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CONSELHO DELIBERATIVO DO SPORT CLUB INTERNACIONAL REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DELIBERATIVO
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ATA 00/2017
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Aos cinco dias do mês de setembro de dois mil e dezessete, às vinte horas e quinze minutos, no Salão de Atos do Conselho Deliberativo, reuniram-se os membros do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional, em número 202 (Duzentos e Dois Conselheiros), pelos fundamentos constantes das inclusas notas taquigráficas, que integram a presente Ata, e conforme Registro de Presenças. A Mesa dos Trabalhos foi formada pelos seguintes Conselheiros: Sr. Sergio Roberto da Fontoura Juchem, Presidente do Conselho do Conselho Deliberativo; Sr. Paulo Rogério Silva dos Santos, Vice-Presidente do Conselho Deliberativo; Sr. Ivandro Rodrigo Morbach, 1º Secretário; Sr. Raphael Pereira de Abreu, 2º Secretário; Sr. Rubens Ardengui, (3º Secretário) e o Sr. Marcelo Feijó de Medeiros, Presidente do Clube. Após assinatura da presença dos Conselheiros, o Senhor Presidente do Conselho Deliberativo deu início aos trabalhos. JUSTIFICATIVAS DE AUSÊNCIAS. Reunião 07.01.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 25.01.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 14.03.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 11.04.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 20.06.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 07.07.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 26.09.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 21.10.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 31.10.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 03.11.2016: Everton Vieira Gomes, Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 07.11.2016: Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 19.12.2016: Afonso Antunes da Motta, Dannie Dubin, Everton Vieira Gomes, Jose Antonio Puerta Rodrigues, Marcelo de Freitas e Castro, Marcos Dias Marino, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato, Sirio Costa de Oliveira, Vinicius Grassi; Reunião 03.01.2017: Afonso Antunes da Motta, Emilio Papaleo Zin, Everton Vieira Gomes, Jose Alfredo Santos Amarante, Marcelo de Freitas e Castro, Marco Vinício Dutra, Marcos Dias Marino, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato, Roberto Teixeira Siegmann, Sirio Costa de Oliveira; Reunião 20.02.2017: Afonso Antunes da Motta, Claudio Roberto Wisnevski, Lorival Cardoso Magnus, Luiz Henrique Nunez de Oliveira, Marcelo Cougo de Sá, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato; Reunião 27.03.2017: Afonso Antunes da Motta, Guilherme Correa Pinto, Marcelo Cougo de Sá, Paulo Roberto S. da Costa Leite; Reunião 30.03.2017: Adauri Regis da Silveira, Afonso Antunes da Motta, Claudio Roberto Wisnevski, Everton Vieira Gomes, Jose Antonio Puerta Rodrigues, Lorival Cardoso Magnos, Marcelo Cougo de Sá, Marcelo de Freitas e Castro, Marcos Dias Marino, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato, Sirio Costa de Oliveira, Vinicius Grassi; Reunião 17.04.2017: Adauri Regis Silveira, Afonso Antunes da Motta, Claudio Roberto Wisnevski, Jose Antonio Puerta Rodrigues, Lorival Cardoso Magnus, Marcos Dias Marino, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Sirio Costa de Oliveira, Vinicius Grassi; Reunião 24.04.2017: Adauri Regis Silveira, Afonso Antunes da Motta, Aloísio Claudio Ely, Ary Faria Marimon Filho, Claudio Roberto Wisnevski, Dannie Dubin, Flavio Pereira Ordoque, Jose Alfredo Santos Amarante, Jose Antonio
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-092017.
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Puerta Rodrigues, Juliano Barboza da Silva, Lauro Hagemann, Lorival Cardoso Magnus, Lucia Sarate Bastos, Luiz Henrique Nunez de Oliveira, Marcelo de Freitas Castro, Maristela Maffei, Nelson Baron, Paulo Heerdt, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato, Sirio Costa de Oliveira, Vinicius Grassi, Virgilio Rene dos Santos Costa; Reunião 15.05.2017: Adauri Regis Silveira, Afonso Antunes da Motta, Alexandre Burmann Pereira, Ary Faria Marimon Filho, Claudio Roberto Wisnevski, Dannie Dubin, Eduardo Toniolo Tisatto, Everton Vieira Gomes, Jose Alfredo Santos Amarante, Jose Antonio Puerta Rodrigues, Lorival Cardoso Magnus, Lucia Sarate Bastos, Luiz Henrique Nunez de Oliveira, Marcelo Cougo de Sá, Marcelo de Freitas e Castro, Marcos Dias Marino, Maristela Maffei, Nelson Baron, Paulo Heerdt, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pedro Antonio Affatato, Roberto Teixeira Siegmann, Sirio Costa de Oliveira, Tiago Donadel Issa, Vinicius Grassi; Reunião 26.06.2017: Afonso Antunes da Motta, Dannie Dubin, Jose Alfredo Santos Amarante, Lisania Maria Kaefer, Luiz Henrique Nunez de Oliveira, Marcio Bins Ely, Paulo Roberto S. da Costa Leite, Pery Francisco Sperotto Coelho, Roberson Machado Soares, Vinicius Grassi, Virgilio Rene dos Santos Costa. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhoras e Senhores Conselheiros, boa noite a todos. Sejam bem-vindos à sessão extraordinária do Conselho Deliberativo, que declaro aberta neste momento. Queria registrar, inicialmente, a presença do Presidente do Clube, Marcelo Feijó de Medeiros, dos ex-Presidentes do Conselho, Mário Sérgio Martins da Silva, Luiz Antônio Lopes, Luiz Carlos de Carvalho Leite e Luiz Carlos Bortolini. Queria registrar também a presença dos Vice-Presidentes do Clube, João Patrício, Alexandre Chaves Barcellos e dos demais membros do Conselho de Gestão, Humberto Busnello e José de Medeiros Pacheco. Cabe, inicialmente, uma palavra para destacar as obras recentes feitas aqui na recinto de sessões do Conselho em relação aquele pleito merecido e meritório dos nossos Colegas Conselheiros cadeirantes. Nós temos, agora, o acesso assegurado, como planejado, e vejo, com muita satisfação, que o Pablo e o Portinho estão no lugar que é de direito, fico muito satisfeito com esse desfecho e comemoramos isso todos juntos. Acho que é importante este registro. Eu tenho ainda um outro registro a fazer que é a pedido do ex-Vice-Presidente do Clube, Luiz Henrique Nunez, que remeteu a mim uma mensagem que eu me comprometi a passar ao Conselho e vou fazêlo lendo: “Prezado Sergio: como falamos, peço-lhe a gentileza de leitura de minha justificativa de ausência na reunião de 5 de setembro. Grato”. E aí é dirigido a mim, como Presidente do Conselho: “Prezado Senhor. Venho por meio deste informar-lhe que voltei a residir em Brasília-DF, sede de minhas empresas, de onde exerço minhas atividades profissionais. Mesmo assim, sempre tive o compromisso de participar de todas as reuniões deste Conselho e o fiz, ainda, com mais comprometimento e respeito a este nos dois anos em que fui Vice-Presidente eleito do Clube, assumindo, muitas vezes, a posição de Presidente em exercício em diversas reuniões desta Casa”. O que nós lembramos, o comentário é meu. “Infelizmente, estarei fora do País, mais precisamente, nos Estados Unidos, no período de 25 de agosto a 8 de setembro, onde tenho compromissos profissionais agendados a mais de mês. A respeito do Item V da reunião desta noite: ‘Exposição sobre o diagnóstico da empresa Ernst Young, realizado em diversas áreas do Clube e apresentado ao Conselho de Gestão, aproveito a oportunidade para externar minha opinião de que o mesmo deva ser levado até os resultados finais, não pairando dúvida sobre a origem e o destino dos recursos do Clube.
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Cada centavo deve ter a sua finalidade e sua utilização demonstradas de forma clara e transparente. Esta diligência não pode servir para discussões polítidas ou para colocar em dúvida a correção e a honestidade de quem quer que seja. Se houver algum malfeito, que o mesmo seja provado e dito claramente: o que, onde, como e, principalmente, quem, eventualmente tenha cometido qualquer erro. E, se for o caso, que seja dado a este oportunidade de resposta e contraditório, como assegura a legislação de nosso País. A generalização é um erro grave e deve ser evitada com a responsabilidade que requer, sob pena de prejudicar pessoas e o próprio Clube. Tenho plena convicção na correção de todos os atos que pratiquei no exercício de meus cargos no Clube. Nada foi apontado em relatórios anteriores, auditorias independentes e do Conselho Fiscal, e nada me foi perguntado a respeito desta diligência. A partir de meu retorno me coloco à disposição deste Conselho e do Clube para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. Atenciosamente, Luiz Henrique Nunez de Oliveira, Conselheiro, ex-Presidente eleito e de Marketing e Mídia – Gestão 2015/2016”. Por óbvio, eu achei importante ler a todos os senhores a manifestação do ex-Presidente, nosso Conselheiro. Muito bem, feito este registro eu gostaria também de consultar o Plenário, como determina o Estatuto e o Regimento Interno, a Mesa tomou a liberdade de restringir o acesso dos associados. Por que isso? Primeiro, pela matéria, que é uma matéria relevante, e, de certa forma, até o momento que nós tenhamos chegado aos resultados finais, é uma matéria, de certa forma, reservada, sigilosa, situação prevista inclusive no Estatuto e no Regimento Interno. Mas, a competência desta decisão é do Plenário. Por isso, como eu não podia antecipar a presença dos Conselheiros, achei que fosse realmente relevante, como está sendo, o temor da Mesa é que o espaço para os associados pudesse realmente ser ocupado por Conselheiros. Então, nesse momento, vendo que há algum espaço disponível, que eu pediria a nossa Secretária que avaliasse qual é o número de assentos aqui, só temos sete sócios aguardando. Então, consulto a todos: o Conselho entende que eles devam participar da sessão ou que não participem da sessão? Aqueles que imaginem que os associados interessados devam participar da sessão, permaneçam como se encontram: por unanimidade, o Conselho delibera pela presença dos associados. (Palmas.). Patrícia, por favor, queira chamá-los. Peço ao nosso 2º Secretário que, como de hábito, proceda a leitura da convocação da sessão extraordinária deste momento. Por favor, Conselheiro. I – Leitura da convocação. Sr. Raphael Pereira de Abreu (2º Secretário): “Conselho Deliberativo – Edital de Convocação. Consoante o disposto nos arts. 29, XXII e XXIII e 32, I, do Estatuto do Sport Club Internacional e art. 3º, I e V, e 6º, VII do Regimento Interno do Conselho Deliberativo, convocamos os (as) senhores (as) Conselheiros (as) para a Sessão Extraordinária a realizar-se em 05 de setembro de 2017, terça-feira, às 19h30min, em primeira convocação, e, não havendo quórum, meia hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de Conselheiros no Salão de Atos do Conselho Deliberativo, para tratar da seguinte Ordem do Dia: I - Leitura da convocação: II – Aprovação das Atas da Sessões de 26/06/2017 e 03-07-2017; III – Discussão e deliberação sobre a Resolução da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo de nº 19, que regulamenta a licença dos Conselheiros para interesses pessoais; IV – Discussão e deliberação sobre o Regulamento Geral do Clube; V - Exposição sobre o diagnóstico da Empresa Ernst Young (EY) realizado em diversas áreas do Clube e apresentado ao Conselho de Gestão, e: VI – Assuntos gerais. Porto Alegre, 24 de agosto de 2017”.
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Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem, Presidente. Sr. Ângelo Cezar Fumagalli Rostirola (Questão de Ordem). Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Qual é o artigo do Estatuto ou do Regimento que fundamentaria? Sr. Ângelo Cezar Fumagalli Rostirola (Questão de Ordem): Capítulo I, art. 39 do Regimento Interno. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O Conselheiro tem a palavra. Sr. Ângelo Cezar Fumagalli Rostirola (Questão de Ordem): Cumprimentando o Presidente do Clube, senhor Marcelo Medeiros, estendo ao restante da Mesa. Boa noite aos Colegas do Conselho, funcionários do Clube, e principalmente aos representantes da torcida colorada, que, por óbvio se fizeram presentes a partir da deliberação desta Plenária. Reunião extraordinária remete a algo excepcional, como é o tema referente a Due Diligence. Pois bem, o Inove Inter, a qual eu represento, está preocupado com essa situação. Tanto que enviamos dois requerimentos e acompanhamos um terceiro requerimento elaborado por outro Conselheiro. O tema é de alta relevância para o passado e principalmente para o futuro do Sport Club Internacional, o que faz merecer, por si só uma reunião exclusiva, única, extraordinária para esta discussão. Com isso, solicitamos ao senhor Sergio Juchem, como Presidente da Mesa do Conselho e representante dos Conselheiros que aqui estão eleitos pelos associados do Clube, que suprima os conteúdos de pauta que não têm nenhuma relação com o tema que gerou a reunião de hoje ou que a pauta seja invertida, passando o tema gerador para a primeiro. Eu vou pedir para os meus Colegas do Inove me acompanharem, e a gente gostaria de fazer uma lembrança ao Excelentíssimo Presidente do Conselho Deliberativo, que durante a sua campanha para o cargo, que hoje ele encontra investido, teve, como mote, a transparência e independência deste Órgão perante a gestão do Clube. Esperamos que assim o senhor o faça. Por favor, coloque em votação. (Palmas.). Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores Conselheiros. Pelo que se depreendeu da manifestação do Conselheiro, que acaba de falar, são duas proposições. Uma seria a supressão dos itens da pauta que não aquele que tratará da exposição sobre a Due Diligence, e se isso não for aprovado pelo Plenário seria a inversão da ordem da pauta. Antes de colocar a matéria em votação, explico aos Conselheiros, como há pouco explicava numa reunião convocada pela Mesa do Conselho com os movimentos, com os representantes dos movimentos políticos acreditados junto ao Conselho, aqui na Sala do Conselho, que a condução da reunião tem, obviamente, como objetivo principal, a exposição sobre a Due Diligence e o que seria possível fazer logo após essa exposição. Para tanto, a ideia da Mesa é de que pelo menos o Regulamento Geral do Clube seja votado anteriormente a esta exposição porque ele prevê a possibilidade da escolha, obviamente, a ser aprovada pelo Plenário, de uma Comissão Especial, previsto no Regulamento Geral do Clube, que está submetido aqui ao Plenário. Se nós não tivermos esse Regulamento, as condições de nomeação de uma Comissão serão outras se o Regulamento não for aprovado. Lembro que esse Regulamento foi elaborado pela Comissão de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais, e parece à Mesa do Conselho que seria importante a sua apreciação pelo Conselho. Mas dito isso, coloco, imediatamente, em votação a proposta do Conselheiro, num primeiro momento, submeto ao Conselho a seguinte posição: a aprovação das Atas das sessões demanda um minuto e queremos manter o nosso compromisso de submeter as as Atas e deixar isso, obviamente. Então, vamos submeter à votação o primeiro requerimento, que seria o seguinte: a supressão
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dos Itens III, IV e VI da pauta e concentrar a sessão no Item V. Aqueles Conselheiros que entendem que deva haver a supressão proposta permaneçam como se encontram. Os Conselheiros que entenderem pela supressão permaneçam sentados. (Palmas.). Conselheiro Ricardo, eu acho que foi claro, mas se não houver objeção do Plenário, como nós estamos entre os Conselheiros, nós somos o Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional e a nossa história está acima de qualquer desavença ou de qualquer posicionamento de grupo neste momento, o assunto é da maior relevância, e é preciso que a votação seja feita com a consciência do que está sendo votada. O Conselheiro pediu a palavra, como concedi ao Conselheiro que antecedeu, vou conceder ao Conselheiro Ricardo. Pode falar, Conselheiro. Sr. Ricardo: Presidente, verifiquei que ficou confuso o encaminhamento da votação, realmente, não compreendi, e vários Conselheiros também demonstraram não ter compreendido exatamente qual era a intenção da votação, é impossível que a gente vote alguma coisa sem saber exatamente o que estamos votando. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores Conselheiros, a sessão está suspensa por cinco minutos enquanto continuar essa atitude. (Sessão suspensa por cinco minutos.) Senhores Conselheiros. Retomando a sessão, eu falo um apelo a todos para que nós tenhamos a conduta que o nosso Conselho exige de cada um de nós, que fale um Conselheiro de cada vez, como é a forma civilizada de organizarmos as nossas instituições. Eu ouvi, durante o processo de votação, de um Conselheiro que levantou e disse que não tinha entendido o encaminhamento, e não sei quantos Conselheiros tenham sentido essa dificuldade, eu gostaria que os Conselheiros, não estou propondo nenhuma medida ainda, que não entenderam o que estava sendo votado, por favor, levantem o braço: estou olhando para o Conselho e estou verificando que é um expressivo número de Conselheiros que não compreenderam o encaminhamento da votação. Eu consulto novamente o Conselho, lembrando a todos que o interesse que prevalece, nesta sala, é do Sport Club Internacional, não estamos aqui em campanha eleitoral, não estamos aqui para firmar posição de qualquer grupo político (Palmas.). A sessão é muito importante para o futuro do Sport Club Internacional, e é isso que está em jogo. Então, é importante que os Conselheiros tenham tido clareza no momento de votar. O movimento Inove fez uma proposição desdobrada em dois aspectos, vou repetir: a primeira proposição foi no sentido de que se suprimisse da pauta os itens III, eu sustentei que a aprovação das Atas eu iria manter, IV e VI. Esta foi a primeira proposição. A segunda proposição, e eu coloquei em votação a primeira, porque foi a primeira, a segunda seria de que nós invertêssemos a ordem da pauta. O item II não coloquei em votação porque eu entendia que nós deveríamos votar as Atas das sessões anteriores. O nosso Vice-Presidente de Finanças precisa da aprovação das Atas para ser credenciado junto ao sistema bancário para poder assinar os documentos do Internacional, e nós precisamos aprovar essa Ata. Por isso que eu não concordei em que nós suprimíssemos a Ata, que leva um minuto para aprovar, como tem sido nas outras sessões, e quando eu manifestei essa posição eu vi vários Conselheiros aprovando a minha manifestação aqui do Plenário. Portanto, eu vou repetir o que eu disse: Itens III, IV e VI. Tendo em vista que muitos Conselheiros, é expressiva a quantidade, dos que se manifestaram agora há pouco levantando a mão, eu entendo que é justo, é no melhor interesse de todos, e do Plenário que nós façamos a tomada de votação novamente com o esclarecimento, e vou tentar ser claro: aqueles Conselheiros que entenderem que nós devamos suprimir da pauta de
