Criativa Magazine - março 2020

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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VI Nº 65 março 2020

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Na romaria há momentos únicos e lindos “Casas Amarelas” um alojamento prático, com charme e diferenciador

Paulo Brilhante “Um começo apaixonado pelo desenho”

A literatura portuguesa já é uma referência



Inauguração das “Casas Amarelas - Hotel Lifestyle at Home” Dia de Amigas na AASM 200 variedades de camélias expostas no Casino Terra Nostra

entrevista Paulo Brilhante “Um começo apaixonado pelo desenho”

Reportagem “Queremos que as autoridades sejam de uma competência irrepreensível”

Bailes do Coliseu Micaelense Baile de Máscaras do Teatro Micaelense Batalha das Limas com oito equipas

entrevista A literatura portuguesa já é uma referência

Rubricas

24 Opinião livros da minha estante criativo 28 Olhar TEMA: “Com a cabeça nas nuvens” ótica 30 Saúde com: INSTITUTOPTICO

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

desporto VITÓRIA DE RAFAEL BOTELHO NO PLAY/AUTO AÇOREANA RALI

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Grande reportagem

EVENTOS

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entrevista “Casas Amarelas” um alojamento prático, com charme e diferenciador

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José Andrade, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande Reportagem

Na romaria há momentos únicos e lindos Envoltos na sua grande manifestação de Fé, os romeiros estão a percorrer a ilha de São Miguel. Organizados em ranchos por localidades, propõem-se a visitar, durante o tempo da Quaresma, o maior número de Igrejas e Ermidas da ilha. Os sons provenientes das rezas e cantorias que acompanham grande parte do percurso destes romeiros são dos detalhes mais emocionantes para quem quem os acompanha ou segue, com o seu olhar, a sua pesada caminhada.

Natacha Alexandra Pastor

Pedro Carreiro e Silva / Luís Ferreira / Herberto Gomes

Cada rancho deverá sair numa das semanas da Quaresma, previamente escolhida em conjugação com o Grupo Coordenador, devendo os primeiros sair no fim-de-semana seguinte à Quarta-Feira de Cinzas, e os últimos deverão entrar nas suas localidades no início do Tríodo Pascal. Durante uma semana, trajam a rigor uma veste tradicional, composta por xaile, lenço, saco para os alimentos, bordão e terço. Seguem em cumprimento

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de promessas ou numa jornada de meditação. Para muitos romeiros, o compromisso espiritual e emocional vem de longa data. Acumulam-se anos de passos pelas estradas da ilha. Para tantos outros, a experiência é mais recente, e remete para diferentes vivências ou situações. Luis João Costa é um dos casos mais recentes. Iniciou a sua primeira romaria em 2010, depois de ter estado alguns anos, como repórter, a acompanhar alguns ranchos. Da visão de profissional passou, então, à vivência real! E garante que este primeiro ano contribuiu para viver uma das mais impressionantes experiências da sua vida. “Fui de romeiro pela primeira vez no ano de 2010 e de facto foi uma das grandes experiências da minha vida. Comecei por acompanhar as romarias como repórter até que fui convidado a vivenciar a experiência na primeira pessoa. O chamamento para participar na romaria surgiu


a convite de um grande amigo, David Costa, que ao ver-me participar como repórter à margem da romaria convidou-me a incorporar os romeiros. Passado um ano, e no seguimento do pagamento de uma promessa, decidi participar numa romaria de corpo e alma. O primeiro ano correu da melhor forma, apesar de registar um enorme cansaço físico que acabou por ser superado pelos momentos positivos vividos durante a romaria. Foi uma experiência excelente, com muita amizade, inter-ajuda, amor, partilha, fé, devoção... Em romaria vivenciam-se momentos únicos e lindos. Há um grande respeito e amor para com os romeiros. Após a primeira romaria fica o gosto e o desejo de voltar ao rancho. A romaria transforma o romeiro num homem novo. Há uma mudança para melhor, inexplicavelmente tudo ganha rumo e sentido. A romaria é o renovar de forças para uma nova etapa, com muitas mudanças positivas. Aprendi a valorizar, a partilhar, a viver a vida com outro olhar. A relação entre irmãos permite-me evoluir, comungar sentimentos, aprender a viver como cristão. Em pleno século XXI sou assumidamente um católico praticante dentro das minhas possibilidades e revejo-me na pele de romeiro no presente e no futuro.” O cansaço é generalizado. Dos mais novos aos de maior idade, ninguém escapa às dores físicas e às poucas horas de sono. O combate ao desgaste físico é feito com muita fé e uma – quase – inexplicável força de vontade. “Combate-se o cansaço físico com Fé, com o apoio dos

irmãos e com muita força de vontade! O pouco descanso é essencial, e é reforçado com pomadas e medicação. É comum entre os irmãos romeiros a partilha de massagens e o tratamento de bolhas. Na romaria ninguém está sozinho. Somos muito unidos em tudo. O nosso irmão do lado normalmente é o nosso apoio principal. Em caso de necessidade, se se atrasar em relação ao rancho, o romeiro fica sempre acompanhado.” Por entre caminhos mais fáceis de percorrer, há subidas e descidas que exigem maior destreza física. Luis João Costa recorda uma das etapas mais difíceis, onde sentiu que as forças lhe faltavam.

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No meu caso, na minha primeira etapa, onde senti grande dificuldade foi na subida do Pico de Mafra, nos Mosteiros. Era muito difícil subir, mas com esforço e calma consegui ultrapassar.” Os pedidos de oração por quem vê estes homens a passar pelas estradas da ilha são muitos! Apesar de ser o Procurador das Almas a pessoa que na romaria recebe estes pedidos e intenções, João Luis Costa regista que em todas as suas participações recebeu de muitas pessoas pedidos específicos. “Das cinco vezes que saí de romeiro, os pedidos de oração e intenção foram bastantes. Todos pediram que me lembrasse deles – e dos seus – nas minhas orações e pedidos, apesar de nas romarias ser o Procurador das Almas quem recebe os pedidos e intenções das pessoas.”

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“Romeiros do Arcanjo – Heranças de Fé” Foi atribuído em fevereiro o prémio Ayres d´Aguiar ao documentário “Romeiros do Arcanjo – Heranças de Fé”, uma produção realizada durante a Quaresma, que faz um relato pragmático, mas sentimental, das romarias realizadas em S. Miguel, ficando registado a variedade de costumes dos diversos ranchos, desde os trajes, cantos, preces, forma de caminhar e de estar na romaria. Durante sete semanas de rodagem, o fotógrafo Fernando Resendes registou as imagens de 54 ranchos, num documentário final de 29 minutos, sendo que Raúl Resendes foi responsável pela captação e masterização do som. A narração foi baseada na tese de doutoramento de Cármen Ponte, sobre as romarias quaresmais de São Miguel.


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Entrevista

“Casas Amarelas” um alojamento prático, com charme e diferenciador

Situadas no complexo da Fábrica de Tabaco Micaelense (FTM), as “Casas Amarelas - Hotel Lifestyle at Home” aliam ao conceito de um hotel de charme, casas com história da nossa terra. Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Foi preservada a parte histórica destas casas, além da arquitectura? Ana Cristina Couto (Administradora)As cinco “Casas Amarelas” de Alojamento Local são um conjunto de cinco casas recuperadas, situadas no complexo da Fábrica de Tabaco Micaelense – FTM, sendo consideradas, há mais de um século, património imobiliário do grupo. No decorrer da obra foi conservado, sempre que possível, o seu estado original, quer no que diz respeito à reabilitação arquitectónica e de segurança, quer à parte histórica. Atentos a cada pormenor, ajudamos a contar histórias, do velho construímos o novo, restaurando e criando diferentes elementos das casas antigas, conferindo-lhes um toque moderno e atual. Há um perfil de cliente que de facto procura a hospedagem em espaços que contêm uma história mais vasta. Foi em consideração a este tipo de cliente que surgiu esta ideia?

