CRIATIVA MAGAZINE - EDIÇÃO DE FEVEREIRO 2019

Page 1

ANO IV Nº 52 FEVEREIRO 2019

S DE DOESR CONTO VOUCHNER O INTERI

70 ANOS DA A.C. CYMBRON ENTREVISTA A SÓNIA BORGES DE SOUSA REPORTAGEM COM GONÇALO COSTA: UM MÁGICO A DESVENDAR UNIÃO SPORTIVA QUER TRAZER MAIS TÍTULOS PARA OS AÇORES ENTREVISTA A ANTÓNIO MEDEIROS “OPTAMOS POR DESENHAR UM NOVO FORMATO DO AZORES RALLYE”

GRANDE REPORTAGEM

AS GREVES NÃO SÃO FEITAS DE ÂNIMO LEVE



REPORTAGEM GONÇALO COSTA: UM MÁGICO A DESVENDAR

EVENTOS

CYMBRON ASSINALA 70 ANOS COM 36 A.C. PARCEIROS E TRABALHADORES SOBRE VIDA E OBRA 40 EXPOSIÇÃO DO PADRE JOÃO CAETANO FLORES DO LIVRO 42 LANÇAMENTO “A CIDADE DAS ESTRELAS” ENTRE FILARMÓNICAS 44 MATINÉS NA RIBEIRA GRANDE GALA DE BENEFICÊNCIA 45 VII COM CARLOS DO CARMO DE SOPAS 46 FESTIVAL NAS FURNAS

RUBRICAS

CRIATIVO 28 OLHAR TEMA “GUARDA-CHUVA” DE SAÚDE 30 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO ÓTICA 32 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO JURÍDICO 34 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655

REPORTAGEM SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA RIBEIRA GRANDE INAUGURA ESPAÇO INOVADOR

ENTREVISTA A RAFAEL CARVALHO FALTA MAIS ENVOLVIMENTO PARA DIVULGAR ESTE INSTRUMENTO MUSICAL

DESPORTO MOTORIZADO ENTREVISTA A ANTÓNIO MEDEIROS “OPTAMOS POR DESENHAR UM NOVO FORMATO DO AZORES RALLYE”

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

26 22 18 16 08

04

GRANDE REPORTAGEM

ENTREVISTA A SÓNIA BORGES DE SOUSA 70 ANOS DA A.C. CYMBRON

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

SE O PATRONATO ESTÁ ORGANIZADO, OS TRABALHADORES TAMBÉM MERECEM ESTAR Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

15 de fevereiro marca a primeira das greves nos Açores. Para chegar a este ponto significa dizer que todo o resto falhou!

O

ano de 2018 foi marcado por uma persistente contestação social. Foram mais de 550 as greves registadas de janeiro a dezembro. Um número que surpreende e que dá nota de muito mal-estar entre diferentes classes trabalhadoras. Algumas das paralisações são sempre mais mediáticas do que outras, em muitas circunstâncias porque atingem grandemente a população. Por exemplo, sempre que há uma greve nos transportes públicos, na Saúde e na Educação, quase todos sentem o seu efeito. Em dezembro, note-se, em todo o país quase todos os dias houve uma greve. Por cá o recurso à greve tem sido específico de algumas classes profissionais ligadas maioritariamente às áreas da Saúde e Educação. O ano começa já com uma greve da Administração Pública nacional e regional agendada para o dia 15 de fevereiro, uma luta justificada, refere a CGTP porque o Governo, uma vez mais, não quis dar aumentos aos trabalhadores da Função Pública. Será a primeira manifestação de maior envolvência a ter lugar no arranque de 2019, refere

4 • c ria ti va magazine

João Decq Mota (CGTP) à nossa redação, que inicia o seu discurso recordando que para se chegar à greve houve tentativas falhadas nas negociações. “A greve não é por si só uma arma que os sindicatos usem ao desbarato, porque é preciso não esquecer que o primeiro sacrificado é sempre o trabalhador que não ganhará o(s) dia(s) de trabalho(s). Daí que, não se julgue que no limite da greve não houve antes várias tentativas de luta pelos direitos, sejam elas exercidas através de abaixo-assinados, concentrações ou através de outras ações ao alcance dos sindicatos junto das entidades patronais. Ao contrário daquilo que passa para a opinião pública, o recurso à greve é sempre uma situação limite. Privilegiamos sempre o diálogo e a concertação. Os sindicatos da CGTP encaram a greve como uma forma de luta extrema, a usar quando necessário, mas usada com peso e medida, porque na verdade usada em extremo ela poderá ser inclusivamente uma arma que se vira contra o trabalhador.” João Decq Mota recorda a propósito que toda a situação de greve confere ao trabalhador que adere uma perda de vencimento, razão pela qual também em Portugal as


Ao contrário daquilo que passa para a opinião pública, o recurso à greve é sempre uma situação limite.”

greves por vezes sejam reduzidas a um ou dois dias de paralisação porque já é bastante difícil juntar aos parcos recursos financeiros, dias a perder em virtude do exercício da greve. Talvez por esse motivo se tenha assistido recentemente a algo não muito comum em Portugal: um grupo de enfermeiros incentivou uma recolha de fundos, com um valor estimado de 300 mil euros, para marcar uma greve prolongada em três hospitais públicos, com o intuito de cobrir algumas despesas e ‘sacrifícios’ pelos dias perdidos a todos os colegas que aderissem à greve. O caso é pouco usual, e tão-pouco é política adotada pela CGTP, explica João Decq Mota.

“Recentemente ouviu-se falar de alguns trabalhadores que quiseram aderir a uma greve prolongada e que para compensar perdas e custos movimentaram-se na criação de um fundo económico, a que chamaram de fundo solidário. Gostaria de deixar uma nota clara que isto é algo que não é fomentado pela CGTP, apesar de compreendermos as razões que motivaram a esta circunstância.” Nos últimos anos há greves que foram mais bem-sucedidas que outras; algumas pela discriminação grave entre trabalhadores e pela conquista dos objetivos e que ficam na memória do sindicalista. É o caso de uma greve de 2012, que envolveu trabalhadores da Portos dos Açores, e que juntou vários empregados das ilhas do Triângulo, que revindica-

cria ti va magazine • 5


“Na verdade usada em extremo ela (greve) poderá ser inclusivamente uma arma que se vira contra o trabalhador.” vam contra a diferença salarial e de enquadramento profissional entre trabalhadores da Portos dos Açores. “Lembro-me bem de uma greve dos portos das chamadas ilhas do Triângulo, e que envolveu também trabalhadores das Flores e do Corvo, em 2012, com vista à negociação de acordos justos entre todos os trabalhadores, e só com essas paralisações foi possível sair-se vitorioso e chegarmos a um acordo satisfatório para todos. Foi uma greve que começou por ter uma paralisação de uma hora ao trabalho, a qual se foi intensificando.” Recorrendo ao Pordata, que faz a recolha informativa das greves, e excluindo os dados de 2018 ainda não disponíveis, de 2010 a 2017 foram convocadas no país 804 greves, as quais fizeram movimentar mais de 600 mil trabalhadores. Ora, essas paralisações revelaram-se em mais de 400 dias de paralisação. Por setores de atividade económica, tem sido no setor secundário que mais greves têm sido convocadas, a quase totalidade delas sempre suportadas por várias estruturas sindicais. É preciso todavia recuar até ao ano de 1992, para encontrar o período mais crítico o nível de greves em Portugal. Nesse ano, regista-se que foram desenvolvidas 409 greves em 365 dias, às quais aderiram cerca de 132 mil trabalhadores.

6 • c ria ti va magazine


DISCREPÂNCIAS ENORMES NO PRIVADO Não é à toa que a grande maioria das greves em Portugal são no setor público e empresarial. Os sindicatos representativos dos trabalhadores do privado não têm conseguido agregar o interesse destes empregados, diz João Decq Mota, excetuando alguns casos de grandes empresas – um exemplo é os sindicatos que suportam trabalhadores de grandes unidades fabris – ou os sindicatos do chamado setor empresarial com alguma dimensão, apontando como exemplo no caso dos Açores os sindicatos representativos dos trabalhadores da EDA ou da SATA. “Recordo como exemplo algumas greves na Cofaco e outra numa empresa de Segurança, onde pontualmente se consegue obter resultados.

