Criativa Magazine - maio 2022

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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VIII Nº 91 maio 2022 © David Rodrigues

ENTREVISTA Mário Fortuna

“Turismo poderá animar a economia”

“Os museus podem surpreender-nos”

Regresso das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres



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Dia dos Museus

“Os museus podem surpreender-nos”

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Grande entrevista

reportagem Único moinho de vento da Fajã de Cima ganha nova vida

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megafone com José F. Andrade

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consultório jurídico Com Carlos Melo Bento

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Saúde ótica com INSTITUTOPTICO

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Exercício Físico pela sua Saúde com celso Tavares

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consultório da saúde Com João Bicudo Melo

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Saúde Auditiva Com Audição Portugal

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Olhar criativo TEMA: “Azul e Amarelo”

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Desporto: O POWER DE LUÍS MIGUEL REGO

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

reportagem Workshop para preservar e divulgar a tecelagem da Casa de Trabalho

reportagem Regresso das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Explorando... lugares encantados na ilha de são Miguel

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RUBRICAS

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Entrevista

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande entrevista

Turismo poderá animar a economia Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Depois de mais de dois anos de pandemia, enfrenta-se agora os danos de uma guerra que ninguém sabe quando termina. Os impactos já estão aí, e é bastante previsível que assim continue, por tempo indefinido. Mário Fortuna, que acaba de ser reeleito para mais um mandato na CCIPD, consegue olhar para o turismo como o que pode animar a economia açoriana por estes meses, mas lança o alerta para a necessidade de apostarmos noutras áreas de grande importância para o futuro. Criativa Magazine - Comecemos pelo assunto mais recente e que esta câmara do comércio já se manifestou contra, e que se relaciona com a aplicação de uma taxa turística nos Açores. Ficamos pelo não apoio, pelo timing em que se fala dela? Mário Fortuna (Presidente da CCIPD) Não é boa nunca, muito menos neste momento e não é boa porque nos parece que é uma penalizaçao das

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nossas exportações. Turismo é exportação e, se se tributa essa exportação, isso significa prejuízo. Para nós é uma taxa errada, porque se de facto existem impactos ambientais que não estão a ser captados, então digam-nos quais são eles. Se de facto existem infraestruturas que precisam de ser melhoradas para acolher os turistas, também é verdade que existem algumas que servem os turistas e que eles pagam. Se vão ao ilhéu pagam como nós; se sobem à montanha do Pico, pagam como nós, entre outros muitos


exemplos de que poderíamos falar. E haver uma diferenciação entre locais e turistas? Penso que pode haver uma diferenciação entre locais e turistas e não vem mal ao mundo por aí, mas se o princípio é o de ter de pagar porque utilizam, então crie-se esta percepção de que estamos a vender mais qualquer coisa. Há imensa receita a retirar de coisas que nós oferecemos, sem que tenhamos de aplicar uma taxa assim, sem mais nem menos, e que para nós é errada! O facto de não ter havido uma auscultação de entidades mais diretas deixa-o preocupado? Esta câmara do comércio ja se pronunciou várias vezes, noutros contextos, relativamente à taxa turística e fomos sempre contra, de resto os pareceres que foram colhidos à posteriori foram todos negativos. Mas não foram tidos em conta. Não foram! E isso o que é que lhe diz? Os políticos não quiseram ouvir esta sociedade numa

democracia participativa. Mas em matérias tão importantes, e numa área que ainda agora começamos a desenvolver, não é importante a troca de ideias, a discussão, alinhar estratégias? Sim, e para nós foi incompreensível aquilo que a Assembleia Legislativa Regional dos Açores fez. Eles ouviram, e não fizeram ‘caso’, como se diz por cá. Ignoraram as opiniões unânimes da generalidade das associações do setor. Isso leva-nos a outra questão – ainda que num patamar diferente –, terminou o seu mandato e iniciou com um assunto que ainda mantém alguma discussão, e que se relaciona com o fecho do centro histórico de Ponta Delgada, e parecem existir muitas vozes contra. Desde que cá estamos, já assistimos ao encerramento de várias ruas e não há problema nenhum nisso. Chama-se planeamento urbano, que pode aconselhar, em alguns momentos, um reordenamento da circulação na cidade, o que é perfeitamente aceitável

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grande entrevista

e compreensível. O que nos parece que não pode acontecer é que este planeamento se faça só com alguns. Vamos ver o que é que leva um empresário a instalar-se no centro de uma cidade e perceber que, quando de um dia para o outro, se mudam as regras do jogo, há empresários que se sentem, e são, efetivamente, lesados. Não estou com isso a dizer que os ‘direitos’ são eternos, mas estou a dizer que estes contextos devem ser mais planeados, colaborativos, alargados e consensualizados. Já perdi a conta das vezes que se discutiu, por exemplo, o reordenamento da Rua dos Mercadores, mas sim, sempre se discutiu. Esta última situação, na verdade, surgiu-nos de uma forma um tanto ou quanto surpreendente, porque foi muito rápida, e nada fazia antever que a autarquia ia manter esta solução, porque não era essa a indicação que tínhamos. Num ano em que estamos todos a recuperar da pandemia, há embaraços que podem ser evitados? Da nossa parte entendemos que sim, alguns são provocados pela política, outros até são provocados por nós próprios, e pela forma como olhamos para as adversidades. Na verdade, daqui a uns anos, quando olharmos para trás, e para estes tempos, não haja dúvida que os veremos como anos horríveis, para as empresas e empresários, muito coisa tem corrido mal!

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Estávamos a sair da crise anterior, em que o turismo foi bastante afetado (na Europa perdeu-se muito poder de compra e isso teve reflexo no setor turístico); fomos depois assolados por esta pandemia, e agora somos confrontados com os perigos de uma guerra na Ucrânia. São adversidades que vão ficar na história! Que perceção existe dos ânimos dos empresários face a toda esta instabilidade? Os ânimos não podem estar muito tranquilos. Qual é a preocupação da CCIPD para os próximos tempos, a considerar, em concreto, o que acontece agora com esta guerra? A indústria vai passar por algumas dificuldades de reajustamentos, porque muitas das matérias-primas e dos circuitos logísticos utilizados, até aqui, foram perturbados! A guerra na Ucrânia vai mexer, e muito, com os mercados da energia e dos cereais, e teremos imensas repercussões em todas as atividades comerciais. Esperemos que isso não resulte numa inflação persistente, porque, se assim for, as taxas de juro vão ter que ser reajustadas e, aí sim, as coisas ficarão um bocado mais feias, porque estamos bastante endividados, seja o Estado, sejam as famílias, assim como as empresas. Qual é o pior cenário?


