CRIATIVA MAGAZINE - EDIÇÃO DE MAIO DE 2019

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entrevista a Ilda Baptista - Inspeção Regional do Trabalho “Há empregadores com uma noção enviesada do que é ‘vestir a camisola’ pela empresa” reportagem com escritora flávia medeiros Projeto “Sensibilizar” dedicado a crianças com Necessidades Educativas Especiais

Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano IV Nº 55 MAIO 2019

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dos milagres Irmandade existe para servir o Ecce Homo

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entrevista a Ilda Baptista (Inspeção Regional do Trabalho/Açores) “Há empregadores com uma noção enviesada do que é ‘vestir a camisola’ pela empresa”

XXVIII Gala Regional dos Pequenos Cantores “Caravela D’Ouro” apresentaÇÃo do livro “3 por 7: três temas, sete pensamentos” 473.º aniversário da Cidade de ponta delgada Grupo “Magma Gospel” em concerto na Lagoa RECRIAÇÃO TEATRAL DE “A ÚLTIMA CEIA” E “A PAI XÃO DE CRISTO ”

REPORTAGEM Projeto “Sensibilizar” dedicado a crianças com Necessidades Educativas Especiais

Festival Tremor The CODE apresentam “1 Minuto” Novo espaço da Rui Car Automóveis nos Valados

Rubricas criativo 28 Olhar TEMA “ruínas”

reportagem Fototec Mais do que uma loja de fotografia

de saúde 30 Consultório com: João Bicudo Melo

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OLHAR SOBRE A BICICLETA no sÉC. XXi com: Francisco Carreiro

ótica 32 Saúde com: INSTITUTOPTICO djurídico 34 Consultório com: Carlos Melo Bento Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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Nº Registo: 126655

desporto motorizado CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS DE 2019 o Bis Faialense de Bernardo sousa

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Grande reportagem

EVENTOS

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REPORTAGEM Tapete de flores de 15 metros é o destaque da Festa da Flor

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Francisco Carreiro, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Eduardo Saul Silva e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande reportagem

Honra e privilégio em servir o Senhor Santo Cristo dos Milagres Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa, Direitos Reservados e Vitor Melo

Aos 18 anos de idade fez-se Irmão da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Vários anos passados, Carlos Alberto da Costa Faria e Maia é agora o Provedor da Irmandade, uma instituição que se dedica à organização das festas em honra do Ecce Homo e que tem como grande missão a solidariedade social, através do apoio à família. 4 • c ria ti va magazine


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preservação da pedra da fachada do Santuário é uma das grandes preocupações da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres para os próximos tempos. O património já começou a ser salvaguardado com uma nova forma de decoração que embeleza o espaço exterior, um trabalho que está a cargo da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres, e que começou a ser executado no ano passado, embora se vá desenrolar por várias fases, considerando que se trata de uma obra financeiramente avultada. O Provedor da Irmandade, Carlos Alberto da Costa Faria e Maia revela que este importante investimento não pode deixar de ser feito, e que tem de acontecer o quanto antes, sob pena de deteriorar grandemente toda a pedra da igreja que encerra uma história incrível. “Não nos compete estar a pedir, mas sim levar a cabo os desígnios do papel da Irmandade. Trata-se de uma situação que não pode esperar mais, já deveria ter começado mais cedo, mas agora que começamos a intervenção temos de levá-la a efeito. É património que é de todos, portanto, quem quiser apoiar-nos nós aceitamos com bom grado, apesar de sabermos que a vida está difícil para todos - empresas e particulares - e nós vemos isso por via dos apoios que nos vão chegando e que de ano para ano são menores.” Infalível e imprescindível é o apoio do município de Ponta Delgada, que para as festas de 2019 atribui uma comparticipação financeira no valor de 45 mil euros com vista à aquisição de equipamentos para as festividades, um apoio que o Provedor Faria e Maia enaltece e diz ser grandemente necessário. Do lado da autarquia, o presidente José Manuel Bolieiro destaca “a perenidade daquele que se apresenta como o maior e mais importante acontecimento sócio religioso da cidade de Ponta Delgada e da própria Região Autónoma dos Açores e o segundo maior acontecimento religioso do país, com significativo envolvimento das comunidade emigradas, cumprindo, assim, uma tradição local que conta já com mais de três séculos de existência ininterrupta”, recordando que há mais de 100 anos a segunda-feira das festividades são a data do feriado municipal.

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60 anos do Santuário do Santo Cristo dos Milagres As festas deste ano ficam também marcadas pelos 60 anos da elevação da Igreja de Nossa Senhora da Esperança a Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo dos Milagres e pela renovação extensa e complexa da azulejaria e da pintura de madeira do Coro Baixo do Santuário da Esperança.

Este ano, as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres contam com outra novidade, serão as primeiras festas após a renovação do Santuário, designadamente a recuperação da azulejaria do Coro Baixo, cuja intervenção foi apoiada também pela Câmara Municipal de Ponta Delgada. A intervenção, que inclui a recuperação e regeneração da azulejaria datada do séc. XVIII de António de Oliveira Bernardes e da pintura de madeira do Coro Baixo do Santuário da Esperança. O edifício foi construído em 1545 e classificado como imóvel de interesse público em 1953. É aqui que está depositado todo o Tesouro do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Estes painéis de azulejos formam doze quadros emoldurados por faixas enramadas e figuras antropomórficas, que retratam passagens da vida de Cristo. Na parte norte, a Anunciação, Visita de Santa Isabel, Nascimento, Adoração dos Magos (este está incompleto), e Purificação – na parede sul, Cristo orando, Beijo de Judas, Flagelação, Cristo levando a Cruz e Crucificação. Este ano é também o ano em que se assinalam 60 anos da elevação da Igreja a Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo do Milagres. O calendário marcava a data de 22 de abril de 1959, quando por Decreto Episcopal de D. Manuel Afonso de Carvalho, Bispo de Angra, assim se decretou, considerando-se então que este local, tal como ainda hoje, era ponto de convergência para os católicos açorianos, na busca de uma graça ou no cumprimento de uma promessa. A missão da Irmandade, composta por pouco mais de 300 irmãos, é sobretudo apoiar os mais necessitados. Uma face menos visível do trabalho. Mensalmente há 40 famílias a receber cabazes desta Irmandade. São famílias da Ouvidoria de Ponta Delgada, devidamente sinalizadas pelas paróquias. Além destas em 2018 foi possível chegar a 400 outras casas,

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fruto de duas campanhas de recolha alimentar que decorreram em duas épocas do ano e que este ano e, porventura nos próximos, se concentrará numa só ação a ter lugar no mês das festividades. De há uns anos para cá que o apoio também chega através da entrega de cerca de 350 a 400 pensões de carne, entregues na sexta-feira em que começam as tradicionais festas. Por isso todo e qualquer apoio externo para a causa da Irmandade é recebido de braços abertos pelo Provedor. omem de poucas palavras, Carlos Faria e Maia diz que não faz parte da Irmandade recolher apoios para os amontoar. “Estamos aqui não para amontoar mas sim para distribuir. Acho que não me cabe estar a pedir, nós vemos de ano para ano os donativos a diminuir. Quem desejar juntar-se e apoiar-nos com pouco nós só temos a agradecer.” A maior receita da Irmandade provém do pagamento de rendas de um prédio doado há anos por uma descendente açoriana, que, não tendo familiares, entregou este bem à responsabilidade da Irmandade. É com os valores anuais recebidos destas rendas que se gerem as difíceis contas de uma associação de fiéis, que está ao serviço do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Apesar do grande número de irmãos, o Provedor Carlos Faria e Maia lamenta a pouca disponibilidade de tempo que é dedicada a determinadas causas da Irmandade, como seja o caso dos peditórios, deixando por isso a nota de que é pelo Senhor Santo Cristo dos Milagres bem como na ajuda ao outro que cabe a missão de todos os Irmãos da Irmandade. “Digo com toda a sinceridade que recorremos aos Irmãos do Andor, das Forcas e das Lanternas para que façam os peditórios que já referi, mas é com imensa dificuldade que conseguimos encontrar disponibilidade. Ser Irmão do Senhor Santo Cristo dos Milagres não é só levar o Andor. Acho que é um grande privilégio acompanhar


