Publicação do Conselho Regional g de Corretores de Imóveis do Estado de Goiás
CRECI-GO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS 5ª REGIÃO / GO
EDIÇÃO 11 - GOIÂNIA, MAIO DE 2013
Condo-hotéis União entre mercado imobiliário e setor hoteleiro gera empreendimento que pode ser boa alternativa para os investidores
Tendência dos EUA Especialização em atender o comprador pode beneficiar mercado brasileiro
Imóveis de revenda Desafios e oportunidades do mercado de terceiros
Próximos, mas diferentes Saiba como desenvolveu o mercado imobiliário nos bairros Jardim América, Nova Suíça e Parque Amazônia
Entrevista - Jornalista Carlos Sardenberg fala sobre o futuro da economia e do mercado imobiliário
hugo@oscarhugo.com.br
OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES - presidente do Creci de Goiás
Palavra do Presidente ry leu aF leri Va
Estudarequalificaroucomprar O homem não é nada além daquilo que a Educação faz dele. (Immanuel Kant) Com o advento da Lei 4116/62, tornou-se obrigatório o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis a todos àqueles que quisessem seguir a profissão de Corretor de Imóveis, mas não era exigência a apresentação de prova de escolaridade. Em 29/JAN/76, através do Parecer 61/76, o Conselho Federal de Educação aprovou o Curso de Técnico em Transações Imobiliárias a nível de ensino de 2º Grau, hoje ensino médio. Em 1.978, com a Lei 6530/78, ficou assim disposto no Art. 2º: “O exercício da Profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico em Transações Imobiliárias”. Não bastasse o parecer 61/76, foi muito específico a definição em 17/ABR/97 pelo Decreto 2.208, no seu Art. 3º item II, TÉCNICO: destinado a proporcionar habilitação profissional a alunos matriculados ou egressos de ensino médio, devendo ser ministrado na forma estabelecida neste Decreto. A profissão de Corretor de Imóveis exige conhecimento, responsabilidade e muita ética, pois lidamos com pessoas que depositam em nosso trabalho suas economias, seus investimentos, acreditam em nossa informação, compram o imóvel que lhes asseguramos ser um bom negócio. Por tudo isso, temos normas e procedimentos a serem obedecidos, temos que conhecer o mercado, o sistema financeiro, conhecer a legislação imobiliária, saber analisar os documentos, enfim temos que dar uma verdadeira consultoria para os nossos clientes. Entretanto, para que possamos fazer e fazer bem feito, temos que estudar para estar em dia com os acontecimentos, com as novas tecnologias, enfim estar preparado para o desenvolvimento sustentável e o crescimento organizado. No entanto, com tanta facilidade para estudar, ainda existem pessoas querendo dar de espertos, procurando facilitar sua vida e acabam complicando COMPRANDO DIPLOMAS, acreditando que tais procedimentos ficarão no anonimato, e entrarão na profissão pela porta dos fundos, lesando toda uma categoria e pondo em risco a sociedade. Temos em nosso poder uma série de certificados do ensino médio falsificados, que fizeram parte de documentação para se inscreverem nos cursos de TTI. Tais documentos já foram encaminhados aos colégios que negaram sua origem, bem como a Secretaria de Educação do Estado de origem, que também já se manifestou sobre a ilegalidade dos mesmos, além de diplomas de TTI falsificados, As autoridades policiais já foram comunicadas e processos estão sendo abertos contra esses burladores das normas, os espertinhos de plantão. A todos àqueles que pretendem ser Corretores de Imóveis, ESTUDEM e façam seus cursos em escolas regulamentadas, pois toda documentação que for dada entrada neste Regional, será periciada e consultas serão feitas nos órgãos responsáveis pelos seus registros. Àqueles que usam de subterfúgios para conseguirem seus Diplomas, só temos a lamentar e dizer que em nosso meio queremos pessoas sérias e honestas, que lutam com dignidade e procuram o seu engrandecimento dentro da ética e do conhecimento. Se já usam de caminhos escusos antes de entrarem na profissão é um sinal que não será um bom profissional. Àqueles que assim agem, deverão responder na JUSTIÇA pelos seus atos. O nosso conselho: invistam na Educação, pois do contrário só conquistarão o fracasso. À sociedade alertamos, quando notarem falta de profissionalismo, ética e de conhecimento do profissional, comuniquem ao CRECI, para que possamos tomar as providências legais.
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EXPEDIENTE Em contato com o setor de comunicação do Creci-GO : imprensa@crecigo.GOV.br
CRECI-GO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS 5ª REGIÃO / GO
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 5ª Região-GO é uma autarquia federal de disciplina e fiscalização da profissão de corretor de imóveis. Regulamentada pela Lei Federal 6.530/1978 Endereço: Rua 56 Nº 390, Palácio dos colibris, JARDIM GOIÁS, goiânia-GO - CEP: 74810-240 - Fone/ fax: 62 3236-7350 - Homepage: www.crecigo.gov.br, E-mail: crecigo@crecigo.GOV.br Diretoria: OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES, EDUARDO COELHO SEIXO DE BRITO, RAFAEL NASCIMENTO AGUIRRE, JUSCEMAR ANTÔNIO DE OLIVEIRA, JACKSON JEAN SILVA, WÁLTER SÃO FELIPE, JAIR REIS DE MELO. Conselheiros: ANA MÔNICA BARBOSA DA CUNHA, ANTÔNIO ALVES DE CARVALHO, ANTÔNIO ROSA DE MESQUITA, ANTÔNIO SPINETTI ALVES, CARLOS CÉSAR LEMOS DO PRADO, EDUARDO COELHO SEIXO DE BRITO, ELMO MONTEIRO CLEMENT AGUIRRE, FRANCISCO CARLOS LOBO, GERALDO DIAS FILHO, JACKSON JEAN SILVA, JAIR REIS DE MELO, JOÃO BENICIO GOMES, JOÃO PEDRO VIEIRA, JOSÉ MACHADO RESENDE, JOSÉ MÁRCIO MOREIRA SANTOS, JUSCEMAR ANTÔNIO DE OLIVEIRA, lEANDRO DAHER DA COSTA, LUIS CLEMENTE BARBOSA, MARCIO ANTONIO FERREIRA BELO, MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA, MARIA FRANCISCA ALVES CARVALHO, OMAR ATAÍDES DE CASTRO, OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES, RAFAEL NASCIMENTO AGUIRRE, RICARDO ALVES VIEIRA, WALTER SÃO FELIPE, WILDES MARCOS FAUSTINO. Suplentes: ADEMIR SILVA, ANDRÉ LUIZ FRANÇA DE MELO, ALEXANDRE GUIMARÃES ROSA DE MOURA, CELSO MONTEIRO BARBUGIANI, CÉSAR FELICIANO DE OLIVEIRA, CLAUDIO GONÇALVES DE ARAUJO, EDGARD FURTADO MARTINS, EVALDO EULER DUARTE DE ALMEIDA, FRANCISCO LUDOVICO MARTINS, HELDER JOSÉ FERREIRA PAIVA, ISMAILDE GOMES DA SILVA, JOSÉ HUMBERTO MARTINS VIEIRA CARVALHO, JOSÉ VIRGÍLIO FERREIRA FILHO, LUCIMAR ALVES ELIAS, LUIZ ANTÔNIO DO NASCIMENTO, LUIZ ANTÕNIO MADY MARGORETH ALVES DE CASTRO GUIMARÃES, MARIA APARECIDA DIONÍSIO, MURILO SOUSA DE ANDRADE, NEILA ETERNA DE MORAES NASCENTE, PEDRO ANTÔNIO COTECHESKI BOBROFF, RODRIGO PAULLUS BARRETO MACHADO, RONALDO ODORICO VEIGA, SAUL PEREIRA DA COSTA, VALGMAR DOMINGOS TAVARES, VALONI ADRIANO PROCÓPIO, VERONDE ANTÔNIO DE OLIVEIRA.
A Revista Painel é uma publicação do CRECI-GO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: Thaysa Mazzarelo ANA PAULA VITORINO Diagramação: Neide Ataíde - GO-2690 JD REVISÃO ORTOGRÁFICA: DOUGLAS RODARTE COMERCIAL: OBJETIVA COMUNICAÇÃO E MARKETING - objetivacomercial@ig.com.br QI EMPRESARIAL - bosco@qiempresarial.com Revisão jurídica: FERNANDO DE PÁDUA - OAB 17840 Tiragem: 13.000 exemplares Fotolito e impressão: FLEX GRÁFICA
As opiniões expressas nessa publicação são de exclusiva responsabilidade de seus autores e não refletem, obrigatoriamente, a opinião deste Conselho
w w w. c r e c i g o . g o v. b r
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Sumário Entrevista
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Artigo
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Em bom economês – Carlos Alberto Sardenberg Mudanças na forma de gestão das imobiliárias – Sylvio Lindenberg
O que acontece por aí De olho na lei
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Artigo
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Vocabulário do corretor de imóveis Artigo
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Mercado
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Parceiros Convênios Cultura & Lazer Profissão
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CIMI - Enbraci Tecnologia e produtos Mapa de regiões
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Plano Diretor Novas regras nos estágios Isenção de imposto aprovada “Vem pra escada ou pro Scada?” – Douglas Rodarte
Mercado Imobiliário - Evolução e Perspectivas – Cida Moreira Vendem-se unidades de hotel Os desafios da venda de terceiros
Especialista em atender o comprador
Popular, nobre ou em expansão?
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+ que corretor 36 Direto do Creci 38 Social 40 Para refletir 41 Creci na mídia 42
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jornalista
Carlos Alberto Sardenberg
entrevista
Em bom economês: temos espaço para crescer Em evento no Palácio dos Colibris, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, fala sobre mercado imobiliário e o momento atual da economia brasileira Ana Paula Vitorino O jornalista Carlos Alberto Sardenberg é conhecido pela capacidade de traduzir o economês em uma linguagem acessível ao público em geral. Pelo rádio, responde cartas de ouvintes esclarecendo dúvidas simples sobre investimentos, mas quando o assunto é a política econômica nacional também possui uma opinião de peso. Em 43 anos de jornalismo, trabalhou nos principais veículos de comunicação do país. Em Goiânia, em evento realizado no Palácio dos Colibris, falou para um público de investidores, empresários e corretores de imóveis. Depois de situar os presentes sobre o momento atual da economia brasileira, quando o governo tenta se equilibrar entre o problema do baixo crescimento e a inflação, o jornalista ressaltou, com relação ao mercado imobiliário, que existe um grande espaço de crescimento em função do déficit habitacional que precisa ser superado. “O crédito
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imobiliário, que já avançou em volume, ainda representa apenas 5% do PIB, enquanto que nos países desenvolvidos representa 30%”, disse acrescentando ainda que somente em 2012, o crédito para aquisição de imóveis passou a ser maior do que o de carros. Acompanhe abaixo, entrevista exclusiva do jornalista Carlos Alberto Sardenberg à Revista Painel Imobiliário. Qual a sua visão sobre o cenário econômico brasileiro? Nós estamos em uma situação um pouco complexa porque tivemos uma crise em 2008 e 2009, tivemos um processo de recuperação em 2010 e depois desandou. A economia cresceu muito pouco em 2011 e em 2012, e este ano está em uma situação ainda difícil. De um lado há sinais de recuperação de que 2013 será melhor do que o ano passado. A indústria, por exemplo, está melhor do que no ano passado, o setor da construção teve
uma queda e agora parece que está voltando. Mas por outro lado, a inflação aumentou muito. Então, nós ficamos em uma situação que não é boa do ponto de vista econômico que é inflação alta e crescimento baixo. A inflação está alta. Está rodando a 6,5% e o crescimento é baixo, aí fica muito difícil para a política econômica atacar o problema, porque qual seria o problema principal? A inflação ou o baixo crescimento? Logo, se o governo define que o problema principal é a inflação e ataca a inflação, aí tem que aumentar os juros, fazer cortes e isso atrapalha o crescimento. Já, se ficar definido que o problema principal é o crescimento, aí você faz inflação. Algumas pessoas afirmam que a inflação foi boa porque freou o consumo, que estava acelerado e o brasileiro se endividando muito. Como percebe este contexto?
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“O setor imobiliário tem uma coisa boa: os juros caíram e a demanda por imóveis é muito grande” Toda vez que você tem inflação as coisas encarecem, o salário é desvalorizado e então o consumo cai, mas você não pode dizer que a inflação é boa por causa disso. Ela é ruim porque tira o poder aquisitivo das pessoas. E para o mercado imobiliário, pode-se dizer que a inflação não teve influência porque o juro continua baixo? Para a questão dos imóveis o juro caiu bastante, e o que vale para o setor imobiliário é o juro. O juro diminuiu, o crediário aumentou bastante, então juro menor, crediário maior, mais prazo, mais gente consumindo crédito, então fica bom. Mas por outro lado os preços subiram muito no Brasil inteiro e isso levou a uma retração.
