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EDITORIAL Cosplayer nº 23 | Setembro de 2015 capa Manon fotografia Leonor Grácias
Acabou o Verão. Regressamos às aulas, ao trabalho e começamos a planear os novos cosplays para a época fria. Mas para quem ainda se agarra às lembranças do Verão, abram esta nova edição da Cosplayer e vejam o que aconteceu enquanto estavam na praia: os eventos, os fatos e o zunzum sobre a nossa actividade favorita, o cosplay. Depois peguem nos vossos fatos mais quentes, nos pêlos e nas armaduras e procurem as nossas câmaras nos eventos que se aproximam. Até já!
Direcção Executiva Daniela Oliveira
A equipa da Cosplayer E-zine
Assistente Executiva Ana Salvador
geral@cosplayerzine.net www.cosplayerzine.net
Design e Paginação Daniela Oliveira, Madalena Ramires, Maria João Forte, Rita Carmelo Escritores Ana Salvador, André Pereira, Daniela Oliveira, Filipe Jesus, Maria João Forte, Patrícia Bordeira, Tiago Vasconcelos Fotografia Ana Salvador, Diogo Ferreira, Lúcio Dias, Madalena Ramires, Samuel Pereira, Tiago Vasconcelos, Vanda Allen Edição de Texto e Tradução André Pereira, Patrícia Bordeira
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A Cosplayer E-Zine é uma revista online, sobre costume play e assuntos relacionados, de distribuição gratuita e sem fins lucrativos. Todos os conteúdos presentes são autorizados pelos seus devidos autores e o conteúdo verbal presente em entrevistas representa apenas a opinião dos próprios e não da revista. No caso da inexistência da atríbuíção de devidos créditos em certos conteúdos, pedimos desculpa pelo incómodo e é favor contactar para que tal seja remediado assim que possível.
Esta revista é amiga do ambiente. 2
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Entrevista às representates portuguesas do World Cosplay Summit 2015, Sam e Saphira
IBERANIME LX 2015
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ASIAN CULTURE PARTY 2015
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COSPLAY PARTY @ TWIN GUNS
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MANGA & COMIC EVENT 2015
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SAM E SAPHIRA - WCS
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CONTEÚDOS
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COSPLAYER REVELAÇÃO: EVII JAPAN EXPO 2015 SHOWCASE DEVIANTART ISMAI LEGENDS ENTREVISTA: NIKITA COSPLAY CENTRAL COMICS FEST
CHARACTER SHOWCASE EM FOCO: MANON VOXPLAYER
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Entrevista à cosplayer Francesa, Nikita
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Entrevista à cosplayer portuguesa, Madalena Ramires (Manon) COSPLAYER
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IBERANIME LX 2015 O Iberanime voltou a Lisboa para mais uma edição repleta de actividades (e visitantes!). E, claro, a Cosplayer esteve por lá. Reportagem: ANDRÉ PEREIRA Fotografia: Vanda Allen
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m Maio, já é hábito esperar pela maior edição do Iberanime. De volta à sala Tejo, nos passados dias 9 e 10, o Iberanime conseguiu novamente encher esta sala com actividades, pessoas e diversão. Em contraste com a edição do ano anterior, a disposição do evento era diferente: a área de cultura situava-se exclusivamente no piso superior, para além do palco secundário e bancas de artistas. Na área comercial, ainda podemos contar com uma nova adição a esta edição, o Iberanime Plus com destaque para a BD e videojogos. Esta nova disposição melhorou o evento face à edição anterior, com uma melhor circulação por todo o evento. 4
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O concurso de cosplay de grupo contou outra vez com Fire Emblem, sendo este grupo o grande vencedor do dia.
Uma das grandes atrações deste evento foi, sem dúvida, o concerto de Hiroshi Kitadani. Entre muitas outras músicas, cantou temas do anime One Piece, que os fãs não se acanharam ao acompanhar. Quanto ao cosplay, foi apresentada a equipa portuguesa que nos representou no World Cosplay Summit, em Nagoya, Japão este ano. A dupla conta com Inês Silva e Inês Lourenço, que nos trouxeram cosplays de Fire Emblem: Awakening. Ainda no sábado, contámos com a eliminatória portuguesa do Cosplay World Masters, cujas vencedoras foram Ana Santos e Irina Costa, ambas apuradas para a final ainda este ano no Iberanime OPO. No domingo, o concurso de cosplay de grupo contou outra vez com Fire Emblem, sendo este grupo o grande vencedor do dia. O Iberanime já tem bilhetes disponíveis para a versão nortenha, o Iberanime OPO, em Gondomar que se realizará nos dias 24 e 25 de Outubro. E nós estaremos lá também! COSPLAYER
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Este ano contámos com mais uma edição do Asian Culture Party, um evento que não se limita apenas à divulgação da cultura japonesa. Reportagem: Filipe Jesus e Maria João Forte Fotografia: Samuel Pereira e Madalena Ramires
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Asian Culture Party, realizado nos dias 4 e 5 de Junho no espaço da Fábrica 22, promoveu também outras culturas bastante representativas do espectro mais oriental do nosso planeta: China, Coreia do Sul e India, tendo sido este último a principal novidade deste ano. Sábado abriu com o concurso de AMVs, seguido por um desfile de Cosplay sem carga competitiva. Durante este desfile, vários cosplayers puderam subir ao palco e usufruir da majestosa companhia do Daniel Silvestre, do Próximo Nível, enquanto apresentador. Devido a problemas técnicos (distúrbios de corrente eléctrica), a actividade dos AMV atrasou-se um pouco, mas não chegou a colocar em causa a continuidade do programa.
Já durante a tarde foi tempo da Clara Cow’s Cosplay Cup se estrear em Portugal, com uma eliminatória para a final logo no fim-de-semana seguinte, na Holanda. A eliminatória teve também Daniel Silvestre como apresentador. Sempre carismático, soube criar momentos de conversação com os participantes que certamente os deixaram mais relaxados. Os vencedores foram Inês (Seobie Cosplay and Art Stuff) e Íris (Evii Cosplay) de Ashe e Gnar (League of Legends). No que diz respeito a cosplayers internacionais, estiveram presentes a cosplayer Livia Viziteu (Shinju’s Workshop) e o cosplayer Benjamin Hunt (Enja Cosplay). Shinju, da Roménia, além de ter participado no Eurocosplay, foi também jurada do ECG. COSPLAYER
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Já Enja, cosplayer britânico, foi vencedor da final do ECG em 2014 e do Cosplay World Masters. Ambos estiveram presentes numa tertúlia com a companhia da cosplayer portuguesa Paula Nunes e com a moderação da cosplayer Inês Silva (Saphira), ambas também com imensa experiência em competições internacionais. O foco maior da tertúlia prendeu-se com as lições de vida que aprenderam enquanto participaram com competições no estrangeiro, desde as amizades e laços que se criam, aos desafios que se propagam com o nervosismo e alguma intimidação natural. Acima de tudo, serviu como um encorajamento aos demais presentes para se atirarem à aventura sem medos nem receios, disciplinados mas confiantes. COSPLAYER
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Se houve um convidado da Índia indesejado foi a temperatura que se fez durante os dois dias, um calor atípico que lembrou tanto o clima seco do deserto de Thar na zona do palco ao exterior, como o clima tropical de monção nos Montes Víndias dentro das salas de Workshops. Mesmo assim, o evento mostrou que a cultura pop japonesa e coreana à qual estamos já habituados de outros eventos se funde perfeitamente com outras culturas orientais de diferentes focos, agradando tanto a Gregos como a Troianos. Da parte da Cosplayer, fica o agradecimento à organização pelo convite de Media Partner e pela marca de confiança na nossa revista. Parabéns por mais uma edição!
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Leona - League of Legends Foto: Felix Works
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Cosplayer Revelação
Evii
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Íris, ávida jogadora de jogos de computador, ganhou o gosto pelo cosplay em 2009. A nossa Cosplayer Revelação deixou-nos umas palavras. ENTREVISTA: Daniela OliveirA FOTOGRAFIAs: gentilmente cedidas pela Evii Cosplay.