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hoje os itens III, IV e VI, permaneçam como se encontram; aqueles que entenderem que a pauta deva ser mantida, por favor, por favor, levantem o braço. Eu vou pedir, então, uma inversão, para ficar bem claro: aqueles Conselheiros que desejam a supressão dos itens da pauta, por favor, levantem. Pelo que se percebe, acho que não há contestação, a maioria do Conselho vota pela manutenção da pauta. (Palmas.). Muito bem, segunda proposição alternativa: aqueles Conselheiros que propugnam pela inversão da ordem da pauta, passando o Item V para o primeiro da pauta, logo após as Atas, repito, por favor, que esses Conselheiros levantem: inversão da ordem da pauta. (Palmas.). A Mesa entende que a decisão do Conselho é no sentido de inverter a ordem da pauta. (Palmas.). Muito bem, eu coloco, imediatamente, em votação o Item II da pauta, que é aprovação ou não das Atas das sessões de 26 de junho e 03 de julho de 2017. II – Aprovação das Atas da Sessões de 26/06/2017 e 03-07-2017. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Aqueles Conselheiros que aprovam as Atas permaneçam como se encontram: por unanimidade, aprovadas as Atas. Obrigado. (Palmas.). V - Exposição sobre o diagnóstico da Empresa Ernst Young (EY) realizado em diversas áreas do Clube e apresentado ao Conselho de Gestão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Passo a palavra ao Presidente do Clube Marcelo Feijó de Medeiros para a sua manifestação. Sr. Marcelo Feijó de Medeiros (Presidente do Clube): Boa noite a todos, boa noite e senhores e senhoras Conselheiros, sócios e sócias, funcionários do Clube, demais membros da Mesa. Queria, inicialmente, cumprimentar, na pessoa do Alexandre Rangel e do Paulo Brasile, em nome de vocês, toda a equipe da EY, que trabalhou neste diagnóstico, eu queria tentar esclarecer o que nós fizemos? Desde que nós nos habilitamos a concorrer pela Presidência do Clube, e já na primeira reunião desta Casa, nós deixamos muito claro a nossa ideia de fazer dessa gestão uma gestão onde tivesse um amparo de uma das quatro principais empresas desse segmento no planeta para que a gente pudesse aprimorar os nossos controles e melhorar as nossas ferramentas de gestão. O edital que convocou para esta reunião é muito claro: o motivo da contratação da EY. Eu vou ler o objeto contratado, que consta da proposta assinada e pactuada com o Sport Club Internacional: “Tirar uma fotografia da situação atual considerando os principais aspectos da cadeia de valor de um clube de futebol”. O trabalho realizado não é uma auditoria, não é uma sindicância, não é uma investigação. O trabalho realizado é um diagnóstico para que a gente possa, e eu espero, na atual gestão, ter um rumo na eficiência do nosso Clube. E eu espero que os futuros Presidentes do Inter possam ter, nesse trabalho, um rumo ou talvez até uma bússola. Ao contrário do que saiu aí em alguns meios de comunicação, nós não estamos procurando culpados, não estamos fazendo caça às bruxas, muito menos retaliação política. Seria extremamente pequeno de uma gestão fazer movimento dessa natureza. Acho que todos nós aqui temos a responsabilidade de procurar os melhores caminhos para o Clube. Todas as peças que vão ao encontro e que estão materializadas no relatório encaminhado ao Conselho Deliberativo e ao Conselho Fiscal, e que vão ser parte da apresentação agora, que será feita pelo Paulo e pelo Leandro Bergmann, nosso Vice-Presidente de Finanças, o Paulo Brasile, da EY, são documentos que estão no Clube e que estão todos respaldados pelo trabalho do Conselho Fiscal, do parecer elaborado, que já foi apreciado por esta Casa. Eu não vou me estender mais, mas nós assumimos em janeiro, fizemos um processo de tomada de preço, de avaliações, de questões de mercado, que
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será exposto para os senhores, a contratação foi no dia 10 de março. No início de abril as contas da gestão anterior foram rejeitadas com pontos indicados pelo Conselho Fiscal e essas questões estão analisadas e diagnosticadas por este trabalho. Então, eu repito e ressalvo: não é uma investigação, não é uma auditoria, não é uma sindicância, e muito menos um julgamento. Por isso que eu espero, e tenho certeza, que o andamento que esta Casa escolher vai ser o melhor para o nosso Clube. Muito obrigado. (Palmas.). Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores Conselheiros, antes do Leandro e do Colega iniciarem a exposição, a Presidência e e a Mesa registra o seguinte: a bem da verdade, o Conselho recebeu aqui na sua sala às 17 horas da tarde de hoje, pela primeira vez, o relatório da Ernst Young encaminhado pelo Conselho de Gestão. A Mesa não abriu o documento para fazê-lo no mesmo momento em que todos os demais Conselheiros..., porque este documento não foi ainda disponibilizado. Em reunião mantida há pouco com os movimentos políticos do Clube -, estou abrindo -, assumimos conjuntamente o compromisso de viabilizar, de disponibilizar acesso ao documento em condições a serem definidas pela Mesa a partir do momento em que isso for organizado, a todos os Conselheiros disponibilizar o acesso ao relatório, que fica, então, com o Conselho. Muito obrigado, podem prosseguir, por favor. Sr. Leandro Bergmann: Conselheiros, Conselheiras, boa noite, sócios, sócias, Presidente da Mesa. Eu vou fazer uma rápida introdução, e depois já passo para o pessoal da EY, que preparou o trabalho. Eu quero fazer só uma rápida retomada daquele cenário que fizemos aqui no dia 30 de março com relação à situação que a gente encontrou e iniciou o processo de gestão do Clube, e vou trazer alguns slides, muito poucos, só para retomar essa situação lembrando a questão financeira, a gente assumiu o Clube com R$ 25 milhões de operações em atraso, tínhamos aí fornecedores em atraso, tínhamos férias dos atletas, direitos de imagem em atraso, uma situação, do ponto de vista financeiro, bastante crítica. E isso foi o que trouxemos nessa mesma reunião, e tínhamos um cenário onde o desequilíbrio de receitas correntes operacionais, um déficit mensal, um processo descentralizado de aprovação de despesas e custos, que a própria EY vai estar depois repassando, uma gestão financeira de curtíssimo prazo, olhando, basicamente, ali a realidade do diagnóstico, sem uma estratégia financeira também, e a decisão de custeio e investimento não serem agregados. Então, a gente misturava o processo de gestão do custeio do Clube com o processo de investimento. E quando eu falo no investimento, a questão de compra e transação dos atletas, que acabam afetando a nossa realidade financeira. Apresentamos, nessa ocasião, o que eram as primeiras medidas do ponto de vista de estratégia. A primeira delas, a execução diagnóstico do Clube por meio da EY, que vai estar aqui sendo exposto, e ressaltando bem o que eu também disse lá, que é um processo de diagnóstico, reforçando o que o Marcelo disse com relação ao Due Diligence, não é um processo que está aprofundando uma investigação de fraude. Enfim, estamos olhando aqui basicamente uma ferramenta de gestão, olhar a implementação do orçamento base zero dezoito, implantação do PCO e o financiamento adequado à estrutura de capital do Clube. Então, esse era o cenário que a gente tinha lá em 30 de março, na primeira reunião que fizemos aqui no Conselho. Trazendo um pouco, reforçando a questão do diagnóstico, definição diagnóstico é a metodologia avaliação que possibilita uma análise aprofundada das principais áreas de gestão do negócio, uma ferramenta que possui uma visão clara e abrangente da situação atual do negócio nas suas diversas
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áreas, reforçando a fotografia da realidade do Clube por meio da indicação dos principais aspectos de risco. Essa era uma demanda, esse é o que foi escopado, não só pela EY, KPMG, Delloite e Price, reforçando o que a gente queria trazer essa questão numa ferramenta de gestão fundamental, e nós vamos ver a cronologia, que a gente assume o Clube e imediatamente parte para este processo de contratação desse processo de diagnóstico porque a gente queria ter claramente a realidade do Clube, como fotografia, e uma ferramentra de gestão olhando aí os aspectos de risco do Clube para que conseguíssemos começar a desenhar o planejamento estratégico do Clube, baseado nesse diagnóstico, e a gente pudesse priorizar e atacar, de uma forma organizada, os aspectos mais críticos, de uma forma primeira, e depois avançando na correção de rotas dos demais aspectos, e que tivéssemos a recomendação das correções necessárias daquela realidade. Então, assim, esse era o objetivo da contratação, da demanda e da estratégia que tivemos do ponto de vista de indicar as quatro maiores auditorias, como o Marcelo falou, reconhecidas globalmente, estamos falando da EY, KPMG, Price e Delloite, assumimos o Clube no dia 03 ou 04, dia 05 fizemos o convite para as quatro, até 18 de janeiro a Delloite fez a opção de não participar do processo, mantivemos com a EY, KPMG e Price, definimos o escopo até o dia 18 de janeiro, recebemos as propostas em 28 de janeiro e decidimos, entre EY e KPMG, que apresentaram os melhores escopos do ponto de vista da proposta que tínhamos e que a gente gostaria do ponto e um trabalho de diagnóstico com profundidade, contratamos no final de fevereiro e ela inicia os trabalhos no dia de março de 2017, que se conclui hoje com a apresentação feita aqui no Conselho. Eu vou transferir a palavra para o Paulo, que vai organizar a agenda também e o Rangel, uma pessoa importante. Uma pequena observação: a EY faz a apresentação, é uma apresentação que não terá espaços para questionamentos, e ela se encerra, deixa o Plenário e depois a gente faz as discussões, enfim, e abre para os demais depoimentos. Sr. Paulo Brasile: Obrigado, Leandro. Boa noite a todos. O meu nome é Paulo Brasile, eu sou sócio da Ernst Young, aqui responsável pela Região Sul do País, sou de São Paulo, moro aqui, eu tenho que falar isso porque vocês vão perceber pelo sotaque. Eu estou acompanhado aqui do meu sócio, o Alexandre Rangel e do André Sancho. O Alexandre Rangel é o nosso sócio responsável pela indústria do esporte. Por quê? Porque cada vez o esporte vem mudando, e cada vez mais a gente vem investindo nisso, nós somos uma empresa de consultoria e atendemos vários clubes, não só de futebol, mas como também instituições ligadas ao esporte. Então, nós temos um especialista no assunto, uma pessoa que somente se dedica a este tipo de trabalho, o que é muito agregador e vocês vão perceber, daqui a pouco, quando ele explicar um pouco das tendências, o que está acontecendo dentro da indústria do futebol, especificamente. Estou acompanhado também do André Sancho, que é o nosso sócio da área tributária, que também teve uma participação importante do ponto de vista tributário e trabalhista, e também do Tobias, que foi a pessoa, o executivo que liderou os trabalhos de campo, esteve a frente aqui das equipes coletando o material, fazendo as entrevistas, as evidências e tudo mais. O objetivo hoje é passar por essa agenda aqui, a gente vai reforçar, mais uma vez, que o trabalho não foi uma Due Diligence, vamos falar do objetivo escopo do trabalho. Primeiro, a indústria do futebol. Eu vou deixar o Rangel apresentar aqui a questão da indústria do futebol porque ele vai dar uma visão geral para vocês de alguns dos aspectos bastante importantes. O primeiro é o seguinte: o que é a Ernst Young? O que
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é uma empresa de consultoria? O que é uma “Big Four”? Por que essas quatro? São as quatro maiores empresas do mundo de consultoria. Então, o que vendemos é credibilidade; o que estas empresas vendem é a marca, por que a gente faz um trabalho de auditoria financeira, por exemplo, e esse trabalho tem que ter credibilidade, porque um investidor, quando vai colocar o dinheiro dele nas ações de uma empresa qualquer, ele quer o parecer de uma auditoria por trás, de uma empresa forte, de uma empresa séria. Se a empresa erra no parecer, ela é extremamente penalizada. Então, essa é a credibilidade que temos. E assim em várias outras frentes. Então, nós somos uma empresa de 210.000 funcionários no mundo. No Brasil somos mais de 5.000. Estamos em 14 escritórios em 12 cidades diferentes, é uma estrutura bastante grande, que foi utilizada, na plenitude, para chegar e realizar este trabalho. Então, por exemplo, o meu sócio Rangel é do Rio de Janeiro. Então, a gente mobilizou o Rangel, algumas pessoas da equipe dele para participar do trabalho junto com a gestão para trazer todo esse “know-how”, todo esse conhecimento e para ter o comparativo. O que os outros Conselheiros estão fazendo? Então, o Rangel vai agora explicar para vocês o cenário do futebol no Brasil, e vamos falar um pouco sobre alguns trabalhos que fizemos, o que os outros clubes estão fazendo, para vocês terem uma base e para a gente ratificar o objetivo desse trabalho aqui, para consolidarmos bem por que fomos contratados e o que fizemos. Rangel. Sr. Alexandre Rangel: Obrigado, Paulo. Boa noite, senhores Conselheiros, Conselheiras, sócios e sócias, cumprimento também a Mesa. Uma satisfação muito grande estar aqui no Sport Club Internacional, vou ser breve, porque eu sei que o interesse de todos vocês é ver o resultado do diagnóstico mas acho que é muito importante colocar, dentro do que a gente está apresentando, o contexto geral, e como o Inter se coloca dentro desse todo o processo do futebol. E aí, um pouco desse slide aqui é só para mostrar que temos trabalhado desde 2013, muito dentro do futebol, por que a Ernst Young tem trabalhado dentro do futebol? Porque essa indústria, até pouco tempo atrás, era uma indústria considerada por todos nós, das grandes empresas de consultoria, como indústria não profissional, não era nem uma indústria classificada como segmento econômico de interesse das grandes empresas e a partir do começo dessa década no Brasil, e lá fora já tem mais tempo, ela começou a passar pelo mesmo ciclo de mudança de crescimento econômico que, por exemplo, a indústria do futebol passa na Europa na década de 80. Acho que se a gente relembrar, pois trabalhamos em vários clubes, e é bem interessante, mas vamos falar especificamente aqui do Internacional. E se vocês se lembram, década de 90, qual era a receita de um clube de futebol? Um clube como o Inter? Basicamente, era a respeito de sócios, da área social e bilheteria. Não existia direito de transmissão, não existia licenciamento,não existia royalties, transações econômicas de venda de jogadores eram valores pífios, basicamente, se vivia de bilheteria, se vivia de contribuições de associados do clube social. Ontem eu estava num outro clube do Brasil, um clube grande também, que compete com o Inter, todos somos competidores, não somos inimigos, mas somos competidores e o Presidente me citava: “Em 1997 esse clube aqui faturava 2 milhões de reais por ano. Esse ano ele vai faturar 200 milhões de reais, aumento de 100 vezes de receita em 20 anos. A maioria dos balanços dos clubes não vai até essa data, mas se a gente pegar o Inter talvez não seja muito diferente, 50 vezes, 30 vezes, 110 vezes, qualquer clube do Brasil passou por este processo. Então, estamos falando hoje não mais de clubes sociais, não estamos de clubes que movimentam 10, 20 ou 30 milhões,
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mas estamos falando de clubes que movimentam centenas de milhões de reais, com riscos e necessidades de governança extremamente complexos. E estamos trabalhando numa indústria hoje que cresceu, numa recessão, de 2015 a 2016, 23% em receita de 2015 para 2016 e cresceu 28% no ano passado, que foi um ano de grande crise no Brasil. Quer dizer, que indústria, que segmento, no Brasil, passa por um crescimento tão acelerado? E nos próximos anos vão sendo muito interessantes, muitas oportunidades e riscos; oportunidade para quem trabalhar bem, risco para quem trabalhar mal. E nós vamos passar por uma transição enorme no modelo de venda de direitos de TV. Não nessa questão só de Globo, mas a mudança da televisão para dentro do digital, para dentro do “extreme” para dentro de plataformas que o pessoal chama de “over the top”, é uma mudança completa na forma como você monetiza. Então, estamos passando por uma transição de geração de valor dentro dessa indústria muito grande. Assim, só comparando um pouco com outro clube com o Presidente, ele falou: “A gente aqui não é mais clube de futebol, isso aqui é uma empresa de entretenimento, eu sou que nem uma empresa de cinema, eu entrego um filme na quarta-feira e no domingo ainda vendo ‘making off’, vendo brinquedo, vendo produto, isso aqui é um business”, e nós estamos falando com clubes que têm a ambição de faturar, daqui a 03, 04 anos, um bilhão de reais. E clubes que querem botar dentro do departamento de futebol 300, 400 milhões por ano, seja em investimento, seja em folha. E estamos falando de um negócio muito complexo. E é dentro desse contexto que vocês vissem um pouco esse diagnóstico, não olhando os problemas que achamos, mas como é que o Inter pode, a partir deste diagnóstico, tornar-se cada vez mais competitivo dentro desse cenário que está sendo criado pelo futebol, como lá na Europa já aconteceu, como está acontecendo na Ásia, e vai acontecer no Brasil. Estejamos prontos ou não, essa mudança está acontecendo, e ela vai acontecer com uma velocidade muito rápida. Então, vou dar um exemplo de coisas que nós estamos fazendo hoje com alguns dos competidores do Internacional, só exemplo de situações onde hoje estamos vivenciando, hoje, o meu time, a Ernst Young, e que são coisas que se a gente não construir no Inter hoje uma base para podermos caminhar nessa direção, vamos passar por esses riscos, riscos de perder oportunidade de negócio que o mercado hoje está colocando. Então, em vários clubes, por exemplo, hoje, estamos trabalhando com a profissionalização dos clubes visando trazer investidores internacionais. E eu brinco que isso é o famoso “Crefisa em euro”. Trazer fundos de fora, fundos do Oriente Médio, fundos europeus que têm interesse de investir no futebol brasileiro, porque futebol bem gerido é altamente lucrativo. E isso muda a competitividade do cenário, e há muitos clubes trabalhando nessa direção, há uma série de limitadores, inclusive legais, hoje, tributários, mas essas barreiras estão sendo vencidas até por várias ações em congressos, que vários dos clubes estão patrocinando. E hoje se está trabalhando muito com grandes fundos, que estão investindo em tecnologia e investindo em capital. Hoje teve um outro competidor de vocês que lançou um primeiro patrocinador 100% digital no mercado, com valor significativo. Quer dizer, uma fronteira nova de como se monetizar no futebol. E nós estamos trabalhando também com outros projetos em clubes, assim como é que eu tiro dinheiro dessa nova tendência do pessoal de 5 a 12 anos, daqui a 5 anos, vai ser quem vai consumir o futebol, e de não querer mais ver televisão, não querer nem mais ver “pay-per-view”, mas só vai querer ver futebol no tablet, no celular, e que não tem paciência para ver 90 minutos, mas quer ver o jogo, os melhores momentos, e quer fazer “extreme”, quer twittar junto
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com o jogo, quer dizer, como é que você tira dinheiro dessa galera que não vai mais ver futebol como a gente, da nossa geração vê. E isso é uma outra revolução, se não tiver preparado não vamos conseguir ser competitivo,e tem gente hoje trabalhando nessa direção. Muita gente trabalhando nessa questão da transição de clube para clube empresa, clube social, um projeto grande, que a gente tem, é uma discussão grande: eu sou clube formador ou sou clube comprador de ídolos? Isso parece uma coisa meio subjetiva, muito simples, mas isso muda totalmente a estrutura, inclusive financeira do Clube, e isso muda até a forma como você monta o seu CT. Em por trás disso, não vou entrar em detalhes de cada um desses projetos, e quero só elencar para vocês, assim: o futebol brasileiro não é nada diferente do que aconteceu na Europa, nada diferente daquilo que está a Ásia e um passo atrás, ele está num movimento de transformação muito grande. A gente, hoje aqui no Inter, vai apresentar um diagnóstico, onde vocês vão ver que temos uma série de deficiências que temos que sanar rapidamente para quê? Não só para corrigir, talvez as novas deficiências, mas poder entrar nesse jogo, que é um jogo de alto valor agregado, é um jogo complexo, é um jogo que envolve tecnologia, é um jogo que demanda uma gestão empresarial fortíssima, envolve parceiros financeiros, bancos, fundos que só botam dinheiro em empresas como eles olham o Inter, olham os competidores, como se fossem empresas, e se eles vão sentir, na credibilidade, sentir nos processos, sentir a governança, esse fluxo de capital que poderia ir para o Inter pode ir para o competidor de vocês, seja aqui no Estado, seja na região, seja em outra região do País. Então, são riscos competitivos, é um outro jogo que vocês, como parte do Conselho Deliberativo do Inter tem que ter muita ciência e olhar esse diagnóstico não com olhos do passado, mas como a gente projeta, como bem falou bem o Presidente, como falou o Paulo, como falou o Leandro, como olhamos isso para o futuro. É isso que estamos querendo propor para vocês hoje, e devolvo para o Paulo para apresentar o diagnóstico, mas pensem no que vocês vão ver, não assim, como isso aconteceu, por que isso aconteceu, e como é que eu consigo melhorar daqui para eu pode entrar dentro desse jogo agora, que é o jogo, agora, que é o jogo aonde, no futuro, vai levar o Inter a ser um clube Campeão do Mundo de novo, e é isso que a gente está buscando aqui, é isso que a gente quer atingir. Sr. Paulo Brasile: Obrigado, Rangel. Bom, pessoal, acho que deu para entender por que nós fomos contratados? A gente não foi contratado para ir atrás de problemas ou para identificar o porquê que alguém fez alguma ação, a gente foi contratado para identificar quais são as principais dificuldades que o Clube tem hoje, do ponto de vista de gestão, do ponto de vista de processo, do ponto de vista de risco, do ponto de vista de controle, e como, direcionar o Clube para buscar o melhor desempenho, buscando a evolução, buscando as tendências de mercado que têm para a indústria do futebol. Aqui Objetivo e Escopo do Projeto. E o Objetivo do Projeto, conforme o Presidente leu, foi direcionar, dar um diagnóstico, uma fotografia do Clube, e o resultado desse trabalho é um relatório contendo a situação do Clube do ponto de vista de processos, riscos e controles e oportunidades de melhoria. Esse mesmo slide está na nossa proposta de trabalho, e se vocês tiverem acesso à proposta de trabalho vocês vão ver que esse é o slide que está na proposta, e esse slide também, e aqui nós demonstramos as áreas que foram abrangidas durante o trabalho. Então, falamos da parte financeira e contábil, da parte tributária, nós falamos da área de contratos, que é muito importante em clube de futebol, e infraestrutura e ambiental, estrutura e pessoas e trabalhista. A gente passou por todas
