imprensa. O delegado Joel, apesar de chocado com o avanço do uso de drogas na sociedade, por outro lado, está particularmente feliz e envaidecido pelo trabalho que está realizando no Denarc. As operações de apreensão de drogas são diversas e apresentam sempre crescentes resultados. Mas o que o delegado julga mais importante é o enfoque de prevenção que o órgão passou a operar. Escolas e comunidades organizadas procuram semanalmente o Denarc solicitando palestras e orientações. Além disso, o Denarc conta com policiais devotados e com uma infraestrutura nova e adequada a sua finalidade neste momento. O delegado Joel é um homem aberto ao diálogo e à integração com a Brigada Militar, Recentemente, apareceu em reportagens de jornais do Estado e emissoras de TV ao lado de oficiais da corporação, apresentando os resultados de uma operação conjunta. Ele garante que o sucesso das operações está no planejamento policial, cujos elementos de preparação são todos da doutrina militar. O resultado pode ser visto nas ações.


pág 23 - Março 2012

Todo Estado

Esp

Correio Brigadiano

Órgãos Especiais da BM, PC, Susepe e FTs

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Sgt Carlos: “Minha farda, minha história, minha vida” Retorno pleno às raízes rurais, na zona Sul do Estado, de onde nunca se afastou...

“Tudo começou lá pelos idos de 1974. Tinha sido aberto um concurso para a Brigada Militar na cidade de Pelotas e um conhecido da família, o Cb Parada me avisou do concurso e então fui me inscrever no quartel do 4º BPM. Tendo sido aprovado nas provas física e teórica, perguntaram quem queria servir em Porto Alegre no quartel do 9º BPM. Não pensei duas vezes: era tudo o que eu queria, o nome 9º Batalhão já me perseguia desde o tempo de Exército onde servi com muito orgulho no 9º Batalhão de Infantaria Motorizado, inclusive tendo servido na fronteira do Chuí (Brasil) com o Chuy (Uruguai) em uma época difícil, onde os tupamaros (guerrilheiros uruguaios) a todo o momento cruzavam nossas fronteiras pelas fazendas dos brasileiros e muitas vezes no forte do inverno saíamos em busca desses invasores campo a fora cruzando por alambrados e quebrando gelo no campo, retornando um ou dois dias depois. Do Exército, trouxe comigo, na minha saída, o Certificado de Honra ao Mérito com os seguintes dizeres: ‘Em homenagem ao mérito, declaramos que o Soldado Carlos Roberto Borges, durante a prestação do Serviço Militar inicial, manteve excelente atividade e modelar comportamento, como o confirmam as suas alterações e a observação do modo como desempenhou os encargos que lhe foram atribuídos, fazendo jus a esta prova de distinção dos seus superiores hierárquicos’. Recebi o Certificado Reservista 412.598 Série A - Pelotas - 14 Janeiro de 1973. Em julho de 1974, foi marcado o dia em que deveríamos estar prontos de mala e cuia para partir para um mundo - digo, uma cidade - até então desconhecido para mim: a capital do Estado. Não cabia em mim de

tanta alegria. Estava eu nas fileiras da Brigada Militar. Não sei a marca daquele ônibus que nos levava mas sei que tinha as cores da Brigada. Seus bancos eram duros como pedra. O motor ficava bem à frente da carroceria. Era parecido com os antigos ônibus Hércules 1946. Confesso que fiquei maravilhado ao passar pela ponte do Guaíba e ver aquele rio enorme, edifícios de uma beleza infinita pra quem chega pela primeira vez em Porto Alegre. Ao chegar no 9º BPM fomos bem recepcionados pelos colegas que lá estavam, nos ajudaram a montar os beliches em um dos alojamentos do prédio velho que circundava o prédio novo em construção. Começava ali o curso de Sd no quartel do 9º BPM. Ali nos formamos. Eram outros tempos. Hoje, quando visito o 9º BPM e vejo a Praia de Belas com trânsito intenso, perigoso, difícil para uma pessoa atravessar, me lembro daquela época em que as formaturas eram feitas na frente do quartel na mesma avenida. Eram bons tempos, e creio que fui um bom Sd na minha época. Estava sempre na linha de frente enfrentando e combatendo o crime. Quando havia uma operação sempre eu era lembrado para participar. Na época eu não percebia mas hoje vejo o quanto meus comandantes tinham confiança em mim, pois sabiam que eu dava a resposta ao chamado. Por longos anos morei no quartel, onde conheci minha esposa que trabalhava na residência do Cel Raul e da dona Carmen, sua esposa, naquele prédio nos fundos do 9º BPM. Ter servido no 9º BPM foi uma honra para mim, me deu uma bagagem imensa. Um batalhão com características próprias na sua função de policiamento ostensivo preventivo, na área central da cidade onde circulam milhares de pessoas de Porto Alegre e de outras cidades do interior do Estado e de outros lugares também. Todo o

processo de democratização do país também passou por esta área e eu estive presente, observando, atuando como um agente da ordem e da lei. Sinto-me lisonjeado por ter participado, estado ali naqueles momentos em que o país fazia a sua mudança política e estrutural. Em 21 de abril de 1984 recebi do prefeito Adão Dornelles Faraco, de Alegrete, o diploma de participação no Concurso Nacional Mario Quintana de Poesia, Conto e Crônica, onde participei ficando em 8º lugar no Estado. Também participei da primeira Mostra de Artes Brigadianas, com uma poesia, sendo agraciado com o certificado de participação pelo Cel Cordoniz. Fui convidado pelo Ten Cel Vanderlei Martins Pinheiro, na época Cap da Brigada Militare servindo no 9º BPM, para juntamente com um grupo de 36 pessoas, em 5 de Julho de 1986, fundar a APESP (Associação Pró- Editoriação à Segurança Pública) - entidade civil sem fins lucrativos destinada ao desenvolvimento intelectual dos quadros e instituições de segurança, do qual hoje faço parte. Por problemas de saúde na família tive que, no ano de 1987, pedir transferência para Pelotas, mais precisamente para o 4º BPM, onde trabalhei por alguns anos na praia do Laranjal e depois mais alguns anos na Vila Arthur Lange - distrito de Pelotas, hoje cidade de Turuçu. Cabe salientar que Turuçu foi um dos lugares onde pude desenvolver juntamente com os Sd Joison ( já falecido, vítima de um tiro covarde de um meliante), Bandeira, Porto e Ricardo, um ótimo serviço junto à comunidade rural, interagindo com proprietários de fazenda e criadores de gado. Conseguimos fazer cair o índice de abigeato num combate intenso a este meliantes. Várias prisões foram feitas trazendo para aquela colônia um pouco de tranquilidade aos criadores. Em 1995, fui transferido para a cidade de Camaquã, onde o prefeito, sabendo

FONTUR TRANSPORTES

da carência de efetivo da Brigada Militar, fez um convênio com o governo do Estado na época e construiu casas que foram doadas para o PM que quisesse servir no município, na então 7ª Cia Independente (hoje 30º BPM). Para cá vim em 1995 ainda Sd. Aqui criei novas amizades, mas sempre com a intenção de que quando me aposentasse retornaria a Pelotas. Mas a história mudou o seu curso. Os anos foram passando e com eles a vontade de ficar aqui. Eu, minha esposa e minha filha fomos adotados por Camaquã e hoje não pensamos em sair daqui, onde sentamos nossas raízes. Daqui saí para ficar um ano na Academia de Polícia da Brigada Militar, fazendo o CTSP em 2004. Sei que estas oportunidades que a vida e a Brigada Militar me deram não têm preço. Dizer que estive ali na APM entre as paredes desta escola a qual formou grandes nomes da Segurança Pública, nada paga esses momentos que lá passei. Me formei no Curso Técnico em Segurança Pública em 10 de junho 2005 e, como este Rio Grande é pequeno, quem encontro na APM? O Ten Cel Carlos Frederico Azevedo Hirsch, que foi Aspirante a Oficial no 9º BPM. Não lembro a data, mas recordo que conversamos e relembramos aqueles tempos. De volta a Camaquã assumi o comando do GPM de Arambaré, de onde havia saído para ir fazer o CTSP, tendo recebido do prefeito de Arambaré, José Carlos Rassier, o Certificado Amigo da Cidade. E ali fiquei até me aposentar. Não consegui sair Ten na reserva pois a conpulsória me pegou faltando quatro meses, mas tudo bem. Saí como 1º Sgt na reserva. Em julho de 2009 pedi para voltar para o CVMI. Fiz o curso em Santa Maria - cidade que ainda não conhecia. E aí eu vejo quantos lugares nesse pago a Brigada Militar está presente. E, em cada lugar, soberana e imponente, mostrando sua força e sua

dedicação, formando homens dispostos a dar sua vida pela causa que abraçaram: ser Sd da Brigada Militar. Digo hoje com as palavras do fundo do meu coração: Obrigado meu Deus pela oportunidade que me deu. Obrigado Brigada Militar, por me acolher em teu seio”.


