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EDIÇÃO 14 - GOIÂNIA, JUNHO DE 2014
CIDADE OCIDENTAL União dos corretores prevalece sobre contravenção MERCADO EM DESENVOLVIMENTO Goianésia se destaca entre os municípios do Vale do São Patrício no setor imobiliário EXCLUSIVIDADE IMOBILIÁRIA Contrato com cláusula de exclusividade beneficia a sociedade e o corretor
CRECI-GO CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS 5ª REGIÃO / GO
Lei 6.530 Na comemoração dos 36 anos da Lei que organizou o mercado imobiliário, conheça a história e os personagens que contribuíram para sua regulamentação, e também a importância da nova norma para a categoria
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PALAVRA DO PRESIDENTE
Uma profissão que não estuda, SOBREVIVE? U
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Valeria Fleury
ma pergunta muito comum dos filhos aos pais: - Pai, para que estudar? Questionamentos assim nos acompanham até hoje, quando já somos profissionais, temos família, e sua subsistência, educação, saúde e lazer estão sobre nossa responsabilidade. Quando se inicia a vida escolar, começa a ter contato com novas pessoas, as adversidades vêm à tona, as amizades florescem. Ao subir na escala do conhecimento, entra no campo do profissionalismo. É na escola que se inicia este treinamento para o mercado de trabalho, para a formação do caráter e onde a pessoa aprende a se portar como profissional. Na escola, o estudante convive com disciplinas de que gosta e de que não gosta, mas aprende e entende que necessita delas para a sua vida. Lá aprende a enfrentar os desafios, conhecer as vitórias e as derrotas, aprende a superar momentos de tristeza e angústia. Com o treinamento adquirido, sai para o mercado de trabalho com muitas informações que foram transformadas em conhecimento, o que o levará a ter ideias, a agir e a resolver problemas, passará a entender as pessoas, ouvir as suas opiniões e delas tirar aquilo que é importante e utilizar na mesma sociedade em que se vive. Passa-se então a valorizar aquilo que passou a ser sua profissão. E se a pessoa não passou por essa experiência, não conquistou com seriedade, honestidade e ética aquilo que a transformaria em profissional, poderá agregar valores positivos à essa profissão? Se um profissional não estudou, não teve contato com o saber, não procurou desenvolver naquilo que se propôs a ser, o seu futuro é incerto. E em uma profissão, onde um grande número de profissionais assim se comportam e como profissionais continuam a não estudar, não procuram o conheci-
mento, não têm respeito pelos seus colegas, não têm ética, procuram somente o ganho fácil, pergunta-se: essa profissão tem futuro? Não, ela perde a sua credibilidade, as pessoas não confiam naqueles profissionais e ela tende a desaparecer. Assim poderá acontecer com a profissão onde os profissionais fogem do conhecimento, relegando-o a segundo plano e vislumbra-se simplesmente o ganho fácil. E a nossa profissão como está? Os profissionais estão estudando, estão procurando se atualizar? Merece uma reflexão de todos: profissionais, empresários e daqueles que se utilizam desses profissionais. Deixo aqui um ensinamento que tem mais de três mil anos: “Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos às palavras do conhecimento” (Pr 23:12).
OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES presidente do Creci de Goiás hugo@oscarhugo.com.br
SUMÁRIO EXPEDIENTE
16
6
CAPA
ENTREVISTA
Como foi e quem foram os protagonistas da aprovação da Lei 6.530
Exclusividade nos Negócios Imobiliários
32
24
INTERIOR
PROFISSÃO
Em Cidade Ocidental corretores se unem contra a contravenção
Goianésia é destaque no desenvolvimento do mercado imobiliário
DE OLHO NA LEI 10
Como identificar um loteamento irregular Aprovada redução de carga tributária para corretores Honorários dependem da conclusão do negócio
TECNOLOGIA & PRODUTOS 12
POR AÍ 14
VOCABULÁRIO DO CORRETOR 19
28 ARTIGO Direito de Família e Sucessões 30 MERCADO Decoração que potencializa a venda 38 PARCEIROS 39 CULTURA & LAZER 40 + QUE CORRETOR
41 CONVÊNIOS SAÚDE 20 Corretor de imóveis é importante agente 42 DIRETO DO CRECI no combate à Dengue
PROFISSÃO 22
Entenda como funciona a ferramenta utilizada em 96% das transações imobiliárias dos EUA A vez dos escritórios compartilhados
46 SOCIAL 47 CRECI NA MÍDIA 48 PARA REFLETIR
EXPEDIENTE O CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS DA 5ª REGIÃO-GO É UMA AUTARQUIA FEDERAL DE DISCIPLINA E FISCALIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE CORRETOR DE IMÓVEIS. REGULAMENTADA PELA LEI FEDERAL 6.530/1978 ENDEREÇO: RUA 56, Nº 390, PALÁCIO DOS COLIBRIS, JARDIM GOIÁS, GOIÂNIA-GO - CEP: 74810-240 - FONE/ FAX: 62 3236-7350 - HOMEPAGE: WWW.CRECIGO.GOV.BR, E-MAIL: CRECIGO@CRECIGO.GOV.BR DIRETORIA: OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES, EDUARDO COELHO SEIXO DE BRITO, RAFAEL NASCIMENTO AGUIRRE, JUSCEMAR ANTÔNIO DE OLIVEIRA, JACKSON JEAN SILVA, WÁLTER SÃO FELIPE, JAIR REIS DE MELO. CONSELHEIROS: ANA MÔNICA BARBOSA DA CUNHA, ANTÔNIO ALVES DE CARVALHO, ANTÔNIO ROSA DE MESQUITA, ANTÔNIO SPINETTI ALVES, CARLOS CÉSAR LEMOS DO PRADO, EDUARDO COELHO SEIXO DE BRITO, ELMO MONTEIRO CLEMENT AGUIRRE, FRANCISCO CARLOS LOBO, GERALDO DIAS FILHO, JACKSON JEAN SILVA, JAIR REIS DE MELO, JOÃO BENICIO GOMES, JOÃO PEDRO VIEIRA, JOSÉ MACHADO RESENDE, JOSÉ MÁRCIO MOREIRA SANTOS, ANTÔNIO DE OLIVEIRA, LEANDRO DAHER DA 4 |JUSCEMAR Painel Imobiliário
COSTA, LUIS CLEMENTE BARBOSA, MARCIO ANTONIO FERREIRA BELO, MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA, MARIA FRANCISCA ALVES CARVALHO, OMAR ATAÍDES DE CASTRO, OSCAR HUGO MONTEIRO GUIMARÃES, RAFAEL NASCIMENTO AGUIRRE, RICARDO ALVES VIEIRA, WALTER SÃO FELIPE, WILDES MARCOS FAUSTINO. SUPLENTES: ADEMIR SILVA, ANDRÉ LUIZ FRANÇA DE MELO, ALEXANDRE GUIMARÃES ROSA DE MOURA, CELSO MONTEIRO BARBUGIANI, CÉSAR FELICIANO DE OLIVEIRA, CLAUDIO GONÇALVES DE ARAUJO, EDGARD FURTADO MARTINS, EVALDO EULER DUARTE DE ALMEIDA, FRANCISCO LUDOVICO MARTINS, HELDER JOSÉ FERREIRA PAIVA, ISMAILDE GOMES DA SILVA, JOSÉ HUMBERTO MARTINS VIEIRA CARVALHO, JOSÉ VIRGÍLIO FERREIRA FILHO, LUCIMAR ALVES ELIAS, LUIZ ANTÔNIO DO NASCIMENTO, LUIZ ANTÕNIO MADY, MARGORETH ALVES DE CASTRO GUIMARÃES, MARIA APARECIDA DIONÍSIO, MURILO SOUSA DE ANDRADE, NEILA ETERNA DE MORAES NASCENTE, PEDRO ANTÔNIO COTECHESKI BOBROFF, RODRIGO PAULLUS BARRETO MACHADO, RONALDO ODORICO VEIGA, SAUL PEREIRA DA COSTA, VALGMAR DOMINGOS TAVARES, VALONI ADRIANO PROCÓPIO, VERONDE ANTÔNIO DE OLIVEIRA.
A REVISTA PAINEL É UMA PUBLICAÇÃO DO CRECI-GO ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: THAYSA MAZZARELO e ANA PAULA VITORINO DIAGRAMAÇÃO: NEIDE ATAÍDE - GO-2690 JD REVISÃO ORTOGRÁFICA: ISA DAHER COMERCIAL: OBJETIVA COMUNICAÇÃO E MARKETING - OBJETIVACOMERCIAL@IG.COM.BR REVISÃO JURÍDICA: FERNANDO DE PÁDUA - OAB 17840 LOURIVAL JÚNIO O. BASTOS - OAB 36725 TIRAGEM: 13.000 EXEMPLARES FOTOLITO E IMPRESSÃO: FLEX GRÁFICA As opiniões expressas nessa publicação são de exclusiva responsabilidade de seus autores e não refletem, obrigatoriamente, a opinião deste Conselho
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ExpErtisE na ÁrEa dE nEgócios do grupo josé alVEs, uM dos MaiorEs do país o MElHor corpo docEntE atuantE no MErcado EstíMulo ao nEtworking EntrE os alunos 3 unidadEs bEM localizadas: cEntro, buEno E pEriMEtral cursos dE graduação E pós-graduação EM VÁrias ÁrEas do conHEciMEnto E MEstrados EM adMinistração E EM dEsEnVolViMEnto rEgional Ensino coMplEto, incluindo forMação HuMana E social cursos EM parcErias coM HsM, sEcoVi, Escola supErior dE Magistratura, EntrE outros
ENTREVISTA
Exclusividade nos negócios imobiliários Autora de livro sobre o tema, Margoreth Alves de Castro Guimarães defende a prática nos contratos pela garantia dos benefícios mútuos. Segurança para a sociedade é um dos fatores favoráveis POR THAYSA MAZZARELO
N
os Estados Unidos ela já é uma realidade, está presente em 91% dos contratos fechados entre clientes e imobiliárias ou corretores de imóveis. Também está na maior parte das negociações realizadas na Europa, Canadá e até na Argentina. A exclusividade de venda é o contrato de corretagem imobiliária feito com cláusula de exclusividade para a venda ou compra do imóvel, em que o cliente contrata o corretor de imóveis em caráter exclusivo para prestar serviços de forma personalizada na venda ou busca do imóvel pretendido. Através das definições no contrato de objeto, preço, prazo, deveres e obrigações e a cláusula de exclusividade, o corretor de imóveis se resguarda de problemas procedentes da responsabilidade civil do profissional e o cliente ganha segurança na negociação. A corretora de imóveis e especialista em Operações Imobiliárias e Direito Imobiliário, Margoreth Alves de Castro lançou recentemente seu livro “Exclusividade nos Negócios Imobiliários” em que fala um pouco sobre este tipo de contrato e como é benéfico para o mercado imobiliário:
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Como surgiu a exclusividade no mercado imobiliário? A exclusividade decorre primeiramente da Lei nº 6.530/78, do Código de Ética profissional, das Resoluções-COFECI, principalmente do Código Civil Brasileiro de 2002, capítulo XIII, no seu artigo 726, que inovou dispondo o instituto da exclusividade sob o princípio contratual da boa-fé objetiva, como forma de obter a segurança jurídica nos negócios imobiliários, ou seja, elevando a exclusividade como suporte indispensável para o corretor exercer sua profissão como quer o artigo 723 da lei, o qual obriga o corretor a prestar informações espontaneamente ao seu cliente, com diligência e prudência. A lei exige um contrato escrito para o corretor fazer a intermediação imobiliária e a resolução nº 458/95 exige exclusividade neste contrato para anunciar imóvel à venda no mercado imobiliário. O Código de Ética Profissional, Resolução-COFECI de nº 326/92, art. 4º, VI, adverte que o corretor deve zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente, ou seja, é dever do corretor prestar os serviços em caráter exclusivo ao seu cliente.
