CRIATIVA MAGAZINE - MARÇO 2018

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sconto e d e d s r e h c u vo no interior

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Ponta Delgada com bons conteúdos de inteligência urbana

20 Ano III Nº 41 MARÇO 2018

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TREMOR põe São Miguel a mexer na primavera

Novidades na agenda cultural do concelho de Lagoa


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reportagem

NO REGRESSO DE UMA MISSÃO SOLIDÁRIA

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Grande reportagem

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Reportagem

REMAX 4YOU BRINDA EQUIPA COM PRÉMIOS

EVENTOS

NO COLISEU 36 CARNAVAL MICAELENSE DE MÁSCARAS 38 BAILE NO TEATRO MICAELENSE DESFILAM 39 CRIANÇAS EM PONTA DELGADA DAS LIMAS 40 BATALHA MUITO ANIMADA PESSOAS 43 2.500 NO CANTAR ÀS ESTRELAS GALA DO DESPORTO 44 4.ª DE PONTA DELGADA

Rubricas jurídico 28 Consultório com: carlos melo bento criativo 30 Olhar COM O TEMA: “O AMOR” ótica 32 Saúde com: INSTITUTOPTICO de saúde 34 Consultório com: João Bicudo Melo Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361 Nº Registo: 126655

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PETINGA FRITA COM AÇORDA ENROLADA

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restauração

MAIORIA DOS COMERCIANTES NÃO VAI PERMITIR ENTRADA DE ANIMAIS

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desporto motorizado

CORRIDAS COR-DE-ROSA as mulheres no desporto automóvel

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: António Bettencourt e Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande reportagem

Responsabilidade global na racionalização da água Tempo seco, valor médio de precipitação aquém do necessário, Portugal Continental está de novo sob a ameaça de severa seca. Há dez meses consecutivos que os valores de precipitação mensal são inferiores ao normal. Com características anormais, o clima está a ter comportamentos que preocupam cada vez mais. Natacha Alexandra Pastor

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e acordo com o índice meteorológico de seca PDSI, no final do último mês de janeiro, verificou-se, em relação a 15 de janeiro, um aumento da área em situação de seca severa, em particular em Portugal, em particular nas regiões do interior Norte e Centro. No final deste mês cerca de 56% do território português estava em seca severa, 40% em seca moderada e 4% em seca fraca. A ausência de chuva, depois de um verão quente, seco e prolongado, deixa preocupadas as entidades. Com o clima cada vez mais instável, estudos mais abrangentes já realizados ao cenário em Portugal, compreendendo uma análise integrada da evolução climática, durante o último século, dão bons indicadores das tendências, destacadas pela Agência Portuguesa do Ambiente, entre as quais se verifica que o clima português sofreu, ao longo do século XX, uma evolução caracterizada por três períodos de mudança da temperatura média:

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Direitos Reservados

aquecimento em 1910-1945, seguido de arrefecimento em 1946-1975 e por um aquecimento mais acelerado em 1976-2000. Nos Açores a ausência de chuva não tem para já os contornos que se verificam no território nacional, o que permite respirar de alívio, mas na verdade, é algo que pode mudar há nos próximos anos daí os cuidados imperativos, desde há alguns anos, para a poupança desse bem inestimável: a água. Cartilha da Sustentabilidade 41 entidades públicas e privadas dos Açores assinaram no ano transato a primeira Cartilha da Sustentabilidade, um documento no qual assumem três compromissos para os próximos anos, apostando na eficiência e na racionalização, quer na aposta na mobilidade elétrica, a redução dos consumos de eletricidade e água, a redução dos resíduos.


Consumo a aumentar Face às alterações, há muito que se vem apelando à racionalização no consumo de água, por parte de entidades e particulares. Há que tomar consciência de que a água escasseia, em especiais alturas do ano, essa preocupação deve ser acentuada. Mas os números ditam o contrário, há maior consumo de água em quase toda a região Açores. Apenas uma ilha se destaca no sentido inverso: São Jorge. De acordo com a informação facultada à nossa reportagem pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA), o consumo de água tem vindo a aumentar na região, “com um consumo médio de água por habitante, em 2001, de aproximadamente 81m3 e, em 2015, 136m3. Esta tendência verificou-se em oito ilhas do arquipélago, sendo exceção a ilha de São Jorge, onde se registou um decréscimo do volume de água

consumida por habitante, designadamente no concelho de Velas. Nas restantes ilhas, apenas os concelhos de Vila Franca do Campo e de Santa Cruz da Graciosa registaram indicadores contrários a esta tendência. Devemos, no entanto, analisar estes dados com alguma precaução, uma vez que se referem ao volume de água distribuída, tendo em conta, apenas, a população residente. Ou seja, não refletem outras variáveis, designadamente flutuações sazonais da população que decorrem do aumento do turismo registado, nos últimos anos na região”. Na ilha de São Miguel, o concelho de Vila Franca do Campo vai liderando o processo de racionalização do consumo de água. Podem existir diversos fatores que estão a contribuir para essa diminuição, que acontece há três anos consecutivos, mas a sensibilização porta-a-porta dos munícipes e as ações em contexto escolar podem explicar parte do sucesso.

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Campanhas de racionalização A pensar num futuro que poderá ser muito diferente, a entidade regional que regula as águas admite que existem atualmente soluções tecnológicas que poderão ser utilizadas como forma de obter água para consumo humano. A ERSARA tem vindo promover diversas campanhas no sentido de promover um consumo eficiente da água da torneira, que nos Açores é da mais elevada qualidade, por se tratar de um bem que é cada vez mais escasso e que, como tal, não deve ser desperdiçado. “Com estas iniciativas pretende-se informar a população sobre quais os comportamentos a adotar para reduzir o consumo de água nas nossas casas e consequentemente a fatura a pagar ao final do mês”, confere Hugo Pacheco, da ERSARA, indicando que há muitos gestos que permitem observar uma poupança nos consumos, que, a título particular e/ou coletivo, todos devem assumir. “Reduzir o tempo do duche, fechar a torneira ao lavar a loiça, usar as máquinas de lavar apenas com a carga completa, usar o balde para lavar o carro ou reutilizar a água de lavagem de legumes ou frutas para regar as plantas são algumas das sugestões de atitudes ao alcance de todos para poupar água no dia-a-dia.” Alteração na precipitação é real Apesar de os recursos hídricos serem relativamente abundantes na região, em virtude da nosso orografia e climatologia, nomeadamente a precipitação abundante e regular ao longo do ano, temperatura amena e elevados índices de humidade do ar, na verdade o que se tem registado nos últimos anos merece já a nossa atenção. É que se tem vindo a verificar a uma “alteração significativa do volume anual de precipitação e por consequência da recarga dos aquíferos”, confirma Hugo Pacheco, o que deverá conduzir o quanto antes a uma consciencialização ativa. “É entendimento que deverá

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haver uma consciencialização de todos os agentes envolvidos no uso da água, desde as entidades gestoras aos consumidores finais, para o seu uso moderado e eficiente. Atendendo às características insulares dos Açores, existem atualmente soluções tecnológicas que poderão ser utilizadas como forma de obter água para consumo humano, nomeadamente através da dessalinização da água do mar, mas que terão um impacto económica muito significativo, atendendo aos custos envolvidos neste processo.”


CN Tower, Niagara, Royal Ontario Museum, Loma House, Art Gallery of Ontario, Centre Island. Estas são apenas algumas das imensas atrações da cosmopolita e multifacetada cidade de Toronto.

