Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VII Nº 74 dezembro 2020
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Maria Bettencourt lança tema natalício
Mais atletas femininos federados Autarcas olham para cerca sanitária com positivismo confinaram o espírito do natal
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consultório da saúde Com João Bicudo Melo
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Opinião josé andrade livros da minha estante
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Olhar criativo TEMA: “poemas de outono”
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Saúde ótica com: INSTITUTOPTICO
reportagem “O Que Não Se Vê” curta-metragem sobre os Açores
reportagem 22.816 atletas federados em 2019 População feminina aumentou participação
reportagem Vila Franca do Campo e Madalena do Pico aderem à ODSlocal
Saúde Auditiva Com: Audição Portugal
Desporto: entrevista ao piloto rbuno amaral
Propriedade:
Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com
962 370 110
Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15
reportagem associação Cantinho dos Animais dos Açores recebe dezenas de pedidos de ajuda
Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande
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Grande entrevista consultório jurídico Com Carlos Melo Bento
RUBRICAS
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entrevista CERCA a RABO DE PEIXE: Alexandre Gaudêncio satisfeito com resultados
Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José Andrade, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.
ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.
grande entrevista
It’s Christmas Eve
Maria Bettencourt lança tema natalício Sempre teve a ideia de gravar um álbum natalício. Agarrou no tema escrito há cerca de um ano, desafiou o pai, Luis Gil Bettencourt, a compor a melodia, e em três dias completaram o processo. Maria Bettencourt confere que, num ano particularmente difícil para todos, esta é a sua forma de ajudar a “espalhar” alegria numa quadra especial.
Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine – Como é que surgiu esta ideia ou propósito de um tema natalício? É o primeiro trabalho seu para uma quadra como esta? Maria Bettencourt (Artista) - Desde muito cedo que o Natal para mim é uma altura muito mágica. Diria, até, que tenho uma obsessão pouco saudável por esta época. Que não está a melhorar com a idade, muito pelo contrário. E, obviamente, música de Natal fez sempre parte dessa magia para mim. Sempre tive a ideia de gravar um álbum de Natal e este tema, que é o primeiro do género que faço, acaba por ser, talvez, um primeiro passo nessa direção. Esta pandemia, que veio também alterar um pouco a forma como vamos celebrar
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DR / Marta Cabral
esta época, teve alguma influência na sua decisão? Acho que, de certa forma, sim. Apesar do tema falar de saudade e do foco principal ser esse, as primeiras notas da canção põe-me, automaticamente, com um sorriso na cara. Então acabou, também, por ser uma forma que eu encontrei de “espalhar” essa alegria com outras pessoas. E todos nós sabemos que alegria é uma coisa que precisamos, definitivamente, este ano. Demorou muito tempo a acertar todos os detalhes? Escrevi este tema há, sensivelmente, um ano. Essa foi a parte mais demorada, pois gosto sempre de ter a certeza de que o que ponho “cá para fora” é digno de ser ouvido e lido, especialmente quando é escrito por mim. Depois disso, há
Ao público, que é sem dúvida o nosso melhor amigo, que se apoiou na cultura durante a maior fase de isolamento: não se esqueçam de nós.”
coisa de 3 semanas atrás desafiei o meu pai a compor uma melodia “natalícia” e terminámos o processo das gravações em cerca de 3 dias. De que fala essencialmente a letra? Esta ideia surgiu de uma vontade minha enorme de homenagear as minha avós que, infelizmente, partiram para outra vida há muitos anos. Achei que a forma mais bonita de o fazer seria em forma de canção, não necessariamente natalícia, que me lembrasse todos os momentos que vivi com elas. Acabei por recordar, também, Natais vividos em São Bartolomeu, (Angra do Heroísmo) e Hudson (Massachusetts) e assim nasceu It’s Christmas Eve. O tema já aí está! Já começaram a surgir as reações? Sim! As pessoas têm sido realmente incríveis comigo. E o que mais me tem chegado são mensagens de pessoas que me dizem rever-se na canção, que lhes lembra dos seus avós, ou da sua mãe ou do seu pai. Ver isso e tocar no coração de alguém, enquanto autora, é o maior privilégio que pode haver. Como artista confirma certamente que foi um ano muito difícil para a classe. Já há algumas perspetivas para 2021? Que mensagem deixa aos seus colegas? De momento, para ser sincera, nenhumas. Prefiro não criar expectativas em relação ao futuro, que é cada vez mais incerto. Tenho-me virado para a escrita e trabalhado em
novos temas que poderão vir a fazer parte de um futuro EP, quem sabe. Só o tempo o dirá. Vivemos um dos tempos mais loucos e confusos da nossa vida. Sentimo-nos ansiosos, inquietos e assustados com as incertezas que a vida nos traz. Acho um pouco delicado deixar aqui uma mensagem para os colegas de profissão porque quem sou eu? Há casos e casos. Há uns mais privilegiados que outros. Desistir desta profissão, desta vida que levamos é uma opção que está na mesa de bastantes. E por razões compreensíveis. Não têm pão na mesa neste momento. Portanto deixar uma mensagem como “não desistam” ou “há luz ao fim do túnel” soa-me um pouco insensível. Porque essa luz ao fim do túnel não existe para muitos. Prefiro antes fazer um apelo. Ao público, que é sem dúvida o nosso melhor amigo, que se apoiou na cultura durante a maior fase de isolamento: não se esqueçam de nós. Se virem um “live” de um artista ou de uma banda em alguma rede social e puderem contribuir com alguma ajuda monetária, por mais pequena que seja, por favor façam-no. Se puderem comprem os nossos CDs, os nossos livros, o nosso merchandise. Não nos mandem arranjar trabalho porque é este o nosso trabalho. É esta a nossa profissão. E ao governo: que crie apoios que realmente funcionem para todos nós. Que permitam que esta classe sobreviva e possa continuar a criar arte para todos vocês. Porque ao fim do dia é só isso que queremos. Fazer arte e ser valorizados dignamente por isso.
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receita
Panna Cotta de Natal
Ingredientes: 2 colheres de sopa de arandos vermelhos desidratados 2 colheres de sopa de aguardente vínica (em alternativa – vinho do Porto, licor de amora ou canela) 400 ml de natas 1 estrela de anis grande (ou 2 pequenas) 1 pau de canela grande (ou 2 pequenos) 2 colheres de sopa de açúcar 3 folhas de gelatina
Para decorar:
40 g de pistácios “Bolachinhas de natal” com açúcar em pó (*) Frutos vermelhos frescos q.b. (framboesas, mirtilos, romãs) Alecrim q.b.
Preparação: Comece por colocar os arandos com a bebida escolhida a seu gosto numa taça. Deixe hidratar bem, pelo menos 30 minutos. Entretanto, coloque as folhas de gelatina num
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recipiente e cubra as folhas com água bem fria (junte gelo se for necessário) e deixe a demolhar pelo menos 10 minutos. Num tachinho, leve as natas a ferver, com as especiarias e o açúcar. Após levantar ligeiramente fervura, retire do lume e retire também o pau de canela e a estrela de anis. Introduza as folhas de gelatina bem espremidas e por fim os arandos vermelhos hidratados, juntamente com a bebida escolhida a seu gosto. Envolva tudo muito bem com um batedor de varas. Com a ajuda de uma concha, coloque em tacinhas individuais ou numa única taça e leve ao frigorífico, de preferência de um dia para o outro ou se não for possível, que seja superior a 3h. Após a panna cotta estar bem sólida decore a gosto, como se fosse uma coroa de natal, com os frutos vermelhos, o alecrim e os pistácios picados. Termine com as bolachinhas de natal (*) e polvilhe tudo com açúcar em pó. (*) Faça as “bolachinhas de natal”: Estenda massa quebrada de rolo na bancada e corte com forminhas de natal. Leve ao forno cerca de 15 minutos a 180ºC. Após estarem prontas e frias, salpique com açúcar em pó, com o polvilhador. Sónia Melo
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cria c ria ti va ti vamagazine magazine- dezembro - outubro 2020 โ ข 7
entrevista
CERCA a RABO DE PEIXE
Autarcas satisfeitos com resultados
A imposição de uma cerca sanitária à vila de Rabo de Peixe, em São Miguel, no início do último mês do ano de 2020, não estará ligada a um aumento de casos pela população local, mas sim a contágios de proximidade familiar que estão identificados. Alexandre Gaudêncio diz que, antes da decisão ser tomada, dia a dia estava a ser visto o evoluir da situação.
Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - A autarquia foi consultada, ou ela própria interagiu para que sucedesse um olhar particular para a Vila de Rabo de Peixe, em função do aumento do número de casos positivos para a Covid-19? Alexandre Gaudêncio (Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande) - A Câmara da Ribeira Grande e a Junta de Freguesia de Rabo de Peixe vinham a trabalhar em articulação com as autoridades de saúde, analisando diariamente o número de casos positivos na vila. A partir do momento em que numa dessas reuniões de trabalho percebemos que era necessário agir de modo mais intensivo para tentar travar a progressão da propagação do vírus, agimos todos de comum acordo e sempre pensando na salvaguarda da saúde de todos.
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Carlos Costa / CMRG
A partir de que altura se mostrou apreensivo com os casos positivos a serem detetados na Vila de Rabo de Peixe? Conhecendo bem o contexto social e familiar da vila, era expectável que o aumento dos casos sucedesse? Desde que começamos a perceber que a situação poderia agravar-se e que seriam necessárias novas medidas. Mas era uma apreensão controlada, digamos assim, porque tínhamos noção dos locais específicos onde estavam concentrados os casos positivos e os efeitos que poderiam surgir. É preciso dar nota que o aumento dos casos não significa um aumento geral na população mas, sim, contágios de proximidade familiar que estão identificados. Foi, também, por isso que optamos por recomendar que pessoas com teste positivo pudessem recuperar fora do ambiente familiar, minimizando assim o risco de contágio.
Quando insistiu para receber informação de casos positivos e vigilância ativa por freguesias, foi precisamente por prever/ temer alguma situação mais complicada numa e noutra freguesia? Essa foi uma luta diária ao longo de vários meses, felizmente bem acolhida pelo novo governo. Sempre entendemos e defendemos que a divulgação do número de casos positivos por freguesia permite reforçar a consciencialização das pessoas pois, infelizmente – e isto talvez até seja cultural – muitas pessoas ainda pensam que só acontece aos outros. A opção também tem a ver com a mensagem de proximidade que procuramos transmitir, ou seja, de que o vírus pode estar mais próximo do que pensamos e que todos os cuidados são necessários. Além de Rabo de Peixe, há mais alguma freguesia que possa inspirar preocupação? Felizmente, não. A Ribeirinha recuperou bem e esperamos que Rabo de Peixe também o consiga nos próximos dias.
Testes em massa
Com a ação concertada entre várias entidades para a implementação de cerca sanitária na Vila de Rabo de Peixe, foi desencadeada uma campanha de testagem, que pretendeu abranger o maior número da população residente. Em três dias, cerca de 7 mil pessoas, de entre uma população estimada de 9.600 habitantes, passaram
pelos diferentes postos de teste, sendo que pelo menos um posto continuará em ação, tendo em conta os vários casos positivos registados, que vão obrigar, agora, à continuidade de testes junto de contactos próximos. Autarquia da Ribeira Grande e Junta de Freguesia de Rabo de Peixe falam num grupo de 1.500 a 2.000 pessoas já identificadas como contactos de alto risco, o que levou à criação de um gabinete de apoio à Covid na vila. A ação de testagem em massa, que envolveu cerca de 400 pessoas permitiu, na primeira fase, a identificação de 119 casos positivos de infeção. Os números acabaram por se revelar menores do que aqueles que estavam inicialmente estimados pelas autoridades. Quer Alexandre Gaudêncio, quer Jaime Vieira deixam nota da preocupação para que a população da vila não baixe a guarda, passada este primeira fase do processo, recordando que é preciso continuar a manter o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a higiene das mãos, daqui em diante, porque a batalha está longe de estar ganha. Na vila, o confinamento está já a revelar grandes preocupações sociais. Mais de 50 pedidos de ajuda imediata, num só dia, são reveladores das dificuldades das famílias que, em grande parte, está sem trabalho, mas os números não vão estagnar. Jaime Vieira está certo que a procura por apoio vai manter-se.
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reportagem
“O Natal da Minha Infância”
A assistente operacional, Helena da Costa Pacheco, e o aluno, Artur Martins, de sete anos de idade, são os responsáveis pela criação do livro “O Natal da Minha Infância”. Natacha Alexandra Pastor Com texto de Helena da Costa Pacheco e ilustrações de Artur Martins, o livro é o resultado de um trabalho criativo, construtivo e diário de desenvolvimento das capacidades do aluno. As ilustrações por ele desenhadas “devem servir de inspiração, reconhecendo e aceitando as capacidades que as crianças com necessidades educativas especiais possuem”, referiu a autora, lembrando que a publicação do livro teve autorização dos pais do aluno. A autarquia de Vila Franca do Campo colaborou, entre outras entidades, na edição e impressão de 200 exemplares do livro. Com os fundos angariados com a venda dos exemplares, a intenção é adquirir para o Artur um piano portátil em silicone. “O Natal da Minha Infância” pode ser adquirido entrando em contacto com a autora, Helena da Costa Pacheco, ou com a Escola Básica Integrada de Ponta Garça.
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DR
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reportagem
“O Que Não Se Vê” curta-metragem sobre os Açores
A curta-metragem “O Que Não Se Vê”, o mais recente filme de Paulo Abreu, que estreou já a nível nacional, foi construída a partir de viagens de pesquisa para um filme nos Açores, entre 2015 e 2016, nas ilhas do Pico e Faial. Natacha Alexandra Pastor Com produção de João da Ponte e Filipa Reis (Uma Pedra no Sapato), “O Que Não Se Vê” é uma curta-metragem documental construída a partir de viagens de pesquisa para um filme nos Açores, entre 2015 e 2016, nas ilhas do Pico e Faial. Anos mais tarde, ao voltar ao material captado, o realizador Paulo Abreu encontrou um outro filme. Um filme escondido, em que o poder da natureza e o acaso revelam uma narrativa sobre a amizade, o cinema e a influência do imprevisto na criação artística. Em 2015, o realizador viajou até à ilha do Faial, com o director de fotografia Lee Fuzeta e o produtor João da Ponte, (que residia nos Açores há muitos anos), para uma repérage à montanha do Pico. O projecto, que na altura queria realizar, intitulava-se “A Grande Montanha”, um filme que partia dos textos de Raul Brandão sobre o Pico e o fascínio que a sua paisagem lhe provocara, com a sua imponência, constantes mudanças de luz e de cor e as nuvens sempre em
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DR
movimento ao seu redor. A estadia no Faial foi bastante produtiva, e o trio conseguiu boas imagens do Pico e estudar alguns futuros pontos de vista para a montanha. No ano seguinte, regressaram ao Pico para continuar a pesquisa, mas um intenso nevoeiro impediu-os de filmar a montanha, levando à desistência da escalada ao topo devido ao clima adverso. Foram dias às voltas de carro, procurando a montanha, sempre escondida, inalcançável atrás das nuvens ou coberta por nevoeiro. Após o desanimado regresso a Lisboa, o realizador recebeu a notícia da morte de João da Ponte e decidiu abandonar o projecto. Passados três anos, em 2019, em conversa com Lee Fuzeta, surgiu a ideia de regressar ao material filmado em repérage. Ao rever as filmagens e as conversas dos três entre cada take, deparou-se com uma estranha sensação: afinal poderia ali estar um filme. Nasceu assim “O Que Não Se Vê”.
