Revista CrefitoSP - Ano 8 Edição 3

Impresso Fechado pode ser aberto pela EBCT

Revista CONSELHO DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista - CEP 01333-011 - São Paulo

ANO 8 - EDIÇÃO 3

autônomo ou PJ Conheça os prós e os contras dessa escolha Pág12 >>

13 de outubro

Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional.

Comemore conosco!

dice ÍNDICE

ín

taques

des

EDITORIAL

3

ESPAÇO DO LEITOR

4

IMPORTANTE SABER

5

ENTREVISTA PRESIDENTES DOS CREFITOS

6

ESPECIALIDADE ONCOLOGIA

8

EMPREGABILIDADE PJ OU AUTÔNOMO?

12

ESPECIAL 13 DE OUTUBRO

18

ESPECIAL PROFISSÕES REVISITADAS

20

PROFISSÕES DANÇA SÊNIOR

22

SAIBA MAIS EXERCÍCIOS PROVOCATIVOS

24

FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL EXEMPLOS DE SUCESSO

28

NOTAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E POSSE DE DELEGADOS

32

NOTAS PEDIDO DE RETIFICAÇÃO À REDE GLOBO

33

COMUNICADO OFICIAL ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO

34

INFORMAÇÕES ÚTEIS

35

08 12 20 ESPECIALIDADE

ops!

A preocupação com o bem-estar de pacientes com câncer é cada vez maior e a atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional na Oncologia está em expansão

erramos !!!

MERCADO DE TRABALHO

Como os profissionais estão se adequando aos novos rumos do mercado de trabalho e os tipos de contratação que estão sendo feitos sem vínculo empregatício

HISTÓRIA

O passado da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional sai do baú pelas mãos da Comissão de Memória do Coffito e pelas lembranças de diversos profissionais

Revista do CrefitoSP - edição 3 de 2011

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Na matéria Apoio Multidisciplinar (pág. 8), foi usada a expressão “portador de deficiência” equivocadamente. O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) substituiu esse termo por“pessoas com deficiência”, visto que eles têm a deficiência e não portam a deficiência.

Na matéria Empreendedorismo (pág. 14), foi cometido um erro de digitação e a palavra VOCÊ, logo na chamada da reportagem, saiu com Ç.

No comunicado oficial (pág. 34), o nome CrefitoSP saiu sem o R, devido a um erro de digitação.

ao

Serviço Público Federal Área de Jurisdição: Estado de São Paulo Rua Cincinato Braga, 277 - Bela Vista São Paulo - SP - CEP 01333-011 www.crefitosp.gov.br GESTÃO 2008 / 2012 DIRETORIA Presidente: Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida Crefito-3 nº 18.719 – Ft Vice-Presidente: Prof. Dr. Augusto Cesinando de Carvalho Crefito-3 nº 6.076 – Ft Diretor Secretário: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon Crefito-3 nº 15.577 - Ft Diretor Tesoureiro: Dr. E. F. Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA FISIOTERAPIA (CEDF) Presidente: Dr. E. F. Porto Crefito-3 nº 34.739 – Ft Secretária: Dra. Anice de Campos Pássaro Crefito-3 nº 24.093 – Ft Vogal: Dr. Marcus Vinícius Gava Crefito-3 nº 9.015 – Ft COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA DA TERAPIA OCUPACIONAL (CEDTO) Presidente: Dra. Danielle dos Santos Cutrim Garros Crefito-3 n° 6.155 - TO Secretária: Dra. Osmari Virgínia de Mendonça Andrade Crefito-3 n° 2.356 - TO Vogal: Dra. Maria Cândida de Miranda Luzo Crefito-3 n° 4.906 – TO COMISSÃO DE TOMADA DE CONTAS (CTC) Presidente: Dr. José Luís Pimentel do Rosário Crefito-3 n° 43.816 - Ft DEPARTAMENTO DE FISCALIZAÇÃO (DEFIS) Coordenador: Dr. Neilson S. G. Palmieri Spigolon SECRETARIA GERAL Coordenadores: Ailton Alves Ferreira Elza Martinhão ASSESSORIA JURÍDICA Dra. Adriana Clivatti Moreira Gomes OAB SP nº 195660 CONTABILIDADE Contadora: Cíntia Mieko Kusaba Pasqualini CRC – 1SP n° 213203/O-0 COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL) Presidente: Dr. Rubens Fernando Mafra OAB SP n° 280695 Secretária: Linda Magali Abdala Santos Vogal: Felipe de Oliveira Simoyama ASSESSORIA E ANÁLISE TÉCNICA (AATEC) Dr. Carlos Henrique Bruxelas Dra. Fernanda Onaga ouvidoria@crefitosp.gov.br DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO imprensa@crefitosp.gov.br Editora Responsável: Francine Altheman – MTb 42.713/SP

Redação: Alexandre Camargo

Juliana Menezes

Rodrigo Svrcek Design / Infografia: Tommy Pissini Web / Multimídia: Rodrigo Cavalheiro Web / Animação: Giuliano Gusmão Secretária: Débora Ferreira da Silva Impressão: Plural Indústria Gráfica Periodicidade: trimestral Tiragem: 80 mil exemplares

As

profissões

do futuro

13 DE OUTUBRO DE 2011! Há 42 anos a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional eram reconhecidas no Brasil e de lá para cá só acumulamos conquistas e vitórias. Hoje somos mais de 55 mil profissionais e já passamos a marca de 5 mil empresas. O campo de trabalho para nossos profissionais é imenso. De um lado, precisamos nos preparar para a grande missão de ajudar os brasileiros a viver com boas práticas, para que possamos atingir a longevidade com saúde e bem-estar. De outro, precisamos cuidar das dezenas de milhões que já foram acometidos por doenças e disfunções.

Saiba nesta revista as vantagens de ter uma empresa ou de trabalhar como autônomo, para que você possa ocupar um lugar de destaque no mercado. Fruto do exercício também de nossa cidadania, o Congresso Nacional começa a tomar várias medidas que resultarão em mais verbas para a saúde. Esse valor será ainda maior com a sua participação na campanha para coibir os abusos da remuneração paga pelo SUS e pelos planos de saúde. Veja nesta edição o que você pode fazer para ajudar a população a conquistar um tratamento individual e de qualidade.

Veja também o trabalho que os delegados do CrefitoSP desempenharão na conscientização da população acerca dos direitos que ela pode exigir na saúde pública e representando o CrefitoSP no Conselho Municipal de Saúde de cada município.

Nesta edição, você conhecerá o relevante trabalho feito pelos presidentes dos Crefitos 8 e 12, além da repercussão e as razões da Resolução do Coffito proibindo a venda de tratamento nos sites coletivos. Também conhecerá mais profissionais de sucesso e a atuação dos profissionais em oncologia, o uso da dança nos tratamentos e os problemas causados pela iniciação equivocada de crianças em esportes competitivos.

Para contar os anos de sucesso, você irá conhecer um pouco da história que culminou no reconhecimento das nossas profissões.

FELIZ DIA DO FISIOTERAPEUTA E DO TERAPEUTA OCUPACIONAL PARA TODOS!

revista do crefito-sp .outubro.2011

CREFITO-3 Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Terceira Região

leitor AO LEITOR

itor LEITOR

le

Estou escrevendo para comentar sobre a terminologia utilizada na matéria Apoio Multidisciplinar, publicada na Revista CrefitoSP, ano 8, edição 2. Na matéria, usa-se o termo “portador de deficiência”. Esse termo está ultrapassado.

Pessoas com deficiência vêm ponderando que elas não portam deficiência; que a deficiência que elas têm não é como coisas que às vezes portamos e às vezes não portamos (por exemplo, um documento de identidade, um guardachuva). O termo preferido passou a ser pessoa com deficiência. Sugiro também que seja feita uma matéria sobre a atuação da Fisioterapia na Saúde Mental. Grato. Cordialmente.

Fale

revista do crefito-sp .outubro.2011

com a gente

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Envie sugestões, críticas e elogios para a Revista do CrefitoSP. As cartas ou e-mails devem conter, obrigatoriamente, nome completo do profissional, número de inscrição no Crefito ou, se for estudante, nome da instituição de ensino, telefone e e-mail para contato (caso não deseje a publicação, basta colocar esta informação). Por motivos de espaço ou de clareza, as cartas ou os e-mails recebidos poderão ser publicados resumidamente ou não ser publicados, mas todos serão respondidos.

Dr. Gabriel Gaspar Fisioterapeuta

Revista do CrefitoSP edição 2 de 2011

“Ser fisioterapeuta é ter duas mãos e um coração entre elas. É manter a expressão serena, mesmo com a alma desesperada, manter a mente quieta, mesmo diante do desespero, ter um brilho no olhar, mesmo quando não temos esse motivo, é transformar lágrimas em desabafo e ser humana para dar conforto. O coração estremece muitas vezes cheio de emoções inexplicáveis, mas proporcionando o alívio dentro da alma, levando conforto para o coração e, com nossa sabedoria, poder proporcionar a reabilitação. Ser fisioterapeuta é acreditar na esperança de que dias melhores virão. É vencer o sentimento de onipotência que nos é erroneamente delegado. É reconhecer nossos próprios limites. Mas, acima de qualquer coisa, fazei, Deus, com que nunca perca a capacidade de chorar e jamais esquecer de que, em minhas mãos, junto com a sua mão, existe o maior milagre: a vida”.