“
O fato de ter um corretor exclusivo não impede que outros corretores participem na venda do imóvel, pois existe a parceria imobiliária que está prevista tanto na legislação especial do corretor de imóveis quanto no Código Civil.”
Fotos: Thaysa Mazzarelo
Por que a exclusividade de vendas é importante para o corretor? Ocorre que, para o corretor de imóveis executar a exigência legal de seu dever de informar, ele precisa ter segurança jurídica para trabalhar, pois precisará investir em pesquisa sobre o bem imóvel a ser transacionado, buscar as informações com profissionalismo como quer a lei. Para obter esta segurança é fundamental que exista a exclusividade, senão seu trabalho poderá ser inviabilizado financeiramente. No entanto, para que seja cumprida toda carga obrigacional que pese o artigo 723, e para que seu trabalho não seja demasiadamente oneroso e infrutífero, é razoável que exista um contrapeso ao seu investimento, mediante todo o empenho deve existir uma segurança jurídica quanto ao negócio empreendido, e essa segurança está justamente no artigo 726, que é a exclusividade. E para o comprador dos imóveis, qual a sua importância? O cliente que contrata o corretor de imóveis com contrato de exclusividade conta com um profissional exclusivo que executará seus serviços de forma personalizada, evitando os perigos de ter que enfrentar problemas referentes a evicção de direitos, por exemplo, quando alguém vende algo como se fosse seu e descobre-se que o objeto da venda não lhe pertencia, era, sim, de uma terceira pessoa, ou quando defeitos que ficam ocultos aparentemente aos olhos das pessoas, mas que geralmente são percebidos pelos olhos do corretor, que deve indicar um profissional hábil para emitir um laudo técnico a respeito da segurança do imóvel. Quando o comprador tem um corretor de sua confiança, exclusivo, receberá atenção personalizada, evitará perda de tempo, revendo imóveis que já tinha visto com outro corretor, evitará a confusão da oferta de vários preços de um mesmo imóvel. Terá um profissional disposto a buscar o imóvel de acordo com o seu perfil e não forçar a venda de um imóvel que não lhe atenda. Contará ainda com maior segurança jurídica. Com um profissional responsável pela documentação evitará muitos transtornos judiciais e em caso de prejuízos, terá um responsável civil e penal sobre o negócio.
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O receio do proprietário em fechar contrato de exclusividade e ter dificuldade em vender seu imóvel é justificável? Esta preocupação do proprietário é infundada, o fato de ter um corretor exclusivo não impede que outros corretores participem na venda do imóvel, pois existe a parceria imobiliária que está prevista tanto na legislação especial do corretor de imóvel quanto no Código Civil. Um dos benefícios desta modalidade é que o corretor responsável fará uma seleção dos profissionais considerados confiáveis e competentes para tal incumbência. Quando existe uma infinidade de corretores vendendo o imóvel, sem nenhum critério sobre sua qualificação, o empreendimento poderá sofrer desvalorização, as informações de preços são passadas de um corretor para outro e ao final a informação pode chegar distorcida, havendo vários preços de um mesmo imóvel, isso gera desvalorização, dando a impressão que o imóvel está queimado, ou seja, desvalorizado. Como o corretor de imóveis pode convencer o cliente de assinar contrato de exclusividade? Primeiramente, ele deve demonstrar suas habilidades profissionais, sua capacitação profissional. A exclusividade só deve ser dada ao profissional que tem competência para tal incumbência. Em seguida, ele deve explicar os prós e os contras da negociação com e sem segurança jurídica. Ele deve ainda ressaltar que: fará anúncios bem elaborados divulgando melhor o imóvel; selecionará as parcerias capacitadas para a realização de um negócio seguro; buscará munir-se de toda documentação que dê segurança à transação imobiliária; e possibilitará visitas seguras de compradores ao imóvel, evitando assim a invasão de privacidade. Enfim, terá
Acesse o trecho do livro disponibilizado pela autora
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“
A exclusividade só deve ser dada ao profissional que tem competência para tal incumbência.”
um corretor responsável pela negociação, diferentemente daquele corretor que pretende vender o imóvel sem a responsabilidade devida. Qual o percentual de utilização da exclusividade nos contratos de corretagem hoje no Brasil? Como alcançar índices mais satisfatórios? A exclusividade já é bastante difundida no mercado imobiliário brasileiro, principalmente pela fatia de corretores que possuem graduação, estimada em mais de 64% do total dos inscritos, pois estes têm mais ciência da complexidade jurídica das operações imobiliárias e de sua responsabilidade civil. O ideal seria alcançar o índice de utilização dos países desenvolvidos, como os
Estados Unidos, por exemplo, que detém, no geral, 91% dos contratos imobiliários celebrados com exclusividade, e dentro do Serviço de Listagem Múltipla (SLM), 100% contratos nesta modalidade. Os corretores de imóveis devem tomar uma postura firme com relação a prestarem serviços imobiliários somente com a exclusividade, criando um costume no meio imobiliário. A lei nº 6.530/78 deve ser melhorada inserindo um artigo na lei que passe a exigir do corretor de imóveis o contrato com exclusividade para poder anunciar o imóvel à venda, assim como um advogado tem a procuração para dar validade e prestar assessoria ao seu cliente perante o juízo.
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DE OLHO NA LEI
Loteamento regular X irregular COMO IDENTIFICAR?
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Arquivo
O
corretor de imóveis tem o papel de orientar os compradores de imóveis sobre a documentação e os detalhes que devem observar ao concluir um negócio imobiliário, podendo responder por perdas e danos caso não seja diligente e prudente ao intermediar, ou seja, haja falha na prestação de informação por parte do profissional, segundo artigo 723 do Código Civil. O profissional também pode responder administrativamente, civilmente e penalmente pela comercialização de loteamentos irregulares. Atento a estas punições, o profissional deve saber reconhecer um loteamento que esteja regular. “Para ser considerado regular, o loteamento deve ser aprovado pela prefeitura, com inscrição e registro no Cartório de Registro de Imóveis“, explica o assessor jurídico do Creci de Goiás, Fernando de Pádua. Se o loteamento estiver fora destes termos, deve ser considerado irregular. Outra possibilidade é do loteamento ser clandestino, fora dos padrões da lei n° 6.766. “Ao adquirir um lote ilegal, o proprietário coloca em risco seu patrimônio, uma vez que não conseguirá obter escritura e, por consequência registrar o imóvel no cartório de Registro de Imóveis competente. Assim, não conseguiria contrair finan-
ciamento bancário para construção ou reforma do imóvel”, ressalta Fernando de Pádua sobre os perigos do consumidor adquirir terreno irregular ou clandestino. O loteamento não aprovado ainda causa impacto negativo no mercado imobiliário e pode abalar a imagem do profissional corretor de imóveis. Por isso, o Creci de Goiás fiscaliza ativamente os corretores de imóveis que insistem em intermediar a venda de loteamentos considerados irregulares/ilegais, e repassa os casos constatados ao órgão parceiro, o Ministério Público.
Cuidados que devem ser tomados nos loteamentos: • Verifique no Cartório de Registro de Imóveis da região se o loteamento está devidamente aprovado e registrado; • Certifique-se de que o lote negociado existe e que está na planta aprovada pela Prefeitura; • Verifique se o vendedor é mesmo o proprietário e se o lote escolhido consta no registro.
Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou procedente um pedido central de um recurso onde um corretor de imóveis pleiteava o pagamento do valor de R$ 112.750,00, a título de honorários da corretagem imobiliária. “Cumpre destacar que o principal e mais árduo trabalho do corretor de imóveis é efetivamente aproximar as partes, pois, a partir de então, assume papel secundário”, comentou a ministra Nancy Andrighi ao proferir a sentença favorável ao corretor. É comum entre os profissionais do mercado imobiliário o questionamento sobre o recebimento ou não da comissão no caso de negócios não concluídos. O assessor jurídico Fernando de Pádua ressalta que para o corretor de imóveis resguardar seu direito de recebimento de honorários oriundos da corretagem imobiliária deve sempre trabalhar munido de contrato escrito, preferencialmente com cláusula de exclusividade, deve também prestar espontaneamente todas as informações pertinentes ao negócio e regis-
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Honorários do corretor dependem da conclusão do negócio
trar todos os atos realizados. “Enfim, ser diligente e prudente em todas as negociações”, enfatiza. Fernando de Pádua também esclarece que os honorários da corretagem imobiliária são devidos quando a operação imobiliária produz resultado útil. “Significa dizer que o profissional terá direito a remuneração (previamente pactuada) quando os atos praticados desaguarem na assinatura de uma promessa de compra e venda, num contrato de compra e venda e não somente com a lavratura da escritura”, comenta. A orientação para os profissionais que exerceram sua atividade dentro dos parâmetros recomendáveis mas que, ao final, não foram remunerados é que procurem o Poder Judiciário para fazer valer seu direito.
Portabilidade imobiliária A partir de maio começou a valer regulamentação que permite a transferência do financiamento imobiliário pelo FGTS de um banco para outro que apresente menores taxas de juros. A possibilidade de mudar de instituição bancária ainda não era permitida para aqueles que financiavam seu imóvel através do FGTS, mas passa a valer com as
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novas regras do Conselho Curador. A portabilidade não permite aumentos no saldo devedor e no prazo do financiamento, apenas alteração nas taxas de juros. Os custos da operação de transferência não podem ser repassados aos clientes, ficando a cargo do novo banco. A mudança pode ser concluída em cinco dias.
Redução de carga tributária No dia 3 de maio, a Câmara dos Deputados concluiu votação do projeto de lei que prevê a “universalização” do Supersimples. Os deputados aprovaram ainda emenda que reduz o imposto cobrado de corretores de imóveis e de seguros, advogados e fisioterapeutas. Pelo texto original, essas categorias integravam uma tabela intermediária que previa apenas facilidade no pagamento. Foram incluídos mais de 140 segmentos que antes não eram contemplados. Com o projeto, o único critério para aderir ao Supersimples será o faturamento, que pode chegar a R$ 3,6 milhões por ano. O Simples é um regime especial de tributação para as micro e pequenas empresas, que permite aos negócios reunir oito impostos - seis federais, além do ICMS e do ISS - em uma única guia de recolhimento. As alíquotas cobradas também são menores para esses empreendimentos. Agora, o projeto segue para análise no Senado antes de ir à sanção presidencial.
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POR AÍ
INTERVENÇÕES URBANAS BUQUÊ GIGANTE Quem caminha pela orla do Lago das Rosas já se surpreendeu com um buquê de rosas gigante que está instalado no parque. O monumento é uma iniciativa da Dinâmica Engenharia e Sousa Andrade Construtora para anunciar um novo empreendimento na região, batizado de “Poème”. A intenção das construtoras foi trazer encantamento para o local e ao mesmo tempo proporcionar diversão já que, dependendo do ângulo, é possível fazer fotos com a ilusão de estar segurando o buquê gigante, como os turistas fazem em Pisa, na Itália. Fonte: assessoria de imprensa
DO TAMANHO DO LUXO Para anunciar empreendimento de luxo, a GPL construtora colocou um trono gigante onde seria erguido o empreendimento. O monumento em couro, de seis metros, atiçou a curiosidade e os desejos de ser realeza de quem passou pela Rua 36, no Setor Marista. Quem passava pelo local não resistia a tirar uma fotografia junto ao monumento que trazia o imaginário da nobreza real.
