Criativa Magazine - março 2022

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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VIII Nº 89 março 2022

ordem dos arquitectos

“Não temos na nossa sociedade uma massa crítica alargada”

Morcegos Trail Clube o espírito do Trail Running

“A população não tem bem noção da riqueza das águas dos Açores”



entrevista Morcegos Trail Clube: “Há um espírito muito vincado de entreajuda e de respeito pela natureza”

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consultório jurídico Com Carlos Melo Bento

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Saúde ótica com INSTITUTOPTICO

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Exercício Físico pela sua Saúde com celso Tavares

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consultório da saúde Com João Bicudo Melo

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Saúde Auditiva Com Audição Portugal

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Olhar criativo TEMA: “Provérbios Portugueses”

entrevista “A população não tem bem noção da riqueza das águas dos Açores”

reportagem FESTIVAL TREMOR 2022 PASSA PELA RIBEIRA GRANDE

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megafone com José F. Andrade

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Explorando... lugares encantados na ilha de são Miguel

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Grande entrevista

RUBRICAS

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reportagem Doenças Raras com impacto durante a COVID-19

Desporto: paulo Leal “A iNOVAÇÃO FAZ PARTE DO NOSSO ADN”

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande entrevista

Ordem dos Arquitectos “Não temos na nossa sociedade uma massa crítica alargada”

Natacha Alexandra Pastor

DR

Numa análise global, os Açores marcam pontos positivos no que se refere à reabilitação urbana! A Ordem dos Arquitectos fala, porém, dos pontos negros que importa melhorar, sobretudo, antes que seja mais tarde.

A Ordem dos Arquitetos (OA) promoveu um seminário preocupada com fenómenos novos em particular? Arquiteto Nuno Costa (Presidente do Conselho Diretivo da Secção Regional dos Açores da Ordem dos Arquitectos) - Os fenómenos que nos preocupam, enquanto estrutura regional da Ordem dos Arquitectos - a associação pública que tem as atribuições de assegurar a salvaguarda do interesse constitucional por um correto ordenamento do território, por um urbanismo de qualidade, pela defesa e promoção da paisagem, do património edificado, do ambiente, da qualidade de vida e pelo direito à arquitetura, bem como contribuir para a defesa e promoção da arquitetura, no reconhecimento da sua função social, cultural, económica e ambiental -, têm vindo a acentuarse nos últimos anos. Ou, pelo menos, tem merecido uma maior atenção despoletada pelos fenómenos crescentes do sector turístico, com impacto também na paisagem urbana, e da diminuição da população, que os Censos evidenciam. Por um lado, verificamos que o Arquipélago dos Açores, uma região ultraperiférica europeia, com o enorme

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potencial que todos reconhecemos, tem vindo a afirmar-se pela valorização e promoção da sua paisagem natural (embora seja, na sua maioria, uma paisagem cultural, devido à ação do homem), por outro lado, apesar de alguns mecanismos e diretrizes que têm sido implementados para promover a reabilitação urbana, verificamos que ainda há muito trabalho a desenvolver na valorização e promoção das nossas cidades, em particular, no património arquitetónico e do edificado nelas existentes. Com exceção de algumas zonas centrais dos núcleos urbanos, dispersos por toda a região, e da cidade de Angra do Heroísmo, património da UNESCO, que apresenta o seu núcleo relativamente bem cuidado, há, por todas as ilhas, bastantes casas devolutas e em ruínas, que em nada dignificam os Açorianos. Não só desqualificam a paisagem urbana, como em alguns casos põem em risco as populações locais. Inclusive, é um contrassenso estarmos a promover o património natural e esquecermo-nos de cuidar do nosso património cultural, em particular, o arquitetónico. A nossa Arquitetura conta a história da nossa região. Como resultado das tecnologias vigentes, da economia, da


cultura e das exigências sociais e humanas em determinado tempo, a Arquitetura reflete o modo de vida das várias gerações. Retrata o desenvolvimento económico, social e cultural da nossa sociedade. É um elemento identitário, que, não só figura na vida quotidiana dos Açorianos, como também é transmissor de Cultura para quem nos visita. Constituindo o património de hoje e o de amanhã, a Arquitetura contribui indubitavelmente para o desenvolvimento – económico, social, cultural e ambiental -, a sustentabilidade e a qualidade de vida dos cidadãos que todos desejamos. Assim, considerando que valorizar e reabilitar o nosso património edificado, em sentido lato, é promover um desenvolvimento sustentável e garantir qualidade de vida, pretendemos no Seminário abordar as políticas e processos de salvaguarda e reabilitação do património, a tectónica da reabilitação urbana (conceitos, materiais e processos construtivos) e apresentar intervenções que promovam e valorizam a Arquitetura, nas suas diferentes dimensões e escalas, a Sociedade e a Identidade. Paralelamente, são poucos os Municípios dos Açores que, à data, têm aprovados os seus Planos de Salvaguarda do Património. Desconhecemos os trabalhos em curso, se é que estão, relativos à elaboração de um Plano Regional de Reabilitação de Património Público para Arrendamento Acessível e de um Plano Regional de Reabilitação Urbana.

No território continental, em 2019, foi aprovado o Plano de Reabilitação de Património Público para Arrendamento Acessível. A 24 de novembro, na Semana da Reabilitação Urbana do Porto, o GECoRPA apresentou o documento estratégico ‘Conservação e Reabilitação do Património, Estratégias e Potencialidades, entre (2020-2030)’. E, nos Açores, quais são as estratégias que têm vindo a ser adotadas? A estes fatores, acresce ainda que as Autarquias dos Açores, aproveitando os programas e mecanismos de financiamento para resolver problemas sociais relativos à habitação, estão a desenvolver Estratégias Locais de Habitação, no âmbito do programa 1.º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, que conta com o apoio do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Trata-se de um Programa que visa apoiar a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem em condições habitacionais indignas e que não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. Este programa, conhecido por 1.º Direito, abrange 4 soluções enquadráveis: o Arrendamento - fogos para subarrendamento e fogos para moradores de núcleos degradados; a Reabilitação - habitação própria pelo agregado (autopromoção), habitações por entidades públicas para arrendamento (incluindo bairros de

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que sejam proprietários), prédios em áreas urbanas degradadas e equipamento complementar; a Construção - habitação própria pelo agregado (autopromoção), prédios habitacionais para atribuir a pessoas elegíveis e equipamentos complementares; e a Aquisição - prédios ou frações para arrendamento e prédios em núcleos precários ou degradados. Ou seja, o 1.º Direito é um programa que procura resolver problemas sociais habitacionais apostando na reabilitação do edificado existente. Promove a qualidade de vida através da dotação de condições condignas às famílias carenciadas e, simultaneamente, a melhoria da qualidade do espaço público e da paisagem urbana. Neste âmbito, o conhecido PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), prevê um montante financeiro considerável, que deverá ser bem direcionado, de modo a contribuir para um desenvolvimento sustentável. Por último, intervir no edificado existente é mais complexo que a construção nova. Há aspetos construtivos que não se conseguem prever e definir na fase do projeto. Aquando as demolições é que são postas a descoberto alguns aspetos, o que muitos vezes conduz à necessidade de intervenção de outras áreas disciplinares – antropólogos, geógrafos, historiadores, entre outros –, o que conduz a que o tempo de execução da obra se alongue e haja uma série de trabalhos a mais, com reflexos nos respetivos orçamentos e demais constrangimentos. Face a estes fatores emergentes, associados às questões ambientais e às novas exigências da sociedade contemporânea, torna-se pertinente discutir sobre a problemática da Reabilitação Urbana. Colocar a Reabilitação Urbana na agenda é fundamental. Se pudéssemos classificar entre Bom, Muito

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Bom e Mau, muitas das novas intervenções e novas obras que têm surgido nos últimos anos, que exemplos apontariam como os melhores e os piores? Onde assentam os erros? Os bons e os maus exemplos facilmente são identificáveis, muito embora não tenhamos na nossa sociedade uma massa crítica alargada, que seja ativa, participativa e reivindicadora do seu direito à Arquitetura. Mas, respondendo à questão, enquanto representante da Ordem, nos Açores, não me compete avaliar a qualidade dos trabalhos dos arquitetos. Porém, enquanto profissional e cidadão, posso dizer que temos na Região alguns bons exemplos de reabilitação e referir alguns exemplos. Assim, e a título de exemplo, que evidencia uma grande sensibilidade pelo existente, temos a recuperação do Louvre Michaelense, premiado com o Prémio de Arquitetura Paulo Gouveia 2020. Nesta obra, apesar de não haver reflexos no espaço púbico exterior, houve um trabalho minucioso na manutenção, recuperação e restauro das soluções construtivas, dos materiais e do mobiliário preexistente, assim como na decoração e iluminação. Na introdução de novos elementos, o autor recorreu a uma linguagem contemporânea, com desenho de pormenor rigoroso, a soluções construtivas reversíveis e materiais não dissonantes. Numa outra escala, encontramos o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, uma intervenção num completo industrial de dimensão considerável: uma antiga fábrica de álcool, onde o autor do projeto de arquitetura mantém o seu caráter industrial em diálogo com a nova construção, através da volumetria, traduzida na massa dos edifícios com o vazio dos pátios, e da materialidade, com a variação


