revista
Distribuição gratuita
Ano IX - n° 107 - Setembro 2012 - www.cotripal.com.br
A montanha-russa da economia: por que ninguém escapa disso? Cuidados com o trigo geram bons resultados
Vida saudável: Açúcar controlado
Receita: Matambre recheado
A Revista Atualidades Cotripal é uma das provas que em Panambi, também, se faz imprensa de conteúdo e qualidade. Ela atinge diversos leitores com seus assuntos variados. Além disso, trata com propriedade os temas ligados à agropecuária, sem esquecer donas de casa e público geral. E a qualidade do material é de encher os olhos. Ainda quero enviar os parabéns pelo artigo das sacolinhas plásticas. Ele ajudou a desmistificar este assunto tão polêmico. Parabéns a todos os envolvidos na construção desta revista.
Editorial
Lição de casa A montanha-russa da macroeconomia, aquela que agrega todas as variáveis de mercado, parece uma coisa distante da nossa realidade cotidiana, de simples mortais. São gráficos complicados que mais parecem eletrocardiograma de enfartado, vocabulário compreensível apenas a iniciados, operações complexas, moeda que sobe aqui, desce ali, crise de petróleo no Oriente Médio que deflagra pânico do Ocidente ao Extremo Oriente, um líder que tropeça lá numa grande e distante nação e gera uma reação internacional em cadeia que acaba batendo na nossa porta, enfim... Mas vale lembrar que, no balanço da contabilidade, quem viaja dentro dos carrinhos, sobre os trilhos dessa montanha-russa, somos nós, cidadãos de natureza e vida inescapavelmente socioeconômica.
Alphons Peter Joseph Hermans Contabilista, assessor fiscal e tributário na área ruralista Sugestões e comentários sobre as reportagens podem ser enviadas para o email: mileni@cotripal.com.br
REVISTA ATUALIDADES COTRIPAL COTRIPAL AGROPECUÁRIA COOPERATIVA Rua Herrmann Meyer, 237 - Centro - CEP: 98280-000 Panambi/RS Fone: (55) 3375-9000 - Fax: (55) 3375-9088 www.cotripal.com.br
De nada adianta gritar: “Pare o mundo que eu quero descer!”. Simplesmente porque ele não vai parar. E enquanto as circunstâncias se configurarem dessa forma, o jeito, mesmo, é aprender ao menos o básico para se garantir entre uma manobra e outra. E, por que não, até se sair bem na viagem.
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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: Germano Döwich Vice-Presidente: Dair Jorge Pfeifer Conselheiros: Ivo Linassi, Jeferson Fensterseifer, Eliseu Dessbesell, Delmar Schmidt, Davi Keller, Roland Janke, Ari Augusto Schmidt, Gerhardo Strobel e Ernani Neumann.
A lição primordial está implícita na própria palavra economia. Lá na sua origem grega, ela foi composta pelos termos oikos, casa, e nomos, regra, formando oikonomía. Quer dizer, economia tem o sentido de “regras da casa”, “administração doméstica”. Isso significa que a nossa rotina cotidiana é a base do sistema e, portanto, se soubermos administrá-la, saberemos como lidar melhor com a dimensão financeira do nosso dia a dia.
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CONSELHO FISCAL Efetivos: José Pereira da Costa, Arnildo Carlos Markus e Carlos André Schmid. Suplentes: Tiago Sartori, Lino Carlos Breitenbach e Cirio Jacob Floss. .
EDITOR RESPONSÁVEL Marco André Regis .
EXPEDIENTE Comunicação e Marketing Cotripal
Portanto, ainda que a gente não compreenda a sofisticação atual dos mecanismos destes tempos globais, se houver alguma dedicação pessoal para administrar as próprias finanças com responsabilidade, a gente tem mais chances de evitar dores de cabeça com dívidas e prejuízos, além de adquirir uma boa qualidade de vida.
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DESIGN GRÁFICO Charlei Haas e Valdoir do Amaral .
EQUIPE DE REDAÇÃO Gislaine Windmöller Mileni Denardin Portella - Mtb/RS 13916 .
REVISÃO Vinícius Dill Soares
Ou seja, quem segue no trem da montanha-russa não escapa de seus topos e baixadas, de suas curvas inclinadas, nem de suas viradas radicais... Mas estará mais garantido se tomar o cuidado simples de usar o cinto de segurança. E, depois de algum susto, ainda inteiro, terá até história para contar.
Sintonize! Programa Atualidades Cotripal
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CONTATO Maiglon Hess - Fone:(55) 3375 9061 Email: maiglon@cotripal.com.br Email: mileni@cotripal.com.br .
IMPRESSÃO Kunde Indústrias Gráficas Ltda Tiragem: 6.000 exemplares
Rádio Sorriso FM 103.5 De segunda à sexta 6h10 e 11h45 – Sábado 6h10 Cotações e preços de segunda à sexta 8h20 Rede Colinas FM 88.7 Cotações e preços de segunda à sexta 8h20 Atualidades Cotripal: sábado 7h40 Rádio Sulbrasileira AM 1320 Avisos: de segunda à sexta 7h05 Atualidades Cotripal: sábado 11h Rádio Blau Nunes AM 1210 Atualidades Cotripal: sábado 11h40 .
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tamar@cotripal.com.br
Pecuária
Pecuária de precisão:
como fazer?
Quando se fala em excelência na pecuária com maximização de produtividade, logo se imagina a exigência de grandes volumes de investimentos. Mas nem sempre isso é necessário. Se a propriedade conta com animais de boa genética, investir no manejo e nutrição se torna mais fácil, pois “manejo se faz com o que temos em casa. Não adianta ter o melhor equipamento do mundo se não for usado adequadamente. O importante é estar bem assessorado para trilhar o caminho certo”, afirma o zootécnico Rodrigo Wenczenovicz. Segundo ele, cada um pode utilizar ao máximo o que dispõe em sua propriedade, otimizando os espaços e adequando o manejo de acordo com a necessidade do gado e também da produção que se pretende atingir. Desta forma, se explora o potencial da propriedade antes de fazer grandes investimentos. Destaca-se no manejo a nutrição, que deve ser baseada no tipo de trabalho com o gado. “Se eu tenho criação a pasto, ou mesmo no cocho, a alimentação que vou oferecer ao meu rebanho tem de ser de qualidade. Só assim ele poderá responder ao que eu quero”, explica Rodrigo. No caso de criação a pasto, antes de olhar para os animais, temos que observar a situação do solo, adequando a suas necessidades. Isto porque, ele precisa produzir o volume desejado de pastagem de acordo com o número de cabeças criadas. Então, a partir do momento em que se faz uma boa correção e adubação de solo,
Aliar manejo, genética e nutrição é o caminho a ser seguido pelos produtores que querem nvestir no aumento da produtividade. Muitas das ações podem ser tomadas sem grandes gastos, otimizando os recursos já existentes na propriedade.
com sementes plantadas em quantidade e qualidade adequada, e rotação de culturas, é possível estimar o potencial do rebanho. Quem trabalha com agricultura de precisão sabe dos cuidados necessários à lavoura. Eles são semelhantes na pecuária. Corrigir pontos com acidez e deficiência de minerais influencia diretamente no ganho de peso diário dos animais. Quanto mais farta a pastagem, maior o ganho de peso. Analisar o espaço disponível e explorar seu potencial passa pelo planejamento nutricional. De acordo com vários estudos realizados, hoje, no Rio Grande do Sul, a produção se baseia em um animal por hectare. Existem casos, entretanto, onde as áreas foram bem utilizadas, possibilitando o trabalho com cerca de 12 a 15 animais no mesmo espaço. Esses números dependem diretamente da capacidade gerencial do proprietário. Isso vale também para o confinamento. Se o desejo é ter bons índices de desempenho, com ganhos ideais de peso diário, cuidados no manejo são essenciais. “Não se pode misturar terneiros grandes com pequenos, mochos com aspados… Os lotes devem ser separados de acordo com as características do gado”, lembra o zootécnico. Além disso, oferecer alimentação balanceada, com produtos de alto valor nutritivo, é fundamental para que o gado responda como se espera. “Animal bem cuidado é animal mais produtivo.” A pecuária de precisão também
corrige os desperdícios e reduz os custos. Isso se faz observando a propriedade como um todo, ou seja, analisando cada deficiência e aprimorando-a para melhorar os resultados. Sanidade, genética, manejo e nutrição andam de mãos dadas, e passa pelo produtor fazer um bom gerenciamento do seu espaço para conseguir aproveitá-lo de maneira adequada. “Mas nesta diminuição de custos, não se troca um produto utilizado por outro mais barato. Vai do proprietário estabelecer metas de produção e gerenciar o espaço disponível para a melhor utilização dele. Na pecuária de precisão cada atitude é importante, e eu preciso cuidar do meu rebanho da melhor maneira possível”, explica Rodrigo. Só se pode atingir um bom resultado se houver um bom planejamento. É assim em qualquer segmento, em qualquer atividade. Isso começa dentro de casa, com as compras mensais, com o estudo dos filhos. As atividades devem ser vistas a médio e longo prazo para que no futuro não se tenha prejuízos. “Se eu tiver um olhar para a pecuária como o que eu tenho à minha lavoura, e fizer um bom manejo e planejamento, os resultados possivelmente serão muito semelhantes. A pecuária não pode ser tratada como segundo plano, ou a lavoura. Toda atividade que é deixada de lado não tem os mesmos rendimentos, e por isso as perdas são maiores. Os investimentos precisam ser bem feitos para renderem lucros, caso contrário, os resultados não virão”, afirma ele.
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Mercado agrícola por João Carlos Pires
Referente a agosto de 2012
Soja
João Carlos Pires Supervisor comercial joaoc@cotripal.com.br
As cotações na Bolsa de Chicago mantiveram o movimento altista e atingiram o seu maior nível da história. Os valores oscilaram entre US$ 15,76 e US$ 17,70 o bushel, e fecharam, no final do mês de agosto, em US$ 17,64 o bushel. O principal fator que impulsionou a alta nas cotações na Bolsa de Chicago foi a má condição climática no meio-oeste norte-americano, região produtora de grãos, que vive uma das piores estiagens dos últimos 50 anos. Outro ponto determinante na elevação das cotações foi a contínua e firme importação de grãos por parte da China. Além disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, no dia 10 de agosto, relatório de oferta e demanda reduzindo a previsão de colheita para 73 milhões de toneladas. Isto representa uma quebra de 16%. As poucas oscilações negativas que ocorreram no período foram causadas por previsões e ocorrência de chuvas. No entanto, elas não reduziram a seca nos Estados Unidos. O mercado interno gaúcho acompanhou a Bolsa de Chicago, mas, devido ao pouco volume ofertado e a necessidade da indústria, as negociações foram influenciadas mais pelos fatores locais. O preço pago ao produtor subiu de R$ 71,04 para R$ 75,54 a saca.
Milho O mercado de milho continuou com sua trajetória de altas. As cotações na Bolsa de Chicago giraram em torno de US$ 8 o bushel. Isto aconteceu porque a safra nos Estados Unidos será menor que a expectativa. Relatório divulgado pelo USDA, em agosto, indicou uma quebra de 27% em relação à estimativa inicial. A produção, portanto, ficou estimada em 273 milhões de toneladas ante os 375 milhões previstos. Com a alta na Bolsa de Chicago, os preços internos subiram, alicerçados nas exportações. O preço pago ao produtor subiu de R$ 26,04 para R$ 28,02 a saca.
Trigo As cotações na Bolsa de Chicago seguiram em níveis elevados, entre US$ 8,50 e US$ 9 o bushel. A alta no mercado mundial elevou fortemente os preços no mercado interno. No Brasil, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) manteve os leilões dos estoques públicos. E houve grande procura e disputa pelo cereal por parte da indústria moageira. Os preços nos leilões saíram acima do valor inicial estabelecido pelo governo. Mesmo assim, o mercado interno continuou em alta, alavancado pelas exportações, que deram suporte às cotações. O preço pago ao produtor subiu de R$ 27 para R$ 29,04 a saca.