Dra. Patricia Margarido Carvalho

fisioterapeuta da UTI do Hospital São Camilo de Santana texto enviado pelo seu pai,

Sr. Antonio Teodozio Carvalho

@crefitosp facebook.com/crefitosp

Prezada Dra. Patricia No mês que comemoramos o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional, ficamos emocionados com suas palavras. Parabéns!

Prezado Dr. Gabriel Agradecemos pelo e-mail e pela colaboração. Cometemos um equívoco ao escrever a matéria usando o termo “portador de deficiência”. Com relação à sua sugestão, iremos colocar o assunto nas pautas das próximas edições da revista.

Recebi a revista CrefitoSP, edição 2 de 2011 e deparei-me com a excelente matéria Apoio Multidisciplinar (sobre a AACD). Porém, o que me chamou a atenção foi o termo “portadores de deficiência”, citado no texto. Desde novembro de 2010, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) substituiu este termo por “pessoas com deficiência”, visto que, se fossem “portadores” de alguma deficiência, poderiam deixar de “portá-las” quando preferissem. Espero ter colaborado. Parabéns pelas matérias.

Dra. Tatiana Cristina Basseto Fisioterapeuta

Prezada Dra. Tatiana Agradecemos pelos elogios e pela colaboração. Cometemos um equívoco ao escrever a matéria usando o termo “portador de deficiência”. Não havíamos observado a Resolução do Conade sobre o uso correto do termo.

Por isso, fizemos a errata nesta edição e colocaremos no site a Resolução do Conade.

youtube.com/crefitosp

//Contato:

Para se corresponder com o Departamento de Comunicação do CrefitoSP E-mail: imprensa@crefitosp.gov.br / Cartas: Departamento de Comunicação Rua Cincinato Braga, 277 - 9º andar - Bela Vista - São Paulo / SP - CEP 01333-011

rtante saber IMPORTANTE SABER www.sxc.hu

impo

Coffito proíbe venda de serviços em sites de compra coletiva A venda de pacotes de serviços de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, por meio de sites de compras coletivas, foi proibida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), por meio da Resolução nº 391, de 18 de agosto de 2011. O Conselho alerta que nessas ofertas os usuários podem adquirir um procedimento sem a avaliação de um profissional. Segundo o presidente do Coffito, Dr. Roberto Cepeda, a comercialização desses pacotes sem diagnóstico pode por em risco a saúde dos indivíduos. “É uma questão de saúde. O profissional deve fazer primeiro uma avaliação e, só depois, indicar o tratamento mais adequado”, explica.

Entre os tipos mais comuns de tratamentos oferecidos nos sites de vendas coletivas estão a drenagem linfática, radiofrequência e a aplicação de Manthus. A fiscalização será realizada pelos Conselhos Regionais de Fisioterapia e

//Na internet:

www.coffito.org.br www.crefitosp.gov.br

Terapia Ocupacional (Crefitos) e por meio de denúncias. A punição para quem desrespeitar a resolução vai de advertência até a suspensão do exercício profissional.

A fiscalização atingirá apenas os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Mas é importante mostrar à sociedade que ao procurar um serviço feito por um profissional inscrito no Conselho, tem-se a garantia de receber um tratamento qualificado.

Com a publicação da Resolução no Diário Oficial da União (DOU), os principais veículos de comunicação do país procuraram o Coffito e o CrefitoSP para informar a população sobre o problema das vendas indiscriminadas de serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. O assunto teve destaque nos jornais Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, Diário de São Paulo e Agora, e em reportagem veiculada em horário nobre na TV Globo, no Jornal Nacional.

revista do crefito-sp .outubro.2011

Medida ganha projeção nacional

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Por dentro dos Por Juliana Menezes

Crefito-8

Presidido pelo Dr. Abdo Augusto Zeghbi, desde 20 de outubro de 2010

Cref

Raios-X Principais informações dos Estados e profissionais abrangidos pelos Crefitos

População dos Estados abrangidos

Paraná

10.444.526

Número de profissionais**

revista do crefito-sp .outubro.2011

Fotos Arquivo Pessoal

Piso Salarial

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10.020

R$ 1.299,00*

Fonte: CREFITO-8 *Vigente desde primeiro de janeiro de 2011, conforme Convenção Coletiva de Trabalho 2010/2012, registrado no MTE sob nº PR003365/2010

Quais são os maiores desafios para a administração do Crefito-8? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacionados às profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

Quais são as áreas mais proQuais são as maiores conquismissoras dentro da Fisiotera- tas da atual gestão? E os principia e da Terapia Ocupacional pais objetivos para o futuro? no Paraná? Quais as mudanças que estas profissões vêm Investimentos no atendimento técsofrendo nos últimos anos? nico ao profissional, com plantões de

No Crefito-8 temos realizado inúmeras audiências públicas com o objetivo de detectar as dificuldades de cada região e ao mesmo tempo construir coletivamente um planejamento estratégico de ação frente às demandas. Os problemas na sua grande maioria estão relacionados à identidade, à dignidade profissional e à inserção e autonomia profissionais.

Em relação às áreas e às especialidades que vêm possibilitando maior inserção estão a Fisioterapia do Trabalho, a Dermatofuncional e o método Pilates como recurso Cinesiomecanoterápico. Na Terapia Ocupacional temos Contextos Hospitalares, Contextos Sociais, Saúde do Trabalhador e Saúde Coletiva (pela abertura de concursos públicos nessas especialidades).

30 horas semanais respondendo às demandas em 24 horas. Obtivemos maior participação dos profissionais quanto à política corporativa das nossas categorias. Temos garantido autonomia profissional. Cada vez mais construindo uma identidade das profissões relacionando-as às especialidades e às demandas de saúde Fisioterapêutica e Terapêutica Ocupacional na população. Nós, do Sistema Coffito/ Crefitos, de Sindicatos, de Associações etc, devemos atuar como um sistema de forma integrada, com programas de educação e responsabilidade.

itos

Conheça um pouco sobre os Crefitos de outras regiões do país

Entrevista com os presidentes...

Crefito-12

José Wagner Cavalcante Muniz, Pará

Maranhão

desde 28 de março de 2011

Amazonas

7.581.051 6.574.789 3.483. 985 Tocantins

Roraima

277.621 1.562.409

Amapá

669.526

5000 R$ 2.500,00 **Soma dos profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

Quais são os maiores desafios para a administração do Crefito-12? E os maiores problemas que se apresentam atualmente relacionados às profissões de Fisioterapia e Terapia Ocupacional?

O maior desafio é o alcance das ações do Conselho nas regiões mais distantes dos Estados que compõem a jurisdição face às especificidades geoeconômicas existentes nos diferentes Estados que fazem parte do Crefito-12. Para mim, o maior problema é o reconhecimento social e estatal das profissões nas diversas unidades federativas do Crefito-12.

Quais são as áreas mais promissoras dentro da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional no Maranhão, Amazonas, Tocantins, Roraima e Amapá ? Quais as mudanças que estas profissões vêm sofrendo nos últimos anos?

As áreas mais promissoras dentro da fisioterapia e da terapia ocupacional com certeza estão concentradas na atenção básica à saúde e no tocante à saúde funcional. A mudança que as profissões vêm sofrendo na atualidade é a maior inserção profissional nos níveis de complexidade na atenção à saúde.

//Na internet:

Para saber mais: http://www.crefito12.org.br http://www.crefito8.org.br

Quais são as maiores conquistas da atual gestão? E os principais objetivos para o futuro?

As maiores conquistas da gestão do Crefito-12 e os principais objetivos para o futuro definitivamente são a integração profissional, com a conquista do reconhecimento da sociedade da importância do trabalho do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional para a saúde e o bem-estar da população.

Confira nas próximas edições entrevista com os demais presidentes

revista do crefito-sp .outubro.2011

Fonte: CREFITO-12

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e

Impactos superações

u

O câncer tem sido uma das patologias mais comentadas nos últimos tempos. Atinge crianças, adultos, idosos, famosos e anônimos, de qualquer classe social.

Para que pacientes possam viver bem, muito bem, a área de atuação da Oncologia na Fisioterapia e na Terapia Ocupacional está em expansão

tos fez com que o índice de sobrevivência de pacientes com câncer aumentasse. E, assim, a preocupação com a qualidade de vida e de recuperação desses pacientes também aumentou, fazendo com que as atenções se voltassem para o desenvolvimento da funcionalidade dos membros afetados e a reinserção do paciente ao seu cotidiano, tarefa exercida pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Os efeitos adversos e sequelas em pacientes que estão em tratamento, ou mesmo naqueles que já se recuperaram, são os principais focos de atenção da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional.

“Com os avanços da medicina para o tratamento do câncer, os objetivos se voltaram para a melhora da qualidade de vida do paciente”, ressalta o coordenador do Departamento de Fisioterapia do Hospital de Câncer de Barretos, fisioterapeuta Dr. Almir José Sarri.

revista do crefito-sp .outubro.2011

Arquivo Pessoal

ma pesquisa realizada pela ONG World Cancer Research Fund (WCRF) informa que a incidência de cânceres no mundo cresceu 20% na última década, com registro de 12 milhões de novos casos por ano. No Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que os tipos mais comuns de câncer entre os homens são os de próstata e de pulmão. Entre as mulheres, as maiores incidências são de câncer de mama e de colo do útero. As pesquisas mostram que a maior parte de casos de câncer diagnosticados (de 80 a 90%) está associada a fatores ambientais, ou seja, cada vez mais ligada ao estilo de vida de cada um: uso de cigarro, exposição excessiva ao sol, hábitos alimentares e sexuais, alcoolismo, medicamentos, além de fatores ocupacionais.

