CRIATIVA MAGAZINE - EDIÇÃO AGOSTO DE 2018

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ENTREVISTA COM JOSÉ LEAL FREGUESIA DE SÃO PEDRO ESTÁ MAIS COSMOPOLITA

ENTREVISTA COM ZURAIDA SOARES “ESTE É O FIM DE UM CICLO, NÃO TENHO A MÍNIMA DÚVIDA”

ÁLCOOL, CANNABINOIDES E HEROÍNA SÃO AS SUBSTÂNCIAS MAIS CONSUMIDAS

ANO III Nº 46

AGOSTO 2018

S DE DOESR CONTO VOUCHNER O INTERI

O É NA

RIBEIRA GRANDE


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34 QUINHENTISTA 36 FEIRA NA RIBEIRA GRANDE 38 DIA NO JARDIM NAS VERBENAS 40 ANIMAÇÃO DE SÃO PEDRO ATRAIU 42 CALEMA MILHARES AO NORDESTE EUROPEAN 44 41ª JUGGLING CONVENTION 29ª EDIÇÃO DA FESTA DO CHICHARRO

ENTREVISTA COM JOSÉ LEAL A FREGUESIA DE SÃO PEDRO ESTÁ MAIS COSMOPOLITA

ENTREVISTA COM ZURAIDA SOARES “ESTE É O FIM DE UM CICLO, NÃO TENHO A MÍNIMA DÚVIDA”

REPORTAGEM ÁLCOOL, CANNABINOIDES E HEROÍNA SÃO AS SUBSTÂNCIAS MAIS CONSUMIDAS

RUBRICAS DE SAÚDE 24 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO CRIATIVO 30 OLHAR TEMA “FÉRIAS” ÓTICA 32 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO

Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361 Nº Registo: 126655

DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES 2018 AS FÉRIAS DOS PILOTOS

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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GRANDE REPORTAGEM

EVENTOS

REPORTAGEM TARDE DEDICADA AOS AVÓS EM SÃO SEBASTIÃO

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

FESTIVAIS DE VERÃO NA RIBEIRA GRANDE COM FAMA FORA DA REGIÃO São dois importantes festivais de verão na Ribeira Grande. Têm conceitos distintos, geograficamente localizam-se em zonas muito diferentes, mas têm em comum o facto de merecerem uma enorme procura por parte dos festivaleiros. O Monte Verde Festival e o Azores Burnning Summer são, para já, dois dos festivais que geram mais impacto. Natacha Alexandra Pastor

O Festival Monte Verde é um dos festivais mais concorridos em São Miguel e, porventura, até dos Açores. Em regra o segundo fim-de-semana do mês de agosto tem um sabor especial, e são muitos os que montam acampamento na Ribeira Grande, para um festival que já conquistou fama, até, um pouco de norte a sul de Portugal Continental. Logo em 2012, data do primeiro Monte Verde Festival, o sucesso foi alcançado. Daí em diante ganhou uma amplitude que surpreendeu quem o organiza. Jacinto Franco, enquanto responsável por esta estrutura, confirma a sua surpresa pela excecional adesão. “A verdade é que ao longo das seis edições já realizadas o evento foi crescendo de ano para ano e hoje em dia já nos conseguimos afirmar como um dos maiores festivais a nível regional, começando também já a ter algum impacto a

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nível nacional. A localização e toda a envolvência do festival permite-nos termos todas as condições e infraestruturas necessárias para um evento desta envergadura e apesar de o número de festivaleiros ter vindo a aumentar ano após ano, temos sempre conseguido aprimorar alguns aspetos para que o recinto, o campismo e a localidade em si tenham a capacidade para receber da melhor e mais cómoda forma possível aqueles que nos visitam.” Ora se o palco escolhido é meio caminho para o sucesso, o cartaz de artistas convidados ajuda, e de que maneira, ao êxito. Resta então lembrar que a importância e o reconhecimento dado na cidade a este festival é do melhor! “O concelho da Ribeira Grande sempre nos recebeu da melhor forma, dando-nos todas as condições para que o evento aconteça consecutivamente desde 2012. A autarquia lo-


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cal é um parceiro fundamental para nós como organização e o próprio tecido empresarial local também se revê no evento, sendo muitos dos nossos parceiros empresas sediadas na Ribeira Grande. Prova disso é o facto do naming dos nossos dois palcos para a edição de 2018 estarem ligados à localidade. O palco principal será o Palco Ribeira Grande e o palco secundário será o Palco Goshawk, demonstrando assim o apoio tanto da autarquia bem como de uma marca proveniente do concelho. O concelho da Ribeira Grande tem tido ao longo dos últimos anos uma preocupação imensa com dinamização da sua oferta cultural e turística, não se limitando apenas aos meses de verão. Muitos dos maiores eventos da ilha de São Miguel têm vindo a acontecer na localidade e o Monte Verde Festival faz parte desse leque. Como tal, temos noção que através do nosso festival já são muitas as pessoas que visitam a Ribeira Grande, sejam elas de outras ilhas, de Portugal continental ou até mesmo do estrangeiro e ficamos satisfeitos por contribuir e ajudar a impulsionar uma maior e mais diversificada oferta cultural num concelho que sempre nos apoiou.” Se o Monte Verde dispensa apresentações, o Azores Burning Summer está, já, lá perto. A ARTAC, a entidade que organiza o evento no Porto Formoso, tem sede na Ribeira Grande. A este facto se junta a particularidade de a freguesia dizer algo de muito especial a Filipe Tavares, mentor do festival e responsável da associação. Combinadas as partes, a ARTAC recebeu da autarquia da Ribeira Grande toda a empatia por este projeto, que vai muito além do mero festival, explica-nos Filipe Tavares. “Digamos que o festival é uma homenagem à mística da praia dos Moinhos no Porto Formoso, ao seu ambiente tropical, às vivências e às memórias musicais que o lugar guarda. A Praia dos Moinhos é uma espécie de local sagrado para muitos da minha geração. Foram várias as noites ao relento com boa música e amigos à volta da fogueira. O Azores Burning Summer nasce para fixar este espírito festivo e descontraído oferecendo-o a um elevado número de pessoas, em formato de festival. Como o Porto Formoso é um lugar pitoresco e de uma grande beleza natural, tivemos a preocupação de o preservar e não degradar, daí as medidas de sensibilização ambientais que o festival implementa e toda

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a programação de cariz ecológico que dá ao público desde a 1ª edição. Com a globalização e o aumento do turismo, surge a necessidade de combater a estandardização, algo que pode e deve ocorrer através do reforço das especificidades de cada lugar. Há que passar às novas gerações essa relação especial e consciente que se pode ter com um lugar.” Uma, duas, três e à quarta edição, a Câmara da Ribeira Grande surge como co-organizadora do festival. É um marco importante, diz Filipe Tavares, confirmando que o conceito do Azores Burning Summer tem incutidos valores com os quais a câmara bem se identifica. “A ARTAC, a entidade que organiza o festival, é uma associação com sede no concelho da Ribeira Grande e que se dedica à promoção e desenvolvimento sustentável do turismo, ambiente, cultura e saúde nos Açores. No que diz respeito ao festival, devo dizer que o mesmo foi acarinhado pelas entidades locais e regionais desde o primeiro momento. A Autarquia da Ribeira Grande é, sem qualquer dúvida, um forte aliado deste projeto. Partilhamos os mesmos valores e por isso tem sido possível construir e alicerçar este festival. Pela primeira vez, em 2018, temos a Câmara Municipal da Ribeira Grande como co-organizadora do festival e isto constitui um marco importante. Quanto ao tecido empresarial, fazemos o possível por trabalhar com as empresas locais, a nível da prestação de serviços, e estamos conscientes do retorno económico que proporcionamos ao Porto Formoso e às freguesias vizinhas, devido à aposta de descentralização do evento. Orgulhamo-nos por termos uma gestão sustentável que permite reter 80% do investimento realizado na nossa região. Mais do que acrescentar animação ao mês de agosto, estamos empenhados em projetar o Porto Formoso através de uma proposta cultural diferenciadora, com um conceito bem delineado, com uma identidade bem definida e com uma mensagem de sensibilização ambiental clara. Não somos um festival de massas, acreditamos que “menos é mais”, apostamos na qualidade e queremos providenciar ao público uma experiência de festival que não assenta no consumo mas sim na emoção e no contacto com a natureza. O Azores Burning Summer é isso, o único festival eco-musical dos Açores.”