Dólar A cotação do dólar desvalorizou 0,6% em agosto, quando relacionado ao mês anterior. Os valores oscilaram entre R$ 2,016 e R$ 2,05, e fecharam em R$ 2,03. O Banco Central monitorou o mercado, e quando a cotação ameaçava cair abaixo de R$ 2, ele comprava moeda norte-americana para evitar a queda. Esta atitude, aparentemente, demostra que o governo estabeleceu este piso como mínimo.
Leite & Mercado Alto custo para produtores e consumidores O preço pago pelo leite entregue em julho ficou estável com relação ao valor do mês anterior. As pastagens ainda estão em boas condições, o que permitiu que a produção se mantivesse no mesmo patamar. Para o leite entregue em agosto, há rumores de baixa. O que tem preocupado o produtor, neste momento, além da baixa do preço, é a elevação no valor dos insumos, em virtude da alta de grãos, como milho e soja. Se comparado ao ano passado, o custo de produção subiu cerca de 33%. O consumidor também sente esses fatores no bolso, pois há tendência de aumento no valor do leite nos supermercados.
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Entrevista
Ano Internacional das Cooperativas 06
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As cooperativas são organizações de pessoas que, unidas em torno do trabalho em ajuda mútua, conseguem vencer desafios e crescer. Onde o cooperativismo opera dentro de seus princípios, existe desenvolvimento de todos os envolvidos, fazendo prosperar toda a comunidade. Por tudo isso, a ONU (Orga-
nização das Nações Unidas) concluiu que “cooperativas constroem um mundo melhor” e, assim, instituiu o ano de 2012 como “Ano Internacional das Cooperativas”. Para falar sobre o assunto, a revista Atualidades Cotripal convidou o presidente da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil) Márcio Lopes de Freitas.
Por que a ONU voltou um olhar especial para as cooperativas? Dentro da ONU existem diversas prioridades e o cooperativismo nunca esteve entre elas. O que aconteceu é que, desde a crise de 2008, que atingiu o mundo inteiro, as cooperativas têm feito uma grande diferença nos locais onde estão inseridas. Elas diminuíram os efeitos da falta de credibilidade nos negócios e na quitação das dívidas. Para dar um exemplo, basta pensar no caso da quebra de bancos como o Lehman Brothers, em Nova York, que aconteceu em setembro de 2008. Eles tiveram perdas de 40% nos recursos, porque os clientes retiraram seus investimentos com medo de prejuízos. O dinheiro sacado foi parar nas cooperativas de crédito, pois elas passavam credibilidade aos seus associados. Com base nisso, houve crescimento das cooperativas e maior visibilidade desse sistema, tornando-o referência. Por isso, a ONU decidiu homenagear as cooperativas e, consequentemente, o cooperativismo. Este destaque foi o reconhecimento de que elas auxiliam na construção de um mundo melhor.
Um exemplo de que o Rio Grande do Sul investe no cooperativismo é a Escoop (Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo), localizada em Porto Alegre. Ela é a primeira escola de nível superior ligada ao cooperativismo. Além disso, recebeu excelente conceito do MEC (Ministério da Educação) e foi considerada uma das melhores da América Latina. Sem dúvida o projeto da Ocergs (Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul) é um exemplo. A Escoop tem sido uma referência para o Brasil e, mais, ela não treina apenas pessoas ligadas às cooperativas gaúchas. Hoje, esta escola tem convênios e prepara trabalhadores para todo o país. Fato que só vem a confirmar o que pensamos, que o cooperativismo deve ser trabalhado como base de educação e formação, por ser um sistema cultural.
Neste ano, a Cotripal completa 55 anos. Dentro do contexto já citado, qual a importância da Cooperativa para os municípios de sua abrangência? Uma cooperativa como a Cotripal tem um papel que costumo chamar de locomotiva da região. Ela Como o Brasil encara o cooperativismo e seus conceitos? tem em seus valores e princípios a preocupação com a comuniA situação do cooperativismo no Brasil ainda é muito insipiente, dade geral, e não apenas com cooperados. Isto ocorre porque a os conceitos são jovens e têm pouca tradição, com exceção das cooperativa está envolvida e comprometida com o desenvolviregiões Sul e Sudeste do país. O que falta é uma cultura de mento da sociedade local. Ela entra nos projetos sociais e auxilia o crescimento da região, gera, atracooperação arraigada na comunivés de seus negócios, novas oportunidade brasileira. Cooperativa é uma dades de comércios – cooperativos ou união de gente, uma organização “O cooperativismo gaúcho tem mannão. Tudo isso origina desenvolvimento de pessoas, e o seu valor está no tido a capacidade de inovar seus em torno dela. E mais, o resultado da ser humano, no trabalhar em conconceitos, por isso é, e vai continuar cooperativa não migra para fora da junto. Para termos uma resposta região, pois é distribuído para cooperamaior em relação às cooperativas, a ser, referência para todo o Brasil.” dos e retorna ao município em forma de precisamos difundir estes conceiimpostos e tributos. Neste ponto há um tos. A OCB tenta fazer isso através grande engano: muitos acreditam que do Sescoop (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). E, agora, aproveitando o as cooperativas não pagam impostos. Mas ressalto, – cooperadestaque ganho com o “Ano Internacional das Cooperativas”, tivas pagam impostos e tributos como qualquer outra empresa. vamos difundir ainda mais as instituições e a sua cultura. O Quem diz que cooperativa tem isenção tributária está mal infornosso sonho é que todos – associados, funcionários, comuni- mado. E, além disso, os cooperados e funcionários também dades e, mesmo, governos – vejam no cooperativismo uma pagam seus impostos. Este é o conceito de desenvolvimento oportunidade de desenvolvimento econômico e obtenção de mútuo, tão importante para o sistema cooperativista e para os municípios em que as cooperativas, como a Cotripal, estão resultados sociais. inseridas. O Rio Grande do Sul pode ser considerado referência em cooperativismo? Com certeza. O berço do cooperativismo Quais os planos para o cooperativismo nos próximos brasileiro está no Rio Grande do Sul. Foi neste estado que os anos? Há alguma tendência? O cooperativismo brasileiro tem imigrantes europeus plantaram as sementes dos primeiros um horizonte muito amplo para se expandir. Ele precisa crescer pinheirinhos do cooperativismo. Depois, as sementes foram e ocupar espaços. Nós, da OCB, temos diversas metas a serem espalhadas para o resto do país. O RS pode apresentar, com atingidas, como por exemplo: o cooperativismo de crédito, hoje, propriedade, experiências maravilhosas em cooperativismo. representa 3% do mercado nacional, o objetivo é chegar a 10% Começando na área de crédito, passando pelas cooperativas de participação nos próximos 10 anos; o cooperativismo agrode eletrificação, educação, trabalho, saúde e indo para o coope- pecuário está presente em 45% dos negócios do setor e a meta rativismo agropecuário. Hoje, arrisco a dizer que 60% da produ- é chegar a 50%; entre outros. Que fique claro – cooperativismo ção de grãos deste estado passa por uma cooperativa. O co- vale a pena, ele constrói um mundo melhor, mas, para isso, operativismo gaúcho tem mantido a capacidade de inovar seus todos nós temos que participar, assumir compromissos e resconceitos, por isso é, e vai continuar a ser, referência para todo ponsabilidades com a gestão e o desenvolvimento das nossas cooperativas. o Brasil. setembro 2012
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Produtores gaúchos comemoram valor do trigo, que acumula aumento de 7,8% Com o tempo favorável e a alta nos preços, agricultores gaúchos comemoram os ganhos com as culturas de inverno. Impactado pela quebra de safra em importantes países produtores, o preço do trigo está 7,8% acima do mesmo período do ano passado. No mesmo ritmo, a aveia, utilizada mais em rações, praticamente dobrou de valor devido à estiagem. A combinação de chuva na quantidade necessária com as temperaturas amenas também têm favorecido os produtores, diz o engenheiro agrônomo da Emater Ataídes Jacobsen. “Há umidade e o clima favorece o desenvolvimento vegetativo de plantas como o trigo. Se houvesse muita chuva, aliada ao calor, aumentaria a incidência de pragas. Hoje, as culturas estão se comportando muito bem”, acrescenta Jacobsen. De acordo com o agrônomo, cerca de 3% do trigo gaúcho já está em estágio mais avançado, passando para a fase de florescimento. No entanto, grande parte das lavouras ainda está no desenvolvimento vegetativo. Economista da Farsul (Federação da Agricultura do Estado), Antônio da Luz explica que, mesmo com preço muito acima do negociado em anos anteriores, o trigo ainda pode subir. A cotação do cereal está atrelada à Bolsa de Chicago, que registra alta de cerca de 14% em relação ao ano anterior. “Ainda há uma diferença do preço do Brasil, se comparado com os valores americanos. E há redução de produção em importantes países, como a Rússia, que diminuiu 23,5%, e Argentina, que diminuiu 23% a produção em razão de problemas climáticos. Com demanda maior, a tendência é de que o produto valorize ainda mais” afirma o economista. Em relação à aveia, o salto na cotação é motivado pela corrida dos pecuaristas, diz o analista de mercado Aníbal Bastos, da BCC Commodities: “No ano passado, se pagava R$ 0,35 o quilo. Este ano, já foi negociado a R$ 0,60. Para a época da colheita, o preço deve estar em torno de R$ 0,40.” Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br
Previsão aponta El Niño moderado no terceiro trimestre, diz Inmet A previsão climática indica que o Brasil será influenciado por um El Niño de
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intensidade moderada nos meses de agosto, setembro e outubro. O prognóstico, que influencia a safra de verão 2012/2013, foi apresentado pela diretoria do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aos membros da Secretaria de Política Agrícola do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O levantamento, realizado em julho, indica uma maior probabilidade de chuvas acima da média numa faixa que inclui o sul das regiões Centro-Oeste e Sudeste e os setores central e norte da região Sul. Deverão ocorrer precipitações abaixo da faixa normal no norte da região Norte e na faixa litorânea do Nordeste. Na grande área central, que abrange parte das regiões Norte, Nordeste, CentroOeste e Sudeste, fica mantida a previsão de padrão climatológico, ou seja, igual probabilidade de chuva para as três categorias – abaixo, normal e acima da normal climatológica. As temperaturas estão sendo previstas dentro do padrão normal no Centro-Sul do país, onde as incursões de massas de ar frio podem causar acentuado declínio nos termômetros em alguns períodos. Nas regiões Norte e Nordeste, são previstas temperaturas variando de normal a ligeiramente acima da normal climatológica. Na região Sul, por exemplo, eventos de El Niño favorecem a produtividade em função da chuva acima da normal durante o ciclo da soja, principalmente no período de enchimento do grão, de janeiro a março. Fonte: www.agricultura.gov.br
Governo, ruralistas e ambientalistas buscam acordo sobre Código Florestal Diante do aumento da tensão entre ruralistas e governo na primeira rodada de votações dos destaques à MP (Medida Provisória) do Código Florestal, os membros da comissão mista que analisa o texto decidiram suspender a votação em busca de um novo acordo. O relator da matéria, senador Luiz Henrique, busca agora um entendimento com a FPA (Frente Parlamentar do Agronegócio) para permitir a retomada das reuniões da comissão. “Eu propus o adiamento e o governo concordou, porque o clima de entendimento deixou de existir naquela sessão”, explicou o senador, referindo-se ao adiamento da última sessão de votações. Segundo o relator, desde então,
