CRIATIVA MAGAZINE - JUNHO

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ANO III Nยบ 44 JUNHO 2018

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GRUPO SATA LANÇA CAMPANHA PARA VIAGENS A CRÉDITO

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GRANDE REPORTAGEM

EVENTOS

FAGUNDES É A NOVA 46 FILIPA MISS QUEEN AÇORES INAUGURAL DO 48 CONCERTO ÓRGÃO HISTÓRICO DO MUSEU VIVO DO FRANCISCANISMO

DA RIBEIRA GRANDE 48 TEATRO RECEBE ESPETÁCULO ARTIGO 88 49 COLHEITA CHÁ PORTO FORMOSO PADRÃO DAS 50 PERCURSO ALMINHAS/SALTO DA FARINHA COM 90 PEDESTRIANISTAS

RUBRICAS CRIATIVO 32 OLHAR TEMA “GEOSSÍTIOS DOS AÇORES” ÓTICA 34 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO DE SAÚDE 36 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO JURÍDICO 38 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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POLÍCIA MARÍTIMA DOS AÇORES EM MISSÃO NA GRÉCIA

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ENTREVISTA COM RUI CORDEIRO: “VAMOS TER AMBIÇÃO E OS PÉS BEM ASSENTES NA TERRA”

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TECHNAL AVANÇA COM DEBATE SOBRE PRÁTICAS DE REABILITAÇÃO DE VÃOS ENVIDRAÇADOS

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DESPORTO MOTORIZADO RALI ILHA AZUL ALÉM MAR - O VULCÃO DE BERNARDO SOUSA

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

VILA FRANCA DO CAMPO

ASSINALA 50 ANOS DAS FESTAS DO SÃO JOÃO Será um São João ainda mais apetecível. As marchas populares saem às ruas de Vila Franca do Campo sob o tema das Bodas de Ouro, dando cor a uma festa que atrai milhares de visitantes. Natacha Alexandra Pastor

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s historiadores já fizeram o papel da pesquisa da introdução das festas de São João, que se julgam ter sido trazidos para as ilhas açorianas pelos primeiros povoadores. Em Gaspar Fructuoso, Livro Quatro das Saudades da Terra, vol. I, é feita referência ao costume das jovens em deitarem sortes na tentativa de saberem pormenores sobre futuros consortes. E o facto do cronista em questão relatar o caso específico do casamento de D. Guiomar de Sá, dama do Paço, com um sobrinho da Capitoa D. Maria Bettencourt, casado com o Capitão donatário Rui Gonçalves da Câmara, que veio a residir para Vila Franca do Campo, leva à forte suposição de que os festejos de São João deviam ter já àquele tempo certo dinamismo na Vila. A crença antiga no fogo purificador (conhecidas como as fogueiras de São João) e que faz o povo saltar, já poucos acreditarão tratar-se de servir para eliminar maleitas ou afugentar maus espíritos, mas antes pelo risco e

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adrenalina provocados pela aventura. Diferente leitura têm hoje também os balões de São João e foguetes, que mais não servirão para dar cor e barulho à festa. Em Vila Franca do Campo a mobilização para esta festa é quase uma identidade genética, cujo gosto e interesse vai sendo passado de geração em geração. De avós para filhos e de seguida para netos, está basicamente no sangue dos vilafranquenses esse típico e alegre modo de viver a festa do São João que de há uns anos a esta parte ganhou um interesse crescente da parte dos visitantes. Outrora a festa fazia-se com menos espetadores, nos tempos que correm difícil é não dar um pulo ao concelho em noite de São João. A folia segue madrugada dentro, aproveitando o facto do feriado municipal de Vila Franca do Campo. Em Vila Franca do Campo a população é entusiasta pela festa do São João. Quem não integra as marchas, por não estar muito à vontade com a dança, não deixa de sair à rua para aplaudir e apoiar a marcha com a


qual mais se identifica e o concelho vive uma especial azáfama nestes dias, a que se junta o pormenor das Noites da Juventude, um fator de movimentação cada vez mais interessante de se assistir, fruto de uma aposta forte nos cabeça de cartaz convidados. Como tal, não há quem na Vila não fique agradado com esta festividade que traz muitos visitantes, gerando um consumo alargado. Com o tempo a aquecer, e o verão a instalar-se, nos anos em que a festa calha bem próximo do fim-de-semana o São João é ainda mais procurado. A ritmar os marchantes estão letras e músicas de diferentes autores, alguns dos quais são já repetentes em matéria de composição das sonoridades para os grupos. Letras e músicas apostam em diferentes temas, muitos deles dedicados ao amor. NÃO HÁ TRAJES SEM A AJUDA DAS COSTUREIRAS Se há figuras imprescindíveis para dar o devido colorido a esta festa, são as costureiras. É das suas mãos que saem os trajes festivos para as marchas participantes. A tarefa está dividida por algumas pessoas de Vila Franca do Campo, devidamente dotadas para dar corpo às vestes. É o caso de Julieta Moniz, costureira na cooperativa de artesanato Senhora da Paz. Desde há dois anos que é a costureira de serviço para as marchas das freguesias de São Pedro e da Ribeira das Tainhas. A azáfama começa três meses antes da semana do São João. A primeira tarefa é dar corpo ao molde desenhado pelos membros da marcha, um trabalho que raramente fica pronto à primeira vez, confere Julieta Moniz. “O desenho é trazido pelos elementos da marcha. Eles chegam com a ideia e eu procuro executar o que eles querem. Não posso dizer que isso acontece à primeira tentativa, porque não é assim. Depois do primeiro esboço vêm sempre as alterações, podem não ser profundas, mas há sempre detalhes que se quer diferentes. Pode ser uma manga do vestido, pode ser uma gola ou um saiote. Enfim, este é o processo mais demorado, digamos, apesar do muito trabalho que dá construir todos os vestidos e fatos. Encontrar o molde certo e

que agrada à equipa, e que vá ao encontro do tema proposto pela marcha para cada ano, é o mais difícil.” Uma vez acertados os trajes, as mãos de Julieta Moniz não param. De manhã à noite, cinco dias por semana, a dedicação vai para este trabalho que muita honra lhe dá em produzir. É por isso com muito orgulho que vê as marchas desfilarem, sobretudo aquelas a quem ajudou a compor os trajes.

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50º ANIVERSÁRIO

SÃO JOÃO DA VILA É UM MARCO HISTÓRICO

Este ano o São João da Vila assinala as suas bodas de ouro. Se a festa tende a ser marcadamente especial a cada ano que passa, em 2018, as 14 marchas populares estão alinhadas e vão marcar os 50 anos ainda com maior beleza. A Câmara de Vila Franca do Campo faz associar um cartaz festivo muito eclético. Natacha Alexandra Pastor

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São João da Vila assinala em 2018 os 50 anos de existência. Perante estas bodas de ouro está a ser desenvolvida uma festividade ainda mais especial? Em traços gerais, como serão marcados os 50 anos do São João da Vila? Ricardo Rodrigues (Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo) - Estamos, claramente, a desenvolver uma festividade ainda mais especial este ano. Celebram-se os 50 anos das marchas populares e os ex-libris do São João da Vila, como é hábito, são os desfiles das marchas nas noites de 23 e 24 de junho. Este ano, voltamos a ter 14 marchas e algumas vão versar exatamente sobre as “Bodas de Ouro” dos desfiles, quer seja com homenagens, quer seja como a recuperação de marchas, letras e músicas antigas. Paralelamente a isto, temos atividades de juventude, desportivas e culturais, onde tenho de salientar o grande esforço da Autarquia para continuar a proporcionar à população e a baixo custo as chamadas “Noites da Juventude”, às quais se acrescentou uma data, com artistas nacionais de renome como cabeças-de-cartaz, no caso, Carolina Deslandes, Virgul e David Fonseca, bem como muitos outros artistas musicais nacionais e locais de qualidade comprovada. Ao longo destes 50 anos, e recuperando uma parte histórica, a festa teve sempre continuidade ininterruptamente? Na verdade, conforme os documentos históricos existentes (infelizmente em pequeno número) houve um interregno de seis anos na realização dos desfiles das marchas populares, entre 1974 e 1979, tendo sido retomada ininterruptamente a partir de 1980. No entanto, comemoram-se os 50 anos desde a primeira vez em que se realizaram desfiles de marchas populares inseridos nas festividades do São João da Vila (no ano de 1968). De resto, muito antes disto os Vila-franquenses já faziam celebrações em honra de São João, por exemplo, deslocando-se às lagoas, às praias ou até em excursões ao Ilhéu de Vila Franca do Campo. Levavam os farnéis e passavam o dia entre familiares e amigos, imbuídos num espírito festivo, com cantorias e bailaricos.