Os consumidores deram uma segurada porque os preços subiram muito, então mais ou menos reflete a situação que você tem no Brasil. Quando a economia dá uma deslanchada, a inflação sobe. Se algumas construtoras apresentarem problemas de liquidez, isso pode afetar a economia? Não sei exatamente a situação das construtoras, mas o fato é que quando veio aquela euforia da recuperação, muita gente investiu demais em vários mercados. Em Brasília, por exemplo, teve um excesso de lançamentos que ficaram parados. Em São Paulo a construção diminuiu e agora que está voltando. São problemas de uma saída de crise, de um processo de recuperação,
quando você tem vários problemas aliados, dois ou três problemas ao mesmo tempo, não sabe qual você vai atacar. Acho que esse é o problema do governo porque ao invés de definir um alvo, ele atira de um lado e de outro. Se o crescimento está baixo, o governo estimula o consumo, aí sobe a inflação, aí tem que subir juro para derrubar a inflação. Então fica atirando para todo lado e isso acaba atrapalhando. Qual o cenário que você traça para o mercado imobiliário no Brasil? Posso dizer é que o Brasil está com um ritmo de crescimento que é de 2,5 a 3%, e com uma inflação elevada. Não há sinais de que isso vai mudar, certo? A gente olha para o futu-
ro e continuamos com a inflação e não se vê uma puxada no crescimento além de 3%. Agora, é bom ou é ruim? Se comparado a outros países é ruim porque tem gente fazendo melhor, mas se compararmos com a história recente do Brasil, se crescermos 3% vários anos seguidos não seria o ideal, mas já quebraria um galho. Então esse é o cenário. O setor imobiliário tem uma coisa boa: os juros caíram e a demanda por imóveis é muito grande porque o brasileiro ficou muito atrasado em relação a aquisição de imóveis. Como o crédito imobiliário no Brasil sumiu durante muitos anos, nos anos da inflação, o crédito sumiu, então houve uma demanda que ficou reprimida.
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www.sylviolindenberg.com.br / slindenberg@terra.com.br
Sylvio Lindenberg - Consultor e autor de livros imobiliários
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Sylvio Lindenberg - Corretor de imóveis e consultor de empresas do ramo imobiliário há mais de 29 anos. Ministra cursos in company e atua como coaching. Articulista e autor dos livros, como Venda de Imóveis: Um Ato de Negociação (Sagra 1990) e Guia Prático do Corretor de Imóveis: Fundamentos e Técnicas (Atlas 2006)
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Mudanças na forma de gestão das imobiliárias Antes da década de 70, as imobiliárias eram constituídas para dominar o mercado imobiliário da cidade. Muitas conseguiram se posicionar e marcar presença no mercado, por meio de iniciativas próprias, formadas na “escola da vida”, entre acertos e erros. Por volta de 2007, para superarem os desafios da globalização e da concorrência, muitas imobiliárias começavam a estruturar a venda de imóveis usados na concepção de rede e, mais recentemente, na forma de franquia. Para as que aderem à ideia, a mudança mais significativa é a de paradigma: “de uma atuação isolada e independente para uma atuação em parceria”. Atualmente, as imobiliárias precisam dominar e participar do mundo de interação virtual, para não perderem a oportunidade de atender os cerca de 35% dos clientes que chegam às imobiliárias depois de acessarem informações em meios digitais, potenciais locadores e compradores de imóveis. Uma das dificuldades que impedem as empresas de formarem uma equipe de vendas mais treinada é a elevada rotatividade de pessoal (turnover). O processo seletivo de novos corretores de imóveis, muitas vezes, é feito na base de indicações, um método simples e rápido. A fim de manter um número crescente de oferta de imóveis à venda, as imobiliárias estabelecem como regra que cada corretor execute um número de agenciamentos (angariações ou captações) em um determinado período de tempo. O cumprimento desta diretriz garante a permanência do profissional na equipe de vendas. As empresas sabem que
são os serviços que induzem à decisão de compra e que com a internet, o cliente potencial, hoje, está mais bem informado e exigente. Assim, o grande desafio é melhorar os seus resultados de venda por clientes atendidos.
Como tornar mais eficiente a equipe de corretores de imóveis
O mercado imobiliário passa por um bom momento e a concorrência está cada vez mais acirrada. Na prática, clientes e corretores de imóveis, dispõem das mesmas informações existentes no site da empresa, portais imobiliários, redes sociais, buscadores, panfletos e outros. Acontece que a maioria das empresas vivencia um “apagão técnico-profissional” dos seus profissionais. Hoje, não prevalecem mais os mitos de que os corretores já nascem feitos; que devem ser bons de conversa; que vender imóveis é uma questão de conhecer os truques certos. As imobiliárias precisam que seus profissionais sejam mais qualificados e treinados, e que revejam uma série de atitudes e procedimentos, pois a venda de imóveis é uma venda técnica e complexa: •Redirecionar a visão de negócios: “de venda de imóveis para prestação de serviços”; •Fazerem a “lição de casa”, ou seja, estudarem os imóveis antes de saírem para demonstrá-los; •Desenvolverem uma boa entrevista; •Apresentarem argumentos de vendas persuasivos, ou seja, em vez de ficarem “vendendo
características”, devem saber falar a “língua dos benefícios”, entre outras habilidades. A liberdade que os corretores têm para apresentar os imóveis que vendem e de criar seus argumentos de vendas deixam as empresas vulneráveis, por não possuirem nenhum controle sobre o que está sendo dito a respeito do imóvel. Pressupõe-se que os profissionais tenham um bom conhecimento sobre o mercado e sobre o imóvel. Assim sendo, em uma equipe de dez corretores, muito provavelmente, teremos dez formas diferentes de apresentar o mesmo empreendimento. Para cada imóvel usado é fácil serem relacionadas mais de 50 características. Pelo volume de informações que cada imóvel apresenta e que devem ser repassadas aos clientes com precisão, conclui-se que é temerário deixar os corretores apresenta-los na “base do improviso”. Desta forma, torna-se imprescindível a elaboração do Sumário do Imóvel à Venda, antes de iniciarem sua comercialização. Com esta iniciativa, se estabelece um padrão de apresentação e atendimento e se melhora a qualidade da informação repassada aos compradores, aumentando a efetivação de negócios por clientes atendidos. Pelo exposto, constata-se que é possível, com algumas iniciativas inovadoras e ações pontuais, ainda não desenvolvidas, promover atendimentos diferenciados, convertendo-os em mais vendas por clientes atendidos – o desejo de todas imobiliárias.
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Thaysa Mazzarelo - assessora de comunicação
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›› Por mais cultura Arte na obra Os tapumes da obra que a Brookfield Incorporações realiza na avenida Jamel Cecílio, no Jardim Goiás, ganharam um colorido especial. Dentro do conceito de Urban Gallery da incorporadora, os tapumes se transformaram em painéis artísticos. Nos traços do grafite, alguns pontos turísticos da cidade. As intervenções artísticas do Urban Gallery já transformaram mais de 12 tapumes nas cidades de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Goiânia, Campinas, Belford Roxo (RJ), Niterói (RJ) e Campo Grande.
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›› De volta ao passado
Homenagem a Cora Coralina
Thaysa Mazzarelo é assessora de comunicação do Creci-GO. Envie sua sugestão de matéria para thaysa@crecigo.gov.br
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“Faz de tua vida um poema”, diz os versos de Cora Coralina que servem de mote para o concurso cultural da FR Incorporadora. A ação incentiva os participantes a escreverem um poema sobre as suas vidas, assim como a escritora goiana compunha seus versos relatando seus desafios e conquistas. A campanha faz parte do projeto cultural Happy Art, que homenageia a vida e a obra de Cora Coralina, e está aberta a participações até dia 15 de julho. O participante pode escrever versos de até três estrofes no aplicativo do concurso disponível na Fan Page da incorporadora, no Facebook. Os dez poemas mais curtidos passarão por uma banca examinadora e o melhor levará os prêmios: um Iphone 4S e o poema em filme feito em computação gráfica.
›› Meio ambiente Consumo Consciente A preservação do meio ambiente é a bola da vez para a Provenda imobiliária. Com uma palestra sobre consumo consciente, a imobiliária deu o ponta pé inicial em campanha de endomarketing que visa despertar os colaboradores e corretores de imóveis para uma consciência sustentável através de condutas responsáveis no dia a dia. Para tanto, a imobiliária realizou parceria com a Organização Não Governamental (ONG) Total Educação e Cultura. Esta união promete ações inovadoras de desenvolvimento sustentável para o mercado imobiliário.
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O que acontece por aí
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›› Direto de São Paulo Duas noites de alta gastronomia, desfile de moda, smooth jazz ao vivo e muito requinte. Tudo isso com uma vista de 360° da cidade. Esta foi a proposta que a City Soluções Urbanas trouxe para Goiânia através de patrocínio. Já sucesso em São Paulo, o Fechado para Jantar é realizado nos moldes dos supperclubs europeus e tem como intuito transformar ambientes incomuns, por tempo determinado, em espaços que unem gastronomia, arte e música. O espaço da vez foi a biblioteca do Centro Cultural Niemeyer. O primeiro dia do evento foi aberto somente aos convidados da incorporadora. Já os ingressos para a última noite foram esgotados em meia hora.
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Fechado para Jantar
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Os corretores de imóveis da Adão Imóveis tiveram uma experiência diferente, promovida pela Terral Incorporadora. Eles foram convidados para quebrar a rotina e entrar em contato com a natureza, em encontro realizado no Parque Areião. Cerca de 300 profissionais foram divididos em equipes. Cada grupo foi responsável por formar uma palavra com as letras que estavam pintadas em suas camisetas. As fotos de cada equipe formando palavras sobre o meio ambiente foram colocadas no Facebook e o grupo que recebeu mais curtidas foi presenteado com um voucher de happy hour no restaurante Outback. A ação também contou com abraço coletivo ao Parque como forma de homenagear a região, que receberá em breve empreendimento da incorporadora, com conceito infinity home.
A vida só é completa
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Abraço no Parque Areião
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se for assim.
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Plano Diretor Alterações revelam oportunidades para o corretor
Ana Paula Vitorino
de olho na lei
Ana Paula Vitorino Desde a sua criação, em 2007, o Plano Diretor é considerado uma oportunidade para os corretores que o conhecem em todos os detalhes e um risco para os que ignoram a sua importância. Com isso, o corretor deve estar atento. As últimas mudanças foram aprovadas pela Câmara de Vereadores e sancionadas pelo Prefeito, Paulo Garcia, no dia 29 de abril. Embora todas as alterações influenciem diretamente o mercado imobiliário, sendo objeto de estudo obrigatório para os corretores de imó-
veis, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Goiânia, vereador Carlos Soares (PT), alerta para os Artigos 110 e 116 A e B. O Artigo 116-A autoriza a construção de imóveis comerciais de grande porte, com área até 350m de profundidade, das vias expressas como rodovias estaduais, federais, Anel Viário e Perimetral Norte, sem a necessidade de parcelamento. Esta mudança permite a instalação de empresas que necessitam de grandes áreas. Segundo o vereador Carlos Soares, o objetivo é incentivar atividades geradoras de emprego nos eixos de transporte e desenvolvimento. Além disso, o parágrafo único deste mesmo artigo acaba com o limite de altura para esses empreendimentos. Segundo Carlos Soares, os polos de desenvolvimento localizados nestas vias onde ocorreram mudanças, são exemplos de locais onde podem surgir oportunidades de negócios imobiliários. Outro artigo que traz alterações importantes que
devem ser observadas pelo corretor de imóveis é o 116B, que estabelece que nas vias localizadas nas Unidades Territoriais denominadas Áreas Adensáveis e Área de Desaceleração de Densidade, serão admitidas todas as tipologias e portes de usos e atividades não residenciais. Segundo o mestre e especialista em planejamento urbano, Jeová Alcântara, os setores Sul e Marista, por exemplo, sofrerão mudanças significativas, com a possibilidade da construção de empreendimentos comerciais. Segundo Jeová é um mercado que se abre e uma oportunidade para o corretor que estiver preparado e com conhecimentos suficientes para aproveitar o momento. “Até então, não se podia construir prédios altos em determinadas ruas, sendo que agora foi permitido inclusive a construção de empreendimentos verticais”. No complemento ao Plano Diretor, que até o fechamento desta edição estava sendo questionado por parte do Ministério Público, cons-
Vereador Carlos Soares, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Goiânia
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ta também o Artigo 110-A, com alterações pertinentes aos chamados vazios urbanos onde poderão ser construídos hospitais; ginásios de esportes; terminais de ônibus, shoppings, moradias e empreendimentos comercias, desde que não produzam incomodidade. Segundo a Prefeitura de Goiânia, a adequação é voltada para a nova face da cidade que tem procurado, em empreendimentos multifuncionais, respostas para questão da mobilidade, já que as pessoas poderão morar, trabalhar e consumir bens, serviços e cultura em um mesmo empreendimento. As construções podem ir além dos 63 mil metros quadrados permitidos hoje, sem limite de altura e sem necessidade de parcelamento. O corretor de imóveis deve estar atento ainda para as alterações que buscam ganhos ambientais que constam principalmente no Artigo 128-A, através do qual fica estabelecido o Índice Paisagístico Mínimo. A partir de agora são três alternativas do índice de paisagismo, definidas para flexibilizar as possibilidades de se atender ao requisito de infiltração da água da chuva nos terrenos ocupados. Na página da Prefeitura de Goiânia é possível ter acesso ao conteúdo completo do Plano Diretor e as últimas alterações. Plano Diretor de Goiânia http://www.goiania.go.gov. br/download/legislacao/PLANO_DIRETOR_DO_MUNICIPIO_DE_GOIANIA_2007.pdf Alterações Lei Complementar nº 246 de 29 de abril de 2013 http://www.goiania.go.gov. br/html/gabinete_civil/sileg/ dados/legis/compl/2013/compl2462013.pdf
Nova regra nos estágios O estágio é o primeiro contato do profissional com o mercado de trabalho e consiste na aplicação do conhecimento adquirido na sala de aula. Para regular e zelar por uma boa prática do estágio na profissão de corretor de imóveis, o Creci de Goiás proibiu, com base na Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 06/12 e na instrução normativa nº 001, do Conselho Estadual de Educação de Goiás, na última semana, por meio de decisão de diretoria, que estudantes matriculados em instituições de ensino que não tem matriz ou pólo autorizado no Estado de Goiás realizem estágio. Em resumo, a determinação limita aos estudantes de escolas com pólo em Goiás a possibilidade de
realizar o estágio em empresas goianas. Desta forma, a medida impossibilita a realização de fraudes. “O ato apenas reforça as determinações do Conselho Estadual de Educação”, comenta o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo Monteiro Guimarães. Ainda em relação ao estágio, o assessor jurídico do Creci de Goiás, Fernando de Pádua alerta para as demais obrigatoriedades pertinentes à relação empresa/ estudante, estipuladas pela Resolução 1.127/2009 do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci): o direito a recesso proporcional, a carga horária máxima de 30 horas semanais e o limite de 10 estagiários para cada supervisor de estágio,
que deverá ser funcionário do quadro pessoal da empresa, com formação e experiência profissional na área, de acordo com o Artigo 9º da lei 11.788/2008. “É importante ressaltar a questão da supervisão. O estagiário não pode exercer as atividades da profissão sem o acompanhamento do supervisor”, diz. Os empregadores deverão seguir à risca as determinações da lei, uma vez que o não cumprimento pode implicar em sanções, como o pagamento dos encargos trabalhistas e criar vínculo empregatício. Já no caso do descumprimento das normas contidas na Resolução do Cofeci, o empregador poderá ficar impedido de receber estagiários em sua instituição por um período de três anos.