ele vem conversando com membros do governo, deputados e senadores para recuperar o acordo de procedimento que permita à comissão mista votar os 28 destaques que ainda faltam para que a medida provisória possa começar a tramitar na Câmara dos Deputados. “Não há dúvida de que o diálogo melhorou de lá para cá”, disse o relator à Agência Brasil. Luiz Henrique acredita que nem o governo e os ambientalistas e nem a bancada ruralista quer ver a MP ser derrubada por decurso de prazo. Isso significaria que os dispositivos editados pela presidenta da República, Dilma Rousseff, para recompor os trechos vetados do Código Florestal deixariam de ter validade. “Acho que todos continuarão empenhados em uma solução. O pior seria o decurso de prazo. A MP é altamente protetora para os pequenos e médios agricultores”, destacou o relator. Mas, para o senador Jorge Viana, a retomada das votações só será possível se a bancada ruralista “deixar de lado os extremismos”. Segundo ele, após a primeira rodada de votações, o governo “está querendo endurecer” as negociações. “Vamos ver se com esses freios de arrumação as pessoas de bom-senso se encontram para aprovar sem produzir mais danos à legislação ambiental.” De acordo com o senador ambientalista, os membros do governo não irão aceitar dispositivos que “desfigurem” a medida provisória, principalmente no que se refere a permitir novos desmatamentos. O que mais desagradou ao governo e a ambientalistas foi uma emenda aprovada pela maioria ruralista que permitirá o fim das APPs (áreas de preservação permanente) nos chamados rios intermitentes. São rios que secam durante um período do ano e depois voltam a encher no período de chuvas. A emenda, na opinião de Viana, foi “irresponsável”. Já os ruralistas têm como ponto mais relevante a questão que trata da conversão de multas ambientais em recomposição da reserva legal das propriedades. Segundo o presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, deputado Homero Pereira, os parlamentares que representam os produtores rurais querem que as multas sejam suspensas imediatamente após a sanção do projeto de lei de conversão da medida provisória. Pela proposta do governo, as multas continuam valendo até que seja implementado o PRA (Programa de Recuperação Ambiental) e, com ele, os proprie-
tários de terra assinem o termo de compromisso pelo qual ficam obrigados a reverter o valor das multas em investimentos em áreas de proteção das suas propriedades. “Queremos que cesse a questão das multas no momento da sanção da MP. Durante a implantação do PRA, se o agricultor não cumprir o reflorestamento, então que seja aplicada a multa”, explicou o deputado. O presidente da FPA disse ainda que já levou ao relator esse e outros pontos considerados pelos ruralistas como causadores de insegurança jurídica. Os ruralistas são contrários à reserva florestal de 50 metros em torno de áreas de veredas, entre outros pontos. A expectativa dele é que seja possível um acordo sobre esses pontos. Para o deputado ruralista, o adiamento da votação foi positivo e deve permitir a retomada das reuniões da comissão. “Temos que ter bom-senso, estamos dispostos a negociar. Mas não se pode prejudicar a produção nacional”, disse à Agência Brasil. Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br
Recuo na pecuária gaúcha A previsão de novo avanço da soja sobre áreas de várzea e de pastagens na Metade Sul, na Metade Norte e nos Campos de Cima da Serra na safra 2012/2013, impulsionado pelo alto preço, reforçará reflexos que serão sentidos a partir de setembro nos nascimentos de terneiros, que devem recuar até 20% na comparação a 2011, quando a soja avançou em 36 mil hectares. Além de a agricultura abocanhar áreas de pecuária, esse recuo será influenciado pela estiagem. Segundo especialistas, as vacas que irão parir na primavera se alimentaram de pastagens de baixa qualidade. Uma avaliação preliminar do Irga (Instituto RioGrandense do Arroz) aponta até 300 mil novos hectares com a oleaginosa em áreas de arroz. Do ano passado para cá, a redução foi de 2,75% para 13,58 milhões de cabeças. O professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), José Piva Lobato, acredita que, com a empolgação com a soja, muita gente não estará disposta a esperar por até 18 meses entre gestação, desmame e engorde para obter um terneiro para abate. “Se as vacas saírem da coxilha, terão que competir com o reflorestamento, onde a área será menor e a qualidade do solo é baixa. E o que fazemos com os frigoríficos que já estão com subabate?” A situação deve se agravar em 2013, caso se confirme o acréscimo de áreas com soja, aposta Pedro Marques, do Nespro/UFRGS. “Com menor área, cai a produtividade e menor será o número de vacas acasaladas.” Em consequência da menor oferta de terneiros, o preço deve
subir. Neste outono, o Estado registrou R$ 4,10 pelo quilo do terneiro, contra R$ 3,80 da temporada passada. Para manter a produção de terneiros, Marques prega a intensificação da integração lavoura/pecuária, com ajuste na carga animal. Hoje, considerando cada unidade animal de 450 quilos, a média de ocupação é de 0,99 unidade por hectare, quando poderia ser entre 0,5 a 0,7 por hectare. “Com o alto preço das commodities, o confinamento não é solução porque encarece, mas os grãos podem ser usados como suplementação no caso de preço favorável.” Lobato sugere a redução da idade para abate do gado e a antecipação do primeiro serviço. Ele observa que o rebanho gaúcho tem 1,33 milhão de novilhas de 25 a 36 meses, sendo que 9,78% não emprenharam com dois anos. “A cada cem vacas, temos 55 terneiros, isso quer dizer que 45 fêmeas não cumpriram o seu papel.” Para o presidente da Federacite (Federação dos Clubes de Integração e Trocas de Experiências), Carlos Simm, diferentemente da Campanha, onde há limite para plantio devido ao zoneamento agrícola, no Norte e nos Campos de Cima da Serra, há vocação agrícola e solo adequado para soja, milho e trigo. Ele pondera que as vacas que produzem terneiros estão sempre nas periferias dos campos, que não têm a mesma qualidade, com menor oferta de forrageiras. “Na verdade, pela baixa qualidade, seriam necessárias mais áreas em hectares para a mesma quantidade de vacas.” Fonte: www.correiodopovo.com.br
Produtores associados a cooperativas podem ter ganhos 44% maiores do que agricultores independentes Reduzir os custos na compra de insumos, ampliar o poder de barganha e a rentabilidade. Estas são algumas vantagens do cooperativismo agrícola, que cada vez mais chama a atenção dos produtores de soja em Mato Grosso. A classe produtora quer estimular o desenvolvimento deste modelo de negócios, apontado como a solução para pequenos e médios agricultores conseguirem concorrer com as grandes empresas do setor. A Aprosoja quer incentivar o cooperativismo através de um programa de fomento e intercâmbio de cooperativas de produtores. A ideia é mostrar que a união pode fazer a diferença. Os ganhos para os cooperados chegam a ser 44% maiores do que os dos agricultores independentes. Em um seminário realizado em Sorriso, o professor da Universidade norte-americana de Missouri, Fabio Chaddad, destacou que o modelo evoluiu nas últimas décadas e enumerou os pontos fundamentais para o sucesso de uma cooperativa nos tempos modernos.
“Primeiro ponto: gestão operacional. Cooperativa tem que ser bem gerida, bem administrada, com profissional capacitado para isso. Segundo: envolvimento do produtor, capital social, relação de confiança e transparência. O terceiro é governança, para garantir que cooperativa gere resultados e distribua estes resultados também.” O produtor rural Arlindo Cancian, de Canarana, MT, participou do encontro e ficou ainda mais interessado em participar da criação de uma nova cooperativa naquela região. “Nós já tivemos um grupo e acabou por outra razão não dando certo. Hoje estamos procurando ver de que maneira podemos formar cooperativas, grupos, de que forma vamos poder agregar valor para comprar melhor e vender melhor”, disse Cancian. Em Sorriso, MT, a Cooavil (Cooperativa Agropecuária Terra Viva) é o resultado da união de 22 produtores que há seis anos transformaram em realidade um sonho coletivo: criar uma cooperativa para diminuir as dificuldades e as despesas com armazenagem de grãos e ainda conseguir vantagens na comercialização em escala. Trata-se de uma estrutura ampla, com capacidade para estocar mais de um milhão e meio de sacas de soja. Outro exemplo é a Coacen (Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte), em que os 140 associados também têm benefícios com as vendas em grupos e ampliam os resultados através da compra coletiva de insumos. Estas duas histórias mostram que o cooperativismo agrícola pode sim ser muito vantajoso. Para as lideranças do setor, a formação de novas cooperativas de produtores é um dos caminhos mais viáveis para que os pequenos e médios agricultores consigam sobreviver em uma atividade cada vez mais competitiva. Porém, por enquanto, o número de sojicultores envolvidos neste modelo de negócios ainda é considerado pequeno em Mato Grosso. Na safra 2010/2011, apenas 13% dos produtores de soja participavam de cooperativas. Juntos, eles plantavam 26% das lavouras do grão. Já na cultura do algodão, por exemplo, 57% da área cultivada na época pertenciam a agricultores cooperados. Para a associação que representa os produtores de soja, é hora de mudar esta realidade e também colher as vantagens do cooperativismo. “Com o cooperativismo, se ganha na escala, nas oportunidades, na redução de carga tributária. É a oportunidade que os agricultores têm de ter competitividade com os grandes. Entendemos que é melhor caminho”, diz o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro. Fonte: www.ruralbr.com.br
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Chegou a hora de manejar os pomares O mês de setembro marca o início de uma nova safra para os produtores de frutíferas e, com ela, a necessidade de realizar adubação e fazer o controle fitossanitário nos pomares para obter sucesso. A última safra de frutíferas foi marcada por perdas em produtividade devido à grande estiagem, que assolou o noroeste do Rio Grande do Sul. Além disso, fortes geadas também reduziram os números na hora da colheita. Apesar disso, os cuidados e manejos não podem parar. Entre os meses de junho e agosto, quando necessário, os produtores realizaram a poda de limpeza. Esta ação incluiu a organização dos pomares, com retirada de galhos secos, danificados e em local inadequado. Vale lembrar que uma poda mal feita prejudica a planta e acarreta prejuízos na produção. Portanto, o período deve ser levado em conta, bem como as técnicas usadas. Agora chegou o momento adequado de manejar os pomares. Segundo Edvaldo Junio Pires Novais, engenheiro
agrônomo da Cotripal, entre metade de setembro e outubro é necessário realizar adubação. “Desta forma, as frutíferas brotarão vigorosas, com área foliar adequada e boa florada. Fatores que garantem a produção de novos frutos sadios e de qualidade.” Além da adubação, também é hora de prevenir o pomar das pragas e doenças. “Os produtores devem examinar as plantas com o objetivo de detectar a presença de problemas e, a partir desta análise, realizar o controle de forma satisfatória.” Neste período, as principais pragas presentes em pomares são: pulgões, cochonilhas, larvas minadouras e ácaros. E as doenças são: fumagina, antracnose, podridão floral e virose.
Para informações complementares e esclarecimento de dúvidas, o Detec Cotripal está à disposição dos produtores.
Curiosidades Na área de abrangência da Cotripal os pomares mais tradicionais são de pêssegos, uvas e frutas cítricas.
Pessegueiro – Prunus persia Nativo da China, o pessegueiro se caracteriza por ser uma árvore pequena, com folhas alternadas e serradas e ter flores roxas. Além disso, possui diversas variedades. Uma infusão, preparada a partir de folhas e sementes, é calmante, e as flores, quando consumidas, têm o efeito de um laxante suave. O pêssego é uma fruta suculenta, composta por 90% de água, rica em vitaminas C, K e E, provitamina A e complexo B. E ainda tem grande quantidade de fibras, potássio, fósforo, magnésio, ferro, cálcio e zinco.
Videira – Vitis sp. A fruta da videira é a uva. Ela é muito utilizada no preparo de doces, vinhos, sucos, cucas, além de ser consumida in natura. Este fruto tem diversas variedades e, também, cores diferentes – preta, rosé e branca. A uva é rica em sais minerais, como: ferro, potássio, cálcio, magnésio e sódio. E tem quantidade razoável de vitamina C e complexo B. Além do resveratrol, que tem a fama de ajudar na prevenção de doenças do coração e retardar o envelhecimento.
Citros – Rutaceae Sapindales Essas plantas são originárias do sudeste tropical e subtropical da Ásia. Dentro da denominação citro existem três espécies diferentes e muitas variedades – laranja, limão, tangerina, pomelo, lima-dapérsia e cidra. Os frutos têm poderosa ação contra infecções e resfriados. O ácido cítrico, presente em todas as espécies, auxilia na fluidez do sangue, na redução de lipídios e previne o envelhecimento das células. Elas são ricas em sais minerais, vitamina C, provitamina A e complexo B.