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ENTREVISTA

TREMOR põe São Miguel a mexer na primavera Tem vindo a acontecer no início da primavera. Estende a sua atividade pela ilha de São Miguel e põe a ilha a mexer numa época em que a programação artística é diminuta. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - Que programação está prevista para o TREMOR 2018? Quais os principais nomes e iniciativas envolvidas? António Pedro Lopes (Diretor Artístico) - O Tremor 2018 decorrerá de 20 a 24 de Março. Terá centro em Ponta Delgada, mas a sua programação acontece um pouco por toda a ilha de São Miguel. Serão 5 dias repletos de concertos, dj sets, residências artísticas, conversas, exposições e incursões musicais surpresa e na paisagem. Há mais de 50 actividades para descobrir: de um grande concerto de Dead Combo à inauguração de “O Narcisismo das Pequenas Diferenças”, nova exposição da fotógrafa Pauliana Valente Pimentel, na Galeria Fonseca Macedo. Os Três Tristes Tigres regressam aos palcos no Tremor, o americano Mykki Blanco promete um concerto inesquecível e a Banda Lira Sete Cidades abre o festival em colaboração com o fotógrafo Daniel Blaufuks, num adeus filmado ao momento presente do Hotel Monte Palace. A música é para todos e de todos os tipos e estará presente nos concertos surpresa (Tremor na Estufa), nos concertos na paisagem (Tremor Todo Terreno) e para pais e filhos (Mini-Tremor). Para finalizar, e porque destacar algo no meio de tanta coisa boa é difícil, destaco os nomes da música açoriana que fazem o Tremor 2018: a colaboração do senhor da viola da terra Rafael Carvalho com o músico electrónico FLIP, o hip hop açoriano representado pelos terceirenses Goldshake e Fugitivo, a pop que reimagina os Açores dos We Sea, a juventude e garra da maravilhosa

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Direitos Reservados

Escola de Musica de Rabo de Peixe em colaboração com o músico brasileiro O Gringo Sou Eu, a festa garantida do DJ Milhafre, a nave espacial musical dos Voyagers, o jazz do Lava Jazz Quintento e IMPROMPTU, o novo projeto da Musiquim, associação que também imaginou o fenómeno para pais e crianças que são os Dú-De-Du. Qual é a melhor definição deste evento? E que conceito vos define? Ativo desde 2014, e com quatro edições em carteira, o Tremor traz um olhar contemporâneo sobre os Açores, renova o tecido artístico local, coloca São Miguel e os Açores no roteiro de novos artistas e expressões, gera um impacto mediático positivo, atrai novos fluxos de turismo do continente português e estrangeiro e oferece uma experiência total de simbiose da natureza com a música e a ilha. O Tremor traz o mundo para as ilhas e leva as ilhas para o mundo. O Tremor mais de que um mero festival, é uma ideia que serve de motor de desenvolvimento para a região, aumentando a oferta programática ao longo do ano, e criando intercâmbios culturais de pensamento e criação dentro e fora da região, contrariando a sazonalidade que caracteriza os modelos mais convencionais de festival ao sugerir, testar e promover novas dinâmicas de criação artística. Estaleiro de criação musical e cruzamento entre disciplinas artísticas, o Tremor é um projeto de cultura que toma São Miguel como um laboratório de apresentação, divulgação, experimentação,


cruzamentos artísticos e envolvimento da comunidade e contexto. São Miguel é palco de uma experiência singular, em articulação com estruturas e agentes locais e conteúdos que criam marcas e imaginários além festival. O Tremor cria um novo papel para os equipamentos e uma nova rota para valorizar o património imaterial através da música, agrega várias dinâmicas culturais reorganizando o papel de cada uma, renovando o uso dos vários espaços e valorizando a ideia de conjunto, a partir do território e da sua identidade. O Tremor é, por isso e antes de tudo, uma colaboração. Desde já na organização dividida entre a promotora Lovers & Lollypops, a agenda Yuzin e o curador independente António Pedro Lopes, criada em diálogo efervescente com a comunidade artística, o público e os agentes locais. O TREMOR é dos primeiros festivais a acontecer no arranque de cada ano. As datas são certamente estudadas com um propósito, ou até mais do que um. O que leva a concretizar este projeto em março? O Tremor é desde o início calendarizado uma semana antes da Páscoa. As datas oscilam de acordo com o calendário geral, mas geralmente o festival é sempre em Março, ou início de Abril. Em 2014, o ano de arranque, Ponta Delgada era uma cidade em crise – lojas faliam, muito do seu centro evidenciava prédios vazios, e a meio da tarde o centro histórico perdia a sua qualidade de ponto de encontro de pessoas. A sazonalidade fazia-se sentir por uma falta de programação cultural, e sobretudo faltava um evento que juntasse agentes, cidadãos e muitas forças diferentes em torno de uma ideia. Com um arquipélago tão rico em festas e festivais de Verão, pareceu-nos que a nossa terra precisava de uma proposta de Inverno/Primavera, e que desse modo também valorizasse outras instâncias da ilha – espaços interiores e exteriores – além das nossas magníficas paisagens e experiências de exterior. É um momento privilegiado para comunicar eventos

e para comunicar os Açores, uma vez que não há assim tantas propostas nessa altura, conseguindo o Tremor destacar-se precisamente pela altura do ano em que acontece. É sempre cuidada a gestão e organização, mas também a diversidade, de um festival. A crítica está sempre presente. O público é exigente. Como é que se arquiteta tudo de modo a correr sem nota negativa? Fazer um festival é antes de tudo arquitectar e gerir um grande trabalho de colaboração. É ouvir muito o outro, conversar, conversar de novo, ter a certeza que estamos juntos e temos o mesmo entendimento sobre as coisas. No caso específico do Tremor que é um festival com uma estrutura elástica, o programa renova-se de ano para ano, e de acordo com os projetos que apresenta, e com os compromissos que estabelece com os agentes locais e o território. Não há um recinto, nem uma relação fixa com os espectadores e com os artistas. Todos os anos experimentamos melhorar. Acertamos, erramos, voltamos a tentar, abrimos novas portas, sentimos sempre dores de crescimento e de tomar riscos. Todos os anos também recebemos feedback directo de patrocinadores, espectadores, artistas e imprensa, e à medida que o festival arrisca novas abordagens, vamos aprendendo com os erros e com o que funciona bem. Quais são os detalhes mais complexos numa organização tão abrangente? Todos os detalhes são importantes, tudo importa que esteja bem no momento certo. Em relação aos artistas só sossegamos quando cada um chega a São Miguel. Depois, é sempre bom que o tempo ajude, e esteja do nosso lado, para que a experiência de públicos e artistas possa ser de total simbiose entre a fruição da ilha e da música. Há que garantir que os apoios caiam atempadamente, que todos os artistas e fornecedores sejam pagos. O intuito é sempre que todas as partes estejam felizes, sintam orgulho, esperança, entusiasmo e inspiração por fazer parte disto, e erguer uma experiência como o Tremor.