o Senhor, mas acho que é preciso que se perceba que isto não é algo só para outros verem. Peço um pouco da disponibilidade de tempo entre todos para a ajuda aos outros. É de uma importância tremenda.” O Provedor deixa ainda a mensagem à sociedade civil de que a adesão à Irmandade é totalmente aberta, não carece de qualquer condição prévia, com isso diz que não é válido pensar-se que só alguns podem fazer parte deste grupo de Irmãos. O agora Provedor Carlos Faria e Maia é um homem de fé. Há mais de 40 anos que decidiu fazer-se Irmão, tinha apenas 18 anos.

“Entrei para a Irmandade com os meus 18 anos de idade. Fi-lo por uma questão de Fé e de Devoção. Há cerca de 18 anos atrás fui chamado pelo saudoso engº Costa Santos para Tesoureiro e eu aceitei. Daí passei a vice-Provedor e quando o engº Costa Santos decidiu que era hora de se reformar, eu assumi o lugar de Provedor da Mesa da Irmandade. Cá estou eu a fazer a minha tarefa da melhor maneira possível.” Há precisamente um ano atrás, a Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres foi agraciada com a Medalha de Ouro do Município de Ponta Delgada, a máxima distinção honorífica atribuída pela autarquia.

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REPORTAGEM

Tapete de flores de 15 metros é o destaque da Festa da Flor Um tapete de flores de 15 metros será o motivo de notoriedade e curiosidade da Festa da Flor da cidade da Ribeira Grande entre os dias 17 e 19 de maio. A celebração inclui o desfile alegórico já habitual que envolverá 1.000 figurantes. Natacha Alexandra Pastor

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figurino de 2019 da Festa da Flor, na Ribeira Grande, vai merecer o mesmo relevo que nas edições anteriores. Durante três dias – sexta-feira, sábado e domingo – com especial realce para o sábado, dia em que se realiza o desfile alegórico e que junta milhares de pessoas na Ribeira Grande, estima-se que sejam muitos os visitantes a deslocar-se à cidade. A câmara municipal da Ribeira Grande, organizadora da festa, aponta como maior novidade o tapete de flores que

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CMRG

“será maior em relação aos anos anteriores. Terá 15x6 metros e pretende ser um elemento central da festa. O tapete de flores é sempre muito procurado por quem visita a Festa da Flor e, sabendo da curiosidade que gera, procuramos elevar as expetativas criando um tapete maior.” Entre todos os aspetos festivos da festividade, onde se inclui tapete e desfile, mas também dezenas de arranjos exteriores e carros alegóricos, a autarquia estima que venham a ser utilizadas cerca de 20 mil flores diversas.


Cerca de mil participantes em representação de todas as freguesias do concelho e sete instituições vão desfilar no cortejo. Em termos turísticos a oportunidade de realizar a festa no fim-de-semana anterior às grandes festas do Senhor Santo Cristo surge como uma oportunidade de cativar mais púbico e até as agências de viagens já estão a valorizar este evento. “Este evento é muito bem aceite pela população local e residentes na ilha, bem como por quem nos visita nesta altura do ano. É uma das festas mais procuradas e tem merecido uma crescente atenção por parte das agências de viagem aquando da elaboração dos seus programas anuais. Nota-se que tentam incluir a presença de vários grupos de turistas na Festa da Flor e isso é de reconhecer, pois é uma atenção que valoriza a festa, projeta a Ribeira Grande e cria novas dinâmicas no comércio local. De realçar, a propósito, que esta festa decorre sempre na semana que antecede as festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres de modo a elevar a oferta junto daqueles que nos visitam, em particular os emigrantes que se deslocam da diáspora.”

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entrevista

“Há empregadores com uma noção enviesada do que é ‘vestir a camisola’ pela empresa” Cessação do contrato de trabalho e o cálculo das prestações devidas pelo empregador; dúvidas de horários de trabalho; o direito a férias e a falta de pagamento da remuneração continuam a ser questões que levam centenas de trabalhadores a procurar esclarecimento na Inspeção do Trabalho. Junta-se ainda a falta de cumprimento da lei nas questões relativas à parentalidade. São muitas as dúvidas e denúncias, na maioria anónimas. A provar a importância do papel da inspeção estão os números. Nos primeiros quatro meses deste ano já foram atendidos 6.225 utentes. Natacha Alexandra Pastor

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riativa Magazine - Quais continuam a ser as maiores dúvidas ou questões levantadas pelos trabalhadores? Ilda Baptista (Inspeção Regional do Trabalho/Açores) - Os trabalhadores colocam-nos diariamente, por telefone ou presencialmente, uma diversidade de questões, que abrangem de um modo geral todos os aspetos de uma relação de trabalho. No entanto, existem sim algumas que são recorrentes e que evidenciam as maiores preocupações dos trabalhadores ou as situações que consideram mais injustas. Assim, no topo da tabela temos as dúvidas relacionadas com a cessação do contrato de trabalho e o cálculo das prestações devidas pelo empregador. Os horários de trabalho, o direito a férias e a falta de pagamento da remuneração ou de parte dela são também questões que nos são colocadas todos os dias. Também no Top 5 temos, ainda e infelizmente, as questões relacionadas com a falta de cumprimento por parte dos empregadores dos direitos de parentalidade.

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Direitos Reservados

Muitas das questões têm depois reflexo em queixas ou denúncias? Não, os trabalhadores ainda demonstram algum receio em apresentar formalmente reclamação. Prova disso são as inúmeras denúncias anónimas que diariamente recebemos. Na maior parte das vezes, os utentes recorrem à Inspeção de Trabalho porque têm dúvidas e querem saber o que está correto e o que é e não é legal, não deixando qualquer denúncia ou queixa. O nosso trabalho é também informar, estamos cá para isso mesmo, mas é certo que, detetando-se situações de irregularidade no cumprimento da lei, a Inspeção de Trabalho intervém, seja por sua iniciativa ou por solicitação. Há lugar a maior conhecimento, por outro lado, dos direitos e deveres de ambas as partes? Cada vez mais os trabalhadores e os empregadores têm maior e melhor conhecimento dos seus direitos e deveres. Existe um maior acesso à informação e a Inspeção de Trabalho tem feito um grande esforço para fazer chegar a


informação aos sujeitos das relações de trabalho. Temos um serviço informativo presencial que é prestado diariamente nos serviços inspetivos de Angra do Heroísmo, da Horta e de Ponta Delgada e, todas as sextas-feiras, é prestado um serviço informativo na ilha do Pico. Periodicamente, são também efetuadas deslocações às ilhas de Santa Maria, São Jorge, Graciosa e Flores, com o mesmo objetivo. Também se presta serviço informativo por telefone e por email. Só nos primeiros quatro meses deste ano, já foram atendidos 6225 utentes, prestando-se-lhes as informações pretendidas. Para além disso, têm sido desenvolvidas sessões informativas em colaboração com as Câmaras de Comércio e realizadas formações no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho, como foi o caso do seminário realizado no dia 30 de abril em Ponta Delgada em comemoração do Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho e que abrangeu 120 pessoas. Em que aspetos falham mais as entidades patronais? A Segurança e Saúde no Trabalho continua a ser considerada por muitas entidades empregadoras a última prioridade. As questões relacionadas com a segurança e saúde no trabalho ainda são encaradas meramente como um custo em que as empresas têm que incorrer apenas para dar cumprimento formal às obrigações legalmente previstas – muitas vezes por imposição da Inspeção - e não como um investimento no trabalho digno e sustentável.