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entrevista
Empresários mais atentos à eficiência das Apólices
Natacha Alexandra Pastor
Carlos Costa
Um dos maiores problemas das empresas portuguesas é a aversão ao risco por parte dos administradores ou gestores. É aquele pensamento típico de que “só acontece aos outros”. Para agravar esta situação, há ainda uma grande dificuldade em investir numa apólice eficiente. Criativa Magazine - Em que consiste o principal trabalho da DefendeRisk? Lúcio Silva (Diretor Geral da DefendeRisk) No contexto atual em termos de Análise de Riscos, a DefendeRisk Consultores é uma empresa dedicada, essencialmente, à Análise de Risco Industrial na Gestão dos Riscos Patrimoniais, Responsabilidade Civil e Perdas de Exploração, assim como na assessoria exclusiva aos Segurados na Regularização de Processos de Sinistros. Na Gestão de Riscos atuamos de forma preventiva, ajudando as empresas a detetar e a avaliar o nível de risco a que estão expostas, nas diferentes vertentes (risco cibernético, ambiental, perdas de exploração, industrial, etc.) mitigando esse risco, essencialmente, através da eficiência das suas apólices de seguro. Para tal, elaboramos uma análise exaustiva e consequente relatório onde são apresentadas as “recomendações ao risco físico assim como ao programa de seguros”, sempre sem qualquer interesse comercial na contratualização das respetivas apólices. No Relatório de Recomendações, expomos as soluções mais adequadas para assegurar que a empresa, em caso de sinistro, tenha nas suas apólices de seguros garantidos todos os riscos a que está exposta, transferindo essa responsabilidade para uma entidade terceira, o Segurador com o pagamento de um prémio comercial da apólice
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contratualizada. Já no que se refere à Regularização de Processos de Sinistro, é considerada uma atuação reativa, dado que intervimos sempre no apoio ao segurado no momento em que este se encontra perante uma situação de sinistro de carácter patrimonial (incêndio, roubo/furto, inundações…). A resolução de um processo de sinistro é, por norma, demorada e complexa. A nossa intervenção liberta o segurado para que este mantenha somente o foco na continuidade do seu negócio. A DefendeRisk analisa o sinistro e a sua causa/origem, contabiliza os danos patrimoniais e calcula os prejuízos, em interação contínua com a empresa de peritagem interveniente em representação do segurador. Esta análise conflui na apresentação de um valor de indemnização, devidamente fundamentado. Também consideramos a redução do tempo de regulação do processo de sinistro e garantimos que o segurado é ressarcido, de forma justa e razoável, pelos prejuízos decorrentes do sinistro verificado. Que grandes diferenças operam no mercado dos seguros? E qual é a mais-valia que trazem ao mercado? No mercado Segurador existem elementos como os analistas de Risco, que após análise das empresas informam a subscrição dos seus ativos, imóveis e móveis, as suas características técnicas, mas que raramente abordam os
valores a segurar ou as coberturas a garantir, sejam estas de base ou complementares (facultativas). Em suma a responsabilidade na identificação das verbas a segurar assim como as condições Especiais e facultativas a garantir são sempre do tomador do seguro ou do segurado. Em caso de sinistro é bastante frequente as apólices não se mostrarem eficientes e responderem em termos de enquadramento ou de indemnização aos prejuízos reais existentes. Na regularização dos sinistros Patrimoniais, Responsabilidade Civil e Perdas de Exploração, somos assessores do segurado em exclusividade substituindo-o em todo o processo de regularização, somos a figura “perito do Segurado”, agindo sempre com a total transparência e só com mandato de representação. Representamos a solução técnica no sinistro, nunca a jurídica ou a comercial. Quanto às mais-valias, a DefendeRisk Consultores diferencia-se por prestar um serviço totalmente independente dos Seguradores. O nosso foco é sempre o Segurado. E, por esta razão, temos um serviço único no mercado: a Decosinistros, que é uma linha dedicada ao segurado, quando o seu processo de sinistro é concluído, pelo Segurador, e este não concorda com a resolução do mesmo. Nestas situações, analisamos cuidadosamente todo o processo, e se verificarmos a existência de matéria técnica para reclamar, aceitamos representar o segurado no processo de reclamação. Consideramos sempre a tomada de conhecimento dos critérios e da análise que o perito interveniente teve na regularização do sinistro e avaliamos a possibilidade de “reabrir” o processo de resolução do mesmo, no sentido de alterarmos o posicionamento do segurador. Podemos fazer uma leitura muito ligeira e assente nos principais pontos de que como está estruturado e como funciona em Portugal o mercado dos seguros? Quais são os maiores handicaps que encontra? Qual é o panorama das empresas portuguesas, e das suas apólices de seguros? As empresas sempre estiveram expostas aos Riscos que não se apresentam garantidos nas apólices de seguros que têm em vigor. Mas, cada vez mais, surgem variáveis que não se controlam e que colocam em risco de continuidade o trabalho árduo de uma vida. Infelizmente, estamos a passar por uma situação que é um bom exemplo disso: a pandemia da Covid-19. Esta pandemia veio confirmar, uma vez mais, a fragilidade das empresas e do seu planeamento no que à Gestão de Riscos diz respeito. As empresas podem descuidar-se neste campo, mas também, não conseguem encontrar (porque simplesmente não há) soluções no mercado de seguros
capazes de garantir riscos na sua amplitude global. Um dos maiores problemas das empresas portuguesas é a aversão ao risco por parte dos administradores ou gestores dessas empresas. É aquele pensamento típico de que “só acontece aos outros”. E para agravar esta situação, há ainda uma grande dificuldade em investir numa apólice eficiente, ou porque não há “cash-flow” ou porque não se considera necessário. Há uma mentalidade generalizada de que o seguro é um custo, e assim optam pela aceitação de apólices mais económicas que, quando têm de ser postas a prova, demonstram que não são capazes de responder às necessidades. Algumas empresas já estão sensibilizadas para a eficiência das apólices, para que estas estejam de acordo com a realidade atual da organização. Há que compreender que, por exemplo, num ano, tudo muda. As empresas e os mercados são extremamente voláteis e é preciso acompanhar a mudança. Verificam-se muitos casos em que as apólices de seguros estão obsoletas, colocando essas empresas numa posição muito fragilizada pois, em caso de sinistro, podem mesmo ver a continuidade do seu negócio comprometida. Esta fase de pandemia fez mudar o cenário no campo das apólices? Costuma-se dizer que “há males que vêm por bem”. Esperamos que assim seja. Que esta pandemia seja um verdadeiro alerta de que há mesmo a necessidade de olhar para os riscos que conhecemos, e dar atenção aqueles que são imprevisíveis, como é o caso da Covid-19. O mercado dos seguros não tinha resposta para uma pandemia, e ainda não tem. Começamos a ouvir uma “solução” aqui, outra ali. Nada de concreto, por enquanto. Que este seja um ponto de viragem para os dois lados: que os Seguradores alarguem o campo das garantias e que as empresas percebam a importância de ter o seu património devidamente seguro de acordo com a sua apetência para o RISCO. Qual é a vossa relação com o mercado açoriano? A DefendeRisk Consultores procura sempre expandir o seu negócio por acreditar ser capaz de prestar um serviço benéfico para as empresas. Os Açores surgem como um desafio. As empresas açorianas não são exceção e, como todas as outras, também estão expostas a inúmeros riscos. Queremos ajudar os empresários locais a sentirem-se seguros. Por vezes as barreiras territoriais são difíceis de derrubar, e é complicado o acesso às soluções e aos parceiros certos. A DefendeRisk chega aos Açores com o intuito de ser o parceiro certo dos empresários na Gestão de Riscos. Queremos trazer as soluções que faltam na identificação e mitigação dos riscos e no apoio exclusivo ao segurado, junto dos seguradores.