pág 24 - Março 2012

Órgãos de Ensino

Correio Brigadiano

Ens Acadepol, APM/BM e Escola da Susepe

abc/JCB nº 206 de março de 2012

Porf Romeu Karnikowski e a história da Brigada Militar Defesa de uma tese de doutorado na Ufrgs sobre a Policialização da Oficialidade de 1892/1988 Romeu nasceu em São Luiz Gonzaga - se diz missioneiro de fina cepa -, estudou quase toda a sua vida nas escolas de Santa Rosa e Santo Ângelo onde iniciou a Faculdade de Direito, na antiga Fadisa, antes de pedir transferência para a Unijuí, onde se forma em 1992. Mestre em Ciência Política pela Ufrgs em 1999, com a dissertação “Contribuição ao Estudo do Trabalhismo no Rio Grande do Sul (1945-1980)”. Foi professor entre 1994 e 2001 das seguintes disciplinas na Unijuí: Introdução à Ciência Política, Teoria do Estado,

E S PA Ç O Imposto de Renda

Teoria Política, Geografia Política, Estudos das Classes Sociais e Estudos dos Problemas Brasileiros (EPB) nos cursos de Direito, Geografia, Economia e no básico de vários outros. Nos anos de 2001 e 2002 foi assessor jurídico da Secretária de Justiça e Segurança sob a administração do então secretário José Paulo Bisol. Em setembro de 2002, assumiu a coordenação da Assessoria Jurídica da mesma e em maio e junho de 2002 foi relator do Plano de Carreira da Brigada Militar, que redundou no PLC 203, aprovado na AL/RS no dia 28 de agosto de 2002, que deu origem às Leis Complementares 11.831 e 11.832, ambas de 18 de setembro de 2002. Nessa ocasião já começou pesquisas sobre a Brigada Militar já visando o doutorado, pois a intenção antes de se apaixonar pelos assuntos de Polícia, era aprofundar as suas pesquisas sobre

O participante que fez resgate do seu plano de Seguro Flexi no ano de 2011 e faz declaração do Imposto de Renda, deve procurar o MBM para retirar o seu Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção de Imposto de Renda na Fonte. Esta declaração de rendimentos refere-se aos valores recebidos, visando à inclusão no Total de Rendimentos da Declaração do Imposto de Renda. Portanto, procure o MBM nos endereços abaixo ou entre em contato pelo telefone (51) 3216-2500 e solicite um dos atendentes.

Loja Filial RS

Loja Porto Alegre: Rua dos Andradas, 772, Centro, Porto Alegre-RS Horário de atendimento: das 9h às 17h Loja Passo Fundo: Rua Cel. Pelegrini, 618, Vila Rodrigues, Passo Fundo-RS Horário de atendimento: das 9h30min às 12h e das 13h às 17h Loja Santa Maria: Av. Nossa Senhora das Dores, 79, Bairro Nossa Senhora das Dores, Santa Maria-RS Horário de atendimento: das 9h30min às 12h e das 13h às 17h Caso você ainda não tenha um plano do MBM Seguro de Pessoas, entre em contato com nossos colaboradores nos endereços acima e confira todos os benefícios que um plano de seguro pode proporcionar para a sua tranquilidade e de sua família.

Você sabia?

- Que ao contratar a Assistência Funeral além de cobrir as despesas das formalidades administrativas no que se refere ao sepultamento, o produto através de um convênio com a e-Pharma oportuniza descontos em mais de mil medicamentos nas redes de farmácias conveniadas e, além disso, a família recebe uma cesta básica mensal pelo período de 12 meses em caso de morte do titular do seguro? - Que ao contratar a Assistência Automóvel o benefício é da pessoa e não do veículo, ou seja, o participante ao contratar a assistência terá direito a acionar três socorros mecânicos e três reboques mesmo que o veículo não seja de sua propriedade, sendo a única exigência a presença do segurado no local da ocorrência? - Que ao contratar a Assistência Lar você, através de uma ligação, pode acionar serviços que garantem reparos emergenciais em sua residência habitual durante a vigência do seu seguro contratado? Ficou interessado? Procure uma das lojas do MBM em Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Maria ou, ainda, entre em contato através do telefone (51) 3216-2500 e solicite um dos atendentes. Estamos aguardando o seu contato!

Essa é a Helena minha filha, ela tem dois anos e cinco meses. Ela é bisneta do ST Adão Matter, brilhante bombeiro que tragicamente foi assassinado em março de 1999. Helena nasceu EM 6 de outubro de 2009 e mudou radicalmente minha vida. Eu tenho outro filho, o Ulisses, que esta indo para o final da faculdade de Publicidade e Propaganda, na Unijuí, e é especialista em Mitologia Grega, talvez um dos mais profundos estudiosos da cultura grega em nosso Estado. Um grande cara esse Ulisses.

o trabalhismo no doutorado em Ciência Política. Mas a paixão pela Polícia falou mais alto e foi para a Sociologia estudar sobre a Brigada Militar, onde inicialmente era fazer um estudo comparativo entre as Polícias Militares de São Paulo e do Rio Grande do Sul e cujo projeto foi aprovado. Mas a grande dificuldade material de levar adiante essa pesquisa, o fez optar por um estudo monográfico sobre a Brigada Militar com a tese de que a milícia gaúcha foi criada como Exército estadual e ao longo de muitos anos foi transformada em Polícia, centrada no papel que o seu oficialato teve nesse processo. A referida tese foi aprovada no dia 8 de outubro de 2010. Atualmente, é bolsista do Programa Nacional do Pós-Doutorado (PNPD), junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, sob orientação do professor doutor Emil Sobottka, com uma pesquisa sobre o Pronasci, com base na Teoria do Reconhecimento, do pensador alemão Axel Honneth. Mas o maior título e a maior honra de sua vida é ser pai de Helena e do Ulisses Karnikowski. “Eu todos os dias agradeço essa benção maravilhosa de ser pai dos meus dois filhos. Bem, agora eu registrei,

são meus, ah, ah, ah!”, brinca. Em 8 de outubro de 2010, foi feita a apresentação da tese do professor Romeu Machado Karnikowski, no Programa de Pós-graduação em sociologia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), como quesito parcial para a obtenção do grau de Doutor em Sociologia. A tese versou sobre a corporação brigadiana, tendo como título e delimitação: “De Exército estadual à Polícia Militar: O papel dos oficiais na policialização da Brigada Militar (1892-1988). O professor Karnikowski, além de sociólogo, é bacharel em Ciências Jurídicas. Romeu apresenta um robusto trabalho, com 647 páginas, completo pelo projeto que propôs e que vai, para a Brigada Militar, além da validade acadêmica da Ufrgs, se consolidando como uma fonte à pesquisa da corporação. Fonte renovada em conceitos de causas e efeitos, sem qualquer equívoco de um movimento à corrente crítica que julga o tratamento de valores como um atavismo. Ele faz um tratamento tradicional no processo histórico sem contudo se garantir no oficialismo institucional. Será a principal fonte da história corporativa a partir de agora, pronta para o uso do Departamento de Ensino da Brigada Militar e para uso em todos os cursos da BM. Foi orientador do trabalho desenvolvido por

