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Revista CONSELHO DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ANO 8 - EDIÇÃO 2
Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo
O desafio de ter sua
própria clínica Caminhos, obstáculos e dicas para ser um empreendedor de sucesso e realizar o sonho de ter o próprio negócio
AACD E O TRABALHO MULTIDISCIPLINAR: transformando a vida de milhares de portadores de deficiência física. Pág 08 >>
NA ESCOLA: a inserção da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia transforma a vida de estudantes. Pág 24 >>
dice ÍNDICE
ín
taques
des
EDITORIAL
3
ESPAÇO DO LEITOR
4
IMPORTANTE SABER
5
ENTREVISTA PRESIDENTES DOS CREFITOS
6
AACD APOIO MULTIDISCIPLINAR
8
EMPREGABILIDADE EMPREENDEDORISMO
14
INSTITUCIONAL METAS ATINGIDAS
20
EDUCAÇÃO CADERNO, LÁPIS, APRENDIZADO E SAÚDE
24
FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL EXEMPLOS DE SUCESSO
28
NOTAS VI FÓRUM NACIONAL DE PESQUISA
32
NOTAS COFFITO EM AÇÃO
33
COMUNICADO OFICIAL EXEMPLO DE DEMOCRACIA
34
INFORMAÇÕES ÚTEIS
35
08 14 24 ops!
APOIO GLOBAL
EMPREENDEDOR
APRENDIZADO
A AACD investe em tratamentos globais que envolvem muitos profissionais da saúde. Tudo para que o portador de deficiência jamais deixe de sorrir
Os caminhos, obstáculos e dicas para realizar o sonho de ter a sua própria clínica. Conhecimentos gerenciais e planejamento são fundamentais
O trabalho de terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas é essencial para ajudar crianças no ambiente escolar
erramos !!!
Revista do CrefitoSP - edição 1 de 2011
[2]
Na matéria Melhor Idade Saudável (pág. 20), na legenda da foto da página 24, o nome da terapeuta ocupacional saiu como Dra. Marina Fulfaro. Na verdade, o nome da
profissional é Dra. MARIANA Fulfaro. Pedimos sinceras desculpas à Dra. Mariana pelo equívoco.
ao
CREFITO-3 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Terceira Região Serviço Público Federal Área de Jurisdição: Estado de São Paulo Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista São Paulo - SP - CEP 01333-011 www.crefitosp.gov.br GESTÃO 2008 / 2012 DIRETORIA Presidente: Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida Crefito-3 nº 18.719 – Ft Vice-Presidente: Prof. Dr. Augusto Cesinando de Carvalho Crefito-3 nº 6.076 – Ft Diretor Secretário: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon Crefito-3 nº 15.577 - Ft Diretor Tesoureiro: Dr. E. F. Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA FISIOTERAPIA (CEDF) Presidente: Dr. E. F. Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft Secretária: Dra. Anice de Campos Pássaro Crefito-3 nº 24.093 – Ft Vogal: Dr. Marcus Vinícius Gava Crefito-3 nº 9.015 – Ft COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA TERAPIA OCUPACIONAL (CEDTO) Presidente: Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros Crefito-3 n° 6.155 - TO Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade Crefito-3 n° 2.356 - TO Vogal: Dra. Maria Cândida de Miranda Luzo Crefito-3 n° 4.906 – TO COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC) Presidente: Dr. José Luís Pimentel do Rosário Crefito-3 n° 43.816 - Ft DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO (DEFIS) Coordenador: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon SECRETARIA GERAL Coordenadores: Ailton Alves Ferreira Elza Martinhão ASSESSORIA JURÍDICA Dra. Adriana Clivatti Moreira Gomes OAB SP nº 195660 CONTABILIDADE Contadora: Cíntia Mieko Kusaba Pasqualini CRC – 1SP n° 213203/O-0 COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL) Presidente: Dr. Rubens Fernando Mafra OAB SP n° 280695 Secretária: Linda Magali Abdala Santos Vogal: Felipe de Oliveira Simoyama ASSESSORIA E ANÁLISE TÉCNICA (AATEC) Dr. Carlos Henrique Bruxelas Dra. Fernanda Onaga ouvidoria@crefitosp.gov.br DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO imprensa@crefitosp.gov.br Editora Responsável: Francine Altheman – MTb 42.713/SP Redação: Alexandre Camargo Juliana Menezes Rodrigo Svrcek Design / Infografia: Tommy Pissini Web / Multimídia: Rodrigo Cavalheiro Web / Animação: Giuliano Gusmão Secretária: Daiana Veronez Impressão: Plural Indústria Gráfica Periodicidade: trimestral Tiragem: 80 mil exemplares
leitor AO LEITOR
Seja um
empreendedor! A Revista do CrefitoSP traz a segunda parte da série de reportagens sobre empregabilidade. Na última edição, mostramos os caminhos para entrar no mercado de trabalho. Agora, você verá, passo a passo, como montar sua própria clínica: os desafios, custos e dicas importantes para começar a ser um empreendedor. Não é uma tarefa fácil, mas pode ser a solução para vencer a concorrência do mercado de trabalho. Fique atento à matéria: é importante ter conhecimentos gerenciais e planejamento. Dando continuidade à proposta de mostrar nossos avanços no CrefitoSP, trazemos nesta edição as principais metas atingidas em 2010 na Fiscalização, Secretaria Geral, Financeiro e na Comunicação do Conselho. Além das virtudes que esse trabalho agregou ao CrefitoSP, todos os processos econômicos financeiros, de licitação e atas de Plenária estão sendo digitalizados e ficarão disponíveis on-line, dando transparência às nossas ações. Ainda temos uma reportagem sobre a AACD e o trabalho de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais dentro dessa instituição. Uma associação que mantém um belo trabalho, sempre focando no atendimento multidisciplinar, o que faz com que o tratamento realmente funcione. Esta edição ainda traz outras excelentes reportagens. Uma matéria sobre o papel do terapeuta ocupacional e do fisioterapeuta nas escolas, influenciando inclusive no aprendizado, e mais exemplos de profissionais que estão se destacando em suas áreas de atuação.
APROVEITE A LEITURA!
itor LEITOR
le
Todo mês recebo a Revista do CrefitoSP em duplicidade. Enviei um e-mail para a ouvidoria comunicando esse fato. Isso está ocorrendo com vários outros colegas de profissão. Não recebi nenhuma resposta e continuo recebendo duas revistas todo mês. Além de considerar isso um absurdo, pois um exemplar vai direto para o lixo reciclado, é um desperdício de dinheiro de toda a classe. Peço gentilmente que seja analisado onde está o erro para que eu receba apenas um exemplar da revista. Aproveito para elogiar a escolha dos temas abordados. Gosto muito da revista.
Fale
revista do crefito-sp .julho.2011
com a gente
[4]
Envie sugestões, críticas e elogios para a Revista do CrefitoSP. As cartas ou e-mails devem conter, obrigatoriamente, nome completo do profissional, número de inscrição no Crefito ou, se for estudante, nome da instituição de ensino, telefone e e-mail para contato (caso não deseje a publicação, basta colocar esta informação). Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas ou e-mails recebidos poderão ser publicados resumidamente ou não ser publicados, mas todos serão respondidos.
Dra. Mara Sandra da Silva Fisioterapeuta
Revista do CrefitoSP edição 1 de 2011
Curso o quinto semestre de Fisioterapia e leio a Revista do CrefitoSP porque meu namorado já é fisioterapeuta e recebe-a. Gostaria de sugerir para as próximas matérias uma reportagem sobre a Bireme, uma biblioteca completa de artigos científicos, de extrema importância para o estudo de alunos e profissionais da área. Também gostaria de receber as próximas edições da revista, pois tenho certeza que será útil na minha vida acadêmica. Parabéns pelo excelente trabalho. Denise Silva Nascimento Estudante de Fisioterapia
@crefitosp facebook.com/crefitosp
Denise Agradecemos o seu e-mail e esclarecemos que recebemos muitas sugestões de pautas, sempre relevantes para as profissões. Todas entram em nossa fila. Vamos colocar a sua sugestão nas próximas edições. Quanto ao recebimento da revista, assim que você se formar passará a receber a revista automaticamente. Enquanto isso, mandaremos as edições para você. Um abraço!
Prezada Dra. Mara Obrigada pelo seu contato. O nosso cadastro é gerado automaticamente para o Correio para envio da revista. Provavelmente você está registrada como Pessoa Física e Pessoa Jurídica, por isso recebe dois exemplares, bem como seus colegas. Estamos viabilizando, em conjunto com o Departamento de Tecnologia da Informação, uma forma de sanar essa questão.