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reportagem
22.816 atletas federados em 2019
População feminina aumentou participação Os Açores contaram com 22.816 atletas federados no ano de 2019, num total de 47 modalidades, aumentando em relação aos anos anteriores o número de praticantes federados e de modalidades praticadas. Por sexo, nota-se que houve mais altletas femininos a competir. Natacha Alexandra Pastor De acordo com os dados referentes à demografia associativa de 2019 agora divulgados pela Direção Regional do Desporto (DRD), competiram 15.793 atletas em masculinos (69,22%) e 7.023 em femininos (30,78%), sendo esta percentagem da participação feminina a mais significativa registada nos últimos anos. É, no entanto, nos escalões de formação que se registam os valores mais significativos, representando 75,95% dos atletas federados, num total de 17.331 jovens. A taxa de participação absoluta (relação entre o número de atletas federados e o número total da população) é de 9,40%, o que representa um valor muito significativo no contexto nacional. A taxa de participação desportiva potencial (calculada sobre a população residente, da faixa etária entre os 6 e 34 anos) foi de 25,70%, aumentando em relação ao ano de 2018. Por outro lado, registaram-se 1.017 treinadores em atividade federada na Região, sendo que o número total de árbitros/ juízes atingiu os 1.187. Os dirigentes federados nos Açores em 2019 representam um número global de 1.519. No que respeita às diferentes ilhas, aquelas onde se verificou um acréscimo no número de atletas, em relação ao ano anterior (2018), foram as ilhas de São Miguel (+ 322 atletas),
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DR
São Jorge (+ 144 atletas), Flores (+ 40 atletas) e Pico (+ 32 atletas), ao contrário das restantes (Santa Maria, Terceira, Graciosa, Faial e Corvo) que sofreram uma diminuição no número de atletas. Considerando, ainda, o período em estudo (2005 a 2019) torna-se importante realçar o número total de atletas do sexo feminino e, fundamentalmente, o facto de pela quinta vez, em 15 anos de estudo, ter atingido um valor percentual, indicador da sua representatividade, acima dos 30%. A Demografia Federada corresponde à sistematização, tratamento e apreciação de um conjunto de elementos caraterizadores da situação do desenvolvimento desportivo dos Açores, no contexto do desporto federado. São apresentados dados relativos aos praticantes desportivos, treinadores, árbitros e juízes, dirigentes e outros agentes, quer no global da Região, quer nas diferentes ilhas, tendo por referência a sua população, bem como um conjunto de textos de apreciação geral que apresentam também uma visão evolutiva da situação. A publicação disponibiliza ainda elementos de caraterização para cada modalidade no contexto global da sua dimensão nos Açores, apresentando os elementos no respeito pela dimensão mais representativa da realidade arquipelágica, a dimensão de ilha.
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reportagem
Vila Franca do Campo e Madalena do Pico aderem à ODSlocal
As autarquias de Vila Franca do Campo e de Madalena do Pico aderiram à plataforma ODSlocal - Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se dos dois únicos municípios açorianos, à data, a aderirem a este projeto.
Natacha Alexandra Pastor Este projeto pioneiro à escala mundial visa mobilizar e capacitar as comunidades locais (municípios, agentes económicos e sociais e cidadãos) para os objetivos da Agenda 2030 definidos pela Organização das Nações Unidas. Trata-se dos dois únicos municípios açorianos, à data, a aderirem a este projeto, cuja iniciativa foi desenvolvida pelo Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), o OBSERVA (ICS-Universidade de Lisboa), o MARE (Universidade Nova de Lisboa), e a 2adapt, e é apoiada pela Fundação “la Caixa” e permite a adesão pela totalidade dos municípios do Continente e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
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DR
A plataforma ODSLocal é um instrumento que visa dinamizar e apoiar as câmaras municipais na gestão dos desafios de sustentabilidade e a promoção de iniciativas inspiradas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com metas bem definidas e mensuráveis, contribuindo para melhorar a vida das comunidades locais e estabelecer maior proximidade aos cidadãos. No âmbito da iniciativa, serão distinguidos os municípios com melhores desempenhos ou trajetórias de evolução mais favoráveis através de iniciativas que incluem a realização de uma Conferência Nacional anual, a atribuição do Prémio ODSlocal, e a atribuição do Selo ODSlocal.
166.000€
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São Pedro, Ponta delgada ID: 123541108-44
Porto Formoso ID: 123541064-83
Santana, Nordeste ID: 123541006-165
Pico da Pedra ID: 123541081-51
150.000€
235.000€
78.000€
165.000€
Moradia T3
Apartamento T3
Apartamento T1
Apartamento T1
Porto Formoso ID: 123541027-287
São José, Ponta Delgada ID: 123541106-9
Furnas ID: 123541003-1486
São Sebastião, Ponta delgada ID: 123541070-89
Ribeira Seca, Ribeira Grande ID:123541003-1529
em excelente estado de conservação
criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN
com quintal
Ponta Garça ID: 123541069-79
em zona calma
no Paim
Capelas ID: 123541110-11
com vista mar
com 2 assoalhadas
Nordeste ID: 123541120-5
em zona calma
sito no Pico Salomão
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Crónica
Confinaram o Espírito de Natal
DR Este ano de 2020 foi, sem dúvida, muito duro e incerto. Vimo-nos confinados e interditos de afetos das nossas pessoas. Ficou um vazio marcado por sucessivas perdas. Perdemos liberdade, encontros, sorrisos, aquele abraço e alguns de nós atravessaram a avassaladora experiência de perder alguém que se ama. Contas feitas, o balanço pode não ser muito encorajador.
E chega o natal, uma das épocas mais marcantes do ano, tanto pelo seu brilho e união como pela observação de um caminho trilhado por solidão e nostalgia. E não vamos deixar que também nos contaminem o natal. Por um bem maior terá de ser menos numeroso, mas isto não equivale a redução de afetos. E para assegurar o seu bem-estar e saúde psicológica tenha em atenção o seguinte: - Faça espaço para qualquer emoção que possa sentir, decorrente das alterações desta época festiva. Mesmo que estas emoções não sejam agradáveis não as rejeite. Elas são válidas; - Garanta tempo de qualidade para si que lhe permita investir no seu auto-cuidado; - lembre-se não é sua função agradar toda a gente. Está tudo bem em negar planos/atividades com os quais não concorda; - ofereça-se momentos de gratidão; - No natal todos cometemos excessos, mas tente fazer uma alimentação equilibrada, não vai querer sentir culpa por ter comido aquelas bolachinhas de natal. A alimentação é um dos aspetos mais importantes para manter a sua saúde física e mental, dando-lhe maior bem-estar e energia; - A redução de lugares à mesa não significa um afastamento incontornável. Surpreenda os seus familiares e amigos
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regressando à calorosa tradição de lhes escrever à mão um postal de natal e envie por correio; para além deste postal, utilize as videochamadas, mails, mensagens para permanecer em contato; - Rodeado de menos pessoas a partilharem estes dias, mantenha-se ocupado com atividades que lhe dêem prazer e tranquilidade como: experimentar uma nova receita, ver filmes ou séries, ler livros, jogos de tabuleiro, ou aquele DIY dos seus sonhos que nunca tem tempo; Procure manter uma atitude resiliente e positiva e pense “tudo vai passar”. Reforce o seu Kit de Resiliência, ele continuará a ser muito necessário em 2021, este está em constante construção e requer tempo e prática, tentativa e erro. Durante esta época festiva, recorra ao seu humor sempre que possível. Faça coisas que tragam um significado especial a este natal e procure aceitar que a mudança e a incerteza fazem parte da vida. Lance os dados e agarre os desafios deste novo ano que já espreita. Carolina Ferreira Psicóloga Clínica & Master Coach www.carolinaferreira.com
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Reportagem
Associação Cantinho dos Animais dos Açores recebe dezenas de pedidos de ajuda
Há dias em que o número de pedidos de ajuda atinge as 50 mensagens. Acumulam-se dívidas às clínicas veterinárias com as quais têm protocolo de cooperação, pelo que toda a ajuda a esta associação é bem-vinda.