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Como é que Vila Franca do Campo se prepara para este acontecimento? O concelho “desperta” bem cedo para o São João da Vila. No início do ano, por vezes até antes disso, começam a ser pensados os temas e a ser feitas as letras e músicas que as marchas vão entoar. Segue-se toda a azáfama da recruta dos marchantes, idealizar os trajes, comprar os materiais e escolher as costureiras, criar coreografias e organizar os ensaios. Há sempre um sorteio das filarmónicas que vão acompanhar cada marcha que também é seguido com alguma curiosidade. Os preparativos para as noites dos desfiles vão crescendo de intensidade desde janeiro, tendo o ponto alto nos meses de maio e junho onde as pessoas trabalham diariamente naquilo que são os pendões, as vestimentas das marchas e em assegurar que as coreografias e as músicas estejam perfeitas. Sendo a edição deste ano a comemoração especial dos 50 anos da festa, de algum modo, e do ponto de vista da atratividade turística, foi pensada alguma promoção especial, externa, para este evento? Temos uma estratégia de publicidade e marketing bem definida, que não alteramos muito, pois temos cumprido sempre aquilo que são os nossos objetivos em termos de assistência. Repare-se que, no ano passado, nas “Noites da Juventude” tivemos casa cheia em ambos as noites que promovemos e pelas informações que tivemos junto das autoridades competentes seria muito complicado deixar entrar muito mais pessoas em Vila Franca do Campo. Realmente, atingiu-se o limite, pelo que a promoção, neste momento, não é uma grande preocupação. Preocupamo-nos, sim, com garantir e aumentar a qualidade e a oferta disponível nas festividades. Recordo, também, que para as “Noites da Juventude” os bilhetes têm um custo “simbólico” de 2 euros, num enorme esforço financeiro da Edilidade, para garantir que na comemoração dos 50 anos das Marchas populares a juventude tem acesso a todo o vasto programa do São João da Vila.

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Uma palavra para os pioneiros e visionários desta festividade? Importa deixar palavras de apreço e agradecimento aos que deram início à tradição hoje cinquentenária dos desfiles das marchas de São João. Souberam criar um evento de natureza eminentemente popular, que embora não sendo necessariamente originário de Vila Franca do Campo, permite-nos dizer, orgulhosamente, que temos dos melhores desfiles de marchas populares do país. As marchas do São João da Vila originam trajes, artefactos, letras e músicas que ficam marcadas na memória coletiva da população e isto é também algo que devemos aos pioneiros desta festividade. A festa existe porque a comunidade, associações e coletividades do concelho se juntam. Sem eles seria difícil esta expressão artística, cultural e festiva. Que mensagem fica para o povo de Vila Franca do Campo? O povo de Vila Franca do Campo sente o São João, não precisa que lhe sejam dirigidas mensagens de incentivo. A minha função de Presidente do Município não me dá nenhum direito especial sobre as festividades e as marchas do São João da Vila. Quem cá vive, sabe que o São João da Vila é um escape de um quotidiano por vezes difícil, é demonstrativo da alegria e da forma de viver e estar em comunidade dos Vila-franquenses. A mensagem que posso deixar ao povo de Vila Franca do Campo é que sou mais um deles, ao dispor deles para o que for necessário fazer no sentido de engrandecer cada vez mais as nossas Festas. E que palavras quer deixar registadas neste ano particularmente especial, para que possam ser eventualmente lidas daqui a 50 anos? Espero que o São João da Vila seja cada vez maior, mais forte e mais participado. Que se mantenha o espírito de confraternização e colaboração, bem como a alegria e o encanto que são marcas da vertente mais popular desta festividade. Espero que todas estas facetas que caracterizam as Festas de São João e as suas marchas populares não se percam e sejam sempre potenciadas.


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REPORTAGEM

GRUPO SATA LANÇA CAMPANHA PARA VIAGENS A CRÉDITO Até 31 de agosto, o Grupo SATA disponibiliza uma nova forma de pagar as suas viagens.

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rrancou em maio e prolonga-se até ao fim de agosto uma campanha promocional do Grupo SATA, em parceria com o Cetelem, para quem gosta de viajar, para quem deseja ir mais longe mas que ainda não conseguiu concretizar o seu sonho. Seja uma viagem de sonho ou uma viagem familiar, essa possibilidade fica agora mais perto de ser concretizada com novas soluções de pagamento. O que se propõe é que os clientes do Grupo SATA

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possam pagar as suas viagens em 3 ou em 6 vezes, sem juros. Trata-se da primeira companhia aérea a oferecer esta possibilidade de aquisição de viagens a crédito sem o recurso a cartões. Para já a possibilidade de compra está apenas disponível para vendas na loja de Ponta Delgada, mas é estratégia da companhia poder alargar esta oferta, numa outra fase, a todos os canais de vendas disponíveis.


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ENTREVISTA

POLÍCIA MARÍTIMA DOS AÇORES EM MISSÃO NA GRÉCIA Carla Sequeira embarcou como voluntária numa missão em terra, na Grécia, onde juntamente com outros elementos da PM foram responsáveis pela deteção de botes com emigrantes que constantemente chegam àquele país. Uma experiência difícil, mas que no final tem muito de gratificante. Natacha Alexandra Pastor

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Carla integra uma equipa da PM que está em missão na Grécia. Que missão é esta? Carla Sequeira - A missão é designada de FRONTEX, European Border and Coast Guard Agency. A principal função da Polícia Marítima é controlar a fronteira e a entrada ilegal de migrantes na Europa, via Grécia. Para o efeito somos coordenados pelo nosso National Officer (NO) que está em Atenas que diariamente e através do Team Leader (TL), este localizado em Lesvos, nos fornece a informação necessária para a missão do dia em questão. São constituídas duas equipas, uma que opera em terra e tem a missão de detetar através de equipamento apropriado, os botes que tentam transpor a fronteira e outra equipa que opera no mar e que tenta evitar o transbordo da linha de fronteira. A principal função da Polícia Marítima é controlar a fronteira e evitar o seu transbordo ilegal, em colaboração com

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Direitos Reservados

outras Polícias e entidades, no entanto, as equipas são preparadas através de formação adequada para desempenhar missões de salvamento marítimo. Estas missões são frequentes, atendendo que na maioria das vezes os botes que tentam entrar na Europa, excedem a sua lotação, levando ao naufrágio de alguns deles. Quando não naufragam chegam a “nós” em condições de saúde muito debilitadas, levando a que tenhamos que agir de forma célere para a sua rápida recuperação. Com que regularidade acontecem estas missões? A Polícia Marítima integrou esta missão na Grécia no ano de 2014 na ilha de Simi, estando desde 2015 a desempenhar funções em Lesvos. De momento também estão integrados numa missão similar em Itália. De salientar, que embora se tenha tornado conhecida esta missão em território estrangeiro, em virtude da magnitude e proporção que tomou nos


