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Ano I Nº 6 abril 2015

distribuição gratuita

magazine

entrevista

Ricardo Rodrigues Ribeira Grande

2015 traz novidades culturais

Inauguração

Sinagoga Porta do Céu

Entrevista a CArlos Melo Bento

recordar o

25 de abril

SAÚDE

ATIVA-a-MENTE PARA TODAS AS IDADES Desporto motorizado

RAli Sical Social

16º El AÇor



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Entrevista

eventos

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Entrevista

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361

Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Renato Carvalho, José de Almeida Mello, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA, João Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa, Orlando Medeiros e Victor Melo

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novidades culturais

Inauguração

Sinagoga Porta do Céu

TESTEMUNHOS DO TEMPO com José de almeida mello

um olhar criativo

com Henrique Vieira Silva

Prémios Arpa

Oito distinções para Entidades e indivudualidades

SAÚDE

ATIVA-a-MENTE PARA TODAS AS IDADES


grande entrevista Ricardo Rodrigues - MUSAMI

“Temos de atingir 50% de resíduos para reciclagem. A nossa média ronda os 20%”

Tem sido notória a adesão das populações à separação de resíduos. Cresceu mais de 2% o envio de resíduos para reciclagem, em 2014, mas ainda assim as metas europeias a cumprir até 2020 estão longe de ser alcançadas. Faltam cinco anos e para já a média de reciclagem ronda os 20%. Ricardo Rodrigues diz que só com o sentido de cidadania será possível chegar aos índices estabelecidos. Natacha Alexandra Pastor

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Criativa - Um dos pontos fortes da MUSAMI é efetivamente o da reciclagem. Nos últimos anos nota-se um crescimento e como tal uma adesão maior da população à reciclagem. Existe uma meta do que seria desejável no que respeita a este comportamento? Ricardo Rodrigues - A MUSAMI é a entidade responsável pela gestão e tratamento de resíduos de cinco concelhos da ilha de São Miguel: Lagoa, Ponta Delgada, Povoação, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo. Isto é, recebemos resíduos de mais de 132 mil habitantes no Ecoparque da Ilha de São Miguel. Como tal, o encaminhamento de resíduos valorizáveis para o continente constitui uma das nossas grandes prioridades, até porque existem metas europeias a cumprir. Até 2020, temos de atingir 50% de resíduos para reciclagem. Neste momento, a nossa média ronda os 20%. Portanto, ainda temos um caminho a percorrer e já só faltam cinco anos para atingirmos os objetivos. Claro que tal só será possível com a participação responsável das pessoas. O que dizem os indicadores da participação e responsabilidade das populações em matéria de reciclagem? Efetivamente temos vindo a assistir a um incremento da adesão das populações à separação de resíduos, facilitado com a recolha seletiva porta a porta. Em 2014, foram enviadas 9903,86 toneladas de resíduos para reciclagem, o correspondente a um aumento de 2,08% em comparação ao ano anterior. É possível perceber, por concelhos, qual (ou quais) mais se identifica com a reciclagem? Não é possível estabelecer uma identificação deste género, uma vez que se

tratam de concelhos com número de habitantes díspar entre si. Obviamente que o concelho mais populoso terá melhores indicadores que os restantes. Verifica-se porém, isso sim, uma evolução em termos de desempenho. Por exemplo, a Lagoa assistiu a um crescimento da seletiva da ordem dos 7,64%, enquanto Vila Franca do Campo surge logo a seguir com um desenvolvimento de 3,91%. E só em julho de 2014 é que a Povoação avançou com o sistema de recolha seletiva porta a porta do plástico/ metal e do vidro. É o papel/cartão que constitui o maior volume de materiais recicláveis com 2222,55 toneladas, seguindo-se o vidro com 1745,30 toneladas e o plástico/metal com 1474,44 toneladas. Atualmente os resíduos verdes assistem a uma maior expressão em termos de resíduos valorizados a atingir as 4362, 44 toneladas. As campanhas de sensibilização têm tido resposta dos cidadãos? As campanhas de sensibilização ambiental assumem uma importante fatia em termos de investimento por parte da MUSAMI. Nós promovemos visitas de estudo ao Ecoparque da Ilha de São Miguel, garantindo o transporte aos alunos do 2º, 3º ciclos e secundário às nossas instalações, pois entendemos que vendo de perto o que é feito aos resíduos que são separados em casa é a melhor forma de transmitirmos a nossa mensagem, desmontando assim alguns preconceitos que persistem ainda em relação à separação de resíduos. Em 2014, realizaram-se 51 visitas de estudo ao Ecoparque da Ilha de São Miguel a 1915 jovens e crianças. Paralelamente, desenvolvemos 111 ações de

“Este ano vamos apelar ao consumo da água da torneira. ” “Embora tenhamos observado uma redução de resíduos (em 2014), conseguimos por outro lado subir a exportação de resíduos para valorização, o que é muito importante…

“Se todos se

mentalizarem que a separação de resíduos trará benefícios para as suas vidas, ao nível da sua qualidade de vida, aí atingimos em pleno os nossos objetivos.

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Mensagem do Presidente da AMISM Vivemos um momento crucial em pleno século XXI. É tempo de ação. Tempo de consciência. Tempo de responsabilidade. Tempo de mudança. Para haver mudança, é necessário porém que esta comece em casa de cada um de nós. Por um princípio muito básico: separação dos resíduos para reciclagem. Um gesto simples mas que pode fazer toda a diferença no Planeta hoje e amanhã. Quando ainda há poucos anos se falava na importância da sustentabilidade ambiental para a sobrevivência das gerações futuras, rapidamente assistimos a uma alteração brusca de paradigma, fruto da indiferença do Homem para com a Natureza. Agora que começamos a sentir na pele os efeitos das alterações climáticas, não existem mais dúvidas que urge fazer algo já! Não podemos esperar que os outros o façam por nós! Cada um de nós tem a sua responsabilidade, que vai muito além do mero ato de cidadania. Temos assumido a missão de sensibilizar as pessoas para a importância da separação de resíduos com toda a convicção de que todos nós queremos viver num Planeta melhor. Mas para que tal suceda, impõe-se que todos se envolvam efetivamente neste desígnio! Nós não podemos ir a casa das pessoas e separar os resíduos por elas. Contudo, asseguramos que a recolha seletiva seja efetuada da melhor forma, garantindo todas as condições para que estes resíduos voltem a integrar o ciclo conferindo-lhes uma nova vida, sem que mexamos mais na Natureza! Não é preciso lavar os materiais, pois o objetivo é poupar recursos naturais e importantes como a água. Não é preciso retirar rótulos. Basta somente separar, colocar à porta de casa para recolha pelo seu município ou então deslocar ao ecoponto mais próximo. Não dá trabalho. Quando der por si, este gesto faz parte do seu ser. Um ser muito maior. Contamos com todos para conseguir atingir as metas europeias em matéria de valorização de resíduos. A MUSAMI não está a tratar do que é seu, mas de todos nós! Não é por acaso que o nosso lema é – Geramos valor para a Natureza!

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sensibilização ambiental em estabelecimentos de ensino junto de 4443 jovens, crianças e adultos. Chegamos também a 11 empresas e instituições particulares de solidariedade social, concretamente junto de 854 adultos. Neste momento, a MUSAMI detém 17 elementos distribuídos pelos seis concelhos da ilha de São Miguel para sensibilização das populações porta a porta, no âmbito do programa Recuperar. O projeto que arrancou há um ano estende-se agora durante 2015. Neste período, para além dos contactos desenvolvidos com vista a esclarecer os consumidores, foi realizado um inquérito junto de 13 992 pessoas. Desta forma, a MUSAMI pretende colmatar as lacunas apontadas no que toca à separação de resíduos de modo a alcançar as metas europeias, garantindo em simultâneo as melhores soluções na salvaguarda do ambiente. Acreditamos que o crescimento a que se assistiu ao nível da valorização seja reflexo das sensibilizações desenvolvidas, a par do esforço de cada uma dos municípios em matéria da recolha seletiva, uma vez que esta recolha porta a porta implica um investimento significativo da parte das autarquias. Para este ano está traçada alguma campanha inovadora/ nova? Todos os anos desenvolvemos campanhas de sensibilização ambiental. Em 2014, apostamos na prevenção de resíduos e nas visitas de estudos ao Ecoparque da Ilha de São Miguel. Este ano vamos apelar ao consumo da água da torneira. Água de qualidade e segura, devidamente tratada por cada um dos municípios da ilha de São Miguel. Para além de ser saudável, acaba por sair mais barata ao consumidor. E tem mais uma vantagem. Evita a produção de resíduos de plás-

tico. Será portanto inovadora uma vez que alia a prevenção de resíduos à saúde, ligados a um estilo de vida moderno em que as pessoas se preocupam mais consigo, com o ambiente e saúde. Isto sempre em articulação com os nossos municípios associados. A nível nacional e, correlacionando-se um pouco com a crise, fala-se numa diminuição de lixo, fruto de um menor consumo. A nível local, assistiu-se a menor produção de lixo? Poderá estabelecer-se semelhante ligação? A produção de resíduos está diretamente relacionada com o consumo, cenário em relação ao qual também não saímos imunes. E de facto no ano passado, conhecemos um decréscimo de produção de resíduos de 2,06%, resultado do menor poder de compra das pessoas obviamente. Agora a mudança a que assistimos nesta altura é que embora tenhamos observado uma redução de resíduos, conseguimos por outro lado subir a exportação de resíduos para valorização, o que é muito importante e reflete uma maior responsabilidade por parte dos cidadãos esclarecidos. Em que pé se encontra o processo para a construção da central de incineração de resíduos sólidos na ilha de São Miguel? Não sendo um processo que reúna consenso, a MUSAMI aguarda o bom desenrolar deste processo? A ser efetivamente resolvido, quando se estima o arranque da sua construção e entrada em funcionamento? Neste momento, está a decorrer o concurso público para a empreitada de construção da Central de Valorização Energética. Nesta fase, foram apuradas seis empresas que reúnem as condições para apresentarem uma proposta. Esperamos avançar com a sua construção até final do presente ano, no máximo em


