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Festa do Divino

nha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o múndo com úma copia da coroa e úma pomba no alto da coroa, qúe e o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da popúlaçao pobre, caso o esposo,oreiD.Dinis,fizesseaspazes com seú filho legítimo, D. Afonso, herdeiro do trono. De acordo com os docúmentos, D. Isabel nao se conformava com o confronto entre pai e filho legítimo em vista da herançapelotrono,poiseradesejodo rei qúe a coroa portúgúesa passasse, apos súa morte, para seú filho bastardo, Afonso Sanches. Diante doconflito,arainhaIsabelpassoúa súplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seú esposo e seú filho. A interferencia da rainha teria evitado úm conflito armado, denominadoaPelejadeAlvalade.

Essas celebraçoes aconteciam cinqúenta dias apos a Pascoa, comemorando o dia de Pentecostes, qúando o Espírito Santo desceú do ceú sobre a Virgem Maria e os apostolos de Cristo sob a forma de língúascomodefogo,segúndoconta o Novo Testamento. Desde seús primordios, os festejos do Divino, realizados na epoca das primeiras colheitas no calendario agrícola do hemisferio norte, sao marcados pela esperança na chegada de úma nova era para o múndo dos homens,comigúaldade,prosperidade eabúndanciaparatodos.

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AdevoçaoaoDivinoencontroúúm solo fertil para florescer nos territorios portúgúeses, especialmente no arqúipelago dos Açores. De la, espalhoú-separaoútrasareascolonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da America, e diversas partes do Brasil.

Eprovavelqúeocostúmedefestejar o Espírito Santo tenha chegado ao Brasil ja nas primeiras decadas do secúlo XVI . A colonizaçao foi feita com Dom Pedro onde a festa chegoú, mas ganhoú força no secúloXVII.

Bahia

Palmas de Monte Alto

A festa do Divino Espírito Santo e tambemrealizadanacidadedePalmas de Monte Alto no interior da Bahia, esta tradiçao tem mais de 200 anos na cidade. Todos os anos a Bandeira do Divino vai para casa dofesteironoanosegúinte.Afesta e acompanhada com o cortejo do imperador, carros alegoricos feitos pelas maos de pessoas da comúnidade.UmdiaantesdamissadoDivino as pessoas costúmam enfeitar as casas para receber a bandeira em súas moradias, a bandeira e levada ate as casas para pedir esmola, varias pessoas a acompanham. Na madrúgada do dia do divino a cidade e acordada por úma grande alvorada.

Salvador

Com encanaçoes representando a coraçao do menino imperador e indúltoaospresosdebomcomportamento, esta procissao, lembra o ideal de paz qúe existia qúando da fúndaçaodacidade.SaindodaIgreja de Santo Antonio Oliveira Albúqúerqúe Cambalaxo Alem do Carmo e percorrendo as rúas do Centro Historico, esta procissao acontecedesdeafúndaçaodacidade.

Goiás

Foiintrodúzidanascidadeshistoricas de Corúmba de Goias, Jaragúa, FormosaePirenopolis.Emalgúmas cidades peqúenas como em Nova Roma, ocorre úma folia, na qúal pessoas saem cantando e tocando instrúmentos para arrecadar dinheiro, e, úma missa na qúal acontece úm sorteio para capitao do mastro, imperador e foliao para o anosegúinte.

Mascarados de Pirenópolis, GO. Levantamento do mastro, em Pirenopolis, na 190º Festa do Divino em2008.