É certo que é mais difícil desenvolver ações de luta no setor privado, se bem que em Portugal Continental tem-se verificado e isso é visível na comunicação social, algumas lutas bem conseguidas em fábricas que operam em áreas diferentes, seja nos têxteis ou produção automóvel, que talvez sejam os exemplos mais práticos que o leitor consegue identificar. São de facto sectores onde não só os sindicatos têm uma força acrescida, como os próprios trabalhadores entre si estão bem organizados e movimentados e ‘alimentados’ para a mesma causa. Reportando-nos aos Açores, é claro que os sindicatos com maior poder reivindicativo são os do setor empresarial e da administração pública, muitos deles com origem nacional e que estenderam delegações à Região Autónoma dos Açores. Como conselho devo deixar a nota de que todos os trabalhadores devem estar organizados e sindicalizados de modo a poderem reivindicar uma maior justiça social, uma valorização das suas carreiras. O patronato está devidamente organizado!, porque tem necessidade de defender os seus interesses, e se assim o é, o mesmo deve acontecer com os trabalhadores, pois só assim poderá haver um equilíbrio saudável para as partes.”

NOTA: O primeiro conflito laboral que se conhece acompanhado de abandono de trabalho e com considerável envergadura, no nosso país, é o das fiandeiras do Porto, em 1628, que assume aspectos de grave amotinação. in “As greves em Portugal: uma perspectiva histórica do século XVIII a 1920”.

c ria ti va magazine • 7


ENTREVISTA

70 ANOS

DA A.C. CYMBRON

4ª GERAÇÃO DA EMPRESA ELOGIADA POR SÓNIA BORGES DE SOUSA São sete décadas de trabalho árduo. Uma vida inteira dedicada a uma marca. 70 anos depois, a empresa continua a ser gerida pela mesma família, um júbilo que Sónia Borges de Sousa faz questão de deixar em época de aniversário. Natacha Alexandra Pastor

C

riativa Magazine - São 70 anos de história da A.C. Cymbron. Muitos anos, com muitas histórias. Vamos recordar como tudo se formou. Sónia Borges de Sousa - A A.C. Cymbron enquanto empresa registada faz 70 anos agora, embora tenha sido iniciada um pouco antes, na altura por quatro sócios: o Senhor Vicente Cymbron Borges de Sousa, o Dr. José Cymbron Borges de Sousa, a Dª Mariana Cymbron Borges de Sousa e o Senhor Alfredo Pimentel. Começou por ser uma empresa ligada à construção civil, com uma quota muito interessante do mercado, mas depois um dos irmãos dos sócios, que também estava ligado à empresa, o Dr. Pedro Borges de Sousa, que tinha alguns contactos, foi nomeado agente da Cidla, primeiro, depois da Sacor. Ambas foram fundidas após o 25 de Abril numa só, dando origem à Petrogal, e a A.C. Cymbron durante muitos anos foi agente da Petrogal para os Açores. Por opção das petrolíferas, alguns anos mais tarde, decidiu-se terminar com os agentes locais, e a empresa

8 • c ria ti va magazine

Carlos Costa

começou a diversificar o seu negócio, abrindo as suas próprias bombas, o que hoje lhe dá alguma dimensão. 70 anos com muitos altos e baixos, por certo. O que foi ou tem sido mais difícil? Muitos altos e muitos baixos, com algumas crises, a pior de todas elas talvez tenha sido em 1975/1976. Eu costumo dizer que nós nascemos e vivemos com a empresa, porque as coisas quando não correm bem os pais chegam a casa e nós sentimos o reflexo disso. Recordo-me de que na altura todos os meses havia condicionalismos. Portugal não tinha divisivas para comprar matéria-prima, portanto não conseguia importar brent, e todos os meses a quota era menor, ou seja, tínhamos que diminuir vendas, numa altura de grande inflação em que os sindicatos pediam maiores ordenados. Julgo que terá sido o período mais conturbado da empresa. Foram diversificando as áreas de atuação de negócio da empresa de forma sustentada, mas mantendo sempre uma ligação aos combustíveis. Sempre com alguma ligação. Como tínhamos o gás começamos a oferecer uma gama de eletrodomésticos.


Houve uma altura em que também disponibilizávamos cozinhas. Posteriormente, numa reunião em que o meu pai conheceu algumas pessoas ligadas à Black & Decker, ferramentas profissionais, passamos a representar a marca e à conta desta marca seguiram-se outras. Também tínhamos o negócio das motos que acabamos por abandonar, uma atividade que há seis anos atrás, mais ou menos, retomamos. Considerando ainda que tínhamos ligada à empresa a agência de viagens Melo, arrancamos com o serviço de uma rent-a-car há três anos, um investimento que está neste momento pago e que esperamos continue a crescer. O que reserva o futuro, em termos de novas apostas? Os combustíveis estão cada vez mais num fim da linha. Não digo que terminem nos próximos 5 ou 10 anos, mas se calhar daqui a 20 ou 25 as energias alternativas terão um crescimento significativo e o contrário acontecerá aos combustíveis. Temos de apostar em novas áreas de negócio. Quando nós muitas vezes falamos que o Governo Regional dos Açores continua a manter

as margens fixas, é no sentido de que para fazermos a transformação da empresa e abandonarmos um pouco o negócio que temos neste momento, precisamos de alguma receita que nos permita fazer isso mesmo, o que não acontece neste momento. A empresa não tem prejuízos mas também não tem lucro, isto é algo que tem sido contínuo ao longo destes 70 anos, ou seja, tem as suas obrigações pagas assim como os seus ordenados. Há uma transformação já no mercado dos combustíveis, e tudo indica que nos próximos tempos e com a introdução de veículos elétricos o mercado dos combustíveis vai ainda ser diferente. O gás tem estado em quebra desde há uns cinco ou seis anos; o combustível, curiosamente a gasolina cresceu este ano, por via do Turismo e do crescimento do parque automóvel por parte das rent-a-car, pese embora seja um aumento residual, tem vindo a baixar. Neste momento já aparecem nos Açores alguns postos de abastecimento em que não há operadores, ou seja a pessoa chega, abastece, paga com um cartão e vai-se embora.

cria ti va magazine • 9


Será um modelo que será para crescer? É provável que venha a acontecer, gradualmente. Falou em Turismo, que é um setor no qual também estão a trabalhar. Como empresária, tem acompanhado a evolução. Está satisfeita com o crescimento? Sempre se pensou que o Turismo seria uma aposta. Nós muitas vezes referimos que deveria ser um turismo de qualidade e sustentável. Vejo, infelizmente, que em alguns casos a qualidade e o impacto ambiental não foram assegurados. Primeiro surgiu o mau, e agora é que estamos a tentar corrigir, mas o Turismo é um pouco como uma ‘pescadinha de rabo na boca’: se fizermos primeiro e não tivermos Turismo, é porque quisemos dar passos maiores do que as pernas; se só fizermos depois somos criticados porque fizemos tarde. No caso do Turismo é preciso ter cuidado, e falo por exemplo nas críticas que fazemos à SATA, que não atravessa o melhor momento. Ajudar a afundar a SATA pode ser muito perigoso. Para todos os efeitos a SATA é a nossa bandeira. Ao ficarmos dependentes de uma Ryanair ou da TAP para se voar para os Açores, certamente ficaremos pior servidos. Acho que é preciso cuidado e acarinharmos o que é nosso! Na nossa história já há um número considerável de empresas que eram de bandeira açoriana que ou despareceram ou caíram nas mãos de investidores que não têm qualquer relação com os Açores.