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essas áreas. O que trazemos aqui hoje nessa apresentação é um sumário, o trabalho é bastante extenso, foi um trabalho que demandou 03 meses de atividades de campo, e depois desses 03 meses ficamos consolidando esse material, preparando, validando, refinando o nosso entendimento, tirando dúvidas. Então, tem um relatório bastante extenso, é um relatório de mais de 250 páginas, e a gente trouxe aqui alguns exemplos, e vamos passar uma visão geral, mesmo porque discutir um relatório de 250 páginas leva alguns dias e não uma ou duas horas. Eu costumo falar que o Rangel sempre dá notícia boa e eu fico com a parte mais pesada, que é mostrar os problemas, mas eu sou o mensageiro. Então, não matem o mensageiro. O relatório é para uso interno do Clube, e tem um contrato de confidencialidade. E dentro do nosso contrato tem um termo, uma cláusula de confidencialidade. Então, tanto nós, quanto vocês, não podem expor o resultado do relatório detalhado fora do Clube, esse contrato é somente para uso interno do Clube. Não foi uma Due Diligence, eu, particularmente, acho até perigoso usar esse termo. Due Diligence a gente faz quando a gente quer comprar ou vender um ativo, então, se o concorrente de vocês, o principal competidor de vocês, escutar o termo “Due Diligence”, como deve ter escutado, ele vai começar a sacanear a todo mundo e falar que o Inter está vendendo o Beira-Rio e não é isso. Então, Due Diligence é para compra e venda de ativos, usamos a abordagem de Due Diligence para conseguir aprofundar alguns temas, para entender os processos, mas não é um trabalho de Due Diligence. Não é uma auditoria financeira, o trabalho não tem nenhum aspecto legal, nenhum parecer, nenhuma opinião do ponto de vista financeira. E a gente olhou questões de finanças, como olhamos questões contratuais, como olhamos questões trabalhistas, mas com foco num diagnóstico, e não em contestar plenamente os números do Clube. E muito menos uma investigação de fraude. Desculpe se tiver algum especialista em fraudes aqui, mas num trabalho de verificação de fraude é extremamente extenso, ele usa técnicas forenses, usa captura de informações, captura de arquivos, captura de caixa de e.mail, é um trabalho extenso e muito demorado porque é um trabalho que ele levanta evidências para que sejam utilizadas no caso de um processo. O nosso trabalho não tem esse cunho, não teve esse cunho e não fez isso. Então, qualquer discussão, nesse sentido, qualquer exposição nesse sentido, está completamente errada. Uma outra coisa importante: o trabalho é feito com base amostral, ou seja, nós não analisamos toda a documentação do Clube. Nós pegamos amostras, entramos, pega uma pasta e levanta algumas amostras, e a partir dali a gente entende se é necessário aprofundar essa análise ou não para evidenciar bem o nosso entendimento, se existe, realmente, um problema ou não. Então, o trabalho é amostral. Pelo fato de ser amostral, ele também não fala da totalidade. Se ele não fala da totalidade, eu estou consolidando que é um diagnóstico. Qual que é a abordagem utilizada para este tipo de trabalho? Temos uma análise de impacto e uma análise de probabilidade. Quando eu falo de impacto, eu quero saber o que acontece que acontece com o Inter caso um determinado risco ocorra. Então, vamos supor que eu tenha uma ação contratual, eu tenho um processo judicial e o Inter perde esse processo. Está envolvendo “X” mil reais lá de multa. O Inter tem que pagar. E qual é o impacto? O impacto é o Inter pagar, é o valor financeiro que ele vai sofrer. E qual é a probabilidade? A probabilidade é aquela que o Jurídico vai falando, que você tem de ganhar ou de perder um determinado processo, os advogados têm o “feeling” com base no que é discutido, com base nas evidências, nas provas, nas audiências e eles vão direcionando: a probabilidade de perder é alta, provisiona alguma coisa. Então, é essa
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que é a análise. E com base nessa análise, a gente classifica o risco. Então, se eu tenho um risco lá no quadrante vermelho, o mais vermelho de todos: “alto impacto e alta probabilidade”, é que ele um risco muito significativo para o Clube, bastante significativo. E conforme isso vai minimizando, ele vai entrando na área amarela e depois na área verde. O que é verde significa que está bom? Não, significa que não é uma primeira prioridade, ele precisa ser tratado também, mas não é uma prioridade inicial. E vamos tentar olhar primeiro o que é mais crítico. Para definir a questão do impacto, a gente senta com as áreas do Clube para entender o que é significativo do ponto de vista financeiro. Então, o que é alto lá do ponto de vista financeiro? R$ 3 milhões. O que é alto do ponto de vista de imagem? Uma publicidade negativa, amplamente divulgada. E assim a gente monta essa matriz. Então, quando eu estou falando da probabilidade, do impacto desse risco, se esse risco é alto, médio ou baixo, eu estou usando uma matriz para que a gente tenha sempre o mesmo direcionamento para cada um dos pontos que a gente identifica durante o trabalho. Essa é a primeira visão do trabalho. Então, dentro do que a gente analisou e do que a gente identificou, a gente considerou ali que mais ou menos 30% dos problemas são extremamente graves, são problemas de alto impacto e alta probabilidade, precisam ser endereçados de forma rápida. E 50% desses pontos estão numa região intermediária, são significativos também e precisam, de alguma forma, serem endereçados, mas talvez numa segunda onda. E 20% numa terceira onda. O que entendemos do Inter aqui? Vamos fazer um comparativo com o que existe no mercado. Essa matriz vem dos trabalhos que a gente geralmente faz em clubes de futebol. Então, eu tenho fatores externos e fatores internos. Os fatores externos, por exemplo, a situação econômica do país, conforme o Rangel colocou ali, existem clubes estrangeiros competindo com o nosso mercado hoje. Às vezes as pessoas estão deixando de assistir o nosso futebol para assistir um campeonato europeu. E daí por diante. E do outro lado, eu tenho os fatores internos. Então, eu tenho, por exemplo, uma indefinição do plano de vista de planejamento estratégico. Será que o Inter projetou, há dez anos, a situação que ele queria estar hoje? Isso é um planejamento estratégico do Clube, onde temos que buscar uma visão de curto, médio e longo prazo. O modelo de governança do Clube, como o Clube faz a gestão dos seus riscos, como o Clube faz a gestão dos seus processos, e como o Clube define papéis e responsabilidades. Decisões não colegiadas, ou seja, imagina que eu vou contratar um determinado serviço, e esse serviço custa R$ 20 milhões. Eu sou da área de infraestrutura e vou lá e contrato o serviço de R$ 20 milhões. Perfeito, o Financeiro tem R$ 20 milhões para pagar? Então, esse tipo de problema é bastante latente, bastante comum em clube de futebol. Gestão orçamentária ineficiente, ou seja, como é que eu faço a minha previsão orçamentária. Eu tenho qualidade de informação para analisar isso? Eu acompanho o orçamento, eu tenho ferramentas que me permitem acompanhar o orçamento mês a mês, a evolução dos números do Clube? Falha do processo de responsabilidade. E quem é o responsável pelo que, quando e como? Como a gente define esse papel de responsabilidades dentro do Clube? E baixa formalização, ou seja, as coisas são feitas de forma não formal, e a gente vai mostrar um pouco disso mais para a frente. Falta de uma base única de clientes, aqui é perda financeira, e eu não consigo consolidar e me organizar para atacar a minha torcida do ponto de vista positivo, lógico, de como eu trago mais torcedor para o Clube, como eu vendo mais camisas, como eu melhoro a relação com a torcida. E uma estrutura organizacional
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inadequada, ou seja, a estrutura dos clubes de futebol, de certa forma, são bastante pesadas. E isso vem porque futebol envolve 03 coisas importantes: ele envolve paixão, ele envolve muito a questão financeira, que o Rangel levantou muito bem, e uma questão política. Você tem grupos prós e contras, e isso é natural, é saudável até, a unanimidade é burra, e temos que ter a discussão de um ponto de vista saudável. Porém, essa estrutura se torna pesada, às vezes, e, principalmente, ao modelo que vem sendo utilizado há muito tempo, desde os primórdios do futebol no Brasil, e isso não se modernizou. Agora, esse cenário que eu passei aqui para vocês, não é específico do Inter, esse cenário é um cenário que extraímos dos trabalhos que a gente fez com o futebol. Vamos ver como é que o Inter está. Em todas essas questões achamos algum tipo de problema relacionado. Então, isso comprova muito o que viemos falando, e aí é uma opinião particular, mas o Clube e o processo de transformação que o futebol vem passando hoje no país, o Clube tem que olhar para a frente. Se vocês pararem para olhar para trás o que aconteceu, quando começou, pode ter começado em 1970, ninguém sabe. Então, para corrigir, qual é, segundo a nossa opinião, com relação a direcionamento? Atuem nesses problemas buscando ser construtivo, buscando olhar para a frente, buscando definir essa estratégia de curto, médio e longo prazo, melhorar os processos, ter mais segurança. E há coisas que acontecem, aqui no Inter, que são gravíssimas, tem, sim, e não é falar que não tem, não, tem, e tem coisa perigosa aqui, que o risco é alto, e a gente nunca pode afirmar nada, o risco é alto. Porém, vai depender do que o Conselho do Clube definir, a Vice-Presidência definir, o Presidente definir, do ponto de vista de evolução. De novo, o exemplo que eu dei eu vou dar novamente aqui: vocês imaginam que existe um pântano aqui de um lado. Então, há uma coisa toda bagunçada, suja, complicada de entender, complicado de andar ali dentro. Eu tenho duas opções: ou eu vou tentar ficar mergulhando nesse ponto, tentar corrigir esse negócio, e aí eu vou ficar patinando ali dentro daquele lamaçal. Ou estanco e começo a construir um cenário novo. E com o sol, com o tempo, aquilo vai secando, ele vai se diminuindo, e se algum dia eu achar necessário, nada impede que eu volte ali e busque alguma coisa ali de dentro. Mas se vocês partirem desse momento que vocês estão vivendo, que é uma situação atípica para o Clube, não é a situação que o Clube gostaria de estar hoje. E se vocês partirem desse momento, para voltar e tentar mergulhar nesse pântano, na minha muito humilde opinião, vocês vão perder um tempo valioso. E o mundo do futebol vai andar, ele vai para a frente, e vocês vão ficar aqui tentando remoer coisas do passado. Então, estanque e vão para a frente. Essa é a nossa principal recomendação dentro do nosso relatório. E tudo que a gente recomenda é nesse sentido. E tem esse problema, tem que corrigir dessa forma e começar a ir para a frente, é sempre assim, o nosso direcionamento é sempre esse. Vamos falar um pouco da questão financeira e contábil. Quando a gente olha cenário financeiro e contábil, vocês percebem que os riscos sempre estão mais para cima, mais dentro do impacto alto; por que isso acontece? Obviamente, aonde tem uma movimentação maior do Clube. Então, quando a gente fala qual foi o primeiro aspecto ali, não em ordem de identificação, mas o primeiro aspecto que comentamos aqui: fragilidade nas premissas para estimativas orçamentárias. O que a gente percebeu? No orçamento de 2017 vamos mostrar um pouco mais para a frente uma visão gráfica disso, esse orçamento acontece se tudo der muito certo. Então, achamos que aí tem um risco alto, de não ser tão bom, assim, e o número ser afetado, a previsão orçamentária do Clube ser afetada. Do ponto de vista de
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 15 2017.
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processos e adiantamentos, o Clube movimentou, e pegamos o ano de 2016 como referência, única e exclusivamente, porque a gente queria analisar um período fechado de janeiro a dezembro, o Clube movimentou do ponto de adiantamento, R$ 18 milhões. É muito dinheiro, gente! É muito dinheiro para ser feito pelo processo de adiantamento. Fragilidade no processo de compras ao pagamento. Também é outro ponto importante: foram R$ 46 milhões referentes a notas fiscais, sendo que 98% desse valor não passou pelo processo normal de compras. E como é o processo normal de compras olhando o Clube como uma empresa? Eu tenho, a grosso modo, uma requisição, eu tenho um processo de cotação, e aí eu tenho a seleção da melhor oferta para o Clube, quem presta o melhor serviço, quem tem o melhor preço. Às vezes eu prefiro pagar um pouco mais porque eu tenho um serviço de mais qualidade e aí eu tenho a seleção do vencedor. Então, muitas vezes a gente percebe que esse fluxo não foi seguido, e 98% das vezes não foi registrada a requisição, a ordem de compra, foi feita a compra direta e tem uma nota fiscal comprovando aquela compra. Mas eu não tenho processo. Então, eu posso ter comprado errado, não fiz a melhor negociação, posso não ter feito a melhor negociação para o Clube, não ter selecionado o melhor fornecedor, e aonde sai o dinheiro do Clube? Contrato e compras. Então, é um processo crítico, é um processo que tem que ser muito bem administrado, muito bem cuidado para que ele tenha robustez e passe segurança para as pessoas que estão fazendo procedimento de compra. Muitas vezes o que observamos, muitas vezes dentro de uma empresa, por exemplo, o funcionário faz para não perder o emprego, mas ele não quer fazer aquilo, ele não quer fazer aquilo, ele sabe que ele não está gerando evidência suficiente para comprovar que ele não fez nada de errado, e ele tem que fazer para não perder o emprego. E isso acontece em qualquer tipo de empresa, a grande maioria, infelizmente, funciona assim. Então, esses três pontos endereçam que a forma como Inter está cuidando do dinheiro, como foi feito no passado e como vem sendo construído até então, ela vem represando um desperdício, um gasto sem um controle adequado. Aqui mostramos um pouco dessa questão orçamentária. Por que a gente acha que aquele número lá negativo de R$ 28 milhões não é suficientemente robusto? É aquilo que eu falei: se tudo der muito certo, ótimo, o número é esse. A tendência é que o número seja esse. Agora, eu tenho impacto sobre a previsão de receitas, ou seja, o Clube estimou vender, ganhar com venda de atletas um determinado valor que a gente entende que vai ser difícil de alcançar, com base na média histórica, e eu tenho perdas com recebíveis, o que é isso? Existem dívidas a favor do Inter, que o Inter tem que receber, mas que já estão lá há 05 anos, 04 anos. Talvez seja difícil receber isso. A possibilidade de receber isso é baixa. Então, o risco aumenta com relação ao número. Eu tenho impacto na variação cambial, a gente vai falar um pouco mais para a frente o que é isso, eu tenho o risco de perda do PROFUT, que é um risco que está semeado, mas ele é um risco que permanece a qualquer clube que tenha se beneficiado do PROFUT. E eu tenho outros riscos aí, e foram identificados que estão numa categoria de risco alto que pode impactar o orçamento. Então, esse orçamento que foi feito para 2017 tem um alto risco de não ser materializado, o número ser maior. Qual maior? É muita análise que podia ser feita para se chegar no resultado correto, e infelizmente, a qualidade da informação que existe não é tão boa ainda. Então, para fazer isso tem que ser um trabalho específico, detalhado, aprofundado. Agora, o que vale a pena? A gente ficar tentando achar esse número durante 2017, a gente corrigir para ter um número bom, mais conciso em 2018? É uma análise, é uma decisão interna
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 16 2017.
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de vocês, mas se tiver sentado na posição de vocês, eu me preocuparia em trabalhar para estruturar o processo e ter uma melhor análise em 2018. Estamos falando de fragilidade na gestão financeira de obras, e aí o que acontece? Vários serviços, vários pagamentos referentes a serviços de obras foram realizados por meio de adiantamento via caixa. Então, de novo, estamos dando mais um exemplo: eu contratei um serviço de obra e paguei por meio de adiantamento, sem contratos, sem formalização, sem analisar a empresa. Geralmente, não fazemos isso, na prática, não fazemos. E até quando vamos fazer uma obra em nossa casa, tentamos fazer um processo de cotação, comparar empresas, comparar prestadores de serviço, para tentar ter a melhor contratação. E provisão de perda, que foi aquele exemplo que dei agora para vocês, do valor a receber que o Inter tem de contas vencidas, há 05 anos, há 04 anos, isso tem que ser revisto, porque eu preciso refinar esse número, e tem muita coisa que já ficou para trás, tira aquilo da frente. E se ganhar lá na frente vai ser uma vantagem, mas vamos trabalhar com o cenário mais realista. Ausência de mecanismo sobre variação cambial. O que é o mecanismo sobre variação cambial? Eu contrato um atleta, contrato esse atleta em euro ou em dólar, o dólar está R$ 2,50, o dólar chegou há R$ 4,00. Então, se eu tenho uma dívida em dólar, de U$100.000, de U$ 1 milhão, U$ 1 milhão há R$ 2,50, U$ 1 milhão há R$ 4,00, tem um impacto significativo na operação. Então, qual que é a boa prática? E quando você vai fazer uma contratação em dólar, você faz uma proteção cambial, para esse efeito não se materializar, ou para você minimizar esse risco. Então, percebemos que esse mecanismo não era utilizado até então. Certo? E a ausência de critérios para provisionamento de contingências. Então, por exemplo, tem aquela história que eu falei do contrato, eu tenho uma ação contratual, eu tenho que prever, no meu financeiro, um valor que, se eu sei que eu vou perder, ou que é uma grande chande de perder, eu tenho que provisionar no Financeiro esse valor para não ser uma surpresa. Então, muitas vezes a gente percebeu que esse valor provisionado não era o suficientemente grande para atender ao valor da ação. Então, aqui vamos mostrar um exemplo para vocês, que é o ponto, na minha opinião, é a parte mais crítica que a gente detectou. Se temos R$ 45 milhões de compras sem ordem de compra vinculada no sistema do Inter, que é o Totus, e temos R$ 1 milhão de notas vinculadas ao sistema. Esta balança devia estar inversa. Eu movimentei R$ 46 milhões, R$ 45 milhões sem ordem de compra. Desses R$ 45 milhões, R$ 18 milhões foram via processo de adiantamento, ou seja, o Inter fez o procedimento de adiantamento para comprar um determinado serviço, em um determinada situação. Esse adiantamento, R$ 5,5 milhões, foi direcionado a caixa, dinheiro, na boca do caixa, dá uma média de R$ 450.000 por mês, mais ou menos. É um volume muito grande, gente, é um volume muito, muito grande. A Ernst Young tem mais de 5.000 funcionários, e o nosso trabalho é viajar por este país. E este aqui o Rangel, do Rio, o André Sancho é de Salvador, alocado aqui em Porto Alegre, eu viajo para o Paraná e Santa Catarina toda a semana, vou muito para São Paulo, a gente não movimenta esse dinheiro de adiantamento em espécie, com 5.000 funcionários, essa média mensal a gente não movimenta. O adiantamento tem que ser um depósito em conta e em valores menores. Agora, o processo, por que isso acontece? Porque o processo não está formalizado, o processo do Inter não está desenhado, o processo de compras não obriga as pessoas a seguirem os procedimentos corretos. Então, quando chega na hora de comprar, alguém chega lá e pede o cara dá. É prática, era costume fazer isso. E aí você perde o controle. E vamos mostrar um pouco
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 17 2017.