Sou inscrita no Crefito-2. Para quem trabalha com a fisioterapia Dermatofuncional, como é o meu caso, busco informações com conselhos de outras regiões, quando se trata desse assunto. Como o CrefitoSP sempre me respondeu prontamente, fato que só tenho elogios a fazer, inclusive pela atuação do mesmo com relação a assuntos ligados a essa área, se for do interesse de vocês, gostaria de enviar informações sobre a Dermatofuncional, para uma possível matéria. Dra. Patricia Fontenelle Fisioterapeuta
Agradecemos os elogios e sugestão. Entraremos em contato para pautar o assunto nas próximas edições. Aguarde!
youtube.com/crefitosp
//Contato:
Para se corresponder com o Departamento de Comunicação do CrefitoSP E-mail: imprensa@crefitosp.gov.br / Cartas: Departamento de Comunicação Rua Cincinato Braga, 277 - 9º andar - Bela Vista - São Paulo / SP - CEP 01333-011
rtante saber IMPORTANTE SABER
Fotos - www.sxc.hu
impo
FGV Projetos realiza pesquisa inédita para o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) lançou no dia 24 de maio o “Levantamento das Estruturas de Custo dos Serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional”. A pesquisa é realizada em parceria com a FGV Projetos por meio de um questionário eletrônico contendo perguntas detalhadas sobre a estrutura de custos dos prestadores de serviços de fisioterapia e terapia ocupacional. O objetivo é identificar dados sobre a sustentabilidade econômica do setor em todo território nacional ao longo do ano de 2010. “Precisamos conhecer a nossa realidade para discutirmos o presente e construirmos o futuro das nossas profissões e da saúde da população brasileira. Isso facilitará a análise da viabilidade econômica e fundamentará as negociações com outros agentes públicos e privados”, afirma o presidente do
//Na internet:
www.coffito.org.br www.crefitosp.gov.br
Coffito, Dr. Roberto Mattar Cepeda. O presidente ainda ressalta que o resultado irá subsidiar a discussão do Coffito com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o acesso da população e a qualidade na prestação de serviços. O link para acesso ao questionário está disponível no site do Coffito, do CrefitoSP e demais Crefitos e as informações prestadas serão inseridas automaticamente no banco de dados da FGV. “A partir destas informações, será criado um banco de dados. É importante que os responsáveis por clínicas e consultórios de fisioterapia e/ ou terapia ocupacional respondam ao questionário para que o segmento passe a ter uma base de informações sobre os seus custos”, alerta o coordenador de projetos da FGV Projetos, Sergio Gustavo da Costa.
revista do crefito-sp .julho.2011
Projeto visa gerar informações sobre a estrutura de custos dos prestadores de serviço do setor
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Por dentro dos Por Juliana Menezes
Crefito-9
Cref
Raios-X
Presidido pelo Dr. Elias Nasrala Neto, desde 21 de julho de 2010
Principais informações dos estados e profissionais abrangidos pelos Crefitos
População dos Estados abrangidos
Acre -732.793 Rondônia -1.379.787 Mato Grosso - 2.954.625
Fisioterapeutas Terapeutas Ocupacionais
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Fotos - Arquivo Pessoal
Piso Salarial
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Fonte: CREFITO-9
2.365 75 --*
*A região não tem piso salarial fixado por lei
Quais são os maiores desafios na administração do Crefito-9? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacionados às profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional?
Quais são as áreas mais proQuais são as conquistas da missoras dentro da Fisioterapia e atual gestão? E os principais da Terapia Ocupacional no Acre, objetivos para o futuro? Rondônia e Mato Grosso? Quais as mudanças que estas profissões Nossa gestão tem como missão vêm sofrendo nos últimos anos? natural cumprir e fazer cumprir
O maior desafio para a atual administração, diante de nossa dimensão territorial, é fiscalizar o exercício profissional em toda jurisdição (Acre, Rondônia e Mato Grosso). Outro desafio é agilizar o registro dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, especialmente ao que se refere às especializações profissionais.
Na nossa região temos diversas áreas que são mais desenvolvidas e consideradas como promissoras. Mas destaco a Saúde Mental, na Terapia Ocupacional, e a Fisioterapia Hospitalar, como as que recentemente mais avançaram.
//Na internet:
Para saber mais: http://www.crefito9.org.br http://www.crefito7.org.br
a legislação referente ao exercício profissional. Destacamos que apoiaremos todas as instituições que representam os profissionais no desenvolvimento de políticas de saúde e de educação que promovam melhorias nas condições de vida da população.
Confira nas próximas edições entrevista com os demais presidentes
itos
Conheça um pouco sobre os Crefitos de outras regiões do país
Entrevista com os presidentes...
Crefito-7
Presidido pelo Dr. José Roberto Borges dos Santos, desde março de 2010 Sergipe
2.068.031
Bahia
14.021.432 Soma das duas categorias de profissionais
8.000
R$ 1.615,00**
Quais são os maiores desafios na administração do Crefito-7? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacionados às profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional?
Quais são as áreas mais promisQuais são as conquistas da soras dentro da Fisioterapia e da atual gestão? E os principais Terapia Ocupacional no Sergipe objetivos para o futuro? e Bahia? Quais as mudanças que estas profissões vêm sofrendo nos Fizemos parceria com a Vigilância últimos anos? Sanitária de Salvador e o acordo de co-
Realizamos a primeira etapa de reforma na sede, informatizamos todo o processo de inscrição e temos dado mais comodidade para os profissionais se inscreverem. Também temos avançado bastante nas fiscalizações, além de trabalharmos a questão da conscientização junto aos profissionais. Ainda temos o exercício ilegal das profissões como o nosso maior “inimigo”.
Encontramos carências em quase todas as áreas da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional em termos de serviços, principalmente no interior. Às vezes, temos um hospital público sem um fisioterapeuta sequer no quadro de profissionais. Então, se no interior faltam serviços básicos – públicos e privados – de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, logicamente que há oportunidades fora dos grandes centros.
operação com a Auditoria do SUS. Nos dois casos, o nosso Departamento de Fiscalização age e troca informações com os dois órgãos. Além disso, temos dois projetos inéditos no Brasil: o Profissional Empreendedor e o Crefito-7 nas Escolas. No primeiro, capacitamos os profissionais para a gestão e o empreendedorismo através de uma parceria com o Sebrae e o Banco do Nordeste do Brasil, com palestras sobre gestão, abertura de empresas, linhas de crédito e regularidade de funcionamento de estabelecimentos. No Crefito-7 nas Escolas vamos até as faculdades falar sobre nossas ações e discutir políticas profissionais e projetos.
revista do crefito-sp .julho.2011
Fonte: Sinfito-7 **Acordo coletivo firmado entre o Sinfito-Bahia e o sindicato patronal em 2010
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Apoio A AACD investe em tratamentos globais, que envolvem fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e diversos profissionais da área. Para que o portador de deficiência jamais deixe de sorrir
25
[8]
mero de portadores de deficiência no Brasil. O termo “deficiência” é abrangente e significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais à vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social. Na verdade, o meio deveria se adaptar ao tipo de deficiência de qualquer cidadão. Levando o termo deficiência ao “pé da letra”, o número acima seria bem maior, pois são diversas as condições que levam uma pessoa a ser considerada “aquela que deve se adequar ao mundo”: raça, religião, proveniência regional, comportamento sexual e até mesmo a própria aparência. Essas pessoas podem ser colocadas à margem da sociedade, como se o local onde vivem não fosse feito para elas. Encontram barreiras culturais, que geram o preconceito, barreiras no mercado de trabalho, que é uma conseqüência das barreiras enfrentadas na escola, que se agravam com as barreiras arquitetônicas enfrentadas nas ruas. Para diminuir, ou mesmo derrubar, essas barreiras, há mais de 60 anos surgiu a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que faz muito mais do que assistir.
www.sxc.hu
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milhões. Esse é o nú-
PANORAMA
13% da população brasileira têm alguma deficiência. Veja como estão distribuídos:
8%
27%
auditiva
por Francine Altheman
física
No Brasil, existem
25 milhões
de portadores de deficiência
17%
48%
mental
visual
Fonte: IBGE
AACD Considerada centro de referência no tratamento de pessoas com deficiência física, a AACD, entidade privada, sem fins lucrativos, tem como principal missão promover a prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência física, especialmente crianças, adolescentes e jovens, favorecendo a integração social. Atualmente, a instituição também atende adultos e idosos.
Idealizada pelo Dr. Renato da Costa Bonfim, a entidade tem gestão profissionalizada, 2.037 funcionários e 1.500 voluntários, que dedicam parte de seu tempo apoiando os profissionais da instituição em benefício dos pacientes. “Graças à colaboração de voluntários, médicos, conselheiros, funcionários, empresas e doadores, a AACD mantém um quadro de profissionais qualificados, oferecendo consultas, terapias e tratamentos de altíssima qualidade”, explica o presidente voluntário da instituição, Eduardo de Almeida Carneiro. “Com isso, milhares de pessoas com deficiência física têm a oportunidade de superar desafios e ter uma vida melhor, repleta de realizações e conquistas”, completa.