10 • c ria ti va magazine

Eu penso que há nas empresas açorianas de cariz familiar um princípio em que é vulgar dizer-se: “A primeira geração constrói; a segunda geração mantém; a terceira geração vende.” O tecido empresarial açoriano é composto por empresas de pequena e média dimensão, que quando foram chegando à terceira geração foram desagregando. Costumo dizer que o meu maior orgulho é poder dizer que vamos na quarta geração! É necessário adaptar as empresas aos tempos que correm e saber passar à geração abaixo a empresa. Posso dizer que o negócio da rent-a-car foi desenhado e desenvolvido pela nossa quarta geração e temos de ter a capacidade de nos moldarmos ao que as novas gerações querem apostar, naturalmente com o bom senso de todos para aquilo que é possível fazer, libertar meios para que os sonhos deles se realizem e ao mesmo tempo que a empresa mantenha solidez. Vamos olhar um pouco para o universo da empresa, que tem uma carga humana grande. O que gostaria de lhes dizer nestes 70 anos? Neste momento são 107 os colaboradores, embora por média tenhamos 7 a 8 trabalhadores de baixa por diversos motivos. A eles e a todos os nossos clientes, parceiros e colaboradores o nosso Obrigado por fazerem parte dos nossos 70 anos.


cria ti va magazine • 11


REPORTAGEM

PRESENÇA AÇORIANA NOS TRIPADVISOR TRAVELLERS’ CHOICE AWARDS O Alojamento Local “Quinta do Mar”, na Caloura, voltou a ser objeto de eleição, uma vez mais, dos TripAdvisor Travellers’ Choice Awards, para Portugal. A unidade hoteleira conquistou a 11ª posição na categoria de “As 25 Melhores Estalagens e Pousadas”. Natacha Alexandra Pastor

A

Quinta do Mar foi inaugurada em 2005, oferece terraços isolados e áreas comuns relaxantes com trilhos para caminhadas curtas através dos jardins à encosta na parte de trás da propriedade. O alojamento tem sido objeto de bons comentários pelo seus hóspedes, e a prova está pela conquista, uma vez mais, de um reconhecimento atribuído pelo TripAdvisor. O TripAdvisor é um dos maiores sites de viagem do mundo. Nos últimos 17 anos, o site divulga o resultado das melhores experiências em diferentes unidades hoteleiras espalhadas pelo mundo, com base nas melhores avaliações/ recomendações de viajantes de diferentes nacionalidades.

12 • c ria ti va magazine

QUINTA DO MAR

Os Açores conquistaram, ainda, na mesma categoria da “Quinta do Mar” outro reconhecimento, desta feita com a “Quinta da Mo”, nas Furnas, a situar-se na 22ª posição da lista. O “Terra Nostra Garden Hotel”, também nas Furnas, mereceu uma pontuação positiva, alcançou a 21ª posição na categoria de “Melhores Hotéis”. Os proprietários da Quinta do Mar, Christopher Noble e Nicholas Heathcote, dizem estar “extremamente orgulhosos de ganhar este prémio “Travellers’ Choice” pela sexta vez. Agrada-nos que os Açores tenham vencedores nesta importante categoria de turismo.”


c ria ti va magazine • 13


REPORTAGEM

MONTE VERDE FESTIVAL FINALISTA DOS IBERIAN FESTIVAL AWARDS Nomeado na primeira fase para onze das vinte e duas categorias a concurso, o Monte Verde Festival torna-se agora num dos cinco finalistas portugueses, em quatro diferentes categorias, nos Iberian Festival Awards. Direitos Reservados

O

festival é o único evento açoriano a marcar presença nesta lista final. Depois de ter sido nomeado numa primeira fase para diversas categorias neste que é o principal prémio destinado a festivais na Península Ibérica, o Monte Verde Festival vê o sucesso da edição de 2018 ser premiado com mais uma nomeação, agora para o Top 5 português de quatro diferentes categorias. Nas categorias eleitas pelo público, o Monte Verde Festival ficou entre os cinco melhores festivais portgueses na categoria Best Line Up e na categoria Best Live Performance Internacional com a atuação dos suecos The Hives. O festival faz ainda parte da lista final nas categorias Best Hosting and Reception, onde são avaliadas as capacida-

14 • c ria ti va magazine

des de receção e acolhimento dos festivaleiros e artistas, e na categoria Best Use of Technology, numa parceria com a empresa Glownet, premiando assim a inovação tecnológica aplicada no festival através do uso do sistema cashless e através da implementação dos carregamentos online pela primeira vez em Portugal. Estas duas últimas categorias foram decididas por um painel de júris portugueses e espanhóis. Desta forma, o Monte Verde Festival torna-se no único festival açoriano a constar na lista final de candidatos aos Iberian Festival Awards, demonstrando que o evento está no caminho certo para se tornar ainda mais numa referência regional e nacional no que aos festivais de música diz respeito.”


82.500€ 78.000€

140.000€ 132.000€

95.000€ 85.000€

MORADIA T2

PRÉDIO URBANO

MORADIA T4

RENOVADA

59.950€ 55.000€

MORADIA

LOMBA DA MAIA, RIBEIRA GRANDE

INVESTIMENTO

EM TERRENO COM 1980 M2

ID: 123541027-165

FAJÃ DE BAIXO, PONTA DELGADA ID: 123541012-57

RIBEIRINHA, RIBEIRA GRANDE ID: 123541006-91

P. GARÇA, VILA FRANCA DO CAMPO ID: 123541069-26

105.000€ 99.750€

86.000€ 76.000€

120.000€ 98.000€

120.000€ 108.000€

MORADIA T2

MORADIA T1

APARTAMENTO T3

APARTAMENTO T2

RIBEIRINHA, RIBEIRA GRANDE ID: 123541064-27

FRACÇÃO R/CHÃO

SÃO PEDRO, PONTA DELGADA ID: 123541006-83

SÃO PEDRO, PONTA DELGADA ID: 123541027-179

SÃO PEDRO, PONTA DELGADA ID: 123541079-25

55.000€ 48.000€

140.000€ 133.000€

97.000€ 92.000€

130.000€ 123.000€

MORADIA T1

MORADIA T3

SANTO ANTÓNIO DE NORDESTINHO, NORDESTE ID: 123541006-85

ISOLADA

SANTO ANTÓNIO, PONTA DELGADA ID: 123541079-19

APARTAMENTO T2

JUNTO AO CENTRO DA CIDADE

MATRIZ, RIBEIRA GRANDE ID: 123541079-26

AVENIDA D. JOÃO III

MORADIAS

PARA RECUPERAR NO CENTRO

MATRIZ, RIBEIRA GRANDE ID: 123541070-1

c ria ti va magazine • 15


REPORTAGEM

GONÇALO COSTA: UM MÁGICO A DESVENDAR Tal como a generalidade das crianças, o primeiro contacto de Gonçalo Costa com a magia foi feito com uma simples caixa de magia. O primeiro truque de cartas aprendeu-o com a mãe. Nos últimos anos cresceu como mágico, e já pisou o palco com o conhecido mágico Luís de Matos. Gonçalo Costa é uma jovem promessa no mundo da magia. Natacha Alexandra Pastor

E

Carlos Costa/ João Moniz Photography/ DR

ra ainda uma criança quando recebeu de presente uma caixa de magia. A oferta fascinou-o!. Algum tempo depois, foi a mãe quem o surpreendeu com o primeiro truque mágico de cartas. Foi – na altura não o sabia – provavelmente nesse momento que se fez o clique para este mundo. Uns anos mais tarde foi a vez de um amigo o surpreender com alguns truques com um baralho de cartas. Daí em diante não descansou enquanto não começou a ‘beber’ informação e a perceber como tudo funciona num mundo onde o espanto é constante. Gonçalo Costa confessa à Criativa Magazine o seu extraordinário gosto pelo mundo da magia, uma arte que procura explorar todos os dias.