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mais para a frente. Então, R$ 5,5 milhões, dinheiro; os outros R$ 12 milhões e pouquinho ali, dá um pouquinho mais de R$ 18 milhões, R$ 18 milhões e arredondando, via depósito em banco. Esse é o primeiro. R$ 50.000, um adiantamento em espécie. Se vocês lerem ali no comprovante, para quem que foi? Não sei. Qual que é a finalidade desse adiantamento? Eu não sei. Qual que é a nota fiscal de prestação desse serviço? Eu não tenho. Eu tenho uma anotação em mão e uma coisa importante: vocês estão vendo aquelas bolinhas vermelhas ali? A gente sanitizou a apresentação, ou seja, a gente cobriu os nomes para não expor ninguém, o nosso objetivo não é expor. A gente só quer sensibilizar para a necessidade de mudar o processo, de profissionalizar a governança, a forma como o Clube opera. Então, a forma de prestação de contas ali talvez tenha até uma justificativa. Alguém, no passado, consiga identificar o porquê que isso foi feito e ter uma justificativa plausível, talvez tenha, não dá para falar que não tenha. Mas prestação de contas: R$ 31.305,75 anotado na mão, e um saldo de R$ 18.694,25. É completamente informal. Aonde foi usado esse dinheiro? Qual a finalidade? Cadê a nota fiscal de prestação de serviço? O que foi feito? Gente, não achamos a nota, não sabemos. Então, quando se fala: aqui tem um risco? Vários riscos. Tem o risco de perder a financeira, tem o risco de fraude, é um risco, pode ser, mas, de novo: o trabalho não investigou para a gente alavancar isso. De repente, a hora que chegar em alguém que identificar que tiver o histórico, que sabe quem foi, o cara: “Ah, isso aqui foi para a compra tal, procura a nota fiscal tal”, e vai bater o valor. Então, por isso que não podemos falar que é fraude, não. Mantenham a calma, é um risco alto. Mas não podemos evidenciar ou falar que é fraude. Então, vamos adiante: agora outro exemplo perigoso, e esse aqui também teve muita interpretação errada, teve muita interpretação equivocada desse aspecto aqui. Então, deixa eu explicar para vocês o que é também. E escondemos o nome do fornecedor para não expor ninguém, mas eu pego, analisando esses pagamentos e tal, eu vou lá e identifico várias notas fiscais do mesmo fornecedor, e se vocês a coluna e número da nota fiscal, vocês vão ver: 490, 91, 92 até 98, ou seja, esse fornecedor só trabalhou para o Inter ali nessa época. E ele recebeu R$ 800.000. Do outro lado, eu tenho mais dois fornecedores, em situação semelhante, com menor impacto, que também movimentaram volume de dinheiro significativo. Então, essa questão da nota sequencial chama a atenção. De novo: o risco é alto, mas talvez tenha uma justificativa. Agora, não encontramos contrato de prestação de serviço, não encontramos nenhuma evidência, que o serviço realmente foi realizado. E se era um serviço, uma obra de pavimentação, se não me engano, e a gente não sabe, não consegue identificar onde foi feita essa pavimentação. Então, é aí que vem o aspecto: precisa corrigir, precisa andar para a frente. E vocês querem mergulhar para entender isso aqui? A gente não vai achar onde foi. Estanca, fecha a torneira e vamos reconstruir. Então, é esse o cenário aqui de notas fiscais. E aí a gente foi um pouco mais além, a gente quis entender quem eram esses fornecedores tentando buscar algum, de forma construtiva, algo que justificasse o movimento. E sempre vamos na postura de tentar, de forma construtiva, buscar e tentar tirar a dúvida. Então, entramos no site da Receita e pesquisou o CNPJ dessas empresas, que está ali o finalzinho dele só para não expor quem é a empresa. E todos têm o mesmo número de telefone. Agora, esse foi um caso que analisamos, e quantos já aconteceram, desde quando isso acontece? Não dá para saber, gente, não dá para saber, não foi esse o foco do trabalho. Então, por que a gente está batendo muito nessa questão? Porque é um trabalho para a gente investigar, e às
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vezes pegamos isso como exemplo, como o exemplo específico do que está acontecendo, do risco alto de fraude, mas isso pode estar acontecendo há muitos anos, pode ter “n” outras situações similares. Então, o foco aqui tem que ser: de novo, vamos partir para a correção, tivemos um volume movimentado, nessas empresas, entre 2015 e 2016, porque a hora que a gente olhou, a gente tentou retroceder mais um período fechado de janeiro a dezembro, para verificar se tinha alguma consistência, e identificamos em torno de R$ 10 milhões que foram movimentados. Esse foi o principal ponto. O Inter tomou algumas ações, ele vem tomando algumas ações. E nós não estamos acompanhando essa implantação, a implantação dessas ações. E a gente percebe, durante as reuniões, que o pessoal vem trabalhando, e o Leandro vai explicar o que está sendo feito agora, com base nas recomendações, tudo que vem sendo discutido, para tentar sanear esses problemas e estancar as situações que estão acontecendo. Sr. Leandro Bergmann: Bem, pessoal, voltando para a apresentação lá que fizemos, já tínhamos identificado esse processo dessa descentralização do processo de compras, que o Paulo aqui bem exemplificou, e assim: primeira ação que fizemos foi definir aqui de uma política de compras, e uma primeira iniciativa, de uma certa forma, não informal, mas um procedimento interno que limitamos toda e qualquer compra, acima de R$ 5.000, ele precisaria passar pela aprovação de dois VicePresidentes, depois eu vou botar qual era o processo anterior. Então, assim, a VicePresidência de Finanças estava envolvida em qualquer desembolso acima de R$ 5.500, necessariamente senão o pagamento não acontecia. E a gente teve que reformatar todo o RP, que é o Protheus, então, ele existia do ponto de vista do Clube, mas como o Paulo destacou, 1% das transações circulavam por dentro dele, e a gente teve que mudar toda a arquitetura do Protheus, conseguimos, recentemente, e vou mostrar como é que vai ficar a arquitetura, inicia o projeto agora, ele entra em execução a partir agora do mês de setembro. E limitamos também que todo e qualquer pagamento tem que vim acompanhado de uma nota fiscal para evitar as questões dos adiantamentos. Então, sem documento fiscal, não aconteceu absolutamente nenhum desembolso. Esse era o procedimento adotado no Clube, até então, e qualquer área específica identificava a sua necessidade e fazia a contratação juntamente na área. Então, assim, o processo de decisão de custo, de despesa já era tomado diretamente na área. Então, assim, as compras e contratações eram feitas em cada área, em cada Vice-Presidência, Marketing e Finanças, Administração, assim o procedimento acontecia. Depois, então, uma vez contratado o serviço, a nota fiscal vinha e aí, então, ocorria a aprovação de um VicePresidente para efetuar o pagamento. Então, esse é o procedimento que encontramos no Clube e que entendemos que estava muito aberto, e a gente precisava fechá-lo, a primeira iniciativa, até porque precisávamos reformatar o sistema, o RP que já existia no Clube, mas não era utilizado da forma adequada, e mudamos a arquitetura. Então, hoje esse é o processo que agora entra em produção agora no mês de setembro, onde as áreas vão fazer as solicitações de compra, cotações de compras, e vão ser feitas análises das cotações, e que serão transformados em pedidos de compras, e somente aí vai ter uma prática, políticas de alçada definidas desde da Gerência, Vice-Presidência, os executivos, até o Conselho de Gestão tem uma prática de alçadas que vai fazer a aprovação para só então o serviço ser contratado, é emitida a nota fiscal e aí, então, fecharmos a compra. Então, esse é a mudança fundamental, e isso está posto lá quando a gente falava que era a implementação do sistema de compras. Sr. Paulo Brasile:
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 19 2017.
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Interessante essa questão da nota fiscal de compra e tudo mais, pois da mesma forma que você tem a compra, que você precisa ter a nota fiscal, você também tem que receber com nota fiscal. E a gente vai ver que tem um exemplo de recebimento, e só para exemplificar também, é uma situação comum, e não era uma situação comum, até então, mas um determinado fornecedor entrega alguma coisa em algum lugar, não obrigatoriamente você tinha nota fiscal em mãos. Então, isso é informalidade, e é o processo de informalidade, é um processo informal. Então, muita coisa que a gente encontra sem vínculo à nota fiscal, pode ser por isso. E não obrigatoriamente há algo errado, mas o processo do Clube está mal desenhado, o recebimento está descentralizado também, está começando a organizar compras, tem o recebimento na sequência, e você tem que começar a centralizar esse recebimento para começar a capturar essas notas e ter o batimento das duas coisas, porque eu comprei com o que eu recebi. E vamos falar um pouco de contrato. Celebração de contrato desenvolvendo, sem envolvimento de áreas-chaves. Então, aqui eu contrato um jogador, eu vou lá, faço toda a definição, e vamos usar o exemplo do futebol, porque é o exemplo mais fácil de se entender, é o cerne do negócio, mas não obrigatoriamente isso só acontece com o futebol, é só a título de exemplo. Contrata um jogador, vou lá, eu, o Departamento de Futebol, defino o valor, defino o modelo de contrato, defino a forma de pagamento, e aí um dia o Financeiro recebe a conta e não está preparado para pagar, acaba com o fluxo de caixa do Financeiro. Ele tinha que pagar alguma outra despesa, tinha que pagar algum tributo, alguma coisa importante para o Clube, ele não consegue pagar por isso. Ele desvia, ele muda a prioridade dele. Então, a gente percebe que isso também acontece com muita frequência. E o caminho aí é ter um comitê, que vá envolver, e vocês vão ver nos outros exemplos também, que tem que ter um comitê que vai envolver e é o responsável pelo futebol, que esse cara tem que estar com a cabeça o dia inteiro e tentar melhorar o time sempre. E trazer o melhor jogador possível. Mas contratar o Neymar é caro! Então, precisa ver se tem fôlego para pagar o Neymar, não só do ponto de vista de fôlego, mas eu preciso ver se o contrato, que está sendo afirmado, está num modelo legal para o Clube, ou seja: já envolvi o Financeiro e já envolvi o Jurídico. Agora, qual é a cláusula de pagamento? Como é que eu vou pagar esse jogador? Opa, RH vem aqui, RH tem que fazer parte disso também. Porque também pegamos situações onde tinha um atleta treinando que não estava recebendo, porque ele retornou e o RH não foi informado. De novo, é informal, ninguém aqui gosta de trabalhar de graça. Então, temos que tomar cuidado com esse desenho do processo. Pagamento de produtividade em desacordo com cláusula contratual. Então, o jogador entra em campo, dependendo do contrato dele, ele tem um valor adicional que ele ganha por produtividade, muito comum, hoje em dia, em clube de futebol em contratação de jogadores. Só que também o caso que pegamos demorou 03 meses para a área de recursos humanos receber o quanto ela tinha que pagar de produtividade, ela recebeu um valor acumulado. Então, a hora que ela recebe esse valor acumulado, impacto no fluxo de caixa, o jogador, lá do outro lado, não recebeu questão graninha que ele tinha que receber, ou seja, o cara não fica tão feliz, a gente costuma falar que clube de falar que clube de futebol, imagem e credibilidade é muito forte também, é quase igual a gente, ali, uma empresa de consultoria, a gente tem que ter uma credibilidade e uma imagem forte. E clube de futebol também, perante os atletas, vocês e vão atrair melhores atletas, quanto mais forte o Inter tiver, quanto mais organizado, quanto mais
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estruturado. Quem não quer trabalhar numa boa empresa? Jogador de futebol é a mesma coisa, ele quer trabalhar num clube bem estruturado, num clube que dê condições, num clube que ele não tenha problema para receber, e ele se falam a cada momento. Então, assim, essa questão da produtividade é um exemplo. Não adianta eu fechar uma contratação, seja qual ela for, sem que eu tenha todas as áreas envolvidas cientes do que é preciso fazer. Se eu tenho um contrato de produtividade, mensalmente em preciso fechar a produtividade desse jogador, passar para o pessoal da folha de pagamento com tempo suficiente para que eles processem e façam o pagamento dos salários do jogador da forma correta, o valor correto. E pagamentos realizados sem o recebimento da respectiva nota fiscal, e também detectamos, e foi um exemplo que já falamos um pouco, que alguns pagamentos são feitos sem a nota fiscal. Então, isso além da questão tributária, que tem um risco bastante grande, sofreu algum tipo de sanção e tal, também tem uma relação aí trabalhista importante. Então, aqui é um exemplo da celebração de contrato sem envolvimento de áreas chaves. E aqui, neste caso, a gente tem a variação cambial como exemplo. Então, foi um contrato de um jogador que pegamos, e identificamos que foi feita uma negociação em moeda estrangeira e a cotação da moeda prevista nesse contrato atingia um patamar, se não me engano, até de R$ 2,35, e isso é o dólar como eu falei aqui agora há pouco, o dólar bateu mais de R$ 4,00 nesse ano. Então, o Inter teve um gasto adicional aí não previsto por não ter feito uma proteção. E por que ele não fez essa proteção? Porque as pessoas competentes da área financeira não estavam adequadamente envolvidas. E isso acontece em vários cenários aí que temos. Aqui é o exemplo que temos da nota fiscal recebida em atraso, e vocês podem ver ali que o primeiro dia tem 120 dias de atraso para receber uma determinada nota fiscal, ou seja, o Clube pagou e recebeu a nota fiscal 04 meses depois. Então, isso também é um risco bastante grande, do ponto de vista tributário, além de que, em algum momento, você pode perder essa referência, e você não sabe, ou você pagou mas você não tem nenhum link com relação ao que foi pago, que é o problema que a gente fala, e aí alguém vai tentar fazer alguma análise para validar as informações, você não tem o histórico, não consegue alavancar esse histórico para comprovar o que foi feito. Logo, pode existir uma interpretação errada achando que é alguma coisa ilícita, de repente, não é. O processo está errado, em todos os aspectos, do ponto de vista de controle, do ponto de vista tributário e tudo mais, mas talvez não tenha sido nada ilícito, nada mal intencionado, vamos colocar, assim. Consistência entre os valores lançados, conta a pagar e o valor registrado em contratos. Pagamento em desacordo com o que estava registrado em contrato, nesse caso o Inter pagou um pouco a maior, e isso é o que, também? É o processo de envolver recursos humanos para fazer a folha de pagamento. O jogador vai receber quanto e como? Qual é o método de cálculo? Isso tem que estar dentro do pessoal que faz a folha e mensalmente ele tem que receber as informações de apontamento daquele atleta, se o atleta compareceu todos os dias ao Clube, conforme planejado, se ele tem alguma vantagem com relação a algum adicional com relação à produtividade, e tem que estar de acordo com o contrato. Se ele está em desacordo do contrato, tem algum problema de interpretação. Se tem algum problema de interpretação, isso tem que ter uma alçada maior para a discussão, tem que ter uma análise jurídica, tem que sentar com o jogador, sentar com o empresário dele, não é simplesmente e ir lá e pau, pagar! Aqui encontramos dois casos e no contingenciamento, o que estava registrado no contrato era R$ 7.3 milhões e o que
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estava registrado no contas a pagar era R$ 2.4 milhões e aí tem uma diferença de R$ 5 milhões, praticamente, R$ 4.9 milhões, que ela estoura no Financeiro em algum momento. Então, se eu tenho um contrato de R$ 7 milhões, eu tenho que registrar esses R$ 7 milhões conforme a previsibilidade de pagamento que está estabelecida em contrato e não só parte dele. De novo, impacto no fluxo de caixa no Clube; a mesma coisa aconteceu com o exemplo debaixo. Sr. Leandro Bergmann: No tema contratual, estamos fazendo o possível para que todo e qualquer contrato, interação com as áreas de Futebol, Marketing, Administração, temos tentado fazer de uma forma mais intensa, o Jurídico participando dos processos, e colocando o Jurídico em todos os processos, e boa parte dos contratos, assim, a reestruturação do Totus, assim, a arquitetura dela também está trazendo todos os contratos para dentro do Totus, então, a gente passa a administrar o Totus, os contratos, dentro do Totus, não vamos mais estar fazendo um processo de acompanhamento manual, ele vai ser, basicamente, eletrônico. Então, assim, também está inserido naquele universo de melhoria do ponto de vista de gestão. Sr. Paulo Brasile: Ambiental e infraestrutura. Estamos chegando quase no final. Já vamos direto para o exemplo, que fica mais fácil de entender. Essa é a situação ambiental do Clube, com relação às licenças do Clube. Então, aqui o que está vermelhinho é onde não tem licença e deveria, de alguma forma ter, segundo o nosso entendimento, o que está verdinho é o que tem licença e o que está cinza é não aplicável. Então, se vocês perceber, no CT Profissional e no Parque Gigante tem um certo “gap” de licenças, mas esse ainda não é o maior problema. O maior problema do Inter hoje é esse. Com a reforma do Beira-Rio foi construída uma área de estacionamento, ela era onde tinha um posto de gasolina. E esse posto de gasolina, obviamente, uma contaminação do solo, e existia a necessidade de se fazer um tratamento nesse solo. E o que acontece é que você pode ter o impedimento da renovação de licença do BeiraRio caso esse tratamento não seja feito. O Beira-Rio tem licença até 2019, e vamos imaginar que o fiscal seja gremista e ele venha aqui visitar vocês. Ele não precisa fazer nada, ele só vai seguir a lei. Então, essa era uma situação desconhecida no Clube. E o trabalho aqui, o grande desafio é o seguinte: conversamos com o nosso pessoal ambiental e precisa entender qual é a profundidade da contaminação. Não sou especialista no tema, mas existem parece 03 tipos de situações: uma situação que é mais superficial, é mais fácil o tratamento, é mais rápido, uma situação intermediária, que é um pouco mais longa, ou seja, a contaminação está um pouco mais profunda, e o caso extremo, parece-me, é quando tem a contaminação do lençol freático. E aí tem um problema grande a resolver. Então, quanto tempo demora? Quanto isso custa? Quando vai ser feito? Eu consigo atender isso até 2019? Tem que ter uma ação agora para a gente ter essa previsibilidade. Qual é o impacto disso? Se estourar o prazo de 2019 para corrigir isso, será que eu tenho alguma outra ação que eu posso fazer do ponto de vista jurídico? Então, todo esse planejamento é necessário ser feito, porque, senão a interrupção do Beira-Rio, não só de ser um problema para o Clube, para os torcedores, ela gera multa para o Inter, o Inter não pode ter o Beira-Rio interditado, ele tem um contrato onde o Beira-Rio tem que estar funcionando, então, gera multa para o Inter, dá impacto na imagem credibilidade. Então, é um ponto bastante grave. Aqui a questão da manutenção preventiva, que é outro ponto importante. A gente observou que o Clube não tem um procedimento de manutenção preventiva. Então, a gente fotografou algumas situações para demonstrar a precariedade da infraestrutura existente. Óbvio, o
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 22 2017.
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Beira-Rio é um estádio novo, ele foi recém construído, reformado, mas ele também não tem um procedimento de manutenção preventiva. Como ele vai estar daqui a 10 anos? Qual é o impacto para recuperá-lo? Então, a vantagem da manutenção preventiva é exatamente não deixar o bem depreciar demais, ser destruído ao longo do tempo, ou você vem reconstruindo e vem fazendo as imediações conforme os anos vão passando, dentro de um planejamento, dentro de um programa de manutenção preventiva. E o que a gente observa é que não existe esse programa. Então, houve uma discussão muito grande que existia um manual com todo o detalhamento, de como fazer a manutenção preventiva, esse manual foi desenvolvido pela construtora, e não adianta, não tem equipe fazendo, posso ter o manual que for, está lá, está em algum lugar. Então, precisa ter uma estrutura de manutenção preventiva com planejamento, olhando para o futuro, verificando as situações mais críticas e já propondo um plano de ação. De novo, isso aqui é grana para arrumar, é dinheiro. E mais nada além disso, é dinheiro para arrumar dentro de uma ação estruturada. Então, se eu tenho um processo de compras bom, olhando os melhores fornecedores, se eu tenho a minha gestão financeira com o orçamento para a manutenção preventiva, com um plano de um, dois, três, quatro, cinco anos, tudo isso começa a se corrigir, tudo isso vai ao fim do ano, e vocês vão tendo um ganho ao longo desse tempo. Então, percebam que todos os pontos que a gente vem demonstrando aqui para vocês, todos estão conectados. E o que isso traz de reflexão para nós? É uma situação, é um “modus operandi” que estava completamente errado. Sr. Leandro Bergmann: Então, aqui a gente fez o mapeamento dos mesmos “gaps”, e senhor iniciativas que já foram tomadas. Então, assim, vinculação da questão dos PPCIs, então, tem o mapa endereçado junto à área de patrimônio, que está acontecendo, com o cuidado e com o controle necessário. E só fazer uma pequena correção, a questão do posto é de conhecimento do Clube, a área de patrimônio isso está dentro da pauta da preocupação da área de patrimônio do Clube, e foi feito um processo de seleção da empresa para emissão do relatório técnico, a desativação e confirmatória e estabelecer um plano de ação. A gente recebeu as propostas de orçamento de quem vai fazer essa atividade pela gente, essa remediação da área, e estamos no processo de decisão para entrar em execução do processo de remediação e do cuidado referente, até porque tem a licença que vence, enfim, aí em 2019. Sr. Paulo Brasile: Tributário e trabalhista, irregularidade fiscal e risco de perder o PROFUT. E boa parte de vocês sabem que o PROFUT é um benefício fiscal que existe para os clubes de futebol se reestruturarem e pagarem as suas dívidas tributárias, que são geradas ao longo do tempo, e existem várias regras para se estabelecer, para que o PROFUT seja aprovado e para que ele continue sendo vigente. E perder o PROFUF é muito ruim. E o que observou aqui no ínício, logo na primeira semana de trabalho, identificou uma situação onde existia uma irregularidade fiscal, que automaticamente o Clube tomou a ação de imediato para resolver, mas esse risco era iminente. E um dos pontos do PROFUT, da perda do PROFUT, que tem lá na lei é que o clube é rebaixado para uma divisão abaixo da atual. Então, o PROFUT, para vocês, principalmente para a situação que o Inter tem hoje, é mandatório ter o PROFUT como uma premissa e ele é tratado assim, porque todo o processo ali foi feito de forma emergencial para resolver o problema. Então, tem rebaixamento, tem a renovação de licença do Clube, ela fica afetada, e tem também uma questão de responsabilidade solidária dos dirigentes. Então, o PROFUT é bastante abrangente, ele tem que ser olhado com bastante cuidado e essa questão tributária estava
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 23 2017.