1.348.799 60.655 5.800 6.457
atendimentos entre cirurgias, consultas, aulas e terapias
aparelhos ortopédicos fabricados e comercializados
atendimentos diários
cirurgias
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A fonte utilizada no título da matéria é uma das fontes Unique Types, inspiradas nas crianças com deficiência física da AACD. Foram criadas sob licença da Creative Commons e podem ser usadas gratuitamente. Acesse o site da AACD para saber mais ou o www.uniquetypes.cc.
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Fisioterapia infantil
Fisioterapia adulto Terapia Ocupacional infantil
FISIOTERAPIA INFANTIL
43 fisioterapeutas
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Atende pacientes de 0 a 16 anos
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No Setor de Fisioterapia Infantil, depois da avaliação multiprofissional do paciente, o fisioterapeuta traça os objetivos individuais de cada criança, em conjunto com a família. “Nós traçamos metas a curto prazo. A cada três ou seis meses, verificamos as evoluções e verificamos as dificuldades, para traçar uma nova meta”, explica a supervisora do setor, Dra. Elcinete Weetz de Moura. “O principal foco são as funções das crianças, ou seja, fazêlas atingir o mais próximo da funcionalidade, para ter uma reabilitação eficaz”, lembra Dra. Priscilla do Amaral Campos Silva, também supervisora do setor.
TERAPIA OCUPACIONAL INFANTIL 25 terapeutas ocupacionais Atende pacientes de 0 a 16 anos O setor de Terapia Ocupacional Infantil é responsável pelas terapias individuais, mas também tem terapias em grupo, como as de atividade de vida diária. Além disso, existem as terapias em conjunto com a fisioterapia. “O setor ainda faz avaliações específicas, indicando órteses para membro superior, mobiliário, no caso de cadeirantes, e adaptações”, conta a supervisora do setor, Dra. Lina Silva Borges Santos. Os terapeutas ocupacionais ainda orientam os familiares no que se refere ao brincar, às atividades de vida diária e aos próprios posicionamentos adequados.
FISIOTERAPIA ADULTO
26 fisioterapeutas
O setor de Fisioterapia Adulto trabalha com os portadores de grandes incapacidades, com tratamentos individuais e em grupo. “Temos a participação de nossos fisioterapeutas em avaliações globais em todas as clínicas atendidas”, diz a supervisora do setor, Dra. Eliene Lima. Após a avaliação multiprofissional, é traçada a conduta para o paciente iniciar o processo de reabilitação. “É muito gratificante o nosso trabalho, porque a gente vê que uma pequena evolução do paciente já representa muito pra ele: voltar a se transferir sozinho, se vestir sozinho, a trocar passos, deambular sem precisar de outra pessoa”, emociona-se Dra. Clarissa Barros de Oliveira, também supervisora do setor.
Aperfeiçoamento na AACD
Fisioterapia aquática
TERAPIA OCUPACIONAL ADULTO 11 terapeutas ocupacionais Os pacientes são encaminhados para o setor de Terapia Ocupacional adulto com alteração de funcionalidade, principalmente quando envolve membro superior. “Por meio de treinos do uso do membro, com o uso de órteses ou adaptações da própria atividade ou tarefa que o paciente faz em casa, conseguimos dar maior funcionalidade e independência para o paciente”, diz a terapeuta ocupacional do setor, Dra. Camila Pontes Albuquerque. A parte cognitiva, junto com as atividades de vida diária, são também focos desse setor.
22 fisioterapeutas
FISIOTERAPIA AQUÁTICA
OFICINA ORTOPÉDICA TERAPIA OCUPACIONAL
O trabalho do setor de Fisioterapia Aquática visa a transferência daquilo que o paciente ganha na água para o solo, sempre baseado em evidências. Basicamente, o fisioterapeuta promove a ativação de musculaturas do paciente que fora da água seriam mais difíceis de serem ativadas. “Com essa ativação, eu consigo um fortalecimento e uma aplicação funcional em solo”, explica Dr. Fábio Rodrigues Branco, supervisor do setor. Ele ainda conta que a AACD é uma instituição ímpar para se trabalhar. “Trabalhar aqui é fantástico. O espectro de pacientes e todo o incentivo que a instituição nos dá são únicos”.
Confecciona as órteses de membro superior prescritas pelo médico ou terapeuta. O paciente neurológico tem a prescrição das órteses para prevenir deformidade ou para tratar um encurtamento muscular que ele já tem. “A importância da órtese é para prevenção e tratamento. Tanto para ele ter a posição anatômica da mão normal quanto para regularizar o tônus muscular”, conta a terapeuta ocupacional da oficina, Dra. Kamila Regolin. A oficina ortopédica conta ainda com o serviço da Clínica de Adequação Postural, onde terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas realizam esse trabalho em cadeirantes e para proporcionar conforto e alívio da pressão em glúteos e membros inferiores na posição sentada.
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Fotos - Francine Altheman
Terapia Ocupacional adulto
A AACD tem um programa de aperfeiçoamento que proporciona ao profissional um treinamento em serviço, dentro da instituição, aprimorando conhecimentos teóricos e práticos na área de reabilitação física, tornando-o capaz de atuar em uma equipe multiprofissional. “O aprimorando passa um ano conhecendo os serviços e atendimentos, com supervisão, nas mais variadas clínicas e patologias”, diz a fisioterapeuta Dra. Rita de Cássia de Mello Neves, que atua como colaboradora junto a Comissão de Ensino e Treinamento da AACD. Com uma constante preocupação de investir em recursos humanos qualificados, a Associação promove pesquisas de novas técnicas e cursos internos para treinamento e capacitação de seus profissionais, podendo assim repassar esses conhecimentos com propriedade. Para saber mais sobre o programa, acesse o site www.aacd.org.br
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Lokomat
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Oficina Ortopédica
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18 fisioterapeutas
HOSPITAL ABREU SODRÉ
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA)
LABORATÓRIO DE MARCHA
Centro de excelência, é o difusor de modernas técnicas de cirurgias, geralmente relacionadas a deficiências e deformidades físicas. É também pioneiro nas pesquisas e tratamento da técnica da cirurgia minimamente invasiva na coluna vertebral, que influenciou esta prática de cirurgia no Brasil com o fortalecimento do conceito de mínima agressão, rápida reabilitação, menos tempo de internação e baixo custo. “O trabalho da fisioterapia no hospital atende na prevenção das possíveis morbidades que venham da internação. Atua na UTI e nas unidades de internação, na prevenção das complicações respiratória, até a reabilitação pósoperatória”, explica a fisioterapeuta supervisora do setor, Dra. Andréa Dias Lamas Mafra.
Ainda um projeto piloto, a TAA, realizada na AACD com cães adestrados, motiva os pacientes a executar as tarefas e isso se traduz em ganhos na terapia convencional. “A fisioterapia na TAA trabalha a marcha, velocidade, equilíbrio, associando a tarefas de memória, trabalhos cognitivos. É um trabalho multidisciplinar”, explica a fisioterapeuta Dra. Viviana Dylewski. Os profissionais ainda contam que conseguem mais facilmente transferir a atividade realizada na TAA para as terapias convencionais, com resultados positivos. “A gente consegue trabalhar várias coisas que são importantes para o indivíduo conseguir ter suas atividades de vida diária de forma independente”, diz a terapeuta ocupacional Dra. Rebeca de Almeida Braga.
Tem o objetivo de avaliar o padrão de marcha dos deficientes físicos, utilizando aparelhos de alta tecnologia. “Nós avaliamos as alterações e suas possíveis causas e fazemos as indicações mais diretas pra correção dessas alterações, seja a cirurgia ou mesmo terapias”, explica a fisioterapeuta e supervisora do setor, Dra. Kátia Miyuki Kawamura.
Com o cão, eles nem se lembram que estão fazendo terapia, porque estão se divertindo” Alexandre Tamashiro Adestrador de cães da TAA
CLÍNICAS ESPECIALIZADAS
Fotos - Francine Altheman
Dançaterapia
Os centros de reabilitação da AACD são formados atualmente por clínicas especializadas para cada tipo de deficiência física. Os pacientes são atendidos por uma equipe multidisciplinar que faz a triagem e direciona cada um deles à clínica mais adequada ao seu caso. Os tipos de clínica que atendem às seguintes causas de deficiência física são divididos segundo o grau de prevalência. Maior prevalência em adolescentes e adultos: Amputações Adquiridas por diversas causas, de acidentes a doenças graves.