Isenção de imposto sobre venda de imóveis é aprovada Quem vende um imóvel e utiliza o dinheiro para a compra de outro no prazo de um ano estará isento de imposto de renda incidente sobre eventuais ganhos obtidos nas transações, o chamado ganho de capital ou lucro imobiliário. Essa é a essência do relatório do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao Projeto de Lei do Senado (PLS nº 21/2009), aprovado por unanimidade pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e agora segue para Câmara dos Deputados. Ao duplicar o prazo atual de 180 dias para isenção do Imposto de Renda da Pes-
soa Física (IRPF), o senador Eduardo Suplicy explicou que os valores elevados dos imóveis residenciais e o número de pessoas envolvidas tornam a transação, em muitos casos, altamente complexa, não se resolvendo rapidamente. Aumentando o prazo de 180 dias para 365 dias, o mérito do
projeto é garantir prazo necessário para que o vendedor do imóvel compre outro nesse período e fique isento do pagamento do imposto de renda sobre os valores. Um exemplo comum ocorre quando uma pessoa compra um imóvel, e depois que os filhos crescem, decide vendê-lo. Pagou-se pela casa R$ 30 mil a vinte anos e vendeu por R$ 100 mil, o imposto apenas incidirá sobre a diferença, o ganho de capital de R$ 70 mil, desde que essa pessoa não adquira outro imóvel no período de 365 dias.
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douglasrodarte@gmail.com / www.douglasrodarte.com.br
Douglas Rodarte - Literata e Coach de Língua Portuguesa
Artigo
“Vem pra escada ou pro Scada?” Para se comunicar corretamente é preciso respeito à Língua Sem dúvida você deve estar se perguntando que título estranho é esse. Na verdade é o mesmo tipo de estranheza que causou nesse meu desencontro com a fala de uma pessoa nesta semana. Logo contarei a história. Esse artigo revela que quando não sabemos usar as palavras corretamente podemos dizer o que não queremos, podemos confundir as pessoas, e quase sempre, causar danos irreversíveis. E, quando se trata de negociações de alta performance, talvez você não terá uma segunda chance.
Arquivo Pessoal
1. O mundo está mudando e rá-
Douglas Rodarte é literata, psicanalista em formação (AF) NELP, tem licenciatura plena em Português-Inglês (PUC, 2004) e especialista em Docência Universitária e Linguística (PUC, 2007). Coac de Língua Portuguesa, ministra cursos diversos voltados às áreas de Educação, Gestão e desenvolvimento de capital humano.
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pido. Vivemos num mundo de correrias e de coisas “pra ontem”. Isso fez com que não nos preocupássemos mais com a Língua, mas com a praticidade das coisas. Tudo hoje é pra ontem; 2. Há um desinteresse no contemporâneo por regras e manuais. Isso fez com que, sobretudo, as duas ultimas décadas, muitos de nós, não nos lembramos mais de como se escreve nem como se fala certas palavras; 3. Com a evolução de muitas ferramentas midiáticas: Tv, cinema, emails, sites, redes sociais e internet (geral) provocaram um certo desinteresse pelo estudo formal. Ao mesmo tempo que muito disto favorece o estudo, por outro lado ofusca a necessidade de se informar, pois a informação chega de forma muito passiva; 4. Vemos nitidamente a Escola nestes últimos 20 anos declarar o seu fracasso. Ela não se acha
mais. Está cansada, perdida e com a língua de fora. Professores desatualizados, didática antiga. É simples a questão: o mundo mudou, e a Escola parou no tempo. Se para no tempo, não consegue dialogar com o contemporâneo. Simples assim; 5. O fruto disto é o desinteresse pela Literatura. Eu não disse 50 Tons de cinza. Eu disse Literatura. Consegue perceber a diferença?; 6. Dessa dispersão toda que fora provocada pelo desrespeito ao mais velho, ao mais culto, ao honesto, ao certo, à vida, colhe-se os dejetos de uma cultura que não valoriza a Língua, e se afoga na linguagem do: “deu pra entender, não deu?”. O que podemos esperar dos profissionais que necessitam da Língua para se comunicarem? 7. É comum trocar mensagem via SMS ou email, e gastar 3 ou mais para fazer o interlocutor responder à altura do que está proposto no texto. Às vezes, no corpo do email aparece: “aguardo o seu retorno.” Ele (disperso como se fosse morador de outro planeta) responde: “que retorno?” - não entendi. Se for uma conversa de msn, a coisa desce mais 10 níveis. A comunicação se perde em meio às muitas coisas incompreensíveis, próprias da linguagem da internet. E o que sobra disto não é diálogo, mas uma comunicação fragmentada, recortada.
Precisamos saber que quando aprendemos o certo quanto à Língua, falamos melhor, escrevemos corretamente as palavras, temos a possibilidade de comunicar com clareza o que queremos. Provocamos sentido quando falamos. Retomo a minha história: digo para um cliente que precisamos nos encontrar no lugar de sempre em um horário acordado. Ele confirma, e chega primeiro. Eu ligo: “chegou?”. Sim, estou aqui sentado, pertinho da escada. Ele afirma. Ao notar que ele havia errado a preposição, eu dou mais corda: “já está tomando o café?” Ele retruca: “nada, estou te esperando aqui sentado”. Quando vi que a comunicação havia se perdido de vez, dei o xeque-mate: pertinho da escada rolante ou você está no Scada café? Ele corrige, meio sem graça e diz: “é o que eu queria dizer: estou no andar de cima do café, junto à escada rolante, sentado num sofá te esperando.” A sorte dele é que não havia dinheiro envolvido para ele receber neste dia, caso contrário o erro da preposição “da”, “do”, e do substantivo “Scada”, “escada”, tinha lhe custado muito caro. Quantas pessoas depois de uma negociação frustrada dizem que não tinha entendido direito o que o outro havia dito. Lembre-se: A correria do hoje não mais permite esse tipo de desencontro. Sucesso para todos nós! Até o próximo artigo.
Apartamento Giardino ou Garden Fotos: Divulgação
vocabulário do corretor de imóveis
Um pouco mais sobre os termos que todo profissional deve saber, mas não tem coragem de perguntar:
Para reverter a realidade dos apartamentos térreos ou de primeiro andar que são mais difíceis de vender, por estarem muito próximos ao salão de festa e garagem, eles sofreram mudanças em sua estrutura. Foram ampliados em sua área externa, oferecendo espaço oportuno para quintal ou jardim. Rebatizados de ‘maison’ – que significa casa, em francês-, ‘garden’ – relativo a jardim em inglês - ou ‘giardino’ – o correspondente na língua italiana, esses empreendimentos chegam a apresentar complementos quase do tamanho de todo o apartamento, chegando a comportar até piscinas e churrasqueiras em imóveis de alto padrão.
para tocar músicas. O ambiente costuma ser climatizado e a prova de som para não incomodar os vizinhos.
Normalmente, é equipado com aparelhos de som e ainda possui definição clara, entre platéia e músicos, com palco e espaço lounge para quem vai assistir às apresentações
Play Aventura
Business Center ou Net Office
Infraestrutura oferecida dentro do apartamento ou na área comum do empreendimento para trabalho de escritório, como internet sem fio, computador, impressora e sala de reunião para receber visitantes.
Golf Putting Green ou Putting Green
Área gramada para jogadas curtas de golfe. Seu tamanho pode variar de 4 a 30 metros quadrados e inclui um número variado de buracos, em terreno com alguns desníveis.
Walking Distance
Garage Band/Tecno House Espaços destinados para jovens e adolescentes se reunirem
Local reservado para as crianças que, em geral, possui casas em árvores, tirolesa, trilha e brinquedos de parquinho.
Conceito utilizado em empreendimentos que consiste na distância que pode ser percorrida a pé do edifício até os principais pontos de interesse, como shoppings, supermercados, estações de metrô e parques.
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cidamgyn@gmail.com
Cida Moreira - Corretora de imóveis, professora e especialista em marketing e operações imobiliárias
Artigo Arquivo pessoal
Cida Moreira é mestranda em Psicologia, na disciplina de Comportamento do Consumidor, com ênfase no mercado imobiliário; especialista em Marketing e em Operações Imobiliárias, professora e atua há 20 anos no mercado imobiliário e na coordenação e supervisão de equipes de vendas e gerência comercial, de relacionamento e de produto.
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Mercado Imobiliário
Evolução e Perspectivas O Mercado Imobiliário experimentou nessa primeira década do século XXI robustos índices de crescimento. Esse cenário começou a ser delineado no final do século XX, após a implantação do Plano Real. A estabilidade econômica acendeu a luz da esperança no país. Após uma sucessão de planos econômicos mal sucedidos, era difícil acreditar na promessa de estabilidade da moeda, sinalizada pelo plano do então Ministro da Fazenda à época, Fernando Henrique Cardoso. Contudo, o Plano Real felizmente deu certo e um “sentimento mudancista” começou a tomar corpo no país, sobretudo, a partir da virada do milênio quando a cultura da estabilidade econômica passou a fazer parte do dia a dia dos brasileiros. Depois de tantos anos de convulsões econômicas com consequências desastrosas para o segmento imobiliário, um novo cenário começou a ser desenhado. Segundo dados do Banco Central, desde 2004, o volume de crédito em relação ao PIB vem apresentando crescimento de forma continuada e chegou a quase 50% do PIB em 2012. Assim como o crédito, aumentaram também os prazos para financiamentos para pessoas físicas e empresas. Nesse ambiente de profundas transformações e grande mobilidade social, o brasileiro passa a se perceber como consumidor. Ele tem consciência de quanto ganha e o que pode comprar. Aos poucos emerge a Classe C como um novo nicho de mercado consumidor que ganha corpo e reconhecimento. No setor imobiliário, a ascensão da Classe C culminou no “boom imobiliário”, resultado da soma de todos os fatores elencados acima com a enorme
demanda habitacional. Nesse contexto, alguns fatos importantes devem ser lembrados: em 1997, a criação do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) no governo de Fernando Henrique Cardoso, que gradativamente vai aquecendo o mercado da construção civil. Em 2004, a Lei 10.931 que regulamentou o chamado patrimônio de afetação e deu mais segurança aos financiamentos imobiliários, em 2005, a abertura do capital das empresas da construção civil na Bolsa de Valores. Em 2009, em um cenário de crise mundial, o Presidente Lula lança o Programa Minha Casa Minha Vida com o objetivo de financiar casas para famílias com renda de até 10 salários mínimos. A oferta de crédito imobiliário entre os bancos públicos e privados foi estendida a praticamente todas as faixas de renda da população brasileira. Aliado a todos esses fatores, o governo federal baixou a taxa de juros, dilatou os prazos dos financiamentos, alterou a forma de cálculo das parcelas e amortização dos contratos de financiamento imobiliário e flexibilizou o uso dos recursos do FGTS para a compra de imóveis. O mercado imobiliário brasileiro, ao contrário do internacional, ganhou novo fôlego – o aumento da renda, aliado à fartura do crédito, manteve as fornalhas do “boom imobiliário” bem acesas pelo menos até o final de 2011. A expansão do mercado imobiliário aconteceu em todas as camadas sociais, embora o avanço do consumo apareça de forma mais evidente na Classe C. Apesar do fortalecimento da classe média brasileira estar inserido nesse cenário e ter contribuído significativamente para impulsionar o segmento,
a classe econômica foi a maior responsável por esse novo fenômeno, segundo números recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste contexto, o mercado de imóveis de alto padrão também marcou presença e se consolidou à medida que as construtoras e incorporadoras passaram a lançar prédios e loteamentos cada vez mais luxuosos e confortáveis e a vendê – los em uma velocidade nunca antes vista. O segmento de luxo também viveu dias de glória e muito investimento. Afinal, o costume de medir o status social de um cidadão tendo como referência o seu endereço residencial e quantos metros quadrados tem a sua casa ou apartamento, ainda é praxe no Brasil. A tão anunciada desaceleração do setor imobiliário sinalizada em 2012 deve se consolidar agora em 2013. Um novo tempo se inicia, o que leva muita gente a acreditar que os preços dos imóveis vão baixar significativamente, o que não é verdade. Analistas de mercado têm chamado atenção para esse equívoco: o que começa a acontecer é apenas uma estabilização, uma acomodação dos preços. O que pode ocorrer são situações pontuais de construtoras e incorporadoras que, estando com empreendimentos a pronta entrega, com saldo residual de unidades remanescentes, num esforço adicional para zerar o estoque, realizem promoções com descontos atrativos no preço e nas condições de venda. É um momento oportuno para aqueles consumidores que “ficaram para trás”, foram atropelados pela avalanche de consumo e não conseguiram realizar a aquisição da tão sonhada casa própria.
