CRIATIVA MAGAZINE - EDIÇÃO DE JULHO DE 2018

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ANO III Nº 45

JULHO 2018

S DE DESCONTO VOUCHNER O INTERIOR

FORTALEZA SABEDORIA CIÊNCIA CONSELHO ENTENDIMENTO PIEDADE TEMOR A DEUS

XV GRANDES FESTAS

DIVINO ESPÍRITO SANTO PONTA DELGADA


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ENTREVISTA 17 ANOS DA “TERRA AZUL”

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GRANDE REPORTAGEM

DESPORTO MOTORIZADO

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES 2018 COMANDANTE MADEIRENSE

EVENTOS 10 DE JUNHO CELEBRADO 44 DIA EM PONTA DELGADA DA REPÚBLICA 46 PRESIDENTE ASSISTIU A CONCERTO DO CORAL DE SÃO JOSÉ

DA ORQUESTRA 48 CONCERTO LIGEIRA DO EXÉRCITO DA OBRA 49 APRESENTAÇÃO “O QUE NINGUÉM DIRIA...” GAGO DA CÂMARA 50 ALFREDO LANÇA CD E LIVRO

RUBRICAS CRIATIVO 32 OLHAR TEMA “PORTUGAL” ÓTICA 34 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO DE SAÚDE 36 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO

Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361 Nº Registo: 126655

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APTA CONVIDA PRESIDENTE DA ATLÂNTICOLINE PARA CONFERÊNCIA/DEBATE

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ATRIZ AÇORIANA ANA PAULA ALEIXO EM PONTA DELGADA PARA FORMAÇÃO

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TRABALHO ARTÍSTICO DE ALFREDO GAGO DA CÂMARA PUBLICADO EM LIVRO

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

DIVINO ESPÍRITO SANTO DE PONTA DELGADA A FESTA DA PARTILHA Tem um forte sentido religioso a festa em honra do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. A Dádiva, a Partilha e a Solidariedade são elementos imprescindíveis nas festividades criadas pelo povo e a ele dedicadas. A autarquia de Ponta Delgada é o elo de ligação desta festividade que honra a tradição. Natacha Alexandra Pastor

A

s festas do Divino Espírito Santo remontam ao longínquo tempo da Alta Idade Média, têm origem na dádiva de comida aos pobres pela Rainha Santa Isabel, mulher dedicada às causas dos desfavorecidos e de extrema devoção a Deus. Nos Açores crê-se que estas festividades remontem ao tempo dos povoadores, numa tentativa de solicitar proteção divina face a inúmeros desastres naturais que aconteciam. São conhecidas manifestações em honra do Divino Espírito Santo em todas as ilhas, e, dentro destas, em quase todas as freguesias sucedem-se momentos e acontecimentos relacionados com esta devoção religiosa, que faz movimentar grande parte dos populares em torno da sua organização, onde se inclui a distribuição de pensões e a partilha de sopas, esta última circunstância é em muitos locais aberta a toda a comunidade. Em Ponta Delgada, a grandiosidade de uma festa religiosa em torno do Divino Espirito Santo ganhou um novo recomeço com a gestão autárquica de há 15 anos atrás, tendo uma participação coletiva, que congrega as 24 freguesias deste concelho, momento espelhado em particular na realização do cortejo etnográfico e na solene procissão religiosa. 15 anos depois, a festividade está enraizada e constitui-se já como um forte cartaz turístico, atraindo muitos emigrantes, sempre ávidos de recordarem ou reviverem as tradições mais genuínas da sua terra. Por isso não é de estranhar que a cidade de Ponta Delgada ganhe uma agitação e animação peculiar no primeiro fim-de-semana de julho, data fixa destas festas.

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CMPDL

Sendo uma das bases fundamentais da festa em honra do Divino Espírito Santo a partilha, a solidariedade, a dádiva é com especial adesão que muitos populares acorrem ao tradicional momento da distribuição das sopas do Espírito Santo. SOPAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO A PARTILHA DO PÃO E DA CARNE A receita da sopa do Espírito Santo tem ligeiras diferenças de ilha para ilha, mas a sua base de confeção é quase sempre a mesma. Assenta na cozedura de carnes cujo caldo é todo aproveitado para se dispor nas taças e sobre o pão (em regra cozido um a dois dias antes do evento). A terminar ramos de hortelã que além de cor dão um sabor peculiar às sopas e um cheiro especial. Há localidades onde a sopa é ainda enriquecida com outros ingredientes, nomeadamente repolho e couve. Em Ponta Delgada as sopas são desde há oito anos orientadas por Maria da Conceição Lopes. Aprendeu com uma cunhada, por sinal terceirense, a prepará-las. São longas as horas de permanência na cozinha montada para a preparação destas refeições. Não há muitos segredos a esconder nos ingredientes de base: carne; cebola, louro; sal; pimenta da jamaica; vinho branco; alho de casca vermelha; manteiga de vaca; vinho branco; caldos de galinha. Há que ter a mão certa para os temperos, cuidados redobrados no sal, água


fervida para retificar quantidades, e a boca bem apurada para testar cada panela de sopa que vai sendo finalizada. Às 8h30 da manhã da sexta-feira Maria da Conceição Lopes está preparada para dar início aos primeiros preparativos das sopas, confecionadas em três etapas. A equipa é composta por várias senhoras, que ajudam na tarefa que se vai prolongando manhã, tarde e noite fora. Alguns braços de homens são essenciais para secundar o trabalho físico, bastante árduo, desenvolvido pelo grupo de senhoras. A noite segue longa, e o merecido descanso do grupo só acontece depois de estarem servidas todas as doses de sopa, algo que começa ao meio-dia do sábado. Maria da Conceição Lopes tem 62 anos de idade, mas uma energia que contagia. Diz que não é difícil dar corpo a esta tarefa, mas há que ser organizada, metódica e não agoniar na hora de pôr as panelas a aquecer para distribuir pelas terrinas. Sabendo-se que são milhares de doses distribuídas (perto de 14 mil) o relógio tem de estar sincronizado. Sobra-lhe apenas o dia de domingo para apreciar um pouco da festa, algo que não dispensa. Oito anos depois, diz que mantém o mesmo espírito de entrega para este serviço, com muito agrado, mas prefere manter-se longe das máquinas fotográficas ou das câmaras de filmar. A festa religiosa há muito que tem associado um carácter profano. Vive de manifestações muito peculiares na ilha de São Miguel, apesar de algumas freguesias terem incutido, nos anos mais recentes, elementos diferenciadores. Uma destas preciosidades são as Folias do Espírito Santo, compostas por grupos de homens trajados a rigor (com capas de cor vermelha) que, acompanhados de alguns instrumentos musicais cantarolam cantigas alusivas ao Divino Espírito Santo.