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um pouco afetada ali, foi logo na semana de 10 março que a gente detectou isso. Seria legal o Rangel comentar o que tem acontecido com relação ao PROFUT. Sr. Alexandre Rangel: Quando eu converso nos clubes, muita gente pensa: “Ah, esse negócio do PROFUT não vai dar em nada, isso não vai acontecer, não vai ter punição”. Então, deixa eu passar para vocês um cenário, de como a gente está vendo esse movimento. E a partir desse ano e do ano que vem vão ter dois novos atores de regulação dentro do futebol. Um deles é a APEFUT, que faz a regulação e controle do PROFUT, e o outro é a própria CBF por meio da norma de licenciamento. Eu acredito que a maioria de vocês não deve ter ouvido falar nesse assunto “licenciamento”, e do PROFUT acho que a maioria deve ter ouvido. Então, eu vou falar um pouco sobre isso, como é que isso está se desdobrando. Então, do ponto de vista do licenciamento, o que é licenciamento? Licenciamento é o seguinte: a partir do ano que vem, para qualquer clube do Brasil disputar qualquer campeonato sulamericano, seja Libertadores ou Copa Sul Americana, ele tem que passar por uma série de critérios de auditoria da COMMEBOL. A mesma coisa vai acontecer para disputar o Brasileiro da Série A. Há uma série de critérios de licenciamento da CBF. E nós somos um dos fiscais desse processo, nós, Ernst Young, o meu grupo faz a fiscalização de alguns desses critérios. Posso afirmar para vocês que vão ser levados a ferro e fogo, no caso, o licenciamento. Ano que vem não vai existir, por exemplo, no licenciamento na parte de “fair play”, isso vai ficar para 19 ou 20, mas, por exemplo, uma série de questões de estrutura profissional do Clube, a existência da necessidade de ter um Diretor Geral remunerado, de ter um CFO, de ter um Diretor de Marketing, quer dizer, não ter mais uma estrutura amadora, e ter uma estrutura profissional remunerada em tempo integral vai ser uma exigência para poder jogar o Brasileiro Série A, e vai ser uma exigência para poder jogar qualquer campeonato na América do Sul. E isso aí é inclusive fiscalizado pela própria FIFA desde Zurich para cá. Então, essa aí não tem escapatória, é um calhamaço, o Inter já teve acesso a isso, é desse tamanho aqui de regras a serem cumpridas, e algumas delas não são simples de serem cumpridas. No caso da APEFUT, qual é a grande questão que vai estar envolvida? Pelo lado do licenciamento, não vai existir o “fair play”, no lado do PROFUT você tem o limite máximo de 10% de déficit para manutenção do benefício fiscal que o Inter usufruiu. A perda desse benefício seria um impacto financeiro gravíssimo no Clube, o impacto seria monstruoso e devastador. Hoje aquele número que vocês viram de R$ 28 milhões de déficit está quase no limite desses 10% do PROFUT baseado na receita estimada para o ano. Então, quando o próprio Paulo falou que tudo tem que dar certo para conseguir manter aquele déficit, tudo tem que dar certo mesmo. Então, a gestão que vocês aí, que são parte da gestão do Clube, tem que fazer sobre este orçamento, até o final do ano, junto com o Conselho Gestor, ela é extrema. E a visão, eu não sei como vai ser o final desse assunto em relação à APEFUT, onde tem menos ingerência sobre a APEFUT do que a gente tem sobre o processo de licenciamento, mas como isso é lei e o não cumprimento de lei é considerado uma prevaricação pelo gestor, uma vez que menos que a lei seja mudada até o final do ano, e a APEFUT, o Luiz Mello ou o Bene, e a equipe dele, vão ter que executar as punições da lei, senão eles passam a ser, inclusive, punidos na pessoa física deles como gestores públicos. Então, realmente, sugiro que alguns clubes não estão levando, talvez, tanto isso a sério, e eu sugiro aqui no Inter, dado que estou falando com vocês, que levem essa questão do limite de 10% de déficit muito a série, porque ninguém sabe como vai
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 24 2017.
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ser a reação do governo no final do ano. Sr. Leandro Bergmann: Com relação as ações, a gente continua com a questão da regularidade fiscal, as CNDs estão em ordem, e fizemos uma mudança até por esta questão da fragilidade, trouxemos a área fiscal, que estava segregada da área de contabilidade, e trouxemos para baixo da área de contabilidade do Clube, e há um tema, que é a elaboração do plano de cargos e salários para o Clube, para se conseguir diminuir as diferenças entre as diversas categorias de profissionais e é importante para se trazer essa questão e dar uma calibrada nos riscos trabalhistas vinculadas a isso. E só falando a questão do PROFUT, temos interagido ali de uma forma importante lá com o Bene, enfim, com o pessoal, feito algumas discussões, eles têm demandado informações, e a gente tem suprido as informações, sabemos do desafio e estamos aí com o olhar cuidadoso em relação a isso. Sr. Paulo Brasile: Próximo ponto aqui: a estrutura organizacional. É o último tema, e aí então, já comentamos um pouco sobre isso. A estrutura organizacional é complexa, e o risco dessa estrutura organizacional muito grande é que ela forma silos, ela forma grupos isolados dentro do Clube, dentro da parte administrativa do Clube, ali na operação do dia a dia. E isso é muito ruim. Então, o que viemos recomendando é que sejam formados comitês embaixo dessa estrutura, porque o Clube tem um Estatuto, ele tem que seguir esse Estatuto, mudar esse Estatuto é uma ação possível, mas que demanda muita discussão, vai levar tempo, então, estruturas e comitês embaixo dessa estrutura existente para poder fazer a gestão, para poder integrar essas áreas. E isso é uma forma rápida de resolver e tentar, cada vez mais, ter integração. Um exemplo disso é a questão do futebol, contratar um atleta, o Financeiro não sabe, o pessoal da folha muito menos, e o futebol tem que fazer o time rodar, está preocupado com o time, está certo, tem que fazer isso, mas isso é um exemplo de silos que se formam. Então, temos que tentar unificar isso. E a ausência de uma estrutura de “compliance”, até mesmo pelo que o Rangel colocou agora há pouco, cada vez mais é necessário ter uma pessoa voltada a olhar a questão de “compliance”, a olhar como o Clube está endereçando a questão do “compliance”, e tomando conta disso para que isso realmente aconteça, para que seja efetivo. E essa pessoa de “compliance” tem que estar aqui frequentemente falando qual a situação do ponto de vista de regularidade do Clube com a legislação que vem regendo o futebol e que vem se transformando e mudando e cada vez mais vai exigir uma postura bastante forte, bastante agressiva do ponto de vista de gestão. Então, é uma recomendação nossa também de estruturar bastante a questão do “compliance”. Sr. Leandro Bergmann: Olhando a questão de estrutura o próprio processo de alteração do Estatuto e a criação do Conselho de Gestão, isso está sendo levado de uma forma importante no dia a dia da gestão, avançamos de forma importante na profissionalização, hoje temos 03 executivos diários, relevantes do Clube, que é a Administração, Finanças e, mais recentemente, a chegada de um profissional para a área de Marketing, de uma certa forma, até alinhando com a questão do licenciamento. E o processo de seleção foi feito pela Michael Page, ou seja, é um processo de uma empresa reconhecida do ponto de vista de recrutamento, tal e qual a gente tem no reconhecimento das quatro, das “Big Fours”, na parte de auditoria e consultoria, e estamos trabalhando na formulação do projeto de planejamento estratégico para a questão de governança do Clube, enfim, o Lacher tem conduzido esse processo e, em breve, vamos estar trazendo as apresentações e os desdobramentos da primeira apresentação que foi feita recentemente. Sr. Paulo Brasile: Bom, pessoal, é
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basicamente isso, e vamos mostrar um pouco do que a gente entende das próximas ações que o Inter deve fazer para se estruturar, para continuar dando seguimento a esse processo de mudanças, e eu encerro aqui a minha participação, vou deixar o Rangel aqui apresentar os próximos passos, com base no que ele tem visto em outros clubes, com base no que a gente tem estruturado, agradeço a todos. Muito obrigado. (Palmas.). Sr. Alexandre Rangel: Senhores Conselheiros, Conselheiras, sócios, sócias, Mesa, eu gostaria de agradecer a oportunidade que foi dada a EY de estar fazendo esse trabalho aqui no Internacional, é uma honra para a gente, e a mensagem final que eu deixo, alinhado com os próximos passos, quer dizer, o Internacional tem que ter ambições muito grandes, tem que ter ambições do tamanho do que é o Internacional. As ambições com um clube como o Inter não podem ser pequenas. E acho que vocês, trezentos, mais o Conselho Gestor, que representa aí os milhões da nação colorada, tem que ter essa responsabilidade e essa missão de conduzir o Clube dentro dos processos de transformação com uma gestão cada vez mais profissional. Quer dizer, hoje se fala no Internacional, que é um Clube que movimenta R$ 300 milhões, R$ 400 milhões e pode movimentar, em breve, muito mais do que isso, e a gente não pode estar como organização que não tem processo de compra, não tem processo de pagamento, não tem estrutura, não tem governança, e isso aí tem que ser uma coisa que tem que ser parte da agenda urgente de todos vocês. E mais ainda, isso não pode ser visto como uma ação de uma gestão ou de uma corrente política ou de indivíduos. Quer dizer, vocês hoje estão aqui, amanhã podem estar outros 300, ou podem ter outros grupos, e isso tem que ser parte do Internacional, isso não pode ser parte do CPF das pessoas, tem que ser parte do CNPJ da instituição. O Internacional tem que ter um modelo de gestão cada vez mais alinhado com as práticas profissionais. Isso quer dizer que o Inter tem que ser um clube empresa? Não, necessariamente, mas ele tem que ter uma mentalidade empresarial, acho que todos aqui que fazem parte de empresas, são gestores, ou estão dentro de gestão viram que o que a gente apresentou aqui, como recomendações, são coisas simples e básicas, básicas que uma operação, que movimenta centenas de milhões já deveria ter talvez há muito tempo. É simples de implementar? Não, mas tem que se começar, e o que a gente recomenda? Realmente, uma ação muito forte de governança, cortes profundos de despesa e busca de novas receitas até para conseguir equilibrar o nosso orçamento e já frisamos várias vezes que estamos no fio da navalha em relação ao limite do PROFUT, e tudo tem que dar certo, então, temos que ser mais agressivos ainda em cortes de despesas, mais agressivo em buscar novas receitas, buscar novos investidores e melhorar os controles internos. E por que controles internos é importante? Porque, de novo, sem o olho do dono, sem o olho de todos vocês, que são os donos do Clube, que representam a torcida, vocês, que estão aqui, estão representando como gestores, e qualquer organização perde o controle e comete erros, comete irregularidades. O que aconteceu, que a gente viu, seja independente se teve dolo, se não teve dolo, foi má gestão, isso aconteceu, e não pode acontecer de novo. Os riscos hoje de uma operação que movimenta a quantidade de dinheiro que vocês operam, se se repetir continuamente pode levar a quase a solução de continuidade de uma operação como o Internacional, e não é isso que a gente quer. Então, gestão muito rígida, controle de processos, governança, profissionalização da gestão, e claro, o acompanhamento de vocês são coisas essenciais, e a gente acredita eu o caminho está traçado, de novo, nosso objetivo é que vocês olhem isso com olhos de melhorar o
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Internacional, claro, que se existir o interesse de responsabilizar, de alguma coisa, qualquer um que seja, isso é uma outra questão muito mais complexa, que a minha experiência, em todos os clubes que eu passei, nunca deu certo, e nunca levou a lugar nenhum, e a gente pode debater isso em outros fóruns, mas o mais importante para vocês é como se construir um novo Inter, cada vez mais profissional e cada vez mais alinhado com esse novo caminho do futebol brasileiro, e isso começa talvez agora com esse trabalho. Agradeço a vocês, e a gente se coloca sempre à disposição que o Inter nos der. Obrigado. (Palmas.). Sr. Marcelo Feijó de Medeiros (Presidente do Clube): Senhores. Antes do Sergio dar continuidade aos trabalhos, acho que é importante que a gestão do Clube, primeiro, manifeste-se por todas as informações que foram trazidas aqui. Primeiro, eu gostaria de agradecer o trabalho da Ernst Young pela exposição feita. Agradecer também ao Presidente do Conselho Fiscal, Geraldo Da Camino, e o parecer enviado a esta Casa, onde basicamente, boa parte das constatações hoje, mais uma vez destacadas, têm origem não só nos documentos que constam do Clube, mas pelo trabalho realizado no Conselho Fiscal. E várias das recomendações e sugestões hoje apresentadas, elas são um norte para nossa gestão. E muitas delas já foram adotadas mesmo antes do trabalho de diagnóstico ser contratado. Quero esclarecer a todos os senhores que a criação do Conselho de Gestão, realizada por este Plenário, é praticado semanalmente como prevê os Estatutos do Clube. Toda a segunda-feira, às 17 horas, o Conselho de Gestão se reúne, ou na sua totalidade, ou, como regra o nosso Estatuto, com, no mínimo, a presença de 03 dos seus membros. Esporadicamente, dentro da necessidade das demais áreas do Clube, nós estendemos essa reunião junto com outros Diretores para que a gente possa dar andamento as respectivas demandas e para que as áreas estejam ciente das demandas das outras. E muitas das recomendações, como eu disse, estão sendo adotadas, e eu vou citar alguns exemplos: a área administrativa, ou a área de patrimônio, não faz nenhum movimento sem tomada de preço, sem a ciência de um comitê dos seus respectivos diretores, em especial, dos diretores profissionais, e o encaminhamento para o Departamento Jurídico para que se faça o devido contrato, e a autorização do Conselho de Gestão sempre assinado por dois de seus membros. Nenhum valor, no Clube, sai sem a assinatura de dois Vice-Presidentes eleitos, ou do Presidente e mais um Vice-Presidente O mesmo acontece na área de Finanças, na área de Patrimônio, em todas as Vice-Presidências, na Vice-Presidência de Relacionamento Social, qualquer demanda do Departamento de Futebol. E no que diz respeito ao Departamento de Futebol, tanto na Base quanto no Profissional, a busca de atletas tem a participação de um Comitê Técnico, de um grupo de avaliação e quinzenalmente a área financeira se reúne com o Departamento de Futebol para que a gente possa afinar as informações do Clube. Eu não quero transferir responsabilidades, mas a gente tem contratos com atletas de 2015, 2014, 2013, 2012, com peculiaridades distintas e todos esses processos fazem parte do nosso dia a dia para serem afinados. No que diz respeito à preocupação procedente, levantada agora nesse trabalho apresentado, no atingimento do orçamento ou da previsão orçamentária. O Inter já vendeu um jogador este ano, que foi o Willian, que nos rendeu em torno de R$ 18 milhões, nós dobramos a verba televisiva do Campeonato Regional, estamos atentos a essa exigência financeira e nós, da gestão, no PROFUT um problema. Nós vemos no PROFUT a solução do futebol brasileiro. Só quero lembrar que esse foi um trabalho que iniciou em 2013, em 2014, com o Presidente Giovanni indo constantemente a
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Brasília para que o Clube pudesse aderir a esse programa. E as vantagens da adesão recaíram no exercício 2015. E isso fez bem para o Inter e fará bem para o Inter e para o futebol brasileiro. E nós, não só os Vice-Presidentes das áreas, como os membros do Conselho de Gestão, como os membros eleitos, nós vemos no PROFUT uma solução para que a gente possa dar continuidade ao processo de otimização de custos, de controles internos e de ferramentas. O nosso Clube foi protagonista na democratização do futebol. E a não muito tempo atrás, os membros dessa Casa faziam parte dela por indicação, indicação de dirigentes antigos. E o processo de democratização, que levou para o sócio a decisão de escolher os membros desta Casa, ele foi um marco no futebol brasileiro. E todos nós, que estamos aqui, somos frutos da vontade popular. E pode ser pretensão minha, mas eu acho que estamos hoje num momento histórico, onde podemos, com a responsabilidade que recebemos, dar um passo importante para o futuro do nosso Clube. Muito obrigado. (Palmas.). Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores Conselheiros. Alguns registros importantes nesse momento. Na sessão histórica em que as contas da gestão anterior foram rejeitadas, este Conselho, nas manifestações de diversos Conselheiros, ouviu pedidos de sindicâncias, de providências, enfim, as manifestações foram as mais contundentes e inclusive levaram, no momento da votação, à decisão que o Conselho tomou. A Mesa, naquele momento, preocupou-se em definir a questão das contas porque a convocação da sessão fora com esse objetivo. E a sessão, vocês recordam bem, foi encerrada assim que decidimos e deliberarmos pela rejeição das contas. E me lembro que o Conselheiro Vitor Saydelles foi um dos que ainda pretendia falar, pretendia requerer e a Mesa, por razões que eu acabo de explicar, encerrou a sessão naquele momento. O Conselho Fiscal, e aqui vai um cumprimento, ao Conselho pelo trabalho realizado, e eu faço isso tanto ao Conselho, digamos, assim, anterior como o atual, que trabalharam nesta matéria, o Conselho, o próprio Conselho indicou, recomendou que se adotasse um procedimento de sindicância pelas constatações feitas em relação às demonstrações financeiras, aos controles internos, enfim, os pagamentos da gestão anterior. E nós, a partir daquele momento, estávamos aguardando e diversos requerimentos não foram conscientemente despachados pela Mesa, porque aguardávamos, exatamente, o que acabamos de assistir agora aqui, ou seja, a apresentação do que, na época, entendíamos, e foi assim que foi colocado para o Conselho, aguardaríamos as informações da Due Diligence, que hoje acaba de ser esclarecido, mas foi essa forma, Presidente, que nós ouvimos, essa expressão não foi criada no Conselho, nós ouvimos e seguimos aquela linha e hoje constatamos aqui, como foi muito bem explicado, que não se tratava, propriamente, de uma Due Diligence, mas, na verdade, o diagnóstico veio e confirmou aquilo que o próprio Conselho Fiscal nosso, com a sua competência, já havia, digamos, diagnosticado, e que nos levou, inclusive, à rejeição das contas. Enfim, tendo em vista aquelas manifestações do Conselho, naquele momento, e os reiterados requerimentos de diversas origens, aqui no Conselho, para que se proceda e se prossiga na busca do que realmente aconteceu com a gestão anterior, tendo em vista tudo isso, tendo em vista que esta sessão, na verdade, foi convocada a pedido da gestão, para a exposição, para a apresentação da exposição, foi este o requerimento, embora eu quero registrar aqui alguns movimentos, noticiário em redes sociais, que a sessão iria ser convocada por requerimento deste ou daquele movimento, isso não foi atendido, não é verdadeira aquela afirmativa porque
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quando recebemos aqueles requerimentos não tínhamos nenhuma informação da “referida Due Diligence” ou do diagnóstico como queiramos. Naquele momento, não havia convocar uma sessão do Conselho porque não tínhamos elementos, e vazamento de imprensa, seja alimentada por quem que seja, para nós não tem valor, notícia no Correio do Povo ou na Zero Hora ou onde seja, para nós não existe. Então, hoje, realmente, recebemos aqui as informações e a Mesa do Conselho, muito preocupada e atendendo aos reclamos que vêm da imensa maioria dos Conselheiros, a Mesa tomou uma decisão que é exatamente a de seguir a recomendação do Conselho Fiscal em relação a toda esta matéria, que nos trouxe aqui, que é o principal item da pauta, tanto que foi decidido pelo Plenário, inclusive a inversão da ordem porque estávamos todos aguardando as informações. Sobre elas, sobre as informações, eu queria até registrar, que acho que estamos acompanhados de uma das melhores empresas do mundo no ramo, o que foi apresentado aqui é da maior profundidade, da maior amplitude, realmente, foi um trabalho que vai ajudar o Internacional para o futuro e, para o presente, eu diria, enfim, acho que foi extremamente importante e cumprimento a gestão pela iniciativa tomada, de fazer essa fotografia, como foi dito, e a partir dela, enfim, tomar uma série de medidas de governança e por aí vai. Mas a Mesa, então, preocupada com tudo isso e para dar o encaminhamento a esse assunto, atendendo a um anseio do Conselho, a Mesa tomou por decisão, com respaldo nos artigos 29, inciso XX do Estatuto, combinado com os artigos 6º, incisos II e III, e 14, do Regimento Interno do Conselho Deliberativo, que permite a criação de Comissões Especiais, decidiu nomear a seguinte Comissão Especial. E a Mesa tem aqui o objetivo de dar imediato conhecimento a todos e de que os trabalhos da Comissão iniciem o quanto antes, tendo em vista os maiores interesses do Sport Club Internacional, assegurando a ampla defesa sobre todos os fatos que, eventualmente, forem apurados, como cabe, e a Mesa estipula um prazo de 30 dias para as conclusões da Comissão, que se não for possível, porque realmente o prazo não é dilatado, que a própria Comissão requeira uma dilação deste prazo. A Comissão é constituída dos seguintes Conselheiros: Conselheiro Presidente da Comissão: José Alfredo Santos Amarante; Conselheiro-Relator: Vitor Hugo Loreto Saydelles. Demais Conselheiros integrantes, em número completo de 7 (sete): Emílio Papaleo Zin, Paulo Roberto Carvalho dos Santos, Lino Kieling, Luiz Antônio Lopes e Ivandro Rodrigo Morbach. A Comissão acaba de ser nomeada e está com a sua tarefa em aberto. Sr. Tiago Donadel Issa (Questão de Ordem):Nenhum um integrante de alguma outra Comissão ou da Mesa ou da Diretoria pode fazer parte da Comissão. É importante registrar que não pode, segundo o nosso Regimento, que integrante da Mesa do Conselho, da Diretoria ou de alguma das outras Comissões participe da Comissão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Tiago, esse impedimento diz respeito apenas às Comissões Permanentes, leia o art. 14, do Regimento, por favor? O art. 13 do Regimento Interno trata das Comissões Permanentes, tem diversos parágrafos. Nestes parágrafos está dito o que o Conselheiro Tiago Issa acaba de repetir, só que um artigo diferente, portanto, não pertinente, não relacionado às Comissões Permanentes, é o art. 14 que diz o seguinte, e aí trata das Comissões não Permanentes, das Especiais: “Poderão ser criadas tantas Comissões quanto o Conselho Deliberativo entender necessário para acompanhar os atos da Administração do Clube”. A competência dessa criação é da Mesa. Portanto, mantida a nomeação e acho que, com isso, a Mesa dá uma pronta resposta ao Conselho no
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 29 2017.