Terapia Assistida por Animais
Lesão medular Paraplegia ou tetraplegia devido à lesão na medula espinhal, provocada por acidentes, tumores ou infecções e demais causas. Lesão encefálica adquirida adulto Traumatismo craniano, acidente vascular encefálico, infecções cerebrais, tumores e asfixias.
DANÇATERAPIA
Equipamento inédito no Brasil, a Lokomat é utilizada no tratamento e reabilitação de pessoas com o mínimo de potencial para andar. É uma órtese robótica, que auxilia no treino de marcha, proporcionando um padrão mais próximo da normalidade, com a reeducação do padrão motor do paciente. “Pacientes, principalmente os adultos, retomam a marcha com grande facilidade quando já têm prognóstico e indicação para usar a máquina. Para as crianças, ela proporciona um ganho motor, tanto de força quanto de qualidade”, afirma a fisioterapeuta Dra. Priscila Oréfice Pinheiro.
Teve início em 1998 e tem como principal objetivo a reinserção social. A dança proporciona a descoberta de outros movimentos, descoberta do corpo, dos limites. “A fisioterapia completa o trabalho da dança, pois dá maior equilíbrio e suporte para pacientes cadeirantes e pacientes mais graves”, fala a fisioterapeuta Dra. Isabella de Souza Menezes. A psicóloga Dra. Tatiana Camargo Guimarães conta que a presença da fisioterapeuta é fundamental na dançaterapia. “A gente trabalha com movimento, com o que dá e o que não dá, explorando o corpo. A gente olha para o paciente como um todo”.
Maior prevalência em crianças: Doenças neuromusculares Miopatias e neuropatias de causa hereditária. Lesão encefálica adquirida infantil (LEAI) Traumatismo craniano, acidente vascular encefálico, infecções cerebrais tumores e asfixias. Má-formações congênitas Doença dos ossos de vidro, articulações rígidas e demais doenças genéticas que comprometam os membros. Mielomeningocele Má-formação congênita da medula espinhal e da coluna vertebral. Paralisia cerebral Dano no cérebro que ocorre em crianças antes, durante ou depois do parto, com sequelas a órgãos ou sistemas.
//Na internet:
//Na internet:
www.aacd.org.br www.uniquetypes.cc.
Mais vídeos em: www.crefito.com.br/imp/revista/aacd
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LOKOMAT
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Fotos - Arquivo Pessoal
Reinaldo Messias, consultor do Sebrae
Dr. Rodrigo Rizzo, especialista em tratamento de dor crônica e dono de clínica
Dr. Paulo Monteiro, fisioterapeuta, professor e dono de clínica
Dr. Gerson F. Aguiar, especialista em empreendedorismo e sócio da PBS
Empreendedorismo
4
revista do crefito-sp .julho.2011
Ter sua própria clínica é uma saída para vencer a concorrência do emprego formal
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grandes motivos para voçê começar o seu negócio
a
por Rodrigo Svrcek
cada dia, o mercado de trabalho para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais está mais competitivo. Todos os anos cerca de 3.800 novos profissionais ingressam no mercado no Estado de São Paulo. Apesar da grande concorrência por uma vaga nas principais áreas, existe uma que ainda é pouco explorada. O empreendedorismo quase não é difundido e faltam profissionais no mercado com conhecimentos gerenciais. A abertura de novas clínicas, além de absorver a mão de obra, pode levar o profissional a explorar novas áreas, como avalia o fisioterapeuta Dr. Gerson F. Aguiar, da PBS, escola voltada para empreendedorismo em Fisioterapia. “O mercado da fisioterapia, eu posso dizer sem medo de errar, são terras virgens a serem exploradas no Brasil”, constata. Montar e manter seu próprio negócio não é tão fácil. Segundo dados do Sebrae, cerca de 27% das empresas no Brasil fecham suas portas antes do primeiro ano de vida. Por isso, a Revista do CrefitoSP mostra os principais pontos que devem ser observados antes de começar a montar uma clínica.
O primeiro passo antes de iniciar a construção da clínica é preencher com atenção o plano de gestão, que servirá para o mapeamento do empreendimento que está se propondo a abrir.
Feito esse raio-X, é possível ter uma ampla visão teórica do funcionamento da clínica e, assim, prever com antecedência as eventuais falhas do projeto e problemas futuros, minimizando os riscos de insucesso.
No plano de negócios, o fisioterapeuta deve, antes de tudo, definir quais serão os serviços que o futuro empreendimento vai oferecer e para quem vai oferecer (empresas privadas ou atendimento ao público).
Deve–se verificar também se há demanda para o serviço que será ofertado, se existem empresas similares e qual o nível de concorrência encontrado no mercado.
Outros itens que merecem atenção são como será a prestação do serviço, com quais equipamentos você irá trabalhar, se eles suprem as necessidades e se atenderão a contento os pacientes.
Para vencer a concorrência é necessário oferecer algo diferente, seja um tratamento novo, uma aparelhagem sofisticada ou um atendimento personalizado ao cliente.
Outro ponto importante que não deve faltar é analisar criteriosamente as pessoas que irão cuidar da parte administrativa, se elas estão aptas para a função, se saberão controlar o fluxo de caixa, pagamentos etc.
Afinal uma clínica não sobrevive só com bons atendimentos. Depende muito de uma administração que possa gerenciar com êxito o seu dia a dia.
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Ilustrações - Tommy Pissini
1
Primeiro passo
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2
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Gestão Financeira Depois de determinar qual será o perfil que a clínica terá e qual público pretende atingir, é necessário equacionar verba para pôr em prática tudo o que foi definido no plano de gestão e construir a estrutura física da clínica.
O capital a ser utilizado na criação e manutenção de uma clínica de fisioterapia pode ser divido de duas formas diferentes...
Investimento é todo o dinheiro que será usado para pôr a clínica em funcionamento. Exemplo: compra/ aluguel ou reforma do terreno ou imóvel, aparelho e instrumentos, abertura e legalização da empresa etc.
Custos e Despesas são cálculos feitos em cima da rotina da empresa. É o que mantém a clínica funcionando no seu dia a dia. Exemplo: contas de água, luz, impostos, salários de funcionários, ou seja, o gasto fixo que todo o mês o proprietário terá.
Todo o valor gasto na fase de investimento do empreendimento deverá retornar em forma de lucro, dentro de um espaço de tempo prédefinido.
Também é necessário ter uma reserva financeira para manter o negócio em atividade nos primeiros meses, conforme alerta Dr. Paulo E. L. Monteiro, professor da UNG e proprietário da clínica Fisiotech.
Ficar atento ao valor dos impostos que a clínica deverá recolher junto ao governo. Isso é essencial para deixar a clínica em dia com os principais órgãos públicos de fiscalização.
“As pessoas não sabem o que é capital de giro e que elas precisam ter uma reserva, porque nos três primeiros meses o que a clínica produzir de atendimento não vai cobrir os gastos que precisa para se manter” Dr. Paulo E. L. Monteiro
Uma ótima possibilidade para quem deseja montar sua própria clínica é apostar, a médio e longo prazo, em especialidades do ramo da fisioterapia e terapia ocupacional que ainda são novas.
Uma pesquisa do IBGE aponta que, na próxima década, aproximadamente 15 % da população brasileira será composta por idosos. Essa população necessitará de atendimento de especialistas em fisioterapia e terapia ocupacional.
Com a proximidade de eventos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, abre-se um enorme campo de atuação para quem escolher a área esportiva.
De acordo com Dr. Gerson F. Aguiar, existem hoje no Brasil 50 milhões de pessoas com dor crônica. Há, no país, poucos profissionais especializados para atender essa demanda. Também é uma opção.
Outro ramo da fisioterapia e da terapia ocupacional que ainda é pouco explorado pelos profissionais é o atendimento laboral. A preocupação com bem-estar dos funcionários abriu um campo que pode ser explorado.
Antes da implantação, vá a algum órgão voltado para o empreendedor e peça uma assessoria. Uma boa clínica começa com um bom planejamento.
“Eu aconselho realmente a procurar uma consultoria. A pessoa vai economizar tempo se comunicando com pessoas com experiência em empreendedorismo” Dr. Rodrigo Rizzo
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Apesar do mercado disputado, existem campos de atuação que tendem a crescer nos próximos anos e que fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais ainda pouco exploram. Vamos conhecê-los.
Ilustrações - Tommy Pissini
3
Novas oportunidades
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A clínica A preocupação inicial deve ser a escolha do local onde será estabelecida a clínica. O imóvel deve ter uma localização que proporcione fácil acesso para os atuais clientes e para os novos que possam surgir.
É necessário pensar na acessibilidade do paciente dentro da própria clínica. Verificar se a estrutura permite alargar uma porta, um corredor, se tem espaço para manobra de cadeira de rodas e de muletas usadas pela maioria dos pacientes.