Fala-nos um pouco sobre ti. O que fazes? De onde vens?
do meu próprio roupeiro (e emprestadas dela). No segundo ano, lá me aventurei com a costura, já sabia coser à mão desde Evii: Olá! O meu nome é Íris, sou designer, criança, mas desconhecia completamente voluntária, cosplayer e viciada em jogos de a parte dos moldes, mexer em tecidos, computador! Venho das Mercês (Sintra), coser à máquina... então chateei a minha mas estou actualmente na Escócia! mãe para me ensinar o que sabia! Também descobri que ela tinha uma máquina de Como é que descobriste o cosplay? costura que nunca tinha usado e comecei a trabalhar com esta, agora sou eu que coso Evii: Eu descobri o cosplay porque as as bainhas lá em casa. minhas amigas do secundário tinham amigas cosplayers! No início fomos com Costumas participar nos eventos? O que elas a alguns photoshoots e, em 2009, lá mais te atrai? ganhámos coragem para experimentar pela primeira vez. Mesmo assim, a Evii: Sim! Costumo ir aos eventos de Lisboa minha melhor amiga foi mais corajosa e arredores. Tinha planos para ir a eventos que eu e decidiu mesmo fazer o próprio do Porto e Faro, mas entretanto decidi fato, enquanto eu fiquei-me por uma poupar para a minha aventura bem mais personagem fácil para a qual usei roupas distante. Quando comecei a fazer cosplay, COSPLAYER
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atraía-me bastante a ideia de conhecer mais pessoas com gostos semelhantes. Entretanto assisti a diversos workshops (gosto sempre de ir aos workshops porque tenho a certeza que vou aprender algo novo) e aos poucos fui começando a participar enquanto concorrente nos concursos. Sem dúvida que é muito mais divertido quando concorremos com amigos, mesmo com o stress normal apoiamo-nos uns aos outros! O que mais me atrai são mesmo os concursos de cosplay, adoro ver os skits dos cosplayers nacionais e estrangeiros. E ultimamente tenho ganho um gostinho por ver os AMV também. Que género de personagens mais te motivam a fazer cosplay? Evii: Eu gostaria de dizer todas, mas como toda a gente, tenho certas preferências! Já fiz cosplays por simplesmente gostar/ adorar as personagens, já fiz cosplays porque fazia sentido no grupo/duo, e tenho cosplays na lista que faria porque gosto apenas do seu visual. Actualmente tenho trabalhado em cosplays “simples” para experimentar várias técnicas diferentes antes de passar a fatos com mais investimento. Mas penso que as personagens que mais me motivam a fazer cosplay são aquelas que me oferecem algum tipo de desafio em termos de construção e/ou com que possa fazer dupla! 16
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Woad Ashe - League of Legends Foto: Jeroen Weimar Photography
Que aspectos consideras mais importantes num fato de cosplay? Evii: Pessoalmente considero os pormenores e acabamentos o mais importante, pois podemos ter um grande fato que n達o o 辿 porque os pormenores est達o mal feitos ou s達o inexistentes, como podemos ter um fato super simples, mas genial devido a estes dois pontos.
Bellatrix - Harry Potter Foto: Felix Works
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Que personagens gostarias de fazer no futuro? Evii: Bom, eu tenho algumas em mente já há algum tempo, mas agora só daqui a alguns meses é que poderei retomar o trabalho. Da minha lista os dois cosplays que se deverão realmente concretizar será a Marauder Ashe de League of Legends. Houve uma altura em que joguei bastante com ela e adoro-a em termos de história, personalidade e este último design é algo mais sombrio e misterioso. Também deverei fazer uma personagem da qual não poderei falar muito por enquanto, adoro-a como personagem e foi algo combinado com um grupo de amigas (por isso, como podem imaginar, só pode ser algo estrondoso hehe!) Tens alguma página onde possamos acompanhar o teu percurso enquanto cosplayer? Evii: Sim! Podem acompanhar o meu trabalho pelo facebook: facebook.com/ eviicosplay, ou eviicosplay.deviantart.com Se precisarem de alguma coisa podem perguntar à vontade, de momento tenho as comissões fechadas, mas brevemente terei mais notícias!
Mako Mankanshoku - K Foto: Feli
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Mako Mankanshoku - Kill la Kill Foto: Felix Works
Kill la Kill ix Works
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COSPLAY. PARTY. 2015 E
THE TWIN GUNS
mbora a The Twin Guns organize vários eventos de cosplay, com diversas temáticas diferentes e com bastante frequência, a Cosplay Party carrega um maior peso, com o concurso de cosplay integrante a ter como prémio principal o patrocínio da loja durante um ano. Em pleno mês de Junho, ocorreu então a Cosplay Party e, embora o calor estivesse presente, a verdade é que o tempo não ajudou muito, coisa que não inibiu os cosplayers de aparecerem um pouco de cada canto do país, de tal forma que o espaço da The Twin Guns até parecia mais pequeno do que o normal. A tarde foi passando com workshops por parte de Báh Raccoon (Raccoon Cosplay), Joana Ferreira (L’Aquila Cosplay) e da nossa Leonor Grácias, também em representação da Associação Portuguesa de Cosplay e a dar uma ajudinha aos cosplayers com o já conhecido “SOS Cosplay”, culminando no concurso de cosplay com uma boa e variada mostragem de cosplays de várias origens. Ana Isabela Santos vence o concurso.
A anual Cosplay Party da loja The Twin Guns, uma das localizações mais frequentadas pelos cosplayers nortenhos, provou que a loja situada na baixa do Porto cada vez mais chama pessoas de todo o país para os seus eventos. Reportagem E Fotografia: Tiago Vasconcelos
...O concurso de cosplay tem como prémio principal o patrocínio da loja. COSPLAYER
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ENTREVISTA
SCARLETT SKYWALKER Fala-nos um pouco sobre ti. Quem é a Scarlett? SCARLETT: Não é fácil responder a esta pergunta! Posso dizer que sou uma cosplayer - gosto de criar, gosto do mundo de fantasia. E ADORO ser feliz. Tudo o que faço, no final tem esse objectivo. Adoro o meio onde trabalho e o facto de poder conjugar o cosplay com o meu emprego - é de facto um sonho! Como é que descobriste o cosplay? SCARLETT: O meu primeiro contacto com cosplay foi através da querida Leonor Grácias, em 2007, no Fotolog! Na altura não sabia bem o que era e não ligava muito. Gostava de fazer as minhas próprias roupas e acessórios, mas só em 2011 é que comecei a fazer realmente cosplay! Via muitas fotos e gostava - quando fui ao Iberanime pela primeira vez, apaixonei-me e tive de experimentar. E quando se faz cosplay uma vez, não se larga mais! É uma paixão que me move todos os dias, em tudo aquilo que faço. Como começou a loja “The Twin Guns”? SCARLETT: A The Twin Guns também começou em 2007, na altura em formato apenas online e baseava-se apenas em acessórios e streetwear feito artesanalmente, com muitas influências das tendências de Harajuku streetwear!
Mais tarde abrimos a primeira loja física, por necessidade de um espaço onde organizar o stock - também porque tinha vários pedidos de comissões, fatos de cosplay à medida, e foi aí que nos vieram pedir para entrar no ramo de merchandise! Uma vez que no Porto a única loja que havia tinha fechado recentemente. E foi por aí que começou! “The Twin Guns” costuma organizar festas temáticas de Cosplay, conta-nos um pouco como surgiu essa ideia. SCARLETT: Organizamos sábados temáticos quase todas as semanas, e muitas vezes existe um concurso de cosplay! É sempre algo simples - apenas para o pessoal se divertir. A única que é mais séria é a competição da Cosplay Party - que organizamos anualmente e onde o vencedor ganha um patrocínio da loja. Essencialmente, fazemos o que gostaríamos que fizessem por nós: um sitio onde podemos estar em cosplay, completamente à vontade, tirar umas fotos, estar com os amigos, fazer umas compras - tudo num só! Queremos ter uma comunidade feliz! Já existem datas para as próximas festas temáticas da “The Twin Guns”? SCARLETT: Para já não podemos dizer que sim, mas iremos repetir alguns dos sucessos do ano anterior, em datas semelhantes. COSPLAYER
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JAPAN EXPO 2015
A Cosplayer esteve mais uma vez presente no que é considerado o maior evento cultura japonesa da Europa.