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sentido de que a partir deste momento os trabalhos que foram recomendados, ou, enfim pelo Conselho Fiscal, tenham seguimento. Obviamente, que eu também quero registrar que o Conselho Fiscal foi convidado a indicar membro para esta Comissão e o Conselho optou pela seguinte situação: coloca-se a inteira disposição da Comissão, que acaba de ser nomeada, e se coloca à disposição, como colegiado, como Conselho Fiscal que é, para acompanhar esses trabalhos. E de sorte que a Mesa do Conselho também convidou, enfim, a própria gestão para indicar algum membro, a gestão declinou, até porque tem uma tarefa executiva e cuidar do retorno do nosso Clube à Série A já é uma tarefa hercúlea e suficiente. Então, Conselheiros, nós vamos prosseguir nesse assunto como indicado. Sr. Tiago Donadel Issa: O parágrafo 3º do art. 13, deixa claro que é vedada a participação simultânea de Conselheiros em mais de uma Comissão. Comissão, não diz se é Comissão Permanente ou se é Comissão Especial, é vedada a participação simultânea de Conselheiro em mais de uma Comissão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores, já foi explicado, o art. 13 tem uma destinação, o art. 14 tem outra, e a interpretação legal é absolutamente tranquila, de sorte que a Mesa entende que deu a resposta que o Conselho esperava, e com isso vamos trabalhar. A pauta foi objeto de inversão, respeitando a decisão do Plenário, e essa Mesa que dizer que jamais confrontará o Plenário, pelo contrário, esse foi o compromisso assumido de transparência, legalidade e democracia e nós temos que retornar a pauta. Os itens que tiveram alteração do regime de precedência voltam à pauta. Vamos ao Item seguinte da pauta. III – Discussão e deliberação sobre a Resolução da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo de nº 19, que regulamenta a licença dos Conselheiros para interesses pessoais. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): E aqui registrado foi, por um equívoco, de número 19, na verdade, a resolução tem o número 21, porque essa resolução, por um equívoco da Secretaria, deveria tomar o número 21. A ideia é apenas a seguinte: regulamentar a licença dos Conselheiros para interesses pessoais. Essa matéria não era tão comum assim, e nós entendemos que houve, recentemente, dois requerimentos nesse sentido, e seria interessante que a Mesa regulamentasse na omissão das nossas normas estatutárias e regimentais. O documento foi encaminhado a todos os Conselheiros, mas nós temos aqui uma proposta de emenda. Sr. (Questão de Ordem): Artigo 39 do Regimento Interno. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Esse artigo já foi invocado para sustentar a inversão de pauta. Sr. : Presidente, a gente acabou de ter uma bela de uma explanação da Ernst Young, uma empresa extremamente conceituada, excelente explanação, se é auditoria, se é sindicância, se viu documento, se viu, se não viu, se apontou, se não apontou, eu não sei, não foi contratada para isso e deu um belo norte, assim como o Presidente falou para o Clube, e estou muito satisfeito com o que eu vi de apresentação. A questão de ordem é que isso tem que ser debatido, pelo amor de Deus! O senhor mesmo falou, antes de começar isso, que isso seria debatido. (Palmas.). A gente tem que falar! Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, eu nunca que isso seria debatido, porque a proposta da convocação da sessão não foi debate, foi exposição, e exposição foi feita, encerrada a exposição, é isso. E eu também aplaudi a matéria exposta, aplaudi, aplaudi, elogiei a gestão por ter contratado, mas a matéria é essa, todos tiveram a exposição feita, eu fiquei, pessoalmente, muito satisfeito e acho que o Clube está fazendo uso de tudo isso. Eu não entendo que debate caberia, e estamos com a
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convocação para a exposição. Se os Conselheiros entenderem que tem que haver um debate sobre isso, podemos convocar uma outra sessão, se houver esse requerimento, e não há nenhuma objeção. Conselheiro, o que está se propondo a falar, Guilherme Osório, a palavra. Sr. Guilherme Dalla Rosa Osorio (Questão de Ordem): Presidente, eu não vou apontar, antes que o senhor me pergunte, antes que me seja perguntado, Presidente, o artigo do Conselho para a questão de ordem, é uma questão de bom senso, Presidente. Nós vimos uma apresentação séria, com base pela gestão, para se ter as suas ferramentas de gestão, desenvolver controles internos e outras questões. E esse Conselho é uma Casa democrática, e nós temos o direito de debater. Se fosse uma exposição que simplesmente trouxesse, por exemplo, as ferramentas de gestão daqui para a frente, que não houvessem outros problemas, como foram apontados ali, eu concordaria com o senhor, mas não é o caso. Nós temos que ter o direito, pelo menos de debater, na minha opinião, até a formação da Comissão, porque eu não vi vários outros companheiros Conselheiros, de outros movimentos, estarem na Comissão. Mas isso até não é o mais importante, mas temos que debater o que foi apresentado, Presidente, não é uma questão da letra fria da lei, é a questão de um bom senso de uma Casa democrática como essa, por mais demorado que fique. (Palmas.). O senhor já me ouviu diversas vezes falando aqui que temos que ter bom senso nas coisas, e isso foi o que eu mais falei na gestão anterior da Mesa do Conselho, e nós estamos repetindo isso, e não se está deixando o Conselheiro, que é o representante do sócio, ter voz sobre matéria muito séria, que nós tratamos aqui, inclusive sobre questões, por exemplo, que nós vamos ter que fazer daqui para a frente como Clube, porque querendo ou não, o próximo Presidente, e provavelmente o próximo está aqui dentro, e nós temos que, por exemplo, pensar em ferramentas de compliance para o Clube, e todos nós temos que nos responsabilizar por isso. E por aí passa um debate democrático, Presidente, não é uma questão simplesmente da letra fria da lei, por favor! Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, eu já vou encaminhar a sua sugestão, eu queria ouvir o Conselheiro Marinon. Sr. Ary Faria Marimon Filho (Questão de Ordem): Questão de ordem 39 do Tratado de Tordesilhas, Presidente. Eu acho o seguinte, Presidente, nós tivemos a leitura de um ofício justificando a ausência do exVice-Presidente Nunez. E colocando o sentimento e a posição dele de que as irregularidades eventuais devem ser apuradas, devem ser punidas, e pelo que o representante da Ernst Young acabou de apresentar aqui para este Conselho, ele não pode afirmar a certeza da ilegalidade, da irregularidade de determinado valor, sem que a gente possa ter acesso a essa documentação, que é grande, que são mais de 200 páginas com indicação das irregularidades mais específicas e pontuais, é prematuro, sob pena de fragilizar o princípio da inocência, da presunção da inocência, qualquer outra medida, e eu confio naqueles nomes que o Presidente do Conselho acabou de indicar e que representa determinados movimentos. Eu entendo que a colocação do Presidente Sergio Juchem é no sentido de que a Comissão vai trabalhar e vai trazer mais elementos com mais condições para que a gente possa trabalhar. O nosso foco principal agora é aguardar o trabalho da Comissão e sair desse inferno em que nós nos metemos. E mais do que isso, é ficarmos brigando e acirrando ânimos desnecessariamente quando nós precisamos estar unidos naquilo que realmente interessa que é tirar o Clube da Série B. Vamos dar tempo ao tempo, o tempo ao trabalho da Comissão, e, após isso, a gente debate em cima de dados mais esmiuçados do que a Comissão apresentar, é uma
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questão simples. Obrigado. (Palmas.). Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Marimon, eu confesso que endosso “in totum” as palavras que pronunciou. Exatamente a nossa ideia, como foi exposto há pouco antes da sessão para os movimentos políticos, é exatamente por meio do trabalho desta Comissão, que vai realmente ter acesso a tudo, essa Comissão vai voltar a este Conselho, vai apresentar as suas conclusões, que serão submetidas a todos os Conselheiros, ocasião em que, conhecendo todos os fatos, o maior debate deverá ocorrer. E é essa a nossa visão. Hoje seria prematuro, porque como disse bem o Conselheiro Marimon, nós nem conhecemos ainda a integralidade desses documentos. O Conselho acaba de receber o documento, que foi apresentado aqui agora para todos, e vai disponibilizar as informações da Comissão, e ela vai trabalhar, é este o espírito. Então, o debate agora é prematuro, e nós debateríamos sobre um assunto que nem conhecemos com profundidade. E o que nós queremos, exatamente, é atender ao reclamo do Conselho de que esse assunto seja enfrentado. E me parece que está correta a atitude da Mesa do Conselho, e não seria o momento agora de fazermos esse debate sem o conhecimento pleno. E nós tivemos aqui algumas informações da Ernst Young e que corroboram com aquilo que o Conselho Fiscal já havia levantado. Mas é preciso um trabalho sério, é preciso que as pessoas tenham o direito de serem ouvidas, as que estavam envolvidas com a gestão, e o nosso ex-Vice-Presidente, com a sua contundente manifestação, ele fala abertamente: “Não somos nós”, mas foi ele que escreveu e eu li, e tenho aqui o documento, e ele fala em irregularidades, e ele fala em apurar, pois é isso que temos que fazer, e isso é o Internacional espera, e fazer como? Com 300 pessoas aqui, com 200? Não podemos fazer, e acho que teremos que ouvir as pessoas indicadas e a formação desta Comissão, respeitou a pluralidade dos movimentos representados neste Conselho, e, com certeza, é essa a nossa postura e vai continuar sendo. Inclusive, pessoas ligadas ao ex-Presidente Piffero foram convidadas a participar, todos têm que ter acesso, e não vamos fazer nada aqui que não haja o mais amplo direito de defesa, e o nosso ex-Presidente do Conselho, Luiz Antônio Lopes aceitou o convite, é uma pessoa ligada à gestão, que vai colaborar, como todos os demais, é uma representação plural com os movimentos mais representados no Conselho, que estão nesse grupo, nós tivemos este cuidado, e assim esperamos que seja um trabalho realmente profícuo, as pessoas estão, todas elas qualificadas, todas conhecem o assunto, tem pessoal da área jurídica, da área contábil, enfim, e essa é a visão. Inclusive a Mesa do Conselho entendeu de ter um representante na Comissão pela relevância desse trabalho. A Mesa entende que é importante que se faça isso da maneira mais aberta possível. O Conselho Fiscal vai acompanhar os trabalhos, o que é uma segurança para todos nós, que é o nosso Conselho Fiscal, enfim. Então, Guilherme, eu entendo a tua ideia, mas eu acho que esse momento do debate não seria agora, porque a reunião foi proposta, foi convocada com o objetivo da exposição e a Mesa e depois? Então, o depois é a nomeação, pela Mesa, da Comissão, como lhe compete, e acho que está muito bem, a situação que está posta é pró-ativa para o Internacional, só não seria esse o momento para debater, porque seria prematuro. O que talvez ainda prevaleça, em muitos, foi o “vazamento” de imprensa, com números, e hoje nós tivemos acesso a alguns números, como o Conselho Fiscal também teve, acho que esta Comissão é que vai ter condições de fazer esse estudo e esse trabalho. Então, a Mesa não pretende cercear a manifestação de quem quer que seja; pelo contrário, só que nós entendemos que o momento não é
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 32 2017.
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agora, e há um prazo para que a Comissão possa se desempenhar da sua incumbência, talvez o prazo seja um pouco exíguo, mas é preciso andar, nós temos aí implicações de prescrição e outras situações, portanto, é preciso trabalhar e é para bem do Internacional temos que ser ágeis. Então, eu ouvindo o que o Conselheiro Marimon muito bem colocou, eu espero que o Conselho compreenda que nos não estamos aqui procedendo a nenhum cerceamento de debate, absolutamente, mas o debate virá e espero que com a maior profundidade e participação de todos quando essa Comissão trouxer as suas conclusões, que é o que nós todos queremos conhecer, não é isso? Eu acho, Guilherme, faço um apelo ao bom senso, e de que pessoalmente, no caso, tu aceites a condução da sessão no sentido de prosseguir com a pauta. Sr. Ângelo Cézar Fumagalli Rostirola: Art. 39 do Regimento Interno do Sport Club Internacional, na reunião que a gente teve prévia à reunião que está acontecendo agora, o senhor nos garantiu que todos os Conselheiros terão acesso a partir de amanhã ao documento ou o senhor esqueceu de falar? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Não, eu não esqueci, eu já falei isso, assim que foi encerrada a exposição, e o documento recebido está aqui, foi aberto aqui e fai ser disponibilizado para os Conselheiros. Sr. Marcelo Feijó de Medeiros (Presidente do Clube): Conselheiro, o documento vai ficar à disposição dos Conselheiros a partir de segunda-feira no Departamento Jurídico, tendo em vista que a proposta assinada tem cláusula de confidencialidade e todos aqueles que examinarem o documento assinarão um termo nesse sentido, a partir de segunda-feira. Sr. Ângelo Cézar Fumagalli Rostirola: Desculpa se passou, Presidente, obrigado pelo esclarecimento, então, foi outra combinação, então, talvez agora com o seu esclarecimento tenha ficado mais claro. Última pergunta, por favor, Presidente: no dia 7 de junho o Inove Inter recebeu uma resposta da Mesa do Conselho de que a gestão do Clube havia contratado uma Due Diligence e eu não vou ler para a gente não perder tempo e não se alongar aqui. Eu só gostaria de saber se a gestão pretende contratar uma auditoria baseada no parecer do Conselho Fiscal, e nos foi respondido que isso já estava acontecendo. Obrigado. Sr. Marcelo Feijó de Medeiros (Presidente do Clube): A expressão do Diligente foi utilizada até por mim, aqui nesta Casa, mas hoje foi corrigida, por quem entende de consultoria melhor do que eu, nós não vamos vender o Inter, então, nós não vamos fazer Due Diligente, e nós fizemos um diagnóstico, que foi o primeiro feito na história deste Clube, um ato espontâneo da gestão, sem previsão estatutária. Então, foi uma iniciativa nossa no sentido, mais uma vez, de procurar os melhores controles para o nosso Clube, e aprimorar as ferramentas de gestão. Feita a exposição hoje, e eu acho que o Presidente, Sergio Juchem está tomando uma cautela muito grande. Da mesma maneira que a exposição fez sem apresentar dados que identifique terceiros, porque nós estamos trabalhando aqui com procedimentos inadequados, mas não está se falando em nenhum tipo de ato de improbidade, nunca saiu, ou na empresa consultora, ou da gestão, qualquer insinuação e eu vou além, que seria leviano, nesse sentido, até porque, como muito bem comentou o Presidente do Conselho, o princípio do contraditório tem que ser assegurado, e isso aqui não é um julgamento. Então, em uma outra situação, tão importante ou talvez até mais importante do que essa, quando nós mudamos o modelo de projeto para a reforma do Beira-Rio, foi colocado à disposição dos Conselheiros contrato com a empresa que acabou realizando a obra de reformulação do Beira-Rio, e dentro do âmbito do Departamento Jurídico, com as cautelas devidas. Seguidamente a gente recebe ofícios de
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Conselheiros, pedindo para ter informações sobre contratos, questões internas do Clube que dizem direitos a terceiros, e nós temos o dever de manter isso reservado. Então, tratando-se de um material dessa abrangência, esse mesmo cuidado vai ser observado. O Dr. Gustavo, que me olha aqui atentamente, nós vamos colocar isso, e precisamos de organização, nós não podemos receber 300 Conselheiros simultaneamente, e acho que é feito um ofício à Mesa do Conselho, para um número X de Conselheiros, mas não tem nenhum segredo nisso aqui, só tem responsabilidade daqueles que terão acesso, porque isso aqui é um documento interno do Clube, e que tem terceiros envolvidos e a gente tem que ter cuidado nesse sentido. Então, o Clube, não o Conselho, não a Mesa do Conselho, o Clube, enquanto gestão, vai colocar à disposição de todos, como uma série de outros documentos, quando são exigidos, são colocados, observadas as exigências e as preocupações devidas. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Ângelo, é bem verdade que antes do início da sessão estávamos reunidos no Conselho, com os movimentos políticos e eu estava com esse envelope na mão, e me comprometi com todos de que este documento, que é o que eu tinha, e continuo tendo até o momento, seria disponibilizado no âmbito do Conselho, já que recebido oficialmente da gestão, e que nós organizaríamos o acesso com todas essas cautelas que o Presidente acaba de referir. Mas isso eu estava me referindo a este documento, e, de fato, agora vimos, ou tivemos acesso ao documento, na tela, e o Presidente está cogitando de uma outra situação. Ele está disponibilizando não este documento, não é isso, Presidente? Sr. Marcelo Feijó de Medeiros (Presidente do Clube): Disponibilizando esse e qualquer exigência que seja feita ela terá a amplitude necessária. Na verdade, não é um documento de 200 páginas, é um documento acessório que vai ao encontro deste, tem exemplos, tem fotografias, tem gráficos, tem notas fiscais, da mesma maneira que o Conselho Fiscal apresenta um parecer de uma forma sucinta e didática, este foi o trabalho apresentado. Então, caso haja alguma discussão, acho que nós temos que, primeiro: respeitar essa Casa e essa Casa nomeou uma Comissão e terá um prazo para que as coisas sejam aprofundadas. Em cima desse trabalho, a Comissão fará exigências para a gestão do Clube, com documentos, com planilhas, seja lá qual for a demanda necessária. Mas esse documento estará à disposição dos senhores a partir de segunda-feira. Sra. Janice Barboza Cardoso: Presidente Sergio, eu fiquei com uma dúvida. Eu não sei se o senhor foi interrompido na linha de raciocínio pelas questões levantadas, mas o senhor estava dizendo que tinha recebido uma série de requerimentos, foi respondido inclusive um requerimento de sindicância, um ou mais de um, a respeito de sindicância, de auditoria, enfim, e o senhor estava falando sobre isso, e eu gostaria de saber se essa Comissão Especial vai ter esse viés de sindicância e auditoria ou se nós vamos, além do diagnóstico, tão bem apresentado, nós, efetivamente, teremos o que foi solicitado. Portanto, os Conselheiros aqui, que o senhor inclusive citou: nós teremos ou não uma sindicância? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Teremos. Sra. Janice Barboza Cardoso: Quem será responsável? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): A Comissão e depois o Conselho que vai tomar conhecimento das conclusões da Comissão. A questão da disponibilidade do documento é que a gestão do Clube, por meio do Jurídico, tem experiência nesse tipo de disponibilização de documentos, tem o termo de confidencialidade, já foi utilizado vários vezes, e eu imaginava disponibilizar esse documento que recebi há pouco, trouxe
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 34 2017.