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reportagem

Ponta Delgada com bons conteúdos de inteligência urbana Ponta Delgada esteve a debater e a trocar experiências no âmbito de um workshop dedicado à Mobilidade. Integrado no programa da “Smart Cities Tour 2018”, da Associação Nacional de Municípios Portugueses, Ponta Delgada foi o primeiro dos locais escolhidos para um dos encontros que pretende abranger todas as autarquias dos Açores. Natacha Alexandra Pastor

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a cerimónia de abertura de trabalhos, o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada manifestou o “enorme gosto, satisfação e orgulho” em receber e promover o evento, transformando Ponta Delgada no “palco açoriano e atlântico a reflexão nacional sobre inteligência urbana em Portugal, nos tempos do presente e nas expetativas do futuro”. Citando Antero de Quental, José Manuel Bolieiro lembrou a importância de combater a indiferença para a plena integração global e moderna num percurso alcançado hoje com recurso à designada inteligência urbana, enquanto “informação e tecnologia do desenvolvimento, das pessoas, da objetiva fundamentação das decisões e do bom escrutínio dos seus pressupostos”. Para o edil, os conceitos de cidade urbana e cidade inteligente estão em constante mutação, reconhecendo a importância de se continuar a trabalhar na área das tecnologias de forma a tornar as cidades mais inteligentes. “Um trabalho complexo se não realizado em “coworking” e em “networking”, defendeu Bolieiro, sustentando a importância deste tipo de eventos. O presidente reconheceu que “Ponta Delgada já realizou um conjunto de bons conteúdos de inteligência urbana, mas não está satisfeita, nem negligente quanto ao seu sentido crítico. Quer mais, precisa de mais”, sustentou, acrescentando que “sonha enquadrar todo o feito e tudo

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o que ainda importa fazer, numa coerência estratégica, em sinergia com várias entidades, territórios e objetivos”. A partilha de conhecimentos e de experiências com vista à geração de soluções inovadoras, sugerindo novos pensamentos ou ideias é o propósito do evento que reuniu representantes do poder local, da universidade e do tecido empresarial.


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reportagem

No regresso de uma missão solidária Um mês em missão de voluntariado no Quénia, e quase um mês depois de ter regressado a casa, a jovem açoriana Joana Corvelo expõe o que ficou gravado na sua memória e no seu coração depois de ter vivido uma experiência única.

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Natacha Alexandra Pastor

oi uma primeira experiência fora de portas, num lugar onde a pobreza assume uma dimensão colossal. Imagens dessas, em regra, só as vemos através da televisão. À Criativa Magazine, no seu regresso, Joana conta como foi viver um mês desprovida de quase tudo. “A missão correu muito bem! Consegui fazer mais do que eu tinha previsto porque entretanto surgiram donativos vindos dos Açores para contribuírem com a causa. Quando lá cheguei não haviam chuveiros, não havia água canalizada, não haviam casas de banho a não ser um buraquinho no chão onde faziam as necessidades, não havia acesso a fruta, não haviam roupeiros e armários, não haviam produtos de higiene... Basicamente, comida e saneamento básico eram muito escassos. Com algum do meu dinheiro e com a grande e preciosa ajuda dos donativos consegui dar-lhes todas essas condições que estavam até então em falta. O mais difícil foi sem dúvida o primeiro dia quando me deparei com aquela realidade. Caí de paraquedas e levei um choque cultural muito grande mas claro que depois com o sorriso proporcionado daquelas crianças eu consegui ganhar forças para continuar. Aprendi com elas que consegue-se ser feliz com pouco. Onde há amor, há felicidade... Independentemente se há ou não um tecto, se há ou não um par de sapatos. Se eu já me considerava uma pessoa pouco consumista e pouco materialista, agora sei que serei muito menos. Gastar dinheiro em carros novos, telemóveis topo de gama e roupas de marca pode ser bom mas gastar dinheiro em vivências, experiências e aprendizagens

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Direitos Reservados é certamente muito melhor. Irei continuar a gastar o meu dinheiro em vivências que me ensinam algo. Um carro novo e um carro velho fazem exatamente a mesma coisa, levam-me ambos para o mesmo sítio. Enquanto uma viagem, uma missão de voluntariado ou outra experiência qualquer, fazem--nos ganhar conhecimentos, fazem-nos crescer, amadurecer, enriquecer culturalmente e socialmente. Esse sim é o único dinheiro que nós gastamos e que nos deixa mais ricos. Foi sem dúvida a maior e mais gratificante experiência da minha vida. Eu dei-lhes muito, mas foram eles que me ensinaram tudo!”. Quando partiu de São Miguel Joana tinha um objetivo. Mas esse caminho foi facilitado quando começou a receber uma série de donativos de pessoas que se sensibilizaram com a sua causa, e foi à conta desse apoio que conseguiu fazer mais do que calculava. “Consegui superar aquilo que eu tinha previsto fazer por eles, graças a donativos de muitas pessoas solidárias com a causa que se disponibilizaram para ajudar a partir dos Açores. A essas pessoas devo muito e estarei eternamente grata pois sem eles eu não teria conseguido tanto.” No terreno, Joana encontrou várias diferenças culturais e costumes sociais, muitos dos quais acontecem porque o acesso a alguns bens escasseia, tal como falta o dinheiro. “Em geral senti apenas que os costumes deles eram diferentes dos nossos simplesmente por não terem capacidade financeira de os melhorar. Como por exemplo comerem com as mãos por não haver talheres ou andarem


descalços por não haver sapatos. Mas se falarmos das tribos pelas quais eu fiz uma visita, aí sim, diria que a diferença cultural é imensa. Fazem lume com duas pedras, dormem em casas de palha, bebem sangue da vaca ao pequeno--almoço e mutilam as meninas aos 12 anos quando estas atingem a maioridade por já serem menstruadas. Há costumes e tradições que são interessantes, como por exemplo viverem do que a natureza tem para oferecer e por isso serem fisicamente mais saudáveis do que nós, no entanto há tradições que são tristes e preocupantes como essa de mutilaram as meninas e fazem disso um ritual, uma festa e um motivo de orgulho, enquanto elas sofrem e algumas delas até morrem. Fora das tribos, a sociedade em geral é como nós, com a diferença de não terem acesso a muitas das coisas que o dinheiro permite ter e por isso criarem hábitos e costumes que de certa forma compensam aquilo que não têm, como por exemplo usarem bocados de serapilheira a servir de esponjas, usarem água proveniente do solo e das plantas para cozinharem e tomarem banho e fazerem as suas necessidades num buraco que dá acesso à terra servindo estas de adubo para a agricultura.” No regresso a casa Joana admite que é “uma pessoa melhor, ainda mais altruísta, ainda mais solidária e muito menos consumista e materialista. Infelizmente aquilo que eu fiz não vai durar para sempre mas aquilo que eu aprendi com eles ficará comigo até

ao fim da minha vida. Hoje em dia penso duas vezes antes de colocar a comida que me restou no prato para o lixo. E quem diz esse exemplo diz muitos outros. Sem dúvida que foi uma grande aprendizagem.” Dar de si a causas solidárias é uma forma de estar na vida. Joana começou com pequenos gestos e o que tem em mente passa sempre pelo altruísmo e nunca pelo mediatismo. “Já antes da missão no Quénia, eu estava inserida em diversos projectos sociais e em algumas obras de cariz solidário. Sempre ajudei da melhor forma que pude os mais necessitados e não precisei ir para o Quénia para provar o meu altruísmo a quem quer que seja. Sempre fui solidária e sempre ajudei e continuarei a fazê-lo independentemente de ser nos Açores, no Quénia ou noutro canto do Mundo. Vou continuar a fazer o que já fazia cá, mas claro que agora com mais motivação e com maior “bagagem”. Muitos querem fazer voluntariado mas poucos são os que estão dispostos a passar pelo o que eu passei e dar aquilo que eu dei. Acho importante a quem se interessa por ajudar o próximo, em começar por baixo. Há muitas formas de ajudar na nossa terra e com elas já se aprende muito de modo a que, quem sabe então mais tarde, se possa lançar num projecto de maior dimensão.”