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por Denio Oerlecke
Direto do campo Mês de bom desenvolvimento para o trigo, apesar do aparecimento de doenças Denio Oerlecke Supervisor do Departamento Técnico Agronômico denio@cotripal.com.br
Durante o mês de agosto, a principal atividade do associado da Cotripal foi o manejo do trigo. O clima com temperaturas elevadas, atípico para o período, fez com que o produtor desse maior atenção às doenças da lavoura. Ele precisou diminuir, inclusive, o intervalo entre as aplicações de fungicidas, para que os resultados fossem satisfatórios. O trigo se desenvolveu muito bem este mês, apesar das doenças terem aparecido em grande número. O clima quente com bastante umidade, resultado do orvalho nas lavouras pela manhã, permitiu que elas se instalassem nas plantas. A umidade esteve bastante acentuada, mesmo sem a ocorrência de chuvas. Não houve destaque para nenhuma doença específica. Tanto mancha foliar, quanto oídio e ferrugem exigiram observação e trabalho do produtor, que conseguiu, até o momento, fazer o controle adequado. O calor também fez com que o trigo antecipasse o espigamento em cerca de 10 dias. Visualmente, neste momento, isto não sinaliza perdas de produtividade, mas encurta
o ciclo da cultura. Porém, a lagarta pode ocasionar essa queda se não for devidamente controlada. Ela apareceu na grande maioria das áreas plantadas e exige cuidado por parte dos agricultores. Vale monitorar a lavoura e, em caso de dúvida, entrar em contato com o Departamento Técnico. Já o plantio do milho, em agosto, devido às condições climáticas favoráveis, atingiu cerca de 60%. Para quem ainda não realizou esta atividade, lembramos que a data indicada por nós é até 20 de setembro, de acordo com estudos realizados nos últimos anos no Campo Experimental. Para setembro, os trabalhos continuam voltados ao trigo. As aplicações para controle de pragas e doenças seguem, bem como o término do plantio do milho. No final do mês, o associado também fará a aplicação de nitrogênio nas lavouras de milho semeadas em agosto. Esperamos que as chuvas retornem para favorecer esta cultura, porém, não em excesso, a ponto de prejudicar o trigo.
Ocorrência de chuvas/agosto
precipitação (mm)
560 520 480 440 400 360 320 280 240 200 160 120 80
74
66
72
Panambi
Condor
Belizário
71
86
77
77
Gramado
Pejuçara
90 67
80
40 0 Esquina Beck Mambuca
Capão Alto
S. Bárbara
Ajuricaba
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Cuidados com trigo geram bons resultados Prestar atenção nas pragas, que prejudicam o desenvolvimento da lavoura de trigo, contribui na qualidade dos grãos e obtenção de alta produtividade. A presença de insetos nas lavouras é comum em qualquer época e cultura. No entanto, nem todos são considerados pragas. Para ter essa denominação, eles precisam causar danos às plantas, com redução na quantidade ou qualidade dos grãos. As principais pragas nas culturas de inverno, mais especificamente no trigo, são pulgões, lagartas, percevejos e corós. Os corós atacam na fase inicial e a melhor forma de controle é o tratamento de sementes. De acordo com Denio Oerlecke, engenheiro agrônomo e supervisor do Detec Cotripal, esta ação já foi realizada, visto que as lavouras de trigo, na área de abrangência da Cooperativa, se encontram em fase de floração e enchimento de grão. Os pulgões aparecem na fase inicial e, sem o devido controle, permanecem até o final da maturação. Mauro Tadeu Braga da Silva, engenheiro agrônomo e pesquisador, explica que eles se alimentam da seiva do trigo, o que pode reduzir substancialmente a produção, e também sua saliva é vetora de viroses que retardam o crescimento das raízes e prejudicam o perfilhamento. “Isso acarre-
ta redução do número de espigas, de grãos por espiga e peso total de grãos. O inseto, porém, é facilmente controlado com tratamento de semente e inseticida aplicado via foliar.” Outras pragas que merecem atenção são a lagarta-do-trigo e os percevejos. Para Mauro Tadeu, é esperado que elas apareçam nas lavouras com maior intensidade a partir do mês de setembro e podem causar grandes estragos se não forem bem manejadas. Os danos da lagarta-do-trigo são mais frequentes do espigamento até à maturação, período em que elas consomem folhas e espigas. “Habitualmente, as lagartas se alimentam à noite e em dias nublados, a infestação é relativamente rápida e, uma grande população pode causar estragos significativos, que levam à redução drástica da produtividade”, diz Mauro Tadeu. Já a presença do percevejo normalmente se acentua a partir do emborrachamento do trigo e fica na mesma área até o grão leitoso. O pesquisador explica que a presença de dois percevejos por metro quadrado já causa perda relativamente alta. “Os números
podem chegar a 10% de redução. E o mais prudente a fazer é aplicar produtos recomendados para eliminá-los.” Ainda segundo Mauro Tadeu, o nível de infestação de qualquer praga deve ser avaliado por meio de inspeções semanais da lavoura. E não basta verificar apenas na fase de floração, é necessário examinar do plantio até à colheita. “Os produtores precisam vistoriar as áreas aleatoriamente, no interior e na bordadura, pois assim terão um resultado médio representativo da densidade das pragas.” Além disso, o melhor momento para realizar a aplicação de inseticida é no início da infestação. “No começo, normalmente os insetos são pequenos e em menor quantidade, o que faz o produto ter mais eficácia”, esclarece Mauro Tadeu. Diante disso, fica claro que, para haver bons rendimentos, é preciso controlar as pragas. “Cada uma delas têm um meio de controle, que deve ser feito de maneira correta e no momento certo. Com atenção e manejo adequado, o resultado final é satisfatório”, finaliza o pesquisador.
O Detec Cotripal lembra que, a exemplo dos fungicidas, o controle preventivo é o mais adequado para as pragas.
Pulgões
Percevejos
Lagarta-do-trigo
- medem 2,5 mm de comprimento - corpo piriforme, de cor verde-pálida a amarela - alimentam-se da seiva
- medem de 12 a 17 mm de comprimento - podem ter cores que variam do verde ao marrom - alimentam-se da seiva
- mede de 30 a 35 mm de envergadura - corpo longilíneo, em tom de cinza-amarelado, com sombreado de pardo até negro - alimenta-se das folhas e espigas
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Milho necessita adubação nitrogenada para expressar potencial de produtividade máximo Adubação de cobertura nas lavouras de milho garante rentabilidade ao agricultor. O milho, após muitos anos de papel secundário na agricultura brasileira, ganhou destaque. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2011/2012 chegou à marca de 69,48 milhões de toneladas. O número equivale a um crescimento de 21% em relação à anterior. Para compreender o quanto este resultado é importante, basta comparar com o valor da safra 2011/2012 de soja, que ficou em 66,37 milhões de toneladas. Os estados impulsionadores da produção foram Paraná e Mato Grosso, que conseguem realizar plantios em dois momentos do ano – safra normal e safrinha – e não sofreram com a estiagem no último verão. No Rio Grande do Sul, a situação é um pouco diferente. “Aqui, não conseguimos o plantio de duas safras devido ao clima mais frio. De qualquer forma, o milho é uma cultura muito importante, pois, com ela, os produtores realizam com eficiência a rotação de cultura, essencial para o Sistema de Plantio Direto na Palha. E, também, eles obtêm lucro quando a lavoura recebe atenção, investimento e quando o clima favorece”, explica Denio Oerlecke, engenheiro agrônomo e supervisor do Detec Cotripal. Para os bons resultados no milho aparecerem, um
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dos cuidados essenciais é com a adubação de cobertura, que deve ser feita com fertilizante nitrogenado. O Detec sugere o uso de ureia, pois apresenta o melhor custo/benefício. Ela possui alta concentração do nutriente – 45% – e o menor custo por unidade de nitrogênio. Denio ainda lembra que este procedimento serve como um complemento para a adubação de plantio. “A ureia age suprindo a planta de um elemento que é essencial na formação dos grãos. O certo é: ninguém colhe sem antes investir.” A recomendação mínima feita pelo Detec é de 200 quilos de ureia por hectare. A época de aplicação do fertilizante nitrogenado também tem grande influência no aproveitamento pelo milho. Por isso, para a aplicação única, o momento correto é quando a planta apresenta seis folhas expandidas. Para quem vai entrar na lavoura duas vezes, a primeira deve ser quando o milho estiver com 4-6 folhas expandidas e a segunda com 8-10 folhas. Para finalizar, Denio diz que problemas de deficiência de nitrogênio limitam a produção de milho. “Apesar dessa cultura não ser a principal na região, precisamos fazer a nossa parte com eficiência, para que o retorno financeiro apareça.”
Notícia
Cooperagro visita Cotripal e conhece Campo Experimental No dia 15 de agosto, a Cotripal recebeu a visita da Cooperagro. A cooperativa, localizada no município de São Pedro do Sul, RS, que trabalhava apenas com arroz e fumo, agregou nos últimos anos a produção de soja em sua área de atuação. Um dos fatores determinantes para introduzir o cultivo do grão em suas lavouras foi a tendência de constante crescimento do preço da commodity. A visita teve como objetivo conhecer o trabalho desenvolvido pela Cotripal com a oleaginosa e, principalmente, o
Campo Experimental e seus ensaios. “Apresentamos as nossas pesquisas e os visitantes ficaram impressionados com a organização e qualidade dos experimentos”, comenta Denio Oerlecke, engenheiro agrônomo e supervisor do Detec Cotripal. Ainda de acordo com Denio, a Cooperagro pretende implantar um campo experimental em sua área de trabalho e realizar testes que auxiliem os associados nas escolhas para as lavouras.
Os integrantes da Cooperagro foram recebidos por Dair Pfeifer, vice-presidente da Cotripal, e Denio Oerlecke.
Dia de Campo Cotripal o n r e v n i e d s a r u Cult 2012
juntos somos mais
Inscrições
- Até dia 02 de outubro - Nos pontos de atendimento e líderes de núcleo - Para ônibus, necessita-se o número da identidade na inscrição
Notícia
Clube Amigos da Terra Panambi, Condor e Pejuçara completa 20 anos de fundação Durante as duas décadas de sua existência, a entidade conta com o apoio da Cotripal, trabalhando pelo desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento dos produtores rurais. Na noite de 9 de agosto, o CAT (Clube Amigos da Terra) Panambi, Condor e Pejuçara realizou evento para comemorar 20 anos de sua fundação. Entre as atividades festivas estavam palestras e entrega de placas aos 21 sócio-fundadores do clube. Além disso, houve uma homenagem especial a Hebert Bartz, expresidente da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha e pioneiro na implantação deste sistema no Brasil. Ele foi o primeiro agricultor a reconhecer os benefícios do Plantio Direto ao meio ambiente, às lavouras e mesmo para o meio urbano. Hoje, o CAT conta com 200 sócios e tem como objetivos promover a troca de experiências sobre o Sistema Plantio Direto e outras técnicas que visam à conservação do solo em propriedades rurais; proporcionar aprimoramento técnico e treinamento aos sócios, objetivando o melhor desempenho de seus negócios; conscientizar a comunidade em geral para a importância da preservação dos recursos naturais como um todo, especialmente solo agrícola, água e biodiversidade; entre outros. O primeiro palestrante da noite foi Sérgio Porn, presidente do CAT Panambi, Condor e Pejuçara, que contou a história do clube e fez um breve histórico do Plantio Direto na região. O segundo a se pronunciar foi Felisberto Dornelles, engenheiro agrônomo e produtor rural, que rememorou a história da criação dos CATs no Rio Grande do Sul. “Os cinco primeiros clubes foram: Santo Augusto, Palmeira das Missões, São Luiz Gonzaga, Giruá e Carazinho. Eles funcionaram sob o slogan – Onde tem Plantio Direto não tem erosão”, explicou Felisberto. José Ruedell, pesquisador da CCGL TEC, falou sobre as dificuldades e o desenvolvimento da tecnologia do Plantio Direto. “Fazer a cobertura do solo reduziu consideravelmente os problemas. Mas vale lembrar que é necessário evoluir sempre.” E ele ainda esclarece: “Se o sistema for feito com eficiência, rotação de culturas e solo coberto em todos os períodos, a produtividade será cada vez melhor. A palha é o combustível do Plantio Direto”. O último a palestrar foi Hebert Bartz. Ele narrou um pouco de sua trajetória na agricultura, que se confunde com a implantação do Sistema de Plantio Direto na Palha no Brasil. “Decidi mudar a forma de trabalhar as lavouras em 1971. Isto porque enfrentei uma chuva violenta e assisti à água lavar as minhas terras. Lembro que resolvi buscar novas tecnologias para evitar a perda da safra e a erosão. Viajei para a Inglaterra e, posteriormente, aos EUA, procurando um sistema que auxiliasse o meu trabalho. No começo não foi fácil, mas, hoje, o Plantio Direto está forte e auxilia a todos os produtores.” O aprendizado de Bartz foi levado a todo o agronegócio brasileiro e ajudou a transformar o Brasil em potência agrícola.