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GRANDE ENTREVISTA

“MAIS DE 300 MIL PESSOAS PASSAM PELA RIBEIRA GRANDE AO LONGO DO ANO”

Apostando em eventos que chamem à cidade e ao concelho muitos visitantes, a Ribeira Grande vai manter o seu apoio em múltiplas festas e animações. Mas nem só de festa se vive e entre os muitos projetos em curso destaque para o ordenamento da orla marítima quer da cidade quer de Rabo de Peixe, projetos que aguardaram tempo demais. Natacha Alexandra Pastor

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riativa Magazine - Paulatinamente, desde que assumiu a presidência da Câmara da Ribeira Grande que foi introduzindo medidas assertivas para melhorar não só a qualidade de vida dos munícipes mas também por forma a fazer destacar o município dentro e fora de portas. Que grandes investimentos ou melhorias e conquistas revê agora? Alexandre Gaudêncio (Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande) - O trabalho realizado ao longo dos últimos anos permitiu transformar a Ribeira Grande. O que antes era um local de passagem, agora é um local de paragem obrigatória, com todas as mais-valias que se retiram daí ao nível da economia local. As apostas que fizemos permitiram criar novas dinâmicas na cidade e no concelho e, hoje, a Ribeira Grande destaca-se pelo o que oferece a quem nos visita, seja do ponto de vista do contato direto com a natureza, seja pela presença em eventos diferenciadores que têm alavancado o comércio local. Em que capítulos ou setores ou áreas de intervenção foi dado maior enfoque? A ação social foi uma das nossas prioridades. Nesse sentido, reabrimos as portas ao apoio à habitação degradada,

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CMRG

vertente que estava fechada por opção do anterior executivo; criamos o Fundo de Emergência Social para acudir às famílias verdadeiramente carenciadas como forma de acudir a situações de emergência social e, mais recentemente, reforçamos o apoio às bolsas de estudo, proporcionando assim que mais jovens do concelho possam ingressar no ensino superior e prosseguir os estudos depois de concluído o secundário. Como se concretiza tanto trabalho? Sente-se realizado por ter orientado, de forma diferente e visível, todas estas tarefas? Este é um trabalho de equipa onde todos colocam empenho e dedicação nas suas tarefas no dia a dia. O que fazemos, fazemo-lo pelas pessoas da Ribeira Grande, pelo respeito que nos merecem e pelo melhor que ambicionam para as suas vidas. Mantém a aposta autárquica em eventos âncora que procurem criar maior dinamismo comercial e turístico sobretudo na cidade? Sem dúvida. Desde o início que essa foi uma opção e os resultados estão à vista. Hoje, por via dessa aposta em eventos âncora e diferencia-


dores, a Ribeira Grande recebe milhares de visitantes que dinamizam a economia local, criam melhores condições de emprego e, transversalmente, estão a cativar novos investidores. É preciso dar nota que a Ribeira Grande está a receber os maiores investimentos hoteleiros alguma vez realizados nos Açores. Está em construção um dos vários hotéis que vão abrir no concelho e que permitirão criar cerca de duzentos postos de trabalho diretos. Nesse sentido, e para precaver a falta de mão de obra local, a Câmara da Ribeira Grande está a trabalhar em parceria com a Escola Profissional da Ribeira Grande na lecionação de cursos que respondam às carências identificadas pelos investidores em termos de mão de obra especializada, nomeadamente mesa/bar, restauração e andares. Em conjunto, nas festividades que têm a câmara como organizadora principal, quantos milhares de pessoas, e em que espaço temporal, passam pela cidade/concelho? Estimamos que mais de 300 mil pessoas passem pela Ribeira Grande ao longo do ano. Ainda recentemente, só na Feira Quinhentista recebemos cerca de 25 mil pessoas. O fluxo crescente de visitantes também é monitorizado pelos nossos técni-

cos do turismo e, face a esse aumento, criamos um segundo posto de turismo no Largo Hintze Ribeiro que serve de apoio a quem procura informação no centro da cidade. Vai manter esta linha de estratégia? Está a ter os resultados desejados? Não temos dúvidas que os resultados têm superado as nossas melhores expetativas. Quem dissesse, há três ou quatro anos atrás, que a Ribeira Grande estaria, hoje, em condições de ser o centro aglutinador dos maiores investimentos hoteleiros nos Açores, não seria levado a sério. Focando outras realidades, também faz parte da sua aposta voltar a Ribeira Grande para o mar. Embora não seja um processo rápido, e mereça também um envolvimento privado, como já se começa a verificar, com a transformação da orla marítima não termina este trabalho? Essa é outra das nossas prioridades. Sei que muito se falou nisso mas a realidade é que é connosco que esse trabalho está a avançar. É um processo demorado pois implica alguma burocracia, mas estamos a avançar dentro do previsto. A frente mar da Ribeira Grande já está a mudar de face com a construção da nova ponte que vai ligar as duas margens na foz da ribeira e, nesse local, também será construída uma estação de tratamento de águas que vai desviar, finalmente, as águas da ribeira que desaguam no mar. Para além disso, é nossa intenção requalificar a frente litoral da vila de Rabo de Peixe. Já demos início a esse processo com a demolição do antigo restaurante “O Golfinho” e pretendemos, a curto/médio prazo, concluir mais algumas etapas no sentido de valorizar aquela zona. Há sempre tarefas demoradas e pouco visíveis que surtem o seu efeito a médio/longo prazo. Na tentativa de destacar a Ribeira Grande no mapa, o que falta conseguir implementar? Mais importante do que destacar a Ribeira Grande no mapa – algo que, creio, está a ser conseguido paulatinamente – importa não desviar a atenção das pessoas. É nesse sentido que estamos ativos em várias frentes no que ao saneamento básico diz respeito. É um investimento pouco visível mas muito necessário, pois muitas freguesias do concelho ainda não estão ligadas a 100% à rede de saneamento. Importa realçar também o trabalho que estamos a desenvolver em termos de sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, estamos a trabalhar num Plano de Mobilidade Sustentável que irá fazer um retrato dos hábitos do dia a dia ao nível da mobilidade e que irá traçar também um conjunto de políticas e de projetos para promover hábitos de vida saudáveis na população.