Não é de estranhar que nesses grupos de Folias surjam os cantadores de improviso. É o caso de António Almeida, chefe do Grupo “Foliões da Covoada”, em Ponta Delgada. Canta de improviso desde os seus 15 anos de idade, e foi fazendo-o sempre a solo, animando algumas festas. Quando há 15 anos atrás ocorreu a primeira grande festa do Divino Espírito Santo, organizada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, o cantador desafiou alguns amigos da freguesia a agruparem-se com o propósito de criarem um grupo de Folias. É este o grupo que se mantém ativo desde então e que vem participando no cortejo etnográfico. São oito os elementos, que, acompanhados de acordeão, cavaquinho, pandeireta, ferros e três violas, entoam cantigas ao desafio. É um dom que António Almeida não consegue explicar. Desde muito cedo que os versos, prosas e rimas lhe saem fluentemente. Não escreve nem anota rigorosamente nada. As cantorias soltam-se de forma graciosa e eloquente quando está já no momento de atuar. Sendo cada vez mais difícil de encontrar nos jovens quem tenha este dom, e em simultâneo aprecie as Folias, o cantador vai dando asas à sua imaginação, tendo a sua Fé muito firme no Espírito Santo. SÍMBOLO IMPERIAL Em muitos lares, por todas as nossas ilhas açorianas, a Coroa do Espírito Santo é um elemento adorado e respeitado! Mesmo que não façam parte de alguma Irmandade, Império este é um registo que tem sobremaneira um valor sentimental e religioso, sendo um dos bens que são passados de geração em geração. Quanto mais antiga for a sua origem ou data de elaboração, maior é a sua importância. Ao longo dos anos, alguns artífices, que trabalham a arte de construir estas preciosidades, têm adaptado as coroas, modificando ou alterando pequenos detalhes.

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XV GRANDES FESTAS DIVINO ESPÍRITO SANTO

ESPÍRITO DE PARTILHA E DE SOLIDARIEDADE É ENORME O antigo Bispo da Diocese de Díli, em Timor-Leste, D. Ximenes Belo, será o orador convidado para a conferência inaugural da 15ª edição das festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. Aguarda-se uma grande manifestação de fé em alguns dos momentos altos das festividades, que serão vistas à distância por milhares de açorianos. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - Para esta 15ª edição, haverá algum marco especial a considerar ao longo das festas? José Manuel Bolieiro (Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada) - As Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada correspondem à manifestação popular e identitária da açorianidade no seu todo, com forte referência na nossa diáspora. Ademais, face à sua configuração, centralidade e dimensão grandiosa na cidade, pois reúne as mordomias das 24 freguesias, são um elemento que se constituiu como um verdadeiro cartaz turístico. Esta é uma festa que é regular e previsível. Tem lugar todos os anos no segundo fim-de-semana do mês de julho. Este ano terá lugar de 5 a 8 de julho, arrancando com a Conferência Inaugural pelo Prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo, e encerrando com a Missa e a Coroação. Um dos momentos mais aguardados do programa é a partilha popular das Sopas do Espírito Santo, mas também o Cortejo Etnográfico, que junta milhares de pessoas. Concertos, concurso da massa sovada, quiosques de solidariedade social e bazar de artesanato dos centros de idosos do concelho são outros dos atrativos do evento, que também inclui a distribuição de pensões a famílias carenciadas e a instituições particulares de solidariedade social do concelho. As festas aliam, portanto, a devoção religiosa à partilha e à solidariedade. São uma excelente mostra da nossa identidade cultural. O seu marco especial tem raiz na tradição.

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Carlos Costa

Este ano D. Ximenes Belo será o orador convidado para a abertura das festividades. É sempre um momento de grande expectativa. O que dizer da personalidade convidada? Sim, de facto, o Prémio Nobel da Paz, D. Ximenes Belo, é o nosso convidado de honra das XV Grandes Festas do Divino Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada. O antigo Bispo da Diocese de Díli, em Timor-Leste, vai abrir este ano as Grandes Festas do Espírito Santo com uma conferência inaugural, sobre “A Espiritualidade Cristã”, que tem lugar a 5 de julho, pelas 21h30, na Igreja Matriz de São Sebastião. E no dia 6 de julho, pelas 18h30, também na Igreja Matriz de São Sebastião terá lugar o lançamento do seu livro “Missionários Açorianos em Timor”. O Nobel da Paz também vai presidir à Solene Celebração Eucarística das XV Grandes Festas do Divino Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada, no adro da Igreja Matriz de São Sebastião, com transmissão direta para a RTP/Açores, RTP1 e RTP/Internacional, no dia 8 de julho, às 09h30. D. Ximenes Belo, que em dezembro de 1996 recebeu o Nobel da Paz é uma referência à escala mundial, pelo seu trabalho, sobretudo daquele em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste. Olho-o como uma pessoa corajosa e com valores nobres: que lutou pela justiça, paz e dignidade do povo. Será sempre um símbolo da esperança no que aos direitos humanos concerne. É detentor de inúmeros prémios, condecorações e doutora-


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mentos honoris causa, o que evidencia o seu caráter e atitudes. Será uma honra recebê-lo em Ponta Delgada! O sucesso e grandiosidade das festas em honra do Divino Espírito Santo resulta da imensa parceria com as 24 freguesias, mas também dos muitos voluntários e diversas instituições que cooperam na organização. Que mensagem deixa a todos os que se envolvem, dias consecutivos, nestes preparativos, incluindo o longo processo de confeção das cerca de 13 mil sopas do Espírito Santo? Temos um conjunto de personalidades e entidades públicas e privadas que são verdadeiros doadores e que asseguram assim a grandiosidade desta festa. Pessoas que dão o seu contributo de forma generosa, profissionais da Câmara Municipal que dão o seu trabalho e a sua experiência ao longo dos anos em dedicação ao sucesso destas festas. Deixo, por isso, aqui a minha gratidão a todos, porque só com todos é que estas festas têm a dimensão que têm. Com justiça reconheço que são decisivos e generosos esses contributos, quer para a partilha, quer para a organização das festas. Quantas famílias receberão a dádiva solidária das pensões? Este ano vão ser oferecidas 55 pensões, 26 das quais a Instituições Particulares de Solidariedade Social do Concelho de Ponta Delgada e 29 a famílias carenciadas. Mais do que os números, gostaria de realçar o espírito de partilha subjacente a toda a festividade e o de solidariedade inerente a variadíssimos momentos, como a entrega das pensões por quem mais necessita. Fazemos chegar o alimento para o corpo, mas também para o espírito, que caracteriza as Festas do Divino Espírito Santo. A transmissão em direto dos momentos mais altos das festividades permite alcançar um público não residente, designadamente a nossa diáspora, que não pode deslocar-se até Ponta Delgada. Como referi recentemente numa entrevista, a afirmação das ilhas no mundo efetiva-se com as nossas comunidades de emigrantes, no Brasil, nos Estados Unidos, nas Bermudas, no Hawaii e no Canadá. Para nosso benefício, temos de olhá-las como uma parte de nós, numa trilogia de passado, presente e futuro, para entendemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. E a Câmara Municipal de Ponta Delgada tem privilegiado as nossas comunidades nos grandes eventos de tradição, como as Festas do Espírito Santo, ao assegurar regularidade e previsibilidade na sua calendarização para que as pessoas possam programar, com antecedência, a sua vinda à ilha e participar no evento. Por outro lado, ao transmitir as festas para a diáspora através da RTP, da Internet e dos meios próprios da autarquia, como o site e redes sociais (Facebook e Instagram), também chegamos às pessoas mais distantes. Como vive este momento? O que vê de mais belo nesta organização? Vivo com um forte sentido de respeito pela nossa Cultura e identidade.