Romeu, o professor doutor José Vicente Tavares que, a partir de 1991, fez palestra no Instituto de Pesquisas da BM, quando recém-criado e, a partir de então, passou a produzir um currículo de trabalhos elaborados em parceria com instituições brigadianas. Temos a partir de agora não mais o mestre Romeu Karnikowski, temos o doutor Romeu. A banca examinadora foi constituída dos professores doutores Michel Misse (UFRJ), Luiz Alberto Gruijó (Ufrgs), Alex Nique Teixeira (Ufrgs) e Letícia Maria Sshabbach (Ufrgs). Romeu teve seu caminho de aprendizado do universo brigadiano quando trabalhou na Secretaria da Segurança Pública (SSP), na gestão do secretário José Paulo Bisol. Ele assessorava o atual secretário de Segurança Pública Roberto Michels, à época, superintendente dos Serviços Penitenciários (Susepe). Após o período do quadriênio governamental foi assessorar a área jurídica da Associação dos Cabos e Soldados, conhecida como Abamf, onde permaneceu por mais um período, equivalente ao que esteve na SSP, quatro anos. Nessa época conheceu e apanhou informações sobre a vivência da Brigada

Militar no interior do Estado, através dos Núcleos da Abamf. Em seguida, novo período de inserção se deu, por oito anos, quando atuou em assessoria ao deputado Marcos Lang, Sgt reformado da Brigada Militar, acidentado em operação de Bombeiros, ficando paraplégico. Traçamos um quadro de 16 anos de vivência com a vida institucional da Brigada Militar, que comprovam o back ground prático, além de toda a pesquisa bibliográfica, sendo essa práxis em regime, tnum conceito de inserção do pesquisador na vida do pesquisado. Ele visitou e ouviu todos os espaços da Brigada Militar e de suas entidades de classe, sociais, filantrópicas e culturais. Assenhorado da resenha bibliografia histórica da BM, da construção de seu referencial teórico, questionou por toda sua pesquisa conceitual direta nos membros da instituição, criando um corpo renovado e mais vigoroso do memorial brigadiano. Sua página de agradecimentos retrata essa vivência em todos os níveis brigadianos de coronéis a soldados. Uma obra que veio para preencher a lacuna de um trabalho mais denso da história e das questões da Brigada Militar. Com o aprofundamento exploratório repleto de novos entendimentos sobre aspectos formativos do ser Brigada Militar, a tese é um passeio pelo conceito de Polícia, em seus 200 anos de existência, como também dos muitos conceitos da vida e dos 4 mil anos de história militar. Ele trata do nome e da origem de muitos tipos de frações de tropa. É importante a assertiva de que a doutrina militar tem 4 mil anos e a Polícia vai completar 200 anos em 2029. A tese do doutor Romeu é um texto importante que terá consumo obrigatório no universo de cursos da Brigada Militar, dos pesquisadores de história militar e do mundo acadêmico. Seria muito importante que o professor Romeu Karnikowski autorizasse a publicação de sua tese junto aos textos brigadianos que o abc da segurança / correio brigadiano mantém no ISSUU.


T E C N O L O G I A

pág 25 - Março 2012

Correio Brigadiano

Esforço tecnológico da segurança à Copa do Mundo em 2014 Existem encarregados e comissões além uma série de iniciativas que podem parecer autônomas

Veículo VANT, já ulitilizado em diversos eventos esportivos (Beira Rio e Expointer).

Triciclos usados na Festa da Uva de 2012, por integrante do 12º BPM

A Secretaria da Segurança Pública não está diretamente envolvida com os sapectos da preparação da Copa do Mundo em 2014, em Porto Alegre. O Comitê Gestor do governo do Estado está a cargo da Secretaria do Esporte e Lazer, onde uma Câmara Temática trata dessa questão. A Coordenadoria Geral está a cargo do Secretário de Estado Kalil Sehbe Neto; o Co-

Triciclos usados na Expointer 2011, por integrante do 34º BPM

ordenador Executivo, Maurício Nunes Santos; e o Coordenador da Câmara Temática de Segurança Kleber Roberto de Lima Senisse. O Cel Kleber apresenta em todo o Estado o audio visual que relata detalhadamente toda o cronograma de atividades no campo da segurança pública. Esse documento está disponível no endereço: www.issuu.com/brigadiano/docs e foi apresentado a todas as instituições da

Viatura elétrica, com câmara de 360º de giro, em teste, a partir deste mês, em Caxias do Sul, mas para a Copa 2014.

segurança pública gaúcha. Mesmo que por vezes, não o seja, tudo que aparece de inovação, no serviço policial, pode ser associado a estar sendo experimentado para definir sua aplicação nos eventos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014, na cidade de Porto Alegre. Por outro lado, apesar dos gestores, não se referirem diretamente ao assunto, há sérios problemas na questão orçamentaria do evento.

Segurança é nova vítima do corte de verbas da Copa Fonte de crise entre o Brasil e a Fifa, os cortes e atrasos em preparativos para a Copa de 2014 agora atingem em cheio a segurança, uma das áreas mais sensíveis e prioritárias para a competição. Afora os problemas em obras de mobilidade, estádios, portos e aeroportos, o governo tem recusado dinheiro para o setor e mantém praticamente parados alguns dos projetos para evitar crimes e episódios de violência no Brasil durante o evento. A Polícia Federal (PF), por exemplo, planejou 226 iniciativas para preparar o país para receber turistas, delegações e autoridades estrangeiras, orçadas em R$ 707 milhões. O assunto vem sendo discutido desde 2010 com a Agência para Assuntos da Copa do Mundo 2014 (Agecopa), a Casa Civil e, desde agosto do ano passado, com a recém-criada Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (Sesge), ligada ao Ministério da Justiça, que cuidará também da preparação para a Rio+20, a Olimpíada e outras grandes agendas nacionais. Em reuniões internas para consolidar o Planejamento Estratégico para a Segurança da Copa, a ser apresentado neste semestre, a maioria já foi excluída. Segundo fontes ligadas às negociações, dos 226 projetos inicialmente propostos, 83 estavam previstos até o fim de 2011, mas por causa da necessidade de remanejar dinheiro do orçamento para outros órgãos da Esplanada dos Ministérios, só 15, orçados em R$ 104 milhões até 2015, foram mantidos no planejamento. Neste ano, eles devem consumir R$ 64 milhões, metade do inicialmente previsto. A tesoura atingiu seminários e cursos de capacitação de policiais federais, viaturas, armas, lanchas de patrulha costeira, equipamentos de informática, sistemas de segurança aeroportuária, unidades de controle migratório, campanhas educativas e até a contratação de tradutores para auxiliar servidores da PF. Também não estão previstos, por ora, veículos para as equipes do grupo antibomba, embora a PF seja referência na área para as demais polícias. A compra de helicópteros especiais para a segurança de autoridades também está fora dos planos, segundo fontes que participaram das negociações, assim como diversos aparelhos para prevenção ao terrorismo. Uma das preocupações é que, embora o Brasil tenha tradição pacífica, a entrada de cidadãos de países considerados de risco, como Paquistão, Israel e Estados Unidos, aumente o risco de ataques. Mesmo que o governo decida adquirir alguns destes equipamentos,

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

orçada em R$ 38,6 milhões, ficou no papel. haverá dificuldade agora, uma vez que muitos têm Na Polícia Federal, outros oito, que consumde ser encomendados em longo prazo aos fabriiriam R$ 74 milhões, não avançaram, a exemplo cantes. Se sair mesmo este ano, como promete o da Integração da Base de Dados para a Copa do Ministério da Justiça, o planejamento estratégico Mundo (Cintepol), uma ferramenta que permitiria a para a Segurança na Copa será entregue quase troca de arquivos da PF com as demais polícias, cinco anos depois de o Brasil ser anunciado como além do cruzamento de informações armazenadas. sede da competição. Investimentos para o evento O sistema um dos principais legados do evento feitos antes foram aprovados pelo Fundo Nacional esportivo para a segurança e também ficou de fora de Segurança Pública, mas boa parte empacou, o Projeto Barramento, cuja proposta era integrar apesar da verba assegurada em orçamento. os sistemas policiais que guardam e processam Na Polícia Rodoviária Federal a compra de PIT 9546 B - Adaptar anúncio de janeiro para formato página.pdf impressões digitais. aviões para o resgate de vítimas de acidentes,

Em 12/3, no auditório do QCG realizou-se reunião técnica da BM sobre gestão do Pol Ost na Copa 2012.

