CRIATIVA MAGAZINE - MAIO de 2016

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Entrevista

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Ano II NÂş 19 maio 2016

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entrevista

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Grande entrevista

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ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361

Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Astutos, Carlos Melo Bento, José de Almeida Mello, João Pacheco de Melo, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

e ainda... p p p p p p

08 14 16 18 26 44 Eventos

Senhor Santo Cristo dos Milagres FTM

Uma marca consistente

Escola Segura

acompanhou “pequenos polícias” na estrada

Utilvet

Um negócio de sucesso

Cátia Martins

edita primeiro livro de contos


grande Entrevista

Ribeira Grande aposta em eventos culturais diferentes e de qualidade

A aposta da autarquia na promoção do concelho da Ribeira Grande tem passado pela apresentação de um programa cultural de qualidade, com eventos diferentes dos que vão acontecendo na ilha de São Miguel. Alexandre Gaudêncio confirma que o município está atento a todos os detalhes, de modo a colocar a Ribeira Grande num patamar de diferenciação. Natacha Alexandra Pastor

CMRG

Criativa - A aposta que a câmara está a fazer com vários empresários no sentido de promover uma animação cultural e turística na cidade da Ribeira Grande já tem resultados práticos? Alexandre Gaudêncio - A aposta nestes eventos faz parte de uma estratégia que está definida e que está esplanada no nosso plano de turismo, apresentado há um ano, com o objetivo de focarmo-nos naquilo em que somos bons, e no que somos menos bons. Nas lacunas apontadas, verificou-se que a área da promoção e a área do alojamento ficam muito aquém das expetativas. Foi nessa base que procuramos contatar no mercado com promotores que nos pudessem ajudar nessa promoção. Tomando como exemplo o What’s New For Summer deve haver um envolvimento da autarquia no sentido de captarmos fluxos (pessoas) que nos possam visitar. Fruto dessa promoção, e como primeiros resultados, posso adiantar

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que temos sido contatados por privados, com intenções que apontam muito para a área do turismo, para a área do alojamento e, também, da restauração, com postos de trabalho imediatos e diretos. Posso dizer que esse tipo de investimentos deverá materializar-se dentro de 1 a 2 anos, e ainda posso acrescentar que temos vários pedidos de informação prévia para alguns investimentos. Estamos a gerar curiosidade por parte de alguns investidores. Esse investimento tem criado uma animação constante na Ribeira Grande. Pode dizer-se que ela começa com a realização da festa da Flor, prolonga-se pelo verão até outubro certamente. Alguns eventos são novidades recentes, como o festival de balões de ar quente. Tem havido atenção para ver o que outros municípios fazem, quando o fazem e como o fazem, e inovar na oferta? Este ano tivemos a intenção - fizemo-lo mesmo – de apresentar o mais rapidamente possível o nosso calendário festivo, para que as pessoas pudessem também agendar as suas férias, especialmente quem nos visita, de acordo com a nossa oferta cultural. Por outro lado, estamos atentos ao que os outros fazem, e nós não queremos ser iguais, queremos fazer e ser diferentes, e neste sentido os eventos nos quais temos vindo a apostar distinguem-se, desde logo, pela sua qualidade e pela sua dife-


rença. Por exemplo, falo do festival de balões de ar quente, que se realizou pela primeira vez o ano passado, e que proporcionou uma projeção muito grande do nosso concelho. A nossa estratégia, recordo, começou logo na Bolsa de Turismo de Lisboa onde nos apresentamos com um stand próprio, algo inédito para o nosso concelho, e já vemos os frutos dessa aposta. Outro exemplo, o What’s New for Summer, que foi apresentado precisamente na BTL, provocou alguma curiosidade no público português. Além da promoção destes eventos, acho que é importante contabilizarmos o reforço financeiro dessa aposta. O Move Ribeira Grande que ainda agora aconteceu será um caso. Dentro em breve estaremos na posse do caderno com o retorno financeiro. Temos alguma curiosidade, mas ao que tudo indica será um retorno positivo. No que respeita, ainda falando nesse assunto, à festa da Flor, ela vem colmatar, por um lado, esta tal lacuna que sentíamos para esta altura do ano, permitindo que assim tenhamos mais pessoas na nossa cidade. Não é à toa que a marcamos para esta data, ou seja muito próximo das festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, sendo que se nota nesta fase do ano um fluxo muito grande de turistas. Aproveitamos esse facto para mostrar o nosso bem receber e as nossas bonitas tradições. Todas as freguesias do concelho fazem parte do desfile alegórico, todas as instituições do concelho se envolvem neste desfile, temos cerca de 34 escolas a participar, ou seja temos uma envolvência muito grande da comunidade local. Este ano o tapete de flores, exposto em frente aos Paços dos Concelho, teve mais de 12 mil flores.

Com a festa da Flor de 2016, a qual está associada também à festa do Santo Cristo dos Terceiros, pretendemos, por outro lado, retomar o processo de beatificação de Madre Teresa da Anunciada, que iniciou o seu culto religioso com o Santo Cristo dos Terceiros. Queremos aproveitar o facto de haver um novo Bispo na nossa Diocese, e fazê-lo ver que há aqui um processo de beatificação que nunca foi concluído. Acrescento que o Turismo religioso é uma vertente que tem muito ainda para ser explorado e julgamos que há uma conjugação de fatores e interesses ajustado. Falou no envolvimento de várias entidades e associações para a festa da Flor, o mesmo tem lugar com a realização das Marchas de São Pedro que este ano fazem 25 anos. Há algo de especial preparado para a celebração destas bodas de Prata? Há sim. Este ano temos já 13 marchas confirmadas para o desfile das marchas e assinalaremos a efeméride com o lançamento de um selo comemorativo e equacionamos ainda o lançamento de uma pequena publicação que conta a história do que têm sido estes 25 anos das marchas. Temos feito alguma aposta nas marchas de São Pedro porque achamos que há aqui um possível ganho em torná-las num cartaz do concelho. Este projeto das marchas populares é muito interessante porque envolve muitas pessoas da nossa comunidade em torno do evento, e que já traz milhares de pessoas à Ribeira Grande no dia 28 de junho. Tem sido curioso ainda assistir à adesão significativa da nossa juventude não só às marchas de São Pedro mas também às Cavalhadas. Dos mais de 150 cavaleiros que têm vindo a participar, mais de metade são jovens.

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Falando em datas marcantes, este ano assinalam-se 35 anos de elevação da Ribeira Grande a cidade. Podemos avançar com os principais acontecimentos desta celebração? Teremos logo a seguir às festas de São Pedro, o nosso feriado municipal a 29 de junho, e com ele teremos uma semana de festa e de eventos até ao dia 3 de julho, eventos esses, pensamos, que possam apelar àquilo que nos é mais caraterístico, envolvendo uma tradição que junta o nosso comércio tradicional. Numa altura ainda de crise devemos apontar os caminhos na divulgação do concelho mas sem esquecer nunca a nossa economia local. Estamos a preparar um festival – o Sensations, que é uma novidade, e será uma espécie de mercado ao ar livre em torno do centro histórico, que envolverá todos os comerciantes. Serão criados ao longo da nossa Rua Direita diversos pontos que apelarão aos vários sentidos das pessoas. Como ribeiragrandense, e como autarca, que olhar crítico lança para estes 35 anos? Em primeiro lugar não tenho dúvidas de que foi benéfica a elevação de vila a cidade. Permitiu colocar-nos em pé de igualdade com Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, não o digo em relação a Ponta Delgada (pela sua dimensão). Temos potencial para sermos diferentes! Foi curioso ver que a cidade e o concelho tiveram uma pujança enorme a nível dos setores primário e secundário, com grandes indústrias a implementarem-se no nosso concelho. Infelizmente, com esta crise que desde 2009 nos assola, o setor da construção civil ficou deveras devastado. Há aqui a necessidade de criar uma estratégia para criarmos mais emprego. Os estudos que temos vindo a fazer apontam muito para o Turismo. Temos tentado fazer ver as pessoas que há um território mal aproveitado. Olhando para o futuro, falo numa aposta clara de virarmos a cidade e o concelho para o mar, de uma vez por todas.

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Tendo nós uma praia que não está devidamente explorada – falo da praia do Monte Verde – o futuro da cidade passa pela beneficiação de toda a zona marítima. Com isso posso informar que estamos na reta final de lançar o concurso da ponte sobre a foz da ribeira que vai ser o início dessa requalificação marítima. Estamos em crer que, fazendo nós a parte que nos compete, isto é as infraestruturas, terminando com alguma situações que ainda acontecem, como a de termos esgotos a céu aberto no meio da cidade, uma situação com a qual não podemos compactuar, vamos começar a olhar para a frente marítima de outra forma. Digo, no entanto, que não pode ser só o setor público a ter essa preocupação, temos de fazer o que nos compete, e com isso suscitar o interesse dos particulares. Esse é um trabalho de formiguinha, não aparece pronto de um dia para o outro, mas certamente que depois de feito coloca-nos num patamar muito interessante ao nível do investimento privado. E quanto aos próximos anos? Virar a cidade para o mar é uma marca. É um cunho pessoal que quer deixar na sua passagem pela Câmara da Ribeira Grande? Faço questão disso. Foi um desígnio de campanha, e tem sido uma ação diária nossa cumprir com esse propósito. Neste momento já adquirimos mais de 20 moradias à beira-mar que vão servir para o espaço de beneficiação marítima. Devo dizer que os estudos técnicos que temos vindo a fazer apontam para essa área, ou seja não é apenas uma vontade desta câmara. Acredito que isso potenciará o investimento privado e com isso virá o crescimento do emprego sustentável e de longa duração. Uma coisa é tentarmos sanar o problema do desemprego através dos programas de emprego – que ainda bem que existem pois estão a dar uma lufada de ar fresco a essas pessoas – mas outra coisa é pensarmos mais além, no tal emprego de longa duração e esse quem cria são os privados.