16 • c ria ti va magazine

“A minha primeira caixa de magia foi-me oferecida pelos meus pais, era eu muito novo. Com ela fazia apresentações aos meus pais, aos meus amigos e familiares. Aos 8 ou 9 anos a minha mãe ensinou-me o que posso considerar o meu primeiro truque de cartas. Fui começando a interessar-me mais e mais até que por volta dos 15 anos de idade conheci um rapaz que fazia também alguns truques com um baralho de cartas. Lembro-me que fiquei pasmado com aquilo. Pedi-lhe que me ensinasse e ele acabou por ceder ao meu pedido e hoje sei que foi ali que passei a querer saber mais e mais. Na minha ida para Lisboa para estudar na Universidade surge-me um convite para fazer um espetáculo à experiência e foi aí que eu percebi que poderia não só desen-


volver os meus estudos como também conciliar com algumas atuações despretensiosas, até porque era algo que eu gostava muito de fazer. Fui fazendo um, dois, três espetáculos, até que dou por mim e estou a correr algumas zonas do país (Lisboa, Porto, Abrantes, etc) a fazer espetáculos.” Tudo isso acontece logo no primeiro fim-de-semana que Gonçalo Costa se instala em Lisboa para o arranque dos seus estudos, numa brincadeira num bar, onde puxou de uma carta para a transformar numa nota. Certo é que dois meses mais tarde, Gonçalo Costa foi convidado para ser um dos entertainers de uma festa de Natal da Mitsubishi Motors Portugal, com uma assistência na ordem das 500 pessoas. Foi o evento com maior massa humana que teve até à data, e quando lhe surgiu a oportunidade, o jovem estava longe de imaginar que seria um espetáculo para tantas pessoas. O seu percurso nesta arte tem sido ascendente. Tem vindo a ser convidado para dezenas e dezenas de atuações, em festas e convívios privados, sobretudo. Gonçalo Costa tem como referência na arte o mágico Luís de Matos, de quem aprecia a carreira, e com quem fez um pequeno número, em palco, a convite do próprio, no Casino Estoril. O mágico Gonçalo Costa tem estado constantemente a evoluir no mundo da magia, dedicando largas horas de ensaios, aperfeiçoamento e na busca de números surpreendentes. É também na leitura de alguns livros importantes

que afinca a sua investigação. O resto do trabalho decorre, em muitas situações, da junção de vários momentos ou vários truques de magia. Sempre que sobe a um palco, os primeiros momentos são sempre de algum nervosismo – entendido com um bom sinal –, mas a diversão que assume em cada trabalho realizado acaba por superar os nervos. Apesar de gostar de produzir um espetáculo para uma plateia, é no trabalhar junto das pessoas que mais entusiasmo lhe provoca. Daí usar elementos de pequena dimensão, aos quais o público pode ter acesso, tocando ou conferindo que nada de anormal têm. Cartas, bolas, cordas, notas são alguns dos objetos que faz transformar, desaparecer de um lado para aparecerem noutro, tudo feito quase colado aos narizes de quem assiste, sem que se consiga entender como. Como é que é possível!? Esta é de resto a pergunta que Gonçalo Costa mais escuta. Enquanto aperfeiçoa truques; acaba os estudos; tenta pôr um ponto final no seu primeiro livro; constrói a sua página web…. Gonçalo Costa idealiza o seu primeiro grande espetáculo a solo, construído minuciosamente desde a raiz. É com ele que quer avançar numa primeira digressão, que possa correr diferentes pontos do país. A partir da aceitação do público a esse seu primeiro grande projeto, Gonçalo Costa poderá ter outras luzes para o seu futuro. f/goncalocostamagician

c ria ti va magazine • 17


REPORTAGEM

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DA RIBEIRA GRANDE INAUGURA ESPAÇO INOVADOR A Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande tem novas instalações para o Centro de Dia, ATL, com ginásio intergeracional. Trata-se de um espaço multifunções, que teve um apoio direto do Fundo Rainha D. Leonor no valor de 140 mil euros. A obra teve um impacto financeiro global de 360 mil euros. Natacha Alexandra Pastor

A

candidatura ao Fundo Rainha D. Leonor teve ainda a vantagem de possibilitar a reabilitação e aproveitamento patrimonial de um edifício histórico, que integra o torreão da antiga fábrica de chicória da Ribeira Grande. O projeto contemplou a construção de um alpendre que, quando fechado conforme o clima, dá lugar a um jardim de inverno. O espaço físico tem sido até agora um local de grande ajuda para todos os utentes, pelo que as novas condi-

18 • c ria ti va magazine

Carlos Costa

ções agora oferecidas são de enorme importância para o bom acolhimento destes cidadãos. Há um universo de 700 utentes que regulamente usufruem dos diferentes serviços oferecidos pela Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande. Com a requalificação agora concretizada, a Misericórdia de Ribeira Grande reabilitou o Centro de Dia que passa a ter no mesmo espaço o ATL, provocando um contacto intergeracional natural e diário.


A obra teve em mente promover o envelhecimento ativo e intergeracionalidade através do exercício físico dos mais idosos (ginásio) e, por outro lado, os pais ganham um local seguro para as ATL dos seus filhos. Serão várias as propostas para os mais idosos, que poderão ter acesso a aulas de informática, aulas de ginástica, gestão e cuidado de plantas medicinais e aromáticas. O Provedor da SCMRG, Nelson Correia, alertou o Governo Regional para a necessidade de serem criados acordos mais justos com estas instituições, considerando que corre-se o sério risco de pôr em causa uma função social de valor inestimável. “As velhas instalações do centro de dia estavam longe de proporcionar os parâmetros mínimos de conforto aos nossos utentes. O cruzamento de atividades diárias com atividades lúdicas e recreativas no mesmo espaço irá resultar numa estratégia programática mais inovadora. Com este novo e moderno equipamento, inauguramos também um novo sistema interativo destinado a senio-

res, uma novidade tecnológica que muito contribuirá para os nossos utentes interagirem com o mundo. O Governo dos Açores tem na Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande um grande parceiro. Trata-se do terceiro maior empregador do concelho da Ribeira Grande com 215 funcionários e um orçamento na ordem dos 6 milhões de euros. Estamos aqui de corpo e alma, mas apelamos a uma mudança na responsabilidade de cada uma das partes. Para garantir a nossa sustentabilidade e assegurarmos um serviço de qualidade às populações o Estado não se pode descomprometer das suas responsabilidades. Os acordos têm de ser mais justos ou corremos o risco de descapitalizar cada vez mais as instituições comprometendo o seu futuro. As instituições de economia social desempenham um papel de ‘almofada social’, por isso o país e a região têm uma dívida enorme perante estas instituições.” O Provedor da Santa Casa lembrou ainda que Portugal está a braços com o problema do envelhecimento populacional, e o desafio passará por manter esta população senior nas suas casas, sendo este o modelo mais importante, sob o qual temos todos de ser mais “persistentes e tenazes.”

c ria ti va magazine • 19


REPORTAGEM

112: VIDA POR VIDA Criado em 1991, o 112 é desde 2008 o número de emergência que pode ser usado a partir de qualquer telefone para aceder gratuitamente aos serviços de emergência em qualquer país da União Europeia. O 112 é um serviço que o pode ligar à vida. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

N

unca ninguém sabe qual a hora e o dia em que vai precisar de ligar um dos números mais fulcrais do sistema de apoio, no caso de um acidente, incêndio, catástrofe, doença… O 112 é aquele número que está lá para ajudar, pese embora muitos o encarem como fonte para divertimento. Há uma equipa 24 sob 24 horas preparada para receber as chamas telefónicas. Nos Açores a coordenação do 112 está a cargo do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, mas quem primeiro recebe as chamadas telefónicas são agentes da PSP. Todo o percurso que se segue tem uma hierarquia regularizada, explica à Criativa a Proteção Civil dos Açores. “A chamada é recebida pelos agentes da PSP que efetuam uma primeira triagem. Caso a chamada seja de assunto policial, é desviada para a esquadra da zona do incidente. Caso a chamada seja de um pedido de socorro de incêndio, acidentes e outros tipos de ocorrências, são desviadas para os operadores de comunicações. Ocorrências de emergência pré-hospitalar e de emergência médica são transferidas para os enfermeiros que atendem a linha de Emergência Médica, sendo aplicado o modelo de Triagem Telefónica e Aconselhamento de Manchester, definindo a prioridade, bem como o tipo de resposta, providenciando à comunidade os cuidados certos, no local certo e no tempo certo. Sendo profissionais de saúde, é realizado o adequado aconselhamento de emergência. Os Operadores de Comunicações do SRPCBA efetuam o contacto com os Corpos de Bombeiros da Região e procedem ao envio de meios.” É um verdadeiro trabalho de equipa, em muitos casos com finais muito felizes. São dezenas e dezenas de situações, algumas bem mais complexas do que outras. Ainda recentemente, aponta o serviço, o desfecho de salvamento de duas pessoas em São Miguel, que se perderam na zona do Pico da Vara, e que acabaram por ser salvas por uma equipa da Esquadra 751 — Pumas, é um bom exemplo da articulação de entidades e profissionais.