2016. Trata-se portanto de um processo consensual. O concurso decorre dentro da normalidade. Que tarefa mais complicada cabe hoje à MUSAMI no âmbito dos seus objetivos? Mudar mentalidades será o maior desafio com que a MUSAMI se depara no seu dia-a-dia. Acompanhamos a evolução de novas tecnologias em matéria de gestão e tratamento de resíduos, procedemos aos investimentos que se impõem no encalço das melhores soluções ambientalmente sustentáveis e responsáveis. Mas os verdadeiros resultados materializar-se-ão com a adesão em massa à separação de resíduos, exequível com pessoas mais esclarecidas. Se todos se mentalizarem que a separação de resíduos trará benefícios para as suas vidas, ao nível da sua qualidade de vida, aí atingimos em pleno os nossos objetivos. As pessoas precisam de se capacitar que urge alterar os seus hábitos ambientais, como salvaguarda dos recursos naturais que delapidamos à custa de uma sociedade de consumo desenfreado.

Já assistimos às alterações climáticas que oscilam entre períodos de grande precipitação e frio, resultando em inundações e prejuízos materiais e pessoais, e alturas de seca. O que sucederá é que iremos pagar não só pelos prejuízos daí decorrentes, como para resolver os desequilíbrios ambientais que provocamos. Com

os problemas que provocarão na agricultura, podemos assistir a situações como a fome em países desenvolvidos. Ou seja, não podemos esperar. É tempo de agir. É tempo de cada um de nós agir em plena consciência e garantir um futuro sustentável não só para as gerações vindouras como atuais.


Mensagem do Presidente da Câmara Municipal

469 anos de elevação de Ponta Delgada a cidade Este ano, Ponta Delgada assinala 469 anos de elevação a cidade. O dia 2 de abril é, pois, um dia grande para a nossa história coletiva. Ao longo destes anos, a cidade ganhou o desafio do crescimento, da modernidade e do crescimento. Por referência aos anos passados, podemos concluir, com orgulho, que Ponta Delgada se impôs como a principal cidade dos Açores. Por referência ao futuro, todos ambicionámos que Ponta Delgada se posicione nos patamares mais elevados do País. A governação da cidade é feita com todos e para todos. E de outro modo não pode ser. A contemporaneidade e a realidade política e institucional de contexto não permite desresponsabilizar ninguém. Ponta Delgada é, também, uma importante cidade europeia. Por tudo isso, a União Europeia e a sua governação são, também, importantes para Ponta Delgada. O investimento de Portugal e as opções do Governo da República são relevantes para o evoluir de Ponta Delgada. Decisiva é a política regional e a governação dos Açores para situarem Ponta Delgada no lugar que é seu no contexto dos Açores. E a Autarquia de Ponta Delgada deve concentrar a melhor reflexão estratégica para a melhor concentração de todos os poderes e de todas as governações a favor do interesse geral, do futuro da cidade e do concelho. Hoje, podemos olhar para trás e dizer, com orgulho, que Ponta Delgada é uma cidade verdadeiramente cosmopolita. Uma cidade que cresceu, que se modernizou, mas que não renegou as suas raízes, nem as suas tradições.

Temos um grande orgulho na nossa cidade! Temos orgulho no percurso traçado. No percurso que permitiu criar uma cidade sustentável, uma cidade virada para o futuro, uma cidade capaz de gerar massa crítica e uma imensa capacidade de ação e de interação, de parcerias, de sinergias. A nossa sociedade é a prova disso. Cada vez mais, as cidades têm de apostar na união de esforços entre entidades públicas, cidadãos e agentes económicos, sociais e culturais. Só assim temos, como acontece com Ponta Delgada, uma cidade das pessoas e para as pessoas. Na celebração do 469º aniversário da elevação de Ponta Delgada a cidade, quero reafirmar, em nome pessoal e institucional, o meu apelo ao diálogo social, ao favorecimento da economia local e à empregabilidade. Ainda recentemente, a Câmara de Ponta Delgada admitiu, ao abrigo do programa Recuperar, 84 pessoas. É verdade que se trata de um programa ocupacional a termo e não da criação de postos de trabalho. No entanto, a nossa Autarquia entendeu por bem investir nesta área para manter mais de oito centenas de pessoas a trabalhar um durante um ano. Assim, também se contribui para a economia local. Ao admitirmos as 84 pessoas nos vários departamentos da Autarquia, estamos a ajudar os desempregados de longa duração que, desta forma, podem ter uma vida digna. A criação incentivos que promovam novos postos de trabalho tem de ser uma das grandes prioridades das entidades públicas. Mais emprego, mais economia. Mais economia, mais esperança no futuro. Hoje, tratamos do presente, mas não nos dispensamos de dar esperança no futuro!

José Manuel Bolieiro Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada

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Entrevista a Carlos Melo Bento

25 de Abril “Os novos têm de perceber que a governação é deles e não dos pais deles” No ano em que se assinalam 41 anos do 25 de Abril de 1974, Carlos Melo Bento diz que é preciso sair do conformismo. Os jovens têm de dar o passo em frente e perceber “que a governação é deles e não dos pais deles.” Com isto, acredita que não é necessário revitalizar o espírito que levou à Revolução dos Cravos, antes é preciso agir. Natacha Alexandra Pastor

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Direitos Reservados / Carlos Costa


Criativa - Estamos no mês em que se assinalam 41 anos do 25 de Abril. Se em 2014 a efeméride foi falada antes da data (por via das comemorações mais vastas associadas aos 40 anos) em 2015 impera um silêncio. Há uma verdadeira consciência dos ideais de Abril 365 dias ao ano? Ou tende a ser uma data comemorada uma vez no ano? Carlos Melo Bento - Como todas as efemérides, passada a geração que a levou a cabo, torna-se apenas um feriado para os mais novos que vagamente a recordam. Os regimes saídos dessas efemérides fazem por recordar as causas delas, principalmente se há o perigo de se perderem os efeitos… Criativa - Da sua memória, em que altura (anos) se sentiu mais profundamente o espírito da das conquistas do 25 de Abril? MB- A conquista fundamental foi a restauração da Democracia e o há muito desejado fim da guerra. O fim da guerra foi imediato. A restauração da democracia andou periclitante algum tempo, até 25 de Novembro de 1975, sendo que a aprovação da Constituição e o seu funcionamento mais ou menos regular, consolidou o que se pode considerar para facilitar, conquistas do 25 de Abril, no fundo aspiração de toda a gente pois o regime autocrático estava gasto há muito tempo. Criativa - E hoje como analisa um aparente desinteresse? Sente-se a necessidade de revitalizar o espírito que levou àquele dia de 1974? MB - Os bons regimes são como os bons estômagos, os melhores são os que não doem. Cada geração tem o encargo de governar a cidade, e cada cidade (entendida aqui como estado) tem o governo que merece. Não me parece necessário revitalizar o espírito que conduziu ao 25 de Abril, o que acho se torna necessário é que os melhores saiam do seu conformismo e paguem a dívida que cada um tem perante a sua cidade. Os novos têm de perceber que a governação é deles e

não dos pais deles. Se hoje ficam em casa destes até passarem os 30 anos isso não funciona com o estado. Têm de meter pés a caminho e puxar o barco para a frente, melhorando o seu desempenho. Não é ela a geração mais bem preparada? Então provem-no com atos!!! Criativa - Particularmente com o atual Governo da República, que desencadeou uma série de cortes e de medidas, algumas delas ferindo diretos conquistados após a revolução dos Cravos, poder-se-á dizer que efetivamente foram feridos de morte algumas das conquistas que foram batalhadas durante anos? MB - De maneira nenhuma. O perigo de bancarrota e a crise depressiva mundial obrigaram a duros sacrifícios que alguém tinha que impor. Pode-se discutir o ritmo e a profundidade desses sacrifícios. Quando voltarmos à normalidade económico-financeira, o que é justo e bem feito voltará pelo seu pé, inexoravelmente! Criativa - Como cidadão, como português,

“Como todas as

efemérides, passada a geração que a levou a cabo, torna-se apenas um feriado para os mais novos que vagamente a recordam...

““O Dia que interessa

aos açorianos é o Dia dos Açores (que sem o 25 de Abril, reconheço, não seria possível).