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Carlos Costa Este empreendimento turístico visa oferecer um serviço de qualidade e conforto aos seus hóspedes. As “Casas Amarelas - Hotel Lifestyle at Home” está aliado ao conceito de um hotel de charme em casas com história da nossa terra. Assim sendo, está destinado para aqueles que procuram o conforto de um hotel e a comodidade de uma moradia. Com efeito, salienta-se o eventual conhecimento socioeconómico e cultural que poderá advir de visitas ao complexo industrial - FTM, onde as “Casas Amarelas” se situam, em espaço contíguo e, igualmente, de cor “amarela”. Trata-se de uma recuperação que já estava pensada há muito tempo? A ideia nasceu, desde a primeira década deste século, da estratégia de diversificar os negócios da FTM, no âmbito do turismo de qualidade. O desenvolvimento do turismo de alojamento local em São Miguel - Açores, conduziu, decisivamente, à reconstrução das 5 casas, prosseguindo assim, o processo


Entrevista

de reabilitação urbana que vem acontecendo, há algum tempo em Ponta Delgada, apostando no turismo sustentável, exigente e de qualidade. Este investimento pressupõe, para a FTM, a criação de riqueza com nova função económica. Houve algum estudo de mercado para alinhar ao vosso conceito? O estudo de mercado, inevitavelmente, antecede qualquer tomada de decisão, principalmente, em projectos desta natureza, cuja concretização implicava avultado investimento económico-financeiro, como o das “Casas Amarelas” . Em que aspetos o projeto das Casas Amarelas contribui para o Alojamento em São Miguel? Qual é o principal ou principais aspetos diferenciadores deste alojamento? Com o projeto “Casas Amarelas” foi criado um alojamento prático, com charme e diferenciador dos demais Alojamentos locais. Com todas as comodidades de um hotel, as Casas

Amarelas propõem o usufruto da vida citadina fora de casa, beneficiando da presença de árvores e jardim no seu interior. Pretende ser um alojamento descomplicado, prático, acolhedor e decorado com bom gosto e conforto. O alojamento é composto por cinco casas de tipologia T1, T2, T3 e T5, com capacidade para 40 pessoas. Todos as casas dispõem de quartos duplos ou twin, cozinha, wc e sala comum. À semelhança de um hotel, os nossos 17 quartos são equipados com WC privado, ar-condicionado, TV e WIFI. Os quartos incluem varanda ou terraços com vista panorâmica e acesso ao jardim. As salas apresentam mobiliário moderno, equipadas com ar-condicionado, telefone, Smart TV, e WIFI. A localização das “Casas Amarelas” é privilegiada (centro histórico da cidade), apresentando amplas zonas exteriores comuns, compostas por pomar, relvado, terraços com vista panorâmica, zonas de lazer e estacionamento privado. Pretende-se oferecer um produto singular, suportado por uma boa imagem e comunicação nas áreas de Turismo de Cidade e de Natureza, apostando assim na valorização da Cidade de Ponta Delgada.

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Entrevista

Paulo Brilhante “Um começo apaixonado pelo desenho” Começou por ser um “amor” aos vários rabiscos que fazia dos locais por onde passava. Já conta com algumas largas dezenas de cadernos desenhados e rabiscados. Passou a partilhá-los a partir da altura em que acreditou que “não é preciso ser artista, nem ter formação em arte para partilhar o que fazemos.” Do muito que Paulo Brilhante já percorreu em matéria de rabiscos (como prefere chamá-los), acabou por surgir o desafio de criar-se uma associação, composta por participantes do grupo Urban Sketchers Açores.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Por entre as horas vagas surgiu o gosto de rabiscar! Primeiro como forma de ...? Depois tornou-se em algo muito mais recorrente e até um pouco mais sério, certo? A partir de que altura achaste que tinhas que mostrar um pouco deste teu passatempo? Paulo Brilhante - Primeiro pela necessidade pôr nos rabiscos a interpretação de um projeto de arquitetura e os seus pormenores. Depois tornou-se “amor” ter um caderno com cores e pedaços de história dos locais por onde passava (quase todas as ilhas dos Açores, com exceção do Corvo). E por fim, para corresponder aos incentivos dos meus mais próximos de que devia publicar o que ia fazendo, tanto com no blogue, como na minha página do Facebook, como na edição de autor de um livro 100% solidário para com a Associação ACAPO. Achei que devia partilhar a partir do momento que deixei de ter o complexo que não é preciso ser artista, nem ter formação em arte para partilhar o que fazemos. Cada um tem a sua forma de observar, tal como cada um tem a sua forma de comunicar, tal como cada um tem uma voz diferente, tal como cada um de nós somos diferentes uns dos outros, até os

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gémeos possuem essas diferenças. O que é que mais evoluiu em ti nesta arte de desenhar!? Os desenhos propriamente ditos; a forma como vês o que te rodeia, etc...? Tudo. Não quero ser presunçoso ao dizer que evoluí em tudo. Mas quero dizer que mudou a minha visão nos aspetos de preservação cultural, ambiental, etográfica. Evoluí também na minha memória visual. Quantas e quantas vezes já tive que fazer o exercício de retroceder ao momento a execução do desenho para me lembrar da cor das barras da casa, das nuances das diversas cores de um telhado de telha regional, dos verdes das nossas criptomérias, ou dos amarelos ocres dos nossos plátanos. Ou até mesmo do azul do nosso mar que tantas vezes recebe o reflexo cinzento das brumas dos nossos céus, tornando-o um “mar de prata”. E depois há o aspeto de curiosidade, de enriquecimento da nossa cultura geral. O querer saber que fachada de igreja estive a desenhar, a razão da data plasmada numa pedra basáltica no frontispício da igreja, etc, etc… O facto de ter sido reconhecida um pouco desta tua arte fez desenvolver todo o resto: a realização de simpósio vadio; a constituição