Natacha Alexandra Pastor Criada a partir da boa vontade de alguns amigos e amantes de animais, a Associação Cantinho dos Animais dos Açores tem como missão ajudar no resgate de animais de rua em eminente situação de perigo. As mensagens de pedidos de apoio não param de chegar, e são poucos os que dela fazem parte, conforme explica um dos mentores do projeto. “A associação foi fundada porque haviam muitos animais sem apoio. O nosso maior objetivo foi ajudar animais em risco de vida, como animais atropelados, feridos, doenças patológicas e com necessidades especiais, porque anteriormente estes animais não tinham uma oportunidade de viver, eram eutanasiados. O nosso objetivo é ajudar estes casos e dar uma oportunidade a estes animais que já sofreram muito. A associação diariamente conta com dois voluntários, sendo que, em eventos como recolhas de alimentos, temos um grupo de 10 voluntários. A associação está sempre aberta a receber ajuda de voluntários.” Sendo uma associação sem fins lucrativos, como é
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DR
que é que se sobrevive? É uma das questões com que mais se debatem as associações do género. Só é possível graças à “solidariedade dos amantes dos animais”, refere um dos responsáveis. Vale ainda o protocolo existente com algumas clínicas veterinárias que facilitam o pagamento das despesas que se vão somando à medida que há resgates de animais que carecem de cuidados veterinários. É aqui que a população pode também fazer a diferença, apoiando financeiramente a associação para ir ajudando a eliminar as contas pendentes. Quem desejar poderá entrar em contacto com a Associação Cantinho dos Animais dos Açores, através da página de facebook, poderá obter contactos dos responsáveis ou ter acesso às formas de apoio já criadas - https://www.facebook.com/AssociacaoCantinhoDosAnimaisAcores. Além dos apoios monetários, é sempre necessário alimento para os animais, explica o responsável. “A associação tem protocolo com algumas clínicas
para facilidade de pagamento. Temos muitas dificuldades em pagar as despesas, porque dependemos unicamente da boa vontade das pessoas, e a maioria dos animais recolhidos necessitam de tratamentos dispendiosos e de longo período. Existem várias formas de nos ajudarem: podem dar um donativo diretamente numa clínica veterinária, ajudar-nos através de IBAN ou Paypal. Também podem contribuir com alimentos. Os animais, após tratamento e recuperação estão disponíveis para adoção. Estes animais permanecem nas clínicas veterinárias ou em famílias de acolhimento, o que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, anos.” Há dias em que os pedidos de ajudam parecem não ter fim. Chegam a receber 50 mensagem a pedir a apoio dos elementos da associação, sobretudo para situações de resgate. Sem capacidade humana para todos, a associação lamenta, e diz que não é possível acolher a todas as solicitações. “Sempre houve abandonos, só que com o passar dos anos há uma maior consciencialização sobre o bem-estar animal. Hoje em dia há uma maior preocupação por parte da população, as pessoas estão mais alerta e
pedem mais ajuda. Nestes últimos anos a nossa missão tem sido mais difícil porque, por dia, são dezenas de pedidos de ajuda e não conseguimos chegar a todos, temos dias em que recebemos cerca de 50 mensagens com pedidos de ajuda. Temos muitas pessoas com vontade de ajudar e a querer apoiar de várias formas, fazem doces e salgados para vender, oferecem bens, fazem artigos de artesanato, entre muitas outras coisas, mas existem muitos pedidos de ajuda e não conseguimos chegar a todos, infelizmente.” Maior fiscalização e maior envolvimento também da parte das autarquias é o que se espera que possa ser possível. “Deveria haver um maior apoio das autarquias, os animais são recolhidos da rua e são levados para um canil. Deviam ter um maior controlo sobre quem entrega os animais no canil; se existe uma pessoa a entregar ninhadas deveriam investigar de onde são provenientes estes animais e ser obrigatório castrar. Assim como deveria haver melhor fiscalização nas condições em que as pessoas têm os seus animais, atualmente existe uma maior preocupação com o número de animais do que propriamente as condições em que se encontram.”
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desporto motorizado
BRUNO AMARAL: VENCEDOR DO PLAY/AUTO AÇOREANA TROPHY 2020
“PRETENDO DIVERTIR-ME AO MÁXIMO COM O FORD FIESTA R5” Renato Carvalho
Carlos Costa
Após oito anos de ausência, em 2020, o piloto Bruno Amaral regressou à competição, venceu a primeira edição do Play/AutoAçoreana Trophy 2020 e é o líder do troféu organizado pelo Refreshing Podium. A grande novidade é a aquisição de um Ford Fiesta R5 para substituir o desactualizado Mitsubishi Lancer Evo VIII. Criativa Magazine – Qual o balanço que faz da época de 2020? Bruno Amaral – A época de 2020, apesar de ter sido muito curta devido à pandemia, acaba por ser muito positiva a nível desportivo, porque fui o vencedor do PLAY/AUTO AÇOREANA TROPHY 2020, o que me deixou muito orgulhoso. Em relação ao outro troféu que se realizou na ilha de S. Miguel, com a organização do Refreshing Podium, também fui o vencedor da prova, no que diz respeito ao campeonato, pelo que neste momento, sou o líder. Durante algum tempo esteve afastado dos ralis, quais foram as razões? Durante oito anos estive afastado dos ralis, porque tinha objetivos pessoais e profissionais, que neste momento já os consegui concretizar. Não pude realizar em simultâneo com o profissionalismo que a prática dos ralis exige para ter resultados. Em 2020, participou e foi o primeiro classificado da prova inaugural do troféu Play/Auto Açoreana Trophy, o que levou a participar nesta competição? Na data prevista para o início do troféu, ainda não tinha concretizado os meus objetivos e só ia regressar à competição mais tarde. Mas, por ver o esforço de
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quem organizou e patrocinou, além de que não tem havido provas para um troféu de ilha há alguns anos em São Miguel, senti-me na obrigação de colaborar como piloto, para que a iniciativa tivesse continuidade e sucesso. Participei na prova com muita cautela porque já tinha o negócio fechado para a aquisição do Ford Fiesta R5, e, se tivesse algum azar, poderia deitar um sonho por água abaixo. Durante este ano adquiriu um Ford Fiesta R5. Como analisa o carro e quais são as pretensões? O Ford Fiesta R5 acaba por ser o concretizar de um sonho. A minha pausa de oito anos também foi para que fosse possível a aquisição de uma viatura tipo “R5”. Depois de testar com o carro, fiquei impressionado com a eficácia do mesmo e de todas as suas componentes. Na nossa realidade, acaba-se por chegar ao topo deste desporto. As minhas pretensões com o Ford Fiesta R5 é divertir-me ao máximo e dar espectáculo aos amantes deste desporto, ou seja, fazer aquilo que gostava de ver. Uma opinião sobre a situação actual do Campeonato dos Açores de Ralis? O modelo do Campeonato dos Açores de Ralis esta desactualizado. Organizações, cada um olha para o
seu umbigo. O campeonato é muito caro e o retorno financeiro que cada rali proporciona parece que ninguém quer ver. Continuamos a ser miseravelmente apoiados em relação a outros desportos, que não dão o mesmo retorno. Os pilotos que fazem o campeonato nunca foram ouvidos e, neste caso, as organizações têm de se lembrar que sem palhaços não há circo, que foi o que aconteceu em 2020.
Qual o projecto para a temporada de 2021? O meu projecto para 2021 dependerá dos apoios que conseguir reunir. Gostava de fazer o máximo de provas e até o campeonato todo, mas não é só querer, é preciso poder. Estou a trabalhar para reunir o máximo de apoios possível, mas para já só tenho o AZORES RALLYE confirmado.
PALMARÉS 2007 Participação no Rali Sical (Peugeot 205 GTI 1900) 3º lugar no Campeonato dos Açores de Ralis – VSH 2008 2º lugar no Campeonato dos Açores de Ralis – 2Rodas Motrizes (Citroen Saxo) 2009 Participação em algumas provas (Citroen C2 R2) 2010 Participação em algumas provas (Citroen C2 R2) 2011 Participação em algumas provas (Mitsubishi Lancer Evo VIII) 2012 Participação em algumas provas (Mitsubishi Lancer Evo VIII) 2013 Participação em algumas provas (Mitsubishi Lancer Evo VIII) 2014 a 2019 3 Participações de carro 0 (Mitsubishi Lancer Evo VIII) 2020 Vencedor do Play/Auto Açoreana Trophy
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consultório jurídico
com:
Carlos Melo Bento advogado
Em que circunstâncias pode o Estado (mormente as autarquias) decidirem pela demolição de edif ícios privados? Apenas e somente quando estes representam perigo público? Caso haja proprietário(s) conhecido(s) estes são obrigados a intervir para garantir a segurança do mesmo? Estado e autarquias têm como obrigação zelar pela segurança pública dos cidadãos. Quando esta está em perigo naturalmente podem tomar decisões que levem à demolição de edifícios privados quando estes pelo seu mau estado de conservação, constituam perigo para a saúde ou segurança públicas. Diz a lei: ”A câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, ordenar a demolição total ou parcial das construções que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde pública e para a segurança das pessoas”. O processo, para aí chegarmos, tem de ter alguns passos prévios, o mais importante dos quais é uma vistoria por técnicos abalizados a que pode assistir o técnico do proprietário, se não houver uma urgência derivada de desastre eminente. Por outro lado, o proprietário que tenha deixado por culpa sua o prédio chegar a esses pontos, pode ser obrigado a pagar as obras de demolição ou consolidação, conforme for o caso. O estado pode também demolir edifícios privados, em caso de expropriação para fins públicos: estradas, escolas, etc. Nesse caso, o estado tem de indenizar os proprietários que ficam sem o que lhes pertencia, pelo seu justo valor. Finalmente, os proprietários dum edifício em perigo podem repará-lo à sua custa, para evitar a sua demolição, se isso for possível de fazer, a tempo e horas. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.