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REPORTAGEM

TARDE DEDICADA AOS AVÓS NA FREGUESIA DE SÃO SEBASTIÃO Natacha Alexandra Pastor

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elo quinto ano, a Junta de Freguesia de São Sebastião, o Centro Intergeracional de São Sebastião, em conjunto com a PSP/MIPP, no âmbito do Programa “Apoio 65 – Idosos em Segurança” organizaram um evento lúdico, durante a tarde do dia 26 de julho, para assinalar o Dia dos Avós. A sala do pavilhão multiusos da freguesia recebeu uma população idosa, maioritariamente, avós, que tiveram um convívio, seguido de lanche, animado pela Tia Maria do Nordeste. A animação contou com um desfile de idosos que trajaram roupas e adereços usados nos seus tempos de juventude. Indumentárias de outros tempos, tempos muito difíceis, em que se vivia com muito pouco. A junta de freguesia, enquanto entidade organizadora, na pessoa do seu presidente, José Maria Pereira Rego, recorda à Criativa Magazine a importância de assinalar este dia. “É a quinta edição desta iniciativa que julgamos importante. Acho que é um legado que temos para com eles – os avós – por tudo aquilo que eles nos transmitiram ao longo da sua vida. Sendo o Dia dos Avós, eles que são autênticas caixinhas de carinho, ternura, simpatia, protetores..., temos de os acari-

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nhar e temos de alertar a sociedade para estas pessoas, muitas das quais são ou estão mais fragilizadas, e para que não ouçamos notícias tristes.” Tendo uma freguesia com bastantes idosos, o presidente entende ser cada vez mais urgente pensar-se na criação de uma rede de creches para idosos, onde a família os poderá deixar de manhã e ir buscar ao fim do dia de trabalho. Onde esta franja social possa estar ocupada com inúmeras e diversificadas atividades. Neste evento marcaram presença dois elementos da Polícia de Segurança Pública de Ponta Delgada, agentes que estão dedicados ao Programa Apoio 65, um programa que tem por base a salvaguarda e proteção das pessoas mais idosas e dos seus bens, efetuando ao longo do ano ações de sensibilização junto da comunidade de forma a consciencializar os mais idosos, bem como aconselhar a adoção de medidas preventivas e comportamentos de autoproteção, quer em casa, transportes públicos e na via pública, no intuito de diminuir situações de risco, prevenir e evitar burlas/furtos/ roubos, e conseguir deste modo conferir um maior sentimento de segurança.


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ENTREVISTA

A FREGUESIA DE SÃO PEDRO ESTÁ MAIS COSMOPOLITA Natacha Alexandra Pastor

Orlando Medeiros e Direitos Reservados

A dinâmica da freguesia alterou-se bastante nos últimos anos. Com uma intensa atividade empresarial a procurar sediar-se aqui, e com um núcleo populacional na ordem dos 9 mil habitantes, gerir todo o território e todas as solicitações é uma proeza.

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riativa Magazine - São Pedro é uma das freguesias que mais vive a nova dinâmica da cidade de Ponta Delgada. Acresce que tem uma elevada população residente, e outra população que aqui trabalha. Isto gera um fluxo populacional e de atividade que para uma junta de freguesia também implica maior esforço? José Leal (Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro) - São Pedro é simplesmente uma das maiores freguesias dos Açores, com cerca de 9 mil habitantes, tem mais população que vários concelhos da região e só será ultrapassada pela vila de Rabo de Peixe, que aqui, diga-se, terá uma população muito jovem, com idade inferior aos 18 anos, portanto não eleitoral, ao contrário do que sucede com São Pedro. Ora, esses números implicam mais tudo, e dito isto, significa que origina mais problemas de ordenamento do trânsito, de estacionamento, mais problemas do ponto de vista social, mais problemas ao nível da higiene e limpeza e também ao nível da salubridade. Para lá da nossa população, São Pedro vive, de algum tempo para cá, com um crescente número de população flutuante. E isso diz respeito àquilo que aqui encontramos de serviços, nomeadamente nas áreas da hotelaria, da restauração, do ensino, etc.

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Nós temos aqui sedeados um número muito grande de hotéis e de alojamentos locais e guesthouses, nem vou contabilizar porque seria exaustivo. Temos uma Universidade, temos um quartel militar e temos dezenas de restaurantes. Temos uma Marina e Portas do Mar, temos uma marginal que atrai muita gente que está de passagem. Todo esse aglomerado de empresas e instituições, que fique bem claro, é muito positivo para nós e traz-nos um cosmopolitismo interessante, mas todo o progresso acarreta algumas dificuldades e problemas. Essa dinâmica crescente leva-nos a encetar algumas atividades lúdicas e de lazer, e não é à toa que temos a Feira das Traquitanas, no Relvão, de modo a criar uma vertente diferente, ao mesmo tempo que ajuda à pequena economia. As Verbenas de São Pedro também seguem esse exemplo, as várias associações, este ano num total de 12, puderam desenvolver a sua atividade e daí obter algum lucro. O progresso também gera, e São Pedro não é exceção, alguma exclusão social. Queria aqui ressalvar que a Associação de Seniores tem implementado na freguesia o programa Zero Desperdício que conta com o apoio de um funcionário da junta de freguesia que toda a semana vai a casa das pessoas mais carenciadas entregar as refeições. Além desse apoio cabe-nos ajudar quem precisa na aquisição de medicação; no pagamento de água, luz e gás, desde que fundamentada a necessidade.


Numa freguesia que é uma segunda cidade, como aqui há tempos disse o presidente da câmara de Ponta Delgada, há todos estes cenários positivos e engrandecedores, como também há os de maior dilema. Desde 2017 oficialmente como Presidente desta junta, apesar de já trazer uma participação ativa há muitos mais anos, é pesado e difícil estar-se na linha da frente de uma freguesia tão populosa, com tantas exigências e com uma dimensão significativa. De facto há muitos anos que tenho uma participação ativa na junta de freguesia de São Pedro. Oficialmente desde 2017 como presidente eleito, e não há comparação possível entre cargos anteriormente desempenhados. Um presidente de junta quando sai daqui – da sua junta - tem uma série de preocupações que leva consigo para casa, e não há sossego. A qualquer hora do dia e da noite, aos fins-de-semana são muitas as solicitações e as pessoas que me procuram. O meu telemóvel não para. “Quanto maior a nau maior a tormenta”. Que análise faz precisamente do financiamento que está hoje direcionado às juntas de freguesia versus o papel cada vez mais determinante que estas assumem? Houve recentemente uma alteração que tem que ver com a transferência de parte do IMI para as juntas, uma medida importante. No nosso caso, isso traduziu-se em cerca de 13/14 mil euros anuais. Em relação à Camara Municipal de Ponta Delgada e a esta presidência tenho aqui que fazer um louvor porque efetivamente é uma autarquia que tem vindo a apoiar as juntas de freguesia do seu concelho, este ano o investimento é superior aos 600 mil euros e obviamente que isso significa alguma descentralização de competências. Penso que ao nível dos órgãos de poder regional poderíamos receber mais. Aí sim, penso que falha, sinceramente. Temos o Eco-Freguesias e mais um ou dois programas que não dá para nada. Inclusive o Eco-Freguesias tem vindo sucessivamente há três anos a diminuir a verba. Entre o Governo da República e as câmaras municipais, fica um vazio? Sim, há de facto um vazio. As transferências do Governo da República acontecem quatro vezes ao ano, através do fundo de financiamento, e ficamos por aí. E penso que poderíamos e deveríamos ter mais porque as exigências às juntas de freguesia são cada vez maiores. Nós estamos sob uma grande exigência. O próprio munícipe está mais exigente.