O novo empreendedor deve ficar atento à instalação elétrica, pois alguns aparelhos são sensíveis a corrente elétrica e uma interferência pode danificá-lo ou prejudicar o paciente.
As normas da vigilância sanitária não devem ser esquecidas, pois em caso de não cumprimento há o risco de interdição ou até mesmo o fechamento do estabelecimento.
Sempre leia o manual do fabricante dos aparelhos comprados.
Evitar o uso de degraus, tanto na entrada como no interior da clínica. Utilizar rampas, pois facilitam o acesso de pacientes cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção.
Uma saída que ao mesmo tempo diminui o custo operacional da clínica no início e ajuda a atrair clientes, é começar com um espaço com atividades como pilates, ioga etc.
Fonte: CrefitoSP
blogtecnisa.com.br
www.sebrae.com.br
//Na internet: Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado e da Saúde: www.cvs.saude.sp.gov.br
Sebrae: www.sebrae.com.br
PBS: www.pbsonline.com.br
Ilustrações - Tommy Pissini
> Sanitários para funcionários e pacientes devem ser separados por sexo e vestiários com armários individuais (para troca de roupa de funcionários ou pacientes – caso necessário).
60
mil reais
> Lavatórios com fácil acesso, para que os funcionários façam a higienização das mãos.
é o custo para estabelecer uma clínica com capacidade para atender de
30 a 40 pessoas por semana
> Todo o ambiente deve ser revestido de material liso, impermeável, de cores claras, de fácil higienização, iluminação uniforme, boa ventilação.
Hoje no Estado de São Paulo existem
Vai ficar aí
//Na internet: Mais vídeos em: www.crefito.com.br/imp/revista/clinicaperfeita
128
Empresas de TO
parado?
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A partir daí, clientes começarão a surgir e será a chance de você se destacar no mercado, oferecendo um bom atendimento de Fisioterapia ou Terapia Ocupacional.
4.007
Empresas de Fisioterapia
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Foto - CrefitoSP
2010 Metas Atingidas pelo
CrefitoSP por Francine Altheman
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t
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odo ano, o CrefitoSP apresenta à sociedade e aos órgãos controladores seu Relatório de Gestão, em que constam as ações desenvolvidas em cada departamento e sua importância para o desenvolvimento do Conselho e de suas profissões como um todo. Em 2010, as ações do CrefitoSP procuraram dar visibilidade a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional, entendendo que este é o caminho para estimular a população a procurar os serviços desses profissionais, ajudando inclusive a fiscalização a trabalhar melhor. E por falar em fiscalização, o Conselho investiu na melhoria desse setor, que é seu carro-chefe, adquirindo equipamentos e valorizando o fiscal. O CrefitoSP também está promovendo um amplo trabalho de digitalização dos processos econômicofinanceiros, para dar transparência total e absoluta a todos os atos administrativos praticados desde 2004. Com o fortalecimento do CrefitoSP ocorre a valorização e o reconhecimento cada vez maiores do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional, além da defesa do exercício profissional com qualidade e compromisso social. Apresentamos a seguir um panorama da prestação de contas do CrefitoSP.
FISCALIZAÇÃO As fiscalizações do exercício profissional são organizadas pelo DeFis para averiguações de rotina e indícios de irregularidades
Ações especiais do DeFis em 2010: >> Hospitais psiquiátricos – 100% fiscalizado
de fisioterapia e/ou terapia ocupacional à população
>> Centros de Referência de Saúde do Idoso – foram oficializados e em 2011 serão fiscalizados pessoalmente para confirmação das informações prestadas
>> Ação institucional nas IES – cada fiscal visitou nove Instituições de Ensino Superior para orientação de alunos e professores
>> Pequenos municípios – 395 cidades que não recebiam fiscalização há 2 anos ou mais foram fiscalizadas – destas,14 não ofereciam serviços
>> Hospitais / UTI – 1.323 ofícios enviados aos hospitais do Estado para adequação à Resolução Normativa nº 7/2010, da Anvisa
Equipado com cerca de 30 notebooks e internet banda larga móvel, integrando os fiscais que estão na rua ao sistema de gerenciamento via web
Frota de carros: Fotos - Divulgação
Antiga frota Adquirida em 2005 Sem dispositivos de segurança Sem ar-condicionado Constantes defeitos Rodaram cerca de 1,5 milhão de quilômetros
Tudo isso significa maior eficiência nos atos fiscalizatórios / conforto e segurança para os fiscais
!!!
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Fotos - Arquivo Pessoal
Nova frota Segurança: Airbags e freios ABS Ar-condicionado Nenhum carro com problema 0 quilômetro
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SECRETARIA
GERAL
Em 2010, a SeGer digitalizou todos os prontuários de profissionais e, a partir de então, os registros iniciais de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais já são digitais Número de profissionais ativos em 2010 2008 2009 2010
42.609 50.576 53.063
Fonte: CrefitoSP
Atendimento presencial Sede 12.352 10.594 11.605
Subsedes 17.984 17.152 18.081
64.300
prontuários digitalizados
FINANCEIRO
O patrimônio do CrefitoSP aumenta dia a dia. De 2008 para 2009, houve um salto nesse valor devido à reforma da nova sede do Conselho, que valorizou potencialmente Patrimônio 2008 2009 2010
R$10 milhões R$40 milhões R$43 milhões
Fonte: CrefitoSP
Crefito R$9.700.912 R$10.189.150 R$10.441.140
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Coffito* 2.425.228 R$2.547.287 2.610.285
* 20% do que é arrecadado pelo CrefitoSP, vai para o Conselho Federal
CONTROLE
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2010
Arrecadação
Em , mesmo sem novas aquisições, o patrimônio continuou subindo
SOCIAL
Nova fase da digitalização Processos financeiros, de licitação e atas das Reuniões de Plenária Estão sendo digitalizados os processos de 2004 a 2010
25
mil processos
630
mil folhas
420
caixas de arquivo
Com a digitalização, tudo isso ficará on-line Resultado: Economia de espaço - preservação do meio ambiente - praticidade - transparência das ações do Conselho
COMUNIC
AÇÃO
Aprimorar a comunicação do CrefitoSP com a sociedade e com os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Esse é o nosso objetivo! Criando e ocupando novos espaços de interlocução e buscando ampliar o alcance das ações realizadas pelo Conselho Revista do CrefitoSP
4 edições distribuídas Mais de
320 mil leitores Mídia espontânea
400
Cerca de matérias publicadas em jornais, revistas, TVs, rádios e internet, a custo zero para o Conselho Campanha publicitária
9 vídeos/áudios veiculados nos principais meios de comunicação do Estado:
• TV (Rede TV!)
• Metrô
• Cinema • Rádio
• TVO
odução Fotos - Repr
Com Fisioterapia e Terapia Ocupacional, sua vida pode ser bem mais saudável: este foi o conceito dos vídeos do CrefitoSP
Campanha “Exija esse direito! Faça Fisioterapia e Terapia Ocupacional” Distribuída em hospitais, clínicas e empresas da área de saúde
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Foram
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Caderno, lápis,
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Ilustrações - Tommy Pissini
aprendizado e
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p
Como o trabalho dos terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas podem ajudar as crianças no ambiente escolar
Por Juliana Menezes
assamos boa parte de nossas vidas na escola. Lá aprendemos, desde muito cedo, a ler e a escrever. Fazemos nossas primeiras descobertas, conquistamos amigos, convivemos em sociedade pela primeira vez. Nem tudo é aprendizado ou brincadeira. Os alunos ficam por horas sentados em suas carteiras, frequentam bibliotecas, brinquedotecas, áreas de convivência.
O mobiliário desses ambientes não costuma ser adequado para todas as idades, estaturas e tipos de alunos. O peso das mochilas geralmente ultrapassa o índice aceitável. Além disso, segundo a legislação, os alunos que apresentam deficiência podem frequentar as escolas regulares. Segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação de 1996 (LDB), a educação especial deve ser oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino. Desde então, essa política de inclusão está introduzindo milhares de alunos com necessidades especiais nas salas de aula. Para lidar com as diferenças na escola, cuidar da saúde e zelar pelo bem-estar dos alunos, seja qual for a modalidade de ensino, o trabalho do terapeuta ocupacional e do fisioterapeuta é de extrema importância.