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de texturas e rugosidade das superfícies. Esta obra põe a claro dois aspetos relevantes: a importância de se promover os concursos de concessão em obras estruturantes e o potencial da Arquitetura para o desenvolvimento económico, social e cultural. Sobre o primeiro aspeto, há que salientar que a equipa projetista foi selecionada por um júri, no âmbito de um concurso de arquitetura internacional, um procedimento que garante transparência e igualdade de oportunidades, assim como oferece a garantia de melhores resultados, através da seleção da melhor proposta. Relativamente ao segundo aspeto, esta obra é um exemplo do potencial que a Arquitetura representa, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade. O Arquipélago muito tem contribuído para a promoção dos Açores, através das várias nomeações e premiações que tem recebido, nomeadamente: Prémio Secil de Arquitectura 2020; Finalista do BigMat ’17 International Architecture Award 2017, Luxemburgo; Prémio BIAU 2016, X Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Urbanismo, São Paulo; Premis FAD d’Arquitectura i Interiorisme 2016, Barcelona, Espanha; RIBA Award for International Excellence 2016, Londres; entre outros. Além destes dois bons exemplos, poderia citar muito outros. Mas, indo ao encontro da complexidade que referi na questão anterior, a recuperação do Palácio da Conceição é digna de referência, pela sua complexidade e interdisciplinaridade, embora os resultados ainda estejam por clarificar. Dos péssimos exemplos, que evidenciam falta de sensibilidade e mecanismos de proteção, onde os interesses económicos se sobrepõem, temos a recente demolição do Palacete Caetano de Andrade. E muitos

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outros se poderiam citar… A ordem gostaria de estar mais envolvida em projetos de cariz público, em especial, obras de maior projeção, de modo a contribuir com o seu parecer? Na história recente, isso tem acontecido? Sim, é um desejo da Ordem ter um maior envolvimento em projetos de cariz público. A Ordem dos Arquitectos é uma associação pública representativa de todos os que exercem a profissão de arquiteto em Portugal, que, acordo com o determinado no nº. 1 do artigo 3º. do seu Estatuto, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 176/98, de 3 de julho, na redação da Lei n.º 113/2015. de 28 de agosto, tem como uma das suas atribuições “assegurar a salvaguarda do interesse constitucional por um correto ordenamento do território, por um urbanismo de qualidade, pela defesa e promoção da paisagem, do património edificado, do ambiente, da qualidade de vida e pelo direito à arquitetura”. Destaco que estivemos reunidos com o anterior e o atual presidente do Governo dos Açores, Dr.º Vasco Cordeiro e Dr.º José Manuel Bolieiro, respetivamente, e com os Presidentes das Autarquias dos Açores, com rara exceção e por motivos que nos são alheios, tendo sido abordadas questões relativas a intermunicipalidade e governança, encomenda pública, simplificação e uniformização de procedimentos administrativos de operações urbanísticas (licenciamento de obras), apreciação e elaboração de projetos e planos de arquitetura, participação e mobilização, assim como a Reabilitação Urbana e Património. De igual modo, alertamos algumas Autarquias para o facto de que a apreciação e elaboração de planos e projetos de arquitetura compete exclusivamente a Arquitetos, validamente inscritos na respetiva Ordem Profissional, nos termos da Lei n.º 31/2009, de 3 de julho, na sua


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atual redação, e de acordo com o Estatuto da Ordem dos Arquitectos. Consequentemente, os atos praticados por quem não se encontre devidamente habilitado acarreta um crime de usurpação de funções previsto e punível nos termos do Código Penal. Mais recentemente, estivemos presentes na reunião primeira reunião do ano do Conselho Regional de Obras Públicas (CROP), onde tivemos a oportunidade de nos pronunciar sobre a Anteproposta do Plano Regional Anual para o ano de 2022. Na ocasião, entre outras questões, foi transmitido a necessidade de se valorizar o património arquitetónico, apostar nas ferramentas digitais para a simplificação e uniformização de processos administrativos no âmbito das operações urbanísticas, assim como para a necessidade de se investir e promover a Reabilitação Urbana. Com o apoio do serviço da encomenda desta Secção Regional, no âmbito das nossas atribuições e à luz dos critérios que norteiam a nossa associação profissional, efetuamos a análise dos elementos que integram o processo de concursos públicos para aquisição de serviços para elaboração de projeto e planos de arquitetura, remetendo às respetivas entidades contributos, nomeadamente os relativos ao novo Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada, à ampliação e remodelação do Matadouro do Pico e à 2.ª revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Vila do Porto. Acresce ainda que, ao longo deste ano, assessoramos um concurso de conceção de arquitetura promovido pela Câmara Municipal de Vila Franca do Campo e estamos em conversação com outras entidades, incluindo o Governo. Como é do conhecimento público, iremos colaborar com a Secretaria Regional das Obras Públicas na resolução da Calheta de Pero de Teive, situação que espero por uma

solução há vários anos. Brevemente, iremos reunir com o Município de Ponta Delgada, sendo que um dos assuntos a abordar será a Praça Gonçalo Velho Cabral. Muitas das nossas ações não são do conhecimento público. Neste momento, posso dizer que temos várias diligências e ações em curso. O que é que para a OA não pode acontecer nos Açores, sob pena de colocarmos em causa o destino verde / de natureza que é a âncora regional? Antes de mais, importa clarificar que os Açores são muito mais que um destino verde, de natureza. Também são um destino azul, pois não nos esqueçamos do Mar dos Açores. Mas, sobretudo, os Açores também são Cultura. Possuem uma identidade muito própria, comparativamente ao contexto nacional e internacional, onde o património arquitetónico também tem relevância. Tal como referi anteriormente, a Arquitetura conta a história de uma região, pois resulta das tecnologias vigentes, da economia, da cultura e das exigências sociais e humanas de várias gerações. Se consultarmos a obra “Arquitetura Popular dos Açores”, uma publicação da Ordem dos Arquitectos, de 2000, as influências e as adaptações da arquitetura são evidentes, um pouco por todas as ilhas. Inclusive, em S. Miguel, temos a arquitetura em Estilo Micaelense e, na ilha Terceira, a da Ribeira Chã, que apresentam características únicas. Pelo facto de sermos ilhas, também temos um rico património militar e portuário, constituído por vários fortes e portos edificados ao longo da orla costeira, hoje, em risco de desaparecimento. A somar a este património, não só temos a arquitetura religiosa, como um número significativo de conventos e casas solarengas, que configuram e contribuem para a identidade Açoriana.

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Grande entrevista reportagem Este património arquitetónico é um recurso com potencial e que necessita de ser recuperado e devolvido à população. É um património que não se pode perder. Num mundo global, são os elementos identitários que nos diferenciam e acrescentam um valor acrescido. Numa escala mais abrangente, as nossas cidades também têm características próprias, no seu edificado e estrutura urbana. A sua paisagem urbana tem escala própria, marcada pela dominância de edifícios com 2 ou 3 pisos, onde as torres das igrejas e dos conventos, a par dos torreões das casas solarengas, sobressaem. Simultaneamente, muitos destes edifícios são aquilo a que Kevin Lynch, no seu livro “A imagem da cidade”, de 1960, considera como marcos, que servem de referência e orientação das pessoas. Face a isto, assusta-me quando ouço falar de que se vão construir grandes unidades hoteleiras ou outros edifícios de grandes dimensões, que têm uma grande presença na paisagem urbana. Já imaginaram estas grandes estruturas construídas no Corvo ou no meio da Paisagem da Vinha do Pico? Seria um verdadeiro atentado. Disto, creio que ninguém tem dúvidas. Neste sentido, em qualquer uma das ilhas, há que ter um cuidado sobre a integração destas novas estruturas, quer nos meios urbano e quer nos meios rurais, sob pena de descaracterizarmos a nossa paisagem. Se, do ponto de vista económico e da diversidade da oferta turística são investimentos necessários, do ponto de vista urbanístico e paisagístico, há que ter em atenção a sua integração, a sua escala, a forma como que relacionam com a envolvente onde se inserem. Ao nível da gestão das infraestruturas necessárias ao seu funcionamento, há que avaliar os custos de construção e manutenção, que muitas vezes trazem encargos acrescidos e significativos para o erário público, com a sua dispersão. Em alguns casos, completamente desgarrados dos aglomerados urbanos e sem acrescentar qualquer valor à nossa paisagem. Um terceiro aspeto relevante, é o aumento das áreas de expansão urbana. Face ao decréscimo populacional, à população cada vez mais envelhecida e ao número de casas superior ao número de famílias, temos um parque habitacional com muitas casas devolutas e em estado ruína, que desqualifica o espaço urbano e compromete, em algumas situações, a segurança dos vizinhos. Assim, para que possamos garantir e promover um desenvolvimento sustentável, temos que proceder a um levantamento exaustivo das estruturas com valor patrimonial dispersas por todo a Região, proceder à caracterização dos nossos aglomerados urbanos, avaliar os riscos e identificar as suas potencialidades. Há que elaborar bons instrumentos de gestão urbanística, envolvendo Arquitetos e a sociedade, no geral, nomeadamente os Planos de Salvaguarda de Património e os Planos Diretores Municipais. Em algumas ilhas, justifica-se a existência de Planos Intermunicipais, de modo a promover uma maior