Fotos: Assessoria
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PRESENÇA DE PERSONALIDADES MÚSICA E RISADAS Talvez a limusine e o helicóptero à disposição dos convidados não fossem o bastante para surpreender os corretores de imóveis convidados para meeting de vendas da construtora Opus. Então foram chamadas a atriz Monica Iozzi, como mestre de cerimônia, e a cantora Preta Gil para animar a festa de mais de 500 convidados. No evento foram apresentados a nova linha de apartamentos e o programa de relacionamento com os corretores de imóveis. Fonte: assessoria de imprensa
Fonte: assessoria de imprensa
PROMOVENDO A SAÚDE CANTEIRO DE MALHAÇÃO De pesos improvisados com restos das obras a aparelhos modernos de ergometria e musculação. Assim começou o projeto Academia na Obra, da Consciente Construtora, de uma iniciativa de um trabalhador que queria aproveitar o tempo malhando no próprio trabalho, após o expediente, até a concepção da academia pela empresa, em parceria com Sesi. Para exercitar o corpo e a mente, os trabalhadores contam com um educador físico, que acompanha e orienta os exercícios de segunda a quinta-feira.
Thaysa Mazzarelo é assessora de comunicação do Creci-GO. Envie sua sugestão de matéria para thaysa@crecigo.gov.br Entre em contato com Thaysa Mazzarelo
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PERFIL EMPRESARIAL
Armazenar OBJETOS FORA é opção segura Novo sistema individual e descomplicado para guardar pertences e mercadorias é sucesso em Goiânia Quando Marco Savoy* decidiu reformar a casa que adquiriu no Privê dos Girassóis, não imaginava que iria ter que se mudar para facilitar o término das obras. A reforma demorava mais que o planejado. Os móveis, trazidos da Turquia, eram peças que não poderiam ser encontradas no Brasil. Durante a busca do local adequado, o casal soube da existência de uma empresa que oferece um sistema de depósito temporário de bens em Goiânia: a Cesar Box. Segundo quem indicou, a empresa seria a solução ideal para a necessidade de armazenamento que Marco e a esposa buscavam. Por coincidência, Marco já conhecia o proprietário da empresa recém-criada, o empresário Mario Cesar de Paiva. Dois containers locados foram suficientes para acomodar os móveis de forma a permitir o acesso a eles em caso de necessidade. Ao final do período de locação Marco disse que o serviço de armazenagem oferece um diferencial que vale totalmente o valor acertado. “Ficamos felizes em receber nossos móveis de volta em perfeitas condições e satisfeitos com o atendimento da Cesar Box. Afinal, o afeto que temos por nossos móveis é impagável, pois são peças insubstituíveis.” Em entrevista, o empresário Mario César de Paiva explica o novo modelo de negócio. O que o motivou a fundar a Cesar Box? Realizamos uma pesquisa e vimos que Goiânia possuía potencial para este tipo de serviços. O mercado necessitava de uma empresa que trouxesse a novidade e oferecesse segurança para quem usa os boxes.
Como está a aceitação do novo modelo de negócio? Qualquer empreendimento novo necessita algum tempo de maturação. Especialmente pelo fato de ser algo inovador. Começamos em janeiro de 2013 e já estamos com 70% da área locada, de forma contínua. Goiânia aceitou bem nossa proposta. Qual é o valor da locação? Varia muito. É de acordo com a necessidade e o tipo de mercadoria do locatário. Na Cesar Box o cliente encontra inúmeras possibilidades de armazenagem de seus pertences, com segurança e de forma bastante personalizada. O senhor disse que pretende atrair corretores para que recomendem a Cesar Box. Como serão recompensados pela indicação? Nós respeitamos e valorizamos essa categoria de profissionais e gostaríamos que eles nos recomendassem. Já temos parcerias ativas com empresas de mudanças e de outras áreas que já recomendam a Cesar Box. Assim como a Cesar Transportes, uma empresa do grupo, é especializada em transportes especiais e não realiza mudanças, indicamos algumas empresas do ramo a quem nos procura. Corretores interessados em serem parceiros da Cesar Box são muito bem-vindos e devem entrar em contato conosco.
SERVIÇO Empresa: Cesar Box Telefones: (62) 3954-2128 e 3954-6208 Site: www.cesarbox.com.br | E-mail: goiania@cesarbox.com.br
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Endereço: Av. do Comércio, 205 - St. Santa Genoveva. CEP: 74670-120 Goiânia - GO *Marco Savoy é business controller na Novo Mundo Móveis e Utilidades.
ESPECIAL
36 ANOS DA LEI 6.530 Conheça a história e os responsáveis pela Lei que organizou o mercado imobiliário brasileiro
A
regularização da profissão de corretor de imóveis, conquistada em 1962 pela Lei n° 4.116, passou a ser ameaçada em 1976. É que a Lei não trazia em sua redação a exigência de nenhum nível de escolaridade para quem desejasse ingressar na profissão, critério exigido para a regularização de qualquer atividade profissional. Desta forma, a Lei foi declarada inconstitucional pelo Senado Federal. A suspensão da lei pelo Senado Federal desamparou os corretores de imóveis, uma vez que a profissão passou a poder ser exercida por qualquer profissional sem a necessidade de registro e todas as conquistas alcançadas com a Lei n° 4.116 foram perdidas, como a constituição dos Conselhos Federal e Regionais. Nesse período, Edmundo Carlos Freitas Xavier, que ainda era presidente do Sindicato do Rio Grande do Sul e conselheiro federal do Cofeci, viu de perto o tumulto que a decisão do STF proporcionou ao mercado: “Isso provocou um grande abalo no mercado profissional da época, porque já estávamos organizados, com Conselhos profissionais e tudo mais. Ficaram dúvidas de como seria daí para frente, existiriam apenas os Sindicatos para registro?”. “Não era possível acabar com os sonhos dos milhares de corretores de imóveis do Brasil. Sei lá o que aconte-
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ceria com a nossa profissão se a suspensão fosse mantida”, comentou o ministro do trabalho na época, Arnaldo Prieto, que interveio no Senado para que a categoria pudesse formatar uma nova lei. Foi então que, em parceria com o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), principalmente na figura de Edmundo Xavier, e os Conselhos Regionais, Arnaldo Prieto retomou um memorial que havia sido entregue em 1975 pelas entidades com sugestões para alteração da lei e passou a redigir o novo texto. Nesse período, uma grande conquista, de mérito do antigo ministro do trabalho, auxiliou nas bases da regulamentação da profissão: a aprovação do curso de Técnico em Transações Imobiliárias pelo Conselho Federal de Educação. Com o curso de nível médio, aprovado pelo Resolução n° 6.176, os profissionais puderam se preparar e adquirir os conhecimentos para exercer a profissão de corretor de imóveis. Logo mais estava pronto o projeto de lei n° 3.090, que trazia a regulamentação da profissão com exercício restrito aos profissionais que tivessem cursado 2° grau e o curso técnico na área imobiliária. Ao mesmo tempo, retomava a re-
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dação da primeira Lei, ao trazer o Conselho Federal e os Conselhos Regionais como responsáveis pelas inscrições de pessoas físicas e jurídicas e pela fiscalização da profissão. De autoria do Ministério do Trabalho, o projeto contou com intensa participação da categoria. “Tivemos uma participação ativa na sugestão das normas que deveriam constar no projeto de lei”, conta o vice-presidente do Cofeci, Newton Marques Barbosa, que presenciou a busca pela regulamentação da profissão. Enviado à assessoria jurídica do STF para verificação da redação, o projeto sofreu alterações que transformavam os Conselhos em entidades como clubes da categoria. Diante das mudanças no texto, que tiravam as atividades que a categoria acreditava que os Conselhos tinham que ter, Arnaldo Prieto enviou novamente de forma direta o antigo projeto para o Senado. Suas justificativas foram o alto número de corretores de imóveis que havia na época, cerca de 50 mil no Brasil, a existência dos Conselhos já formados e em funcionamento e o curso técnico na área. O projeto, com algumas modificações, foi aprovado pela Câmara dos Deputados e estava a espera da votação pelo Senado para retornar à Câmara, em uma luta contra o tempo encabeçada pelo ministro Arnaldo Prieto para que a lei fos-
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se assinada ainda no IX Congresso Profissional, realizado entre os dias 11 e 12 de maio. Foi quando na tarde do dia 12 de maio de 1978, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei n° 6.530 que regulamentou a profissão de corretor de imóveis. A notícia foi repassada aos corretores de imóveis presentes no IX Congresso, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, no encerramento do evento. Ao anunciar a conquista, o representante do ministro Arnaldo Prieto, Adriano Salles Toledo de Carvalho, recebeu aplausos e em uma só voz os corretores entoaram o hino nacional. Na época, já como presidente
do Cofeci, Edmundo Xavier, presenciou inúmeras comemorações pelo país pela regulamentação da profissão, que iniciaram em Itú, passando por solenidade que reuniu os envolvidos na nova legislação e mais de 2 mil pessoas em Porto Alegre, e também um jantar em Goiânia, com cerca de 1.500 profissionais. “Desde essa etapa, começaram a proliferar cursos no país, foram organizados mais congressos e simpósios, até mesmo no exterior. A profissão passou a ser mais organizada”, comentou. Conheça o texto da Lei 6.530
Personalidade importante na luta O ministro do trabalho (19771979), Arnaldo Pietro foi personagem central da regulamentação da profissão. Depois da inconstitucionalidade da primeira lei que regulava a profissão, ele intercedeu junto ao Senado para que a categoria pudesse escrever uma nova lei.
Foi redator e defensor do projeto da nova lei. Também foi responsável pela Resolução que aprovou a exigência de 2° grau e do curso Técnico de Transações Imobiliárias para atuar como corretor de imóveis.
A importância da nova lei
CURIOSIDADES O primeiro curso Técnico em Transações Imobiliárias
Divulgação
“A lei 6.530 representou muito para nós. Estávamos há 8 anos sem lei, pela revogação, e ela trouxe as responsabilidades do profissional, que estamos cumprindo até hoje. A lei mostra que o corretor de imóveis é corretor porque tem conhecimento técnico e assume as responsabilidades da profissão”
De nível médio, estabelecido pela Resolução n° 6.176, o curso foi aprovado por unanimidade, em apenas 60 dias, pelo Ministério da Educação. Ele tinha duração de três anos e era oferecido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na Escola Técnica da instituição como parte das Ciências Econômicas. Ao longo dos anos, o curso foi se adaptando aos formatos de educação à distância e teve carga horária reduzida, conforme se apresenta nos dias de hoje.
Newton Marques Barbosa, Vice-presidente do Cofeci Esteve presente no processo de regulamentação da profissão
Arquivo pessoal
“A regulamentação da profissão, pela Lei 6.530, proporcionou outra dimensão para a atividade. Os corretores de imóveis passaram a ter maior consciência profissional, sabendo que tinham que se dedicar a atividade e se respeitando entre si, e a profissão ganhou uma posição mais consolidada perante a sociedade, de credibilidade” Edmundo Carlos Freitas Xavier Presidente do Cofeci na época da regulamentação profissional
Aprovação da Resolução n° 6.176 que criou o curso Técnico em Transações Imobiliárias
Regulamentação da profissão pela Lei 4.116
1962
1976 STF declara inconstitucionalidade de Lei 4.116, devido a supressão de grau de escolaridade requerido na redação da lei
1976
O exercício da profissão pelos advogados Ao ser encaminhado ao Congresso Nacional para aprovação, o projeto de Lei nº 3.090/76, teve sua redação alterada pelo senador Vasconcelos, que tentou acrescentar o exercício da profissão aos advogados alegando que restringir a atividade ao corretor de imóveis reduziria as possibilidades de trabalho dos profissionais de direito. O acréscimo foi bastante debatido no Senado, mas a emenda foi retirada para garantir uma aprovação mais rápida da lei.