A Japan Expo é, sem dúvida, uma experiencia única e que todos deviam experimentar uma vez na vida. 26
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Fotografia: MADALENA RAMIRES REPORTAGEM: Hugo Neves
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acesso à exposição podia ser feito de comboio, autocarro ou até mesmo de carro e só pela população que se encontrava dentro do comboio já dava para perceber, mais ou menos, a dimensão e a qualidade do evento. Na estação de chegada não se via nada devido à multidão que rumava na mesma direcção; ainda conseguimos passar por vários amigos dos “free hugs”. A fila de entrada era longa, mas muito bem orientada, com voluntários espalhados para ajudar no que fosse preciso. A entrada para o evento era enorme e quase parecia um momento VIP, uma vez que a circulação no evento era feita por tapetes coloridos e placas suspensas com orientações, indicando-nos o caminho de cada secção no recinto. Ainda assim, estava disponível uma aplicação para descarregar gratuitamente nos nossos smartphones,
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criada especificamente para o evento, que nos informava sobre actividades e respectivas localizações, para tal acedendo a um mapa virtual - um pequeno mimo para todos os amantes das novas tecnologias. O espaço estava dividido da seguinte maneira: Amador: Reservado a todos os artistas independentes. Cultura web: Reservado a tudo o que se refere à cultura Web, onde podíamos encontrar alguns youtubers franceses. Videojogos: Muito bem organizado e contou com a presença de várias editoras, tais como a Namco Bandai, Square Enix, Nintendo, Capcom, entre outras. Também havia um cantinho reservado a todos os amantes de DDR e jogos rítmicos. Decorreram vários minitorneios, sorteios, concursos, desafios com muitos prémios à mistura e que tornaram este espaço muito agradável. Manga e merchandising: Nesta zona era possível encontrar um pouco de tudo relativamente a mangas e animes, DVD, jogos, vestuário, posters, acessórios etc..
Os melhores cosplayers dos 11 países subiram ao palco e mostraram porque mereciam estar na final. COSPLAYER
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Signing Area: Aqui podias esperar pelo teu artista preferido para te assinar uma manga ou filme e, quem sabe, tirar uma foto com ele.
Japão e cultura: Nesta área podíamos encontrar vários artistas japoneses a expor a sua arte e cultura, caligrafia, desenho, roupa. Havia de tudo.
Manga e anime: Reservado a mangas e animes como o nome indica. Nesta zona estavam colocados vários cenários onde se podia tirar fotos com os personagens das séries favoritas dos fãs.
Não faltava nada neste evento, havia sempre algo para ver, um concerto para assistir, um workshop, conferências, entre outros. Ninguém parava quieto.
Cozinha japonesa: Sem dúvida um dos favoritos para muitos visitantes. Cozinhavase diariamente ao vivo e, no fim de cada sessão, o cozinheiro chamava o público para provar os resultados. Artes marciais e desporto: Nesta zona faziam-se demonstrações de artes marciais como, por exemplo, de KYUDO que, para quem não sabe, é a prática de tiro com arco japonês. Zona de Cosplay, Era aqui que se concentrava a maior parte dos cosplayers para as suas sessões fotográficas, para se apresentarem em palco e para os visitantes conseguirem autógrafos de cosplayers convidados. Era no palco KITSUNE que se realizava os desfiles de Cosplay individual e de grupo. Moda e música: Onde podíamos encontrar aquela peça de roupa ou aquele acessório único, bem como CD e DVD da nossa banda preferida.
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No palco ICHIGO subiram vários cosplayers, músicos, dançarinos, artistas, pessoas ilustres e fez-se história. Antes da final do ECG fomos todos abençoados pela voz angelical de Hitomi Kuroishi que deixou o público sem reacção. Uma experiência única e marcante. O público delirou com esta magnifica actuação!
Não faltava nada neste evento, havia sempre algo para ver.
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A final do ECG realizou-se no mesmo palco. Os melhores cosplayers dos 11 países subiram ao palco e mostraram porque mereciam estar na final. O júri contou com a presença de cosplayers internacionais como a Yaya Han, Wirru, Reika, Cyclone X Xke e Ally Cosplay, que tiveram a difícil tarefa de avaliar e escolher o melhor de cada categoria. Apesar de o público estar dividido por claques de cada país, apoiou todos os cosplayers de uma forma única e calorosa. Um a um, os cosplayers subiram ao palco e mostraram os seus skits. As luzes e os fumos intensificavam cada actuação, tornando-a única. Apesar de não terem ganho, as nossas cosplayers portuguesas mantiveram-se imponentes e mostraram mais uma vez porque mereceram estar na final.
Apesar de não terem ganho, as nossas cosplayers portuguesas mantiveram-se imponentes 32
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As nossas cosplayers levaram-nos ao mundo dos videojogos onde: Eveny trouxenos um cosplay de Inphyy, de Nighty Nine Nights, e as Kuro Sisters fizeram-nos mergulhar no universo de Atlantica Online, recriando uma batalha entre duas guerreiras, Warrior e Elementalist. que se uniram para derrotar uma lagarta viscosa que fez muita gente saltar da cadeira. Para o ano a competição será maior com a entrada de mais dois países participantes, sendo estes a Finlândia e a Roménia. A Japan Expo é, sem dúvida, uma experiencia única e que todos deviam experimentar uma vez na vida.
VENCEDORES ECG 2015 GRUPOS: 1º França - Van Helsing 2º Holanda - Mononoke hime 3º Dinamarca - The Hobbit SOLO: 1º Dinamarca - Zone00 2º Alemanha - Tsubasa Chronicles 3º França - Metroid Prime PRÉMIO ARDA WIGS: Reino Unido - Dracula
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Sabe mais em cosplayerezine.deviantart.com
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Princess Neptune (Sailor Moon) Cosplayer: Darkicelady (Daniela Oliveira) Fot贸grafa: In锚s Barros Portugal
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Seth Nightroad (Trinity Blood) Cosplayer: Ptytb Art Fot贸grafa: TaisiaFlyagina R煤ssia & Vietname
Oruha (Clover) Cosplayer: kalisheedra Fot贸grafa: FixedFox Portugal
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Tenka Touitsu Chronicle Cosplayer: Jen-kun Fot贸grafa: Neandi Alemanha
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Hungary (Axis Power Hetalia) Cosplayer: SuiTania Fot贸grafo: Helder Archer PortugalCOSPLAYER 40
Empress Himiko (Atlantica Online) Cosplayer: CalipsoCosplay Fot贸grafo: Roberto Donadello It谩lia
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Sakura & Syaoran (Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE) Cosplayers: aco-rea & prechu Fot贸grafo: vw Alemanha
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Akane Kurashiki , June (999) Cosplayer: TheGothica Fot贸grafa: Fiaziinha483 Portugal
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ISMAI LEGENDS Julho trouxe ao ISMAI (Instituto Superior da Maia) a segunda edição do festival de videojogos ISMAI Legends. Estivemos por lá. Reportagem e fotografia: Tiago vasconcelos
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om a maior vertente para os videojogos, o evento contou pela primeira vez com a presença de cosplayers através de um concurso de cosplay e de presenças oficiais da Cosplayer como media-partner e da APC (Associação Portuguesa de Cosplay). Admitidamente, o ponto principal do evento é a final do torneio inter-escolar do jogo League of Legends. No entanto, sendo o ISMAI um instituto superior com uma forte vertente de cursos tecnológicos, nota-se uma grande motivação por parte dos docentes em criarem uma boa montra de tudo o que circunda os videojogos e a indústria. COSPLAYER
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Com entrada gratuita a todos os interessados, foi possível assistir a palestras com criadores de jogos indies nacionais, bem como jogar alguns jogos produzidos pelos mesmos, experimentar a tecnologia imersiva do Oculus Rift, participar em torneios de League of Legends e CounterStrike:GO, um pouco mais relaxados por parte do CJM (Clube de Jogos de Matosinhos), assim como experimentar jogos de mesa um pouco mais clássicos como Warhammer 40.000, Magic the Gathering e WarMachine por parte da Dice Den. Infelizmente, a presença de cosplayers não se fez sentir tão forte como seria esperada, especialmente no concurso de cosplay. Ainda assim, e não tirando qualquer mérito, os vencedores foram Eduardo Fonseca (Snatcher Cosplay) e Sara Raquel (Ymna), com cosplays respectivamente de Gnar e de Dragon Trainer Lulu, ambos de League of Legends. COSPLAYER
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Asuka Langley - Evangelion Foto por: Florian Fromentin
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Nikita
ENTREVISTA: Daniela Oliveira
Fotografias cedidas por Nikita
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Wonder Woman - Injustice Foto por: Florian Fromentin
Nikita, de nome Laura, é uma cosplayer francesa mundialmente conhecida pelos seus fatos. Conheceu o cosplay com 17 anos e hoje em dia conta com um currículo extenso em concursos internacionais.
