CRIATIVA MAGAZINE - FEVEREIRO 2018

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REPORTAGEM RESPEITAR A LÍNGUA MATERNA

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ANO III Nº 40 FEVEREIRO 2018

SCONTO E D E D S R E H C U VO NO INTERIOR

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BEAUTY STETIK CONVIDADA PARA EVENTO INTERNACIONAL NO MÓNACO

MISSÃO:

RESGATAR EM SEGURANÇA E COM FINAL FELIZ EQUIPAS TREINADAS PARA RESGATES COMPLEXOS

RECEITA DO CHEF ÁLVARO LOPES PEZINHOS DE COENTRADA


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REPORTAGEM

RESPEITO PELA LÍNGUA MATERNA, SEMPRE!

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GRANDE REPORTAGEM

REPORTAGEM BEAUTY STETIK NO MÓNACO

EVENTOS

DE ANO NOVO 36 CONCERTO GALA DE ÓPERA REUNIDOS 38 AMIGOS EM VÁRIOS RESTAURANTES NOITE DE AMIGAS 40 MEGA NA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA REUNIDAS 42 AMIGAS NA CERVEJARIA DOCAS ANIVERSÁRIO 44 10º DA SILVERGREY, LDA. ENTRE 45 MATINÉS FILARMÓNICAS

RUBRICAS JURÍDICO 28 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO CRIATIVO 30 OLHAR COM O TEMA: “ÁGUA – H2O” ÓTICA 32 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO DE SAÚDE 34 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361 Nº Registo: 126655

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REPORTAGEM

PÃO CASEIRO COM SABOR A TRADIÇÃO

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PEZINHOS DE COENTRADA

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DESPORTO MOTORIZADO

TIAGO AZEVEDO, DE NAVEGADOR A PILOTO

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

QUANDO O PIOR ACONTECE,

HÁ EQUIPAS QUE TRABALHAM PARA UM FINAL FELIZ São 38 elementos preparados para agir, rápida e eficientemente em situações de complexidade. Três equipas de resgate da associação humanitária de bombeiros voluntários do Faial (AHBVF) estão treinados para socorrer, salvar e recuperar pessoas em terrenos de difícil acesso ou em condições muito complexas.

Natacha Alexandra Pastor

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Direitos Reservados

erante uma chamada das equipas a uma situação de socorro, o primeiro passo consiste em avaliar a situação! A partir do reconhecimento do caso, o que é que acontece? O homem que comanda os diferentes grupos da AHBVF, o comandante Nuno Henriques, traça o cenário. “O primeiro passo consiste em avaliar a situação, para que possamos definir uma estratégia e, se necessário, solicitar apoio diferenciado (meios técnicos que o Corpo de Bombeiros possa não possuir), o mais precocemente possível. É claro que as condições de segurança “pesam” sempre nesta avaliação. A partir desta primeira fase, que tecnicamente designamos de “Reconhecimento”, desenvolvem-se todas as ações da operação, inclusive de Busca/Salvamento. Há três grupos distintos de salvamento, envolvendo 38 elementos, assistidos por quatro caninos, que o comandante Nuno Henriques nos apresenta. “O Grupo de Salvamento em Grande Ângulo da AHBVF, abreviadamente GSGA, é um Grupo com uma área de intervenção específica, orientada para as operações de busca e salvamento em locais de difícil acesso, onde é necessário recorrer a técnicas em corda/cabo para aí progredir, recuperar ou evacuar vítimas. Devido à especificidade técnica associada a este tipo de missões, para ingressar no GSGA é necessária formação específica, para além do Curso de Formação Inicial de Bombeiro (FIB). Esta formação, ajustada à realidade operacional e geomorfológica dos Açores, centra-se em duas grandes áreas de atuação: o Salvamento em Arriba e o Salvamento Urbano/ Estruturas. O GSGA da AHBVF é composto, atualmente, por 18 elementos, tendo o Subchefe Manuel Correia como Coordenador. São eles:

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1. Comandante Nuno Henriques; 2. 2.º Comandante Paulo Sérgio; 3. Adjunto de Comando Bruno Silveira; 4. Subchefe Manuel Correia (Coordenador); 5. Bombeiro 2.ª Carlos Medeiros; 6. Bombeiro 2.ª Cláudio Remédios; 7. Bombeiro 2.ª Dário Pacheco; 8. Bombeiro 2.ª Délcio Dias; 9. Bombeiro 2.ª Delmar Bettencourt; 10. Bombeiro 2.ª Emanuel Silva; 11. Bombeiro 2.ª Luís Serpa; 12. Bombeiro 2.ª Mário Macedo; 13. Bombeiro 2.ª Nuno Prazeres; 14. Bombeira 3.ª Alexandra Oliveira; 15. Bombeira 3.ª Ana Cebola; 16. Bombeiro 3.ª Bruno Monteiro; 17. Bombeiro 3.ª Ivo Cristo; 18. Bombeiro 3.ª João Oliveira. Este Grupo Especial conta com uma viatura específica para as suas missões, adquirida a expensas da AHBVF. Grupo de Salvamento Aquático (GSA): O Grupo de Salvamento Aquático da AHBVF, abreviadamente GSA, surgiu no ano de 2014. Integra bombeiros credenciados e treinados para exercer funções no âmbito da prática do mergulho, nadador salvador e condução de embarcações. Tem por missão o socorro a náufragos e as buscas subaquáticas, designadamente o salvamento de pessoas ou animais em perigo eminente de vida em ambiente aquático, e as buscas no plano de água e subaquáticas para localização de pessoas, animais, equipamentos e materiais, assim como a sua recuperação para a superfície. Este Grupo pode intervir em estruturas subaquáticas que estejam a colocar em risco pessoas e bens e pode, igualmente, garantir a segurança de atividades desportivas e de lazer que se realizem em ambiente aquático. Tem vindo também a ser solicitado para colaborar com algumas entidades em atividades de cariz ambiental, nomeadamente na limpeza subaquática. Este Grupo possui uma embarcação com cerca de seis metros, batizada de “João Porto”, em honra do já falecido 2.º Comandante da AHBVF.


Atualmente, é composto por 12 elementos e coordenado pelos Bombeiros de 2.ª Luís Riscado e Nuno Prazeres: 1. 2.º Comandante Paulo Sérgio; 2. Subchefe Jorge Oliveira; 3. Bombeiro 1.ª José Goulart; 4. Bombeiro 2.ª Luís Riscado (Coordenador); 5. Bombeiro 2.ª Nuno Prazeres (Coordenador); 6. Bombeiro 3.ª Bruno Monteiro; 7. Bombeiro 3.ª Franz Hutschenreuter; 8. Bombeiro 3.ª Ivo Cristo; 9. Bombeiro 3.ª Tiago Silva; 10. Bombeira 3.ª Vanda Carmo; 11. Bombeiro 3.ª Vítor Bulcão; 12. Estagiária Beatriz Riscado. Grupo Cinotécnico de Busca e Salvamento (GCBS): Em junho de 2015, a Direção e o Comando da AHBVF decidiram constituir o Grupo Cinotécnico de Busca e Salvamento (GCBS) da AHBVF. O GCBS tem como objetivo principal a intervenção ao nível da busca e salvamento em contexto de acidentes naturais, bem como dar resposta a pedidos de intervenção para busca e salvamento de pessoas desaparecidas, tirando partido do binómio homem/cão. Recentemente, a AHBVF procedeu à aquisição de duas cadelas “Pastor-alemão” (a Faya e a Kaira), nascidas em agosto de 2017, com o Registo no Livro de Origens (LOP). Os canídeos foram adquiridos em Portugal continental, junto de um criador reconhecido pelo Clube Português de Canicultura, tendo chegado à Horta no dia 7 de novembro de 2017, onde iniciaram, de imediato, o seu treino de obediência/socialização. Embora o tempo de duração do treino de cada animal seja variável, a expectativa dos Coordenadores do GCBS é a de que, ao fim de um ou dois anos, as duas cadelas estejam aptas a responder às exigências do trabalho. Atualmente, este Grupo Especial é composto por oito elementos, cuja coordenação está a cargo dos Bombeiros de 2.ª Carlos Medeiros e Nuno São João: 1. Bombeiro 2.ª Bruno Azevedo; 2. Bombeiro 2.ª Carlos Medeiros (Coordenador); 3. Bombeiro 2.ª Norberto Silva (em