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reportagem

Remax 4You brinda equipa com prémios O ano de 2017 foi de crescimento. A superação dos objetivos propostos à equipa da empresa Remax 4You (São Miguel) proporcionou o reconhecimento do trabalho dos colaboradores. Natacha Alexandra Pastor

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epois de fechado o ano de 2017, um ano em que a Remax 4You (São Miguel) cresceu ao nível da faturação na ordem dos 97%, Norberto Massa, o responsável pela empresa, atribuiu prémios de reconhecimento aos seus colaboradores, uma iniciativa enquadrada numa ação de team building. “Pelo facto de a nossa equipa ter atingido os desafios de 2017, que aliás até foram superados, juntamo-nos todos para haver um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Aproveitamos essa oportunidade para termos também uma pequena ação de formação, em que convidamos dois oradores, um dos quais veio abordar o papel das redes sociais e a importância da comunicação por estas novas vias de comunicação. Trata-se de um formador da Remax que se desloca por todo o país precisamente a dar formação ativa sobre esta ferramenta; enquanto o outro elemento, um consultor de topo da marca Remax, veio transmitir o seu know-how. Quanto aos prémios, atribuímos dois prémios carreira que se revestem da importância de reconhecer duas das pessoas que estão connosco desde o nosso início;

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Direitos Reservados

atribuímos dois reconhecimentos aos dois elementos que fazem parte da nossa equipa fixa, pelo trabalho que desenvolvem em prol de todos; e na atribuição dos prémios com base no alcance dos objetivos de 2017, aí premiamos os três primeiros classificados na categoria de consultor individual para angariações e os três primeiros classificados na categoria de consultor individual para faturação. Premiamos ainda uma equipa, que teve no último ano excelentes resultados - inclusive faz agora parte do Golden Club da Remax por ter atingido uma faturação acima dos 175 mil euros. Premiamos como equipa um primeiro lugar ao nível da angariação e um primeiro lugar ao nível da faturação. A atribuição destes prémios é, não só um propósito de reconhecermos o trabalho nos nossos elementos, mas constitui ainda uma forma de estimularmos os demais para que, por serem elementos mais recentes ou porque não tenham chegado aos melhores resultados, possam trabalhar para fazê-lo.” O mercado imobiliário está desde 2015 com uma pujança particular, mas o fenómeno deverá estabilizar nos próximos tempos.


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receita

Petinga Frita

com Açorda Enrolada Receita gentilmente cedida pelo Chef Álvaro Lopes, da Taberna 13-13

Modo de Confeção: Limpar /arranjar a petinga se for grande. Temperar com sal grosso. Partir o pão em pedaços e humedecer em água quente. Esmagar e depois picar os alhos. Num tacho colocar o azeite e os alhos. Deixar aquecer um pouco. Juntar os coentros picados e deixar cozinhar um pouco. Adicionar o pão escorrido. Mexer em e deixar cozinhar mexendo sempre. Temperar a gosto de sal e picante. Se necessário juntar mais um pouco de agua até obter a consistência desejada. Aquecer o óleo. Passar a petinga pela farinha e fritar. Escorrer e manter em quente. Numa frigideira antiaderente colocar um pouco de açorda e enrolar como uma omelete. Empratar como a foto ou a gosto. Decorar com o limão galego e a salsa.

Bom apetite!

Ingredientes: Pão de trigo Azeite Alho Coentros Louro Petinga Sal grosso Picante Farinha de milho branca ou amarela Limão galego Salsa

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restauração

Maioria dos comerciantes não vai permitir entrada de animais Tem gerado dúvidas, tem originado muitas perguntas e, até mesmo, alguma incompreensão, a nova lei que permite a entrada de animais de estimação em espaços da restauração. O modelo acaba de ser aprovado pela Assembleia da República, mas a medida deverá ter pouco impacto. Natacha Alexandra Pastor

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nível nacional, ouvidos muitos comerciantes, a nova lei deverá ter impacto quase nulo. Os proprietários de espaços comerciais ligados ao setor da restauração não veem com bons olhos a liberdade de poderem ter animais presentes nos seus espaços. Nos Açores a medida suscitou algumas dúvidas iniciais, quando se pensou que a mesma teria um carácter obrigatório. A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) diz que ainda não é possível medir o real impacto, mas tudo leva a crer que a não permissão de entrada será quase unânime, confere à nossa redação o presidente da entidade, Mário Fortuna. O responsável recorda, antes de mais, que a legislação que vai permitir a entrada de animais de estimação em

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Direitos Reservados

estabelecimentos de restauração acaba de ser publicada, daí que é tudo muito recente, razão, pela qual, explica Mário Fortuna, “para já, não é possível fazer uma avaliação completa sobre qual será a decisão dos donos dos referidos estabelecimentos, uma vez que estes ainda não puderam fazer uma análise da referida legislação. Dos contatos estabelecidos com associados do setor, perspetiva-se que a maioria vai optar pela não permissão da entrada nos seus estabelecimentos de animais de estimação. Pelo que se conhece da referida legislação, realça-se como elemento positivo o facto de caber aos proprietários a decisão sobre esta matéria e não ser uma imposição, como inicialmente se chegou a prever.”


reportagem

Mais de 2640 grávidas receberam suplemento de iodo Depois de em 2012, um estudo do Grupo de Estudos da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia ter revelado que a carência de iodo nas crianças e nas grávidas açorianas era relevante, começou a ser indicado um suplemento de iodo que já foi distribuído a dois milhares de grávidas. Natacha Alexandra Pastor

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tendendo aos resultados do estudo, o Governo dos Açores lançou rapidamente, em parceria com a Direção Regional de Educação e com o Serviço de Endocrinologia e Nutrição do Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, algumas medidas com vista a combater o défice de iodo na população açoriana. Nos Açores, desde março de 2016, as Unidades de Saúde de Ilha são responsáveis pela aquisição e entrega, a título gratuito, de um suplemento de iodo sob a forma de iodeto de potássio (150 a 200 μg/dia), na dose devidamente ajustada, às mulheres em preconceção, grávidas ou a amamentar. Desde 2016 e até à data, contabiliza a tutela, a medida já foi aplicada a 2642 utentes. Para lá das grávidas, a direção regional da Saúde lançou uma orientação para a substituição de sal não iodado por sal iodado, em todos os serviços dependentes da Secretaria Regional da Saúde que tenham serviço de cantina/refeitório/bar. Realizou-se ainda uma campanha de sensibilização para as vantagens da substituição do sal comum por sal iodado. Aos profissionais de saúde também foram passados conhecimentos extra das patologias associadas à carência de iodo, informação que lhes permite estar mais atentos e melhor informarem os utentes. Segundo informação da secretaria da Saúde à Criativa Magazine, “determinou-se, ainda, divulgar a temática à população em geral, alertando para as consequências do défice de iodo e sensibilizando para a importância da substituição de sal comum por sal iodado, acompanhada

Direitos Reservados pela diminuição do consumo de sal, através de um spot televisivo que foi produzido com a colaboração do médico endocrinologista do HDES, EPER e consultor para as Áreas de Intervenção na Diabetes e Obesidade do PRS 2014/2020, Rui César. Num contexto mais alargado foram ainda efetuados contactos com comerciantes locais para os sensibilizar para a importância de divulgar e promover o sal iodado, destacando o produto nas suas superfícies.” Na gravidez, a carência de iodo, poderá resultar em danos irreversíveis no desenvolvimento do cérebro dos fetos, aumentando o risco de nados-mortos, abortos espontâneos e deficiências congénitas. As crianças com carência moderada/ severa de iodo, apresentam rendimento intelectual global abaixo dos valores normativos e diminuição das capacidades da motricidade fina, verificando-se que a suplementação de iodo se traduz em efeitos positivos na melhoria do processamento de informação, no aumento das capacidades da motricidade fina e na resolução de problemas/ situações visuais.