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Temos um cenário que nos parece positivo, parece-nos que vamos ter bastante turismo nos próximos tempos. A agricultura e a pecuária animaram a nossa economia durante a pandemia, e agora parece-me que vai caber ao turismo esse papel. A propósito, vale ‘a pena’ apostar as fichas todas no turismo? Não! Nunca! A ideia de que temos uma monocultura do Turismo é errada! Então, e que mais? Precisamos de outros setores. Venham eles! Há algumas atividades que estamos esperançados nos tragam mais algum valor acrescentado e desenvolvimento, falo por exemplo da economia do mar e do espaço, acho que temos de trabalhar mais para isso. Mas esse é um caminho que tem sido pouco preparado? Não, de facto não tem sido preparado! Temos de ter recursos humanos muito bem preparados para tal. Creio que vai haver uma área crítica, que é a do mundo digital, e não estamos preparados não só para sermos bons consumidores, como também produzimos muito pouco nessa área. Mas, também, não temos recursos humanos para isso. Aqui há um papel importante das escolas profisisonais? Coloco a questão mais ao nível das universidades, nas escolas profissionais também, mas na realidade precisamos de quadros avançados, nestas funções. Na área do digital fica-nos a faltar muita mão-de-obra profissionalizada e temos de avançar rapidamente! Falou nas questões dos cereais e combustíveis, e na dependência de certos mercados, pelo que é importante retirar ilações das consequências de estarmos tão dependentes em muitas matérias. Sim, sempre! Portugal não estava muito dependente, na verdade, destes dois mercados, mas a verdade é que sempre que há perturbações muito significativas, como esta, todos os mercados internacionais (e nós estamos lá) são afetados. De uma forma ou de outra, o impacto chega cá! A forma como o Estado, até aqui, tem procurado minimizar os impactos junto de famílias e empresa, tem sido...? São boas medidas, mas são paliativos, e não passam disto. Se esta situação internacional persistir, não há orçamento público que aguente, não é possível. As consequências vão continuar a refletir-se nos preços, como já estamos a ver, e isso quer dizer que vamos perder poder de compra e perder qualidade de vida, e isso é um processo que não é só nosso, é global.

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Mas quanto mais na cauda da Europa estamos, mais para trás ficaremos. É relativo. Mas vai ser de facto mais difícil reduzir a pobreza neste contexto. Da parte desta legislatura há algum vislumbre de medidas eficazes? Não há! São, como digo, paliativos. A única coisa que se fez nesta legislatura e que pode ajudar as famílias e empresas foi a redução fiscal, mas não se pode fazer mais redução fiscal no âmbito da lei de finanças da região autónoma. O Estado pode abdicar de mais alguns impostos sobre o consumo, mas o campo de manobra está muito estreito. As capacidades de manobra e a capacidade de endividamento estão reduzidas. Utilizamos a nossa artilharia quase toda durante a pandemia, e já estamos a níveis muito comprometedores. Fizemo-lo numa altura em que era preciso, mas agora temos as opções muito reduzidas. Que melhores conselhos ou estratégias pode aqui deixar, também, como economista? Aos governos o que poderemos sugerir é a redução de mil e uma imposições às empresas, e as empresas em si devem olhar para a forma como produzem e como estão nos mercados.


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Entrevista

Dia dos Museus

“Os museus podem surpreender-nos” Natacha Alexandra Pastor

DR/Museu Carlos Machado

A celebração em Portugal do Dia dos Museus tem, este ano, como temática: o “Poder dos Museus”. João Paulo Constância, que assumiu recentemente a direção do Museu Carlos Machado, deixa a nota para que se visitem os museus e se deixem surpreender. “Devem explorar e descobrir as histórias que os museus contam. É muito possível que descubram ligações impensáveis e que se revejam em muitas peças, sobretudo naquelas que têm o condão de nos levar a perscrutar o nosso íntimo...”. Criativa Magazine - Para as comemorações deste ano, foi escolhido o tema “O Poder dos Museus”, assim que poder(es) lhes são, hoje, atribuídos e, no futuro, que outros desempenhos se podem esperar destes espaços? João Paulo Constância (Diretor Museu Carlos Machado) - O poder dos museus reside na sua ação, na forma como interagem com a sociedade. Os museus são, ou devem ser, agentes de mudança. A sua intervenção social tem um impacto que não estamos habituados a medir, mas é real e palpável, e a sua ação cultural e educativa marca de forma indelével gerações sucessivas. Os museus são lugares formativos que interpelam e fazem pensar, são

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lugares de contemplação e de confronto. A museologia social, aquela que coloca as pessoas em primeiro plano, age para a inclusão e de forma a inspirar e a motivar para a construção de uma sociedade de cultura humanista. Também não devemos subestimar o papel dos museus na economia do conhecimento, que gera riqueza e valoriza o património e a cultura. Os museus têm múltiplos poderes: da memória, da inclusão e, da transformação. A forma como os usam é que é, quase sempre, discreta e sem alaridos. Seguramente que sem museus, as sociedades seriam substancialmente mais pobres. No caso do Museu Carlos Machado, a sua ação no território e os seus programas para uma cultura inclusiva, falam por si. A esse propósito, e porque há obras em curso neste Museu, como estão a decorrer as


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entrevista

Diria que o mais diferenciador deste novo espaço será a possibilidade de conciliar os aspetos técnicos da conservação e o usufruto das coleções em reserva.” mesmas, e o que é que de mais diferenciador vai acontecer, após esta intervenção? As obras em curso visam dotar o museu de mais capacidades, a vários níveis. Desde logo, maior capacidade para a preservação do património, com espaços adequados ao tratamento e acondicionamento das peças, atendendo às suas especificidades. Será também um espaço de visita que irá dotar o museu da possibilidade de aumentar a sua oferta expositiva e educativa. Diria que o mais diferenciador deste novo espaço será a possibilidade de conciliar os aspetos técnicos da conservação e o usufruto das coleções em reserva. Será também uma forma dos visitantes poderem conhecer alguns bastidores e terem contacto com processos técnicos dos museus. Entre nós, e de um modo global, os museus açorianos cativam mais as pessoas de dentro, ou estão mais vezes abertos para quem nos visita? Nos Açores, temos ambos os casos. Há museus de “peregrinação” que atraem todos os visitantes de fora, e temos museus muito vocacionados para os seus públicos e para o seu território. Mas o paradigma está a mudar. O forte incremento do turismo vai, com certeza, trazer novos públicos e obrigar os museus a repensar os seus conteúdos e a sua comunicação. Há alguma avidez pelo conhecimento da cultura local que os museus devem saber corresponder. Uma comunidade que não conhece o(s) seu(s) museu(s) perde conteúdo - vivenciado - da sua história? Não conhecer museus, e os nossos museus em particular, é como não ler um bom livro, é como perder um bom filme, é como não ir a um concerto. Podem não nos alimentar o corpo,