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últimos anos a emigração ilegal, a Polícia Marítima já desempenha as funções de controlo fronteiriço na agência Frontex faz algum tempo, por exemplo, no Algarve. Qual a sua experiência no terreno nestas circunstâncias? A primeira vez que tive contacto com a missão da agência Frontex foi no Algarve, durante o ano de 2010, onde patrulhava por mar, a área atribuída à Polícia Marítima. Neste momento a minha função é desenvolvida em terra, onde juntamente com outros elementos somos responsáveis pela deteção dos botes. As circunstâncias são totalmente diferentes, embora pudessem ser mais “agressivas” psicologicamente, atendendo que o contacto que tenho com os botes que chegam a terra é muito pouco, fica menos difícil digerir toda a situação. Neste tipo de missões é a primeira vez? É a primeira vez que integro uma missão desde âmbito no estrangeiro. E como mulher como é estar inserida numa missão deste âmbito? Como mulher..., bem como mulher e atendendo que vim sem mais nenhum elemento feminino na equipa e como fui a primeira inserida nas equipas, digo isto porque ou-

tra agente já integrou a missão embora noutro âmbito, os primeiros dias foram complicados. Não em questões de serviço, porque as minhas funções, estou crente que as desempenho bem, ou pelo menos até agora ainda não tive nenhum feedback negativo, mas em questões pessoais. Estar a trabalhar com uma equipa de onze elementos masculinos, que na sua grande maioria não conhecia a questão da diferença horária, a gestão familiar à distância ou a gastronomia, foram questões que tive que conseguir gerir com muita calma, senão não conseguiria desenvolver com sucesso o meu trabalho. O facto de trabalhar com profissionais de extrema qualidade, alguns que também se encontraram pela primeira vez nesta missão, fez ressalvar um grande companheirismo entre toda a equipa, tornando o arranque da missão mais suave. Todos me deram muita força e, acima de tudo, sempre me viram como mais um elemento da equipa e não com a agente feminina, o que para mim foi extremamente importante. Emocionalmente poderia ter sido esgotante, atendendo que sou muito apegada à família, mas o facto de ter tido o apoio incondicional do meu cônjuge, fez-me ganhar coragem para abraçar a missão.

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Quantos elementos dos Açores estão presentes? De momento dos Açores, sou a única presente, mas já passaram pela Missão diversos elementos provenientes de Comandos Locais da Polícia Marítima localizados nos Açores. Como é feita a seleção dos elementos? O sistema de seleção é feito através de voluntariado, e depende das funções que cada um desempenha no Comando Local da Polícia Marítima onde está a prestar serviço. São realizados testes médicos e são realizadas formações para nos preparar para desenvolver não só a nossa função de vigilância e patrulhamento habitual, bem como outras inerentes à especificidade da missão da agência Frontex no local. Como é que é vista a vossa presença? Perante a Agência Frontex a Polícia Marítima está muito bem conotada. Cada vez mais depositam em nós confiança, pelo excelente profissionalismo e pela eficiência em lidar com novas situações, o que nos faz sentir muito confiantes. Na comunidade local, também somos muito bem recebidos, não só por sermos bons profissionais, mas porque fazemos questão de respeitar as suas tradições e por vezes, quando o serviço o permite, tentamos inserir-nos nelas. Um exemplo muito simples disso, foi termos marcado presença nas celebrações da Páscoa, que para eles é muito importante. À semelhança dos Açores, também na Grécia embora noutra religião, a matéria religiosa é muito importante e essencial ao desenvolvimento pessoal, tanto a nível individual como em sociedade. Estes pequenos pormenores fazem com que a comunidade local nos queira receber bem.

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O que é sempre mais difícil? Mencionar um só fator difícil é complicado, porque existe uma panóplia de fatores que podem influenciar a presença individual na missão, tal como referi anteriormente a gastronomia, as personalidades de cada um, a exposição a situações de extrema miséria por parte dos refugiados, tudo isso é muito difícil... mas claro que para mim... reforço... para mim... a separação da família foi o mais complicado. E no momento em que estive no campo de refugiados em Mória, isso ainda se tornou mais evidente, quis muito abraçar as minhas filhas e o meu marido... é de partir o coração o que se pode ver. Muitas crianças sem família, muitas famílias sem visão de futuro... faz -nos perceber o quanto somos sortudos. Levou algum pedacinho dos Açores consigo? Trouxe comigo alguns dos itens mais conhecidos da gastronomia para partilhar com os camaradas e com alguns residentes de Molivos (local onde ficamos), que tão bem nos recebem. Dei a provar alguns licores, tentei aprender a dança tradicional grega e tentei ensinar a bailar a Chamarrita. Dei a conhecer através de vídeos e fotografias as “nossas” maravilhosas ilhas. Apresentei a Senhora do Capote...falei-lhes das nossas paisagens inigualáveis, dos nossos cachalotes, do Azores Trail Run... mas expliquei-lhes que nada do que dissesse podia fazer justiça ao que é visitar os Açores. Como levei comigo a “nossa” bandeira no último dia ofereci ao senhor Manolis Boutikaris, a quem quero prestar uma sentida homenagem, pois sem dúvida foi um dos grandes responsáveis pela forma como somos bem recebidos e por nos dar a conhecer os bons costumes gregos.


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ENTREVISTA

“VAMOS TER AMBIÇÃO

E OS PÉS BEM ASSENTES NA TERRA” À parte dos jogadores, Rui Cordeiro é um rosto facilmente identificado como sendo o do homem que ajudou a levar o Santa Clara à 1ª Liga. Passada a fase de delírio, o clube já trabalha para fazer frente às exigências que se seguem. O presidente Rui Cordeiro está consciente que a crítica está de braços dados nesta nova etapa, confere que há ambição mas também há que manter os pés bem assentes no chão. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - 15 anos depois, e após três anos da presidência de Rui Cordeiro, o Santa Clara sobe um degrau e está firme na I Liga do Futebol Português. E agora? Rui Cordeiro (Presidente do Clube Desportivo Santa Clara) - O Santa Clara e os Açores conquistaram o direito a estar entre os melhores do futebol português. Agora o que importa é trabalhar, com o apoio de todos os açorianos, para conseguirmos manter o Santa Clara e os Açores na Primeira Liga durante muitos anos. Esta vitória tem naturalmente para si um sabor especial, foi sempre uma missão da sua presidência levar a um patamar superior a equipa. No calor imediato daquele jogo decisivo qual foi o seu pensamento? É um sonho de criança que concretizei. Quando era criança ia com a minha mãe para o Estádio de São Miguel e ajudava a limpar aquilo tudo. Naquele momento pensei que era o sonho de todos os açorianos que estava ali a cumprir-se, depois de tantas tormentas, de tantas dificuldades, de tantas tristezas. Qual foi a mensagem mais importante que recebeu a propósito desta conquista? A mensagem mais importante foi o apoio diário dos adeptos. Os açorianos sempre estiveram do nosso lado e essa foi a “mensagem” que mais contou.

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Já há alguns sinais externos de interesse na equipa? Já recebeu contactos? Já chegaram a si propostas/ desafios? Um desses desafios passa pela garantia de condições no Estádio de São Miguel. De forma direta, o que é preciso para garantir um estádio de I Liga? Já estamos a trabalhar nesse aspeto com o Governo Regional dos Açores. Temos a certeza que vamos conseguir fazer o melhor trabalho possível para que existam as melhores condições para jogarmos no Estádio de São Miguel e para proporcionarmos maior conforto aos açorianos. Passada a fase da exaltação e do entusiasmo, começa um ciclo de pensamentos, estratégias, conversações para esta nova vida do Santa Clara. Qual é para já o primário ou principal enfoque? O principal foco é preparar a próxima temporada com tranquilidade e serenidade e isso já o estamos a fazer. Vamos continuar a ter um Santa Clara com ambição mas com os pés bem assentes na terra. Tem expetativas elevadas para um apoio particularmente diferente ao Santa Clara? Pode-se falar num direito conquistado? O facto de termos subido de divisão dá-nos uma visibilidade diferente. Sabemos da importância que esta subida terá em termos financeiros tanto no clube como na região. Estamos na 1ª Liga por mérito próprio, os Açores estão na 1ª com mérito próprio. Subimos com toda a justiça. Com ambos os pés na 1ª liga, estão conscientes de que os açorianos (micaelenses em particular) vão

esperar e ambicionar uma prestação à altura e ser críticos? Essa é uma das ‘cargas’ mais pesadas para uma equipa: corresponder às expectativas dos adeptos e sujeitar-se à crítica? Sabemos que os açorianos vão querer o melhor para o clube e para a região. O que importa é podermos todos aprender com isso e tornar o Santa Clara cada vez melhor, cada vez maior. Aprendemos muito com a crítica. Com a saída do treinador Carlos Pinto, e naturalmente tendo alguns nomes em mente para a sua substituição, o novo mister reúne em si o perfil ajustado àquelas que são as vossas ambições? O que procurava o Santa Clara? Trabalho, dedicação e a consciência que não representamos apenas um Clube, mas, também, uma Região. Será esta a responsabilidade que teremos todos de ter, todos os fins-de-semana. Os Açores terão de criar hábitos de Primeira Liga. Já iniciada a nova etapa, o plantel atual tem alguns nomes que fizeram já várias épocas ao serviço do Santa Clara. É uma formação multicultural e com diferentes nacionalidades e isso também pode condicionar a permanência ou não de alguns jogadores. Como é que se avizinha a próxima formação? Vamos ter um plantel equilibrado, competitivo e capaz de dar uma boa resposta às dificuldades que teremos de enfrentar na 1ª Liga, independente de termos atletas ingleses, portugueses, americanos.