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e melhor gestão de recursos. E, igualmente importante, definir estratégias e mecanismos para a recuperação do património e do edificado, promovendo a sua reabilitação. De uma forma global, por exemplo, os centros históricos das principais cidades açorianas estão a merecer o maior cuidado para não perderem a sua identidade histórica? Pode apontar a cidade açoriana que melhor cumpre? Apesar de Ponta Delgada, nos últimos anos, ter sido objeto de várias intervenções que melhoraram significativamente o seu centro urbano, visível nos quarteirões a norte da Igreja de S. Sebastião, a cidade de Angra do Heroísmo apresenta o seu centro urbano muito mais consolidado e qualificado. Ponta Delgada necessita de muita reabilitação urbana, pois tem falta de espaços públicos destinados à circulação das pessoas, excesso de carros e “sujidade” nas ruas, além de muitos edifícios velhos a necessitarem de obras de conservação. Contrariamente, Angra do Heroísmo, apresenta o seu centro muito mais cuidado, onde inclusive as ruínas têm as janelas tapadas e a fachada pintada. Embora esteja longe de ser solução ideal, por não resolver os problemas – continua a ser um vazio, um espaço inútil e que pode colocar em risco a saúde e segurança –, melhora a qualidade da imagem da cidade. Mas, a cidade de Angra do Heroísmo não pode ficar congelada no tempo. Os instrumentos de gestão urbana também têm que permitir a inovação. Os sistemas construtivos, os materiais e exigência da sociedade de hoje é diferente da do passado e tem que ter espaço próprio, em harmonia com as pré-existências.


reportagem

Doenças Raras com impacto durante a COVID-19 Natacha Alexandra Pastor

DR

Em Portugal, estima-se que entre 600 mil e 800 mil pessoas sejam doentes raros. Muitos sentiram a fragilização do sistema de saúde durante a pandemia da COVID-19, mas, ainda assim, com todos os embaraços, há agora o relato que só ao longo de 2020 foi possível chegar à identificação de 90 doenças que ainda não eram conhecidas no país. Em 2020, foram diagnosticadas mais 90 doenças raras que ainda não tinham sido diagnosticadas em Portugal. Tal revela que, mesmo em contexto pandémico, o percurso para a deteção do diagnóstico manteve-se”. Este foi um dos pontos centrais da sessão BIOMEET “Impacto da Pandemia na Pessoa com Doença Rara”, organizada pela Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO), no âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras. Com o surgimento da pandemia, as vidas de doentes raros e cuidadores foram bastante impactadas, obrigando a uma nova forma de gerir os cuidados de saúde. Em Portugal, estima-se que entre 600 mil e 800 mil pessoas sejam doentes raros. Surgem agora alguns dados que indicam o quanto a COVID-19 prejudicou quer no acesso a terapias e

exames, quer em consultas e tratamentos. De acordo com o questionário da EURORDIS - Rare Diseases Europe organização, 9 em cada 10 doentes tiveram interrupção nos seus cuidados de saúde, 6 em 10 tiveram interrupção nos exames de diagnóstico, 7 em 10 tiveram consultas canceladas e cerca de 50% tiveram os seus tratamentos interrompidos ou adiados. O peso social das doenças raras atinge doentes; familiares e outros conviventes, especialmente quando sofrem de doenças mais graves, incapacitantes ou difíceis de controlar. Quem é portador de doença rara, em regra, sabe que a doença nao tem cura efetiva; o nível de dor e ou sofrimento é elevado; perde alguma ou total autonomia, e corre sérios riscos de vida.

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entrevista

Morcegos Trail Clube

“Há um espírito muito vincado de entreajuda e de respeito pela natureza” Natacha Alexandra Pastor

DR

“O gosto pelo desafio, a superação pessoal, o gosto e respeito pela natureza, a competição, a descoberta, a amizade, ...”, são apontados como os principais elos de ligação entre todos aqueles que se desafiam na prática do Trail Running. O Morcegos Trail Clube será um dos meus antigos, criado por Ricardo Almeida, João Hortênsio e Saulo Machado. Criativa Magazine - Como é que nasceu o vosso grupo? Começou efetivamente como Trail Running ou essa vertente colocou-se mais tarde? Em São Miguel na altura já existiam outros grupos? O que conheciam deste desporto? João Raposo - Tudo começou a 4 de setembro de 2015, na altura pelas mãos do Ricardo Almeida, do João Hortênsio e do Saulo Machado, com um evento criado nas redes sociais denominado por “1º Treino Trail Noturno Relva – Vigia das Feteiras – Relva”. A este treino apareceram alguns amigos e devido à adesão que houve assim se iniciou uma nova Era do trail regional. Os treinos na freguesia da Relva, ao anoitecer, tornaram-se frequentes, os amigos trouxeram mais amigos e assim cresceu a “família” que mais tarde é apelidada de Morcegos. Desde o seu início que a vertente do grupo sempre foi o Trail Running. Tenho ideia de que na altura já existiam outros grupos, talvez de uma forma menos organizada e perceptível junto desta modalidade. Como é que as coisas foram crescendo? Que dinâmica foram vivendo até ao momento? Acho que o crescimento do clube se deveu sobretudo ao gosto que todos temos pelo trail. Num grupo destes os pontos de contacto são, normalmente, o gosto pelo desafio, a superação pessoal, o gosto e respeito pela natureza, a

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competição, a descoberta, a amizade, a entreajuda, e a partilha destes momentos com os outros. Depois há ainda os treinos, as provas, e os convívios que alimentam todos estes valores e que mantêm o grupo vivo. Há também um interesse generalizado para que a modalidade cresça, sobretudo na nossa região, e que felizmente também se verifica em outros grupos da modalidade. Atualmente existem vários grupos... o que vos une a todos? Essencialmente o gosto pela corrida em trilhos. Isto é, na minha opinião, o que nos une e que potencia tudo o resto. E penso que é assim que deverá ser. Se assim não for, perdese a essência. Depois, e para que os grupos se mantenham ativos e juntos, são necessários outros valores que são fundamentais em qualquer grupo de pessoas. No caso dos grupos de trail running o aspecto social está sempre muito presente. Há um espírito muito vincado de entreajuda e de respeito pela natureza. A união de todos acho que vem muito daí. Numa ilha como a nossa, o Trail Running é extremamente apetecível e permite conhecer muitos recantos? Sem dúvida. É um desporto que, a meu ver, encaixa na perfeição na nossa região. É um desporto adequado para aqueles que procuram, para além do exercício físico, a


natureza e o desafio pessoal. Permite-nos explorar e desfrutar de locais lindíssimos, muitos deles apenas alcançáveis para quem vai a correr ou a caminhar. Já ninguém tem dúvidas que a corrida tem sido dos desportos que mais adeptos tem ganho nos últimos anos. O trail running, ou a corrida em trilhos como também é assim conhecida, é uma vertente do atletismo que permite juntar a natureza como pano de fundo. E isto é do melhor que temos na nossa região. Como é que este desporto tem crescido? Não só no vosso grupo, como também daquilo que é do vosso conhecimento geral? A modalidade tem sensivelmente duas décadas, mas tem crescido sobretudo nos últimos 10 anos, inclusive em Portugal. Quando os Morcegos se formaram em 2015, na altura como um grupo de amigos, praticamente não se viam pessoas a correr na montanha. Quem lá andava fazia-o a caminhar com o objetivo de conhecer a ilha e de desfrutar da sua natureza. Hoje, quem lá corre, não o faz de uma forma muito diferente. O trail running adiciona a vertente do desporto, do desafio pessoal e da superação e, para muitos, da competição, que é fundamental para a evolução do atleta e da própria modalidade. E tenho ideia que terá sido por volta de 2015 que a prática desta modalidade, tal como hoje a conhecemos, terá nascido em São Miguel, pelo menos de uma forma mais expressiva. Desde então que são cada vez mais os grupos que a praticam. Já em 2019, e com o aparecimento de muitas provas competitivas na nossa ilha, os Morcegos enviaram à Associação de Atletismo de São Miguel uma proposta base para a criação de um Circuito de Trail de São Miguel (CTSMI). A pandemia do COVID-19 acabou por atrasar o seu nascimento e em 2021, dois anos depois, a prova finalmente ganhou vida. Acreditamos que com o aparecimento de uma competição destas a modalidade pode e deve continuar a crescer na nossa região. Para quem nunca se aventurou numa experiência desta natureza... mas que gostaria de o fazer, o ideal é começar por se juntar a um grupo organizado? Que primeiras impressões é necessário ao nível da condição física individual? Iniciar a modalidade num grupo organizado não é um requisito, mas ajuda, e muito. Diria que ficamos aptos a

