CRIATIVA MAGAZINE - FEVEREIRO de 2016

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Grande Entrevista com Reitor João Luís Gaspar

vírus Zika sem alarme na região

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c ria tiva magazine

Ano II Nº 16 fevereiro 2016

distribuição gratuita

Emoção com nossa senhora de fátima



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grande entrevista

reportagem

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Grande Reportagem

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Renato Carvalho, José de Almeida Mello, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA, João Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

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vírus Zika na REgião

empresas

FATURAÇÃO DA ERA PONTA DELGADA É A QUE MAIS CRESCE A NÍVEL nacional

literatura

Remar Contra a Maré

Olhar criativo com: Gaby Pontes

consultório jurídico com: Carlos Melo Bento


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grande reportagem

Visita da Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima vivida com muita comoção

Fé, emoção, orações, silêncio. Muitos milhares de crentes acompanharam nas últimas semanas a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Têm sido dias de festa para as pessoas e para a Diocese de Angra que vive o fim do prelado de D. António de Sousa Braga. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Feita segundo indicações da Irmã Lúcia, a primeira Imagem da Virgem Peregrina de Fátima foi oferecida pelo Bispo de Leiria e coroada solenemente pelo Arcebispo de Évora, a 13 de maio de 1947. A partir dessa data, a imagem percorreu, por diversas vezes, o mundo inteiro. É a terceira visita da imagem peregrina aos Açores, e em cada momento da sua passagem pelas ilhas, o povo manifesta-se, sai à rua para a acompanhar, agrupa-se nas estradas enfeitadas com primor. Alinha-se nas igrejas onde têm lugar as eucaristias, entoa cânticos em sua homenagem. Por onde passa fica um trilho de muita emoção, manifestado no olhar atento de quem procura na imagem uma resposta, uma força, um pedido de Graças. Foi na ilha de Santa Maria, onde se guarda uma Imagem Peregrina de Nos-

sa Senhora de Fátima, que se iniciou o périplo da visita de 2016. A ermida açoriana, erguida no lugar das Feteiras de Cima, na paróquia de São Pedro, em Vila do Porto, foi aberta ao culto a 17 de maio de 1928, e a sua construção resultou de um esforço conjunto do pároco de então, Monsenhor Virgínio Lopes Tavares e de vários fiéis que contribuíram com donativos em dinheiro para que o templo fosse construído. A escolha da primeira ilha a receber a visita da imagem partiu de um conjunto de fatores, explicou D. António de Sousa Braga. “Naturalmente que a escolha desta porta de entrada no arquipélago é simbólica e traduz um pedido que eu fiz não só por ser a minha ilha de nascimento mas pelo facto de ser uma ilha que está inteiramente dedicada a Nossa Senhora”, enquadrou a Diocese açoriana, na voz do Bispo D. António de

Sousa Braga, que se despede da Diocese de Angra, dando lugar a D. João Lavrador, ele que foi capelão do Carmelo de Coimbra onde residia a irmã Lúcia, vidente das aparições na Cova da Iria.” “Não escolhi esta data por coincidir com o fim do meu episcopado, mas vejo-a agora como um final muito feliz”, comentou D. António de Sousa Braga assinalando que é “interessante” a coincidência com o início do episcopado do novo bispo de Angra “cuja ligação à mensagem de Fátima é grande”. A acompanhar uma parte da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima aos Açores esteve o padre Norberto Brum, que testemunhou à nossa redação toda o sentido desta visita, que mais do que a visita da “imagem” é “a visita de uma mensagem, de um ideal… de uma proposta: Deus continua a amar o Seu povo!”.

Com a entrada de um novo ano são previsíveis aumentos em alguns bens e serviços. A ACRA dita algumas regras que as famílias açorianas podem e devem adotar mensalmente, de forma a garantir uma boa execução do seu orçamento familiar.

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“Inserido nas celebrações do Centenário das Aparições, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima está a percorrer todas as Dioceses de Portugal. A nossa Diocese está a viver, por estes dias, esta visita. Depois da Ilha de Santa Maria, e agora, já a terminar, em São Miguel, ninguém fica indiferente à presença da Imagem da Senhora “Branca como o Sol”. A presença de Maria dá cor e sentido à vida! A presença da Mãe alegra a vida! É ponto de convergência. Contemplar a Virgem Maria é, sobretudo, deixar-se contagiar com as maravilhas de Deus, deixar-se absorver pelos encantos do nosso Deus… Ela é Porta da Misericórdia, Ela possibilita-nos e favorece o encontro com Jesus. Contemplar a Virgem Maria é deixar-nos olhar por Deus, um olhar materno e carinhoso, um olhar que toca o coração e a vida fazendo-me sentir amado e desejado por Deus! Mais que a visita de uma “Imagem”, esta é a visita de uma mensagem, de um ideal… de uma proposta: Deus continua a amar o Seu povo! Deus está no meio de nós! Deus não desiste do homem! Maria, depois da anunciação do Anjo, foi visitar sua prima Isabel; Ela já transportava consigo Cristo, no seu ventre. Agora, a cena repete-se: Maria vem de visita a este povo, à nossa terra e traz-nos Jesus, por isso, este encontro, esta visita, só pode ser um acontecimento feliz, um encontro de misericórdia, uma troca de olhares, de palavras, de gestos… um encontro de Deus com o seu povo e do povo com o seu Deus! Tal como aos Pastorinhos, a Senhora deixa-nos uma palavra… um desafio: conversão! Oração!”.

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O pároco que esteve em Ponta Delgada a acompanhar a chegada da imagem peregrina, recebida por uma expressiva massa humana, sensibilizou, também, para a oportunidade da proximidade em Deus. “Não basta a Senhora visitar-nos: é preciso deixar-nos visitar! Deixarmo-nos visitar pela graça, pela misericórdia, pela alegria de Deus! Deixar que Jesus nos fale, nos toque… deixar que Ele nos salve! Deixar que Ele nos olhe com amor e, sobretudo, deixar que Ele nos transforme! A missão, ou tarefa, de Maria, não é outra que não seja levar-nos a Jesus! A verdadeira devoção mariana não se encerra em Nossa Senhora mas projecta-nos para Jesus, seu filho. Nestes dias sentimos a proximidade de Deus por Maria! Sentimos que Jesus é aquela força capaz de transformar a nossa vida, aquela luz capaz de iluminar-nos, aquela verdade capaz de radicalizar toda a nossa existência. Termina esta visita da Imagem Peregrina à nossa Ilha: Vai-se a imagem! Mas fica a verdade! Vai-se o símbolo, fica o simbolizado!”. O fim da visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima aos Açores acontece na Sé de Angra, na Ilha Terceira, no último domingo de fevereiro pela Porta da Misericórdia, porta esta que foi aberta pela primeira vez nos últimos 15 anos, a 13 de dezembro de 2015, no contexto do Jubileu da Misericórdia. Em 2017, no mês de maio, assinala-se o primeiro centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima (1917-2017), esperando-se no próximo ano momentos de grande devoção, em particular em Fátima, face ao acontecimento.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima esteve no Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada, cumprindo uma das obras de Misericórdia. “A presença de Maria dá cor e sentido à vida! A presença da Mãe alegra a vida!”. O reitor do Santuário de Fátima lembrou da “ligação significativa” que existe entre a ilha de Santa Maria e a mensagem de Fátima centrada em Nossa Senhora.


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grande Entrevista

Universidade dos Açores

Insularidade e tripolaridade representam 1,5 milhões de euros Em janeiro a academia açoriana assinalou o seu 40º aniversário. Depois de ter solicitado ao Governo da República um plano de reestruturação financeira, hoje o cenário é de estabilidade, mas isso não significa dizer que “possa haver menos rigor”, refere em entrevista o Reitor João Luís Gaspar. Natacha Alexandra Pastor

Universidade dos Açores

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va. Ao longo destes dois anos a reitoria tem implementado as diferentes medidas nele previstas, e posso dizer-lhe que, com a colaboração e o esforço de toda a comunidade académica, a Universidade está no bom caminho. Pelo segundo ano consecutivo terminámos o exercício com as contas equilibradas, melhorámos a nossa imagem e temos um projeto para o futuro. Em janeiro assinalou-se o 40º aniversário desta universidade. Há muitas conquistas na vida da Universidade dos açorianos, houve também momentos mais difíceis. Quer enumerar dois momentos mais positivos e dois momentos não tão bons? O processo de construção e afirmação de uma universidade é difícil e nunca está acabado. No caso da Universidade dos Açores foram quatro décadas muito ricas, naturalmente com altos e baixos, mas sempre com saldo positivo. Não valorizaria qualquer momento mas sim a atitude de todos aqueles que contribuíram para que este projeto fosse

possível e tivesse chegado ao presente com a força que tem. Neste contexto, foi uma honra para a Universidade dos Açores ter podido homenagear na cerimónia de abertura das comemorações do seu 40.º aniversário os membros do Grupo de Trabalho para o Planeamento e Arranque do Ensino Superior nos Açores e os membros da primeira Comissão Instaladora do Instituto Universitário dos Açores. Como momento de maior tristeza destacaria o incêndio do edifício da reitoria em 1989. Neste momento, fazendo contas, a situação financeira da UAc está estável? Como referi, a Universidade dos Açores tem as suas contas equilibradas, tendo-se cumprido as metas estabelecidas no Plano de Recuperação Financeira. A situação é hoje estável, mas isso não significa que possa haver menos rigor e determinação na gestão dos recursos existentes.