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EMPRESAS

TECHNAL AVANÇA COM DEBATE SOBRE PRÁTICAS DE REABILITAÇÃO DE VÃOS ENVIDRAÇADOS A Technal Portugal veio a Ponta Delgada apresentar a AMBIAL, uma nova porta de harmónio da marca que pode atingir os 12 metros de largura. A marca fez associar a esta apresentação a oportunidade de debate sobre a temática “Projeto, Património e Desempenho: sobre práticas de reabilitação de vãos envidraçados”, um encontro dirigido, especialmente, aos parceiros de negócio. Natacha Alexandra Pastor

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oi sobretudo mais uma oportunidade de troca de ideias, partilha de conhecimento e, em simultâneo, uma chamada de atenção para o risco que se corre na requalificação de espaços, imóveis e outros edifícios portugueses, muitos deles carregados de história. Para apoiar nesta visão cuidada que merece o património edificado, a Technal convidou para se

Carlos Costa

deslocar a Ponta Delgada o Arquiteto Nuno Valentim, professor na faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. O diretor comercial da Technal Portugal, José Dias, esteve também em Ponta Delgada para acompanhar o encontro, e à Criativa Magazine enquadrou o principal objetivo desta iniciativa.


“A Technal tem vindo, ao longo dos anos, a ser identificada como uma marca pioneira e com um enorme conhecimento em todas as áreas do setor da construção. No caso da reabilitação, que é o tema que nos traz desta vez a São Miguel, além da dinâmica que representa atualmente pelo volume de investimentos, tem uma importância significativa para olharmos e pensarmos na proteção e correta reabilitação do nosso património, um aspeto importante que nos identifica enquanto nação. Nesta apresentação, a nossa preocupação não é a de passar uma mensagem específica dos nossos produtos, mas sim a de tentarmos junto de todos os intervenientes do setor da construção, agentes económicos, e outros, entender quais são as melhores opções e com isso preservarmos o tal valor supremo de que falo, ou seja o nosso valor patrimonial.” Com o convite para a conferência/debate do arquiteto Nuno Valentim, a Technal Portugal quer lançar uma ação de consciencialização e de cuidados a ter no que respei-

ta à reabilitação de vãos envidraçados, deixando o alerta que importa reduzir a margem de erros. “Está tudo a acontecer muito rápido, o que nos obriga a perceber quais são as movimentações que estão a ocorrer, quais são os caminhos que devemos seguir, e sermos uma parte ativa na prevenção, para que não se comentam erros como muitos que foram cometidos no passado, e quando falamos de património arquitetónico estamos a falar de erros absolutamente irreversíveis. Esta é uma responsabilidade social, no fundo, e é por isso nosso dever passarmos essa informação relativamente ao que está disponível no mercado. Que a Technal Portugal possa ser uma parte positiva neste processo.” Não é a primeira vez que a empresa traz aos Açores encontros que pretendem ser um momento de troca de saberes. Na região a marca de origem francesa há muito que mantém uma relação profissional com diferentes stakeholders, daí que alguns profissionais regularmente se desloquem cá para acompanhar projetos.


A Technal é atualmente uma marca líder em sistemas de alumínio. Tal deve-se à ampla gama de soluções: fachadas, portas, janelas, guardas e proteções solares; à inovação tecnológica e ao design, à qualidade da matéria-prima, aos elevados padrões de qualidade no processo de fabrico e à colaboração com os profissionais mais qualificados. Nesse sentido, é importante destacar que em Portugal, Espanha e França, a Technal criou uma rede de instaladores certificados denominada “Aluminier Technal”, com o objetivo de assegurar elevados níveis de qualidade no fabrico e na instalação dos seus sistemas. A Technal é uma marca do Grupo norueguês Hydro. O Grupo Hydro tem todo o sector de alumínio integrado com atividades de produção, venda e comercialização em toda a cadeia de valor, desde bauxite, alumina, criação de energia até à produção de alumínio, produtos laminados, estruídos e reciclagem. Sediado na Noruega, tem mais de 35.000 empregados em mais de 40 países, e conta com mais de um século de experiência na produção de energia renovável, desenvolvimento tecnológico e com numerosas colaborações com outras empresas ao longo dos anos.

“Temos uma relação muito especial com os Açores. Somos sempre bem recebidos. Trabalhamos muito com as serralharias locais que são um importante parceiro nosso, e temos um grupo de pessoas que regularmente se desloca cá no sentido de prestar auxílio ou apoio a arquitetos e a outros elementos ligados à gestão de obras.” No debate na cidade de Ponta Delgada, o arquitecto Nuno Valentim Lopes, mestre em Reabilitação do Património Edificado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2007) e Doutor em Arquitetura (FAUP, 2016) com a tese “Projecto, Património Arquitetónico e Regulamentação Contemporânea – Sobre práticas de reabilitação no património corrente”, deu a conhecer bons exemplos do que tem sido possível executar na reabilitação/renovação de edifícios com história, com enfoque para as capitais portuguesas, e apontou outros exemplos onde fracassou a intervenção cuidada e equilibrada.

O arquitecto exerce atividade profissional independente desde 1994 e conta com conferências e obras expostas/publicadas nacional e internacionalmente. Dos principais prémios conquistados consta: 2017 Prémio IHRU/Nuno Teotónio Pereira, com a obra de reabilitação do “Albergues Nocturnos do Porto”; 2015/2016 - Prémio nacional de reabilitação urbana, com a obra de reabilitação da Casa Salabert – e-learning café da Universidade do Porto; 2014 - Prémio João de Almada: co-autor com Francisco Barata e José Luís Gomes (CEFA-UP) do Projecto de Reabilitação do Edifício de 1928 da Rua Alexandre Braga, autoria do Arqº José Marques da Silva; 2013 - Prémio Ibérico de Arquitectura ‘Palmarés Architecture Technal’ na categoria de Reabilitação com a obra: “Centro Dehoniano - Projecto de Reabilitação e Ampliação de Edifício dos anos 30”.


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REPORTAGEM

QUEIJADAS DA VILA: UM DOCE COM FAMA ALÉM-FRONTEIRAS

A receita tem vários anos. Poucos a conhecem em profundidade. Tem origem em mãos vila-franquenses mas tem fama que extravasa as ilhas dos Açores. A queijada da Vila é o ex-libris do concelho. Natacha Alexandra Pastor

E

stá na família Morgado, guardada como quem guarda um tesouro familiar, a receita da saborosa Queijada da Vila (Franca do Campo). Adelino Morgado e Rita Morgado – pai e filha – herdaram a doce tradição das mãos do avô Eduíno Morgado. Cresceram a vê-lo dedicar-se à confeção deste doce que acabou por se tornar num ex-libris do concelho. E é em Vila Franca do Campo que mantêm a unidade fabril, onde, em tempo de época alta, a sua produção cresce exponencialmente. A fama da Queijada da Vila viaja por Portugal Continental, América e Canadá, e só não chega a mais países, que já revelaram muito gosto em recebê-las, porque o tempo de viagem para o estrangeiro, o devido acondicionamento e os portes de envio condicionam todo o processo. Acima de tudo, refere Rita Morgado, importa que o produto chegue com toda a qualidade que lhe é característica. Não havendo uma garantia totalmente fiável, é preferível não manchar o nome do produto. O interesse pelas queijadas da Vila leva muitos curiosos até à fábrica. A pensar neste volume de turistas, claramente mais evidente a partir do momento em que as low-cost iniciaram a sua estratégia na ilha, a gerência criou um espaço muito apelativo, com serviço de cafetaria, onde é possível degustar as deliciosas queijadas e ao mesmo tempo visualizar o processo de fabrico