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cultura

Novidades na agenda cultural do concelho de Lagoa O cartaz cultural do concelho de Lagoa traz algumas novidades para 2018. A autarquia está a apostar em eventos âncora que tragam mais-valia ao concelho e procura oferecer uma panóplia de iniciativas que se demarquem face a outros eventos já consolidados na ilha de São Miguel. Natacha Alexandra Pastor

O

primeiro dos eventos criados para 2018 é a Ceia dos Franciscanos, integrada nas comemorações da noite dos Museus, uma iniciativa europeia que decorre em maio e que vai ter lugar no Convento dos Franciscanos. Segue-se o Caloura Blues, que vai trazer até à Baixa d’Areia, em Água de Pau, entre os dias 27 e 29 de Julho, um conceito completamente renovado assente no género americano que marcou nas décadas de 1960 e 1970 toda uma geração de músicos europeus. A primeira banda já confirmada para a edição inaugural do CALOURA BLUES é a BUDDA POWER BLUES, o power-trio do virtuoso da guitarra Budda Guedes, já com uma assinalável reputação europeia. Com eles estará, como convidada especial, a primeira voz portuguesa do jazz: Maria João.

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Direitos Reservados Depois, arranca em setembro de 2018 a primeira de uma série de iniciativas inscritas no novo projeto InSpiral, de carácter itinerante, percorrendo todas as freguesias da Lagoa, que pretende envolver as forças vivas do concelho e das suas gentes. As primeiras edições de 2018 estão já caracterizadas, e o evento decorrerá até 2019. Aqui, entre muitas das ofertas, destaque para o conceito de Street Food. A primeira ação do InSpiral decorre na Ribeira Chã, a 1 de setembro, no Quintal Etnográfico, com a participação de Valter Lobo, do Porto, e da açoriana Sara Cruz. A 6 de outubro, no Rosário, será a vez do inglês Nathan Ball, no Cine Teatro Lagoense Francisco D´Amaral Almeida. Em Água de Pau, Luís Alberto Bettencourt sobe ao palco, a 3 de novembro, no Centro Cultural da Caloura. Em Santa Cruz estará Adam Barnes a 1 de dezembro, uma atuação a ter lugar no Convento dos Franciscanos.


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queijos dos aรงores

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reportagem

Projeção dos Açores via Azores Airlines Rallye deve orgulhar cada açoriano

Natacha Alexandra Pastor

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ma audiência de 20 milhões de pessoas é um número que deixa o Grupo Desportivo Comercial mais do que honrado. A última edição do Azores Airlines Rallye demonstrou, uma vez mais, que a espetacularidade desta prova tem um alcance até difícil de medir, tanta é a informação que decorre em simultâneo e pós prova em sites, jornais, revistas da especialidade e em muitos outros sítios da Internet que têm por missão registar provas desportivas. A comissão organizadora do evento admite mesmo que deve orgulhar qualquer açoriano a projeção que é conseguida dos Açores pela via da realização deste evento anual, que já deu provas, inclusive, do retorno económico avultado para a região por via das muitas imagens que são passadas mundo fora enquanto decorre esta prova. Quanto ao futuro do Azores Airlines, pela frente ainda existem mais dois anos de contrato com a EuroSports TV, mas o presidente da comissão organizadora, Francisco Coelho, não tem dúvidas da importância que o rali dos Açores assume no contexto europeu e, até, mundial.

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Orlando Medeiros “Temos um contrato ainda até 2019. Há um caderno de encargos complexo, o qual temos cumprido. Sempre disse que gostaria de manter a minha presença na Comissão Organizadora do Grupo Desportivo Comercial até essa ocasião e penso que os Açores e este rali em particular, além de serem um cartaz interessante dentro do contexto europeu, são um ícone mundial.” A justa homenagem a Horácio Franco Há algum tempo que estava na vontade do GDC realizar uma homenagem ao piloto açoriano Horácio Franco. Em sua memória e da sua importante carreira no mundo dos ralis, é finalmente possível honrar o seu nome, pelo que a fechar esta edição do Azores Airlines Rallye, no dia 25 de março, será concretizada uma prova muito especial, aberta a todos os pilotos internacionais, que será disputada na super especial Grupo Marques. António Andrade recordou que a fim de captar o interesse dos R5 e R2 e demais participantes do Azores Airlines Rallye serão atribuídos prémios pecuniários e outros ainda em análise.


reportagem

LAGOA MOTORES RUI CAR 2018 Direitos Reservados

A zona de expansão do Tecnoparque foi palco do Lagoa Motores Rui Car 2018, um evento desportivo que juntou centenas de pessoas naquele local.

T

ratou-se de uma prova desportiva que, segundo Ricardo Martins Mota, Vice-presidente da Câmara Municipal de Lagoa e responsável pela área do desporto na Lagoa, “trouxe claramente “espetáculo, competitividade e muito público ao concelho”, num evento onde se destacou “a dedicação da organização com a preparação das máquinas e a forma como marcaram presença, proporcionando segurança e espetáculo a todos os que ali estiveram”. São este género de provas “o garante daquilo que queremos e apoiamos”, acrescentou o autarca. Ricardo Martins Mota aproveitou ainda a oportunidade, por altura da entrega dos prémios, para felicitar “todos aqueles que com o seu empenho venceram as provas nas categorias respetivas e manifestou uma palavra de sentido reconhecimento “à organização empenhada do Clube Açoriano de Todo o Terreno e Turismo, em particular, a Carlos

Martins e seus colaboradores, por terem conseguido “superar as melhores expetativas numa atitude colaborativa”, frisando que, “quando isso acontece ganhamos a dobrar, uma pela concretização do objetivo outra por acrescentar valor ao concelho com a vossa ação e iniciativa.” No que respeita aos vencedores do Lagoa Motores, na categoria de QUADS Q, Rui Borges foi o vencedor; na categoria QUADS Q2, Rui Pimentel, e na categoria de UTVS Nelson Cordeiro. Já na categoria de Motos Q, João Branco foi o grande vencedor e, na Q2, Abel Carreiro conquistou o melhor lugar. No 4x4 obstáculos, venceu a dupla lagoense José Teixeira e João Braga e na categoria Super Enduro, Manuel Martins venceu a prova. Destaque ainda para as categorias infantil Special Sprint, sendo que na A venceu Tiago Pavão e na B Fernando Cabido Jr.

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desporto motorizado A MULHER no desporto automóvel

CORRIDAS COR-DE-ROSA No mês de Março comemora-se o Dia Internacional da Mulher. São várias as pessoas do sexo feminino que fazem parte integrante do desporto automóvel actuando em áreas tão diversas como seja na direcção dos clubes organizadores e até como participantes. Renato Carvalho

DR e Pedro Alves

ANA ISA CABRAL, Presidente do Terceira Automóvel Clube

“A MULHER É MAIS ORGANIZADA”

As funções de presidente do Terceira Automóvel Clube são exercidas por uma senhora de seu nome Ana Isa Cabral. Em 2016 liderou uma lista que venceu as eleições o que levou a colocar de lado o desempenho como comissária desportiva. Natural da ilha Terceira, Ana Isa Cabral foi a primeira mulher nos Açores a assumir os comandos de um clube desportivo em que a actividade principal é o automobilismo.