A verdade é que a grandiosidade destas festas, concentradas na cidade, são uma iniciativa da Câmara Municipal, que recuperou, assim, uma antiga tradição descontinuada. A Dra. Berta Cabral, como presidente, envolveu o município na responsabilidade de recuperar a sua organização. E desde a primeira hora teve forte adesão popular, que, aliás, agora não a dispensa. Foi uma opção política, mas o protagonismo é do povo, pelo povo e para o povo. Quem não entende isso está aquém da compreensão do povo. Não merece, por isso, consideração popular. Eu vejo o belo desta situação concentrado na identidade de um povo, que valoriza a sua história e tradição, na sua terra e na sua diáspora. Que não se preocupa com o mesquinho. Todos os eventos que compõem o programa das XV Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada são extraordinários, por aquilo que são representam. Aliás, constatamos o cada vez maior interesse que as festas despertam na população local e nos nossos visitantes. Vemos, cada vez mais, estas festividades, tão próprias dos Açores, serem prestigiadas e reconhecidas pelo mundo da nossa diáspora, e até pelos nossos turistas. É, pois, uma honra poder contar com todos nestas grandes festas do Divino Espírito Santo!

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OS SÍMBOLOS DO

DIVINO ESPÍRITO SANTO A COROA, O CEPTRO E O ORBE - são os símbolos mais importantes do Império do Divino Espírito Santo, assumindo o lugar central em todo o culto. A coroa é uma coroa imperial, em prata, normalmente com três braços, encimada por um orbe em prata dourada sobre o qual assenta uma pomba de asas estiradas. O tamanho da coroa varia, e em geral cada irmandade dispõe de uma coroa grande e duas mais pequenas. Cada coroa é completada com um ceptro em prata, encimado por uma pomba de asas estiradas. A coroa é decorada com um laço de fita de seda branca, o mesmo acontecendo com o ceptro. Por vezes os braços da coroa são decorados com pequenos botões de flor de laranjeira em tecido branco. A coroa é colocada sobre uma bandeja de pé alto, também em prata. Simboliza o império do Divino Espírito Santo e o seu poder universal. Para além de servir para coroar, é considerada uma honra, conferida pelo imperador, transportar a coroa e segurar a respectiva bandeja. Durante o ano as coroas circulam semanalmente entre as casas dos irmãos, que as colocam em lugar de honra, rezando e louvando o Divino, todas as noites, perante elas. As coroas são também transportadas pelos mordomos quando realizam peditórios. A BANDEIRA - a bandeira é confeccionada em damasco vermelho vivo, normalmente de dupla face, de forma quadrangular, com 5 palmos de lado (embora existam bandeiras maiores e menores), sobre o centro da qual é bordada em relevo uma pomba branca da qual irradiam para baixo raios de luz em branco e fio de prata. A bandeira é colocada numa haste em madeira com cerca de dois metros de comprido, encimada por uma pomba em prata ou latão. A bandeira acompanha a coroa e está sempre presente nas cerimónias litúrgicas onde se coroe. Uma bandeira menor é içada junto à casa do imperador durante a permanência das coroas. Junto aos impérios é hábito existir um grande mastro no qual é içada durante as cerimónias uma grande bandeira de tecido branco onde estão pintadas cenas alusivas ao culto. É considerada uma honra ser escolhido para levar a bandeira nos cortejos. O HINO - o Hino do Espírito Santo, composto em finais do século XIX para ser tocado pelas bandas e ser cantado durante as coroações, é o mais reverenciado de todos os hinos, sendo sempre escutado nos Açores com grande emoção e respeito. Alguns dos acordes estão patentes no Hino dos Açores. AS VARAS E AS FITAS - claramente inspiradas nas antigas varas municipais e dos juízes, as cerimónias e cortejos são acompanhadas por um número variável de varas em madeira polida (em geral 12), com cerca de 1,5 m de comprido, encimadas por um suporte no qual é possível colocar uma vela. Algumas varas são decoradas com fitas brancas e vermelhas. Noutros casos são colocadas sete fitas, todas de cor diferente, representando os sete dons do Espírito Santo. Nas cerimónias de coroação, são colocadas velas que se acendem durante o acto. Nos cortejos as varas rodeiam as coroas, nalguns casos sendo seguradas por dois participantes e colocadas de forma a formar um quadrado em torno de cada coroa. Esta vara é por vezes referida como o “enxota porcos”, talvez uma referência aos tempos em que os animais domésticos andavam pelas ruas e precisavam de ser afastados para o cortejo passar. O imperador escolhe para levar as varas alguma pessoas, normalmente jovens, que deseje honrar.

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ENTREVISTA

17 ANOS DA “TERRA AZUL” É uma das experiências que mais atrai os turistas. Quem passa por São Miguel não resiste a uma viagem à procura de golfinhos e baleias. Miguel Cravinho, gerente da empresa TERRA AZUL, recorda nesta entrevista como tudo começou; o que mudou; quais as regras elementares desta atividade; as suas preocupações e os novos desafios para quem trabalha na atividade. Natacha Alexandra Pastor

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TERRA AZUL - Azores Whale Watch 2018

riativa Magazine - Que novos desafios se colocam hoje a quem está no setor do Whale Watching /Atividades de Mar, numa altura em que há um fluxo turístico maior e com uma menor sazonalidade na atividade? Miguel Cravinho: Este desafio é transversal à atividade turística em geral: a qualificação. Proporcionar aos turistas experiências genuínas e autênticas, com qualidade e de forma diferenciada, são os requisitos para o sucesso do produto Whale Watching, para o seu contributo positivo para a notoriedade do destino Açores. Nos últimos dois anos cresceu o número de visitantes, tendência acompanhada pela diminuição da sazonalidade. Foi a oportunidade para consolidar a empresa e fixar os postos de trabalho. Na TERRA AZUL são sete colaboradores no quadro, o ano inteiro, mais outros tantos em contratos a termo. O segmento marítimo-turístico começa a ganhar relevância no contexto da atividade económica local, estimulando a “economia do mar” que é - como dizem - um desígnio regional, nacional e europeu. E preocupações, há alguns excessos ou uma atividade muito forçada? MC: Preocupações…? Claro que existem! Esta é uma atividade emergente que acompanha naturalmente o crescimento da procura e descoberta de um destino – ilhas. O desafio está na capacidade dos agentes, conjuntamente procurarem um equilíbrio, equilíbrio esse assente no pilar da sustentabilidade, que só é possível assegurando a viabilidade das empresas com a respectiva qualificação dos seus recursos. Creio que esta preocupação é partilhada pelos colegas de atividade, pelos agentes do turismo (locais e externos), bem como, das entidades competentes, não obstante, algumas incoerências patentes no rol de procedimentos administrativos. É fundamental um quadro institucional consistente fomentador da consolidação do setor de forma sustentável. A primeira prioridade deverá ser a preservação dos ecossistemas, o bem-estar animal e a valorização dos recursos naturais com vista a uma profícua e assertiva promoção das riquezas naturais endógenas e como tal não copiáveis por destinos que presentemente são concorrentes dos Açores. O sistema de licenças limitadas é necessário. Contudo é neces-