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João Encarnação

final. As visitas pela fábrica são sucessivas, e nem o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou de aqui passar numa deslocação recente a São Miguel. Adelino Morgado envolveu-se no processo das queijadas, inicialmente ajudando o pai a criar e a ajustar alguns utensílios que ajudariam ao fabrico num modo ainda muito artesanal deste doce típico. “Quando dei por mim estava envolvido neste processo. Como me reformei cedo, acabei por me dedicar um pouco mais. Os anos foram passando e nós fomos crescendo. O Turismo começou a surgir e nós, que sempre nos dedicamos muito à qualidade, decidimos investir na criação de uma nova fábrica, com maior capacidade de resposta à crescente solicitação do mercado.” Esta unidade fabril, que atualmente conta com 16 funcionárias, apesar do aumento da sua produção, ainda sente o peso da sazonalidade, e são estas (trabalhadoras) em conjunto com Adelino Morgado e Rita Morgado que dão continuidade a um projeto que acabou por não desaparecer graças ao espírito visionário do pai, Eduíno Morgado. Hoje as queijadas da Vila, assim o defende Adelino Morgado, são o ex-libris de Vila Franca do Campo, sendo um dos elementos que melhor identifica o concelho, internamente e além-fronteiras.


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QUEIJOS DOS AÇORES

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DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES 2018

RALI ILHA AZUL ALÉM MAR

O VULCÃO DE BERNARDO SOUSA

A equipa formada pelo piloto Bernardo Sousa e pelo navegador Valter Cardoso, aos comandos do Citroën DS3 R5 da equipa Play/AutoAçoreana Racing, ganhou o Rali Ilha Azul Além Mar e ascendeu à liderança do Campeonato dos Açores de Ralis. Renato Carvalho

P

ara a edição deste ano, o Clube Automóvel do Faial definiu um rali composto por nove provas de classificação que foram percorridas nas estradas de terra da ilha do Faial. O campeão em título, Ricardo Moura, optou mais uma vez pela ausência pelo que os candidatos ao triunfo eram somente dois: Luís Miguel Rego acompanhado por Jorge Henriques no Ford Fiesta R5 do Team Além Mar, primeiro classificado do campeonato, e Bernardo Sousa, navegado por Valter Cardoso no Citroën DS3 R5 da equipa Play/AutoAçoreana Racing, que corria pela primeira vez no Faial. O rali começou na sexta-feira com a habitual prova citadina disputada junto da Praia do Almoxarife. Luís Miguel Rego foi o mais rápido e ganhou 3,8 segundos a Bernardo Sousa. No primeiro troço do dia seguinte, Rego voltou a vencer por

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António Bettencourt

2,5 segundos e a vantagem passou a ser de 6,3 segundos sobre o seu principal opositor, só que Bernardo Sousa “despertou” na terceira prova de classificação e ganhou 2,8 segundos a Rego pelo que a diferença entre ambos passou a ser de 3,5 segundos. Logo a seguir, o piloto madeirense repetiu a faceta de obter o melhor tempo e ascendeu ao primeiro lugar, situação que repetiu no derradeiro troço antes da pausa para almoço. No final da manhã, Bernardo Sousa tinha um avanço de 4 segundos sobre Luís Miguel Rego. No início da tarde e no maior troço do rali, Bernardo venceu e amealhou quase mais 10 segundos. Só que Luís Miguel Rego na carismática prova de classificação do Vulcão dos Capelinhos/Varadouro conseguiu o melhor tempo e reduziu a diferença para 13,2 segundos. No entanto, a entusiasmante luta pela vitória foi interrom-


CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALI ILHA AZUL ALÉM MAR 1º Play/Autoaçoreana Racing/Bernardo Sousa/Valter Cardoso (Citroën DS3 R5) 58m48,2s; 2º Ruben Rodrigues/Estevão Rodrigues (Peugeot 208 R2) a 6m26,4s; 3º Rafael Botelho/Rui Raimundo (Citroën DS3 R3T) a 7m27,1s; 4º Marco Medeiros/João Miguel (Citroën Saxo) a 13m13,0s; 5º Rui Torres/ Sousa Martins (Ford Escort RS) a 14m31,1s; 6º Ruben Santos/Nuno Pereira (Peugeot 106 XSi) a 14m56,0s; 7º Pedro Mendonça/José Melo (Peugeot 205 GTI) a 16m25,5s; 8º Carlos Miguel/Nuno da Silva (Citroën Saxo) a 16m26,7s; 9º Marco Goulart/Hugo Goulart (Toyota Starlet) a 19m33,9s; 10º Ana Castro/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 28m03,4s; 11º Filipe Marques/ Nelson Tavares (Citroën Saxo) a 36m15,6s.

TRC e TRF

TRIUNFO DE MARCO MEDEIROS

Os primeiros cinco troços do Rali Ilha Azul Além contavam para os Troféu de Ralis do Canal e Troféu de Ralis do Faial. A vitória pertenceu a Marco Medeiros que ao volante do Citroën Saxo ganhou todas as provas de classificação. No segundo lugar ficou a dupla Mário Nunes e Carlos Rodrigues também num Citroën Saxo que ascendeu a esta posição no segundo troço e assim se manteve até ao final. O pódio ficou completo com mais um Citroën Saxo pertencente à equipa formada por Carlos Miguel e Nuno da Silva que subiu ao terceiro posto na penúltima classificativa. Terminaram a prova sete equipas.

Bernardo Sousa

Ruben Rodrigues

17

14

20

25+3,96

--

0+1,65

20+0,33 20+2,20 25+3,30

Luís Miguel Rego

Rafael Botelho

Ricardo Moura

14

12

--

Ruben Santos

--

17

12

Gustavo Louro

12

--

--

Rui Torres

10

--

14

Luís Mota

--

10

--

10º

João Faria

8

0

0

0+0,33 25+2,75

17

Pontos Totais

Rali Lotus 10 Novembro

Rali Ilha do Pico 19/20 Outubro

Rali Ilha Lilás 14/15 Setembro

Rali Santa Maria 10/11 Agosto

Rali Ilha Azul 01/02 Junho

Rali Sical 20/21 Abril

Azores Airlines Rallye

Concorrente

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Posição

pida no penúltimo troço do rali quando uma avaria mecânica no Ford Fiesta R5 obrigou Luís Miguel Rego a desistir. Com esta ocorrência, Bernardo Sousa ficou confortavelmente instalado na liderança e terminou o rali com uma vantagem de mais seis minutos sobre o segundo classificado. Este triunfo, o segundo consecutivo, permitiu à dupla da equipa Play/AutoAçoreana Racing subir ao comando do campeonato. No segundo lugar ficou Ruben Rodrigues e Estevão Rodrigues no Peugeot 208 R2. Durante a manhã de sábado rodaram praticamente na quarta posição até à desistência de Pedro Vale e Rui Medeiros por avaria no Mitsubishi Lancer Evo IX no último troço da fase matinal. Com o abandono de Luís Miguel Rego subiram uma posição. Obtiveram a vitória na Campeonato de 2 Rodas Motrizes e continuam líderes nesta categoria com três êxitos em igual número de provas realizadas. O pódio ficou completo com a presença de Rafael Botelho e Rui Raimundo que tripularam o habitual Citroën DS3 RT3. Na fase inicial perderam muito tempo para Ruben Rodrigues, depois tentaram reduzir a desvantagem só que a diferença já era considerável. Foi a melhor resultado da presente temporada, o que permitiu arrecadar uma boa pontuação para o campeonato. No quarto posto ficaram Marco Medeiros e João Miguel que levaram o Citroën Saxo ao triunfo no escalão dos Veículos Sem Homologação. No Grupo X, o sucesso coube a Rui Torres e ao co-piloto Marco Martins que chegaram ao final no quinto lugar a bordo do bonito e espectacular Ford Escort RS. A próxima prova do Campeonato dos Açores de Ralis é o Rali de Santa Maria.