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José Ruedell
Felisberto Dornelles
Hebert Bartz
Sócio-fundadores do Clube Amigos da Terra Panambi, Condor e Pejuçara: André Keller da Silva Dair Jorge Pfeifer Daniel Strobel Darci Sérgio Pfeifer Denio Oerlecke Dietmar Schmidt Dinorvan Antonio Ceolin Edson Vilmar Springer Eduardo Lirio Eugênio Osvaldo Pott Fridholdo Keller Germano Döwich Gilberto Costa Beber Jorge Strobel José Luiz de Mello Almeida Lauri Hugo Breunig Lothário Germano Schmidt Luiz Carlos de Moura Rodrigues Manfredo Adler Martin Döwich Ronaldo Ernesto Müller
Estavam presentes no evento representantes das seguintes entidades: - Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha - Cotripal - Prefeitos Municipais de Panambi, Condor e Pejuçara - Câmara de Vereadores de Panambi - Presidentes e demais integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Panambi, Condor e Pejuçara - Emater de Panambi, Condor e Pejuçara - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí - Conselho Municipal do Meio Ambiente de Panambi - Corpo de Bombeiros e Brigada Militar de Panambi - Banco do Brasil e Sicredi Panambi, Condor e Pejuçara - Parceiros fornecedores: BASF, Bayer, Monsanto, FMC, Pioneer e Syngenta
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A montanha-russa da economia: por que ninguém escapa disso? Temas como endividamento da Grécia, crise na Zona do Euro, desaceleração do crescimento chinês, problemas econômicos dos Estados Unidos, e ampliação de endividamento interno no Brasil estão em alta nos meios de comunicação. Estas notícias revelam que o mercado econômico internacional passa por uma fase de movimentos bruscos e manobras perigosas. E se a grande economia se agita, seus passageiros, que são os cidadãos comuns, logo sentem os efeitos. Para complicar, em 2012 um componente a mais foi acrescentado neste cenário de instabilidade: o clima desfavorável às safras. A fim de entender um pouco melhor as voltas e reviravoltas da economia que, postas em gráfico, lembram mesmo uma montanha-russa, os reflexos do desajuste climático no mercado global servem de exemplo. A partir disso, é possível concluir que ninguém consegue escapar dos movimentos determinados pelos trilhos por onde segue o sistema financeiro, mas, em meio a isso, cada um deve tomar as medidas necessárias para se precaver do pior. O mercado de grãos embalou uma forte alta nos últimos meses depois que América do Sul e Estados Unidos amargaram perdas significativas na sua produção de grãos por causa da estiagem. A seca que atingiu o meiooeste norte-americano, região onde se concentra a maior produção mundial de grãos, já causou perdas estimadas em US$ 30 bilhões. O que pode acarretar uma crise alimentar, com alta generalizada de preços em todo o mundo. O matemático Edgar Beauclair, professor da USP (Universidade de
São Paulo), explica que a economia vive um efeito dominó em relação ao aumento dos preços. “A quebra da safra americana traz como consequência a elevação dos valores pagos pelos grãos – soja, milho e trigo – no mundo inteiro. Em curto prazo, a situação é favorável ao Brasil. Vamos vender com preços elevados, mas podemos nos preparar para uma alta na inflação.” Ainda de acordo com o professor, a cada 10% de alta nos preços das commodities, o custo de vida do cidadão brasileiro fica 0,8% mais caro. Ou seja, quando uma commodity (termo usado para se referir a produtos primários, dentre eles soja, milho, trigo), definidas na Bolsa de Chicago, tem o seu preço valorizado, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), um dos índices que mede a inflação brasileira, acompanha proporcionalmente o ritmo de alta. “Nos sete primeiros meses deste ano, o preço internacional da soja subiu 49%. A saca de 60 Kg alcançou, em termos nominais, no Brasil, as maiores cotações da história. Bateu os R$ 80 no interior do Rio Grande do Sul, e R$ 79 no Triângulo Mineiro”, complementa o professor. Num segundo momento, os preços elevados causam enormes transtornos. Eles diminuem a capacidade de pagamento das empresas compradoras, e o mercado mundial, para evitar inflação, busca alternativas de consumo ou usa o que tem em estoque. A pecuária foi a primeira área a sentir os efeitos. Isso porque os farelos de soja e milho são usados como ração na avicultura e suinocultura. A BRFoods, dona de grandes marcas de
alimentos, já anunciou que vai aumentar os preços dos produtos derivados de frangos e suínos em até 10% neste segundo semestre de 2012. O objetivo é compensar o aumento nos custos de produção. Quem trabalha com leite também sentiu a alta nas suas despesas de manejo e operacionalização, com o agravante de ver o preço cair na hora de vender para a indústria. Outra consequência dos desajustes climáticos será o aumento dos insumos agrícolas, alerta o presidente da Câmara Setorial de Insumos Agropecuários, Luiz Antonio Pinazza. Ao visualizar a alta dos preços dos grãos, os produtores plantarão mais áreas, forçando a demanda por sementes, fungicidas e fertilizantes. “A estiagem na América tem provocado especulações no mercado, criando uma espécie de bolha. A demanda adicional por insumos gera um ambiente de euforia no campo. E ainda existe uma estimativa de crescimento de área plantada com soja, que passará de 2 para 3 milhões de hectares.” Mais uma vez, isso resulta em elevação do custo de produção a ser necessariamente repassado adiante. O consumidor, parte fundamental desta cadeia de negócios, deve ficar atento às suas despesas, já que é inevitável escapar desta conta. Segundo o IGP (Índices Gerais de Preços), dos itens da cesta básica, o tomate subiu 437,1%, a carne bovina 4,1%, o feijão 9,7%, o óleo de soja acumula alta de 12,16% e a farinha de trigo 5,1%. E, ao que tudo indica, os preços elevados devem permanecer ainda por 12 a 15 meses, dependendo das reações do mercado internacional às próximas safras.
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Na montanha-russa econômica Os altos e baixos do mercado econômico são comuns no mundo globalizado: problemas de um país podem afetar os demais. Então, para o consumidor não acabar enrolado em dívidas, há algumas dicas simples a seguir.
Planejamento Evite entrar no cheque especial e abusar dos cartões de crédito. O ideal é escapar dos juros, pois no Brasil eles são muito altos e raramente valem a pena. Reflita sobre a necessidade real de gastar e reveja hábitos – é comum gastar um pouco aqui, um pouco ali, mas a soma das pequenas despesas, no final de um mês, pode avolumar e causar dor de cabeça na hora de pagar.
Financiamento Compre bens e produtos financiados somente em casos de emergência. O melhor é poupar o dinheiro para comprar à vista e conseguir desconto.
Ações e bolsa de valores Investimento Faça economia para formar uma reserva para emergências ou realização de sonhos. E quando tiver dinheiro sobrando, aplique em títulos de renda fixa ou poupança. São investimentos seguros.
O mercado de ações envolve grandes riscos e exige muito conhecimento. Definitivamente não é ideal para todo mundo. Se for arriscar, procure empresas sérias e credenciadas para operar os seus investimentos. Tenha em mente que o dinheiro deve estar sobrando no seu bolso e, depois de aplicado, não ficará disponível em curto prazo. Além disso, o lucro não é garantido e varia de acordo com especulações.
Previdência privada Ela também é chamada de previdência complementar, e é uma forma de seguro contratado para garantir uma renda no futuro, especialmente quando se deseja parar de trabalhar. Num primeiro momento, ela era vista apenas como uma poupança extra, mas com a aposentadoria paga pelo governo indo de mal a pior, o investimento privado vem ganhando importância. Abrir mão de consumir agora para investir numa aposentadoria privada, a ser recebida no futuro, é uma excelente opção, pois garante a continuidade da qualidade de vida.
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Recomendações que ajudarão a prevenir crises financeiras pessoais - Tenha um orçamento de receita e despesas - Diferencie gastos essenciais daqueles supérfluos - Mantenha um fundo de reserva para cobrir despesas extras que aparecerem - Crie um plano de contingência para lidar com possíveis crises - Não se endivide até o limite do seu orçamento - Evite cheques pré-datados - Não financie a juros altos e, se possível, fuja de financiamentos - Pesquise os preços antes de comprar - Compre à vista - Não use o limite do cheque especial, pois os juros são altos Se for preciso usar, liquide a dívida rapidamente e não entre em novos financiamentos - Pague suas contas até o vencimento para evitar multas - Envolva no orçamento doméstico todas as pessoas da casa que contribuem com as receitas e despesas
O ponto de equilíbrio Poupar é fundamental. Guardar uma quantia que proporcione segurança financeira é importante. Ao mesmo tempo, é preciso aproveitar as coisas boas que o dinheiro pode oferecer, como viagens, aquisição da casa própria, carro novo, bom estudo para os filhos, conforto doméstico. Uma pessoa com bom planejamento sabe gastar naquilo que vale a pena, e também poupar para garantir a sua qualidade de vida. O segredo está, enfim, no ponto de equilíbrio.
Entenda os termos do mercado econômico Commodity Indica produtos, agrícolas ou minerais, de grande importância econômica internacional. Alguns padrões de commodities são: ferro, petróleo, café, soja, alumínio, cobre, trigo, ouro e prata. Os preços são determinados em função do mercado – a velha lei da oferta e da procura. Inflação É o aumento generalizado dos preços. Quando isso acontece, o poder de compra da moeda cai. Existem diversas causas para que um país sofra com a inflação. Dentre elas: emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo; demanda por produtos maior do que a capacidade de produção do país; e aumento nos custos de produção. O Brasil, atualmente, está sofrendo com as duas últimas situações. Juros O juro básico de um país corresponde à menor taxa de juros vigente na economia. Ela funciona como referência para todos os contratos. Também representa a taxa a que os bancos emprestam dinheiro para outras instituições financeiras. No Brasil, o juro básico é conhecido como SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), e é definido pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Balança comercial A balança comercial de um país é definida através da diferença entre suas exportações e importações. Os países têm superávit comercial quando as exportações são maiores que as importações, ou déficit, quando as importações são maiores que as exportações. Existe ainda uma terceira situação, chamada de equilíbrio comercial. Neste caso, as exportações são iguais às importações. É muito importante para qualquer país ter uma balança comercial positiva, ou seja, um superávit, visto que, dessa maneira, há mais recursos e, consequentemente, maior desenvolvimento e incentivo da economia nacional.