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José F. Andrade
O revivalismo do Hard N Heavy
Actualmente, vive-se um enorme revivalismo no que respeita aos sons mais pesados. A internet está “inundada” de fotos, cassetes, cartazes e outros objectos ligados ao que foi, em tempos, o movimento mais forte das ilhas: O Heavy Metal. Paulo Andrade é um dos nomes que assume esse revivalismo. Fala-nos de como surgiu a ideia de reavivar a me-
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mória dos tempos idos do Hard n Heavy açoriano? Tudo se desencadeou, fruto de uma publicação no Facebook, onde relembrei uma imagem de várias, “demo tapes” em cassete dos anos 90. Isto de passar muito tempo em casa, devido à pandemia, fez muitos antigos fãs de Heavy Metal regional, reviverem com muita nostalgia o passado. Se antes, já todos se sentiam desanimados com o “esfriar” do
Miguel Bernardo
panorama underground, agora com a “clausura” da pandemia, foi a gota de água para tentar agir de alguma forma. Paralelamente a isso, parecem ter surgido alguns movimentos que ajudam a que esse regresso seja uma certeza? Regressar ao que era há 20 ou mais anos atrás, duvido, porque a mentalidade desta juventude tem outro “adn”. Mas de qualquer das formas, o que suposta-
mente está para surgir, será para vincar os anos 80 a 2000 e deixar bem registado o trabalho de outras décadas. O que é que vai acontecer ao certo? Isto ainda está a ser formatado e composto. Mas podemos dizer que desejamos deixar para a história, uma repescagem de trabalhos e uma plataforma de informação na internet tipo “arquivo biográfico”. O tempo dirá o que verá a luz do dia.
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Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com
CONSULTÓRIO DA SAÚDE
Brincar: o seu papel no desenvolvimento infantil e na saúde mental João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico
Dezembro é mês de magia… A magia do Natal que a tantas crianças encanta. É tempo para sonhar com os presentes e pensar brincadeiras que ocupem o período de férias. É momento para trazer para a realidade elementos do imaginário e acercar-se do mundo do fantástico e do faz de conta. E no meio de um mundo tão conturbado, não pense o meu leitor que estas são atividades menores. Brincar está longe de ser algo dispensável numa infância que se pretende repleta de aquisições construtivas e que alicercem a vida adulta. E se sempre o foi, nestes tempos que correm, marcados por medos, isolamentos e confinamentos sociais, talvez nunca tenha sido tão importante na salvaguarda da saúde mental das nossas crianças. Embora brincar/jogar esteja reconhecido como um direito das crianças estabelecido no 31º artigo da Convenção dos Direitos das Crianças, ainda permanece, sobretudo em algumas geografias, remetida a uma desvalorização, a meu entender, criminosa na medida em que impõe uma privação à plena vivência da infância, ao mesmo tempo que compromete a vida adulta futura. Está hoje reconhecido que brincar/jogar é um elemento central que contribui para o desenvolvimento corporal, cognitivo e afetivo. É um meio atrativo e cativante de fornecer ao bebé/ criança conteúdos complexos, porém essenciais para o seu desenvolvimento enquanto ser que se pretende individualizado, autonomizado e independente. Neste ato simbólico, carregado de representações, a criança vai expressando ao mundo os seus desejos, projetando as suas preferências, as suas angústias ou as suas frustrações e vai enriquecendo as suas experiências, ao mesmo tempo que vai apreendendo modelos de interação com os outros, bem como assimilando estratégias para con-
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quistar e concretizar objetivos pessoais e satisfazer subjetividades. Brincar é igualmente uma oportunidade ótima para atalhar raciocínios, estabelecer ligações/correlações (i)lógicas, descobrir novas experiências, vivenciar frustrações e ultrapassá-las… É oportunidade para saborear a vitória, mas também para aceitar a derrota… É oportunidade para trabalhar a paciência e moldar as vontades… Não menos importante é considerar o papel do jogo no desenvolvimento da psicomotricidade, no desenvolvimento da linguagem e nas aquisições linguísticas. Brincar também tem um tempo e ensina a criança a viver este tempo. Possibilita que a criança perceba o seu início e aceite o seu fim. No fundo, é uma forma de interiorizar a dimensão tempo! E nesta sequência de brincadeiras vai assimilando que num dia brinca mais tempo, e noutro menos. Vai interiorizando horários e aprendendo a gerir os tempos. Fazer de conta pode parecer pouco importante, mas na infância é fundamental. Tão importante que relembro as minhas aulas de Psicologia do Desenvolvimento nas quais a minha professora costumava dizer: “se um pai quiser conhecer o seu filho, é deixá-lo brincar livremente e observar atentamente!”. Bem sei que são tempos “acelerados” os que vivemos e que as exigências e as prioridades talvez tenham mudado. No entanto, se pretendemos formar adultos capazes, há que investir nas crianças e, neste sentido, deixá-las brincar assume uma centralidade no seu projeto formativo. Portanto, nestas férias, deixe o seu filho brincar. Envolva-se nas brincadeiras. Brinque com o seu filho. Talvez este seja o melhor presente que lhe possa dar neste Natal. Feliz Natal e um próspero 2021 são os meus votos.
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José Andrade
A Vontade dos Açorianos A Vontade dos Açorianos é o “direito à diferença” e o “direito à felicidade” de quantos nascem e/ou vivem nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo. E que, por isso e para isso, escolhem os que formam e enformam os órgãos, legislativo e executivo, de governo próprio da Região Autónoma dos Açores. Desde junho de 1976 e, neste livro, até junho de 2020. Naturalmente, pelo território descontínuo, e culturalmente, pelo povo isolado, a Autonomia, administrativamente, é neta das históricas aspirações insulares timidamente decretadas em 1895 e, politicamente (que é o que importa), é filha dos superiores valores democráticos corajosamente afirmados pela revolução portuguesa de 1974, pela determinação açoriana de 1975, pela consagração constitucional de 1976. Em 1976 e desde então, com a primeira eleição do Parlamento dos Açores a 27 de junho e com a posse do primeiro governo regional a 8 de setembro, os açorianos arregaçam as mangas, de cabeça erguida, para compensar o passado e ganhar o futuro. Depois de 44 anos, 11 legislaturas e 12 executivos, este livro reúne e reconhece os agentes políticos da Autonomia dos Açores, enfatizando afinal, como obreiro decisivo do desenvolvimento regional, o cidadão eleitor. Este livro convoca e merece a honrosa participação prestigiada dos dois líderes históricos das primeiras quatro décadas de concretização autonómica – João Bosco Mota Amaral (1976-1995) e Carlos César (1996-2012) – com testemunhos prefaciais de orientação política sucessiva e distinta. Foram também eles que o apresentaram na sessão de lançamento realizada a 27 de junho de 2020 no Coliseu Micaelense. Eles são a síntese dos dois primeiros ciclos políticos da Região Autónoma dos Açores. Em quatro décadas, lideram mais de meio milhar de agentes políticos institucionais, expressamente escolhidos pela vontade democrática do povo açoriano, para o exercício regional de responsabilidades
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governativas e parlamentares, mas também para representação própria nos parlamentos nacional e europeu. Inicialmente, como que ANTES DA ORDEM DO DIA, evocamos aqui o enquadramento legal, a cronologia autonómica, os símbolos regionais, o glossário partidário, as lideranças políticas. Seguidamente, como se da ORDEM DO DIA se tratasse, arquivamos aqui, numa primeira parte, a composição política dos mandatos regionais dos sucessivos parlamentos e dos subsequentes governos e a evolução eleitoral da participação cívica e dos resultados partidários, bem como, numa segunda parte, a retrospetiva das representações da República e das presidências da Região, culminando com um guia alfabético das funções regionais de parlamentares e governantes. Finalmente, já DEPOIS DA ORDEM DO DIA, acrescentamos aqui informações complementares sobre o exercício açoriano de funções executivas e legislativas na República Portuguesa e na União Europeia, disponibilizando também um guia alfabético de representações externas. Este livro é, afinal e sobretudo, um manual de instruções e um bilhete de identidade da conceção e da vivência, da afirmação e da consolidação, da Autonomia Política da Região Autónoma dos Açores. Que tenha também, para os (e)leitores açorianos, o interesse de um guia prático e o carinho de um álbum de família.