integração); 4. Bombeiro 2.ª Nuno São João (Coordenador); 5. Bombeiro 2.ª Oleksandr Tymokhin; 6. Bombeira 3.ª Geni Jorge (em integração); 7. Bombeiro 3.ª Tiago Silva (em integração); 8. Bombeiro 3.ª Vítor Bulcão (em integração). Aos oito elementos acima elencados, acrescem quatro elementos caninos: três cadelas “Pastor-alemão” - a Faya, a Kaira e a Lisi (esta última pertencente ao Bombeiro de 3.ª Tiago Silva) -, bem como um cão da raça “Labrador” - o Macro (pertencente ao Bombeiro de 2.ª Nuno São João). Neste momento, a AHBVF e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada são as únicas Corporações, na Região, a dispor de equipas cinotécnicas.” Numa região sísmica; onde a Arte da Pesca é bem evidente; e onde decorrem atividades marítimo-turísticas e outras em terra, sempre sujeitas a alguns perigos, a polivalência de teatros de operações é hoje muito diferente de há 50 anos atrás. “No contexto atual de mudança constante e de necessidade de resposta rápida e adequada às novas exigências, é fundamental que os Corpos de Bombeiros estejam preparados para dar resposta a todos os tipos de teatros de operações, sejam estes simples ou complexos, reduzidos ou extensos, ou ocorram isoladamente ou em simultâneo. Acresce, no caso concreto do Faial, a não existência de outra Corporação na ilha, o que impossibilita a prestação imediata de apoio, caso seja verificada tal necessidade. Os Grupos Especiais da AHBVF surgem desta perceção e a sua inegável importância prende-se, na minha opinião, com vários fatores, desde a qualidade e celeridade no socorro até à própria segurança dos intervenientes e vítimas. Convém não nos esquecermos que estes Grupos trabalham em ambientes diferentes e de grande complexidade, aliás basta atentarmos sobre as inúmeras diferenças entre o meio aquático e o terrestre. Partindo dos fenómenos a que alude na sua questão - a sismicidade assinalável que caracteriza os Açores e o incremento/

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diversificação das atividades turísticas -, vou recorrer a dois exemplos distintos, apesar do objetivo comum que é a prestação do socorro às vítimas: Em 1998 e 1999, fiz parte de duas operações já com alguma complexidade, na sequência dos sismos na ilha do Faial e na Turquia, respetivamente. Na segunda situação, em particular, e para além das equipas especializadas de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas, estiveram envolvidas equipas multifacetadas de outras valências, devido a intervenções específicas e no âmbito das missões desses grupos. O desempenho e o trabalho integrado em equipas multidisciplinares aquando da missão humanitária na Turquia fizeram-me, sem dúvida, despertar para a importância e necessidade premente de o Corpo de Bombeiros do Faial acompanhar esta evolução.” Com novos atrativos turísticos, a adaptação das equipas a novos cenários tem de ser acautelada antes que algo de mau surja. “Decorrente da competitividade empresarial, as atividades turísticas são cada vez mais diversificadas - Canyoning, trilhos, mergulho, etc. -, o que obriga a que os Corpos de Bombeiros acompanhem esta evolução através da criação de equipas multidisciplinares e, bem assim, da adaptação das técnicas, equipamentos e doutrina operacional, deste modo permitindo a sua intervenção de forma distinta e profícua nos diferentes ambientes.” Quando algo falha ou tem um desfecho negativo, naturalmente que o sentimento que percorre toda a equipa envolvida espelha-se nos rostos. Nem tudo tem um final feliz, confirma o comandante. Há sempre sofrimento. “Cada operacional tem os seus mecanismos de autodefesa e uma forma própria de reagir às situações… também é verdade que o nosso estado de espírito não é o mesmo todos os dias. Não obstante, o sentimento comum perante as situações que nos correm menos bem é o de desolação. Especialmente quando o principal objetivo, o de socorrer a vítima com sucesso, não é alcançado. Este sofrimento é exponencial quando algo acontece com um “camarada” nosso, o que infelizmente já se verificou no nosso Corpo de Bombeiros.” 2.400 METROS DE CABO NUM RESGASTE QUE FICA NA MEMÓRIA Tem pouco mais de 2 anos, aquela que terá sido um dos resgates que ficam na memória destes bombeiros. O Comandante do Corpo de Bombeiros da AHBVF, Nuno Henriques, explica o que aconteceu “No dia 1 de janeiro de 2015, na sequência da

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queda de viatura com ocupante em falésia com cerca de 320 metros de altura (cota). No primeiro dia, devido à especificidade desta falésia e ao facto de o condutor ter sido projetado, foi necessário recorrer a apoio aéreo. Inicialmente, para localização da vítima e, a posteriori, para retirada dos dois operacionais envolvidos, os quais, com o pôr-do-sol próximo, se encontravam no terço inferior da falésia e sem certeza da hora de saída da mesma. Tendo as operações sido suspensas por questões de segurança, no dia seguinte iniciou-se uma operação para resgate da vítima, operação esta que durou cerca de seis horas e envolveu, só para terem uma noção da complexidade, 2400 metros de cabo/corda. No final, além das dificuldades impostas, todas foram superadas de forma exemplar. Como costumo dizer: “voluntários por opção, mas profissionais na ação”!”. O contingente de efetivos está ajustado às necessidades da população faialense. Quanto aos meios operacionais, em 2017 houve um investimento significativo, diz o comandante e, sucintamente explica, a capacidade de resposta é eficiente neste momento. Tão eficiente que não são poucas as vezes em que os bombeiros são presenteados pela população com alguns “mimos”. “O nosso atual contingente de efetivos é ajustado às necessidades; é verdade que não temos os quadros completos, mas estamos confortáveis no que concerne ao número de Bombeiros e Bombeiras que estão ao serviço da população do Faial. Em relação aos equipamentos, a Direção e o Comando trabalham diariamente para garantir os meios necessários à manutenção e ao desenvolvimento dos Grupos especializados. Com efeito, e procurando dotar o Corpo de Bombeiros (CB) de melhores condições de operacionalidade a todos os níveis, vários investimentos têm vindo a ser feitos, sobretudo ao longo do último ano, nestas valências técnicas de prevenção e complemento ao CB. Atualmente, pode dizer-se que os Grupos da AHBVF estão todos operacionais e dotados dos equipamentos que garantem a sua operacionalidade e eficácia. Contudo, não nos esqueçamos que se tratam de equipamentos muito caros e com requisitos/normas exigentes, por exemplo, têm as suas validades e periodicamente têm de ser substituídos, isto apesar de estarem em bom estado. Em conclusão, apesar de todos os Grupos estarem dotados com o essencial para a realização das suas missões, é pretensa da AHBVF não só a manutenção dos