A pontualidade no pagamento da remuneração é outro aspeto em que as entidades patronais também ainda falham muito. Com o acréscimo das atividades associadas ao Turismo há novas questões? Não são propriamente novas, mas têm surgido sem dúvida com uma frequência muito maior as questões relacionadas com os tempos de trabalho e o trabalho não declarado ou irregular. O Turismo instalou-se definitivamente na Região e para além dos benefícios que ele trouxe e que são muitos, também surgiram alguns vícios. É cada vez mais comum a prestação de trabalho suplementar que não é remunerado, a construção de horários de trabalho que não respeitam o estipulado no Código do Trabalho ou nos instrumentos de regulamentação coletiva. Alguns empregadores têm mesmo uma noção enviesada do que é “vestir a camisola” pela empresa e por isso mesmo tem-se tornado mais frequente a deteção não só de horários de trabalho que extravasam a legalidade, mas também da falta de pagamento do trabalho suplementar prestado. Para além disso, os picos de trabalho que se verificam na época alta, em algumas empresas, têm vindo a ser geridos com recurso ao trabalho irregular ou não declarado, o que desde logo constitui um grosseiro desrespeito pela condição do trabalhador e pelos direitos que lhes estão consagrados, para além de constituir uma situação de

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concorrência desleal para com as empresas cumpridoras. É comum dizer-se que, em Portugal, a legislação protege muito o empregador e muito menos o trabalhador. Conhecendo bem a legislação atual, concorda com esse pensamento? É comum afirmar-se em alguns meios que a legislação portuguesa protege muito os empregadores, mas também é comum noutros meios dizer-se exatamente o contrário. Na realidade o Código do Trabalho em Portugal constitui uma garantia básica de regulamentação das relações de trabalho. Cabe ao Estado garantir que existe paridade entre os sujeitos da relação, se bem que em determinadas situações o Estado entendeu e bem garantir à parte mais fraca, que por regra é o trabalhador, direitos

mínimos e irrecusáveis em determinadas matérias. É por exemplo o caso das férias, já que o Código do Trabalho, no seu artigo 237.º, determina que “o direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser substituído, ainda que com o acordo do trabalhador, por qualquer compensação, económica ou outra…” – ou seja, mesmo que queira, o trabalhador não pode recusar ter férias. Ainda no que se refere ao caráter protetor ou não da legislação laboral, as organizações representativas dos trabalhadores e dos empregadores têm um papel fundamental e um caminho ainda muito longo a seguir. Na realidade é a negociação coletiva séria que pode elevar o patamar básico de proteção que o Código do Trabalho oferece.

Assédio é um desafio recente Há novos desafios também para a inspeção regional. Ilda Baptista aponta dois exemplos: o trabalho à distância e mais recentemente questões ligadas ao assédio no trabalho.

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Inspeção tem sido chamada a intervir em casos mais delicados e pertinentes? Que matérias envolvem? Sem dúvida que sim! Sempre que há um acidente grave a Inspeção é chamada a intervir e nestas situações todos os casos são delicados e pertinentes. O esforço de pesquisa e de investigação que envolve os inquéritos de acidentes de trabalho torna-os sempre num trabalho de extrema responsabilidade em que nenhum pormenor pode ser menosprezado ou ficar por investigar. Outra matéria que ultimamente tem vindo a estar cada vez mais na ordem do dia é o assédio, contudo, por ser uma matéria que envolve a esfera pessoal e privada das pessoas, o trabalho da Inspeção e a sua forma de intervir torna-se necessariamente diferente, revestindo-se de toda a cautela e sensibilidade inerente às matérias em causa.

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Há novos desafios – também - para a Inspeção? Claro que sim! Desde logo as novas formas de organização do trabalho associadas às novas tecnologias. A prestação de trabalho via internet, por exemplo, assume uma característica de volatilidade tal, que quase impossibilita a ação de uma entidade fiscalizadora. Outro desafio é fazer chegar a Inspeção Regional do Trabalho mais próximo dos trabalhadores e dos empregadores açorianos. Ir ao encontro das suas necessidades, modernizar as ferramentas que permitam um relacionamento mais célere e eficaz. Neste sentido, a IRT disponibilizará brevemente um site onde as entidades podem entrar diretamente em contacto com os seus processos, efetuar online uma série de obrigações ou requerer determinadas autorizações, como por exemplo, a remoção de amianto em condições de segurança.


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reportagem

Projeto “Sensibilizar” dedicado a crianças com Necessidades Educativas Especiais “Orvalho”; “Especialmente”; “O Grãozinho de Arroz”; “Princesa sobre Rodas” e “Pena de Pássaro” são os cinco títulos de uma coleção de livros infanto-juvenis, especialmente criados a pensar em crianças com NEE (Necessidades Educativas Especiais). Natacha Alexandra Pastor

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asceu em Ponta Garça, em São Miguel. Fez curso profissional de técnica auxiliar de Infância e posteriormente uma licenciatura em Estudos Artísticos. Fez ainda uma pós-graduação em Educação Especial. Em 2016 criou o projeto “Sensibilizar”, que pretende ser um importante contributo para a Educação Especial, sensibilizando a sociedade para a inclusão social da criança com necessidades educativas especiais.

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São já cinco os livros criados por Flávia Medeiros, sendo que todos eles contam com a participação direta de crianças com necessidades educativas especiais. Tem percorrido algumas ilhas a apresentar o projeto e os livros, está sobretudo empenhada em envolver professores, alunos e instituições neste trabalho um pouco pelas 9 ilhas açorianas. Começou por dar corpo ao “Sensibilizar” na ilha Terceira, onde reside atualmente, já deu um pulo a São Jorge e a Santa Maria. A escritora confirma que é


sua intenção alargar a todas as ilhas este seu trabalho, que só é possível se existir uma cooperação com escolas e demais entidades, algumas públicas, outras privadas, pois o projeto “Sensibilizar” funciona muito da partilha e da boa vontade de outros. À nossa redação, a autora que esteve recentemente na ilha de São Miguel para dar a conhecer o “Sensibilizar” explicou como é que nasceu a ideia. “Tudo começou no sentido em que eu pensei como é que eu poderia dar o meu contributo, e sê-lo diferente, a estas crianças. A mensagem principal que é a de sensibilizar a comunidade para a inclusão das crianças com necessidades educativas especiais é assim transmitida através de cada uma das histórias, todas da minha autoria, sendo as ilustrações feitas por crianças. Numa fase inicial, como resido na ilha Terceira optei que elas fossem feitas por crianças desta ilha. A seleção das crianças acontece como auxílio dos professores e coordenadores das escolas e, também,

eventualmente de alguma instituição. Posteriormente estendemos o projeto a Santa Maria e São Jorge e com crianças destas mesmas ilhas. Neste momento estamos a desenvolvê-lo pela primeira vez em São Miguel, e contamos com o apoio da câmara municipal de Ponta Delgada. Inicialmente ele foi estruturado para ser um projeto de ilhas, mas pensei que valeria a pena fazer dele um projeto regional e dar assim a oportunidade para que um número alargado de crianças pudesse ter uma participação em cada um dos livros.” Pelo cariz desta iniciativa, Flávia Medeiros diz que se trata de algo pioneiro ao nível Açores, e o reconhecimento deste trabalho já teve uma repercussão mais extensa, quando foi selecionado para integrar o Plano Regional de Leitura em 2017. Neste momento, o livro “Orvalho” está incluído no Plano Regional de Leitura, estando prevista a candidatura de mais duas das suas obras para ingressar esta mesma ferramenta, que é orientada pelo Governo dos Açores.