12 de maio: anúncio da assinatura da Lei no IX Congresso Profissional em São Paulo
Aprovação do Projeto de Lei n° 3.090 pelo Senado Federal
1976 Elaboração do projeto de lei n° 3.090 que trazia a obrigatoriedade de 2° grau e o curso técnico na área imobiliária para registro profissional
1978
1978
1978
12 de maio: assinatura da Lei n° 6.530 que regula a atividade de corretor de imóveis e revoga a lei anterior pelo presidente Ernesto Geisel
Clique e veja a galeria de fotos da regulamentação da profissão
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VOCABULÁRIO DO CORRETOR DE IMÓVEIS
ABC do corretor de imóveis Um pouco mais sobre os termos que todo profissional deve saber, mas não tem coragem de perguntar:
Fotos: Divulgação
PORTE-COCHÈRE
TRIPLE A Expressão originada nos EUA que define empreendimentos comerciais de alto padrão, com lajes corporativas de grandes dimensões (próximas ou superiores a 1 mil m²) e recursos tecnológicos de última geração, principalmente nas áreas de segurança, automação predial e telecomunicações.
PULMÃO DE SEGURANÇA
Comum em edificações, é a via adicional para a passagem de carros, destinada a facilitar o embarque/desembarque de pessoas e bagagens, bem em frente à entrada principal de um empreendimento. Espécie de prolongamento da rua dentro do terreno do imóvel.
Na arquitetura, utiliza-se o termo para o conjunto de dois portões, geralmente instalados próximos e paralelos, junto ao acesso de pedestres e/ ou veículos de um empreendimento. O primeiro portão é aberto para o pré-acesso, mas a abertura do segundo portão somente é liberada após a identificação do usuário ou visitante, e mediante a permissão de entrada.
MATRÍCULA DO IMÓVEL PÉRGULA OU PERGOLADO Passeio ou abrigo utilizado em jardins e áreas externas. Estrutura de colunas paralelas que sustentam treliças ou cobertura vazada de vigas e sarrafos cruzados, servindo de suporte para o crescimento de trepadeiras. Geralmente utiliza-se madeira como material de execução, mas também pode ser feita em estrutura em ferro, concreto ou outros materiais.
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Número de registro do imóvel no cartório do Registro Geral de Imóveis, o mesmo desde sua construção. Nela deverão constar todas as informações relativas ao imóvel, como os antigos proprietários, quando foi feita a primeira matrícula e a situação do bem.
RESERVA DE PROPRIEDADE É um direito dado ao vendedor do imóvel que o preserva como sua propriedade, até que o comprador cumpra com todas as condições previstas no contrato da negociação.
SAÚDE
Combate à Dengue: essa luta também é sua Corretor de imóveis pode fazer sua parte em casa e no trabalho para reduzir os casos da doença
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G1
O
balanço do primeiro semestre de 2014, divulgado pelo Ministério da Saúde sobre os casos de Dengue, trouxe boas notícias. Segundo os dados, houve redução de 80% no número de casos registrados em todo Brasil. Em segundo lugar, a região Centro-Oeste foi a que apresentou maior redução no número de casos – atrás somente da Sudoeste – passando de 122,8 mil registros em 2013 para 28,2 mil neste ano. Apesar dos bons resultados, o levantamento ainda traz dados alarmantes sobre Goiás, que tem três de suas cidades entre os municípios brasileiros com maior número de casos de dengue no país; Goiânia, com 6.089 casos registrados, Luziânia 2.888, e Aparecida de Goiânia, com 1.838. Para reduzir estes números, a Secretaria de Saúde de Goiás busca parceria com instituições e entidades de classe para que informem e mobilizem seus profissionais associados e a sociedade em geral para o combate à Dengue. “Queremos que os profissionais também façam
a sua parte e tirem pelo menos dez minutos por semana para auxiliar na eliminação dos criadouros do mosquito da dengue e verificar se em sua residência e local de traba-
lho existem locais com água parada. Contra a dengue, se agirmos antes, podemos evitar”, orienta a diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim.
Corretor de imóveis e os cuidados em casa Encha vasos de plantas até a borda com areia; Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas; Jogue no lixo todo objeto que possa acumular água; Mantenha bem tampados tonéis, barris e caixa d’água; Não deixe água acumular em lajes, recipientes e pneus usados; Lave semanalmente com sabão tanques utilizados para armazenar água.
Corretor de imóveis como agentes de combate Ao visitar um imóvel observe se existe água parada em ralos, vasos sanitários e caixa d’aguas; Elimine possíveis focos de dengue, como piscinas, entulhos e vasilhas destampadas; Caso encontre focos de dengue, entre em contato com a Secretaria de Saúde pelo 0800 646 1520; Agende visita dos agentes de saúde nos imóveis desocupados; Oriente seus clientes aos cuidados que devem ter em casa para combater a dengue;
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A dengue pode matar Doença febril causada por vírus e transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, a Dengue possui quatro tipos de vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Todos quatro tipos apresentam os mesmos sintomas e podem ser diagnosticados e tratados nas Unidades de Saúde. Os sintomas da Dengue são febre (38º a 40º C), dor de cabeça,
dor nos olhos, dor muscular, prostração, dor nas juntas, fraqueza, falta de apetite, náuseas, vômitos, manchas avermelhadas e coceira. Se a pessoa apresentar, além dos sintomas já citados, dor intensa no abdômen, tonturas, vômitos intensos e sangramentos no nariz e nas gengivas, o caso pode estar evoluindo para a dengue grave. Fonte: Secretaria de Saúde de Goiânia
PROFISSÃO
O MLS chegou ao Brasil FERRAMENTA PERMITE CONTATO ENTRE OS CORRETORES DE IMÓVEIS, FACILITANDO PARCERIAS
H
Real Property (IRFP) Norman Flynn, em visita feita ao Brasil para apresentar o MLS. Nos seus mais de 40 anos viajando o mundo estudando os negócios imobiliários, Norman considera que as listas são responsáveis pelo sucesso de vendas nos mercados dos Estados Unidos, Canadá e Argentina. Para se ter uma ideia do número de negócios feitos através das MLS, nos EUA 96% das transações imobiliárias são realizadas por meio da ferramenta, sendo que mais de 85% dos negócios passam a envolver mais de um corretor. É o que conta Glenn Dillard, que trouxe a modalidade de negócio para o Brasil. “ O maior diferencial é a capacidade do MLS de consolidar o mercado e padronizar os conceitos de parceria, compar-
Fotos: Divulgação
á muitos anos os corretores de imóveis americanos utilizam uma ferramenta que os auxilia a vender imóveis com maior velocidade: as Multiple Listing Service ou Multiple Listing System (MLS). Trata-se de uma rede, como um banco de dados, em que os corretores de imóveis inscrevem os imóveis de sua cartela de venda e os compartilham com outros profissionais que possam ter clientes interessados nos empreendimentos anunciados, possibilitando assim parcerias. “As informações são compartilhadas com os outros parceiros e todos cooperam para vender os imóveis anunciados. O segredo é não controlar a informação, e sim compartilhar ao máximo”, disse o presidente CEO da International
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tilhamento e exclusividade para aumentar a eficiência e capacidade do setor imobiliário, em vez de fragmentar o mercado, prejudicando sua capacidade profissional e percepção com consumidores”, ressalta Gleen. As listas se diferem dos portais imobiliários por serem voltadas diretamente para o relacionamento dos corretores de imóveis. Elas permitem que todos tenham acesso aos empreendimentos disponíveis no estoque e que o profissional ganhe visibilidade no imóvel que está vendendo, facilitando a venda através da parceria. “Além disso, o MLS captura e disponibiliza dados estatísticos sobre o mercado que são essenciais para um corretor mostrar sua capacidade profissional”, acrescenta Gleen. O corretor de imóveis e empresário do setor Mac Dowell já faz parte do MLS e garante já ter feito alguns negócio com o intermédio da ferramenta: “Faço negócios constantemente. É sempre muito bom, já que ganho dinheiro, meu colega ganha dinheiro e os clientes comprador e vendedor ficam muito satisfeitos e sempre elogiam o profissionalismo do trabalho”. Ele acredita que com o MLS, o mercado brasileiro ganhará em confiabiClique e saiba mais sobre o MSL
lidade, mas que tudo depende dos próprios profissionais. “Acredito que precisamos tornar o nosso mercado de trabalho mais profissional e menos artesanal. Um sistema MLS permite esta melhoria de procedimentos e cria condições de termos um mercado de trabalho mais ético”, comenta. Além de ser uma ferramenta que auxilia os profissionais, o MLS desenvolve comportamentos que são favoráveis ao mercado imobiliário, como a exclusividade nos negócios, uma vez que somente imóveis com contrato de exclusividade podem ser divulgados, e a parceria entre os profissionais. Este último, é um dos pontos que o corretor de imóveis Roberto Roland achou mais atrativo na ferramenta, pois é pouco realizado entre os profissionais, mas bastante necessário: “É a única saí-
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da. A concorrência aumentou muito. É sempre melhor dividir com muitos do que ganhar pouco sozinho”. Os clientes também são favorecidos pela ferramenta: compradores, por meio da parceria entre o corretor exclusivo e os colegas inscritos, têm seu imóvel comercializado em menor tempo, e o comprador pode buscar seu empreendimento no banco de dados do MLS. “A ca-
pacidade de conectar vendedores e compradores, enquanto que ambos conseguem trabalhar somente com seu corretor de confiança, mudará a maneira com que consumidores percebem a profissão de corretor de imóveis”, vislumbra Gleen Dillard. Clique e aprenda a utilizar a ferramenta Conheça a parceria do Creci-GO com o MSL brasileiro
PROFISSÃO
CIDADE OCIDENTAL
Categoria unida contra a contravenção CORRETORES DE IMÓVEIS DA REGIÃO SE OPUSERAM A PROFISSIONAIS DE BRASÍLIA QUE QUERIAM ATUAR IRREGULARMENTE NO MUNICÍPIO
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Fotos: Thaysa Mazzarelo
U
ma iniciativa dos corretores de imóveis de Cidade Ocidental, orientada pelo delegado do Creci de Goiás na região, Manoel Felipe Santiago, além de relevante para o mercado imobiliário, serve de exemplo para toda a categoria. Ao se depararem com grupo de corretores de imóveis de Brasília comercializando empreendimentos da Cidade em uma feira local no final de semana, com carro de som, panfletos e tudo mais, sem possuírem inscrição eventual ou secundária no Creci de Goiás, os corretores da região se mobilizaram para garantir seu mercado. O delegado organizou grupo com cerca de sete profissionais para ir até a feira conversar com os contraventores. “Todos corretores para quem liguei atenderam o chamado de prontidão. Chegando lá tentamos conscientizar os contraventores, informando que eles deveriam tirar a secundária ou eventual para trabalhar conosco, fazerem o mesmo
Grupo de corretores de imóveis que se uniram contra os contraventores
que nós fazemos quando queremos atuar no DF”, relata Manoel Felipe. Os corretores de imóveis e empresários do setor Cleide Silva e Carlos Alberto Moreira da Silva, a primeira há 23 anos atuando no mercado, e o segundo há mais de 19 anos, também participaram da iniciativa, enviando corretores de
sua equipe para contestar os contraventores. “Eu achei que a iniciativa deles foi uma falta de respeito. Eles têm que ter conhecimento das normas federais que regem a profissão”, comenta a empresária. A iniciativa deu resultado, muitos deixaram a feira logo na chegada dos corretores de imóveis locais e o
Cidade Ocidental dá exemplo unindo forças contra a contravenção
restante percebeu que estava agindo errado, recolhendo os materiais de divulgação. O ocorrido ainda fortaleceu a categoria local. “Foi um trabalho bacana, me senti até importante de participar. Estou pronto a ajudar quando for preciso, para que possamos evitar este tipo de negócio que tem sido feito na cidade”, comenta o corretor de imóveis Hary Moreira, que faz parte do grupo. Outros profissionais que foram ativos no combate aos contraventores foram: os corretores Hélio Francisco da Silva, Manoel Santiago Junior, Guilherme Alexandre, Marcos Plínio e Caio. A coordenadora do setor de protocolo do Creci de Goiás, Maria de Lourdes, esclarece que há obrigatoriedade de registro no Conselho responsável tanto para corretores de Brasília atuarem em Goiás, quanto os profissionais goianos atuarem no Distrito Federal. “Para exercerem a profissão em Goiás, os profissionais de outros
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estados podem fazer o registro eventual, com validade de 120 dias, podendo ser realizado apenas uma vez por ano, ou secundária, que é como um segundo Creci”. Tomado conhecimento sobre o que ocorreu em Cidade Ocidental, na semana seguinte, o presidente Oscar Hugo se reuniu com os corretores de imóveis da cidade para de-
finir estratégias de fiscalização para a região, principalmente nos finais de semana. O delegado aprovou o rápido retorno do Conselho aos problemas relatados sobre o mercado imobiliário da cidade: “Os fiscais, os corretores da cidade e eu, todos unidos contra o grupo dos desunidos – os contraventores”.