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Criativa – Assumiu a Reitoria da Universidade dos Açores numa fase particularmente difícil, com um plano de recuperação que obrigou ao apertar de cinto e à reestruturação. Quando assumiu o desafio estava plenamente consciente do período difícil que teria de ultrapassar? Sente agora que os esforços resultaram e que não havia alternativa? João Luís Gaspar (Reitor) - Quando decidi candidatar-me a reitor da Universidade dos Açores conhecia a situação da instituição e os termos do plano de reestruturação financeira a que esta estava sujeita. Tinha pertencido ao Conselho Geral da Universidade e fui um dos conselheiros que votaram favoravelmente a apresentação de tal documento à então Secretaria de Estado do Ensino Superior. Assim sendo, o Plano de Ação para o período de 2014-2018 que defendi na minha candidatura foi elaborado com o objetivo de se ultrapassar a difícil situação em que a instituição se encontra-


“A situação é hoje

estável, mas isso não significa que possa haver menos rigor e determinação na gestão dos recursos existentes.

“Desde que assumi

as funções de reitor, o Governo da República sempre cumpriu o acordado com a Universidade dos Açores no que se refere ao Plano de Reestruturação Financeira.

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Ensino Superior, trata-se de um grupo de trabalho para acompanhar a situação das instituições de ensino superior em geral, incluindo universidades e institutos politécnicos. Existem diversos problemas ao nível da rede de ensino superior do país que importa avaliar e, nesse sentido, a constituição de um grupo de trabalho que possa olhar para o sistema de uma forma transversal pode ser útil. A Universidade dos Açores não tem necessidade de pedir qualquer ajuda particular a tal grupo, mas está pronta para colaborar em todas as iniciativas que contribuam para melhorar as condições do ensino e da investigação científica. A esse propósito, o nível de entendimento dos sucessivos Governos da República para com as especificidades da universidade nos Açores tem sido o desejado? Ou tem ficado muito aquém do que devia ser o espírito de apoio? Desde que assumi as funções de reitor, o Governo da República sempre cumpriu o acordado com a Universidade dos Açores no que se refere ao Plano de Reestruturação Financeira. Não obstante, e apesar de o anterior Secretário

de Estado do Ensino Superior ter reconhecido a existência de sobrecustos de insularidade, tal questão continua em aberto, não tendo ainda sido tratada pelo Governo nos termos do estudo que lhe foi apresentado pelas universidades dos Açores e da Madeira. E o Governo Regional reconhece a importância da academia e tem cumprido a sua parte? A Universidade dos Açores é um dos pilares da autonomia, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento cultural, social, económico e ambiental da Região. Tal facto é reconhecido pela sociedade açoriana, em geral, e pelo Governo Regional, em particular. Neste contexto, o Governo Regional e a Universidade dos Açores têm mantido uma profícua colaboração no que respeita à dinamização e concretização de projetos e serviços de investigação e desenvolvimento de interesse comum. Já no que respeita ao apoio do Governo regional ao funcionamento da academia considero que importa ir mais longe.

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Nos últimos dias, o Governo da República declarou não estar disponível para reforços financeiros às universidades portuguesas, não podendo ir além do orçamento traçado para 2016. Certamente contava com essa possibilidade, mas essa constatação que foi transmitida à região deixa-o apreensivo? A Universidade dos Açores submeteu o seu orçamento para 2016 tendo por base os montantes indicados pelo Governo da República, mas chamou a atenção para o facto de o mesmo não contemplar todas as necessidades, designadamente, o pagamento de aproximadamente 500 mil euros, relativo ao serviço de uma dívida contraída em 2012. Este reforço extraordinário anual está previsto no Plano de Recuperação Financeira e o anterior governo sempre cumpriu. Não há razões para que tal deixe de acontecer. Mais ou menos na linha desta posição, também foi transmitido que foi criado um grupo de apoio para as universidades que se encontrem em maiores dificuldades. É um grupo ao qual a Universidade dos Açores pode vir a pedir ajuda? De acordo com o que já foi referido pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e


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Governos têm de encontrar modelo de financiamento ideal

O que é que a Universidade dos Açores propõe nesse sentido? O Governo Regional tem um protocolo no valor de 350 mil euros com a Universidade dos Açores para apoiar a estrutura tripolar da universidade e o ano passado tal montante sofreu mesmo um corte de 50 mil euros. Tal como tenho afirmado, o apoio à tripolaridade concedido pelo Governo Regional não cobre os respetivos sobrecustos, avaliados recentemente em cerca de 800 mil euros. Sendo a estrutura tripolar da Universidade dos Açores uma opção que tem por objetivo promover a coesão social e responder a necessidades próprias de uma região onde a descontinuidade territorial coloca limitações adicionais, penso que o Governo Regional e o Governo da República têm de encontrar um modelo de financiamento que permita à Universidade cumprir a sua missão, sem que fique prejudicada relativamente às suas congéneres do continente. Note que, somando os sobrecustos de insularidade e da tripolaridade, estamos a falar em cerca de 1,5 milhões de euros de despesas de funcionamento que outras instituições de ensino superior do país não têm. Em que área(s) pode e deve a aca-

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demia suportar-se já - e a pensar no futuro -, garantindo mais-valias que outras universidades portuguesas não oferecem? Na área do Mar? A Universidade dos Açores deve diferenciar-se, apostando no ensino e na investigação das questões do Mar, do Atlântico e das Ilhas, nas suas diferentes dimensões. Fruto do seu enquadramento e das prioridades regionais, nacionais e internacionais, a Universidade já hoje aposta com reconhecido sucesso em áreas relacionadas com as atividades marítimas, incluindo a pesca, a aquacultura e a biotecnologia azul, e com os riscos naturais, como a vulcanologia e a sismologia, a climatologia, a meteorologia e a proteção civil. Igual destaque têm ou virão a ter outras áreas, designadamente, a biodiversidade, a biotecnologia e a biomedicina, a agricultura, englobando a agroindústria e a agropecuária, os recursos geológicos e energéticos, a economia e o turismo, a gestão e o marketing, a sociologia e a geografia, a educação e a psicologia, a linguística e a comunicação, a história e a filosofia, a arqueologia, a ciência política e as tecnologias de informação e comunicação. Está disponível para continuar a lutar

enquanto Reitor pela estabilidade da Universidade e pelo alcance de novos rumos? A Universidade dos Açores está determinada em concluir o processo de reestruturação que iniciou há dois anos e que conduziu à reorganização dos serviços, dos centros de investigação e das suas unidades orgânicas. No âmbito do ensino politécnico, promovemos a fusão das duas escolas de enfermagem numa Escola Superior de Saúde e criámos a Escola Superior de Tecnologias. No que respeita ao ensino universitário, aguarda-se, nesta fase, que o Ministério aprove a nova estrutura orgânica, que assentará na constituição de quatro faculdades: a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Ciências Agrárias e do Ambiente, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e a Faculdade de Economia e Gestão. Um projeto desta dimensão não depende de uma só pessoa. Promover esta fase de transformação da instituição tem sido um processo gratificante, mas a sua concretização só tem sido possível graças à participação de toda comunidade académica. Estou certo de que assim vai continuar para benefício da Universidade e dos Açores.


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reportagem

Órgão do coro alto do Museu do Franciscanismo

Restaurado pelo maior organeiro português Tem sido pelas suas mãos que têm sidos restaurados e construídos a maioria dos órgãos de diferentes igrejas e museus portugueses. Dinarte Machado tem um currículo importante no que respeita à arte que desempenha há longos anos. É um defensor fervoroso da recuperação destes símbolos identitários dos Açores e tem feito por fazer ouvir o seu descontentamento quando algo corre menos bem. Natacha Alexandra Pastor 14 • c ria ti va magazine

Orlando Medeiros e Direitos Reservados


O órgão do convento de Nossa Senhora da Guadalupe foi construído em 1863 e é quarto maior instrumento construído por João Nicolau Ferreira (1820-1878), de entre os nove por ele construídos.

De passagem pela “sua” terra, em janeiro, onde veio proceder à recolha do órgão do coro alto do Museu Vivo do Franciscanismo, na cidade da Ribeira Grande, o organeiro, que em 2010 foi condecorado por Cavaco Silva com a Ordem de Mérito, esteve à conversa com a Criativa Magazine onde desabafou alguns dos maiores erros cometidos nos últimos anos em Portugal, e nos Açores também, no que respeita à desatenção dada a este património. De regresso a casa, desta vez o mestre Dinarte Machado leva na bagagem a emoção de ter presenciado um interesse e cuidado extraordinários por parte do presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, ao cuidar do futuro do órgão do Museu Vivo do Franciscanismo. Mais, partiu impressionado com a sensibilidade do autarca, que esteve ao seu lado na hora da desmontagem do órgão.

O Estado como guardião deste património Saiu agora um diploma – que eu como empresário sei que pode jogar contra mim, mas não sou pessoa de me inibir com o que não concordo ... – que apoia em 100% o restauro de órgãos, ficando à conta da Igreja a manutenção dos mesmos. Ora, eu penso que o Estado deve zelar muito mais pela conservação do que pela intervenção pontual. Se quiser que esse diploma seja construído numa ideologia vertical eu acho que deve haver com cada igreja a nota de que este é um processo que o Estado financia a 100% e durante um deter-

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Ribeira Grande é um exemplo positivo Chegou a São Miguel com destino direto à cidade da Ribeira Grande. Foi olhar e cuidar do início dos trabalhos de recuperação e consequente conservação do órgão do coro alto do Museu Vivo do Franciscanismo. Entusiasmou-se e valorizou a presença neste trabalho de campo do presidente da câmara Alexandre Gaudêncio, de quem disse ter sentido o seu interesse “em acompanhar e estar presente connosco nesse momento.”