20 • c ria ti va magazine

“Este é um trabalho em equipa, articulado e sequencial cujo objetivo é o socorro adequado e eficaz no mais curto espaço de tempo. A equipa é constituída por um ou dois agentes da PSP, três enfermeiros do SRPCBA na Linha de Emergência Médica e três Operadores de Comunicações no despacho de meios. O salvamento de dois indivíduos do sexo masculino, após 12 horas de intenso trabalho, ainda recentemente, é um bom exemplo de finais felizes. O que é necessário salientar, é o trabalho de equipa, não só dos elementos que de uma forma operacional estão envolvidos no socorro, mas também dos profissionais, que de modo distante contribuem também para o sucesso de qualquer situação de emergência.” Uma vez mais as equipas que estão na linha da frente dos serviços do 112 apelam à consciência de quem liga para este número, que deve ser usado para verdadeiras emergências. Considerando o número de chamadas falsas que escapam a quem primeiro atende os telefonemas o serviço local da Proteção Civil lembra que “o número europeu de emergência (112) tem que ser encarado pelas comunidades, como um recurso de emergência, e como tal, utilizado com critérios e apenas em situações de verdadeira emergência. Perante este tipo de situações, a informação transmitida é vital, pelo que sempre que utilizarem o 112, tenham o máximo de informação possível a fornecer, porque será vital para o tipo de resposta e envio de recursos adequados.”


VOUCHER pรกg. 47

c ria ti va magazine โ ข 21


ENTREVISTA

VIOLA DA TERRA CERTIFICADA

FALTA MAIS ENVOLVIMENTO PARA DIVULGAR ESTE INSTRUMENTO MUSICAL Rafael Carvalho é uma das pessoas que mais tem divulgado este instrumento. É um tocador nato da Viola da Terra, agora certificada como produto da marca Artesanato. Tem-se dedicado a espalhar a formação para garantir a renovação dos Tocadores e insistir na valorização e divulgação destes. Natacha Alexandra Pastor

C

riativa Magazine - Acaba de ser atribuída certificação à Viola da Terra como produto da marca Artesanato. Como amante e estudioso, músico e professor, esta atribuição poderá ampliar o interesse e a preservação deste instrumento? Rafael Carvalho (músico e professor) - O Centro Regional de Apoio ao Artesanato teve a iniciativa de certificar o trabalho artesanal em Madeira de construção da Viola da Terra como produto de “Artesanato dos Açores” juntando-se a um grupo de 21 produtos artesanais da nossa Região. Essa medida tem a importância de valorizar os construtores de Viola da Terra na nossa Região, ditos Violeiros, bem como as técnicas e materiais de construção que foram sendo passadas entre gerações ao longo de muitas décadas. Esta atribuição pode e deve ser uma forma de maior inter-relacionamento, a partir de agora, entre os Construtores de Viola nos Açores, de maior presença e exposição dos seus trabalhos em feiras nas várias ilhas mas também fora da Região, e de maior acesso a formações/workshops que possam ser uma mais-valia na formação pessoal de cada um. Se existir esse resultado prático que acabo de referir, acredito que poderá trazer mais interesse para a Viola e tudo o que ela representa.

22 • c ria ti va magazine

Rafael Carvalho


O que mais importa salvaguardar, aproveitando esta Tem sido um trabalho certificação? muito difícil e O diploma que certificou o trabalho de construção artesanal da Viola da Terra é, ele próprio, a salvaguarda da cansativo havendo tradição da “Arte da Violaria” nos Açores, uma vez que muitos dias em que descreve os diferentes materiais utilizados, as diversas etapas de construção e as diferenças entre instrumenme questiono se tem tos. Importa referir que não estamos a falar de uma Arte valido a pena.” estanque pois foi sempre evoluindo com os tempos, de acordo com o contexto e recursos de cada época. Hoje em dia, por exemplo, usamos “cravelhas” (afinadores) metálicos ou de outros materiais que não havia no passado; utilizam-se ferramentas para a construção cada vez mais sofisticados e com mais precisão. O diploma define as características das Violas de 12, 15 ou 18, especifica todas estas questões, mas não limita a utilização de outras ferramentas, de outras madeiras, de outros processos de construção. Do que conhece ao nível regional, a Viola da Terra ainda é um elemento presente em algumas ilhas? A Viola da Terra está presente, diariamente, em praticamente todas as ilhas dos Açores. Nas várias ilhas apareceu agora no “Cantar aos Reis”, aparecerá no “Cantar às Estrelas” e depois em outros eventos ao longo do ano. Há ilhas onde todas as semanas a Viola está presente nos “Bailes de Roda”, em “Bailes Regionais”, nas “Chamarritas”. Depois temos ainda em algumas ilhas “Escolas de Violas” que vão trabalhando e apresentando-se com alguma regularidade. E temos os nossos Grupos Folclóricos onde a Viola tem sempre um papel presente. Nestas e em muitas outras manifestações a Viola continua a estar presente. No entanto é necessário, sempre, persistir na formação para garantir a renovação dos Tocadores e insistir na valorização e divulgação destes eventos. O Rafael Carvalho tem dedicado muito tempo, estudo; edição de CD’s e aulas, tudo em prol de manter-se viva a Viola da Terra. Sente que o seu esforço é reconhecido? Sim. Na maior parte das vezes o trabalho que vou desenvolvendo, juntamente com outras pessoas, tem sido reconhecido. Isto reflecte-se em convites para dar concertos, para deslocar-me a outras escolas para das aulas sobre a Viola da Terra, para me apresentar com alunos em eventos, para colaborar com outros artistas. Tem sido um trabalho muito difícil e cansativo havendo muitos dias em que me questiono se tem valido a pena. É o apoio de alunos, familiares e alguns colaboradores dos eventos que organizo que me vai dando a força necessária para não desistir. Mas são muitos anos a “remar contra a maré” e contra as mentalidades instaladas, por isso o desgaste é cada vez maior. Sinto que ainda há muito para ser feito e que a mensagem não está a ser passada com o impacto imediato que necessitamos. Tem de haver um maior envolvimento de todos: das pessoas, dos tocadores e construtores de Viola e das entidades públicas e privadas.

cria ti va magazine • 23


ENTREVISTA

UNIÃO SPORTIVA QUER TRAZER MAIS TÍTULOS PARA OS AÇORES Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Fundado em 1921, a história do Clube União Sportiva tem sido feita de sucessos. Muitas conquistas de títulos que apesar de muito engrandecedores deixam a equipa ávida por mais e mais. Ricardo Botelho, em nome do Clube, dita à Criativa como se constrói todo o sucesso. 24 • c ria ti va magazine