CRIA O TEU CAMINHO OFICINA / VENDA DE MOTOCICLOS E ACESSÓRIOS AZORES PARK PAV. 3.12 296 20 19 20 ACCMOTAS@CYMBRON.PT c ria ti va magazine - dezembro 2020 • 35
FACEBOOK.COM/ACCMOTAS
Olhar Criativo Desafio Mensal com o Tema:
“Poemas de Outono”
1º Lugar - Entre a terra e o mar - José Vaz “ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”
Coordenação: Paulino Pavão
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Edição:
2º Lugar - Espelho meu - José Maria Sousa
3º Lugar - Lágrima... - Sissa Madruga c ria ti va magazine - dezembro 2020 • 37
saúde ótica
Como escolher os óculos dos mais pequenos? Em primeiro lugar, deve ter em conta a prescrição do optometrista, mas também o gosto pessoal da criança para que esta se sinta confortável e sem medos ou vergonha de os usar. Depois, é essencial também ter em conta o conforto das crianças. Isto implica cuidados na escolha da ponte, das hastes e da armação no seu todo. Por outro lado, as lentes dos óculos para crianças devem ser o mais leves e robustas possível. Não só para não pesar e prejudicar a vida dos mais novos, mas também para resistir aos choques inerentes às brincadeiras. Quando falamos de crianças, o conforto é fundamental. Não só porque estão em crescimento, mas também porque o seu dia a dia é pleno de movimento e agitação. Tenha sempre em mente que a saúde ocular se trata desde tenra idade, por isso não hesite quando o seu especialista da visão prescrever um par de óculos para crianças. Aconselhe-se com o seu optometrista junto de uma ótica Institutoptico para saber quais os óculos mais indicados para crianças.
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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt
saúde auditiva
Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.
A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.
1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.
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propostas literárias
“Nem sempre a saudade chora” De Carolina Cordeiro
Ao longo dos séculos, o nosso arquipélago tem sido porto de partidas e a emigração, principalmente para o Brasil, os Estados Unidos, o Canadá e as Bermudas, marcou não só os que das ilhas saíram para terras do Novo Mundo, e lá plantaram raízes, semearam os nossos costumes e as nossas tradições, comungaram de outras culturas, dissemelhares e estranhas, transformando-os em outros seres humanos, em açorianos diferentes, em açorianos com hífens (açor-americanos, açor-canadianos, etc.), mas também marcou os que nas ilhas ficaram. Autor: Diniz Borges
“nós”, nas traves do sótão
Caixa de luxo com desenhos a tinta da china e aguada de Tomaz Borba Vieira, devidamente assinados, e poema “O Circo da Espera” de Renata Correia Botelho. Caixa com 10 gravuras em formato A3. Desenhos: Tomaz Borba Vieira Poema:Renata Correia Botelho
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A Primeira Noite de Natal Após uma longa viagem, José e Maria chegam a Belém. Pouco tempo depois, nasce Jesus! Vem juntar-te a todos aqueles que vieram adorar Jesus, o milagre de Natal. Adaptada para os mais pequenos, com ilustrações encantadoras e ternurentas e inúmeras surpresas escondidas, esta é a história ideal para partilhar magia na noite de Natal. Por detrás de cada uma das 40 abas é sempre possível descobrir uma surpresa. Ao longo de todas as páginas são lançados desafios de descoberta, o que promove ainda mais a brincadeira e dinâmica adulto-criança no momento da leitura. Material cartonado resistente às pequenas mãozinhas! Autores: Virginie Aladjidi e Caroline Pellissier Ilustração: Sonia Baretti
Sá Carneiro
Aos 46 anos, no dia 4 de dezembro de 1980, Francisco Sá Carneiro,
fundador e líder do PSD, morreu em Camarate. Junto de Snu Abecassis, a mulher por quem se apaixonou e por quem desafiou as leis da Igreja, da família, da sociedade e da política. Muitos viam-no como o rosto da esperança, o futuro da política portuguesa. Outros criticavam-lhe o carácter e a forma de fazer política. A sua morte precoce, envolta em mistério e polémica, fez dele um mito. Com novo prólogo do autor, este é um retrato único do homem, do mito, das suas convicções, forças e fraquezas, num período fundamental da História contemporânea portuguesa. Autor: Miguel Pinheiro
Livro de vozes e sombras
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Cláudia Lourenço, jornalista, é enviada de Lisboa à ilha de São Miguel ao serviço do Quotidiano. Tem por missão entrevistar um conhecido ex-operacional da Frente de Libertação
dos Açores e reaver a crónica do independentismo insular durante a Revolução. Depara-se-lhe um homemmistério, voz e sombra do jogador, das suas verdades que mentem, das suas mentiras que dizem a verdade. Ela, que pertence à geração seguinte, não parece ter memória histórica do país de então: vive no de agora, e o passado é um território longínquo, cuja narração flui no interior de um imaginário algo obscuro. A história da FLA (e a da FLAMA, na Madeira) comporta em si o país de todos os regressos: a Ditadura, o fim das guerras em África, a descolonização e o retorno à casa europeia pelos caminhos de volta, os mesmos que levaram as naus a perder-se nos mares da partida. O país que a si mesmo se descoloniza vibra na exaltação revolucionária. E é dos avanços e recuos dessa Revolução que nasce a tentação separatista do arquipélago. Na longa e secreta entrevista ao homem da FLA, a jornalista vê-se enredada numa história de logros políticos, compadrios, interesses de propriedade, conluios estrangeiros e outros equívocos do movimento separatista, onde não há lugar para as vítimas da FLA, nem para o desamparo dos regressantes de África. Mas Cláudia Lourenço encontrará maneira de lhes dar voz. Autor: João de Melo
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eventos Exposição de faiança portuguesa na Sala de Exposições do Município do Nordeste CMNORDESTE A câmara municipal do Nordeste abriu na Sala de Exposições do Municipio, na Vila do Nordeste, uma exposição de faiança portuguesa. As peças apresentadas pertencem a uma coleção particular do nordestense Nuno Costa, natural e residente na freguesia da Salga. As peças, a que se juntam alguns apontamentos históricos, datam de 1947 até à atualidade, podendo ser observadas as alterações ao nível do design e do fabrico. Encontram-se representadas quatro empresas que se distinguem a nível nacional, designadamente, Bordallo Pinheiro, Faióbidos, Olfaire e Coldar.
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eventos Escultor Raposo de França expõe no CMC CMPD São 36 obras, entre esculturas e desenhos, que podem ser apreciadas na Galeria do Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada até ao dia 30 de dezembro do presente ano de 2020, e que espelham a paixão do artista pelo desporto. Natural de Ponta Delgada, Álvaro Raposo de França tem mais de quarenta obras públicas (estátuas, monumentos e bustos), nos Açores, no continente e no estrangeiro.
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aconteceu
Ponta Delgada e Confraria Gas trónomos dos Açores renovam protocolo O Município de Ponta Delgada e a Confraria Gastrónomos dos Açores, presidida por António José Cavaco, renovaram o protocolo de cooperação. Constitui objeto do mesmo a atribuição, pela autarquia, de oito mil e quinhentos euros, destinados a comparticipar as despesas com a realização e promoção do Plano de Atividades Turístico/Gastronómico de Ponta Delgada referente a 2020 e com a implementação dos projetos “Ponta Delgada à Prova” e “Gastronomia com História”- estes últimos criados com o propósito de apoiar o setor da restauração e, ao mesmo tempo, divulgar a gastronomia do concelho.