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reportagem

Fiéis demonstram a sua fé no Senhor Santo Cristo dos Milagres Milhares de pessoas manifestaram todo a sua Fé e devoção na imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres, a maior festa religiosa da ilha de São Miguel. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Em honra ao Ecce Homo, são milhares os fiéis que se deslocam até Ponta Delgada para assistir às festas religiosas. Sábado e domingo mantêm-se, de forma natural e secular, como os dias de maior afluência. Seja para assistir ou participar ativamente, os açorianos movem-se pelas procissões da Mudança da Imagem, que tem lugar no sábado, num giro de curta duração, em redor do Campo de São Francisco. É o primeiro

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momento acompanhado por inúmeros fiéis que cumprem as suas promessas. A imagem retorna à Igreja do Santuário, permanece no coro alto, de onde sai à noite, em procissão de velas, para a Igreja de São José, onde pernoita em vigília de oração. O extenso cortejo processional de Domingo, que transforma uma significativa área da cidade, tornando-a mais colorida, seja pelo embelezamento de

janelas e varandas, seja pela preciosa decoração dos tapetes, cuidadosamente preparados para receber a imagem, numa simbologia que ganhou expressão ao longo dos anos, fazendo com que vários quilómetros de ruas fiquem ornamentados por estes tapetes, será o ponto alto das festividades, este ano presididas pelo bispo de Angra, D. João Lavrador, tendo nestas se integrado o primeiro-ministro António Costa.


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reportagem

Continua a luta contra a Obesidade Os desequilíbrios alimentares em Portugal traduzem-se numa elevada prevalência da obesidade e de outras doenças crónicas como as doenças cardiovasculares, oncológicas e a diabetes. Natacha Alexandra Pastor

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Dados do último estudo epidemiológico realizado a nível nacional sobre a obesidade em adultos, ditam que a prevalência da pré-obesidade era de 53,3% em homens e de 27,8% em mulheres e de 11,2% para a obesidade nos homens e de 10,4% nas mulheres. O problema da obesidade também apresenta valores de prevalência elevados para as crianças e adolescentes. Estima-se que 36,2% das crianças do sexo masculino e 34,8% das crianças do sexo feminino com idades compreendidas entre os 2 e os 5 anos apresentem sobrecarga ponderal (pré-obesidade + obesidade). Para crianças dos 6 aos 9 anos, de acordo com os dados do estudo COSI Portugal de 2010, obteve-se uma prevalência de 34,0% para os rapazes e de 30,3% para as raparigas de sobrecarga ponderal, correspondendo 15,6% e 13,5% à prevalência de obesidade, para os rapazes e raparigas respetivamente. Os adolescentes com idade compreendida entre os 11 e os 15 anos, 35,3% dos adolescentes do sexo

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masculino e 32,7% dos adolescentes do sexo feminino apresentam também sobrecarga ponderal. Há ainda a reter um dado importante, transversal a vários países, entre os quais Portugal, e que aponta para o facto de a obesidade apresentar um forte caráter social e económico. Significa dizer que observam-se diferenças significativas na prevalência da obesidade quer entre diferentes países de acordo com o seu desenvolvimento económico, quer entre os diferentes grupos socioeconómicos de um mesmo país, registando-se uma maior proporção de obesidade nos grupos populacionais com menor poder económico. Já o COSI 2013 veio a demonstrar grandes melhorias no que respeita em concreto à obesidade infantil nos Açores, acreditando-se que tal facto ficou a dever-se à introdução de nutricionistas nas escolas açorianas, que delineiam planos alimentares para as cantinas escolares. Com base na participação neste projeto, a região fez um estudo mais abrangente, sobre a prevalência de excesso de peso e obesidade nas crianças a frequentar o

1º e o 2º ano de 142 escolas açorianas, abrangendo mais de 4.100 crianças, tendo daí verificado, ainda assim, que 29,8% das crianças apresentavam excesso de peso, enquanto 16,4% estavam na categoria de obesas.

A dieta Mediterrânica

Considerada como um modelo alimentar completo e equilibrado com inúmeros benefícios para a saúde, longevidade e qualidade de vida, a Dieta Mediterrânica é assumida por vários nutricionistas, profissionais de saúde em geral e pelas autoridades de saúde portuguesas como um método correto e equilibrado para figurar como uma atitude constante dos indivíduos. A dieta mediterrânica aponta entre alguns outros chavões para a importância de consumo abundante de alimentos de origem vegetal (produtos hortícolas, fruta, cereais pouco refinados, leguminosas secas e frescas, frutos secos e oleaginosos); consumo de produtos frescos da região, pouco processados e sazonais;


e ainda consumo de azeite como principal fonte de gordura; consumo baixo a moderado de laticínios, sobretudo de queijo e iogurte; consumo baixo e pouco frequente de carnes vermelhas; dar preferência ao pescado nas refeições semanais; moderar a ingestão de vinho. Os indicadores nos Açores quanto à prevalência de obesidade preocupam naturalmente as autoridades. Para melhor entender a realidade regional foram feitos estudos, recentemente, que revelaram, por exemplo, que 36,5% dos cidadãos residentes na região, com idades compreendidas entre os 20 e os 74 anos, é pré-obeso e 27,5% é obeso. A obesidade é mais expressiva quando falamos das mulheres açorianas, 29,3%, e menos acentuada nos homens: 25,4%. O mesmo inquérito/ estudo debruçou-se sobre os hábitos alimentares dos inquiridos e há dados preocupantes. Por exemplo, os participantes obesos revelaram que são dos que, diariamente, consomem mais açúcares, alimentos fritos e pré-cozinhados, e dos que menos ingerem legumes. No capítulo ainda dos alimentos fritos, 9% dos açorianos admite consumir todos os dias, ou 4 a 6 vezes por semana, alimentos fritos, sendo também nessa ordem de grandeza a

quantidade de açorianos que diz raramente ou nunca mesmo ingerir legumes seja em saladas ou cozinhados. A ingestão de fritos, 2 a 3 vezes por semana, foi mencionada por 35% da população. Aproximadamente 23% porém diz que nunca ou raramente ingere este tipo de alimentos. E se preocupam alguns tópicos deste indicador, no que respeita à atividade física de cada um dos inquiridos, as respostas apontam para alguma dedicação a uma ou mais do que uma atividade física, mesmo nos casos dos que entram neste diagnóstico como obesos, e por isso surpreende pela positiva. Quase 70% dos que responderam ao estudo (com idades entre os 25 e os 54 anos) afirmaram praticar atividade física; 34,6% dos residentes com pré-obesidade e 30,6% com obesidade praticam algum tipo de atividade física.

• Estima-se que mais de 50% da população portuguesa adulta tenha excesso de peso. • Os hábitos alimentares inadequados dos portugueses são o primeiro fator de risco de perda de anos de vida. Estudos internacionais apontam a má alimentação como responsável por 11,96% do total de anos de vida prematuramente perdidos pelas mulheres portuguesas, percentagem que sobe para 15,27% no sexo masculino.

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entrevista

“Crónicas da Atlântida” Os Açores captados por António Luís Campos

Focado nas pessoas, muito mais do que nas paisagens, o fotógrafo António Luís Campos viajou pelas nove ilhas dos Açores captando cenas do quotidiano dos açorianos. Fez uma narrativa documental a que deu o nome de “Crónicas da Atlântida”. Depois de dois anos de viagens, António Luís Campos tem novos planos para este projeto.

Natacha Alexandra Pastor

António Luís Campos

Criativa – Pode enquadrar-nos no projeto Crónicas da Atlântida? António Luís Campos - As Crónicas da Atlântida são um projecto que desenvolvi durante dois anos, com o apoio da Nomad.pt e da National Geographic Portugal. Constitui-se como uma jornada visual pelas nove ilhas açorianas, tendo a viagem pelo quotidiano das duas gentes como fio condutor, numa narrativa documental. Sou um continental apaixonado por este território insular, e neste projecto recorri à fotografia, escrita de viagem e multimedia para partilhar uma visão muito pessoal da verdadeira essência açoriana, num projecto documental de longa duração. Focado nas pessoas, muito mais do que nas paisagens. Por que razão escolheu as ilhas açorianas para este projeto? O que mais prendeu a sua atenção? Porque visito o arquipélago há quase 30 anos e o adoro. Acho um território único, especial, pouco conhecido no exterior, sobretudo no que toca às suas gentes, tradições, forma de vida. Findo este trabalho quais as maiores e melhores imagens e recordações que leva dos Açores? Os amigos e contactos que ganhei. As experiências enquanto fotógrafo, viajante e amante da descoberta cultural. Imagens há muitas,

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e as mais espectaculares são as de pessoas no seu ambiente social e natural. Tem a noção de quantas pessoas se cruzaram consigo ao longo destes dois anos? Em que ilhas obteve as melhores reações ao seu trabalho? O que mais fotografou? Centenas de pessoas, mas é impossível quantificar. Quanto às ilhas, fui muito bem recebido em todas, sem excepção encontrei pessoas extremamente afáveis e que me facilitaram e muito todo o projecto. Tenho um soft spot pelo Triângulo, pela relação inter-ilhas e sensação de arquipélago que se tem, mas gostei imenso da experiência em todas elas. Este projeto chegou ao fim, ou seguem-se, ainda, outros apontamentos sobre o mesmo? A primeira fase terminou - o trabalho de campo e o site com actualizações online diárias, 9 meses, 9 ilhas (www.cronicasdaatlantida.org). Mas agora estamos na fase mais importante, da divulgação de conteúdos: palestras em várias cidades do país, a exposição que as acompanhará e, mais para o final do ano, a publicação de um livro fotográfico. O próximo evento será na Lx Factory, em Lisboa, uma palestra e visita guiada à exposição, com entrada livre.


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reportagem

Fábrica de Tabaco Micaelense Uma marca consistente 150 anos após a instalação da Fábrica de Tabaco Micaelense (FTM), a empresa representa solidez. Foi uma mensagem transmitida por Mário Fortuna na semana em que se assinalou o aniversário da empresa açoriana. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Para assinalar esta data importante, a empresa editou selos comemorativos, numa parceira com os CTT, que espelham a fachada do edifício principal desta unidade fabril. Mário Fortuna obliterou a primeira série, naquele que foi, também, o primeiro ato formal da celebração desta data. Além deste momento, concretizou-se um jantar comemorativo que envolveu dezenas de convidados, que decorreu na cidade de Ponta Delgada. 150 anos após a fundação da fábrica, o presidente da direção da FTM, Mário Fortuna traçou um cenário de muita tranquilidade, con-

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ferindo que 2016 tem trazido boas perspetivas e que se está a trabalhar no sentido de garantir estabilidade já a pensar nos próximos 10 anos. “Temos contratos de produção que vão até 2020. O nosso trabalho é continuar a agradar os nossos clientes. Temos uma visão de sustentabilidade, não de ganhar grandes lucros no curto prazo. Não queremos perder um rumo sustentável. Estamos a preparar os próximos dez anos, e queremos que as gerações futuras desta fábrica continuem este trabalho, julgando que quanto melhor sustentarmos as bases maior a probabilidade de a empresa vingar no futuro.”