C

riativa Magazine - Mais um importante passo para o União Sportiva, com a conquista da Taça Federação da Liga Feminina, a adicionar a outros sucessos. Cada conquista tem um sabor especial?! Ricardo Botelho - Cada conquista tem um sabor especial. A última conquista é sempre a melhor. Felizmente temos tido muitas conquistas nos últimos anos e esta é mais uma. Sabor especial também porque foi a 1ª vez que conquistamos a Taça da Federação da Liga Feminina. Caminhando um pouco para trás: A União Sportiva tem já uma longa história de vida. Calculo que com altos e baixos. Os tempos de maiores certezas e feitos começaram a surgir mais ou menos a partir de que altura? O Clube foi fundado em 1921, faz parte da história do desporto nos Açores. Infelizmente, teve um interregno de alguns anos. Há sensivelmente 20 anos, reativamos o clube apenas com o Basquetebol. Começamos a trabalhar nos escalões mais novos e o Clube foi crescendo consolidadamente. Em 2012, surgiu a oportunidade de assegurarmos os direitos desportivos do Clube União Micaelense, que nos permitiu participar no Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. E a história de sucesso nacional começou neste ano, logo na nossa primeira participação conquistamos o Campeonato e subimos ao escalão máximo da modalidade. Depois foi um acumular de êxitos, com as conquistas de muitas provas da Federação Portuguesa de Basquetebol, atualmente o Clube União Sportiva ganhou 3 Campeonatos da Liga Feminina, 1 Taça de Portugal, 3 SuperTaças, 1 Taça da Federação e 2 Taças Vitor Hugo. Que elementos são necessários para se vencer neste desporto? Ou seja o foco do grupo está no trabalho, decerto, mas também …?


Muito trabalho e dedicação. Ter um objectivo comum para que todos no clube possam contribuir para atingir o objectivo final. Quão reconhecido, em termos externos, é o trabalho deste grupo? Seja pela sociedade, seja pelas instituições, seja pelos órgãos públicos? O Clube já tem uma grande projeção nacional, somos reconhecidos como um clube organizado e trabalhador que tem contribuído para a projeção do desporto, do basquetebol e da Região. Onde falta chegar o trabalho desta equipa? O Clube já conquistou todos os títulos que há para conquistar, mas isto não nos satisfaz. Vamos continuar a trabalhar para trazer mais títulos e prestígio para os Açores. Foi difícil chegar ao patamar em que nos encontramos, mas mais difícil será mantermos.

O Clube já tem uma grande projeção nacional, somos reconhecidos como um clube organizado e trabalhador.”

c ria ti va magazine • 25


DESPORTO MOTORIZADO

ANTÓNIO MEDEIROS, DIRECTOR DE PROVAS DO GRUPO DESPORTIVO E COMERCIAL

“OPTAMOS POR DESENHAR UM NOVO FORMATO DO AZORES RALLYE” Desde o Verão passado que a direcção técnica do Grupo Desportivo e Comercial passou a ser liderada por António Medeiros que desta forma deixou as funções de Director de Prova Adjunto para a Segurança e Meios de Socorro, cargo que exerceu durante 12 anos. A última prova do Campeonato dos Açores de Ralis de 2018, o Lotus Rallye foi a primeira experiência como Director de Provas.

Renato Carvalho

A

Carlos Costa

nova temporada está prestes a começar e o Grupo Desportivo Comercial volta a organizar as habituais duas provas. Uma no início da época e a outra no final do ano. Criativa Magazine – Qual a constituição da sua equipa técnica? António Medeiros – A actual equipa técnica mantém-se praticamente a mesma que vem organizando as provas ao longo de vários anos, tendo sido apenas complementada com a entrada de dois novos elementos, sendo um na área da Segurança e Meios de Socorro, em minha substituição e outro elemento para área das relações com a Comunicação Social. Esta vastíssima equipa integra desde Directores de Prova Adjuntos, Adjuntos de Direcção de Prova, Comissários técnicos, coordenadores/seguranças das Provas Especiais e “Marshals”. O Lotus Rallye foi a prova de estreia. Que avaliação faz do desempenho da equipa e quais foram as maiores dificuldades? A avaliação da equipa que me suporta só podia ser a melhor, são excepcionais e com uma vasta experiência acumulada ao longo de muitos anos ligados à organização de ralis. Julgo que do ponto de vista técnico não podemos falar em dificuldades, pois foi uma prova que apesar das contrariedades

26 • c ria ti va magazine

inerentes às próprias provas, correu bastante bem e obviamente tirámos ensinamentos e oportunidades de melhoria para futuras provas. No próximo mês de Março vai para a estrada o agora denominado Azores Rallye. A saída do principal patrocinador condicionou a preparação/estrutura da prova? Julgo que numa prova com esta dimensão e mediatismo, a saída de um patrocinador acaba sempre por criar alguns constrangimentos e obrigar a uma maior optimização de todos os recursos envolvidos. A equipa, a que tenho a honra de liderar, tem na vertente técnica a sua principal responsabilidade e face aos nossos padrões de exigência, bem como aos regulamentos vigentes a que estamos obrigados, a estrutura da prova mantém-se com os mesmos níveis, principalmente no que respeita à segurança da prova. Todos os anos o Azores Rallye apresenta pequenas novidades. Para quando uma grande alteração no formato do rali? Esta questão já vem sendo levantada há algum tempo pelos concorrentes e em 2018 também pelo Delegado Desportivo da FIA (Federação Internacional do Automóvel). A nossa equipa poderia ter dado continuidade às pequenas novidades, até porque era mais cómodo e com menos riscos, mas optámos por desenhar um novo formato da nossa


prova. Obviamente, não iremos ter uma prova toda nova, muito menos de um ano para o outro. Estamos cientes de que estas alterações no desenho do nosso rali vão ser vistas com muito agrado pela esmagadora maioria dos nossos concorrentes, pois é para eles que preparamos as nossas provas, mas também estamos conscientes de que inovar traz sempre riscos e que garantidamente não conseguiremos agradar a todos. Toda a equipa está a dar o seu melhor para apresentarmos um rali renovado e mais competitivo. Como analisa o actual momento do desporto automóvel nos Açores, especialmente em São Miguel? Julgo que no actual momento o desporto automóvel debate-se com o grande problema de encontrar patrocinadores que suportem os custos financeiros necessários para manter o parque automóvel existente e ainda mais agravado quando as equipas tentam evoluir para viaturas mais competitivas. É de referir que este problema também é transversal aos clubes organizadores, dificultando novas iniciativas. Quais os futuros objectivos da equipa técnica? Existe a possibilidade de realização de provas de outras modalidades do automobilismo, por exemplo, rampas, ralis sprint, perícias, karting e outras? Um dos objectivos da equipa técnica é, efectivamente, o de organizar algumas provas pequenas de formato variado, embora para que isso seja exequível teremos de angariar patrocinadores por forma a sustentar os custos das mes-

mas, nomeadamente ao nível da segurança, pois neste aspecto não poderemos facilitar. Também pretendemos manter uma relação mais próxima com os nossos pilotos e nessa sequência já realizámos 2 reuniões em 2018, onde foram partilhadas ideias e sugestões e em 2019 certamente iremos realizar mais algumas.

PERCURSO NOS RALIS O actual Director de Provas, António Medeiros, ingressou no mundo das corridas em 2004, quando, por inerência de cargo na estrutura dos Bombeiros, desempenhava as funções de COS (Comandante das Operações de Socorro) no suporte de segurança às várias provas desportivas. Depois, seguiu-se em 2007 a entrada na equipa técnica dos ralis como Director Adjunto de Prova para a Segurança e Meios de Socorro, cargo que exerceu até 2018, tendo nesse mesmo ano sido nomeado Director de Provas Paralelamente, tem desempenhado as funções de Comissário Desportivo em alguns ralis do Campeonato dos Açores de Ralis. cria ti va magazine • 27


FOTOGRAFIA OLHAR CRIATIVO

DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO

COM O TEMA: “GUARDA-CHUVA”

1º Lugar - Sérgio Silva - “O guarda” “ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

28 • c ria ti va magazine

Edição:


2º Lugar - Francisco Carreiro - “Abril Águas Mil”

3º Lugar - José Vaz - “我喜欢你”

cria ti va magazine • 29


CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

MENOPAUSA NÃO É DOENÇA! MAS, POR VEZES, INCOMODA... João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