correr na montanha mais cedo. Isto acontece sobretudo pela partilha de conhecimento que existe. Mais rapidamente aprendemos aquilo que devemos e não devemos fazer. Os conselhos e as experiências dos outros são fundamentais de se ouvir. E há muitos temas para se falar durante o treino: os percursos, os planos de treino, as lesões, o equipamento, as provas, a alimentação, entre outros temas que geram sempre boa conversa. Correr na montanha implica cuidados redobrados e é desaconselhável fazê-lo sozinho. Requer outra logística que normalmente não existe quando saímos para ir correr na estrada. Há outros fatores de risco que devem ser respeitados. O isolamento, a dificuldade do terreno, e a variabilidade das condições climatéricas em altitude, são aspetos muito importantes que devemos sempre ter em conta. Há toda uma preparação cuidada que começa, regra geral, no dia anterior. Para quem se vai iniciar é importante começar por fazer um teste de aptidão física junto de um médico especialista. A competição vem geralmente mais tarde e potencia a motivação e evolução do atleta. Da parte do ‘núcleo duro’ quantas horas de treino dedicam semanalmente? O tempo de treino semanal varia muito com o tipo de prova para a qual se está a treinar. Eu diria que, em média, 8 horas semanais para os atletas que estão numa fase de treino mais intensiva e que treinam para provas de ultra distância. Mas isto é tudo muito variável e depende muito do atleta, dos métodos e tipo de treino que se adota numa determinada altura. Sempre que há uma prova à vista, há uma intensificação de treinos? Há também cuidados acrescidos com a alimentação? O vosso ginásio é quase sempre ao ar livre? É quase uma certeza! Todos querem chegar às provas na sua melhor condição física. Muitas vezes isto nem sempre é possível, mas é com este objetivo que todos trabalham. Depois há ainda as lesões que são frequentes e muitas vezes estragam-nos os planos. A alimentação é tão importante quanto o treino. De nada nos serve treinar bem se depois não nos alimentarmos convenientemente. E existe nos atletas um cuidado generalizado em manter este equilíbrio. Os nutricionistas podem e devem ter um papel muito importante no apoio e aconselhamento a estes atletas. Os ginásios são importantes para o reforço muscular que é fundamental para quem corre na montanha durante muitas horas. São cada vez mais procurados, mas há também quem opte por fazer esse complemento em casa ou ao ar livre.

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Na recortada costa norte da ilha de São Miguel floresceu a povoação das Capelas, outrora, importante centro de tradição baleeira, da qual perdura o porto e vestígios da antiga fábrica da baleia que ali existiu. Garantidamente, deste lugar obtêm-se as mais belas panorâmicas sobre o oceano Atlântico, bem como, aprazíveis perspetivas sobre as paisagens que a circunda. Aqui, evidenciase uma curiosa formação rochosa, que faz lembrar a silhueta de um elefante, sendo este ponto obrigatório para uma paragem de contemplação. Texto | Sandra de Sousa Bairos Fotografia | Manuel Fragoso

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entrevista reportagem

“A população não tem bem noção da riqueza das águas dos Açores”

Natacha Alexandra Pastor

ANP/WWF

O relatório Protecting Blue Corridors, lançado para assinalar o Dia Mundial das Baleias, analisou pela primeira vez os registos de satélite de 845 baleias migratórias em todo o mundo. Os Açores, que têm vindo a participar através da Universidade dos Açores, com dados científicos, surgem neste relatório como um “oásis” para estes mamíferos. A importância do caso das ilhas é explicada por Nuno Barros, especialista em Oceanos da ANP|WWF. Criativa Magazine - Qual o impacto das atividades marítimo-turísticas no processo de salvaguarda do habitat natural destas espécie? Existem preocupações quanto a uma eventual sobrecarga e/ou stress provocada por esta atividade? Nuno Barros (especialista em Oceanos da ANP|WWF) - Dependendo da espécie e

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do comportamento que apresenta, a observação pode interferir negativamente de forma pontual e se não cumprir a legislação a que está sujeita. É de crer que, durante a época alta, possa existir de facto alguma perturbação e que algumas espécies possam alterar comportamentos. Os Grampos, por exemplo, uma espécie altamente estudada nos Açores, parecem alterar as suas horas e padrões de descanso consoante o volume de embarcações


presente. Há espécies, como o Golfinho-roaz, que por vezes interagem com as embarcações, mas que noutros casos as evitam. Na impossibilidade de causar “zero perturbação”, o importante é minimizála e avaliar em cada situação o comportamento dos animais. Estamos a falar de seres emocional e socialmente complexos e que ainda carecem de muitos estudos para a sua total compreensão. Nos Açores existe legislação em vigor desde há mais de 20 anos para a indústria do whale watching, e existem restrições quanto ao máximo de licenças por ilha ou grupos de ilhas, limite de número de viagens por dia, e a obrigatoriedade de cumprir um código de conduta. Este código proíbe a perturbação, separação, alimentação e regula velocidades, ângulos e manobras de aproximação. Não é permitida a permanência de mais de 3 embarcações com um grupo de cetáceos nem a observação por mais de 30 minutos. Nos Açores ainda é permitida a natação com golfinhos (no continente não) e esta é uma atividade que levanta mais polémica, pois poderá interferir de forma mais intrusiva na vida destes animais. Poderá inclusive ser perigoso para os turistas, pois

Os Açores têm uma reputação a manter como local de excelência para o whale watching: atraem um tipo de público que se interessa pelas questões da ética e conservação, e existe escrutínio público em forma de reviews em vários meios de comunicação.” cria ti va magazine - março 2022 • 19


entrevista reportagem

Está neste momento em curso o processo de designação de Áreas Marinhas Protegidas e elaboração dos seus planos de gestão, através do programa Blue Azores uma parceira entre o Governo Regional, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Waitt. Este será um passo muito importante na protecção dos mares do Açores, o maior ecossistema do país.” há alturas delicadas da vida de algumas espécies nas quais não é desejável que se interfira - por exemplo competição de machos por uma fêmea. A escolha do local e momento para efetuar esta atividade é da responsabilidade do skipper. Os Açores têm uma reputação a manter como local de excelência para o whale watching: atraem um tipo de público que se interessa pelas questões da ética e conservação, e existe escrutínio público em forma de reviews em vários meios de comunicação. Além disso, algumas empresas têm também associada uma componente científica de recolha e tratamento de dados, contribuindo ativamente para o conhecimento. Cumprindo estes princípios da ética e da conservação, estas atividades podem ser uma forma de aproximar as pessoas a estes magníficos animais em estado selvagem, sensibilizando-as para o papel que todos podemos ter na preservação dos Oceanos. Mas é necessário que se cumpra a legislação

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e se reforcem estes princípios, caso contrário as atividades tornam-se danosas. Por outro lado, também importaria perceber se tem havido recomendações às autoridades governamentais dos Açores - considerando a importância que o arquipélago detém neste contexto. Diria que talvez a população em geral não tenha bem noção da riqueza a nível mundial que são as águas dos Açores. Existe trabalho feito por parte do Governo Regional ao longo dos anos, mas no entanto ainda há um longo caminho a percorrer no sentido de assegurar uma protecção eficaz às espécies de megafauna-marinha (mamíferos, tartarugas marinhas e aves, tubarões e raias e grandes peixes pelágicos). Desde há muito tempo que as Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) e Universidades têm trabalho em cooperação com o Governo Regional na identificação de problemas e


soluções e no aumento do conhecimento científico. Está neste momento em curso o processo de designação de Áreas Marinhas Protegidas e elaboração dos seus planos de gestão, através do programa Blue Azores - uma parceira entre o Governo Regional, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Waitt. Este será um passo muito importante na protecção dos mares do Açores, o maior ecossistema do país. A ANP|WWF entende que uma eficaz e ambiciosa gestão de Áreas Marinhas Protegidas - com uma abordagem participativa que envolva realmente as comunidades - é uma das ferramentas mais eficazes para assegurar a preservação dos Oceanos. Quais as espécies mais comuns em águas açorianas - de entre estas constam algumas espécies mais raras ou com alguma especificidade? Cerca de 1/3 das espécies de cetáceos que existem no mundo estão identificadas para os Açores. Destas posso destacar as grandes baleias migradoras como a Baleia-azul, a Baleia-comum - as duas maiores do planeta que passam pelo arquipélago em Abril e Maio em trânsito para as águas produtivas do ártico, onde se irão alimentar nos meses de Verão.