Podes falar um pouco de ti? Que idade tens, o que fazes e onde vives? NIKITA: Chamo-me Laura ou Nikita, cosplayer francesa desde 2006. Tenho 28 anos e vivo perto de Paris. Trabalho como designer de roupa para crianças e é o melhor emprego de sempre! Como conheceste o cosplay? O que te atraiu para começares a fazer e qual foi o teu primeiro fato? Foste tu que o fizeste? NIKITA: Quando tinha 17 anos, no liceu, participava num “clube de manga”! Eu e os meus amigos líamos manga e víamos anime juntos. Esses amigos foram os primeiros a falarem-me dos eventos e do cosplay. Acabei por ir a um evento nesse mesmo ano. Fiquei espantada com o cosplay e foi amor à primeira vista. Tudo aquilo era uma mistura das coisas que mais gostava: artes manuais (já estudava artes), representação (dancei ballet durante 14 anos) e cultura pop. COSPLAYER
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Claro que decidi fazer cosplay um dia! Escolhi roupas, pedaços de tecido para fazer algo que se assemelhasse ao fato da “Yuna Songstress”, de Final Fantasy X-2, ou Ashe, de Final Fantasy XII, se visto ao longe… O meu primeiro fato feito integralmente foi o de Tomoyo, de Tsubasa Reservoir Chronicles, em 2007. O que consideras de bom no cosplay e em fazer fatos? NIKITA: Não consigo decidir entre conhecer novas pessoas ou aprender técnicas fantásticas. Fala-nos um pouco sobre o teu processo de escolha e como fazes um fato. O que te leva a recriar um fato? A personagem ou a roupa que veste? E quanto tempo costumas demorar? NIKITA: Existem várias boas razões para escolher um fato. Claro que posso optar por personagens de uma série que goste, mas também penso no seu design e/ou desafio. Também posso escolher uma personagem para poder participar num grupo! Já aconteceu pensar numa peça para representar e depois escolher a personagem para usar. Em relação ao tempo que demoro, se for um fato simples não demoro mais de dois dias, mas já demorei 3 meses em fatos mais complexos. 52
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Kei Yuki - Captain Foto por: Nicolas M
Kei Yuki - Captain Harlock Foto por: Nicolas Meunier
n Harlock Meunier
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Asuka Langley - Evangelion Foto: Florian Fromentin
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Seung mina - Soul Calibur Foto: Omaru
Cada cosplayer tem os seus pontos fortes e fracos. Sendo honesta contigo mesmo, em que área gostarias de ter mais experiência? NIKITA: Gostava de saber construir armaduras e acessórios mais fortes, robustos e que durassem mais tempo. Não que não os saiba fazer, mas duram menos tempo do que gastei para os fazer. Até hoje, qual o fato que mais te orgulhas? E que fato atraiu mais atenção? NIKITA: Orgulho-me de vários fatos! O da Cinderela, Branca de Neve (Era Uma Vez), Marishka, Kei Yuki, Anna, Asuka. O fato plugsuit da Asuka foi o que atraiu mais as atenções, mas não sei se foi pela qualidade ou pelo meu rabo… ou ambos. Mas sim, é o fato mais famoso. Tu e as tuas amigas (Annshella, Sikay Cosplay) ganharam recentemente o Prémio de Grupo do European Cosplay Gathering Season 5 com os fatos das noivas de Drácula, do filme Van Helsing (parabéns!), podes falar um pouco sobre como tiveram a ideia para os fatos e skit? NIKITA: Não estava convencida uma vez que apenas tínhamos uma ideia para a peça (só tínhamos a ideia das próteses assustadoras, que usámos na versão final, mas não era suficiente para durar os dois minutos e meio…). Acabámos por participar com uma peça de XXX Holic e ficámos em segundo lugar. Depois disso comecei a levar a ideia de COSPLAYER
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Cinderela - Disney Foto: Omaru
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Marishka - Van Helsing Foto: Florian Fromentin
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Nome: Laura Nick: Nikita Aniversário: 20 de Março 1987 Nacionalidade: Francesa Localidade: Fresnes (sul de Paris) Profissão: designer de roupa (para crianças) Cosplayer desde: 2006 Número de fatos: cerca de 70 Personagem favorita: Princesas da Disney Website: www.facebook.com/Nikitacos
Quão importante é a fotografia no que toca ao mostrar os fatos?
Van Helsing, para 2014, mais a sério, mas tínhamos de decidir o skit porque não quero ter apenas uma ideia. Discutimos ideias e acabámos por ter bastantes! Falámos sobre a ilusão do espelho, a cama e outras coisas, mas não conseguíamos fazer isso sem a ajuda de um técnico de luz e sem ensaiar com a nossa equipa épica de próteses. Acabámos por adiar o grupo de Van Helsing… Prometemos que, se passássemos as eliminatórias, iríamos formar o grupo nas finais para podermos escolher as luzes e ensaiar com as próteses. Três meses antes das eliminatórias, em 2014, decidimos formar um grupo de Injustice e ganhámos! Como prometido, trabalhámos durante um ano no nosso grupo de Van Helsing para as finais de 2015. Valeu muito a pena!
NIKITA: O cosplay só é bem-sucedido quando o usas. Ter um fato no armário, não é fazer cosplay. A experiência total passa por usá-lo: uma peruca, maquilhagem, lentes de contacto, fato e acessórios. A componente de fotografia e vídeo são muito importantes para o cosplay porque são as únicas maneiras de capturar o momento de quando somos a personagem e não estamos apenas a usar um fato. A fotografia também é uma arte e com ela é possível recriar aquele universo da nossa personagem favorita, dando-lhe vida e partilhando-a com o mundo. Podes dizer qual será o teu próximo fato? NIKITA: Sim! Pela primeira vez na vida, estou a trabalhar em três fatos em simultâneo! Mérida, Ranka Lee e Yennefer. Depois tenho o fato da Elsa e Cinderela, viva a Disney! COSPLAYER
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Aphrodite - Smite Foto: Caroline Gardin
Por último, queres deixar uma mensagem aos nossos leitores?
fato fique logo perfeito. Se algo correr mal, aceitem que algumas coisas demoram e não há problema nisso. Segundo, divirtamNIKITA: Sim, aquela que deixo após se! O cosplay é diversão. Desfrutem de cada entrevista. Tenho dois conselhos cada momento desde a escolha do fato para vocês. Primeiro, sejam pacientes. até estarem a ver as fotos do vosso fato. Aprender técnicas, fazer fatos, preparar um Desfrutem de cada momento desde a skit e poupar dinheiro para um cosplay é escolha do fato até estarem a ver as fotos conseguido com esforço e não é imediato. do vosso fato. Não desistam, mas não esperem que o 60
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CENTRAL COMICS t s Fe Como já tem sido habitual, embora nem sempre com o mesmo nome, ocorreu em Agosto mais edição anual do evento Central Comics Fest. Reportagem: Tiago vasconcelos
fotografia: Tiago vasconcelos e dIOGO Ferreira
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evento encheu a Casa das Artes no Porto, um espaço até à altura por explorar, cuja vasta área de jardins certamente ajudou os visitantes a encontrar uma sombra fresca (ou menos quente, no mínimo). Não houve falta de actividades ao longo de ambos os dias, quer fosse com jogos de Dungeons & Dragons, lutas de Belegarth, várias palestras e apresentações, incluindo a presença da actriz Cristina Cavalinhos, responsável pelas vozes de tantas das nossas personagens de animação favoritas, vários torneios de jogos de consola e até a presença da Immersive Douro, gamedevs portugueses independentes.