Apesar dos números alarmantes, o avanço das técnicas, medicamentos e tratamen-

por Francine Altheman

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Dra. Márcia Pengo e equipe de terapeutas ocupacionais do Hospital Amaral Carvalho

Dra. Pascale Mutti Tacani, fisioterapeuta, docente e supervisora de estágio na área de oncologia

O PACIENTE ONCOLÓGICO E A REABILITAÇÃO A Fisioterapia e a Terapia Ocupacional Oncológicas atuam desde a prevenção, orientando antes de procedimentos médicos, passando pela fase do pré-operatório, pósoperatório e durante todo o tratamento. Segundo Dr. Almir, a base de tratamento do paciente oncológico, antigamente, era voltada para o curativo e o tratamento, além de ser agressivo, era mutilador. “Hoje, com o foco na qualidade de vida, o papel da reabilitação física passou a ser muito importante”. Dr. Almir foi o pioneiro no serviço de Fisioterapia do Hospital de Câncer de Barretos. “Era sozinho. Atualmente somos 17”. O hospital tem o objetivo voltado para a assistência humanizada, apoiado em programas de prevenção, ensino e pesquisa.

Uma das precursoras em Fisioterapia Oncológica no Brasil, Dra. Angela Marx, que trabalha na área há mais de 30 anos, conta como a oncologia surgiu em sua vida.

“Aconteceu de eu atender uma paciente com câncer de mama que apareceu com um linfedema. Eu falei: o que faço com essa paciente?

Não tinha nenhuma colega com experiência, ninguém sabia o que fazer. Tive que ir atrás”. Assim, percebeu a importância de se especializar e não parou mais.

Como o câncer não é visto mais como sinônimo de morte certa,

Dra. Angela Marx, uma das precursoras da Fisioterapia Oncológica no Brasil

O importante no paciente oncológico é acrescentar vida aos anos e não anos à vida” Dra. Angela Marx, citando André Hellegers

hoje é natural a procura pela fisioterapia, que garante uma vida o mais próximo da normalidade. “Os tratamentos estão permitindo uma qualidade de vida e uma sobrevida maior”, comenta a docente e supervisora de estágio na área, a fisioterapeuta Dra. Pascale Mutti Tacani. Ela fala da importância da expansão da fisioterapia na Oncologia. “O fisioterapeuta orienta sobre os cuidados que ele pode ter com a pele, com o posicionamento, com os movimentos, com a respiração. Isso auxilia a passar pelo pós-operatório de uma maneira confortável e minimiza alguns inconvenientes, como linfedema, dores e perda de movimentos”.

A Fisioterapia pode atuar em todos os tipos de câncer, cuidando do paciente em sequelas e efeitos adversos do tratamento. Mas o linfedema ainda é uma das complicações em que o fisioterapeuta mais trabalha. “É ainda bastante frequente e surge

do tratamento oncológico principalmente para aqueles pacientes que tiveram uma abordagem cirúrgica de linfonodos”, alerta Dra. Angela. São casos que muitas vezes não têm cura, mas com a intervenção fisioterapêutica a função dos membros fica praticamente normal.

A Terapia Ocupacional é o alento na vida de pacientes com câncer. O profissional interage com os pacientes e equipe durante o processo terapêutico, reestruturando a ruptura da vida cotidiana e proporcionando caminhos para a estruturação e reorganização de como fazer suas atividades após o adoecimento. “Os espaços reservados para fazer atividades com os pacientes são de vivências particulares e significativas para cada indivíduo, criando um novo cotidiano para que, dentro de suas necessidades, possa atingir a inserção social dos pacientes”, conta Dra. Márcia Maria Shirley Boletti Pengo, chefe do setor de Terapia Ocupacional do Hospital Amaral Carvalho, de Jaú. Ela ressalta que suas experiências profissionais na área oncológica foram pautadas nos conhecimentos empíricos, por não ter referências bibliográficas na época.

O Hospital Amaral Carvalho foi o primeiro hospital oncológico do interior do Estado de São Paulo. Hoje seu setor de Terapia Ocupacional já tem cinco salas de atendimento, uma secretária, uma recreadora pedagógica e quatro terapeutas ocupacionais, além da coordenadora do setor.

revista do crefito-sp .outubro.2011

Fotos Rodrigo Cavalheiro

Dra. Walkyria de Almeida Santos, terapeuta ocupacional do IOP/ GRAACC/Unifesp

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Cuidados paliativos

Fotos Arquivo Pessoal

Hospital Amaral Carvalho: o primeiro no interior do Estado a trabalhar com Oncologia

A terapia ocupacional retoma o cotidiano do paciente com câncer

revista do crefito-sp .outubro.2011

O CÂNCER DE MAMA

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O tumor mais comum entre as mulheres, o câncer de mama ainda é temido, pois mata mais de 11 mil mulheres por ano no Brasil. As complicações do tratamento de câncer de mama são muitas, dentre elas dor crônica, parestesia, redução da amplitude de movimento e fraqueza muscular do ombro, além dos linfedemas. “Depois de uma cirurgia, a mulher pode apresentar dificuldade de movimentação do braço, dores, distúrbios circulatórios e o fisioterapeuta tem a obrigação de intervir de forma consciente e competente, desde o pós-operatório imediato, utilizando os vários recursos fisioterapêuticos disponíveis”, alerta Dra. Angela.

Durante as atuações de Dra. Márcia

O fisioterapeuta Dr. Almir Sarri atende no Hospital de Câncer de Barretos

Pengo no hospital, uma das áreas que lhe chamou atenção foi a das pacientes submetidas à cirurgia de câncer de mama. “Elas traziam em seus relatos a falta de informação de como fazer suas atividades do dia a dia, devido ao comprometimento do braço do lado da mama operada”. Por não encontrar referências em terapia ocupacional, e devido à falta de informações adequadas dos materiais disponíveis às pacientes, Dra. Márcia elaborou um informativo, o Guia Prático Pós-Mastectomia, com orientações de como e quando iniciar as atividades que sempre fizeram parte de sua rotina, desde o vestir até o cuidado no lar. “Não há proibições para fazer atividades, somente criar novos hábitos de como fazê-las”, finaliza.

//Na internet: Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia www.abfo.org.br

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, da avaliação impecável e do tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

De acordo com o Inca, nas fases iniciais do câncer, o tratamento geralmente é agressivo com objetivo de cura ou remissão, e isso é compartilhado com o doente e sua família de maneira otimista. Quando a doença já se apresenta em estágio avançado ou evolui para esta condição mesmo durante o tratamento com intenção curativa, a abordagem paliativa deve entrar em cena no manejo dos sintomas de difícil controle e de alguns aspectos psicossociais associados à doença. Na fase terminal, em que o paciente tem pouco tempo de vida, o tratamento paliativo se impõe para, através de seus procedimentos, garantir qualidade de vida. “Os cuidados paliativos no GRAACC vão se intensificar quando o paciente é considerado fora de possibilidade de cura”, conta Dra. Liliana.

CRIANÇAS E O CÂNCER Referência em pesquisa e atendimento de crianças e adolescentes com câncer, o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC) é um centro de especialidade oncopediátrica de grande porte em São Paulo, com 90% de seus pacientes encaminhados pelo SUS. Seu hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/ Unifesp), trabalha em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O papel da equipe multidisciplinar do instituto é preponderante para a completa recuperação do paciente.

Os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do GRAACC atuam para minimizar a dor, em procedimentos preventivos capazes de diminuir sequelas e também na readaptação do paciente a sua rotina. “É muito importante trabalhar em equipe, porque você não responde pelas ações sozinho. Você é um complemento no meio desse rol de assuntos que envolvem a reabilitação do paciente”, comenta Dra. Walkyria de Almeida //Na internet: GRAACC www.graacc.com.br

Dra. Liliana Yu Tsai, fisioterapeuta do IOP/GRAACC/ Unifesp, com a paciente Maria Cecília

A Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia (ABFO) foi fundada em 2008 e representa os profissionais dessa especialidade em todo o Brasil

revista do crefito-sp .outubro.2011

Fotos Rodrigo Cavalheiro

Brinquedoteca Terapêutica Senninha no GRAACC: o lúdico facilita a adesão das crianças ao tratamento

Santos, terapeuta ocupacional do Setor de Reabilitação do IOP/GRAACC/Unifesp. A fisioterapeuta da área motora do Instituto, Dra. Liliana Yu Tsai, também fala da importância do trabalho multidisciplinar.

“A excelência no atendimento ocorre porque cada profissional contribui da melhor maneira”, completa. A Fisioterapia do GRAACC ainda conta com a equipe de respiratória, que atua em vários âmbitos, como nas enfermarias, UTI e ambulatório.

Dra. Liliana lembra que se apaixonou pela oncologia ainda na graduação, quando atendeu uma adolescente que teve osteosarcoma no fêmur e havia colocado uma endoprótese não convencional de joelho.

“Não existia protocolo fisioterapêutico para tratar esse tipo de problema. Eu pensei: preciso estudar isso.

E daí surgiram minhas monografias, artigos e minha paixão pela oncologia pediátrica”. A paciente citada, Indira Jesus de Oliveira, hoje é bióloga, trabalha com Dra. Liliana no GRAACC e está grávida. “Eu queria ter uma vida completamente normal: subir e descer escadas, andar de bicicleta, correr, poder cuidar do meu filho. Quem me trouxe isso foi a reabilitação”, fala Indira.