atuais, mas também a aquisição de mais equipamentos para reforçar e otimizar os seus Grupos Especiais.” Quanto à questão relativa ao reconhecimento pelo trabalho prestado: ao longo destes anos, tenho notado que vivemos numa sociedade cada vez mais exigente e menos tolerante; ainda assim, sinto/sentimos que o trabalho dos Bombeiros é, quase unanimemente, reconhecido. Os operacionais são “brindados” muitas vezes com gestos que lhes aumentam o ego. Refiro-me a “miminhos” - oferta de bolos, bolachas, bombons, etc. - ou até a um simples, mas sentido, OBRIGADO… é que por baixo do uniforme, e sublinho, está um ser humano!”. OS MAIORES AMIGOS: A FAYA, A KAIRA, A LISI E O MACRO Falar de salvamentos e de resgates sem falar de alguns elementos “especiais” é quase impossível. Três cadelas pastor--alemão e um labrador suportam os oito elementos humanos do Grupo Cinotécnico de Busca e Salvamento (GCBS) da AHBVF. Três cadelas “Pastor-alemão” - a Faya, a Kaira e a Lisi -, às quais se junta um cão da raça “Labrador” - o Macro são companheiros inseparáveis desta equipa, e elementos essenciais no trabalho da equipa, realça o comandante. “Falar sobre estes pequenos heróis de quatro patas é, para nós, como falar de um familiar. Estamos todos os dias com eles, acompanham-nos para todo o lado e, quando treinamos ou atuamos numa situação real, estão, tal como nós, a trabalhar afincadamente e a dar o seu melhor. Sentem um amor incondicional por nós, mesmo quando estamos aborrecidos porque o dia nos correu mal… e quando estamos com algum problema entre mãos, “leem” esse nosso estado de espírito e tentam elevar-nos a moral. Por isso, é motivo de grande satisfação e regozijo quando damos o nosso melhor, em sintonia com os nossos canídeos, e juntos conseguimos cumprir a missão a que nos propusemos.” A prova do bom serviço e da capacidade de destreza está na obtenção de vários títulos em provas regionais. A mais recente conquista decorreu a 13 e 14 de janeiro de 2018, onde “a nossa equipa de trauma, orientada pelo 2.º Comandante Paulo Sérgio e constituída pelos Bombeiros de 2.ª Cláudio Remédios e Delmar Bettencourt, esteve presente no 1.º Campeonato de Trauma do Triângulo, conquistando o 1.º lugar. Este é, e sublinho, o resultado de um trabalho de

equipa diário, realizado por todos os operacionais do Corpo de Bombeiros da AHBVF. O referido evento pôs à prova procedimentos de socorro a vítimas em cenários de trauma: acidentes de viação, quedas de andaimes, atropelamentos, entre outras ocorrências simuladas, envolvendo vítimas inconscientes, traumas profundos e/ou fraturas graves. As equipas foram avaliadas tendo em conta não só o tempo de prova, mas também a execução dos procedimentos em conformidade com os protocolos e as normas de atuação previstos. Para além da vertente competitiva e de convívio, e mais importante do que as classificações obtidas, este tipo de iniciativa permite melhorar as competências práticas dos participantes, através da aprendizagem e partilha de experiências.” “A AHBVF faz uma menção especial a todos aqueles que diariamente dedicam o seu tempo à nobre causa da proteção e socorro, pelo seu exemplo de esforço, coragem, solidariedade e perseverança. Nos tempos que correm, impõe-se que olhemos com abertura de espírito para o passado, que avaliemos tudo o que fizemos bem e menos bem, mas, sobretudo, que encaremos o futuro com esperança e otimismo. Atingir a excelência só será possível com trabalho de equipa, o que envolve um processo profundo e contínuo de melhoria de capacidades e uma permanente avaliação de procedimentos e disponibilidade para a mudança. Os Bombeiros e as Bombeiras do Faial sempre conviveram com situações limite ao longo dos seus quase 106 anos de existência; hoje, continuamos a ser um Corpo de Bombeiros que procura a excelência em todas as suas tarefas, em cada serviço, em cada missão, dentro e fora do concelho da Horta, com demonstrações abnegadas de dedicação e profissionalismo. Fica, pois, o agradecimento e reconhecimento a todos os Bombeiros e Bombeiras pelo empenhamento pessoal e profissional, o qual se estende às respetivas famílias, pelo apoio que deram, dão e certamente continuarão a dar aos elementos do(s) Corpo(s) de Bombeiros no desempenho da sua missão.”

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REPORTAGEM

RESPEITO PELA LÍNGUA MATERNA, SEMPRE! O uso sistemático de novas ferramentas de comunicação, caso das mensagens de telemóveis, introduziu uma linguagem muito própria por parte dos utilizadores. O texto tradicional foi sendo substituído por imagens, símbolos ou por palavras abreviadas. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

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ara quem estima muito em particular a língua materna – a portuguesa, claro está -, há coisas difíceis de perceber e de aceitar. Enquanto docente, e agora deputada, Sónia Nicolau recorda a importância do Ser Português, que passa naturalmente pela valorização da nossa língua sempre que possível seja em que palco for. “A vontade e o orgulho em ser português ainda é, por vezes, e infelizmente, fruto dos momentos que se vivem. O nosso idioma tem raízes históricas e que nos devem orgulhar, como símbolo cultural de um povo. Houve tempos em que o ser igual, o ser próximo à forma como os outros se comportavam, era o ca-minho para a valorização. Hoje, vivemos tempos de diferenciação que são valorizados. O ser diferente é uma marca. Cantar em português é diferente. Soa diferente. Por exemplo, independentemente da avaliação que se faça da música que ganhou o festival da Eurovisão 2017, o facto de ser uma letra portuguesa fez, também, a diferença. Ou, o fado - património imaterial - tem sido exportado como selo da língua portuguesa. Isso é um orgulho? Claro. A afirmação do ser português, de valorizar a língua materna é um trabalho contínuo. Qualquer oportunidade deve ser um momento de confirmação do orgulho do ser português e da nossa língua materna. A cultura é um bom veículo por ser transversal a diferentes faixas etárias. Em cada ciclo histórico e económico a língua materna tem sido respeitada nas diferentes formas. O uso de símbolos, abreviaturas ou sinais não a minimiza, desde que se saiba o que representa cada um desses recursos e não sejam utilizados em textos formais. Os jovens, e não só, utilizam abreviaturas – que não são um marco apenas deles, as abreviaturas existem há muito - e símbolos. Nas mensagens de texto no telemóvel é recorrente.” NÃO AO ESTRANGEIRISMO Se os símbolos abreviaturas e outros sinais não são uma dor de cabeça para Sónia Nicolau, o uso de termos estrangeiros, é criticado.

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“Por outro lado, o estrangeirismo, entendo, na generalidade e de forma persistente, como uma má opção. Infelizmente fazêmo-lo. Por ventura poder-se-á pensar que os nossos documentos “serão globalizados” pelo uso recorrente de estrangeirismo. Por norma nem sequer procuramos a tradução ou adequação a outro termo. Rendemo-nos à globalização dos termos. Mas o ganho está as-


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sente no valor de cada produto. E, ser português tem valor. E, ser Açoriano, é parte desse valor. O uso da nossa língua materna é um produto com valor diferenciado. E estando Portugal na moda – fluxo turístico – há que aproveitar. Como docente, Sónia Nicolau sentia, porém, que a maior dificuldade dos alunos está “na capacidade de manifestarem por escrito ou verbalmente uma ideia.” “Quando lecionava sentia entre os colegas o quanto comum a ideia de que os jovens de hoje não leem - nunca conheci dados clarificadores desta crença. Possivelmente os jovens de hoje leem tanto como os jovens da minha geração. Por ventura, aos alunos poderia ser dada, também, a oportunidade da escolha e da partilha do seu próprio livro em cada ano letivo, em vez de cingir à rigidez dos Planos de Leitura – acredito que os livros escolhidos para estes planos cumprem os objetivos programáticos -, mas é preciso liberdade de escolha e do aprender a gostar de ler. Nem que seja apenas de um livro.” PATRIMÓNIO LINGUÍSTICO Sóni aNicolau finaliza enfatizando que “a Língua Portuguesa é o nosso património linguístico. Como qualquer património, há que o colocar em local de destaque, para ser contemplado e reconhecido. Se optarmos recorrentemente por estrangeirismos e não aproveitarmos todos os momentos públicos para a afirmação da nossa língua, é como esconder esse mesmo património. Sempre que o fazemos estaremos a nos memorizar enquanto povo, onde é, em grande parte, o idioma que nos diferencia ao longo da nossa história.” A LÍNGUA PORTUGUESA TEM, COM CERTEZA, OUTRO PESO EM BRUXELAS No centro das decisões europeias, a língua portuguesa tem hoje outro peso. Quando Portugal aderiu à CEE ouvir-se a voz de um português nos longos e sempre muito calcorreados corredores do Parlamento Europeu era um caso singular. Agora, o cenário é outro, confirma a eurodeputada Sofia Ribeiro. Por agora, deverão trabalhar cerca de 200 portugueses no Parlamento Europeu, fora os deputados e as suas equipas de apoio. “Ao início, quando Portugal aderiu à então CEE eram uma pequena minoria, mas hoje, com a sedimentação do projecto europeu e com as quebras das barreiras à mobilidade, há mais gente a “aventurar-se”, quer no trabalho directo no Parlamento, quer no externo, que lhe é associado, em especial nos organismos de lobby junto das instituições europeias. Não esqueçamos, também, a comunidade portuguesa emigrante na Bélgica, que é bem expressiva. Composta até mesmo por Açorianos, sendo notório o número crescente que para lá têm ido trabalhar nos últimos tempos, especialmente na construção civil.” NUNCA PRESCINDO DE FALAR EM PORTUGUÊS... “... Sempre que tenho oportunidade, o que sucede nas reuniões plenárias, de grupo político, das comissões parlamentares e em muitas reuniões preparatórias do trabalho parlamentar.” Este é um ponto assente para a eurodeputada. Tudo se torna mais fácil, claro está, com a ajuda das equipas de interpretação. “Apesar