As instituições BM, PC, Susepe e IGP estão fazendo sua parte, compete ao governo

Aeronave não tripulada pode voar por 37 horas ininterruptamente. (PF/Parará)

do Estado ser mais presente, nessa questão e, dar transparência a essa deficiência material.

CONTINUAÇÃO

Garota Verão da Capital é do Farrapos e do Colégio Tiradentes História completa e fotos da CT Strada estão publicadas na página 19 desta edição A participação de uma aluna do CTBM contribuiu para a desmistificação de muitas ideias distorcidas sobre a escola, e mostrou que são alunas iguais a de outras escolas, e que não é necessário, nem obrigatório, perder a vaidade quando se estuda nessa escola. Muito pelo contrário, ela recebeu apoio do comando e de toda a escola, pelo qual os pais se sentem muito agradecidos. A aluna CT Strada foi, duplamente, a representante da Brigada Militar. Primeiro pelo Clube Farrapos (dos Oficiais) e, em segundo, pelo Colégio Tiradentes, que é um OPM da Brigada Militar. Portanto, é possível afirmar que a BM foi representada no concurso. E ela, segundo sua família, se sentiu acolhida por todos e se sente orgulhosa de estudar no Tiradentes e de representar o Far1 06/02/12 10:04 rapos, que a convidou, e que levou a participar do concurso e ser a Garota Verão Porto Alegre 2012.


G E R A L

pág 26 - Março 2012

Senador Maggi, autor da PEC 102 da unificação das PMs e PCs quer isonomia

Apólice do governo do Estado de Santa Catarina premia segurado

No dia 20 de março foi realizada na Filial Santa Catarina a entrega de cheque referente ao sorteio do título de capitalização vinculado à Apólice 235 - Governo do Estado de Santa Catarina. A sorteada Maria Lucia Martins da Rocha, esposa e beneficiária do titular do seguro, Eder Maurici da Rocha, recebeu o cheque

das mãos da gerente da Filial, Márcia Farias. A Apólice foi firmada em novembro de 2007 para atender as necessidades dos policiais militares do Estado de Santa Catarina. Este é o segundo segurado contemplado com o sorteio do título de capitalização. A sortuda não revelou o que pretende fazer com o dinheiro. Na fotografia acima o momento da entrega do cheque.

O senador Blairo Maggi (PR-MT), propositor da PEC 102, argumenta que o modelo existente é ineficaz, burocrático e oneroso. “Há sobreposição de trabalho e essa rotina já não atende satisfatoriamente a sociedade, que nos dias atuais clama por agilidade”, diz. Pelo projeto, Maggi quer equiparar as polícias. Citando a recente greve dos PMs da Bahia e do Rio de Janeiro, Maggi acredita que a medida possa ser a solução para eliminar rixas entre civis e militares por meio da equiparação da categoria em salário e condições de trabalho num sistema único. De acordo com o projeto do senador, o piso salarial não ficaria equiparado ao do Distrito Federal, como propõe a PEC 300. Maggi sugere a criação de um fundo nacional capaz de garantir a implementação de um salário base.

Correio Brigadiano

Aprovadas as contas da IBCM de 2011, pelos Conselhos da entidade

Reunidos em Assembleia Geral Ordinária, os associados aprovaram por unanimidade o balanço anual da IBCM referente a 2011. As contas já haviam recebido parecer favorável do Conselho Fiscal. Na noite de 13 de março, o relatório do órgão de fiscalização foi apresentado para apreciação dos associados, que lotaram o Salão

de Atos da instituição e aprovaram a matéria. “É a prova de que houve lisura nas contas, de que os recursos foram bem aplicados, de que as receitas beneficiaram o associado”, disse o presidente Daniel Lopes dos Santos. A Assembleia também aprovou de forma unânime os relatórios anuais 2011 da diretoria executiva e dos conselhos Deliberativo e Fiscal.

Kelleter & Advogados Associados Escritório Especializado nas seguintes áreas (24 horas)

(51) 3231.1063 9991.3131 Caxias do Sul: Avenida Júlio de Castilhos, 1614 4º Andar | Centro 54 3223.8437 c Dr. Alexandre

FLORES & RODRIGUES ADVOGADOS Dr. SANDRO DA SILVA RODRIGUES

Atuando há mais de 19 anos nas diversas áreas do Direito. Servidor, pensionista e o público em geral, tenha a solução definitiva para suas questões jurídicas.

OAB/RS 68.037

Especialista em Direito Militar

www.miguelarcanjo.adv.br

Av. Azenha, l59l/202 Porto Alegre.RS - CEP 90l60-003 Fones/Fax: [5l] 32l7.5723 3028.6835 - 3223.0370

Direito Previdenciário Aposentadorias Pensões Auxílio Doença Rua Dr. Vicente de Paula Dutra 216 Conj. 307 | Praia de Belas Cep: 90110-200 | Porto Alegre - RS

www.portanovafonseca.com.br

Contato: 3228-2808 9910-2808


pág 27 - Março 2012

G E R A L

Correio Brigadiano

Penas menores a réus confessos, Colete balístico teve seu uso na PMRJ a partir mais facilidades aos criminosos liberado do mês de fevereiro A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê a redução de 1/3 a 2/3 na pena a ser aplicada a quem espontaneamente confessar o crime e declarar-se culpado antes do recebimento da denúncia, assistido por um advogado. O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), ao projeto de lei 340/11, do deputado Hugo Leal (PSC-RJ). A proposta original determinava a redução em 1/3 da pena aplicada a quem espontaneamente confessasse o crime e se declarasse culpado no início do processo, ou seja, após a formalização da denúncia. Francischini alterou a escala da redução da pena para adaptá-la ao Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). Hoje, o Código já considera a confissão espontânea como circunstância atenuante da pena e especifica, nos casos de crimes sem violência contra a pessoa, a diminuição da pena de 1/3 a 2/3 quando o criminoso repara o dano causado. A inovação do projeto em análise na Câmara, explica Francischini, baseia-se na economicidade jurídica. “A vantagem da alteração proposta reside na redução do tempo da persecução penal compreende a investigação criminal, que é preliminar, e o processo penal propriamente dito - e da sensação de impunidade, presente quando os criminosos retardam a conclusão do processo penal, permanecendo livres durante esse período”, disse o relator.

Farias de Sá; “Aqui é o 2º Conselho Nacional do MP pior do Brasil. É viável a im- começa a usar o Sistema de plantação do piso nacional” Processos Eletrônicos

A liberação do colete foi entendida por alguns como medida ecônomica, por falta do material. Para outros, como política, denotando que a pacificação já é real.. Ou seja, não tendo material para uso suficiente de toda a tropa, o comando libera para uso opcional, pois a maioria dos coletes existentes está vencida. De qualquer forma, as críticas estão sendo feitas, uma dela vem do Cel José Vicente, da Reserva Remunerada da PMESP e ex-secretário nacional de Segurança Pública. Postado no blog Abordagem Policial - http://abordagempolicial.com.