Existem espécies que podem ser observadas durante todo o ano - Cachalotes, Golfinhos-roazes, Golfinhos-comuns e Grampos. E durante o Verão é também possível ver grupos de Golfinhos-pintados e Baleias-piloto, além de muitas outras espécies de observação ocasional, como algumas espécies de Baleias-de-bico. Todos estes seres têm características fascinantes. Os Cachalotes têm o maior cérebro do mundo, mergulham regularmente até profundidades entre 1 e 2 km e permitem a foto-identificação através da sua cauda que funciona como uma impressão digital. Cachalotes registados nos Açores foram já observados na Noruega. Os Grampos apresentam uma estrutura social complexa estratificada por sexos e idades. Os Golfinhos-pintados visitam os Açores quando a água aquece, formam grandes grupos que podem ter centenas de indivíduos. No meio disto tudo convém não esquecer que os mamíferos marinhos são um indicador de tudo o que lhes está subjacente na cadeia trófica. Só um ecossistema marinho saudável pode suportar esta diversidade e abundância. Protegê-los é proteger os ecossistemas marinhos como um todo.

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megafone José F. Andrade

Luís Alberto Bettencourt Faz parte da chamada “geração de ouro” que abriu portas às gerações e movimentos que se seguiram. Fez parte de diversos “conjuntos” nas décadas de 60 e 70, de várias bandas na década de 80, até enveredar por uma carreira a solo que ainda mantém.

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Oriundo de Ponta Delgada, cedo revelou talento para a escrita de canções, em português. Cedo também descobriu talento para aliar essa mesma escrita, a melodias que ainda hoje perduram no tempo. Musicalmente, sempre foi “adepto” da fusão de rock urbano com o experimentalismo, não sendo por isso de estranhar o disco “Há Qualquer Coisa” dos Construção. Seguem-se os Rimanço, banda que havia de fazer história no panorama musical nacional, com o segundo lugar obtido no Festival R.T.P. da canção, de 1986, com o tema “No Vapor da Madrugada”. No ano seguinte, compõe o tema “Chamateia”, a convite de José Medeiros, com letra de António Melo Sousa. Em 2007, é distinguido com a homenagem “Carreira e Prestígio” no palco do Coliseu Micaelense, aquando dos prémios Açores Música. Mais tarde, recebe a Insígnia Autonómica de Reconhecimento, atribuída pela Assembleia Regional dos Açores na presença de sua Excelência o Presidente da República. A música de Luís Alberto Bettencourt está espalhada em diversos trabalhos, sendo exemplos; “O Barco e o Sonho”, “Balada do Atlântico”, “Ilhas de Bruma”, “Pedras Brancas”, “Os Últimos Baleeiros”, “A História de um Vulcão” e “Ilha dos Amores” (TVI), “XX Melodias, XX Poemas, XX Pinturas do Século XX” (Direcção Regional da Cultura), “L’Éxpedition de Jules Vernes” (editado em França), “7 Anos de Música” (RTP/A).

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1992 - Cruzeiro (DisRego) 1997 - Contemplações (M.M. Music) 2000 - Há Qualquer Coisa (DisRego) 2003 - D’ Azul e Negro (Dito e Feito) 2007 - O Silêncio das Horas (Atlantis Records) 2010 - Perfume das Ilhas (Nine Media) 2015 - Acústico (Mediaplay) 2017 - Coletânea (Mediaplay) 2021 - Em Busca do Sol (Nine Media)

Discografia • 1982- Há Qualquer Coisa (DisRego) • 1986 - No Vapor da Madrugada (Ovação) • 1987 - Chuva dos Meus Sentidos (Ovação)

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consultório eventos jurídico

CM Lagoa

com:

Carlos Melo Bento advogado

Como agir, e que provas apresentar, se p.x. um filho suspeitar que o património familiar está a ser entregue a outros (um cuidador por exemplo), por via de alguma fragilidade emocional/psíquica ou outra do seu familiar? Antigamente, essa pessoa podia ser objeto de interdição por demência (se a pessoa fosse deficiente física e mental) ou por prodigalidade (se a pessoa fosse gastadora sem peso nem medida, se desbaratasse o seu património por dá cá aquela palha, pelo jogo, por sexo, por burlas, etc.). Se fosse doente psíquico era interdito por demência. Se fosse um gastador sem conta nem medida, era interdito por prodigalidade. Agora, com os “direitos humanos” isso acabou. Neste momento, só o próprio é que pode pedir uma coisa que se chama acompanhamento. Em vez dum tutor, ele agora (depois de 2018) pode ter um acompanhante que, com autorização do acompanhado, pode ser o marido ou a mulher, ou o unido de facto (namorado/a), descendente ou ascendente ou qualquer herdeiro em geral. Em casos especiais como o que me põem, pode o tribunal nomear um acompanhante, que administre os bens do pródigo ou dissipador dos bens. Realmente, se uma pessoa começa a dar o que tem ao cuidador, quando ficar sem nada, os parentes até ao quarto grau podem ser obrigados a dar-lhe uma pensão de alimentos, casa, cama e roupa lavada...etc. O melhor é mexerem-se, irem ao Ministério Público ou a um advogado antes que seja tarde. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

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reportagem

FESTIVAL TREMOR 2022 PASSA PELA RIBEIRA GRANDE Natacha Alexandra Pastor

DR

A Câmara Municipal da Ribeira Grande assinou um protocolo de colaboração com a organização do festival Tremor para assegurar que algumas das atividades da edição deste ano passem pelo concelho.

O presidente da autarquia, Alexandre Gaudêncio, destacou que a passagem do festival pela Ribeira Grande representa uma mais-valia, porque irá permitir dinamizar a economia local, e ao mesmo tempo, projetar a cidade para o exterior, atendendo à origem heterogénea do seu público. Por outro lado, o autarca evidenciou que o programa da presente edição terá também uma forte componente social, visto que estão previstas diversas atividades na Vila de Rabo de Peixe, sendo assim uma excelente oportunidade de vivenciar o que de melhor aquela Vila tem para oferecer. O festival irá decorrer entre 5 e 9 de abril e contará com diversas atividades em vários pontos do concelho da Ribeira Grande.

Os novos nomes juntam-se aos já anunciados concertos de Alabaster Deplume, Bitchin Bajas plays ‘Switched on Ra’, Jonathan, L’Eclair, Maria Reis, Rodrigo Amarante, Sessa, Taqbir e Victoria. Para este ano o Tremor organizará ainda cinco residências de criação que vão propor igual número de espectáculos inéditos: Associação de Surdos da Ilha de São Miguel + ondamarela + Coral de São; Atlas - São Miguel; Ece Canli + Odete; Orquestra Modular Açoriana e Peter Evans + Rodrigo Amado + Escola de Música de Rabo de Peixe. No plano nacional, Montes de Kauê Gindri e Arianna Casellas; As Docinhas; We Sea; os The Rite of Trio, Tristany entre vários outros nomes juntar-se-ão à festa de cinco dias.

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saúde ótica

A importância de alguns alimentos na sua visão! Uma alimentação variada e rica é um antídoto natural para contrair certas doenças. No caso da sua visão, poderá trazer diversos benefícios. Saiba que, por exemplo, o consumo de Oleginosas, onde se inclui amêndoas, nozes, castanhas, linhaça e chia, ricas em vitamina E, é um componente indispensável para a boa saúde da visão. Ajudam-no a proteger-se contra a catarata causada pela exposição aos raios ultravioleta e também diminui a atuação dos radicais livres. Também as Leguminosas - feijão, a lentilha e o grão-de-bico - são muito importantes para a saúde do corpo e dos olhos. Ricos em ferro, zinco e fibras, ao mesmo tempo em que têm poucas gorduras, servem para combater a DMRI e melhoram a nitidez da visão noturna. Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt

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desporto motorizado

PAULO LEAL, Director de Provas do Grupo Desportivo e Comercial

“A INOVAÇÃO FAZ PARTE DO NOSSO ADN” Renato Carvalho

Carlos Costa

No final deste mês vai para estrada mais uma edição do Azores Rallye, prova que continua a contar para o Campeonato da Europa de Ralis e que volta ao calendário do Campeonato de Portugal de Ralis. Em Outubro do ano passado, Paulo Leal passou a liderar a direcção técnica do Grupo Desportivo e Comercial. O início de funções ocorreu no Além Mar Rali, a última prova do Campeonato dos Açores de Ralis de 2021. Criativa Magazine – Qual a estrutura da equipa técnica? Paulo Leal – A estrutura da equipa técnica é muito tradicional neste tipo de eventos. A direcção técnica está apoiada em diferentes ramos que depois se vão distribuindo pelas montagens, pelos controles, pelos comissários de estrada, que são apoiados pela PSP e pelas diferentes entidades. Cada um nas suas actividades e áreas vai monitorizando e controlando a prova.