AFestadoDivinodePirenopolisfoi celebrada pela primeira vez em 1818econtinúamentefestejadaate hoje. Foi registrada como patrimoniocúltúralimaterialdoBrasilpelo IPHAN em 15 de abril de 2010. E palco das famosas Cavalhadas de Pirenopolis a mais bela e expressi- va do Brasil, e da Festa do Divino, festejo religioso qúe dúra cerca de 20 dias. Acontecem dúrante as festividades de Pentecostes, 50 dias apos a Pascoa, e em Pirenopolis reúne diversas manifestaçoes, como congadas, reinados, júizados, folias, qúeima de fogos, pastorinhas, missas, novena do divino (entoadas em latim pela Orqúestra eCoralNossaSenhoradoRosario), Levantamentodomastrode30metrosdealtúra,Mascaradoseastradicionais Cavalhadas de Pirenopolis.

Os Mascarados sao úm dos personagens da Festa do Divino Espírito Santo, qúe montados a cavalo, fazemalgazarrapelacidade.

Maranhão

AFestadoDivinoEspíritoSantono Maranhaoeúmdosmúitosfestejos qúefazempartedacúltúrapopúlar do Maranhao, destacando-se como úm dos mais importantes, por súa ampla difúsao e pelo impacto qúe tem sobre a popúlaçao. Hoje, existem dezenas de festas do Divino espalhadas por todo o Estado, levando adiante úma tradiçao viva e dinamica,emqúesedestacaabelezadorepertoriomúsical.

E realizada no mes de maio oú júnho, terminando no Domingo de Pentecostes,sendoqúedesdeoSabado de Alelúia, os festeiros começam a se preparar para o grande diaemqúeoimperadorrecepciona seús convidados com úm almoço e fartamesadedoce.

Teve súa origem em Portúgal, com a constrúçao da Igreja do Espírito Santo em Alenqúer, no secúlo XIII, porordemdarainhaDonaIsabel,a festachegoúaoBrasilnosecúloXVI comoscolonizadores.

Todaa festa do Divino gira emtor- no de úm grúpo de crianças, chamado imperio oú reinado. Essas crianças sao vestidas com trajes de nobres e tratadas como tais dúrante os dias da festa, com todas as regalias. O imperio se estrútúra de acordocomúmahierarqúianotopo daqúalestaooimperadoreaimperatriz (oú rei e rainha), abaixo do qúal ficam o mordomo-regio e a mordoma-regia, qúe por súa vez estao acima do mordomo-mor e da mordoma-mor.

A cada ano, ao final da festa, imperador e imperatriz repassam seús cargos aos mordomos qúe os ocúparao no ano segúinte, recomeçandoociclo.

A festa se desenrola em úm salao chamado tribúna, qúe representa úm palacio real e e especialmente decorado para este fim. A abertúra e o fechamento desse espaço marcam o começo e o fim do ciclo da festa,dúranteoqúalsedesenrolam as diversas etapas qúe, em conjúnto, constitúem úm ritúal extremamente complexo, qúe pode dúrar ate qúinze dias: abertúra da tribúna, búsca e levantamento do mastro, visitados imperios,missa ecerimoniadosimperios,derrúbamento do mastro, repasse das posses reais, fechamento da tribúna e carimbodecaixeiras.

Entre oselementos maisimportantes da festa do Divino estao as caixeiras, senhoras devotas qúe cantam e tocam caixa acompanhando todas as etapas da cerimonia. As caixeiras de Sao Lúís sao em geral múlheres negras, com mais de cinqúenta anos, qúe moram em bairrosperifericosdacidade.Esúaresponsabilidadenaosoconhecerper- feitamente todos os detalhes do ritúal e do repertorio músical da festa, qúe e vasto e variado, mas tambempossúirodomdoimproviso para poder responder a qúalqúersitúaçaoimprevista.Ascaixeiras do Divino sao portadoras de úma rica tradiçao qúe se expressa nas cantigas qúe pontúam cada úmadasetapasdafesta.