ITINERANTE Paulo César Franquilin Pereira Tenente Coronel QOEM e jornalista Assessor de DH/BM - RS

Curso Preparatório à Seleção do CTSP e CBA Na sede do Correio Brigadiano está previsto para início em 12 de abril um curso preparatório para quem deseja se preparar às seleções da Brigada Militar de Soldados para 2º Sargentos e de Sargentos para Tenentes. Contato das 9h às 17h, pelo telefone (51) 8481-6459 ou no local: Rua Bispo Willian Thomaz, 61 - Teresópollis - Porto Alegre

Programa Brigada Orienta Neste ano, a Brigada Militar inovou no seu trabalho preventivo durante a Operação Golfinho através de um novo programa institucional: o Brigada Orienta. O objetivo principal a prevenção, congregando projetos sociais já consagrados e outros inéditos, idealizados pela Assessoria de Direitos Humanos da Brigada Militar. Assim os projetos mais antigos: Salvavidas Mirim, destinado para crianças, e o Salva-vidas Master, com foco nos adultos, tendo ainda o Surf Salva, voltado para os surfistas, todos focados nos cuidados com o mar, prevenção quanto à exposição ao sol, informações sobre as correntes marítimas e orientações quanto às bandeiras utilizadas pelos salva-vidas. Dois outros projetos já consagrados: o Patrulheiro Ambiental Mirim, que ensina crianças os cuidados com o meio ambiente e com a separação do lixo e a Escolinha ABC de Trânsito, voltada para o ensino sobre o trânsito para crianças, utilizando-se de uma simulação de vias, onde os alunos podem exercer os diferentes papéis: motorista, motociclista e pedestre. Como novidades do Programa Brigada

Orienta foram apresentados: o Proerd Praia, que visa levar para os veranistas as orientações referentes ao Programa Educacional de Prevenção ao Uso de Drogas e à Violência (Proerd), atingindo crianças, adolescentes e adultos, através de palestras preventivas, e o Brigada Orienta Verão, que tem como foco os hóspedes de pousadas, colônias de férias, hotéis, moradores de áreas em situação de risco social, levando informações sobre prevenção de incêndios, cuidados com a saúde e trânsito. Encerrando a gama de projetos sociais inéditos tivemos o Brigada em Cena, um grupo teatral de brigadianos que encena peças teatrais com temas como trânsito, Lei Maria da Penha, violência doméstica, cuidados com o mar, demonstrando situações do dia-a-dia, utilizando-se de personagens cômicos para interagir com o público, levando aos veranistas e moradores momentos de lazer e descontração, além de atividades lúdicas na beira do mar. A união de todos os projetos sociais num único local fizeram acontecer o Brigada Amiga, em quatro edições - Cassino, Torres, Balneário Pinhal e Tramandaí -, levando aos veranistas os projetos elencados, aproximando comunidade e Brigada Militar durante um dia de atividades

diversificadas. O foco principal do Brigada Orienta foi a preservação da vida, direito maior de todos os seres humanos, atingindo um total de mais de 80 mil pessoas, sendo possível avaliar que todos os objetivos propostos pela Assessoria de Direitos Humanos foram alcançados, com ênfase para os direitos à vida, à liberdade e à igualdade entre todos os envolvidos, sendo importante destacar que o Brigada Orienta estava incluído no Programa Verão Numa Boa, do governo do Estado, com uma gama de ações sociais voltadas para um veraneio saudável e tranquilo. A partir deste ano, todos os Projetos Sociais da Brigada Militar serão incluídos no Programa Brigada Orienta, visando atingir com as orientações de prevenção a toda comunidade gaúcha, utilizando um canal de comunicação direto, através do www.facebook.com/brigadaorienta. Ass DH/BM OPM do Colunista

Em entrevista ao jornal do Comércio de Porto Alegre, em 19 de março, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá citou a Brigada Militar, como a segunda Polícia Militar mais mal paga de todo o Brasil. Só perde para a PMRS. “Os governadores têm feito muita pressão contrária. Foi criada uma comissão especial na Câmara dos Deputados para estudar o impacto da PEC em nível nacional. Dos 27 estados, apenas sete responderam o que representaria o pagamento para a sua receita. Os outros não responderam porque alegam que existiria um impacto muito maior do que existirá. Se mostrassem, iriam revelar que estão superestimando o tamanho do problema. O governo federal não tem feito pressões contrárias abertamente”, disse. Apesar de todas as adversidades o deputado acha possível ser construída uma saída. a entrevista completa está em: http://jcrs.uol.com. br/site/noticia.php?codn=89070.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) começou a usar o Processo Judicial Eletrônico em março. O software, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), permite a prática de atos processuais diretamente no sistema, por meio da internet. Representantes do CNJ estiveram no CNMP no final do ano passado, para apresentar o sistema a secretários e servidores do órgão. De acordo com o secretário de Gestão Estratégica, Fernando Quintans, a reunião fez parte do plano de trabalho previsto no termo de cooperação assinado entre as duas instituições. “O próximo passo será a revisão dos fluxos de trabalho de todas as áreas afins, como a Secretaria Jurídica, a Corregedoria e os gabinetes, entre outras”, explicou. O secretário ressaltou que, no início do ano, houve um treinamento para servidores da área de tecnologia de informação do Conselho. Ele avalia que a modernidade agilizará os trâmites.


pág 28 - Março 2012

P a n o r a m a

N a c i o n a l

Correio Brigadiano

Capitão da Marinha muda de sexo e processa Forças Armadas Bianca como se chama agora o Capitão da Marinha do Brasil, busca sua reintegração e promoções (Continuação da página 15)

Ex-morador de rua que apanhou da Polícia torna-se oficial da PM Bianca diz que Marinha não a tratou bem (Foto Pedro Teixeira)

Um ex-capitão da Marinha, de 40 anos, está movendo um processo contra as Forças Armadas por ter sido pivô de um escândalo em 2008, quando procurou seus comandantes para avisar que estava tomando hormônios femininos. De acordo com o Jornal Extra, a Marinha a considerou capaz para trabalhar, mas incapaz para continuar em suas funções na Escola Naval, reduzindo o seu salário desde então. Na Justiça Federal do Rio de Janeiro, o ex-capitão - que agora se chama Bianca - busca indenização e soldos integrais. “A incapacidade de voltar à carreira militar é da Marinha em me receber e não minha de retornar”, revela Bianca para o jornal carioca.

Bianca saindo do prédio na Justiça Federal (Foto Bruno Gonzales)

O ex-capitão entrou para as Forças Armadas em 1987, fez polo aquático, casou, teve um filho, mas, hoje no lugar de medalhas, Bianca ostenta 300 mililitros de silicone em cada peito; próteses nas panturrilhas; o nariz estava menos abatatado; o lábio superior levemente repuxado; e os cabelos lisos. Problemas familiares Não foi só com as Forças Armadas que Bianca enfrentou problemas. Sua ex-mulher tentou impedir que ela visse o filho, de 7 anos, alegando que o garoto poderia virar homossexual. Mas Bianca procurou a Justiça e o juiz lhe garantiu todos os diretos de pai. Em público, o menino a chama de mãe e isso dá a

certeza a Bianca de que, seja qual for a forma que ela tiver, o coração ainda continuará sendo o vértice de tudo. Ainda não há data para o resultado do processo que Bianca move contra as Forças Armadas, mas em relação ao caso do filho, ela já pode se considerar uma vitoriosa. O desejo que se expandia no coração do oficial da Marinha não tinha uma forma definida. Apesar disso, quando criança ele se olhava no espelho e via, no rosto masculinizado, um conjunto de ângulos retos como os cantos da moldura. Foi na fase, depois de casado e pai, que a vontade de ser mulher foi preenchendo-o lentamente. E foi Miss Gay em 2006.

Galeria Diversos

A história de vida de Silva teve altos e baixos. Afinal, naquela época e até na atualidade, a condição de pobreza pode representar um passaporte para o mundo das suspeitas. Mas como nada é eterno, com força de vontade, é possível mudar o destino e, consequentemente, o futuro. Silva não desistiu. Nem quando tudo indicava que a guerra estava perdida. Em 1976, próximo de completar 18 anos, alistou-se no Exército. Serviu no Tiro de Guerra do Crato - organização militar que forma reservistas para atuar na defesa civil. “Foi o período em que mais passei fome na minha vida”, conta. Uma ironia para quem perambulou pelas ruas e não tinha sequer um teto para dormir. “Mas foi só aí que eu pensei que podia ser um policial. Confesso que não era um sonho meu de infância”, admite.