“Eu tive a presença do presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande junto do instrumento no momento em que este estava a ser desmontado. É daqueles casos que já me aconteceu umas vezes, mas não é frequente. Nós revemo-nos num presidente que, sendo jovem, vê-se que é um homem de sensibilidade. Senti um calor humano e um interesse extraordinários que até nos revitaliza. Vamos não só restaurar o equipamento, como vamos inseri-lo no contexto dos três órgãos existentes no concelho da Ribeira Grande (Maia; Matriz da Ribeira Grande; Museu do Franciscanismo), e inclusivamente pensa-se em fazer uma palestra sobre os Franciscanos e a sua relação com a música e com o órgão.

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minado número de anos a Igreja deverá ter a obrigação de zelar pela manutenção das intervenções, cuidando do bem. Se porventura ao fim de 5 anos – um exemplo - essa assinatura não estiver a ser cumprida, essa igreja ficaria juridicamente obrigada a repor ao Estado (ao contribuinte) o valor, em parcelas, que foi envolvido para o restauro daquela peça.” Dinarte Machado acredita que com esta decisão “isto significa dizer que o Governo Regional percebeu que tem um conjunto patrimonial importante e que quer apostar neste restauro. Parece-me que há todavia que apostar primeiro na sensibilidade e essa faz-se pondo os instrumentos a funcionar, e não apenas restaurar por restaurar; faz-se indicando a forma de acautelar a longevidade desses instrumentos e explicando como se faz. Nós temos, por exemplo um centro de restauro a funcionar como escola, de onde saem alunos, que podia ser uma extensão da Universidade dos Açores, porque não?, até porque a universidade já quis assumir isso, tal qual como acontece na Universidade Nova.” O ideal, todavia, seria que o Estado chamasse a si a obrigação de cuidar deste

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património, uma vez que parte do próprio Estado a disponibilidade de apoios ao restauro destes órgãos. A decisão seria “a cereja no topo do bolo”, refere o mestre Dinarte Machado. A série de erros e de descaracterização de vários símbolos do passado assusta-o. Há exemplos que merecem preocupação, segundo o organeiro, como seja “a forma promíscua” com que se está a montar relógios de torre das igrejas, e o método de toque dos sinos que desvirtua a sua sonoridade. Um desses casos que - revela - “cortou-me o coração” aconteceu na Igreja da Maia, “quando vi uma máquina extraordinária substituída por um dispositivo elétrico que agora dá as horas. Desprezou-se uma máquina de valor só porque a sua manutenção era cara, como se não fosse uma obrigação social pagar a um individuo que, ao invés de estar em casa a receber um subsídio social por não ter trabalho, poderia fazer estes arranjos. Sem querer criticar quem tomou a decisão, porque o fez inconscientemente, o problema está, conforme dizia atrás, na sensibilização que é necessária, e

Natural de Ponta Delgada, João Nicolau Ferreira era carpinteiro de profissão e foi instruído na arte da organaria pelo padre Joaquim Silvestre Serrão.

cuja obrigação é diretamente atribuída ao Estado. A vaga de inovação que já passou por outros locais parece-me que está a chegar aqui!”. Festival internacional de órgãos Está, também, nas mãos do organeiro Dinarte Machado a realização de um


festival internacional de órgãos. A ideia passa por proporcionar ao longo de uma semana não só atuações de música de órgãos, com a presença de nomes internacionais, mas também a palestras, visitas culturais e tantas outras iniciativas para que se crie a base de um evento que possa ter lugar consistentemente, à semelhança do que acontece na Madeira. Pretende-se um programa que possa estimular o mais diversificado público, fazendo deste acontecimento não um festival para elites, pois não é hoje, tal como nunca o foi no passado, música para determinadas classes, mas sim para todo o povo. Dinarte Machado refere que o prjeto está a ser pensado e preparado cuidadosamente e que nada pode acontecer sem muita responsabilidade. “O projeto de um evento destes não pode ser pensado como há 20 anos atrás. Estamos a falar de um projeto bianual, pela sua facilidade económica e pela logística. E este tipo de eventos tem de ser projetado um ano antes, para ser divulgado nas boas agências de viagens devem começar a ser divulgados dois anos antes, nunca pode ser tudo até à última hora, em que nós não sabemos se vamos ter dinheiro ou não para pagar aos organistas. Convém ainda lembrar que organistas mundiais não querem nem vêm à última hora, isso não funciona, daí também o meu atraso na apresentação do projeto. É certo que isso funciona bem em termos truísticos, porque com um catálogo bem feito, onde se explica a história dos órgãos na região, a sua inserção no contexto português e universal vende bem! Gostava que isso acontecesse nos “meus” Açores. E esse não é um caminho de gastar dinheiro, é um caminho de criatividade.”

Um caso de sucesso construído com muita dedicação e trabalho

Pelas mãos do organeiro Dinarte Machado passaram largas dezenas de instrumentos para restauro e conservação, outros mais para construção. É um verdadeiro mestre e professor, um estudioso constante e um crítico construtivo. É da sua responsabilidade o restauro dos seis órgãos do Palácio Nacional de Mafra que, ao tocarem em conjunto, são únicos no mundo. O valioso trabalho mereceu-lhe a atribuição do prémio internacional Europa Nostra, em 2010. A propósito deste prémio, mas mais ainda da sua personalidade e tenacidade escreveu em 2010 João Bosco Mota Amaral: “O topo do topo foi por ele alcançado ao realizar o restauro dos seis órgãos da Basílica de Mafra. Um a um — que cada órgão é um instrumento único, com identidade própria — graças a mecenas esclarecidos, os órgãos sonhados pela magnificência do nosso rei Dom João V foram sendo resgatados ao silêncio derivado das suas múltiplas avarias, recobertas pela poeira dos séculos. Graças à ciência e à perícia de Mestre Dinarte Machado, os órgãos de Mafra estão de novo em condições funcionais e têm soado, isoladamente ou em conjunto, para enriquecimento do culto litúrgico e para deleite e comoção dos apreciadores…”.

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Saúde

Região acompanha sem alarme evolução do vírus Zika A Organização Mundial de Saúde (OMS) faz um alerta semelhante ao que foi utilizado para a Gripe A e para o Ébola, no caso do vírus Zika. Centram-se preocupações em grávidas. Tal como em Portugal continental, nos Açores as recomendações da Direção de Saúde vão, entre outras, para que seja feita uma consulta do viajante antes de viajar. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Atenta ao que se passa no mundo com o vírus Zika, provocado pela picada de mosquitos do género Aedes, sobretudo Aedes aegypti, a direção regional de Saúde dos Açores mantém tranquilidade e continua a acompanhar toda a informação que está a ser disponibilizada pelos canais oficiais. Sem qualquer sinal de alarme, a direção regional, na pessoa da coordenadora regional de Saúde Pública, Ana Rita Eusébio, emite

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conselhos que devem ser seguidos por qualquer cidadão açoriano. Na lista de cuidados está antes do início da viagem a procura de aconselhamento numa Consulta do Viajante; e uma vez no país de destino as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades locais. Deverá ser assegurada proteção contra picada de mosquitos: Utilizar vestuário adequado para diminuir a exposição

corporal à picada; optar preferencialmente por alojamento com ar condicionado; utilizar redes mosquiteiras; ter especial atenção aos períodos do dia em que os mosquitos do género Aedes picam; aplicar repelentes observando as instruções do fabricante (fazendo notar que: crianças e mulheres grávidas podem utilizar repelentes de insetos apenas mediante aconselhamento de profissional de saúde; não são re-


comendados para recém-nascidos com idade inferior a 3 meses; se tiver de utilizar protetor solar e repelente, deverá aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente). Ana Rita Eusébio transmite à nossa redação que, no caso de ser totalmente impossível e dispensável a viagem de grávidas de e para os países onde foram reportados casos, e muito em particular no Brasil onde se encontra a espécie de mosquitos em causa, “devem as grávidas procurar aconselhamento em Consulta do Viajante e seguir rigorosamente as recomendações dadas. As grávidas que tenham permanecido em áreas afetadas devem consultar o médico de família ou o obstetra após o regresso, mencionando a viagem.” O vírus Zika não tem vacina ou cura conhecida. A sua propagação, que tem assumido proporções rápidas, já tem casos reportados em dezenas de países. A preocupação é grande, a tal

ponto que na primeira semana de fevereiro a Organização Mundial de Saúde decidiu debruçar-se rapidamente sobre o assunto e declarou emergência sanitária, embora não fazendo nenhuma proibição de viagens, particularmente a grávidas que se julga ser o target mais preocupante no que respeita ao contágio do vírus, já que há uma forte suspeição deste ser responsável por casos de microcefalia e desordens neurológicas detetados em recém-nascidos. Investigadores brasileiros acreditam que o Zika é responsável por 3.700 casos confirmados e suspeitos de recém-nascidos com defeitos cerebrais no Brasil. Em Portugal, o vírus Zika é, pelo menos desde 2007, monitorizado através do Instituto Ricardo Jorge, através do seu Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas. No final do ano passado, por exemplo, deu formação a especialistas do Brasil, Panamá e Venezuela.

»

Portugal registou, desde junho de 2015, 6 casos de Zika confirmados laboratorialmente, todos em viajantes regressados da América Latina. Não são conhecidos casos autóctones no continente europeu.

» Até ao fim do mês de

janeiro de 2016, vários países/territórios reportaram casos confirmados de infeção por vírus Zika.

» É recomendado que as

grávidas não se desloquem, neste momento, para zonas afetadas.