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Afucopal é palco do tradicional jantar-baile de Dia dos Pais Na noite de três de agosto, a Afucopal (Associação dos Funcionários da Cotripal) promoveu jantar-baile em homenagem aos papais. O evento contou com a presença de cerca de 800 pessoas, entre funcionários da Cotripal e seus familiares. Além disso, as demonstrações de carinho entre pais e filhos eram vistas em todo o salão. O cardápio do jantar teve delícias como galeto, massa e saladas. Logo após, todos os presentes receberam um bombom e ouviram uma bela mensagem de Dia dos Pais. A festa seguiu com baile, animado pela banda Cheiro de Paixão, de Ronda Alta – RS. Mais fotos no site www.cotripal.com.br
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Notícia
Atleta da equipe de corredores da Afucopal completa 35 anos de prática esportiva No dia 7 de setembro, o funcionário da Cotripal Miro Bayer completou 35 anos como atleta de corrida. Nascido na linha Mambuca, interior do município de Condor, mudou-se com a família para Panambi quando tinha seis anos. E, desde esses tempos, era possível observar uma tendência para a corrida, pois Miro costuma contar que sua brincadeira preferida era o pega-pega. Em 1973, aos 16 anos, começou a trabalhar na Cotripal como empacotador. Nesta época, ele e os demais colegas de setor ganharam camisetas de um fornecedor, formaram um time de futebol e jogavam partidas amistosas nos finais de semana. Segundo Miro, um dos pontos altos de sua vida, tanto profissional como de atleta, foi participar da fundação da Afucopal (Associação dos Funcionários da Cotripal) que aconteceu em 1976. “Tenho muito orgulho de ser sócio-fundador da associação e participar dela até hoje”, afirma. No ano seguinte, iniciou a trajetória na corrida. Ele vestiu a camiseta da Afucopal nos Jogos Abertos de Panambi e, no dia 7 de setembro, venceu sua primeira corrida. “Participei da rústica dos 1500 metros que encerrou os jogos e, a partir daquele momento, não parei mais de correr. Foram muitas conquistas.” Os prêmios de maior destaque conquistados pelo corredor foram: dois Enescoop (Encontro Estadual Esportivo de Cooperativas) e dois títulos estaduais pelo SESC (Serviço Social do Comércio). Uma das últimas provas que participou foi a 20ª Meia Maratona de Passo Fundo, em que ficou na 5ª colocação, dentro de sua categoria. A prova contou com os melhores atletas do Sul do Brasil. Atualmente, Miro faz parte do grupo de corredores da Afucopal, formado há oito anos. Os cinco integrantes competem em diversas cidades do Rio Grande do Sul. As conquistas da equipe já passaram a marca dos 700 prêmios e muito mais deve vir pela frente.
Para festejar os 35 anos de prática esportiva, Miro Bayer preparou uma galeria de prêmios, que inclui troféus, medalhas e fotografias.
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Notícia
Cotripal formou 4ª turma do programa Aprendiz Cooperativo
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A 4ª turma do programa Aprendiz Cooperativo, desenvolvido pela Cotripal com o apoio do Sescoop/RS (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo), formou-se no dia 3 de agosto. O curso oferecido foi Assistente Administrativo para Cooperativas. A solenidade de entrega dos diplomas ocorreu no auditório do Centro Administrativo e contou com a presença do presidente da Cotripal Germano Döwich, Marco André Regis, gerente do departamento de Comunicação e Marketing e agente do Sescoop/RS, e Cristina Lasch dos Santos, supervisora do setor de Recursos Humanos. “O mercado de trabalho está cada vez mais exigente. É preciso capacitação profissional para ocupar algum espaço nesse cenário. O Aprendiz Cooperativo permite justamente que o jovem dê os primeiros passos de sua carreira já buscando essa capacitação, pavimentando, assim, uma trajetória bem-sucedida e um futuro com qualidade de vida”, comenta Marco André. As mensagens deixadas aos jovens formandos, pelas autoridades presentes, incentivaram a construção de seus sonhos e a sua realização pessoal por meio do trabalho.
Notícia
Cotripal faz doação para vítimas do tornado de Santa Bárbara do Sul A Cotripal, com o objetivo de auxiliar a comunidade do munícipio de Santa Bárbara do Sul, atingida por um tornado no dia 28 de julho, realizou diversas doações para as vítimas do desastre. Foram montados pontos de recolhimento de donativos nos cinco supermercados da Cooperativa, mobilizando centenas de pessoas. Os artigos arrecadados incluíram agasalhos, cobertores, alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza. Além disso, a Cotripal doou materiais escolares à SMEC do município (Secretaria Municipal de Educação e Cultura) e ao Colégio Estadual Blau Nunes. “A solidariedade que aparece nos momentos mais difíceis da vida sempre traz consigo a esperança. E significa muito, tanto para quem recebe a ajuda, como para quem oferece o auxílio”, explica Ronaldo Machado, supervisor do supermercado e lojas Cotripal Santa Bárbara do Sul.
Ronaldo Machado e colaboradores da Cotripal entregaram os donativos para Clediane Vargas Pinto, coordenadora do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social).
Angela Hermans, coordenadora do projeto de educação infantil da Cotripal, e Ronaldo Machado fizeram a entrega do material escolar para Jussara Barbosa dos Santos, diretora do colégio Blau Nunes, e Arlete Gava Salcher, secretária de Educação de Santa Bárbara do Sul.
Programa Via Shell Rimula visita a Cotripal As Lojas Cotripal de Panambi e Condor receberam a visita do caminhão Via Shell Rimula, nos dias 15 e 16 de agosto, respectivamente. O objetivo do projeto é difundir conhecimentos. Para isso, foram exibidas palestras-vídeo sobre gestão de custos, benefícios a partir da escolha certa de óleos lubrificantes, formas de diminuir o consumo das máquinas, além de apresentação dos produtos da linha Rimula Shell. Na ocasião, houve uma promoção especial de preços nos óleos da marca parceira, válida para o dia da visita.
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Promoções
Cotripal presenteia papais com adegas
Os supermercados Cotripal Panambi Centro e Condor realizaram uma promoção em comemoração ao Dia dos Pais. Os prêmios eram duas adegas, uma com capacidade para 12 garrafas e outra para seis. O sorteio aconteceu no dia 11 de agosto e contemplou, em Panambi, José Milton Valandro, com a adega maior, e em Condor, Ângelo Macedo, com a outra. Os clientes que quisessem concorrer ao prêmio deviam adquirir kits de vinhos e taças que estavam indicados nos supermercados, preencher o cupom e depositar na urna.
Supermercados Cotripal Santa Bárbara do Sul e Arco-íris realizam promoção com as sopas Vono
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Os supermercados Cotripal Santa Bárbara do Sul e Arco-íris realizaram promoção em parceria com as sopas Vono. Os ganhadores dos sorteios foram Otavio Lopes, em Santa Bárbara do Sul, e Paulo da Silva, em Panambi. Cada um deles levou para casa um fogão à lenha. “Será muito útil nos dias frios, vai esquentar o inverno”, conta Otavio. Para participar, era preciso adquirir duas unidades das sopas Vono, preencher o cupom, depositar na urna e torcer.
Postos Cotripal e STP realizam nova promoção Os três postos BR Cotripal realizaram uma promoção junto com a marca de produtos automotivos STP. Os prêmios eram três kits churrasco e três condicionadores de ar split. Para concorrer, era preciso adquirir qualquer produto da marca STP, o que dava direito a um cupom. Depois, era só preencher corretamente, depositar na urna e torcer para ser o sorteado. Posto BR Condor Ricardo Ullmann – kit churrasco Sérgio Luiz Soares – condicionador de ar
Posto BR Arco-íris Norberto Schmidt – kit churrasco J osé Luiz dos Santos – condicionador de ar
Posto BR Centro Décio Linn – kit churrasco Mauro Meggolaro – condicionador de ar
Cotripal e Cerélus sorteiam televisão No dia 11 de agosto, o Supermercado Cotripal Panambi Centro sorteou uma TV LCD 32'', em parceria com a marca Cerélus. A ganhadora da promoção foi Edila Rosa Horst, que recebeu o prêmio como um largo sorriso no rosto. Para ter direito a preencher um cupom e participar da promoção, era preciso comprar três barrinhas de cereal da Cerélus, preencher os dados solicitados corretamente e depositar na urna.
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Promoção
Lojas Cotripal realizam sorteio do Dia dos Pais O Dia dos Pais é uma data marcante, por isso, as cinco Lojas Cotripal prepararam uma promoção especial para comemorar a data. No total, foram sorteados 29 prêmios, no dia 13 de agosto. Entre eles, uma TV LCD 24'', um gazebo, 24 kits de ferramentas e três aparadores de grama. Para concorrer, os clientes precisavam realizar compras no valor de R$ 50, em qualquer uma das Lojas Cotripal, preencher o cupom, depositar na urna e torcer. E, também, quem adquirisse os produtos anunciados num folheto, preparado especialmente para a data festiva, ganhava um cupom extra.
Panambi TV LCD 24” Lindomar de Oliveira Gazebo Valentim Chaves de Oliveira Kit Ferramentas Leni Scheffelmeyer Noldi Binello Evanildes dos Santos Ricardo Lasch Edson Ehrhardt Luis Ruchel Benno Frederico Fahl Daniel Breitenbach Adilso Batista Rosane Dessbesell Margit Beier José Quevedo
Condor Kit ferramentas Edson Elso Guse Ivo Delmar Springer Jose Rizzi Aldino Antonio Datsch Aparador de grama Alexandre Jacob Reiner
Pejuçara Kit ferramentas Lauro Stella Rodrigo Bonini Ronei Vieira Celito Luis Donato Aparador de grama Lucimar Bronzzatto
Santa Bárbara do Sul Kit ferramentas Luana Puhl Olívia Loeblein Mário Pazinato Leandro André Feller Aparador de grama Neide Almeida
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Cursos e treinamentos
Treinamento
adnegA
Reciclagem para vigias e trabalhadores autorizados – NR33 Data: 10 de agosto Local: Auditório do Centro Administrativo
Palestra Cuidados na infância: obesidade infantil Data: 7 de agosto Local: Auditório do Centro Administrativo Palestrante: médica pediatra Madalena Rotta
Agenda
Cursos Jardinagem Data: 06 a 08 de agosto Local: Núcleo Unidos do Vale linha Caxambu, Panambi Data: 20 a 22 de agosto Local: Núcleo Unidos do Campo linha Maraney, Panambi
Panificação caseira Data: 20 a 22 de agosto Local: Comunidade Católica Sagrado Coração de Jesus – linha Boa Vista, Panambi
Inclusão digital Data: 27 e 28 de agosto Local: Núcleo Amigos da Terra linha Pontãozinho, Condor Data: 29 e 30 de agosto Local: Núcleo Verde Esperança linha Ramada, Condor
Manejo da terneira e da novilha leiteira Data: 27 a 29 de agosto Local: Núcleo Otimismo – linha Colônia Casch, Condor
Treinamento para vigias e trabalhadores autorizados – NR33 Data: 23 e 24 de agosto Local: Auditório do Centro Administrativo setembro 2012
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Cursos e treinamentos
Jardinagem Data: 6 a 8 de agosto Local: Núcleo Unidos do Vale – linha Caxambu, Panambi
Panificação caseira Data: 20 a 22 de agosto Local: Comunidade Católica Sagrado Coração de Jesus – linha Boa Vista, Panambi
Inclusão digital Data: 27 e 28 de agosto Local: Núcleo Amigos da Terra – linha Pontãozinho, Condor
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Data: 20 a 22 de agosto Local: Núcleo Unidos do Campo – linha Maraney, Panambi
Manejo da terneira e da novilha leiteira Data: 27 a 29 de agosto Local: Núcleo Otimismo – linha Colônia Cash, Condor
Data: 29 e 30 de agosto Local: Núcleo Verde Esperança – linha Ramada, Condor
Cozinhando com Elis O grande chef na cozinha
Data: 9 de agosto Local: Afucopal (Associação dos Funcionários da Cotripal)
Data: 8 de agosto Local: Salão da Comunidade Católica de Condor
Data: 6 de agosto Local: Lions Clube Pejuçara setembro 2012
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Segurança doméstica
Verminose
um inimigo quase invisível Brincar na terra, sentir-se livre para andar de pés descalços e interagir com animais é desejo de algumas pessoas e realidade para outras. Parece um sonho: estar em contato direto com a natureza, desde a infância, é ótimo e faz bem à saúde. Contudo, hábitos de higiene precisam ser respeitados, pois nestes lugares pode haver um inimigo praticamente invisível e que cresce e se desenvolve dentro do organismo humano. São os vermes, e o cuidado com a higiene é a melhor maneira de combatê-los.