C

riativa – O que levou a dedicar se ao desporto automóvel e quando aconteceu? Ana Isa Cabral – Tudo começou em 2004 quando integrei pela primeira vez uma equipa de segurança. Já gostava de ralis na época. Pode-se dizer que dentro de uma organização, passei por todas as funções que são possíveis desempenhar. Assim fui crescendo dentro deste meio, criando muitas amizades e conhecimentos nesta área. Por que razão assumiu a presidência do Terceira Automóvel Clube? Porque em 2016 não haviam listas candidatas à direcção e a que estava em funções, da qual eu fazia parte também, não tinha vontade de continuar. O tempo era escasso e não consegui encontrar ninguém com vontade de assumir a presidência do clube, então acabei por reunir uma equipa e assumir o desafio. Passados dois anos, estamos no final do mandato com um balanço muito positivo e estou a preparar a minha recandidatura. Já alguma vez participou em provas automobilísticas? Em 2011, fui navegadora de um dos pilotos mais antigos da ilha Terceira, o Pedro Pereira e fiz a época toda, tendo até conquistado o 1º lugar de senhoras

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navegadoras absoluto na Taça de Ralis Além Mar do Grupo Central. A verdade é que sempre fui melhor a organizar provas do que a dar notas. Fazer ralis ao volante, penso que será um sonho que qualquer pessoa envolvida neste mundo dos ralis tem, mas não está nos meus planos. O que pensa da mulher no desporto automóvel? É mais do que normal as mulheres estarem neste desporto. Há tarefas que são muito melhor desempenhadas pelas mulheres, pois, a mulher é mais organizada e preocupada com detalhes que aos homens passam despercebidos. Relativamente à competição, há mulheres que já deram provas que o desporto automóvel não é apenas para homens, mas sim para quem sabe conduzir. O que é preciso fazer para maior participação da mulher no desporto automóvel? Em termos de organização, temos muitas mulheres envolvidas neste desporto e que gostam de ralis, se calhar até mais do que homens. Na parte competitiva, torna-se mais complicado, devido à falta de apoios que se registam para todos os concorrentes no geral, embora já se vejam, por exemplo, muitas mulheres no papel de navegadoras.


ANA PIRES, Directora de Provas do Terceira Automóvel Clube

“AS MULHERES AFIRMAM-SE COM MUITO TALENTO”

Com muitos anos de actividade em várias funções ligadas ao desporto automóvel, Ana Pires é actualmente a Directora de Provas do Terceira Automóvel Clube.

Criativa – Quais os motivos que levaram a dedicar se ao desporto automóvel e quando começou? Ana Pires – Tudo começou quando eu tinha 29 anos e fui convidada para integrar uma lista como membro da Direcção do Terceira Automóvel Clube. Uma vez que já estava ligada ao Automobilismo, pelo facto do meu marido já fazer ralis e era algo que me cativava, aceitei com muito gosto o desafio que me foi lançado. Por que razão escolheu o cargo de Directora de Provas? O cargo de Directora de Provas proporcionou-se após vários anos a colaborar na Secção Automóvel do TAC, onde fui Relação com os Concorrentes, Secretária de Prova e Directora de Prova Adjunta. Com funções directivas como reagem os elementos do sexo masculino, quer a nível de organização quer a nível de participantes?

O facto de ser um “mundo” maioritariamente masculino nunca foi entrave ao desenvolvimento das minhas actividades, pois a minha inclusão foi excelente. Tive sempre o apoio de toda a equipa da Secção Automóvel do Clube, por ser mulher não senti dificuldades de integração na equipa, nem com os participantes. O que pensa da mulher no desporto automóvel? Cada vez mais as mulheres tentam entrar neste mundo e sendo também um mundo delas, é importante torná-lo como tal. Ao longo dos tempos, as mulheres têm vindo a afirmar-se com vitórias, boas prestações e muito talento. Quais os objectivos futuros? Continuar o trabalho, porque na verdade, o que eu gosto é de estar nos bastidores dos ralis, onde tudo se desenrola e se tomam todas as decisões que ditam uma prova.

ANA CASTRO, Vencedora do Troféu dos Açores de Ralis Condutoras – Senhoras; Vencedora do Trofeu de Ralis de Asfalto dos Açores; Vencedora da Classe RC5 e 3º lugar à geral das 2 rodas motrizes

“uma aventura” Na época passada a dupla formada por Ana Castro e a navegadora Ivone Rodrigues marcou presença em diversas provas do Campeonato de Ralis dos Açores com um Toyota Yaris. No final do ano, a piloto conquistou o troféu, fruto de uma vitória e três segundos lugares.

Criativa – Quais os motivos para participar no desporto automóvel como piloto? Ana Castro – Foram três os motivos. O convite de uns amigos açorianos, o gosto pela condução automóvel e velocidade, além da diversão. Os objectivos foram alcançados? Completamente! O nosso objectivo inicial, quer o meu, quer o da Ivone, era fazermos as provas e chegarmos ao final de cada uma sem problemas. Mas à medida que fomos disputando as provas, passamos a ser mais exigentes connosco próprias e com os resultados a entregar aos responsáveis pela existência do AI Racing Team, principalmente ao José Rodrigues da Rodrisauto, e naturalmente a uma série de parceiros que acreditam e apoiam o nosso projeto desde o primeiro momento, e sem os quais a nossa participação seria seriamente complicada. Já alguma vez tinha participado numa prova de desporto motorizado? Como é que correu o primeiro rali? E as

principais dificuldades? Nunca tinha participado. O primeiro rali foi um misto de emoções! Como é que nos metemos nesta aventura? Mas depois existe a alegria de chegar ao fim de cada etapa, encontrar os que torcem/sofrem por nós e os resultados alcançados. As dificuldades foram o desconhecimento dos locais, das estradas e a inexperiência em diversas situações. Como se sente no seio de um desporto maioritariamente do sexo masculino? Muito bem. O género de cada um não determina o que podemos fazer ou ser na vida. Pretende continuar? A continuação para 2018 está assegurada com a nossa presença em seis provas do Campeonato, à exceção do Azores Airlines Rallye 2018, depois logo se verá. Os objectivos para o futuro neste desporto não dependem só de mim. Como equipa que somos, as decisões são tomadas em conjunto.

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consultório jurídico

com: Carlos Melo Bento advogado

Como se processa, em vida, a doação de determinado(s) bens (casas, terrenos, carros, etc…) a pessoas ou instituições, em que não há relação de parentesco ou vínculo? A doação é a coisa mais fácil de fazer. Primeiro, os bens têm de estar registados em nome do doador (isto é, o que doa os bens) como único dono deles. Segundo, o donatário (o que recebe os bens doados) precisa ser uma pessoa de maioridade e no pleno uso dos seus direitos (não pode ser doente mental, etc.). Se o donatário for uma instituição, esta tem que ser representada na escritura por uma pessoa com poderes dessa instituição para receber os bens. É preciso ter em atenção que, se o doador tiver herdeiros forçados vivos (filhos, pais, cônjuge), ele só pode doar uma percentagem dos seus bens, porque doá-los todos ou em demasia, ofenderia a legítima daqueles (que pode ir de metade a um terço dos bens, conforme o caso), ou seja a parte indisponível dos bens nessa situação, e isso não é permitido. As doações de bens imóveis (casas, terras, etc.) têm de ser feitas por escritura pública, lavrada por notário, sob pena de nada valerem. Outra questão são os impostos que o donatário (o que recebe) tem de pagar ao Fisco que, por não ser parente do doador, costumam ter uma taxa elevada.

Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas. Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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fotografia Olhar Criativo

Desafio Mensal de fevereiro

com o Tema: “O AMOR”

1º Lugar - Inês Ribeiro - “Por ti, a minha vida.”

“ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Ricardo Furtado - S/T

3º Lugar - Sissa Madruga - “No teu beijo todos os náufragos sonham ...”