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empresas

FATURAÇÃO DA ERA PONTA DELGADA É A QUE MAIS CRESCE A NÍVEL nacional S. Miguel, nos Açores, foi a zona do país onde se registou o maior aumento da faturação nos resultados da ERA a nível nacional. Durante o ano 2015, e face a 2014, a ERA de Ponta Delgada faturou mais 58% na ilha de S. Miguel. Direitos Reservados De um modo geral, a faturação da ERA Portugal cresceu 37% em 2015, quando comparada com o ano de 2014. Durante o ano passado foram vendidos mais de 10 mil imóveis, num total de 1200 milhões de euros. Destes, 7% pertenciam à banca, num montante global de 80 milhões de euros. Com mais de 120 mil imóveis em carteira, 16 mil dos quais pertencentes à banca, as vendas de casas representaram, em 2015, mais de 80% do negócio da ERA, tendo o arrendamento descido face a 2014 (e representado menos de 20%). Os estrangeiros representam 20 por cento do total das vendas na ERA, sen-

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do os ingleses e os franceses as nacionalidades que mais compras fazem na rede. De salientar que mais de 60% da procura incide na zona do Algarve e que o valor médio da compra ronda os 250 mil euros. Os distritos de Lisboa e Porto foram os que mais contribuíram para a faturação da ERA (37,9% e 19,9%, respetivamente). Em terceiro lugar ficou o distrito de Faro, com um peso de 8,5% no total da faturação a nível nacional. Miguel Poisson, Diretor-Geral da ERA, refere que “2015 foi, em termos de resultados, um ano extraordinário, tendo a ERA alcançado os melhores resultados de sempre desde que está em Portugal.

O anterior record tinha sido atingido em 2010. E face a esse ano, a faturação da rede subiu 17% o ano passado. Para este resultado muita influência teve o crescimento do crédito habitação (mais 70% do que em 2014)., a melhoria da confiança e a continuação da aposta do investimento estrangeiro”. E, para 2016, o responsável prevê “um crescimento de dois dígitos do mercado de mediação imobiliária, tendo a ERA como objetivo de faturação um crescimento de 16%. Com 172 lojas em todo o país, 25 das quais abertas em 2015, a ERA conta com uma equipa de 2250 pessoas. Para 2016 o objetivo é abrir mais 25 lojas.


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reportagem

Liga dos Bombeiros Portugueses quer candidatar viaturas antigas junto da UNESCO A Liga dos Bombeiros Portugueses desafiou várias corporações de bombeiros de Portugal a participarem num projeto que visa levar à UNESCO uma candidatura das viaturas mais antigas dos bombeiros que estejam em boas condições. Natacha Alexandra Pastor

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A Liga Portuguesa de Bombeiros é a entidade que está a propor junto de várias corporações de bombeiros portugueses que, numa primeira fase, preencham um formulário tipo, com as caraterísticas das viaturas mais antigas sob a sua propriedade. O propósito é recolher o maior número de contributos pelas várias corporações existentes de norte a sul do país, incluindo as regiões autónomas, fazer um compêndio e enviar uma candidatura à UNESCO, pedindo que estas viaturas sejam consideradas Património Mundial da Humanidade. A Liga de Bombeiros Portugueses sustenta nesta missiva dirigida a todas as

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corporações que “Pretende-se preservar, e divulgar, com amplitude, o vasto património histórico automóvel das associações e corpos de bombeiros do país, muito do qual único e que, por isso mesmo, encerra uma enorme riqueza material e sentimental.” Neste contato corporação a corporação, há garantidamente a participação na primeira fase da corporação dos bombeiros da Ribeira Grande que receberam o pedido de adesão com muito agrado. O comandante José Nuno Moniz explicou à nossa redação que fez o preenchimento deste primeiro requisito inscrevendo três

veículos que se encontram neste quartel há muitos anos, um deles é um Dodge de 1981 e uma viatura da marca Bedford, dos anos 70, que ainda se encontra em condições de trabalhar, embora sejam veículos não utilizados para o exercício das funções atuais. De resto, há muitos e bons exemplares de viaturas antigas dispersas pelo país, algumas em excelente estado de conservação, mas muitos bons exemplares de outros tempos ter-se-ão perdido totalmente ao longo dos anos pelo não devido acautelamento das condições de restauro.


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reportagem

Altamente: Para pôr a mente em ação Pôr a mente a nosso favor, em vez de ser contra nós, é um dos ensinamentos que a escritora portuguesa Margarida Fonseca Santos diz estar presente no livro “Altamente”. É um livro que se destina a quase todos os que têm interesse e curiosidade em saber mais sobre a mente e aprender alguns mecanismos de treino. Natacha Alexandra Pastor

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A obra é o culminar de estudos, de histórias de sucesso, que conduzem a um livro para quem queira aprender mais sobre a mente. A ideia é que seja um livro de consulta e uma ferramenta de trabalho sobretudo para quem trabalha com crianças. Pode encontrar imensos exercícios no livro e pô-los em prática com as crianças e o impacto será extraordinário, explica-nos a autora. “Ele foi pensado inicialmente para professores, educadores e pais, mas apercebemo-nos cedo que os jovens iriam agarrar nele. A leitura é muito acessível, e a ideia é que seja um livro de consulta e de ferramenta de trabalho para quem trabalha com crianças pequenas. Acho que temos muito por explorar, o conhecimento da nossa mente está muito aquém da nossa capacidade. O que tenho aprendido e experimentado é que conseguimos sempre ir modificando algo, conseguimos modificar padrões de comportamento, conseguimos modificar formas de pensamento que podem ser bloqueadoras de ação, criando às vezes até situações de

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algum pânico em qualquer altura da nossa vida. Portanto, acredito que quando existe a vontade de mudar, nós conseguimos trabalhar a nossa mente e ir mais além.” Como autora de diversos títulos dirigidos a um público mais jovem, a escritora, que tem entre muitos outros a autoria de “A Magia das Cartas”; “Histórias em 77 Palavras”; “Bicicleta à Chuva”; ou a coleção “7 Irmãos”. “Para mim é um desafio ser capaz de escrever os textos de tal forma abertos que possam ter várias interpretações. É muito comum termos contos infantis com remates moralistas, o que acho que é um disparate, pois acho que estamos a retirar muitas outras aprendizagens que foram feitas ao longo da leitura do livro e que são muito pessoais, pois não há ninguém que leia da mesma forma, como acho que assim tratamos de uma forma quase paternalista as crianças que sabem tirar as conclusões que querem sobre o livro. Penso que é esse o desafio maior: escrever para crianças deixando a história à imaginação e ao critério delas, sem lhes colocar uma moral.”

Margarida Fonseca Santos é uma escritora, formadora e dramaturga portuguesa. Tem mais de uma centena de livros em língua portuguesa, entre ficção, literatura infanto-juvenil e não-ficção. Esteve recentemente em Ponta Delgada onde apresentou um dos seus últimos trabalhos: “Altamente”. A obra vem ilustrada com trabalhos assinados por Joana Jesus. A escritora esteve nesta cidade não só para a apresentação deste título, como também para realizar um workshop de escrita criativa, organizado pelo EscreVIVER (n) os Açores.


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reportagem

Rafael Carvalho lança 2º volume do método para Viola da Terra O jovem Rafael Carvalho deu corpo ao segundo volume “Método para a Viola da Terra- Básico”. Natacha Alexandra Pastor

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Rafael Carvalho faz um balanço positivo do seu trabalho. “Até agora as coisas estão a correr bem. Mas quando digo que estão a correr bem é porque se trata de um livro técnico, portanto a adesão nunca é a mesma de um livro comum. Também a existência de dois CD’s faz com que haja uma maior afluência na compra. Os CD’s são diferentes pois as pessoas não precisam dominar os termos técnicos para os comprar e portanto a venda dos CD’s corre sempre melhor do que a venda dos livros. Quem procura os livros são, de facto, pessoas que gostam da viola porque podem querer ter uma recordação ou pessoas que se dedicam ou usam o livro para a aprendizagem”. O trabalho de Rafael Carvalho tem ido além-fronteiras e tem sido mais uma ferramenta para o intercâmbio de conhecimentos entre os profissionais e aficionados das violas. “Temos uma rede de amigos, de pessoas de violas de norte a sul do país, Madeira, Brasil e Açores e portanto é normal trocarmos entre nós os CD’s que vamos produzindo, os livros que vamos fazendo e, claro, também nas comunidades da diáspora como o Canadá e Estados Unidos. Mas nestes locais são mesmo pessoas que gostam da viola, principalmente no Canadá. Há 4 ou 5 pessoas que me contactaram pelas redes socias e acabaram por ter acesso aos livros antes de serem ainda publicados porque queriam mesmo ter os exemplares”, acrescentou.”