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de ficar dependente do trabalho dos intérpretes, que têm uma tarefa de grande exigência e responsabilidade e, regra geral, são de grande qualidade, aproveito sempre todas as oportunidades para afirmar a minha origem, o que passa, naturalmente, pelo uso da minha língua materna. Por outro lado, muito desse trabalho parlamentar que referi é transmitido via net e as filmagens ficam disponíveis para o público, fazendo ainda mais sentido que fale em português para chegar aos Portugueses.” Apesar da minoria portuguesa neste palco onde se negoceiam gigantescas decisões, Portugal impõe respeito, reflexo de um bom e constante trabalho. “Os Portugueses são, regra geral, muito respeitados no Parlamento Europeu, o que não deixa de implicar que cada um de nós tenha de trabalhar para ganhar credibilidade, como em qualquer lado. O facto de estarmos em minoria num país estrangeiro que não domina a nossa língua traz-nos um outro brio em sermos Portugueses. Principalmente no Parlamento Europeu, em que estamos, acima de tudo a defender Portugal. Na comunicação com os colegas estrangeiros, principalmente nos contactos externos às reuniões oficiais, usamos a língua que seja comum, geralmente o inglês. Com os colegas que falam francês, também me desenrasco o suficiente para nos entendermos.” EM QUALQUER CANTO DO MUNDO JÁ UM PORTUGUÊS A frase não é apenas e somente uma frase. Na verdade os Portugueses sempre tiveram nos genes a emigração. E, por essa razão, não é de estranhar mesmo, que andem por aí, e às vezes, onde menos se espera. “Hoje, com a globalização e maior mobilidade, as pessoas apercebem-se cada vez mais da importância de dominarem várias línguas e creio que, principalmente nas terceiras gerações dos emigrantes Portugueses há uma curiosidade natural pela terra dos seus avós e pela sua língua. Contudo, nunca nos esqueçamos que em todo o cantinho do Mundo há sempre um Português, o que é incrível, e muito contribui para a divulgação da nossa cultura.”


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REPORTAGEM

BEAUTY STETIK NO MÓNACO Direitos Reservados

Esteticista Sofia Bento e Director Técnico Emanuel Bento (Beauty Stetik Ponta Delgada)

A

endermologia é uma técnica revolucionária não invasiva que consiste no enrolamento e desenrolamento da prega cutânea com sucção simultânea num aparelho de alta tecnologia computorizado (Endermologia LPG). Baseado num conjunto de mecanismos de acção biomecânica que favorece a microcirculação venosa e linfática e promove a estimulação de fibroblastos com consequente aumento da produção de fibras de colagénio e elastina. Deste modo, ajuda na redução de volume corporal, tonificação e reafirmação da pele, melhorando o aspeto “casca de laranja”.

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Sendo a clínica Beauty Stetik pioneira nos Açores na implementação de novas tecnologias de bioestimulação mecânica (LPG Alliance), a mesma fez-se representar, a convite do grupo SLYou, através do seu Staff e direção técnica no congresso internacional da LPG realizado nos dias 25 e 26 de Janeiro em Monte Carlo, Mónaco. Este evento contou com a presença de mais de 400 convidados provenientes de vários países, onde foram abordados vários temas relacionados com a estética avançada e saúde. Tratou-se de uma experiência única e enriquecedora pela convivência, pela troca de conhecimentos e pela aquisição de novas competências com vista à melhoria dos cuidados e serviços prestados aos nossos clientes.


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REPORTAGEM

PÃO CASEIRO

COM SABOR A TRADIÇÃO Há mais de 22 anos que é assim. Na Padaria Lacerda, na Ribeira Seca da Ribeira Grande, o pão que sai do forno tem uma doce tradição: é cozido em forno de lenha, depois de ser amassado à mão. Natacha Alexandra Pastor

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Direitos Reservados


É

a braços que se dá corpo à massa de todos os pães confecionados nesta pequena e singular padaria. Uma herança que está a cargo dos proprietários Bruno Machado e Graça Machado, ambos irmãos, auxiliados por mais um trabalhador. Nenhum dos produtos aqui ‘nascidos’ conhece máquinas. Tudo é feito do mesmo modo, desde há várias décadas. Cansativo quanto baste? A proprietária responde que “sim”. Valorizado por quem compra? A mesma padeira revela “depende das pessoas”. Há quem aprecie e dê importância a este pequeno grande detalhe, mas “os mais jovens”, esses, nem por isso dão valor. “Há sempre quem dê valor ao nosso pão, pois sabem que é feito à moda antiga. Aqui não há máquinas industriais. As únicas máquinas a trabalhar são os braços. A tarefa de amassar vai sendo dividida entre os dois homens, eles têm mais braços para isso.” A Graça cabe o desígnio de formar as bolas de pão ou de rechear os pães com chouriço, fiambre e queijo. E como o tempo não dá espaço, a padeira e proprietária também não dá descanso à sua lida enquanto fala connosco. O lume vai alto e depois de apagado a brasa não espera. Há já uns quantos pães a levedar, demoram cerca de 45 minutos a ganhar corpo agora que o tempo anda mais frio, porque em condições normais demora menos uns minutos. Depois de apagado o lume, limpa-se o forno das cinzas e põe-se o pão a cozer. Sem segredos a guardar, explica-nos que é no amassar e no bater da massa que está a diferença dos pães da

padaria Lacerda. O resto fica a dever-se a um processo de cozedura em forno de lenha, cada vez mais difícil de encontrar nas ilhas. Aqui e ali, confere, há uma ou outra padaria que utilizam o mesmo sistema, mas a maioria das padarias há muito que entrou num processo industrial. Nesta casa liderada pelos dois irmãos que herdaram dos pais esta Arte, enquanto houver forças, vai manter-se a tradição. É a restauração que assume o maior consumo dos produtos fabricados pela padaria Lacerda. “A maioria do nosso trabalho e das encomendas segue para os restaurantes. Eles é que solicitam muito o nosso pão e os Panzerotti, depois temos sempre a venda ao cliente, que vem aqui comprar-nos. Há muita gente que nos procura.” TURISMO PROCURA EXPERIÊNCIA A porta está aberta durante as horas em que há laboração na padaria. Ao fundo do corredor encontra-se a sala de preparação e num canto está o forno de lenha. Acende-se em regra três vezes ao dia e é nesta azáfama costumeira que os proprietários são muitas vezes abordados por turistas que ali chegam na expetativa de ver como nasce o pão, os bolos e outros produtos. Muitos querem saber tudo e fotografar o processo. Sem fazer qualquer publicidade, é a mensagem de boca em boca que vai trazendo estes turistas até à padaria Lacerda.