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MERCADO
Vendem-se unidades de hotel Condo-hotéis surgem como alternativa de investimento no mercado imobiliário Thaysa Mazzarelo
Divulgação
Em maio, Goiânia recebeu um megaevento que estremeceu não somente a vida cultural da cidade, como também teve repercussão em alguns setores da economia, como o de hotelaria: o show do eterno Beatle, Paul McCartney . Para se ter uma ideia da movimentação no setor durante o período, segundo o presidente da Associação Brasileira de Indústrias de Hotéis de Goiás (ABIH), Arnaldo Cardoso Freire, na sexta-feira anterior ao evento, 80% dos leitos disponíveis na capital já estavam ocupados. Calcula-se que do público de 45 mil pessoas que compareceu ao show, 20 mil eram de visitantes. Número que excedeu a capacidade hoteleira da cidade. Segundo assessoria de hotel de luxo em que o ex-
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-beatle se hospedou, a reserva para a estadia da turnê Out There, teve que ser realizada com um mês de antecedência para garantir os 115 apartamentos destinados a equipe técnica e a Suíte Presidencial, para o cantor. Logo em seguida, com a divulgação do show, os 57 quartos restantes foram ocupados por fãs e turistas, fazendo com que o hotel chegasse a 100% de ocupação no período. Com apenas um hotel cinco estrelas em Goiânia para atender, Arnaldo Cardoso admite: “Faltam hotéis para atender este tipo de público. Precisamos de mais um ou dois hotéis de níveis internacionais”. Foi para atender esta demanda por empreendimentos hoteleiros de luxo e de hotéis em geral que incorporadoras têm lançado o que promete ser mais uma
opção de investimento para o mercado imobiliário: os condo-hotéis. Já comum em grandes eixos econômicos e turísticos como São Paulo e Rio e Janeiro, estes empreendimentos consistem em unidades de apartamentos que podem ser adquiridas por investidores, como um empreendimento comum (residencial e comercial), e cuja administração fica por conta de uma rede de hotéis. Desta forma, os donos das unidades destinam seus imóveis para a atividade hoteleira e recebem, em contrapartida, rendimentos desta operação. O presidente da ABIH Goiás diferencia este tipo empreendimento dos já conhecidos flats: “Enquanto nos flats você possui o imóvel para alugar e pode até mesmo morar, usufruindo dos serviços, no condo-hotel a administração do quarto é feita exclusivamente pela rede hoteleira, que não permite locação feita diretamente pelo investidor”. A rede hoteleira é a empresa responsável por gerir os apartamentos, bem como todo o hotel. Ela administra a locação dos quartos, através de seu pool hoteleiro, e as áreas comuns do empreendimento, como restaurantes, estacionamento, salas de convenções, entre outros. Também é a rede que realiza o cálculo dos rendimentos levando em consideração as despesas e os custos do hotel. Vale ressaltar que no caso
dos condo-hotéis a rentabilidade não se resume ao apartamento do investidor, toda a receita gerada nos demais estabelecimentos do empreendimento são dividas entre os investidores, de acordo com as características de cada quarto. Além da rede de administração, o hotel ainda recebe uma bandeira, uma marca que o classifica em relação aos serviços oferecidos e ao público que atende. São as experiências anteriores dos consumidores com esta marca e as indicações que recebem sobre ela que fazem com que ele se hospede no hotel. Daí a importância de uma bandeira de renome. O gerente de lançamentos Jobsom José Bispo que já participou da venda de unidades hoteleiras comenta que aceitação dos clientes por este tipo de empreendimento tem sido muito boa, principalmente pelos juros reduzidos envoltos na negociação e pela boa rentabilidade. “Enquanto a locação de um imóvel residencial gera uma rentabilidade média de 0,5%, um quarto de hotel com taxa de ocupação de 60% gera em média 0,9%, quase o dobro do residencial”, comenta. Jobsom Bispo revela que o valor médio de venda das unidades hoteleiras aplicado no mercado tem sido a partir de R$ 8 mil o metro quadrado, sendo a metragem dos quartos de 33 a 60 m². Segundo o gerente, ao adqui-
Embora os condo-hotéis despontem como opção de investimento, é preciso observar os detalhes antes da compra, como em qualquer negócio. Conhecer os custos adicionais ao valor de compra do imóvel, como os custos para início da operação hoteleira referentes a mobília, taxas para compra de materiais e o capital de giro necessário. Outro ponto que deve ser observado é a real demanda por leitos na ci-
dade. Arnaldo Cardoso, presidente da ABIH Goiás, alerta para a possibilidade do número de lançamentos de condo-hotéis excederem a demanda hoteleira de Goiânia. “Hoje, já temos 40% de nossa capacidade hoteleira ociosa durante algumas épocas do ano. Se o ritmo de lançamentos de empreendimentos deste tipo for muito alto, pode haver um problema de ociosidade de leitos”, conclui.
Arquivo pessoal
rir um apartamento o investidor ainda terá que arcar com as taxas de enxoval, em torno de R$ 60 mil, mas que variam de acordo com o tamanho do imóvel, e com a taxa de capital de giro, referente a primeira compra o hotel, cerca de R$ 6 mil. Investimentos que Jobsom Bispo considera valer a pena: “Na compra do quarto, o cliente paga os 50% até as chaves e pode financiar os outros 50%, que poderá pagar já com os lucros obtidos no negócio”.
Gerente de lançamentos Jobsom José Bispo
Empreendimentos em Goiás Goiânia foi cidade pioneira no lançamento de condo-hotéis no Estado. Há dez anos atrás foram comercializados os primeiros quartos de hotéis do Estado, com o empreendimento Comfort Suítes, localizado no Jardim. O modelo de negócio ganhou adeptos e raramente são encontrados investidores que pretendem vender suas unidades. E quando estas aparecem são logo comercializadas. Atenta ao desenvolvimento turístico da capital, que segundo Censo Hoteleiro realizado pelo Sebrae Goiás em parceria com a Goiás Turismo, apresentou Goiânia como uma cidade predominantemente com perfil de turismo de negócios, representando 54% dos visitantes, a Incorporadora Queiroz Silveira, lançou no último ano um empreendimento mixed use, com torre de salas comerciais e torre com unidades de hotéis, com a bandeira Quality e administração Atlantica. As vendas dos quartos de hotel do empreendimento foram um sucesso, com unidades esgotadas em apenas
uma hora, o que fez com que o lançamento alcançasse o marco de hotel vendido mais rápido em todo o Brasil. A experiência exitosa levou a incorporadora a investir novamente no setor hoteleiro. Levando em conta pesquisas realizadas que mostraram o déficit na cidade em hotéis de luxo, foi desenvolvido um empreendimento com torre de apartamentos residenciais pequenos de alto padrão – de dois quartos – e torre de unidades hoteleiras no padrão luxo, da mesma administradora só que com a bandeira da rede Radisson. O lançamento promete atender os turistas que desejam ficar na via gastronômica da cidade com serviços de alto padrão. O diretor da incorporadora, Rogério Queiroz Silveira, relata que foram necessários três anos de estudo do mercado hoteleiro e muitas reuniões com as administradoras para desenvolver os empreendimentos. Os projetos de mixed use levam em conta os perfis de cada região, por isto os empreendimentos ora são
acompanhados de torres residenciais, ora por comerciais. “Cada local tem uma demanda diferente, então desenvolvemos o melhor produto para aquela região” diz. Rogério Queiroz ainda adianta: “Temos negociado com a Atlantica mais um hotel três estrelas, previsto para este ano ou no máximo para o primeiro semestre de 2014”. Outras incorporadoras também já descobriram o potencial do segmento hoteleiro e estão apostando na união entre o setor e o mercado imobiliário. A EBM em parceria com a Cyrela, farão o lançamento oficial do seu primeiro condo-hotel em agosto. O empreendimento é constituído por quartos administrados pela operadora Accor, com a bandeira Ibis Styles, e por apartamentos do tipo long stay – voltados para um período maior de diária, em torno de quatro dias -, da mesma operadora, mas que leva a marca Adágio Apart Hotel. Apesar do público do empreendimento também ser composto por pessoas que vêm a cidade para o turismo
de negócios, ele visa hospedar aqueles que buscam hotéis econômicos, três estrelas. “O turismo de negócios cresce proporcionalmente ao PIB. A economia brasileira apresentou crescimento nos últimos anos que não foi acompanhado pelo setor hoteleiro. Tivemos aumento da demanda e pouco aumento na oferta de quartos”, justifica o diretor de Incorporação da EBM, Fernando Razuk. Para ilustrar, o diretor cita o caso do hotel da bandeira Ibis já existente em Goiânia, cuja taxa de ocupação é de 88%, chegando a picos de 93% em alguns meses do ano. Em termos de comparação, o segmento hoteleiro considera o percentual de 60% uma taxa de ocupação alta para o mercado. Outros empreendimentos hoteleiros ainda estão no projeto da Incorporadora: “De médio a longo prazo, planejamos outro lançamento no setor Jardim Goiás, mas tudo dependerá das pesquisas, uma vez que um hotel deve ser bem concebido, de acordo com a demanda”.
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Como vender condo-hotéis? Por ser uma novidade em opção de investimento os condo-hotéis exigem dos corretores de imóveis maior conhecimento para o esclarecimento dos clientes interessados. O gerente de vendas da Queiroz Silveria, Edmilson Borges, comenta que o primeiro conhecimento necessário é sobre o funcionamento do segmento hoteleiro, principalmente, acerca da modalidade de condo-hotéis.“É preciso que ele saiba explicar como funciona a administração e os processos internos do hotel”, explica. O profissional deve deixar claro quais são os papéis da administradora e da bandeira no hotel, até mesmo porque são elas que agregam valor ao investimento. O diretor de Incorporação da EBM, Fernando Razuk, comenta que redes ho-
teleiras renomadas no setor possuem maior capacidade de operação, até mesmo pela quantidade de hotéis que administram, e que dessa forma, têm maior poder de barganha e melhores processos, o que faz com que os custos de operação sejam reduzidos, garantindo maiores rentabilidades. “A rede ainda realiza a gestão de patrimônio e garante a competitividade do hotel, com reformas e alterações condizentes com as novidades do mercado”, diz. Como a bandeira é o elemento atrativo do negócio para os hóspedes,
é preciso que o profissional saiba apresentá-la ao investidor. O número de hotéis que levam a marca e o público que ela atende são observações importantes que devem ser apresentadas. Como funciona o contrato entre o investidor e a rede hoteleira e os custos do empreendimento além do valor da compra do apartamento, são dados que devem ser ressaltados. “É preciso que o cliente entenda que ele se tornará um sócio do hotel e que o negócio tem um tempo de maturação de dois anos”, esclarece Edmilson Borges. O gerente de lança-
mentos, Jobsom Bispo, destaca que o corretor de imóveis ainda deve conhecer o mercado de hotéis da cidade para apresenta-lo ao cliente. Saber indicar que está baixa oferta de hotéis aliada a alta demanda por leitos, principalmente em Goiânia quando são realizados eventos são oportunidade podem significar oportunidade de investimento. “Como no caso de Goiânia, em que hoje faltam hotéis nos períodos de eventos, desta forma, o cliente percebe que os condo-hotéis são uma tendência de mercado. A bola da vez no mercado imobiliário”, diz. Saber calcular o retorno de investimento e a taxa de ocupação do hotel também são vitais para que o profissional apresente a opção como negócio viável ao investidor.