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O Azores Rallye é a primeira prova da época. O ano passado, o figurino do rali foi muito alterado. A edição de 2022 vai surgir com grandes alterações? Vai haver algumas alterações. A inovação faz parte do nosso ADN e as provas têm de evoluir e têm algumas pequenas modificações. Desde já a prova vai-se disputar num sábado e num domingo, para comodidade dos espectadores. Para além disso, vamos ter também algumas transformações a nível de figurino e que vêm


no sentido de a tornar mais interessante, mais desafiante e de facilitar o acesso ao público, de maneira a torná-la mais cativante. Quais as limitações previstas para o público, devido à questão da pandemia? Felizmente que a situação em termos de pandemia está completamente diferente da vivida o ano passado. Recordo que em Maio foi necessário adiar a prova para Setembro e mesmo assim ela disputou-se sob grandes restrições. Este ano temos um cenário muito diferente. Vamos ter evidentemente um plano de acção devidamente apoiado nos planos oficiais, mas que já exige muito menos restrições. O que peço às pessoas é que continuem a respeitar a etiqueta social, o distanciamento, evitem grandes aglomerados e que utilizem a máscara sempre que tal se justificar, nomeadamente, nos espaços fechados ou quando houver maiores aglomerados de pessoas. Peço ao público que siga as instruções dos oficiais de prova e dos marshalls, evitando colocar-se em zonas perigosas. Vejam o rali em segurança! Quais os objectivos da equipa técnica para o futuro? Os objectivos desta equipa técnica são de certeza os

mesmos das anteriores. Esta é uma dinâmica que vai evoluindo ao longo do tempo. É manter as provas que nós temos realizadas com a maior qualidade. Continuar a ter provas apetecíveis para o público, inscritas nos calendários mais importantes. Fazer com que elas se disputem dentro da segurança exigida e também que os concorrentes se divirtam. Esta equipa está interessada na diversificação das actividades desenvolvidas pelo clube. No entanto, é preciso perceber que todas as iniciativas requerem hoje em dia apoios significativos e só se pode avançar em cada uma delas tendo objectivos e apoios bem definidos. Uma análise ao actual momento do desporto automóvel nos Açores? Isto tem de visto por duas perspectivas. Por um lado, o Campeonato dos Açores de Ralis é um campeonato extraordinariamente disputado. Em 2021 teve um vencedor em que à partida não seria anunciado. As minhas felicitações aos vencedores e aos vencidos. Por outro lado, é um campeonato com viaturas muito envelhecidas. Com concorrentes já muito veteranos, que precisa urgentemente de renovação e de apoios significativos que permitam precisamente esse rejuvenescimento.

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EXERCÍCIO FÍSICO pela sua SAÚDE CELSO TAVARES - TÉCNICO ESPECIALISTA

EM EXERCÍCIO FÍSICO

#saidosofá

Psiconeuroacupuntura Tem como base a integração de conceitos atuais da investigação científica em Neuropsicologia com a milenar Medicina Chinesa. Para isso, centra-se em ferramentas de união entre as diferentes formas de saber, promovendo uma avaliação do indivíduo em diferentes prismas, com foco primordial num equilíbrio multidimensional. Conjuga modelos de interpretação humana que promovem a unicidade inequívoca mente-corpo, através de uma visão energética. Define-se como uma disciplina centrada no apoio de estados de sofrimento humano, sendo que, transtornos mentais, emocionais, psicossomáticos e existenciais estão na base da acção (depressão, falta de sentido de vida, ansiedade, dores inexplicáveis, contracturas, vivências de emoções tóxicas, gestão de emoções, ruminação de pensamentos, incoerência mente-coração, lutos, fibromialgia, conflitos ou rupturas relacionais, insónia ou hipersónia, reestruturação de vida, estados de letargia e esgotamento biopsíquico, etc. No âmbito de competição, é bastante útil, pois:

ALÍVIA O STRESS E A ANSIEDADE. A melhoria do estado emocional e mental promove uma mente focada e concentrada em alcançar metas. • FORTALECE O SISTEMA IMUNITÁRIO. Favorece um melhor desempenho, diminui pausas na competição/treino e aumenta a resistência cardio-respiratória. • ACELERA O TEMPO DE RECUPERAÇÃO E AUMENTA A FORÇA ISOCINÉTICA. Alivia dores musculares, acelera o processo de recuperação de lesões musculares e diminui a fadiga muscular. • AUMENTA A CONSCIÊNCIA DE SI MESMO. O processo de autoconhecimento é uma ferramenta vencedora e benéfica no antes e após competição. Acima de tudo, promove o alinhamento do corpo físico, emocional, mental e espiritual para percorrermos o caminho evolutivo que nos leva a viver a melhor versão como SERES HUMANOS. Um agradecimento à Clínica Clínica Yin Yang pela participação nesta edição.

Não vejas o exercício físico como uma moda só porque os demais o fazem. Vê como um medicamento natural para a tua saúde física e mental.

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

Alergias em tempo de Primavera!

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Com a chegada da primavera, são muitos os motivos para aproveitar os dias mais agradáveis. Além disso, a aproximação do verão faz-nos começar a planear um maior número de atividades no exterior, tão desejadas após todo o isolamento que a pandemia por Covid 19 nos impôs nos últimos tempos. Lá fora tudo parece florescer. O verde e as flores voltam a ocupar o seu espaço. Porém, toda esta beleza traz consigo uma maior concentração de pólens causadores de alergias. Mas, o que são as alergias? As alergias definem-se como respostas exageradas do nosso organismo face a agentes ambientais como os pólenes ou os ácaros, os quais são inofensivos para a maioria das pessoas. De acordo com a evidência científica actual, parece existir uma predisposição genética para as alergias. Este facto justifica que, por exemplo, em determinados agregados familiares se verifique uma frequência aumentada de alergias entre os seus membros. Em todo o caso, os dados epidemiológicos apontam para que cerca de 1 em cada 3 europeus sofra de alergias, valor que parece estar alinhado com os dados relativos ao nosso país. As alergias, numa expressiva maioria dos casos, manifestam-se por vários espirros seguidos (espirros em salva), corrimento nasal, obstrução nasal, lacrimejo e comichão no nariz e nos olhos. Em casos mais graves, os sintomas podem ser mais severos, podendo inclusivamente justificar uma admissão hospitalar urgente ou emergente.

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As alergias pertencem a um grupo de doenças, por vezes incapacitantes e sem cura e exigem um acompanhamento médico adequado. Com efeito, a chave do tratamento estará na prevenção da exposição aos agentes agressores. Portanto, o primeiro passo é suspeitar das alergias e, posteriormente, identificar com exactidão o agente causador. Ou seja, o adequado tratamento das alergias está dependente do estabelecimento de um diagnóstico correto que permita a implementação de medidas farmacológicas e comportamentais. Neste sentido, é fundamental educar o utente e os seus familiares dotando-os da capacidade para reconhecer os alergénios e evitá-los e atuar precocemente perante a apresentação de sinais e sintomas. Num elevado número de casos, evitar os ácaros do pó doméstico e evitar espaços com carpetes ou alcatifas pode trazer grandes benefícios para o doente. Para a limpeza da sua casa recorra a aspiradores com filtros HEPA (filtros de alta eficiência). Utilize coberturas anti-ácaros nas almofadas e nos colchões. Prefira lenções de algodão e lave a roupa da cama a temperaturas superiores a 50ºC. Ao nível do ambiente exterior os pólenes são os alergénios mais importantes. Evitá-los é fundamental! Se vai viajar no território nacional, consulte a previsão semanal da distribuição de pólenes por região. Se tem um(a) filho(a) com asma ou outra doença alérgica não deixe que ninguém fume em sua casa ou no seu carro. Proteja as crianças do fumo passivo. Prevenir é o melhor remédio!


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saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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confie em quem lhe dá assistência!

Faça como a Alexandra Lencastre

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Olhar Criativo Desafio Mensal com o Tema:

“Provérbios Portugueses”

1º Lugar - “Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar” - José Maria Sousa Estas páginas são dedicadas ao olhar dos entusiastas que, com a Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores, promovem de forma apaixonada a fotografia e a arte de fotografar nos Açores, desde 2007.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - “Quem com Deus anda, Deus lhe alumia” - José Vaz

3º Lugar - “Pau que nasce torto, nunca se endireita” - José Maria Sousa

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eventos Fim de semana de atividades desportivas no Nordeste CM Nordeste Nos dias 19 e 20 de fevereiro, o Centro Desportivo e Recreativo do Nordeste, com o município do Nordeste, organizou o IV Torneio de Voleibol 4x4 Nordeste Volley e a II Corrida da Lomba da Fazenda “Heranças, Costumes e Tradições”. Com a presença de 8 equipas e mais de 45 participantes, foram realizados ao longo de todo o torneio de voleibol 18 jogos. A II Corrida Lomba da Fazenda “Heranças, Costumes e Tradições”, com a participação de 100 inscritos oriundos de toda a ilha.