A

o longo da vida o corpo vai experimentando profundas alterações. A adolescência acarreta as mudanças necessárias para preparar o organismo para a reprodução, transição fundamental para a satisfação da motivação da perpetuação da espécie na idade adulta. Depois, conforme o compasso das estações do ano, chega o tempo em que a fertilidade chega ao fim. Para o sexo feminino, chama-se a este período menopausa. De acordo com a literatura, na Europa, a idade média para a menopausa é de cerca de 51 anos, com variabilidade entre países, registando-se uma variância de médias de idades entre os 40 e os 56 anos. No caso da população portuguesa os dados epidemiológicos referem os 48 anos como idade média para a menopausa. A menopausa corresponde, do ponto de vista clínico, a um processo natural e normal, marcado pelo fim das menstruações após doze meses consecutivos sem período menstrual e subsequente perda de fertilidade. Esta situação é uma consequência da redução da atividade dos ovários, bem como da diminuição da produção de hormonas – os estrogénios. Embora a menopausa seja um processo natural, as alterações hormonais que caraterizam este período da vida da mulher podem originar sintomas com repercussão negativa no seu bem-estar. Normalmente a primeira manifestação da menopausa é o aparecimento de menstruações irregulares, as quais podem durar por vários meses ou até anos. Só numa segunda fase é que ocorre a amenorreia, ou seja, a ausência de menstruação. Entre os sintomas mais precoces de menopausa estão os famosos “afrontamentos” e suores. Estes sintomas tendem a ser mais intensos nos primeiros dois anos e a desaparecer entre o quinto e o sexto anos. Regularmente os afrontamentos manifestam-se como uma súbita sensação de calor intenso ao nível da metade superior do corpo, seguindo-se uma sensação de “suores frios”.

30 • c ria ti va magazine

Ao nível génito-urinário verifica-se atrofia da mucosa vaginal com possíveis implicações ao nível da satisfação sexual, bem como uma maior propensão para a ocorrência de infeções urinárias. Associadas às mudanças orgânicas que caraterizam a menopausa, a sua representação psicológica poderá condicionar alterações do humor, sobretudo diminuição da autoestima e depressão. Além disso, não é infrequente haver referência a dificuldades ao nível do adormecer e insónias. Embora a menopausa seja em boa verdade um fenómeno biológico normal, diferentes fatores podem contribuir para o seu aparecimento mais precoce, nomeadamente o tabagismo, a exposição a determinados químicos nocivos ou o tratamento prolongado com antidepressivos. Para o diagnóstico de menopausa o seu médico irá valorizar sobretudo a sua história clínica e os seus sintomas atuais. No entanto, em casos específicos, o seu médico poderá requerer o doseamento hormonal por forma a confirmar a suspeição clínica. Para um considerável número de mulheres não é necessário recorrer-se a qualquer tratamento pois os sintomas tendem a desvanecer-se no tempo, não causando grande desconforto. No entanto, em outros casos há necessidade de implementar terapêutica medicamentosa. Não inicie tratamentos por sua iniciativa. Recorra ao seu médico assistente.


c ria ti va magazine • 31


SAÚDE ÓTICA

Usa lentes de contacto? Esta mensagem é para si! Esquece-se com frequência de tirar as suas lentes de contacto antes de ir dormir? Sabia que as pessoas que têm esse hábito, têm 20% mais risco de desenvolver infeções oculares, lesões ou até mesmo perda de visão, do que as pessoas que as retiram todas as noites? Recomenda-se que não mantenha as suas lentes de contacto colocadas por mais de 8 horas seguidas! Por falar em lentes de contacto, deixamos o alerta para uma doença rara: a ceratite por Acanthamoeba. Trata-se de uma infeção crónica da córnea provocada pelo protozoário parasita Acanthamoeba spp. E o que provoca esta doença rara? A ceratite por Acanthamoeba desenvolve-se com a exposição do olho com lente de contacto à água. Quem usa lentes de contacto deve ter muitos cuidados com a higiene destas. As mesmas não devem ser expostas à água (seja do banho, piscina, praia, outros) e deve ter muito cuidado com a higiene das mãos na hora da sua colocação. Por último deve mudar todos os dias a sua solução de desinfeção e limpeza, limpando-as com uma solução nova diariamente. Troque o estojo a cada três meses e substitua as lentes nos períodos recomendados. 32 • c ria ti va magazine

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


cria ti va magazine • 33


CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Um privado que queira instalar na sua propriedade sistema de videovigilância, pode fazê-lo respeitando alguns parâmetros? O uso de imagens para qualquer eventualidade futura tem validade, por exemplo, junto da PSP ou do tribunal? Um particular pode instalar na sua propriedade um sistema de videovigilância para assegurar o registo de atividades criminosas cometidas contra si ou contra os seus bens, sem abranger espaços públicos adjacentes: furtos, roubos (ou sejam furtos com violência), danos, fogo posto, etc. Se essas atividades criminosas forem cometidas por intrusos, ou seja, pessoas que nada têm a ver com a propriedade em causa, essas imagens podem ser utilizadas por autoridades policiais ou judiciais como pista e como prova contra os criminosos. Se forem cometidos por pessoas que tenham direito de acesso e de uso da referida propriedade, aí podem pôr-se problemas de direitos de privacidade que geralmente se prendem com questões íntimas protegidas pela Constituição de 1976. De qualquer dos modos, quando houver a prática dum crime, os tribunais inclinam-se para aceitar esses registos como provas. Em qualquer dos casos pode ser um auxiliar precioso para a investigação policial. Se for uma empresa de segurança o caso muda de figura pois há um estatuto especial que regula o licenciamento e o funcionamento daquela. NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

34 • c ria ti va magazine


cria ti va magazine • 35


EVENTOS A.C. CYMBRON ASSINALA 70 ANOS COM PARCEIROS E TRABALHADORES Carlos Costa Os 70 anos da empresa foram devidamente assinalados com um jantar convívio que juntou em dois momentos distintos parceiros de negócio, fornecedores e os mais de 100 trabalhadores com as respetivas famílias. Os jantares-convívio, que decorreram no Hotel Pedras do Mar, contaram com animação musical, magia e o bolo de aniversário.

36 • c ria ti va magazine


cria ti va magazine • 37


38 • c ria ti va magazine


cria ti va magazine • 39


EVENTOS EXPOSIÇÃO SOBRE VIDA E OBRA DO PADRE JOÃO CAETANO FLORES CMLagoa A Câmara Municipal de Lagoa inaugurou em janeiro uma exposição sobre a vida e obra do Padre João Caetano Flores, na Casa da Cultura Carlos César. Esta exposição serve, também, para assinalar o 20º aniversário da sua morte.

40 • c ria ti va magazine


VOUCHER pรกg. 47

c ria ti va magazine โ ข 41


EVENTOS LANÇAMENTO DO LIVRO “A CIDADE DAS ESTRELAS” CMRG O livro “A Cidade das Estrelas”, lançado na noite do dia 30 de janeiro, no Teatro Ribeiragrandense, é da autoria do ex-autarca António Pedro Costa, e foi apresentado no ano que se assinala os 25 anos da tradição do Cantar às Estrelas nesta cidade. O livro “A Cidade das Estrelas” é uma singela homenagem a todos os que há 25 anos atrás se empenharam no sentido de retomar esta tradição, em particular o vereador da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Francisco Xavier Araújo Rodrigues, defensor da intenção da edilidade tomar a seu cargo a organização do retomar do Cantar às Estrelas.

42 • c ria ti va magazine


EVENTOS

cria ti va magazine • 43


EVENTOS MATINÉS ENTRE FILARMÓNICAS NA RIBEIRA GRANDE CMRG Regressaram ao Teatro da Ribeira Grande as matinés entre filarmónicas, um evento que está dividido em várias sessões. A primeira sessão da 6ª edição das matinés entre filarmónicas fez subir ao palco do Teatro Ribeiragrandense a filarmónica Nossa Senhora das Victórias, da freguesia de Santa Bárbara. A segunda sessão contou com as filarmónicas Triunfo, da freguesia, da Matriz, e a Lira do Divino Espírito Santo, da Maia. A terceira sessão deste evento fez subir ao palco do Teatro as filarmónicas Voz do Progresso, da Conceição, e Progresso do Norte, da vila de Rabo de Peixe.