Informações importantes para os investidores: Fatores que devem ser apresentados e enfatizados para os clientes. A incorporadora: empresa responsável pelo empreendimento, que indicará local e tipo do condohotel. Experiências anteriores no ramo hoteleiro são pontos positivos. A operadora hoteleira: empresa responsável pela administração dos apartamentos. Número de empreendimentos administrados e posicionamento no mercado são importantes de serem observados. A bandeira: marca que empreendimento irá levar. Bandeiras já conceituadas garantem a atratividade do hotel. Documentação: o projeto do hotel, o memorial de incorporação e o contrato com a operadora são os documentos que envolvem a negociação. Neles, todos os detalhes devem ser analisados criteriosamente.
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Como calcular? Taxa de ocupação Quantidade de quartos alugados ________________________ = % Quantidade de quartos disponíveis no hotel Rentabilidade do investimento Renda mensal líquida (deduzida de impostos e despesas operacionais) ____________________________ Valor do investimento (preço do quarto, decoração e custos pré-operacionais)
Os desafios da venda de terceiros Considerado mais complexo que a venda de lançamentos, o mercado de revenda requer algo mais do corretor de imóveis Segundo um pensamento comum entre especialistas da área, um profissional só se torna um corretor de verdade quando vende um imóvel de terceiro. E isso acontece porque existem vários obstáculos a serem enfrentados, e o primeiro deles é a captação. Superado este passo, com o contrato de exclusividade em mãos, ainda há um longo caminho pela frente em que o corretor precisa estudar as características do imóvel como o estado físico e a localização. Em seguida, o terceiro desafio é conferir os detalhes da documentação. Depois, ainda precisa enfrentar a concorrência natural das grandes empresas com nome conhecido no mercado, e a negativa: dos corretores mal preparados que sujam a imagem do profissional. E quando tudo começa a indicar que um bom negócio será fechado, o corretor se lembra da importância de construir um nome de confiança e tem que ser franco com o cliente, mesmo que isso signifique perder o negócio. Já no final de tudo, o profissional ainda precisa ser bom na administração financeira para não deixar que os gastos com uma venda superem a comissão. Quem conhece bem todos esses desafios é o corretor de imóveis José Maria e Silva, que trabalha com imó-
veis de terceiros há mais de 20 anos e afirma que a principal diferença é que para vender um imóvel de terceiro o corretor precisa fazer a captação. Outras facilidades na venda de lançamentos é que o profissional conta com divulgação em rádio,TV e anúncios nos principais jornais, enquanto na venda de terceiros
Vende-se
cada imóvel requer um plano de divulgação diferente. Sem dúvida, uma boa captação é o principal ingrediente para o sucesso nesta área. Através dela, o corretor enriquece a sua carteira de imóveis e melhora os resultados financeiros.“A captação é a venda do seu profissionalismo, da sua persistência; pois
“Seja com a abertura de franquias ou na participação de redes, todos que trabalham com terceiros afirmam que a parceria é fundamental para um bom trabalho”
só consegue captar imóveis aquele profissional capacitado, que passa credibilidade, tem conhecimento do mercado e de avaliação, mostrando para o cliente que o seu imóvel terá um corretor exclusivo e com isso será melhor trabalhado”, afirma a corretora Neila Eterna de Moraes Nascente que já trabalhou com lançamentos e hoje se dedica exclusivamente à venda de terceiros. “Neste ramo não existe uma rotina, é um desafio constante. O profissional tem que saber lidar com os mais diferentes tipos de pessoas e estar sempre bem informado”, disse a corretora.
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Regularidade é o lado positivo do mercado de terceiros O corretor de imóveis José Maria e Silva explica que esta área sempre se mantém regular. “Quando acelera é porque surge algum fato novo como a construção de um shopping ou um parque”, afirma. Segundo José Maria a captação é tão importante que, se for mal feita, acima do valor de mercado, por exemplo, irá significar prejuízo para o profissional. “Hoje, a informação é muito fácil, você tem a internet com uma abundância de informações e o cliente já chega sabendo o valor do imóvel. E isso é positivo”, disse José Maria ao revelar ainda: “o bom corretor irá utilizar o conhecimento que tem para avaliar o imóvel de forma coerente e mostrar para o cliente as características que podem influenciar no preço”, disse. Dois itens fundamentais para o sucesso do corretor que trabalha com terceiros são uma boa carteira de clientes e um nome de credibilidade. Segundo o corretor José Maria: “A credibilidade é um patrimônio para o profissional e só é construída através da dedicação e da ética”. Já a corretora Neila Nascente completa que para o corretor de imóveis todo relacionamento é um potencial gerador de negócios. Enfrentar a concorrência das imobiliárias com nome já estabelecido no mercado é outra luta diária para o corretor autônomo que trabalha com terceiros. Uma das soluções encontradas pelas micro empresas é a adesão à associações ou redes. A atitude potencializa a capta-
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Corretor José Maria e Silva afirma que 90% dos seus negócios são realizados através de parcerias
ção e ao mesmo tempo que cada um terá mais imóveis para oferecer, também contará com um maior número de corretores. Hoje, esta é uma regra de sobrevivência. E ainda mais importante quanto firmar parcerias, fazer a captação, se destacar no mercado, ter credibilidade e formar uma carteira de clientes; é ter conhecimento. A corretora Neila Eterna de Morais destaca que o fato de
algumas empresas se preocuparem mais com a quantidade de corretores do que com a qualidade no atendimento gera um grande problema para o mercado. Muitos iniciam na profissão e não se aperfeiçoam, não conhecem a legislação e não se preocupam com o código de ética. “Mas esta realidade que pode estar se modificando uma vez que a própria dinâmica do mercado demanda por
profissionais capacitados”, contrapõe Neila. Segundo a opinião de alguns corretores, no ramo de terceiros não há espaço para amadores. José Maria da Silva calcula que o tempo médio para venda de um imóvel é de quatro a seis meses. Nesse período podem ser gastos quase mil reais só com anúncios e se no final, a comissão não cobrir os gastos com a venda, a conta irá sempre acabar no vermelho.
Os 6 desafios da venda de terceiros: 1º – Captação com exclusividade; 2º – Construir um nome de credibilidade; 3º – Qualificação - conhecimento sobre leis e regras do mercado; 4º – Enfrentar a concorrência; 5º – Conhecer as características físicas e localização do imóvel; 6º – Administração dos gastos versus comissão.
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PARCEIROS Confira ABAIXO o que foi e é notícia nas demais entidades que atuam no setor imobiliário GOIANO:
Sinduscon-GO
CNPL
Título de Utilidade Pública
Novo presidente
O Sinduscon-GO anunciou a realização da 1ª Feira Internacional da Tecnologia da Construção, que acontecerá paralelamente ao 86º ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção, entre os dias 21 a 23 de maio de 2014, no Centro de Convenções em Goiânia. A exposição técnico-profissional de prestadores de serviços e fabricantes, revendedores, importadores e distribuidores de produtos e equipamentos dos diversos setores da construção civil.
O corretor de imóveis, ex-presidente
SecoviGoiás Feirão do Imóvel supera expectativas O último Feirão do Imóvel SecoviGoiás e 9º Feirão Caixa da Casa Própria, que contou com a participação de mais de 40 empresas, registrou um total de vendas de 738 imóveis, num valor aproximado de R$ 97 milhões de reais. Durante os três dias, passaram pelo estacionamento externo do Buriti Shopping mais de 25 mil pessoas. “O Feirão do Imóvel foi um grande sucesso, reiterando, mais uma vez, a força e a importância do mercado imobiliário para o desenvolvimento sócio-econômico de Goiás”, garantiu Marcelo Baiocchi Carneiro, presidente do SecoviGoiás.
da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (Fenaci) Carlos Alberto de Azevedo tomou posse no dia 09 de abril, como presidente da Confederação Nacional das Profissões liberais (CNPL), entidade que congrega 27 federações, composta por mais de 600 sindicatos representantes de 51 profissões e cerca de 10 milhões de profissionais em todo o Brasil. A presidente do SindimóveisGo, Lucimar Alves Elias, prestigiou a solenidade e disse: “é importante para a categoria ter um representante da nossa classe à frente de uma entidade respeitada por todos. Desejamos êxito em sua gestão”.
Convênios
Benefícios para corretores de imóveis Creci de Goiás firma parceria com empresas para oferecer vantagens exclusivas para a categoria:
Desconto em especialização
Curso de inglês com preço especial
Os corretores de imóveis interessados em realizar um curso de pós-graduação na área jurídica têm uma nova oportunidade este ano. É que o Creci de Goiás firmou parceria com o Proordem - Cursos Jurídicos Presenciais. O desconto de 30% vale para os cursos de pós-graduação em Direito Imobiliário; Prática da Advocacia Previdenciária; Direito Penal e Processo Penal; Direito do Trabalho; Previdenciário e Processo Tributário. O desconto oferecido aos corretores de imóveis é extensivo aos seus dependentes sendo cônjuge, filhos e pais. Mais informações: Proordem (62) 3932-0765 e 3087-2536 www.goiania.proordem.com.br
Conhecer outras línguas é abrir as portas para novos mundos e também para novos negócios. Pensando nisto, o Creci de Goiás firmou convênio com o Brasas English Course que oferece descontos exclusivos para os profissionais que desejam aprender a falar inglês. O desconto é válido para todas as unidades da instituição de ensino e é progressivo, variando de acordo com o número de profissionais inscritos na escola, podendo ser de 10 até 20%. Para utilizá-lo, basta apresentar a carteira profissional no ato da matrícula. Mais informações: Brasas (62) 3281-3113. www.brasas.com
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Ana Paula Vitorino
Mande sua sugestão para: imprensa@crecigo.gov.br
“Sempre gosto de curtir um happy hour, com dobradinha de chopp com a moçada. Uma boa opção para descontrair é o restaurante Detroid. Também gosto bastante de assistir a apresentações de stand up. Fico sempre atento a programação dos teatros para não perder os espetáculos”
Elvis Jordan Macedo, Corretor de imóveis
Arquivo pessoal
Cultura & Lazer
Cultura & lazer é um espaço para você, corretor de imóveis, relatar o que faz de melhor nos momentos de folga, COMpartilhando com os colegas de profissão por meio de dicas de locais e atividades para a descontração
A sugestão do corretor de imóveis Rafael Almeida Tôrres, para um fim de semana de descanso, é puro luxo. Como o turismo em Brasília é de negócios, as diárias dos hotéis nos fins de semana são mais baratas. Segundo Rafael, com R$ 230,00 Reais é possível se hospedar em um hotel 5 estrelas, como o Royal Golden Tulip. “O hotel possui uma arquitetura muito bonita, fica em frente ao Lago Paranoá, tem quartos muito confortáveis, um excelente café da manhã, piscina e deck de madeira no lago. O Presidente dos EUA, Barack Obama ficou nesse hotel com sua família durante sua última visita ao Brasil”, disse.
Rafael Almeida Tôrres, Corretor de imóveis
“Aos sábados, gosto de saborear uma deliciosa feijoada no Restaurante Vila Boa de Goiás. Os alimentos são frescos e a comida é caseira com uma excelente apresentação. Vale a pena conferir o menu deste restaurante recém-inaugurado, que fica na rua 55, nº 312, no Jardim Goiás”. Sônia Cordeiro, Corretora de imóveis
A cooperativa dos Corretores Uma cooperativa de crédito que oferece serviços e produtos bancários voltados, especialmente, para corretores. Proporcionando uma melhor organização financeira e crescimento patrimonial a todos os cooperados. - Melhores taxas de juros; - Tarifas mais baixas; - Seguros condominiais, de imóveis e veículos (risco contra terceiros); - Custos de boletos e doc's mais baratos; - Maior rentabilidade nas aplicações; - Menor tarifa de manutenção de conta; - Atendimento ágil e personalizado.