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aqui ao Conselho, e que foi apresentado a todos. Mas o Presidente esclarece que tem talvez outros dados que possam ser acessados. Então, parece-me mais racional para o Clube, para não haver dupla atividade que a gente disponibilize, na área da gestão, como tem sido feito, no Departamento Jurídico, disponibilize essa documentação e os Conselheiros têm o direito estatutário de acesso, é isso. Então, Conselheiros, parece-me que estamos, realmente, dando um passo, Janice, que precisamos dar para prosseguir aquilo tudo que foi exigido do Conselho naquela sessão na qual nós rejeitamos as contas. Sr. : Boa noite, colorados, coloradas. Com relação à exposição aqui do diagnóstico, gostaria de comentar que foi uma exposição do tamanho do Internacional, até me surpreendeu que o Inter, em todo esse tempo, não tinha adotado uma série de procedimentos básicos ali de compliance e de controles, que só agora em 2017 a gente vai começar a utilizar, conforme foi explanado, e com relação ao que foi falado, temos que assinar um termo de confidencialidade. E eu gostaria de saber quantas pessoas tiveram acesso a esse diagnóstico antes dessa reunião de apresentação, e o fato de ter vazado isso na imprensa, porque grande parte, principalmente as partes mais graves ali, que a gente viu que dos apontamentos, elas vazaram nos jornais de Porto Alegre, e isso vai ser apurado, o Clube corre algum risco por ter vazado essa informação. Eu gostaria de uma explicação a respeito disso. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, como foi esclarecido há pouco, a exposição foi encerrada, agradecemos aí a sua referência, mas o assunto está vencido, e essa questão de vazamento, nós, aqui na Mesa, estávamos aqui, o Vice-Presidente me mostrando no seu celular, a nossa sessão estava sendo, obviamente, transmitida ao vivo, daqui de dentro, por alguém para jornalista é aqui fora, que dizer, fica difícil trabalharmos assim. Então, não tem como! O jornalista estava ali usando as suas redes sociais e dizendo exatamente o que estava se passando aqui dentro, e nós vimos isso aqui. Então, é lamentável, mas não tem como fazer essa investigação, a tecnologia nos vence. A não ser que a gente recolha os celulares na entrada. Se vocês aprovarem, a gente manda recolher os celulares todos na entrada. Sr. Andre Luiz Martins Miola: Vamos começar a transmitir a TV Inter. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): É estatutário, Conselheiro Miola, mas ainda não implementado porque não houve oportunidade. Conselheiro, não estou misturando os assuntos, estou dizendo que não tem como apurar esse vazamento, eu não saberia o que fazer, não é pertinente aqui ao Conselho, é lamentável, mas ocorreu. Sr. : Aqui nós estamos em quase trezentos, e ninguém assinou termo de confidencialidade, e os regulamentos que regem a Casa que dizem que não pode vazar, mas isso não temos como controlar. E estou falando especificamente ao vazamento e das pessoas que tiveram acesso. Quantas pessoas tiveram acesso a esse diagnóstico antes de ser apresentado na Casa? É bem objetiva a minha pergunta: quantas pessoas tiveram, assinaram o termo e se vazou, e como é que vazou? Aqui, trezentos, tudo bem, mas se for cinco, dez, dá para se apurar, Presidente! Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, eu não gostaria de polemizar, mas eu lembro ao Conselheiro, o seguinte: eu li a matéria do Correio do Povo e o que tem nesse documento, que nós acabamos de tomar conhecimento, não tem nada a ver com a matéria do Correio do Povo. Portanto, eu não sei como vazou, quem vazou, mas o que vazou não foi o que foi apresentado aqui. Então, o que a imprensa publica é problema dela, não dá para se fazer esse tipo de.... e como é que vamos investigar? Então, temos que pedir à polícia, enfim, é difícil isso.
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 35 2017.
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Sr. : ...que ia ser criada uma Comissão Especial, isso agora há pouco tempo. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): E quem falou isso? Não sei, não sei. Enfim, Conselheiros, o Conselheiro Rodrigo pediu a palavra. Sr. Rodrigo Navarro Lins de Aguiar: Presidente, a questão da Comissão, foi quando esclarecida do questionamento da Janice, muito pertinente, então ficou definido, ficou claro que essa Comissão Especial vai ser uma Comissão de Sindicância, então, ela vai apurar, e, consequentemente, vai apurar responsabilidades e ela vai determinar punições, obviamente. Assim como há um processo, já em tramitação na Comissão de Ética, baseado nos mesmos fatos, mas o que me preocupa, e gostaria de pedir o esclarecimento para o senhor em relação aos dois procedimentos, tanto dessa Comissão Especial quando do procedimento que tramita na Comissão de Ética, é que eu soube ontem, e me surpreendeu muito, eu tive a informação de que a instauração de um procedimento na Comissão de Ética e também nessa Comissão Especial não interrompe a prescrição dos fatos que estão sendo apurados nas Comissões. Ou seja, o que originou a investigação, de ambas as Comissões, esses fatos vão prescrever em um ano, e esse prazo já está correndo e já está quase no fim. E essas Comissões, tanto o procedimento na Comissão de Ética, quanto esse da Comissão Especial, a prescrição não será interrompida. E se isso, realmente, se confirmar, nós estamos diante de dois procedimentos totalmente em vão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Rodrigo, se me permite, essa Comissão vai, realmente, fazer o seu trabalho, ela não é uma Comissão julgadora, é uma Comissão de Sindicância, ela vai examinar os fatos e vai tirar conclusões que vão ser submetidas a este Conselho, é isso que eu posso afirmar. A Comissão não é julgadora, não tem esse poder, e, provavelmente, o Conselho é que vai, diante das conclusões, posicionar-se. Eu acho que é isso que temos que registrar, no momento. Sr. Rodrigo Navarro Lins de Aguiar: Mas e a prescrição? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Essa matéria não está prevista na nossas normas, nós teremos que avaliar isso, mas, de qualquer maneira, temos que agir, e ficarmos sem agir seria muito pior, vamos agir, vamos apurar os fatos e vamos levar isso adiante. Sr. Rodrigo Navarro Lins de Aguiar: Não tem previsão, então, sobre a prescrição? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Eu não compreendi, Conselheiro. Sr. Rodrigo Navarro Lins de Aguiar: Não tem previsão sobre a prescrição, então? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Nas nossas normas do Clube, não. Sr. Rodrigo Navarro Lins de Aguiar: Na Comissão de Ética, sim. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): A previsão está na Lei do PROFUT, que é uma outra matéria, que terá que ser examinada também pela Comissão. Nós vamos fazer tudo que estiver ao alcance deste Conselho e da Comissão para agilizar e para fazer o melhor para o Internacional, é isso que se pode dizer, nesse momento, mas o assunto não é simples, o assunto é complexo e vocês podem confiar, como a Conselheira Janice havia perguntado, essa Comissão vai fazer esse trabalho. Sr. : Presidente, boa noite, só para complementar e tentar otimizar, o pessoal comentou aqui que é no art. 9º, no parágrafo 3º do Código de Ética, fala de prescrição de um ano. Ok, que pode ser que essa sindicância vai além do nosso Código de Ética, mas o Código de Ética fala em um ano, Presidente. Acho que tem que ser só analisado com calma essa questão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, deixa eu tentar explicar: essa matéria tem duas conotações: uma poderá
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 36 2017.
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levar a uma infração ética. Aliás, informo a todos que já um processo, na Comissão de Ética, e o ex-Presidente Vitório Piffero já foi citado no processo, eu já referi isso aqui antes, essa é uma questão ética, e sobre essa infração ética temos uma previsão no Código. Mas o que nós estamos aqui cogitando é de uma outra natureza, são eventualmente outras infrações não previstas, talvez, no Código de Ética, mas é de uma natureza mais ampla, que é exatamente o que está previsto na Lei do PROFUT, e essa Comissão precisa trabalhar, vocês têm que dar espaço para trabalhar, e nós estamos aqui debatendo no vazio. A Comissão vai trabalhar, vai achar o melhor caminho e vai trazer ao Conselho suas conclusões, é isso, não adianta nós aqui ficarmos discutindo porque o tempo passa e a prescrição continuará correndo. Sr. : Só quero deixar claro que talvez quem pegou o dinheiro do Inter ou que errou nos processos pode ser preso, mas eu prefiro que ele não entre mais no Beira-Rio. Eu, se um dia for preso, é um crime leve para a minha vida, não poder acessar ao Beira-Rio ou ser banido do Clube, pela ética, pelo nosso Estatuto Ético do Clube, para mim é muito mais doloroso, seria uma prisão mais pesada, uma pena mais pesada. Saindo um pouco dessa questão, Presidente, para finalizar, agradeço o acesso ao relatório, que não é o completo, mas o sucinto da auditoria, se possível, liberar na sexta-feira, e eu já pedi para acessar os relatórios, e só quero deixar bem claro que eu tenho um horário de trabalho que é difícil vir no Jurídico, acho que o Jurídico é bem permissivo, mas o horário é complicado, que é das 9 às 4, se eu não me engano, e fica difícil de poder acessar esse relatório, por mais que eu assine o termo de confidencialidade, é no horário de trabalho comercial, enfim, só tentar flexibilizar essa questão, se possível, só um pedido para pode acessar com calma e poder analisar com calma o documento. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O Presidente informa que o Clube amanhã já tem um horário reduzido em função de um show que se realizará aqui no Beira-Rio, mas que as providências vão ser adotadas na melhor opção possível, para todos os Conselheiros. Sr. : Um esclarecimento ali do Presidente Marcelo Medeiros, a questão da confidencialidade, se nós formos assinar o documento da confidencialidade e eu precisar basear a minha denúncia nesses documentos, como é que eu vou formalizar a minha denúncia para a Comissão de Ética? Eu não posso vazar. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, a denúncia deve ser dirigida à Ouvidoria, e cabe a Ouvidoria iniciar o processo. Sr. : Ok, mas sem provas? Eu não posso tirar cópias, eu não posso fotografar, eu não posso nada. E aí como é que eu vou basear? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, pode fazer anotações e a partir daí deduzir a sua manifestação para a Ouvidoria e a Ouvidoria vai ter acesso aos documentos, não se preocupe com isso. O importante que tire a conclusão que entender do acesso ao documento, encaminha ao órgão competente, que é a Ouvidoria. Eu acho que esclarecidos esses fatos, devemos voltar ao andamento da sessão, aproveitando que estamos todos juntos aqui, e há uma pauta a ser enfrentada. Então, eu peço a todos que a gente retome, esse assunto encaminhado, e que a gente retome o andamento. Há um item da pauta que trata de uma resolução do Conselho que pretende regular, na omissão do Estatuto e do Regimento, a licença dos Conselheiros para tratamento de interesses pessoais. E isso previsto no Estatuto. Houve, recentemente, dois requerimentos e também não há uma regra clara de convocação de suplentes para atender a esta licença. Então, o objetivo da Mesa, e foi aqui a iniciativa do nosso Vice-Presidente, e vou pedir para ele que faça, resumidamente, uma
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 37 2017.
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justificativa da resolução, lembrando que há uma proposta de emenda que nós pretendemos colocar aqui ao conhecimento do Plenário, mas pelas nossas regras estatutárias e regimentais, nós vamos votar a proposta de resolução e depois consultar o Plenário sobre a emenda. Com a palavra, o Vice-Presidente Paulo Rogério, por favor. Sr. Paulo Rogério Silva dos Santos (Vice-Presidente do Conselho): Boa noite a todos, obrigado, Presidente. Senhores Conselheiros, a ideia é de regular a licença de mandato, licença para Conselheiros. A licença para Conselheiros já está prevista no nosso Regimento Interno do Conselho Deliberativo. Então, não se está aqui a se criar absolutamente nada, apenas regulamentar uma forma de que o Conselheiro possa exercitar esse direito, que é seu, no sentido de requerer licença mediante a justificativa. Então, senhores, acredito que todos já tenham lido, foi remetido com bastante antecedência, não sei se precisa de algum esclarecimento, se alguém precisa de algum esclarecimento, mas a ideia é que hoje, com essa regulamentação, o Conselheiro, na verdade, que costuma não estar presente, por motivos diversos, ele justifica na sessão seguinte ou na próxima sessão em que se aprove a Ata daquela sessão em que ele esteve ausente. Dessa maneira aqui, se o Conselheiro estiver viajando ou não puder comparecer por um período superior a 30 dias, ele pode fazer isso antecipadamente, mediante o requerimento, e permitindo que outro Conselheiro ocupe os lugares vagos e nós tenhamos aqui, esse é o espírito do Regimento Interno, e que permita que tenhamos aqui, quem sabe, bem mais do que os habituais 200 Conselheiros. É isso que o nosso Regimento Interno pretendeu, e é isso que estamos pensando e trazer para os senhores essa proposição. De tal forma que o Conselheiro Titular não perca, absolutamente, nenhuma prerrogativa, possa voltar a qualquer momento, desde que comunique com 05 dias de antecedência. Então, a proposição é essa, é esse o sentido. Eu fico à disposição, Presidente, para esclarecer algum detalhe, se algum Conselheiro precisar. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Não havendo nenhum Conselheiro que queira se manifestar, a Mesa coloca em votação a resolução como transmitida a todos. Aqueles que concordam com a redação da resolução, permaneçam como se encontram. Resolução aprovada, por unanimidade. E para dar cumprimento as regras estaturárias eu refiro que a emenda do Conselheiro Geraldo Almeida, diz com a supressão do art. 3º da resolução, que seria o seguinte, e vou ler, a supressão pretendida pelo Conselheiro é a seguinte: “O Conselheiro Titular licenciado permanecerá com a sua carteira de Conselheiro, de uso pessoal e intransferível – isso está assegurado na norma estatutária e regimental -, podendo frequentar as dependências do Clube, salvo participar das sessões aqui do Conselho”. Esse trecho o Conselheiro que propõe a emenda, ele entende que o Conselheiro que se licencia, é como ele não fosse mais Conselheiro, ele não poderia usar a sua carteira de identificação, enfim, essa é a pretensão da emenda. A Mesa entende que o Conselheiro vai ser sempre Conselheiro, ele é um Conselheiro Titular, ele só está ali licenciado das sessões aqui do Conselho. Então, coloco também em votação a emenda com a proposição da Mesa de que ela não seja acolhida pelas razões agora expostas. Aqueles Conselheiros que entendem que a emenda não deva ser acolhida, permaneçam como se encontram: muito bem, há uma manifestação de um Conselheiro, que vota contrário. Então, com um voto, a emenda foi rejeitada. Sr. : Foi apresentada uma outra emenda, Presidente, não foi lida pelo senhor. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Eu só tenho conhecimento daquela emenda, não sei de
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outra. Quando foi apresentada? Sr. : Na Secretaria agora, antes do início da sessão. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Agora? Mas aí eu não tive conhecimento, não sabia. Sr. : Antes do início da sessão, às 19h, 19h30min. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Pois é, mas aí não há como se ter conhecimento, nós estávamos em reunião antes da sessão com diversos Conselheiros, eu não tive conhecimento dessa emenda, confesso que não tive conhecimento. Sr. : Foi protocolada aqui. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Se o Conselheiro quiser comunicar, pode usar o microfone, por favor, usa o microfone, Conselheiro, vamos avaliar. Sr. : O texto sugerido altera o parágrafo 4º da Resolução XXI: “O Conselheiro Suplente, ao tomar posse, em sessão ordinária ou extraordinária receberá a carteira de identificação de Conselheiro, sendo conferido as prerrogativas e deveres previstos no artigo 4º do Regimento Interno, enquanto perdurar a licença do Conselheiro Titular, exceto de compor Comissões Permanentes ou Especiais do Conselho Deliberativo, ficando ainda vedado a extensão do benefício conferido aos Conselheiros Titulares, de acesso livre ao estacionamento interno nas dependências do Clube em dias de jogos”. A justificativa, na verdade, para essa alteração, seria que como permaneceu o Conselheiro Titular, com todas as prerrogativas, sendo estendido ao Conselheiro Suplente as prerrogativas de uso do estacionamento, o espaço físico no local ficaria inadequado. Então, era mais nesse sentido. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O que o Conselheiro acaba de propor é o seguinte: para compensar a nomeação do Conselheiro Suplente, e que poderá, durante o período em que estiver assumindo, teríamos que cercear, digamos, o acesso do Conselheiro Titular, por exemplo, ao estacionamento. O que o Conselheiro está propondo, eu entendi o seguinte: o Suplente passa a ter direito e o Titular, não. Sr. : Não, o Suplente que não teve acesso ao estacionamento, porque o Titular mantém todas as prerrogativas, mas não o estacionamento. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Senhores, nós aqui temos o protocolo da Emenda, no horário das 19h46min, é por isso que não tivemos acesso. Mas, enfim, como é democrático o espaço aqui, eu consulto o Conselho sobre a procedência da emenda. E todos entenderam bem qual é a proposta? Conselheiro, por favor, exponha rapidamente o objetivo da proposta, resuma. Sr. : O Conselheiro Titular vai permanecer com todas as prerrogativas. O Suplente, no período que estiver exercendo a titularidade, ele não vai ter direito ao estacionamento nos dias de jogos, é isso aí. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiros, todos esclarecidos? Sr. Ricardo: Segundo o art. 41 do nosso Regimento Interno, Presidente, as emendas serão recebidas pela Secretaria do Conselho, inclusive por meio eletrônico, até o segundo dia útil anterior ao da data da reunião. Então, qualquer emenda que não tenha cumprido esse artigo não pode ser colocada em votação. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O Conselheiro Ricardo tem toda a razão, mas a Mesa, tendo em vista o adiantado da hora e a tensão da reunião, tentando ser democrática, consulto o Conselho: seguimos o Regimento ou votamos a proposta? Aqueles Conselheiros que entendem que devemos seguir o Regimento e não avaliar a emenda porque não proposta tempestivamente, permaneçam como se encontram: muito bem, a emenda não será conhecida. Pessoal, foi definido pelo Conselho que a emenda não seria conhecida porque ela foi apresentada fora de tempo, fora do prazo. Dando seguimento à Ordem do Dia, ao Item IV, eu havia pedido
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 39 2017.
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ao Conselheiro Lamana Paiva que fizesse uma sucinta exposição, em nome da Comissão que redigiu e que trabalhou no Regulamento Geral do Clube e aqui a razão do nosso Conselheiro Lamana Paiva estar à Mesa, onde sempre é muito bem-vindo, o Conselheiro Lamana Paiva é o Presidente da Comissão Permanente de Assuntos Legais, Estatutários e Regimentais, e por isso eu peço a ele que faça considerações sobre o Regulamento Geral do Clube. IV – Discussão e deliberação sobre o Regulamento Geral do Clube. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Senhor Presidente, eu vou usar o meu poder de síntese, e levarei 45 minutos. Obrigado. Senhores Presidentes do Conselho e do Clube, demais membros da Mesa, senhoras Conselheiras, senhores Conselheiros, colorados, aqui presentes, torcedores. Como se sabe, o Sport Club Internacional vem com uma Comissão Permanente sobre os assuntos legislativos, estatutários e regimentais. Essa Comissão vem se reunindo constantemente, faz dois anos e agora, na nova Administração do Sergio, ela foi recomposta e continuamos trabalhando nesse sentido. Esse Regulamento Geral do Clube já teve início lá ainda no período do Mário Sérgio, e passou, inclusive, com o trabalho do Lopes e do Limeira, se não me falha a memória. Então, agora, ela deu acesso para nós e nós trabalhamos nesse ano de 2017 para completar o trabalho de tudo aquilo que já foi feito, que foram os Estatutos do Clube, os Regimentos Internos, o Código de Ética e agora, para completar, o Regulamento Geral. E esse Regulamento Geral tem algumas peculiaridades, principalmente aqui dos associados, que é o Título II, que é uma área muito grande onde fala dos associados com todos os direitos e deveres. E um dos aspectos modernos que a gente já traz para ele aqui, ou já atualizando, é no art. 7º, quando trata do associado Coloradinho, que nós não tínhamos, e que esse hoje inclusive paga mensalidade, em torno de R$ 5,00 por mês e temos também o associado Sócio Academia do Povo. Esse sócio Academia do Povo tem direito a ingresso no Clube, em torno de 500, onde o Conselho de Gestão é que define qual é o aspecto, aonde que vai ser, e também temos aqui um outro Capítulo, das áreas a serem utilizadas pelos Conselheiros, que está bem clara aqui, ele tem direito ao acesso a todas as áreas sociais do estádio, por meio de sua carteira de identificação, bem como acesso ao Parque Gigante. Dos Sócios Honoríficos, e fica instituída a Medalha Irmãos Poppe, que tem inclusive um parágrafo único, que o agraciado com a Medalha de Irmãos Poppe não se contempla a previsão dos direitos auferidos nesse título. Logo a seguir temos, nas Disposições Administrativas, que é vedada a contratação pelo Clube para exercer atividades remuneradas de integrantes do Conselho Deliberativo, com seus requisitos e, por fim, então, essa outra modalidade que trata, por força da Lei 13.155/2015, referente as infrações administrativas realizadas por ocupantes de cargo da Diretoria. E aí, sim, será designada uma Comissão de sete pessoas para dar andamento a tudo isso aí. Em síntese, Senhor Presidente, era isso que a gente tinha para transmitir a todos os Colegas Conselheiros desse Clube. Obrigado. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Lamana Paiva, muito obrigado. Se algum Conselheiro tiver alguma dúvida ou quiser algum esclarecimento, a palavra está à disposição, por favor. Sr. Juliano Barbosa da Silva: Boa noite, Presidente Marcelo, demais Conselheiros. A minha questão é pontual quanto a forma em relação à emenda anterior, ela não foi conhecida, ela não foi levada à votação, uma questão formal, intempestividade. Eu recebi hoje à tarde um e.mail de algum movimento a respeito de emendas ao Regulamento. E, salvo melhor juízo, senhor Presidente, artigo 40,
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 40 2017.