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Segurança

Escola Segura acompanhou “pequenos polícias” na estrada Um grupo de crianças da turma do 2º ano, nº 33 da Escola primária do Carvão integrou uma equipa de agentes da autoridade e durante um dia vestiram fardas de agentes da PSP e foram para a estrada prestar conselhos aos automobilistas. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

A ação sobre prevenção rodoviária “Polícia por um Dia”, com a máxima “Todas as vidas contam!”, foi celebrada em conjunto com a Escola Segura, de Ponta Delgada, em colaboração com a turma do 2° ano 33, da professora Maria Soares, da Escola Primária do Carvão e contou ainda com a participação e apoio da Polícia Municipal de Ponta Delgada. Por um dia, o grupo de crianças pôde vestir uma farda de polícia e lançar alguns conselhos aos automobilistas quanto ao transporte correto de crianças nas suas viaturas ou quanto à adoção de cuidados a ter na proximidade de passadeiras. A ação esteve a decorrer na estrada onde as crianças puderam abordar diretamente os condutores, deixando as suas dicas, na maioria das situações representadas por desenhos previamente elaborados em

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contexto de sala de aula, supervisionados pela sua professora. À Criativa o chefe da Polícia de Segurança Pública, Luís Teixeira disse que o desafio foi pôr as crianças a interagir com os automobilistas, passando-lhes informação em formato de desenho do que elas próprias entendem que deve ser um bom comportamento na estrada quer por parte dos automobilistas quer por parte dos peões. Em simultâneo a Polícia Municipal (PM), que cooperou nesta atividade da PSP, distribuiu alguns folhetos com várias regras e entendimentos da lei no que respeita ao transporte de crianças nos automóveis. A chamada de atenção fez lembrar que é preciso não facilitar nem arriscar e que importa sempre ser preventivo e responsável. A esse propósito a PM recordou que quer crianças quer adultos que viajam no banco

traseiro da viatura devem utilizar sempre o cinto de segurança; ou que ao entrar ou ao sair da viatura as crianças devem fazê-lo sempre do lado do passeio ou da berma da estrada, a fim de estar protegido dos veículos que circulam na sua faixa de rodagem. Para este trabalho no terreno, os alunos foram apoiados por dois elementos da Esquadra de Trânsito de Ponta Delgada e por dois agentes da Polícia Municipal. Luís Teixeira recordou que a temática do Código da Estrada é apenas um dos muitos conceitos abordados no trabalho que é feito regularmente pela Equipa da Escola Segura, que se desloca a todos os estabelecimentos escolares do concelho de Ponta Delgada e à Escola Secundária da Lagoa ao longo do ano letivo, a fim de abordar temas importantes, como o bulliyng ou a delinquência juvenil.



empresas

Utilvet - Um negócio de sucesso assente na especialidade e qualidade

É uma casa com história. Nasceu em 1982 e cresceu com a preocupação de perceber o que é melhor para o cliente e para os seus animais de estimação. É com esse espírito que todos os dias procuram fazer mais e melhor. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Fundada em 1982, por três sócios, Utilvet é a casa, neste ramo, mais antiga na Região Autónoma dos Açores e uma das mais antigas a nível nacional. Na segunda loja, na Ribeira Grande, Vitor Vieira deu os seus primeiros passos como colaborador da mesma. Cedo percebeu as dificuldades em conseguir dar resposta a todas as solicitações dos clientes. Com o avançar da idade do anterior proprietário Vitor Vieira decidiu adquirir o negócio da Ribeira Grande e quatro anos mais tarde a empresa mãe em Ponta Delgada. A manutenção das mesmas em simultâneo foi um projecto provisório, tendo Vitor Vieira chegado à conclusão de que seria mais proveitoso dedicar-se exclusivamente ao estabelecimento de Ponta Delgada. Este é um negócio muito específico, exigente no ponto de vista do vasto conheci-

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mento necessário a uma venda consciente, e, ainda, um negócio com muitos gastos (manutencão, alimentação e cuidados gerais com os animais) como raramente acontece noutros ramos de negócio. “A Utilvet procura a exigência, o rigor, a sabedoria e estar ao dispôr do cliente para toda e qualquer situação. É uma relação de confiança a que procuramos manter com os nossos clientes e isso tem resultados muito positivos, sendo que são os nossos clientes/amigos os nossos melhores publicitários do nosso atendimento/serviço. Para que se perceba, este ramo de atividade é muito complexo. Nós trabalhamos e apresentamos ao cliente centenas de produtos diferentes, seja no campo das aves, dos cães e gatos, peixes, répteis, roedores e para cada qual a informação

da respectiva alimentação, suplementos, alojamento, higiene, cuidados gerais, etc, tudo isto com especificidades e propriedades distintas consoante o nosso clima, cada animal e estação do ano, sendo que não pode haver confusões visto que estamos a falar de animais de estimação. Ou seja, nós temos que ter aqui um know-how muito grande que nos permita esclarecer e aconselhar qualquer cliente. Não podemos correr o risco de ter um cliente que nos faça uma questão e não sabemos dar resposta. Temos dedicado, eu e meus colaboradores, muito tempo a aperfeiçoar constantemente os nossos conhecimentos. Estamos no mercado com preços apelativos sendo que por vezes com as nossas promoções e/ou promoções das nossas marcas conseguimos estar em pé


FOR NATURE LOVERS! Um convite a descobrir o magnífico Arquipélago dos Açores. Os Açores oferecem uma panóplia de emocionantes atividades, com paisagens deslumbrantes e aventura para toda a família.

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de igualdade em preço com as grandes superfícies, com a mais-valia de que os nossos produtos são invariavelmente de especialidade e qualidade superior. Além disso, com o nosso atendimento especializado também se ganha a preferência do cliente. Posso dar vários exemplos deste facto: ainda há dias um cliente procurava uma bomba de água para um lago de peixes, apresentamos a nossa solução, explicando as características, potência, consumo, caudal, manutenção, etc. Por fim ele confidenciou que já tinha consultado outro espaço comercial e que a solução apresentada era mais barata mas que não lhe haviam aconselhado nem garantido o seu correcto funcionamento, tendo sido por isso que não sentiu segurança no investimento e decidiu procurar uma segunda opinião, em boa hora connosco. É, portanto, com esta preocupação de perceber o melhor para o cliente e seus animais de estimação que procuramos fazer mais e melhor.” Mudanças de Hábitos A transformação social gerou, por outro lado, algumas novidades neste negócio. Enquanto durante muitos anos as famílias optavam por ter cães de porte grande, hoje o panorama inverteu-se. A opção passa por animais de porte pequeno, conhecidos por cães de casa. “Há uns anos vendia-se muita ração para animais de médio e grande porte. Depois começou a suceder que muitas pessoas começaram a preferir animais de porte pequeno por viverem em apartamentos ou então por passarem a ter quintais de menor dimensão. Acontece que a quanti-

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dade de ração para um mês para animais de diferentes portes faz toda a diferença no custo mensal. Nota-se agora que se vende muito a ração small breed (cão pequeno). Outro cenário que se verifica é a opção dos gatos em vez dos cães. O custo financeiro, claramente, fala mais alto. Curiosamente, também se nota que o cliente que nos chega é um cliente atento à qualidade da ração que vai alimentar o seu animal de estimação. É um cliente que não se importa de pagar mais por uma alimentação adequada. É aqui que fazemos a diferença. Somos uma loja da especialidade que oferece qualidade.” Um mundo de aves Será no campo das aves que a Utilvet tem grande expressão, oferecendo um vasto número de espécies. É uma oferta de serviço muito exigente, obriga a um estudo constante das espécies, dos seus cuidados, das transformações climatéricas e a sua influência na preservação da sua vida ou na sua melhor altura para criação. Facilitada está, por outro lado, a aquisição de aves, dado que nos Açores é possível encontrar inúmeros criadores de aves, explica o proprietário da loja Utilvet, ainda mais se se falar nas recentes alterações à lei de importações/ introduções que está cada vez mais exigente. Pedidos específicos No que respeita a cães e gatos, também já se encontram quase todas as raças por cá. Acontece que em alguns casos a empresa, mediante o timing que o cliente

apresenta para adquirir determinada espécie, tem de recorrer ao continente, nessas situações o custo associado a este processo é sempre mais elevado. Ainda assim, Vitor Vieira confessa fazer alguma resistência a mandar vir animais de fora, considerando que é sempre um risco esse método de compra, sem se ver o animal ao vivo. Poder-se-á ter visto fotos, mas nada garante que o animal que chegará terá as mesmas condições reveladas em imagem. “Surgem mesmo pedidos muito específicos, que podem demorar algum tempo a concretizar, até porque os detalhes burocráticos de importar ou exportar animais, sendo possíveis, são demorados, mais ainda se se falar que a viagem vai decorrer para fora de Portugal ou para fora da Comunidade Europeia.” Canais de venda online A propóstio deste assunto, o empresário lança o alerta para a concorrência totalmente desleal que é feita através de vários canais de venda, que hoje proliferam na internet, sendo os mais usuais e conhecidos o Olx e CustoJusto.pt “É uma economia paralela tremenda. Até cães de raças consideradas perigosas se vende. Só por aqui se vê bem o que acontece na internet e muitas vezes as pessoas não estão sensibilizadas para esse problema. Não obstante, a Utilvet tem acompanhado os novos modos de chegar até ao cliente através da nossa página, email e facebook. Neste último já se presta uma atenção constante visto que as solicitações são cada vez mais e de todas as ilhas.”