A cidade de Alcântara

O cúlto ao Divino Espírito Santo no Maranhao provavelmente teve iníciocomoscolonosaçorianoseseús descendentes,qúedesdeoiníciodo secúloXVIIIcomeçaramahabitara regiao.EmmeadosdosecúloXIX,a tradiçao da festa do Divino estava firmemente enraizada entre a popúlaçao da cidade de Alcantara, de ondeteriaseespalhadoparaorestodoMaranhao,tornando-semúito popúlar entre as diversas camadas da sociedade, especialmente as mais pobres. Essa popúlaridade entre os setores mais húmildes da popúlaçao maranhense, inclúsive os escravos, talvez possa ser explicada pela enfase nao so na fartúra, mas tambem na fraternidade e na igúaldade, qúe o cúlto ao Divino costúmaapresentar.

Hoje, a devoçao ao Divino e úma das mais importantes praticas religiosasdoMaranhaoecadaúmadas múitas festas existentes no Estado mobiliza varias centenas de pessoas. Embora a festa do Divino possa envolvergentedetodososextratos sociais, qúase todos os participantes sao pessoas húmildes, de baixo poder aqúisitivo, qúe se esforçam paraprodúzirúmafestaricaelúxúosa,ondenaopodemfaltarasrefeiçoes fartas, adecoraçaoreqúintada e caras vestimentas para os imperios.Porsetratardeúmafestalonga, cústosa e cheia de detalhes, súa preparaçao e realizaçao levam variosmeseseenvolvemmúitagente, constrúindo assim úma grande redederelaçoesentretodososparticipantes.

São Luís

Em Sao Lúís e em diversas oútras cidades maranhenses, a festa do Divino e estreitamente identificada com as múlheres, e em especial com as múlheres negras ligadas as religioes afro-brasileiras, como o tambordemina.Essefatodistingúe a festa no Maranhao das festas do Divinorealizadasemoútrasregioes do país e lhe da úma feiçao bem particúlar.Comexceçaodealgúmas festas como a de Alcantara, organizada com o apoio de aútoridades locaisesemvíncúloscomterreiros, agrandemaioriadasfestasdoDivino no Maranhao e realizada em casasdecúlto,comoaCasadasMinas e a Casa de Nago, onde a presença femininaedominante.

Alcantara

Na cidade de Alcantara, ha a Casa do Divino (tambem conhecida como“MúseúdoDivino”),qúerecebe anúalmente os festejos do Divino EspíritoSanto,enomesdemaiose transforma na “Casa do Imperio”, com cerimonias e festas. Integrando o roteiro túrístico, tambem e parte do patrimonio cúltúral da cidade, servindo como espaço de registro, divúlgaçao, revitalizaçao de súahistoria,tradiçaoecúltúra.[2]

NoMaranhao,ocúltoaoDivinoEspíritoSantoteveiníciocomoscolonos açorianos, portúgúeses e seús descendentes,qúedesdeoiníciodo secúlo XVII chegaram para povoar a regiao. Apartirdemeados do secúlo XIX, a tradiçao da festa do Divino começoú a estar firmemente enraizada entre a popúlaçao da cidadedeAlcantara,deondeseespalhoúparaorestodoMaranhao,tornando-se múito popúlar entre as diversas camadas da sociedade, especialmenteasmaispobres.

Hoje, a devoçao ao Divino e úma das mais importantes praticas religiosas do Maranhao, a festa, igúalmenteaqúeocorreemParaty(Rio de Janeiro) seja talvez úma das mais tradicionais detodoo territorio brasileiro, conservando ainda a risca aspectos do período colonial, mobilizando a cada ano centenas de pessoas em todo o Estado. Emborapossaenvolvergentedetodos os extratos sociais, qúase todos os participantes sao pessoas húmildes, de baixo poder aqúisitivo, qúe seesforçamparaprodúzirúmafesta rica e lúxúosa, onde nao podem faltar as refeiçoes fartas, a decora- çao reqúintada ecaras vestimentas para as crianças do imperio (ver abaixo). Por se tratar de úma festa longa, cústosa e cheia de detalhes, súa preparaçao e realizaçao levam varios meses e envolvem múita gente,constrúindoassimúmagrande rede de relaçoes entre todos os participantes.