Exigências muito flutuantes consoante o nível social? Sem dúvida! Temos aqui munícipes que querem espaços de lazer interessantes para poderem passar um bocado do seu fim-de-semana, que querem ver as questões da higiene resolvidas, que querem espaços arborizados e o corte de relva sempre impecáveis, que querem iniciativas culturais diversas etc, etc. E são todas essas solicitações que vêm cair numa junta de freguesia, antes sequer de ir cair numa autarquia. E muito do trabalho, mesmo não sendo da competência das juntas, acaba por ser desempenhado por estas? Muitas vezes sim, porque se nós vamos esperar pelas entidades competentes, que pelas razões mais diversas demoram a responder a certas questões, as coisas complicam. Somos nós juntas de freguesia quem acaba por assumir essas tarefas. Desse ponto de vista, o papel que hoje desempenha uma junta de freguesia será ainda mas exigente daqui a 20 anos. Ao contrário do que alguns ideólogos nacionais pretendiam, as juntas de freguesia não estão destinadas a serem extintas, bem pelo contrário. A descentralização político-administrativa tem de ser mais aprofundada. Quanto mais próximo da população estiver o poder local mais as pessoas ficam satisfeitas. Que ninguém tenha dúvidas sobre isso! Por isso tem de existir cada vez mais a descentralização de competências, acompanhada de efetivos recursos financeiros. As coisas não poderão ficar centralizadas no Terreiro do Paço, é bom que se perceba isso.

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ENTREVISTA

“ESTE É O FIM DE UM CICLO, NÃO TENHO A MÍNIMA DÚVIDA” Natacha Alexandra Pastor

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Zuraida Soares deixa a Assembleia Legislativa Regional dos Açores muito em breve. Afasta-se da liderança nos Açores do Bloco de Esquerda. Findou um ciclo da sua vida e disso não tem dúvidas. O futuro dirá em que lutas se envolverá, sendo certo que fica conhecida por ter mostrado muita garra e dedicação a este projecto político.

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riativa Magazine - Zuraida Soares deixa a coordenação do BE nos Açores. Foi uma decisão pensada ou houve motivações e circunstâncias especiais nesse seu afastamento? Zuraida Soares - Foi uma decisão, não só pensada, mas também antecipada, na medida em que, nas últimas legislativas regionais disse, com toda a clareza, que (caso fosse eleita) sairia a meio do mandato. E cá estamos, a cumprir o compromisso assumido. Será uma ausência total ou manter-se-á ligada ao partido, embora assumindo um papel mais distante? Esse é o fim de um ciclo ou poderemos vê-la a encarar de novo a política? Enquanto acreditar neste projecto político e considerar que pode dar um importante contributo, aos Açores e aos/à Açorianos/as, nunca poderá ser uma ausência total. Mas será – aliás, já é! – um afastamento dos cargos directivos do BE/Açores e, a partir de Setembro, a substituição do meu lugar de Deputada, do nosso Grupo Parlamentar, na ALRA. Que este é o fim de um ciclo, não tenho a mínima dúvida. Contudo, como parto do princípio de que tudo, na vida, é político (no seu sentido amplo e não meramente partidário), quem sabe para onde as marés da vida me levarão! A permanente curiosidade, vontade de fazer a diferença e atenção ao mundo não me abandonaram… 14 anos ao serviço dos açorianos. Sente que fez tudo aquilo que podia (e até às vezes lutar pelo quase impossível)? Sinto que me dediquei de alma e coração a este projecto político, essencialmente, por convicção, rebeldia e sede de futuro. E também sei que não fiz tudo bem feito. Lutei, à minha medida e com as armas de que (a cada momento) dispunha, por uma sociedade mais igualitária, mais democrática e mais decente. Acredito que, em política, não há impossíveis. Há antes um caminho (mais ou menos longo) de coragem, de coerência, de persistência e de exigência que tem que ser percorrido, com muita reflexão e diálogo. Descobrir como cada um/a de nós operacionaliza (ou não) estes ingredientes, pode transformar-se no projecto de uma vida. Provavelmente, foi o meu caso. Decerto que tem muitas histórias e estórias da sua experiência enquanto deputada. Se lhe pedir para recordar três momentos mais marcantes, de que se lembra de imediato? O primeiro momento inesquecível foi, sem dúvida alguma, a eleição (em 2008) de um grupo parlamentar, pelo BE/Açores, na nossa Assembleia Legislativa. Foi um impossível que os votos dos/as Açorianos/as tornaram possível!


O segundo, foi o debate e o voto contra do Grupo Parlamentar do BE/A, à legalização das touradas picadas (ou sorte de varas), sabendo que esta prática sanguinária não é produto da vontade popular, nem é sequer promovida e apoiada por todos os aficionados da festa brava. Foi uma luta renhida e muito difícil. Finalmente, ganhou o bom senso e a civilidade. O terceiro, bem mais recente, foi a entrega no nosso Parlamento, de uma iniciativa legislativa que pretende alterar a Lei de Bases da Política de Ordenamento e de Gestão do Espaço Marítimo Nacional. Este documento deixa bem claro o conceito de ‘gestão partilhada’ (neste caso, do Mar), atribuindo aos órgãos de governo próprio dos Açores, o direito de gerir o nosso Mar e de garantir que os proveitos dessa gestão serão pertença da Região, por direito próprio. Tinha que escolher apenas três…caso contrário, as histórias seriam inesgotáveis! Quais terão sido as maiores aprendizagens desta experiência? As aprendizagens foram muitas e muito diversas. A política é um concentrado da vida, em todos os seus aspectos, positivos e negativos. Aprendi a gerir melhor a frustração e o desencanto; descobri o imenso prazer das lutas, mesmo que sem sucesso imediato à vista; libertei-me dos resquícios de sectarismo que ainda persistiam; identifiquei o pulsar da

luta de classes, no nosso quotidiano; descobri que o pragmatismo descredibiliza a prática política, na medida em que a torna cínica e hipócrita; e confirmei que a(s) nossa(s) sociedade(s) precisam de ideologia…clara, fundamentada, coerente e alicerçada nos direitos humanos. E muitas, muitas outras coisas, nem sempre agradáveis, é verdade! Decepcionou-se alguma vez com a vida política? Sentiu o seu trabalho posto em causa? Arrepiou-se por certas atitudes? Com lutas desiguais? Tudo isso é inevitável! O povo diz que ‘quem anda à chuva, molha-se’ e assim é de facto. Contudo, também posso dizer que ‘aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes’. Na política, sim, mas também, no local de trabalho, na família, na tribo, na vida, enfim. Não sendo o/um fim, onde poderemos encontrar Zuraida Soares no futuro? Uma coisa de cada vez! Agora é o momento de largar amarras e de saborear a sensação de leveza. Mais tarde, veremos o que surge pelo caminho, sendo certo que ainda me falta concretizar um sonho (aparentemente, impossível, como foram tantos outros, entretanto, concretizados!): organizar um Congresso Feminista, na Região Autónoma dos Açores! As Mulheres açorianas merecem este reconhecimento e afirmação! Quem sabe?!

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REPORTAGEM

ÁLCOOL, CANNABINOIDES E HEROÍNA SÃO AS SUBSTÂNCIAS MAIS CONSUMIDAS Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Cerca de 1850 indivíduos recebem neste momento tratamento em ambulatório para combate ao consumo de substâncias psicoativas. Muito menor é o número de internamentos.

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o tratamento em internamento (comunidades terapêuticas), em 2017, foram 26 os utentes que estiveram a receber tratamento. Neste momento, destes apenas persistem 15 utentes, sendo que 12 foram admitidos já em 2018, tendo os demais três transitado de tratamento institucionalizado datado de 2017. No top três das situações mais complexas está o consumo de álcool; cannabinoides e heroína, seguindo-se o consumo de novas substâncias Psicoativas. Em informação transmitida à nossa reportagem, a Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, através da sua diretora Suzete Frias, ditou, ainda, o perfil do consumidor, com base num conhecimento dos casos tratados pelo Serviço Regional de Saúde, o que poderá não corresponder às características gerais dos consumidores na região. De acordo com os dados sociodemográficos dos utentes conhecidos, pode concluir-se que a maioria são homens com baixas habilitações literárias, sem parceiro e não ativos.