Corretor de imóveis Hélio Francisco da Silva (E) com o delegado do Creci em Cidade Ocidental Manoel Felipe Santiago
A vez dos escritórios compartilhados BAIXO CUSTO E POSSIBILIDADE DE AMPLIAR O NETWORKING SÃO ATRATIVOS PARA EMPREENDEDORES E PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS POR THAYSA MAZZARELO
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uscar ferramentas que facilitem o exercício da profissão são tarefas cotidianas dos corretores de imóveis. Uma novidade trazida dos Estados Unidos e já consagrada nos grandes cen-
O corretor Rodrigo Ghidella optou pelo escritório compartilhado que é gerenciado por outro colega de profissão, Riky Mizukami
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tros urbanos vem facilitando a vida dos profissionais autônomos. Tratam-se dos chamados escritórios compartilhados ou coletivos, denominados em inglês de coworking. Eles consistem em salas que podem ser alugadas por determina-
do período de tempo, seja por um dia ou por meses, com toda a infraestrutura necessária para um negócio, como sala de reuniões, copa para café, secretária e serviços adicionais que podem ser contratados pelo inquilino, sem a necessidade de garantias como o fiador.
Um dos principais diferenciais deste modelo de salas comerciais é o baixo custo. O profissional pode contar com todo o suporte do escritório compartilhado sem que precise se preocupar com os gastos de aluguel de uma sala comum, como secretária, condomínio, IPTU, energia, internet, telefone, além dos custos com decoração, mobiliário e reformas. Foi o fator financeiro que levou o corretor de imóveis Rodrigo Fernandes Ghidella a alugar uma sala no escritório coletivo. Depois de montar um escritório em parceria com um colega de profissão, cujo os custos mensais eram em média de R$ 1.600,00 reais, o corretor optou por montar um escritório em casa que reduziram os gastos pela metade, mas que ainda assim não era considerada como estrutura ideal para seu negócio. “Um endereço comercial agrega valor para os clientes, garante maior credibilidade ao corretor de imóveis”, comenta. A alternativa foi o aluguel de sala no escritório compartilhado, a um custo médio de R$ 180 a R$ 200 reais mensais, para que Rodrigo Ghidella passasse as tardes trabalhando, já que no período da manhã ele se dedica a captações e avaliações de imóveis. Além do baixo custo, o novo endereço do corretor também beneficiou os negócios, uma vez que os escritórios reúnem todo tipo de profissionais, que compartilham das áreas comuns do estabelecimento e acabam trocando ideias e contatos. “Já realizei uma avaliação para uma biomédica que trabalha no escritório e estou em negociação com um pessoal da engenharia e arquitetura sobre um novo empreendimento”, revela o corretor de imóveis. “No escritório colaborativo,
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As estações de trabalho que compõem o escritório compartilhado
além de você ter um espaço para trabalhar, você tem também um espaço para criar relacionamentos, aumentar sua rede de contatos com profissionais de áreas diferentes. Esta é a grande preocupação de um espaço de coworking, criar networking entre os usuários”, ressalta o diretor de um escritório compartilhado em Goiânia, Riky Mizukami. A ideia de trazer para a capital goiana os escritórios de coworking veio da observação e da experiência própria do empresário que percebeu um grande número de profissionais que trabalham em estabelecimento comerciais, como lanchonetes ou em casa, e que não apresentavam um bom rendimento no trabalho. “Eles enfrentam problemas nestes locais como o barulho em excesso do ambiente de uma cafeteria ou o silêncio mortal de trabalhar sozinho em casa em um home office”, disse.
O coworking parece preencher os requisitos certos de espaço comercial para empreendedores que estão no início da carreira e profissionais liberais, mas há quem não se adapte ao sistema compartilhado. Vale lembrar que as estações de trabalho não possuem divisórias e o espaço é utilizado ao mesmo tempo por vários tipos de profissionais. Para reuniões mais sigilosas ou atendimento mais privado aos clientes é necessário alugar uma sala de reunião ou aproveitar dos espaços ao ar livre. Hoje, em Goiânia, já se calcula que existam cerca de quatro escritórios compartilhados. Alguns deles também oferecem o serviço de escritórios virtuais, em que o inquilino pode usar o endereço comercial para receber correspondências e encomendas, e o atendimento de secretária para passar recados, sem nem precisar ir ao escritório.
Se interessou pelos escritórios compartilhados? Confira aqui o convênio que o Creci tem para você para iniciar no coworking
ARTIGO
A
abordagem do tema se deve ao fato de que muitas vezes observamos as pessoas realizarem negócios jurídicos imobiliários sem, contudo, se atentarem para fatores que podem alcançar o resultado final dos aludidos negócios, sobretudo em razão de questões vinculadas ao Direito de Família e ao Direito das Sucessões, regulamentado pelo Código Civil Brasileiro. A preocupação se faz mais presente ainda quando analisamos a participação do corretor de imóveis nas ditas transações imobiliárias tendo em vista que o Código Civil estabelece que o corretor é obrigado a executar a mediação com diligência e prudência, bem como, a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio, sua segurança ou risco existente, a alteração de valores ou de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência, sob pena de ser responsabilizado e obrigado a pagar as perdas e danos sofridas pelo cliente. No que diz respeito ao Direito de Família, o corretor deve observar em um primeiro momento se as partes envolvidas no negócio são casadas ou não e, caso sejam, em qual regime de bens. A observação é importante uma vez que, dependendo do regime de bens será necessária a assinatura de ambos os cônjuges para que o negócio seja considerado válido. Ressalte-se que em todos os regimes de bens existentes (comunhão universal, comunhão parcial, participação final nos aquestos) exceto o regime da separação de bens, será necessária a assinatura de ambos os cônjuges nas transações imobiliárias. A desatenção a este “detalhe” pode trazer sérias consequências ao negócio jurídico, uma vez que o cônjuge que não assinou na venda e que era casado em algum dos regimes acima mencionados, poderá livremente reivindicar os imóveis que tenham sido alienados sem o seu consentimento. E esta possibilidade requer ainda mais aten-
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ção ao considerarmos que o cônjuge prejudicado poderá pleitear a anulação da venda até dois anos após o fim do casamento, conforme autoriza o Código Civil. Outro ponto que deve ser observado com cautela pelo corretor é o que diz respeito aos negócios envolvendo bens integrantes de herança. Neste ponto, o que chama a atenção são as questões envolvendo cessão de direitos hereditários, casos que se mostram comuns no mundo dos negócios uma vez que visam atender a conveniência econômica dos herdeiros e, por ouro lado, a oportunidade de negócio para o comprador. O cuidado que deve ser tomado é que nesse tipo de transação exige-se uma forma especial para que tenha validade posteriormente, sendo exigida a escritura pública como instrumento obrigatório. Assim, a cessão de direitos hereditários feita por instrumento particular não produzirá efeitos jurídicos, sendo ineficaz o negócio que não atender a forma prevista em lei. Por outro lado, também se deve observar que existindo vários herdeiros, a cessão assegura aos demais o direito de preferência sobre a coisa vendida, direito o qual, inclusive, permite que esse outro herdeiro apenas deposite o preço ofertado para ter a cota cedida para si. Não se deve esquecer que herança só existe quando ocorre a morte do titular dos bens, ou seja, não existe herança de pessoa viva, ressaltando que o Código Civil, inclusive, proíbe contratos que envolvam herança de pessoa viva. Assim, conclui-se que nas negociações imobiliárias cabe ao corretor de imóveis proceder a uma busca completa das tradicionais certidões que antecedem este tipo de acordo, podendo, com isso, saber a real situação do bem ao qual está intermediando, prevenindo desta forma eventuais fraudes ou outros danos, bem como e, sobretudo, preservando-se dos efeitos danosos desse negócio.
Arquivo pessoal
Direito de Família e sucessões
AGEU CAVALCANTE LEMOS JÚNIOR Advogado. Professor de Direito Civil na Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO/ GO. Mestre em Direito, Relações Internacionais e Desenvolvimento pela PUC/ GO, pós-graduado em Direito Civil e Processo Civil e pós-graduado em Direito Tributário. Gestor do Núcleo de Prática Jurídica da UNIVERSO/GO. Entre em contato com Ageu Cavalcante
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MERCADO
Decoração que potencializa a venda ALÉM DE VALORIZAR O IMÓVEL, O HOMESTAGING PODE REDUZIR O SEU TEMPO DE VENDA
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rática bastante comum nos Estados Unidos o homestaging está chegando ao Brasil como mais um aliado dos corretores de imóveis e imobiliárias na hora de vender imóveis usados. O serviço que pode ser realizado por designers de interiores ou arquitetos tem a função de deixar o ambiente mais atraente para possíveis compradores. Segundo a designer de interiores Jacqueline Adorno, existe uma grande diferença entre a decoração e o homestaging. Enquanto o primeiro é feito para deixar o imóvel de acordo com o gosto do cliente, no segundo caso a situação é justamente inversa, o objetivo é despersonalizar o ambiente para que o comprador possa se identificar com o local. Enquanto no projeto de decoração são usados porta-retratos e outros objetos que remetem à vida e ao passado do morador, no homestaging todos os detalhes que personalizam o ambiente são retirados para que o comprador tenha uma melhor noção do espaço.