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RECEITA

PEZINHOS DE COENTRADA Receita gentilmente cedida pelo Chef Álvaro Lopes, da Taberna 13-13

MODO DE CONFEÇÃO: Limpar muito bem os pezinhos e salgar por 24 horas. Lavar e levar ao lume com a cebola, folha de louro e um pouco de vinho branco. Depois de cozidos retirar do caldo e coar o mesmo. Escolher os pezinhos e retirar os ossos maiores. Alourar os alhos esmagados no azeite e juntar coentros picados. Adicionar o caldo de cozer os pezinhos. Deixar ferver. Verificar os temperos. Adicionar um pouco de colorau e um pouco de vinagre. Engrossar com farinha de trigo dissolvida em água. Juntar os pezinhos e os ovos batidos. Envolver. Provar e ver de tempero. Servir em prato fundo com pão de trigo frito e salpicar com mais coentros picados. Bom apetite!

INGREDIENTES: Pezinhos de porco; Sal grosso; Coentros; Azeite; Colorau; Alho; Ovos; Cebola; Farinha de trigo; Vinho branco; Folha de louro; Pão de trigo; Óleo.

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GASTRONOMIA

EVERVEGAN CRIA ESPAÇO NOS AÇORES PARA CONSUMO ALTERNATIVO Com a alimentação vegan a crescer um pouco por todo o mundo, os Açores – tal como a Madeira e o continente – também começam a dar resposta aos consumidores que optam por não comer alimentos de origem animal. Natacha Alexandra Pastor

N

esse sentido, a marca Evervegan (refeições vegan fáceis de preparar) entrou recentemente no mercado dos Açores – mais especificamente na cidade de Ponta Delgada – encontrando-se à venda, para já, no Happy Veggies Bar e n’A Loja Vegetariana do Happy Market. À Criativa Magazine, a marca Evervegan explica o conceito, a experiência do projeto noutras paragens e aquilo que se pretende desenvolver localmente. “Tivemos conhecimento que existe localmente uma tendência e alteração nos hábitos alimentares e por consequência um aumento da procura deste gênero de produtos e que a oferta é bastante limitada. Neste sentido, a Evervegan expandiu a sua gama de produtos para os Açores para que os habitantes desta região tenham uma escolha ampla, tornando assim a sua alimentação bastante variada, mais saudável e equilibrada.” NOVOS HÁBITOS, UMA EXPERIÊNCIA QUE CRESCE A Evervegan tem vindo a acompanhar a tendência de consumos no País, e até mesmo a nível mundial. Não sobram dúvidas que cada vez mais pessoas procuram alternativas mais saudáveis.

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Direitos Reservados “Na última década, o número de número de vegetarianos em Portugal quadruplicou, existindo agora cerca de 120 mil pessoas que adoptaram este regime alimentar, estando assim de encontro a uma tendência e consciência mundial. No entanto, a Evervegan não se destina apenas a pessoas veganas e vegetarianas. Os nossos produtos destinam-se e enquadram-se com todos aqueles que procuram um regime alimentar mais saudável, ecológico e sustentável. Neste sentido, pretendemos fazer parte desta mudança que se tem vindo a sentir na nossa sociedade - promovendo uma alimentação mais equilibrada com base em produtos de origem vegetal e contribuir assim para que exista mais e maior respeito pelos animais e sustentabilidade ambiental.” O número de espaços aderentes, nesta primeira fase da chegada da marca aos Açores, concentra-se, para já, em dois espaços comerciais, mas há uma manifesta vontade em crescer. “O objetivo da Evervegan passa por, num curto espaço de tempo, alargar a presença no mercado açoriano, em lojas e espaços da especialidade, garantindo que cada vez mais pessoas tenham acesso aos melhores produtos vegan produzidos na Europa. Neste momento, pode-se encontrar os produtos da Evervegan na cidade de Ponta Delgada, no Happy Veggies Bar e n’ A Loja Vegetariana do Happy Market.”


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ESPAÇO COMERCIAL

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RESPORTAGEM

10º ANIVERSÁRIO DA SILVERGREY A empresa Silvergrey – Produções Audiovisuais, Lda., que este ano celebra 10 anos de atividade, reuniu os seus parceiros de negócio e alguns convidados numa cerimónia comemorativa desta data. Natacha Alexandra Pastor

A

Silvergrey - Produções Audiovisuais, Lda

empresa açoriana liderada por Pedro Borges e Magda Neto assinala este ano o seu 10º ano de atividade. Atuando na área audiovisual a Silvergrey, Lda. foi criada com capitais próprios e tem como produto mais conhecido o programa “Consulta Externa”, que está em emissão, na RTP/Açores, desde 27 de janeiro de 2011. No ano transato a empresa assumiu um investimento em equipamento, permitindo dar resposta a “um dos produtos mais procurados são as transmissões em direto. Aqui resolvemos fazer um investimento com vista a duplicar

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a nossa capacidade de resposta e melhorar a qualidade. Investimos em câmaras 4k com capacidade autónoma de transmissão em direto, a par do sistema HD que já vimos a utilizar desde o início do ano passado”, indica o sócio e gerente Pedro Borges. O nível de investimentos é para prosseguir, e neste primeiro semestre de 2018, a marca vai “investir num equipamento de apoio a eventos de grande dimensão, sejam corporate ou lúdicos.” Segundo Pedro Borges, trata-se de uma oferta “que não existe na Região, pelo menos não com a qualidade que os Açores já merecem.”


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QUEIJOS DOS AÇORES

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REPORTAGEM

NOVO SISTEMA DE MONITORIZAÇÃO

PARA DIABÉTICOS SERÁ INTRODUZIDO NOS AÇORES A Associação Nacional de Farmácias já confirmou a atualização do Sistema Informático das farmácias dos Açores para incorporar a comparticipação do novo dispositivo de controlo de diabetes,o que se revela com uma enorme mais-valia para os doentes. Natacha Alexandra Pastor

O

serviço regional de Saúde vai permitir o acesso e comparticipação do novo dispositivo que permite medir e controlar as hipoglicemias, junto dos doentes diabéticos, confirma a tutela, lembrando que “nos casos em que não há legislação regional especifica relativa ao acesso/comparticipação de medicamentos e produtos de saúde, a legislação publicada no Serviço Nacional de saúde aplica-se à região, desde que garantida a adequação dos Sistemas de Informação.” Com a introdução deste dispositivo, inovador, e com ganhos claros para os doentes, há um maior controlo das hipoglicémias (baixas de açúcar no sangue). O dispositivo revolucionário – o FreeStyle Libre -, pode, ainda, ser utilizado em indivíduos a partir dos 4 anos de idades. O aparelho que se destina à monitorização dos níveis de glicose em indivíduos com diabetes, minimiza a necessidade da realização das várias picadas no dedo ao longo do dia, necessárias para uma correta monitorização dos valores da glicémia. Esta monitorização contínua permite para além de uma melhor informação, a sinalização de possíveis alterações das flutuações do nível glicémico, e, com isso, uma melhoria do controlo glicémico. Para obter uma leitura com este dispositivo, basta passar o leitor pelo sensor durante um segundo, conseguindo-se uma leitura mesmo com roupa (até 4mm de espessura), correspondendo ao valor atual de glicose. Além de medir automaticamente os níveis de glicose, este dispositivo