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reportagem

Fototec

Mais do que uma loja de fotografia Marco Andrade tem uma já longa relação com o mundo da fotografia. Como pessoa bastante interessada na área, e também como formador, apostou na oferta de uma loja virtual dedicada, muito em especial, à fotografia e vídeo. A Fototec tem um ano e meio de existência e já conquistou um grupo de clientes que sabem que aqui encontram tudo o que precisam, sobretudo conhecimento e apoio a 100%. Natacha Alexandra Pastor

O conhecimento que Marco Andrade já trazia do universo da fotografia, não só como apaixonado pela Arte mas também como formador, foi mais do que suficiente para apostar numa loja online, primeiramente, um dia mais tarde quem sabe também com um espaço físico, conforme faz entender o gerente da Fototec.

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“Sentimo-nos à vontade em todas as áreas nas quais estamos a trabalhar. Temos muito conhecimento na área da fotografia e no vídeo, apesar de aqui trabalharmos com alguns vídeografos. A possibilidade de abrirmos uma loja física é um cenário que ainda estamos a estudar. Apesar de estarmos a


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caminho dos dois anos de presença virtual, na verdade estamos ainda a tentar perceber o que funcionará melhor nesta área. Apesar de a fotografia ser um verdadeiro mundo, nos Açores estamos mais limitados, pelo que é preciso ser-se realista no negócio. A abertura de loja online surgiu um pouco derivado de alguns fatores. Primeiro percebemos que não há muita especialização por cá nesta área. É verdade que há muitas lojas a vender equipamento fotográfico, mas isso não significa dizer que estas estão especializadas no que comercializam.” A juntar a este detalhe, Marco Andrade acrescenta que esta foi também uma vontade muito pessoal e, até à data, com bons resultados. Não há um produto específico que se possa dizer que é o artigo mais vendido, exceção feita às grandes novidades. O que se pode dizer, todavia, explica, é que “notamos nos últimos tempos uma procura maior de estabilizadores para vídeo, de resto vendemos um pouco de tudo, tripés, objetivas, câmaras fotográficas, microfones, enfim, uma panóplia de itens diversos.” É o mercado regional o que mais procura os produtos e serviços da Fototec. Nada mais expetável. Marco Andrade recorda que a nível nacional o mercado tem o seu público, e nesta área, o mercado concorrencial é “feroz”, mesmo que a Fototec apresente preços bastante competitivos e equiparados aos praticados em Portugal continental. A compra online é um fenómeno ainda em crescimento a nível Açores, e já há quem tenha experienciado dissabores. Na Fototec um dos princípios de honra, segun-

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do o seu proprietário, é garantir que todo o processo pós-venda se desenrole sem qualquer problema para o cliente. “Nós não somos mais uma loja de venda, vamos mais além e o nosso slogan é disso exemplo: Fototec: mais que uma loja de fotografia. Temos vários serviços ligados à imagem, desde calibração de monitores para fotografia e vídeo, aconselhamento técnico na área e apoio na preparação de estúdios fotográficos. Outro dos nossos serviços, é a reparação de equipamentos fotográficos, o qual não fazemos diretamente, mas sim temos uma parceria com a Fototécnica que é um centro de reparações famoso na cidade do Porto. Para dinamizar a fotografia, orientamos formações e workshops, sendo maior parte organizados em conjunto com o Atelier de Fotografia Silva Moura. Temos apostado em trazer as novidades deste mundo para a nossa loja virtual, a exemplo disso posso dizer que vamos ter para venda dentro em breve as bolsas para smartphone da marca Seawag, à prova de água, de forma a que possam continuar a fotografar, na praia, na piscina e até debaixo de água. De forma a oferecer um bom leque de produtos para os Açores, temos trabalhado com marcas, as quais representamos e oficialmente distribuímos, como é o caso da Lexar, da Starblitz, da Kuvrd e da Laowa e planeamos no futuro expandir as nossas representações. O caminho ainda é longo, mas felizmente temos tido um apoio fantástico dos nossos clientes, que reconhecem o nosso serviço e apoio e têm-se sentido satisfeitos com o nosso desempenho. Daremos sempre o nosso melhor para garantir a confiança depositada em nós.”


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reportagem

Transição

para uma economia de baixo carbono impõe-se A economia circular e a economia de baixo carbono pretendem reduzir os impactos sobre o meio ambiente, colocando novos desafios, mas também abrindo novas oportunidades para os agentes privados. Foi este o mote de um seminário que a CCIPD e Associação Empresarial das ilhas de São Miguel e Santa Maria promoveram em Ponta Delgada. Natacha Alexandra Pastor

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Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada e a Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria promoveram em conjunto um seminário dedicado à temática da Economia circular e a transição para uma economia de baixo carbono, assunto que está na ordem do dia, entende a câmara do comércio, considerando a necessidade de dar novas respostas e mais sustentáveis à pressão e utilização dos recursos naturais, o que leva as sociedades modernas a procurar um novo paradigma, que passa pela substituição da economia linear por um novo conceito – economia circular – que aposta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.

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A economia circular e a economia de baixo carbono pretendem reduzir os impactos sobre o meio ambiente, colocando novos desafios, mas também abrindo novas oportunidades para os agentes privados, sendo catalisadores para a competitividade empresarial, para a inovação e para o desenvolvimento sustentável. A apresentação de comunicações neste seminário, a cargo de especialistas regionais e nacionais, a reflexão e debate serão importantes contributos para que a Região continue a dar passos importantes na sua sustentabilidade.


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Verão>LISBOA: VOOS TUNISAIR > SaíDAS ÀS 2ª.S FEIRAS > 03 Junho a 09 Setembro > 08 dias > 07 noites

Verão>porto: voos directos nouvelair SÁIDAS ÀS 2ª.S FEIRAS > 15 Julho a 09 Setembro > 08 dias > 07 noites

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Saída diárias de Lisboa e Porto: 01 Maio a 31 Outubro > 06 dias > 05 noites

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Verão>porto: voos directos nouvelair SÁIDAS aos sábados > 01 Junho a 14 Setembro > 08 dias > 07 noites

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reportagem

Hélder Couto veio inspirar fotógrafos açorianos Tem 35 anos e começou no mundo da fotografia mais ou menos aos 14 anos. Aprendeu muito, à data, com o avô, que era fotógrafo, mas também com a mãe e com pai. Hélder Couto merece reconhecimento como fotógrafo e formador, sobretudo porque inspira outros a não desistirem dos seus sonhos. Natacha Alexandra Pastor

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G

rande parte da sua evolução enquanto profissional da fotografia foi feita fora do país, embora tivesse aprendido muito com o pai, que por sua vez tinha aprendido com a mãe de Hélder Couto. Passou por Itália, Espanha, Estados Unidos da América para ver o que de melhor se fazia nestas paragens e já tinha em mente um grande objetivo: ser o melhor. Era na fotografia de casamento que mais se sentia feliz, e construiu o seu estúdio em torno desta realidade que tanto aprecia. Resolveu acabar com todas as outras áreas que fotografava e dedicar-se por inteiro, mais a sua equipa, às festas de casamento. Procura um estilo diferente, nenhuma reportagem fotográfica é igual a outra. Para que isso funcione na perfeição, há todo um trabalho preparatório de grande conhecimento dos noivos, dos seus gostos, do espaço onde vão casar, de modo a que o resultado da sessão fotográfica no final seja um repositório fiel e verdadeiro dos noivos. O registo fotográfico de casamentos dos tempos atuais assenta em ambientes muito descontraídos, sem a necessidade de poses, exceção feita para, diz Hélder Couto, “uma boa foto com os pais, com os avós e outras figuras de grande importância para os noivos, que possa perdurar no tempo. Digamos que é o tal retrato tradicional quase único que faço questão de fazer nestes ambientes. O nosso cliente é o espelho do nosso trabalho. E quem procura o nosso estúdio já conhece mais ou menos bem o tipo de trabalho que fazemos. Ou seja, se for um cliente que goste muito da foto de pose dificilmente se enquadra no nosso portefólio e vice-versa.”