Ao deixar o serviço militar, arranjou um emprego como cobrador de ônibus em Fortaleza e, com isso, uma nova possibilidade de estudar. Com a renda do trabalho, conseguia pagar os estudos em um colégio particular. Parecia um sonho para quem tinha uma única muda de roupas e peregrinava pelas ruas em busca da solidariedade alheia. Lá, ele chegou à série que corresponde atualmente ao sexto ano do Ensino Fundamental e prestour concurso para soldado da Polícia Militar em 1979 e ser aprovado. Mas Silva não parou de estudar, fez supletivo e recebeu o diploma de Ensino Médio. Em 2004, era oficial da PM. Anos depois, ingressou na Universidade Vale do Acaraú. Em 2011, concluiu o curso de História. (Conteúdo coletado no endereço http://www. blogdodoidoman.com, de 18/02/2012).


Orna a capa da Revista Unidade do trimestre o CPM e o 15ºBPM

Encontra-se em circulação a edição 71 da Revista de Assuntos Técnicos de Polícia Militar – Unidade, produzida pela Associação de brigadianos com o mesmo nome. A edição inicia com a gestão de convênios e contratos, como proposta de melhoria da gestão da Administração Pública. O segundo artigo trata sobre a instituição do subsídio como forma de remuneração dos integrantes da Brigada Militar, com a exposição da base legal, estudo comparado e demonstração das vantagens e desvantagens. O terceiro artigo dispõe sobre os Conselhos de Disciplina, aspectos procedimentais e aplicabilidade aos militares do Estado,

com envolvimento tanto de ativos como inativos, nas suas diversas circunstâncias. O quarto artigo trata sobre a captação de recursos para a Brigada Militar, com propostas alternativas e inovadoras para o incremento de recursos financeiros, em prol da capacidade de geração de receitas em nível institucional. O quinto artigo aborda o trabalho do policial militar como agente atuante na área da segurança pública na prevenção e no controle da violência e da criminalidade. Por fim, o texto “25 Anos de Polícia Militar Feminina no Rio Grande do Sul”. O presidente da Unidade Revista e Associação é o Cel Moacir de Almeida Simões.

Publicação de Policiais

Sgt Aer Coimbra, troca de Estado e também a Umergs pela Umesc no Estado vizinho

Em 16 de março, o presidente da Umergs, Cel Salomão Pereira Fortes, ao mesmo tempo que lamenta a saída de seu coordenador de Eventos e assessor de Comunicação Social da UMCEB/Região Sul, o Sgt RR Aer Gerson Nunes Coimbra, assinalou que “no plano do Senhor”, a organização de evangélicos militares de Santa Catarina recebe um irmão extraordinário, devotado e bastante técnico. O Sgt Coimbra, em seu documeto de desligamento, agradeceu pela confiança depositada e declarou ter sido uma oportunidade ímpar par adquirir experiência. Também já informou ao presidente da Umesc, Cel Emilson, da sua intenção de posteriormente apresentar-se oficialmente para os trabalhos com os militares evangélicos daquele Estado vizinho. Assim se expressou ao presidente da Umergs: “Vimos por meio deste, cumprimentá-lo bem como à sua família e instituição que Deus lhe tem confiado, na paz do Senhor Jesus”.

Es una obra de colaboración internacional llevada a cabo por el Centro Latinoamericano de Derechos Humanos (CLADH) y el Grupo Consolidado de Investigación sobre Migraciones Internacionales y Derechos Humanos de Zaragoza (España), integrando el Comité Científico Editorial y el Comité de Evaluación respectivamente. Para más información pueden visitar nuestra página web www.revistaidh.org o escribirnos a contacto@revistaidh.org. Desde ya muchas gracias! Felicitaciones por el trabajo! Saludos cordiales, Georgina A. Guardatti, Doctoranda, Universidad de Zaragoza - España e Abogada, Universidad de Mendoza - Argentina”. É só baixar e ler)

Workshop de Direito Penal e Processual Militar - Foi realizado em 31 de janeiro, das 14h às 19h, na Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça Militar do Estado, em parceria com a Brigada Militar, um Workshop de Direito Penal e Processual Militar. O evento objetivou aprofundar e atualizar o tema e sua relação com a legislação comum e a realidade da Justiça Militar estadual. O evento foi dirigido a militares estaduais da ativa, magistrados, procuradores, defensores públicos, servidores, estudantes de Direito e advogados que atuam junto a Justiça castrense.

A Revista Força tem foco na Segurança Pública do Estado de Goiás

A Associação Policiais Bombeiros Goiás está divulgando a produção da Revista Força. O grupo de profissionais de Comunicação Social responsável pela produção do veículo vem da parceria com a A LR Empreendimentos. A revista enocntra-se em sua 7ª edição. A Revista Força tem foco na Segurança Pública em Goiás. A PMGO passa a figurar junto com as PMs de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul a partir da regularidade dessa publicação, como doutrinadora em mídia. Os organizadores do veículo disponibilizam espaço para publicação e divulgação de textos e artigos referente à Segurança Pública, encarecendo que lhes sejam remetidos artigos. A 7ª edição da Revista Força está prevista para circulação em abril. Mas, as matérias poderão ser encaminhadas para a próxima edição, sempre endereçadas ao editor-chefe da revista, Ten Cel Almeida, por intermédio do e-mail coronel.almeida@gmail.com.

Nova edição da Cartilha Diga não às Drogas, do Sd Joel Lopes, do CRPO/L

O Sd Joel Antonio Vieira Lopes, servindo no CRPO Litoral, na cidade de Torres, também radialista, pastor evangélico, instrutor do Proerd e autor da Cartilha “Drogas Não, Jesus é a solução”, revigorou a estética da capa do antigo opúsculo. Mantendo o mesmo título e o reolocando na base inferior da capa,ele faz uma chamada motivacional na parte superior da capa com a silhueta de uma família, sob os dizeres: “Abrace sua família antes que as drogas o façam!” O PM solicita apoio e disponibiliza a Cartilha para quem o auxiliar. Contatos através do e-mail joelvieiralopes@gmail.com.

COLUNA CAP MORAES Cristiano Luís de Oliveira Moraes - Cap QOEM

Revista Internacional de Direitos Humanos disponível para todos O site www.revistaidh.org e o e-mai contacto@revistaidh.org. O presidente da Apesp, Ten Claudio Mederios Bayerle, do 9º BPM, de Porto Alegre, recomenda a leitura dessa revista, das mais importantes sobre direitos humanosno mundo. Por isso, além dos endereços para comunicação e para baixar o PDF da revista, transcrevemos o e-mail da organização que produz a revista. “Me gustaría compartir con todos vosotros el primer número de Revista Internacional de Derechos Humanos. Esta publicación tiene como principal objetivo la difusión de trabajos de investigación, análisis de casos, contribuciones científicas y aportes doctrinarios sobre la promoción y protección internacional de los Derechos Humanos.

Correio Brigadiano

Utilização das linhas de tiro próprias da BM Nota de Instrução de Ensino e Treinamento 006.1 Prezados leitores escrevo esta coluna iniciando o ano de 2012 com toda força e vigor necessários para um ano de muito trabalho, em especial com a previsão de início dos cursos de formação que deverão ser realizados ao longo do ano: o CBFPM e o CSPM. No decorrer do ano passado percebi algumas dúvidas dos nossos policiais em relação ao processo de ensino-aprendizagem do tiro policial, para tal farei alguns esclarecimentos que poderão auxiliar os profissionais da BM no planejamento das instruções no decorrer do ano de 2012. Seguindo os exemplos dos mais modernos centros de instrução de tiro policial existentes, a Brigada Militar editou em dezembro de 2011 a Nota de Instrução de Ensino e Treinamento nr 006.1, que regula no âmbito da BM a utilização das linhas e tiro próprias da corporação.