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PROFISSÃO
Especialista em atender o comprador Bom para o mercado, ótimo para quem quer fazer um bom negócio Imagine contar com o conhecimento amplo de um corretor de imóveis na hora de comprar um imóvel e ainda não ter que pagar nada a mais pela consultoria. Esta é a proposta dos corretores que se especializam em atender o comprador. Nos EUA e na Europa este tipo de negócio já é comum. E um exemplo do sucesso desta atividade é a Real Estate Buyer´s Agent Council (REBAC), uma entidade americana que existe há 17 anos e reúne milhares de corretores de imóveis que trabalham com foco em atender o comprador. No entanto, para fazer parte desta Associação, é preciso cumprir as exigências de escolaridade, especialização e experiência prática que permitem o recebimento de uma credencial chamada de Accredited Buyer´s Representative (ABR), que em
português pode ser traduzida como especialista em atender o comprador. Segundo a National Association of Realtors (NAR), maior associação de corretores dos EUA, um profissional capacitado para atender o comprador deve agregar vários conhecimentos. Primeiro tem que saber lidar com as múltiplas ofertas encontradas no mercado; evitar armadilhas como a compra de imóveis próximos a áreas de preservação onde não é permitida a construção e até mesmo saber se existem limites para o uso do solo. Além disso, este profissional precisa conhecer os aspectos
jurídicos das formas alternativas para compra de imóveis, como inventários e leilões. Um especialista em atender o comprador deve saber como proteger o cliente já que a compra de uma casa pode ser a transação mais importante e complexa que uma pessoa vai empreender durante toda uma vida. Nos Estados Unidos, a REBAC afirma que os serviços do ABR são best-in-class e na página da Associação é possível encontrar a frase: “Quando você olha para um ABR antes de você olhar para uma casa, você vai ser servido e não vendido”. Segundo a REBAC, o corretor especializado em
Ana Paula Vitorino
Corretora de imóveis Maise Borges
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atender o comprador é um profissional que foi além e se especializou em conhecimentos necessários para oferecer o melhor serviço. No Brasil, para alguns corretores, a figura do consultor imobiliário é a que mais se assemelha ao chamado ABR americano, no entanto, não existe uma credencial para qualificar este profissional. Além disso, apesar da ascensão da carreira de corretor de imóveis no país nos últimos anos, ainda não é da cultura do brasileiro contratar um corretor quando decide comprar um imóvel. Normalmente a primeira coisa que a pessoa faz é procurar placas de vende-se e anúncios nos jornais e na internet. Mas para o corretor de imóveis e conselheiro do Creci de Goiás Leandro Daher, a especialidade pode se tornar uma tendência no Brasil porque a prática, que é comum em países da Europa e nos Estados Unidos, é boa tanto para o comprador quanto para o vendedor. “Quando existe a presença do representante do comprador, a comissão é dividida entre os dois corretores envolvidos no negócio, desta forma, quando um cliente quer comprar um imóvel e contrata um corretor, não irá pagar a mais por isso”, disse Leandro Daher. O cor-
Ana Paula Vitorino
retor de imóveis José Humberto Carvalho, que também é conselheiro do Creci de Goiás, tem a mesma opinião e aposta no atendimento ao comprador como uma das formas de melhoria do mercado brasileiro. “Ao contratar um corretor, através de um contrato de exclusividade, o comprador terá um tratamento diferenciado com assessoria na documentação e suporte para uma boa compra sem custos adicionais”, disse a corretora de imóveis Maise Borges, que atua no Brasil e é licenciada para trabalhar como corretora de imóveis no Estado da Flórida, nos EUA. Maise faz parte de uma franquia imobiliária americana e afirma: “Acredito que a vinda das franquias de imobiliárias americanas para o Brasil pode fazer com que o mercado brasileiro comece a ficar mais parecido com o que acontece nos EUA, mas a mudança de hábito é muito difícil”. Ao explicar outra característica do sistema americano na qual existem apenas duas listas de imóveis cadastrados no país, o chamado MLS ou Multiple Listing Service Listings; onde apenas quem é corretor credenciado pode ter acesso; a corretora Maise Borges revela que já existem tentativas de fazer o mesmo no Brasil. Para ela, assim como a prática do atendimento especializado ao comprador, o sistema de listas ajudaria muito na melhoria do mercado brasileiro. “Mas não basta criar um programa de informática avançado e querer que todos os profissionais façam parte. O que pode fazer tudo acontecer é uma mudança na cultura e no modo de pensar”. A corretora também acredi-
Corretor de imóveis Cícero Fonseca é especialista em atender o comprador
ta que a pouca qualificação é um dos pontos principais que ainda afastam o corretor de imóveis brasileiro da mesma credibilidade que gozam os profissionais americanos. “Estes cursos a distância, em que a pessoa faz a inscrição e começa a trabalhar em seguida, deixam muito a desejar. As opções de cursos superiores e pós-graduação até que são boas, mas é preciso melhorar o básico. Acredito e faço campanha pela profissionalização do corretor através de mais estudo e especialização”, disse Maise. Segundo o presidente do Creci de Goiás e coordenador pedagógico do Cofeci, Oscar Hugo Monteiro Guimarães, o próprio mercado se encarrega de cobrar cada vez mais qualificação do corretor, promovendo uma seleção natural entre os profissionais. “Apenas sobreviverão no mercado aqueles que buscarem a qualificação”, en-
fatiza o presidente, ao revelar ainda que no Brasil um dos caminhos pode ser o da certificação. Profissionais com mais estudo, conhecimento e experiência, por exemplo, poderão fazer uma prova e obter um tipo de credencial, e assim como nos EUA foi criado o selo ABR, algo parecido também pode acontecer por aqui. Mas mesmo sem um selo ou credencial é possível encontrar corretores de imóveis brasileiros que são especialistas em atender o comprador. Um exemplo é o corretor de imóveis, Cícero Fonseca que revela: além de sua experiência e conhecimento, o que atrai seus clientes é o nome da empresa onde trabalha. “Os compradores geralmente procuram credibilidade, e por isso, procuram profissionais dentro das empresas que já têm um nome conhecido no mercado”, afirma o
corretor, ao revelar o perfil do comprador de imóveis que atende: “geralmente são pessoas que moram fora do estado e procuram algo com preço acima de R$ 500 mil reais”. Prova da necessidade de conhecimento amplo de mercado, documentação e outros é uma das últimas experiências de Cícero Fonseca como representante do comprador. O objetivo era a aquisição de um terreno para construção de uma clínica. Segundo o corretor, o imóvel encontrado era proveniente de um inventário e o trabalho se estendeu até a conclusão completa da documentação. “Haviam 42 herdeiros e demoramos cinco meses para concluir a compra”, disse Cícero, comprovando que dedicação e persistência também são qualidades necessárias para quem deseja se tornar um especialista em atender o comprador.
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V ENBRACI E CIMI
Por que o mercado imobiliário atrai o público feminino? O tema será discutido durante o V ENBRACI, em Brasília, no mês de setembro. Características como facilidade de relacionamento, paciência para ouvir e entender o que o cliente busca destacam as corretoras de imóveis no mercado Profissões que até pouco tempo atrás eram predominantemente masculinas, vem obtendo mudanças significativas no quadro de adeptos. Não são apenas os homens que buscam a corretagem imobiliária. Segundo levantamento “O Perfil dos Corretores de Imóveis e Imobiliárias do Brasil” realizado pelo Sistema COFECI-CRECI, hoje as mulheres já representam 32,7% dos corretores de imóveis inscritos.
Mas por que o mercado imobiliário vem atraindo tanto o público feminino? Este será um dos temas abordados na segunda edição do Fórum da Mulher Corretora, que ocorrerá durante V Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (V ENBRACI), em Brasília, no mês de setembro. O objetivo do Fórum é promover a mulher no mercado de trabalho por meio de ações, como desenvolvimento profissional e de lideranças, oportunidades de relacionamento e criação de redes de negócios. Sulamita Kaiser, que
ministrará uma palestra sobre a mulher no mercado imobiliário durante o evento, pontua que características femininas, como facilidade no relacionamento, contribuem para que as mulheres tenham sucesso na profissão. “A mulher também é mais observadora, persistente e entra para ganhar em um desafio”. Horário flexível também é outro fator que atrai a mulher para este mercado. “Isto permite a ela cuidar da sua família, da sua casa e ter uma atividade profissional, sem prejuízo das outras funções inerentes à mulher”, afirma Sulamita.
Dicas para a mulher se destacar no mercado: Sulamita elenca algumas dicas para que a mulher obtenha um diferencial competitivo no mercado imobiliário: • Conhecimento do produto; • Segurança; • Credibilidade; • Visualizar novos espaços ainda não explorados pelos outros corretores; • Investir em marketing profissional; • Participar de entidades de classe.
Inscreva-se para o V ENBRACI Em sua quinta edição, o ENBRACI ocorrerá nos dias 16 e 17 de setembro, em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil. O dia 18 será destinado exclusivamente para a II Convenção do Sistema COFECI-CRECI. Ocorrendo paralelamente a segunda edição do Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2013), o evento abordará temas como avaliação imobiliária, planejamento financeiro, consórcio de imóveis e panoramas do mercado imobiliário internacional. O V ENBRACI abrirá portas para geração de negócio, relacionamentos e novas oportunidades de mercado. Para mais informações e inscrições, acesse
www.cimi.rec.br
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& produtos Tecnologia
Conheça o que há de novo no mercado e pode facilitar, e muito, a sua vida profissional: Contas de e-mail unificadas com edição de documentos No dia 13 de Maio, a Google revelou em seu evento anual de atualização novidades em seus produtos. Entre elas, algumas informações importantes para quem depende da rede para trabalhar, como a unificação do armazenamento gratuito com 15Gb para Drive (antigo Google Docs), Gmail e fotos. Anteriormente, cada serviço tinha seu próprio espaço de armazenamento. O Gmail tinha 10Gb e o Google Drive tinha 5Gb. Vale a pena também conferir as novidades do Google+, a rede social criada empresa e que vem atraindo muitas pessoas. Fonte: Google I/O
Novo Google Maps A nova versão da Google Maps foi lançada dia 15 de Maio, nos Estados Unidos. Fotos de usuários serão exibidas no mapa para mostrar lugares, que também contarão com avaliações de amigos e conhecidos. Além disso, a nova ferramenta também vai melhorar a maneira como as rotas e itinerários são traçados, mudando a estratégia de definição de trajetos conforme a hora do dia e de acordo com o trânsito. Fonte: G1
Conversa liberada
A Microsoft está atualizando o seu novo serviço de e-mail, chamado de Outlook.com. Seus usuários poderão falar com contatos do Gmail por meio de mensagens instantâneas. O Outlook.com, que substitui o Hotmail e oferece um recurso parecido para conversas com pessoas no Facebook e Skype, vai receber essa ferramenta de bate-papo do Gmail nos próximos dias, segundo a Microsoft. Fonte: IDG NOW
Programas e aplicativos
Arquivo pessoal
Ferramenta para site
Colaboração: Marcelo Quinta Mestre em Ciência da Computação, professor universitário (UFG e PUC-GO), gerente de projetos de aplicativos móveis na Triangulum Soluções e líder dos grupos de desenvolvedores Google e Java de Goiás. Orador frequente em eventos de TI, já palestrou no Brasil e no Vale do Silício (EUA).
Atualmente quase 100 milhões de brasileiros estão conectados à internet a procura de algo para atender suas necessidades, dúvidas ou desejos. A busca do consumidor varia muito, pois é neste meio que ele encontra relacionamentos, diversão, informações, compras e o que bem entender, inclusive imóveis. O consumidor não espera mais chegar o final de semana para comprar um jornal de classificados e ver os anúncios de casa para morar e para alugar na praia durante o feriadão. Elas estão pesquisando o imóvel que procuram na internet. Para depois de encontrar, contatar o corretor e agendar uma visita ou ir até o plantão. O Imobex é uma empresa especializada e com foco 100% direcionado para profissionais do mercado imobiliário. É um construtor de sites que atua há oito anos e atende clientes em todo o Brasil. A marca é líder de mercado e prioriza em suas negociações o seu princípio básico de negócio: promover a inclusão digital dos corretores de imóveis e imobiliárias. Um serviço especializado com as melhores ferramentas em tecnologia e parceiro com os principais portais de imóveis da internet. No Imobex o corretor pode experimentar o sistema e as ferramentas por sete dias grátis sem nenhum compromisso. Um preço justo que reflete em excelente custo-benefício. Formado por um time de suporte altamente capacitado para mostrar aos corretores o quão é importante ter um site para a divulgação dos imóveis e também para mostrar como se faz para alcançar e conquistar os clientes através da internet.
Assinatura digital Precisa incluir sua assinatura em arquivos, mas está apenas com o celular? O Vignature resolve o problema. O aplicativo permite a inserção de assinaturas e ainda de fotos em arquivos de pdf. Tudo isto de seu smartphone Android ou Iphone.
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MAPA DE RegiÕES
Popular,nobre ou em expansão? Apesar de próximos, Parque Amazônia, Jardim América e Nova Suíça possuem diferentes característricas. Mobilidade, infraestrutura e Plano Diretor influenciam os setores sejam lançados nos próximos anos e, além disso, o setor tende a deixar o perfil de bairro popular para abrigar um público de maior poder aquisitivo. Um levantamento realizado pelo Creci de Goiás revelou que o número de lançamentos de empreendimentos verticais no Setor Parque Amazônia, em 2012, foi de 2.304 unidades, contra 692 no Jardim América e 189 no setor Nova Suíça. Em contrapartida, o preço médio do metro quadrado no Nova Suíça, em dezembro de 2012, foi o maior: R$ 4.430,00. Em seguida, o Jardim América apresentou: R$ 3.450,00. E no Parque Amazônia, o menor: R$ 2.930,00. Os dados indicam que o
Fotos: Ana Paula Vitorino
Conhecer bem a região onde está localizado o imóvel que o corretor pretende vender é um fator que pode fazer a diferença entre fechar ou perder um bom negócio. Pensando nisso, a proposta da série de reportagens, Mapa de Regiões, é proporcionar um mergulho nas características de cada setor de nossa capital. Nesta edição os setores em destaque são três: Jardim América, Nova Suíça e Parque Amazônia, que apesar de serem próximos, possuem realidades distintas. Enquanto Jardim América e Nova Suíça estão em estágio avançado de desenvolvimento; no Parque Amazônia a previsão é que novos empreendimentos
Fotos: Ana Paula Vitorino
Daniel Luiz, valorização de 40% da compra à entrega das chaves no Parque Amazônia
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preço é um dos fatores que tem feito do Parque Amazônia um sucesso de vendas em lançamentos imobiliários. São clientes que não podem pagar por um imóvel em uma região nobre mas que procuram um produto com a mesma qualidade. Um exemplo da aceitação do Parque Amazônia entre os compradores de imóveis foi o Residencial Conquist. Considerado de alto padrão, com 3 suítes e 92 m² de área, foi lançado ao preço de R$ 3.260,00 reais o m². Segundo a imobiliária responsável pelas vendas, as 100 unidades disponíveis foram vendidas em apenas um final de semana e o empreendimento passou a ser considerado um case de sucesso para o mercado.