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Embora o foco principal do evento seja, como o nome indica, os comics, nota-se que o público ainda não dá preferência aos mesmos géneros, mesmo que a quantidade de cosplays de comics e BD tenha vindo a aumentar substancialmente, ajudando a criar uma maior variedade. O ponto alto do evento terá sido o concurso de cosplay que encheu completamente o auditório, a eliminatória nacional para a final do EuroCosplay, a acontecer em Outubro no MCM London Expo, com a representação de Portugal a ficar ao cargo de Gonçalo Ribeiro (The Forge Cosplay) com um excelentemente executado U.S. Colonial Marine do universo Alien. 64
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mANGA & comic event algarve
No fim-de-semana de 22 e 23 de Agosto, Faro foi escolhido como ponto de encontro para o tão esperado Manga e Comic Event do Algarve. reportagem: ana salvador Fotografia: Ana Salvador, Hugo Gonçalves e Lúcio Dias
No sábado de manhã notou-se um tempo um pouco frio, pouco habitual para o Algarve. No entanto, o calor não tardou a revelar-se e com ele chegavam cada vez mais visitantes, sendo o número total oficial de 1800 nos dois dias.
algo novo e que teve bastante adesão por parte do público, o Color War. Para além do Jardim, outro espaço também incluído foi a Biblioteca, que continha a Gaming Zone, em que se dividia para os interessados no TCG, mas também num auditório com torneios de League of Legends, Naruto, Logo pela manhã, muitos visitantes Tekken 3, entre muitos outros. encontravam-se à porta, fazendo uma fila interminável que passava a entrada No auditório seguiram-se palestras/ do Jardim da Alameda. Com as lojas mais painéis sobre diversos assuntos para todos conhecidas logo na entrada, Kingpin Books, os gostos. Desde os painéis de Sailor Moon Casa da BD e Twin Guns, muitas foram as e Sailor Pitas, mas também Animes de compras e a enchente nas mesmas lojas Terror, “Super Heróis: da BD ao Cinema”, para comprar merchandising dedicado Painel Anime e Painel História dos a anime, manga, videojogos, artigos videojogos e o Painel com Mário Freitas. de cosplay e outros! Como novidade Também houve para os mais interessados encontrámos um espaço mais abrangente na aventura no Cosplay: a experiência das este ano. O MCE contou com o jardim da duas primeiras cosplayers a estrearem-se Alameda onde ocorreram os jogos de Nerf no World Cosplay Summit, Leonor Grácias e War, This is Sparta, Ultimate Ninja Race e Madalena Ramires, como país observador. COSPLAYER
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No primeiro piso do IPJ foi possível participar e aprender em diversos workshops técnicos de um vasto leque de assuntos: como fazer peluches, Origami, Decoart, como tratar e comprar perucas para cosplay, como fazer acessórios e props de cosplay, Amigurumi, Beads, montar um Gundam, entre outros. Após a exposição dos novos artigos de Sailormoon (artigos novos que ainda não se encontram à venda em Portugal) no corredor, encontravam-se as bancas amadoras e de tudo um pouco foi possível lá encontrar e comprar. Tudo feito à mão, muitos eram os artigos adoráveis, desde peluches, desenhos, bijuteria, acessórios de Cosplay, roupa, etc.
Como ponto alto do evento, o Concurso de Cosplay iniciou-se com um pequeno Show de Cosplay de abertura realizado por uma das cosplayers mais conhecidas na comunidade, a Ana Isabela Santos de Black Lady de Sailor Moon, deixando o público com vontade para ver mais skits! No fim do concurso, consagraram-se vencedoras do primeiro prémio a Carina Frade e Meran, vestindo-se na pele de duas personagens de League of Legends, Bloodmoon Kalista e Dragon Trainer Lulu. Irão representar Portugal a Espanha no evento Festival de Manga de Jerez de La Frontera. Em segundo lugar, Tatiana Valada com a sua performance de Battle Bunny Riven de League of Legends e a Leonora Salvador em terceiro lugar com Mashiro Mito de Tayutama: Kiss my Deity.
Com um espaço bastante amplo na rua e com jogos tradicionais à disposição, era possível visualizar variadas actividades no Pode-se dizer que esta 4.ª edição teve palco exterior, entre elas algumas nunca bastantes novidades e workshops difeantes vistas e outras já conhecidos desta rentes dos habituais, sempre com adesão organização. por parte do público. Esperamos para o ano uma nova edição e mais diversão! COSPLAYER
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Deedlit e Pirotess - Record of Lodoss Wars Foto: facebook.com/theoujisamaofphotos
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y Summit 2015
O World Cosplay Summit regressou a Portugal (após o 1.º ano com o estatuto de observador) e levou Sam e Saphira ao Japão para uma aventura espectacular, com cosplayers dos quatro cantos do mundo. Elas contam-nos como foi. ENTREVISTA: Ana Salvador FOTOGRAFIAs: gentilmente cedidas por Sam e Saphira
Muito sucintamente, o que gostaram mais? SAPHIRA: Para mim foi sem dúvida co nhecer as outras equipas e todas as pessoas que fazem parte da grande produção que é o WCS. SAM: Além das amizades, poder ver toda uma cultura tão diferente da nossa marcoume bastante. A forma de fazerem o dia-adia e actividades quotidianas de uma forma que nunca tinha testemunhado. Mas de uma forma geral, toda a experiência e tudo o que ela incluiu. Quanto tempo durou a vossa estadia no japão e quais foram as actividades que tiveram em cada dia? A estadia durou 10 dias e em cada dia tínhamos várias actividades diferentes. Por sermos um país participante pela primeira vez, não tivemos um dia livre como a maior parte das equipas e havia sempre um horário a cumprir ou um sítio onde estar. Os eventos principais foram, sem dúvida, a pré-avaliação, o desfile da carpete vermelha, as apresentações finais, a visita ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Osu Parade, mas há vários outros (por ve-zes vários no mesmo dia). COSPLAYER
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a Sam & Saphir
World Cosplay Summit 2015
Este ano Portugal entrou como participante e não como país observador, como se sentiram? Foram bem recebidas? Fomos extremamente bem recebidas, especialmente pelas outras equipas e pelos voluntários Omotenashi (uma equipa de estudantes japoneses que ajuda as equipas como for necessário). Mesmo os organizadores e os ajudantes das outras equipas faziam tudo o que estava ao seu alcance para nos ajudar, e por isso estamos-lhes muito gratas. Quais foram os fatos que levaram e porquê a escolha dos mesmos? Fizemos um total de oito fatos. Escolhemos levar para as finais a Yuuko e o Watanuki do manga/anime xxxHolic. As limitações impostas à escolha dos fatos pela organização são bastante extensas, o que limita em muito o que se pode escolher, mas por sorte eram personagens que queríamos encarnar há já algum tempo e quando olhámos para o design apaixonámo-nos. Levámos também Deedlit e Pirotess, do anime Record of Lodoss Wars por serem fatos mais frescos e termos noção que uma das coisas mais difíceis seria a temperatura e humidade lá e Umi e Fuu do anime Magic Knights Rayearth, por serem fatos que pensámos serem apropriados a um dos compromissos que teríamos lá e por ser um estilo de cosplay apreciado no Japão. 74