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Televisão

“Realmente (somos açorianos)” quer unir os Açores ao Mundo

O primeiro programa televisivo tem estreia marcada no dia 13 de maio. Daqui em diante, às sextas-feiras, o “Realmente (somos açorianos)” passará pelos canais de televisão Portuguese Channel e RTA, com convidados que falarão do Ser Açoriano. O novo projeto televisivo tem assinatura do relações públicas João Figueiredo. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

“O ‘Realmente (somos açorianos)’ é um projeto de TV sobre a Açorianidade e que tem como mote a resposta à questão: De que cor pintarias o teu coração de ilhéu?, de um forma muito simples. O mesmo debruça-se sobre uma entrevista a individualidades dos Açores (e não só) sobre a sua alma de açoriano, propondo descrever as nossas gentes, costumes e recomendações. O convidado(a) para além de apresentar a sua alma açoriana é desafiado(a) para dizer diretamente para câmara a sua Açorianidade de A a Z e outras dinâmicas criadas para o efeito… O desafio irá ser sempre tentar inovar e não ser rotineiro nos programas. O objetivo é ser dinâmico, diferente e muito açoriano, mas não demasiado regionalista. Também e para dar o toque pessoal criei um papel e uma imagem para tal, daí o laço, bem como serão usados diversos meios e plataformas de divulgação e comunicação do projeto. Daí ter desenvolvido parceiras com esse intuito e, por exemplo, o site irá ser futuramente apresentado.” Eis as linhas prinicipais do programa pensado por um açoriano, com o intuito de levar os Açores até à diáspora. A linha editorial deste programa assenta em “entrevistas a individualidades que numa conversa inicial são respondidas questões mais sérias e estas depois na edição são intercaladas com as dinâmicas/rubricas criadas. Inicialmente, o entrevistado responde à questão da praxe numa ardósia e a partir daí a conversa e o momento buscam a alma e a paixão pelos Açores desta personalidade.” Já foram realizadas várias entrevistas, e os nomes que vão sendo escolhidos para o programa terão sempre o cuidado de evidenciarem alguma ligação com a Açorianidade, explica o mentor do programa Realmente. “Atualmente, e a título de curiosidade, já foram entrevistados as seguintes pessoas: Rúben Correia, Vanda Costa, Sidónio, Bettencourt, Hélder Medeiros, Osvaldo Cabral, Jorge Rita, Paulo Simões, João Bosco Mota Amaral e José Manuel Bolieiro. Quanto às histórias, cada pessoa conta as suas, mas sim o programa revive algumas dessas memórias com os convidados. Mas cada programa é baseado em quem será entrevistado e no seu perfil. Não será um programa sempre igual, pois vai sofrer alterações

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nas suas dinâmicas e cada vez mais se for viável, inserir algum humor.” O programa que poderá ser visto às sextas-feiras, passará nos Estados Unidos da América, mas João Figueiredo gostaria de chegar ao Canadá, uma possibilidade que será analisada. “O ‘REALMENTE’ irá ser transmitido à sexta, através da SMTV e alcançará a nossa diáspora nos EUA com os canais Portuguese Channel e RTA, essencialmente. O Canadá ainda não é uma realidade por agora, mas houve interesse por parte de uma pessoa que tem horas num canal canadiano, mas veremos a seu tempo se avançamos. Tudo a seu tempo.” João Figueiredo acredita que esse projeto poderá preencher alguma lacuna naquela que é comunicação e a interligação entre os Açores e os Açorianos que residem nos Açores e os que estão emigrados. “Esta é uma das principais razões do projeto. A sede de notícias e de laços com os Açores. O ‘REALMENTE’ irá unir os retalhos do Arquipélago com a diáspora, pois esta valoriza e muito tudo o que é açoriano. E não querendo ofender susceptibilidades de nin- guém, julgo que os emigrantes são aqueles que mais valorizam os Açores. Daí a aposta neste mercado e também é um gosto que tenho. E assim a causa ainda é maior. Como disse na apresentação, com a tenacidade de todos os que acreditam neste trabalho, vamos unir os Açores ao Mundo… e o Mundo aos Açores… ao Mundo dos Açores.”


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As empresas ou instituições que procuram a Custom Project pretendem saber o custo real da frota e/ou otimizar processos administrativos e operacionais. Este é uma das mais-valias da gestão de software que a empresa oferece à medida de cada cliente. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Criativa - Em que medida a Custom Project é inovadora no processamento de um software dedicado à gestão de frotas? Há quanto tempo o vem desenvolvendo? CustomProject - Além de desenvolvermos software à medida, procuramos representar softwares que tenha características únicas, com qualidade e já reconhecidas no mercado, como é o caso do 4biz – Gestão de Frota, desenvolvido desde 2004, focado na gestão operacional da frota e controlo de custos, não é localização de viaturas por GPS. Para se perceber esta ferramenta, quais são os seus princípios básicos e o seu modo de funcionamento? É uma aplicação cliente/servidor que se instala no servidor do cliente e nos postos de trabalho do cliente, composta por vários módulos, incluindo o módulo de Requisições Electrónicas que é em ambiente web. O sistema tem mais-valias. O que elege como sendo o principal fator para as empresas apostarem nesta oferta de serviço? O produto tem inúmeras mais-valias, pois reduz imenso o trabalho administrativo e operacional relacionado com a gestão de frota, pois importa os ficheiros digitais das gasolineiras, locadoras, Via-Verde, seguradoras, etc., sendo customizável à medida de cada cliente, de forma que este saiba exactamente qual o custo que tem com a sua frota, facultando indicadores de gestão que apoiam à decisão. Sendo um mecanismo que é há muito conhecido, ele não tem nos Açores uma apetência à semelhança do que já acontece em Portugal continental, correto? Na maior parte das vezes as empresas pensam que é uma solução de localização via GPS, e na maior parte das vezes até desconhecem que existe um software focado na gestão operacional e controlo de custos da frota. Para nós, as empresas de localização de viaturas por GPS são complementares e não concorrentes, chegamos a importar os dados de vários fornecedores que estão no mercado nacional e internacional.

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Em termos práticos, quando se procura aplicar numa empresa ou entidade este sistema, quais são as exigências do cliente? As empresas ou instituições que nos procuram desejam saber o custo real da frota e/ou otimizar processos administrativos e operacionais. A utilização deste software abrange hoje empresas cuja frota automóvel é composta por mais de 2.000 viaturas. Qualquer empresa ou entidade com mais de 20 viaturas é um potencial comprador deste software, que atualmente já gere empresas desde as 20 viaturas até mais de 2000 viaturas. No mercado açoriano, quem está mais atento a esta questão? Empresas privadas ou entidades públicas? Acreditamos que no mercado açoriano será uma novidade que tem de ser comunicada, quer às empresas privadas quer às entidades públicas, visto ser um software com inúmeras mais-valias e já com bastantes referências de clientes satisfeitos, como é o caso dos CTT; RTP; Banif; Açoreana de Seguros, ISS; Media Capital; José de Mello-Saúde; CP; Martifer; Roche; Novartis; Sumol-Compal, entre muitas outras insígnias.


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literatura

Cátia Martins edita primeiro livro de contos

Desde cedo Cátia Martins, hoje estudante de Psicologia, desenvolveu o gosto pela criação de histórias, primeiro numa fase unicamente mental, na adolescência começou a passar para o papel o que sentia e vivia. De modo natural chegou ao momento em que confirma: “Não consigo dissociar-me deste mundo de imaginação”. Natacha Alexandra Pastor Criativa- Esta é a primeira obra de Cátia Martins? Cátia Martins - Sim, publicada é a primeira. Tenho muitas obras guardadas. Porém tenho outras tantas não terminadas, este é um grande problema meu: não consigo terminar a maioria das minhas histórias porque ao escrever algo surgem ideias para uma nova história. É um ciclo, começo e raramente acabo. Por vezes, reabro uma história incompleta e acabo por concluí-la ou perder o interesse total nela e deixo de parte. Podemos traçar um pouco da sua linha condutora? São quatro contos, o primeiro trata de uma história romântica; o segundo ronda uma história de crime; o terceiro acaba, quase, por ser um monólogo de uma figura muito importante, uma referência, para os portugueses e; o último trata uma critica, camuflada, a um acontecimento religioso, consideravelmente, recente. O primeiro conto, na realidade, tinha como finalidade ser uma novela, no entanto participei no Azores Fringe Festival

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Direitos Reservados

na edição de 2015 e os dois primeiros textos que escrevi não me agradaram por algum motivo, acabando por utilizar aquele texto que tinha começado recentemente, no entanto dei um final à história e enviei. O segundo conto faz parte de um dos textos que pensei enviar para o Fringe 2015, mas achei que a história não se adequava ao tema do programa. Os últimos dois contos escrevi em sala de aula, tendo como professor o excelente escritor Pedro Paulo Câmara, que apoiou-me muito e hoje em dia mantemos uma boa amizade. Tem chancela da Chiado Editora. Como foi acolhido este seu trabalho por esta editora? Depois da participação no Fringe 2015, fui muito encorajada a publicar (o atual primeiro conto) por um dos membros do júri e vencedor da primeira edição do programa em questão, o meu querido amigo Pedro Almeida Maia, e por mais pessoas. Dirigi-me para duas editoras açorianas, onde, em uma, não tive resposta depois de ter tido contato


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direto com um dos responsáveis e a outra editora deparei-me com a porta fechada por várias vezes. Decidi enviar para uma das editoras que mais ouvia falar. Estava com um pensamento negativo, pois sou muito crítica do que faço e geralmente nada do que escrevo está suficientemente bom na minha perspetiva. Só pensava em uma provável resposta negativa, o que não aconteceu e a Chiado mostrou-se muito entusiasmada com a história, vindo mais tarde a modificar o livro aumentando com mais três contos. A Chiado esteve sempre muito presente em todo o processo e manteve-se disponível para qualquer eventualidade. Fui extremamente bem recebida com a minha obra. O que a faz enveredar pela escrita literária e na sua edição em formato de livro? A escrita faz parte de mim há muitos anos, por vários motivos. Não consigo dissociar-me deste mundo de imaginação; a escrita permite-me exprimir tudo o que sinto, tudo o que quero sentir. Consigo idealizar tantas coisas. A escrita torna-me livre em um mundo que nos prende, sempre, de alguma forma. Para um primeiro trabalho publicado, o que foi mais difícil? Pagar os custos da edição foi o mais complicado. Afinal sou estudante e não tinha como pagar, por sorte comecei a trabalhar e consegui assumir os custos. Teve algum apoio para a sua edição? Como reage a família a este projeto? Tive apoio por parte dos amigos, outros escritores açorianos e família. Referindo-se a apoio monetário, não obtive nenhum apoio, tentei informar-me na altura se havia, mas sem sucesso. A minha família ficou muito feliz e orgulhosa, porque sempre incentivaram a uma possível publicação de alguma obra minha. Meus pais têm quatro filhos e todos eles têm uma aptidão/talento para algo, por exemplo, minha irmã desenha muito bem; então meus pais tentam, constantemente, encorajar-nos a seguir uma área onde iremos usar os nossos talentos. Com intuito de fazer o talento de minha irmã notório já tenho um novo projeto em mente, que acho que será muito bem-sucedido. Não podemos parar de criar, temos de seguir os nossos gostos, talentos e ambições porque tudo o que fizermos vai expor o nome da nossa linda região, porque nós somos Açores. Temos de fazer a nossa região crescer e para isso todos, não só os escritores, têm de ser apoiados e incentivados a colocar o seu talento para fora. “A vida não pode ser milhares de expetativas e poucas realizações”.