56,38 51 43,63 43 28,96 18 17 15 12 10

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REPORTAGEM

RECORDISTA DO GUINNESS FREDERICO REZENDE FAZ TRAVESSIA DE MOTA DE ÁGUA AÇORES/MADEIRA Frederico Rezende vai ligar os Açores à Madeira, em mota de água, durante o mês de junho. É uma aventura quase solitária, que pretende deixar a mensagem de que ambos os arquipélagos devem estar mais próximos. Apaixonado pelo desporto, Frederico Rezende detém um recorde no livro dos recordes do Guinness, conquistado em 2013. Natacha Alexandra Pastor

S

erá durante este mês de junho, assim que as condições climatéricas se proporcionarem que Frederico Rezende fará uma viagem solitária, em mota de água, entre os Açores e a Madeira. A principal intenção desta travessia por mar é aproximar os arquipélagos dos Açores e Madeira, esta última região a comemorar em 2018 os seus 600 anos de história. Frederico Rezende entende que há muito que se fala das oportunidades do mar e de que Portugal é mar, mas basicamente não temos ido muito além da atividade piscatória. O engenheiro, com 55 anos de idade, iniciou-se no meio aquático ainda jovem, e tem no currículo várias viagens de ligação em mota de água, sendo que a primeira foi entre o Funchal e Porto Santo; seguindo-se Funchal/Ilhas Selvagens e posteriormente Funchal/Ilhas Canárias. De seguida, alargou o espírito das aventuras e fez uma ligação solitária de África até à Madeira e por fim Lisboa/Funchal. Depois de um interregno de cinco anos, Frederico Rezende regressa às viagens de ligação e tem já como próxima missão uma ligação entre todas as ilhas dos Açores, um desafio que lhe foi colocado durante a sua deslocação a São Miguel para a apresentação desta travessia Açores/Madeira. Frederico Rezende vai estar sempre acompanhado, por questões de segurança, nesta sua deslocação marítima, de 48 horas ininterruptas, por uma lancha de apoio de um amigo. A preparação física para este propósito já começou há muito, com acompanhamento psicológico, nutricional, e treino em ginásio. Além da componente técnica que pode falhar, há sobretudo um desgaste físico muito grande neste tipo de aventuras que tem de ser trabalhado devidamente mas que nem sempre pode ser controlado.

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FOTOGRAFIA OLHAR CRIATIVO

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COM O TEMA: “GEOSSÍTIOS DOS AÇORES”

1º LUGAR - Fernando Abreu - “Caldeirão”

“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º LUGAR - José Vaz - “Um cheirinho a enxofre”

3º LUGAR - Mar Navarro Llombart - “Geossítios no Círculo”

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SAÚDE ÓTICA

FADIGA VISUAL Sabia que a fadiga visual, mais conhecida por vista cansada, afeta 7 em cada 10 portugueses? Devido à crescente utilização de dispositivos digitais, é já considerada um dos riscos laborais mais frequentes do nosso século. Há vários factores, uns mais controláveis do que outros, que podem contribuir para esta fadiga. Conhecê-los e adotar um estilo mais cuidado pode ajudar a minimizar os riscos. No local de trabalho, onde se passa muito tempo em contato com máquinas e computadores, é onde podemos respeitar algumas regras, como as imagens abaixo sugerem. Se usa óculos e trabalha muito ao computador coloque umas lentes com tratamento especial anti reflexo com coloração azul que protegem os seus olhos enquanto trabalha ao computador ou vê televisão. À parte dos conselhos que as imagens sugerem, deve ainda tomar nota de outras dicas: dormir cerca de 6 a 8 horas, consumir ácidos gordos, zinco e vitaminas C e E (alimentos como o salmão, atum, vegetais de folhas verdes, citrinos ou feijão contêm estes nutrientes), usar óculos de sol 365 dias.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

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ALCOOLISMO: UM PROBLEMA QUE TAMBÉM É NOSSO...

termo médico alcoolismo encerra em si mesmo um conjunto de problemas pessoais, familiares e comunitários relacionados com o consumo abusivo de álcool. Pretendo com isso, e desde já, esclarecer o leitor que o alcoolismo representa muito mais do que o abuso de bebidas alcoólicas. É um fenómeno abrangente que exige uma análise multidisciplinar. Neste sentido, importa valorizar, a par dos problemas físicos decorrentes deste comportamento, as repercussões na vida pessoal do doente, as implicações na vida da sua família, bem como as consequências morais, económicas e/ou legais que são comuns na patologia. Quando revisitamos os dados epidemiológicos relativos a Portugal, percebemos que este é um problema que também é nosso! De acordo com o Centro de Estudos de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o número de doentes alcoólicos no nosso país poderá situar-se nos 60.000 indivíduos. Embora os dados mais recentes apontem no sentido de um decréscimo no número de doentes alcoólicos em Portugal, a verdade é que o consumo de álcool per capita

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mantém-se elevado na nossa população. Além disso, é importante referir que o consumo de álcool tem aumentado entre a população mais jovem, facto que deve merecer a nossa preocupação. Igualmente merecedor de atenção é que o álcool está relacionado com 50% dos casos de morte em acidentes de automóvel e cerca de 25% dos suicídios ocorridos a cada ano. Alguns autores também estabelecem uma relação entre o consumo de álcool e a violência doméstica. O alcoolismo é uma patologia multifatorial. Para esta doença contribuem fatores psicológicos, sociais e ambientais. O processo de dependência é gradual. Ou seja, vai gradualmente tomando conta da vida do consumidor e, com o passar do tempo, o álcool passa a assumir um papel central na vida do doente, degradando-o e lesando as suas relações sociais, inclusivamente as mais primárias no seio da família. Instalada a relação de dependência com o álcool, em sobreposição com os inúmeros problemas psicológicos e socioeconómicos, vão aparecendo muitas outras complicações de saúde. Cirrose, cancros de diferentes órgãos e sistemas, gastrite, pancreatite ou disfunção sexual são apenas algumas das muitas doenças que inevitavelmente surgirão na vida do doente. Com tudo isto, o alcoolismo é responsável por diminuir a esperança média de vida entre o grupo de doentes comparativamente à população geral. Quero com isto tornar claro que os doentes alcoólicos vivem uma vida mais curta e com menor qualidade. O tratamento desta doença começa no momento em que o doente reconhece que tem um problema de saúde. Se se revê neste problema, procure o seu médico de família. Exponha as suas dúvidas. Não adie o inadiável. Lembre-se que muitas das doenças provocadas pelo abuso de álcool são reversíveis se combatidas numa fase inicial da sua evolução. Acredite que com ajuda o caminho no sentido da cura será mais fácil de traçar e o sucesso mais provável. Colabore nas consultas. Permita que a sua família se possa envolver. Não se esqueça que eles também sofrem…


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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Em que condições, e que informação deve ser prestada, podem as empresas particulares (sejam elas de que setor de atividade forem) instalar câmaras interiores de videovigilância? Como ficam os direitos de imagem protegidos? Há essencialmente duas normas que regulam o direito à imagem. Uma é uma lei penal que diz mais ou menos isto: Quem sem consentimento gravar palavras proferidas por outra pessoa e não destinadas ao público, mesmo que lhe sejam dirigidas; ou utilizar ou permitir que se utilizem as gravações referidas atrás mesmo que licitamente produzidas é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 240 dias. Na mesma pena incorre quem, contra vontade, fotografar ou filmar outra pessoa, mesmo em eventos em que tenha legitimamente participado ou utilizar ou permitir que se utilizem fotografias ou filmes referidos na alínea anterior, mesmo que licitamente obtidos. Já num campo civil, não criminal, a lei diz mais ou menos isto: o retrato de uma pessoa não pode ser exposto, reproduzido ou lançado no comércio sem o consentimento dela. Não é necessário o consentimento da pessoa retratada quando assim o justifiquem a sua notoriedade, o cargo que desempenhe, exigências de polícia ou de justiça, finalidades científicas, didáticas ou culturais, ou quando a reprodução da imagem vier enquadrada na de lugares públicos, ou na de factos de interesse público ou que hajam decorrido publicamente. O retrato não pode, porém, ser reproduzido, exposto ou lançado no comércio, se do facto resultar prejuízo para a honra, reputação ou simples decoro da pessoa retratada. De resto, é uma matéria muito vasta que se não pode explicar em meia dúzia de palavras. O essencial está ali, o resto são variações que só a prática poderá exigir outras implicações dos princípios atrás referidos.