de uma associação; e o desenvolvimento de outros projetos? Vamos por partes; é mais fácil eu reconhecer arte no que os outros fazem do que eu mesmo achar que os meus rabiscos são arte. São rabiscos absortos daquilo que vejo. Não tem um fio padrão. Não têm uma linguagem comum de desenho para desenho. Tanto desenho com lápis, como com tinta da china, tanto uso lápis de cor, como aguarelas, tanto desenho como a Célia Burgos, como o parecido com o que o Eduardo Salavisa desenha. Tanto quero fazer parecido com os desenhos do Mário Linhares, como com os do António Procópio ou os do André Duarte Batista. Eu sou um pouco de todos eles e de outros mais. Nem tão pouco quero ser como o Leonardo Da Vinci quando digo que iniciei com os diários gráficos para explicar por outra linguagem um projeto de licenciamento, em projeto de execução de uma qualquer obra de construção civil. Portanto, começou por amor ao desenho, por apreciar o que os outros fazem. Jamais direi que “isso de saber desenhar tem muito que se lhe diga”. Jamais. Há, infelizmente quem o diga. Relativamente à realização do Simpósio Vadio, esse evento nasce da vontade de uma pessoa de juntar vários amigos dos rabiscos, em S. Miguel. Para dar credibilidade ao mesmo chamo para junto da organização o André Duarte Batista e o Armando Baldaia que, este último, em 2018, organizou e acolheu os “enjeitados” do simpósio internacional na cidade do Porto. Enjeitado no bom sentido. O surgimento da associação vem na sequência de um vazio criado pelo grupo Urban Sketchers Açores que só iria realizar o próximo encontro dois meses depois do último dia do Simpósio Vadio ocorrido de 24 a 28 de julho de 2019. Ora o “balão de oxigénio” criado à volta do desenho na ilha não podia ser esvaziado pela inércia de ação de quem tem a organização deste movimento na ilha. Duas pessoas lançaram o desafio de desenhar em determinado lugar, num determinado sábado, a uma determinada hora. Aparecem, julgo que 7 pessoas. Neste mesmo dia já estavam a pedir para organizarmos outro encontro no sábado seguinte e assim sucessivamente, com o surgimento de gente diferente, não que em maior número, mas de semana para semana com gente diferente, havia os fixos… dos fixos que iam aparecendo de quando em vez começaram a ser fixos todos os sábados. Esse grupo pediu-me para criar um grupo, eu respondi que criar um grupo por criar não fazia sentido. Se já havia um cá, não havia necessidade de criar outro. Mas sugeri a criação de uma associação que tivesse meios próprios para promover atividades à volta do desenho, pudesse pedir apoios institucionais, não em nome de uma pessoa individual, mas em nome de um grupo social e sem fins lucrativos. E a 17 de setembro de 2019 nasceu a Associação de Desenhadores de Rua – Vadios Azores. Imagine, já nos apelidaram de cópias. Há coisa mais original do que essa. Essas questões fazem-me lembrar aqueles vizinhos em que a sua habitação tem a porta

de criptoméria toda podre e que o seu proprietário resolve trocar por uma de alumínio. O vizinho do lado, que tem uma de mogno, em bom estado, por inveja, troca-a por uma de alumínio. É o que acontece na nossa terra. Todavia, a diversidade é boa e de salutar. Com a Associação de Desenhadores de Rua - Vadios Azores, o que se pretende desenvolver numa primeira fase? Em primeiro lugar dar-nos a conhecer fazendo com que cada vez mais gente pratique o desenho de observação direta. Objetivamente informar a população em geral que há uma associação sem fins lucrativos, onde os seus órgãos sociais não são remunerados, que tem como finalidade levar o desenho a todos, desde os mais novos aos mais velhos. Trazer artistas de fora, convidar os locais a partilhar connosco as suas experiências artísticas. Dinamizar o desenho tanto em diários gráficos, como noutro suporte transportável. Mostrar ao mundo, através das nossas páginas das redes sociais os Açores, a sua cultura, as suas gentes, a sua gastronomia, os seus produtos, as suas paisagens, enfim… levar e elevar o nome dos Açores cada vez mais longe.

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Entrevista Por exemplo, este verão, de 26 a 28 de junho vamos ter aproximadamente 65 pessoas da Europa, Portugal continental e Ilhas a desenhar as mais variadas localidades da Ilha de S. Miguel. De referir que 57% são da Europa e América do Sul, 23% de Portugal Continental e 20% dos Açores (S. Miguel e Terceira). Temos já um apoio importantíssimo da NOS – Açores, que muito amavelmente acarinhou o projeto. Estamos em contacto com outras instituições e julgamos vir a ter sucesso na resposta dos mesmos. No final primeiro trimestre, a Associação de Desenhadores de Rua vai promover a publicação de um livro, onde já conta com o apoio do empreendimento turístico “Casas Amarelas” na Rua José Bensaude. Portanto, projetos não faltam, iniciativas e contactos com outras instituições vão continuar e não pretendemos abrandar o ritmo. Há ainda a tua incursão pela política. Muitas vezes notória nas redes sociais. Ao fim e ao cabo, o facto de desenhares e publicares os teus desenhos dão alguma visibilidade àquilo que escreves em termos políticos. Como te posicionas no panorama político açoriano? A primeira vez e única que pertenci a um partido político arrependi-me passado umas 3 ou 4 semanas. Mas como costumo levar os propósitos a que me proponho até ao fim, não abandonei o barco. Continuei. Mas sinceramente, foi tempo perdido pertencer ao partido do Sr. Dentista Artur Lima. Enquanto tiver pequenos tiques de ditador e bairrista, não chegará a lado algum. Mais concretamente respondendo ao meu posicionamento, sou de direita na defesa dos empresários que investem e cumprem com as suas obrigações com o Estado em termos de impostos e encargos sociais. Sou de esquerda no progresso e nas alterações sociais que são necessárias implementar. Mais justiça social, mas contra o laxismo, mais cultura, sem ser necessário fazer dívida, maior liberdade ao indivíduo enquanto portador e dono da sua liberdade de decisão. Afinal, nem a direita, nem a esquerda são estruturas perfeitas. A política é boa, os políticos é que são maus.

Setor da construção civil com pouca formação

Por comparação com a maioria dos países da Europa, Portugal apresenta um baixo índice de formação na área da construção civil, um cenário que Paulo Brilhante traça como um dos fatores de procupação, a que se junta uma série de outras problemáticas. A Moniz Botelho, Lda. nos Açores representa que setor? Que produtos ou serviços oferece? A Moniz Botelho, Lda está na área da construção civil desde 2015 e a sua maior área de intervenção são remodelações,

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construção civil de raiz e, agora, pavimentos industriais, desde a componente de estudo do tipo de piso adequado à sua utilização, bem como ao cálculo estrutural destes mesmos pavimentos para sofrer cargas elevadas, por exemplo, com a indução de fibras metálicas, fibras de reforço estrutural macro sintéticas, e também no aconselhamento dos diversos tipos de revestimentos industrial e habitacional que existem no mercado. Tendo em conta o número de obras em que a Moniz Botelho, Lda. tem tido intervenção, é possível fazer uma leitura, mesmo que não profunda, do setor da construção? 2019 foi um ano tranquilo? Para quem trabalha nesta área o que é mais difícil de ultrapassar? O isolamento e a distância geográfica entre ilhas são de facto, ainda, grandes entraves? Devo dizer que integrarei a equipa da Moniz Botelho a partir


entrevista de 1 de Março e foi um convite imediatamente aceite, uma vez que veio de encontro às minhas expectativas relativamente ao ambiente empresarial a que estou ligado e com o qual me identifico que é a área comercial e orçamentação e também, porque não dizê-lo, uma vasta experiência nos pavimentos e revestimentos industriais. O ano 2019 não foi de todo mau para o sector da construção civil, uma vez que a “pequena obra” surgiu com muita facilidade, tendo em conta a conjuntura turística que se vive nos Açores. Porém, não podemos deixar de referir e reforçar que o sector da construção civil deve ser olhado com outro carinho por parte das entidades públicas, uma vez que, com a crise, muita mão de obra especializada e de boa qualidade emigrou à procura de soluções e sobrevivência à sua vida e família. Neste sentido, há que haver um investimento na área da formação, desde pedreiros, canalizadores, eletricistas, ladrilhadores, etc, etc. Atualmente, quase todo o jovem virase para as tecnologias, ou por ser mais limpo, ou por estar na moda, daí que, há que rever os patamares remuneratórios destas profissões tão necessárias ao progresso de qualquer centro urbano em desenvolvimento. Eu não diria que há dificuldades para quem trabalha na área, há procura de mão-de-obra, portanto, há oferta de emprego, mas estes ainda têm muito que aprender. O que eu digo é que o empresário da área da construção civil vive um sufoco