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“Neste momento ainda não existem respostas, nos Açores, para tratamento em regime de internamento de longa duração, denominadas de comunidades terapêuticas, uma situação que mudará a curto prazo.” Explorando um pouco mais os dados: 89% são homens, com uma taxa de desemprego a rondar os 58%. 2,4% ou são inválidos ou pensionistas ou aposentados. 56% destes são solteiros e 5,79% estão divorciados ou separados. Quanto às habilitações literárias: 16,6% têm apenas o 1º ciclo completo; 21,47% a frequência do 1º ciclo; 22% com 2º ciclo, 5,41% frequência do 2º ciclo; e 17,96% tem o 3º ciclo completo. 6,54% tem o 12º ano e apenas 0.65% com licenciatura.


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SCYLLA, CHARYBDIS E A ILHA DOS CAVALEIROS EMBARQUE EM BARCELONA DE MARÇO A NOVEMBRO 2019

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EMBARQUE NO DUBAI DE DEZEMBRO 2018 A MARÇO 2019

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Horário: Segunda a Sexta das 10h às 18h30 e Sábado das 10h às 13h c ria ti va magazine • 17

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PRIMEIRA UNIDADE DE REABILITAÇÃO JUVENIL ABRE ATÉ AO FIM DO ANO Neste momento ainda não existem respostas, nos Açores, para tratamento em regime de internamento de longa duração. O espaço já está criado, fica no Solar da Glória, e deve abrir portas até antes do fim de 2018, confirma a diretora Suzete Frias à nossa redação. “A região terá a primeira Unidade de Reabilitação Juvenil, durante o último trimestre deste ano, que ficará localizada no Solar da Glória, em Ponta Delgada. Esta nova estrutura, vai dispor de uma unidade de desintoxicação, com capacidade média para 10 utentes, e de uma comunidade terapêutica, com capacidade média para 20 utentes. As Comunidades Terapêuticas são unidades especializadas de tratamento residencial de longa duração (habitualmente com a duração de 3 a 12 meses), em regime de internamento, onde através de apoio psicoterapêutico se procura ajudar a pessoa a reorganizar o seu mundo interno, e a perspetivar o seu futuro. São espaços residenciais, cujo objetivo é a promoção da reabilitação biopsicossocial do utente, mediante um programa terapêutico articulado em diferentes fases, sendo que a dinâmica comunitária as distingue das restantes abordagens de tratamento. A abordagem em contexto de comunidade terapêutica é feita por uma equipa multidisciplinar, sob supervisão psiquiátrica. Permitem uma rutura com o meio onde a pessoa se insere e através de apoio especializado, promove o autocontrolo sobre o consumo de drogas, desenvolve as competências pessoais e sociais, tendo em vista a autonomização da pessoa e a sua plena inserção social. São critérios de referenciação, pessoas com fracasso em tratamentos anteriores em ambulatório; que necessitam de isolamento do meio para garantir uma abstinência conti-

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nuada, tendo em vista criar condições mais favoráveis para o tratamento e reinserção; com motivação para a mudança de estilo de vida; e nalguns casos com desestruturação familiar e/ou social e/ou com situação judicial problemática e/ou determinação judicial. Assim, as Comunidades Terapêuticas dão atualmente resposta também às novas especificidades, com programas terapêuticos adequados a grupos específicos como: Consumidores e/ou policonsumidores de substâncias psicoativas ilícitas e/ou licitas (álcool, medicamentos e tabaco); portadores de comorbilidades(s), somáticas e/ou psíquicas; população toxicodependente idosa; grávidas; pais com crianças pequenas; casais e jovens.” A tutela adianta ainda que tem mantido acordos com algumas entidades que intervêm na área das dependências nomeadamente com a Comunidade Vida e Paz, IPSS; Fundação para o Estudo, Prevenção e Tratamento da Toxicodependência – A Barragem; ART – Associação de Respostas Terapêuticas; Sempre a Crescer – Cooperativa de Solidariedade Social, CRL.; Clinica do Outeiro; Casas de Santiago – Entre Pontes, Lda; ERA – Empatia, Recuperação e Apoio, Lda.; Associação Dianova Portugal – Intervenção em Toxicodependências e Desenvolvimento Social; Associação Picapau - Centro de Formação e Recuperação de Toxicodependentes; Associação Viagem de Volta.


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CONCEIÇÃO - RIBEIRA GRANDE

SÃO JOSÉ - PONTA DELGADA

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MORADIA T3 + GARAGEM DE GRANDE DIMENSÃO SÃO PEDRO - PONTA DELGADA

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MORADIA T5 COM GARAGEM E QUINTAL CABOUCO - LAGOA

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EMPREENDIMENTO TURÍSTICO

AJUDA DA BRETANHA - PONTA DELGADA

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ENTREVISTA

“TRABALHAR EM CONJUNTO É O NOSSO LEMA DESDE O PRIMEIRO DIA” Natacha Alexandra Pastor

CMPD/Orlando Medeiros

Foi das primeiras medidas a tomar quando assumiu a Junta de Freguesia de São José. Sentou-se à mesa com associações e instituições, e com outros colegas de juntas de freguesias da malha urbana, para discutir ações, trocar ideias e encontrar soluções. Um trabalho em rede que tem gerado efeitos positivos, refere o autarca Jorge Oliveira.

C

riativa Magazine - Tem sentido novos desafios à freguesia de São José, sendo que ela é altamente citadina? Jorge Oliveira (Presidente da Junta de Freguesia de São José) - Sem dúvida. A nossa freguesia, apesar de ser grande em número de habitantes, é pequena em área. Temos 1.8 km2 o que, por comparação com outras freguesias não urbanas que têm pouca população mas uma extensa área geográfica, nos prejudica, isto porque um dos critérios de atribuição do Fundo de Financiamento das Freguesias refere-se à área geográfica. Ora com isto significa dizer que na realidade recebemos pouca verba. Ainda no que respeita a problemas, e todas as freguesias do centro urbano têm problemas semelhantes, uma das dificuldades comum é a falta de habitação, algo que se agravou ainda mais com o aparecimento de muitos alojamentos lo-