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Já viajou por várias partes do Mundo, como formador e como mentor de seminários, e o que tem trazido desta experiência são muitas amizades. “Penso que posso dizer que se tiver de viajar muito - algo


que gosto muito - tenho amigos em todo o lado, porque os fiz nestas viagens de trabalho. O facto de estar a ensinar também me faz aprender sempre algo novo. É dar e receber. Lembro-me de nas primeiras vezes que fui convidado a ir dar um workshop, de pensar que ninguém me ia ver, e no entanto apareceram mais de 60 pessoas. Cheguei a dar aulas a miúdos com 15 e 16 anos de idade, mas acabei por deixar por não ter muito tempo livre, e uma das coisas que guardei foi depois de já ter saído ter recebido um e-mail de um aluno dizendo-me que eu tinha-o ajudado a ver a fotografia de outra perspetiva. É isso que a formação tem para mim de gratificante. Uma coisa que gosto sempre de dizer é que as pessoas acreditem nelas próprias. Há muitas pessoas que vêm às minhas formações pensando ou achando que nunca será possível elas atingirem um patamar de satisfação. Eu não nasci numa família rica, portanto o que me aconteceu é que eu dediquei-me e acreditei que podia ser melhor. E trabalhei em busca disso.”

Nos seus workshops e formações, Hélder Couto gosta de deixar claro, mais do que ensinar todos os passos para chegar a uma boa fotografia, a mensagem de que tudo é possível. Atingir os objetivos e sonhar em chegar mais além não é impossível. “Sempre tive a ideia de que quando partilhamos somos mais felizes. Nos meus workshops eu não escondo nada; se me perguntam o porquê e como faço, eu revelo tudo!.” A lista de distinções que Hélder Couto já conquistou tornam-no num fotógrafo ainda mais reconhecido. Apesar de grato pelo reconhecimento e pelos títulos, hoje Hélder Couto entende que não são esses prémios que o fazem mais feliz. É na expressão de felicidade e nas simples mensagens que recebe dos seus clientes ou dos seus formandos que encontra as suas grandes conquistas. Hélder Couto já foi distinguido e reconhecido pela APPimagem 2014; FEP European silver camera 2014; Gold Award FEP 2014; Qualified European Photographer; Mestre fotógrafo reconhecido pela APPimagem 2016; Bronze Medal World Photographic Cup 2016.

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reportagem

Jornadas do Risco deixam impressões da cultura de segurança O Núcleo de Estudantes de Proteção Civil da Universidade dos Açores promoveu as I Jornadas do Risco subordinadas do tema Risco, Suscetibilidade e Sociedade, na Universidade dos Açores. Natacha Alexandra Pastor

N

uma região com diversos riscos naturais que podem abalar com a segurança de todos nós a qualquer momento, as I Jornadas do Risco pretendem começar por debater matérias que são conhecidas de todos nós, mas que ainda assim carecem de ser mais exploradas. O objetivo final é deixar notas formativas junto dos agentes e sociedade para a necessidade de implementar uma “cultura de segurança”, explicou à nossa redação Miguel Ferreira, um dos elementos da organização. “O nosso principal objetivo ao desenvolver estas jornadas é o de criar um espaço anual que permita reunir todas áreas da proteção civil nos Açores, em particular os estudantes da Universidade dos Açores do curso de Proteção Civil, investigadores, docentes da Universidade, e todos os agentes com competências de atuação em matéria de proteção civil. De facto achamos que faltava um ‘espaço’ para se poder pensar e debater as diferentes questões em torno de uma matéria tão sensível como esta. Nós temos a consciência que muito tem vindo a ser feito em matéria de cultura de segurança mas também temos a

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noção de que toda a informação é sempre pouca sobretudo no que respeita à sociedade civil, e para que estas saibam preparar-se e agir em situação de alguma catástrofe.” Um dos painéis visou uma vertente mais interativa, explica este responsável, onde foi reformulado um caso hipotético, com o objetivo principal de se perceber quais seriam as atuações das diferentes entidades perante um cenário idêntico e/ou real, no caso foi apresentado um cenário sismológico/vulcanológico. O encontro envolveu estudantes da licenciatura de Proteção Civil e Gestão de Risco, professores, investigadores, associações humanitárias de Bombeiros Voluntários, serviços municipais de Proteção Civil e comunidade académica e civil. Miguel Ferreira refere que este primeiro encontro baseou-se em cenários/casos que têm muito que ver com as características açorianas, mas este é o início de uma série de jornadas anuais que pretendem abordar diferentes temáticas, e nas próximas os riscos tecnológicos, que são também uma preocupação nos dias de hoje, serão tema de debate.


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DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS DE 2019

XXX RALI ILHA AZUL ALÉM MAR

O BIS FAIALENSE DE BERNARDO SOUSA

O madeirense Bernardo Sousa e o navegador Victor Calado, em Citroën C3 R5, venceram o XXX Rali Ilha Azul, na ilha do Faial, a segunda prova do Campeonato dos Açores de Ralis. Com esta vitória, o piloto da equipa Play Auto Açoreana Racing assumiu a liderança do campeonato.

Renato Carvalho

António Bettencourt

Sem a presença de Ricardo Moura, a discussão pela vitória estava entregue ao campeão em título, Luís Miguel Rego na companhia de Jorge Henriques no Skoda Fabia R5 do Team Além Mar e a Bernardo Sousa. A diferença mínima (1 décimo) registada entre os dois pilotos na Super Especial, realizada na noite de sexta-feira, na cidade da Horta, deixava antever um rali muito disputado. Na manhã do dia seguinte, Luís Miguel Rego venceu os dois primeiros troços e arrecadou uma vantagem de 8,1 segundos sobre o seu opositor. Na segunda passagem pelas mesmas provas de especiais, Bernardo Sousa ganhou uma e perdeu a outra, pelo que a desigualdade manteve-se inalterável. Assim, e na pausa para o almoço, Rego era

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o comandante com um avanço de 8,4 segundos sobre Sousa. O recomeço do rali ficou marcado pelo triunfo de Bernardo Sousa no primeiro e mais longo troço (Largo Jaime Melo/Praia do Norte), o que deixou Luís Miguel Rego na frente da prova com apenas 1 décimo de proveito. Na tradicional prova especial dos Capelinhos, o piloto do Team Além Mar foi o mais rápido e recolocou a diferença em 8,7 segundos. A repetição dos troços decidiu o rali. Rego efectuou um pião e perdeu 26,2 segundos para Sousa na penúltima prova especial e consequentemente a liderança do rali. Apesar de voltar a ser o mais rápido no Vulcão dos Capelinhos/Varadouro, o piloto do Skoda Fabia apenas conseguiu diminuir a diferença.