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saúde ótica

Sabe como é que se processa a visão? Os olhos são constituídos por um conjunto de músculos que o permitem rodar e direcionar-se rapidamente, de modo a receber imagens (informações, sensações). Todas estas sensações visuais, chegam-nos aos olhos sob a forma de luz, luz essa que é depois conduzida através de várias camadas, até ao fundo do olho (retina), onde se forma então a imagem. Na retina, a imagem é então filtrada, processada e enviada através do nervo ótico até ao centro visual no cérebro.

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Já que falamos da constituição dos olhos, temos boas notícias em matéria de transplantes de córneas. É que Portugal pode tornar-se autossuficiente no transplante de córneas ainda em 2018. Será criada uma sala de cultura de córneas no Instituto Português do Sangue e Transplantação, que irá permitir o armazenamento das células durante mais tempo, ajudando, assim, a programar as intervenções cirúrgicas.

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Infertilidade: um problema cada vez mais comum!

Ser pai ou mãe é um projeto assumido pela maioria dos casais jovens. No entanto, as condições socioeconómicas que têm caraterizado os nossos tempos têm contribuído para o adiar da maternidade e paternidade. Este aspeto está diretamente relacionado com a diminuição da fertilidade. Está cientificamente estabelecido que a partir dos 35 anos de idade o potencial reprodutivo das mulheres diminui e, depois dos 40 anos, a probabilidade de gravidez, para cada período fértil, poderá ser de cerca de 10%. Acresce que a fertilidade masculina também é afetada pela idade, sobretudo em consequência da diminuição na contagem de espermatozóides e/ou da sua mobilidade. A definição de infertilidade estabelecida pela Organização Mundial de Saúde caracteriza-a como “uma doença do sistema reprodutivo traduzida na incapacidade de obter uma gravidez após 12 meses ou mais de relações sexuais regulares e sem uso de contraceção”. Ou seja, a infertilidade diz respeito a um impedimento em engravidar e não a uma impossibilidade irreversível e definitiva. Neste sentido, importa não se confundir infertilidade com esterilidade (doença que não permite ao indivíduo/casal alguma vez conceber). De acordo com a Associação Portuguesa de Fertilidade, a prevalência de infertilidade conjugal na população em idade fértil está estimada em 15-20%, o que poderá corresponder a cerca de 750.000 casais afetados no nosso país. Embora os dados epidemiológicos apresentados

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sugiram uma elevada prevalência de infertilidade em Portugal, apenas aproximadamente metade dos casais afetados recorrem a ajuda médica. Para além dos fatores relacionados com a idade dos futuros pais, os hábitos sedentários, o tipo e frequência das relações sexuais, a utilização de determinados medicamentos (por exemplo, alguns antidepressivos), bem como as dietas hipercalóricas, o baixo peso ou a obesidade e o consumo excessivo de tabaco e bebidas alcoólicas poderão ser responsáveis por quadros clínicos de infertilidade. Portanto, se pretendem engravidar é fundamental que ambos os elementos do casal adiram a um estilo de vida saudável, optando por uma dieta equilibrada. Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e cesse os hábitos tabágicos. Além disso, aconselham-se as mulheres a não adiarem a primeira gravidez para além dos 35 anos. Cumprir com as consultas de planeamento familiar no seu centro de saúde é fundamental. Nestas consultas, o futuro pai deverá estar presente. Um filho é um projeto de duas pessoas e o sucesso depende da partilha de responsabilidades! Cumpra com as análises e os exames que são pedidos ao casal. Na maioria dos casos a infertilidade decorre de problemas de ambos os elementos do casal. Aconselhe-se com o seu médico assistente e exponha todas as suas dúvidas e preocupações. Colabore e verá frutos!


reportagem

Mário Cruz traz ao ARQUIPELAGO trabalho “Talibes Modern Day Slaves” Natacha Alexandra Pastor

O fotojornalista Mário Cruz passou por São Miguel para expor o seu trabalho intitulado “Talibes Modern Day Slaves”, Vencedor do World Press Photo 2016 - 1º Prémio Assuntos Contemporâneos; Vencedor do POYi 2016 Picture of the Year International - Issue Reporting Picture Story; Vencedor do Prémio Estação Imagem 2016. Numa iniciativa da Associação dos Fotógrafos Amadores dos Açores (AFAA) o fotojornalista que em 2006 começou a fotografar na LUSA deslocou-se a São Miguel para apresentar a exposição “Talibes Modern Day Slaves” ao que juntou, paralelamente, um workshop de fotografia aberto a todos os interessados, que obteve um índice de participação interessante.

Carlos Costa

A mostra que está patente para visitas no ARQUIPELAGO, retrata um mundo paralelo, vivido por centenas de rapazes, aprisionados, obrigados a mendigar nas ruas oito horas por dia para o seu marabout. Vivem escondidos no interior de escolas corânicas, constantemente lotadas, e, como tal, sujeitos a doenças várias. Segundo a Human Rights Watch, o número de talibes está a aumentar, estimando-se que mais de 50 mil jovens estejam sujeitos è mendicidade forçada. Só em Dacar deverão encontrar-se cerca de 30 mil talibes. Longe da vista, os abusos físicos são conhecidos pela sociedade. Os guardiões estão conscientes dos crimes que cometem, mas o crime, aqui, parece compensar.

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eventos

Carnaval no Coliseu Micaelense Miguel Machado Os dois bailes de Carnaval do Coliseu Micaelense foram intensamente vividos por milhares de pessoas. A animação musical de sexta-feira contou com as atuações da “Banda.com”, “Banda 8”, “DJ EL Loco” e “DJ Matti”, enquanto o baile de segunda-feira foi animado por Fernando Pereira, Orquestra Ligeira de Ponta Delgada, “Banda 8” e “DJ Groove Keeper’s”.

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eventos

Baile de MáscaraS no TeAtro Micaelense Fernando Resendes/TM O Teatro voltou a realizar o imperdível Baile de Máscaras. O sucesso da iniciativa, desde a sua primeira edição, faz desta festa um momento diferente e memorável para as centenas de convivas que escolhem este palco para festejar parte do seu Carnaval.

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As franjas são de novo uma tendência Elas vão e vêm. O uso de franja regressa este ano de 2018 e assume diferentes formas, consoante o estilo da pessoa, o corte de cabelo ou até mesmo o tipo de cabelo. Isto significa que não há limites para a imaginação. Tudo pode resultar na perfeição, depende apenas da sua vontade e da criatividade do seu cabeleireiro. Por exemplo, os cabelos encaracolados, e ao contrário do que muitas mulheres pensam não ser possíveis de conjugar uma franja, são um bom exemplo do muito que se pode fazer. Um corte bem estruturado ao seu rosto, pode vir acompanhado de uma franja poderosa. Para algumas mulheres, atendendo ao cabelo fino e liso, a franja direitinha é uma opção sempre atual. Dá-lhe um look arranjadinho. Nesse caso, deverá de 2 em 2 meses, sensivelmente, dar um corte ligeiro para que ela não ultrapasse a pálpebra superior dos olhos. Para quem gosta de alguma irreverência, a franja meio desarrumada, com risca ligeiramente centrada, mas sem estar perfeita, e desviada para os lados combina com quem tem uma personalidade mais viva e, até, arrojada. Ainda para estas mulheres, e caso tenha o seu cabelo curto, uma franja curtinha e escadeada, será top! Embora num conceito diferente, a franja a puxar para um dos lados, permite causar um impacto mais clássico e mais formal. Consulte o seu cabeleireiro e arrisque na escolha de uma franja para a primavera/verão de 2018.

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eventos

Batalha das Limas muito animada Paulo Renato Sousa Como já é tradicional, a terça-feira de Entrudo na cidade de Ponta Delgada foi animada por um vasto grupo de valentes que se sujeitaram à Batalha das limas e de água que invade uma boa parte da marginal desta cidade. A brincadeira é tão mais animada pelos camiões. Este ano foram sete as equipas participantes.