permanente, dada a enorme concorrência, dados os valores de mercado serem cada vez mais competitivos e haver, por exemplo, poucas obras públicas de relativa importância, ou melhor dizendo, de pouco volume financeiro. Por outro lado, há, como bem pergunta, a distância geográfica. O sobrecusto do transporte da matéria prima, ou os materiais necessários à construção. Repare uma coisa, não preciso falar nos diversos sectores produtivos que são subsidiados em diferentes frentes. Na construção civil não há um subsídio para a compra do combustível. Substância essa que é, a par da mão-de-obra, uma energia necessária a qualquer tarefa para fazer crescer um edifício. As betoneiras trabalham a combustível, os camiões que transportam o betão consomem combustível, os compressores existentes nas obras para produzir energia consomem combustível. Por exemplo, o preço do combustível comprado por quem não produz nada é o mesmo preço que o empresário da construção civil paga. Concluo dizendo que o sector da construção civil em Portugal é dos menos formados em toda a Europa (isso para não comparar com os Estados Unidos da América, ou Canadá). Não possuímos sindicatos fortes, não possuímos sindicatos com iniciativa de formação em termos de conhecimento de técnicas inovadoras na área, enfim, uma panóplia de razões pelas quais o nosso sector sofre de baixos salários e pouca formação dos seus operários.

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reportagem

“Queremos que as autoridades sejam de uma competência irrepreensível” A Direção Regional de Saúde insiste nas recomendações que desde há algum tempo tem vindo a repetir, a propósito do contágio rápido do Covid-19, nomeadamente que “as pessoas regressadas da China ou de uma área afetada devem estar atentas ao surgimento de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória”. Com a livre circulação de pessoas, o economista Mário Fortuna aconselha serenidade, mas deixa a nota de que as autoridades devem programar todas as medidas de segurança.

Natacha Alexandra Pastor Face ao constante evoluir da informação, todos os setores da sociedade estão atentos. No setor do comércio, não há pânico, mas preocupação diz Mário Fortuna, mas é preciso atenção a tudo. “A maior preocupação é que, com fundamento, ou sem fundamento, se espalhe a notícia de um caso deste vírus nos Açores. Isto porque a incerteza e desinformação à volta do vírus é tão grande que gera logo reações de reserva relativamente aos locais indiciados como potenciais para a sua presença. E como temos visto, não é preciso que o vírus esteja num sítio para provocar estragos com a reação das pessoas. Por isso importa não só gerir competentemente a informação como também, e sobretudo, gerir o risco da chegada do vírus e da sua propagação. Os procedimentos adequados para a prevenção e para o tratamento são conhecidos e têm de ser profusamente divulgados. É importante que fiquemos com a clara noção de que estamos todos a postos e a seguir os procedimentos e prontos para qualquer emergência a qualquer momento. Os comerciantes têm estado tranquilos, mas preocupados pelo que nos vamos apercebendo. Estamos, no entanto, muito atentos a tudo o que se vai passando e tudo o que se vai dizendo sobre o assunto. Nos últimos dias temos mantido contatos com a Direção Regional de Saúde, temos divulgado a informação que disponibiliza e já manifestamos interesse

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em realizar sessões de informação para as empresas. Que cada qual faça o que lhe compete. Esta é uma das notas que o responsável pela CCIPD deixa, lembrando que às autoridades regionais compete tomar as devidas medidas de segurança. “Importa ter todos os cuidados adicionais razoáveis com a circulação de pessoas. Satisfeitos os cuidados recomendados a este nível está cumprido o que se pode fazer, tudo o que for para além disso é desnecessário. O alarmismo é, por natureza, um exagero a evitar. Como costumamos dizer “cada macaco no seu galho”. Por isso exige-se que cada um faça o que lhe compete e é às autoridades de saúde que compete tomar todas as medidas de segurança neste campo e fazer transparecer para a população que todas as medidas necessárias estão e serão tomadas, de forma que não tenhamos dúvidas. O episódio do avião vindo do oriente que aterrou em Ponta Delgada não se pode repetir nos aspetos que estiveram na base da desconfiança que gerou. A ação das autoridades tem de ser inequívoca e gerar a confiança da população. Para isso tem de ser genuína e verdadeira. A competência na ação e na comunicação é um imperativo nestes casos. Só queremos que as autoridades sejam de uma competência irrepreensível a controlar o vírus e a transmitir toda a informação verdadeira e necessária.”


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entrevista

A literatura portuguesa já é uma referência

Há um dia dedicado ao Livro Português. Na Letras Lavadas, em Ponta Delgada, a data não será esquecida. Nas estantes desta livraria há cerca de 350 livros de autores portugueses.

Natacha Alexandra Pastor Patrícia Carreiro (Letras Lavadas) É certo que nos últimos anos temos assistido ao surgimento de vários novos escritores portugueses. De um modo geral, há bons novos trabalhos e escritores a surgir? Há mais público a ler? Tens essa percepção na Livraria? O aumento de livros e de autores é algo inegável. Como em tudo, há trabalhos literários que são muito interessantes, outros que têm um interesse relativo e outros em que o interesse é quase nulo. No entanto, esta é uma realidade muito subjetiva, pois o que para mim possa ser uma escolha literária interessante para outro leitor pode não o ser. A verdade é que existem muitas pessoas a ler, de todas as idades e classes sociais. Assistimos na Livraria Letras Lavadas a visitas de clientes regulares que levam leitura muito diversificada quer no género, quer na faixa etária. Isso significa que, de facto, estes clientes têm gosto pela leitura e que a oferecem, em livros, a familiares e/ou amigos. Os adolescentes e as crianças são clientes muito frequentes da nossa casa, assim como os turistas, os mais adultos e os idosos. A língua portuguesa anda muito maltratada. Nota-se, e sobretudo, vemos muitos erros de português. Há quem refira que a leitura (seja ela qual for) ajuda na melhoria e entendimento

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Paulo R Cabral

da nossa língua! Concordas? Claro que sim. Qualquer tipo de leitura é enriquecedora para o uso da nossa língua, para o incremento e aumento da nossa imaginação e para o fomento da melhoria das nossas relações sociais e humanas, pois se lermos mais, saberemos falar mais e melhor. Logo, a comunicação será indubitavelmente privilegiada para os que leem e escrevem regularmente. Na Livraria Letras Lavadas, o próximo Dia do Livro Português será assinalado de alguma forma especial? Neste dia teremos descontos promocionais em todos os nossos livros de autores portugueses. Além disso, no dia 21 de março, pelas 19h30, faremos um jantar/ sarau poético no restaurante A Tasca, em Ponta Delgada, numa parceria com o grupo de poesia Palavras Sentidas, da Academia Sénior da Universidade dos Açores, do qual – aliás – surgiu a ideia e o convite para nos associarmos. Qualquer pessoa pode-se inscrever através do nosso email (livraria@letraslavadas. pt). Além disso, no Dia Mundial do Livro, que se celebra a 23 de abril, teremos diversas atividades que envolverão escolas, restaurantes, locais e turistas para assinalar um dia tão importante para todo o mundo livreiro. Quantos títulos portugueses existem hoje na Letras Lavadas? Os títulos portugueses, escritos por autores portu-


entrevista

gueses, presentes na nossa livraria são, sensivelmente, 350, em diversas áreas da escrita, desde a literatura à seção infantojuvenil ou desde o desenvolvimento pessoal e espiritual até à vida prática ou à culinária. O público leitor que compra com mais regularidade literatura procura nomes portugueses? Sim. A literatura portuguesa é uma referência de procura e de vendas, mas a literatura estrangeira traduzida para português é também uma grande concorrente, pois é igualmente muito diversificada, interessante e completa. E como leitora, quem são os teus escritores portugueses de maior referência? Digamos que não tenho propriamente autores de referência, pois gosto muito de ler diversos géneros e autores. No entanto, sempre apreciei muito a escrita de José Rodrigues dos Santos, Miguel Sousa Tavares, Júlio Magalhães, Ana Cristina Silva, Mário Zambujal, Mia Couto, que não sendo de origem portuguesa se assume como um autor da nossa nação e já recebeu diversos prémios por isso mesmo e pela sua qualidade de escrita, entre outros. No que diz respeito a autores açorianos, destaco a escrita de Pedro Almeida Maia, Pedro Paulo Câmara, Malvina Sousa, Susana Rodrigues, Joel Neto, entre tantos outros.