Bernardo Sousa

17

25+1,67

Luís Miguel Rego

20

20+3,34 17

Ruben Rodrigues

14

Ricardo Moura

25+5

--

Rafael Botelho

12

14

Ruben Santos

6

6

Henrique Moniz

--

12

Luís Mota

10

--

Henrique Silva

8

--

10º

João Faria

--

8

Pontos Totais

Rali Lotus

10 Novembro

19/20 Outubro

Rali Ilha do Pico

Rali Ilha Lilás

14/15 Setembro

10/11 Agosto

Rali Santa Maria

01/02 Junho

Rali Ilha Azul

Rali Sical

20/21 Abril

21/23 Março

Azores Rallye

Concorrente

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO XXX RALI ILHA AZUL ALÉM MAR 1º Play Autoaçoreana Racing/Bernardo Sousa/Victor Calado (Citroën C3 R5) 55m43,3s; 2º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Skoda Fabia R5) a 7,0s; 3º João Borges/Sandro Laranjo (Subaru Impreza STI) a 5m35,3s; 4º Ruben Rodrigues/Estevão Rodrigues (Peugeot 208 R2) a 5m37,9s; 5º Rafael Botelho/Rui Raimundo (Citroën DS3 R3T) a 7m01,2s: 6º Henrique Moniz/ Jorge Diniz (Peugeot 208) a 7m10,5s; 7º Pedro Câmara/Daniel Rodrigues (Citroën Saxo Cup) a 9m58,6s; 8º Carlos Miguel/Flávio Mota (Citroën Saxo Cup) a 10m43,0s; 9º João Faria/António Olas (Peugeot 206 RC) a 10m43,7s; 10º Ruben Santos/Nuno Pereira (Peugeot 106) a 12m56,8s; 11º Filipe Marques/ Nelson Tavares (Skoda Fabia RS Diesel) a 20m21,1s; 12º Ana Castro/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 22m16,7s; 13º Marco Paulo Silva/José Borba (Nissan Micra K 11) a 27m31,6s.

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Posição

Desta forma, Bernardo Sousa obteve a primeira vitória da época, o segundo êxito consecutivo na ilha do Faial e o comando do campeonato. Os lugares do pódio ficaram completos com a presença do piloto faialense João Borges e do seu navegador Sandro Laranjo que utilizaram um Subaru Impreza STI. Subiu ao terceiro lugar na manhã de sábado e manteve uma interessante luta com Ruben Rodrigues, o piloto mais rápido que utilizava veículos de 2 Rodas Motrizes. Durante a tarde, um ligeiro problema quase que colocou em causa o resultado final. No campeonato reservado às 2 Rodas Motrizes, Ruben Rodrigues e Estevão Rodrigues no Peugeot 208 R2 voltaram a obter mais um sucesso. Estiveram sempre muito próximos do pódio e protagonizaram uma disputa muito acérrima com João Borges. A quinta posição veio a ficar na posse de Rafael Botelho e Rui Raimundo no Citroën DS3 RT3 que se debateram ao longo do rali com a oposição do regressado Henrique Moniz navegado por Jorge Diniz num Peugeot 208 R2. Na categoria dos Veículos Sem Homologação, o triunfo pertenceu a Pedro Câmara e Daniel Rodrigues num Citroën Saxo Cup. A próxima prova é o Rali Sical na ilha Terceira.

43,67 43,34 31 30 26 12 12 10 8 8

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fotografia Olhar Criativo

Desafio Mensal do Mês transato

com o Tema: “ruínas”

1º Lugar - Fernando Abreu - “Esqueleto de Pedra”

“ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Nuno Botelho - “Contrassenso...”

3º Lugar - Sissa Madruga - “A morfologia das formas”

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

Diversificação alimentar do seu bebé João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Na grande maioria dos casos, o primeiro alimento do bebé é o leite materno. Este alimento, composto por substâncias com elevado valor nutricional, é fundamental para o desenvolvimento do seu bebé. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde tem recomendo o aleitamento materno exclusivo até ao 6º mês de vida, data a partir da qual passa a estar recomendada a introdução de novos alimentos. No entanto, em alguns casos, a diversificação alimentar pode acontecer antes, por volta dos 4 meses, sempre de acordo com indicação de profissional de saúde (médico ou enfermeiro) e devidamente acompanhado. Para que a diversificação alimentar seja iniciada é necessário que o seu bebé já apresente um bom controlo da cabeça, bem como tenha adquirido a capacidade de permanecer sentado com apoio. Além disgso, é fundamental que o seu bebé demonstre interesse pela comida e consiga retirar os alimentos da colher e engoli-los. Aquando da introdução de novos alimentos o mais importante é introduzi-los de forma faseada dando-se um intervalo de 3 a 4 dias para despistar possíveis reações alérgicas. Ademais, um novo alimento só deve ser introduzido se o bebé estiver saudável. Não existe uma ordem estabelecida de alimentos. Porém, é cada vez mais comum iniciar com puré de legumes. Prefira purés com cenoura, batata doce, abóbora, cebola, curgete, brócolos, alface, couve flor ou alho francês. Coza muito bem os ingredientes antes de os ralar e após desligar o lume adicione uma colher de chá de azeite de boa qualidade ao preparado. Os espinafres, a

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nabiça, o nabo, o aipo ou a beterraba não devem ser introduzidos antes do primeiro ano de vida devido ao seu elevado teor em filatos e nitratos. No caso das papas de cereais opte pelas papas de milho e/ou arroz sem glúten e dê apenas uma papa por dia. Papas com glúten só devem ser introduzidas após os 6 meses de vida do seu bebé. Na hora de escolher, opte por papas sem adição de açúcares. Dê o puré de legumes sempre à colher. Estimular o seu bebé é fundamental para o seu desenvolvimento. Será um período de grandes peripécias e birras. Porém, seja paciente e divirta-se. Afinal isso faz parte do crescer bem e saudável! A partir do 6º mês pode começar a adicionar carne ao puré de legumes. Recomendam-se as carnes de frango, peru ou coelho, limpas de peles e gorduras, na dose inicial de 10 gramas por dia, aumentando gradualmente até aos 30 gramas por dia. Alguns profissionais recomendam a utilização da água de cozedura da carne para a confeção do puré de legumes previamente à sua introdução, a qual deve ser adicionada passada uma semana. O peixe deve ser adicionado por volta do 8º mês de vida do seu bebé. Prefira peixe branco e magro como a pescada. Não sirva salmão antes dos 10 meses de idade e quando o fizer faça-o em doses não superiores a 10-15 gramas/dia. O atum, a cavala e o polvo só devem ser introduzidos a partir dos 2 anos. A fruta pode ser introduzida entre o 4º e o 6º mês de vida. Comece por apresentar maçã ou pêra cozida ou assada. A banana também poderá fazer parte dos primeiros menus. Por volta do 7º mês introduza a papaia, a manga e o abacate. A laranja, a clementina, a tangerina, a mandarina, o kiwi, o maracujá, o morango, a amora e a framboesa só devem ser introduzidas após os 12 meses. A fruta deve ser sempre oferecida ao seu bebé como sobremesa após o puré de legumes. Os boiões de fruta comprados nas superfícies comerciais devem ser evitados devido ao açúcar adicionado. Desfrute destes momentos. Não se esqueça que os filhos crescem depressa e há que aproveitar cada fase do seu desenvolvimento!