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sempre que vê tomarem-se medidas que entram em conflito com os direitos dos cidadãos, dos trabalhadores, que acentuam as desigualdades entre classes, concorda que foram atingidos alguns limites? MB - No meio duma tempestade a questão dos direitos e deveres torna-se um tanto secundária. O comandante pode ter de fazer de grumete e vice-versa. Quando vier a bonança, cada um retomará o seu lugar, e quanto mais discernimento houver, mais depressa isso acontecerá. Criativa - Recordo que nas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, nos discursos de rua promovidos um pouco por todo o país, falou-se na necessidade do povo lutar, não se permitir ficar na apatia. Há uma ‘chama’ lenta neste momento nos portugueses? MB - Os portugueses são um povo excecional que apesar de pequeno fez o que nenhum outro conseguiu neste planeta. Descobrimos meio mundo, povoámo-lo, criámos impérios e redesenhámos Nações. Os portugueses da expansão, dos quais, os açorianos foram os primeiros em tudo, têm nos seus genes capacidades incomensuráveis. Vão ver que sairemos por cima. Criativa - E nos Açores? Como tem visto a pouca participação nas come-

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“Todo o açoriano

consciente deve continuar a lutar democraticamente pela liberdade de se organizar em partidos regionais autónomos, pela representação na Assembleia Legislativa da diáspora açoriana, pelo alargamento dos poderes autonómicos…

morações deste momento? O que poderá ditar da nossa consciência esta fraca participação? MB - O Dia que interessa aos açorianos é o Dia dos Açores (que sem o 25 de Abril, reconheço, não seria possível). Nesse dia, como os franceses no 14 de Julho em que eles mudaram o mundo, e no 4 de Julho os americanos se liber-

taram do colonialismo inglês, é que todas as forças vivas se devem unir para festejar, não um regime ou uma data, mas o bem-estar dum Povo inteiro, espalhado pelos quatro cantos do mundo. Criativa - Passados 41 anos da Revolução dos Cravos, este ano como vai celebrar o seu 25 de Abril? MB - Estudando a História dos Açores e preparando os finalmentes do meu próximo livro: Origens Geográficas do Povo Açoriano. Criativa - Quer deixar três a quatro notas da importância de não deixar cair no esquecimento o dia que permitiu iniciar uma caminhada de progresso e de desenvolvimento social e político. MB - Todo o açoriano consciente deve continuar a lutar democraticamente pela liberdade de se organizar em partidos regionais autónomos, pela representação na Assembleia Legislativa da diáspora açoriana, pelo alargamento dos poderes autonómicos em todos os setores da administração pública e a todos os níveis, pelo fim dos monopólios de jogo, pela revogação de leis celeradas que limitam as nossas liberdades fundamentais de Povo autónomo, pela liberdade de escolha do regime constitucional que sirva os nossos superiores interesses, etc.


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Mais animação cultural e recreativa

2015 traz

novidades culturais na Ribeira Grande A Câmara da Ribeira Grande tem procurado, através de um diversificado conjunto de eventos e parcerias, dinamizar cada vez mais a cidade e o concelho com o propósito de o tornar num destino cada vez mais apetecível, seja para quem nos visita, seja para quem cá vive. Natacha Alexandra Pastor

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Sem pôr em causa a sua prioridade na área social, a autarquia quer uma animação regular que dinamize a cidade e o concelho, fomente a economia local e contribua para a criação de condições de emprego.

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À Criativa Magazine, Alexandre Gaudêncio, presidente da autarquia da Ribeira Grande, diz que o trabalho “tem sido concertado com os nossos parceiros e vai de encontro ao que temos auscultado na sociedade

pois tem sido nosso propósito envolver o maior número de instituições/associações na organização de eventos que garantam um impacto forte na promoção e dinamização das atividades a desenvolver.”


Eventos em terra, no ar e no mar

Pretendendo manter alguma animação no concelho que se estenda para além da época alta, a Câmara Municipal da Ribeira Grande arranca este ano com um programa de animação cultural que acrescentar novidades. “A ideia é mesmo essa. Termos animação não só na época alta, mas também na chamada época baixa, de modo a podermos minimizar ao máximo os efeitos da sazonalidade. Não sendo uma competência direta da autarquia, não podemos, contudo, alhear-nos dos problemas por que passam os diferentes agentes turísticos e culturais com os maiores efeitos a fazerem-se sentir no comércio local. A organização de eventos ao longo do ano mantém um importante fluxo de pessoas à cidade e ao concelho e permite dinamizar o comércio e, por via disso, a economia da Ribeira Grande.” O regresso da Festa da Flor, no primeiro fim-de-semana de maio (de 1 a 3) é um dos exemplos. “O regresso da Festa da Flor – que já foi um cartaz turístico da Ribeira Grande – é

uma aposta da Câmara para dinamizar a cidade e o concelho numa época ainda considerada baixa mas que já começa a movimentar turistas, não só pela liberalização do espaço aéreo mas, também, pela proximidade com as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. É uma festa que, acreditamos, tem o seu espaço, tem o seu público e vai, com certeza, contribuir para a economia local. Os comerciantes ligados a este ramo terão uma oportunidade ímpar para exporem os seus produtos e, certamente, ganharão uma nova projeção face à dimensão mediática que prevemos alcançar.”

Feira Quinhentista movimentou 12 mil pessoas

Em 2014, a Feira Quinhentista, que é uma referência na Ribeira Grande e nos Açores, terá recebido a visita, em três dias, de doze mil pessoas. Com o acrescento, este ano, de mais um dia ao evento, que a autarquia diz ir “de encontro ao feedback que fomos recebendo”, também haverá “um reforço da animação, não só em termos de dias

– que sobe de três para quatro – mas também no que se relaciona com toda a envolvência criada à volta da Feira Quinhentista.” O verão fica ainda marcado por vários eventos, que vão abranger diferentes públicos. É o caso da primeira edição do Festival de Balões de Ar Quente, “um evento internacional que vai trazer à Ribeira Grande cerca de vinte equipas de vários países e que vai colocar a Ribeira Grande a ser falada um pouco por todo o mundo. Para além das equipas, este é um tipo de evento muito procurado por órgãos de Comunicação Social da especialidade e não só. Por exemplo, temos já confirmada a presença de três elementos da conceituada agência France Press. Para além deste, teremos a segunda edição da Color Run, a 13 de junho, evento que promete superar, e muito, o registo de presenças verificado em 2014. As marchas e as cavalhadas de São Pedro também terão o seu momento, como é tradição e voltaremos a receber a etapa mundial do circuito de qualificação em surf.”

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Folhado de Cherne Chef Crisálida Viveiros - Restaurante Alabote

Ingredientes:

100 grs. de massa folhada 1 ovo para pincelar 100 grs. de cherne fresco 80 grs de cenoura raspada 100 grs. de natas Pimenta Branca q.b Sal q.b. Para o puré de maçã: 100 grs. Maçã Golden Canela

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Orlando Medeiros

Modo de Preparação:

Para o folhado: Fazer um quadrado de massa folhada, pincelar com ovo e levar ao forno por 10 minutos até a massa estar cozida. Para o recheio do folhado: Numa caçarola juntar o cherne cortado aos cubos, a cenoura raspada e as natas. Temperar de sal e pimenta branca, a seu gosto. Depois de devidamente apurados os sabores e cozinhado o peixe, deitar no folhado previamente feito. Para o puré de maçã: Cozer os 100 gramas de maçã Golden com a canela. Depois de cozidas triturar e servir como acompanhamento. *Para a decoração do prato pode utilizar cubos da mesma maçã.


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Inaugurada a 23 de abril

Sinagoga Porta do Céu abre-se a toda a comunidade e turistas Seis anos após o dia que marcou o compromisso de reabilitar e recuperar a Sinagoga Sahar Hassamain, ela abre portas à comunidade. Natacha Alexandra Pastor

Orlando Medeiros

É com enorme emoção que José de Almeida Mello vê chegar o dia 23 de abril de 2015, data que marca a abertura desta sinagoga, uma das mais antigas do país, construída em 1836, mas desativada e em total degradação desde há mais de 50 anos. Não fora a persistência de alguns amantes deste templo - da sua história e cultura – e muito provavelmente hoje seria praticamente impossível proceder à recuperação, não apenas do edifício, infestado no tempo por milhares de térmitas, como também do espólio que nele se encontrava, incluindo mobiliário e documentos genuínos. Foi a 13 de março de 2009, quando José de Almeida Mello apresenta, nesta cidade, a obra Sinagoga de Ponta Delgada – Sahar Hassamain, que se inicia o processo de ce-

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dência por 50 anos, à Câmara de Ponta Delgada, do imóvel, que acolheu a primeira sinagoga construída em espaço português, no século XIX, depois da expulsão dos judeus em 1496. Altas individualidades na inauguração A lista de convidados para a inauguração da sinagoga tem mais de 200 nomes. Além das autoridades regionais (Governo, autarcas, partidos políticos e clero), outros nomes nacionais e internacionais já confirmaram que estão presentes neste ato. Dos Estados Unidos da América chega uma comitiva de 80 personalidades, entre senadores, deputados e professores universitários), que muito contribuíram para o processo de renovação da sinagoga.

José de Almeida Mello, hoje responsável pelo centro cultural e museológico da sinagoga, e um dos principais mentores de toda esta caminhada – muitas vezes uma tormenta sem fim à vista – diz ser difícil de agradecer a todas as pessoas que se envolveram neste trabalho. Das intervenções mais pertinentes e constantes até aos contributos mais simples, é vasto o número de amigos que deram de si para que fosse possível abrir a sinagoga ‘Porta do Céu’. Agora começa um novo ciclo na vida deste espaço, que a todos recebe a partir de 24 de abril. No seu interior será possível observar alguns utensílios que foram resgatados da ruína, conhecer a história judaica nos Açores e em Portugal, e ter acesso, entre outros detalhes, à sala principal onde tinham lugar as cerimónias religiosas.