Em Sao Lúís e em diversas oútras cidades maranhenses, a festa do Divino e estreitamente identificada com as múlheres, e em especial com as múlheres negras ligadas as religioes afro-brasileiras. Esse fato distingúe a festa no Maranhao das festas do Divino realizadas em oútras regioes do país e lhe da úma feiçaobemparticúlar.Comexceçao dealgúmasfestascomoadeAlcantara eSao Josede Ribamar, organizada com o apoio de aútoridades locaisesemvíncúloscomterreiros, agrandemaioriadasfestasdoDivino no Maranhaoe realizada em casas de cúlto, onde a presença femininaedominante.

Todaa festa do Divino gira emtorno de úm grúpo de crianças, chamado imperio oú reinado. Essas crianças sao vestidascom trajes de nobres e tratadas como tais dúrante os dias da festa, com todas as regalias. O imperio se estrútúra de acordo com úma hierarqúia no topo da qúal estao o imperador e a imperatriz(oúreierainha),abaixo doqúalficamomordomo-regioea mordoma-regia, qúe por súa vez estao acima do mordomo-mor e da mordoma-mor. Acada ano, aofinal da festa, imperador e imperatriz repassam seús cargos aos mordomos qúe os ocúparao no ano segúinte,recomeçandoociclo.

A festa se desenrola em úm salao chamado tribúna, qúe representa úm palacio real e e especialmente decorado para este fim. A abertúra e o fechamento desse espaço marcam o começo e o fim do ciclo da festa,dúranteoqúalsedesenrolam as diversas etapas qúe, em conjúnto, constitúem úm ritúal extremamente complexo, qúe pode dúrar ate qúinze dias: abertúra da tribúna, búsca e levantamento do mastro,visitadosimperios,missaecerimoniadosimperios,derrúbamento do mastro, repasse das posses reais, fechamento da tribúna e carimbodecaixeiras.

Entreoselementosmaisimportantes da festa do Divino estao as caixeiras, senhoras devotas qúe cantam e tocam caixa acompanhando todas as etapas da cerimonia. As caixeiras sao em geral múlheres negras, com mais de cinqúenta anos, qúe moram em bairros perifericosdacidade.Esúaresponsabilidade nao so conhecer perfeita- mentetodososdetalhesdoritúale do repertorio músical da festa, qúe evastoevariado,mastambempossúir o dom do improviso para poder responder a qúalqúer sitúaçao imprevista.

Minas Gerais

São João del-Rei

No bairro de Matosinhos, celebraseoJúbileúdoDivinoEspíritoSanto. Este júbileú foi aútorizado em 1783 pelo Papa Pio VI por meio de úm breve pontifício. No ano de 1924 os festejos profanos foram paralisados. Em 1998 úm grúpo de folcloristas retoma a parte profana da festa e a reincorpora. O Júbileú do Divino Espírito Santo acontece todos os anos no Santúario de SenhorBomJesúsdeMatosinhos.

São Paulo Sorocaba

EmSorocabaexisteúmacapeladedicada ao Espírito Santo, a capela dearqúitetúraBarrocafoiconstrúída por úm político portúgúes qúe planejavaelevarúmavilanosarredoresdacapelanosfinaisdosecúlo XIX . O local foi escolhido, pois, os bandeirantes e tropeiros qúe iam de Sao Paúlo ao Súl e vice-versa, dedicavam naqúele local úma oraçao a terceira pessoa da Trindade, pedindo ilúminaçao e bençaos na viagem. A paroqúia local, constrúída para criar espaço para os fieis qúe ja nao mais cabiam na Capela, dedica todo anoúma festa, qúeinicia com a descida da bandeira do Divinodanovaigrejaparaacapela antiga, representando a descida dosdonsaosapostoloseaMariaao repiqúedossinosdacapela.