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mas seguramente cultivam-nos o espírito. A arte e a cultura elevam-nos, e os museus podem surpreender-nos, dando conta de que somos capazes, enquanto humanos criativos e empreendedores. Não conhecer a nossa história pode não ser incapacitante, mas não ajuda a valorizar a nossa identidade cultural enquanto povo determinado e com quase 600 anos de vivências insulares. Se tivesse de dar notas ou destaques de forma a convidar a comunidade a visitar os seus museus, quais seriam essas notas? Diria que devem dar oportunidade a ser surpreendidos, que devem explorar e descobrir as histórias que os museus contam. É muito possível que descubram ligações impensáveis e que se revejam em muitas peças, sobretudo naquelas que têm o condão de nos levar a perscrutar o nosso íntimo… mas é preciso tentar. É preciso algum esforço. Sobretudo, não esperem que chova: visitem os nossos museus. Tem existido um cuidado/atenção/ crescimento dentro de portas de modo a tornar os museus mais apelativos, deixando de ser, quase esclusivamente, espaços sombrios, fechados, parados no tempo e espaço. Claro que sim! Há muito que os Museus não querem ser espaços sombrios, fechados, parados no tempo e no espaço. Mas devo dizer que mesmo esses têm o seu encanto, o seu charme e a sua identidade. Conheço muitos museus sombrios, absolutamente fantásticos. A questão não é tornar os museus parques temáticos ou disneylândias… a questão é a cultura de visitar museus e de ir à sua descoberta. É cultivar o gosto pela descoberta e pelo conhecimento, é ensinar a gostar, a ser-se curioso e a desejar saber sempre mais.


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Fenais da Ajuda Em tempos bem recuados, o lugar onde hoje está implantado este pitoresco lugarejo, estava guarnecido de feno e possuía um convento franciscano dedicado a Nossa Senhora d’Ajuda, factos que deram origem ao seu nome. Hoje, a freguesia dos Fenais da Ajuda cresceu mas mantém a beleza e formosura de um lugar plantado no cimo de uma encosta mas rodeada de verde das pastagens e de azul do mar. Texto | Sandra de Sousa Bairos Fotografia | Manuel Fragoso

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reportagem

Único moinho de vento da Fajã de Cima ganha nova vida

Natacha Alexandra Pastor

AGITA / Francisco Carreiro

O moinho da Tia Faleira foi recuperado e será agora alvo de visitas guiadas e receberá eventos culturais e workshops, uma dinamização que fica a cargo da AGITA - Associação de Guias de Informação Turística dos Açores. Depois de várias intervenções o histórico Moinho da Tia Faleira abre as portas em 2022, com novas funções, prevendo-se uma abertura ao público e múltiplas atividades educativas e culturais, numa parceria que só é possível graças à AGITA - Associação de Guias de Informação Turística dos Açores, que traça o enquadramento histórico deste moinho à nossa

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redação. “Nos Açores crê-se que a difusão dos moinhos de vento dá-se no séc. XIX. Até à época existem variadíssimos e constantes relatos sobre atafonas e azenhas, no entanto sem menção a moinhos de vento. Predominantemente, na ilha de São Miguel, encontramos o moinho de torre, designado de tipo


“holandês” por, segundo estudiosos, demonstrar grandes similaridades com os moinhos de torre da Flandres. Embora, nos aspetos formais, exista semelhança com os moinhos dos Países Baixos, pondera-se a possibilidade destes moinhos na Região terem herdado características dos moinhos ingleses, em particular semelhanças na construção da cúpula e sistema de velame. De acordo com Luís Bettencourt, em “Moinhos de Vento dos Açores: Novo Papel na sociedade contemporânea”, os moinhos de torre apresentam um tronco cónico fixo em alvenaria de pedra, com dois pisos rebocados e caiados, onde se encontram as portas e janelas. Como cobertura têm uma cúpula giratória em madeira, cujo formato apresenta duas variantes: oitavada piramidal e semiovóide com bico, sendo esta última aquela que configura no moinho da Tia Faleira. Na freguesia da Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, não existem cursos de água permanentes que permitissem a construção de moinhos de água, como noutras zonas da ilha de São Miguel, pelo que se opta pela construção de moinhos de vento, em zonas estratégicas de maior altitude, onde é possível um bom aproveitamento dos ventos para a produção de farinha. Aliás, a importância destas estruturas nesta freguesia acaba por ter influência na sua toponímia, pois aqui podemos encontrar o Pico dos Moinhos. O designado Moinho de Vento da Tia Faleira, embora

se desconheça a data de construção, sabemos que foi adquirido em meados do séc. XIX pela família da Tia Faleira, tendo permanecido em laboração até finais deste mesmo século. Durante boa parte do séc. XX encontravase em ruínas, em particular, por influência da abertura de uma moagem. Este moinho integrava uma propriedade com habitação até 22 de Junho de 1993, data em que a Junta de Freguesia da Fajã de Cima adquire a propriedade a Gabriel Fernandes e sua esposa, Maria da Glória Dionísio Fernandes, para aí se construir um parque de estacionamento e dois acessos. No ano seguinte, a Junta de Freguesia, iniciou uma série de estudos que resultaram na apresentação, em 1998, de uma candidatura ao programa LEADER, para recuperação do único moinho de vento ainda de pé na freguesia, preservando e valorizando o património imóvel, envolvendo a criação de uma Zona de Lazer, incluindo instalações para um posto de turismo e venda de artesanato. Ainda em 1998, iniciaram-se as obras de recuperação do moinho de vento, na sua traça original, exterior e interior, com o apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada e a concessão de financiamento pelo Programa de Iniciativa Comunitária LEADER, ficando a intervenção de revitalização concluída a 12 de Dezembro de 2000. O espaço foi inaugurado e o anexo ao moinho chegou a ter diversas finalidades, no entanto sem grande dinamização do espaço. Com o passar do tempo, o imóvel sofreu novo desgaste e não havia sido objeto de novas intervenções.” Agora voltou a ser alvo de obras de recuperação, assim como o respetivo anexo, por parte da Junta de Freguesia da Fajã de Cima, estando a AGITA, por um contrato de comodato, responsável, além do uso do espaço do anexo ao Moinho de Vento da Tia Faleira para sede, pela dinamização do potencial turístico do imóvel cedido, nas suas várias vertentes, através da promoção de visitas guiadas, divulgando este espaço e permitindo um maior destaque como local visitável tanto para residentes como para turistas. Estima-se igualmente que venha a ser um local difusor “da nossa cultura e tradições será explorada, numa vertente didática, com a criação de eventos para a comunidade escolar, levando as crianças e jovens à descoberta de vivências, que são essenciais para uma boa percepção da evolução da sociedade e da agricultura nos Açores. Numa vertente mais saudosista, por respeito e valorização de gerações que tanto ofereceram à Região, a AGITA pretende desenvolver atividades com lares e grupos de idosos, trazendo-os a este espaço para partilha de memórias e conhecimento. Além disso, o espaço será utilizado para a realização de colóquios, workshops e exposições, permitindo dar uma nova vida ao Moinho da Tia Faleira e torná-lo um espaço que seja motivo de orgulho para a comunidade e ponto de paragem obrigatório para visitantes!”.

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reportagem

Workshop para preservar e divulgar a tecelagem da Casa de Trabalho

Natacha Alexandra Pastor

CM NORDESTE

A Casa de Trabalho do Nordeste promoveu um Workshop de Tecelagem promovido pelo município do Nordeste com a colaboração desta instituição.