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transportes

EasyJet inicia voos para São Miguel Natacha Alexandra Pastor

Orlando Medeiros

A EasyJet iniciou na penúltima semana do mês de março a sua operação aérea para os Açores, mais concretamente para São Miguel. O voo inaugural do dia 29 foi acompanhado por alguns curiosos que há muito aguardam, assim como a generalidade dos açorianos, pela entrada das low cost na região. Esta companhia em particular fará quatro voos

semanais entre Lisboa e Ponta Delgada, cumprindo nesta verão Iata com este propósito, mas pensando já no alargamento do número de voos de ligação a Ponta Delgada a partir do próximo inverno. A EasyJet vai utilizar um Airbus 320, com capacidade para 180 lugares. A empresa apresenta preços por viagem bastante competitivos.

No acumulado do ano (de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015) a esasyJet transportou mais 6,5% de passageiros. No início deste mês de abril, há outra companhia aérea low cost que passa a operar também para São Miguel. Trata-se da Ryanair que, além de voos de ligação a Lisboa, proporcionará voos de e para a cidade de Porto.

ESTATUTO EDITORIAL CRIATIVA Magazine - A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel. - A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico. - A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português. - A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições. - A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia. - A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.

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restauração

Do curso de Gestão à Restauração Bruno Matos é um jovem empreendedor. Criou, inicialmente, com o apoio do irmão o espaço comercial Avenida & Comida e hoje lidera o projeto sozinho. Está numa área de negócio que vai conhecendo aos poucos, e deseja demarcar-se pela diferença, servindo produtos de qualidade. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Iniciou o negócio conhecendo muito pouco sobre a área da restauração. Aprendeu a encarar o muito que há para assimilar, e abriu o negócio aproveitando todo o subsídio de desemprego que utilizou na totalidade. Apoiou-se inicialmente no irmão, que ajudou a pôr de pé o Avenida & Comida, e está agora a liderar este modelo de negócio, no qual está constantemente a aprender. Bruno Matos vem da área de Gestão, vertente de Marketing, e encontrou assim o impulso para a sua caminhada profissional. “O meu objetivo era enveredar no mundo da gestão ou do marketing, numa empresa, e construir bases a partir daí. Não aconteceu dessa forma, e acabou por aparecer esta oportunidade. Aproveitei e solicitei o subsídio de desemprego na totalidade, e com a ajuda de um irmão abri este negócio. Neste momento estou a geri-lo sozinho, queria ser eu a fazê-lo, pois sou muito orgulhoso. A área da restauração foi uma aventura. Eu gosto de cozinhar, aprendi a fazê-lo quando fui estudar para Lisboa. Tenho gosto em cozinhar e tenho gosto em fazer coisas novas.” A diferença do conceito do Avenida & Comida passa por apresentar pratos com elevada qualidade, com menus e ementas variadas, contemplando diferentes gostos. A pensar nos clientes, e na ausência de um serviço de qualidade que, Bruno Matos encara ser difícil de

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encontrar em toda a ilha de São Miguel, passa pelo seu espírito empreendedor abrir um restaurante que possa preencher uma grave lacuna no mercado da restauração. “Gostava de abrir um restaurante num futuro próximo. Eu acho que tenho capacidade de abrir um restaurante digno. Quero primar pela diferenciação e pela qualidade, que é o que ando a tentar fazer neste espaço com serviço de take away e catering há já dois anos. Vou fazer o esforço para abrir esse restaurante no centro de Ponta Delgada. Enquanto cliente, acho que há dois restaurantes, um na Lagoa e outro nas Portas do Mar, que têm uma qualidade acima da média.”

Além disso, a dúvida que Bruno Matos tem neste momento é se estarão Ponta Delgada e a ilha de São Miguel preparadas para receber as low cost, de forma eficiente? A resposta é a de que não estamos em condições de responder, com satisfação, a todos. “A maioria dos empregados de mesa não sabe falar inglês. Existe alguma formação, mas ainda estamos longe de sermos mais profissionais, isso também parte da parte da formação das pessoas. Temos de apresentar um serviço de base sustentada para que quando o turista regresse a casa possa contar aos amigos que comeu muito bem no restaurante a ou b.”


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Náutica

sAÚDE

ANOREXIA E BULIMIA - O Corpo mental -

Anastácia Costa Os padrões estéticos ditos ideais, reforçados e preconizados pelos média, têm repercussões inevitáveis sobre os jovens. Nas faixas etárias que compreendem a pré-adolescência, adolescência e inicio da adulticidade, é imprescindível uma margem de tempo para assimilação e aceitação de uma nova e mutável imagem corporal, iniciada nas transformações da puberdade. No caso das transformações no feminino, o ataque ao próprio corpo através da negação do alimento e pela destruição das formas femininas é, muitas vezes, não só o reflexo de uma expressa confusão, mas também uma maneira de manter persistente a infância e um período livre de mudança e de tensão. A isto acrescenta-se a necessidade de marcar posições e de ser aceite pelos grupos e pares, o que gera buscas frenéticas por um corpo idealizado que, muitas vezes, não está de acordo com as características expressa-

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das geneticamente na pessoa. Estas perturbações induzem comportamentos sintomáticos de uma personalidade que manifesta o seu sofrimento emocional através da relação com o alimento. Em termos gerais, a Anorexia traduz-se numa alimentação em que a restrição alimentar é levada ao extremo, provocando um emagrecimento mórbido e acarretando complicações de saúde decorrentes da malnutrição. A Bulimia está relacionada com a adoção de um estilo alimentar caracterizado por períodos de ingestão alimentar compulsiva, seguidos por uma necessidade desmedida de perda de peso através da indução do vómito, da ingestão desmesurada de produtos dietéticos ou da manutenção de uma actividade física desmedida. É frequente que ambas as situações ocorram na mesma pessoa, em ciclos ou em fases de vida distintas e que contribuam para a desordem que esta capa visível sustenta. Seria ideal atentarmos à verdade nas palavras de Saint-Exupéry, autor do livro O Princepezinho: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos”. Deve-se apreciar por completo, tanto a imagem corporal quanto a pessoa que se é, pois é nas individualidades que está à verdadeira beleza.

Regata McDonald’s de Ponta Delgada ao Pópulo Natacha Alexandra Pastor

Pedro Borges

Com o patrocínio da McDonald’s, a 2ª regata do Circuito de Inverno do Clube Naval de Ponta Delgada (CNPDL) teve lugar no final do mês de março. Num percurso muito semelhante ao da primeira regata, a regata McDonald’s ligou a marginal de Ponta Delgada à Praia do Pópulo, junto à costa, para que o espetáculo pudesse ser visto por todos. A embarcação “Refrega” consolidou a sua liderança no Circuito ao vencer a “Regata McDonald’s”, para a qual se inscreveram nove embarcações. Com condições meteorológicas favoráveis, vento com rajadas que atingiram os 30 nós, foi possível pôr à prova embarcações e tripulações, numa tarde marcada pela boa disposição e paixão pelo mar. José Medeiros, skipper da embarcação “Refrega” terminou a prova em primeiro lugar, com um tempo de 1 hora, 14 minutos e 10 segundos, consolidando a sua posição de líder do “Circuito de Inverno do CNPDL”. Carlos Rodrigues, Presidente do CNPDL, deu nota positiva à regata, e ainda ao regresso da McDonald’s ao lote de patrocinadores do CNPDL. Esta é uma realidade que se reveste de suma importância para o responsável atendendo a que “o CNPDL não quer, de maneira nenhuma, baixar os braços no cumprimento das suas funções estatutárias. Estes são apoios importantes que tornam possível a dinamização de eventos que também têm um forte cariz social no clube, permitindo que as receitas regulares se destinem a fazer face a um conjunto considerável de dificuldades que os clubes navais enfrentam aos níveis desportivo e administrativo, bem como, ao nível dos pesados custos com a manutenção das infraestruturas”, lê-se na página oficial do clube naval.



restauração

Com Certeza Gourmet e Sushi Colmeia

Workshop de SUSHI revela conceitos básicos Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Em parceria com a SUSHI COLMEIA, e com o objetivo de, em primeiro lugar satisfazer a crescente procura deste tipo de ações em geral, e do Sushi em particular, a COM CERTEZA GOURMET desenvolveu um mini workshop com o Sushi Chef Hugo Alcântara (SUSHI COLMEIA) que permitiu esclarecer o consumidor, passar a informação de onde se pode encontrar, na ilha de S. Miguel, uma casa de excelência nesta disciplina (SUSHI COLMEIA)

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e por outro lado trazer à COM CERTEZA GOURMET® gente amante da culinária, reunir amigos que têm em comum a paixão pelos sabores Portugueses, pelos vinhos, dar a conhecer o que de melhor o nosso País tem para oferecer em termos gastronómicos. Além deste propósito Luís Amora, responsável da COM CERTEZA GOURMET®, refere que a ação proporcionou aos formandos o contacto, em contexto prático,

com os produtos utilizados, escolha e preparação desses produtos, regras e técnicas essenciais que vão da preparação do arroz ao corte do peixe para Sashimi e Nigiri , vegetais e frutos mais comuns nesta disciplina gastronómica. Não menos importante, ainda, foram referenciadas dicas da prática de confeção e empratamento de rolos Hosomaki, Futomaki e Uramaki e como degustar estas iguarias.


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Testemunhos do tempo

Maria da Glória de Sousa Cabral de Mello

...um tempo vivido entre a vila da Povoação, a Salga, New Bedford e a Salga... de 1857 a 1952...