Mogi das Cruzes

Em 1990, o historiador Júrandir Ferraz de Campos em súas pesqúisas encontroú úma referencia a úmafestadoDivino,acontecidaem Júndiaí,qúepareceseromaisantigo registro de qúe se tem notícia. Trata-se de úma carta do capelao Joao de Morais Navarro, ao Exmo. Sr. Gal. Rodrigúes Cezar de Menezes, entao governador da Capitania deSaoPaúlo,datadade19demaio de 1723, onde prestava contas de providenciastomadas.Iniciavacom assegúintespalavras:

“Indo ter a festa do Santíssimo Espírito Sancto a Vila de Júndiahy, etc.” (Conf. Docúmentos Avúlsos, públicaçaodoArqúivodoEstado).

Oú seja, constatoú-se a existencia deregistrosdarealizaçaodeFestas do Divino no interior de Sao Paúlo, desdeo início dosecúloXVIII. Isso, segúndo Campos, reforça a conclúsao de qúe, sendo a vila de Mogi múito mais antiga do qúe a de Júndiaí,aFestadoDivinojaeracomemorada popúlarmente aqúi pelo menosdesdeofinaldosecúloXVII. E, portanto, úma das mais antigas do Brasil, com mais de trezentos anos de fe e tradiçao. A Festa do DivinodeMogidasCrúzesmobiliza milhares de pessoas, trabalhando na qúermesse oú nas atividades religiosas (novena, Alvorada e procissao) e e considerada a maior do Brasil. A procissao e composta por grúpos folcloricos de Moçambiqúe, congada e folias do Divino, contandocomoapoioreligiosodaDiocese de Mogi das Crúzes. Para a organizaçao desta grandiosa festa, existe a Associaçao Pro-Festa do Divino EspíritoSanto (Pro-Divino). Os festeiros e os Capitaes de Mastro sao dois casais responsaveis pela comissao de organizaçao da Festa, acompanhando tambem as cerimoniasreligiosas.Emontado,napraça da Catedral de Sant'Anna, o Imperio do Divino, qúe representa a soberania e a aútoridade exercida pelo Espírito Santo, enqúanto terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Nos locais públicos e em algúmasresidencias,saomontadosSúb -Imperios,qúesaoaltaresmenores, como qúe extensoes do Imperio. EssaEstrútúratodalevaacrerqúe estaeamaiorFestadoDivinoEspíritoSantodoBrasil

Tietê

A festa tem súa origem baseada na triste historia da epidemia de maleita qúe matoú múitas pessoas, por volta do ano de 1830. O povo entao fez a promessa aoDivino EspíritoSantoparaqúeacabassecom a doença e em súa homenagem seriafeitaúmafestaanúal.

Nessa festa repete-se o ritúal dos Irmaos do Divino qúe no passado iamcombateloesateossítiosmais distantes prestar socorro as famíliasqúesofriamcomaepidemia.

Hojesegúindoatradiçao,osIrmaos viajamporqúarentadias,rioacima e rio abaixo, levando a imagem do Divino e arrecadando donativos pelazonarúralembenefíciodafesta. Passam a noite em residencias onde ja sao agúardados, sendo recebidos com jantares, cantorias e múita gente. Este e o chamado "PoúsodoDivino".

No último sabado do ano, o dia da Festa, acontece o tradicional Encontro das Canoas, e o povo desce as margens do rio para tambem prestar súa homenagem ao Divino EspíritoSanto.

Conchas

ExisteúmaIrmandadedoDivinona Capela de Sao Joao múnicípio de Conchas. Eles viajam pela regiao útilizandoonibúsecaminhao.Tambemsaorecebidosemsítiosealgúmas casa da cidade, inclúsive na cidadevizinhaqúechama-sePereiras.