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Muito se tem ouvido ultimamente sobre o que pesquisadores chamam de vitamina “S”. Não se trata de um nutriente benéfico descoberto recentemente. O “S”, no caso, se refere à sujeira. Teorias defendem que as crianças devem se sujar mais e que o contato com a terra, e mesmo com a sujeira, previne doenças. A médica pediatra Madalena Rotta esclarece: “Realmente, as crianças têm tido pouco contato direto com a natureza. Pesquisas mostram que essa realidade mais urbana diminui o índice de enfermidades como a verminose, mas, em contrapartida, há aumento significativo de outras doenças, como rinite e sinusite. Não podemos colocar as crianças 'em uma bolha'. Temos que deixar que elas brinquem e se sujem, porém, nosso dever é prezar pela higiene delas.” Verminoses são doenças causadas por pequenos animais parecidos com minhocas, os chamados vermes. Tanto bichos quanto pessoas podem ser atacados por eles. Trata-se de uma doença de higiene, já que esta é a maneira mais eficaz de evitá-los. Bebês e crianças são os mais propícios a adquirir a doença, pois não possuem a consciência da importância dos hábitos corretos de higiene e limpeza. “Quando estão na fase oral, tudo o que as crianças enxergam acaba indo para a boca. Se o objeto estiver no chão, pode haver contaminação de vermes e de outros micro-organismos transmissores de doenças. Por isso, o papel do adulto é muito importante”, esclarece a médica. As verminoses são adquiridas mais facilmente por quem tem contato frequente com animais ou com terra. Entretanto, é um erro concluir que se trata de um problema exclusivo do ambiente rural. A médica pediatra explica que quanto maior o contato com situações de risco, maior a chance de contaminação. “Verminose não é uma doença exclusiva do meio rural. Onde há cuidados com higiene e acesso a saneamento básico, dificilmente esta doença aparece.” Para prevenir a verminose, inicialmente devem ser levados em conta os hábitos de higiene e saneamento básico. Higienizar adequadamente os alimentos, lavar as mãos após usar o banheiro e dar vermífugo aos animais são alguns dos cuidados essenciais. Também, ter um acompanhamento médico, com exames laboratoriais periódicos, é fundamental.
Os sintomas Como há vários tipos de vermes, e que se instalam em diferentes partes do organismo humano, os sintomas variam muito. Porém, os mais comuns são: - Desconforto e fraqueza - Dores ao redor do umbigo e na barriga - Coceira em olhos e nariz - Irritabilidade - Vontade excessiva de comer doces - Engasgos súbitos - Rosto amarelado - Dentes trincados e bruxismo
O diagnóstico A médica pediatra esclarece que os exames para diagnosticar verminoses não são muito precisos. Para cada tipo de verme há um teste diferente. Mas, mesmo quando o resultado laboratorial der negativo, e o médico tiver uma forte suspeita de que a criança está contaminada com vermes, o Ministério da Saúde orienta o teste terapêutico, ou seja, o tratamento do paciente com medicamentos específicos, pelo menos uma vez por ano.
O tratamento Existem vermífugos específicos para o tratamento das verminoses. Após o diagnóstico, o médico é o profissional habilitado para determinar o tipo de medicamento ideal para cada caso. “A automedicação não deve ser praticada, visto que se trata de uma doença com muitas particularidades e também porque há muitos tipos de medicamentos disponíveis”, esclarece Madalena.
A prevenção Há algumas medidas simples e que facilmente podem ser adotadas para prevenir verminoses e também outras doenças: - Lavar bem as mãos sempre que usar o banheiro e antes das refeições - Conservar as mãos limpas e unhas aparadas - Beber somente água filtrada e fervida - Lavar bem os alimentos antes do preparo, principalmente se forem consumidos crus - Andar apenas calçado - Comer somente carne bem passada - Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída - Manter limpa a casa e o terreno, evitando a presença de moscas e outros insetos - Alimentar-se sempre em lugares limpos e higiênicos - Prezar pelo saneamento básico e um bom tratamento da rede sanitária
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Vida saudável
controlado Nos últimos anos, a diabetes cresceu muito no Brasil, e uma das causas é o sobrepeso. Cuidado com a alimentação e exercícios físicos regulares são as melhores formas de prevenção. Quando ingerimos algum alimento, ele sofre digestão no intestino e se transforma em glicose, que é absorvida pelo sangue, tornando-se fonte de energia para os músculos e tecidos. A sua absorção pelo corpo depende de uma substância produzida pelo pâncreas, a insulina. Se ela não for bem utilizada pelo organismo, a glicose se acumula no sangue, aumentando a sua taxa e causando a hiperglicemia, sinônimo de uma doença chamada diabetes. Mas existe outra reação que também é considerada consequência da diabetes: a hipoglicemia, que se caracteriza pela baixa da glicose. Isso ocorre em pessoas que fazem uso de insulina ou medicação oral para o controle da doença. A reação acontece, geralmente, por falta de refeições nos horários corretos, por exercícios físicos excessivos ou por doses elevadas de insulina ou medicamentos. Os sintomas da hipoglicemia variam, mas é comum haver suor em excesso, sonolência, fraqueza, coração acelerado, tremores, fome súbita e confusão mental. Recentemente, a Vigitel (Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) divulgou o resultado de uma pesquisa realizada em 2011. De acordo com ela, o número de diabéticos no Brasil está crescendo muito. Segundo a pediatra Madalena Rotta, “esses índices de crescimento estão relacionados com o aumento da obesidade, um dos principais fatores de risco para a doença. E os números são ainda mais elevados com crianças, que praticamente não apresentavam o diabetes tipo 2 por não fazerem parte do grupo de risco”. Hoje, cerca de 6% da população brasileira declara ter diabetes. O tratamento exige acompanhamento especializado
e monitoração constante da glicose no sangue, triglicerídeos, colesterol e pressão arterial. Ter diabetes não significa que seja preciso cortar todas as guloseimas para o resto da vida. Vez ou outra elas podem ser saboreadas, desde que seja com paciência e cautela. Outro cuidado essencial é com relação aos exercícios físicos, que devem ser realizados com frequência, pois ajudam a controlar o nível de glicose no sangue. Uma alimentação balanceada cria a possibilidade de doses menores de remédios, por isso, quem tem esta doença e faz uso de medicação precisa controlar seu consumo de açúcares. Outro grande problema é o tabagismo. Segundo o site do doutor Dráuzio Varela, o fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como a circulação de sangue nos pequenos e grandes vasos sanguíneos fica comprometida com a doença, fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações. O pré-diabetes, outro motivo de preocupação, é um alerta de que o tipo 2 está por perto. Na maioria das vezes, não apresenta sintomas e surge quando as células começam a demonstrar dificuldades em absorver a glicose existente no sangue, mesmo que o pâncreas ainda produza insulina em quantidades suficientes. Boa parte dos cuidados são simples, e para se ter uma vida mais saudável e sem grandes riscos, adequar alimentação equilibrada com exercícios físicos previne uma série de doenças. A diabetes é uma enfermidade que exige atenção e acompanhamento periódico. Então, em caso de dúvida, procurar um médico se torna fundamental para o diagnóstico correto.
Saiba diferenciar: Diabetes tipo 1 Em geral, esse tipo inicia ainda na infância e tem necessidade de tratamento com insulina na veia durante toda a vida. Neste caso, o pâncreas não consegue mais produzir insulina suficiente para o organismo. Os sintomas se manifestam de maneira rápida,como hiperglicemia, excesso de fome, sede e perda de peso. A doença aparece de forma tão abrupta que, na maioria das vezes, o diagnóstico só acontece quando a pessoa já está no hospital, com sintomas muito intensos, mal-estar, queda de consciência e níveis de glicemia muito altos.
Diabetes tipo 2 Esse tipo está relacionado com o excesso de peso, bem como tabagismo, sedentarismo, hipertensão e herança genética. Normalmente, aparece em adultos a partir dos 30 anos ou em adolescentes que apresentam obesidade. Esse tipo corresponde a 90% dos casos de diabetes no Brasil. Neste caso, o pâncreas funciona bem, mas há dificuldade nas células do corpo em absorver bem a glicose do sangue. É um defeito genético que pode ser agravado por diferentes fatores de risco. Quando surge, apresenta poucos sintomas, mas geralmente manifesta os mesmos do tipo 1.
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Classificados VENDE-SE Silverado – ano 1999 A diesel, completo, cor verde musgo, bom estado Contato: (55) 9963-0281 Voyage CL 1.6 – ano 1989 À gasolina, cor branca, com engate, alarme, em bom estado Contato: (55) 9156-5852 Moto Twister CBX 250 – ano 2003 Moto CBR 300 – ano 2012 Moto Titan 125 – ano 2001 Casa de alvenaria 127m², localizada no bairro Arco-íris, em Panambi, terreno de esquina Contato: (55) 9144-4522 Moto Twister – ano 2006 Prata, ótimo estado Contato: (55) 9116-5929 Moto CB300R – 2010 Dourada, 12.000 km, ótimo estado Contato: (55) 9148-8580 Del Rey – ano 1986 Com direção hidráulica e ar condicionado Plantadeira PSE8 Sistema Stara Sfill Contato: (55) 9943-8992 S10 – ano 2004 4x2, ótimo estado, 150 mil km rodados Contato: (55) 9104-3981 ou 9622-2267 Parati – ano 1999, modelo 2000 troca-se por material de construção Contato: (55) 9934-3870
Trator Ford 6600 – ano 1980 Aceita troca por terreno ou casa Contato: (55) 9985-5729 Trator Massey Ferguson 290 – ano 1980. Bom estado Contato: (55) 9148-9852 Trator Massey Ferguson 55X Eixo alto, bom estado Contato: (55) 9154-3880 ou 9603-7768 Trator Massey Ferguson 290 Pneu traseiro recapado, pneus dianteiros novos, comando hidráulico duplo Contato: (55) 9962-6140 Trator Massey Ferguson 235 – ano 1987. Ótimo estado Contato: (55) 9918-2059 Colheitadeira New Holland 4040 13 pés de corte, cabinada, com ar condicionado, em bom estado Contato: (55) 9149-7915 Colheitadeira Massey Ferguson 5650 – ano 1989 . Turbo, ótimo estado Contato: (55) 9981-4770 Colheitadeira SLC 6200 Colheitadeira New Holland 2 pulverizadores Columbia Cross 2000 Contato: (55) 9917-7809 ou 9195-8898 Colheitadeira Clayson 1530 – ano 1974 Com caçamba para soja e milho, 13 pés de corte de soja e 4 linhas de milho, bom estado Contato: (55) 9151-3069
Plantadeira Semeato PSE8 9 linhas Kit para silagem de inverno Contato: (55) 9670-0270 Plantadeira Frontal – ano 2001 Hidráulica, 6 linhas para soja, sistema pula pedra, com caixa de inox Contato: (55) 9956-4040 Caminhão Chevrolet D60 – ano 1980 Bom estado, aceita-se uma caminhonete Fiat Strada cabine alongada no negócio Contato: (55) 9957-8189 Pulverizador Aral 700 litros, bicos monojet, barra de 14 metros e marcador de linha Bebê conforto Até 13kg, azul Contato: (55) 9139-5331 ou 9995-9568 Ensiladeira Jumil – ano 1973 Carretão Troca-se por material de construção Contato: (55) 9993-8575 ou 9643-8154 Ensiladeira Jumil 4100 – ano 1994 Revisada Lancer À disco, bom estado Contato: (55) 9135-0051 Trilhadeira Marca Panambi, bom estado Alambique para cachaça Completo Contato: (55) 9131-6125
Colheitadeira Clayson 135 Contato: (55) 9962-8355
Espalhador de palha Para colheitadeira SLC 6200 Contato: (55) 3375-6305 ou 9131-6506 ou 9131-6597