TERAPIA OCUPACIONAL PARA TODOS
Para saber mais
Da educação infantil ao ensino médio, muitas transformações acontecem. O terapeuta ocupacional está presente em todos os momentos para promover a saúde e garantir que todas as crianças tenham acesso ao ensino de maneira global. “Faz parte das funções analisar o desenvolvimento das habilidades motoras e de processamento da criança no ambiente escolar, sugerir adaptações ou modificações para os professores”, afirma a terapeuta ocupacional Dra. Ariela Goldstein, que trabalha dando consultoria para escolas. O mobiliário adequado é uma questão que deve ser bem trabalhada, pois nenhuma criança é igual à outra, portanto as adequações devem ser realizadas de acordo com cada uma. “Quando fazemos a compra de mobiliário pensamos em crianças que apresentam deficiência e também as que não têm”, diz a terapeuta ocupacional da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, Dra. Cláudia Silvestre, que está inserida no setor de Educação Inclusiva da cidade. A equipe multiprofissional de São Bernardo do Campo con-
A figura do terapeuta ocupacional torna-se indispensável nesse contexto de escola que agrega alunos de diferentes tipos, classes sociais e também deficiências. É preciso saber socializar todos naquele espaço. Em 2002, uma pesquisa Científica publicada no The American Journal of Occupational Therapy, revista americana da área, sustentou a necessidade de terapeutas ocupacionais nas escolas para facilitar a socialização das crianças. O estudo realizado pela Dra. Pamela K. Rocha, PhD e Professora Assistente na Universidade de San Jose, Califórnia, avaliou três crianças de 5 a 8 anos de idade, que apresentavam deficiência física e estavam matriculadas em escola regular.
ta com terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. O foco do trabalho é a inclusão das crianças com deficiência em sala de aula, de acordo com a terapeuta ocupacional Dra. Ana Canet. Segundo as terapeutas ocupacionais, tudo é pensado para que a criança tenha acesso ao conteúdo das aulas da melhor forma possível. “Quando um aluno chega à escola, principalmente se ele apresenta deficiência física, nós pensamos como ele vai sentar ou como vai ao banheiro e circular pelo espaço da escola”, afirmam. As adaptações mais comuns são no mobiliário, mesas com entrada para cadeiras de rodas, cadeiras com apoio para pescoço e outras adequações. Para alunos com dificuldade na grafia, podem ser feitas adaptações motoras que venham favorecer uso funcional dos membros superiores. Para quem tem dificuldade visual ou postural, pode ser indicado o plano inclinado na hora de estudar. Para garantir o acesso à tecnologia e ao uso do computador, são usados recursos para usar o teclado, mouses diferenciados e softwares para a utilização dos alunos e professores.
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Fotos - Juliana Menezes
Vista do jardim de escola municipal em São Bernardo do Campo
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TERAPIA OCUPACIONAL E AS ESCOLAS ESPECIAIS
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Apesar de os alunos com deficiência cursarem preferencialmente os estudos em escolas regulares, escolas especiais continuam existindo, em alguns casos até como forma de complemento. O Lar Escola São Francisco, Centro de Reabilitação Médica que atende pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida em São Paulo, tem uma escola especial com capacidade para 120 alunos, com idades entre 4 e 15 anos. A terapeuta ocupacional Dra. Ester Midori Sugano trabalha há quase dez anos na instituição. Outros profissionais também atuam lá, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, entre outros. Segundo ela, a escola costuma receber alunos com problemas físicos associados a deficiências de alta complexidade, como deficiências sensoriais, intelectuais e dificuldades na comunicação, decorrentes principalmente de disfunções neurológicas. “Nosso trabalho consiste em avaliar os alunos e promover o desempenho funcional dele nas atividades escolares. Nós indicamos ou confeccionamos adaptações, promovemos a adequação postural e trabalhamos na formação dos professores e dos atendentes”. Mesmo trabalhando em escola especial, Dra. Ester crê na relevância do profissional da área no ambiente pedagógico de uma forma geral. “Gostaria, e acho importante, que toda escola possuísse pelo menos um terapeuta ocupacional”, diz.
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O Lar Escola São Francisco tem capacidade para atender 120 alunos, com idades entre 4 e 15 anos
Sala de aula Confira algumas recomendações para permitir a acessibilidade aos deficientes
Ilustrações
Figuras ilustrativas referentes ao conteúdo das aulas podem ser usadas
Carteiras
A sala deve ter uma mesa móvel, sem cadeira, para que o cadeirante possa escolher onde sentar
Corredores
A distância entre uma fileira de carteiras e outra deve ser de 80cm para que o cadeirante possa circular
Bom para os olhos
O ambiente da escola deve ser amplo, ventilado e com boa iluminação. Ruídos de ventilação e automóveis devem ser eliminados
Brincadeira adaptada
Balanço e gangorras devem ter assento com apoio para as costas e cinto de segurança
Fonte: Caderno Fovest/Folha de São Paulo
//Na internet:
//Na internet:
Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf
Mais vídeos em: www.crefito.com.br/imp/revista/escolaadaptada
Bom para os olhos
Acesso
Pequenos detalhes, como plantas e objetos decorativos com temas apropriados para a idade, tornam o ambiente mais convidativo
A porta deve ter no mínimo 80cm entre os batentes e placas com letras grandes, em braile e com pictograma, para quem não lê possa identificar a sala de aula
Rampa
A escola deve ter rampas de acesso para facilitar a locomoção do aluno cadeirante, sendo preferencialmente com declividade de 8,33% e os patamares deverão ter comprimento mínimo de 1,20m
Deficientes auditivos
É importante a escola ter um intérprete de libras (linguagem de sinais) disponível para o estudante
afia
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FISIOTERAPIA NO AMBIENTE ESCOLAR
Cadeira adaptada
É acoplada junto à mesa, tem cinto de segurança e apoio para as costas
A principal demanda do fisioterapeuta nas escolas é quanto à postura dos alunos e ao posicionamento correto nas cadeiras. Os desvios posturais decorrentes do peso das mochilas podem causar graves impactos na saúde. Portanto, é preciso orientar alunos e pais de que a bagagem carregada não pode ultrapassar 10% do peso da criança. O tema entrou em pauta na tese de mestrado que a fisioterapeuta Profa. Dra. Susi Mary de Souza Fernandes defendeu na Faculdade de Medicina da USP. A pesquisa intitulada “Efeitos da Orientação Postural na Utilização de Mochilas Escolares em Estudantes do Ensino Fundamental” foi realizada em 2007. O trabalho de orientação postural realizado pelos fisioterapeutas nas escolas é essencial. Crianças e ado-
Deficientes visuais
As portas devem ter indicação em braile e a biblioteca deve incluir acervo em braile e recursos audiovisuais
lescentes que carregam excesso de peso apresentam desvios na postura e acabam tornando-se adultos com problemas de coluna. Segundo dados da OMS, 85% da população vai viver ao menos um episódio de dor nas costas ao longo da vida. Para fisioterapeutas que trabalham com alunos especiais, cadeirantes, por exemplo, é necessário tirá-los da cadeira para que ele se exercite, é o que diz a fisioterapeuta do Lar Escola São Francisco, Dra. Kelly de Jesus Santana. “Eu faço algumas atividades para tirar esse aluno da cadeira de rodas e isso favorece também o seu aproveitamento em atividades escolares”. Dra. Kelly é favorável à presença do fisioterapeuta na escola. “Ele pode contribuir desde posicionamento correto, os desvios posturais decorrentes, o peso das mochilas, até na mobilidade do aluno na escola, observando se existem barreiras arquitetônicas”, conclui.
//Na internet: Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispõe sobre o atendimento educacional especializado http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/93163/decreto-6571-08
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gr Info
ini Pi s s
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sucesso
Exemplos de
Por Alexande Camargo e Rodrigo Svrcek
A
Revista do CrefitoSP traz mais quatro
profissionais que, de
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Dr. Ricardo Luiz de Castro Giglio e Dr. Tho Chieng Them Nang Chu são o exemplo de amizade que se iniciou na faculdade e adentrou no campo dos negócios. Um caso exemplar de amigos que não deixaram os negócios à parte, ao contrário do que fala o ditado. “Eu conheci o Tho, meu sócio, na graduação. Fizemos faculdade juntos e sempre conversávamos sobre trabalharmos em parceria. Logo após o curso, alugamos uma sala e começamos nossa vida como profissionais da fisioterapia fazendo atendimentos de acupuntura”, comenta Dr. Giglio. “São quase 20 anos só de sociedade... praticamente um casamento profissional. E a caminho das bodas de prata!”, brinca. Ambos são formados pela Universidade do Grande ABC (UniABC) de Santo André, São Paulo. Além da graduação, possuem especializações em Acupuntura pelo Centro de Estudos de Acupuntura e Terapias Alternativas (Ceata). Os dois amigos têm também curso avançado em Acupuntura Clínica pela Nanjing University, da China, e doutorado em Medicina Tradicional Chinesa pela World Chinese
alguma maneira – pela
força da amizade, pelo esforço ou pela paixão – destacam-se como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais de sucesso
Fotos - Arquivo Pessoal
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FRUTOS DA SABEDORIA ORIENTAL
Método RMA localizado
Medicine and Herbs United Association (WCUA), Los Angeles, EUA. Desde 1996, eles dividem uma clínica particular, a Clínica TAO, em São Paulo. Dos primeiros esforços aos louros atuais, muitos obstáculos foram ultrapassados. Tiveram que passar por alguns percalços por apostarem na técnica da acupuntura, até então pouco difundida e conhecida do público em geral. “Na época, a acupuntura não tinha reconhecimento algum aqui no Brasil e as pessoas eram muito desconfiadas se a técnica traria resultados efetivos. Porém, os resultados positivos fizeram até outras classes da área da saúde se renderem aos efeitos satisfatórios dessa técnica chinesa com mais de cinco mil anos”, conta Dr. Tho. Outra dificuldade superada foi a falta de orientação administrativa e de marketing no início da sociedade. “Costumo dizer que, nos primeiros meses de trabalho, sofríamos da ‘Síndrome de Deus’. Achávamos que curaríamos os pacientes usando todos os conceitos que havíamos aprendido na teoria, mas, na prática, passamos a ter vários insucessos com o tempo. Isso nos fez perceber que precisávamos sair da nossa ‘Batcaverna’ e explorar além desse universo”, relata Dr. Giglio.