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O último par foi Astrid e Rorona, do jogo Atelier Rorona, por acrescentar variedade ao nosso lineup e ser arte de que gostámos muito. Como se processou a avaliação dos fatos/ skits? A avaliação é feita em duas partes e por muitas pessoas diferentes: a pré-avaliação é realizada de antemão e com muito detalhe por organizadores de todos os países concorrentes (o que faz com que seja crucial que cada país envie alguém que tenha conhecimentos de cosplay para o efeito); já a avaliação dos skits é feita no espectáculo por outro painel de jurados que nós não conhecemos de antemão. Podem existir penalizações por vários motivos, como o peso que se leva para o palco ou o tamanho dos fatos, acessórios e adereços de palco. O que gostaram menos? SAPHIRA: Para mim foi sem dúvida o clima. Aliado ao horário extremamente exigente do WCS acabou por fazer com que adoecesse, o que dificultou as nossas funções. Isso e o horário em si com todas as actividades e praticamente nenhum tempo livre foram as minhas maiores dificuldades. SAM: Faço das palavras da Saphira as minhas. Quanto ao clima, no meu caso, apenas porque não aguento muito bem
Yuuko e Watanuki - xxxHolic Foto: Javier Garza
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climas muito extremos. Quanto ao horário praticamente cheio, por não nos permitir visitar mais locais. Como se sente o Cosplay no Japão? Tendo em conta que tu, Saphira estiveste presente em outros eventos internacionais notaste alguma diferença? O cosplay no Japão é sentido de forma completamente diferente da forma como se sente na Europa. Mesmo a escala é algo completamente impossível de imaginar até se estar de facto lá, e a diferença é avassaladora mesmo quando comparada à MCM Expo de Londres ou à Japan Expo de Paris. Eu diria que a maior diferença é que no Japão é extremamente comum a compra dos fatos, e muito mais normal encarnar o personagem apenas para uma sessão fotográfica, já que também são comuns os estúdios fotográficos para o efeito. O que diriam aos possíveis cosplayers que querem participar no WCS? SAphira: Pessoalmente, diria para se prepararem muito bem para todas as eventualidades. Tenham em conta o clima e as condições em que vão estar a actuar. SAM: O clima será o que devem ter mais em conta, mas não só. Levem material que possam necessitar para remendar ou reparar todos os cosplays. Há sempre acidentes que acontecem durante as viagens. 76
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Deedlit e Pirotess - Record of Lod Foto: Jonathan A
doss Wars A. Yoshida
Umi e Fuu - Magic Knights Rayearth Foto: Fot贸grafo oficial do WCS
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Sak
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kura e Syaoran TSUBASA
RESERVOIR CHRONICLE
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urante uma escavação nas misteriosas ruínas de Clow, Syaoran vê a sua amiga de infãncia, a princesa Sakura, com asas que se desvanecem em penas. Essas penas desaparecem para outras dimensões assim como as memórias da princesa. Syaoran, para salvar a sua amiga e restaurar as memórias de Sakura, viaja para outros mundos a fim de encontrar uma solução em busca das penas.
Cosplayers: Tercy Sakura & Vilya0 Fotógrafia: Maria Borges Edição: Ana Salvador Local: Parque das Caldas da Rainha, Castelo de Óbidos . Portugal
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Manon
MAdalena Ramires
Madalena Ramires, a nossa capa desta edição, já é uma veterana da comunidade de cosplay portuguesa, com fatos que demonstram imensa versatibilidade. Estivemos à conversa. ENTREVISTA: Daniela OliveirA FOTOGRAFIA e Edição: Leonor Grácias Algumas fotos foram gentilmente cedidas pela MAdalena Ramires.
Elliot March - Heart no Kuni no Alice Foto: Leonor Grácias
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Seishuu Handa - Barakamon Foto por: Raquel Pipa
Shimizu Raikou - Nabari no Ou Foto por: Raquel Pipa
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Para começar, fala-nos um pouco sobre ti! Quem é a Madalena Ramires? MANON: Considero-me uma pessoa que nunca desiste. Teimosa até! Preciso de me sentir constantemente ocupada e de preferência a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Tenho 26 anos de momento e estou a tirar o curso de Comunicação e Multimédia. Estive previamente em fotografia e depois em Design, mas acabei por desistir para tentar encontrar um curso com que me identifique a 100%. Creio que o encontrei! Gosto de estar sempre a pensar e em movimento. Trabalho melhor sob pressão e a minha mente nunca pára. O que não faz de mim menos preguiçosa! Dou mais valor ao hoje do que ao amanhã apesar de não deixar de querer realizar os meus objectivos e sonhos. Como descobriste o Cosplay? O que te atraiu neste hobby para começares a praticá-lo? MANON: Eu consciencializei-me que o cosplay existia por volta de 2006 quando fui ao meu primeiro evento. Já sabia que existia cosplay através da Internet pois sempre estive muito ligada ao J-rock e acabei por descobrir o anime/manga e, por consequente, o cosplay. O evento em questão era o Anipop e lembro-me que não tinha uma ideia concreta do que ia lá fazer, mas tinha sido convidada por duas amigas e acabei por ir. Quando assisti ao concurso de cosplay fiquei genuinamente
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Elliot March - Heart no Kuni no Alice Foto: Leonor Grรกcias
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Elliot March - Heart no Kuni no Alice Foto: Leonor Grรกcias
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interessada até que me perguntaram se gostaria de fazer cosplay com elas. O meu sim foi imediato e acabámos por planear cosplays de Final Fantasy X e Kingdom Hearts para os eventos futuros! Acabei por usar o meu primeiro cosplay em Maio de 2007. O que mais me atraiu à primeira vista foi o facto de aquelas pessoas em, cima do palco, parecerem felizes por estarem a reencarnar as suas personagens favoritas e que eu gostaria de poder sentir o que é estar dentro de um fato naquela mesma posição. Sair um pouco da rotina do diaa-dia, onde tenho que ser eu, e poder ser alguém completamente diferente mas sem perder o que me caracteriza. Além de que me pareceu algo divertido para desenvolver competências que não tinha previamente, como a costura ou os trabalhos manuais. Sempre gostei de estar em palco e sempre o fiz desde pequena, fosse a dançar, cantar ou representar, mas nunca me tinha passado pela cabeça vestirme de qualquer personagem fictícia e subir a um palco ou andar por um evento. Mas aceitei o desafio e aqui estou eu hoje! Sentime completamente puxada para dentro do mundo do cosplay e de tudo o que envolve e, desde então, tirando uma pequena pausa em 2009, nunca mais consegui nem quis parar pois faz demasiado parte de mim e de quem sou. 92
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Jinguji Ren - Uta no Prince Sama Foto por: Vanda Allen
Qual foi o teu primeiro Cosplay? Foste tu própria que o fizeste? MANON: O meu primeiro cosplay foi Naminé do jogo Kingdom Hearts II e foime feito por uma costureira. Lembro-me de ter sido caríssimo para um cosplay tão pequeno! Na altura não sabia costurar nem à mão, quanto mais usando uma máquina, portanto o processo foi longo até ter conseguido aprender e fazer tudo por mim própria.