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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REPORTAGEM

GRUPO ILHA VERDE INAUGURA POSTO DE CARREGAMENTO ELÉTRICO DE VIATURAS O Grupo Ilha Verde assumiu a atitude pioneira na região e inaugurou recentemente um posto de carregamento elétrico de utilização pública e gratuita. Natacha Alexandra Pastor

N

uma postura amiga do ambiente, mas também a pensar nos clientes do grupo, a Ilha Verde desafiou-se a si própria e acaba de instalar em São Gonçalo um duplo posto de carregamento elétrico para veículos, que tem utilização pública gratuita 24 sob 24 horas. É um passo em frente para impulsionar a mobilidade elétrica na região, e que segue o compromisso assumido pela empresa em dezembro de 2017 quando assinou, em conjunto com inúmeras entidades açorianas, a Cartilha da Sustentabilidade. Antero Rego, em nome do grupo, concretizou o que os motivou a este gesto. “Para este projeto juntou-se um conjunto de fatores, entre eles um desafio do Governo Regional em disponibilizarmos um posto de carregamento gratuito para viaturas elétricas, aqui em São Gonçalo, disponível para todas as marcas, o que naturalmente foi bem aceite por nós, até porque este é o futuro e nós queremos fazer parte dele.” Com o mercado das viaturas elétricas a crescer a um ritmo interessante, Antero Rego acredita que o fator carregamento (inexistência) poderá estar a criar dificuldades aos potenciais interessados em adquirirem uma viatura deste tipo, já que a “consciencialização para um meio am-

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Carlos Costa

biente menos poluído” já é uma preocupação notória. O grupo Ilha Verde oferece aos açorianos três modelos de elétricos: Renault Zoe; Nissan Leaf e Hyundai IONIQ. A cerimónia inaugural deste posto de carregamento contou com a presença da secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo, Marta Guerreiro, que recordou que “a aposta na mobilidade sustentável nos Açores é uma das medidas prioritárias” da atual legislatura, frisando que decorre o concurso público para a concessão de uma rede de 26 pontos de carregamento rápido em locais de acesso público, que abrange todos os concelhos das nove ilhas do arquipélago.

CÂMARA DE PONTA DELGADA CEDE OS SEUS POSTOS DE CARREGAMENTO Para apoiar a aposta do Grupo Ilha Verde, a Câmara Municipal de Ponta Delgada decidiu contribuir nesta matéria e, a partir do arranque das Noites de Verão, vai disponibilizar gratuitamente os seus postos de carregamento elétrico para quem queira utilizá-los, a partir das 20H30 e até às 06H30. O sistema está instalado na travessa próxima dos Paços do Concelho, e serve neste momento em exclusivo as viaturas oficiais desta autarquia.


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REPORTAGEM

MILHARES DE CRIANÇAS FORAM CONHECER PRODUÇÃO AÇORIANA EM DIA NACIONAL DA AGRICULTURA Natacha Alexandra Pastor

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ma vez mais, a Associação Agrícola de São Miguel organizou um dia diferente para cerca de 4 mil crianças em Dia Nacional da Agricultura. O recinto do mercado agrícola, em Santana, na Ribeira Grande assumiu parte do seu papel, a de ser mercado de venda, mas desta vez o que se passou foi conhecimento. Nas diferentes bancadas, havia muitos exemplos dos bons produtos cultivados e acarinhados pelos produtores locais, desde as frutas (com direito a prova) - melancia, ananás morangos -, aos muitos legumes e vegetais. Algumas espécies de aves e animais abrilhantaram o cenário, mas também as abelhas (mel) cativaram a atenção. Às 4 mil crianças foram passadas mensagens muito importantes, a lembrar-lhes da importância para o consumo de produtos regionais. Para os mais aventureiros, também lhes foi possível plantar algumas sementes e plantas num gesto simbólico. Entre os vários produtores convidados a marcar presença, esteve o produtor Ricardo Rocha Pinto, um dos produtores de biológicos com intensa capacidade produtiva na região. Com uma quantidade assinalável de plentação de aromáticas este ramo de produção tem merecido enorme procura, particularmente pela restauração, mas há cada vez mais par-

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Direitos Reservados ticulares a despertar para as mais-valias do uso de aromáticas na culinária. A produção biológica de um modo geral tem muitos simpatizantes, e na verdade o escoamento e exportação dos produtos desta empresa para o continente, onde o pai de Ricardo Rocha Pinto também tem uma produção 100% biológica, mostra o quanto é que é uma área em evolução gradual. Uma das maiores dificuldades deste negócio prende-se essencialmente com as dificuldades em combater algumas pragas, já que não é permitido o uso de qualquer herbicida. Na feira agrícola dedicada ao Dia Nacional da Agricultura, o presidente do Governo dos Açores foi uma presença notada. Vasco Cordeiro percorreu todos os espaços do recinto do mercado e demonstrou particular interesse pela presença da Innovation Green Azores, uma empresa que está a testar o uso da espécie invasora conteira, na criação de vários utensílios (pratos, bases protetoras, embalagens, papel, etc), promovendo não só uma solução alternativa capaz de ajudar a reduzir a utilização de plástico e substituir o papel e cartão de uso único, ao mesmo tempo que dá utilidade a uma planta que tem nos Açores (em especial em São Miguel) um crescimento descontrolado.


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REPORTAGEM

“ESTE POEMA DAVA UMA LETRA DE CANÇÃO”: UM DESAFIO À CRIATIVIDADE DOS JOVENS É um concurso dirigido a jovens, lançado pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada. Pretende ajudar os mais novos a conhecerem o nome de alguns autores açorianos, procurando, ainda, atrair o público ao espaço da biblioteca. Natacha Alexandra Pastor

E

ste concurso em específico, em fase de acolhimento de candidaturas, explica a diretora da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, Madalena San-Bento, “foi concebido, também, e sobretudo, para os casos em que o conhecimento dos autores açorianos não é muito comum nesta faixa etária. Ao desejar concorrer, por uma implicação no mundo musical, pretende-se, precisamente, que os jovens aprofundem o seu contacto com os autores cujos textos/ poemas poderão encaixar na música que conceberem ou sirvam de inspiração para produzir um tema.” A mesma responsável lança ainda à nossa reportagem os trâmites propostos para o “Este poema dava uma letra de canção”. “Durante o ano de 2018 em que decorre a primeira fase o concurso, ela seria dedicada à receção e escolha do tema vencedor; neste caso o concurso seria apadrinhado em exclusivo pela biblioteca, com parceria de um júri convidado e formado por quatro elementos de notado reconhecimento na área musical e um elemento ligado às letras. Na segunda fase, que compreenderia a publicitação do tema e sua gravação, a biblioteca seria coadjuvada pela instituição ou instituições, públicas ou privadas que acedessem corresponder às suas propostas de parceria. O concurso é dirigido a todos os alunos que frequentem o terceiro ciclo ou secundário nas escolas dos Açores, ou estejam matri-

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Direitos Reservados culados no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Poderão fazê-lo em grupo ou individualmente. As candidaturas a este concurso devem ter lugar até ao próximo dia 30 de agosto, sendo que a cerimónia de divulgação do vencedor ou vencedores deverá ter lugar em novembro e a gravação e publicitação deverá ser feita ao longo de 2019.” Em resumo, há uma folha de inscrição a preencher, em relação aos autores, música e texto escolhido; a música deverá ser uma composição inédita. Para apoiar à divulgação desta iniciativa, a diretora da Biblioteca refere que socorreram-se das escolas, mas até ao momento não tem sido claro o empenhamento destas instituições. “Até ao momento não parece que as escolas tenham tido grande empenhamento na divulgação, motivação e apoio aos alunos em relação a este concurso, embora o texto de divulgação que dirigimos aos Conselhos Executivos já em janeiro fizesse apelo neste sentido; também foi produzido um cartaz promocional que solicitamos fosse exposto nas escolas. Na verdade, ainda não tivemos propostas, mas estamos cientes que, a nível das mentalidades, há sempre um longo trabalho a despender e a necessidade da insistência para que comecem a frutificar os resultados; faremos novos apelos e procuraremos que um dia as instituições e os agentes e educação e cultura comecem de facto a agir em conjunto neste e noutros empreendimentos.”