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Cátia Martins

Nasci a vinte e dois de janeiro de mil novecentos e noventa, em Ponta Delgada. Criada numa família extensa, com muitos primos e três irmãos com idades não muito distantes. Apesar de estar rodeada de crianças da mesma idade, sempre gostei do meu espaço, de ter um tempo só meu — esta situação verificou-se desde muito cedo — o que permitiu um acréscimo a nível de imaginação pois brincava sozinha, criando várias histórias e tendo facilidade em fazê-lo com uma sequência lógica (princípio, meio e fim). Frequentei a escola EB/JI Professor Doutor Alexandre Linhares Furtado, na Fajã de Baixo. Mais tarde, e estando na pré-adolescência (por volta dos 10 anos), em uma fase que se mostra necessário o controlo da grande imaginação, eu não conseguia “desligar” os meus pensamentos de histórias que ia criando mentalmente acerca das situações que iam cercando o meu dia-a-dia. Mas com pouca autonomia, pela idade precoce, não passava nada para papel. Recordo-me quando a professora pedia para pintar, eu nos primeiros três minutos estava concentrada na tarefa, um pouco depois já estava a distribuir géneros aos lápis, através das suas cores, para criar uma história com eles — fazendo as histórias no momento. Outra situação que recordo com júbilo, refere-se aos momentos de quando tinha dificuldades, por exemplo, em algum problema matemático deixava de fazê-lo para imaginar que o estava a realizar bem e que receberia uma grande salva de palmas da turma, claro que a história não acabava por aí e no meio conseguia inserir alguma viagem ou algum prémio. Podemos ter em conta que este excesso de imaginação era normal, tendo eu aquela idade, porém havia algo que diferia a minha situação das outras crianças: deixava de ser funcional em outras áreas, ou seja, para poder imaginar deixava de realizar outras tarefas importantes, porque através da criação de histórias “protegia-me” do mundo exterior. Algo que se reviu ao longo do tempo, mas já transcrevendo estes pensamentos para papel — a entrada na adolescência e a visão do mundo que tinha, que ainda estava a descobrir-me, levou-me a escrever, cada vez mais, as minhas lamentações de adolescente. No entanto, sempre fui uma adolescente feliz e rodeada de amigos. Ao longo dos anos fui sempre uma aluna acessível em português, mas a parte que mais me agradava em aula eram as que incluíam a leitura das obras e a criação de textos. Era sempre bem-sucedida quando escrevia algo para avaliação. Um dos acontecimentos que mais marcou a minha estadia na Universidade, aconteceu quando foi pedido à turma para escrever um texto sobre uma palestra que iríamos ver; escrevi o texto “sobre-a-perna” sem grandes manobras e enfeites, enviei à professora e fui muito elogiada na turma. O mais engraçado desta história é que a professora nem sabia quem o tinha escrito, e elogiava a pessoa sem estar a dirigir-se a ela, neste caso, a mim. Uma conversa que esta professora disse ficou sempre retida em mim: “este texto está escrito de um modo que não é escrito por pessoas da vossa idade. Tem aqui muita maturidade na sua escrita”. Foi um momento, de muitos outros, que incentivou-me a escrever mais. Hoje em dia, continuo a escrever e só há cerca de um ano ponderei publicar um livro — caso do “Amor no meio do caos”. Fora o meu mundo da escrita, sou aluna do 2º ano de Psicologia, faço parte da comissão pedagógica do curso e sou representante de turma. Trabalho em projetos com professores, na área da Psicologia Educacional. Tirei desporto (técnica desportiva), sou árbitra de futebol (apesar de estar em “standby” devido ao curso). Futuramente, quero seguir psicologia desportiva. Em paralelo com a universidade, presto serviços para o Instituto Nacional de Estatística.


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Testemunhos do tempo

Lucrécia de Almeida

Um tempo vivido entre a Salga, New Bedford e Palm Beach, entre 1949 e a atualidade…

José de Almeida Mello Historiador Lucrécia Duarte de Almeida nasceu na Salga a 6 de outubro de 1948, filha de José Duarte de Almeida e de Eugénia de Medeiros Lino, neta paterna de António Duarte de Almeida e de Mafalda de Jesus e neta materna de José de Medeiros Lino e de Maria da Conceição Resendes. Foi batizada e crismada na Igreja de São José, na sua terra natal. Frequentou a escola primária na Salga, onde concluiu a quarta classe, tendo sido aluna da professora Maria da Céu Melo, sedo esta natural da Salga e onde lecionou várias décadas e foi de igual modo uma figura de grande prestígio local. No dia 22 de março de 1966 Lucrécia emigrou para os Estados Unidos da América, tendo fixado residência na cidade de New Bedford, juntamente com seus pais e irmãos, no norte daquela cidade industrial. Em New Bedford, Lucrécia conheceu Francisco Galego, com quem viria a casar no dia 24 de fevereiro de 1968, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, na mesma cidade. Francisco Galego nasceu na Vila da Povoação, na ilha de São Miguel, e estava emigrado também em New Bedford. O casal viria a ter duas filhas. Lucrécia viveu na cidade de New Bedford entre os anos de 1966 e 1973, tendo regressado à ilha de São Miguel, mais o seu marido e filhas, onde compraram uma quinta de laranjas, nos arredores de Ponta Delgada, na canada de São Gonçalo. A família não se habituou à ilha e regressou cinco meses mais tarde a New Bedford, onde fixou residência novamente até 1990. Nas primeiras duas décadas de permanência em New Bedford, o casal trabalhou em fábricas têxteis, tendo optado nos anos de 1980 em investir na área da restauração, no qual foram proprietários de uma pequena rede de cafés denominados Friendly Donuts, em New Bedford. No ano de 1990, os Galegos mudaram-se para o Estado da Flórida, onde fixaram residência em Palm Beach Gardens, tendo também neste Estado adquirido negócios

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e investimentos, mantendo, no entanto, os negócios em New Bedford. A família Galego residiu nas seguintes casas, que compraram em New Bedford: 1 Whitman st.; 2 Belleville rd; 3 Perry st; 4 Henrydrive Acushnet mass; 5 Talkin hill rd.; 6 Prescott st.; Na Flórida: 7 us Hywayone jupiter; 8 Caoba st Palm Beach Gardens; 9 Allamanda blvd Palm Beach Gardens; 10 Falls st. - Wellington Florida. Os Galegos viajaram por várias partes da América do Norte e da América Central, para além de estarem de férias em alguns países da Europa. Este é o percurso de uma mulher nascida e criada na Salga, que ainda jovem emigrou para os Estados Unidos da América, trabalhou em fábricas e mais tarde nos seus negócios, vivendo hoje na Florida, numa zona residencial de classe média/alta.


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Um olhar criativo “ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

José Maria Sousa

Desporto e natureza Nessa manhã as garças não voaram

Nuvem caida Recanto

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


Amélia Lopes anjos Paz

missão amor

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Desporto motorizado

CAMPEONATO DE RALIS DOS AÇORES/2016

RALI SICAL

REGRESSO DE RICARDO MOURA COROADO DE ÊXITO O automobilismo está de volta às estradas dos Açores. O Rali Sical, disputado na ilha Terceira, abriu novamente o campeonato. Mais uma vitória para Ricardo Moura, aos comandos do Ford Fiesta R5, desta vez acompanhado por António Costa. Renato Carvalho

António Bettencourt e Délia Bettencourt

Na primeira prova da temporada, estiveram ausentes alguns concorrentes, que animaram a época passada. Desde logo o vice-campeão, Luís Miguel Rego, o terceiro classificado, Rúben Rodrigues e, também, Henrique Moniz, que ostenta o título de Campeão de Ralis dos Açores de 2 Rodas Motrizes. Em 2015, as listas de inscritos eram recheadas com diversos Mitsubishi Lancer Evo IX, pertencentes aos pilotos Luís Miguel Rego, Rúben Rodrigues, José Paula, Pedro Rodrigues, Rui Torres e Hugo Mesquita. Desta vez, somente este último é que marcou presença. O Terceira Automóvel Clube desenhou um rali dividido por vários dias. Assim, na quinta-feira, uma city show animou a noite aos entusiastas. As duas primeiras provas especiais foram realizadas na sexta -feira à noite, e as restantes sete aconteceram durante o dia de sábado. Após uma ausência superior a seis meses, Ricardo Moura regressou ao Campeonato de Ralis dos Açores para obter mais uma vitória. O piloto do Team Além Mar venceu todos os troços. No primeiro, ainda apanhou um susto, quando foi confrontado

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com uma pedra no meio da estrada de asfalto. Apesar de se debater com um problema físico, a supremacia de Moura foi mais do que evidente, chegando ao fim do rali com uma vantagem extremamente confortável sobre a restante concorrência. A grande novidade deste Rali Sical foi a participação de Tiago Azevedo ao volante de um Skoda Fabia S2000, com o objectivo de comemorar os vinte anos de carreira. Acompanhado pelo experiente navegador Mário Castro, o piloto da ilha Terceira não começou da melhor maneira, já que um ligeiro despiste quase que o colocava fora de prova. Todavia, manteve a segunda posição de princípio ao fim do rali. O último lugar do pódio pertenceu a Hugo Mesquita que fez equipa com Filipe Gouveia num Mitsubishi Lancer Evo IX. Com um andamento regular, conservou até ao final o terceiro posto conquistado desde o início. Um dos principais pólos de interesse era a luta pela vitória entre os veículos de 2 Rodas Motrizes. Carlos Andrade e o navegador Tomás Pires tiveram uma saída de estrada, com o Renault

Clio Sport R3, na primeira classificativa, o que obrigou a perderem muito tempo. Enquanto, Artur Silva navegado por João Paulo Simões abandonava logo a seguir, por problemas mecânicos no seu Renault Clio Sport R3. Desta forma, Rafael Botelho, tendo ao seu lado Nuno Rodrigues da Silva, no habitual Citroen Saxo Cup, assumiu o quarto lugar, logo no primeiro troço e ambos preservaram a posição até à conclusão do rali. Contudo, tiveram que estar atentos à pressão constante da dupla micaelense constituída por João Faria e Carlos Medeiros, num Peugeot 206 RC. O triunfo na categoria dos Veículos Sem Homologação pertenceu à equipa formada por Manuel Pontes e António Lemos num Toyota Celica 4 WD. A segunda prova do campeonato é o Rali Ilha Azul, no Faial.