A referida nota regula algumas outras normatizações, tais como: calibres que podem ser utilizados nas linhas, tipo de munição, horário de funcionamento, habilitação dos instrutores de tiro policial, equipamento de segurança obrigatório, normas de segurança e, também, o tipo de vestimenta mais adequada para a permanência nas linhas de tiro. Além disso, um dos grandes avanços é a necessidade de nomeação de dois instrutores de tiro para a realização das aulas práticas de tiro. Isso tem proporcionado uma melhor qualidade nas aulas práticas de tiro, bem como tem contribuído para o aumento da segurança nas linhas de tiro durante essas instruções, preocupação sempre constante dos instrutores, em especial, no período inicial de formação dos policiais militares, eis que muitos têm o

Especialista em Segurança Pública - UFRGS - 2007 Instrutor de Tiro da Brigada Militar - 2009 Instr. de Operações Não-Letais -CONDOR Brasil - 2008 Instrutor TASER - 2009 Serve na 1ª Cia de Operações Especiais do 1º BOE – POA E-mail: cristiano-moraes@brigadamilitar.rs.gov.br

seu primeiro contato com armas de fogo na própria instrução. Por fim, lembro a todos os policiais militares que a responsabilidade pela segurança nas linhas de tiro é dever de todos os envolvidos na atividade, sejam eles instrutores ou instruendos. Desejo a todos um grande e fraternal abraço. Com saudações de atirador, um excelente 2012 e bons tiros!!!!!!!!!!!!!

1º BOE/PoA OPM do Colunista

pág 29 - Março 2012


pág 30 - Março 2012

Servidores da PASC concluem curso de Intervenção Prisional

Júlio Krebs (centro) e Adriano Fróes (esq), da Escola Penitenciária, colaboraram para a realização do curso que contou com a participação servidores da PASC

Servidores da Penitenciária de Alta Segurança de Charquedas (PASC) receberam, no dia 13 de março, o diploma de conclusão do Curso de Intervenção Prisional. O curso teve início início no dia anterior, totalizando 16 horas de ensinamentos. As disciplinas - entradas em galerias, defesa pessoal, armamento, uso de equipamentos de proteção e planejamento e execução - foram ministradas por professores, que são integran-

tes do Grupo de Ações Especiais (GAES), da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), que têm qualificações diversificadas. Conforme Júlio Krebs, da Escola do Serviço PenitÊnciário (ESP), outro curso foi realizado entre os dias 2 e 3 de abril. com a participação de todos os servidores do Complexo de Charqueadas. O diploma de conclusão foi entregue por Adriano Fróes, da Escola dos Serviços Penitenciários (ESP). (ACS/Susepe)

Delegadas participam de encontro promovido pela Unimed

A coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento as Mulheres (Deams), delegada Nadine Anflor, e a titular da Delegacia da Mulher de Erechim, delegada Diana Zanatta, participaram, no dia 27de março, de um café da manhã promovido pela Unimed. O encontro ocorreu na Panificadora e Confeitaria Paladar, em Erechim. No evento foi divulgado o trabalho realizado pela Polícia Civil no combate à violência contra a mulher para médicos e servidores da Unimed. De acordo com a delegada Nadine, “o encontro reuniu as mulheres que conhecem o poder transformador da cooperação”.

Cursos & Ensino

Perícias Necropapiloscópicas do IGP asseguram 82,5% de eficácia na identificação

O Departamento de Identificação do Instituto Geral de Perícias (DI-IGP), contabiliza a solução de 3.107 dentre os 3.154 casos de investigação de identidade cadavérica solicitados em 2011. Este ótimo resultado também se deve ao trabalho desenvolvido no Laboratório de Perícias Necropapiloscópicas, onde a resolução de casos chega a 82,5%. O diretor do Departamento de Identificação do IGP, Carlos Eduardo Falcão Pereira, salienta um aspecto que o Estado tem uma vantagem na identificação necropapiloscópica, Em muitos casos, o cadáver chega sem identificação ao Departamento Médico Legal (DML), vítima de algum crime. Com a identificação, a PC conta com os dados para desenvolver sua investigação (nome completo do indivíduo e filiação). Já a responsável pela área criminal do laboratório, Flávia Viana Ferreira, acrescenta que “o órgão surgiu para resolver casos até então sem solução”. “É através da necropapiloscopia que temos, hoje, como dar uma resposta à sociedade, quanto à identidade de indivíduos anteriormente considerados indigentes e devolvê-los às famílias”, frisou.

Galeria Diversos

Correio Brigadiano

Workshop de Polícia Judiciária Militar em Santa Maria

Em 21 de março, em Santa Maria, no Comando Regional de Policiamento Ostensivo Central (CRPO Central), foi realizada a abertura da 8ª Edição do Workshop de Polícia Judiciária Militar. Estiveram presentes na solenidade o corregedor-geral da Brigada Militar, Cel João Gilberto Fritz, o comandante do CRPO Central, Cel Jaime Machado Garcia, e os comandantes e oficiais do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) e 5º Regimento de Polícia Montata (5º RPMon), do Hospital da Brigada Militar de Santa Maria, do Colégio Tiradentes da Brigada Militar de Santa Maria, do Colégio Tiradentes da Brigada Militar de São Gabriel, do 4º Comando Regional dos Bombeiros, do 2º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, do 2º Batalhão de Operações Especiais e do 2º Batalhão

Rodoviário da Brigada Militar. Durante a solenidade de abertura do evento, o corregedor-geral salientou a importância dos temas a serem abordados e ressaltou a relevância do trabalho desenvolvido pelos oficiais, em especial, do desempenho de atribuições envolvendo procedimentos administrativos e investigatórios. Durante o evento, houve palestras sobre investigação criminal preliminar (Cap Matuzalem Rienzo), inquérito policial militar e conselho de disciplina (Cap Luis Henrique da Fonseca Campomare). Os temas foram amplamentes abordados, atraindo a atenção da plateia. Também foram apresentadas novidades e temas relevantes sobre o novo Regulamento Disciplinar da Brigada Militar pelo Maj Paulo Leandro Rosa Abrahão.


Correio Brigadiano

Denarc concede entrevista sobre prevenção na Capital a POATV

Em 1º de fevereiro, a delegada Sônia Dall’Igna, do Denarc, foi à sede da POATV, Canal 6 da Net, para participar do Programa Norte em Ação. A diretora da Dipe/Denarc foi entrevistada pelo jornalista e coordenador-geral da emissora, Cézar Freitas, dando informações sobre o trabalho preventivo intensamente realizado pela Divisão de Prevenção e Educação no ano passado, e também sobre planejamentos e estratégias já articuladas para 2012. Foram relatadas as atividades que alcançaram toda a Rregião Metropolitana, bem como 21 cidades do Interior, totalizando 15.478 ouvintes da palestra “Prevenção às drogas, responsabilidade de todos”. A delegada salientou que o trabalho preventivo busca esclarecer pais, professores, agentes de saúde, estudantes e líderes comunitários sobre os malefícios causados pelas drogas e como a dependência química corrói a saúde dos jovens, bem como suas famílias e, por consequência, toda a sociedade. Sônia acrescentou que, no decorrer de 2011, a Equipe da Dipe/Denarc atendeu, ainda, convites do Exército brasileiro, que se preocupa com seus jovens recrutas, empresas privadas, que incluem as palestras preventivas nas semanas de prevenção a acidentes de trabalho (SEPAT), realizando ainda atividades comocaminhadas, exposições, encontros e

painéis, cuja finalidade sempre é de multiplicar o conhecimento sobre prevenção ao uso e tráfico de drogas. A delegada Sônia Dall’Igna ainda aproveitou o espaço para divulgar as cartilhas e folders informativos elaborados pelo Denarc e para divulgar Disque-Denarc, que atende pelo telefone 0800-518518. “As ligações são gratuitas. Por este telefone, a comunidade poderá colaborar com o Denarc indicando suas denúncias. Não há exigência de identificação”, assinalou. Lembrou que o diretor do Denarc, delegado Joel Souza de Oliveira, costuma argumentar que a prevenção é a arma mais poderosa de que a Polícia Civil dispõe, pois a cada real investido em prevenção, economizamse oito reais em desintoxicação. A delegada agradeceu a oportunidade, assinalando que programas do gênero são importanes para aprofundar a análise das drogas mais comuns, seus efeitos, bem como os caminhos para identificar sinais de alerta, e como enfrentar esta problemática.