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Direitos Reservados fornece um histórico da variação da glicose nas últimas 8 horas (leituras de glicose armazenadas a cada 15 minutos), estas leituras ficam guardadas durante 14 dias. O Serviço Regional de Saúde irá concretizar esta medida nos Açores. João Mota é um dos muitos açorianos diagnosticados com Diabetes Tipo I. Descobriu que era diabético há cerca de seis anos e terá sido um dos primeiros a experimentar o novo FreeStyle Libre. Chegou a utilizar este sistema durante aproximadamente 14 dias, mas devido à intensidade da sua atividade profissional, entre outros factores, percebeu que era difícil continuar. “Cheguei a usar pelo período de 14 dias, que é o que cada sensor dura após ser colocado externamente no nosso corpo. Este aparelho dá uma liberdade muito grande em todos os sentidos de quem é diabético e tem que medir a glicémia antes e depois de cada refeição, e quando sente que algo não está bem consigo. As picadas nos dedos terminam, a não ser que se suspeite dos valores que o aparelho apresente. Confesso que durante o período em que usei o FreeStyle apliquei a insulina sempre conforme os valores que me era dado pelo FreeStyle e nunca me dei mal, para além de as picadas nos dedos terminarem ou quase terminarem. No caso do FreeStyle consegue-se ter um melhor controlo da diabetes, porque o sensor monitoriza 24h00 sob 24h00 e memoriza estes mesmos valores apresentando gráficos sobre o estado dos valores da glicémia, o que ajudará tam-


Para ser abrangido pela comparticipação prevista, o utente deve apresentar na sua farmácia, uma prescrição médica corretamente preenchida.

bém aos profissionais de saúde a ter uma melhor precisão no tratamento de cada utente. Para além do que já referi anteriormente, deixa de haver abertura de “portas” de entrada para micróbios, porque cada picada no dedo é uma abertura para entrada de micróbios e neste aspecto fechamos a “porta” no mínimo 8 vezes por dia.” João Mota fez toda a pesquisa deste novo sistema por sua iniciativa, trocou impressões com outros diabéticos, e nem mesmo o preço de custo totalmente imputado ao utente o demoveu de experimentar o novo sistema. “Obtive informações sobre o FreeStyle por minha iniciativa própria, troquei impressões com outros diabéti-

cos sobre o assunto muito antes de adquirir o aparelho, pesquisei em grupos de facebook, e grupos fora do facebook, assim como no próprio site da companhia que o criou e comercializa. Quanto ao custo elevado estamos a falar por sensor a rondar os 50€ para 14 dias e talvez mais depende onde este é adquirido, ao qual acresce portes de envio. O valor compensa pelo seu benefício, mas não é qualquer pessoa que consegue aguentar este valor de 14 em 14 dias, fazendo contas será um total de 150€ (mais ou menos) por mês só para sensores.” Já o valor inicial para a aquisição do aparelho de leitura, mais os sensores ronda os 169,90 euros.

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DESPORTO MOTORIZADO TIAGO AZEVEDO, DE NAVEGADOR A PILOTO

“O BANCO DO LADO ESQUERDO TEM ALGO MUITO ESPECIAL” O piloto e o navegador formam uma equipa que está a bordo de um carro para disputar um rali. Enquanto, o primeiro está agarrado ao volante e tenta levar a máquina o mais rápido possível ao final de um troço cronometrado, o segundo tem como missão ler as notas anteriormente recolhidas por ambos. Por vezes, os navegadores experimentam as funções de piloto e conseguem obter resultados extremamente interessantes, como é o caso de Tiago Azevedo. Renato Carvalho

N

atural da ilha Terceira e com mais de 20 anos de carreira, Tiago Azevedo fez equipa com Gustavo Louro durante muitos anos e conquistaram vários

títulos. Criativa – Como e quando é que começou no desporto automóvel? Tiago Azevedo – Em 1996, o meu amigo e piloto Luís Armando estava sem navegador para disputar o campeonato. Sabia de minha grande paixão pelos ralis. Ainda não tinha acabado de fazer o convite e eu já estava a responder que sim. Criativa – Esteve sentado ao lado de Gustavo Louro e do malogrado Horácio Franco, o que aprendeu a nível de pilotagem com estes dois campeões? Tiago Azevedo – Aprendi muito. Dois pilotos com estilos de condução completamente diferentes, mas ambos extremamente eficazes. Tenho de referir que, com apenas um ano de ralis, fui convidado pelo Gustavo Louro para o navegar e com a pouca experiência que tinha, ele teve um papel fundamental na minha aprendizagem. Sempre fui bastante competitivo dentro do carro com os dois pilotos. Com um trabalho muito perfeccionista relativamente às notas, a relação de confiança piloto/navegador era perfeita. Tive constantemente uma grande preocupação em aprender

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ao máximo, tudo o que dizia respeito às afinações dos carros, como tal, foi uma excelente escola para mim. Criativa – Quando é que decide passar para o banco do lado esquerdo? E qual foi a primeira impressão? Tiago Azevedo – Em miúdo, sempre que pensava nas corridas, sonhava em conduzir. Claro que a primeira vez só aconteceu porque apareceram os dinheiros. A primeira prova oficial em que participei ao volante foi o Rali Açores 2002, no Mitsubishi com que o Horácio Franco e eu treinávamos o “Nacional” desse ano. Apesar de não ter terminado foi absolutamente fantástico. Fiz tempos muito bons, cheguei a tirar pontos, na primeira etapa, a alguns dos pilotos que lutavam connosco (fui navegador de Horácio Franco nas provas do Campeonato Nacional de Ralis em 2002 e 2003) no “Nacional” de Grupo N. Quase no fim do rali, penso que era terceiro ou quarto dos açorianos, dei um toque na Tronqueira que danificou o radiador de óleo e tive de abandonar.

Criativa – Tem obtido bons resultados nas provas em que participou como piloto, a que se deve? Tiago Azevedo – Penso que se deve a vários factores, como seja, o que aprendi com todos os pilotos que naveguei, a preparação de cada prova até quase á exaustão, a realização de muitos testes, uma boa escolha das equipas com quem tenho trabalhado, nomeadamente a ARC, e principalmente, com o Pedro Patrocínio, que teve um papel fundamental na minha evolução. Em 2013, altura em que comecei a trabalhar com o Mário Castro, um amigo e excelente navegador, o meu progresso foi ainda mais notório. Criativa – O que gosta mais, ser piloto ou navegador? Tiago Azevedo – Adorei ter sido navegador, mas confesso que o banco do lado esquerdo tem algo muito especial. Criativa – Voltava a ser “pendura”? Tiago Azevedo – Acho que sim, já naveguei mais de dez pilotos e aprendi algo com quase todos. Um dia gostaria de navegar o meu filho, nem que seja de forma oficiosa.

DOIS PILOTOS, DOIS NAVEGADORES E…UM CARRO!

Na temporada de 2017, Tiago Azevedo participou em três provas do Campeonato de Ralis dos Açores acompanhado pelo navegador Mário Castro que também se senta no banco do lado direito do Skoda Fabia R5 de Pedro Meireles nas provas do Campeonato Nacional de Ralis. A curiosidade é que Mário Castro também troca de banco e agarra o volante do seu Ford Fiesta para estar presente nos ralis do Campeonato Regional de Ralis Norte. A opção de Tiago Azevedo pelo navegador natural de Fafe aconteceu naturalmente já que “conheci o Mário em 1998 quando participei pela primeira vez no Rali de Portugal e desde logo se criou uma grande amizade. Em 2013, para o Rali Ilha Lilás, convidei o Mário pela primeira vez e foi dos melhores ralis que fiz ao volante. Chegamos a ganhar vários troços á geral com o Renault Clio R3 Max, e no fim da primeira secção éramos segundos classificados a apenas 1,5 segundos do Ricardo Moura. Daí para frente não voltei a fazer rali com outro navegador”, argumentou.

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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Já aqui falamos de partilhas de bens entre irmãos. Retomemos o assunto partindo de um caso particular. A casa de família está a ser habitada por 1 dos vários filhos herdeiros, sem pagamento de renda ou de outras contrapartidas. Um destes reclama para si o imóvel, o que não reúne a concordância dos demais. Como poderá vir a ser desenrolado o processo? O irmão que habita poderá ser despejado da mesma, em quanto tempo? Trata-se duma herança. Portanto, ou há acordo unânime entre os herdeiros quanto ao destino dos bens, neste caso a moradia, ou tem de ser requerida por qualquer herdeiro a partilha litigiosa, perante um notário devidamente qualificado para esse efeito. O cabeça de casal, escolhido conforme o Código Civil determina, é obrigado a jurar, a entregar a lista e identificar todos os herdeiros e fazer a relação dos bens da herança a partilhar. Depois de todos os herdeiros serem citados e concordarem com a relação de bens apresentada, o notário convoca uma conferência de interessados para decidir quem fica com os bens, através de propostas em carta fechada. O que tiver a proposta mais alta fica com os bens e dá aos outros herdeiros as tornas do que ultrapassar o valor da sua parte. Registada a casa em nome do vencedor, é relativamente rápido expulsar o herdeiro que está na casa (se não for o ganhador, claro!).