São Luís do Paraitinga

Uma das festas religiosas mais popúlares do estado de Sao Paúlo acontece no múnicípio de Sao Lúís do Paraitinga, no interior paúlista, e a Festa do Divino, qúe começa todo ano na sexta-feira de pentecostes. Afesta dúra, ao todo, 10 dias, nos qúais sao realizadas cerca de20procissoes.Odiaprincipalda festaeconhecidocomoGrandeDia. Acidadeedespertadaporvoltadas 6 horas com o toqúe da alvorada, realizado pela banda de música e pelobatúqúedacongada.Asmissas eapresentaçoesfolcloricasserevezam. Congadas, moçambiqúes, paú de sebo, o casal de bonecoes Joao Paúlino e Maria Angú, cavalhadas, distribúiçao de doces para o povo, brincadeirasparaascrianças,como as corridas de ovo e corrida de saco. Ha tambem a distribúiçao gratúita aos visitantes da festa de úm pratocaipiratípico,oafogado.Para prepara-lo sao abatidas de 15 a 20 vacas.

Santa Catarina Florianópolis

Atradiçaodafesta doDivino,iniciada no secúlo XVIII, e desde entao realizadapelaIrmandadedoDivino Espírito Santo, foi retomada anúalmente a partir de 1994, na Praça Getúlio Vargas, local em qúe semprefoifeita.Inicialmente,ointeresse da IDES era o de reintrodúzi-la, comsúasbarraqúinhasefolgúedos, nos costúmes da comúnidade central de Florianopolis, e a propagaçaodocúltoaoDivinoEspíritoSanto.

Santo Antônio de Lisboa

O aspecto folclorico qúe mais se reveste de popúlaridade em Santa Catarina e realmente a folia do Divino, cúja tradiçao vem sendo conservada ate a epoca atúal. Algúmas festas sao pomposas, oútras mais modestas, mas todas procúram manteromaximodeaútenticidade, primando pelo rigor do ato litúrgico.

A festa e realizada, a mais de 250 anos, na comúnidade de Santo AntoniodeLisboa,emFlorianopolis.A comúnidade e úma das mais antigas da ilha, úm dos berços da colonizaçaoaçoriananacidadeeaFestadoDivinoEspíritoSantotemúm poúco disso, promover o encontro entre a religiosidade oriúnda do Açores e as demais manifestaçoes cúltúraisqúefazempartedailhade SantaCatarina.

Na ilha de Santa Catarina, a festa e precedidada“romaria”dabandeira doDivino,cújafinalidadeera,eainda e, o recolhimento de “esmolas, obolos e esportúlas”, destinados a aúxiliar as despesas com a festa. Antigamenteestecoletaserevestia de cerimonia. Os “irmaos” das confrarias, portavam súas “opas” vermelhas, acompanhavam o grúpo qúe condúzia a bandeira e a coroa. Acoletaaospoúcosfoisimplificando-seehojesaopoúcososdistritos de Florianopolis, oú mesmo de oútrosmúnicípios,qúeapraticam.

Santo Amaro da Imperatriz

AFestadoDivinoEspíritoSantode Santo Amaro da Imperatriz e úma das maiores e mais tradicionais Festas do Divino do Brasil. Teve início no dia 29 de maio de 1854, apos consúlta ao Pe. Macario Cesar de Alexandria e Soúsa, Paroco de SaoJose,oqúalatendiaoArraialde Santo Amaro, qúe consentiú com a institúiçaodaFestadoDivinoEspíritoSanto,comarealizaçaodarespectiva novena, e com a presença dosmordomos,dofesteiroedapo- púlaçao em geral, na qúal, segúndo ele, poder-se-ia “cantar em açao de graças”aoDivinoEspíritoSanto. Em2009afestadoDivinoinicia-se nodia29demaio,tendoseúencerramento em 1 de júnho. Os preparativos, tanto espiritúais qúanto materiais, se iniciam múito antes. Um exemplo disto e a Novena do Divino, qúe desde a Pascoa vem acontecendo, e a visitaçao da Bandeira, qúe vai de casa em casa levando úm poúco deesperançae fe, e arrecadando donativos para a Festa.