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cais. Se muitos destes negócios vieram dar um ar renovado a vários edifícios históricos que estavam ao abandono, na verdade é praticamente impossível encontrar uma casa para arrendar na freguesia. Tenho pessoas que me vêm aqui solicitar ajuda nesse sentido e eu não consigo apoiá-las. Já que falamos em lacunas, gostava muito que existisse na freguesia estacionamento de proximidade, é algo que está em falta, mesmo com a disponibilização recente, por parte da Câmara de Ponta Delgada, do parque da Madruga, uma obra que na realidade não serve as pessoas da freguesia. Com a criação de vários alojamentos locais em São José a falta de estacionamento piorou. Esta é uma obra para a qual não temos capacidade financeira e que muitos embaraços nos causa. É importante ressalvar que de facto este boom turístico é muito interessante para nós, e São José prima por ter alguns


espaços e edifícios histórico-culturais para mostrar, caso da Igreja do Senhor Santo Cristo, a igreja de São José, que completou 500 anos, e o campo de S. Francisco, assim como o Coliseu Micaelense, apenas para falar em alguns. Referindo-nos precisamente ao Campo de São Francisco, uma praça que outrora teve uma vida e animação bem diferentes, é um dos espaços da freguesia que gostaria recuperasse a sua história? Desde que este elenco está a desempenhar funções que temos tido a preocupação em desenvolver atividades naquele espaço. Nos últimos dois anos temos promovido algumas atividades dentro das Noites de Verão: as Noites em Família. Temos incentivado tardes recreativas; tardes de desporto; a Feira Gastronómica que repetimos este ano no segundo fim-de-semana de setembro, a qual conta com inúmeros parceiros, e que tem um cariz solidário. Na primeira edição atribuímos uma verba que se destinou à ilha da Madeira, para apoiar nos incêndios; o ano passado atribuímos um valor financeiro à associação humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada. Toda a dinâmica de criar vida numa freguesia tão citadina, e a resolução de alguns problemas, necessita cada vez mais de assentar numa partilha de sinergias e na criação de uma rede de cooperação entre instituições. Trabalhar em conjunto é o nosso lema desde o primeiro dia em que aqui chegamos. Devo dizer que logo no início sentamos à mesma mesa 90% das entidades sem fins lucrativos que pudessem vir a trabalhar connosco e temos tido bons resultados. Um exemplo: todos os natais distribuímos cabazes de Natal, mas antes disso acontecer sentamo-nos e fazemos uma relação das famílias que recebem de outras instituições, de modo a garantir que não há famílias a receber duas vezes e outras que nada recebem. Financeiramente, também constata das grandes dificuldades para responder a tantas situações?

Tenho que aqui dizer que 60% do nosso orçamento vem diretamente da Câmara de Ponta Delgada. Se não fosse a autarquia de Ponta Delgada, e isso é reconhecido por todos os colegas das juntas de Ponta Delgada, teríamos muito pouco dinheiro para fazer o que quer que fosse. Haverá aqui num futuro próximo uma pressão da ANAFRE para que as freguesias possam ter envelopes financeiros mais ajustados aos seus encargos? Eu posso dizer que faço parte da ANAFRE Açores e neste momento esta é uma das questões que está em cima da mesa. Toda a gente nos diz que somos os “autarcas de ouro”, mas não somos tratados desse modo, bem pelo contrário. Falamos da dificuldade de encontrar habitação na freguesia, mas há muitos munícipes com problemas diversos. O que mais lhe é solicitado? Alimentação. Temos 80 famílias carenciadas sinalizadas. Fazemos 25 a 30 cabazes por mês para entregar a estas famílias. Estamos a gastar em géneros alimentícios cerca de 700 euros mensais. Posso dizer ainda que compramos uma média de 300 litros de leite por mês. Para ajudar a criar o nosso banco de alimentos, tomamos como opção, ao alugar a nossa sala principal para formações, de não cobrar aluguer pelo espaço, mas quem vier a usar a sala contribui com géneros alimentícios. Digo-lhe que todos os dias temos pessoas a vir pedir. Do mesmo modo temos uma sala para doação de roupas, cujo cuidado e gestão está a cargo de uma senhora voluntária, e temos ainda um banco de medicamentos, que é orientado por uma senhora enfermeira na reforma, que também assegura a medição da glicémia e tensão arterial, e faço notar que mensalmente temos 30 pessoas que vêm cá fazer esse controlo. Uma situação regular que se coloca desde que o centro de saúde de Ponta Delgada foi deslocado para perto do Hospital. Na maioria dos casos falamos de pessoas idosas, com mobilidade reduzida, e sem meios para se deslocarem ao centro de saúde.

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QUEIJOS DOS AÇORES

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Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

CONSULTÓRIO DA SAÚDE

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

DEMÊNCIA

C

om o aumento da esperança média de vida tem-se assistido a um crescimento do número de diagnósticos de casos de demência. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde estima que existam em todo o mundo aproximadamente 47,5 milhões de pessoas com demência e preveem que na próxima década o número de doentes com esta síndrome possa ascender aos cerca de 70 milhões. Segundo a mesma fonte, o número de indivíduos com demência poderá triplicar até ao ano de 2050. A demência engloba um conjunto vasto de doenças que concorrem com um declínio progressivo da memória e do raciocínio lógico, da capacidade intelectual e das competências sociais e emocionais. Assim, numa fase inicial, os sinais e sintomas apresentados podem ser bastante subtis, heterogéneos e difíceis de reconhecer, inclusivamente pelos médicos assistentes do utente. No entanto, uma das primeiras queixas frequentemente formuladas diz respeito à perda de memória, sendo relativamente comum a referência a esquecimentos para acontecimentos de vida recentes. Além disso, em alguns casos podem estar associados episódios de isolamento, humor depressivo, confusão, apatia e/ou incapacidade de realizar tarefas até então habituais para o doente. Embora uma expressiva maioria das pessoas com quadros demenciais sejam idosas, é importante esclarecer que nem todas as pessoas idosas apresentarão clínica de demência. Isto é, envelhecimento não é sinónimo de demência!

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Ainda que pouco frequente, a demência pode ocorrer em idades mais precoces. O papel do seu médico de família é fundamental em todas as fases da doença. O reconhecimento precoce dos primeiros sinais e sintomas é fundamental para a qualidade da intervenção, diagnóstico atempado e acesso rápido às terapêuticas preconizadas para a situação clínica. Além disso, o seu médico de família poderá ajudar a excluír outras doenças que podem causar sintomatologia semelhante à demência como, por exemplo, os défices vitamínicos, as alterações hormonais, as perturbações depressivas ou as sobredosagens medicamentosas. Não menos importante é prestar-se apoio adequado aos familiares e cuidadores do doente com demência. Ajudá-los poderá ser um fator positivo para o desenvolvimento de competências adequadas para lidar com o doente e a doença e preservar a funcionalidade da família. Neste sentido, todos os técnicos de saúde são chamados a olhar para além da doença e do doente e intervir em diferentes dimensões da vida do doente e da sua família/ cuidador. Relativamente à prevenção da doença de Alzheimer parece ser benéfico a adopção de uma alimentação saudável, a prática de exercício físico regular, a estimulação cognitiva e o controlo de fatores de cardiovascular como, por exemplo, a pressão arterial elevada. No caso da demência vascular o controlo da pressão arterial é fundamental.



DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES 2018

AS FÉRIAS DOS PILOTOS

Verão. Época do ano por excelência para gozo de férias. Em 2018 o Campeonato de Ralis dos Açores teve um interregno de 10 semanas, causado pelo adiamento do Rali Lotus para o final da temporada, pelo que se pode considerar de “férias grandes”.

am Além Mar

, piloto do Te IGUEL REGO

LUÍS M

Renato Carvalho Orlando Medeiros e Direitos Reservados

P

ara participar nas sete provas do campeonato, as equipas precisam, no mínimo, de 17 dias úteis considerando dois dias por cada rali e cinco dias para o Azores Airlines Rallye. Os concorrentes do Campeonato dos Açores de Ralis têm a sua actividade profissional e a prática do desporto automóvel é um exercício de ocupação de tempos livres. Desta forma, é necessário encontrar uma fórmula para justificar as faltas à entidade patronal em virtude da participação nos ralis pelo que o uso dos dias de férias é uma solução. Assim, o piloto que disputar a totalidade das provas praticamente não tem dias de férias para gozar.