44 • c ria ti va magazine


EVENTOS VII GALA DE BENEFICÊNCIA DE PONTA DELGADA COM CARLOS DO CARMO Miguel Machado A VII Gala de Beneficência da Câmara Municipal de Ponta Delgada, que nesta edição trouxe ao palco do Coliseu Micaelense Carlos do Carmo, conseguiu angariar, ente receita de bilheteira e donativos um total de 7.376 euros, valor que reverterá integralmente a favor da Associação Alzheimer Açores e da Associação Atlântica de Apoio ao Doente Machado-Joseph.

cria ti va magazine • 45


EVENTOS VII FESTIVAL DE SOPAS NAS FURNAS CMPovoação O Centro Social e Paroquial das Furnas recebeu o VII Festival de Sopas, evento a favor das obras de restauro da Igreja de Nossa Senhora da Alegria. Foram muitos os furnenses e visitantes que degustaram saborosas sopas numa noite de frio. O Festival de Sopas das Furnas é organizado pelo Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia de Sant´Ana das Furnas.

46 • c ria ti va magazine


ACONTECEU PAINEL QUINHENTISTA DECLARADO BEM MÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO O Governo dos Açores classificou como bem móvel de Interesse Público o painel quinhentista ‘Lamentação sobre Cristo Morto’, cuja autoria é atribuída a Diogo de Contreiras, propriedade da Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, na freguesia de São Miguel, em Vila Franca do Campo. O painel é o único exemplar remanescente do retábulo-mor mandado executar em Lisboa na sequência da reconstrução da Igreja Paroquial de Vila Franca do Campo, após o terramoto de 22 de outubro de 1522.

VIATURA PARA LIMPEZA DOS AREAIS EM PONTA DELGADA A Câmara Municipal de Ponta Delgada adquiriu uma viatura para limpeza dos areais, mais precisamente das praias das Milícias e Pópulo. A viatura possui um sistema de desinfeção e está equipada com uma esteira própria para recolher todos os detritos que se encontram na areia. PROPOSTA PARA RECUPERAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO DOS PROFESSORES ENTREGUE O Governo dos Açores remeteu à Assembleia Legislativa Regional a proposta de Decreto Legislativo Regional para recuperação do tempo de serviço prestado em funções docentes para efeitos de progressão na carreira.

CHEQUE VETERINÁRIO NA RIBEIRA GRANDE O período de candidaturas ao cheque veterinário, projeto desenvolvido pela Câmara da Ribeira Grande, já se encontra aberto, prolongando-se até ao dia 15 de fevereiro. A autarquia aprovou duas modalidades de cheque veterinário: vacinação/desparasitação e esterilização/tratamentos médicos referenciados, permitindo garantir o acesso gratuito a consultas e tratamentos médicos veterinários. CANDIDATURAS AO PROGRA­ MA DE TURISMO SÉNIOR “MEUS AÇORES, MEUS AMORES” As secretarias regionais da Solidariedade Social e da Energia, Ambiente e Turismo, promovem, pelo sexto ano consecutivo, o programa de turismo sénior “Meus Açores, Meus Açores”. Este programa de época baixa e média envolverá 29 grupos nesta edição, num total previsto de cerca de mil pessoas de todas as ilhas do arquipélago, que poderão representar um acréscimo de 6.000 dormidas na hotelaria regional.

c ria ti va magazine • 47


AGENDA TEATRO MICAELENSE

AMOR ELECTRO COLISEU MICAELENSE

ESTUDANTINA UNIVERSITÁRIA DOS AÇORES TEATRO MICAELENSE

BAILE DE MÁSCARAS TEATRO MICAELENSE

EXPOSIÇÃO SOBRE VIDA E OBRA DO PADRE JOÃO CAETANO FLORES CASA DA CULTURA CARLOS CÉSAR

% 10

DESCONTO

na loja da fábrica

OFERTA de um aperitivo

21,00€

2 Frangos Panados, 2 Pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

+ oferta fanta 1,5lt *Preço sujeito a alterações

48 • c ria ti va magazine

até

08 15 23 02 25

fevereiro fevereiro fevereiro

março março

21,00€

2 Frangos Panados, 2 Pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

+ oferta fanta 1,5lt *Preço sujeito a alterações

% 10

DESCONTO

na loja da fábrica

OFERTA de um aperitivo

Agenda sujeita a eventuais alterações.

SALVADOR MARTINHA


cria ti va magazine • 49


HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

A vida afetiva marca o momento propício para descobrir contatos que serão essenciais para o surgimento de ideias promotoras de oportunidades. A nível profissional sentirá maior capacidade de decisão que servirá para demonstrar as suas capacidades, lutando pela evolução da carreira.

A vida afetiva está centrada no seu lar, família e vida romântica. A altura é ótima para organizar as tarefas domésticas e as questões íntimas. A nível profissional esta poderá ser uma ocasião apropriada para ultrapassar problemas económicos, atuando com mais organização.

A vida afetiva encontra-se em fase de estruturação e serenamente começará uma fase propícia para o estabelecimento de uma relação vantajosa. A nível profissional procurará alargar os seus horizontes através de estudos ou contatos, que poderão criar novas formas de poder ganhar dinheiro.

A vida afetiva reorganizada facilita-lhe a possibilidade de tratar da sua alimentação, projeção física e saúde, evitando situações prejudiciais. A nível profissional, sentirá uma maior clareza de pensamento e naturalmente vai desejar expor as suas opiniões com mais abertura.

A vida afetiva marca um momento adequado para proceder a uma análise acerca dos aspetos da sua intimidade, descobrindo emoções ocultas. A nível profissional, poderão surgir dificuldades financeiras que colocam à prova a sua capacidade de racionalmente encontrar soluções válidas.

A vida afetiva reflete o seu novo entusiasmo, positivismo e capacidade de tomar iniciativas, proveniente a entrada do Júpiter nesta Constelação. A nível profissional, poderá sentir uma nova motivação e surgirão ideias extraordinárias para melhorar a carreira com vantagens financeiras.

A vida afetiva poderá estar mais inclinada para a necessidade de elevar o amor-próprio e crescer espiritualmente, através de cursos adequados. A nível profissional dedicará mais atenção à execução de algumas tarefas que proporcionarão maior realização profissional e reconhecimento.

VIRGEM 23/08 A 22/09

A vida afetiva vivenciará o relacionamento apaixonado e marcado pelo impulso sexual, após reajustes indispensáveis para o crescimento do par. A nível profissional abre-se um novo período de melhorias financeiras, através de apoios essenciais para a concretização dos seus planos.

50 • c ria ti va magazine

A vida afetiva precisa de ser analisada, de modo a descobrir aquilo de que realmente necessita para evoluir em sintonia com a sua essência. A nível profissional busque começar algo de novo ou esclareça situações que tem vindo a adiar, de maneira a trilhar um rumo mais norteado.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva permite-lhe estabelecer uma relação amorosa na base do mútuo respeito entre ambos os elementos do par, evitando mágoas. A nível profissional atravessa um período ideal para a realização de todo o tipo de trabalhos que requeiram imaginação, fantasia e sensibilidade.

A vida afetiva demonstra a sua coragem de apresentar as ideias livremente e perceberá que começa a entrar numa época realmente mais tranquila. A nível profissional, algumas bastante inovadoras podem obter apoios e serem levadas à prática. Abre-se uma nova etapa de crescimento.

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva depende da capacidade de comunicação, aceitação e compreensão de todos os intervenientes, porque da discussão surgirá a luz. A nível profissional não tenha atitudes impulsivas adquirindo bens de que não necessita e fazendo gastos supérfluos. A felicidade é “Ser”.


VOUCHER pรกg. 47

c ria ti va magazine โ ข 51


52 • c ria ti va magazine


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.