O workshop destinou-se, apenas, a seis pessoas, tendo em conta o número de teares existentes na instituição, estando entre os inscritos senhoras e jovens residentes no Nordeste e duas pessoas de fora do concelho. O lançamento deste workshop foi muito elogiado por pessoas do concelho e de fora do Nordeste considerando que é raro surgir este tipo de formação na ilha. A formação esteve à responsabilidade da artesã da Casa de Trabalho, Fátima Leite, tendo na sua planificação as técnicas de preparação da lã, a fiação, a tinturaria, o tear, a teia no tear, a tecelagem de vários

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tecidos, tais como, colchas, mantas, toalhas, tapetes, sacos, tiras, almofadas, fazendas para fato, saias e aventais regionais, e, por fim, o arremate e confeção dos tecidos. É desta instituição que saem muitos modelos dos chamados Trajes Rico, senhora e homem, do Folclore açoriano. Foi igualmente com esta instituição que os estilistas e designers Isabel Roque e José António Tenente e a modernização desenvolveram um trabalho de inovação do típico traje criado na Casa do Trabalho do Nordeste.


reportagem

Regresso das festasdo Senhor Santo Cristo dos Milagres

Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

As festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres regressam após dois anos de interrupção, com uma atividade religiosa e não religiosa muito próximas das anteriores edições, depois de alguma indefinição quanto à existência de animação e serviços de restauração junto ao Santuário. Um interregno forçado de dois anos, por via da pandemia, empurrou a realização das seculares festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres para o presente ano, ano em que, no âmbito do Prémio “Cinco Estrelas Regiões 2022”, as festividades venceram uma distinção, na temática da Cultura e do Lazer, na categoria de “Festas, Feiras e Romarias” das regiões portuguesas. Aguarda-se pela presença de muitos fiéis, como é tradicionalmente habitual, em particular este ano, após a suspensão das festividades. Em duas circunstâncias, as festas em honra do “Ecce Homo” foram adiadas: a primeira aquando da visita do rei Dom Carlos e Dona Amélia à ilha de São Miguel, no ano de 1901, que ‘empurrou’ a festa para o mês de julho desse ano; e a segunda aquando da morte do Marechal Carmona, então Presidente da República, que levou ao

adiamento, por uma semana, da referida homenagem festiva. Um outro momento excecional na vida do Santuário aconteceu aquando da passagem do Santo Padre João Paulo II, em que a imagem saiu para a rua sem ser dia de festa, decorria o ano de 1991. Ainda sem programa oficial apresentado, está porém conversada e oficializada a existência de iluminação da zona envolvente ao Campo de São Francisco, animação musical, bazar e barraquinhas, de acordo com a Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres, esperando-se, todavia, algumas alterações na componente religiosa. Para a concretização das festas foi realizada, como tem sido usual, uma comparticipação financeira no montante global de 45 mil euros, por parte do munícipio de Ponta Delgada..

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megafone José F. Andrade

Band Inc. É uma das bandas do momento na comunidade portuguesa da Nova Inglaterra. Falamos da Band Inc., liderada por Giuliana Lucia Amaral. Recentemente, venceu o prémio de “Novo Talento”, na edição deste ano dos IPMA. 20 • c ria ti va magazine - maio 2022


A Band Inc. surge quando Giuliana Lucia Amaral tinha 16 anos e foi formada apenas com a finalidade de fazerem um concerto, numa festa de graduação da baterista. O sonho dela, era cantar e tocar baixo, algo que conseguiu pouco tempo depois. Os ensaios eram sempre gravados, em vídeo, pela mãe de Giuliana e colocados nas redes sociais. Começaram então a surgir convites, sendo que o mais importante da altura, foi abrir para os Lez Zeppelin, banda tributo aos Led Zeppelin, numa actuação em New Bedford. A saída de alguns músicos da banda para ingressar na Universidade, fez repensar o projecto ao ponto de Giuliana ter músicos freelancer com quem trabalha, em diferentes pontos dos Estados Unidos. Inicialmente, começam por tocar covers, num estilo de banda tributo aos Led Zeppelin. Posteriormente, começaram a tocar originais que a própria tinha

composto em tempos idos. Esse factor poderá ter ajudado a conquistar o prémio de “Novo Talento”, atribuído pelo IPMA, no passado mês de abril e que também premiou os micaelenses Duques. As suas influências inicialmente eram de Led Zeppelin, mas depois, juntou Queen, Fleetwood Mac, Stevie Nicks, Motörhead, DIO, Motley Crue, Guns N’ Roses e Amy Winehouse. No que respeita aos concertos, a Band Inc. tem conseguido actuar um pouco por todo o continente americano, (Massachusetts, Los Angeles, New York, New Hampshire) onde se inclui algumas actuações no famoso bar Whiskey a GoGo, local onde bandas como Motorhead, Motley Crue, Metallica, entre muitos outros, já haviam actuado. Sobre os Açores, Giuliana Lucia Amaral pouco sabe, apenas que tem vontade de por cá passar e quem sabe, actuar para poder mostrar a sua música.

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consultório eventos jurídico

com:

Carlos Melo Bento advogado

De que forma se prova a inimputabilidade de um indivíduo perante o Tribunal? Que critérios são analisados? O que pode resultar quanto à pena a aplicar para esses casos? Há duas formas de inimputabilidade que no fundo é a situação em que o autor do crime não é responsabilizado. A primeira é ser-se menor de 16 anos. Neste caso o que pratica o crime é tratado como uma pessoa incompleta que está a ser criada e ainda não atingiu aquilo que os gregos chamavam a idade divina: 16 anos. Os tribunais especializados em tratar de assuntos criminais dos menores obedecem então a regras diferentes das pessosa com idade maior que aquela. Tenta-se orientar a sua educação no bom sentido como um pai faria, embora possa ser-lhes limitada a liberdade. Sendo a pessoa de 16 anos de idade ou mais, considera-se inimputável, nos termos do artigo 20 do Código Penal quando, “por força de uma anomalia psíquica, for incapaz, no momento da prática do facto, de avaliar a ilicitude deste ou de se determinar de acordo com essa avaliação” ou então quem, por força de uma anomalia psíquica grave, não acidental e cujos efeitos não domina, sem que por isso possa ser censurado, tiver, no momento da prática do facto, a capacidade para avaliar a ilicitude deste ou para se determinar de acordo com essa avaliação sensivelmente diminuída. Claro que essa situação nunca pode ser provocada pelo próprio com intenção de praticar o crime, porque neste caso é imputável, ou seja, é responsabilizado pelo crime e punido. A prova dessas situações é feita essencialmente por peritagem médica, acompanhada de testemunhas que comprovem sem dúvidas razoáveis a prática do crime, ou por vestígios materiais que relacionem o suspeito com o crime: ADN, impressões digitais, etc. etc. que convençam o tribunal da prática do crime por aquele indivíduo. Comprovada a inimputabilidade ou seja a irresponsabilidade do agente por doença mental grave (o que, diga-se, não é nada fácil de provar!) então não são aplicadas penas mas sim medidas de segurança. E lá diz o Código Penal, “quem tiver praticado um facto ilícito típico e for considerado inimputável, nos termos do artigo 20.º, é mandado internar pelo tribunal em estabelecimento de cura, tratamento ou segurança, sempre que, por virtude da anomalia psíquica e da gravidade do facto praticado, houver fundado receio de que venha a cometer outros factos da mesma espécie.” Esse internamento está sujeito a grande vigilância e em princípio não pode ser mais longo que a pena prevista para o crime, mas pode ser aumentado no tempo conforme o perigo que constituir a sua libertação. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