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DO

BERNAR

aR Açorean o t u A / y a Pla piloto d SOUSA,

acing


“O TEMPO DE FÉRIAS É INSUFICIENTE” Na sua oitava época consecutiva a concorrer no Campeonato dos Açores de Ralis, Luís Miguel Rego é dos poucos pilotos que costuma estar presente à partida de todas as provas em cada temporada, pelo que sabe perfeitamente quantos dias são necessários anualmente para praticar o desporto automóvel. O piloto do Team Além Mar que utiliza um Ford Fiesta R5 é natural da ilha de S. Miguel, onde reside. Exerce a sua vida profissional como gestor de empresas. Questionado sobre como alia a sua profissão com a participação nos ralis, o vice-campeão de ralis refere que “não é fácil, pois exige um esforço bastante grande da minha parte e consequentemente dos meus colaboradores. Como é óbvio, os ralis ocupam muito tempo da nossa vida profissional e não profissional, pelo que, por vezes, sacrificamos as nossas famílias. Mas como quem corre por gosto não cansa, compensa todo o esforço e sacrifício. É um desporto que eu gosto bastante e não me vejo na vida sem o praticar. Para além dos dias das corridas, é preciso preparar toda a logística, o que

ocupa muito do meu tempo. A mim cabe a responsabilidade da preparação de todos os componentes (inscrições, viagens, alojamentos, aquisição de peças, pneus, gasolina, gestão do orçamento, etc.) necessários para o funcionamento da equipa durante os ralis.” Em relação ao uso dos dias de férias programados para colmatar o tempo dispensado nas provas, menciona que “Utilizo os dias de férias para participar nas corridas. Ao nível que corremos hoje em dia, o tempo de férias é insuficiente para disputar o campeonato com o objectivo de lutar pela vitória. No entanto, em primeiro lugar está a minha actividade profissional que nunca vai sair prejudicada a favor dos ralis. Já não tenho férias fora dos ralis há três anos. Este ano vou tirar uma semana mas não tenho data definida.” Sobre um destino de férias de sonho, Luís Miguel Rego afirma que “neste momento mais importante do que escolher um destino de férias de eleição é ter mais dias de férias para evoluir neste desporto.”

“ENCARO ESTA ACTIVIDADE DE FORMA PROFISSIONAL” A participar pela primeira vez na totalidade das provas do Campeonato dos Açores de Ralis, o madeirense Bernardo Sousa é o concorrente que mais dias utiliza ao serviço do desporto automóvel. O piloto da equipa Play/AutoAçoreana Racing tripula um Citroen DS3 R5, reside em Lisboa e tem como actividade profissional a gestão de empresas. - Como é que conjuga a sua profissão com a participação nos ralis? Apesar de ter outros negócios, ser piloto também é uma profissão para mim. Ao contrário do que se costuma dizer que isto é um hobbie, eu encaro esta actividade de forma profissional, como tal tento sempre fazer o melhor. É simples organizar a agenda, e organizar os meus dias, semanas, ou meses consoante o calendário de ralis.

- Utiliza os dias programados de férias para colmatar o tempo dispensado nas provas? Felizmente não, consigo organizar os negócios que tenho com o meu calendário de ralis, apesar de por vezes ser apertado. - Como tenciona gozar as férias deste ano? Praia ou Campo? Em Portugal ou estrangeiro? Quantos dias tem previstos de férias? Ferias só mesmo em dezembro, arranquei com um projecto novo em Lisboa que consiste num catamaran no Rio Tejo e só mesmo na época baixa é que irei descansar. - Um destino de férias de sonho? Desde miúdo que gostava de ir a Bora-Bora, mas ainda não aconteceu, já rodei o mundo graças ao Mundial de Ralis mas o tipo de destino que gosto (praia) ainda não fui.

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CONSULTÓRIO JURÍDICO com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

- Como deve agir, em sua defesa, um trabalhador que esteja integrado numa empresa com processo de falência ou insolvência, mas que é obrigado por entidades externas a garantir serviços mínimos (p.x. guardar um estaleiro de obras)? Quem pagará o salário deste trabalhador? Poderá o mesmo, caso não receba salário dentro do tempo estipulado pela lei, abandonar o seu posto? MB - No processo de insolvência o tribunal entrega a administração do insolvente (em nome individual ou sociedade) a um Administrador de Insolvência nomeado dum quadro público dessa categoria de intervenientes processuais. Este Administrador substitui para todos os efeitos a entidade patronal agora insolvente, e portanto é ele que paga os salários aos trabalhadores. Caso o trabalhador deixe de receber salário, tem nos termos legais normais, o direito de rescindir o contrato de trabalho e exigir uma indemnização semelhante à do despedimento sem justa causa. O crédito do trabalhador decorrente desse “despedimento” por iniciativa dele trabalhador, é graduado pelo tribunal no lugar próprio, juntamente com o dos outros credores, embora sujeito a um tratamento especial que em certa medida o protege.

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

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Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com


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FOTOGRAFIA OLHAR CRIATIVO

DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO

COM O TEMA: “FÉRIAS”

1º LUGAR - ANA BELA CORREIA - “ENTRE O CÉU E A TERRA”

“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º LUGAR - SISSA MADRUGA - “Há uma lua que se deita para deixar amanhecer... e aqui te espero de braços abertos...”

3º LUGAR - FERNANDO ABREU - “IK-KIL”

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SAÚDE ÓTICA

EXAME PODE DESCOBRIR DOENÇA DE ALZHEIMER Sendo uma doença que está na ordem do dia pelo seu significativo impacto na vida dos doentes e seus familiares, a Alzheimer não tem cura, e a sua prevenção ou um diagnóstico antecipado pode contribuir seriamente para uma melhoria da qualidade de vida do doente. Sabia que um exame ocular não invasivo pode detetar a doença de Alzheimer 20 anos antes dos primeiros sintomas? Para fazerem o exame aos olhos e identificar esta patologia os doentes apenas têm que tomar uma bebida que inclua curcumina (componente natural do açafrão) que irá fazer com que a placa amiloide na retina “desperte” possibilitando assim que seja detetada. Um exame ocular pode ainda ser determinante na descoberta de algumas outras doenças desconhecidas do utente, caso da Diabetes e de alguns cancros.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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EVENTOS 29ª EDIÇÃO DA FESTA DO CHICHARRO CMPovoação A Associação Cultural e Desportiva Maré Viva voltou a pôr de pé mais uma edição da Festa do Chicharro, com um cartaz festivo muito diverso. A 29ª edição contou com as atuações de Pedro Abrunhosa, Diogo Piçarra, Fernando Daniel, Danny Avila, I Love Baile Funk, Overule & MC Landu BI e André Henriques, além das bandas e Dj’s regionais Musix, Fat of the Land, Sara Cruz Trio, Kevin Piques, Play e Soulsky.

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EVENTOS FEIRA QUINHENTISTA NA RIBEIRA GRANDE CMRG /Paulo Renato Sousa A nona edição da Feira Quinhentista superou as expetativas em termos de público presente. Durante quatro dias, a autarquia calcula terem passado pelo centro histórico da cidade cerca de 25 mil visitantes. A feira deste ano foi dedicada à temática: “Ribeira Grande e as ordens medievais: povo, clero e nobreza”.

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EVENTOS DIA NO JARDIM Paulo Renato Sousa No âmbito do Ano Europeu do Património Cultural, o Jardim do Colégio em Ponta Delgada acolheu a iniciativa Dia no Jardim, um evento direcionado para um publico infantojuvenil. Para além do concerto pelos DU-DÉ-DU, houve uma oficina de papel dedicada a trajes da Europa, atuação do grupo Street Dancers Europa, ateliers e apresentações diversas orientadas pela Academia das Expressões.