José de Almeida Mello Historiador

Maria da Glória de Sousa, nasceu a 3 de setembro de 1857, e faleceu a 27 de agosto 1952. Era filha de José Joaquim de Sousa e de Maria Joaquina de Medeiros, da Mãe de Deus, Vila da Povoação. Casou aos 22 anos com António Cabral de Mello, no dia 21 de janeiro de 1880 na ermida de São José, no então lugar da Salga. Maria e António foram os pais de Maria, Carlos, João, Hortência, Ester e de Izaura, tendo esta última nascido em New Bedford e os restantes na Salga. No tempo que viveu na cidade de New Bedford, frequentou a igreja de São João Baptista, na Country St, na qual batizou a sua filha mais nova. Maria da Glória e sua família sempre viveram na zona sul da cidade, tendo sido a sua primeira casa na Water St. A Water St era na altura uma das mais importantes artérias da cidade de New Bedford, com grande movimento de comércio e de pessoas, com várias origens. Nesse período havia franceses, polacos, judeus e outros povos, sendo este o cenário cultural e social, do tempo que viveu naquela cidade. Foi fotografada em New Bedford, ao longo da sua diáspora, por fotógrafos locais, como podemos ver em Os Cabral de Mello e New Bedford, Álbum Fotográfico, da autoria do autor deste texto. Em algumas imagens Maria da Glória surge junto do seu marido, e em outras, apenas com suas filhas, nora e sobrinha, havendo ainda outras com os filhos, filhas e noras e netos. Ao padrão da época e ao seu nível social, esta mulher foi amplamente fotografada, bem como a sua restante família. Maria da Glória foi uma mulher com um ar sereno, como podemos ver nas fotografias, usou sempre roupas compridas até à data da sua morte. Nas imagens fotográficas apresentava-se bem cuidada, com brincos e alfinetes, cabelo penteado e puxado para trás. Um olhar fixo e profundo. Maria da Glória foi uma mulher simples, tendo vivido até à data do seu casamento numa das lombas da Vila da Povoação, tendo desta passado para outra lomba, a da Salga, no concelho de Nordeste, em 1880, quando casou com António. No ano de 1893 mudou-se para a cidade de New Bedford, no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos da América e ainda viveu vários anos, com toda a sua família. A partir de 1915 regressa a Salga, onde viveu até à data da sua morte, na rua direita. Foi uma mulher profundamente religiosa, frequentando semanalmente a igreja, quer na Salga, quer em New Bedford. Na sua casa, na Salga e nos últimos anos de vida, rezava todos os dias a Santo António, tendo duas imagens deste Santo, ambas de mesa, uma

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com 70 cm (pouco mais ou menos) e outra de redoma. Rezava e dialogava com o Santo, colocando sobre ele muitos terços. Outra imagem que tinha grande veneração, era um Menino Jesus, de redoma. Todas estas imagens ainda hoje se conservam, na Casa Cabral de Mello. O tempo de vida de Maria da Glória decorreu em dois espaços fortemente marcados, um agrário e insular e com poucas alterações ao longo dos séculos, sendo também ele pobre, e outro fortemente industrializado, com cidadãos de diversas origens e com culturas e formações muito diversificas. Este tempo foi também para Maria da Glória marcado por duas Guerras Mundiais (1914 -18) e (1939 – 45). Morreu 29 anos depois do marido, na sua casa na Salga, onde viveu na companhia de sua filha Ester, o seu corpo foi a enterrar em cova simples, no cemitério publico da Salga. Hoje não se conhece o seu local exato, estando os seus restos mortais mergulhados no mais profundo anonimato e no silencio total da eternidade do mundo dos mortos. Maria da Glória viveu quase um século, sempre na diáspora A sua vida foi de labuta e de oração. Viveu e partilhou memórias que o tempo fez esquecer para sempre, no entanto hoje fazemos emergir do silêncio e das profundezas do tempo essa mulher, cujo o legado se faz sentir, nos seus descendentes espalhados, nas ilhas de São Miguel e da Terceira, em Portugal continental, nos Estados Unidos da América e no Canadá, continuando desta forma a diáspora no tempo...


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Um olhar criativo Fotos: Henrique Vieira Silva

“ESTA PÁGINA É DEDICADA AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


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PRÉMIOS ARPA

Oito distinções para entidades e individualidades Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

A ARPA – Associação de Relações Públicas dos Açores, realizou, pela segunda vez, a Gala dos Prémios ARPA, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. Com a gala foram atribuídas distinções a várias entidades e individualidades que se destacaram e mereceram reconhecimento nas ciências da comunicação no último ano. A votação estavam oito categorias, sendo

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que na categoria Prémio “Avellar Soeiro”, a decisão da entrega da distinção ficou à responsabilidade da direção da ARPA, e foi atribuido ao Professor Machado Pires. As restantes foram analisadas por um júri constituído por entidades privadas e públicas de diferentes ilhas açorianas. A cerimónia permitiu ficar a conhecer os vencedores nas restantes categorias, nomeadamente: “Evento do Ano”: Red

Bull Cliff Diving Azores São Miguel; “Comunicador do Ano”: Sidónio Bettencourt; “Sustentabilidade”: Associação Agrícola de São Miguel; “Marketeer do Ano”: HDG Açores; “Jornalista do Ano”: Rui Goulart; “Relações Públicas do Ano”: Carmen Costa; “Melhor Canal de Comunicação (Interno ou Externo)”: Câmara Municipal de Ponta Delgada - nova identidade corporativa.


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Desporto motorizado

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES DE 2015 UMA “PRENDA” DE RICARDO MOURA AO PÚBLICO TERCEIRENSE Os ralis regressaram à estrada e Ricardo Moura foi à ilha Terceira presentear os muitos adeptos da modalidade com uma soberba exibição, a bordo do Ford Fiesta R5, com que disputa o Campeonato Nacional de Ralis. Renato Carvalho

Paulo Santos

Como é habitual, o Rali Sical abriu mais uma época desportiva e a organização do Terceira Automóvel Clube estruturou uma competição com 9 provas especiais, em que a primeira foi a citadina, nas ruas de Angra do Heroísmo. Os campeões em título, Ricardo Moura e Sancho Eiró, voltaram a vencer, só que a novidade foi o carro utilizado, desta vez, a escolha recaiu no Ford Fiesta R5. O piloto do Team Além Mar venceu todas as provas especiais e aproveitou os pisos de asfalto das estradas terceirense para testar afinações no Ford Fiesta

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R5, com vista à próxima prova do Campeonato Nacional de Ralis, o Rali Cidade de Guimarães. Na segunda posição ficou Luís Miguel Rego, acompanhado por José Pedro Silva, num Mitsubishi Lancer Evo IX que obteve todos os segundos lugares das provas especiais. Consciente das dificuldades em chegar ao primeiro lugar, o piloto do Team Além Mar manteve sempre a sua posição, sem qualquer oposição e terminou o rali com mais de um minuto de Moura. O último lugar do pódio foi um dos prin-

cipais motivos deste rali. O piloto micaelense Henrique Moniz e o navegador terceirense Jorge Diniz, aos comandos do Citroën DS3 R3T, assumiram a posição logo na segunda prova especial e foram cimentando, apesar da oposição da dupla Rúben Rodrigues/Estevão Rodrigues num Mitsubishi Lancer Evo IX que se classificaram na quarta posição. Henrique Moniz também venceu a classificação destinada aos veículos com duas motrizes. A equipa da ilha Terceira formada por Carlos Andrade/Tomás Pires num Renault Clio R3 atingiu um tranquilo quinto


CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALI SICAL

Pontos Totais

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO 28/29 Março

O Troféu Regional de Ralis Terceira-Graciosa teve o seu início com a disputa do Rali Sical. Para a classificação contavam os resultados das primeiras cinco provas especiais do rali organizado pelo TAC. A vitória pertenceu à dupla Carlos Andrade/Tomás Pires, num Renault Clio R3 que subiu à liderança após a desistência de Artur Silva logo no segundo troço. Na segunda posição ficou Jorge Sousa acompanhado por Adriano Rosa ao volante de um Toyota Corolla Coupé GT. Enquanto Francisco Costa e Ricardo Silva, num Fiat Punto HGT, ocuparam o terceiro lugar do pódio na última prova especial, depois da desistência de Lisuarte Mendonça, por despiste do Citroën Saxo. CLASSIFICAÇÃO: 1º Carlos Andrade/Tomás Pires (Renault Clio R3), 26m18,1s; 2º Jorge Sousa/Adriano Rosa (Toyota Corolla Coupé GT), a 57,6s; 3º Francisco Costa/Ricardo Silva (Peugeot 206 RC), a 1m33,9s; 4º Carlos Martins/João N. Silva (Fiat Punto HGT), a 1m38,5s; 5º Clubauto Racing/Paulo Renato Silva/ Márcio Martins (Renault Clio 1.8 16V), a 1m48,9s;…Terminaram 15 equipas.