cria ti va magazine - março 2020 • 17


reportagem

OM Chanting cativa participantes em São Miguel Já há algumas dezenas de praticantes nas ilhas de OM Chanting, uma antiga técnica de cura em grupo.

Natacha Alexandra Pastor Harshala Cristina Ribeiro é formadora da Bhakti Marga e ensina Atma Kriya Yoga, Simply Meditation, Meditação, Mudras e OM Chanting (uma antiga técnica de cura em grupo). Recentemente, esteve em Ponta Delgada para dar formação e acompanhar um pouco do trabalho de Roberta Couto, Líder de OM Chanting, Professora de Simply Meditation e Facilitadora PM. Harshala Cristina Ribeiro era autodidata quando em 1996, recorda, e ainda sem possuir uma disciplina regular na meditação, tudo teve início. Sentia-se bem, quando parava e meditava sozinha. Ainda sem técnicas, em 2005 começou a praticar de forma regular e por um período mais longo e cedo descobriu que ao fazê-lo ganhava uma paz interior inexplicável e um olhar mais positivo sobre a vida, que se refletia junto da família e amigos. Depois de várias formações, Harsala Cristina Ribeiro elevou as suas competências e passou a dedicar-se à formação, espalhando e partilhando o conhecimento do Atma Kriya Yoga, que reúne um conjunto de técnicas de meditação, integradas num sistema antigo de yoga. Quem o pratica regularmente, experiencia liberdade e autonomia na sua prática individual

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Carlos Costa

de modo a poder praticar onde e quando for mais adequado, considerando os estilos de vida atuais, para ajudar a superar as dificuldades da vida, como gerir stress diário. Para muitas pessoas numa primeira abordagem poderá existir algum cepticisimo, mas uma vez que as pessoas experienciam há uma aceitação positiva, fruto dos sentimentos positivos conquistados. Nos Açores, já há quem pratique com regularidade uma das técnicas mais populares e também mais simples, para quem se inicia, o OM Chanting, inclusivamente é a única que pode ser praticada sem pré-requisitos de formação. O OM Chanting é uma técnica antiga de cura em grupo, praticada há milénios pelos yogis dos Himalaias. Foi recuperada depois de algum tempo por Paramahansa Vishwananda incluída no Atma Kriya Yoga, com o objetivo de curar a Humanidade. O OM Chanting pratica-se já em diversos locais da ilha de São Miguel, onde as pessoas se reúnem de forma regular para a realização de sessões de OM Chanting. O OM Chanting purifica e eleva a vibração dos locais num raio de 2 quilómetros, realça Harshala Cristina Ribeiro, e tem um impacto não só nas pessoas como também na natureza.”


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cria ti va magazine - março 2020 • 19

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Luís Barbosa Por razões que a própria razão desconhece, nunca tivemos no nosso espectro cultural (micaelense) uma banda assumidamente Blues. É curioso, porque a região até tem um dos festivais mais importantes nessa área, há já vários anos. Felizmente, surgiu um músico que quebrou com esse silêncio e formou a sua própria banda. Falamos de Luís Barbosa, o “Bluesman” que entrevistamos nesta edição. Às vezes é preciso remar contra a corrente, trilhar caminhos pouco explorados e desbravar terrenos para se conseguir impor aquilo de que mais se gosta. Como diz o provérbio “dos fracos não reza a história”. É nesse contexto que surge Luís Barbosa, um “Bluesman” que, aos poucos, vai conseguindo expressar a sua vertente musical, um pouco por aqui e por ali. “Desde muito novo que consumo diversos estilos musicais, embora sempre tivesse um gosto especial pelo Blues.” Quando se fala de Blues, é impossível não questionar os nomes que proliferam num qualquer projecto, ao nível das influências. Luís Barbosa refere clássicos como, “BB. King, Albert King e Freddie King.” Aponta também outros mais contemporâneos como; “Philips Sayce, Doyle Bramhall II e Gary Clark Jr. Penso que para se entender o Blues é necessário começar pelas suas raízes”, afirma. Tal como em outras vertentes musicais, o Blues também se subdivide, neste caso, são os Estados norte-

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-americanos que determinam a sua vertente, mais ou menos diferente. Do clássico do Mississipi, ao mais eléctrico de Chicago, passando pelo Blues do Luisiana ou do Delta, onde a Harmónica assumiu um importante papel. Luís Barbosa aponta como referencias “Os blues feitos em Chicago e Texas, no que concerne aos Estados Unidos. Na Europa, tenho um especial gosto pelo British Blues”. Essa fusão de estilos ou de estados, fazem com que o próprio não tenha um rótulo específico para a sua música. “Não considero que a minha sonoridade seja exclusivamente Blues ou o Classic Blues. Digamos que a base passa por aí, embora o estado de espírito determine que o resultado final seja um Blues Rock, Funk ou outro. Esse mesmo estado de espírito determinará se o tema será mais calmo ou mais pesado. Mais lento ou mais rápido”. O Blues é tradicionalmente conhecido, por ter uma sonoridade triste. “Não me considero uma pessoa triste”, diz Luís Barbosa. “Gosto da sonoridade, porque permite que as minhas letras expressem sentimentos que, ora são pessoais ora funcionam como criticas ao meio que nos rodeia”. Quando questionado sobre a relativa falta de cultura Blues, designadamente nas bandas, afirma “Considero que muita gente gosta de Blues, embora também ache que, por não ser um caminho fácil de vingar, é possível que isso afaste de alguma forma os potenciais músicos. Creio que, o aparecimento de eventos ligados aos Blues, venha potenciar o aparecimento de mais bandas ou projectos ”. Exactamente por esse facto, ou seja, de estar praticamente isolado nessa área, merece o seguinte comentá-


rio “Só o facto de vivermos nos Açores já é uma questão de isolamento. Em termos pessoais e por diversas situações é desmotivante, seja por falta de apoios, seja por falta de incentivo. Vale que o gosto e o amor pela causa, falam sempre mais alto”. No que diz respeito ao feedback, o trabalho é maior do que aquilo que se pensa. “Para que haja crítica e promoção ao que fazemos, é preciso trabalhar muito. Falo das redes sociais, dos e-mails que têm que ser enviados, enfim. Existe todo um trabalho que ninguém vê, mas que é fulcral para se ser conhecido fora da re-

gião. Felizmente, a resposta tem sido muito positiva. A minha música já tem passado em rádios de Inglaterra e Espanha. Aos poucos, vou trilhando caminhos importantes, com vista ao mercado internacional”. Para terminar, quisemos saber quando sai um novo disco. “Na verdade, estou já a trabalhar nele. Já tenho cinco temas gravados e tudo indica que sairá este ano. Como gravo em casa, tenho a liberdade de fazer uma criação e gravação despreocupadas. Para além destes cinco temas, tenho uns quantos rascunhos feitos que poderão transformar-se em músicas ou não”.