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saúde ótica

Presbiopia ou vista cansada A presbiopia está relacionada com o envelhecimento natural com a idade e não no sentido de fadiga ou cansaço ocular. O esforço de acomodação causado pela presbiopia pode originar cansaço ou fadiga ocular. A dificuldade em ver com pouca luz (baixa luminosidade), dificuldade em focar pequenos objetos ou letras pequenas são alguns dos sinais mais usuais de quem está a ‘acusar’ presbiopia, sinais esses que tendem a surgir entre os 40 e os 50 anos de idade, contudo podem acontecer numa idade mais precoce, dependendo muito de indivíduo para indivíduo. O tratamento da presbiopia tem como função corrigir o erro refrativo de perto e tal poderá ser feito através do uso de óculos ou lentes de contacto. Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt

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desporto motorizado

Car 2022 XXXIII ALÉM MAR RALI - ILHA AZUL

O POWER DE LUÍS MIGUEL REGO

Renato Carvalho

António Bettencourt

A dupla do Team Além Mar, constituída por Luís Miguel Rego e Jorge Henriques a bordo do Skoda Fabia R5 Evo, foi a vencedora do XXXIII Além Mar Rali - Ilha Azul, a segunda prova do Campeonato dos Açores de Ralis. Com este triunfo, a equipa assumiu a liderança do campeonato. Passado um mês das emoções do Azores Rallye, a caravana do Campeonato dos Açores de Ralis rumou até à ilha do Faial para mais uma edição do Rali Ilha Azul, a segunda prova da temporada. Como é habitual, a organização pertenceu ao Clube Automóvel do Faial que montou uma prova muito semelhante ao ano anterior. Isto é, dupla passagem por quatro troços desenhados nas estradas de terra, mais a tradicional SuperEspecial da Praia do Almoxarife que abriu o rali na sexta-feira. A lista de inscritos contava com 25 equipas. O vencedor do rali no ano passado, Ricardo Moura optou pela ausência. Todavia, os principais interessados no campeonato marcaram presença. De salientar, o regresso de Bruno Tavares que continua a utilizar o Citroën C2 R2 Max para defender o título da categoria das 2 Rodas Motrizes. O melhor tempo na SuperEspecial pertenceu a Rúben Rodrigues acompanhado por Estevão Rodrigues no

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Citroën C3 Rally2 da AutoAçoreana Racing que foi mais rápido 1,1 segundos do que Luís Miguel Rego navegado por Jorge Henriques no Skoda Fabia R5 Evo do Team Além Mar. A terceira posição coube à dupla Pedro Câmara e João Câmara no Citroën C3 Rally2 da Play Racing a 6,8 segundos do vencedor. Ao vencer os dois primeiros troços da manhã de sábado, Luís Miguel Rego passou para a liderança com 2,2 segundos de avanço sobre Rúben Rodrigues. Só que na prova classificação seguinte, o piloto do Citroën registou o melhor tempo e ascendeu ao primeiro lugar com uma vantagem de 3 décimos sobre Rego. Mas o piloto do Team Além Mar foi o mais rápido na última classificativa antes do intervalo para o Parque de Assistência e regressou ao comando do rali com uma margem de 1 segundo. No primeiro troço da tarde, Luís Miguel Rego venceu com um tempo mais rápido do que o seu principal adversário em 13,1 segundos. Uma escolha menos acer-


CLASSIFICAÇÃO FINAL DO XXXIII ALÉM MAR RALI – ILHA AZUL 1º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Skoda Fabia R5 Evo) 51m55,3s; 2º Rúben Rodrigues/ Estevão Rodrigues (Citroën C3 Rally2) a 28,0s; 3º Team Além Mar/Bruno Amaral/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5) a 2m32,0s; 4º Bruno Tavares/André Seabra (Citroën C2 R2 Max) a 9m33,9s; 5º Hélder Miranda/Rui Teixeira (Seat Ibiza) a 9m47,1s; 6º Gilberto Ferreira/Manuel Lemos (Ford Escort Cosworth) a 10m02,6s; 7º Filipe Marques/ Edgar Silva (Citroën Saxo) a 11m35,5s; 8º João Garcia/ Anabela Garcia (Subaru Impreza) a 12m27,6s; 9º Rúben Santos/Nuno Pereira (Peugeot 106) a 14m08,5s; 10º Paulo Silva/Sérgio Rosa (Toyota Starlet) a 16m15,9s; 11º Hélder Pimentel/Filipe Tavares (Toyota Yaris) a 16m51,4s; 12º José Rodrigues/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 18m28,4s; 13º Francisco Costa/Luís Faria (Peugeot 206 RC) a 20m28,6s; 14º Mário Jorge/Camila Jorge (Hyundai Getz 1.5D) a 21m39,5s; 15º Marco Paulo Silva/ Luís Lisboa (Nissan Micra K11) a 22m57,6s; 16º Tiago Miguel/Emanuel Silva (Renault Clio 1.6) a 23m55,5s; 17º Fábio Bettencourt/Guilherme Duarte (Renault 5 SL) a 27m40,1s. Rali Ilha Lilás 28/29 Outubro

Picowines Rali 23/24 Setembro

Rali Santa Maria 12/13 Agosto

Além Mar Rali TAC 08/09 Julho

Luís Miguel Rego

18

28

Rúben Rodrigues

23

22

45

Bruno Amaral

12

17

29

Ricardo Moura

28

0

28

Gilberto Ferreira

10

10

20

Hélder Miranda

4

12

Pedro Câmara

14

0

Bruno Tavares

0

14

Rui Torres

8

0

16 14 14 8

10º

Filipe Marques

0

8

8

Pontos Totais

Rali Ilha Azul 22/23 Abril

1º 2º

Concorrente

Azores Rallye 26/27 Março

Além Mar Rali 03/04 Junho

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS - ABSOLUTO Posição

tada de pneus por parte de Rúben Rodrigues ditou a perca contínua de tempo até ao final do rali. Desta forma, o piloto do Team Além Mar ganhou todas as restantes provas de classificação, incluindo a Power Stage que permitiu arrecadar mais três pontos. Com este resultado, Luís Miguel Rego passou para o comando do campeonato, enquanto Rúben Rodrigues obteve mais um segundo lugar esta época e fica a um ponto do líder. O último lugar do pódio foi alcançado pela segunda formação do Team Além Mar constituída por Bruno Amaral e Sancho Eiró num Ford Fiesta R5. Nos dois primeiros troços de sábado ganhou quase um minuto sobre Pedro Câmara. Ao longo do rali foi gerindo a vantagem e terminou com 12 segundos de margem. Ascendeu ao terceiro lugar do campeonato. O quarto posto esteve nas mãos de Pedro Câmara. Depois de concluído o último troço, uma avaria no Citroën C3 impediu o piloto da Play Racing chegar no tempo estipulado ao controlo de chegada na Horta, pelo que sofreu uma penalização que o atirou para fora da prova. Assim, os concorrentes seguintes subiram uma posição na classificação geral final. Na categoria reservada aos Veículos de 2 Rodas Motrizes, o triunfo coube a Bruno Tavares e André Seabra no Citroën C2 R2 Max que concluíram o rali na quarta posição. O campeão em título liderou de princípio ao fim, controlando a prestação do seu principal adversário, Hélder Miranda que teve como navegador Rui Teixeira num Seat Ibiza. A próxima prova do campeonato é o Além Mar Rali na ilha de S. Miguel, marcado para os dias 03 e 04 de Junho de 2022.