Dra. Walkyria está na área desde 1996, quando foi convidada para montar um serviço de reabilitação na oncologia pediátrica no Instituto.

“A Terapia Ocupacional na Oncologia Infantil cuida não só de prevenção, mas também do tratamento e do cuidado paliativo, em várias esferas do cuidado físico, emocional, cognitivo e também social”. Ela ainda ressalta que o profissional que trabalha com oncologia deve ter um preparo muito qualificado, em todos os âmbitos. “A gente trabalha com doentes graves, que podem cronificar sintomas, ter perdas de membros, sequelas, podem sobreviver ou não. Nossos índices de cura são altos, cerca de 70%. Mas é preciso saber lidar com as perdas também”, enfatiza.

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J P r e S a s i E e revista do crefito-sp .outubro.2011

Por Juliana Menezes

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studar por quatro anos, fazer estágio e depois conseguir um emprego. É o caminho percorrido por milhares de pessoas todos os anos. O mercado de trabalho é muito dinâmico e já não é o mesmo do tempo dos nossos pais. Quem procura os classificados, sites e empresas de RH hoje em dia, deve ter se deparado com anúncios cujo regime de contratação não é o tradicional, chamado CLT. Algumas empresas preferem contratar o profissional sem ter vínculo com ele. O contratado torna-se apenas um prestador de serviço, autônomo ou Pessoa Jurídica (PJ). Os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais não estão imunes a essa nova tendência, portanto devem estar atentos aos novos rumos das relações de trabalho e emprego, para fazer uma boa escolha profissional.

ou autônomo? que s t ã o !

AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE SER PJ

O que é o SuperSimples?

Cada vez mais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estão trabalhando como PJ. Cadastrados no CrefitoSP em 2009 eram 4.292, atualmente temos 4.991.

Em um mercado cada vez mais competitivo, algumas empresas de recolocação profissional estão se especializando na área da saúde, como a RH Saúde, uma consultoria de recursos humanos, de Curitiba. Para a psicóloga e sócia proprietária da instituição, Alda Gleiser, a contratação PJ está sendo bem mais comum hoje em dia.

“Acredito que dessa forma a empresa contratante pode oferecer um salário mais atraente, devido à questão dos encargos que na CLT são mais elevados”, conclui.

Mas afinal, o que significa ser PJ? Quem trabalha como PJ abre uma empresa em seu nome, presta serviços e emite nota fiscal, que deve ser eletrônica. Normalmente você precisa de mais uma pessoa para abrir a empresa e depois paga os tributos necessários. Contratar um contador para assessorá-lo é muito

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido pela Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, que é aplicado às microempresas e às empresas de pequeno porte. No entanto, nem todas as categorias profissionais estão enquadradas nele.

Foi criado um projeto de Lei Complementar (PLP) 591/10, que no momento está arquivado no Congresso Nacional. Ele altera procedimentos relativos a microempresas e empresas de pequeno porte.

Através do PLP os serviços de fisioterapia e terapia ocupacional poderiam ser incluídos no SuperSimples, mas ainda não estão. Eles pagariam impostos em torno de 6%, diferente dos 16% e 18% do Lucro Real ou Presumido onde estão enquadrados atualmente.

importante, porque quem é PJ tem duas op­ções de tributação: Simples Na­cional ou Lucro Presumido. So­ mente o contador saberá em qual opção a sua atividade se encaixa.

No caso dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, a ca­tegoria está enquadrada no Lucro Presumido ou Lucro Real.

O PJ terá de pagar a contribui­ ção ao INSS por conta própria e não tem assegurado os direitos de um CLT, como férias remu­ neradas ou décimo terceiro salá­ rio, deixa claro o advogado tra­ balhista, presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB-SP, Dr. Eli Alves da Silva. “Quando se faz a contratação PJ, a empre­sa quer se livrar dos encargos sociais envolvidos numa contra­tação CLT. Um funcionário costuma custar à empresa o dobro do que ele ganha”, diz.

O profissional que opta por ser prestador de serviço tem horários mais flexíveis, pois ele mesmo estipula os atendimentos, podendo prestar serviço para mais de um hospital ou clínica. Para a fisioterapeuta responsável pelo setor de fisioterapia de uma clínica si-

revista do crefito-sp .outubro.2011

Veja como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estão se adequando a uma nova realidade culo do mercado de trabalho, sem vín empregatício e carteira assinada

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revista do crefito-sp .outubro.2011

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Dra. Viviane Nishida, fisioterapeuta e atua como autônoma

tuada em Pinheiros, São Paulo, Dra. Alessandra Teixeira, foi um diferencial. “Para mim, que viajo, faço formações longas, se fosse empregada seria bem mais complicado ser liberada para fazer os meus cursos”, esclarece.

‘Uma realidade mundial’, é a definição da fisioterapeuta Dra. Lucy Mara Baú, a respeito do PJ. “A terceirização substitui, na maioria das vezes, empregados próprios em proporções até assustadoras”, diz.

Dra. Lucy Mara é consultora em fisioterapia do trabalho e ergonomia, proprietária de uma empresa especializada em Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho.

Ela presta serviços para diferentes empresas, de pequeno e grande portes, como a Petrobras. Na sua equipe há três formas de contrato: sócio, CLT ou terceirizado com contrato de Pessoa Jurídica.

Segundo a fisioterapeuta, esse tipo de contrato é uma excelente alternativa econômica para funcionários e empregadores. “A empresa não paga a elevada carga tributária e o profissional pode

Dr. Décio Zanardi Júnior, fisioterapeuta em uma academia, já foi PJ e agora é autônomo Dr. André Pongeluppe Cesar, fisioterapeuta e autônomo

Fotos Rodrigo Cavalheiro

Dr. Carlos Eduardo Junqueira, fisioterapeuta e proprietário de uma clínica em São Paulo

Quando se faz a contratação PJ, a empresa quer se livrar dos encargos sociais envolvidos numa contratação CLT. Um funcionário costuma custar à empresa o dobro do que ele ganha” Dr. Eli Alves da Silva presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB-SP

Dra. Lucy Mara Baú, fisioterapeuta e proprietária de uma clínica de fisioterapia do trabalho

Dra. Alessandra Teixeira, fisioterapeuta e PJ

Mas afinal, o que significa ser PJ? Quem trabalha como PJ abre uma empresa em seu nome, veja como: Normalmente você precisa de mais uma pessoa para abrir a empresa É preciso pagar os tributos necessários Contratar um contador para assessorá-lo é muito importante,pois existem duas opções de tributação e ele saberá em qual opção a sua atividade se encaixa Simples O imposto é calculado em cima do salário bruto anual e da categoria. O desconto fica em torno de 6% da nota fiscal emitida

Lucro Presumido O desconto fica entre 16% e 18% para salários mensais de até R$ 62.500. Acima disso, é preciso pagar imposto de renda de acordo as regras da tributação

O PJ terá de pagar a contribuição ao INSS por conta própria e não tem assegurado os direitos de um CLT, como férias remuneradas ou décimo terceiro salário

Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estão enquadrados no Lucro Presumido

ter um horário flexível e um valor da remuneração em torno de 50 a 60% a mais do que ganharia normalmente”, afirma.

Outro fator que influencia para o número elevado de profissionais PJ na área da saúde é a exigência de alguns planos de credenciar apenas esse tipo de serviço. É o que afirma a fisioterapeuta Dra. Marlene Izidro Vieira, proprietária desde 1986 de uma empresa no ramo e presidente da Associação Paranaense de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (APFisio). “Muitas pessoas acabaram optando por abrir uma empresa para conseguir credenciamento nos convênios”, conta.

Há dois anos a APFisio, com o apoio do Coffito, vem se empenhando para modificar o panorama atual dos PJs. Inicialmente a luta era para que o PLP 591/10, que modifica o SuperSimples, incluísse os serviços de fisioterapia e terapia ocupacional. Hoje, a luta é para que seja votado no senado, mantendo esses serviços para que passem a pagar impostos em torno de 6%, diferente dos atuais 16% e 18%.

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Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Dra. Marlene Izidro Vieira, fisioterapeuta e presidente da APFisio

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Dicas para os profissionais

revista do crefito-sp .outubro.2011

E SER AUTÔNOMO VALE A PENA?

[16]

Se você presta serviços e não é PJ, certamente você é um autônomo. Quem opta por essa modalidade de trabalho tem a vantagem de não precisar abrir uma empresa. O autônomo continua sendo Pessoa Física (PF), no entanto, ele emite recibo e deve pagar os tributos necessários.

Entram na conta final o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto de Renda, calculado de acordo com o serviço prestado. O prestador de serviço autônomo também não tem os mesmos direitos do trabalhador CLT. Deve pagar o seu INSS, se quiser ter a Previdência Social assegurada.

A mobilidade é um ponto comum entre os prestadores de serviços. Alguns começam como autônomos e se tornam PJ, outros de PJ viram autônomos. Foi o que aconteceu com o fisioterapeuta Dr. Décio Zanardi Júnior.

Ele trabalha com hidroterapia em uma academia em Perdizes, São Paulo, como autônomo, mas foi PJ por quatro anos. “Ser autônomo é melhor, porque você acaba atendendo individualmente pelo preço particular, que é mais alto que o valor pago pelo convênio. Além disso, você pode estender o tempo de tratamento do seu paciente, dar mais atenção para cada caso”, esclarece.