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

uma realidade a temer? João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

A humanidade, de forma cíclica, tem experimentando epidemias causadoras de danos para a saúde, constrangimentos económicos e sociais e que nos obrigam a repensar alguns gestos e comportamentos e a adotar medidas de prevenção tendo em vista a sua não propagação entre as diferentes comunidades. Este último aspecto, é de difícil concretização quando vivemos num mundo globalizado onde, a cada ano, o número estimado de pessoas a viajar de avião ronda os 100 milhões, dos quais cerca de 20% em voos internacionais, segundo dados divulgados pela Autoridade Nacional de Aviação Civil em 2018. Portanto, fica perceptível que o mundo, a par dos benefícios que os novos modos de vida possam ter, tenha que se preparar para um alastramento cada vez mais rápido das epidemias que vão surgindo. Os últimos tempos têm sido marcados pelo tema do Coronavírus. O mais famoso dos vírus para este ano, é hoje notícia de abertura de telejornais em todo o mundo e manchete de jornais a cada dia. Mas, afinal, que vírus é este? E são os Coronavírus todos iguais? Pois bem bem caro leitor, o vírus que nos preocupa é o Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave conforme denominado pela Organização Mundial de Saúde. Não menos importante é esclarecer que este novo vírus é diferente dos restantes vírus do grupo de coronovírus, embora mantenha alguma semelhança molecular com as estirpes circulantes habituais. Na maioria dos casos, os vírus do grupo de coronavírus são responsáveis pelo desenvolvimento de quadros gripais autolimitados. Uma situação potencialmente diferente será a infeção pelo novo coronavírus,

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o qual pode ser responsável por causar uma infecção respiratória grave e a morte dos infetados, sobretudo entre o grupo de indivívduos com comorbilidades. A COVID-19 transmite-se por contacto direto com secreções respiratórias ou gotículas respiratórias. Portanto, deverá evitar espirrar ou tossir sem proteção e proceder a uma adequada e frequente lavagem das mãos. O período até ao aparecimento de sintomas é variável podendo surgir 48 horas após a exposição até 2 semanas após o contacto. Na fase inicial da doença os sintomas mais frequentes são febre, por vezes alta, cansaço, mal-estar geral e tosse. Com o passar do tempo, a doença pode evoluir para pneumonia, insuficiência respiratória e insuficiência renal. Uma vez que ainda não existe tratamento para a doença, o mais importante é investir na prevenção. Neste sentido, tape o nariz e a boca quando espirrar. Para o efeito, utilize um lenço descartável ou o braço. Lave as mãos após espirrar ou tossir com água e sabão ou com uma solução alcoólica. Evite o contacto próximo com pessoas com queixas respiratórias. Evite viajar para as áreas de transmissão comunitária ativa. No caso de estar a desenvolver sintomatologia sugestiva de infeção ligue para as linhas próprias de apoio disponibilizadas pelos organismos governamentais com competência em matéria de saúde. Procure aconselhamento telefónico antes de se dirigir a uma unidade de saúde. Esteja atento aos noticiários e mantenha-se atualizado. Não entre em pânico. Cumpra as medidas preventivas. Com gestos simples estará a proteger-se a si e aos seus!


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José Andrade

100 ANOS DE CULTURA A maior casa de espetáculos dos Açores foi inaugurada em 1917 por José Maria Raposo do Amaral, adquirida em 1950 por Francisco Luís Tavares, reabilitada em 2005 por Berta Cabral. Como “Coliseu Avenida” de Pedro de Lima Araújo ou “Coliseu Micaelense” de António dos Santos Figueira, atravessou as duas guerras mundiais ao serviço da cultura na cidade de Ponta Delgada e na ilha de São Miguel. Dos filmes mudos de Charlie Chaplin ao cinema sonora de Vasco Santana, do teatro de Maria Matos ao fado de Amália Rodrigues, das sessões de Óscar Carmona e Américo Tomás aos comícios de Sá Carneiro e Mário Soares, do concerto do ministro Gilberto Gil ao espetáculo do bailarino Joauín Cortés, o segundo mais antigo coliseu de Portugal foi palco das Revistas de José Barbosa, do Açorianíssimo de Victor Cruz, dos Bailes de José Vieira. No Carnaval ou no Circo, na Ópera ou no Rock, a sua história merece ser preservada e recordada. Por isso publicámos o livro “Coliseu Micaelense - 100 Anos de Cultura”, que regista e revive a cronologia centenária do nosso Coliseu, pela visão própria da imprensa local de cada época, como um presente do passado com futuro. O seu lançamento ocorreu em dezembro de 2017, encerrando oficialmente a comemoração do centenário, e sua venda reverteu a favor da Casa do Gaiato de São Miguel, evocando o tradicional “Natal do Gaiato” do Coliseu Micaelense. Numa edição da Câmara Municipal de Ponta Delgada, esta obra de 240 páginas conta com prefácio de José Manuel Bolieiro e posfácio de Berta Cabral. Abre com a galeria fotográfica do velho Coliseu (Anúncios de Imprensa) e fecha com a galeria fotográfica do novo Coliseu (Instalações, Eventos e Bailes).

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O Coliseu Micaelense nasce a 10 de maio de 1917 com uma sessão inaugural que, como em inúmeros espetáculos posteriores, esgota a lotação das 600 cadeiras de plateia, dos 1200 lugares de balcão, dos 80 camarotes das duas ordens, com um público entusiasta que contempla “novidades nunca vistas nesta terra” por detrás do pano de boca pintado por Domingos Rebelo e por entre o proscénio esculpido por Canto da Maia. Começa assim uma viagem no tempo percorre os eventos marcantes da vida centenária do Coliseu Micaelense, em dez sucessivos capítulos, na década de 1910 (O primeiro dos Açores e o segundo de Portugal), na década de 1920 (De Maria Matos a José Barbosa), na década de 1930 (A chegada do cinema sonoro), na década de 1940 (O Coliseu da Segunda Guerra), na década de 1950 (Amália no Coliseu (agora) Micaelense), na década de 1960 (A criação da Cinaçor), na década de 1970 (Do 25 de abril ao Açorianíssimo), na década de 1980 (O regresso de grandes eventos), na década de 1990 (O Coliseu do Carnaval), na década de 2000 (A grande recuperação) e na década de 2010 (A comemoração centenária). Por esta casa - e por este livro - passa uma parte importante da memória cultural de Ponta Delgada, de São Miguel e dos Açores nos últimos 100 anos.