sucesso
Exemplos de
Os fisioterapeutas Dr. Ricardo Giglio e Dr. Tho Chieng Chu, responsáveis pelo desenvolvimento do adesivo zen. Na placa, em chinês, “acupuntura e moxabustão”
O MÉTODO RMA
revista do crefito-sp .julho.2011
para realizar o tratamento. No futuro, Drs. Giglio e Tho preE realmente saíram atrás de notendem continuar trabalhando vas aventuras. A afinidade entre os com afinco na clínica e também amigos eclodiu no desenvolvimendespender mais energia na divulto de um novo método terapêutico gação do método RMA. Eles dão chamado Reprogramação Múscudicas para os futuros profissionais lo-Articular (RMA). O tratamento, do ramo. “Faça o que goste e ganhe que é sancionado pelo Ministério seu dinheiro como consequência. da Saúde e pela Agência Nacional Não há segredos, mas o trio ‘estude Vigilância Sanitária (Anvisa), do, competência e prazer’ costuma funciona da seguinte maneira: adedar resultados positivos”, aconselha sivos especiais, chamados de céluDr. Giglio. Já Dr. Tho prefere seguir las programadoras, são colocados por uma vertente mais filosófica e em determinados locais do corpo cita uma frase atribuída ao pensaapós uma análise clínica criteriosa. dor chinês Confúcio: “Escolha um Eles não contêm medicamentos e trabalho que ames, e não terás que têm como função, resumidamente, trabalhar nem um dia na tua vida”. restaurar o equilíbrio energético, Saúde Ocupacional, como as Lesões Aproveitando o clima de sabedoria muscular, articular e metabólico do por Esforços Repetitivos (LER). chinesa, vale um adendo. Não perca paciente. Este tipo de terapia é in- E vale a pena saber: a acupuntura as oportunidades que surgirem em dicado para os casos de lesões nas também pode ser feita com o uso sua vida porque, como a flecha lanáreas de Ortopedia, como as ten- dos adesivos, deixando aqueles que çada e a palavra pronunciada, elas [29] dinites, Traumatologia Esportiva e têm medo de agulha sem desculpas não voltam atrás. Pense nisso.
“Nos primeiros meses de trabalho sofríamos da ‘Síndrome de Deus’, ou seja, achávamos que curaríamos os pacientes usando todos os conceitos que havíamos aprendido na teoria, mas, na prática, passamos a ter vários insucessos com o tempo”
sucesso
Exemplos
Fotos - A
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de
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VIDA DE TERAPEUTAPEDAGOGO
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Dr. Reder Aparecido Nantes Tsuji é formado em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Terapia Ocupacional pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Formação sólida, que veio após ter cursado três anos de Psicologia e decidido se transferir de curso. A certeza inabalável de mudar da Psicologia para a Terapia Ocupacional foi alicerçada, segundo suas próprias palavras, por um “desejo de contribuir para um mundo mais humano”. Esses traços humanitários o conduziram a realizar uma pósgraduação em Educação Infantil pela Universidade Castelo Branco (UCB), no Rio de Janeiro, uma especialização em Terapia Comunitária pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e dois cursos de extensão: um na área da Deficiência Mental e outro na de Psicomotricidade, ambos pelo Centro de Educação Especial e Orientação Profissional “Lilian Carla”, de Bauru, interior de São Paulo. A identificação com as áreas da neurologia e psiquiatria delineou sua trajetória profissional. Como em seu trabalho em um hospital psiquiátrico onde, em 1985, foi além de suas
O terapeuta ocupacional Dr. Reder Tsuji pensa como profissional da saúde e como pedagogo, um diferencial no trato com os pacientes
“As pessoas não tinham clareza das ações da Terapia Ocupacional e acabavam tendo interpretações equivocadas. Por exemplo, confundiam Terapia Ocupacional com Artes Plásticas”
obrigações formais como terapeuta ocupacional e montou uma sala de alfabetização dentro da própria instituição hospitalar, com a orientação de duas pedagogas. Além de trabalhar em hospital psiquiátrico, Dr. Tsuji também atuou no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e em algumas Apaes, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Atualmente, trabalha no Ambulatório de Saúde Mental da cidade de Dracena, interior de São Paulo, e no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) na cidade de Tupi Paulista, também interior do Estado,
onde desenvolve trabalho com gestantes, hipertensos, diabéticos e pessoas com distúrbios mentais. Após um mergulho de cabeça em suas lembranças passadas como profissional, Dr. Tsuji se lembra de bate-pronto de um caso exemplar sobre um paciente que sofria de surtos de fobia, depressão e que abusava de medicamentos após ter sido abandonado por sua ex-mulher. Afora o abandono emocional-afetivo, o paciente ainda se viu com cinco filhos menores de idade para cuidar sozinho. “Através de participação em grupo terapêutico e de oficinas dentro do ambulatório, foi reduzindo o uso da medicação. O paciente adquiriu confiança, autonomia e capacidade de trabalho. Atualmente, encontra-se em perfeito equilíbrio e autonomia financeira“, comemora Dr. Tsuji. Os futuros planos do terapeutapedagogo são simples, mas não modestos. Por trabalhar no interior do estado, Dr. Tsuji comenta que “o contato com as pessoas é mais próximo. Ainda existe a facilidade da aproximação, simplicidade, solidariedade e laços de comunidade”, diz sobre o estilo de vida quase bucólico que leva.
sucesso
Exemplos de
TRABALHO, PRAZER, TRABALHO E SUCESSO
O fisiterapeuta Dr. Ricardo Teixeira veste com orgulho a camisa de profissional da saúde na rotina entre os hospitais em que trabalha
Dr. Ricardo Alexandre Silvestre Teixeira é formado há 10 anos pela Universidade do Grande ABC (UniABC) e é também especialista em Fisioterapia Pneumofuncional e Cardiorrespiratória pela Universidade Gama Filho (UFG), do Rio de Janeiro. Sua carreira profissional se iniciou de forma inesperada, mas fruto de sua dedicação e do bom trabalho realizado enquanto era estagiário do Hospital São Lucas, na cidade de Ribeirão Pires, interior de São Paulo. “No meu último dia como estagiário fui me despedir dos diretores. O Diretor Geral da época, Dr. Pedro Gregori, disse-me então que eu poderia iniciar minhas atividades no hospital como fisioterapeuta contratado”, recorda-se. A diligência e o esforço empreendido em sua carreira não foram em vão. Dr. Ricardo certamente pode se orgulhar de dois momentos marcantes em sua atividade como fisioterapeuta. “Um dos momentos mais marcante da minha carreira foi ser selecionado para coordenar a equipe de fisioterapia do Complexo Hospitalar Municipal de São Caetano do Sul - Hospital Municipal Maria Braido, Hospital Infantil Municipal Márcia Braido e Hospital Municipal de Emergência Albert
Sabin -, e posteriormente, assumir a Coordenação do Hospital Municipal de Diadema”, conta. E foi dentro do Hospital de São Caetano do Sul que seu nome ganhou projeção internacional. Alunas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Isabelle Delaqua Rodrigues e Ludmila S. Barbosa, ao lado da Dra. Liria Yuri Yamauchi e do Dr. Ricardo, realizaram um estudo de corte sobre terapia intensiva em pacientes com fraqueza muscular, publicado em 2009 na conceituada publicação internacional Physiotherapy – European Respiratory Society. A busca pela excelência no atendimento hospitalar público e a paixão de Dr. Ricardo pelo trabalho é notada por sua jornada de trabalho e no revezamento que faz entre os hospitais em que atua. “Eu escolhi a área hospitalar por identificação e pela facilidade de entender, avaliar e tratar os meus pacientes, obtendo uma melhora rápida e efetiva”, revela. Particularmente, o fisioterapeuta acha que para exercer a profissão a pessoa deve ter bastante paciência, sensibilidade tátil, habilidade manual e buscar uma constante atualização em seu meio. E Dr. Ricardo leva ao pé da letra seus conselhos. Em breve vai estudar dois anos no exterior, fazendo cursos de Fisioterapia Respiratória.