Alguns fisioterapeutas sequer chegaram a trabalhar como CLT. É o caso de Dr. Carlos Eduardo Junqueira, proprietário de uma clínica, na região do alto da Mooca, em São Paulo. “Desde quando me formei até ter a clínica sempre trabalhei como prestador de serviço autônomo,

//Na internet:

O que você deve considerar quando é um prestador de serviço e antes de se tornar PJ ou autônomo

Antes de se tornar um prestador de serviço,

seja autônomo ou PJ, faça um levantamento dos impostos que terá que pagar

É importante pagar uma previdência privada,

um plano de saúde e fazer uma reserva para eventuais imprevistos

Normalmente, um PJ ganha mais do que um CLT,

porque ele tem que arcar com impostos da abertura e manutenção de uma empresa

Há meses com maior concentração de clientes e outros não.

Veja qual a melhor época do ano para tirar férias.

Faça um planejamento financeiro

Aproveite os horários flexíveis para fazer cursos de reciclagem e especializações. Um bom profissional

precisa estar bem atualizado

Você pode prestar serviço para mais de uma empresa ou clínica,

estipule sua agenda com antecedência para não haver atropelos nos atendimentos

Saiba mais sobre o projeto no site Câmara http://www.camara.gov.br

Não há plano de carreira para PJs e autônomos, no entanto quanto mais você trabalhar e atender

maiores serão os seus rendimentos

mas também paga tributos e emite recibo pelo serviço prestado

Antes de assinar

um contrato como prestador de serviço é preciso ficar atento: os salários, benefícios e horários são estipulados nele. Consulte um advogado

É preciso buscar um contador para assessorá-lo.

Ter um profissional para ajudar com toda a burocracia envolvida é mais seguro e importante quando se trabalha por conta própria

Procure fazer o controle dos seus atendimentos,

valores recebidos e valores a receber, em uma agenda ou arquivo on-line.

Isso facilita para que você tenha uma organização maior

Fique atento!

Se você é PJ ou autônomo, mas na prática for um empregado, o vínculo empregatício tem que ser reconhecido. Você poderá entrar na Justiça do Trabalho

//Na internet:

Quando se é um prestador de serviço é preciso pagar tributos e gerenciar suas contas muito bem.

Às vezes se trabalha em um mês para receber no outro

Lembre-se:

você não tem os direitos de um funcionário CLT e nem plano de carreira.

Avalie os prós e os contras antes de se tornar um prestador de serviço

Veja material complementar em: http://www.crefito.com.br/imp/revista/pj_autonomo/index.htm

revista do crefito-sp .outubro.2011

O autônomo não precisa abrir uma empresa,

seja atendendo em clínicas ou pacientes particulares”, ressalta.

Quando sua clínica abriu as portas em 2008, os funcionários eram todos CLT. Mais tarde, o Dr. Carlos optou por torná-los prestadores de serviço. “Sendo autônomos eles conseguem ter uma flexibilidade maior, podem fazer os atendimentos particulares que quiserem. Para mim é melhor, pois consigo manter a minha equipe de confiança, que trabalha comigo desde o início”.

A fisioterapeuta Dra. Viviane Nishida faz parte da equipe do Dr. Carlos há três anos. Ela atende pacientes nas áreas de pilates e acupuntura. Chegou a trabalhar como CLT na própria clínica e suas outras experiências foram como autônoma. “Particularmente não gostava, mas acabei me adaptando.

Hoje prefiro porque ganho mais e faço os meus horários. São raros os lugares em que os fisioterapeutas trabalham como CLT”.

Organização é uma característica apontada pela Dra Viviane como primordial, pois o profissional acaba lidando com contas e com toda uma burocracia que não está familiarizado. “Às vezes você atende hoje para receber só no mês que vem. Tem que ter controle, para não se perder”, orienta.

Colega de Dra. Viviane e Dr. Carlos Eduardo, Dr. André Pongeluppe Cesar sempre trabalhou como autônomo. Com um mercado de trabalho disputado, no começo da carreira chegou a ficar dois anos sem conseguir atuar com fisioterapia. “Cheguei a trabalhar em outras áreas para conseguir sobreviver. É difícil você trabalhar como CLT. Na minha opinião o salário não é bom e são poucas as vagas”, lamenta.

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13 de ou

Dia do Fisioterapeuta e d

Construindo uma história de esperança Evoluindo através do tempo Amadurecendo cada vez mais, em todas as áreas

outubro

do Terapeuta Ocupacional

anos

ParabĂŠns!

Elis Granado

Dr. Rivaldo Novaes folheia documento de 8 de setembro de 1969 nos arquivos do Governo, em Brasília, sobre a então propensão da retirada do termo “técnico” das profissões

revista do crefito-sp .outubro.2011

Profissões [20]

o

Comissão de Memória do Coffito se engaja na reconstrução histórica da fisioterapia e da terapia ocupacional

revisitadas

brasileiro Laurentino Gomes, autor dos bestsellers 1808 e 1822, disse certa vez que “o objetivo da história é iluminar o passado para entender o presente e construir o futuro”.

Esta frase ajuda a entender bem a empreitada em que o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) embrenhou-se. Profissionais da área se muniram de espírito aventureiro para reconstituírem o caminho claudicante da consolidação da fisioterapia e da terapia ocupacional no Brasil desde seus primeiros anos de vida. Para este propósito, foi reativada a Comissão de Memória do Coffito.

Por Alexandre Camargo

Nas palavras do presidente do Coffito, Dr. Roberto Mattar Cepeda, “a Comissão de Memória foi criada com o intuito de desvendar alguns mitos sobre a história das nossas profissões. A importância desse projeto está na possibilidade de resgatarmos documentos, vídeos e fotos históricas relacionadas à criação e ao desenvolvimento da fisioterapia e da terapia ocupacional no campo da formação e do exercício profissional”.

Outro envolvido de corpo e alma no projeto é o fisioterapeuta Dr. Rivaldo Rodrigues Novaes Júnior.

Formado pela Faculdade de Fisioterapia Don Domê-

Decreto-lei nº 938 de 13 de outubro de 1969 Trechos do Decreto-lei que serviu de pontapé inicial para a regulamentação das profissões no Brasil Reprodução

Art. 1º- É assegurado o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, observando o disposto no presente Decreto-lei.

Art. 2º - O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, diplomados por escolas e cursos reconhecidos, são profissionais de nível superior.

Art 3º - É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente.

Art. 4º - É atividade privativa do terapeuta ocupacional executar métodos e técnicas terapêuticas e recreacionais com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade mental do paciente.

OS ACHADOS Os primeiros triunfos da pesquisa foram redescobertos no Arquivo Nacional e na Coordenação de Documentação e Informação (Codin) ligada à Secretaria Geral da Presidência da República. Dr. Rivaldo conseguiu encontrar o Decreto-lei nº 938 (veja ao lado) e, de quebra, encontrou outros três documentos desconhecidos que fundamentaram o Decreto-lei. São eles: o parecer de 17 de julho de 1967 do Dr. Leonel Miranda, então ministro da Saúde; o parecer de 18 de agosto de 1969 do Dr. Tarso Dutra, então ministro da Educação e Cultura; e o ofício de 8 de setembro de 1969 do Dr. José Medeiros, então ministro extraordinário para Assuntos do Gabinete Civil, endereçado ao Dr. Rondon Pacheco.

Além da caça aos documentos, Dr. Roberto Cepeda explica outro caminho seguido nas pesquisas. “Os membros da Comissão estão motivados para o trabalho, realizando entrevistas, solicitando materiais e documentos aos familiares daqueles que já nos deixaram e também às pessoas que fizeram e fazem parte da história”, conta.

Fonte: Decreto-lei nº 938 de 13 de outubro de 1969 - Arquivo Nacional, Brasília.

Na próxima edição...

Sabe quem foi o Dr. Eugênio Lopez Sanchez? Ele foi um dos precursores da fisioterapia no Brasil, mesmo sendo natural de outro país. Fincou pé por aqui desde que chegou da Espanha, em 1951. Formado “técnico” em fisioterapia pelo antigo Curso Rafael de Barros, foi um dos que lutaram durante o Regime Militar pela regulamentação da fisioterapia e da terapia ocupacional. É também professor aposentado do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e cuidou, dentre vários outros pacientes, de Assis Chateaubriand.

Conheça a história de profissionais que marcaram a história das profissões na próxima edição da revista. Aguarde!

//Na internet: Comissão de Memória do Coffito: www.coffito.org.br/memoria/memorias.asp

DE VOLTA PARA O FUTURO Vivemos um momento de crescimento e de amadurecimento da fisioterapia e da terapia ocupacional no país e o futuro das profissões é considerado auspicioso, na opinião de Dr. Rivaldo. “Eu imagino um crescimento quantitativo enorme da fisioterapia e até mais da terapia ocupacional. A terapia ocupacional deverá ter, em breve, um número muito maior de profissionais. E eles vão fazer parte de cada município. Efetivamente”, comenta sobre a necessidade premente da presença do terapeuta ocupacional na saúde pública.