Programas de Prevenção às Drogas da PC e da BM

A Polícia Civil atua com programas de prevenção às drogas através do Denarc. Este, além de sua competência legal repressiva, também faz essa atuação preventiva. O site do Denarc está dentro do Portal da Polícia Civil - www.pc.rs.gov.br/denarc/index. php -, onde inicia fazendo a pergunta: “Você quer deixar de usar drogas? Denarc - Ajuda - Clique aqui”.

A BM atua através da Assessoria de Direitos Humanos do Comando, no QCG/BM, tendo a Central de Controle Proerd mantida no prédio à entrada da APM. Houve regulação estadual e federal do programa, melhorando a administração de sua existência orgânica nos OPMs de policiamento e facilitando sua execução. O endereço do Proerd na Internet é www.brigadamilitar.rs.gov.br/proerd/index.html.

A sociedade precisa que cada um faça a sua parte

RDC C O N S U LT O R I A

pág 31 - Março 2012

DROGAS a bacb cA N ANTI TIDR OGAS

O que são drogas?

Do manual de prevenção do Denarc

Drogas são substância naturais ou sintéticas que, ao penetrarem no organismo humano sob qualquer forma – ingeridas, injetadas, inaladas ou absorvidas pela pele –, entram diretamente na corrente sanguínea, atingem o cérebro e alteram o seu equilíbrio, modificando a percepção da realidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), droga é toda a substância que uma vez introduzida no organismo provoca nele alterações físicas ou psíquicas. A palavra droga pode ter origem do persa droa (odor aromático), do hebraico rakab (perfume) ou do holandês antigo droog (folha seca, porque antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais). Nem tudo o que é droga faz mal ou prejudica, pois existem drogas benéficas ao organismo. São as drogas lícitas que utilizamos normalmente no cotidiano, como café, refrigerantes, chimarrão (que contém cafeína), ou medicamentos com receituário médico, utilizadas para o tratamento de enfermidades.

Já as substâncias ilícitas, causadoras de dependência, são nocivas à saúde física e mental do usuário. CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS É necessário fazer-se uma classificação das principais drogas para se entender porque nem todas as drogas são prejudiciais. * Depressoras: Diminuem a atividade do Sistema Nervoso Central, ou seja, são drogas que diminuem a velocidade de funcionamento do cérebro. Exemplo: álcool, maconha, calmantes, inalantes, solventes, lança perfume, entre outros. *Estimulantes: Aumentam a atividade do Sistema Nervoso Central, ou seja, são drogas que aceleram o funcionamento do cérebro, como cafeína, anfetaminas, cocaína, tabaco, crack, ecstasy, entre outros. *Alucinógenas: Perturbam o funcionamento do Sistema Nervoso Central, ou seja, são drogas que alteram o funcionamento do cérebro. Exemplo: maconha, ecstasy, LSD, cogumelos e plantas (Peyote mescalina), entre outros.

Há também a classificação segundo a legislação brasileira sobre drogas (Lei nº 11.343, de outubro de 2006): *Lícitas: são encontradas no comércio, podem ser compradas e consumidas livremente. Algumas possuem certas restrições como o cigarro em locais fechados e as bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. Exemplos: cafeína, bebidas alcoólicas em geral, medicamentos que não necessitam de receituário, entre outros. *Ilícitas: o comércio e o consumo estão proibidos por lei. Exemplos: maconha, cocaína, crack, LSD,ecstasy, entre outros. Existe também a classificação médica, nesse caso as drogas classificam-se em: *Droga de Uso: medicamentos receitados por médicos e fazem parte do tratamento de alguma moléstia grave ou não. Exemplos: medicamentos à base de morfina e codeína. *Droga de abuso: são os mesmos medicamentos sendo utilizados sem receituário médico, normalmente comprados no mercado negro.

Ten Bayerle & Blog’s way... Claudio Medeiros Bayerle – Tenente Presidente da Apesp Tesoureiro da Abril Membro da ICP Associassão Internacional de Polícia

As ferramentas tecnológicas em mãos brigadianas Ferramentas tecnológicas fazem parte do cotidiano brigadiano, auxiliam no trabalho administrativo e operacional, seja buscando informação e conhecimento, seja compartilhando ocorrências, tais como apreensões e prisões de meliantes. Vários policiais enxergam o uso das redes sociais como ferramenta potencial para otimizar seu marketing funcional’e até mesmo proatividade acadêmica. Entretanto, ao utilizar essas ferramentas dentro do ambiente corporativo, (sobretudo ao se identificar como gestor/executor de atividade policial) há que se ter o máximo de prevenção com sua conduta ética, eis que poderá estar em alcance no que se refere ao uso da marca corporativa. Um quinhão considerável de empresas já se deu conta que é preciso adotar medidas eficazes de controle em relação ao que seus funcionários publicam e disponibilizam no ambiente virtual vez que está se usando tempo, equipamento e, muitas vezes, o nome da empresa nas relações sociais. Pesquisa realizada por uma multinacional especializada em recursos humanos revelou que as empresas brasileiras são as que mais exercem controle sobre o uso de mídias sociais no trabalho

pelo mundo. De acordo com o estudo, cerca de 55% das companhias do Brasil têm alguma política de controle, contra cerca de 20% da média global. Para Maria Cecília de Almeida, especialista em ética empresarial da FGV, “o público que mais frequenta as redes sociais está na faixa entre 18 e 30 anos. São pessoas que, em geral, ainda não estão maduras profissional e humanamente”. O Comitê Gestor de Segurança da Informação, formado por 16 órgãos da administração federal, atuando conjuntamente com o Departamento de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC), por sua vez ligado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, realiza um trabalho de revisão e elaboração de novas normas a serem adotadas em toda a administração pública federal. Há sete temas prioritários, entre eles computação em nuvem, uso de redes sociais e mobilidade. Os pontos se referem ao tratamento das informações, gestão de mudanças, verificação de conformidade, controle de ativos de informação e revisão das normas existentes. Possivelmente serão adotadas medidas para todos os órgãos, inclusive estatais, medidas que já são de alguma forma aplicadas na administração direta, como as normas da Secretaria de Logística e TI sobre con-

tinuidade e, também, sobre o controle da gestão das políticas de tecnologia da informação. Nos dizeres de Martins de Mendonça, Maria Luiza (2009, Redes digitais e movimentos sociais: perspectivas, Revista Textos de la CiberSociedad) afirma que “deve-se reconhecer que um dos grandes problemas identificados ainda é a avaliação do papel da comunicação nos processos de mudança social”. As atividades comunicativas são percebidas, cada vez mais, como elementos decisivos para a obtenção de mudanças de atitudes, de comportamento e, por consequência, de padrões culturais mais profundos e expressivos, o que torna significativa a busca por modelos e estratégias mais eficazes e que dêem conta de equacionar problemas relativos à aceitação das mensagens e dos conteúdos dirigidos aos diferentes públicos das instituições”. (Na próxima coluna abordaremos Regras de Etiquetas para o bom uso funcional das redes digitais de mídias sociais focado na atividade brigadiana).


Correio Brigadiano

pág 32 - Março 2012 Mar / Abr de 2012

Segurança na Copa do Mundo em 2014 Muitas novidades serão testadas para uso no grande evento

Coluna do Comandate Geral Pág. 5

Coluna do Chefe de Polícia Pág. 4

Pág. 25 Conceito de drogas segundo a Cartilha do Denarc Pág. 30


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.