//Na internet: Site da publicação European Respiratory Society: http://www.ersnet.org/ Nome do trabalho científico vencedor: Treatment Modalities in Chest Physiotherapy – European Respiratory Journal – Volume 34 / Supplement 53 / September 2009 – P22289. Title: Intensive care unit acquired weakness: a cohort study. Autores: I. Rodrigues, L. Barbosa, R. Silvestre, S. Cardoso, J. Manetta, L. Yamauchi (São Caetano do Sul, Brasil).
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“É através de muita dedicação, responsabilidade, compromisso e amor ao próximo que o futuro fisioterapeuta alcançará o seu sucesso. Desta maneira, pode ter certeza que o retorno será promissor”
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tas NOTAS
no Foto - Dra. Anamaria Siriani
Fotos - Crefito-SP
Mesa redonda moderada pelo Prof. Dr. Rinaldo Guirro
VI FÓRUM NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM FISIOTERAPIA ESTIMULA EXPANSÃO DA ÁREA
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Encontro que reuniu advogados no interior de São Paulo ofereceu atendimentos e palestra sobre fisioterapia
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Foi realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRB - USP) o VI Fórum Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu em Fisioterapia. O evento, que ocorreu de 11 a 13 de maio, foi organizado pela Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Fisioterapia (Abrapg-FT), presidida pelo Dr. Rinaldo Guirro. Dr. André Rodacki, atual representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) da área 21, esteve presente no encontro e comentou que “a participação de discentes foi marcante e permitiu que muitos se familiarizassem com os problemas,
desafios e perspectivas da área”. Dra. Anamaria Siriani, presidente do Fórum, também ficou muito satisfeita com o evento. “O Fórum contribuiu para discussão, atualização e formação de pesquisadores”, complementou. Além disso, foi fado o pontapé inicial para o desenvolvimento de grupos de estudos multicêntricos. Desde seu início, em 2005, o Fórum tem possibilitado a profusão de debates acerca de temas importantes, ajudando a ampliar e a disseminar as relações com as agências de pesquisa e com os órgãos de fomento. Segundo Dra. Anamaria, a apresentação dos fomentos PRODOC (Programa de
Apoio a Projetos Institucionais com a Participação de RecémDoutores) e PPSUS (Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde) foi um dos destaques do encontro, ao lado da presença inédita de um palestrante estrangeiro, Dr. Christopher G. Maher, do Centre for Evidence Based Physiotherapy, Musculoskeletal Division, da Universidade de Sidney. As promessas e previsões para o próximo ano também são boas. De acordo com Dr. Rodacki, “o recente histórico da área demonstra a franca evolução da pós-graduação em fisioterapia e terapia ocupacional no Brasil”.
//Na internet: Ações de fomento: PRODOC: http://www.capes.gov.br/bolsas/bolsas-no-pais/prodoc PPSUS: http://portal2.saude.gov.br/sisct/login.cfm Abrapg-FT: http://www.abrapg-ft.org.br/indexabrapg. asp?acesso=abrapg
Revista Brasileira de Fisioterapia (RBF): http://www.rbf-bjpt.org.br/ Artigos publicados pelo Scientific Electronic Library Online (SciELO): http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_serial&pid=1413-3555
COFFITO DEBATE FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL
COMISSÃO DEFINE PARÂMETROS ASSISTENCIAIS DA TO
O Grupo de Trabalho (GT) em Fisioterapia Dermatofuncional do Coffito tem se empenhado em esclarecer cientificamente e tecnicamente os temas polêmicos da área. São objetos do estudo a Carboxiterapia, Laser, Luz Intensa Pulsada, Procedimentos Cosméticos e Radiofrequência. Os temas deverão ser abordados no aspecto científico, com determinação dos níveis de risco para o paciente, equipamentos utilizados, normas da Anvisa e aspectos legais. Após a conclusão dos trabalhos, o relatório será apresentado para consulta pública e posteriormente submetido à plenária do Coffito. Participam do grupo Dra. Bernadete Pita (Crefito-1), Dra. Elaine Caldeira de Oliveira Guirro (CrefitoSP), Dra. Maria Sílvia Mariani Pires de Campos (CrefitoSP), Dr. Flávio Feitosa (Crefito-6), Dra. Ana Luíza Oliveira de Barros (Crefito-7), Dra. Cristina Lopes Afonso (Crefito-11) e Dra. Naudimar Di Pietro Simões (Crefito-8).
A Comissão de Parâmetros Assistenciais da Terapia Ocupacional do Coffito vem se reunindo em Brasília para discutir e elaborar os parâmetros para a Saúde, Educação e a área Social. O grupo é formado pela Dra. Solange Lopes (Crefito-9), Dr. Omar Luís Rocha (Crefito-2) e pelo Dr. Dagoberto Barbosa (Conselheiro Federal suplente), e conta ainda com o apoio da Profa. Dra. Denise Barros (USP), que tem relevante atuação na área da Terapia Ocupacional Social e é autora de diversos livros. De acordo com Dr. Omar Rocha, o objetivo é que, ao final dos trabalhos, o Conselho tenha material suficiente para subsidiar os gestores públicos e privados sobre as questões em aberto. O relatório final será submetido à consulta pública e à apreciação da plenária do Coffito.
//Na internet: Mais no site: www.coffito.org.br
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Foto - www.sxc.hu
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oficial COMUNICADO OFICIAL
comunicado
revista do crefito-sp .julho.2011
CREFITOSP EXEMPLO DE DEMOCRACIA
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No dia 26 de maio de 2011 foram sorteados 30 profissionais, dentre os quais será escolhida a Comissão Eleitoral que irá conduzir as eleições para a gestão do CefitoSP de 2012-2016. Essa comissão será composta de cinco nomes (presidente, secretário, vogal e mais dois suplentes). Caberá à Comissão Eleitoral tomar todas as medidas para a realização da eleição nos termos da Resolução Coffito nº 369/2009, inclusive determinando a data de início da mesma. De acordo com esse regramento, as eleições não poderão ser convocadas antes do dia 22 de setembro de 2011. A atual gestão do CefitoSP sempre incentivou os profissionais a participarem da vida política da autarquia e convida mais uma vez para que todos se envolvam no processo eleitoral, seja como eleitor ou como candidato. Para dar transparência absoluta ao processo, o CefitoSP está publicando no site do Conselho (www.crefitosp.gov.br) todas as regras da eleição e medidas adotadas. Esperamos que o nosso exemplo possa inspirar as entidades de classe das nossas profissões, para que todos deem transparência absoluta aos seus processos eleitorais. Assim, a democracia, materializada na vontade livre e soberana dos profissionais, vai prevalecer. Em especial, sugerimos que essas entidades publiquem os regramentos e datas de suas eleições com antecedência mínima, para que os profissionais interessados em disputar o poder possam ter tempo hábil para se organizarem.
ações INFORMAÇÕES
inform
FISCALIZAÇÃO FISCALIZAÇÃO O DeFis vem cumprindo a sua função de desestimular e coibir irregularidades éticas e/ou administrativas, bem como estimular o exercício da cidadania profissional.
COLABORE COM O DEFIS! Entre no site do CrefitoSP e veja o material da Campanha “Exija esse direito! Faça Fisioterapia e Terapia Ocupacional” (www.crefito.com.br/imp/exija.html) Mostre esse material para seus pacientes e colegas de profissão.
AJUDE O DEFIS A FISCALIZAR A SUA PROFISSÃO Se souber de irregularidades praticadas por fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais denuncie no site do Conselho:
//Contato:
E-mail SeGer srp@crefitosp.gov.br / sre@crefitosp.gov.br Financeiro financeiro@crefitosp.gov.br Ouvidoria ouvidoria@crefitosp.gov.br Fiscalização fiscalizacao@crefitosp.gov.br Telefone da Sede (11) 3252-2255 Endereço Rua Cincinato Braga, 277 Bela Vista - CEP 01333-011 São Paulo-SP
SUBSEDES Os profissionais do interior do Estado devem entrar em contato com a subsede mais próxima de sua cidade: Campinas (19) 3295-9361 Marília (14) 3454-4827 Presidente Prudente (18) 3916-6919 São José do Rio Preto (17) 3212-9381 Ribeirão Preto (16) 3635-8307 Santos (13) 3225-7670 São José dos Campos (12) 3911-9022
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http://www.crefito.com.br/app_site/ouv_denu.asp#
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