Natural da freguesia da Ribeira Quente, Rafael Carvalho, agora com 36 anos, aprendeu, em 1994, a tocar Viola da Terra com Carlos Quental e no ano seguinte já começou a dar formação na Escola de Viola da Terra da Ribeira Quente. Foi membro fundador do Grupo de Violas/Foliões da Ribeira Quente e do grupo Musica Nostra em 2005. Em 1996 estreou-se a acompanhar as Cantigas ao Desafio, com o seu colega Jaime Braga ao Violão, conseguindo, ainda que com alguma dificuldade no princípio, afirmar a Viola da Terra neste género musical, que havia sido substituída pela Guitarra Portuguesa. Atualmente é responsável pela Escola de Viola da Terra e Violão da Ribeira Quente que já formou, nos últimos 14 anos, dezenas de músicos que têm assegurado a continuidade dos grupos e tradições que existiam na Freguesia e estavam em vias de se extinguir. De entre o vasto curriculum, Rafael Caravalho Lançou em Fevereiro de 2012 o seu primeiro CD a solo “Origens” com 10 temas instrumentais, 5 dos quais temas originais, o que constituiu o primeiro trabalho do género na Viola da Terra nos Açores. No ano seguinte, em novembro, lançou o seu primeiro livro “Método para Viola da Terra - Iniciação” com partituras de iniciação ao instrumento. Em Setembro de 2014 tem lugar o lançamento do seu segundo CD “Paralelo 38”. Colaborou ainda no CD “Chi-Coração” da multi instrumentista Açoriana BIA, com a participação em 4 temas com Viola da Terra. c ria ti va magazine • 27


Literatura

Remar Contra a Maré Livro de jornalista realça o melhor de grandes empresas portuguesas Entre as muitas notícias negativas que vemos passar pelos écrans de televisão há também notícias e casos animadores. Este é um dos motes do programa Sucesso. Pt. Parte em busca de histórias de sucesso de empresas portuguesas que têm sabido manter o seu negócio factível. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

O jornalista da SIC, Luís Ferreira Lopes, que conduz o programa Sucesso.Pt, esteve em Ponta Delgada para o lançamento do seu livro Remar Contra a Maré. Pt. A obra resulta do trabalho de investigação e de entrevista a muitas empresas portuguesas, consideradas como casos de sucesso, sendo que todas elas foram já alvo de difusão no programa conduzido pelo jornalista. Na apresentação em Ponta Delgada deste

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livro, Luís Ferreira Lopes apontou dois a três exemplos de marcas que estão espelhadas nesta obra, como seja o caso da empresa Órbitra, que se dedica ao fabrico de bicicletas; ou o caso da Taylor’s, famosa pela produção e comercialização de vinho do Porto. Estas são apenas 2 das 66 histórias de empresas portuguesas que souberam e conseguiram sobreviver numa fase particularmente difícil para a generalidade

do tecido empresarial português. O autor alerta, porém, para o quão difícil foi e é muitas das empresas visitadas em manterem-se à tona de água, pelo que é importante, entende o mesmo responsável do programa Sucesso.Pt, manter o foco em fatores, tais como: “estratégia, motivação, ouvir toda a gente (em toda a linha da hierarquia da empresa), apresentar um produto ou serviço de qualidade, entre muitos outros indicadores”.


reportagem

“VITAMINA”

NA PEDIATRIA DO HOSPITAL

Desde o início de fevereiro, passaram a existir mais “vitaminas” para serem tomadas em doses generosas de sorrisos e cumplicidades no Serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo. Maria Gabriel Sousa

Andreia Luís

As vitaminas fazem bem à saúde, já o sabemos. Na falta delas, ficamos fragilizados. Pelo contrário, se as tivermos em doses certas no nosso organismo vivemos mais enérgicos e com mais qualidade, que é como quem diz mais preparados para enfrentar quaisquer desafios. Por isso, “Vitamina” foi o nome mais colorido, mais alegre, mais de acordo com os objectivos, que escolhemos para o grupo de voluntariado que visita regularmente o serviço de Pediatria do Hospital do Divino Espírito Santo distribuindo alegria em doses generosas. Tendo a sua génese no extinto Dia do Gil, que esteve presente no hospital de Ponta Delgada durante cinco anos sempre dinamizado e regionalmente coordenado por voluntários locais (em formação consecutiva dada por profissionais do ofício), este “Vitamina” propõe-se aproveitar o know how adquirido, e ir mais longe.

Após algum tempo de maturação, duas das mais antigas voluntárias do Dia do Gil (elas próprias formadoras), a palhaça/actriz Maria Simões e a música/professora Gianna de Toni, incentivaram ao reinvestimento, lançando o desafio: vem e trás um amigo, vamos partilhar experiências. Graças, ainda, à generosa cumplicidade dos serviços competentes do Hospital do Divino Espírito Santo, conseguiram reunir um super motivado grupo de antigos e novos voluntários no auditório daquela unidade de saúde, para partilharem experiências, e envolverem “sangue novo”. Foi no último dia de Janeiro que se realizou esta oficina-formação entre as 10:00 e as 18:00. Intenso, como se querem todos os momentos de partilha especiais, este encontro resultou num entusiasmo colectivo enorme, para prosseguir um trabalho determinante na recuperação física e emocional das crianças internadas.

Deixamos a melhor parte da notícia para o fim. Este “Vitamina” não vai cingir as suas visitas a um dia por semana com hora marcada (como no projecto antecessor), elas podem ocorrer em diversas alturas, de acordo com os responsáveis pelo serviço. Mais ainda: além de contos, de música, e de outras descobertas… atenção, senhoras e senhores, vai haver… clown! Por isso, é desde já tempo de histórias, cantigas e palhaços para crianças internadas, pais, avós, acompanhantes em geral, com a cumplicidade dos técnicos de saúde, de educação e demais profissionais do Hospital do Divino Espírito Santo. Tome nota: isto é só para começar. A cada encontro promovido, há lugar para mais e bons voluntários. Contamos consigo. Se quer fazer parte deste desafio contacte-nos, porque o “Vitamina” faz muito bem à saúde!

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Testemunhos do tempo

Luquecinia Maria Duarte de Almeida

…um tempo entre a Salga e a cidade de Ponta Delgada… desde de 1945...

José de Almeida Mello Historiador

Luquecinia Maria Duarte de Almeida nasceu no dia 19 de maio de 1945. O seu nome também ficou alterado no mesmo registo, tendo sido dito que se chamava Luquecinia, tendo ficado registado apenas Maria Duarte de Almeida, tomado conhecimento deste facto, quando veio a casar, em 1964. Filha de José Duarte de Almeida e de Eugénia de Medeiros Lino. Foi batizada na Igreja de São José, pelo pároco local, onde fez a primeira comunhão e onde foi crismada pelo bispo de Angra e ilhas dos Açores. Com 17 anos começou a namorar com José Cabral de Mello, também conhecido por José Cabral de Mello Afonso, com quem havia de casar em março de 1964, sendo pais de três filhos e três netos, Luís Carlos, José e Elsa e Luís Carlos, Rodrigo e Lourenço Afonso. No ano de 1966, toda a família nuclear de Luquecinia emigrou para a cidade de New Bedford, Estado de Mass., Estados Unidos da América, ficando a nossa biografada, já casada, a viver na casa de uma outra família, também ela de emigrantes de «torna viagem» que tinha vivido na mesma cidade norte americana, sendo eles Manuel Jacinto Correia e Hortencia Cabral de Mello, tios maternos do marido de Luquecinia e que não tiveram descendentes. A vida de Luquecinia ficou confinada à sua terra natal, à nova família, aos tios do marido, aos sogros e aos filhos que foram no entanto nascendo. O quotidiano ficou marcado pela atividade doméstica, tendo, entre os anos de 1972 e 1984, assegurado a qualidade de vida dos tios adotivos, que necessitavam de apoio, dada a idade avançada dos mesmos. A casa onde Luquecinia passou a viver era abastada em tudo e de bens, uma vez que os Cabral de Mello haviam feito uma pequena fortuna, nos Estados Unidos da América, com base no álcool (suposição), antes de 1931. Os tios, pouco ou nada falavam sobre o assunto do dinheiro e dos bens que tinham adquirido (chegarem a ter várias centenas de alqueiros de terra). A Casa dos Cabral de Mello, no ramal da Salga, era e é profundamente marcada pela emigração para a cidade de New Bedford, móveis, decoração, utensílios de cozinha, vestuário, memórias que o tempo foi assimilando, de um período passado naquela cidade baleeira e industrial entre os anos de 1893 e 1931. Contudo, Luquecinia nunca emigrou, embora tenha visitado sua família nos Estados Unidos da América, nos Estados de Mass. e de Florida. Com o decorrer dos anos, a biografada foi recebendo por parte dos pais e dos irmãos várias ofertas, entre elas muitas peças de decoração, que hoje enriquece a Casa Cabral de Mello. A Casa Cabral de Mello é detentora na atualidade de um apreciável espólio com origens na emigração para New Bedford, sendo datado entre os anos de 1893 e a presente data. As peças já participaram em várias exposições, em Ponta Delgada, na Ribeira Grande – Museu