Rali Sical

TRRTG VITÓRIA DE CARLOS ANDRADE

Posição

posto. No entanto, o Mitsubishi Lancer Evo IX de Rui Torres e Sousa Martins, que ficaram na sexta posição, foi sempre uma ameaça ao longo do dia. Durante a tarde, Rafael Botelho e João Cabral, num Citroën Saxo Cup, subiram ao sétimo lugar que mantiveram, até ao final do rali, sem qualquer sobressalto. À entrada para a última classificativa, a diferença entre os três pilotos que fechavam o top ten era inferior a sete segundos, com vantagem para equipa Paulo Renato Silva e Márco Martins num Renault Clio 1.8 16V. Após os 11,06 Km do troço designado por Canadinhas-Viveiros 2, Francisco Costa e Ricardo Silva num Peugeot 206 RC sobem ao oitavo posto, Carlos Martins e João N. Silva, num Fiat Punto HGT, ascendem ao nono lugar e ficam a 2 décimos de Costa, enquanto Paulo Renato Silva baixou para décimo, mas, mesmo assim, ainda venceu a categoria reservada aos veículos sem homologação. O prematuro abandono de Artur Silva, com problemas mecânicos no Renault Clio, deixou de fora um dos potenciais animadores do rali. A próxima prova do campeonato é o Rali Ilha Azul, no Faial.

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/ Sancho Eiró (Ford Fiesta R5), 47m59,1s; 2º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/ José Pedro Silva (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m09,9s; 3º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Citroën DS3 R3T), a 3m11,9s; 4º Rúben Rodrigues/Estevão Rodrigues (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 3m56,2s; 5º Carlos Andrade/Tomás Pires (Renault Clio R3), a 5m25,8s; 6º Rui Torres/Sousa Martins (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 6m05,8s; 7º Rafael Botelho/João Cabral (Citroën Saxo Cup), a 7m40,1s; 8º Francisco Costa/Ricardo Silva (Peugeot 206 RC), a 8m41,0s; 9º Carlos Martins/João N. Silva (Fiat Punto HGT), a 8m41,2s; 10º Clubauto Racing/Paulo Renato Silva/ Márcio Martins (Renault Clio 1.8 16V), a 8m53,7s; 11º Paulo Rocha/José Alves (Citroën AX GTI 1.6), a 9m42,0s; 12º Teófilo Pires/Ricardo Fagundes (Citroën Saxo Cup), a 9m57,5s; 13º Fábio Fontes/Vitor Alves (Citroën Saxo 1.6), a 10m26,7s; 14º João Silva/Miguel Marques (Fiat 500 Abarth), a 13m03,3s; 15º Augusto Ferreira/Roberto Pires (Renault Clio 1.2), a 13m41,9s; 16º António Ortins/Pedro Godinho (Toyota Yaris), a 14m48,8s; 17º Carlos Oliveira/Carlos Miguel (Seat Ibiza 2.0), a 15m06,6s; 18º Rúben Fita/Miguel Azevedo (Renault Clio 2.0), a 16m20,1s; 19º Magno Nunes/Susana Baltazar (Toyota Yaris), a 16m29,5; 20º Fábio Pereira/Cláudia Vieira (Citroën AX 1.3), a 22m09,4s; 21º Luís Lopes/Sandra Lobão (Toyota Starlet 1.3), a 22m39,5s.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º

Ricardo Moura Luis Miguel Rego Henrique Moniz Rúben Rodrigues Carlos Andrade Rui Torres Rafael Botelho Francisco Costa Carlos Martins João Silva

25+4,5 29,5 20 20 17 17 14 14 12 12 10 10 8 8 6 6 4 4 2 2

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Religião

Mulheres reuniram-se em Romaria

Centenas de romeiras fizeram, em março, a sua caminha de Fé e Devoção. De Santa Clara até à vila de Rabo de Peixe, as forças não faltaram a quem caminhou de coração cheio.

Natacha Alexandra Pastor

João Carlos / Carlos Costa

Depois da celebração eucarística na igreja paroquial de Santa Clara, em Ponta Delgada, a romaria, a que obteve maior número de participantes até à data, seguiu caminhada até ao Convento das Clarissas em Rabo de Peixe. A participação de senhoras

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superou muito as expetativas iniciais do próprio assistente espiritual destas mulheres, Padre Norberto Brum. A preparação espiritual das romeiras na caminhada penitencial durou sensivelmente um mês. A 14ª romaria saiu de Santa Clara per-

correndo todas as igrejas da cidade; parou nos Fenais da Luz, onde teve lugar um momento de meditação. De regresso à estrada para a continuidade da peregrinação, o almoço teve lugar antes da chegada ao Convento das Clarissas.


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saúde Saúde

ATIV-A-MENTE cuidando da sua mente A ATIV-A-MENTE, enquanto centro de reabilitação e estimulação cognitiva, dedica-se ao cuidado da função cerebral, preenchendo uma lacuna da oferta clínica que até aqui se apresentava nos Açores. “Nós baseamo-nos no conceito do neurofitness, o que significar dizer manter o cérebro sã, da mesma forma como o fazemos em relação ao corpo.” Assente em vários pilares, o neurofitness inclui, por exemplo, estabelecer uma alimentação saudável, manter atividade física, controlar o stress, considerado com um dos grandes limitadores da função cognitiva das pessoas de meia-idade, e, naturalmente, estimulando a função cognitiva e exercício cognitivo. Com uma equipa de especialistas focada em cada utente, nas suas diferenças, nas suas especificidades e eventuais limitações, o centro ATIV-A-MENTE, após uma avaliação neuro psicológica, encontra as respostas adequadas. Neste momento, o centro tem uma multiplicidade de serviços associados, todos eles trabalhando em rede, para melhor apresentar aos utentes as soluções. Além da psicologia, o centro disponibiliza consultas de neuropsicologia, fisioterapia, terapia da fala, consultas de medicina geral, entre outros serviços que permitem abordar praticamente todas as situações que se relacionem com o cérebro, seja o neuro desenvolvimento, ou o enve-

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lhecimento, e demais casos. A abordagem dos problemas é um processo que não tem limites de idades, nem se destina, unicamente, a quem está doente. O ATIV-A-MENTE é para pessoas dos zero aos 100 anos de idade, e para quem se encontra com Saúde, a quem caberá cuidar ainda melhor da saúde do cérebro, antes que os problemas possam surgir. João Morais Ribeira refere que no fundo trata-se de uma questão de hábito, e que do mesmo modo que se chama a atenção para controlar os triglicéridos ou para verificar se tem diabetes, a pessoa teoricamente deve apostar na prevenção ao contrário daquilo que é muito nosso hábito que é a remediação. “Diria que 98% das pessoas que nos procuram efetivamente vêm para ser avaliados e resolver algum problema, mas já há quem apareça a confirmar que se calhar precisa de exercícios para estimular a mente. Naturalmente, que estamos cá para ajudar quem precisa, por doença, mas era ótimo que as pessoas começassem a frequentar o ATIV-A-MENTE estando bem, mas querendo estar ainda melhor, porque a outra parte do neurofitness é isso mesmo: a otimização cognitiva. O cérebro não só se regenera, é certo que de forma mais lenta que outras

regenerações, é muito plástico, isto é altera-se ao longo da vida conforme o vamos estimulando, como há, inclusive, áreas do cérebro que literalmente crescem e se desenvolvem com certo tipo de estimulação e ativação. Falo de duas vertentes: a potenciação da regeneração celular (neurogénese) e por outro lado a prevenção da destruição celular (apoptose).” Para além desta panóplia de intervenções possíveis pela equipa que desenvolve um trabalho rigoroso e profissional, o ATIV-A-MENTE está apto para acolher cidadãos, seniores, numa ação de ocupação do tempo disponível, mas sempre com o objetivo de estimulação do cérebro.


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acessibilidades

“Devemos colocar-nos como uma ilha acessível a todos” A lei é clara, e em Portugal, assim como nos Açores, está bem suportada. A deslocação de pessoas com mobilidade reduzida, em particular, a sítios e edifícios públicos, falha, e muito, nas ilhas açorianas. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

A legislação obriga a que o acesso aos edifícios públicos seja real. Mas o que se verifica nos Açores é que estes organismos não funcionam com os equipamentos necessários para promover o acesso destas pessoas. Os poucos que têm esses mecanismos, pecam, muitas vezes, por não garantir a sua manutenção. Mais do que crítico no que respeita a esta matéria, Luís Raposo, gerente da LAPR, lança o alerta para a necessidade de se colocar a região no patamar das regiões que a todos pode acolher. “O que se vê nos Açores é que os equi-

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pamentos pouco ou nada existem. E o que assistimos muitas vezes é que quando é necessário usá-los eles não funcionam. Face ao baixo preço de manutenção, estamos a falar de 100 euros/ano, é inadmissível que isto não aconteça. Aproveitando a vinda das low cost - que eu acho que só por si não resolvem os nossos problemas todos – acho que podíamos ficar no mapa das regiões mais avançadas tornando a nossa cidade e ilha de São Miguel mais acessíveis. Acho que é um nicho de mercado muito

importante, e seria uma forma combinada de, não só desenvolvermos o Turismo da Saúde, como, também, e dentro deste, desenvolvermos o Turismo da Acessibilidade. A nossa vizinha Espanha tem inclusivamente roteiros para turistas com mobilidade reduzida. Essas pessoas vão aonde é acessível para eles. Sejamos justos, um deficiente hoje para ir a um multibanco é um problema tremendo.” Do que conhece da ilha, e da acessibilidade que é promovida de uma forma unânime a quem tem problemas em


mover-se, Luís Raposo diz que a pontuação a dar é “muito baixa”. A começar pelos transportes públicos, que deviam estar equipados com plataformas, a edifícios públicos com escadarias, sem elevador e sem outro meio de fazer a pessoa mover-se, o mesmo responsá-

Construção de mentalidades inclusivas

vel, aponta ainda o exemplo das passadeiras, que merecem mais cuidado na sua execução de passadeiras e, até, iluminação. “Temos de ganhar consciência e ir fazendo esse trabalho, porque eu bem sei que tudo isto não se faz de um dia para