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EVENTOS

FILIPA FAGUNDES NOVA MISS QUEEN AÇORES CMPovoação Filipa Fagundes, de 18 anos, natural da ilha Terceira, é a nova Miss Queen Açores. A eleição decorreu em maio na Povoação. Além da conquista do título principal, a jovem recebeu ainda o título de Miss Fotogenia. Carolina Aguiar, do Porto Formoso, da ilha de São Miguel, e Cristina Carvalho, da ilha do Faial, foram coroadas 1ª e 2ª Damas.

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EVENTOS

CONCERTO INAUGURAL DO ÓRGÃO HISTÓRICO DO MUSEU VIVO DO FRANCISCANISMO CMRG O órgão histórico do Museu Vivo do Franciscanismo voltou a tocar no passado dia 18, por ocasião do Dia Internacional dos Museus. Tratou-se do primeiro concerto após as obras de recuperação e conservação, designadas pela Câmara da Ribeira Grande. Do concerto inaugural, intitulado “Pérolas do Barroco”, constaram obras de grandes nomes da música como Vivaldi, Haendel, Bach e Pergolesi.

TEATRO DA RIBEIRA GRANDE RECEBE ESPETÁCULO ARTIGO 88 CMRG O Teatro Ribeiragrandense recebeu o espetáculo de dança contemporânea de Bárbara Faustino, intitulado Artigo 88. Do espetáculo pode dizer-se que “o corpo, em cena, atravessa e é atravessado por esta (vasta) ideia e resulta da experiência vivida pela artista no processo de renovação do visto para continuar a pesquisa sobre dança contemporânea em Portugal”.

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EVENTOS

18ª COLHEITA DE CHÁ NO PORTO FORMOSO Paulo Renato Sousa A 18ª tradicional apanha do chá, promovida pela Fábrica de Chá Porto Formoso, juntou algumas dezenas de entusiastas que, vestidos a rigor, num dia de temperatura amena, procederam à apanha da folha nova da planta.

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EVENTOS PERCURSO PADRÃO DAS ALMINHAS/SALTO DA FARINHA COM 90 PEDESTRIANISTAS CMNordeste O Centro Desportivo e Recreativo do Concelho do Nordeste em parceria com a Câmara Municipal de Nordeste promoveu um passeio pedestre, entre o Padrão das Alminhas e o Salto da Farinha. O percurso contou com mais de 90 participantes, de vários escalões etários, sendo que mais de 40 eram oriundos de outros concelhos.

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ACONTECEU

NOVO PARQUE INFANTIL NO JARDIM DO PARAÍSO Foi inaugurado o novo parque infantil do Jardim do Paraíso, na Ribeira Grande, estrutura que está dotada de equipamentos lúdicos de equilíbrio, balanço, carrossel e musicais que permitem todo o tipo de brincadeiras através dos elementos que o compõem. PLANO REGIONAL DE EMERGÊNCIA DA PROTEÇÃO CIVIL EM CONSULTA PÚBLICA A atualização do plano em vigor levou cerca de um ano e três meses a ser elaborado e, neste momento, está concluído, afirmou Rui Luís, no Parlamento açoriano, acrescentando que durante o mês de maio esse plano iria ser colocado em fase de consulta pública.

ZONAS BALNEARES DA R. GRANDE COM BANDEIRA “QUALIDADE DE OURO” São três as zonas balneares do concelho da Ribeira Grande que vão ostentar a bandeira “Qualidade de Ouro” na época balnear de 2018. A praia de Santa Bárbara (Ribeira Seca), a praia dos Moinhos (Porto Formoso) e a zona balnear das Calhetas.

“ROADSHOW TASTE AZORES 2018” NO PORTO A Vice-Presidência do Governo, através da SDEA, e em parceria com a Casa dos Açores do Norte e o Mercadinho dos Açores assinalaram o “Dia da Autonomia e do Divino Espírito Santo” com a realização de um almoço típico, animação cultural e a divulgação dos melhores produtos Marca Açores. A iniciativa integra-se também no projeto “Roadshow Taste Azores 2018”.

OP JOVEM 2018 BATE RECORDE NA LAGOA Já são conhecidas as propostas no âmbito do Orçamento Participativo Jovem, referentes ao ano 2018, na Lagoa. O número de participações bateu recordes. Foram entregues 250 propostas que envolveram a participação de 307 jovens da Lagoa.

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AGENDA

até

GALERIA FONSECA MACEDO

A PERNA ESQUERDA DE TCHAIKOVSKI TEATRO MICAELENSE

FESTIVAL LAGOA BOM PORTO

16 e

SIRIUS: A EXPRESSÃO DA ADMIRAÇÃO

até

REVIVER MEMÓRIAS

até

PORTO DOS CARNEIROS

MUSEU MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE

MUSEU CASA DO ARCANO DA RIBEIRA GRANDE

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

OH CAPTAIN! SPECULATION, QU’EST-CE QUE C’EST?


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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva marca o crescimento de ambos os elementos do par, através de mudanças cruciais para a transformação da relação amorosa. A nível profissional pode concretizar novos projetos inovadores e obter bons resultados financeiros, alcançando realização pessoal.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva evolui positivamente mas, procure compreender as situações das pessoas circundantes, com muita paciência. A nível profissional a entrada do Úrano nesta Constelação altera o conceito de estabilidade e concebe novas formas de lidar com as finanças.

A vida afetiva deve ser avaliada com discernimento e autoconfiança, permitindo estabelecer relacionamentos mais harmoniosos. A nível profissional durante os próximos tempos pode esperar novas oportunidades, viagens e apoios de “entidades” relevantes.

A vida afetiva, influenciada pela presença do Júpiter em Elemento de Água, atravessa uma fase positiva de renovação sentimental. A nível profissional a conjuntura assinala o momento oportuno para expandir a carreira e alcançar bons resultados financeiros.

A vida afetiva facilita o autoconhecimento e através das relações vai aprender a conhecer-se melhor, respeitando as outras pessoas. A nível profissional começa um novo período de renovação na carreira, mas tenha cuidado para não repetir certos erros do passado.

A vida afetiva marca uma época de amadurecimento interior, após definições e reestruturações essenciais para os relacionamentos. A nível profissional as decisões lúcidas, a capacidade de iniciativa e certos apoios preciosos, contribuem para a evolução na carreira.

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A vida afetiva está especialmente dirigida para as vivências sociais e uma certa amizade especial pode ajudar o progresso na carreira. A nível profissional a conjuntura exige serenidade, humildade e muita compreensão, de maneira a poder redefinir o seu futuro.

A vida afetiva está harmonizada e confere uma necessidade de aproximação ao lar. Magnífica fase de estabilidade interior. A nível profissional Plutão faz um aspeto à Lua Nova e traz-lhe o “espírito” propício para transformar positivamente a carreira.

A vida afetiva reflete o seu entusiasmo renovado e impulsiona as conquistas, os romances, ou certas atividades mais aventureiras. A nível profissional escolha ocupações compatíveis com as suas verdadeiras motivações e execute os seus planos com eficiência.

A vida afetiva evidencia a sua segurança interior e permite agir coerentemente em relação aos seus verdadeiros sentimentos. A nível profissional as situações imprevistas trazem surpresas e a estabilidade passa pela capacidade de aceitar mudanças inadiáveis.

A vida afetiva e sentimental são beneficiadas pelos eventos sociais e o contato com o público ajuda a concretização dos seus projetos. A nível profissional começa uma fase ótima para aproveitar as oportunidades e sentirá uma sensação de grande liberdade.

A vida afetiva (harmonizada) demonstra todo seu equilíbrio interior e facilita a expressão dos seus sentimentos de solidariedade. A nível profissional é crucial aproveitar os seus recursos pessoais, de forma a desenvolver a carreira mais de acordo com a sua sensibilidade.


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