TRAAA 2016 VITÓRIA DE TIAGO AZEVEDO

O Terceira Automóvel Clube, a Secção de Automobilismo e Karting do Clube Asas do Atlântico, o Pico Automóvel Clube e a Associação Graciosense de Promoção de Eventos são os organizadores do Troféu de Ralis de Asfalto Além Mar Açores 2016. O calendário tem previsto oito provas divididas pelas ilhas de Santa Maria, Terceira, Graciosa e Pico. As classificativas da manhã de sábado do Rali Sical foram as escolhidas para a primeira prova do troféu. A vitória coube a Tiago Azevedo que venceu todos os troços, sendo secundado por Carlos Andrade. Enquanto, a dupla Nuno Cintra e Miguel Soares num Renault Clio Sport fecharam o pódio. CLASSIFICAÇÃO: 1º Tiago Azevedo/Mário Castro (Skoda Fabia S2000), 15m40,3s; 2º Carlos Andrade/Tomás Pires (Renault Clio Sport R3), a 1m11,3s; 3º Nuno Cintra/Miguel Soares (Renault Clio Sport), a 2m03,0s; 4º Ricardo M. Moura/Márcio Martins (Peugeot 106 S16), a 2m06,3s; 5º Paulo Renato Silva/João Pacheco (Renault Clio 1.8 16V), a 2m14,5s;…Terminaram 18 equipas.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALI SICAL

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/António Costa (Ford Fiesta R5), 49m33,4s; 2º Tiago Azevedo/Mário Castro (Skoda Fabia S2000), a 4m27,7s; 3º Hugo Mesquita/ Filipe Gouveia (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 6m44,0s; 4º Rafael Botelho/Nuno Rodrigues da Silva (Citroen Saxo Cup), a 8m40,0s; 5º João Faria/Carlos Medeiros (Peugeot 206 RC), a 9m01,5s; 6º Nuno Cintra/Miguel Soares (Renault Clio Sport), a 11m21,2s; 7º Manuel Pontes/António Lemos (Toyota Celica 4WD), a 12m38,9s; 8º João Correia/ Maria Correia (Peugeot 106 XSi), a 12m40,8s; 9º Paulo Rocha/José Alves (Citroen AX GTi 1.6), a 13m05,2s; 10º António Ortins/José Borba (Toyota Yaris), a 15m57,9s; 11º Carlos Andrade/Tomás Pires (Renault Clio Sport R3), a 17m11,3s; 12º Fábio Contente/Fábia Toledo (Renault 5 TL 1.4), a 18m23,5s; 13º Emanuel Garcia/Nelson Dinis (Toyota Corolla T Sport), a 18m40,3s; 14º Fábio R. Silva/ Catarina Barroso (Renault Clio 1.2), a 19m23,1s; 15º Augusto Ferreira/Marlene Ferreira (Renault Megane 1.4), a 20m16,6s; 16º Décio Gonçalves/Jaime Veredas (Citroen AX 1.3), a 21m11,2s; 17º Luís Lopes/Sandra Lobão (Toyota Starlet), a 21m55,7s; 18º Marco Medeiros/José Pimentel (Citroen Saxo Cup), a 23m39,7s; 19º Fábio A. Silva/Marcelo Inácio (Ford Sierra 1.6), a 25m22,4s.

Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 21/22 Outubro

Rali Ilha Lilás 23/24 Setembro

Rali Santa Maria 12/13 Agosto

Ricardo Moura

25+4

29

Tiago Azevedo

20

20

Hugo Mesquita

17

17

Rafael Botelho

14

14

Rali Ilha Azul 06/07 Maio

Rali Sical 01/02 Abril

1º 2º

Posição

Concorrente

Azores Airlines Rallye 02/04 Junho Rali Lotus 15/16 Julho

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO

João Faria

12

12

João Correia

10

10

8

8

7º Marco Medeiros

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consultório jurídico

Carlos Melo Bento advogado

Em que condições pode um réu escusar o direito a ser defendido por um advogado, assumindo-se ele próprio como seu defensor? Em processo-crime o réu hoje chama-se arguido! E em certas fases do processo a lei obriga o arguido a ser assistido por defensor/advogado. Mas essa mesma lei nada diz para o caso do arguido não querer advogado. Juízes há que entendem que ele não tem de querer ou deixar de querer; se não traz advogado, o tribunal nomeia um oficioso. A questão é discutível perante o estado atual da legislação portuguesa. Em certos estados americanos, o arguido (defendant) pode recusar advogado e defender-se a si próprio. Mas também há um ditado americano que diz que se alguém é advogado de si mesmo, tem um burro por cliente. Nos processos cíveis (divórcios, partilhas, propriedades, despejos, etc.) a lei impõe a obrigatoriedade de advogado e sem ele não pode ir a tribunal. Nesses casos não há dúvida, as partes (autor e réu) não podem litigar sem advogado e, se o fizerem, perdem a ação.

O empréstimo monetário entre particulares foi uma prática comum no passado. Sem um compromisso escrito entre as partes, o não pagamento total ou parcial do empréstimo pode considerar-se perdido caso a outra parte decida não pagar? Num caso desta natureza qual é a melhor forma ou em que formato deve ser acordado o empréstimo? A partir de certo montante o empréstimo de dinheiro (que se chama contrato de mútuo) deve ser feito por acordo escrito e acima doutro por escritura pública, para poder ser considerado válido, designadamente na questão dos juros. É também importante para as partes provarem com facilidade as condições do empréstimo (prazo, juros, forma de pagamento em prestações ou não, etc.). Os empréstimos verbais são válidos na mesma desde que se possam provar com segurança, com testemunhas, cartas, etc. Mas se não forem válidos por não terem a forma escrita prevista na lei, o credor não perde o seu dinheiro porque há uma maneira de se conseguir o dinheiro de volta, que é o instituto do enriquecimento sem causa. A lei nesses casos diz que não há empréstimo mas o devedor não tem causa justa para enriquecer à custa do credor e então é este condenado a devolver o que não lhe pertence. Os juros porém é que provavelmente vão à vida… Depende do critério do juiz…

PróximaS Edições

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida?

Envie-nos por email: redacaodacriativa@gmail.com

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saú d e FAZER DO SOL Saúde

UM AMIGO DAS CRIANÇAS Tendo em conta que os efeitos da radiação (UV) são acumulativos, devemos o mais cedo possível diminuir a exposição dos olhos aos raios solares. As crianças e jovens que possuam correção ótica, óculos, devem usar lentes oftálmicas com filtro de ultravioletas (UV). Este filtro é adicionado às lentes sem que estas tenham necessariamente cor. Os olhos das crianças são os que mais necessitam de uma correta proteção solar, devido às suas caraterísticas visuais e ao incompleto desenvolvimento das defesas naturais.

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO - www.institutoptico.pt

Siga as recomendações do seu especialista de visão!

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Os pais devem estar atentos às possíveis dificuldades manifestadas pelas crianças, em abrir os olhos quando expostas à luz solar, em especial nas crianças com pele ou olhos claros. Pode indiciar maior sensibilidade à luz solar, logo a necessidade de usar óculos de sol com filtro de proteção (UV). Os pais devem aconselhar-se com o Pediatra no que se refere aos cuidados a ter, aquando do uso de alguns medicamentos, que podem diminuir as defesas naturais principalmente no verão, devido às suas caraterísticas foto sensibilizadoras.


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sAÚDE

Discalculia

Psicomotricista – Diana Borges

A Discalculia é uma perturbação de carácter evolutivo ou desenvolvimental, onde as competências de matemática se encontram significativamente comprometidas apesar de um adequado funcionamento intelectual, estabilidade emocional e práticas pedagógicas consistentes. Embora, nem sempre seja fácil identificar os alunos com discalculia, atendendo à vasta heterogeneidade de características que os mesmos apresentam, existem vários sinais de alerta que não deverão passar desperce-

bidos aos pais e educadores, nomeadamente, dificuldades em: - Identificar números, contar e efetuar cálculos; - Estabelecer correspondência recíproca (contar objetos e associar um numeral a cada um); - Compreender quantidades e direções (maior/menor, cima/ baixo…); - Memorizar e sequencializar; - Compreender a linguagem matemática e dos símbolos (+,-,÷ e x); - Noção de tempo (meses, dias da semana…); - Processamento visual (conceitos visuo-espaciais); Face às dificuldades que apresentam, estas crianças necessitam da implementação de um programa educativo individualizado, que tenha em conta os seus ritmos de aprendizagem, as suas capacidades e necessidades. A intervenção deverá ser feita por uma equipa multidisciplinar, da qual deverá fazer parte um Psicomotricista. Este irá intervir para melhorar um conjunto de áreas que se encontram fragilizadas:

- Lateralidade (reconhecimento da direita e esquerda no próprio, no outro, e em relação aos objetos); - Noção Corporal (noção das diferentes partes do corpo…); - Organização Espacial-Temporal (distinção de formas, tamanhos, direções, sequências…); - Coordenação Visuo-motora; - Entre outros. Para além da Discalculia, o psicomotricista intervém nas demais Dificuldades de Aprendizagem Específicas (Dislexia, Disortografia e Disgrafia). Para mais informações sobre a Psicomotricidade, contate o Centro Astutos e esclareça todas as suas dúvidas.