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sário, perceber como se chegou ao momento presente, e que modelo se pretende construir para o futuro. Sem dúvida que se exige de todos um desígnio regional, transparência e assertividade nos processos e estratégia, na gestão do produto e do destino. Os Açores têm um enorme potencial. Mas, também muito frágil, que de forma alguma pode ser ameaçado. Penso que devemos ter especial atenção na forma como se pretende regrar esse crescimento apesar da necessária exigência por parte da administração quanto ao binómio - qualidade da oferta e pressão sobre o ecossistema. O Director Regional dos Assuntos do Mar alertou recentemente para a necessidade de descongestionar o número de embarcações em observação das baleias, referindo-se concretamente a PDL. Percebemos o contexto em que foi mencionado, pelo que, partilhamos desta preocupação. O nosso contributo nesta matéria tem vindo paulatinamente a ser feito ao longo de 17 anos de atividade, uma vez que estamos sedeados e a operar consistentemente na zona leste da ilha. Sendo que 85% das nossas saídas fazem-se entre a Caloura e o Nordeste, na medida em que os nossos vigias estão situados em Ponta Garça e Faial da Terra. Como está o nível concorrencial no que respeita à observação de cetáceos? Há boa interação e conversação entre empresas, de modo a garantir, por um lado, respeito pelo ecossistema e espécies? O Whale Watching em São Miguel é um bom produto, no geral. Acredito que os empresários, a bem da sustentabilidade da sua empresa, concordam que se impõe a defesa e valorização do ecossistema, do mar e das baleias e golfinhos, uma vez que as ameaças externas, das alterações climáticas, dos impactos ambientais/qualidade das águas, impõem que impere um forte sentido de responsabilidade dos operadores, uma vez que as fragilidades do ecossistema são patentes e conhecidas. A postura das empresas deverá ser orientada para a cooperação mais do que para a competição. A TERRA AZUL opera há dezassete anos na marina de Vila Franca. Criamos a oferta do Whale Watching, num lugar geográfica e socialmente bem diferente, pelo que alternativo a Ponta Delgada que concentra 80% do alojamento. O nosso árduo trabalho patente ao longo de quase


2 décadas, teve por estratégia fugir ao mainstream, estimulando uma procura de “nicho” e de viajantes exigentes. Tal facto induziu à criação de uma oferta diferenciada, altamente qualificada e particularmente orientada para a componente da educação e da investigação. A visão da empresa para a única actividade que desenvolve - observação da vida marinha, e na qual se tem vindo a especializar - não se compagina com um turismo massificado, de «paletes de gente» para ver golfinhos. De tempos a tempos, ouvimos rumores que iria haver alterações à legislação. Se as mudanças visarem a salvaguarda da vida selvagem, total transparência nos processos administrativos, a valorização e promoção da actividade e o incremento de incentivos à responsabilidade social das empresas no seio da comunidade em que estão integrados – verdadeiro desenvolvimento local – então, podem contar nessa missiva com o total apoio da TERRA AZUL. Se, pelo contrário, forem benéficas apenas às grandes empresas, favorecendo a concentração e o monopólio, então estaremos contra. Neste momento, 85% das licenças operam em PDL [17 licenças]. Não basta ter um barco no porto e fazer algumas saídas. É relevante ter uma estrutura, uma Base, para receber convenientemente os turistas nos briefings, criar valor na economia local, promover o destino onde se trabalha e se está implantado/sedeado, valorizando a oferta local e – em última análise – desenvolver uma acção de responsabilidade social na comunidade onde se opera. Por exemplo: recuperamos o único bote baleeiro que navega na ilha. Hoje é uma atração turística na nossa marina e uma memória do passado que é palpável e sensorial, existindo no seu ambiente – o mar. Este elemento, para além de perpetuar a tradição, valorizando o passado e cultura das nossas gentes, vem qualificar toda uma experiência turística na Vila e na ilha. Existe alguma associação da atividade de Whale Watching que possa regular - entre os associados - o setor (à parte da regulamentação existente)? Houve uma tentativa de criar a Associação das Empresas de Whale Watching dos Açores, que formalmente ainda existe no papel, uma vez que não conseguiu ganhar a relevância desejável e assumir um papel institucional. Recentemente, houve tentativas para ressuscitar esta associação sem, contudo, ter resultados palpáveis. Numa região arquipelágica, com interesses e realidades diversas, é difícil alinhar a visão, necessidades e objetivos de todos os operadores. É com alguma apreensão que se percebe que os maiores operadores - que poderiam dar um exemplo e

promover uma concertação de interesses e princípios - são os que até hoje não manifestaram interesse em caminhar nesse sentido. Creio que tal posicionamento se pauta por uma possível luta de liderança/domínio de mercado. Recentemente, numa iniciativa corajosa e de salutar da AOMTA – Associação dos Operadores Marítimo-Turísticos dos Açores alterou os seus Estatutos no sentido de abranger além do mergulho [razão da sua constituição] outros sectores, incluindo o Whale Watching. Penso que, na presente data, é o único interlocutor e parceiro social deste sub-sector. Assim, com vista a uma confluência de interesses e articulação de desígnios comuns a TERRA AZUL é sócia da AOMTA. Como é que o Whale Watching é vendido no estrangeiro? Ou seja, quando o cliente chega até vós que ideia/ conhecimento/e interesses traz já em mente? Este é um produto turístico que já se vende por si? Grande parte da promoção dos Açores assenta em imagens fantásticas da «cauda da baleia e golfinhos no azul atlântico» presente campanhas publicitárias e catálogos de operadores, na comunicação digital… até no avião da SATA – natural embaixador pelo mundo da imagem de marca – os Açores! O Whale Watching é um dos produtos que mais contribui para a notoriedade e posicionamento dos Açores como destino de natureza. Tem um peso significativo no número de clientes e nas receitas geradas. As distinções com que os Açores têm sido reconhecidos como «destino sustentável e amigo do ambiente» têm contribuído para a notoriedade da observação de cetáceos na região. São várias as publicações de prestígio internacional que elegeram a região como um dos melhores cinco destinos para ver baleias. Tais prémios e galardões recebidos, deve-se à forma como se trabalhou e comunicou a mensagem, mas também e acima de tudo, pela consistência do trabalho diário que é desenvolvido época após época, sobretudo, pelas empresas, bem como, pelo envolvimento dos seus colaboradores que estão todos os dias no Mar a evangelizar e partilhar os seus conhecimentos com os curiosos clientes que vivem esta magnífica experiência a bordo das embarcações. Têm sentido um impacto positivo não só da entrada das low-cost (agora apenas a Ryanair), mas também do fluxo de turistas estrangeiros e nacionais? Qual é a vossa perspetiva/opinião (em termos futuros) para esse bom momento? Ninguém tem dúvidas que vivemos um bom momento no Turismo dos Açores. Esta «abertura» foi crucial para o crescimento

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e consolidação da oferta, dos seus produtos, e do destino, em geral. Contudo, o crescimento trás desafios – nomeadamente a exigência da qualificação. Constato de alguns agentes e empresários em varias áreas – incluindo o Whale Watching – a pensar em volume, ou seja: «quanto maior, melhor…». Temos que ter uma visão de futuro, as devidas cautelas para não estragar a comunicação de um destino – que se pretende sustentável, quer ambiental mas também economicamente, sempre sem olvidar as suas características intrínsecas – tratam-se de ilhas – temos de ter a devida atenção com a questão das “escalas”. Aliás, começa a sentir-se um «mal-estar social» associado ao crescimento do turismo e o seu impacto no território e nas pessoas. É preciso que o Governo esteja atento aos sinais e tome as medidas adequadas, sem cair na tentação de produzir mais legislação avulsa, em que se possa cair numa espécie de teia de burocracia estranguladora da própria economia. O turismo é uma actividade económica que explora recursos, que são públicos (natureza, património, cultura, etc). São de todos! Quando há a noção de sobre-exploração ou apropriação indevida existe o risco de haver reações negativas da população contra o turismo. O caso recente do novo Regulamento do Ilhéu coloca em causa a relação afectiva dos Vilafranquenses com o seu ilhéu, cuja a designação é “Ilhéu de Vila Franca”! Há pressões enormes de empresas marítimo-turísticas para fazerem viagens entre PDL e o ilhéu. Ora, tal questão não faz qualquer sentido. O Ilhéu é um recurso natural inserido num território com varias especificidades – orográficas, históricas, culturais e sociais - que deve estar ao dispor do desenvolvimento local. Das pessoas e das empresas locais. O transporte e a manutenção do Ilhéu estão muito bem entregues ao Clube Naval. Tal como é apanágio dizer – em equipa vencedora não se mexe…