Preço baixo e alta valorização A receita perfeita para investidores é realidade no Parque Amazônia. Segundo pesquisas do Creci de Goiás, nos últimos seis anos o setor registrou a maior valorização imobiliária, 88%, comparando com os vizinhos: Jardim América, 84% e Nova Suíça, 80%. Quem apostou na região no ano passado já contabiliza o lucro. Há menos de um ano o empresário Daniel Luiz Ferreira comprou um apartamento próximo ao Buriti Shopping pelo valor de R$ 112 mil reais e afirma que o imóvel valorizou quase 40%. “É uma região muito boa para morar, perto de tudo”, disse Daniel que planeja se mudar com a família para o apartamento que já foi entregue.
Bola da vez no mercado imobiliário de Goiânia O Parque Amazônia é a bola da vez quando o assunto é valorização imobiliária em Goiânia, mas até chegar a esta realidade muitas mudanças ocorreram desde a sua criação, há quase 60 anos. O loteamento, criado em 1954, era destinado ao público de baixa renda. O projeto considerou o crescimento populacional com a construção de ruas e avenidas largas para garantir a facilidade no fluxo de veículos e, hoje, poucos bairros de Goiânia possuem a mesma mobilidade. Até a década de 80 o setor possuía uma paisagem caracterizada por lotes baldios, casas simples e áreas reservadas para construção de praças que na época eram usadas apenas como campos de futebol. Essa imagem mudou bastante nos últimos 20 anos. Atualmente, a região conta com o Buriti Shopping que abriga lojas de marcas conhecidas; hipermercados; o Parque Cascavel; praças de lazer arborizadas e condomínios horizontais e verticais prontos e em construção. Com isso, a imagem do setor vem sendo rapidamente modificada. E assim como aconteceu em outras épocas com os setores Marista, Bueno, Jardim América e Jardim Goiás, o Parque Amazônia é considerado a bola da vez para investimento em imóveis. Há 15 anos, a construção do Shopping foi um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da região. Criado para atender 300 mil pessoas, o centro co-
“Há 15 anos, a construção do Shopping foi um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da região. Criado para atender 300 mil pessoas, teve um crescimento de 600%” mercial teve um crescimento de 600%. Hoje, o shopping possui um público 400% maior do que era previsto, sendo que é cada vez mais elitizado. Já em 2009, a construção do Parque Cascavel
foi outro fator importante para o desenvolvimento do setor. Estrategicamente posicionado, o Parque é um dos maiores da cidade ocupando uma área de mais de 230 mil m². Sob o aspecto ambiental,
Murilo Feitosa em frente ao Residencial Conquist, 100 unidades vendidas em um final de semana
a obra auxiliou na recuperação e preservação da nascente do Córrego Cascavel, além da manutenção da fauna e flora nativas. Construído em 2009, o Parque Cascavel é visto como uma grande chance para quem planeja morar em frente a uma área verde e, em apartamentos de dois, três ou quatro quartos, com metragens que variam de 64 até 110 m². Em outros parques da capital os imóveis ofertados possuem, em média, 200 m². Outro benefício é o valor. Em parques como Lago das Rosas, Areião, Flamboyant e Vaca Brava o m² supera os R$ 4 mil reais, diferente dos imóveis ofertados no Parque Amazônia onde, segundo levantamento do
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Creci de Goiás, o preço médio do m² ainda está abaixo de R$ 3 mil Reais. Segundo o arquiteto e urbanista, Ramos Albuquerque Nóbrega, após o Plano Diretor de 2007, o Parque Amazônia passou a ser considerado uma área adensável e propícia para construção de habitações coletivas. “O setor oferece um sistema viário que permite uma boa mobilidade; possui uma bacia econômica importante, que é a avenida Rio Verde; é um bairro que ainda apresenta adensabilidade média; topografia suave; abriga uma área verde - o Parque Cascavel e,
Fotos: Ana Paula Vitorino
além disso, é bem servido de infraestrutura como escolas, hospitais, entre outros serviços”. Segundo o urbanista, o Parque Amazônia é um setor geograficamente estratégico, uma vez que está localizado próximo à avenida Rio Verde, cidade de Aparecida de Goiânia, setor Bueno e Jardim América. Na opinião de Ramos Albuquerque, o bom momento para venda de imóveis no Parque Amazônia se faz também porque as pessoas estão mais temerosas na hora de fazer um investimento imobiliário e estão preferindo uma localização menos onerosa.
Construído em 2009, o Parque Cascavel é uma oportunidade para quem planeja morar próximo a uma área verde em apartamentos com metragens de 64 a 110m2
De loteamento popular à moradia de emergentes Para Murilo Feitosa, corretor de imóveis e diretor de uma das maiores imobiliárias de Goiânia, o Parque Amazônia é um dos melhores setores para investimento na capital. A quantidade de avenidas e ruas largas favorecem a verticalização e, aliado a isso, o setor possui muitas áreas para construções de novos empreendimentos. Segundo a previsão de Murilo Feitosa, em quatro anos, o Parque Amazônia terá a mesma infraestrutura que o setor Nova Suíça, onde há uma grande oferta de produtos e serviços para um público de classe média e alta. “O setor Bueno concentra uma grande parcela de potenciais compradores de imóveis de Goiânia e esse público tende a adquirir um imóvel próximo de onde já está acostumado a viver”. Outra aposta para o futuro é que o bairro deixe de ser essencialmente
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Segundo a prefeitura o Parque Amazônia vem sofrendo uma crescente expansão populacional
popular e se torne um reduto de um público emergente em busca de mais conforto, comodidade e segurança. “Em 2012, lançamos empreendimentos no Parque Amazônia com valores entre R$ 200 e R$ 700
mil Reais com bons resultados em todos os produtos”. conta Murilo Feitosa, que revela ainda a experiência de sucesso nas vendas de um lançamento de condomínios de sobrados de três e quatro quartos com
preço de R$ 700 mil Reais. “Só restam quatro das 42 unidades, sendo que 85% do empreendimento foi vendido em menos de 60 dias”, afirma o corretor, comprovando a tendência da mudança no perfil dos moradores. Segundo dados da Prefeitura de Goiânia, o Parque Amazônia vem sofrendo uma crescente expansão populacional, enquanto o vizinho Jardim América manteve praticamente a mesma densidade na última década. Do ano de 2000 para 2010 a população do Parque Amazônia aumen-
Crescimento da População População 2000
População 2010
%
Nº quadras
Nº imóveis prediais
Outorga Onerosa 2006-2008
Parque Amazônia
16.700
20.000
20%
312
3.488
15
Jardim América
40.573
40.976
1%
457
7.686
8
Nova Suíça
6.665
8.407
26%
62
947
7
Dados: Seplan/GO
Número de unidades lançadas por setor Parque Amazônia
2011
2012
1.878
2.304
92
692
-
189
Jardim América Nova Suíça Dados: Depami
tou em 20%, passando de 16.700 para 20 mil habitantes. Já no Jardim América, o crescimento foi de apenas 1%, passando de 40.573 para 40.976 pessoas. E no setor Nova Suíça, que apresenta uma extensão territorial bem inferior, o número de moradores passou de 6.665 para 8.407. Apesar de apresentarem uma extensão territorial aproximada, o número de imóveis prediais no Jardim América é bem superior ao do Parque Amazônia e enquanto o Jardim América possui 457 quadras e 7.686 imóveis, o Parque Amazônia possui 312 quadras e 3.488 imóveis prediais. Com base nos dados sobre o crescimento populacional do Parque Amazônia nos últimos anos e, somando-se a isso os argumentos de profissionais do mercado, espera-se que o bairro continue apresentando uma alta taxa de desenvolvimento. Segundo cálculos de corretores
que trabalham com imóveis na região, pelo menos 15 mil novos moradores irão habitar os cerca de cinco mil imóveis que estão em construção e sem contar os lançamentos que ainda estão por vir. E ainda, a aposta de muitos empresários é que estes novos moradores sejam de classe A e B, e que tragam para o setor, serviços destinados a esse público. Para Murilo Feitosa, as pessoas que vem morar no Parque Amazônia sabem que podem contar com os serviços oferecidos nos setores próximos como Nova Suíça e Bueno; mas em breve, todas as lojas, escolas, supermercados e outros serviços que são oferecidos nestes setores também estarão no Parque Amazônia. Um exemplo desta migração é a construção de uma filial de um dos colégios mais renomados da capital em uma das avenidas centrais do setor.
Jardim América e Nova Suíça
Maior preço do m², mas com menor expectativa de lançamentos Segundo levantamento realizado pelo Creci de Goiás, os setores Jardim América e Nova Suíça estão entre os que apresentaram menor número de lançamentos de empreendimentos residenciais em Goiânia. Em 2011, no Jardim Goiás por exemplo, foram ofertadas 2.947 unidades, enquanto no Jardim América a oferta foi de apenas 92 imóveis e no setor Nova Suíça nem houve registro de lançamentos. Da mesma forma, em 2012, enquanto o Jardim Goiás apresentou uma oferta de 2.304 unidades, no Jardim América fo-
Segundo o urbanista Ramos Albuquerque, o Parque Amazônia é um setor geograficamente estratégico uma vez que está localizado próximo à Avenida Rio Verde, Aparecida de Goiânia, Setor Bueno e Jardim América
ram apenas 692 e no setor Nova Suíça, 189. Através da análise das pesquisas, com base no preço do m² de lançamentos verticais, observa-se uma grande variação no preço dos imóveis nos setores Jardim América e Nova Suíça. Considerando lançamentos verticais, a valorização média do preço do m² no Jardim América, de 2006 a 2012, foi de 83%. Se em 2006, o preço do m² era de R$ 1.880,00; em dezembro de 2012 este valor passou para R$ 3.500,00. Reais Do ano de 2006 para 2007 o preço do m² no Jardim América sofreu uma redução de quase 9%. Em
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Ana Paula Vitorino
seguida houve uma recuperação, com salto de 32% no preço dos imóveis lançados no ano de 2007 para 2008. Em 2009, enquanto a regra geral no Brasil era a valorização, os preços dos imóveis no maior setor de Goiânia recuaram em 3%. Nos anos seguintes os lançamentos no setor registraram recuperação nos valores com valorização de 27% de 2010 para 2011 e 15% de 2011 para 2012. Atualmente, segundo pesquisa do Creci de Goiás, o valor do m² de imóveis em lançamento no Jardim América segue a média registrada em bairros na região sul. Com nome elegante, copiado do bairro paulista, o Jardim América foi projetado
para ser ocupado pelas classes A e B. Mas a proposta não se efetivou e o loteamento, aprovado em 1951, custou a ser ocupado. No início foi moradia de trabalhadores de baixa renda, que aos poucos se mudaram, transformando o perfil do bairro a partir da década de 80. Atualmente, o Jardim América é o maior bairro em extensão territorial e o 5º mais populoso de Goiânia, segundo a Seplam. Considerado, pelo Plano Diretor de Goiânia, como uma área adensável em desaceleração, não apresenta grandes chances de verticalização. A construção de edifícios só é permitida ao longo dos eixos estruturadores que estão localizados ao longo das princi-
pais avenidas como T-63, T-9 e T-7, áreas comerciais que não são favoráveis à construção de empreendimentos residenciais. Iniciado na década de 70 como um pequeno conjunto habitacional localizado dentro do Jardim América, o setor Nova Suíça começou a ser chamado por este nome para se diferenciar, uma vez que era uma região ocupada pela elite. Atualmente, os imóveis de alto padrão e os serviços oferecidos comprovam a vocação de um bairro nobre. Segundo pesquisas realizadas pelo Creci de Goiás, assim como no Jardim América, houve uma grande variação no preço do m² dos imóveis em lançamento no setor
Nova Suíça nos últimos seis anos. De 2006 para 2007 a valorização foi de apenas 1%. Em seguida, houve um salto de 23% e de 2008 para 2009 e de 2009 para 2010 o aumento foi de apenas 3% e 4%. A recuperação no valor do m² só foi registrada de 2010 para 2012 com um salto de 33%. Atualmente, o preço do m² no setor segue a média registrada em bairros nobres da região sul: R$ 4.429,00 Reais. Mas embora o número de lançamentos verticais no setor tenha sido reduzido nos últimos anos, a evolução do preço do m² foi de 80%. O preço médio do m² passou de R$ 2.460,00 Reais em 2006 para R$ 4.429,00 Reais, em 2012.
Evolução do preço do m² de lançamentos verticais 2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Total %
Parque Amazônia
1.557,00
1.711,00
1.924,00
2.121,00
2.367,00
2.744,00
2.929,00
88,13%
Jardim América
1.880,00
1.711,00
2.259,00
2.192,00
2.350,00
2.992,00
3.454,00
83,67%
Nova Suíça
2.465,00
2.489,00
3.059,00
3.161,00
3.311,00
-
4.429,00
79,68%
Dados: Depami
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Imóveis de alto padrão e os serviços oferecidos comprovam a vocação de bairro nobre do setor Nova Suíça
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+
que corretor
É possível ir além Segundo os psicólogos, manter um hobby ou uma atividade prazerosa é uma forma eficaz de combater o EstressE. No momento em que se dedica à algo que gosta, a pessoa consegue se desligar totalmente dos problemas, se recuperando mentalmente DA ROTINA AGITADA. a Revista Painel imobiliário buscou o exemplo de pessoas que são mais que corretores, que possuem outras atividades que acrescentam na sua vida profissional.