desporto

XV Gala do Desporto Açoriano

Na categoria de “Personalidades”, foram distinguidos Gerardo Louro da Rosa e João Paulo Teixeira Rocha, que assinalam 20 anos como dirigentes da secção automóvel do Terceira Automóvel Clube, e João da Silva Guiod de Castro, que cumpre 20 anos como treinador de karaté em vários clubes. Na categoria de “Resultados e Classificações Nacionais e Participações Internacionais – Desportos Individuais”, será galardoada Sara Isabel Santos Martins, atleta do Centro Hípico da Ilha terceira. Na mesma categoria, mas em desporto adaptado, será premiado Luís Miguel Pimentel, atleta da Associação Cristã da Mocidade. Nos desportos coletivos, a Associação de Jovens da Fonte do Bastardo foi distinguida

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pelo segundo lugar no Campeonato Nacional da I Divisão de Voleibol e pela participação na CEV, Volleyball Challenge Cup – Men, no escalão de seniores masculinos, assim como o Clube Ar Livre da Terceira e o Clube de Golfe da Ilha Terceira. Foi ainda galardoado o Grupo Desportivo do Centro Social do Juncal. Na categoria de “Seleções Nacionais”, em termos individuais, foram galardoados os atletas da Academia Desportiva dos Açores, na modalidade de Kickboxing, Frederico Ornelas Ferreira, que representou a seleção nacional na disciplina de ‘light contact’, no Campeonato do Mundo de Dublin, na categoria de menos 74 kg, no escalão de seniores masculinos, e Sérgio Sousa da Silva, que integrou a seleção nacional, na

disciplina de ‘point fighting’, no Campeonato da Europa de San Sebastain, na categoria de menos 45 kg, no escalão de iniciados masculinos. Também nesta categoria, mas na modalidade de Ténis de Mesa, foram distinguidas as atletas do Grupo Desportivo do Centro Social do Juncal Ana Rita Costa e Vitória Ramalho Soares, Patrícia Aguiar Maciel e Raquel Vieira Andrade. Por sua vez, na categoria de “Seleções Nacionais”, em desporto adaptado, foram galardoados os atletas da Associação Cristã da Mocidade Ana Margarida Filipe, Carlos Manuel Cota Lima e Maria Inês Cota Sousa, em juniores femininos, que representaram a seleção nacional de Atletismo no Campeonato da Europa de Pista Coberta.


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De “Santa Clara” a Clube Desportivo Santa Clara

Antecipando a década do centenário.

1921 (Quando o pretendido Ginásio Club

Michaelense deu lugar ao Instituto de Educação Física) João Pacheco de Melo Em Portugal, a grande referência futebolística do ano de 1921, para além deste ter sido aquele em que se iniciou a disputa do primeiro Campeonato de Futebol (até 1938 uma prova por eliminatórias, como é actualmente a Taça de Portugal) foi ser também o ano da estreia da Selecção (um Espanha 3 Portugal 1). Aqui nos Açores, 1921, não foi de somenos importância, sendo este o ano de constituição de duas das quatro futuras entidades fundadoras da Associa1 – Antecipando-se ao Ginásio Club Michaelense, a União Desportiva dos Empregados do Comércio (que em Agosto do ano seguinte, 1922, alterou a sua denominação para Clube União Sportiva) apresentou-se formalmente constituída no primeiro dia do ano 1921; 2 – Algumas (foram muitas mais) das muitas notícias que documentam a transformação do “projecto” Ginásio Clube Micaelense em Instituto de Educação Física;

adiou, por mais de uma vez, o momento fundador daquele clube que, quando finalmente aconteceu, surgiu como Instituto de Educação Física, não Ginásio Club Michaelense, seu primeiro intuito. Já com o Instituto de Educação Física em actividade ficou entregue ao então Alferes Joaquim de Sousa (um dos mais dinâmicos promotores do Ginásio Club Michaelense, que, com a função, supostamente, se converteria ao novo projecto) a coordenação do futebol, com o “distinto sportsman” criando rapidamente três equipas: os “Vermelhos” onde o próprio se integrou entre os componentes, os “Pretos” e os “Brancos”. No próximo número abordaremos o ano de 1922. 3

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3 – Recorte da imprensa da época, em Dezembro de 1921, com a derradeira tentativa de Joaquim de Sousa (na foto, mas em data posterior) e seus camaradas (os Alferes: Nicolau Pereira Raposo, Miguel d’Almeida, Nascimento Dias e Carlos Rodrigues) para manter o projecto Ginásio Club Micalelense que, sedeado em Santa Clara, beneficiava da proximidade do Campo Açores. Foi uma tentativa frustrada já que, cerca de quinze dias depois, todos eles (a Joaquim de Sousa – por pouco tempo como se verá – até foi entregue a coordenação do futebol) integravam o novel Instituto de Educação Física).

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ção de Futebol: o Clube União Sportiva (até meados de 1922 União Sportiva dos Empregados do Comércio) e o Instituto de Educação Física, inicialmente Ginásio Club Michaelense, projecto que ganhando a adesão das elites de Ponta Delgada cedo se propôs a voos mais altos, secundarizando os seus jovens e dinâmicos impulsionadores primordiais. Iniciada em 1920, foi porém após o Verão de 1921 que a campanha para constituição do Ginásio Club Michaelense ganhou grande mediatização. Os jornais da época deram conta de várias reuniões, chegando a estar convocada uma “Reunião Geral de Fundadores” onde seriam tomadas as decisões finais. Porém, a forte discussão pública que entretanto o assunto suscitou,

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Jantar de aniversário da FTM Direitos Reservados Para assinalar os 150 anos da fundação da Fábrica de Tabaco Micaelense, a empresa ofereceu, no Coliseu Micaelense, um jantar comemorativo, que contou com a presença de mais de três centenas de convidados. Inúmeras personalidades açorianas e colaboradores da fábrica estiveram presentes na cerimónia que evocou os 150 anos da FTM. A noite foi abrilhantada com algumas performances.

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diversão na Semana Académica Miguel Machado O tradicional Baile de Gala e a cerimónia de bênção das pastas foram dois dos momentos mais marcantes dos estudantes universitários que terminaram o seu ciclo de estudos. A animação destes dias de festa esteve a cargo de diferentes grupos e dj’s, entre estes a B@nda. com, “Master Jake”, “Putzgrilla”, “Dutra & Tójó”, “Iran Costa”, entre muitos outros.

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What’s New for Summer Pedro Borges / Silvergrey, lda. Provas de vinhos, festival do gin, festa da cerveja, showcookings, barracas gourmet, cocktails, artigos de verão e música conjugaram-se na 2ª edição do What’s New for Summer.

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Concerto assinala 25 de Abril na Lagoa CML O feriado de 25 de Abril foi assinalado, na Lagoa, com um concerto do Grupo de Cantares Tradicionais de Santa Cruz, que decorreu no SalĂŁo Nobre do Convento dos Franciscanos.

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cabelo em foco

BRONDE HAIR

A NOVA TÉCNICA PARA O VERÃO 2016 A cada nova temporada de calor, uma nova técnica é usada no clarear dos cabelos. Neste verão, a novidade técnica de coloração - Bronde hair – está a ser uma tendência e como tal vem sendo já muito popular nos salões de cabeleireiro. O Bronde Hair carateriza-se por ser uma nuance de coloração e o seu termo tem origem na junção das palavras em inglês “brown” (marrom) e “blonde” (loiro). Quem tem cabelos castanhos deve apostar nessa técnica pois o procedimento age como uma iluminação mais discreta. Por isso, é indicado para quem tem receio de ficar loira. Apesar do Bronde Hair ser uma tendência para quem tem os cabelos escuros, quem tem cabelos loiros também pode aderir. É muito indicada para mulheres de pele morena, porque traz luminosidade aos tons escuros. Com o marrom na sua base e as pontas mais claras, a nova tonalidade garante um visual renovado, e é uma forma de mudar subtilmente. É importante lembrar: como qualquer técnica de coloração, o profissional deve ter cuidado em avaliar a porosidade e a elasticidade dos fios. Antes de qualquer trabalho técnico, todo o cabelo deve ser preparado com uma hidratação ou reconstrução. A técnica depende de uma avaliação baseada no visagismo. O profissional deve avaliar o estilo da cliente antes de oferecer qualquer tendência, porque mais importante do que estar na moda é valorizar os traços e a beleza de cada um.

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CONCERTO SOLIDÁRIO Fernando Resendes / TM O Concerto Solidário, que teve lugar na noite de 20 de abril, foi uma celebração à ilha de São Miguel, à realidade insular, à cultura e à solidariedade. O Concerto, que se realizou com o apoio do Teatro Micaelense, sob a direção artística de Zeca Medeiros, teve a participação dos músicos Williams Nascimento, Paulo Vicente, Mário Fernandes, Vânia Dilac, Catarina Alves, Gil Alves, Paulo Rosa Martins, Marta Rocha Pereira, Helena Oliveira, Pilar Silvestre e dos grupos musicais “Música Nostra” e “Magma Gospel” e, ainda, na dança, a coreografia de Maria João Gouveia. Os poetas Pedro da Silveira, Natália Correia e Artur Goulart foram igualmente homenageados, nas vozes de Laura Lobão, Alice Ruiz e David Medeiros.

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Ana Bola apresenta monólogo “Sem Filtros” Miguel Machado/Coliseu Micaelense A conhecida atriz Ana Bola esteve em Ponta Delgada para um espetáculo único, de nome “Sem Filtros”. Escrito e interpretado por Ana Bola, “Sem Filtros” é um monólogo divertido que retrata a situação que muitos atores enfrentam atualmente. Encenada por António Pires, a peça contou com as vozes off de Alexandra Rosa, Júlio Isidro e de Manuel Marques.

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Aniversário da freguesia de Nª. Sra. do Rosário CM LAGOA As comemorações do 423º aniversário da freguesia de Nª. Sra. do Rosário foram assinaladas na Lagoa com um momento evocativo da data e um concerto, no qual marcou presença a Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto Decq Mota.

apresentação “realmente (somos açorianos)” Carlos Costa Foi apresentado no Coliseu Micaelense, na presença de muitos convidados, um novo programa de televisão que tem assinatura de João Figueiredo. O programa semanal terá evidência nos EUA, e pretende ser um elo de ligação entre os Açores e a Diáspora.