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Esta é, a par com outras experiências de natureza, aquela que mais recordações deixa no turista que nos visita. O que distingue a oferta em Vila Franca das demais? Estamos há 17 anos no sector marítimo-turístico. Temos o reconhecimento dos clientes, colegas e parceiros. Criamos e promovemos, nos mercados nacional e internacional, o produto Whale Watching Vila Franca do Campo. Oferecemos aos clientes, agências e operadores uma verdadeira alternativa value for money, quer ao nível do local, no seu enquadramento natural e paisagístico, quer do produto, que no final do dia, se traduz para o visitante em memórias da experiencia vivenciada que perdura muito para além do tempo passado connosco, tal como nos comentam muitos dos nossos clientes que nos revisitam vezes sem conta. Hoje a operação turística tem percecionado o seguinte: quem pretende qualidade, sai com a TERRA AZUL. Temos orgulho neste reconhecimento, resultado de muito trabalho e dedicação. Foram poucos, no início, os que acreditavam nesta empresa, no seu potencial de negócio e no seu contributo para a afirmação de Vila Franca do Campo como sub-destino turístico náutico de excelência no contexto em São Miguel. Agora, depois de quase 20 anos de um imenso trabalho de promoção no estrangeiro, de muitas feiras em vários países, do trabalho empenhado dos nossos colaboradores, é com apreensão e desconfiança que constatamos que as denominadas “empresas paraquedistas”, que nunca estiveram presentes para construir alternativas de valor económica e social localmente, encetam movimentações de bastidores e pressões junto das entidades oficiais.


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QUEIJOS DOS AÇORES

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DESPORTO MOTORIZADO

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES 2018

COMANDANTE MADEIRENSE Com a realização do Rali Ilha Azul na ilha do Faial e o adiamento para o mês de Novembro do Rali Lotus, as equipas participantes no Campeonato dos Açores de Ralis entraram num período de “férias grandes”. Ao fim das primeiras três provas disputadas, o piloto madeirense Bernardo Sousa lidera o campeonato. Renato Carvalho

N

o início da época, as expectativas eram grandes, dado que a equipa Play/AutoAçoreana Racing contratou os serviços do ex-Campeão Nacional de Ralis, Bernardo Sousa para pilotar o Citroën DS3 R5 e, assim, contrariar o domínio exercido, nos últimos anos, pelos pilotos do Team Além Mar, Ricardo Moura e Luís Miguel Rego. Desta forma, estavam na linha de partida três pilotos com ambições para conquistar o título e proporcionar aos amantes da modalidade momentos de grande emoção. A temporada começou, novamente, com mais uma edição do Azores Airlines Rallye que é considerado o principal evento do ano. O campeão em título, Ricardo Moura, que pilotou pela primeira vez o Skoda Fabia R5, liderou a partir do segundo troço até ao final no que respeita ao Campeonato dos Açores de Ralis. O piloto do Team Além Mar esteve na luta

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António Bettencourt pela vitória absoluta vindo a ocupar o segundo lugar da geral. A segunda posição entre os concorrentes açorianos foi para Luís Miguel Rego que ao volante do habitual Ford Fiesta R5 angariou os primeiros pontos do campeonato. A estreia de Bernardo Sousa não foi feliz, já que uma ligeira saída de estrada obrigou à desistência, quando se encontrava na segunda posição, no que respeita às equipas inscritas no Campeonato dos Açores de Ralis. O pódio ficou completo com a presença de Ruben Rodrigues que neste rali estreou um Peugeot 208 R2. A lista de inscritos do Rali Sical, que percorreu as estradas de asfalto da ilha Terceira, causou grande surpresa já que o nome de Ricardo Moura não estava presente. A luta pela vitória ficou reservada a Luís Miguel Rego e a Bernardo Sousa. No início do rali, um problema mecânico


no Ford Fiesta R5 deixou o piloto do Team Além Mar a uma distância considerável de Bernardo Sousa, que assumiu a liderança do rali logo no primeiro troço da manhã de sábado e manteve até ao final. O piloto madeirense pilotou o Citroën DS3 R5 pela primeira vez em pisos de asfalto e foi a sua estreia em terras terceirenses. No segundo rali aos comandos da viatura da equipa Play/AutoAçoreana Racing, Bernardo Sousa obteve a primeira vitória. Durante a tarde, Luís Miguel Rego encetou uma recuperação que permitiu subir do quinto até ao segundo lugar. Enquanto o regressado, Gustavo Louro num Ford Fiesta Proto fechou o pódio. Antes do Rali Ilha Azul ir para a estrada, Ricardo Moura anunciou a interrupção da actividade por motivos profissionais. Na ilha do Faial, o duo favorito ao triunfo voltou a medir forças, mas em estradas de pisos de terra. Um luta intensa que ficou decidida quando se partiu uma peça do motor do Ford Fiesta R5 de Luís Miguel Rego, que obrigou à desistência, já muito perto do final do rali. Assim, Bernardo Sousa, que alcançou a liderança no final da manhã de sábado, passou a ficar muito descansado e venceu o rali facilmente. Com este resultado, o piloto da equipa Play/AutoAçoreana Racing assumiu a liderança do campeonato. No segundo posto ficou Ruben Rodrigues no pequeno Peugeot 208 R2, o que garantiu uma excelente pontuação a nível de tabela classificativa. O campeão em título na categoria das 2 Rodas Motrizes, Rafael Botelho no Citroen DS3 R3T conseguiu a terceira posição. No Campeonato dos Açores de Ralis – Condutores 2L/2RM, Ruben Rodrigues, que este ano está a pilotar um Peugeot 208 R2, soma por vitórias todas as provas já efectuadas, enquanto, Rafael Botelho tem sido sempre segundo classificado. Na classificação do campeonato, os dois pilotos estão separados por 23,25 pontos com vantagem para Rodrigues. De salientar que apenas cinco pilotos estiveram presentes em todos os eventos até agora realizados. O Campeonato dos Açores de Ralis regressa no fim-de-semana de 10 e 11 de Agosto, quando for para a estrada mais uma edição do Rali de Santa Maria, organizado pelo Clube Asas do Atlântico.