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desporto motorizado PLAY/AUTO AÇOREANA TROPHY

VITÓRIA DE RAFAEL BOTELHO NO PLAY/AUTO AÇOREANA RALI

Renato Carvalho

Carlos Costa

O piloto Rafael Botelho, pela primeira vez ao volante de um Skoda Fabia R5, e acompanhado pelo navegador Marco Macedo venceu o Play/Auto Açoreana Rali 2020. A prova organizada pelo Grupo Desportivo Comercial foi a primeira do Play/Auto Açoreana Trophy, teve como vencedora a dupla constituída por Bruno Amaral e Rui Medeiros num Mitsubishi Lancer Evo IX, que também obteve o segundo lugar da classificação geral do rali. O evento começou na sexta-feira com uma super-especial que utilizou os arruamentos a norte do Parque Urbano de Ponta Delgada, troço que foi ganho por Pedro Câmara e João Câmara num Mitsubishi Lancer Evo IV. No sábado, uma dupla passagem pelas provas especiais de Pico da Pedra, Cumeeira Grande das Sete Cidades e Vista do Rei/Feteiras completava o programa. Rafael Botelho assumiu o comando logo no início da manhã de sábado, venceu cinco troços e terminou o rali com uma vantagem de quase três minutos sobre o segundo classificado. Em relação ao troféu, Pedro Câmara foi o líder até desistir por avaria mecânica na segunda passagem pelo

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Pico da Pedra. Nessa altura, Bruno Amaral ascendeu à liderança que manteve até ao final. A segunda posição pertenceu a Rui Borges e André Ventura, também em Mitsubishi Lancer Evo IX. O degrau mais baixo do pódio ficou reservado para o piloto micaelense Gilberto Ferreira e para o navegador terceirense Manuel Lemos que utilizaram um Ford Escort Cosworth. Nas 2 Rodas Motrizes, a equipa Pedro Ferreira e Pedro Castro num Citroen Saxo Cup foi a mais rápida. A próxima prova do Play/Auto Açoreana Trophy é o Azores Rallye, de 26 a 29 de Março.

CLASSIFICAÇÃO FINAL: 1º Rafael Botelho/Marco Macedo (Skoda Fabia R5) 41m34,4s; 2º Bruno Amaral/Rui Medeiros (Mitsubishi Lancer Evo IX) a 2m57,0s; 3º Rui Borges/André Ventura (Mitsubishi Lancer Evo IX) a 3m54,1s; 4º Gilberto Ferreira/Manuel Lemos (Ford Escort Cosworth) a 6m55,2s; 5º Pedro Ferreira/Pedro Castro (Citroen Saxo Cup) a 9m10,3s; 6º Hugo Alcantara/André Alcantara (Citroen Saxo Cup) a 10m39,4s; 7º Adalberto Correia/Tomás Vultão (Toyota RAV 4) a 11m10,3s; 8º Mateus Bettencourt/Fernando Jorge (Renault Clio 16V) a 35m58,9s.


2º LUGAR DE RUBEN RODRIGUES EM FAFE

Renato Carvalho

António Bettencourt

A dupla micaelense Ruben e Estevão Rodrigues, num Peugeot 208 R2, ocupou o 2º lugar da classificação referente ao Campeonato de Portugal de Ralis de 2 Rodas Motrizes no Rali Serras de Fafe – Felgueiras e igualmente no troféu Challenge R2&You. O piloto, apoiado pela Rubestecar, conseguiu terminar o rali no 17º posto da classificação geral que alcançou na penúltima prova especial. De salientar, que Ruben Rodrigues foi o mais rápido do seu escalão no troço citadino denominado Fafe Street Stage e ainda amealhou mais dois segundos lugares. Outra equipa que participou na primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis foi constituída por Diogo Gago e Victor Calado que utilizaram o habitual Citroen C3 R5 da Play/AutoAçoreana Racing com o objectivo de preparar a participação no Campeonato dos Açores de Ralis. No final do primeiro dia estavam em 7º lugar da classificação geral a três segundos de José Pedro Fontes que ocupava o sexto lugar. Só que no início do dia seguinte um problema mecânico obrigou o piloto a parar para verificar a situação. Posteriormente, o capot do Citroen abriu-se e partiu o parabrisas, originando que partículas de pó de vidro atingissem um dos olhos do piloto. Tanto Ruben Rodrigues como Diogo Gago vão estar presentes no Azores Rallye. CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS 2020 O Campeonato dos Açores de Ralis 2020 começa no final do mês de Março com a realização do Azores Rallye. Em relação ao calendário, a principal alteração é o regresso do Rali Sical para segunda prova da época por troca com o Rali Ilha Azul que se volta a disputar em Junho. Durante a temporada estão previstos realizar-se sete eventos e para a classificação final são apurados os seis melhores resultados. A principal novidade é a presença de mais carros da categoria R5. O piloto do Pico, José Paula que possuiu um Peugeot 208T16 e que tem participado em algumas provas em território de Portugal Continental, deverá comparecer nas provas do

campeonato dos Açores. Outro piloto que optou por este escalão é Rafael Botelho que trocou o Citroen DS3R3T por um Skoda Fabia R5 preparado pela equipa The Racing Factory. No que diz respeito ao campeonato destinado a viaturas de 2 Rodas Motrizes, os três primeiros classificados da época passada vão estar ausentes. O bi-campeão, Ruben Rodrigues optou por um programa a nível do Campeonato de Portugal de Ralis com o seu Peugeot 208 R2. Rafael Botelho ascendeu de categoria e Henrique Moniz abandonou os ralis por falta de patrocínios. Desta forma, aguarda-se com curiosidade os potenciais projectos para este campeonato.

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Olhar Criativo Desafio Mensal do Mês transato

com o Tema:

“Com a cabeça nas nuvens”

1º Lugar - Perdida de mim... - Ana Bela Correia

“ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Turistando pelas nuvens - Francisco Granadeiro

3º Lugar - Pedaços de céu - Sissa Madruga

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saúde ótica

Sabe que existem vários tipos de olho seco? Olho seco por deficiência aquosa - ocorre quando a produção de lágrima não é suficiente; Olho seco por deficiência lipídica – existe uma redução da camada lipídica da película lacrimal, originado a evaporação e instabilidade da mesma; Olho seco misto – combinação de deficiência da camada aquosa e lipídica combinadas. Para além disso, o olho seco pode surgir com causa desconhecida – originado por causas desconhecidas que provocam deficiência na produção da lágrima. Seja qual for a causa de olho seco, no Institutoptico tem solução! Systane® COMPLETE, que protege e restaura todas as camadas da lágrima. Fale com o seu ótico de família – Institutoptico e peça a sua amostra gratuita.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt



saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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eventos Inauguração das “Casas Amarelas Hotel Lifestyle at Home” Carlos Costa

Foram recentemente inauguradas as “Casas Amarelas”, situadas no complexo da Fábrica de Tabaco Micaelense – FTM. O alojamento é composto por cinco casas de tipologia T1, T2, T3 e T5, com capacidade para 40 pessoas. Todas as casas dispõem de quartos duplos ou twin, cozinha, wc e sala comum.

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eventos Dia de Amigas na AASM Carlos Costa Com a capacidade lotada, a Associação Agrícola de São Miguel é um dos locais mais procurados para a celebração do Dia de Amigas. Este ano o cenário voltou a ser idêntico, com muitas mulheres a brindarem à amizade, numa noite em que a diversão foi genuína.

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eventos 200 variedades de camélias expostas no Casino Terra Nostra CM Povoação A freguesia de Furnas foi novamente palco da XVIII Exposição de Camélias. A sala do Casino Terra Nostra foi primorosamente decorada por mais de 200 variedades de camélias.

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eventos Festival da Malassada CM Lagoa A freguesia da Ribeira Chã organizou o VII Festival da Malassada, em fevereiro, um evento que se enquadra na tradição do Carnaval, sendo a malassada um dos doces típicos nos Açores.

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eventos Carnaval sénior junta 200 idosos no Teatro Ribeiragrandense CM Ribeira Grande O Teatro Ribeiragrandense recebeu mais uma edição da matiné de carnaval destinada aos idosos do concelho. O evento incluiu concurso para a melhor fantasia e melhores cestas.