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Fotografia de Carl Uytterhaegen

Centro Municipal de Cultura

“FésTividades 15”

Centro Municipal de Cultura

Exposição Comemorações do Dia da Marinha Pavilhão do Mar

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Marcha do Coração Alameda do Mar

Exposição Campo de São Francisco – a memória do lugar Biblioteca Municipal Ernesto do Canto

Exposição “Imagens de Vestir, Um Reflexo da Devoção Franciscana em S.Miguel, nos Séc. XVII a XIX MUSEU VIVO DO FRANCISCANISMO

Banda Harmonia Mosteirense e Convidados Coliseu Micaelense

IV Gala do Clube de Atividades Físicas dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada Coliseu Micaelense

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

AGENDA DA AGEN


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passatempos

rir

sopa de letras

Vai um homem à caça com a sua sogra. Já na mata, e de repente, um urso sai de um arbusto e ataca violentamente a respectiva sogra. Esta gritava desesperadamente: - Dispara!... Dispara!... - Não tenho rolo! - gritou o genro... ............................................................................................. Estava um garoto todo esticado a tentar chegar a uma campainha. Passa um polícia e pergunta se queria ajuda. - Sim Sr. Guarda, será que dava para o Senhor tocar à campainha por mim? O polícia assim fez. E berra o garoto: - Agora fuja que eles costumam atirar água!! .............................................................................................

cabeça músculos membros coração

pulmões pele fígado

soluções

sudoku

rins estômago dentes veias

Um homem vai à farmácia para comprar uma botija de água quente. O farmacêutico responde: - Desculpe, mas com este frio vendi todas. Mas se tem um gatinho também serve, ponha-o na cama que resulta. No outro dia aparece o homem todo arranhado, a pedir que o farmacêutico lhe dê mercúrio para as feridas. - Mas que lhe aconteceu? - pergunta o farmacêutico. - Meti o gato na cama como me disse. Abrir a boca ainda consegui, mas quando foi para o encher de água quente é que foram elas.

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Parque de Exposições de São Miguel 15 Maio 2016 / 20h30 Venha passar uma noite diferente recheada de magia, arte e encanto equestre! Traje informal Bilhetes à venda: Associação Equestre Micaelense, Restaurante da Associação Agrícola, Nut Ponta Delgada (R. dos Mercadores, 52), Clínica Veterinária de Santana (PDL e RGD) e Moniz de Sá, Lda. (S. Gonçalo)

Para mais informações: geral@aemicaelense.pt Telem. 916594513

Apoios:

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CINEMA

em maio

estreia 19mai

estreia 26mai

X-Men: Apocalypse

Alice do Outro Lado do Espelho

Desde o início da civilização, ele é adorado como um deus. Apocalypse (Oscar Isaac), o primeiro e mais poderoso mutante do universo, acumulou os poderes de muitos outros mutantes, tornando-se imortal e invencível. Ao acordar depois de milhares de anos, ele está desiludido com o mundo em que se encontra e recruta uma equipe de mutantes poderosos. Como o destino da Terra está por um fio, Mística (Jennifer Lawrence), com a ajuda do Professor X (James McAvoy), deverá levar uma equipe de jovens X-Men para conter o seu maior inimigo e salvar a humanidade da completa destruição.

Alice Kingsleigh passou os últimos anos seguindo os passos de seu pai e navegando os oceanos. No seu retorno a Londres, ela se depara com um espelho mágico e retorna ao fantástico mundo Subterrâneo e seus amigos o Coelho Branco, a lagarta Absolem, O Gato Risonho e o Chapeleiro Maluco que não é ele mesmo. O Chapeleiro perdeu sua “insanidade”, então Mirana – a Rainha Banca – envia Alice em uma jornada em busca da Cronosfera, um globo metálico que fica dentro da câmara do Grande Relógio que controla todo o tempo. Retornando ao passado, ela reencontra amigos - e inimigos em momentos diferentes de suas vidas, e embarca em uma perigosa corrida para salvar o Chapeleiro antes que o tempo se acabe.

Outras EStreias

estreia 05MAI 62 • c ria ti va magazine

estreia 05MAI

estreia 02JUN

Tartarugas Ninja Heróis Mutantes: O Romper das Sombras As Tartarugas entram em conflito com o Dr. Baxter Stockman, o Foot Clan e o regresso do seu arqui-inimigo, o Shredder, que contratou Stockman para criar mutantes na forma de Bebop e Rocksteady. Entretanto, ocorre uma invasão a Nova Iorque, liderada por um habitante da Dimensão X conhecido como Krang. As Tartarugas têm a ajuda dos seus amigos humanos: April O’Neil, Vern Fenwick e o vigilante Casey Jones.

estreia 12MAI

estreia 02JUN


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aconteceu aconteceu

Dia Mundial do Livro na Biblioteca Municipal Ernesto do Canto O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor foi assinalado pela biblioteca com várias atividades culturais para comemorar a efeméride. Entre as atividades constou a oferta de um livro aos três leitores com o maior movimento de empréstimo domiciliário em 2015.

Leonor Mexia apresenta “Colar de Contos” A Câmara da Ribeira Grande, através da biblioteca municipal Daniel de Sá, recebeu a escritora de livros infantis, Leonor Mexia, para a apresentação da obra “Colar de Contos”, referenciada pelo Plano Nacional de Leitura. A atividade foi desenvolvida em parceira com o grupo Porto Editora e visou motivar e sensibilizar as crianças para o livro e para a leitura.

Summer Camp 2016 Esteve a decorrer mais um Summer Camp que contou com a sexta edição do concurso IdeiAçores, um concurso no qual participaram este ano 33 escolas do arquipélago, num total de 93 participantes.

Orçamento Participativo Jovem da Lagoa A Escola Secundária de Lagoa acolheu a primeira de várias sessões informativas que irão percorrer diversos pontos do concelho de Lagoa no âmbito do Orçamento Participativo Jovem 2016. Este orçamento comporta vários objetivos, pretendendo incentivar o diálogo, contribuir para a educação cívica, adequar as políticas públicas municipais e comunicar com transparência as atividades da autarquia.

Livro Sonetos Completos de Antero de Quental A Câmara Municipal de Ponta Delgada, em parceria com a Livraria Solmar Artes&Letras, apoiou o lançamento do livro “Sonetos Completos de Antero de Quental”, de Ana Maria Almeida Martins. A obra foi lançada a 18 de abril, dia em que se assinala o nascimento de Antero de Quental.

Alunos dos EUA na Povoação 15 alunos da International Charter School, dos Estados Unidos da América, alguns pais e professores foram recebidos na Câmara Municipal da Povoação, uma visita integrada numa deslocação de estudo à ilha de São Miguel.

ENTA SAT2 venceu a competição nacional do CanSat A equipa ENTA SAT2, da Escola de Novas Tecnologias dos Açores, de Ponta Delgada, venceu a competição nacional do CanSat realizada em Torres Vedras, e vai representar Portugal na final europeia. O CanSat Portugal é um projeto educativo da Agencia Espacial Europeia (ESA), organizado em Portugal pelo Centro AeroEspaço do Aeroclube de Torres Vedras, em cooperação com a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, que pretende proporcionar aos estudantes portugueses a primeira experiência em projetos de tecnologia aeroespacial e cujo objetivo é a construção de um modelo funcional de um microssatélite.

Rede de minibus de Ponta Delgada com alterações São várias as alterações introduzidas na rede de minibus que circulam em Ponta Delgada. As mudanças vão permitir não só melhorar o modelo em curso, como também encurtar os tempos de percurso.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva marca novos desenvolvimentos e os relacionamentos mais profundos ajudam a entender o significado do passado. A nível profissional um novo ciclo começa, permitindo encontrar aquilo de que necessita para o seu progresso e vocação pessoal.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva sensível, lunática e romântica deve ser compatibilizada com uma postura realista e inteligente na forma de agir. A nível profissional quaisquer dificuldades são ultrapassadas com persistência e demonstrando as capacidades naturais.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva evolui positivamente, proporcionando um período mais prático e a auto expressão pessoal será uma prioridade. A nível profissional todas as questões de trabalho terão de ser tratadas com muita atenção, dedicação e competência.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva confere instabilidade, pelo que a melhor forma de evitar atritos é manter a calma e saber ouvir as outras pessoas. A nível profissional programe com muita atenção todas as atividades e exija esclarecimentos de todas as situações duvidosas.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva progride tranquilamente e as ligações em curso podem consolidar-se, impulsionando relações harmoniosas. A nível profissional esta fase é de muitos afazeres, portanto, evite a dispersão e planeie as atividades com muito rigor.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva intensa é sustentada pela paixão e, com criatividade, atravessará um período extraordinariamente jovial. A nível profissional alguém pode pôr em causa as suas opiniões, mas, nunca baixe os braços e persista nas suas ideias.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva apresenta mudanças mais rápidas do que estava inicialmente à espera, contudo, não trave emoções e avance. A nível profissional poderão surgir contactos, informações ou respostas que lhe trarão novas perspetivas para a sua carreira.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva indica que precisa ser mais flexível e hábil no tratamento das questões amorosas, de forma a melhorar as relações. A nível profissional esta fase é de grande dinamismo e, trabalhando afincadamente, poderão surgir boas oportunidades.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva aponta novos caminhos e alguns problemas serão erradicados, abrindo novas perspetivas positivas. A nível profissional a conjuntura proporciona-lhe um maior bem-estar material e, absolutamente, entra numa fase mais próspera.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva reflete luz e energia positiva, elementos essenciais para entender o verdadeiro “espirito” dos relacionamentos. A nível profissional terá elogios e incentivos para continuar a trabalhar, em prol dum projeto coletivo ou ajuda humanitária.

A vida afetiva assinala divergências familiares, mas os amigos orientam e ajudam a superar acontecimentos desagradáveis. A nível profissional tem de lutar arduamente para afirmar os seus projetos, expandindo a criatividade e sabendo atender os outros.

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A vida afetiva permite dar continuidade a compromissos assumidos e alguns acontecimentos potenciarão melhorias nas associações. A nível profissional é crucial quebrar a rigidez, para humildemente estar disponível a aceitar novos valores e conceitos diferentes.


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