Bernardo Sousa

Ruben Rodrigues

0+0,33 25+2,75 25+3,30 17

14

20

Luís Miguel Rego

Rafael Botelho

14

12

Ricardo Moura

25+3,96

--

--

Ruben Santos

6

--

12

Gustavo Louro

--

17

--

Rui Torres

--

1

14

20+0,33 20+1,65 0+1,65 17

Luís Mota

12

--

--

10º

João Faria

10

--

0

Pontos Totais

Rali Lotus 10 Novembro

Rali Ilha do Pico 19/20 Outubro

Rali Ilha Lilás 14/15 Setembro

Rali Santa Maria 10/11 Agosto

Rali Ilha Azul 01/02 Junho

Rali Sical 20/21 Abril

Azores Airlines Rallye

Concorrente

Posição

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO

56,38 51 43,63 43 28,96 18 17 15 12 10

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REPORTAGEM

APTA CONVIDA PRESIDENTE DA ATLÂNTICOLINE PARA CONFERÊNCIA DEBATE Carlos Faias, presidente da Atlânticoline, foi convidado para uma sessão de trabalho desenvolvida pela APTA, que regulamente lança a debate, com oradores convidados, assuntos de interesse para quem trabalha no setor turístico. Carlos Faias aproveitou esta ocasião para apresentar as primeiras imagens do navio que substituirá o Mestre Simão. Natacha Alexandra Pastor

A

Associação de Profissionais de Turismo dos Açores (APTA) lançou o convite ao presidente da Atlânticoline para um almoço debate, onde o responsável máximo pela empresa de transportes marítimos dos Açores pudesse explicar toda a dinâmica da atividade, esclarecendo ainda dúvidas dos membros ativos da associação. O encontro, no São Miguel Park Hotel em Ponta Delgada, que acontece regularmente e que tem convidados diferentes, permite aproximar os parceiros e stakeholders do setor turístico na região, promove a troca de ideias e fomenta a discussão sobre temas e questões de suma importância. Carlos Faias, que fez uma explicação geral e sucinta da empresa, apresentou em primeira mão aos membros desta associação um esboço do novo navio que fará a substituição do navio Mestre Simão, que no início do ano encalhou na zona da Madalena. O responsável sintetizou a importância acrescida para a empresa do envolvimento de todos os profissionais do Turismo para o bom desempenho da própria empresa.

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Carlos Costa

“Temos tido uma relação muito próxima e direta com alguns agentes do Turismo, e com alguns muito em particular. Alguns dos desafios que nos têm sido colocados dizem respeito a tentarmos otimizar ao máximo os nossos recursos de modo a dar resposta aos desafios dos diferentes empresários e agentes. Esta é de resto uma preocupação sempre nossa.” O presidente da Atlânticoline deu nota da preocupação e dificuldade cada vez maior em fretar navios para a operação sazonal da empresa, confirmou tratar-se de um grande handicap, que poderá vir a ser resolvido com a construção de um navio ‘RO-RO’, com capacidade para 650 passageiros e 150 viaturas. “Este é um processo liderado pelo governo regional, que lançou um concurso que penso está na fase de apreciação das propostas. Certamente que teremos um navio na região e a Atlânticoline, nessa altura, apresentar-se-á como empresa candidata à exploração desse navio.”


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RIBEIRA SECA - RIBEIRA GRANDE

SANTA BÁRBARA - PONTA DELGADA

FAJÃ DE CIMA - PONTA DELGADA

PONTA GARÇA - VILA FRANCA CAMPO

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ID: 123541064-47

ID: 123541027-174

S. PEDRO NORDESTINHO - NORDESTE

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SÃO PEDRO - PONTA DELGADA

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ID: 123541042-47

ID: 123541003-1178

CONCEIÇÃO - RIBEIRA GRANDE

CONCEIÇÃO - RIBEIRA GRANDE

MATRIZ - RIBEIRA GRANDE

SÃO PEDRO - VILA FRANCA DO CAMPO

ID: 123541069-38

MORADIA T3

MORADIA T4

MORADIA T4+1

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FOTOGRAFIA OLHAR CRIATIVO

DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO

COM O TEMA: “PORTUGAL”

1º LUGAR - Paulo Melo - “Com carinho...”

“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º LUGAR - Paulo Melo - “À vontade ...”

3º LUGAR - Ana Bela Correia - “Por um Bem Maior”

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SAÚDE ÓTICA

LÁGRIMAS ARTIFICIAIS AJUDAM OS SEUS OLHOS NO VERÃO

Com o aproximar do verão e do bom tempo, começa também a época balnear. Para limpar os olhos e prevenir doenças como a conjuntivite e a síndrome do olho seco use lágrima artificial na praia ou numa saída para o campo. A lágrima artificial vai lubrificar os seus olhos de modo a evitar o chamado ‘olho seco’, mas também ajudará a limpar a cavidade ocular. A linha de contactologia – Opticare, disponível em qualquer loja do Institutoptico, tem na sua gama lágrimas artificiais em unidoses ou frascos de 15ml - Opticare Maxi Fresh.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

T

CÁLCULOS RENAIS

odos nós já ouvimos falar de cálculos renais. Certamente que conhecemos alguém, mais ou menos próximo, que periodicamente se vai lamentando das suas “pedras renais”. Mas afinal, que doença é esta? Este quadro clínico, formalmente designado por litíase urinária ou urolitíase, corresponde a uma doença na qual se verifica a formação de estruturas sólidas resultantes da aglomeração de cristais no interior do sistema urinário em consequência de uma alteração metabólica do organismo. A alteração metabólica condiciona sobretudo o aumento da excreção urinária de cálcio, ácido úrico, oxalato e/ou fosfato e a subsequente formação do cálculo. O risco para desenvolver esta doença parece estar associado, entre outros fatores, à história familiar, bem como à obesidade. A litíase urinária é mais frequente em homens com idade superior aos 40 anos, em indivíduos que ingerem uma quantidade reduzida de líquidos e naqueles cuja dieta é muito rica em proteínas, açúcares e/ou sódio. Também é importante referir que alguns medicamentos podem contribuir para a formação de cálculos urinários. Os dados epidemiológicos conhecidos fazem-me sugerir que, pelo menos, 1% dos leitores irão desenvolver cálculos urinários ao longo das suas vidas. No entanto, não se assuste! Em cerca de 80% dos casos a eliminação dos cálculos tende a ocorrer espontaneamente, sendo expulsos durante a micção. O problema são os restantes 20%... Nestes casos, a permanência do cálculo no sistema urinário pode causar um grande sofrimento, levando inclusivamente a episódios de cólica renal e sérias complicações de saúde que, em última instância, podem levar a um quadro de insuficiência renal crónica. Os sintomas da doença estão, entre outros fatores, relacionados com a passagem do cálculo ao longo do sistema urinário. Durante este trajeto, o doente

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pode experienciar dor intensa ao nível da região lombar com evolução da dor para as áreas abdominal e virilha. Associados à dor ocorrem frequentemente náuseas, vómitos, febre e/ou calafrios. Poderá igualmente haver referência a queixas urinárias, nomeadamente dor ao urinar, vontade persistente em urinar e a urina pode apresentar-se vermelha ou castanha. O tratamento da litíase renal passa essencialmente por três fases. Numa primeira fase, durante o episódio de cólica renal, o doente deverá recorrer aos serviços de saúde mais próximos de forma a pedir ajuda e a tratar a dor. No entanto, tratar a dor não significa tratar a doença! Portanto, após este episódio de grande desconforto, deverá recorrer ao seu médico assistente por forma a dar-se início à investigação. Investigar é fundamental por forma a abordar adequadamente a doença e desenvolver um plano de tratamentos. Por fim, a última fase (mas não menos importante) será da sua responsabilidade – a prevenção de novos episódios. Deste modo, deverá reforçar a ingestão de água de forma a tornar a urina menos concentrada e dificultar a formação de novos cálculos. Deverá evitar o café, o chá preto e os refrigerantes. Procure diminuir a ingestão de alimentos salgados, ricos em açúcares e/ou gorduras. Por vezes, poderá ser necessário recorrer igualmente a uma consulta de nutrição a aprender novas formas de comer.