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas. Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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FOTOGRAFIA OLHAR CRIATIVO

DESAFIO MENSAL DE JANEIRO

COM O TEMA: “ÁGUA – H2O”

1º LUGAR - José Vaz - “O meu Deus”

“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º LUGAR - Paulo Jorge - “Por ti”

3º LUGAR - Inês Ribeiro - “Perfeição refletida”

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SAÚDE ÓTICA

SABIA QUE OS OLHOS TÊM UMA FUNÇÃO DECISIVA EM TUDO O QUE FAZ? Algumas das suas principais funções são chorar, pestanejar, movimentar-se, ver, ajudar no equilíbrio e situar-se espacialmente. Seja em que altura do ano for, deve manter certos cuidados com este órgão de vital complexidade e importância e, tal como no verão, também no inverno deve garantir a proteção com a sua visão para garantir uma boa saúde ocular. Siga estes conselhos: - Os aquecedores, ar condicionado, aquecedores ou lareiras tendem a secar mais o ambiente originando olho seco. Assim, evite ambientes muito secos; - Não se esqueça de usar protetor também na zona em redor dos olhos com um fator de proteção elevado,

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pois esta zona é bastante sensível e a pele é mais fina; - use óculos de sol, pois no inverno também precisa de proteger os seus olhos dos raios UVA e UVB; - Na neve use óculos de sol para evitar o risco de “cegueira da neve” e se praticar desportos use uma viseira para bloquear a entrada direta de ar; - Se habitualmente usa lentes de contacto, nas zonas em que a altitude é mais elevada evite o uso das mesmas, uma vez que olhos tendem a secar mais; - Por último não se esqueça da regra dos 20-20-20. Faça a cada 20 minutos, uma pausa de 20 segundos e fixe um objeto a uma distância de 20 pés (cerca de seis metros).

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

INSÓNIAS: O INIMIGO DA NOITE...

Aproximadamente 34% das nossas vidas são passadas a dormir, sendo o sono essencial para a reparação psicológica e orgânica dos nossos organismos. No entanto, as perturbações do sono são frequentes e podem provocar severos danos ao nosso equilíbrio físico e mental. Deste universo de patologias, a insónia assume, pela sua frequência, um papel relevante. A insónia define-se clinicamente como uma experiência subjetiva de sono insuficiente e/ou de má qualidade com repercussões negativas no funcionamento global do indivíduo e desempenho das suas funções diárias. O stress situacional (consequente a contextos laborais, familiares, financeiros, luto…) é uma das causas mais frequentes de insónia aguda. Assim, é frequente os utentes apresentarem como queixa a dificuldade em adormecer, períodos curtos de sono, múltiplos despertares durante a noite, despertar demasiado cedo, sensação de cansaço matinal, sonolência diária e/ou falta de concentração. Estudos de âmbito epidemiológico têm revelado que até 50% dos indivíduos com perturbações do humor e ansiedade apresentam insónia, bem como cerca de 10% dos utentes com doenças orgânicas ou com história de consumos abusivos de substâncias. De acordo com o conhecimento científico atual, a insónia associa-se ao aumento da frequência de doenças cardiovasculares, patologia psiquiátrica (nomeadamente perturbação depressiva e ansiedade) e acidentes graves (sobretudo na condução automóvel). Em Portugal estima-se que cerca de 30% da população adulta sofra de insónia em, pelo menos, três noites da sema-

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na. Na prática clínica da Medicina Geral e Familiar, mais de dois terços dos utentes referem a insónia como senso um dos seus problemas de saúde e/ou motivo de recurso a consulta. A comprovar este problema está a crescente utilização de medicamentos para dormir, facto que é já considerado um problema de saúde pública e motivo de preocupação para a classe médica. Com efeito, para se estabelecer o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado é fundamental que o utente recorra a uma consulta médica e forneça uma história clínica detalhada e proceda ao registo de um diário de sono. Podem igualmente ser solicitados pelo seu médico assistente exames complementares de diagnóstico, bem como, pode ser necessário realizar um exame objetivo direcionado. Nunca inicie um tratamento por sua iniciativa! Consulte o seu médico. Os medicamentos utilizados no tratamento das insónias podem ter efeitos secundários quando utilizados indevidamente. Na prevenção da insónia procure diminuir diariamente o consumo de café e tabaco. Evite refeições pesadas ao jantar. Crie um ritmo de sono (deitar e acordar sempre à mesma hora pode regular o organismo). Evite as bebidas alcoólicas pois as mesmas podem facilitar o início do sono mas torna-o menos reparador. Nunca misture medicamentos para dormir com bebidas alcoólicas! Tome um banho quente antes de ir para a cama. Opte por ler antes de dormir e preocupe-se em criar no seu quatro um ambiente confortável, calmo e silencioso. Durma bem!


EVENTOS

GALA DE BENEFICÊNCIA COM CUCA ROSETA Miguel Machado

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A fadista Cuca Roseta foi a convidada de honra de mais uma Gala de Beneficência da Câmara de Ponta Delgada. Cerca de 800 pessoas assistiram ao concerto de cariz solidário. A receita de bilheteira e donativos totalizou 8 mil euros, um valor que servirá para apoiar o Grupo de Amigos da Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.

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EVENTOS

CONCERTO DE ANO NOVO - GALA DE ÓPERA Paulo Renato Sousa O alinhamento feito para este concerto contemplou a interpretação de obras clássicas de renome mundial, pelas vozes da internacional soprano portuguesa Elisabete Matos e do tenor Francisco Reis, acompanhados pelo Coro Sinfónico do Coral de São José e pela Sinfonietta de Ponta Delgada. Seguiu-se um evento de confraternização, numa organização do Coral de São José.

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Tratamento Reparador A REPARAÇÃO CAPILAR COMEÇA NO SALÃO! A reparação dos cabelos é indispensável no pós-química, uma vez que a estrutura do fio é modificada, tornando-se sensível a danos. Então, para que possa entender melhor os detalhes sobre o tratamento e ter um fio reparado, comece por fazer um bom diagnóstico. A reparação capilar consiste em tratamentos específicos que devolvem as propriedades naturais dos fios, reestruturando a fibra e reparando as fissuras causadas por eventuais processos químicos. Por isso, os principais sinais de necessidade de reparação são cabelos sensibilizados por superprocessamento - excesso de colorações e alisamentos, por exemplo -, quebradiços, opacos e com pontas deterioradas. Procure o espaço 5 AV.Hair Studio Carla Vieira e usufrua de uma gama vasta de serviços e tratamentos capilares.

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EVENTOS

AMIGOS REUNIDOS NA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA Paulo Renato Sousa O restaurante da Associação Agrícola continua a ser o restaurante de eleição para muitos amigos que aqui vêm celebrar o tradicional dia de Amigos, uma data que tem um significado muito especial nos Açores.

FESTA DE AMIGOS NO DOCAS Paulo Renato Sousa A Cervejaria Docas, nas Portas do Mar, preparou uma noite especial para todos os que se reuniram em confraternização na noite de celebração do dia de Amigos.

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EVENTOS TABERNA 13-13 FESTEJOU DIA DE AMIGOS Paulo Renato Sousa Foi a primeira noite de Amigos a ser celebrada no novo restaurante da Lagoa, o Taberna 13-13. Muitos companheiros optaram por passar uma noite divertida no restaurante do Chef Ă lvaro Lopes.

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EVENTOS

MEGA NOITE DE AMIGAS NA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA Paulo Renato Sousa Foi uma noite de casa cheia. O restaurante da Associação Agrícola teve lotação esgotada na noite dedicada às amigas. Foi preparado um jantar soberbo para cerca de 1.500 mulheres.