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Designer de interiores Jacqueline Adorno, especialista em homestaging
Outra mudança que pode ocorrer é a pintura das paredes em cores neutras e o reposicionamento dos móveis com o objetivo de dar maior sensação de limpeza
e organização ao espaço. “Quando o imóvel está a venda nem sempre está desocupado e quando há a presença do morador, o homestaging também pode ser
feito. Quem visita um imóvel com todos os objetos pessoais do morador pode criar antipatia pelo ambiente”, afirma a designer que considera até mesmo a possibilidade de orientar os moradores de um imóvel à venda para as atitudes e comportamentos corretos na hora de receber potenciais compradores. “Nos Estados Unidos é comum os moradores colocarem biscoitos no forno para que o ambiente fique aromatizado e mais atraente para o comprador”, destaca Jacqueline. O serviço é tão comum nos Estados Unidos que estima-se que a cada dez imóveis vendidos, oito usam projetos de homestaging. Os americanos acreditam que o remodelamento da decoração de um imóvel usado reduz em até 78% seu tempo de venda. No Brasil, a designer Jacqueline Adorno conta a própria experiência. Recentemente foi contratada para fazer o homestaging em uma casa comprada em Goiânia pelo valor de R$ 650 mil reais; os proprietários investiram R$ 30 mil no homestaging e o resultado foi que depois de feitas as mudanças necessárias a mesma casa foi vendida por R$ 800 mil. Neste caso, segundo a designer o ganho com o serviço foi de R$ 120 mil reais. “O imóvel tinha um ótimo potencial, mas estava com uma apresentação ruim para a venda”, disse a designer que destaca ainda que quem está vendendo não tem consciência da real situação do imóvel e de que até que ponto os detalhes que existem podem inibir o comprador. “Os olhos do proprietário já estão tão acostumados com o cenário que não percebem detalhes que o designer ou arquiteto podem identificar com mais clareza e facilidade”, afirma.
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ANTES
DEPOIS
PROMOÇÃO Através de uma parceria com a designer de interiores Jacqueline Adorno, o Creci de Goiás irá sortear um projeto de homestaging para um imóvel que esteja à venda. Dê um diferencial ao imóvel que você está vendendo. Participe da promoção, envie um e-mail com seus contatos e foto do cômodo que deseja transformar. O imóvel que receberá o homestaging será escolhido pela designer de interiores. Clique aqui e envie seus dados para a promoção.
INTERIOR
O desenvolvimento imobiliário da fazenda CALÇÃO DE COURO Goianésia apresenta crescimento do setor e desponta como polo da região do Vale do São Patrício POR THAYSA MAZZARELO
N
em em seus maiores sonhos premonitórios o fundador de Goianésia, o fazendeiro Laurentino Martins Rodrigues, poderia prever como estaria o município que criou há mais de 70 anos nos 648 alqueires da fazenda Calção de Couro. Hoje, considerada polo da região do Vale de São Patrício, Goianésia possui 63.938 habitantes, segundo censo de 2013 do IBGE, e é uma das produtoras nacionais sucroalcooleira, com três usinas em atividade, possui indústrias de alimentos e tem se desenvolvido no setor de serviços. O prefeito da cidade, Jalles Fontoura de Siqueira, conta que por décadas o município foi voltado para dentro, procurando apenas atender as necessidades de seus moradores, mas que há alguns anos, Goianésia teve
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Vista aérea da cidade de Goianésia onde o mercado imobiliário está em franca expansão
Divulgação
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Fotos: Thaysa Mazzarelo
“
É impressionante os projetos de loteamentos, parece que não acabam”.
seu perfil modificado e tem se tornado centro regional. A composição social também seguiu as transformações da cidade, passando de uma realidade onde havia de um lado os muito ricos e de outro os muito pobres, para uma população em sua maioria formada pela classe média. “80% da cidade é vinculada à classe média. Goianésia se tornou cosmopolita e de classe média”, comenta o prefeito. O mercado imobiliário acompanhou o processo de mudanças e se encontra em fase de desenvolvimento e expansão. “Essa classe média tem uma grande demanda pela habitação. É impressionante os projetos de loteamentos, parece que não acabam”, se surpreende o prefeito Jalles Fontoura. Para se ter uma ideia deste desenvolvimento, segundo o gerente geral da CEF no município, Tarcísio Dias Lima, no ano passado foram financiados pelo banco mais de 2,7 milhões pelo FGTS, 12 milhões pelos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e foram construídas, em parceria com o Governo, cerca de 694 unidades imobiliárias dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida. Não só nos números, o crescimento do mercado imobiliário em Goianésia se percebe em um simples passeio na cidade. Para todos os lados que se vai há canteiros de obras e estandes imobiliários. De acordo com o corretor de imóveis João Alves de Carvalho, que também é delegado do Creci na região, o maior número de empreendimentos na região é de loteamentos, mas também estão em construção apartamentos que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida e já está aprovado projeto de condomínio horizontal. “Temos lançado vários loteamentos e empreendimentos com sucesso total”, relata o corretor de imóveis ao lembrar de lançamento que teve 460 lotes vendidos já no primeiro dia de divulgação do empreendimento. Os imóveis de revenda também movimentam o mercado imobiliário da cidade. Nos bairros mais nobres do município, Setor Sul e Universitário, os preços das casas partem de 200 mil. Já
Delegado do Creci de Goianésia João Alves
na principal via de acesso de Goianésia, Avenida Goiás, que engloba o comércio da cidade, onde lojas nacionais de eletroeletrônicos dividem espaço com negócios locais, podem ser encontrados imóveis comerciais de até 1 milhão. Outro segmento imobiliário da cidade é movimentado com as festividades anuais realizadas no município; o aluguel de imóveis. O carnaval, realizado desde o último ano na Lagoa Princesa do Vale, traz à cidade cerca de 100 mil foliões e o Encontro Nacional de Motociclistas reúne os amantes das duas rodas de todas as partes do Brasil. Para abrigar este público, casas são locadas por temporada, “embora nos últimos anos, o maior número de hotéis tem abrigado mais os visitantes”, comenta o corretor João Alves. Para atender toda esta demanda por imóveis, já existem no município cerca de oito correspondentes bancários, nove imobiliárias e mais de 60 corretores de imóveis. Números que só devem aumentar este ano, de acordo com os profissionais da cidade que acreditam que o mercado imobiliário do município ainda irá prosperar por muito tempo. “A previsão para este ano é que sejam financiados mais de 15 milhões na linha SBPE, 5 milhões de FGTS e mais de mil casas construídas no Minha Casa, Minha Vida”, revela o gerente Tarcício Dias.
PLANO DIRETOR: aliado do desenvolvimento
O
traçado original de Goianésia, desenhado por seu fundador baseado em Belo Horizonte, foi o ponto de partida do Plano Diretor da cidade, o Plano de Ação Urbana que foi reformulado em 2008 pelo Plano Participativo. O novo documento trouxe uma nova delimitação do perímetro urbano, das leis de parcelamento de solo, zoneamento e do Código de Edificações. Além de garantir ruas alinhadas e largas, que beneficiam a mobilidade urbana, o Plano Diretor ordenou o crescimento da cidade. “O crescimento ficou contínuo e desonerou o poder público ao fazer com que ele não precise ir muito longe para oferecer a infraestrutura necessária para o município”, comenta a arquiteta que coordenou a reformulação do Plano Diretor, Myriam Penna de Siqueira. Entre os pontos que o Plano orientou o crescimento imobiliário da cidade, a arquiteta salienta da exigência dos loteamentos seguirem o desenho da cidade e serem entregues com toda infraestrutura necessária - rede de
Fotos: Thaysa Mazzarelo
Centro histórico da cidade
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Permissão para construção de condomínios fechado promete mudar a paisagem da cidade
água, energia, esgoto, asfalto, iluminação pública, entre outras. Outro dispositivo importante é o alerta que a prefeitura pode disparar ao perceber que existem muitos lotes vazios: “ O órgão tem um mecanismo para travar, mesmo que seja por uns meses, novos loteamentos, para não ter no futuro vazios urbanos”. Desde 2008 alguns critérios do Plano Diretor foram modificados após apreciação do conselho da cidade, audiência pública e projeto de alteração, como a largura mínima do perímetro urbano. Mas é a permissão para construção de condomínios fechados que promete mudar a paisagem da cidade, já que está previsto a construção de um lançamento horizontal por incorporadora de Goiânia.
Desafios da cidade
Divulgação
Para o prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura de Siqueira, muito já foi conquistado pelo município mas ainda há muito o que se fazer. “ A cidade teve uma base econômica e social consolidada que acumula energia para dar outro salto, do conhecimento. Isto quer dizer, todos terem acesso à universidade, oferecer uma gama de cursos variados, em qualquer área de conhecimento”, diz. Hoje, com cerca de 20 mil pessoas estudando, desde a creche até
mestrado, Goianésia aguarda a chegada do curso de medicina, que junto ao Hospital Universitário e outras especialidades da saúde, fomentará a saúde na região. Para atender os dependentes químicos, que só têm aumentado na cidade e trazendo outros problemas, como a desestruturação das famílias, está sendo criado um Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq). Também está sendo criado um ambulatório médico que oferecerá mais de 22 especialidades para atender a região. “A cidade deixou de ser um centro local e passou a ter integração, a ser referência para outros municípios”, ressalta Jalles Fontoura que ainda relata a necessidade da promoção social, com
Prefeito de Goianésia, Jalles Fontoura
a migração de pessoas de outras cidades para Goianésia. Desafio que abrange a questão da habitação para a baixa renda, que tem sido atendida com casas populares, em parceria com os governos federal e estadual. “São casas populares mas com nível na média da cidade. Loteamentos com ruas largas e casas boas”, finaliza.
Apoio ao corretor goianesiense Além do representante do Creci em Goianésia, o delegado do Conselho João Alves de Carvalho, os profissionais da região contam com o apoio da Associação dos Corretores de Imóveis de Goianésia, que há dois anos busca fortalecer a categoria no município. “Temos que esclarecer a sociedade sobre a profissão de corretor de imóveis e ainda temos problemas com a contravenção”, comenta o corretor de imóveis Alexandre Bueno, que desde o ano passado esta à frente da instituição. Com 21 membros, a Associação está em sua fase inicial, recebendo novas adesões. O presidente conta que para entrar para a Associação basta o corretor de imóveis procurar algum membro da instituição e manifestar seu desejo em participar. O retorno da integração vem em repre-
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sentatividade para o profissional: ”uma coisa é o corretor procurar auxílio e seus direitos sozinho, outra coisa é ser apoiado por uma entidade fortalecida”. Alexandre Bueno conta que a Associação já tem algumas metas estabelecidas para serem realizadas em
médio e longo prazo. Levar qualificação aos profissionais, por meio de cursos oferecidos em parceria com instituições, como o Conselho, é uma delas. “A gente está a uma distância grande de ter a qualificação dos profissionais dos grandes centros, por isto é necessário trazer cursos e palestras”, diz. Outro ponto a ser trabalhado é a conscientização sobre a profissão de corretor de imóveis e das próprias atividades desenvolvidas pela Associação. Objetivo que começou a ser conquistado com a aprovação de projeto de lei que considera a entidade como de utilidade pública, já votado na Câmara Municipal da cidade, e a doação de um lote para construção da sede da instituição, oferecida pelo prefeito do município.