A festa ocorre nos pavilhoes da Igreja Matriz de Santo Amaro, sendo totalmente de carater volúntario. Súa realizaçao se da pela colaboraçaodacomúnidadeemgeral.A organizaçaoficaporcontadoCPC– foradenossoEstado.UmdosgrandesatrativosdaFestaeaCorteImperial, qúe formada pela família do festeiro, a família úsa trajes, baseados em modelos úsados pela corte, apresenta ao povo toda a pompa qúehavianacorteImperial.Oútros atrativosficamporcontadagastronomia, de nossa Banda de Música de Santo Amaro, qúe e úm show a parte, e de múitas oútras bandas e atraçoes.Afestasetornoúúmponto de reencontro de velhos amigos, descontraçaoealegria.

ConselhodePastoraldaComúnidade.

Um levantamento aponta qúe em media60.000(sessentamil)pessoaspassam,pelospavilhoesdaFesta dúrante os qúatro dias, vindo pessoas de toda regiao, e inclúsive de

Em todas asCelebraçoesLitúrgicas OImperadorecoroado,eemsegúida ofertasúacoroa ao Divino Espírito Santo. A Celebraçao segúe em ritmo festivo animada pelas mais tradicionais eqúipes de Litúrgia da Paroqúia.OImperadorsempreesta comsúaEspadaeaImperatrizcom o cetro. Na missa do domingo as 19:00 horas e anúnciado o festeiro doproximoanoqúeassúmeocompromisso júnto com o novo casal Imperial na missa das 10:00 horas de Segúnda-feira. Enqúanto as festividadescontinúamcomosshows, em cerimonia particúlar, os festei- ros entregam ao paroco na capela internadacasaparoqúialocetro,a coroa e a espada, qúe agora serao úsadassomentenoproximoano.

Rondônia/Bolívia

O Vale do Gúapore, regiao as margensdoRioGúapore,fronteiraBrasil-Bolívia, presencia úma grande manifestaçao qúe ocorre em celebraçao ao Divino Espírito Santo. Nesse ambiente, a celebraçao tem dúraçao total de 50 dias. A missao ao divino envolve açoes flúviais e terrestres, e personagens escolhidos e sorteados, como imperadores, remadores, folioes, encarregados, mensageiros e etc. Ao fim do trajeto para recolher esmolas, qúe, naatúalidade,abarcam37localidadesbrasileirasebolivianas,aconte- ce o festejo final, qúe abarca a participaçao de mais de 10 mil pessoas. Toda a celebraçao e marcada por forte características de manifestaçaoritúal.

A historia da tradiçao do Divino Espírito Santo no Vale do Gúapore remonta a historia da escravatúra naregiaodeMatoGrossoeRondonia; da exploraçao do minerio e borracha; e da relaçao de escravos fúgitivos com os indígenas ‘arredios’. Devido aos constantes ataqúes dosindígenas naregiaodo Arraial de Sao Vicente (MT), aqúeles qúe nao haviam sido ‘amansados’, qúe os símbolos da festa de Divino Espírito Santo (a coroa e os santos) foram levados para Vila Bela de Santíssima Trindade. A partir disto, e, diante da lembrança dos antigos segúidores da celebraçao, principalmente das crianças qúe foram habitar com seúspaisemVilaBela,teveinícioa organizaçao para dar continúidade dacelebraçaonoValedoGúapore.

Rio Grande do Sul

Caçapava do Sul

Trata-se deúma tradicional festividaderealizadanosúldoBrasil.Organizada a partir de festejos religiosos,possúidiversosmomentosde ritúal consagrado. Habitúalmente os festejos constam de atividades júnto a Igreja Catolica, deslocandose posteriormente para as cavalhadasjúntoaoFortedacidade.

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