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eventos Desfile infantil na Ribeira Grande CM Ribeira Grande Em vésperas de fim-de-semana de Carnaval, os mais pequenos, acompanhados por professores, educadores de infância e auxiliares saíram das escolas e desfilaram pela principal rua da cidade da Ribeira Grande, garantindo mais um colorido e animado desfile de fantasias.

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eventos Baile de Máscaras do Teatro Micaelense Fernando Resendes/TM A festa de Carnaval no Teatro Micaelense foi uma verdadeira festim de máscaras e de disfarces. Muita criatividade das centenas de pessoas que comparecerem no já tradicional baile de máscaras, este ano, com a animação a ser garantida pela presença dos Brazilian Trio, Marina e Stereo Mode, e ainda pelos djs El Loco e Matti.

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eventos Bailes do Coliseu Micaelense Miguel Machado Os grandes bailes de Carnaval do Coliseu Micaelense voltaram a ser um dos momentos altos do Carnaval em São Miguel. Foram duas noites de gala, ao som dos ritmos próprios da época festiva.

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eventos Batalha das Limas com oito equipas Carlos Costa Na Batalha das Limas deste ano participaram nove camiões de oito equipas: “Santa Canalha” de Santa Clara, São José “Sempre Presentes”, “Bombásticos” dos Bombeiros de Ponta Delgada, Livramento, Fajã de Baixo, São Roque, “Bairro da Lata do Rosário” da Lagoa e “Tropa de Elite” de Santo António. Este ano houve novas regras para quem decidiu combater na Avenida de Ponta Delgada, sendo que uma das procupaçõpes foi recolher todos os sacos de plástico utilizados pelas equipas participantes.

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aconteceu Lançado concur­ so para instalar Laboratório de Inovação de Pro­ dutos Lácteos O Governo dos Açores, através da Direção Regional da Ciência e Tecnologia, lançou um concurso público para a aquisição, fornecimento, montagem e instalação de mobiliário e equipamento para o Laboratório de Inovação de Produtos Lácteos, integrado no Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira - TERINOV. O Laboratório de Inovação em Leite e Laticínios será uma infraestrutura de apoio à inovação criada para o desenvolvimento de novos produtos, processos e tecnologias, com principal enfoque no setor do leite e dos laticínios.

tre-Montes, no Monte da Guia, no Faial. A intervenção de controlo contempla, designadamente, o gramão (Stenotaphrum secundatum), escapado dos relvados envolventes ao parque de estacionamento junto à praia de Porto Pim, o silvado-do-inferno (Lantana camara), nas áreas de charneca, e a orelha-de-ovelha (Salpichroa origanifolia), com diversos focos de invasão.

Controlo de espécies invasoras no Faial A Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo, através da Direção Regional do Ambiente, iniciou, no âmbito do projeto Life Vidália, uma intervenção significativa de controlo mecânico de espécies exóticas invasoras na área de En-

Inscrições para as marchas de São Pedro As populares marchas de São Pedro que se realizam na Ribeira Seca, da Ribeira Grande, estão agendadas para a noite de 28 de junho próximo e a Câmara da Ribeira Grande já abriu o período de inscrições para os grupos que queiram participar naquela que será a 29.ª edição do evento.

Os grupos interessados em participar deverão formalizar a inscrição até 30 de março do corrente ano, mediante preenchimento da ficha de candidatura e envio da mesma por email para o endereço martinhobotelho@cm-ribeiragrande.pt.

ERSARA promove uso sustentável da água A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA) já apoiou em mais de 133 mil euros as entidades gestoras para promover o uso sustentável da água para consumo humano, através da aferição do balanço hídrico, por via de programas que permitem corrigir disfunções dos sistemas de águas, reforçar o desempenho das entidades reguladas e melhorar a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.

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III Inventio – Festival de Tunas coliseu Micaelense

Carolina Deslandes Teatro Micaelense

STABAT Mater de Gioachino Rossini - Coral de São José Teatro Micaelense

Exposição “Prémio AFAA Desafio 2019” Solmar Avenida Center

Exposição “Um vazio presente”

Centro Municipal de Cultura de PDL

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48 • c ria ti va magazine - março 2020

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

agenda


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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva revela a sua maior capacidade de afirmar a sua posição e de comunicar de forma clara os seus intentos, mas ouça as outras pessoas. A nível profissional, o momento favorece imenso todo o tipo de contratos e acordos que possam impulsionar um verdadeiro crescimento da carreira.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva proporciona-lhe momentos harmoniosos. Adote uma postura equilibrada, ponderada e compreensiva em relação ao outro elemento do par. A nível profissional, tem todas as condições para aproveitar esta época de concretizações. Use a sua intuição, tome decisões e avance sem receio.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva marca a necessidade de prestar mais atenção ao plano sentimental e, particularmente, às questões relacionadas com a sua intimidade A nível profissional, vai conquistar o reconhecimento das outras pessoas porque está muito capaz de desempenhar as suas funções com competência.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva dá-lhe a oportunidade de evidenciar o seu magnetismo pessoal. Sentirá muita vontade de mostrar a sua faceta sedutora e apaixonada. A nível profissional, a conjuntura anuncia grandes progressos na carreira e o aumento de ganhos financeiros. Aproveite para fazer investimentos.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva reflete a sua capacidade de comunicação que lhe permite tratar de questões mal resolvidas e estabelecer entendimentos conscientes. A nível profissional, atravessa a altura ideal para planear cuidadosamente o seu futuro. Também, poder ser oportuno melhorar a sua imagem social.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva atravessa um período favorável para o estabelecimento de uma relação amorosa muito romântica e sustentada pela empatia emocional. A nível profissional, durante esta fase de crescimento, toda a gente vai reconhecer o seu trabalho desenvolvido com muita imaginação e eficácia.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva apresenta algumas melhorias, no entanto, precisa de tomar medidas firmes para poder alterar a qualidade do relacionamento amoroso. A nível profissional, a altura é indicada para começar algo de novo que lhe traga realização pessoal e melhores vantagens em termos financeiros.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva evolui positivamente, mas procure não controlar tanto os seus sentimentos e deixe fluir naturalmente o desenrolar da área amorosa. A nível profissional, possui a estrutura adequada e sente uma sensação de tranquilidade que lhe permite agir com inteligência em busca de êxitos.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva percorre uma época de novas aventuras românticas. Siga a sua intuição e procure estabelecer uma relação que lhe traga felicidade. A nível profissional, acredite no seu potencial intrínseco e não deixe que ninguém contrarie os seus planos para poder atingir os seus objetivos.

A vida afetiva evolui positivamente e um contato casual pode alterar os seus planos. Aliás, uma nova amizade pode ajudar a renovar a sua energia. A nível profissional, pode contar com uma nova época repleta de autoconfiança e de entusiasmo. Aproveite para materializar todos os seus sonhos.

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A vida afetiva depende imenso da sua habilidade de lidar com algumas situações familiares. Mas, mantenha uma atitude serena e muito compreensiva. A nível profissional, alargue os seus horizontes e exponha as suas ideias originais para realmente poder alcançar patamares elevados na carreira.

signo do mês

A vida afetiva está mais dirigida para as suas próprias necessidades individuais, mas evite o isolamento e procure partilhar os seus sentimentos. A nível profissional, provavelmente, percorre um excelente ciclo para colocar em prática os seus projetos. As deslocações estão muito protegidas.


voucher pรกg. 47

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