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da emigração, que contou a 100% com o espólio dos Cabral de Mello, nas três exposições nacionais, organizadas pelo Museu da Presidência da Republica e ainda no Banif, em Ponta Delgada, tendo sempre havido a maior disponibilidade e empenho por parte de Luquecinia, herdeira e proprietária da coleção. A administração e gestão dos conteúdos da Casa passaram por duas senhoras, que se sucederam no tempo, Hortencia Cabral de Mello e Luquecinia, sendo a segunda herdeira e continuadora da primeira, no que concerne ao enriquecimento do espólio e sua manutenção, mantendo-o bem cuidado e preservado. A gestão da casa Cabral de Mello e da propriedade afeta a mesma, passou por Manuel Jacinto Correia, sendo seu herdeiro José Cabral de Mello e deste para Luquecinia, sua mulher e herdeira, que a gere com a mesmo empenho de seus antecessores. Hoje quando se entra na Casa Cabral de Mello, deparamo-nos com uma casa de memórias, de duas famílias, a Cabral de Mello e a Duarte de Almeida, sendo o elo de ligação entre ambas Luquecinia, há mais de 50 anos. Ali se sente afetos, partilhas, risos e lágrimas, que o tempo foi amontoando, com momentos de felicidade, mas também de tristeza, pela ausência de uma família ausente e pelas marcas que a vida foi dando e fazendo. A Casa Cabral de Mello recebeu a visita de Sua Alteza Real, a Princesa Teresa de Orleães – Casa Real de França, em 2007, que ali almoçou, a convite da família, tendo Luquecinia cozinhado para a comitiva e, mais tarde, para Sua Alteza Imperial e Real o Grão – Duque da Rússia - George de Romanoff, em 2015. Por lá passaram também e recebidos por Luquecinia e seu filho, Barbara e Steven Grossman (de Boston), embaixadora de Israel e o senador Michael Rodrigues, em 2014. A biografada no ano de 2010, tomou chá com a Princesa Walburga de Habsburgo – Lorena – Arquiduquesa da Áustria, na Senhora da Rosa, tendo havido entre ambas uma grande cumplicidade, na partilha de alegrias e tristezas no nascimento e morte de um filho, comum a ambas. A princesa estava em são Miguel a convite do filho de Luquecinia. Hoje Luquecinia vive entre a Casa Cabral de Mello, na Salga, e a sua casa na cidade de Ponta Delgada, desde o ano de 1988. Este é o legado do tempo que se tem feito nesta mulher, nascida no concelho de Nordeste, na pequena localidade de Salga, onde formou família e hoje vive parcialmente só, quando ali passa parte do ano, uma vez que seus filhos e netos vivem em Ponta Delgada. Mulher simples, de família e de convicção em torno dos seus legados, sem sair da sua ilha natal sente a América em sua casa, partilha da dor e a alegria dos sucessos e insucessos da sua família e onde na sua casa recebeu membros de casas reais, tudo na sua forma de estar e de fazer acontecer da vida.


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Um olhar criativo Fotos: Gaby Pontes

“ESTA PÁGINA É DEDICADA AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Paisagens da minha terra Espiral de luz

Sabedoria Silhueta

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


não percas a chance de vencer!

TUDO PARA DESPORTO

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AS NOSSAS MARCAS

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Desporto motorizado

SANCHO EIRÓ, Campeão de Ralis dos Açores Navegadores 2015

“OS NAVEGADORES GERALMENTE FICAM NA SOMBRA DOS SEUS PILOTOS”

Uma equipa de ralis é constituída por piloto e navegador. Se o primeiro é conhecido pelos seus dotes de pilotagem, o segundo desempenha funções de grande responsabilidade no resultado final do conjunto. Renato Carvalho

Ricardo Soares e Luciana Magalhães

Nos últimos oito anos, Sancho Eiró conquistou outros tantos títulos como navegador sempre ao lado do piloto Ricardo Moura. Renato Carvalho - Quando e como começou a actividade? Sanco Eiró - Em 2000, comecei nos ralis VSH (veículos sem homologação), como navegador do Duarte Maciel, grande piloto e amigo. Neste mesmo ano, sagrámo-nos Campeões do Troféu Regional de VSH. Foi na sequência de uma amizade de longa data, éramos um grupo apaixonado por carros e desportos motorizados em geral. Pertenciam a este grupo, entre outros, o Paulo Maciel e o meu primo Ricardo Moura, os quais formaram dupla, e que também tive o prazer de navegar. Começamos por carolice a “fazer canadas” com “Toyotas Starlets” e “Datsuns 1200”. Eu vinha do motocross e todo o terreno, tinha alguma noção do que é andar depressa e gostava de andar ao lado,

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sentir a adrenalina, foi aí que comecei a dar as minhas primeiras “notas”. Porque razão decidiu ir para navegador? Percebi que tinha algum jeito para a prática de navegar, manter a calma dentro do carro e, ao mesmo tempo, incentivar o piloto. Então, surgiu o convite do Duarte que, prontamente, aceitei, e os resultados começaram rapidamente a aparecer, daí a continuidade como navegador de vários pilotos até hoje. Quais são as principais funções? O navegador tem que, principalmente, ser amigo, responsável, gostar do que faz, transmitir calma, confiança e estar em sintonia com o seu piloto. Em seguida, trabalhar para que se cumpram os objetivos. A nível prático e técnico, o papel de um navegador é cumprir com rigor todos os controlos horários, indicar e transmitir ao piloto todo o trajeto de um rali, incluindo as ligações em estrada aberta, como

também todas as PECs (provas especiais de classificação) em modo de corrida. Claro que tudo isto é um trabalho que é previamente realizado, em dias próprios, conforme definido em regulamento. Neste sentido, em conjunto com piloto é feito o reconhecimento das “PECs”, tirando as notas de andamento necessárias para que no dia do rali sejam percorridas em segurança, com o menor tempo possível. Considera que o cargo é de grande responsabilidade? Claro que sim, tem um papel primordial durante a corrida. Pois tem a responsabilidade de transmitir toda a informação que foi recolhida nos reconhecimentos, de forma criteriosa ao seu piloto, para que este seja rápido e siga confiante, ouvindo as suas notas. Sem a presença do navegador, uma equipa não pode participar num rali. Acha que valorizam a prestação dos também chamados co-pilotos?


Os navegadores ou co-pilotos como também podemos chamar, ao olhar do público, geralmente ficam na sombra dos seus pilotos. Porque é assim mesmo e sempre o será, mas não é por isso que têm menos valor. Assim como toda a equipa de assistência, mecânicos, diretores, engenheiros etc., todos trabalham em conjunto para o objetivo a que se propuseram. Todas as “peças” têm o seu valor, é assim que se forma uma equipa de sucesso.

Depois de várias horas ao lado de um piloto, sente vontade de pilotar? Sim, gostava de um dia pilotar, mas de forma descomprometida. O automobilismo é um desporto considerado perigoso, antes do início de um troço pensa nos riscos, por exemplo ter um acidente grave? Antes do início de um troço, juntamente com a ansiedade e o nervoso miudinho, o importante é ter os níveis

de concentração elevados e pensar somente no trabalho a fazer. Quais os objectivos futuros? No futuro deverei ter a oportunidade de fazer novamente equipa com o Ricardo Moura a nível Regional. E fora de portas, fazer o Troféu Ibérico Renault Clio R3T, com o piloto José Monteiro, o qual fui navegador o ano passado no Campeonato Nacional de Ralis.

Palmarés Desportivo (Navegador/Ralis)

Classificação em diversos campeonatos e ralis Troféu Regional de Ralis dos Açores 2000 – 1º Absoluto (piloto – Duarte Maciel) 2001 – 9º Absoluto (piloto - Duarte Maciel) 2002 – 3º Absoluto (piloto – Paulo Maciel) Campeonato de Ralis dos Açores 2003 – 2º Absoluto (piloto – Ricardo Moura) - 1º do grupo Turismo/F3 (piloto – Ricardo Moura) 2004 – 7º Absoluto (piloto – Ricardo Moura) - 2º do grupo Turismo/F3 (piloto – Ricardo Moura) 2005 – 5º Absoluto/Produção (piloto – Ricardo Moura) 2006 – 3º Absoluto/Produção (piloto – Ricardo Moura) 2007 – 3º Absoluto/Produção (piloto – Ricardo Moura) 2008 A 2015 – 1º LUGAR ABSOLUTO (PILOTO – RICARDO MOURA) Campeonato Nacional de Ralis 2015 – 5º do grupo RC3 / 9º da classe 2R/2L (piloto – José Monteiro) Participações no Sata Rallye Açores 2003 – 8º Absoluto / 4º da classe A6 / 3º melhor Açoriano (piloto – Ricardo Moura) 2004 – Des. 2005 – 10º Absoluto / 6º da Produção (piloto – Ricardo Moura) 2006 – Des. 2007 – Des 2008 – 8º Absoluto / 5º da Produção / 2º melhor Açoriano (piloto – Ricardo Moura) 2009 – 8º Absoluto / 3º da Produção / 2º melhor Português / melhor Açoriano (piloto – Ricardo Moura) 2010 - 5º Absoluto /1º da Produção / 2º melhor Português / melhor Açoriano (piloto – Ricardo Moura) 2011 - 5º Absoluto /1º da Produção / melhor Português (piloto – Ricardo Moura) 2012 – 6º Absoluto / 1º da produção / melhor Português (piloto – Ricardo Moura) 2013 – 3º Absoluto / melhor Português (piloto – Ricardo Moura) 2014 – Des no primeiro dia (2º Absoluto no Rally 2) 2015 – Des. Outras Participações 2003/ 2005/ 2008 – Participações no Rali Vinho Madeira (piloto – Ricardo Moura) 2012 – 1º da Geral no Rally Lagoa do Fogo (piloto – Duarte Maciel) 2013 – 1º da Geral no 5º Rali Ilha Graciosa (piloto – Cláudio Bettencourt) - 2º da Geral / 1º da Classe II no Rally Sprint da Povoação (piloto –Paulo Maciel) Diversas participações como carro 0

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consultório jurídico

Carlos Melo Bento advogado

P.- Em caso de insolvência de particulares ou de empresas, as dívidas existentes deixam de poder ser cobradas? Como reclamar do dinheiro que fica em divida?