Rua Grande, atual Av. Goiás - Ano de 1954
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A autora do livro sobre a história de Goianésia, Ana Maria Godinho
meio da mata virgem. Fizeram o rancho grande perto do córrego Laranjeiras, onde havia só mata”, conta Ana Maria. O fundador loteou a terra e formou o povoado que em 1948 recebeu o nome de Distrito de Goianésia, subordinado ao município de Jaraguá. A escritora conta que o nome Goianésia veio da lista de nomes dispensados por Pedro Ludovico ao eleger o nome de Goiânia para a capital do estado. Na região foi desenvolvida primeiramente a agricultura, com lavouras de café. Posteriormente, as terras foram transformadas em
pasto para pecuária e muito depois a cidade recebeu destilarias para produção de álcool, produzindo também cana-de-açúcar. A atividade sucroalcooleira foi responsável pelo maior desenvolvimento do município na década de 80, graças ao então governador da época Otávio Lage de Siqueira, filho de Jalles Machado, que administrou a cidade e chegou ao Governo de Goiás. Fotos: Divulgação
São muitas as histórias e estórias que percorrem em Goianésia sobre a fundação da cidade. Diz a lenda que a fazenda Calção de Couro que deu origem a cidade ganhou esse nome porque um grupo de visitantes que ia da cidade de Pilar para Pirenópolis, para a Festa do Divino, só encontraram ao amanhecer um calção de couro de um acompanhante que seguia junto na viagem. Acredita-se que o visitante tenha sido atacado por uma onça. A autora de livros sobre a cidade, Ana Maria Godinho de Menezes, tem essas e muitas outras histórias para contar. Ela relata que Laurentino Martins Rodrigues, fazendeiro de Anápolis, era um visionário que negociou com um vizinho uma fazenda arrematada em um leilão público em Jaraguá, com o sonho de construir uma cidade. Pelo valor de dezesseis contos e duzentos mil réis, Laurentino adquiriu a Calção de Couro, terreno de 648 alqueires no Vale do São Patrício, onde foi morar com toda a família. “Eles puseram a mudança no carro de boi e vieram a cavalo morar no
Thaysa Mazzarelo
Da lenda à história
Planta geral da cidade de Goianésia
Almoço na casa do Dr. Otávio Lages de Siqueira
Brasão do município de Goianésia
Aspectos do banquete na casa do prefeito
Bandeira do município de Goianésia
Exemplo de democracia e compreensão: Laurentino e o chefe da política adversária, Salvador Leite (Dodô)
A casinha que abrigou Laurentino e sua família no início da construção da cidade
Três aspectos contrapostos: Cruzeiro, marco inicial da cidade que substitui hoje o descampado que vemos acima. À esquerda uma das ruas da cidade
Os moradores do município em procissão pela cidade
Foto histórica da cidade
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Residência do prefeito
Painel Imobiliário
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PARCEIROS ADEMI-GO
CONFIRA ABAIXO O QUE FOI E É NOTÍCIA NAS DEMAIS ENTIDADES QUE ATUAM NO SETOR IMOBILIÁRIO GOIANO: SECOVI-GO Feirão do Imóvel supera expectativas
Realizado no período de 16 a 18 de maio, o tradicional Feirão do Imóvel SecoviGoiás/10º Feirão Caixa da Casa Própria foi um inquestionável sucesso, segundo os organizadores e empresas participantes. Com um público de aproximadamente 21 mil visitantes, o evento movimentou R$ 129 milhões em negócios fechados ou encaminhados, superando as expectativas iniciais. “Mais uma vez contribuímos para fomentar o mercado imobiliário e cumprimos o papel social de facilitar o acesso à moradia a um maior número de pessoas”, comemora Ioav Blanche, presidente do SecoviGoiás.
Presidente da Ademi-GO recebe a Medalha do Mérito Industrial O engenheiro civil e empresário da construção Ilézio Inácio Ferreira, presidente da Ademi-GO, foi um dos agraciados, este ano, com a Medalha da Ordem do Mérito Industrial, a maior honraria concedida pela indústria brasileira. O evento da entrega da comenda deu-se em noite festiva, no dia 29 de maio, no Centro Cultural Paulo Afonso Ferreira – Teatro Sesi, tendo sido muito prestigiado. Criada em 1958 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para distinguir personalidades e instituições por relevantes serviços prestados à indústria e ao país, a Medalha da Ordem do Mérito Industrial foi instituída por inspiração do exemplo de pioneiros do setor produtivo que, com criatividade e visão de futuro, forjaram as bases do moderno parque industrial brasileiro. A exemplo da CNI, a Federação das Indústrias de Goiás (FIEG) instituiu, em 1968, seu Mérito Industrial, como reverência do segmento industrial a empresários e personalidades que se destacaram no cenário goiano. Além da Ademi, Ilézio Ferreira preside o Instituto Cidade, o Fórum de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Goiânia, e, também, o Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano da FIEG.
SINDUSCON-GO 86º ENIC foi palco para discutir o futuro da indústria da construção e do País O 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), realizado dos dias 21 a 23 de maio, no Centro de Convenções de Goiânia, contou com a participação de cerca de 1500 pessoas, entre congressistas dos ramos de engenharia, arquitetura, fornecedores de materiais e tecnologia, obtendo total êxito. Promovido anualmente pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), de forma itinerante pelas cidades brasileiras, realizado pela última vez em Goiânia, no ano de 2003, o encontro voltou à capital goiana com realização do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de
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Goiás (Sinduscon-GO) e da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). A 86ª edição apresentou como tema um conceito imperativo que traduz as expectativas e compromissos do setor: ‘Cresce, Brasil! Com a nossa participação sempre’. O evento foi palco para importantes debates econômicos e políticos, tendo contado com a presença, na abertura, da presidente da República, Dilma Rousseff; do governador de Goiás, Marconi Perillo; do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, entre outras autoridades; e, nos painéis principais, com um dos mais renomados economistas do
país, Eduardo Giannetti da Fonseca; posteriormente, com o presidenciável Eduardo Campos. Foram discutidos assuntos relacionados à Habitação, Meio Ambiente, Obras Públicas, Materiais e Tecnologia, Relações Trabalhistas, Ação Social e Cidadania, Indústria Imobiliária, entre outros. Veja notícias mais detalhadas sobre as discussões ocorridas nas Comissões Técnicas e Fóruns no site do evento (www.enic.org.br).
CULTURA E LAZER
Fotos: Divulgação
CULTURA & LAZER É UM ESPAÇO PARA VOCÊ, CORRETOR DE IMÓVEIS, RELATAR O QUE FAZ DE MELHOR NOS MOMENTOS DE FOLGA, COMPARTILHANDO COM OS COLEGAS DE PROFISSÃO POR MEIO DE DICAS DE LOCAIS E ATIVIDADES PARA A DESCONTRAÇÃO
“Ainda não conheço, mas muitos colegas me indicaram e já estou com tudo programado para conhecer o Hot Park, em Caldas Novas”. Ana Maria Araújo, corretora de imóveis
“Costumo visitar a cidade de Pirenópolis onde a Pousada dos Pirineus é um dos lugares mais tradicionais. É um lugar para descanso e também para conhecer melhor nossa cultura e apreciar uma culinária especial”. João Eurípedes, corretor de imóveis Envie sua dica de lazer e faça parte da próxima edição
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Ana Paula Vitorino
“Goiânia possui vários lugares interessantes para diversão. Ultimamente eu e alguns amigos estamos indo bastante na Boate Set, recém-inaugurada e localizada no setor Marista”. Flavia Lopes, corretora de imóveis. Na foto com o colega que também é corretor de imóveis Glaucus Lima.
“O Bistrô Antônia, no Setor Marista, é um dos lugares mais charmosos de Goiânia. Todo o serviço é inspirado no que Goiás tem de melhor. Os pratos foram batizados com nomes de pontos turísticos de nossa Capital; cidades turísticas de nosso Estado como Aruanã, Caldas Novas e Cidade de Goiás e ainda as sobremesas têm nomes como Fogaréu, Congadas e Festa do Divino. Um dos pratos que se chama Jardim Botânico consiste em lâminas de salmão defumado enroladas ao molho agridoce”. Danilo Souza Braga, corretor de imóveis
“Goiás tem uma história rica que foi construída não apenas em uma meia dúzia de cidades mais conhecidas. Em Piracanjuba, por exemplo, cidade centenária, localizada a 80 km de Goiânia, encontramos um povo acolhedor que preserva muitos aspectos da nossa cultura e de nossos costumes. No mês de maio a Exposição de Orquídeas reúne flores de todo país e durante todo ano acontecem festas religiosas e culturais como a Festa de Agosto e em junho a Regional Amigos, Viola e Canções”. Jair Reis de Melo, corretor de imóveis
+ que CORRETOR SEGUNDO OS PSICÓLOGOS, MANTER UM HOBBY OU UMA ATIVIDADE PRAZEROSA É UMA FORMA EFICAZ DE COMBATER O ESTRESSE. NO MOMENTO EM QUE SE DEDICA À ALGO QUE GOSTA, A PESSOA CONSEGUE SE DESLIGAR TOTALMENTE DOS PROBLEMAS, SE RECUPERANDO MENTALMENTE DA ROTINA AGITADA. A REVISTA PAINEL IMOBILIÁRIO BUSCOU O EXEMPLO DE PESSOAS QUE SÃO MAIS QUE CORRETORES, QUE POSSUEM OUTRAS ATIVIDADES QUE ACRESCENTAM NA SUA VIDA PROFISSIONAL. Fotos: arquivo pessoal
LÁPIS E TRAÇO Marcos Scalon desenvolveu os dotes artísticos que tinha desde pequeno e passou a se dedicar ao desenho profissionalmente, fazendo uma carreira notável. O trabalho, que começou com desenhos técnicos de fachadas de empresas e projetos de cozinhas planejadas, foi crescendo ao longo de 10 anos, quando passou a desenhar políticos e até celebridades internacionais, como a top Gisele Bündchen, em retratos hiperrealistas. Há dois anos Marcos Scalon ingressou na profissão de corretor de imóveis, deixando assim a esposa à frente dos negócios de sua empresa de desenhos a lápis, e transformando o dom artístico em hobby. “Para mim desenhar é uma terapia”, comenta o corretor que já reservou uma sala em sua nova casa para fazer de atelier. Conheça os desenhos de Marcos Scalon
FINALIZAÇÃO NO ESTRESSE Quem conhece o vocabulário do jiu-jitsu já entendeu pelo título que o corretor de imóveis Frederico Pacheco pratica o esporte como forma de aliviar as preocupações e o cansaço da rotina de trabalho. Faixa marrom na arte marcial, o corretor é adepto do esporte desde 1998 e já acumulou medalhas nos Campeonatos Goiano e do CentroOeste neste período. “Tenho outros hobbies, mas a prática deste esporte é o principal aliviador do meu stress”, comenta Frederico.
SOM SERTANEJO
Leo Bento é o nome artístico do corretor de imóveis Leonardo Carlos dos Santos Fonseca que divide seu tempo entre o trabalho como coordenador de vendas e como cantor profissional de música sertaneja. “Tem que ter muita raça”, ressalta Leonardo Fonseca ao falar de sua rotina que inclui escritório, reuniões com outros profissionais e clientes de dia, e shows à noite. O corretor de imóveis, que descobriu em uma aula de violão o talento para a música, conta que a desenvoltura adquirida nos palcos auxilia nos relacionamentos profissionais. Apesar de reservar a maior parte de seu talento para os palcos, Leonardo Fonseca ainda dá uma palinha nas reuniões entre amigos e familiares, já que cantar e ver as pessoas felizes com a sua música é, para o corretor, uma das melhores sensações que existe. Assista o clipe de Leo Bento
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CONVÊNIOS
CADASTRO NA PROLIST
CONHEÇA AS PARCERIAS DO CONSELHO QUE OFERECEM BENEFÍCIOS PARA OS CORRETORES DE IMÓVEIS: GRADUAÇÃO COM DESCONTO DE 20% O Creci de Goiás firmou parceria com a faculdade Estácio de Sá para oferecer cursos de graduação e especialização com desconto de 20% para corretores de imóveis. O desconto também é válido para dependentes dos profissionais neste e em outros cursos de graduação e especialização. Confira mais pelo (62) 3601-4914 ou em www.estacio.br
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O Serviço de Listagens Múltiplas (MLS) muito utilizado nos Estados Unidos e Europa para integrar os corretores de imóveis e as imobiliárias, possui uma versão brasileira: a Prolist. Nela, os profissionais podem oferecer seus imóveis e realizar parcerias imobiliárias com segurança e ética. Os corretores de imóveis goianos podem realizar o seu cadastro na plataforma, com desconto de 30% na inscrição devido a convênio firmado entre a organização e o Conselho. Mais informações pelo www.prolist.com.br.