Joker - Kuroshitsuji Foto por: Raquel Pipa
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Elliot March - Heart no Kuni no Alice Foto: Leonor Grácias
És tu quem faz os teus próprios fatos de Cosplay? Explica-nos um pouco o teu processo de como escolhes a personagem até à construção do fato. MANON: Hoje em dia sou eu que faço os meus fatos sim, com algum custo e muita falta de espaço, mas lá me vou orientando. A escolha da personagem é muitas vezes espontânea! Claro que é sempre uma personagem de que gosto e com a qual me identifico bastante, mas normalmente é uma personagem com 94
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presença recente na minha mente após ler um manga ou ver um anime. Sou muito levada pelas emoções nesse ramo e, se no momento, vi ou li algo que me deixou completamente absorvida acabo por fazer mais rapidamente ou com mais motivação do que uma personagem já mais esquecida na minha lista. Após escolher os tecidos, a tarefa mais complicada para mim é cortálos! Assim que o faça, a construção do fato é muito mais fluída e rápida! Posso dizer que sou um pouco preguiçosa para começar a cortar os tecidos e por isso
acabo por me desleixar com horários. O meu forte é mais os adereços do que propriamente a costura e devo agradecer ao meu pai por me ter ensinado tudo o que sei e por ter uma enorme colecção de ferramentas ao meu dispor nas horas críticas! No entanto, tenho me esforçado bastante para melhorar a minha costura, tenho me focado em fazer fatos mais detalhados, baseando-me em peças de roupa ou outros fatos que já tenha para me ajudar nos moldes. Antes era a Leonor Grácias que me cortava os fatos e devo
muito do que sei a ela. Sem essas bases nunca teria sido capaz de costurar, apesar de ter aprendido a usar a máquina sozinha com a ajuda de um manual em Holandês! Gosto bastante de pensar, imaginar e inventar métodos para construir adereços e acessórios, para mim vai sempre ser o mais divertido de um cosplay. Mas como também requer mais tempo e dedicação, tenho preferido fatos com mais tecido que porque posso planear e fazer com mais facilidade no pouco tempo que tenho entre a faculdade e os eventos. Gosto COSPLAYER
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de aprender novas técnicas e métodos e espero poder dizer que estou sempre a evoluir e aprender. Não gostaria de um dia pensar que estagnei! Com a quantidade de novas técnicas e materiais que surgem hoje em dia, quero experimentar tudo. Outro aspecto que para mim vai sempre ser relevante e importante é a maquilhagem e a sua adaptação do ecrã para o real. Eu não me sabia maquilhar antes de fazer cosplay e hoje em dia posso dizer que sou viciada neste aspecto. Passo horas a treinar e praticar maquilhagem para personagens do sexo masculino, que é o meu ponto fulcral no cosplay pois, como podem calcular, ser rapariga e fazer de rapaz não é uma tarefa fácil! É importante para mim treinar e aperfeiçoar a minha maquilhagem de forma convincente e poder partilhar opiniões e técnicas! Já passei por tantas fases que já perdi conta, mas quero continuar sempre a evoluir e conseguir atingir o que pretendo e tirar o máximo partido do cosplay. 96
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Shoukiin Kagerou - Inu x Boku SS Foto por: Vanda Allen
Até hoje, qual é o fato de que tens mais orgulho? E porquê? MANON: Eu tenho sempre orgulho no que faço, mas destaco dois fatos por razões diferentes. O primeiro deles é o de Abel Nightroad, de Trinity Blood pois foi a minha primeira armadura grande em EVA e uma aventura para fazer, pois acho que nunca me senti tão satisfeita com um projecto que concretizei com gosto. Cada peça da armadura foi planeada com moldes detalhados construídos por mim e usei imensas técnicas que queria experimentar faz algum tempo e nunca tinha tido oportunidade! Até fiz um terço usando palhinhas de refrigerante e silicone! Ainda hoje quando digo que o fiz desta maneira as pessoas riem-se e não acreditam! O facto de ter conseguido fazer tudo à primeira, sem erros e sem ajuda no que toca à armadura foi uma grande conquista e ainda mais foi ter ganho juntamente com a Leonor Grácias a eliminatória portuguesa do World Cosplay Summit com ele. Não existem palavras para descrever a satisfação que senti! O segundo fato de que me orgulho bastante foi o da Clalaclan de Shining Wind que levámos para o Japão no WCS! Apesar de ter muita mão da Leonor e a parte da costura estar incrível, volto a orgulharme da armadura. Foi a primeira vez que COSPLAYER
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trabalhei com Worbla, não tinha a certeza de como seria e tivemos muitos problemas e dificuldades. Mas o que mais me traz orgulho é a pintura, pois consegui que o Worbla ficasse muito liso, brilhante e sem qualquer textura, que era o que eu tinha mais medo, pois o material é bastante rugoso e ouvia muitos rumores em relação a ser difícil de selar! Foi custoso, fizemos três peitorais diferentes até sair bem e fiz muitas queimaduras na pele e na roupa, mas conseguimos levar algo bom para mostrar o que Portugal vale e isso deixame imensamente orgulhosa. Consideras que a fotografia é uma parte importante no cosplay? Costumas fazer sessões fotográficas com cada cosplay novo que fazes? MANON: Sem dúvida! Para mim é até um dos aspectos mais importantes! Porque é através da fotografia que mais podemos recriar as personagens e os ambientes com que elas interagem o que não é possível dentro do evento apenas com o cosplay. Faço por ter sempre sessões fotográficas novas quando termino um cosplay, se possível até no dia do evento deslocar-me a algum lado com um fotógrafo e tirar umas fotos para poder mostrar o meu fato. Claro que depende muito da disponibilidade do fotógrafo e por isso muitas vezes demoro 98
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até ter fotos novas, mas acabo sempre por fazer uma boa sessão que é provavelmente a parte de usar um cosplay que mais gosto. Já passou um ano desde que foste com a Leonor Grácias representar Portugal ao Japão no World Cosplay Summit. Contanos quais são as melhores memórias que guardas dessa fantástica viagem. MANON: O tópico WCS traz sempre lágrimas aos meus olhos. Tenho imensas saudades da experiência, maioritariamente das pessoas e guardo muito boas memórias da viagem. Felizmente consegui rever muita gente durante a última Japan Expo em Paris o que me deixou bastante feliz e deu para matar as saudades. Acho que o que mais me ficou marcado foi mesmo a paixão com que se vive o cosplay no Japão. A Osu parade para mim foi o cúmulo da minha felicidade enquanto cosplayer pois andámos 2 km inteiros que mais pareceram 5 minutos, a sentir que aquelas pessoas vibravam connosco e que achavam mesmo que nós éramos aquelas personagens à frente deles. Nunca tinha sentido tão intensamente que o que estava a fazer era certo como naquele dia e acho que vim de lá ainda com mais força para fazer o que gosto e melhorar o que faço, pois convivi com cosplayers incríveis durante aqueles dias e senti-me verdadeiramente grata por
Elliot March - Heart no Kuni no Alice Foto: Leonor Grรกcias
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Boris Airay - Heart no Kuni no Alice Foto por: Raquel Pipa
termos podido participar nesta experiência com o nosso próprio esforço e dedicação. Acho que é uma experiência que nenhum cosplayer devia perder pois no Japão não se faz cosplay, sente-se e respira-se cosplay. Como vês o teu futuro como Cosplayer? Vais continuar a fazer Cosplay durante muitos anos? MANON: Acho que um dia terei que parar, mas não vejo isso como uma coisa má! Não sei o que me espera o futuro, mas por enquanto cá continuarei enquanto puder. Ainda gostava de participar no ECG e voltar ao Japão um dia o que me faz ter motivação para continuar. Depende um pouco do factor dinheiro e o futuro trabalho que possa ter, mas não creio que o fim esteja perto. Veremos!
Sinbad - Magi Foto por: Vanda Allen
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Para além do cosplay, o que costumas fazer nos teus tempos livres? Tens outros hobbies? MANON: Os meus hobbies para além do cosplay passam pela fotografia. Gosto de fotografar natureza, paisagem e gosto de sair de casa apenas para fotografar. Também vou pondo as minhas séries e jogos em dia sempre que tenho um tempo livre e, claro, ler! Leio imenso! Muitas vezes até me espanta a quantidade de manga que leio, pois devo estar a acompanhar uns 90. Que doidice! E depois espanto-me quando tenho vontade de fazer cosplay de tudo ao mesmo tempo. Tenho também as actividades com a banda. Temos agora um projecto novo a revelar em breve e vamos retomar os ensaios uma vez por semana o que me deixa feliz! Canto e dança sempre fizeram parte da minha vida e ainda bem que consegui inserir este aspecto dentro do conjunto de hobbies relacionados com a cultura japonesa e eventos. Quero também retomar a minha aprendizagem do japonês, pois acabei por fazer o exame o ano passado e depois nunca mais estudei. Não quero que dois meses de estudo intensivo sejam desperdiçados! COSPLAYER
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Nome: Madalena Ramires Nick: Manon Aniversário: 3 de Maio Nacionalidade: Portuguesa Localidade: Lisboa Profissão: Fotógrafa e estudante de multimédia Cosplayer desde: 2007 Número de fatos: +100 Personagem favorita: Mello de Death Note Website: www.facebook.com/manoncosplay
Queres deixar alguma mensagem aos leitores da Cosplayer? MANON: Nunca desistam! Eu digo sempre isto porque sei que é difícil e eu própria já quis desistir muitas vezes. Se não conseguem fazer algo, peçam ajuda a quem sabe, pesquisem técnicas e tutoriais, vejam vídeos…A Internet está cheia de informação para vocês! Quanto mais praticarem, melhor vão ficando e acreditem que verem o vosso crescimento e os vossos resultados são dos sentimentos mais gratificantes que podem ter. O que interessa é terem paixão pelo que fazem, divertirem-se, fazerem amigos e partilharem o gosto pelo cosplay. Força! Vocês conseguem! Quero também agradecer à Cosplayer por esta oportunidade!