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eventos

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eventos exposição “Olhares daqui e d’além-mar” José Maria Sousa A exposição “Olhares daqui e d’além-mar” juntou um grupo de amigos da fotografia, que aceitaram o desafio de apresentar alguns trabalhos de temática livre. Há diversos olhares, das Ilhas e do mundo, do mar e da terra e de vivências do dia-a-dia. A exposição esteve patente na praça central do Solmar Avenida Center.

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eventos

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eventos Inauguração do Herbário Comunitário CM Nordeste A Câmara Municipal do Nordeste inaugurou a exposição do Herbário Comunitário dos Açores, um projeto desenvolvido no âmbito da candidatura de Ponta Delgada a Capital Europeia da Cultura Azores 2027, através do programa “Mão em Mão”, levado a cabo por Bruno Márquez, técnico de conservação da SPEA Açores. O Herbário Comunitário dos Açores foi criado com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a flora nativa e endémica dos Açores, envolvendo na sua criação a comunidade local, entre estes, dois grupos de utentes do Cartão Municipal do Idoso, no trabalho de campo e de recolha de plantas, como via para o conhecimento através da própria experiência.

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eventos Inauguração do parque infantil “Rabo de Peixe dos Pequeninos” DR Foi inaugurado o parque infantil “Rabo de Peixe dos Pequeninos”, um espaço que ganhou vida após aprovação do OP da Ribeira Grande. Neste parque é possível mostrar aos mais novos alguns usos e costumes do antigamente, principalmente aqueles que estão plasmados nas pequenas casas e os ofícios que nelas estão representados, como é o caso da carpintaria, a cozinha ou a sala de aulas. Para além disso, o parque está equipado com réplicas da igreja de Rabo de Peixe e do antigo coreto, dispondo também de vários equipamentos infantis para usufruto dos mais novos.

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agenda

Solmar Avenida Center

Concerto de “João Moniz | Sara Cruz - trio acústico Coliseu Micaelense

até

21H30

II edição do “Povoação Trail” Povoação

Mostra “Herbário Comunitário”

Casa João de Melo (NORDESTE)

até

Concerto LLOYD COLE Teatro Micaelense

21H30

As Velas Ardem Até ao Fim Teatro Micaelense

21H30

Festival Tremor

de

Mercadinho da Páscoa

de

São Miguel

Posto de Turismo do Nordeste

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10 11 13 14 21 27

março

março março

março

março

março

5 a abril 09 1 a abril 30

Horário de expediente

Agenda sujeita a eventuais alterações.

Exposição coletiva “Olhares daqui e d’além-mar”


opinião Reabilitação, O Doente Crónico da Saúde Artigo de Opinião de Joaquim Brites, Presidente da Direção da APN-Associação Portuguesa de Neuromusculares

Os últimos dois anos foram muito conturbados para o setor da saúde. Foram-no, também, para cada um de nós. Dificilmente, seremos capazes de imaginar o que eles representaram para quem sofre de uma doença crónica, independentemente da sua etiologia, idade, severidade, ou grau de evolução. Ao longo dos últimos meses, todos os especialistas, e incluo, nestes, todos os que sabem muito de saúde e aqueles que, dela, pouco sabem mas muito comentam, referem a necessidade urgente de retomar as consultas de especialidade, as cirurgias em atraso, os rastreios oncológicos, os meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) ou, resumidamente, todos os cuidados de saúde hospitalares e a normalização e, até, o reforço no acesso aos Cuidados de Saúde Primários. Curiosamente, não ouvimos falar com a mesma assiduidade na urgência da retoma dos atos de MCDT que não foram realizados, nomeadamente nas terapias das quais depende a qualidade de vida de muitos doentes crónicos. Refiro-me à fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e muitas outras. Esta, foi a área da saúde mais afetada. Segundo um Estudo publicado pela GFK e pelo Movimento Saúde em Dia, em outubro de 2021, com base em dados do Portal da Transparência, a diferença do número de atos praticados, em Medicina Física e Reabilitação, entre os períodos de Março de 2019 a Janeiro 2020 e Março 2020 a Janeiro 2021, foi superior a 15 milhões (-15.482.069). A maior diferença verificada em todo o estudo, nesta área. Até agora, pouco ou nada mudou. Os doentes neuromusculares, um dos maiores grupos de doentes raros do mundo, assumem-se, enquanto doentes crónicos, como dos mais prejudicados pelo desinteresse e pela ausência de medidas concretas que contrariem estes números. Apresentando-se como doenças progressivas que, pela evolução dos seus efeitos, se tornam incapacitantes, tal como outras doenças neuro degenerativas, têm indicação permanente para um conjunto de terapias de manutenção e de reabilitação, por parte dos maiores especialistas em todo o mundo, incluindo alguns portugueses. A fisioterapia, funcional e respiratória, assim como outras terapias associadas, permite uma maior mobilidade e previne o aparecimento de contraturas que, normalmente, são irreversíveis. Imaginem pois, o que aconteceu ao longo dos últimos dois anos em que a maioria dos doentes não teve qualquer acompanhamento e que viu o seu direito ao tratamento interrompido de forma irremediável. E

continuam à espera de respostas. Há muito tempo que venho chamando à atenção para a necessidade de encontrar soluções. Depois de muitos casos, objeto de denúncia pública e largamente difundidos pela comunicação social, chegam-nos relatos de jovens que estão à beira de deixar de escrever, à mão e no computador, de executar algumas tarefas diárias e, até, de deixar de comer por não conseguirem agarrar em utensílios, como garfos ou colheres. Para além destes, muitos outros doentes crónicos têm mencionado a degradação do seu estado físico e reclamam atenção para a sua reabilitação. No Estudo, atrás referido, 95% dos inquiridos consideram o apoio na fisioterapia e na fisiatria como a área prioritária de intervenção, no SNS. Ninguém os ouviu. Alguns meses depois, quando se começa a falar de alívio nas restrições impostas pela pandemia, continuo a não ouvir qualquer referência às sugestões apresentadas, e reforçadas pelo Movimento Saúde em Dia tais como, o alargamento dos horários de funcionamento dos hospitais e dos Centros de Saúde, agora renomeados para UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, por cerca de 91% dos participantes. Lamentável, é o termo que me ocorre. A situação foi agravada pela pandemia, mas já era conhecida antes de março de 2020. Apesar das muitas reclamações, ninguém quis assumir qualquer responsabilidade pela degradação da condição física dos doentes crónicos. A primeira palavra deveria ser dos médicos fisiatras que, desde sempre, se refugiam na falta de condições, na falta de pessoal e no excesso de trabalho a que estão sujeitos em ambiente hospitalar. Por isso, recomendam que seja o médico de família a prescrever os tratamentos em clínicas convencionadas. Mesmo sabendo que estão a duplicar custos ao SNS. Mesmo sabendo que nem todos os utentes têm médico de família. Mesmo sabendo que os serviços convencionados não estão especializados na maioria dos tratamentos destinados às doenças crónicas. Mesmo sabendo que, estes serviços, enquanto privados, se comportam como entidades orientadas para o lucro, impondo ritmos de atendimentos por hora nada compatíveis com a maioria das necessidades de tratamento. E, assim, o tempo de espera vai aumentando. É urgente colocar o tema em cima da mesa e ouvir os doentes, ou as associações que os representam. Sem complexos nem medo de ferir suscetibilidades, mas com um conhecimento real do que acontece um pouco por todo o país. Assim, o novo Governo nos queira ouvir!

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aconteceu cia e a Cultura), no âmbito da Rede das Escolas Associadas da UNESCO, promoveu um concurso de frases para a publicação “O que é a UNESCO para crianças”, com o principal objetivo de estimular a criatividade e a Câmara Municipal e Freguesias citadinas reúnem para debater segurança A Câmara Municipal e as Freguesias citadinas reuniram para analisar questões relacionadas com a segurança em Ponta Delgada e, em conjunto, encontrar as soluções mais adequadas e eficazes para combater a pequena criminalidade. No encontro com o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada estiveram os presidentes das juntas de freguesia de São José, São Sebastião, São Pedro e Santa Clara - Jorge Oliveira, José Maria Rego, José Manuel Leal e António Cabral. FESTA DA FLOR PREMIADA NOS TROFÉUS DO JORNAL AUDIÊNCIA A edição de 2021 da Festa da Flor, organizada pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, foi premiada com o troféu “Tradição & Inovação” na gala organizadapelo jornal Audiência. Na entrega do prémio, o presidente da autarquia, Alexandre Gaudêncio, aproveitou para anunciar que a edição de 2022 será de 11 a 13 de maio e que o programa será de acordo com as recomendações da autoridade de saúde. JOVEM DO CATL “O BORBAS” COM FRASE PREMIADA EM CONCURSO DA UNESCO A Comissão Nacional da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-