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REPORTAGEM

ATRIZ AÇORIANA ANA PAULA ALEIXO EM PONTA DELGADA PARA FORMAÇÃO Primeiro na Ribeira Grande, agora em Ponta Delgada. A atriz açoriana Ana Paula Aleixo, que vive em Hollywood, volta a São Miguel para um workshop de representação em Cinema. Apesar de viver longe da sua terra natal, mantém firme o seu amor pelas ilhas, tanto que faz parte do seu objetivo de vida profissional produzir algumas películas nos Açores. Natacha Alexandra Pastor

A

na Paula está de passagem por Ponta Delgada, uma vez mis regressa para o segundo Workshop de Representação para Cinema. O primeiro aconteceu na Ribeira Grande, este segundo, em Ponta Delgada, terá uma estrutura muito semelhante à do primeiro. A atriz explica à Criativa Magazine o conhecimento que pretende transmitir. “Espero que participem pessoas de todas as ilhas, das mais variadas faixas etárias e com diferentes níveis de experiência. Os jovens terão um desconto na inscrição, o qual será ainda maior para quem tiver um Cartão Interjovem, uma vez que esta é uma iniciativa patrocinada pela Direção Regional da Juventude, no âmbito do programa “Põe-te Em Cena”. O Workshop estender-se-á por cinco dias: 4 dias de três horas para aulas e 1 dia para gravações das cenas que vamos explorar. O primeiro dia consistirá numa partilha de experiências, assim como em exercícios de improvisação e

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Direitos Reservados outros em frente à câmara. Iremos também abordar as principais diferenças entre representar para Cinema, Televisão e Teatro. No segundo dia, pretendo falar de Técnicas de Representação, como Meisner, Stanislavski, Chekhov e Strasberg, fazer uma primeira leitura de cenas e ensinar como trabalhar o guião. No terceiro dia, vamo-nos concentrar em técnicas de voz, corpo e relaxamento e aprofundar o trabalho de cena com base no que foi ensinado. No quarto, serão abordadas questões de Produção, Realização, Pós-produção e Distribuição cinematográfica e vamos ensaiar as cenas, com um olhar tanto emocional do ponto de vista das personagens, como técnico, no que respeita à relação do ator com a câmara. No último dia, para além de gravar as cenas, gostaria de conversar sobre a vida como ator em Portugal, Hollywood e Londres, pois acho que isso pode ser interessante para os inscritos que têm interesse em seguir esta carreira.”


390€

TENERIFE

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www.azoresviagens.com


Com os dois pés em Hollywood, Ana Paula Aleixo mantém bem viva a sua paixão pelas ilhas, onde nasceu. Parte da infância foi vivida na Ribeira Grande, a adolescência em Ponta Delgada. Faz parte do seu projeto de vida produzir nos Açores. “Sou açoriana e tenho imenso orgulho disso. Passei a minha infância na Ribeira Grande e a adolescência em Ponta Delgada, pelo que São Miguel é a ilha com que mantenho uma relação mais próxima, mas adorava poder realizar este tipo de formação nas outras ilhas todas. Também já gravei projectos na Terceira, Pico e Graciosa e quero produzir filmes no arquipélago e ajudar a dar a conhecer o seu potencial cinematográfico ao mundo.” Para quem tem, tal como Ana Paula teve, a mesma paixão, ficam algumas notas importantes de como atingir os sonhos, sendo certo que não há um único método para se ter sucesso garantido. “Não há um método para o sucesso nesta área, não basta tirar um curso e ir a entrevistas de emprego até conseguir um que nos satisfaça. Mesmo que o ator consiga participar no seu filme de sonho, essa experiência é temporária e o nosso trabalho diário acaba por ser procurar ou desenvolver o próximo projecto. Representar é catártico ou divertido, é o que nos dá mais prazer, mas há todo um universo de negócio e gestão de carreira que não pode ser ignorado e que temos de aceitar que vai fazer parte das nossas vidas até ao fim. Quando eu escolhi esta profissão, não tinha noção disso, está a ser um processo de aprendizagem que vai de mãos dadas com a contínua formação artística de que o ator não deve descurar.” A atriz reforça, por essas razões, que é necessário investir na formação em Representação. “Embora as melhores interpretações nos pareçam naturalistas, para chegar lá, há muita técnica e experimentação que deve ser posta em prática. E se, tal como a minha família, a vossa quiser que tirem outro curso para “assegurar o futuro, caso esta aventura não corra bem”, aproveitem a oportunidade para tirar um curso de Gestão de Negócios ou de Marketing! Se eu soubesse o que sei hoje, era o que teria estudado, em vez de Direito. Tenho estado a aprofundar o meu conhecimento nestas áreas de

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forma autodidática agora, porque não restam dúvidas que são essenciais para se ter uma carreira consistente e duradoura. Temos de ser proativos - procurar as oportunidades e lutar por elas, ou, até mesmo, criá-las.” OS PASSOS EM HOLLYWOOD Ana Paula Aleixo tem assento em Hollywood onde tudo acontece. Os eventos sucedem-se e Ana Paula está envolvida em múltiplos projetos. “Sinto a evolução do meu percurso e a motivação e paixão continuam a inflamar-me. Viver em Hollywood ajuda, na medida em que não só há imensos projectos a acontecer, mas todos os dias há seminários e eventos ligados à Indústria do Entretenimento. Já me posso dar ao luxo de ser mais seletiva em relação aos filmes e séries que decido fazer e todo o meu esforço tem-me levado a conhecer cada vez mais artistas de renome, com os quais espero vir a trabalhar. Tenho vários projectos por gravar, como Merrily, com uma atriz que foi nomeada aos Óscares, A Shot in the Dark, com a equipa que ganhou um prémio da Academia de Cinema do México e Weedland, bem como outros tantos por estrear, como No Actor Parking (com Joaquim de Almeida), Erroneous Zone e Fear Actually.”


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REPORTAGEM

TRABALHO ARTÍSTICO DE ALFREDO GAGO DA CÂMARA PUBLICADO EM LIVRO Em plena semana de festividades em honra do São João, foi na sua terra natal – Vila Franca do Campo – que o músico Alfredo Gago da Câmara apresentou um duplo projeto pessoal: o livro “Versos, Cantigas e Contos” e o CD “Eu Próprio – Fados”. Natacha Alexandra Pastor “Versos, Cantigas e Contos”, todos da sua autoria, escritos ao longo de várias décadas de total dedicação à escrita e à música estão agora todos reunidos em livro. Com assinatura do músico Alfredo Gago da Câmara, trata-se do seu primeiro livro, acarinhado pelo município de Vila Franca do Campo, que se disponibilizou a oferecer esta obra no dia do seu lançamento. “Este livro é quase uma compilação dos meus escritos, desde os 16 anos, altura em que comecei a escrever. Nada foi omisso. Tem o título que tem porque sou um homem de versos, cantigas e como gosto de contos, incluí 6 contos. Já escrevi muitos versos e muitas cantigas, posso dizer que já compus letras para mais de 70 marchas, cantares às estrelas e até alguns hinos, e tudo isso está neste livro. Adicionei alguns contos imaginativos, mas baseados em factos reais. Há volta de dez anos atrás já pensava que devia de facto editar uma obra. Há dois anos tive um enfarte e estive um minuto fora desta vida. Depois disso pensei que se não fizesse esta compilação e a publicasse em livro, toda essa informação se perderia ou ficaria numa gaveta. As músicas, essas estão mais ou menos salvaguardadas nos muitos cd’s que já editei, o resto nem por isso.