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eventos

Crianças desfilam em Ponta Delgada Paulo Renato Sousa

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Centenas e centenas de crianças de creches, escolas, atl’s e de algumas associações do concelho de Ponta Delgada voltaram a participar em massa no desfile carnavalesco, que percorre algumas das principais ruas do centro histórico. Este desfile é um momento em que visivelmente a população se associa como espetadores.

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eventos

Idosos em festa de Carnaval Paulo Renato Sousa Os idosos do concelho de Ponta Delgada reuniram-se em convívio carnavalesco no Coliseu Micaelense. A animação musical e a boa disposição foram ingredientes de uma tarde muito diferente.

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eventos

2.500 pessoas no Cantar às Estrelas CMRG O Cantar às Estrelas, uma noite com 25 anos de tradição na cidade da Ribeira Grande, fez sair à rua cerca de 2.500 participantes distribuídos por quarenta grupos oriundos dos concelhos da Ribeira Grande, Ponta Delgada, Nordeste e Vila Franca do Campo.

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eventos

4.ª Gala do Desporto de Ponta Delgada Alexandre Sousa Numa cerimónia marcada pela homenagem a Horácio Franco e Tânia Oliveira, foram homenageados atletas, dirigentes esportivos e associações que honram o Desporto açoriano.

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agenda

juntas de Freguesia do Pilar e da Covoada

Concerto de Primavera Teatro Micaelense

Jantar Solidário Teatro Ribeira Grande

Festival TREMOR Diversas localidades

Exposição Talibes Modern Day Slaves

Centro de Artes Contemporâneas Ribeira Grande

2ª Dança Brasil Açores Tentorium Portas do Mar

Os amores encardidos de Padi&Balbina Teatro Micaelense

Concerto David Carreira Coliseu Micaelense

22 17 17 24 até 25 25 27 14 até

entre 20 e

março

março

março

março

março

março março

abril

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

Exposição itinerante “Domingos Rebelo: regresso a Ponta Delgada”


aconteceu

Acesso gratuito aos centros ambientais Os residentes nos Açores terão acesso gratuito em todos os centros ambientais geridos pela Direção Regional do Ambiente e nas áreas protegidas com visitação controlada. A decisão acaba de ser anunciada por Marta Guerreiro, que falava durante uma visita ao Monumento Natural da Caldeira Velha, que reabre após obras de beneficiação. A medida tem efeitos a partir de 1 de abril.

Início das comemorações ‘Ano dos Açores Em Florianópolis’ O Diretor Regional das Comunidades, Paulo Teves, esteve no Brasil, em representação dos Açores, a fim de participar na sessão oficial de abertura do ‘Ano dos Açores em Florianópolis’, no âmbito das comemorações do 270.º aniversário da presença açoriana em Santa Catarina. Prevê-se um programa festivo ao longo deste no, que assinalará, sob diversos formatos, os 270 anos do desembarque dos primeiros Açorianos em Santa Catarina.

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Tânia Fonseca elogia dinamismo da escola Rui Galvão de Carvalho A vice-presidente da Câmara da Ribeira Grande, Tânia Fonseca, elogiou o “dinamismo e a proatividade da escola Rui Galvão de Carvalho”, no sentido de estar a saber posicionar-se como agente de educação no âmbito do empreendedorismo social. Palavras dirigidas à comunidade escolar, já que a escola foi nomeada como escola Ashoka Changemaker, organização fundada na Índia em 1980 e que já se encontra implementada em 84 países. A organização tem vindo a identificar e a apoiar empreendedores que criaram nos seus países soluções para problemas sociais. Crianças do 1º ciclo falam de Amor na Biblioteca da Povoação A Biblioteca da Câmara Municipal da Povoação recebeu um grupo de crianças do 3º ano da escola Monsenhor João Maurício Amaral Ferreira, da vila da Povoação, numa visita muito particular que teve como objetivo comemorar os diferentes tipos de afetos que caracterizam as pessoas. Com esta ação procurou-se transmitir às camadas mais novas que o Amor tem muitas facetas e constrói-se ao longo da vida. Gala do Desporto com duas homenagens A quarta edição da Gala do Desporto de Ponta Delgada, além de ter distinguido várias personalidades e entidades ligadas à área, foi o momento adequado para uma pública homenagem, a título póstumo, do piloto açoriano Horácio Franco e da surfista Tânia Oliveira.

Programa para a Promoção da Alimentação Saudável em consulta pública Pretende-se com esta estratégia modificar hábitos alimentares, combater o excesso de peso e a obesidade, prevenir doenças e capacitar os cidadãos com informação para a tomada de decisões sobre a alimentação, segundo explica o secretário que tutela a área da saúde.


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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

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Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva marca a oportunidade de vivenciar inovadoras experiências e algumas novas amizades serão benéficas para o seu crescimento. A nível profissional a motivação poderá estar dirigida para a participação em grupos, que ajudam a expandir a consciência (Espiritual).

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva está em fase de evolução, algures, resultado do seu equilíbrio interior que permite manifestar a sua sensibilidade. A nível profissional evidencie as suas qualidades pessoais e transmita as ideias aos envolventes, promovendo um crescimento financeiro.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva reflete o período de transformação interior e, sem medo de mudanças, vai renovar a existência de acordo com os seus valores. A nível profissional, as atitudes flexíveis e a disponibilidade para proceder a mudanças são as melhores formas de assegurar estabilidade.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva protegida pelo benéfico Júpiter facilita a definição dos relacionamentos e impulsiona progressos na vida amorosa. A nível profissional planeie com perspicácia os planos futuros e aproveite as condições existentes para investir em projetos arrojados.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva indica o fim de um ciclo e o começo de outro em termos emocionais, entretanto, concilie o pensamento e o sentimento. A nível profissional a fase é propícia para apresentar projetos e permutar conhecimentos, expressando uma inteligência mais criativa.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva estimula o seu lado emocional e possivelmente sentirá maior tolerância, empatia e compreensão pelas pessoas circundantes. A nível profissional, com objetividade e concentração de energias, aproveitará os recursos disponíveis para materializar objetivos.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva permite corajosamente transformar a relação amorosa, em busca da felicidade, nesta fase de grande estabilidade emocional. A nível profissional sentirá uma necessidade de expandir a imaginação, de forma a aproveitar o período benéfico para evoluir na carreira.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva confere algumas mudanças que, embora parecem desagradáveis, transformam crises em oportunidades regeneradoras. A nível profissional não misture assuntos familiares com situações profissionais e lembre-se que o maior obstáculo está na sua mente.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva anuncia um excelente momento para aperfeiçoar as suas qualidades pessoais e ditar sucesso nos seus relacionamentos. A nível profissional a autoconfiança elevada marca um novo longo ciclo de grande progresso na carreira, com ótimos proveitos financeiros.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva, compreendendo melhor as pessoas circundantes, com fé, certamente, aceitará todas as propostas emanadas no Universo. A nível profissional as relações são gratificantes e projetando todo o seu charme atrairá os apoios humanos fundamentais para o sucesso.

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A vida afetiva dita um momento excelente para envolvimentos em grupos e poderá conhecer pessoas com pensamentos progressistas. A nível profissional é um momento intelectualmente estimulante para inovar projetos para o futuro, com liberdade de pensamento.

signo do mês

A vida afetiva apresenta um período harmonioso e, ouvindo a sua intuição, poderá dar criativamente uma outra orientação à sua vida. A nível profissional defina prioridades e trate de um assunto de cada vez, evitando dispersar energias em várias frentes ao mesmo tempo.


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