Lagoa atribui 400 cabazes de Natal A Câmara Municipal de Lagoa irá distribuir, este ano, cerca de 400 cabazes de Natal, em todas as freguesias do concelho, a todos os munícipes portadores do cartão “Lagoa + Saúde”. Apesar de este ano ser atípico, com a pandemia provocada pelo novo Coronavírus, a Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto, considera que “ainda se torna mais importante este gesto e este contributo para garantir a um vasto leque de pessoas um Natal onde sejam colmatadas as dificuldades que muitos estão a encontrar, reforçadas, aliás, pelas dificuldades económicas e financeiras, que atravessamos mundialmente causadas pela pandemia Covid-19”. Empreitada de constru ção da Variante às Furnas adjudicada A empreitada de melhoria da acessibilidade Furnas/Povoação – 1.º lanço, no âmbito da melhoria da acessibilidade à freguesia das Furnas, no concelho da Povoação, em São Miguel, foi adju-
dicada. A empreitada, que corresponde à construção da Variante à Freguesia das Furnas terá um custo de quase 6,5 milhões de euros. Esta é a primeira de duas empreitadas que integram a melhoria da acessibilidade à Povoação, num investimento total de cerca de 26 milhões de euros. LAGOA ASSINALA DIA MUNDIAL DA DIABETES O Dia Mundial da Diabetes foi assinalado, na Lagoa, com várias iniciativas, com a divulgação de ferramentas para a prevenção da diabetes. A diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis, que tem tido um aumento alarmante a nível mundial, sendo fundamental a aposta na prevenção e tratamento atempado das complicações causadas por esta enfermidade. Para a edilidade esta ação de sensibilização é importante, pois permite consciencializar os munícipes para esta doença crónica e progressiva, principalmente, sobre o impacto que a diabetes tem sobre as famílias e rede de apoio das pessoas afetadas.
cria ti va magazine - dezembro 2020 • 47
aconteceu
Câmara da Ribeira Grande atribui bol sa de mérito a Maria na Furtado A Câmara da Ribeira Grande atribuiu uma bolsa de mérito no valor de 500 euros ao melhor aluno do ensino secundário no ano letivo 2019/2020, que coube à jovem Mariana Furtado pelo bom desempenho tido enquanto aluna da escola secundária da Ribeira Grande. A atribuição desta bolsa acontece ao abrigo do recentemente criado Regulamento de Bolsas de Mérito do Município, cabendo a Mariana Furtado recebê-lo na sua primeira edição, segundo referiu o autarca Alexandre Gaudêncio. “É a primeira vez que atribuímos esta bolsa porque o regulamento é recente e só foi aprovado no presente ano civil. Para além do prémio monetário ao melhor aluno do secundário, o regulamento abrange os melhores alunos do ensino básico
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(6.º e 9.º anos) das três escolas básicas do concelho, no valor de 250 euros cada”.
do Mercado Municipal, de modo a melhorar e a dignificar as condições dos comerciantes ali instalados.
Concurso de ideias para requalificação do Mercado Municipal O Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e o Presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitetos (OA-SRA), assinaram um acordo de cooperação, com
Ribeira Grande alarga prazo para submissão de propostas aos orçamen tos participativos A Câmara da Ribeira Grande decidiu prolongar a fase de submissão de propostas ao Orçamento Participativo e ao Orçamento Participativo Jovem até 31 de dezembro, disponibilizando assim mais tempo para os proponentes poderem preparar e entregar as propostas. O Orçamento Participativo (https://op.cm-ribeiragrande.pt/) é um processo democrático de participação dos cidadãos na tomada de decisão sobre uma parte dos investimentos municipais a realizar. Este ano, as áreas temáticas nas quais os munícipes podem submeter propostas são: saúde pública e higiene; economia social e solidária; educação, juventude e empreendedorismo, cultura, património e equipamentos culturais e equipamentos, espaços públicos e acessibilidades.
vista ao lançamento de um concurso de ideias para a requalificação do Mercado Municipal. O protocolo visa a prestação de assessoria técnica por parte da OS-SRA à Autarquia de Vila Franca do Campo, na organização e realização de um procedimento de seleção prévia de um trabalho que inclua um projeto de intervenção no Mercado Municipal. Os projetos a apresentar devem focar-se na realização de trabalhos de recuperação e modernização no interior
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48 • c ria ti va magazine - dezembro 2020
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Lançamento de livro e formação com Luís Godinho
eventos
José Maria Sousa O fim de semana começou com o lançamento do livro “A Mudança” do fotógrafo Luís Godinho, que teve lugar na BPARPD, com os fotógrafos convidados Rui Caria e Daniel Rodrigues. O livro “A Mudança” (que poderá ser adquirido no Hotel Azor) reúne uma compilação de fotografias realizadas no Senegal, na Guiné-Bissau e em São Tomé e Príncipe e textos escritos pelo próprio autor. Dividido em três capítulos, o livro retrata a forma como as viagens impulsionaram a mudança profissional do fotógrafo. O fotojornalista Daniel Rodrigues, que colabora com o jornal norte-americano New York Times, trouxe até à ilha de São Miguel a exposição “O Olhar do Mundo”, assinalando os seus dez anos de carreira, no Azor Hotel. No domingo, os três fotógrafos em parceria com a Fujifilm Portugal, prepararam um Photowalk pela cidade e um raid em veículos todo o terreno pela ilha, onde um grupo de associados da AFAA pôde experimentar diversos modelos de câmaras e objetivas da referida marca.
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horóscopo Astrólogo Luís Moniz
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A vida afetiva entra numa época de expansão. Estão favorecidos todo o tipo de relações, que lhe trarão surpresas e impulsionarão novas aventuras. A nível profissional, a altura é propícia para tomar decisões que visem preparar um futuro seguro. Tudo indica que vai alcançar os seus objetivos.
Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva é indispensável para a seu equilíbrio. Mas, aprenda a conciliar a sua dualidade interior para poder contrariar o seu lado indeciso. A nível profissional, procure agir com determinação em busca de soluções compatíveis com os novos desafios e aceite a ajuda de pessoas influentes.
touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva atravessa uma nova fase de crescimento harmonioso. Sente que tem todas as condições para evidenciar toda a sua imensa sensualidade. A nível profissional, este período está muito associado ao sucesso. Aliás, as outras pessoas vão reconhecer as suas boas capacidades de trabalho.
Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva proporciona-lhe momentos de forte intensidade emocional. Encare as oportunidades como uma possibilidade de exibir o seu magnetismo. A nível profissional, está com a força essencial para poder executar todos os trabalhos que exigem esforço. Em todas as questões vai obter êxitos.
gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva reflete a sua faceta mais simpática, comunicativa e divertida. Prepara-se para começar uma nova paixão muito sedutora e excitante. A nível profissional, durante este ciclo, podem surgir algumas questões financeiras que requeiram a sua atenção para serem realmente resolvidos.
sagitário 22/11 a 21/12 signo do mês
Carneiro 21/03 a 20/04
A vida afetiva necessita de novidades. Siga a sua intuição e desenvolva atividades lúdicas ou criativas que possam surpreender a sua cara-metade. A nível profissional, provavelmente, surgirá um encontro casual que lhe traga o impulso que precisava para conseguir modificar o rumo da carreira.
Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva depende bastante da sua capacidade de lutar pelos seus sonhos. Tente demonstrar os seus sentimentos de forma espontânea e corajosa. A nível profissional, aproveite a sua energia renovada para afastar medos que dificultam a sua evolução e verá que vai alcançar muita felicidade.
capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva acusa um desgaste que tem de ser encarado com seriedade. De qualquer forma, privilegie sempre o diálogo alicerçado na compreensão. A nível profissional, esta altura é ideal para concretizar um plano que tem vindo a amadurecer. Agora tem os meios cruciais para obter o sucesso.
leão 23/07 a 22/08
aquário 20/01 a 18/02
virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva encontra-se numa etapa de crescimento de ambos os elementos do par. Daqui em diante, vai estabelecer relações bastante vantajosas. A nível profissional, abre-se uma temporada de novas possibilidades de concretizar os seus projetos. É tempo de melhorar a sua condição económica.
peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva oscila entre o desejo de renovar o campo amoroso e a vontade de isolamento. Se entender, busque aprofundar os valores espirituais. A nível profissional, podem chegar notícias que contribuirão para a materialização dos seus intentos. Aproveite as novidades se lhe fizer sentido.
A vida afetiva deve ser examinada com lucidez. O seu bem-estar individual passa, sobretudo, pela sua bondade de mostrar o seu amor pela família. A nível profissional, mantenha a tranquilidade e evite decisões precipitadas. O momento é apropriado para conseguir aproveitar as oportunidades.
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A vida afetiva permite-lhe manifestar as suas verdadeiras intenções, de acordo com os seus valores. A conjuntura exige-lhe definições e decisões. A nível profissional, naturalmente, vai expressar as suas ideias de forma perspicaz e os desfechos serão magníficos. Os contatos estão protegidos.
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