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VOUCHER pรกg. 51

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EVENTOS TRADICIONAIS VERBENAS DE SÃO PEDRO ANIMADAS Paulo Renato Sousa O Relvão, na cidade de Ponta Delgada, acolheu mais uma edição das tradicionais Verbenas de São Pedro. A organização deste festa popular conseguiu agregar um vasto conjunto de atividades e animação musical, não tendo faltado o desfile das marchas populares.

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EVENTOS CALEMA ATRAIU MILHARES AO NORDESTE CMNordeste As Festas do Nordeste atraíram milhares de pessoas ao concelho a 12, 13 e 15 de julho. Calema, Paulo Gonzo, 9 Miller & Bispo, Massivedrum e o Dj Ride foram alguns dos nomes que passaram pelo palco da festa. Nas tardes de sexta e sábado, maiores dias do evento, a música também passou pelo Complexo Balnear da Foz da Ribeira com Dj set, complementado com uma variedade de desportos aquáticos para os banhistas.

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EVENTOS 41ª EUROPEAN JUGGLING CONVENTION CMRG Cerca de 1500 malabaristas, que integram a 41ª European Juggling Convention, estiveram a exibir as suas artes num evento inédito em Portugal. A cidade da Ribeira Grande foi o palco escolhido para este encontro. Durante sete dias os artistas realizaram dezenas de exibições, tendo o evento incorporado um grande desfile de rua.

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ACONTECEU

MARINHEIROS AMERICANOS EM AÇÃO DE VOLUNTARIADO NA CANDELÁRIA Um grupo de vinte marinheiros da embarcação norte-americana “USS BULKELEY” esteve na freguesia da Candelária, concelho de Ponta Delgada, a pintar os muros do parque de estacionamento da sede da Filarmónica Lira Nossa da Estrela. Também no início do mês de julho um grupo de trinta marinheiros da fragata norte-americana “USS Baiibrigde” já havia tido semelhante atitude, na ocasião pintando o Campo de Jogos da Fajã de Cima.

POVOAÇÃO INAUGURA PISCINAS MUNICIPAIS DOS PELAMES A autarquia povoacense inaugurou as piscinas da orla marítima da Vila da Povoação. A criação de um parque infantil, uma ciclovia, áreas com relva e arborizadas e um pequeno bar com esplanada, fazem parte da segunda fase da obra.

NOVA ADEGA E COOPERATIVA AGRÍCOLA DA GRACIOSA Vasco Cordeiro presidiu à inauguração das novas instalações da Adega e Cooperativa Agrícola da Graciosa, um investimento de cerca de 1,4 milhões de euros, que o presidente do Governo considerou ser o “início de uma nova caminhada” para aumentar a competitividade da agricultura e do tecido produtivo desta ilha.

GOVERNO REFORÇA CAPITAL SOCIAL DA SATA AIR AÇORES EM 27 MILHÕES DE EUROS O Conselho do Governo aprovou uma resolução que permitirá reforçar em 27 milhões de euros o capital social da SATA Air Açores S.A., por via da subscrição de 5.400.000 novas ações. APOIO AOS AGRICULTORES PARA AQUISIÇÃO DE ALIMENTO SECO PARA ANIMAIS Para responder aos apelos e ao período de seca severa que atinge os Açores, foi publicada a primeira portaria que atribui um apoio extraordinário destinado à aquisição de 10.000 toneladas de concentrado fibroso, palha e feno na forma prensada, destinadas ao alimento dos animais das explorações de bovinos na Região.

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MONTE VERDE FESTIVAL PRAIA DO MONTE VERDE - RG

09 a

CONCERTO ORQUESTRA LIGEIRA DE PONTA DELGADA LG. IGREJA DOS MOSTEIROS

FESTIVAL DA POVOAÇÃO BY NISSAN POVOAÇÃO

FESTA BRANCA DO CONVENTO

CONVENTO DOS FRANCISCANOS

CONCERTO ORQUESTRA LIGEIRA DE PONTA DELGADA LG. DA IGREJA COVOADA

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12 10 18 18 31

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

AGENDA


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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva e os seus planos pessoais alcançam sucesso sempre que desenvolver uma atitude balizada pela persistência, fé e compreensão. A nível profissional os projetos arrojados podem ser concretizados com criatividade, empenhamento e correndo riscos com muita coragem.

A vida afetiva estável permite-lhe evidenciar a sua paciência, sensibilidade e romantismo, mas evite rotinas que desgastam a relação amorosa. A nível profissional aproveite a sua faceta mais diplomática para colocar em prática as suas ideias, mostrando com firmeza a sua dedicação.

A vida afetiva e familiar merecerão a sua atenção e terá uma tendência para exaltar os seus pensamentos, mas procure pensar antes de falar. A nível profissional este ciclo marca mudanças positivas e as escolhas racionais contribuirão para excelentes progressos financeiros.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva reflete a sua força capaz de renovar a relação amorosa e não aceitará que ninguém possa prejudicar a sua evolução pessoal. A nível profissional é a altura de obter o que merece, trabalhando com imaginação e sentimento, quiçá através de projetos comunitários.

A vida afetiva marca um excelente momento para estimular um novo ambiente familiar, através de mudanças refletidas e benevolentes. A nível profissional a conjuntura permite-lhe aproveitar oportunidades e arriscar novos projetos, essenciais para a transformação da carreira.

A vida afetiva concede-lhe segurança apropriada para a consolidação de relações bem estruturadas e compatíveis com os seus sentimentos. A nível profissional o apoio de grupos de amizade permitem-lhe finalmente conduzir os seus planos com eficácia, obtendo ganhos financeiros.

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A vida afetiva beneficiada pela regente Vénus vivencia segurança e estabilidade, facilitando a constituição de relações produtivas. A nível profissional tomará iniciativas merecedoras do reconhecimento público e poderá receber uma proposta crucial para o seu futuro.

A vida afetiva marca melhorias nas relações desgastadas e aproveitará a segurança emocional para defender opções compatíveis com os seus ideais. A nível profissional é tempo de concretização, realização de contratos e formação de associações que promovem o crescimento financeiro.

A vida afetiva, associativa e social, permite-lhe colocar em prática os seus sonhos. Também, procure expandir a sua consciência Espiritual. A nível profissional as suas ideias otimistas serão bem aceites pelos envolventes e todos os desafios vão ser enfrentados com sabedoria.

A vida afetiva acusa uma sensação de insegurança emocional que apenas pode ser resolvida interiormente, aprendendo a dominar as situações. A nível profissional a sua criatividade está enfatizada, mas procure pedir auxílio para pormenorizar projetos e aproveitar oportunidades.

A vida afetiva favorece as relações recentes e consolida as associações mais antigas, alicerçadas pela liberdade emanada na compreensão. A nível profissional poderão surgir convites de instituições, novidades e novas propostas impulsionadoras de um crescimento na carreira.

A vida afetiva caracteriza a sua grande capacidade para superar pontuais dificuldades que possam surgir e o seu quotidiano será tranquilo. A nível profissional é aconselhável que estabeleça um rumo persistente e metas firmes, contrariando tensões ou desmotivações exteriores.


Voe connosco até Boston, a cidade capital do estado norte-americano de Massachusetts, e deixe-se encantar pelos charmosos prédios de tijolos vermelhos de Beacon Hill, percorra o emblemático Freedom Trail, deambule pelo Quincy Market, inspire-se pelo ambiente jovial da Universidade de Harvard, caminhe pelas ruas principais mas também pelas ruelas quase cinematográficas do South End. Oferecemos voos diários a partir de Ponta Delgada.

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