Caminhonete F4000 – ano 1994 Turbo, cor amarela, com carroceria graneleira Fiat Uno Way – ano 2010 1.4, 13 mil km rodados, verde, roda liga leve, ótimo estado Contato: (55) 9625-5247 ou 9939-7145
Colheitadeira SLC 6200 – ano 1984 Pneus recapados, totalmente revisada Contato: (55) 9132-9423
Ordenhadeira Fockink Com um conjunto Contato: (55) 9907-4490
Colheitadeira Massey Ferguson 3640 – ano 1984. Bom estado Contato: (55) 9993-4007
Apolo – ano 1991 Contato: (55) 9954-1433
Colheitadeira Massey Ferguson 5650 – ano 2001. Com caçamba, 16 pés de corte, flexível e automática com computador de bordo, cabine original de fábrica, pneus seminovos Plantadeira Imasa MPS 1800 – ano 2004. Caixa de adubo em inox, 17 linhas de trigo, 9 linhas de soja, sulcadores novos e kit para milho Contato: (55) 9625-5247 ou 9939-7145
Ordenhadeira Westfalia Acompanha transferidor de leite Eletromac e aquecedor de água com capacidade de 50 litros, com dois conjuntos Contato: (55) 9915-0488
Belina – ano 1990 1.8, a gasolina, bom estado Contato: (55) 9981-5107
Eco Sport – ano 2008 IPVA pago, cor preta, 1.6 Contato: (55) 9183-5477 Escort-L – ano 1993 Ar quente, modelo europeu, cor bordô, 4 pneus novos Contato: (55) 9125-2620 ou 9114-1210 Trator Massey Ferguson 296 Contato: (55) 9167-1683
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Plantadeira Metasa PDM – ano 2003 13 linhas de soja Contato: (55) 8453-1333
Resfriador 300 litros Acompanha 6 tarros de 30 litros, recebe terneiros na troca Contato: (55) 9969-5823 Resfriador 300 litros 4 postes de concreto Cada um com 7 metros e 400 metros de fios de cobre Contato: (55) 9989-3476
Marcador de linha Jacto Contato: (55) 9689-2001 Carroceria graneleira Para caminhão truck Contato: (55) 9963-8065 Caçamba pedreira – 40m³ Contato: (55) 9977-8801 ou 9122-6673 Plataforma de milho – ano 1993 Marca Mantovani, pagamento a combinar Contato: (55) 9954-6708 ou 9671-8077 Tanque de óleo 2500 litros, acompanha mangueira Contato: (55) 9936-7538 2 pneus agrícolas 18.4.30, recapados Contato: (55) 9917-9134 ou 9125-3459 Compressor de ar 12 pés, seminovo Contato: (55) 9977-9695 Máquina de cortar carne Com moedor, serra-fita, bom estado Contato: (55) 3375-2459 ou 9983-7264 Suspensão a ar Para corsa e celta Contato: (55) 9149-6729 Simulador de caminhada Marca Ferrari Fitness, ótimo estado Contato: (55) 9148-8464 ou 9118-1840 Máquina de lavar Consul, 6 kg, nova Contato: (55) 9628-8931 CNPJ de uma microempresa Regularizada Contato: (55) 9116-4647 Casa de alvenaria Com 146,54m², localizada na rua Carlos Gomes, terreno com 336,25m², esquina com a rua Valter Jobim, no bairro Medianeira, Panambi Contato: (55) 9154-0837 ou 9112-1737 ou 3375-6245 Terreno Com 440m², de esquina, localizado no bairro Kuhn, rua Henrique Rehn com a Borges de Medeiros Contato: (55) 9937-0353
Área de terras com 3,7 hectares Localizado na linha Morengaba, a 7 km da prefeitura Contato: (55) 9946-1606 Chácara de 3 hectares Com casa de 70 m² e 2 galpões de madeira, localizada na linha Ocearu, a 800m do asfalto, toda cercada, com frutíferas e plantação de pinus pronto para corte Contato: (55) 9154-3880 ou 9603-7768 Área de terra Localizada na linha Maraney com armazém medindo 18x22 metros Contato: (55) 3375-0388 ou 9626-9600 3 hectares de terra Localizado na linha Serrana Contato: (55) 9183-2246
Filhotes de cachorro ovelheiro puro Contato: (55) 9999-5947 Mini vacas e mini touros Cruzamento de jersey com holandês Contato: (55) 9963-1240 30 vacas leiteiras Contato: (55) 9975-1987 2 novilhas holandesas Prenhas de 6 meses 15 novilhos aberdeen e angus 8 a 12 meses Contato: (55) 9926-9261 ou 9997-1000 25 vacas holandesas Plantadeira MP 2000 Para culturas de inverno e verão Contato: (55) 9912-4451
20,2 hectares de terra Localizada na linha Raiz, Condor Contato: (55) 9182-4801
COMPRA-SE
76 hectares de terra Localizado na colônia Bom Retiro Contato: (55) 9909-9166
Forno industrial A lenha, bom estado Contato: (55) 9188-1004
Touro jersey Roda d'água Contato: (55) 9622-9812
Tanque fundo chato para caminhão 4000 litros Contato: (55) 9981-2605
40 bovinos Com cerca de 250kg Contato: (55) 8402-6396
Tanque de óleo diesel Contato: (55) 9639-9944
5 vacas holandesas Contato: (55) 9915-0488
Trator Massey Ferguson 65X ou 265 Em bom estado, pagamento à vista Contato: (55) 8438-0298
Touro zebu – 3 anos Ordenhadeira Fockink Contato: (55) 9925-5121
2 cadeiras para alimentação de bebê Contato: (55) 3375-4708 Obs: ligar depois das 18 horas
Filhotes de pastor alemão Capa preta, fêmea, 4 meses, vacinados Contato: (55) 9126-7622
Ensiladeira Jumil Contato: (55) 9114-2900
3 novilhas Ordenhadeira Westfalia 200 Com 2 conjuntos Contato: (55) 9974-9019
PROCURA-SE
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Junta de novilhas 2 anos, prenhas, raça gir-leiteira Contato: (55) 9926-2943 setembro 2012
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Prata da casa
Praticar o bem para colher o bem Simpatia, alegria e bondade são qualidades que não faltam ao entrevistado deste mês. Descendente de italianos, apegado às raízes familiares e católico devoto, este patriarca de uma família de cinco filhos é um grande exemplo de coragem, visão e superação. Quem agora nos conta sua história é o senhor Sezefredo Callegari, associado da Cotripal em Pejuçara, o prata da casa de setembro.
Nome: Sezefredo Callegari Idade: 81 anos Aniversário: 31 de janeiro Profissão: agricultor aposentado Associado da Cotripal desde: fevereiro de 1985 Esposa: Rosínia Ermínia Callegari (in memorian) Filhos: José Luís, Maria Luísa, Joceli Antonio, Marcia Inês e Marta Ana Noras: Graciela e Janete Genro: Herman Netos: Ana Júlia, Cátia, Silvia, Marlon Vinícius, Maicon Luís, Rafaela, Gabriel, Adrian, Jéssica e Jeverlin Bisnetos: Rafael e Gabriel Quem é Sezefredo Callegari? Sou um homem simples, recebo e trato bem todas as pessoas, sou trabalhador, apegado à família, dedicado em tudo o que faço. Qual o significado da família para o senhor? Família para mim é união. É trabalhar e viver unidos, com respeito e amor. É confiança. O senhor é um homem religioso? Sim, muito. Fui seminarista durante a juventude. Depois que me casei, passei a atuar ativamente na igreja católica, sou um dos pioneiros da Festa da Uva e do Trigo daqui de Pejuçara, organizada pela Paróquia São José. Herdei minha fé da família, desde criança aprendemos a respeitar a todos, ter humildade e praticar o bem. E foi assim que criei meus filhos. Que valores o senhor considera importantes em sua vida? Fé, trabalho, amor, humildade, união e respeito ao próximo. O senhor sempre trabalhou com agricultura? Estudei até os 18 anos, passei quatro anos no seminário, tive um irmão também seminarista que se tornou padre, mas eu não quis seguir com essa carreira religiosa, não era minha vocação. Eu gostava mais de namorar as meninas. Fui então servir o Exército, mas tive que
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sair para cuidar dos meus pais, eu era o único solteiro, com exceção do meu irmão padre. Aí assumi o trabalho na lavoura do meu pai, e não parei mais. Esse início foi fácil? Não, nenhum pouco. Hoje, o desenvolvimento nos permite muitas coisas que na época eram impensáveis. Antigamente o meio de transporte mais comum era o trem: o caminho que levávamos cerca de dois dias para fazer, hoje fazemos em poucas horas. Em 1956 casei com minha finada esposa, ficamos morando dois anos com meus pais, e os filhos começaram a vir. Com o advento do Sistema de Plantio Direto, a vida melhorou muito. Hoje, meus rapazes é que fazem todo o trabalho das máquinas, mas sou eu que ainda programo as safras e administro as finanças. Como o senhor chegou à Cotripal? Iniciei meus trabalhos na agricultura desde cedo, e era associado à outra cooperativa. Só que ela foi à falência e eu precisava entregar minha produção. Escolhi a Cotripal porque já havia ouvido falar muito bem dela. Desde o primeiro dia como associado eu já me senti bem na Cotripal, e é onde permaneço até hoje. Sou fiel à Cooperativa, porque, sempre que precisei, ela foi fiel a mim. Temos que estar ao lado de quem colabora com a gente. O que o senhor mais gosta em seu trabalho? Gosto de tudo. Me dediquei muito tempo à apicultura, foi uma atividade que me deu prazer: de dia trabalhava com ela, e de noite, na lavoura. Tenho algumas colmeias ainda hoje, e a Cotripal incentiva esse trabalho, mas minha idade e saúde já não me permitem tanta dedicação. Qual a importância da Cotripal em seu trabalho? Ela sempre foi e continua sendo muito importante para mim. Se não fosse a Cotripal, certamente não chegaria onde hoje estou. Tudo o que eu preciso encontro na Cooperativa: sempre que necessário busco conhecimento com os técnicos e faço todas as minhas compras no Supermercado de Pejuçara. Estarei com a Cotripal até quando eu viver, porque a considero como uma verdadeira família.
Setembro “loco de bom” Neste mês, comemoramos uma data muito especial para todos que moram no Rio Grande: é a Revolução Farroupilha, ou Dia do Gaúcho. Por isso, trouxemos dois pratos com ingredientes típicos do Sul. O primeiro é um matambre recheado, fácil de preparar e muito saboroso, e o segundo é um pãozinho diferente, que leva batata-doce em sua composição. Então, “se aprochega, vivente”, pois as duas receitas estão de dar água na boca. Um bom apetite e um feliz Dia do Gaúcho!
Matambre recheado Ingredientes 1 matambre com cerca de 1 ½ quilos 1 colher de sobremesa de pimenta-do-reino 4 dentes de alho amassados com sal 1 colher de sopa de grãos de coentro 1 colher de chá de cravo em pó 350ml de vinho branco suave 350ml de água 100 gramas de queijo parmesão ralado 100 gramas de queijo mussarela 1 xícara de chá de farinha de rosca 2 colheres de sopa de sal 1 maço de salsa 4 ovos
Modo de preparo
Pão de batata-doce
Tempere o matambre com sal, pimenta, alho, coentro, cravo, água e vinho. Deixe tomar gosto por 6 horas. Bata as claras em neve, acrescente as gemas, a salsa, os queijos, a farinha de rosca e misture bem. Abra a carne com a parte interna para cima e espalhe o recheio. Enrole como um rocambole, tendo o cuidado de não apertar muito. Costure e amarre. Envolva o matambre num pano de algodão, amarrando as pontas. Coloque na panela de pressão com os temperos da marinada, cubra com água e leve ao fogo alto até ferver. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por 1 hora ou até ficar macio. Deixe a panela esfriar um pouco e retire a carne, mantendo amarrada até esfriar totalmente. Sirva cortado em fatias finas.
Ingredientes
Todas as receitas são previamente testadas pelas culinaristas da Cotripal.
3 batatas-doces de tamanho médio 3 xícaras de chá de farinha de trigo 2 ovos 2 colheres de sopa de fermento 1 colher de sopa de manteiga 1 colher de sopa de banha 1 xícara de chá de açúcar Sal a gosto
Modo de preparo Cozinhe as batatas, descasque-as e passe-as pelo espremedor. Assim que estiverem frias, junte os ingredientes, um de cada vez, intercalando os úmidos com os secos. Amasse bem, faça os pãezinhos em formato redondo, pincele com gema e leve ao forno para assar.
Compartilhe a sua receita preferida! Se você quer ver publicado aqui aquele prato especial que alguém da sua família prepara, entre em contato conosco. Mande sua dica para vinicius@cotripal.com.br ou ligue para (55) 3375-9071
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Crescimento sustentável é a marca de quem se dedica a firmar raízes
Cotripal, há 55 anos, juntos somos mais! juntos somos mais