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EXERCÍCIO FÍSICO pela sua SAÚDE CELSO TAVARES - TÉCNICO ESPECIALISTA

EM EXERCÍCIO FÍSICO

#saidosofá

Dia da Mãe Dia de puxar pela Saúde

No Dia da Mãe propusemos à Dona Lourdes uma saída! Após uma cirurgia aos joelhos, desafiamos a mesma a combater o sedentarismo, levando-a a uma caminhada. É importante desafiarmos o nosso corpo de modo a trabalharmos a mobilidade articular, em simultâneo com a cardiovascular, de modo a recuperar mais rapidamente de uma “paragem forçada”. Qualquer que seja a atividade física a que se propõe fazer, após uma cirurgia, é importante que se aconselhe com o seu médico e/ou fisioterapeuta. Eles conhecem as suas limitações e ambos são os profissionais que melhor o podem orientar. Deixamos também um top com sugestões para quem pretende manter alguma atividade, sem fazer grandes esforços. Caminhada, a um ritmo normal, seja sozinho, ou em grupo – gerador de convívio social – fortalece os músculos e as articulações e melhora o ritmo cardíaco. Pode ainda optar por: Natação; Fazer alongamentos; Aulas de Hidroginástica; Yoga; Pilates. Não se esqueça da importância de uma alimentação rica, equilibrada e variada. Registe os níveis da tensão arterial; diabetes; e outros fatores crónicos que carecem de acompanhamento médico e medicação de apoio.

Não vejas o exercício físico como uma moda só porque os demais o fazem. Vê como um medicamento natural para a tua saúde física e mental.

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

O que é a Medicina Geral e Familiar?

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Ainda que já contando com algumas décadas de existência a especialidade de Medicina Geral e Familiar está entre as mais recentes especialidades médicas reconhecidas pela Ordem dos Médicos em Portugal. Por vezes confundida com a clínica geral, o qual é um exercício não especializado da medicina, a Medicina Geral e Familiar define-se como uma disciplina científica e académica independente e autónoma e que centra a sua atuação ao nível dos cuidados de saúde primários. De acordo com a Organização Mundial de Médicos de Família (WONCA) a especialidade de Medicina Geral e Familiar caracteriza-se por ser o primeiro momento de contacto do utente com o sistema de saúde, devendo para o efeito garantir uma acessibilidade pronta e proporcionada de todos os utentes. Além disso, assumindo o papel de gestor da saúde do utente, é uma atribuição do médico de família a coordenação de todos os recursos de saúde, inclusivamente com outras especialidades médicas que sejam chamadas a um acompanhamento pontual ou mais prolongado do utente. Neste sentido, podemos dizer que o médico de família defende os interesses em saúde e doença do seu utente devendo ser o provedor por excelência do doente. No documento publicado pela WONCA em 2002 podemos ler que a Medicina Geral e Familiar caracteriza-se por “desenvolver uma abordagem centrada na pessoa, orientada para o indivíduo, a família e a comunidade”. Em meu entender, aqui reside a grande beleza da especialidade, pois a mesma preconiza uma personalização dos cuidados de saúde, ao mesmo tempo que utiliza a relação médico-utente como um instrumento terapêutico. Além disso, reveste-se de grande versatilidade uma vez que acompanha o mesmo utente em diferentes etapas da sua vida, adequando a intervenção e as metodologias de atuação

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conforme as especificidades das etapas de vida, das fases do ciclo de vida familiar, bem como dos processos biológicos de desenvolvimento e de envelhecimento. Não menos importante é a responsabilidade assumida pela Medicina Geral e Familiar na saúde comunitária. A este nível é fundamental que cada médico de família aprofunde laços profissionais com os médicos especialistas de Saúde Pública da sua zona de intervenção, por forma a planear estratégias conjuntas e intervenções sinérgicas, sobretudo ao nível da prevenção primária e secundária. Não menos importante é mencionar-se a vertente holística da Medicina Geral e Familiar, a qual conceptualiza o indivíduo como um todo, estando desperta para o diagnóstico de patologias orgânicas e não orgânicas, mostrando grande sensibilidade para questões relacionadas com a saúde mental e com o bem-estar social. Ou seja, a Medicina Geral e Familiar está entre as especialidades que melhor praxis faz da definição de saúde como um estado de completo bem-estar físico, psicológico e social. Desde o reconhecimento da Medicina Geral e Familiar como especialidade, os planos de formação têm tido a preocupação de se tornarem cientificamente mais ricos e exigentes e mais adaptados às necessidades das populações, reconhecendo-se atualmente que esta especialidade dispõe de profissionais totalmente habilitados e capazes de resolver uma expressiva maioria dos casos e, com isso, evitar sobrecarregar os cuidados hospitalares. Ter um médico de família é fundamental. Procure o seu médico de família com regularidade. Estou certo que será uma mais valia para a sua saúde. Siga com as suas recomendações. Encontrará no seu médico de família um apoio incondicional em todos os momentos da sua vida.


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saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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confie em quem lhe dá assistência!

Faça como a Alexandra Lencastre

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Olhar Criativo Desafio Mensal com o Tema:

“Azul e Amarelo”

1º Lugar - Planeta Azul e Amarelo - P. Manuel Vale

Estas páginas são dedicadas ao olhar dos entusiastas que, com a Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores, promovem de forma apaixonada a fotografia e a arte de fotografar nos Açores, desde 2007.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Menina à janela - Gabriela Oliveira

3º Lugar - União - Cláudia Durão

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eventos CUCA ROSETA ATUA NA LAGOA NUM CONCERTO SOLIDÁRIO CM Lagoa O claustro do convento de Santo António, Lagoa, acolheu um concerto solidário, com a atuação da artista Cuca Roseta, uma das mais marcantes e reconhecidas vozes do fado da atualidade.