Bicicletas

Um olhar sobre a bicicleta no Séc. XXI

Muito mais que um meio de transporte, um estilo de vida! Francisco Carreiro

M

esmo no nosso país, aonde a utilização da bicicleta ainda é muito incipiente, pelo menos em termos de mobilidade urbana, a verdade é que é normal encontrarmos em qualquer garagem ou arrecadação, da maioria dos lares portugueses, uma, duas ou três bicicletas e não apenas para os miúdos, mas, fundamentalmente, para os graúdos. Quem não tem hoje em dia na sua família, ou círculo de amigos próximo, um loucamente apaixonado pelas bicicletas? Se é verdade que nos últimos anos a nossa população se foi tornando cada vez mais sedentária e menos saudável, não é menos verdade que, mais recentemente, temos também assistido a uma crescente consciencialização, ainda que por enquanto num pequeno nicho de pessoas, é certo, quanto à necessidade de se adotarem estilos de vida mais ativos, mais saudáveis e, por consequência, mais amigos do ambiente e da nossa grande casa, que é o planeta Terra. Surgindo a bicicleta, sem sombra de dúvida, como uma das formas mais fáceis e agradáveis de se fazer exercício físico e que, praticamente, não tem contraindicações para quem quer que seja, em qualquer idade. E é nas

coisas mais simples que se começa a encontrar o prazer de se ser ativo: seja simplesmente para ir ao café da esquina, seja para ir comprar o pão, seja naquela deslocação necessária ao banco ou aos correios, seja nas deslocações para o trabalho ou apenas com o propósito firme de se manter uma boa forma física. É neste contexto de se ser fisicamente ativo, o que se vai tornando uma constante na vida de muitas pessoas, que a sua atitude e a sua visão do mundo também se vai alterando. O contato permanente e próximo com o ambiente, natural ou urbano, que nos rodeia, e com as pessoas, com quem se passa a interagir mais de perto, desperta novos sentimentos, novas necessidades e novas formas de ver e conceber o mundo e as nossas necessidades… simplificando-as bastante mais… derrubando preconceitos há muito instituídos… no fundo, criando uma nova visão do mundo e do que é verdadeiramente importante para o nosso bem-estar! É, por isso, normal que comece a surgir e a crescer em cada um nós uma nova conceção do mundo, da sociedade e da forma como enquanto cidadãos globais e não apenas da nossa rua, nos devemos inserir nele, dando o nosso contributo ativo para a sua preservação e melhoria! E o que é que a bicicleta, afinal, tem a ver com tudo isto? Nada e tudo! A sua utilização regular e crescentemente apaixonada vai garantidamente despoletar esse fenómeno! E se tem dúvidas, só há um caminho… experimente!!

Foto Créditos: Francisco Carreiro

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saúde ótica

Conselhos úteis Para ter uns olhos saudáveis deve adotar alguns hábitos diários tais como: dormir cerca de 6 a 8 horas, consumir ácidos gordos, zinco e vitaminas C e E (alimentos como o salmão, atum, vegetais de folhas verdes, citrinos ou feijão contêm estes nutrientes). Deve ainda usar óculos de sol 365 todo o ano; realizar pausas de 20 em 20 minutos quando estiver a trabalhar ao computador ou a ver televisão e assegurar-se de que tem uma boa iluminação quer no seu ambiente de trabalho, quer em casa, quando estiver a ler ou a ver televisão. Evite fumar! Se usa óculos e trabalha muito ao computador coloque umas lentes com tratamento especial, nomeadamente anti reflexo com coloração azul que protegem os seus olhos enquanto trabalha ao computador ou vê televisão. O Institutoptico tem mais de 180 óticas onde poderá fazer um exame à sua visão. Aconselhe-se com o ótico.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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consultório jurídico

com: Carlos Melo Bento advogado

A contratação de um serviço – por exemplo um seguro de Saúde – obriga neste caso o prestador a informar o cliente da alteração de preçários? No caso de isso não acontecer, o cliente pode pedir a revogação dos pagamentos, no caso de serem feitos, por exemplo, por débito direto?

Tudo depende do contrato inicial permitir ou não a alteração dos preços, por parte da seguradora. Se permitir e estiver assinado também pelo segurado, este nada pode fazer a não ser denunciar o contrato de seguro para o fim do prazo contratado. Caso, nada conste nesse sentido, nenhuma das partes pode fazer nada para modificar o que está acordado desde o início. Se o fizer, comete uma ilegalidade que dá direito ao que cumpre de exigir a devolução do que lhe tiraram a mais e, se houver prejuízos com a atitude da seguradora, o lesado pode pedir uma indenização por esses danos quer sejam materiais ou morais.

Neste tipo de contratos o que mais importa ao cliente verificar? Tudo, principalmente o que estiver nas letrinhas mais pequeninas pois é aí que geralmente põem o que não é agradável ao cliente. Esses contratos são documentos técnico-jurídicos, por isso convém que a pessoa, antes de os assinar, consulte um técnico de direito com experiência no sector que melhor o esclarecerá das condições do contrato de seguro que está a assinar. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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eventos XXVIII Gala Regional dos Pequenos Cantores “Caravela D’Ouro” CMPovoação Maria Marques Costa, de 8 anos, natural de Ponta Delgada, foi a grande vencedora da XXVIII Gala Regional dos Pequenos Cantores “Caravela D’Ouro” da Vila da Povoação. Com a canção “O Meu Coração”, com letra e música da “Academia De Expressões”, Maria Marques Costa levou para casa um computador portátil e participará agora no Festival Internacional dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz.

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eventos Apresentação do Livro “3 por 7: Três Temas, Sete Pensamentos” CM LAGOA Foi apresentado na Lagoa o livro “3 por 7: Três Temas, Sete Pensamentos”, da autoria de sete docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade dos Açores. A nova obra apresenta um conjunto de temáticas interligadas de modo interdisciplinar, numa linguagem acessível, ajudando a promover o interesse e a curiosidade por conteúdos associados à Matemática, Estatística e Informática, que muitos consideram de difícil compreensão.

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eventos 473.º aniversário da cidade de Ponta Delgada Miguel Machado No 473.º aniversário da cidade de Ponta Delgada, o Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Bolieiro centrou o seu discurso nas pessoas, que, com a sua “coragem, sagacidade, estudo e conhecimento” transformaram Ponta Delgada no que ela é hoje: “uma cidade muito bem-sucedida, tanto nos Açores, como no País”. Este ano, Ponta Delgada distinguiu a ciência, atribuindo a Medalha de Mérito Municipal aos seus cientistas Alexandre José Linhares Furtado, António Manuel de Frias Martins e Victor Hugo Forjaz.

2º Workshop de Direção Musical da Academia de Música da Povoação CMPovoação A Vila da Povoação recebeu o 2º Workshop de Direção Musical, aberto a Maestros de Bandas Filarmónicas, ministrado pelo Maestro Fernando Marinho, Diretor Artístico da Orquestra do Norte. A Banda Marcial Troféu, da Povoação, foi a Filarmónica que serviu de apoio a este grande evento.

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voucher pรกg. 47

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eventos Grupo “Magma Gospel” em concerto na Lagoa CM Lagoa Inserido mas comemorações do Feriado Municipal e do 7º aniversário de elevação da Lagoa a cidade, a Câmara Municipal ofereceu à população um concerto musical. Os convidados foram os “Magma Gospel”, um grupo composto pelos músicos Paulo Bettencourt no jambé, Bárbara Azevedo no teclado e voz, Sancha Nair, Maria João Moniz, João Costa, Marco Medeiros, Patrícia Chaves e Hugo Freitas nas vozes, e Vânia Dilac como voz solista.