Para Dr. Roberto Cepeda, o futuro é igualmente promissor. “Precisamos ser mais inovadores, empreendedores e, obviamente, conhecer e valorizar o nosso passado. Somente aquele indivíduo que reconhece e respeita a sua história terá a possibilidade de se encantar ou não com o seu futuro”. A construção do futuro das profissões já começou e está acontecendo neste exato momento. Você também faz parte desta história.

revista do crefito-sp .outubro.2011

nico e atual docente e vice-diretor da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Santa Cecília, em Santos, ele é o coordenador da Comissão de Memória na área da fisioterapia. Dra. Vida Belfort Mattos é a coordenadora na área da terapia ocupacional. “Fui convidado para fazer parte da Comissão de Memória do Coffito há alguns anos. Desde que a Comissão foi montada veio aquela ideia de tentar achar a pasta que contém o arquivo do Decreto-lei nº 938, de 13 de outubro de 1969”, diz Dr. Rivaldo, deixando claro desde o início qual era um dos principais anseios da Comissão: encontrar o Decreto-lei que regulamentou as duas profissões. Era.

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Fotos Rodrigo Svrcek

Pacientes com sobrepeso realizando a dança sênior

Dançar não

tem idade A dança sênior proporciona bem-estar para pacientes acima dos 60 anos

a

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Por Rodrigo Svrcek

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população tem a perspectiva de viver cada vez mais nos próximos anos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a expectativa média de vida do brasileiro é de 75 anos.

Proporcionar qualidade de vida à população idosa é um dos desafios da fisioterapia e da terapia ocupacional. Por isso, recentemente a dança sênior foi incluída como parte dos tratamentos de prevenção e reabilitação para idosos.

A dança sênior surgiu em 1974, na Alemanha, para manter os idosos em atividade de uma forma que respeitasse seus limites. Ela é usada para fortalecer o equilíbrio e na reabilitação de pacientes com

dificuldades de locomoção.

O tratamento é um misto de exercícios baseados no folclore. A prática de exercícios aliada às atividades em grupo e ao fator lúdico da dança trazem muitos benefícios para os idosos. “Eles têm um ganho na parte emotiva, psicológica, psicossomática, sem falar na parte motora, de amplitude articular e tônus muscular”, afirma Dr. Marcelo Djanikian, supervisor do Pro Ativa do Hospital e Maternidade São Cristóvão.

Apesar de focada em um público acima dos 60 anos, a prática da dança sênior pode ser realizada por pessoas de qualquer faixa etária. Existem duas modalidades de tratamento: a dança sentada e a em pé.

DANCE A SUA MANEIRA A variação da modalidade da dança, em pé ou sentada, é para se adaptar às limitações de cada paciente. Os movimentos usados na dança em pé servem para fortalecer a musculatura das pernas e restabelecer o equilíbrio, para que o paciente consiga realizar as atividades do seu cotidiano sem risco de queda.

Para as pessoas que têm dificuldades em permanecer em pé ou com restrição de mobilidade nos membros inferiores, existe a dança sentada. Os exercícios são feitos em cadeiras dispostas em forma circular, em que o paciente faz movimentos com tronco e braço e alguns leves movimentos com as pernas.

As atividades não ficam restritas só às coreografias feitas ao som das músicas pré-selecionadas pelos fisioterapeutas. Em alguns casos são usados lenços e bolas para reforçar os exercícios. “Ajuda no ritmo e na coordenação o fato de segurar objetos maiores e menores”, diz a fisioterapeuta Dra. Luciane C. Oliveira, dirigente de dança sênior do hospital São Cristóvão.

As duas modalidades de dança usadas na fisioterapia podem ser administradas de forma complementar e têm o mesmo grau e importância no tratamento dos pacientes. “Tanto a dança sentada como a em pé melhoram a qualidade de vida do paciente. É esse o nosso enfoque”, fala a fisioterapeuta Dra. Ercília A. Pivoto, dirigente de dança sênior do hospital São Cristóvão.

Apresentação de dança sênior após final do tratamento

Idosos realizando terapia com a dança sentada

Obesidade No Centro de Referencia do Idoso (CRI Norte), a dança sênior é parte do tratamento para os idosos que estão acima do peso. Os grupos são compostos por no máximo 20 pacientes que antes passam por avaliação e tratamento com nutricionistas e psicólogos.

Nesse caso, a dança atua na melhora do equilíbrio, condicionamento físico, treino de força, além de incentivar os idosos à prática de ativi-

dades físicas frequentes.

Há certos cuidados a serem tomados no trato de idosos com sobrepeso. “Nós observamos se o paciente está fazendo o exercício de forma correta, aumentamos o tempo de descanso, observamos se eles estão com dores. Se estiverem, nós pedimos para diminuírem o ritmo”, explica a fisioterapeuta Dra. Thaís C. Coelho, responsável pela dança no CRI Norte.

//Na internet:

Hospital São Cristóvão: www.saocristovao.com.br/hospital/

Pacientes de dança sênior realizada em pé

Dras. Ercília Pivoto, Luciane Oliveira, Dr. Marcelo Djanikian e Dra. Thaís Coelho

Saiba mais sobre a dança sênior: www.portalbethesda.org.br/site_portugues/danca/index_ds.htm www.crinorte.org.br/

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Alexandre Camargo

revista do crefito-sp .outubro.2011

[24]

c

Brincadeira Assunto de gen

orrer em volta do parque, malhar e até jogar uma inocente partidinha de futebol.

Em maior ou menor escala, essas e outras atividades físicas são exercícios provocativos. O adjetivo assusta à primeira vista. Indica que algo provoca, excita, desafia. Com um significado um tanto quanto

pejorativo, esta palavra se refere às práticas esportivas que podem provocar algum tipo de lesão no praticante, ou seja, àquelas práticas que podem não ser tão salutares quanto se esperava que fossem.

Dr. Nivaldo Vanderlei Baldo, presidente da Sociedade Brasileira de Fisioterapia Clínica e Esportiva

(Sobrafice), fisioterapeuta especialista em tratamento de atletas em geral e uma das maiores referências do mundo em exercícios provocativos, explica melhor. “O exercício provocativo pode ser provocativo para você e pode não ser para outra pessoa. A generalização é que tem atrapalhado. A intensidade e

de criança. te grande por Alexandre Camargo

o número de repetições são o que tornam uma atividade provocativa ou não. Por exemplo, se eu corro 10 km por dia e de repente passo a correr 40, então a corrida passa ser um exercício provocativo”, esclarece.

Os alertas sobre os exercícios provocativos começaram na transição da década de 1970 para

a de 1980. Dr. Nivaldo concebeu uma lista com os exercícios provocativos que considera serem os mais comuns: agachamento, alongamento, caixa de areia, leg press, pilates e ioga. Vale ressaltar que em várias atividades, como no alongamento, pilates e ioga, os exercícios podem ser ótimos para

Jovens começam a praticar esporte cada vez mais cedo.

Como orientá-los, educálos e protegê-los da melhor maneira possível dos reveses de uma equivocada iniciação esportiva?

revista do crefito-sp .outubro.2011

A professora de balé Flávia Gioia ensina o passo demi-plié para suas jovens alunas no Clube Alto dos Pinheiros, em São Paulo

algumas partes do corpo e péssimos para outras. Reiterando, o que não pode é generalizar. O ideal é que cada pessoa faça uma análise prévia de sua saúde e de suas condições físicas e tenha um acompanhamento diferenciado, seguindo suas necessidades e não [25] ultrapassando os seus limites.

revista do crefito-sp .outubro.2011

“MAMÃE, QUERO SER CAMPEÃO!”

[26]

O assunto fica mais delicado quando pensamos nas crianças.

Muitos pequeninos praticam esporte desde muito cedo para se divertir ou profissionalmente.

Sirlene Cristina da Silva, mãe de Giovana, atleta profissional de ginástica olímpica do Sesi de Santo André, diz que sua filha “se preocupa muito. Se ela erra um exercício, fica tensa. Ela quer sempre se dar bem. Ela quer ser famosa e se cobra muito por causa disso”. Giovana tem nove anos.

A fisioterapeuta Dra. Tatianna Baptistella Faro, especialista em Aparelho Locomotor no Esporte pela Unifesp e há dois anos no Centro de Reabilitação do Sesi de Santo André, diz que é essencial as crianças da ginástica serem acompanhadas por vários profissionais.

“Além dos exercícios de fisioterapia três vezes por semana, as meninas são acompanhadas por uma médica e também por uma psicóloga”, completa.

A pergunta a se fazer é: até que ponto essa precoce iniciação no esporte faz bem aos jovens? O tema já ganhou proporções maiores em várias partes do mundo, notadamente no país com melhor desempenho olímpico da história, os Estados Unidos da América, e vem ganhando a atenção no Brasil.

Dr. Nivaldo engrossa a legião dos preocupados com o assunto e diz que os pais têm um papel crucial na educação esportiva das crianças e alerta para possíveis padrões de comportamento. “Os pais têm a ideia de que os filhos vão começar a treinar cedo e que serão grandes campeões. Não! Dizem ‘meu filho vai ser o melhor do mundo, vai jogar como o Messi, como o Franz Beckenbauer’... Não é assim”, exemplifica.

O Clube Alto dos Pinheiros, em São Paulo, é um exemplo de local onde o lado prazeroso das atividades esportivas é bastante explorado. Maria Alice Leopoldo e

Ginastas do Sesi de Santo André durante sessão de treinamento

O professor de educação física Marcelo Volpiano supervisiona alongamento de alunas iniciantes na ginástica olímpica

Na balança...