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eventos Câmara do Nordeste proporciona formação às filarmónicas CM Nordeste A Câmara Municipal do Nordeste organizou mais um workshop, ministrado pela Banda Militar dos Açores, direcionado aos músicos das filarmónicas do concelho, aproveitando o período de interrupção letiva da Páscoa. A formação contou com a participação de 57 músicos, na sua maioria jovens. Os naipes foram variados, e estiveram afetos à formação 13 músicos profissionais da Banda Militar.

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eventos

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eventos Aniversário de elevação de Rabo de Peixe a vila Acácio Mateus Jaime Vieira presidiu à 18ª sessão solene comemorativa do aniversário de elevação de Rabo de Peixe a vila, desafiando os governantes presentes a olharem e reconhecerem a importância da vila piscatória no panorama local e regional.


eventos 25 de Abril assinalado com desfile e convívio CM LAGOA Cerca de 50 instituições lagoenses e oriundas de outros concelhos participaram no desfile em homenagem ao concelho de Lagoa que, este ano, celebra 500 anos de história. Já no claustro do Convento de Santo António decorreu um concerto musical alusivo ao 25 de abril pelo Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz e a atuação do grupo Associação Jovens de Lagoa – “Grujola”.

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eventos Sessão comemorativa dos 500 anos de elevação de Lagoa a vila CM LAGOA A sessão solene dos 500 anos de elevação de Lagoa a vila e a sede de concelho e 10 anos de cidade serviu para prestar homenagem a todas as instituições/ associações do concelho de Lagoa, que até à data não receberam a Medalha de Mérito Municipal. No âmbito desta celebração foi, igualmente, apresentada a medalha comemorativa dos 500 anos, elaborada pelo escultor João Duarte. Seguiu-se uma palestra sobre História e Municipalismo, proferida pelo Professor Doutor João Paulo Oliveira e Costa, Professor Catedrático de História, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.

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eventos “Pela nossa pele” de Rita Vilhena e Yael Karavan Álvaro Miranda / Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas “Pela nossa pele” passou por São Miguel, depois de Lisboa, Setúbal e Holanda. Trata-se de um projeto que envolve um vídeo-dança e um workshop de performance. O vídeo-dança de 35 minutos criado por Yael Karavan e Rita Vilhena observa e questiona como nos influenciamos uns aos outros: Corpo-Terra, Terra-Corpo, complementado por uma ação performativa que resulta do trabalho de colaboração das duas artistas com os participantes do workshop que decorreu nesses dias.

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agenda

Fernando Mendes - Insónia

Agenda sujeita a eventuais alterações.

Teatro da Ribeira Grande

21H30

Concerto Stacey Kent Teatro Micaelense

21H30

Concerto Gavin James Coliseu Micaelense

21H30

Concerto António Zambujo Coliseu Micaelense

Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres Ponta Delgada

21H30

até

21H30

Fadoalado

Teatro Ribeira Grande

21H30

7

07 22 20 de

Vavós – Carmélia e Tonim

Centro de Artes Contemporâneas

6e

maio

maio abril

maio

20 a maio 26

23 04

maio

junho

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aconteceu Lançado con­ curso público para aquisição e q u ipam e nto s de robótica e de realidade vir­ tual A Secretaria Regional da Educação abriu um concurso público para aquisição de equipamentos de robótica, de impressão 3D, de realidade virtual e de jogos de pensamento computacional. De acordo com a Secretária Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, o material vai “permitir garantir aulas mais dinâmicas, aprendizagens mais significativas e métodos pedagógicos diferenciados”. Este concurso insere-se num lote de investimento de mais de 6 milhões de euros para a aquisição de novos equipamentos, através do Plano de Recuperação e Resiliência”. Workshop de tece­ lagem no Nordeste Durante uma semana a Casa de Trabalho do Nordeste recebeu o workshop de tecelagem promovido pelo município do Nordeste com a colaboração desta instituição. A formação foi orientada pela artesã da Casa de Trabalho, Fátima Leite, tendo na sua planificação as técnicas de preparação da lã, a fiação, a tinturaria, o tear, a teia no tear, a tecelagem de vários tecidos, tais como, colchas, mantas, toalhas, tapetes, sacos, tiras, almofadas, fazendas para fato, saias e aventais regionais, e, por fim, o arremate e confeção dos tecidos. CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOA LANÇA 26.º EDIÇÃO DO CONCURSO DE MAIOS Como habitualmente, irá decorrer o tradicional concurso de Maios, organizado pela Câmara Municipal de Lagoa, que se realiza, anualmente, no primeiro dia de maio e que se refere

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à execução e exposição de Maios, eventualmente relacionados com cenas quotidianas. Esta tradição permite valorizar e preservar um costume popular com grande significado na Lagoa e junto dos lagoenses, através do estímulo e ocupação dos tempos livres, do convívio familiar e isso, sem descurar a manifestação artística e a criatividade individual, incentivando o espírito criativo-reflexivo dos participantes. De referir que, este ano, são admitidos a concurso pessoas singulares residentes na Lagoa, grupos escolares e instituições coletivas sediadas no concelho. Os Maios concorrentes serão avaliados, simultaneamente, pelo júri nomeado e pelo público, em que esta última decorrerá da votação on-line, via Facebook do município. Câmara do Nordeste cria Prémio de Mérito para alunos do ensino superior A autarquia no Nordeste passa a disponibilizar além da candidatura a bolsa de estudo para alunos do ensino superior, um Prémio de Mérito, como ajuda às famílias e aos alunos na prossecução dos estudos, cujo valor pecuniário unitário é de 500 euros, anual e de atribuição única a cada candidato, no ano em que ingressar ao ensino superior. A prestação pecuniária terá por finalidade incentivar a dedicação dos alunos ao estudo, bem como a continuidade no ensino, premiando os jovens pelo seu acesso ao ensino superior, promovendo, desta forma, o desenvolvimento económico, cultural e social dos jovens do concelho e da sociedade em geral. Lagoa das Sete Cidades e Festas do Senhor San­ to Cristo vencem Pré­

mio Cinco Estrelas Re­ giões A Lagoa das Sete Cidades e as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres venceram o Prémio Cinco Estrelas Regiões 2022, nas categorias de Reservas/Paisagens/ Barragens e Festas, Feiras e Romarias, respetivamente. O prémio foi atribuído na sequência de um estudo de mercado massificado junto de uma amostra representativa da população portuguesa de 425.000 indivíduos. A 5.ª edição do Prémio Cinco

Estrelas Regiões apresenta as principais marcas locais e recursos patrimoniais dos arquipélagos dos Açores e da Madeira distinguidos pelos portugueses em 2022. Governo pondera ‘voucher’ para tu­ ristas que visitem São Jorge O Governo dos Açores “pondera implementar” um ‘voucher’ aos turistas que se desloquem a São Jorge, além de uma “especial promoção” dos produtos Marca Açores com origem nesta ilha. A intenção foi manifestada pelo Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, que se pronunciou sobre algumas “reuniões com representantes dos empresários e com dezenas de empresários”, e que têm servido para “acompanhar desta situação tem de ser diário e permanente”.