A verdadeira diferença está na forma como vemos uma sociedade inclusiva, que a todos acolhe e que proporciona a igualdade sem criar barreiras. É um trabalho que deve caber a todos, não apenas aos poderes políticos. E se hoje os edifícios que estão a ser construídos de novo já contemplam a vertente de acessibilidades para pessoas com nenhuma mobilidade ou mobilidade reduzida, os antigos, e embora a legislação preveja coimas, não estão a ser reconvertidos. Só efetivamente mediante a reclamação de uma pessoa, é que se desencadeia o devido processo. Nesta matéria Luís Raposo entende que o próprio sistema funciona um pouco ao contrário. “Acho que devemos fazer um esforço e de forma gradual irmos tomando as medidas. Este trabalho cabe a todos nós. Não cabe em exclusivo ao Governo Regional, embora a ele caiba as linhas gerais do funcionamento.” O responsável pela LAPR acrescenta, ainda, que para muitas entidades a questão é analisada de um ponto de vista contrário, o que levanta um falso problema. “Às vezes dizem que não se justifica o investimento nestes equipamentos porque há poucas pessoas a utilizá-los. Eu acho que isso é um falso problema. Essas pessoas muitas vezes não saem porque lhes estão criadas as barreiras tremendas. Compreendamos, o seu próprio problema já é uma barreira, quanto mais os problemas que vão encontrar.”

o outro. Acho que devemos ‘apanhar’ a boleia das low cost e pensar nisso. Acredito que tudo isto está muito interligado e efetivamente poderão existir aqui novos nichos de mercado, e inclusivamente, gerar-se aqui mais postos de trabalho.”

Aposta segura económica para particulares

A LAPR trabalha ela própria para muitos particulares. É certo que os equipamentos, como as cadeiras - elevador de escada ou os home lift (sistema mais recente), são uma opção quase sempre mais viável, mais económica, segura e eficiente a adotar sempre que a necessidade surge. Não sendo bens que se vendem todos os dias, cada equipamento é ajustado e cada caso e para cada situação há respostas diferentes. Ficar refém na sua casa é uma opção a que ninguém de deveria colocar. A tarefa da LAPR - Material Dentário e Hospitalar, é quebrar todas as barreiras que possam existir e fazer perceber a funcionalidade de cada produto. “Há necessidade de divulgar estes produtos, e de fazer perceber a funcionalidade dos mesmos”. Para muitos agregados familiares, entre fazer obras em casa para permitir que a pessoa venha a ter alguma autonomia, e comprar um equipamento desta natureza, o custo entre um e outro não são comparáveis. Por outro lado, permite que o proprietário mantenha as divisões da sua casa tal qual sempre as manteve. “Digo-lhe claramente que, entre fazer obras em casa e montar um aparelho desta natureza, não haja dúvidas que é muito mais barato esse equipamento. Trata-se de produtos claramente seguros, que trabalham com cortes de luz, porque funcionam a baterias. Todos estes equipamentos são certificados, andam a uma velocidade bastante reduzida. Além dos equipamentos – cadeira e plataformas, também temos home lifts, ou seja elevadores familiares, que podem ser facilmente instalados nas residências, e temos uma gama de elevadores a vácuo, muito eficientes e económicos porque o uso de energia é reduzido ao máximo, só precisa dela ao subir porque a descida funciona por gravidade. Além desses detalhes, há uma questão também importante, que é o facto de não necessitarem de casa de máquinas ou poço para o seu funcionamento.

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eventos Diversão no 16º El AÇor André Mendonça Cerca de 300 participantes deram ‘corpo’ este ano ao El Açor. A iniciativa é organizada pela Tuna Masculina da Universidade dos Açores – Tunídeos e tenta sempre presentear o público com um espetáculo diferente e nesta edição não foi diferente. No Coliseu Micaelense, a folia caraterística das diferentes tunas foi constante.

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“Tons de uma quietude presente/ ausente” Carlos Costa Está patente até 30 de abril, na Casa do Arcano, Ribeira Grande, a exposição de pintura “Tons de uma quietude presente/ausente”, de António Saraiva. Licenciado em Educação Visual e Tecnológica, António Saraiva leciona na área de artes visuais e desde cedo revelou aptidões para o desenho, pintura e escultura ao ponto de considerar estas formas de arte uma paixão.

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Ateneu Comercial dá as boas-vindas à Primavera Carlos Costa A chegada da Primavera foi alegremente assinalada pelo Ateneu Comercial de Ponta Delgada. As portas deste histórico edifício abriram-se para um serão agradável, com jantar incluído. A casa esteve cheia e os tons a Primavera, com as flores a sobressaírem, inundaram a entrada do Ateneu e as mesas do jantar.

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IDIODESSY de Marc Garcia Direitos Reservados É a primeira vez que o artista micaelense expõe num espaço municipal. O seu trabalho agora exposto é composto por nove peças, nove pinturas a óleo, acrílico e aguarela. Marc Garcia é natural de Ponta Delgada, emigrou em 1973, com os pais, para Toronto, no Canadá, tinha apenas dois anos. Regressou em 2005, e o seu primeiro projeto público foi uma mostra coletiva com os artistas Pedro Sousa e Luís Lopes, em outubro de 2014.

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Poesia no Jardim lançado em Ponta Delgada Carlos Costa Sandra Fernandes apresentou o seu livro Poesia no Jardim, uma obra destinada aos mais pequenos, que contou com o apoio nas ilustrações de Rita Vieira Arruda. A sessão de apresentação teve lugar nas vésperas do Dia Mundial da Poesia, no Centro Social e Paroquial de São Pedro, em Ponta Delgada, perante o olhar atento de muitos familiares e amigos.

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aconteceu aconteceu

Comendador Rui Nabeiro na Lagoa O Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, João Ponte, recebeu numa audiência de cumprimentos o Comendador Rui Nabeiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo Nabeiro / Delta Cafés.

Livro Nos trilhos Educação para a Cidadania Foi lançada a obra “Nos Trilhos dos Açores - Educação para a Cidadania”. O livro surgiu do projeto “Cidadania e sustentabilidade para o séc. XXI – Caminhos para uma comunidade Sustentável nos Açores”, que tem como objetivo “fazer aprender a gostar da terra onde se vive”. Nele regista-se “a viragem na tomada de consciência para a necessidade de construção de um futuro sustentável, que é tão ou mais importante para estas ilhas de natureza quase imaculada, do que para as grandes cidades”. Biblioteca da Povoação celebra Dia da Árvore O Dia Mundial da Árvore, que se assinala a 21 de março, foi comemorado na Biblioteca Municipal da Povoação, com as crianças da Sala 1 do pré-escolar da Escola EB/JI Monsenhor João Maurício Amaral Ferreira.

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XXI Congresso do PSD/Açores Teve lugar na Ribeira Grande mais um congresso do partido, que além de contar com a presença do presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, e do secretário-geral do partido nacional, José Matos Rosa, teve a participação do líder do PSD nacional, Pedro Passos Coelho.

Primavera Ativa Já arrancou, em Vila Franca do Campo, mais uma edição da iniciativa Primavera Ativa. É a segunda edição desta ação que promove várias de atividades de educação ambiental do município, iniciativas que vão decorrer até ao dia 30 de junho.

Uma flor contra o racismo Com o intuito de assinalar o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, com uma atividade que contribua para a sensibilização da população local para a problemática do racismo e discriminação e à semelhança do que aconteceu nos anos transatos, a AIPA – Associação dos Imigrantes nos Açores - lançou novamente o desafio a todos os agentes, educativos, sociais e culturais, para se associarem à iniciativa “Uma flor contra o racismo”. Tertúlia no Dia Mundial do Serviço Social O Núcleo da APSS na Ilha Terceira assinalou o Dia Mundial do Serviço Social com uma Tertúlia subordinada ao tema “Serviço Social – Dificuldades e Desafios”, que contou com intervenções de várias assistentes sociais. Mercado Urbano regressa a Ponta Delgada O Centro Regional de Apoio ao Artesanato (CRAA), em parceria com a Associação Anda & Fala, promoveu em finais de março, na cidade de Ponta Delgada, mais uma edição do Mercado Urbano de Artesanato (MUA).

Dia da Poesia na Lagoa A Biblioteca Municipal Tomaz Borba Vieira comemorou o Dia Mundial da Poesia ao promover uma sessão dinamizada pelo escritor açoriano Pedro Paulo Câmara, ação esta que foi dirigida ao público escolar do ensino secundário,


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AGENDA DA AGEN 09a

11

11 sáb.

11 sáb. 11e

18 sáb. até

17 19 dom.

Formação KAPAP Técnicas de Defesa Pessoal Israelita Pavilhão Multiusos dos Bairros Novos

Concerto de Luís Alberto Bettencourt e banda Teatro Ribeiragrandense

Concerto Camané Teatro Micaelense

Workshop sobre chapéus das cavalhadas Casa do Arcano

“Idiodessy”

Coliseu Micaelense

“A Herança de Faustino Miséria”, de Óscar Fernandes Teatro Ribeiragrandense

24 sex.

25 sáb. 23a

TRIBUTO AOS BEATLES Pela Filarmónica União Praiense Teatro Micaelense

Semana Académica Coliseu Micaelense

26

Grande Festival de Marisco

até

Exposição “António Dacosta, um pintor do século XX”

26 até

30 22 qua.