R. Uma insolvência é, no fundo, a venda de todos os bens do devedor e distribuição pelos credores do produto da venda, na proporção dos respetivos créditos. Os que ficarem por pagar, ficam por pagar. Em certos casos o tribunal pode perdoar o resto em dívida (a lei chama-lhe, “passivo restante”), se o insolvente cumprir durante 5 anos certas condições. O juiz fixa aquilo que o devedor nesses 5 anos pode ganhar (daí para cima é para pagar aos credores ainda em dívida). Por exemplo, o juiz fixa que o devedor deve viver com um salário mínimo. Ele ganha dois salários mínimos, tem que entregar um. Se cumprir tudo até ao fim dos 5 anos, o resto da dívida é-lhe perdoada mesmo que seja um milhão…

P.- As heranças familiares e partilhas de bens têm de ser executadas forçosamente quanto tempo após a morte dos entes? Havendo recusa de um ou mais herdeiros, o que pode acontecer? R. Não há prazo. Pode ficar tudo em comum pelo menos até um dos herdeiros exigir a divisão/partilha. Basta um para exigir a partilha e basta um para empatar a partilha, pois nesta fase ou assinam todos a partilha ou não há partilha para ninguém. Neste caso qualquer herdeiro pode exigir, na autoridade competente (já não é o tribunal), a nomeação dum cabeça de casal que identifica os herdeiros e arrola os bens a dividir por estes. Que são então chamados para uma reunião em que a partilha é feita a bem ou a mal.

PróximaS Edições

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida?

Envie-nos por email: redacaodacriativa@gmail.com 36 • c ria ti va magazine


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saú d e Saúde

A IMPORTÂNCIA DA VISÃO

Artigo elaborado por: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

O ser humano é essencialmente visual Acredita-se que, mais de 80% de toda a informação que o ser humano capta do exterior e que é transportada até ao cérebro, é obtida visualmente. Por isso, não é de estranhar que o mundo que nos rodeia se estruture, acima de tudo, em função deste sentido. Nas ruas os sinais e placas são os nossos orientadores. Nas lojas as informações estão afixadas. Na escola, no trabalho, em todo o lado se pressupõe que possamos ver a informação que nos disponibilizam. Razões de sobra para tratarmos bem dos nossos olhos e darmos ao sentido da visão a devida importância. Diversos estudos referem que cerca de 75% do insucesso escolar, pode dever-se a dificuldades de visão. Segundo um estudo recente, estima-se que em Portugal, mais de 56% da população tenha insuficiência de visão. Cerca de 20% dos portugueses nunca fez um exame visual, 35% não sabe identificar as causas para o aparecimento de problemas visuais e 54% não sabe sequer o que é a radiação UV, desconhecendo a necessidade de correta proteção solar.

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sAÚDE

A ERA DO ANSIOLÍTICO

Anastácia Costa - Psicóloga Clínica e da Saúde

Não é difícil para o Clínico atento diagnosticar a doença do século XXI. Numa sociedade onde cada vez mais impera a pressão para cumprir objectivos e onde as relações interpessoais se fazem desprovidas de humanismo, não surpreenderá ninguém dizer-se que a pandemia deste século, a doença que conquista mais território à saúde e à própria vida, é a ansiedade. Os altos níveis de ansiedade levam cada vez mais as pessoas ao consumo de químicos - muitas ve-

zes tidos como substitutos falaciosos da resolução do verdadeiro problema, da verdadeira origem da ansiedade. Aliás, a lógica dita que a própria dependência dos químicos funciona como criadora de ansiedade. Frustrações e angústias face a expectativas entravadas pela circunstância global ou por inaptidão pessoal acarretam inseguranças que, não tratadas, cultivam núcleos de medo expressos em ansiedade, quer seja esta exposta nos sintomas que todos reconhecemos, quer seja somatizada em formas mais amargas - dores aparentemente inexplicáveis, desmaios, afecções de pele, e muitas mais formas de o nosso

corpo gritar fisiologicamente: basta. A solução imediata para a ansiedade é a colecção humana. Apenas no contacto com os pares podemos perspectivar e restabelecer o peso natural das coisas. Muitas das vezes, a relação terapêutica mostra-se essencial nesta perspectivação. A sua imparcialidade social e o facto de, dinamicamente, o terapeuta devolver recorrentemente a imagem salubre o paciente, tornam o acto terapêutico na ferramenta reformadora desta Era de frieza, de distanciamento e, em final e inquietante diagnóstico, de ansiedade.

Produção

Produção de queijo de ovelha ou de mistura em Santa Maria Produtores marienses visitaram regiões portuguesas onde é fabricado queijo de ovelha ou de mistura. O objetivo passa por introduzir este tipo de queijos na produção já desenvolvida pelos produtores da associação ARCOA. 40 • c ria ti va magazine

A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, no âmbito da política de promoção da diversificação da produção agrícola, da inovação e da criação de emprego, implementou em parceria com a ARCOA - Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos da Ilha de Santa Maria um plano com o objetivo de criar condições para a produção de queijo de ovelha ou de mistura. Foi promovida uma ação de formação em ovinos e caprinos que abrangeu 19 produtores de Santa Maria, sendo que destes 14 foram inclusive visitar regiões do continente português voca-

cionadas para este tipo de produção, nomeadamente Azeitão, Vaiamonte e Oliveira do Hospital. O passo seguinte passa pela importação de uma primeira remessa de animais para verificação da sua adaptação às condições da ilha e, também, para experimentação dos tipos de queijo que poderão ser comercializados.


De “Santa Clara” a Clube Desportivo Santa Clara: um longo advento

Antecipando a década do centenário.

1917(os Campeonatos de Santa Clara) João Pacheco de Melo 1917, certamente, não foi o primeiro ano em que se disputaram “os Campeonatos de Santa Clara”. São porém do Verão de 1917 e estão directamente relacionadas com o ataque do submarino alemão a Ponta Delgada os mais remotos relatos e registos dando conta daquela popular disputa futebolística, competição que precedeu em alguns anos o início da prática do futebol associativo em São Miguel. 1

“Os Campeonatos de Santa Clara” eram decididos geralmente em dois jogos: um primeiro, consequência do “desafio” feito ao detentor do título, que, caso saísse derrotado no “desafio” a que fora sujeito lhe conferia direito a uma “desforra”, na qual só a vitória interessava para se manter como “campeão em título”. Estes “campeonatos” eram renhidamente disputados, sobretudo pelas equipas que representavam as duas principais “lojas” de Santa Clara, cujos proprietários, os Srs. Antoninho Carreiro e João Travassos, além das rivalidades desportivo/ comerciais que sustentavam, eram também opositores políticos (o primeiro monárquico/conservador e o

segundo republicano/progressista). Antes do ataque do submarino alemão, chegou a estar anunciada uma “desforra” para o Sábado 7 de Julho (“os azuis”, da “loja” do Sr. Antoninho Carreiro, tendo vencido o “desafio” que haviam feito “aos vermelhos”, da “loja” do Sr. João Travassos, obrigavam-se a aceitar a “desforra”, pois só assim, caso nesta não fossem derrotados, seriam “Campeões de Santa Clara”), um jogo que devido ao desenrolar dos graves acontecimentos nunca chegou a realizar-se, mas por muito tempo “deu que falar”. No próximo número abordaremos os anos de 1918 e 1919. 2

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1 – Gravura recriando uma cena dos “Campeonatos de Santa Clara”, apresentando como cenário a lateral Nascente do Campo Açores; 2 – João Travassos Pimentel, o Sr. João Travassos, proprietário da “loja” do Largo da Igreja patrocinadora dos “vermelhos”; 3 – António José Carreiro e Silva, o Sr. “Antoninho Carreiro”, proprietário da “loja” da 2ª Rua de Santa Clara, que patrocinava os “Azuis”.

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eventos Amizade comemorada pelas amigas na Associação Agrícola Carlos Costa Dezenas de amigas reuniram-se no restaurante da Associação Agrícola para um jantar que assinalou o dia da amizade. Foi uma noite de completa diversão que se prolongou até bem tarde.

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Paladares da Quinta animado com a presença de muitas amigas Carlos Costa O Restaurante Paladares da Quinta proporcionou um ambiente muito divertido às amigas que se reuniram neste espaço para celebrar o Dia das Amigas. Para além de um menu diversificado e de excelente qualidade, houve música ao vivo ao longo da noite.

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O MariÑeiro acolheu jantar de amigos Carlos Costa O restaurante O Mariñeiro, das Portas do Mar, preparou um jantar especial para acolher os Amigos que se reuniram na segunda quinta-feira do mês de janeiro em convívios.

Taberna Bay animado em noite de Amigos Carlos Costa Foi uma noite muito animada a que se viveu no restaurante Taberna Bay, situado na freguesia de São Roque. As mesas estiveram, toda a noite, por conta de vários grupos de amigos.

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Amigos reunidos na Associação Agrícola Carlos Costa Como vem sendo tradição, no restaurante da Associação Agrícola de São Miguel preparou-se um jantar de excelência para todos os que se juntaram neste espaço para a confraternização da noite dos Amigos.

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Lions Clube da Lagoa promove sessão de debate “Os Desafios da Solidão” CMLagoa Numa iniciativa do Lions Clube da Lagoa, o Convento dos Franciscanos, na cidade de Lagoa, recebeu uma sessão pública, subordinada ao tema “Os Desafios da Solidão”, na qual intervieram, como convidados Artur Cunha de Oliveira, Santos Narciso, Maria Teresa de Medeiros, D. João Lavrador, Zita Seabra e a autarca do concelho da Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota.

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“Facetas” de Ricardo Caetano Miguel Machado A exposição de fotografia resulta de um trabalho e um percurso desenvolvidos por Ricardo Caetano, onde a realidade e a fantasia se misturam, e apresenta-se como um convite ao diálogo entre visitantes e as pessoas fotografadas.

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“O Processo de uma Pintura” de Catarina Pereira Miguel Machado Natural de São Miguel, a artista Catarina Vieira Pereira já arrecadou vários prémios e expôs a sua arte em vários pontos do país. Agora deu o primeiro passo na exposição individual dos seus trabalhos, com uma mostra de 30 peças que é possível de ver na galeria do Centro Municipal de Cultura, até ao dia 20 de fevereiro.