AUTARQUIA RIBEI­ RA GRANDE ASSI­ NALA DIA MUNDIAL DA ATIVIDADE FÍSI­ CA O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, e o vereador com os pelouros da Cultura, Juventude e Desporto, José António Garcia, assinalaram o dia mundial da atividade física assistindo a uma aula de hidroginástica, no Complexo de Piscinas Viriato Madeira dos Bombeiros da Ribeira Grande.

Para além da atividade regular do centro municipal de marcha e corrida, que envolve dezenas de participantes na cidade e na zona da Lomba da Maia, o autarca destacou na ocasião “a promoção de aulas gratuitas de hidroginástica aos centros de dia do concelho”. Trata-se de um novo projeto que envolve 100 utentes e 6 instituições e que tem permitido às pessoas seniores praticar atividade física, em ambiente aquático, representando assim uma mais-valia para a saúde dos utentes. Nordeste vai inter­ vir em remodelação da esquadra do con­ celho O presidente da Câmara do Nordeste, António Miguel Soares, recebeu o novo comandante de Divisão da PSP, superintendente José Ramos, para apresentação de cumprimentos e na oportunidade foram

crescente procura das zonas balneares lagoenses, sendo todos estes fatores os principais motivos para a Lagoa ter uma Secção Destacada dos Bombeiros neste concelho.

abordados pelo presidente da autarquia alguns assuntos relacionados com o concelho, tendo sido questionado pelo comandante regional se a câmara teria disponibilidade para cooperar com a PSP numa futura remodelação da Esquadra da PSP do Nordeste, atendendo ao seu estado e condições precárias. Em resposta, o presidente da câmara demonstrou disponibilidade para cooperar com a PSP neste sentido. Lagoa disponível para ceder terreno para uma secção destacada dos bombeiros volun­ tários A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada vai passar a integrar Lagoa no seu nome. O memorando de entendimento entre ambas as entidades foi já assinado e segundo a autarca Cristina Calisto a Câmara Municipal está disponível para ceder um terreno para a instalação de uma

Secção Destacada na Lagoa dos Bombeiros Voluntários que integre uma ambulância, viaturas de combate e uma equipa de socorro náutico. A Lagoa tem vindo a aumentar a sua população, tanto residente como de quem nos visita e isso sem descurar a

LAGOA PRESTA HOME­ NAGEM AOS BONECREI­ ROS COM OBRA MURAL DE PEPE BRIX A Câmara Municipal de Lagoa prestou uma homenagem aos bonecreiros locais com uma obra mural da autoria de Pepe Brix. A mesma encontrar-se-á no Passeio Marítimo junto ao Campo Municipal João Gualberto Borges Arruda e está inserida no âmbito das comemorações dos 500 anos de elevação de Lagoa a vila e a sede de concelho e dos 10 anos de cidade. “PDL ConVida” já está ativo A Câmara Municipal de Ponta Delgada, em colaboração com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal nos Açores, a Associação de Hotelaria de Portugal nos Açores e a União Audiovisual nos Açores, tem um curso até ao final de maio uma medida nova criada com o intuito de contribuir para a revitalização económica, social e cultural do concelho. Trata-se de “PDL ConVida” e surge no âmbito do Fundo Municipal de Emergência Empresarial para apoiar dois dos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19: a hotelaria/restauração/bares e a cultura.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

signo do mês

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 Amor: um novo ciclo está a começar e vai descobrir as condições fundamentais para conseguir progredir de acordo com as suas ambições individuais. Trabalho: momento oportuno para organizar o setor profissional de modo a encontrar os rendimentos indispensáveis para colocar a sua vida em ordem.

Balança 23/09 a 22/10 Amor: É possível que o seu foco esteja agora voltado para a área privada. O lar e as pessoas mais próximas desempenham um papel crucial na sua vida. Trabalho: os projetos ligados a associações ou a grupos de interajuda podem beneficiar a sua carreira profissional, mas cabe a si tomar iniciativas.

touro 21/04 a 20/05 Amor: altura ideal para criar laços familiares com bases sólidas. Há uma energia protetora que lhe permite desenvolver relações muito harmoniosas. Trabalho: esta fase é propícia para concretizar os seus planos. Neste sentido, vai sentir que tem o ambiente favorável para estabilizar a sua vida.

Escorpião 23/10 a 21/11 Amor: as suas qualidades humanas estão evidenciadas. Use o seu charme e a sua sensibilidade para criar uma intimidade construtiva no seio do casal. Trabalho: siga a sua forte intuição para conseguir equilibrar o plano financeiro. No entanto, tudo indica que vai obter os resultados pretendidos.

gêmeos 21/05 a 20/06 Amor: ocasião indicada para iniciar amizades excitantes em termos intelectuais, que lhe possibilitem estimular a sua mente particularmente curiosa. Trabalho: este período é indicado para preparar planos para o futuro. Tente encontrar pessoas que lhe possam ajudar a ampliar os seus horizontes.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 Amor: durante este ciclo, a sua atenção está centrada no lado mais subtil da existência. É possível que sinta interesse pela prática da meditação. Trabalho: estão favorecidas todas as profissões ligadas ao contato com o público. Porém, aproveite para projetar a sua faceta sensível e protetora.

capricórnio 22/12 a 19/01 Amor: a vida afetiva deve ser encarada com muita seriedade. Certamente, agora vai sentir necessidade de eliminar os problemas presentes em sua vida. Trabalho: esclareça quaisquer mal entendidos e tome decisões perspicazes que lhe permitam resolver as questões relacionadas com o plano económico.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 Amor: sente uma maior facilidade de expressar os seus sentimentos e essa nova atitude é importante para conseguir consolidar a sua relação amorosa. Trabalho: a sua agilidade mental e o seu poder intelectual estão acentuados. Empregue essa ótima atitude para preparar estratégias para o futuro.

peixes 19/02 a 20/03 Amor: a sua faceta sonhadora e romântica está enfatizada. Começa a sentir a coragem e a segurança necessárias para poder mostrar o seu lado sedutor. Trabalho: encontra-se a percorrer uma conjuntura especialmente protegida. Naturalmente, vai sentir que pode finalmente materializar os seus sonhos.

Amor: procure adotar um comportamento mais flexível e compreensivo para poder desenvolver relacionamentos compatíveis com o seu caráter generoso. Trabalho: atravessa uma época de renovação. Prevê-se mudanças positivas na sua vida laboral, que lhe vão permitir alcançar a sua realização pessoal.

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Amor: as amizades ganham maior relevância na sua vida. O seu otimismo e a sua maior espontaneidade podem trazer-lhe vantagens bastante importantes. Trabalho: a conjuntura é excelente para estudar e aprofundar todo o tipo de conhecimentos, de maneira a conseguir agarrar as novas oportunidades.

Amor: no que diz respeito ao campo sexual, é tempo de quebrar rotinas e de engendrar métodos inovadores que possam surpreender a sua cara-metade. Trabalho: a comunicação tem agora uma relevância especial na sua vida. Há diálogo, muita correspondência escrita e uma constante partilha de ideias.


Ser um Guzzista não é sobre a mota que tu escolhes, é sobre quem tu és!

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