Pavilhão do Mar

Núcleo de Arte Sacra do Museu Carlos Machado

Exposição de pintura “Tons de uma quietude presente/ausente” Casa do Arcano

Palestra sobre vulcanologia

Salão Nobre do Museu – Solar Viscondes do Botelho

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infantil Pinta-me

descobre-me

DESCOBRE AS 7 DIFERENÇAS

AJUDA-ME

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passatempos sopa de letras

rir

eTÍOPE fACIAL fATALISTA fEIRANTE

José e Manuela vão num voo para a Austrália para comemorar seu 30.º aniversário de casamento. De repente, o comandante anuncia: – Senhoras e senhores, os nossos motores estão a deixar de funcionar e vamos tentar aterrar de emergência. Por sorte, vejo uma ilha não catalogada nos mapas logo abaixo de nós, e, por isso, vamos tentar aterrar na praia. Ele aterrou com êxito, e falou para os passageiros: – Isto aqui é o fim do mundo e é muito provável que nós não sejamos resgatados e tenhamos que viver nessa ilha para o resto das nossas vidas! Nesse instante, José pergunta à mulher: – Manuela, entregaste o nosso IRS antes de viajarmos? – Ai, perdoa-me José. Eu esqueci-me completamente! José, eufórico, agarra a mulher e dá-lhe o maior beijo de todos os 30 anos de casamento. A Manuela não entende e pergunta: – Pedro! Porque me beijaste desta maneira? E ele responde: – Os gajos das Finanças vão encontrar-nos! _______________________________

mÍSSIL oPERACIONAL rENIFORME sERPEANTE

TROPEÇANTE TUBIFORME

- Explique lá como conseguiu arrombar o cofre - diz o juiz ao réu. - Não vale a pena, sr. dr. Juiz. O senhor nunca seria capaz de fazer o mesmo, respondeu o réu. _______________________________ A professora para o Joãozinho: - Menino Joãozinho, diga depois de mim: ai... Ai! - Éi... - Éi! - Ói... - Ói! - Ui... - Uí! - Joãozinho, não é UÍ, é UI, então disse tudo bem, e não é capaz de dizer UI? Diga lá, Ui! - Uí! - Não, não é nada disso! Então o que é que o menino diz quando se queima, por exemplo? - Poxa!

soluções

sudoku

iMOBILISTA iOGUE lIRIAL mASTÓIDE

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CINEMA

em Abril

estreia 02ABR

VELOCIDADE FURIOSA 7 No regresso do imparável franchise, Vin Diesel, Paul Walker e Dwayne Johnson lideram o elenco de `Velocidade Furiosa 7´. James Wan realiza o novo capítulo desta bem-sucedida saga que marca o regresso dos favoritos Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Chris `Ludacris´ Bridges, Elsa Pataky e Lucas Black, aos quais se juntam outras estrelas de renome internacional como Jason Statham, Djimon Hounsou, Tony Jaa, Ronda Rousey, Nathalie Emmanuel e Kurt Russell. Neal H. Moritz, Vin Diesel e Michael Fottrell voltam a produzir o filme com argumento de Chris Morgan.

estreia 02ABR

EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE

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TRACERS

Paul, um operador de call-center, encontra-se à beira de um esgotamento. Ao ver o noticiário numa sexta-feira 13, interpreta a data como um sinal para tomar uma atitude e foge para as montanhas, onde irá viver uma experiência única. Um filme com Michel Houellebecq, Marius Bertram, Benoît Delépine, Gustave Kervern, Manon Chancé.

Cam (Taylor Lautner) é um estafeta de bicicleta perseguido por um gangue de mafiosos na cidade de Nova Iorque. Numa das tentativas de fuga, conhece a misteriosa e sedutora Nikki (Marie Avgeropoulos). Os dois passam a conviver e ela apresenta-lhe o mundo do Parkour. Agora, ele vai usar todas as suas novas habilidades para conseguir sobreviver. Com Taylor Lautner, Marie Avgeropoulos, Adam Rayner, Rafi Gavron, Sam Medina, Luciano Acuna Jr., Doua Moua.

Outras EStreias

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estreia 16ABR

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consultora x

Quartos de casal Esta semana darei algumas dicas da influência, segundo o Feng Shui, nos quartos de dormir.

O seu quarto tem um efeito directo na qualidade do seu sono e é um factor muito importante na sua saúde, felicidade. Deve ser ao mesmo tempo relaxante e capaz de proporcionar um ambiente agradável e excitante para um casal de modo a que se sintam sensuais e, paralelamente, relaxados e felizes. * A cama deve permitir a energia fluir suavemente por todo o quarto, por isso mesmo não deve ter nada debaixo dela. É desaconselhado dormir com os pés virados para a porta pois esta é a forma como se retiram os cadáveres dos quartos. Se dormir nesta posição deve tentar alterar a disposição da cama mas de forma a que consiga ver quem entra no quarto. * Mantenha-o sempre arrumado, limpo e organizado. Evite discussões no quarto. Desentendimentos devem ser resolvidos noutra divisão da casa. O quarto do casal deve ser

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um “oásis” de paz, amor e harmonia. Devem ser evitados aparelhos eléctricos, como televisões, no quarto. * Seja sensato a decorá-lo. Evite móveis e objetos grandes que causem uma sensação de aperto. Quem gosta de móveis escuros precisa equilibrar a energia usando cores claras na decoração e na roupa de cama. Se você gosta de móveis e decoração em tons claros ou pastéis, ponha energia com detalhes em vermelho, amarelo e azul royal. As mesas-de-cabeceira, bem como os candeeiros devem ser iguais para cada um dos cônjuges. Aumente a iluminação do quarto. Luz e claridade, natural ou artificial, atrai e estimula a energia “Chi”. Quartos escuros ou sombrios revelam relacionamentos apáticos. Durante o dia, deixe entrar luz do sol. Para manter acesa a “chama da paixão” aposte em acessórios vermelhos, mas não exagere pois esta é uma cor muito estimulante e de grande actividade.

* No quarto do casal devem existir muitos símbolos em pares ou casais que passem a ideia de união, amor, amizade, carinho e sinceridade. Comece por colocar no quarto várias fotografias do casal, do casamento, de uma viagem feliz ou da festa de fim de ano. Prefira fotografias de vocês juntos em momentos especiais e felizes, evitando fotografias da família dentro do quarto, deixe-as para outras divisões da casa. Outros objetos que simbolizem união, como um par de velas (preferencialmente vermelhas ou rosas). Segundo o Feng Shui, os tons rosados devem predominar na colcha e nas cortinas. Coordenados, são recursos que activam o quarto do casal. Padrões florais serão ainda melhores. Os chineses acreditam que a flor é um símbolo de amor. Para a semana falaremos de outros quartos e áreas de trabalho dentro de casa.


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Abril

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 A vida afetiva permite clarificar os seus sentimentos e, com o outro elemento do par, permutará momentos de intensa paixão. A nível profissional poderá evoluir na carreira, marcando o seu sentido de liderança e evidenciando a sua capacidade de iniciativa.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva está relacionada com a sua capacidade de comunicar, conciliando o equilíbrio, a diplomacia e a verdade dos factos. A nível profissional é crucial definir metas a longo prazo e reunir os meios humanos / técnicos essenciais para atingir o sucesso.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva harmonizada possibilita aproveitar a conjuntura positiva para conviver com amigos e expandir a relação amorosa. A nível profissional esta é uma ocasião próspera para realizar novos contatos e, com coragem, vai investir em novos desafios.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva intensa e apaixonada concede a oportunidade para demonstrar toda a sua mágica e ardente sexualidade. A nível profissional obterá recompensas e reconhecimento, sempre que trabalhar com humildade, dedicaçao e honestidade.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva reflete no presente as opções adotadas no passado e o tempo ditará se as suas opções foram as mais corretas. A nível profissional analise racionalmente todos os assuntos, também, programe as atividades com muita antecedência e concentração.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva beneficia as relações alicerçadas na verdade e numa atitude mais compreensível, em relação ao outro elemento do par. A nível profissional vai encontrar as soluções necessárias para concretizar os seus sonhos, com tranquilidade e muita fé.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva depende, em parte, da sua estabilidade emocional e capacidade de manifestar os seus fascinantes sentimentos. A nível profissional, em qualquer situação mais difícil, mantenha a serenidade e procure mostrar toda a sua grande imaginação.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva indica a importância de estabelecer uma relação amorosa justa e de acordo com o “ espirito” de ambos os parceiros. A nível profissional deve aproveitar as experiencias passadas e as suas aptidões pessoais para atuar com discernimento e sabedoria.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva deve ser desenvolvida de acordo com os seus ideais e, de forma lucida, vai transformar positivamente as suas relações. A nível profissional mantenha os seus planos para o futuro e, com a determinação aliada à autoconfiança, realizará os seus sonhos.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva e familiar devem ser espaços de segurança, aprendizagem e aceitação da liberdade de todas as pessoas envolventes. A nível profissional, presentemente, pode aproveitar o seu bem-estar interior para realizar tarefas e evoluir afirmativamente na carreira.

A vida afetiva anuncia uma fase mais otimista e uma atitude mais assertiva, na sua forma de mostrar entusiasticamente todo o seu amor. A nível profissional aproveite este período extremamente produtivo para atingir os seus objetivos, trabalhando com eficiência e competência.

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A vida afetiva demonstra a necessidade de mudar e promover relacionamentos mais inteligentes, originais e cúmplices. A nível profissional estão favorecidos os envolvimentos em grupo e todos os projetos mais ambiciosos, relativos a longo prazo.


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