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Prince Ludwig - Ludwig Kakumei Foto por: Raquel Pipa
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Voxplayer ARTIGO: FILIPE JESUS
Nesta edição da Voxplayer, a Cosplayer questiona vários membros da comunidade sem rodeios, qual é a importância do corpo e do aspecto físico no nosso hobby.
Nos dias de hoje os media regem o sentido de moda, fortalecendo um ideal de corpo bem definido. Não é surpresa para ninguém a discriminação que uma pessoa com um corpo que fuja a estes padrões sofre. A aceitação do nosso corpo e o dos outros é cada vez mais um assunto de relevo que levanta problemas sociais e físicos. Mas será que esta discriminação é sentida também dentro do Cosplay? Serão os Cosplayers alvos de chacota por fugirem a estes padrões ou existe uma atenção especial na similaridade entre o seu corpo e o do personagem que apresentam?
Tomas em consideração a fisionomia do corpo do personagem quando escolhes um cosplay? Sentes que existe algum tipo de crítica ou discriminação corporal dentro da comunidade? Se sim, de que forma?
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RICARDO CATARINO
MOOGA: No meu ponto de vista haverá sempre alguma descriminação, seja dentro ou fora do Cosplay. Existe sempre aquele grupo ou pessoas que goza e fala mal dos Cosplayers devido ao seu corpo, ou por serem gordos ou magros, por terem “mamas” ou não terem “mamas”. No fundo, o Cosplayer é fiel à personagem como todos os outros porque gosta de usar o fato e mostrá-lo. Quanto ao resto, acho que deve existir uma atenção especial aos detalhes, mas isso está relacionado com o trabalho do Cosplayer.
[Quanto às criticas] sim, muito. Eu adorava, mas adorava fazer um Jecht (FFX) ou, por exemplo, um Zoro (One Piece), mas nunca irei tocar neles, isto é, ate ter o corpo adequado. Tentei uma vez e disse que nunca mais. Há uns anos fiz Cosplay de Maeda Keiji (Sengoku Basara) e não gostei... Não gostei como me sentia e não gostei das fotos onde me via. Infelizmente achei que estava gordo para o fato. Pensei que podia disfarçar com armadura, mas não. No entanto, sei que as outras pessoas pensam de outra forma. Isto é um assunto delicado. Eu já vi, ouvi e próprio critiquei na cara de uma pessoa (constructivamente), ao passo que muitos fazem-nos pelas costas, pela net (4chan) ou mesmo pelo Facebook. Digo já que muitos deles são devido a ciúmes.
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JOANA FERREIRA JOANA: Ao estudar a personagem, tento ao máximo encontrar uma que se assemelhe ao meu corpo, mesmo para um crossplay. Por exemplo não vou fazer de uma personagem musculada quando sou magra. É uma questão de balanço e de pesquisa antes de me lançar de cabeça para o Cosplay; é algo que pondero imenso por muito que adore a personagem ou o design.
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Pessoalmente, não ligo muito aos comentários e criticas sobre o meu corpo, no final de contas sou uma mulher a fingir ser um homem, há muitas coisas que não estão certas no meu corpo caso queira ser fiel à personagem e eu sei disso, mas sim, tenho comentários sobre ser demasiado baixa para fazer uma dada personagem. Eu não levo a mal. Não tenho culpa de não ter crescido mais. Até me rio com esses comentários. Penso que devemos aceitar primeiro o nosso corpo, as suas falhas e as suas qualidades. Após termos aceite, nada nem ninguém nós pode mandar abaixo.
INÊS: Não diria que tomo em conta o corpo da personagem em causa, mas sim se me irei sentir confortável com o vestuário que a personagem usa. Para mim, o mais importante, além de gostar da personagem, é sentir-me bem e confortável. Todos temos características físicas de que menos gostamos e que achamos menos “perfeitas”. No entanto, estas não nos devem impedir de seguirmos com os nossos planos, sejam estes no cosplay ou em qualquer outro campo.
INÊS GOMES
Apesar de considerar que a nossa comunidade não é das mais hostis, existem (e sempre irão existir) por vezes comentários menos felizes, mas, e fazendo a ponte, não é algo que aconteça exclusivamente no cosplay. Inclusive no mundo da moda penso que são uma constante as polémicas Penso que em primeira mão é preciso ligadas a esta temática, que muitas vezes lembrar que aquilo a que chamamos de advêm dos “ideais” que nos são vendidos comunidade integra-se dentro de um todos os dias. Para concluir, e apesar de grupo maior – sociedade. Apesar de não poder relatar nenhuma experiência estarmos todos num meio em que negativa da minha parte, penso que sim, partilhamos um gosto em comum (o que cria que existe. No entanto, há que perceber uma certa “união”) somos humanos. Basta que não é um “mal que assombra a dizer que um dos “objectivos” do cosplay é a comunidade” mas sim, infelizmente, a “semelhança”, correcto? sociedade em geral.”
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FÁBIO SILVA FÁBIO: Depende da intenção que tenha para cada Cosplay, por vezes faço Cosplays que desejo ser o mais perfeito dentro do possível, mas também gosto de fazer Cosplays por diversão para me juntar com mais e novos amigos. Pessoalmente acho que depende da opinião de cada um e como encarnamos o Cosplay. Sim e às vezes até em demasia com comentários e críticas por vezes negativas que só prejudicam a integridade e desempenho de um Cosplayer. Penso que a comunidade deveria ser mais branda e ser um pouco mais positiva em relação aos Cosplayers criticados, e não contribuindo para uma comunidade “tóxica”. Por fim, não devíamos esquecer que unidos somos mais fortes.
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SCARLETT SKYWALKER SCARLETT: Tudo depende do propósito do fato. Se for para um contexto competitivo, sim, devemos escolher algo que favoreça o nosso corpo, isto não significa que temos de ter o corpo igual! Muitas vezes isso nem seria possível. Importa mesmo é que assente bem. Agora, se for apenas para diversão - cada um é livre de fazer a personagem que adora, como quer. Mas sim, infelizmente essa discriminação existe, e em Portugal só tem vindo a aumentar com todos os exemplos de “perfeição” importada. As pessoas têm vindo a esquecer de que o Cosplay serve para se divertirem e espero que isso não mude rápido.
TATIANA VALADAS TATIANA: Durante muito tempo liguei a certos pormenores como, por exemplo, se a personagem tem a barriga de fora ou se tem muitas “curvas” e isso influenciou bastante as minhas escolhas. Não tanto pelo que os outros pensam, mas mais pela visão que tenho do meu corpo e da ideia de perfeição num Cosplay. Foram precisos 4 anos para me sentir à vontade e vestir o que quiser. Este ano já vesti alguns fatos fora da minha “zona de conforto” e continuo a pensar nesses pormenores, mas já não são tão importantes.
De modo geral não acho que a comunidade portuguesa seja muito discriminadora. Pelo menos em eventos e encontros, todos são simpáticos, cordiais e sente-se o apoio e entreajuda. Já nas redes sociais há sempre alguém que escreve um comentário desagradável, puxando a maldade de outros. Lá fora noto que este problema é mais recorrente, até há Cosplayer famosos a sofrerem críticas atrás de críticas. É impossível mudar a mentalidade de toda a gente, portanto o melhor é nem ligar ao que é dito.
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