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EVENTOS

AMIGAS REUNIDAS NA CERVEJARIA DOCAS Paulo Renato Sousa Foi com um buffet especial que a Cervejaria Docas preparou a noite de Amigas em Ponta Delgada. Não faltou diversão e alegria ao longo da noite.

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EVENTOS

10º ANIVERSÁRIO DA SILVERGREY, LDA. Carlos Costa A empresa Silvergrey - Produções Audiovisuais, Lda. assinalou 10 anos de atividade com uma cerimónia que decorreu no São Miguel Park Hotel, em Ponta Delgada. O evento contou com a presença de muitos parceiros de negócio desta marca açoriana vocacionada para trabalhos de excelência na área do vídeo, som, fotografia e design.

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EVENTOS MATINÉS ENTRE FILARMÓNICAS CMRG A cidade da Ribeira Grande voltou a acolher as matinés entre filarmónicas. Ao longo dos quatro fins-de-semana de janeiro passaram pelo Teatro da cidade as filarmónicas Progresso do Norte e Lira do Norte (Rabo de Peixe), Voz do Progresso (Conceição), Triunfo (Matriz), Aliança dos Prazeres (Pico da Pedra), Nossa Senhora das Victorias (Santa Barbara), Santíssimo Salvador do Mundo (Ribeirinha) e Sociedade Filarmónica de Crestuma (Vila Nova de Gaia).

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ACONTECEU

BOLIEIRO EXIGE MANUTENÇÃO DOS CTT DA CALHETA O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada exige a “reversão imediata” da intenção anunciada pelos CTT – Correios de Portugal de encerrar a estação da Calheta. Numa comunicação dirigida à administração da empresa e ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, José Manuel Bolieiro afirma não compreender e, como tal, não aceitar a anunciada intenção de a empresa encerrar a única estação de correios da freguesia mais populosa do maior concelho dos Açores.

NOVO NAVIO PARA SUBSTITUIR MESTRE SIMÃO A Região vai avançar, de imediato, para a construção de um novo navio destinado a substituir o ‘Mestre Simão’, que terá características semelhantes. A decisão surge na sequência do incidente com o navio no passado dia 6 de janeiro, e tem em conta a avaliação das seguradoras que concluíram que não é viável recuperar o ‘Mestre Simão’, tendo-o dado como perdido”.

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PROFESSOR JOSÉ VERDASCA EM CONFERÊNCIA EM VILA FRANCA DO CAMPO O auditório do Centro Cultural de Vila Franca do Campo acolheu uma conferência sobre o papel do diretor de turma na promoção do Sucesso Educativo pelo professor José Verdasca, responsável pelo Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar e a conferência destinou-se aos diretores de turma, representantes das diversas estruturas intermédias e demais docentes, tendo sido realizada no âmbito dos Projetos de Intervenção Comunitária nos concelhos de Lagoa e Vila Franca do Campo. AÇORES ADQUIREM OBRA RARA DE ESCRITOR AÇORIANO A Região Autónoma dos Açores adquiriu recentemente um dos exemplares da primeira edição da obra Dos privilégios & praerogativas q[ue] ho género feminino te[m] por dereito comu[m] & ordenações do Reyno mais que ho genero masculino, escrita pelo açoriano Rui Gonçalves, natural da ilha de São Miguel, o primeiro açoriano a publicar um livro, mas também o primeiro autor português a defender a igualdade de género. A primeira edição desta obra foi editada em 1557, em Lisboa, e são conhecidos apenas 11 exemplares. PESCADORES PODEM VENDER PEIXE CAPTURADO A PARTIR DA COSTA O Governo dos Açores regulamentou a pesca apeada comercial, na modalidade de pesca à linha, na Região. Com esta ação, “está a permitir que os pescadores que estão adstritos a uma determinada embarcação possam fazer esta pesca apeada de costa e vender o seu peixe em lota”. A atividade poderá ser praticada entre os meses de outubro e março.

ABERTO PERÍODO DE CANDIDATURAS ÀS IPSS DE PONTA DELGADA As candidaturas aos apoios da Câmara de Ponta Delgada às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) do concelho estão abertas até 31 de março deste ano. As instituições podem candidatar-se a este apoio tendo por base o regulamento de 2014, que se encontra publicado no portal do Município (http:// www.cm-pontadelgada.pt/ pages/394?folders_list_35_ folder_id=144).

NOVO PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO ENTRE AÇORES E MADEIRA Os Governos dos Açores e da Madeira estabeleceram seis novos protocolos de colaboração nas áreas das telecomunicações, da ciência e investigação, da energia, da agricultura, da cultura e do voluntariado jovem. O reforço de cooperação entre as regiões autónomas aconteceu durante uma visita oficial de Vasco Cordeiro à ilha da Madeira.


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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

A vida afetiva, influenciada pelo regente Marte, acentua os desejos sexuais e, ainda, concede a coragem para renovar a relação amorosa. A nível profissional surgirão excelentes oportunidades e, com a persistência aliada à convicção, vai atingir muitos sucessos.

BALANÇA 23/09 A 22/10 A vida afetiva é crucial para a sua harmoniza, mas é necessário aprender que manter o equilíbrio pessoal é um processo apenas intrínseco. A nível profissional desenvolva a capacidade de adaptação a novas circunstâncias e, também, apresente as suas qualidades naturais.

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

A vida afetiva reflete o mútuo crescimento do par, mas, procure evitar rotinas desgastantes, desenvolvendo novidades na relação amorosa. A nível profissional, com calma, a conjuntura caracteriza o início de um período muito estável e marcado pela reestruturação financeira.

A vida afetiva remodelada, aliada à regeneração da sua personalidade, aponta um novo ciclo de intensas paixões e muito magnetismo. A nível profissional encontrará progressos e muita estabilidade, contudo, o conhecimento será sempre um fator importante para o sucesso.

A vida afetiva permite a introspeção necessária para entender os seus sentimentos e encontrar a verdadeira motivação da sua relação. A nível profissional a evolução é positiva e poderá esperar progressos financeiros, promoções e novas responsabilidades na carreira.

A vida afetiva alterna entre a tranquilidade e a necessidade de surpresas que colocam à prova o seu crescimento, emanado na consciência. A nível profissional começa um período em que sentirá uma grande capacidade de tomar iniciativas, com ótimos resultados financeiros.

A vida afetiva exalta o amor-próprio e a capacidade de agir de acordo com os seus sentimentos, emanados na nobreza do seu carácter. A nível profissional use a sua intuição, assuma os riscos da mudança e organize os seus planos, sempre ouvindo as pessoas circundantes.

VIRGEM 23/08 A 22/09

A vida afetiva está mais harmonizada e marca uma época de mudanças na família, alicerçadas em transformações positivas nas relações. A nível profissional, com a autoconfiança elevada, pode esperar ajudas preciosas que são essenciais para a concretização dos seus intentos.

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A vida afetiva em fase de estruturação e a sensibilidade mais estimulada indicam a necessidade de ter atitudes mais coerentes, com os valores. A nível profissional aproveite a ajuda de figuras circundantes para poder alcançar a realização pretendida e reorganizar as finanças.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva evolui positivamente e corajosamente vai renovar o relacionamento amoroso, de forma a encontrar conforto emocional. A nível profissional poderá aproveitar a sua riqueza interior para desenvolver atividades, de acordo com a sua sensibilidade.

A vida afetiva, intensa e marcada por exigências familiares, espera uma renovação (interior) balizada numa compreensão Espiritual. A nível profissional termine situações pendentes e dirija a atenção para mudanças que vão trazer resultados muito proveitosos, no futuro.

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva permite transformar situações ou resolver assuntos pendentes do passado, de forma a abrir um ciclo mais gratificante. A nível profissional podem surgir mudanças positivas que trazem proveitos financeiros e, sobretudo, contribuem para a sua satisfação pessoal.


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