Benefícios e riscos físicos associados à participação de crianças em esportes BENEFÍCIOS

RISCOS

Promoção de crescimento físico

Lesões musculares

Estímulo do desenvolvimento motor

Trauma

Benefício cardiovascular

Osteocondrose (apofisite de tração)

Efeito positivo no perfil lipídico

Fratura

Redução do risco de diabetes melito tipo 2

Disfunção menstrual

Incremento da massa óssea

Escoliose

Aumento de força e massa muscular

Tendinite

Fonte: Artigo “Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes” (2008).

Por Crésio Alves e Renata Villas Boas Lima

Silva, coordenadora do clube das áreas de Balé Clássico, Hip Hop, Ritmos Latinos e Dança de Salão e professora de balé há 27 anos explica que para as “crianças pequenas há muito trabalho através de aulas lúdicas que exploram o lado cognitivo”. Crianças a partir de quatro anos podem ser vistas durante as aulas de balé saltitando, divertindo-se e aprendendo.

Dr. Nivaldo indaga e elucida. “O que fazer se você tem uma criança que faz uma atividade muito bem? Proteja-a”. Em competições profissionais todos estão passíveis de dores, de traumas, de contusões. Marcelo Volpiano, professor de educação física há 25 anos, especialista em ginástica olímpica e professor do Sesi de Santo André, diz que “as lesões acontecem quando o esporte chega no alto rendimento. Isso é um fato.” O que deve ser feito, segundo ele, é “um trabalho preventivo com preparação física específica pra evitar lesões”. Dra. Tatianna cita a importância do Programa Preventivo realizado com as ginastas do PAF do Sesi. “A presença do //Na internet:

Dr. Nivaldo Baldo em sua clínica, em Campinas

Mens sana in corpore sano Um estudo feito em 2001 pelo Dr. Daniel Gould, da Michigan State University, chamado The Development of Psychological Talent in U.S. Olympic Champions, traça o perfil psicológico do campeão olímpico norte-americano e mostra que as crianças podem se tornar grandes atletas se receberem incentivo, apoio, respeito e confiança recíproca de seus pais e/ou treinadores. Isso demonstra que o fator psicológico é determinante na empreitada de jovens ao sucesso profissional no esporte. Patrícia Braga, professora do Sesi, explica que o amadurecimento psicológico é gradual. As crianças passam a assimilar melhor o esporte depois que passam por dificuldades.

“Nem sempre você ganha, tem que saber lidar com algumas frustrações também”, diz.

fisioterapeuta no trabalho com as crianças em iniciação esportiva é fundamental, pois os conhecimentos teóricos e práticos de anatomia e biomecânica ajudam a evitar lesões que porventura possam afastar as ginastas dos treinos”, diz.

Corroboração seguida por Dr. Nivaldo. Segundo ele, “para melhorar a situação tem que ter fisioterapia ao alcance de todos. Sem exclusão. O Brasil só vai melhorar quando tiver em cada centro de saúde, em cada escola e em cada clube vários fisioterapeutas para orientar.” E continua: “Não adianta fazer basquete, por exemplo, se o menino tem uma escoliose.

Com todo o respeito aos colegas profissionais, isso não é do médico e nem do professor de educação física. É do fisioterapeuta”. É por esse caminho, cercandose de todos os cuidados e orientados por profissionais capacitados, que as crianças têm que ser guiadas para praticarem esportes se divertindo e, quem sabe no futuro, serem fonte de inspiração para jovens de outras gerações.

PAF (Programa Atleta do Futuro) do Sesi: http://www.sesisp.org.br/sesiesporte/programa.asp Clube Alto dos Pinheiros: http://www.clubeap.com.br

revista do crefito-sp .outubro.2011

Patrícia Turina Braga, professora de educação física no Sesi de Santo André

Fotos Alexandre Camargo

“O Programa Atleta do Futuro (PAF) do Sesi tem cinco fases e trabalha com crianças de 6 a 17 anos. Aquelas que forem se destacando a partir de um certo nível técnico passam para o nível PAF Treinamento que é uma preparação desses alunos para um possível ingresso nas turmas de rendimento”

[27]

sucesso

Exemplos de

Por Rodrigo Svrcek

N

esta edição a revista

revista do crefito-sp .outubro.2011

[28]

Dr. Jefferson Rosa Cardoso é formado em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mestre em Educação da Saúde pela Maastricht University da Holanda e doutor em Ciências pela Unifesp.

Iniciou a carreira no tratamento de pacientes com problemas neurológicos, ortopédicos e reumatológicos com a fisioterapia aquática. A partir de então, passou a organizar competições de natação paradesportiva, indicada para pessoas com limitações temporárias ou definitivas.

Foi durante esse período que Dr. Jefferson começou a transição para a vida acadêmica, conciliando a atividade clínica com o ensino superior. Ao saber de uma vaga no departamento de Fisioterapia da UEL, prestou uma prova e começou a trabalhar como professor nas disciplinas de fisioterapia reumatológica e prótese e órtese.

Em 2002, fundou o Grupo de Pesquisa em Avaliação e Intervenção em Fisioterapia (PAIFIT), que tem como objetivo investigar a efetividade das técnicas utilizadas na fisioterapia tanto em tratamentos terrestres quanto

do CrefitoSP traz histórias de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que se destacaram longe dos consultórios

Dr. Jefferson realizando terapia aquática em paciente

Arquivo Pessoal

DEDICADO A ESTUDAR A FISIOTERAPIA

aquáticos, além de utilizar as ferramentas em biomecânicas para análise do movimento.

Atualmente Dr. Jefferson ministra aulas de Bioestatística e Pesquisa Clínica nos Programas de Pós-Graduação Associados em Ciências da Reabilitação (UELUnopar) e Educação Física (UELUEM). Na graduação, ministra aulas de Fisioterapia Reumatológica e Aquática.

Um momento marcante na vida do profissional foi o trabalho voluntário com crianças com Síndrome de Down, pessoas com lesão de medula e amputados, logo no início de carreira. “Trabalhar com natação ajudou muito o entendimento do que a pessoa com alguma limitação (definitiva ou temporária) precisa e o que podemos ofertar como tratamento”, conta.

Para o futuro, ele seguirá atuando na área acadêmica e de pesquisa, para que os conhecimentos sobre a efetividade da fisioterapia sejam testados e colocados em prática. Além disso, outra área que desperta interesse é a de recursos humanos na saúde. “Também continuo ávido pela formação de recursos humanos em saúde e, com isso, a nossa população sai ganhando em qualidade no atendimento e com um profissional melhor preparado”, diz.

sucesso

Exemplos de

Na visão de Dr. Jefferson, para o fisioterapeuta ser um profissional bem sucedido ele deve ter gosto pelo estudo e pelo conhecimento, pois só assim poderá tomar as melhores decisões no tratamento de seu paciente. “A faculdade é só o início, a base, que precisa ser sólida. Dominar o inglês para ter acesso à literatura atual, principalmente se quiser seguir a área acadêmica ou de pesquisa, é preponderante”, diz.

O começo não foi fácil, mas tive professores que me ajudaram nesta caminhada, além de minha esposa. Constituir uma família foi meu grande incentivo para superar os desafios, poder dar exemplo para minha filha, que era bebê na época” Dr. Jefferson R. Cardoso

O ESTUDO PREMIADO

Dr. Jefferson R. Cardoso, recentemente premiado em congresso mundial na Holanda

revista do crefito-sp .outubro.2011

“Trabalhar com natação ajudou muito o entendimento do que a pessoa com alguma limitação (definitiva ou temporária) precisa e o que podemos ofertar como tratamento”

Arquivo Pessoal

Abordando os efeitos do pilates em pacientes com lombalgia, Dr. Jefferson foi premiado com a melhor apresentação oral da América Latina no 16º Congresso Mundial de Fisioterapia, promovido pela World Confederation of Physical Therapy, em Amsterdã, na Holanda. O trabalho apresentado tem o título O efeito do método Pilates sobre a dor e funcionalidade para pacientes com lombalgia crônica não especifica: revisão sistemática e metanálises.

O estudo aborda a técnica do pilates aplicada na fisioterapia em pacientes com lombalgia. A proposta da pesquisa foi feita inicialmente aos alunos de mestrado em Ciências da Reabilitação e Educação Física da UEL. O projeto tem a orientação de Dr. Jefferson e foi aprovado pelo jornal britânico Clinical Rehabililation.

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sucesso

Exemplos de

Arquivo Pessoal

Dra. Júnia J. Rjeille Cordeiro,terapeuta ocupacional preocupada com a gestão eficiente da saúde

revista do crefito-sp .outubro.2011

EM BUSCA DE DESAFIOS

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Dra. Júnia Jorge Rjeille Cordeiro é graduada em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e possui MBA em gestão de saúde.

Inspirada por um tio, também terapeuta ocupacional, Dra. Júnia descobriu que a profissão poderia unir duas das coisas que ela mais gosta: ciências biológicas e atividades artesanais e artísticas.

“Descobri que sendo terapeuta ocupacional eu uniria esses dois aspectos”, diz.

A carreira começou como terapeuta ocupacional voluntária na área de serviço de cardiologia e cirurgia cardiovascular no Hospital das Clínicas da UFMG. Em seguida, conseguiu seu primeiro emprego remunerado em um clínica que trata de crianças e adolescentes com distúrbio de desenvolvimento e aprendizagem. Seis nesses depois, ela já havia conseguido seu primeiro paciente particular.

Dois anos e meio depois de formada, tornou-se a primeira

“Aceitei o desafio de implantar a Terapia Ocupacional no Hospital Albert Einstein e fui convidada para fazer a gestão geral de uma grande entidade de reabilitação que é o Lar Escola. Foi uma grande virada!”

ex-aluna a fazer parte do corpo docente da universidade. Nesse momento, passou se dedicar exclusivamente à área acadêmica.