DIRETO DO CRECI
Sob nova coordenação Nos últimos cinco anos, a fiscalização do Creci de Goiás, por muitas vezes, recebeu o título de melhor equipe, segundo ranking do Cofeci. O grupo alcançou mais de 58 mil autos lavrados de constatação, 5 mil de autos de infração, 4 mil de exercício ilegal da profissão e 2 mil notificações. Para dar continuidade ao bom trabalho que vinha sendo desenvolvido, o advogado Alaor Bezerra assume a coordenação da fiscalização. “A equipe já estava fazendo um trabalho integrado e bem estruturado. Eu vim para somar esforços e caminhar junto para alcançar as metas”, comenta. Experiente na área jurídica voltada ao mercado imobiliário, por ter integrado a equipe de assessoria jurídica do Conselho antes de assumir o novo cargo, Alaor Bezerra conta que seus conhecimentos devem auxiliar para que os processos administrativos resultantes da fiscalização sejam mais assertivos. Outra meta do novo coordenador é dar continuidade ao foco no exercício ilegal da profissão que tem obtido bons
Thaysa Mazzarelo
FISCALIZAÇÃO SEGUE TRABALHO COM NOVO COORDENADOR
resultados em blitzes,como a realizada no último mês em Rio Verde, em que houve poucos autos lavrados desta e de outras infrações. “É um reflexo da fiscalização que vem sendo realizada continuadamente nos municípios. Iniciativa que continuará, sem interrupções”. Nas primeiras visitas a cidades do interior do estado para conhecer o mercado imobiliário e as necessidades dos corretores de imóveis de cada re-
gião, o novo coordenador traçou novos objetivos para equipe: reforçar o relacionamento com os delegados regionais do Creci e intensificar a fiscalização do exercício de pessoas jurídicas. “Existem profissionais que estão trabalhando como se fossem pessoa jurídica, mas não possuem o devido registro. Como correspondentes bancários, sem registro jurídico mas que atuam também no mercado imobiliário”, ressalta.
NOVA DELEGACIA DO CRECI EM ANÁPOLIS Atender melhor os corretores de imóveis e a sociedade é lema do Conselho. Para tanto, a autarquia decidiu mudar de endereço a delegacia que atende Anápolis e região. “O espaço é mais amplo e possui estrutura que atende bem o número de profissionais que procuram a delegacia”, comentou o presidente Oscar Hugo. Também foi empossado novo delegado do Creci na cidade. Desde o início de abril
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o corretor de imóveis Dênio Assunção Santos de Aquino representa o Conselho no município. NOVO ENDEREÇO
Rua Floriano Peixoto, n° 1.066, Ed. Dahas Center, sala 15, Centro Horário de atendimento: das 8h30m às 12h, das 13h às 17h30m Contato: (62) 3943-3399, Gislane
Fotos: Thaysa Mazzarelo
DELEGADOS DO CRECI SE REÚNEM EM ENCONTRO Os 40 representantes do Creci de Goiás nos municípios do interior do estado estiveram reunidos em fevereiro na sede do Conselho para a realização do Encontro de Delegados. Esta edição do evento teve como objetivo promover uma maior integração entre a autarquia e os delegados, e ao mesmo tempo oferecer atualização e moti-
vação para estes profissionais que são a extensão do Creci em suas cidades. Pela primeira vez, os delegados puderam participar de uma reunião plenária, evento realizado bimestralmente entre os conselheiros e diretoria do Conselho para definir estratégias e aprovar decisões da autarquia. Na oportunidade, os delegados assistiram palestra so-
bre Direito de Família e Sucessões nos Negócios Imobiliários, ministrada pelo professor Ageu Cavalcante. O Encontro também foi de apresentações para os representantes do Creci que puderam conhecer o novo delegado de Águas Lindas, o corretor de imóveis Sabino Ramiro César Júnior.
CRECI BUSCA DESBUROCRATIZAR TRABALHO DO CORRETOR DE IMÓVEIS O corretor de imóveis gasta em média duas horas para tirar na prefeitura a taxa de impostos do imóvel que vendeu. O mesmo acontece nos cartórios, muito tempo é perdido para tirar certidões e escrituras. Para facilitar o acesso dos profissionais à documentação necessária em seu trabalho diário, o Creci de Goiás busca parceria com a prefeitura e cartórios para criar atendimento preferencial para a categoria. O presidente Oscar Hugo e
o delegado do Creci em Aparecida de Goiânia, Delcides Dias, apresentaram a proposta de atendimento diferenciado para o cartório de Aparecida e para o secretário de finanças do município, o doutor Carlos Eduardo. “Eles foram receptivos ao projeto”, comenta Delcides que revela até mesmo que foi apresentada opção de montar um atendimento exclusivo em delegacia do Conselho a ser cons-
truída no município. Em Goiânia, a proposta também foi apresentada ao secretário de finanças Cairo Peixoto, com a presença do vereador Carlos Soares, e foi recebida com receptividade pelo secretário e sua equipe.
PREFEITO PROMETE LOTE PARA SEDE EM CALDAS NOVAS Divulgação
Em reunião realizada em fevereiro em Caldas Novas, com a presença do presidente Oscar Hugo e corretores de imóveis da cidade, o prefeito Evandro Magal prometeu levar para análise da Câmara Municipal pedido de doação de área para construção da nova delegacia do Creci na região. Em Entrega de Carteiras realizada em Goiânia no mês seguinte, em que o prefeito foi padrinho da turma, Evandro Magal confirmou seu comprometimento em conseguir um terreno nobre para a delegacia e ainda adiantou uma novidade: a inauguração de praça na cidade em homenagem ao profissional corretor de imóveis.
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DIRETO DO CRECI
Mercado imobiliário se reuniu no XXV Conaci Esse ano, a Fenaci, junto aos Sindicatos da categoria, realizou em São Paulo o Congresso Nacional de Corretores de Imóveis (XXV Conaci) para discutir o papel dos profissionais e o futuro das cidades. O evento foi um sucesso, reunindo mais de mil corretores de imóveis e renomados palestrantes. Entre eles esteve a coordenadora pedagógica do Creci de Goiás, Margot Guimarães, que ministrou palestra sobre Exclusividade Imobiliária, tema de seu livro. Além da receptividade dos participantes em relação à palestra, a coordenadora pedagógica foi convidada para sessão de autógrafos de seus livros, junto a outros escritores do mercado, como o advogado e corretor de imóveis Paulo Roberto Xavier. “Após a palestra, os livros publicados esgotaram. Já estou preparando a segunda edição para o próximo semestre”, comenta a autora que na foto recebe os cumprimentos do jornalista de Recife, Tomaz Aquino, que também fez a cobertura do evento.
15 A 17 DE SETEMBRO - 2014
O MAIOR EVENTO DO SETOR IMOBILIÁRIO VAI À FORTALEZA. CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ
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ANÚNCIO GRÁFICA
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SOCIAL
VISITA
Conhecer o Creci de Goiás, este foi o objetivo do presidente em exercício do Creci de Rondônia, Ivaldo Ferreira dos Santos, que esteve em Goiânia em abril. “Fiquei impressionado com a distribuição das funções e com os departamentos do Conselho goiano”, comentou.
O autor de livros sobre mercado imobiliário Luis Portella esteve com os corretores de imóveis goianos durante o Workshop Imobiliário. Como instrutor do debate, que abordou os temas avaliação de imóveis, locação, contratos e registro de imóveis, Luis Portella recebeu certificado pela palestra.
CONVITE Sindimóveis
Fotos: Thaysa Mazzarelo
COMPARTILHANDO CONHECIMENTO
PARCERIA
O presidente Oscar Hugo recebeu os representantes da Secretaria de Saúde quando ficou definida parceria entre o Conselho e a Prefeitura na conscientização e combate a Dengue.
TREINAMENTO
O coordenador de fiscalização Alaor Bezerra recebeu as novas fiscais do Creci de São Paulo que estiveram em treinamento junto aos fiscais goianos para assumir o seu posto no Conselho de São Paulo.
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O presidente Oscar Hugo esteve no Centro de Educação Profissional do Sindimóveis Goiás para esclarecer dúvidas dos alunos quanto às funções e atuação do Conselho e outros temas do mercado imobiliário. A visita a escolas que oferecem o curso de TTI é uma norma do Creci, com a finalidade de contribuir com o melhor ensino dos corretores de imóveis e pode ser agendada mediante convite, como esse que veio do Sindimóveis.
CRECI NA MÍDIA O jornal O Popular publicou matéria sobre o retorno do investimento das construtoras em bairros mais centralizados, como os setores Marista e Bueno.
No dia 30 de março o bairro Vila Rosa foi tema de matéria publicada no jornal Diário da Manhã, com opinião do presidente do Creci de Goiás sobre o crescimento do setor.
De janeiro a abril, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis foi notícia em veículos de comunicação de todo o Estado, totalizando:
22 espaços de mídia espontânea, sendo: 4 exibições em telejornal; 3 portais de notícias e redes sociais; 1 em rádio e 47 |12 Painel emImobiliário revistas e jornais impressos.
Em janeiro, o Creci fez alerta aos consumidores sobre quem deve pagar a comissão do corretor de imóveis
Em matéria veiculada em janeiro sobre os impactos da Copa do Mundo no mercado imobiliário de cidades turísticas, o delegado do Creci em Pirenópolis, Leandro Oliveira, falou sobre o alavancamento do setor em sua cidade
PARA REFLETIR
Divulgação
Oração da FELICIDADE
Não chore pelo que você perdeu, lute pelo que você tem. Não chore pelo que está morto, lute por aquilo que nasceu em você. Não chore por quem te abandonou, lute por quem está a seu lado. Não chore por quem te odeia, lute por quem te quer feliz. Não chore pelo teu passado, lute pelo teu presente. Não chore pelo teu sofrimento, lute pela tua felicidade. Não é fácil ser feliz, temos que abrir mão de várias coisas, fazer escolhas e ter coragem de assumir ônus e bônus para ser feliz. Com o tempo vamos aprendendoque nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante com quem quer e luta para estar com você. Se engana quem acha que a riqueza e o status atraem a inveja... as pessoas invejam mesmo é o sorriso fácil, a luz própria, a felicidade simples e sincera e a paz interior... [Papa Francisco]
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As Três Peneiras “Um homem procurou um sábio e disselhe: – Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de… Nem chegou a terminar a frase quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou: – Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras? – Peneiras? Que peneiras? – Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? – Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! – Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? – Não! Absolutamente, não! – Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa? – Não… Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar. E o sábio sorrindo concluiu: – Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre ideias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.
32 ANOS.
A NOSSA MAIOR
CONSTRUÇÃO
Para nós, construir há 32 anos é mais que dedicar uma vida colocando pilares, erguendo paredes, revestindo estruturas e entregando chaves de apartamentos. Nós só arregaçamos as mangas todos os dias, pegamos no pesado, no tijolo, no telefone, no lápis, no mouse, porque acreditamos que, enquanto realizamos sonhos de muitas famílias, podemos cuidar melhor da nossa cidade, da nossa comunidade, do nosso futuro e do futuro de tantas pessoas que acreditam nisso junto com a gente. Afinal, o que de maior construímos até hoje é essa história, marcada pela garra e paixão investida em tudo que fazemos.
Consciente Construtora
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