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eventos RECRIAÇÃO TEATRAL DE “A ÚLTIMA CEIA” E “A PAIXÃO DE CRISTO” CMRG Em fim-de-semana de celebração da Páscoa, a Ribeira Grande foi palco da recriação bíblica de “A Última Ceia” e de “A Paixão de Cristo”, uma iniciativa da companhia de teatro Viv’Arte. Cerca de meio milhar de espetadores marcou presença no largo Hintze Ribeiro para assistir a um evento inédito no concelho.

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eventos Festival Tremor MIGUEL MACHADO O Festival Tremor ocupou inúmeros espaços da ilha de São Miguel, com dezenas de concertos e residências artísticas. Ponta Delgada voltou a ser o palco de destaque para as cerca de 30 bandas regionais, nacionais e internacionais convidadas da edição de 2019.

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The CODE apresentam “1 Minuto” EStúdio 13 O quinto tema dos The CODE – “1 Minuto” – foi apresentado a 6 de abril, num formato intimista. O local escolhido foi o Estúdio 13 – Espaço de Indústrias Criativas, onde a maior parte do videoclipe foi gravado.

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eventos Novo espaço da Rui Car Automóveis nos Valados Pedro Couto A empresa Rui Car Automóveis, que se dedica à comercialização de viaturas novas e usadas, inaugurou o seu novo espaço de lavagens / oficina Auto RuiCar nos Valados, contando com a presença de familiares e amigos.

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aconteceu

Ponta Delgada recebeu International Football Tournament – Azores U11 Ponta Delgada recebeu a 13 edição deste torneio, a que se agregou uma homenagem a Gualter Manuel Jácome Correia da Costa, promovido pelo Clube União Micaelense. A prova decorreu com o apoio financeiro e logístico da autarquia de Ponta Delgada. Câmara da Lagoa associa-se ao projeto “A Avó veio Trabalhar” A autarquia da Lagoa decidiu associar-se ao projeto “A Avó Veio Trabalhar”, uma iniciativa da Vice-Presidência do Governo - Centro Regional de Apoio ao Artesanato, em parceria com a autarquia, e que será desenvolvida e monitorizada por Susana António e Ângelo Compota, cofundadores deste projeto em território nacional. O objetivo é criar um grupo de trabalho com artesãos e seniores dos centros de dia do concelho de Lagoa, que irão trabalhar na Cowork da Azores Craftlab, a qual funcionará como laboratório criativo de produtos, workshops, exposições, comercialização das peças produzidas e intercâmbios.

Trilho da Ribeira do Faial da Terra reaberto Depois de mais de um ano encerrado, o Trilho da Ribeira do Faial da Terra foi reaberto aos pedestrianistas. O trajeto foi todo intervencionado, tendo sido destruídas as diversas pontes que se encontravam ao longo do percurso, devido ao seu avançado estado de degradação e consequente falta de segurança, e procuradas outras alternativas mais viáveis para servir os pedestrianistas.

14 novos guardas florestais Está concluído o processo de admissão de 14 novos guardas florestais nos Açores, o que permite reforçar o número de profissionais nas várias ilhas do arquipélago e proceder à necessária renovação geracional. “A admissão de novos guardas florestais nos Açores vai permitir reforçar a ação desta classe profissional tão importante para a defesa e a vigilância da nossa floresta, que é um elemento estruturante da nossa paisagem e um fator de dinamização económica e social”, afirmou João Ponte, acrescentando que, entre os novos guardas florestais admitidos, cinco são mulheres e nove homens, com uma média etária de 24 anos. Os Açores dispõem atualmente de 52 guardas florestais.

Ribeira Grande aumenta número de bolsas de estudo A Câmara da Ribeira Grande voltou a aumentar o apoio no que diz respeito às bolsas de estudo atribuídas a alunos do concelho que ingressaram ou deram continuidade aos estudos no ensino superior no ano letivo 2018/19. Se no ano passado a autarquia já tinha aumentado em cinquenta por cento o número de bolsas atribuídas, e neste ano aumentou cerca de trinta por cento, passando das trinta para as quarenta e três bolsas, o que significa um apoio total que ronda os 45 mil euros.

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agenda

Coliseu Micaelense

Espetáculo Garden Teatro Micaelense

Espetáculo Casca de Noz Teatro Micaelense

Exposição “O olhar divergente - As Residências do Pico do Refúgio como património prospetivo” ARQUIPÉLAGO – Centro de Artes Contemporâneas

oferta de um aperitivo

21,00€

2 Frangos Panados, 2 Pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

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cria ti va magazine • 49


horóscopo Astrólogo Luís Moniz

signo do mês

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva marca a necessidade de esclarecer situações para não continuar a adiar realizações, por falta de uma atitude responsável. A nível profissional, abre-se uma época de expansão e deverá assumir o rumo das situações. Adote uma atitude corajosa, criativa e persistente.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva indica a necessidade de refletir sobre a sua intimidade em busca de autoconhecimento, que permitirá entender as suas motivações. A nível profissional sentirá uma energia mais sensível, inspirada e intuitiva, que possibilita-lhe melhorar as suas condições no plano financeiro.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva proporciona-lhe o momento adequado para entender as suas profundas motivações, mas deverá agir de modo muito consciente. A nível profissional, durante esta fase muito benéfica, poderá receber pequenas recompensas e encontrará melhores condições de trabalho.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva favorece a materialização dos seus propósitos e descobrirá todas as condições de experienciar um longo período muito proveitoso. A nível profissional, desenvolva as suas tarefas quotidianas através de métodos eficazes e aproveite as ótimas oportunidades que surgirão.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva atravessa um ciclo sensível e precisará manter o seu equilíbrio aliado ao sentido de humor para superar certos obstáculos. A nível profissional, deverá evidenciar melhor as suas capacidades intelectuais e ainda procure tomar decisões importantes para o futuro.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva apresenta uma evolução que resulta de uma maior interligação entre a educação familiar, os valores religiosos e a filosofia. A nível profissional, poderá lutar pelos seus objetivos na carreira através de ações práticas e impulsionadoras de conquistas muito significativas.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva encontra-se numa etapa ascendente e tende a melhorar, mas as recordações do passado não devem prejudicar o momento atual. A nível profissional, a conjuntura permite-lhe tomar decisões com coragem e objetividade. Persista nos seus propósitos com clareza e confiança.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva, influenciada pela tensão do Saturno, poderá acusar algum desgaste nas relações mal estruturadas que precisam de soluções rápidas. A nível profissional poderá prosperar, mas os seus propósitos pessoais não poderão representar apenas o desejo de alcançar o estatuto social.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva harmonizada, depois de certas reestruturações bem amadurecidas, concede-lhe a oportunidade de consolidar as relações. A nível profissional, demonstre a sua capacidade de lutar pelos seus sonhos e com confiança procure finalmente concretizar os seus objetivos.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva ganha uma envolvência de romantismo, simpatia e intimidade, que favorecerá a formação de uma aventura encantadora. A nível profissional, enfrente novos desafios sem receios e se confiar nas suas capacidades naturais poderá dar melhor sentido à sua existência.

A vida afetiva permite-lhe estabelecer relações baseadas na sinceridade, bondade e compreensão, de modo a vivenciar momentos agradáveis. A nível profissional, procure alargar os seus conhecimentos e elevar o seu nível cultural para poder aproveitar esta temporada de crescimento.

50 • c ria ti va magazine

A vida afetiva reivindica novos começos e a sua atenção estará voltada para as pessoas circundantes, que necessitam da sua preciosa colaboração. A nível profissional, elimine velhos padrões de comportamento e remova sistemas obsoletos de forma a proceder a transformações inovadoras.


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