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Carlos Costa

O Cd é um desafio que fiz a mim próprio, daí o seu nome “Eu Próprio – Fados”. Como sabem já cantei ao lado de inúmeros fadistas, mas tenho tido muitas pessoas que me diziam para que eu gravasse a cantar, algo que já fiz, ainda em vinil, tinha eu 20 anos. Atribuí-lhe esse nome porque tudo foi feito por mim: desde a 1ª e 2ª guitarra, o baixo, a voz.” Alfredo Gago da Câmara tem participações em mais de 60 edições discográficas. Conta com mais de 40 cd’s, em alguns destes surge a solo, com voz, execuções, orquestrações, composições e ainda como autor de muitos poemas. É um homem multifacetado e, uma vez mais, dá provas da sua multiplicidade neste CD, todo ele produzido por si.


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EVENTOS DIA 10 DE JUNHO CELEBRADO EM PONTA DELGADA Paulo Renato Sousa As comemorações do dia 10 de Junho que decorreram na cidade de Ponta Delgada estiveram repletas de iniciativas. Além da cerimónia oficial desta efeméride, celebrada no Campo de São Francisco, o dia contou com desfiles, paradas, discursos e a visita a algumas das exposições que estiveram patentes nas Portas do Mar. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente em todos os momentos, e em Ponta Delgada recebeu, das mãos do Presidente da Câmara de Ponta Delgada, a Chave de Honra do Município de Ponta Delgada.

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EVENTOS PRESIDENTE DA REPÚBLICA ASSISTIU A CONCERTO DO CORAL DE SÃO JOSÉ Paulo Renato Sousa A Igreja de São José em Ponta Delgada esgotou a sua capacidade a 9 de junho, para um concerto assumido pelo Coral de São José. O Presidente da República, acompanhado do Presidente do Governo dos Açores, e de inúmeras individualidades nacionais e açorianas, marcaram presença nesta cerimónia festiva.

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VOUCHER pág. 51

AS TOP 10

APOSTE NUMA DESTAS TENDÊNCIAS! 1-Ultra violeta 2-Castanho acobreado 3-Rosa quartzo 4-Loiro champangne 5-Loiro dourado 6-Californianas 7-Efeito ombré ou “ olho de tigre” 8-Raiz esfumada 9-Charcoal hair ou cabelo carvão 10-Castanho mel

TENHA A CERTEZA QUE ESCOLHE A COR CERTA PARA O SEU LOOK DE VERÃO!

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EVENTOS CONCERTO DA ORQUESTRA LIGEIRA DO EXÉRCITO Paulo Renato Sousa Inserido nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, que este ano tiveram lugar na cidade de Ponta Delgada, a Orquestra Ligeira do Exército proporcionou um fantástico concerto no Coliseu Micaelense.

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EVENTOS

APRESENTAÇÃO DO LIVRO “O QUE NINGUÉM DIRIA...” Paulo Renato Sousa O superintendente da PSP na reforma, Jorge Félix Furtado Dias, apresentou, em ambiente íntimo, junto de amigos e família, o livro “O QUE NINGUÉM DIRIA...”. Uma cerimónia que teve lugar na Escola Secundária Antero de Quental, em Ponta Delgada.

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EVENTOS ALFREDO GAGO DA CÂMARA LANÇA CD E LIVRO Carlos Costa O músico Alfredo Gago da Câmara lançou na semana das festas em honra do Soão João, em Vila Franca do Campo, sua terra natal, a obra “Versos, Cantigas e Contos”, onde compila a quase totalidade do seu trabalho artístico e literário da sua já longa carreira. Em simultâneo, Alfredo Gago da Câmara apresentou um novo CD “Eu Próprio – Fados” com músicas e poemas da sua autoria.

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FESTAS DO NORDESTE

12 a

FESTIVAL CALDO DO PEIXE

20 e

FESTA DA VIOLA

21 e

CALOURA BLUES

27 a

VILA DO NORDESTE

RABO DE PEIXE

LOMBA DA MAIA

BAIXA D’AREIA

RFM BEACH POWER

% 10

DESCONTO

sobre o valor da fatura

OFERTA de um aperitivo

% 20

DESCONTO

excepto relógios

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18 21 22 29 28

julho julho julho julho julho

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2 Frangos Panados, 2 Pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

AGENDA


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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva está presentemente orientada para o convívio social, especialmente relacionado com organizações de ajuda humanitária. A nível profissional os diferentes contatos e a comunicação assertiva são fatores protegidos que contribuem para a renovação da carreira.

A vida afetiva marca evoluções positivas e, depois de certas adaptações, vai estabelecer relacionamentos baseados na mútua compreensão do par. A nível profissional defina quais são as suas motivações pessoais e estabeleça prioridades compatíveis com os seus verdadeiros interesses.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva permite iniciar novas amizades, essenciais para as trocas de informações que sustentam a sua mente versátil e muito curiosa. A nível profissional é tempo de tomar iniciativas arrojadas no sentido de assumir promoções, ou novas funções, que visam evoluções positivas.

A vida afetiva protegida permite manifestar a dimensão da sua riqueza interior e seguindo a forte intuição poderá renovar a relação amorosa. A nível profissional poderá aproveitar esta fase de grande coragem e energias positivas para melhorar as finanças, rentabilizando os seus dotes.

A vida afetiva, a família e os filhos são pilares cruciais durante a sua existência, mas sempre elevando o amorpróprio com consciência. A nível profissional é tempo de afastar limitações do passado e aproveitar novas oportunidades na carreira, com a humildade aliada à bondade.

A vida afetiva, recentemente redefinida, evolui positivamente através da comunicação assertiva e da assunção de novas responsabilidades. A nível profissional aproveite a conjuntura protegida para finalmente evoluir na carreira, concretizando planos com confiança e persistência.

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A vida afetiva oscila entre a vontade de conviver socialmente e a necessidade de apoiar um membro da sua família que precisa de apoio. A nível profissional entra num ciclo propício para reorganizar as suas finanças com dedicação e, sobretudo, adquirindo novos conhecimentos.

A vida afetiva revela a sua segurança interior capaz de quebrar rotinas estabelecendo relações amorosas intensas, apaixonadas e verdadeiras. A nível profissional, independentemente de certos fatores externos (instáveis), mantenha o rume em relação ao sucesso em todas as áreas.

A vida afetiva e os relacionamentos em geral representam a possibilidade de evidenciar a sua faceta tolerante, diplomática e compreensiva. A nível profissional é o momento certo para tomar decisões persistentes e iniciar projetos prósperos para o futuro, com vantagens financeiras.

A vida afetiva indica a necessidade de refletir sobre o caminho a seguir e, ainda, deverá estar mais disponível para compreender os semelhantes. A nível profissional é a altura ideal para se dedicar a obrigações inadiáveis e vislumbra-se melhorias financeiras, embora com alguma lentidão.

A vida afetiva confere modificações importantes e contatos imprevisíveis, essenciais para poder renovar a relação sentimental (sem receios). A nível profissional a atual conjuntura positiva aponta ganhos financeiros (extras), mas deverá colocar em prática as suas ideias originais.

A vida afetiva carece de uma autoanálise profunda para libertar-se de alguns velhas inseguranças e poder estabelecer relações assertivas. A nível profissional a sensibilidade acentuada, o romantismo e a intuição são agentes intrínsecos impulsionadores de iniciativas ligadas à arte.


Este verão, a Torre de Londres, o Rio Tamisa, o Palácio de Buckingham ou a Abadia de Westminster estão a poucas horas de distância! Todos os sábados, a Azores Airlines parte de Ponta Delgada pelas 14h55 e aterra em Londres às 19h40, hora local.

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de Londres


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