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balhos na área da publicidade para algumas das mais conhecidas marcas de roupa, calçado, automóveis, e até mesmo, para estrelas do mundo do cinema e do futebol, como é o caso do Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Em 2020, a Netflix selecionou um argumento sobre a Vila de Rabo de Peixe, escrito por Augusto de Fraga.

imaginação, e promover a reflexão sobre o que é a UNESCO. Nesse âmbito, o concurso foi dirigido aos alunos do 2.º e 3. º Ciclos do Ensino Básico e aos alunos do Ensino Secundário, da Rede das Escolas Associadas da UNESCO, tendo o CATL “O Borbas” participado nesta iniciativa. O jovem Henrique Góis, que frequenta o CATL lagoense, foi selecionado com a sua frase: “Para homens e mulheres instruídos o mundo criar, a organização Unesco vai ajudar”, que será divulgada na referida publicação. AUGUSTO DE FRAGA RECEBIDO NOS PAÇOS DO CONCELHO O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, recebeu o realizador micaelense Augusto de Fraga, que recentemente foi premiado como o melhor realizador, pela segunda vez consecutiva, pelo Clube Português de Criatividade. Augusto de Fraga é natural da ilha de São Miguel e já fez tra-

Conseran avança com nova fábrica de conservas no Pico Foi lançada a primeira pedra da nova fábrica de conservadas Conseran, situada na freguesia das bandeiras, na Madalena do Pico. O projeto para a nova fábrica na ilha do Pico está orçamentado em cerca de 15 milhões de euros, deverá potenciar a criação de mais de 100 postos de trabalho e é estimável que esteja concluído num prazo de um ano.


PROJETO “NOVOS B O N E C R E IR O S ” PRETENDE INCENTIVAR SURGIMENTO DE NOVOS ARTESÃOS Com o objetivo de a salvaguardar a arte bonecreira, a Câmara Municipal de Lagoa considerou fulcral sensibilizar toda

a comunidade lagoense disponibilizando formações, que têm como principal propósito perpetuar essa tradição cultural identitária na Lagoa. Estas formações enquadradas no segundo eixo de ação do projeto “Novos Bonecreiros” pretendem ser, assim, um incentivo à adesão de novos artesãos, sendo as formações gratuitas, e destinadas ao público em geral, e cada uma tem um limite de 6 formandos, em que é necessária uma inscrição prévia. GAUDÊNCIO INCENTIVA ADESÃO AO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, assistiu a uma das assembleias participativas escolares, na Escola Secundária da Ribeira Grande, que têm como principal objetivo apresentar o Orçamento Participativo Jovem aos alunos e professores. Na ocasião, o autarca apelou aos jovens para serem agentes ativos na participação cívica

das suas comunidades. O Orçamento Participativo Jovem da Ribeira Grande está a percorrer todas as escolas do concelho e conta com um orçamento global de 100 mil euros. O prazo de submissão de propostas termina a 18 de março.

Ribeira Grande REFORÇA VIGILÂNCIA NAS ZONAS BALNEARES O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande assinou o novo contrato de vigilância das zonas balneares, com a Associação de Nadadores Salvadores da Costa Norte, que prevê a vigilância, durante todo o ano, na zona balnear das piscinas municipais e na praia do areal de Santa Bárbara, e que estende por mais três anos esse serviço. Está previsto ainda o reforço da vigilância, durante a época balnear, para as zonas balneares do Calhau da Furna, nas Calhetas, na praia do Monte Verde, na praia dos Moinhos, no Porto Formoso, na zona balnear do Frade e calhau da Areia, na Maia, e na praia da Viola, na Lomba da Maia. Candidaturas ao programa “Eco-Freguesia, Freguesia Limpa” Até ao dia 15 de março, estão abertas as candidaturas ao programa “Eco-Freguesia, Fregue-

sia Limpa”, a que se podem candidatar todas as juntas de freguesia dos Açores. O programa “Eco-Freguesia, Freguesia Limpa” tem como principal objetivo “reconhecer e distinguir os esforços” das freguesias e a “colaboração das populações” na limpeza, remoção e encaminhamento para destino adequado dos resíduos abandonados em espaços públicos, incluindo as linhas de água e a orla costeira, bem como o desenvolvimento e participação em “programas e ações de sensibilização e educação ambiental”, explica a tutela. Loja ‘Azores In a Box’ nas Portas do Mar ‘Azores in a Box’ está agora situada nas lojas 15 e 16 das Galerias Comerciais das Portas do Mar Shopping. Na loja estarão disponíveis produtos de cerca de 90 empresas artesanais das várias ilhas do arquipélago, assumindo-se como um espaço de referência para a promoção, divulgação e comercialização do artesanato regional certificado pela marca “Artesanato dos Açores” e de diversos projetos desenvolvidos pelo (CADA), assim como todo o merchandising, publicações e kits temáticos.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 Amor: começa uma nova fase da sua vida e tudo começa a correr de forma mais positiva. Neste sentido, procure tomar iniciativas lúcidas e corajosas. Trabalho: estão especialmente protegidas as atividades ligadas à área financeira. No entanto, adote uma postura criativa e mostre os seus talentos.

Balança 23/09 a 22/10 Amor: a vida afetiva é indispensável para o seu equilíbrio individual. É possível que pretenda canalizar o seu foco para as questões sentimentais. Trabalho: sente que tem as condições fundamentais para estruturar todos os assuntos neste setor, mas atue sempre de forma dedicada e disciplinada.

touro 21/04 a 20/05 Amor: atravessa uma época agradável e harmoniosa em termos afetivos. Aproveite essa excelente energia para consolidar o seu relacionamento amoroso. Trabalho: momento favorável para resolver quaisquer situações pendentes. Daqui em diante, seguramente vai conseguir concretizar os seus objetivos.

Escorpião 23/10 a 21/11 Amor: provavelmente a sua sensualidade está acentuada. Daqui em diante vai sentir maior predisposto para partilhar o seu amor com a sua cara-metade. Trabalho: algumas provações colocam à prova as suas capacidades profissionais, mas assuma as suas responsabilidades e tome decisões mais ambiciosas.

gêmeos 21/05 a 20/06 Amor: este período é fértil em novidades surpreendentes que podem mudar o seu destino, mas cabe a si tirar o melhor proveito das várias situações. Trabalho: a nível profissional, tente liderar os seus projetos de modo a alcançar os resultados pretendidos. Contudo, prevêem-se ótimos sucessos.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 Amor: preste atenção às pessoas que ama, mas não deixe que ninguém contrarie os seus planos. Neste contexto, evite preocupações e avance sem medo. Trabalho: altura certa para reestruturar o campo laboral. Porém, afaste preocupações e aceite mudanças que lhe possam trazer regalias económicas.

capricórnio 22/12 a 19/01 Amor: necessita de conversar frontalmente com as pessoas que lhe estejam a criar problemas. Porém, adote uma postura muito flexível e diplomática. Trabalho: perspetivam-se mudanças que podem trazer-lhe melhorias financeiras. Trata-se de um ciclo propício para colocar a sua vida mesmo em ordem.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 Amor: a conjuntura possibilita-lhe estabelecer uma relação proveitosa para ambos os elementos do par. Todavia, assuma um comportamento compreensivo. Trabalho: deve aproveitar esta etapa protegida para reorganizar melhor o seu futuro. Há indicações que vai finalmente atingir as metas pretendidas.

peixes 19/02 a 20/03 Amor: possivelmente, as influências do seu regente Júpiter podem trazer-lhe um romance excitante. Se está disponível, não tenha medo de arriscar. Trabalho: abre-se um período dinâmico e de novos começos. Acredite no seu potencial intrínseco, aperfeiçoe a sua fé e tente realizar os seus sonhos.

Amor: exponha as suas ideias, mas tenha um especial cuidado com tudo o que diz de maneira a evitar conflitos que possam prejudicar a sua evolução. Trabalho: podem surgir novas oportunidades ou surpresas promotoras de progresso na carreira. Também, os contatos estão especialmente favorecidos.

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Amor: por um lado, abrem-se novos horizontes em termos de amizade, por outro, pode consolidar laços existentes que lhe proporcionam muita segurança. Trabalho: naturalmente ocupa o seu pensamento preparando novos planos para o futuro. Todos os seus esforços e mudanças trarão imensos benefícios.

signo do mês

Amor: as suas aptidões naturais estão bastante enfatizadas. Aproveite o seu entusiasmo pela vida para evidenciar a sua faceta criativa e romântica. Trabalho: ocasião propícia para mostrar o seu valor. Nesta perspetiva, reafirme as suas ambições e use o diálogo para superar quaisquer obstáculos.


Ser um Guzzista não é sobre a mota que tu escolhes, é sobre quem tu és!

OFICINA / VENDA DE MOTOCICLOS E ACESSÓRIOS AZORES PARK PAV. 3.12 296 20 19 20 ACCMOTAS@ACCYMBRON.PTcria ti va magazine - março 2022 • 53


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