Arquivo pessoal
Esportes radicais Cláudio Araújo é morador da cidade de Caldas Novas e um apaixonado por esportes radicais. Gosta de ter contato direto com a natureza, tomar banho de cachoeira, explorar cavernas e praticar rapel. “Sou corretor de imóveis desde 1998 e digo que é uma excelente profissão, entretanto, um pouco estressante em decorrência de um mercado onde existe muita concorrência”, disse Cláudio, que encontra na natureza a fórmula perfeita para manter o equilíbrio entre o corpo e a mente, se mantendo longe do estresse. O corretor afirma que seus lugares preferidos em Caldas Novas são a Rua de Pedra e a Cachoeira do Maratá, com 50m de altura. Junto à alguns amigos, o corretor utiliza os momentos de folga para fazer caminhadas junto à natureza, buscando novas trilhas, cachoeiras e cavernas para fazer rapel e escaladas. “No final destas aventuras ficamos com o corpo cansado e cheios de hematomas e arranhões, mas com a mente, coração, e alma lavados. Este é nosso preparo para as tantas variáveis que influenciam as vendas imobiliárias”.
Motocross É em cima de uma moto Kawasak KXF 250 que o corretor de imóveis, Leonardo Bruno Oliveira e Silva, consegue se livrar de todas as tensões e problemas do dia a dia. Há cerca de seis anos participa de treinos em pistas e trilhas de motocross. A semana pode até ser cheia de desafios, de recomeços, mas nos finais de semana há tempo garantido para o treino com amigos. “É uma paixão. Não me profissionalizei mas me dedico muito à este esporte”, disse o corretor, que revela que nesta atividade ao mesmo tempo que gasta muita energia é como se recarregasse as baterias. O que o esporte tem em comum com a profissão? Nas duas atividades é preciso usar a técnica e ter controle para não ultrapassar o limite de segurança. Segundo Leonardo, mesmo depois que sofreu um acidente não desistiu do hobby, mas passou a ter mais cautela porque sabe que um simples erro pode ser fatal.
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Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Contato com a natureza O corretor de imóveis, Primo Leopoldo Crosara, pedala cerca de 45km por dia. Mas este é apenas o preparo para as pedaladas mais extensas dos fins de semana, quando busca lugares mais distantes e o contato direto com a natureza, que para ele, é fundamental. Primo enumera os benefícios do esporte na sua vida: “aumenta a disposição, melhora a saúde, alivia o estresse, controla a ansiedade e a pressão arterial”. O corretor afirma que sempre praticou algum tipo de esporte e antes de se apaixonar pelo ciclismo gostava de jogar futebol. Membro do Grupo Siriema Pedal, Primo Crosara lembra aos interessados que para praticar este esporte é importante tomar alguns cuidados incluindo o uso dos equipamentos de segurança. “O ciclismo exige concentração, disciplina, força de vontade e superação e tudo isso leva a pessoa a uma sensação de liberdade muito grande”.
Aquarismo Desde criança o corretor de imóveis Delton Junqueira tem interesse especial por aquários e por isso há cerca de oito meses decidiu se dedicar ao aquarismo marinho. Segundo o gerente de vendas, em Goiânia já existem muitas pessoas que se dedicam ao hobby e até algumas lojas especializadas. A prática consiste em criar peixes, plantas e outros organismos em recipientes de vidro, acrílico ou plástico. O aquarismo combina uma demanda por senso estético e conhecimentos técnicos diversos, como biologia básica, química básica e outros. Delton conta que está evoluindo no hobby. Começou com um aquário de 90 litros, passando para outro com capacidade seis vezes maior. Na atividade existem produtos de todos os preços sendo que um aquário pode chegar a custar até R$ 15 mil Reais. O custo alto vale a pena para o corretor, porque quando se dedica à atividade consegue tirar da mente todos os pensamentos que o preocupam. Isso faz com que volte ainda mais animado ao trabalho. “Descansa, desliga e elimina o estresse”, afirma Delton.
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DIRETO DO CRECI-GO
Diplomas falsos Os veículos de comunicação em geral têm apresentado denúncias sobre a venda de diplomas de ensino médio, cursos técnico e superior por escolas profissionalizantes. O Sistema Cofeci-Creci soma os esforços às entidades e conselhos de classe de todo o país no combate a falsificação e fraude dos diplomas em benefício dos profissionais devidamente regularizados. “Há muito o Conselho zela pela autenticidade dos documentos recebidos para o registro do profissional”, comenta o vice-presidente do Creci, Eduardo Seixo de Brito. Segundo ele, a primeira etapa que coíbe a falsificação é logo no credenciamento do profissional, em que o treinamento dos colaboradores é ferramenta importante na identificação de documentos falsos. “Outra fonte de informação são as denúncias, re-
Divulgação
Creci reforça busca por documentação falsa no registro de profissionais
cebidas com frequência pelo Conselho”, conta. Existem duas possibilidades de emissão de documentos falsos: a falsificação feita por pessoas físicas, que pode ser enquadrado como crime de estelionato, e a emissão de certificados irregulares por instituições de ensino, entendido como venda de diploma, que se qualifica como fraude podendo levar a cassação do registro da escola. O assessor jurídico do Creci, Fernando de Pádua,
orienta quem tem interesse em ingressar na profissão, que faça o curso de forma efetiva em instituições autorizadas, evitando possíveis facilidades oferecidas que possam no futuro levar a processos criminais. “Afinal, em casos que apresentam indícios de fraudes suspende-se a inscrição imediatamente da pessoa no Conselho e se encaminha aos órgãos competentes juridicamente, Ministério Público, Polícia Federal, Secretaria e Conselho de Educação para que tomem providências que
entenderem necessárias”. Até a presente data, o Creci de Goiás já detectou mais de 40 diplomas falsos que foram encaminhados para que os órgãos competentes tomem suas providências. Entre as atividades desenvolvidas pela autarquia para coibir os diplomas falsos estão a assinatura do Ato 002/2013, que proíbe a realização do estágio aos alunos matriculados em instituições de ensino que não possuam matriz ou pólo autorizado no Estado de Goiás, e a busca constante pela qualidade dos cursos oferecidos. “São medidas que visam impedir o exercício de pessoas não habilitadas, que ao mesmo tempo prejudicam o trabalho e imagem dos profissionais registrados e oferecem risco à sociedade nos negócios imobiliários”, finaliza Eduardo Brito.
>>Pesquisa sobre a profissão
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Para conhecer o que o corretor de imóveis pensa sobre a sua atividade e como avalia o desenvolvimento atual do mercado imobiliário, o Creci de Goiás realizou pesquisa de opinião com os profissionais. Foram mais de 330 formulários preenchidos de profissionais da capital e do interior do Estado. Segundo a pesquisa, dos 338 corretores de imóveis que participaram do estudo, quase 80% estão parcial e totalmente satisfeitos com a profissão. Atividade que escolheram em grande maioria por vocação, 42,60%, ou pelas oportunidades de altos rendimento, 47,34%. Outro dado interessante é em relação ao projeto da obrigatoriedade do curso superior para atuar no mercado, que mais de 70% dos corretores aprovaria caso viesse a se tornar medida oficial. O estudo contribuirá com livro sobre a atividade imobiliária que o escritor Anselmo Lino está preparando para o segundo semestre deste ano. Os participantes concorreram a calculadoras HP. Confira outros dados da pesquisa no nosso site: www.crecigo.gov.br.
Ana Paula Vitorino
>>Creci recebe contadores do Sistema Cofeci/Creci Reunidos na sede do Creci de Goiás, contadores e representantes de todos os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis do País, participaram de treinamento e apresentação do Sistema Integrado de Contabilidade Aplicável à Conselhos, o Siscac. O software será adotado a partir deste ano pelo Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci). O objetivo é unificar a contabilidade facilitando a reunião dos dados de cada regional a serem enviados ao Cofeci para compor o Relatório de Gestão e Controle. Este, por sua vez, será enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU). Thaysa Mazzarelo
>>Treinamento para os colaboradores Atualizar o Português e dominar a nova Ortografia. Estes são os objetivos do curso que está sendo ministrado com exclusividade aos colaboradores do Creci de Goiás durante o primeiro semestre deste ano. A iniciativa, oferecida pelo Conselho, é composta por aulas quinzenais e acompanhamento por departamento que visa auxiliar na produção de documentos e ofícios. Além da satisfação dos colaboradores, o retorno do treinamento pode ser percebido no melhor atendimento oferecido à categoria e à sociedade. “O domínio do Português permite uma comunicação mais clara. O que facilita o entendimento entre as partes”, comenta o presidente do Creci de Goiás, Oscar Hugo Monteiro Guimarães. Ana Paula Vitorino
>>Dia da Mulher solidário Para comemorar o espaço que as mulheres ganharam no mercado imobiliário nos últimos anos, o Conselho realizou o Encontro das Mulheres, evento promovido no Dia Internacional da Mulher. O Encontro reuniu as corretoras de imóveis para assistir ao Painel Mulheres Reais, que contou com as presenças da vereadora Dra. Cristina Lopes, da presidente do Sindimóveis Goiás, Lucimar Alves e da consultora do Sebrae Goiás, Lorena Gomes. Mediado pela jornalista e blogueira Patrícia Finotti, o painel abordou as histórias de vida das participantes e suas dicas para o sucesso profissional. A noite foi finalizada com coquetel ao som da cantora Cejane Verdejo. O evento ainda promoveu uma ação solidária. Para participar, as corretoras de imóveis no ato da inscrição do evento fizeram a doação de um quilo de alimento não perecível. As contribuições foram doadas ao Centro de Valorização da Mulher (CEVAM), ONG que atende a cerca de 80 mulheres e adolescentes vítimas de maus tratos.
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Thaysa Mazzarelo
Social
De portas abertas O Creci de Goiás recebeu nos últimos meses visitas ilustres que vieram ao Palácio dos Colibris para conhecer a sede e o trabalho realizado pela autarquia goiana. Em março, o novo presidente da Federação Nacional dos Corretores de Imóveis (FENACI), Joaquim Antonio Mendonça Ribeiro, foi acompanhado pelos conselheiros, João Benício Gomes e Walter São Felipe, que apresentaram os departamentos do Conselho ao recém empossado. No mesmo mês, a vice-presidente do Sindimóveis do Amazonas, Jane Picanço e a corretora de imóveis, Katherine Gerli foram recebidas pelo presidente do Creci, Oscar Hugo e o vice-presidente Eduardo Brito. Já o presidente do Tocantins, Sandro José de Oliveira, foi recepcionado pela secretária executiva do Conselho, Célia Borges Tavares. Ele veio conhecer toda a estrutura da instituição que servirá de modelo para a autarquia de sua região.
Evento prestigiado O vice-presidente do Creci de Goiás, Eduardo Seixo de Brito, e o vereador Anselmo Pereira vieram conferir de perto a programação desenvolvida pelo Creci de Goiás em homenagem ao Dia da Mulher. O evento contou com a participação da vereadora Dra. Cristina Lopes e da presidente do Sindimóveis, Lucimar Alves, que participaram de debate mediado pela jornalista e blogueira Patrícia Finotti. O evento ainda teve coquetel ao som da cantora Cejane Verdejo.
Entrega de carteiras A solenidade de ingresso de novos profissionais do mercado imobiliário realizada em maio teve a participação do vereador Davison Costa. O membro da Casa de Leis esteve do outro lado da mesa diretiva, junto ao público. É que agora, Davison Costa divide seu tempo entre a atividade na Câmara Municipal e a carreira de corretor de imóveis. Na foto, ele recebe sua carteira profissional do padrinho da turma, o professor Neival Xavier.
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Para refletir
Você sabe o quanto se desperdiça de água com uma torneira pingando? Descubra e relacione as torneiras pingando aos litros de água desperdiçados.
Gotejando: 46 litros/dia
Abertura de 2mm: 4.500 litros/dia
Abertura de 9mm: 25.000 litros/dia
Abertura de 12 mm: 34.000 litros/dia
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Creci na mídia
No mês de fevereiro a Revista Setor Imobiliário publicou reportagem com opinião do presidente, Oscar Hugo, sobre dicas de como alcançar sucesso na profissão de corretor de imóveis.
De fevereiro a maio, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis foi notícia em veículos de comunicação de todo o Estado, totalizando:
16 espaços de mídia espontânea, sendo:
2 exibições em telejornais; 4 em rádio e 10 em revistas e jornais impressos.
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No dia 22 de abril, o Jornal Diário da Manhã publicou reportagem, com opinião do presidente Oscar Hugo, sobre o mercado imobiliário em Goiânia.
No dia 6 de março foi publicada opinião do presidente Oscar Hugo Monteiro Guimarães, em matéria publicada pelo jornal O Hoje, sobre o novo conceito de moradia work, live and play.
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