O ano de 1996 reservou um grande desafio para Dra. Júnia: mudar-se para São Paulo e retomar a carreira clínica da terapia ocupacional em uma cidade que ela pouco conhecia. Mas a profissional conseguiu abrir seu próprio negócio e atrair novos pacientes.

A entrada na área de gestão aconteceu após o convite para implantar a terapia ocupacional no centro de reabilitação do Hospital Albert Einstein. O novo trabalho rendeu frutos, tanto que junto com as outras especialidades do centro de reabilitação, foi o primeiro serviço da América Latina a receber certificação de qualidade ISO 9001.

O sucesso despertou o interesse pela área gerencial e levou a profissional a fazer MBA em gestão de saúde. É nessa área que a Dra. Júnia vê o seu futuro profissional.

“Quero continuar atuando nessa área para que, junto com a equipe multidisciplinar e multiprofissional, possa construir um modelo de gestão sustentável para esses serviços e muito eficiente para os pacientes”.

A profissional acredita que para o terapeuta ocupacional ter sucesso em seu ramo de atuação é preciso estar disposto a se dedicar à profissão. Além disso, deve ser criativo, persistente, buscar a atualização, não temer desafios, e ter uma forma diferenciada de exercer a profissão.

sucesso

Exemplos de

AJUDA À POPULAÇÃO Dr. Rogério Alexandre dos Santos é graduado em fisioterapia pela Unifieo, fez especialização em Aparelho Locomotor no Esporte pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e em Acupuntura.

Dr. Alexandre descobriu a fisioterapia por um amigo que lhe falou sobre o curso e isso despertou sua curiosidade.

Após realizar algumas pesquisas, percebeu que atuar nessa área seria uma realização pessoal e que poderia fazer algo de importante para as pessoas.

Iniciou a carreira logo após concluir a graduação fazendo alguns estágios na área esportiva e atendimento em domicílio, sempre buscando aperfeiçoar seus conhecimentos.

Profissional concursado da Prefeitura Municipal de Barueri, desde 1997, ele hoje faz parte

da Guarda Municipal da cidade, onde realiza um trabalho multidisciplinar junto com preparadores físicos, fisioterapeutas e enfermeiras no auxílio aos munícipes na prática de exercícios físicos nas pistas de caminhada nos bairros da cidade.

O projeto realizado na cidade de Barueri visa dar suporte para as pessoas que gostam de praticar a caminhada. Com a ajuda de outros profissionais da saúde, ele promove sessões de acupuntura e dá dicas a respeito dos cuidados que devem ser observados para a prática da atividade com saúde.

Quando fazia tratamento voluntário em domicílio aconteceu um caso marcante que Dr. Alexandre lembra até hoje: uma paciente que sofreu um acidente automobilístico e teve uma lesão medular. “Como fisioterapeuta, procurei fazer a minha parte e foi fundamental para sua adaptação. Ao vê-la fico feliz de ter contribuído em sua reabilitação”, conta.

Ele acredita que a fisioterapia seja um dom. “Para ser um profissional de sucesso é necessário gostar de lidar com pessoas, ser altruísta, se dedicar de verdade e fazer sempre o melhor possível”, conclui.

revista do crefito-sp .outubro.2011

Arquivo Pessoal

Dr. Rogério Alexandre dos Santos presta auxílio à população adepta da prática de caminhadas

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tas NOTAS

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Fotos - Crefito-SP

CrefitoSP

Mesa redonda moderada pelo Prof.

Dr. Rinaldo Guirro

revista do crefito-sp .outubro.2011

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E NOMEAÇÃO DE DELEGADOS VISA EXPANDIR ATUAÇÃO DO CONSELHO

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Durante os meses de agosto e setembro, o CrefitoSP realizou audiências públicas e nomeou delegados na sede do Conselho e em diversas cidades do interior, como Presidente Prudente, Marília, Santos, Sorocaba, Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

O CrefitoSP tem se empenhado em falar sobre empregabilidade para os profissionais. Nessas ocasiões, houve audiência pública com os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para debater o assunto, além de palestras sobre empreendedorismo e sobre as novas perspectivas da fisioterapia e da terapia ocupacional.

Os novos delegados empossados têm a missão de defender os interesses da fisioterapia e da terapia ocupacional no Estado e também o importante papel de ajudar na conscientização da população acerca dos direitos que ela pode exigir na saúde pública.

Os delegados têm como objetivo representar o CrefitoSP no Conselho Municipal de Saúde de cada município e também em eventos pela região. A presença dos delegados nos Conselhos Municipais de Saúde é premente, pois são nesses conselhos que são estabelecidas as políticas de saúde pública de cada cidade e o direcionamento da aplicação dos recursos financeiros.

ww.sxc.hu

Uma cena da novela Morde e Assopra da Rede Globo causou polêmica ao promover o exercício ilegal da profissão de fisioterapeuta. Na cena, exibida em 31 de agosto, os personagens Dr. Tadeu (médico) e Renato (enfermeiro) informam à personagem Amanda (mãe de Rafael, paciente com leucemia) que o enfermeiro estaria plenamente habilitado a executar técnicas fisioterapêuticas, por ter exercido a “profissão” de auxiliar de fisioterapia, ter trabalhado em uma clínica de fisioterapia e cursa-

//Na internet: Mais no site: www.crefito.org.br

do cursos técnicos que, supostamente, o habilitariam para tanto.

O CrefitoSP alerta que a cena da novela traz prejuízos enormes ao sucesso da ação fiscalizadora ao incentivar o exercício da fisioterapia por um enfermeirotécnico e sem formação na área.

Assim, o Conselho enviou ofício ao autor e aos diretores da novela, solicitando a imediata retificação da informação veiculada, da forma mais adequada para o normal desenvolvimento da trama. Veja o conteúdo do ofício no site do CrefitoSP.

revista do crefito-sp .outubro.2011

CREFITOSP PEDE RETIFICAÇÃO À REDE GLOBO

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oficial COMUNICADO OFICIAL

comunicado

revista do crefito-sp .outubro.2011

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ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO: EXIJA ESSE DIREITO

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A Constituição Federal garante a livre concorrência e isso é bom para a economia e para o país (Art. 170, inciso IV). Porém, os mecanismos para proibir o abuso do poder econômico ainda precisam ser aprimorados, de forma a evitar que sociedade seja a própria vítima da concorrência desleal.

Um exemplo claro desse abuso são os valores que os planos de saúde privados pagam aos profissionais que socorrem a vida de seus clientes. Esses planos de saúde são regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que deveria estabelecer critérios claros para preservar os interesses, não apenas desses planos, mas também do segurado e dos profissionais que prestam os serviços de saúde (Lei 9.656/98). Entretanto, a ANS tem autorizado o aumento dos valores dos planos acima da inflação e nada tem feito para evitar o pagamento irrisório aos serviços prestados pelos profissionais da saúde.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) estabeleceu uma remuneração mínima dos honorários que os profissionais devem cobrar,

preservando, assim, a dignidade das profissões e garantindo o tratamento prestado seja individualizado e de qualidade (veja os valores no site do CrefitoSP).

O Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado de São Paulo (CrefitoSP) está mapeando o que cada plano de saúde paga para esses profissionais e irá em breve divulgar esses valores para a população. O resultado dessa prática predatória é que a população acaba sendo atendida em grupos. O CrefitoSP alerta a população que esse tipo de atendimento em grupo pode agravar o problema de saúde no lugar de resolvê-lo.

A Constituição Federal garante ao usuário o direito a um atendimento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional individualizado e de qualidade. Para ter efeito, esse atendimento deve durar, no mínimo, 45 minutos.

O CrefitoSP orienta a população a exigir esse direito e a denunciar os abusos através do e-mail ouvidoria@crefitosp.gov.br, para que sejam tomadas as medidas cabíveis.

O CrefitoSP também sugere à população a não comprar planos de saúde que não ofereçam atendimento individualizado de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

novo

ações INFORMAÇÕES

inform

CrefitoSP site do

ENTRE E CONFIRA! e transparência na movimentação financeira do Conselho - valores arrecadados, aplicados e gastos pela autarquia

LICITAÇÕES: você poderá também saber como e quais são as bases legais para os gastos realizados e todas as licitações realizadas ou em curso no CrefitoSP NOTÍCIAS: uma única notícia na home e todas as últimas notícias publicadas disponíveis na página que se abre. Vídeos e revistas já disponíveis na Sala de Imprensa

crefitosp.gov.br

www.

revista do crefito-sp .outubro.2011

CONTROLE SOCIAL: ampla publicidade

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Social em Comemoração ao Ação

13 outubro de dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional Data15/10/2011 Horário a partir das 10h Local Parque Mário Covas (esquina da Av. Paulista com a Al. Min. Rocha Azevedo)

O que vai rolar:

Show com a dupla

Erico Neto & Daniel Atendimento gratuito das seguintes áreas: Pilates

Neurologia (adulto/infantil)

Oncologia

Quiropraxia

Dermatofuncional

Risoterapia

Osteopatia

Desportiva

Terapia com cães

Saúde da Mulher

Acupuntura

Campanha antitabagismo

Geriatria e Reumato

Terapia da Mão

Cardiorrespiratória

Saúde Mental

Ergonomia e Saúde do Trabalho

crefitosp.gov.br

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