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parágrafo 2º: “As emendas serão encaminhadas ao conhecimento dos Conselheiros no dia útil seguinte ao seu recebimento”. Esse dispositivo não foi atendido, portanto, por uma questão de paridade, vamos conceder o mesmo tratamento formal. A questão, parece, que esse Regulamento não pode ser levado à votação hoje, Presidente. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Perdão, Conselheiro Juliano, eu não compreendi o que não pode ser levado à votação? Sr. Juliano Barbosa da Silva: O Regulamento, quanto a aprovação, este Regulamento, há emendas, tem dispositivo no nosso Regimento Interno que estabelece que recebidas serão encaminhadas aos Conselheiros, e as emendas não foram encaminhadas até onde eu sei, e eu não recebi, recebi por meio do movimento. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro Juliano, nós tratamos dessa matéria anteriormente ao início da sessão, e constatamos, junto à Secretaria, que, de fato, houve esta falha, mas ela se refere, e vou ser franco com todas, a apenas uma única emenda ao Regulamento Geral que diz com o art. 16, que trata das torcidas organizadas, é uma única emenda. E nós entendemos, então, que dada a relevância do Regulamento e dado o fato de estarmos aqui, nesse caso específico, nós podíamos admitir que essa emenda fosse apresentado pelo Plenário, como eu acabei de ouvir a emenda que foi sugerida aqui, que nós decidimos que não íamos acolher. Aqui é diferente, não é que a emenda não tenha sido apresentada a tempo, ela foi apresentada, a falha foi da Secretaria. Então, eu entendo que se o Conselho assim entender, nós podemos submeter a emenda tão logo a gente vote o Regulamento Geral e a emenda será submetida ao Plenário, é uma única emenda e foi tempestiva. Quem não cumpriu a sua parte fomos nós, a Secretaria do Conselho que não disponibilizou. Então, são situações diferentes, nós não estaríamos adotando dois pesos e duas medidas, são situações díspares, e por isso que nós achamos relevante, tendo em vista todo o trabalho da Comissão de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais, para elaboração deste Regulamento, que é importante para o Clube, e aí nós votaríamos o Regulamento, e abriríamos aqui para um debate em Plenário a emenda que foi proposta a tempo, mas não foi disponibilizada aos Conselheiros. E aí falha da Mesa e nós achamos que o Conselho convalidar ele terá conhecimento da emenda. Eu posso consultar os Conselheiros novamente, que me parece o caminho melhor, mas é uma única emenda, e não vai nos prejudicar. E acredito, então, Conselheiro Juliano, que com a sua compreensão, eu vou, então, colocar em votação. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Só um detalhezinho, é referente à Comissão Permanente de Assuntos Legislativos, Estatutários e Regimentais, o trabalho realizado pela nossa Comissão, e que é composta pelo Dr. Vitor Hugo Loreto Saydelles, Vice-Presidente, foi Relator, o Luiz Carlos Ávila de Carvalho Leite, exPresidente deste Conselho, que também foi um grande colaborador nessa matéria, o Gabriel Velho Vieira, Leonardo Aquino de Camargo e o Luciano Busatto Davi. São essas considerações. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheiro, muito obrigado, é sempre importante nós valorizarmos o trabalho dos Conselheiros, de todos eles, principalmente aqueles que realmente colaboraram de forma destacada nos trabalhos do Clube, isso é muito bom que se registre. Sra. Janice Barboza Cardoso: Boa noite a todos, antes eu não cumprimentei, só tinha feito uma questão para tirar dúvidas. Na verdade, porque eu consultou o Paulo Rogério e no edital, pelo menos, de convocação, estava escrito que a gente aproveitaria ou rejeitaria, e que prazo para emendas seriam seis meses, e a gente pode enviar durante
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 41 2017.
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6 meses, mas são vão ser avaliadas depois desse período. Então, existem duas coisas: eu vou fazer na ordem inversa que eu tenho aqui: no art. 25 existe, e no entendimento, e no entendimento do Grupo, que há uma incoerência na redação, porque no “caput” diz: “É vedada a contratação pelo Clube para exercer atividade remunerada de integrante do Conselho Deliberativo”. Porém, no parágrafo único usa outra expressão, usa que: “Deverá ser respeitado o prazo de carência de um ano para que possa ocupar cargo remunerado no Clube”. Eu sei que já deu problema de português hoje, mas no meu entendimento, a atividade remunerada e cargo remunerado são coisas distintas. Eu entendo que atividade remunerada possa ser todo o tipo de atividade, inclusive com CNPJ, e cargo remunerado é uma contratação de funcionário. Então, eu acho que deveria haver uma coerência, uma paridade entre o “caput” e o parágrafo. E a segunda coisa, que para mim é mais importante, no art. 8º onde diz que: “São direitos do associado Campeão do Mundo”, tem os incisos I e o II. E no II diz que são direitos dele: “Ser informado pelo Clube através dos dados constantes de seu cadastro, por e.mail, telefone, quando da disponibilização de novos lotes de ingressos para os jogos do Clube, depois de encerradas as vendas do loto original”. No III, que é direito também: “Ter prioridade na inclusão em lista de espera”. Ora, nós temos três categorias atuais que pagam o ingresso, que é o Campeão do Mundo, Nada Vai Nos Separar e Academia do Povo. Neste mesmo Regulamento prevê que a Academia do Povo e Nada Vai Nos Separar tem uma reserva de carga mínima de 500 ingressos por jogo, com o qual todos nós concordamos, sem problema nenhum. A questão é: o sócio Campeão do Mundo seria a única categoria que não tem essa reserva, mas a gente poderia ter uma paridade, como existe hoje, como acontece hoje na prioridade na compra do ingresso. São os primeiros associados para quem abre a compra de ingresso, só que isso não está explicitado nesse Regulamento Geral, está explicitado novos lotes de ingresso e prioridade na inclusão da lista de espera. E me parece que é uma falha porque, não defendendo, todos os sócios são importantes para o Clube, mas o sócio Campeão do Mundo é a categoria com maior número, a maior tempo e eu acho que essa prioridade que ele tem, tem, sim, que estar dentro do Regulamento Geral do Clube. É isso. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Conselheira Janice, eu respondo sob o art. 25 e depois eu passo a palavra ao Conselheiro Lamana Paiva. Sobre o art. 25, diferentemente do seu entendimento, da sua dúvida, não há qualquer incoerência. O que diz o art. 25 é o seguinte: “É vedada a contratação, pelo Clube, para exercer atividade remunerada de integrante do Conselho Deliberativo”. O parágrafo único prevê uma hipótese exatamente de contornar isso. Então, o Conselheiro pede afastamento do cargo, mesmo assim tem que haver uma espera, uma carência de um ano. Então, não há incongruência. Sra. Janice Barboza Cardoso: Mas atividade remunerada pode ser, por exemplo, eu tenho uma MEI, é uma atividade remunerada, eu não posso, e eu sou Conselheira. E se eu quiser, da mesma forma, por meio de um CNPJ, prestar essa atividade remunerada para o Clube, eu também tenho que me afastar, e não somente se eu assumir um cargo no Clube, é essa a divergência. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Mas com cargo ou sem cargo, qualquer atividade remunerada, genericamente falando, não pode ser exercida por membro do Conselho Deliberativo, e nos parece que está claro. Para que seja possível exercer qualquer atividade remunerada, qualquer, inclusive exercer cargo tem que ter a carência de um ano, e eu leio isso aqui com muita tranquilidade. Sra. Janice Barboza
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 42 2017.
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Cardoso: Isso é estatutário, inclusive, eu só disse que pode haver interpretação, só isso. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O artigo 25 é a regra principal, porque ele é o artigo; o parágrafo é uma exceção que regulamenta aquele próprio artigo e prevê a carência. Sra. Janice Barboza Cardoso: Existe uma dificuldade muito grande de usar a mesma nomenclatura. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Tu sabes, Janice, que eu tenho lido, frequentemente, tanto o Estatuto quanto o Regulamento, e eu já descobri isso. A questão da sessão de hoje ser secreta o não secreta tem 03 expressões na nossa norma. A primeira expressão é o seguinte: caráter sigiloso. E depois fala em secreta e depois fala em reservado. Eu até achei, na primeira leitura, para a sessão ser sigilosa, não precisa o Plenário aprovar, porque se ela for secreta a Ata não vai ser publicada como as outras Atas, a Ata vai em livro especial, etc. Mas a redação está realmente confusa, são 03 expressões para a mesma coisa, depois eu conclui. E como estamos num período em que não podemos alterar as nossas normas, porque não decorridos ainda dois anos, isso, Presidente Lamana Paiva? Sr. João Pedro Lamana Paiva: Isso mesmo. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Eu, pessoalmente, se possível, dentro do meu mandato, eu vou propor à nossa nobre Comissão que faça, e até já comentei isso com o Presidente, uma revisão “pente fino” dessa situação e do uso de termos que não são repetitivos para evitar confusão. Mas, nesse momento, não há o que possamos fazer. Sra. Janice Barboza Cardoso: Mas não votamos ainda, essa é a ideia que poderia ser. Sr. Sergio Roberto Fontoura Duchem (Presidente do Conselho):Sobre o Regulamento, tudo bem, eu até vou pedir que o Conselheiro Lampana comente o art. 8º, mas o art. 25 me parece claro, e eu prefiro ficar com a atividade remunerada, eu até tiraria o cargo, de qualquer atividade remunerada. Sra. Janice Barboza Cardoso: E aí eu vou lhe dizer que eu prefiro sigilosa ou reservada. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Nós aqui, o Plenário, podemos resolver esse assunto se quisermos, o Plenário é soberano. Então, se a sugestão sua for essa, e eu já atalho que a minha opinião pessoal seria de que mantivesse a atividade remunerada e no parágrafo mantivesse o mesmo conceito, se o Conselho, depois entender, eu coloco isso em votação, e me parece que é o objetivo, mas peço que o Conselheiro Lamana responda sobre o art. 8º. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Bem, Janice, sobre o art. 8º, realmente, aqui ele tem a preferência na prioridade da espera da lista para a aquisição dos ingressos, mas ele é o que paga, ele é o único que não paga por ocasião dos jogos, ele tem direito ao acesso. Sra. Janice Barboza Cardoso: 50%. Sr. João Pedro Lamana Paiva: 50%, sim, e aí, essa prioridade da inclusão, tu queres que ele coloque a preferência? Sra. Janice Barboza Cardoso: Hoje é assim. Sr. João Pedro Lamana Paiva: E aí teria que aumentar esse lote, talvez? Sra. Janice Barboza Cardoso: Lote mínimo de 500 para as duas categorias que compram depois, poderia ser uma vantagem equiparada ao que existe hoje à Categoria Campeão do Mundo que tem preferência na compra. É o primeiro quem compra é o Campeão do Mundo, e que estivesse regulamentado, e como não está escrito, pode não acontecer. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Mas vocês não acham que já está implícito aqui, que seria essa preferência? Sra. Janice Barboza Cardoso: Não, quando fala só em novos lotes, não fala no lote principal. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Porque temos aqui dois novos lotes. Sra. Janice Barboza Cardoso: Mas o principal é o primeiro, é da categoria Campeão do Mundo, então, ele tem preferência nos novos lotes e não no
Ata (Nota Taquigráfica) da Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional 05-09- 43 2017.
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principal. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Eu acho que não haveria necessidade. Sr. : Qual é o critério da Mesa? Terminou o checkin, aí abre para o sócio Campeão do Mundo e termina quando? Sr. João Pedro Lamana Paiva: Acho que tem um período que termina lá pelo Regulamento. Sr. José Aquino Flores de Camargo: O cuidado foi justamente preservar aqueles que praticamente não têm direitos, e são as outras duas categorias. Sra. Janice Barboza Cardoso: Isso está compreendido, Aquino, a questão é que a única vantagem do Campeão do Mundo não está no Regulamento, as outras duas estão. Sr. Alessandro Guilherme Ribeiro (Vice-Presidente de Administração): Boa noite. Cumprimentar o Presidente da Mesa, o Presidente do Clube, os Conselheiros, Conselheiras, sócias, sócios. Tentando ajudar, não estou com o texto aqui na mão, mas hoje a preferência, e é isso que versa essa discussão ali do novo Regulamento, a preferência do checkin, terminado o checkin abre-se para as categorias com uma questão que é o lote mínimo para o sócio Academia do Povo e o Nada Vai Nos Separar, é isso que está ali. O que quer dizer? São 500 e 500. Os outros têm todos os outros ingressos para comprar antes, eles têm já um universo de ingresso disponível muito maior porque tem a preferência. Se não está explícito que é esta preferência, precisa se acrescentar alguma palavra que deixe isso claro, mas a preferência hoje já é do sócio, que paga. Portanto, ele já exerce essa preferência pela quantidade e universo de ingressos que é oferecido para esta categoria, e a proteção se dá às categorias menores para que elas não fiquem sem ingresso, se não elas vão ficar sem ingresso. Então, esta é a ideia, esta é a concepção que eu acho que resolve o tema e a discussão, pois, senão, vamos inverter. Sra. Janice Barboza Cardoso: Não, tem que ter a proteção, nós não somos contra ter a proteção, tem que ter, mas não está, da mesma forma, regulamentada a preferência, só isso, é um alerta. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Sim, mas e qual é a sugestão que se dá? Sra. Janice Barboza Cardoso: A questão é que hoje temos uma previsão do projeto de primeiros dois mil, mas todos queremos que este projeto, o sócio Academia do Povo chegue a 100 mil e é um sonho, pode ser, queremos, e ali está escrito “carga mínima”, a palavra “mínima”, ou seja, ela poderá ser maior e deve. Concordo plenamente com essa proteção, eu não discordo. Eu só gostaria que estivesse também explícito, no Regulamento, a questão de que o sócio Campeão do Mundo tem preferência na compra do ingresso, assim como ficou muito bem protegido os 500 da Academia do Povo e os 500 do Nada Vai Nos Separar. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Mas a prioridade diferencia muito da preferência? Sra. Janice Barboza Cardoso: Mas não está escrito. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Prioridade, ter prioridade na inclusão. Sra. Janice Barboza Cardoso: Não, informado de novos lotes e prioridade na inclusão em lista de espera, não diz prioridade na compra, não sei se eu estou falando grego. Sr. João Pedro Lamana Paiva: Senhor Presidente, fico à disposição aí. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Presidente, acho que é razoável, se é para agregar um termo que assegure, e eu acho que não há divergência sobre isso, vamos acolher a manifestação da Conselheira Janice, e vamos acolhê-la nos dois sentidos. O art. 25 mantemos o conceito de atividade remunerada e no parágrafo eliminamos a expressão “cargo” e vamos manter a expressão “atividade remunerada”. Eu peço ao Presidente Lamana Paiva que anote porque depois, então, quando for da emissão do Regulamento, como Presidente da Comissão, ele tenha a atenção para essas duas modificações. Então, para aproveitarmos o tempo, esses dois pontos estão acolhidos, não há divergência. E uma última matéria aqui é o seguinte: há
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uma emenda de que se modificasse o art. 16. O Conselheiro Ricardo está lá aguardando para se manifestar sobre esta emenda. Eu já sei que ele é contra a emenda, mas vamos deixá-lo sustentar e aí decidimos imediatamente o assunto que me parece singelo. Primeiro o Regulamento em votação, desculpe, e com essa manifestação da Janice eu me esqueci desse detalhe importante. Então, está em votação o Regulamento Geral do Clube como proposto e agora emendado pelas sugestões da Conselheira Janice e pelo Plenário. Aqueles que concordam com o Regulamento Geral do Clube como proposto, e emendado há pouco, permaneçam como se encontram: não há divergências, aprovado, por inanidade. Coloco em votação a emenda, e peço que ouçamos o Conselheiro Ricardo. Sr. Ricardo: Na verdade, Presidente, eu sustento a minha fala anterior no sentido de que há regulamentação muito clara a respeito do protocolo de emendas, e não é salutar para o Clube que comecemos a atropelar emendas protocoladas em cima da hora, ou não divulgadas adequadamente para os Conselheiros. Pelo que eu fiquei sabendo, essa emenda, essa proposta foi encaminhada diretamente pelo movimento para os Conselheiros, só que eu não recebi, não sei se todo mundo aqui recebeu? Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): A emenda foi apresentada dia 31 de agosto, na sexta-feira passada, portanto, dia 1º, houve, como expliquei, essa falha da Secretaria, não foi divulgado a todos, e por isso essa confusão. E o movimento que preconizava a emenda, tomou a liberdade, e foi esclarecido isso na reunião antes dessa sessão, de divulgar aos Conselheiros. Sr. Ricardo: Pois é, mas não foi na totalidade, e aí tem outra questão, que eu tomo a liberdade também de trazer aqui ao Plenário, que é o seguinte: a Comissão Legislativa Estatutária Regimental analisa as emendas previamente para ver se elas são viáveis, na prática, para analisar a legalidade delas, inclusive, e se elas não afetam, sobremaneira, as atividades do Clube. A emenda proposta pelo movimento, de forma tardia, inverte completamente a interpretação da matéria. Agora tive acesso, e me repassaram o tal do e.mail, e eu pude ver que ela fala justamente ao contrário do texto que foi debatido pelo Departamento de Torcidas de Ambiente de Jogo, que é o departamento responsável pelas torcidas dentro do Clube, e essa matéria foi debatida arduamente com a Comissão de Assuntos Legislativos e Estatutários justamente para não causar um grande problema dentro do Clube, não emperrar esse tipo de atividade dentro do Clube. Então, a minha proposta é que se retire de votação e que essa emenda seja encaminhada para a Comissão de Assuntos Legislativos e Estatutários, porque não possível que se coloque em Plenário uma emenda que não foi debatida, sendo que a proposta original foi amplamente debatida. Então, esse é o meu pedido. Já que a Mesa acolheu a emenda, que seja dado um prazo, que ela seja remetida à Comissão de Assuntos Legislativos e Estatutários para que seja debatida no âmbito da Comissão, porque a emenda inverte completamente o sentido do Regulamento. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): O que eu fui informado, Conselheiro Ricardo, é que a questão toda diz com a conceituação de torcida organizada. Sr. Ricardo: Não, na verdade, não. Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): A divergência estaria nisso. Sr. Ricardo: Não, o que acontece é o seguinte: o texto original.... Sr. Sergio Roberto Fontoura Juchem (Presidente do Conselho): Se nós não vamos avaliar, não vamos avaliar, e eu vou consultar o Plenário, os que estão aqui até agora, em homenagem a eles, o seguinte: aqueles que acolhem a sugestão do Conselheiro Ricardo, de que não se conheça da emenda, por não ter sido divulgado a tempo pela Mesa, permaneçam
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como se encontram: então, a emenda não será conhecida, está decidido, temos que saber ganhar e saber perder, e agora estamos ganhando, e chegaremos à Série A com muitas vitórias, se tudo correr bem. Agradeço a todos e declaro encerrada a sessão. Muito obrigado. (A reunião encerrou-se às 23h50min). (Notas taquigráficas elaboradas pelo Taquígrafo Eduardo Trevisan Duarte)