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Concerto celebra 150 anos da Filarmónica Nª Srª das Neves Miguel Machado Cerca de 80 músicos da Banda da Relva, acompanhados pela Banda da Zona Militar dos Açores, deram um concerto memorável que assinalou os 150 anos da filarmónica Nª Srª das Neves.

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“Pernalta” de Tomaz Borba Vieira CMLagoa O artista Tomaz Borba Vieira acaba de inaugurar na Lagoa a exposição que dá pelo nome “Pernalta”. A mostra é organizada pela Câmara Municipal de Lagoa, através da Biblioteca da qual é patrono.

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700 participantes no Cantar às Estrelas na Lagoa CMLagoa O jardim do Convento dos Franciscanos, na freguesia de Santa Cruz, foi o palco de mais uma tradicional “Noite de Cantar às Estrelas”. No total, foram 21 os grupos participantes, agregando 700 participantes.

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até

13 a partir

18 24 qua. até

26 27 sáb.

Exposição de fotografia NEON LIGHTS PDL Miolo – Livraria / Galeria

Exposição de Pintura de Artistas Nordestenses

Posto de Turismo do Nordeste

Teatro no Teatro Leituras Dramatizadas Teatro Micaelense

até

05 mar. até

20 mar. até

12 mar.

“Escultura e Pintura de José Carlos Almeida, 30 anos”

Centro Municipal de Cultura

Exposição “Pernalta” Convento dos Franciscanos

Agenda sujeita a eventuais alterações.

AGENDA AGENDA

Exposição INTERRUPTIONS AND IMPERFECTIONS Galeria Fonseca Macedo

Exposição Facetas

No Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada

NOS Festival de Comédia

Teatro Micaelense

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infantil

DESCOBRE AS 7 DIFERENÇAS

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Pinta-me

AJUDA-ME


passatempos

rir

sopa de letras

- Querida, o que é que tu preferes? Um homem bonito ou inteligente? - Nem um, nem outro. Tu sabes que eu só gosto de ti! ............................................................................................. Começou a música e um bêbado levantou-se cambaleando, dirigiu-se a uma senhora de preto e edil: - …Madame, dá-me o prazer desta dança? A Senhora respondeu. - Não, por quatro motivos: - Primeiro, o senhor está bêbado! - Segundo, isto é um velório! - Terceiro, não se dança o Pai Nosso! - E o quarto motivo? - perguntou o homem. Madame é o raio que o parta! Eu sou o padre!!! .............................................................................................

sudoku

INDIA CHINA QUENIA AUSTRALIA TURQUIA MARROCOS INDONESIA

RUSSIA MALASIA LUXEMBURGO ANDORRA CHILE

............................................................................................. - A minha mulher fugiu com o meu melhor amigo. - AH sim? E quem é ele? - Não sei! Só sei que ele agora é o meu melhor amigo.

soluções

PORTUGAL ESPANHA HOLANDA ALEMANHA ITALIA BRASIL ANGOLA

Zézinho pra o Gilinho: - Maninho o que me compraste de prenda? Responde o Gilinho: - Estás a ver aquele ferrari ali na rua? O Zezinho louco de emoção diz: - Compraste-me um Ferrari? E responde o Gilinho: - Não… Comprei uma camisola da mesma cor!

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CINEMA

em fevereiro

estreia 04fev

estreia 11fev

estreia 03mar

Horas Decisivas

Deadpool

A Força da Verdade

A 18 de fevereiro de 1952, uma enorme tempestade atinge a Nova Inglaterra. A vaga de destruição arrasa várias cidades ao longo da costa leste dos EUA e provoca o pânico nas embarcações apanhadas no seu caminho. Uma dessas embarcações é o grande petroleiro SS Pendleton, em rota para Boston e cortado a meio pela fúria do mar encurralando 30 marinheiros na popa prestes a afundar-se.

Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.

Baseado num artigo da revista “GQ”, o filme apresenta o Dr. Bennet Omalu (Smith), neuropatologista forense e o primeiro a descobrir a ETC (Encefalopatía traumática crónica), uma doença degenerativa do cérebro, comum em jogadores de futebol americano. “Concussion” dá a conhecer a batalha que o médico travou contra a National Football League (NFL) para que fosse reconhecida a existência da doença.

Outras EStreias

estreia 04FEV 62 • c ria ti va magazine

estreia 11FEV

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aconteceu aconteceu

“Os Desafios da Solidão” na Lagoa O Convento dos Franciscanos, na cidade de Lagoa, foi palco de uma sessão pública, subordinada ao tema “Os Desafios da Solidão”, numa iniciativa do Lions Clube da Lagoa.

Prémio Vergílio Ferreira O Prémio Literário Vergílio Ferreira 2016 foi entregue ao escritor açoriano João de Melo. Nas anteriores edições foram distinguidos Mia Couto, Eduardo Lourenço, Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, José Gil, Lídia Jorge, entre outros galardoados.

Bloco D da EBI de Capelas encerrado Por razões de segurança, o governo dos Açores determinou o encerramento do bloco D da Escola Básica Integrada de Capelas, em S. Miguel, fundamentando a decisão no resultado de um estudo efetuado pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil.

Mantido apoio aos alunos mesmo com extinção dos exames do 4.º ano A Câmara de Ribeira Grande vai manter o projeto sala extra de apoio a crianças que frequentam os 3º e 4º anos de escolaridade, apesar de ter sido decidido pelo Governo da República o fim dos exames para alunos do 4.º ano de escolaridade.

Livro As Libélulas dos Açores e Madeira Da autoria de Virgílio Vieira e de Adiolfo Cordero-Rivera, foi apresentado pelo Professor Frias Martins, o livro que conta com o apoio da associação Amigos dos Açores.

Projeto piloto nas Capelas A Câmara Municipal de Ponta Delgada vai desenvolver um projeto piloto nas Capelas com o objetivo de aumentar a adesão da população para a prática da separação de plástico e metal, cuja recolha é gratuita e efetuada porta a porta. O projeto piloto terá a duração de 50 semanas e os munícipes que participarem no mesmo terão uma redução na tarifa mensal do serviço de recolha de resíduos urbanos afeta à fatura da água e saneamento.

Inaugurada Clínica de Radioncologia A Clínica Madalena Paiva foi inaugurada durante o mês de janeiro, devendo iniciar tratamento do foro oncológico durante o mês de fevereiro.

Açores são candidatos ao prémio de Melhor Destino Europeu 2016 A “European Best Destination 2016” é uma das mais conceituadas distinções turísticas internacionais, da responsabilidade da organização europeia homónima, sediada em Bruxelas. É a esta distinção que concorrem os Açores, sendo o único destino português a ingressar na lista de 2016.

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fevereiro

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 A vida afetiva reflete grande motivação para mudanças profundas e decisões inadiáveis, renascendo para um novo ciclo vantajoso. A nível profissional é determinante elaborar novos projetos e, corajosamente, mude radicalmente o rumo da carreira.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva depende do equilíbrio pessoal e da capacidade de conciliar a sua vontade e o interesse do outro elemento do par. A nível profissional tranquilamente procure controlar os seus impulsos e, desta forma, evitará certas situações conflituosas.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva permite fugir à rotina e facilita a expressão dos seus sentimentos, promovendo reações muito harmoniosas. A nível profissional a calma, aliada à persistência, concede a dedicação essencial para fomentar a estabilidade desejada.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva confere a necessidade de comunicar de forma mais compreensível e utilizando corretamente a sua força. A nível profissional demonstre por palavras e atos os seus conhecimentos, estabelecendo relações assertivas e encantadoras.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva depende do equilíbrio entre o pensamento e o sentimento. Evite os nervos que provocam atitudes embaraçosas. A nível profissional avalie o parecer das pessoas envolventes e não se precipite em tomadas de decisões superficiais.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva mostra que presentemente está mais sensível e, também, disponível para estabelecer relações mais harmónicas. A nível profissional este período é excelente para definir quais são os seus interesses morais, psicológicos e constituir prioridades.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva anuncia a estabilidade emocional fundamental para a resolução de problemas antigos e a tomada de decisões firmes. A nível profissional expanda toda a sua sensibilidade e imaginação, concretizando objetivamente os seus grandes sonhos.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva exige uma postura mais compatível com seus reais valores, de maneira a construir relações mais justas e verdadeiras. A nível profissional procure a colaboração das pessoas certas, pois, em conjunto conseguirão alcançar os objetivos pretendidos.

leão 23/07 a 22/08

A vida afetiva evolui positivamente e a generosidade constitui relacionamentos baseados na comunicação compreensiva. A nível profissional procure definir as suas ideias para realizar os seus planos pessoais, sempre comtemplando o interesse coletivo.

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva marca um excelente período para renovar as relações existentes válidas e começar novas ligações muito prósperas. A nível profissional este é o momento para aceitar novos desafios e poderá surgir uma nova responsabilidade muito proveitosa.

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aquário 20/01 a 18/02

A vida afetiva concede a oportunidade para transformar o seu destino e trilhar o futuro, de acordo com os seus autênticos sentimentos. A nível profissional estão favorecidos os trabalhos em grupo e, ainda, pode expor as suas opiniões visionárias e originais.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva promove relações mais solidárias e retas, resultado das suas ideias mais claras e consolidadas pela compreensão. A nível profissional poderá encontrar alguém especial que despertará a sua faceta mais criativa e relacionada com a condição Divina.


27 de fevereiro

Teatro Micaelense | 21h30, M/12

Hugo Sousa

Eduardo Madeira

Aldo Lima c ria ti va magazine • 67


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