Criativa Magazine - novembro 2020

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Foto capa: David Rodrigues

Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VII Nº 73 novembro 2020

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chá verde da gorreana tem propriedades únicas

vigilância eletrónica com crescimento exponencial

Hdes com média de 24 evacuações urgentes ao ano

padrões alimentares em portugal são insustentáveis



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consultório da saúde Com João Bicudo Melo

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Opinião josé andrade livros da minha estante

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Olhar criativo TEMA: “vermelho”

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Saúde ótica com: INSTITUTOPTICO

reportagem histórias em casa por um final feliz: projeto de Miguel esteves

reportagem hdes tem uma média de 24 evacuações urgentes por ano

reportagem ribeira grande com policiamento no centro histórico

Saúde Auditiva Com: Audição Portugal

Desporto: rali ilha azul: vitória de joão borges

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

reportagem padrões alimentares em portugal são insustentáveis

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Grande reportagem consultório jurídico Com Carlos Melo Bento

RUBRICAS

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entrevista crescimento exponencial na vigilância eletrónica

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José Andrade, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande reportagem

Chá Verde da Gorreana tem propriedades únicas no mundo

O professor e investigador José Baptista e a investigadora Lisete Paiva estão a estudar as propriedades do chá verde das plantações Gorreana, um projeto que conta com apoios da Comunidade Europeia. Apesar de ainda não concluído, já há evidentes conclusões: a primeira delas é que este passa a ser o único chá no mundo que tem mais quantidade de um aminoácido (bom); segundo ele tem uma função de relaxamento sem provocar sonolência; por outro lado, permitirá chegarmos a uma idade avançada com as nossas capacidades cognitivas a funcionar.

Natacha Alexandra Pastor As principais conclusões desta investigação são altamente importantes. O Professor e investigador José Baptista enquadra à nossa reportagem como é que surgiu o seu interesse pelo estudo em particular do chá da plantação da ilha de São Miguel. “O meu interesse pelo chá da Camellisa sinensis surge da altura em que eu estava ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, e simultaneamente ao Instituto de Investigação em Cancro (Ludwig Institute for Cancer Research, associado com o Ontario Cancer Institute), onde trabalhei 16 anos. Eu tinha por hábito ler os artigos científicos de maior relevo que eram publicados sobre processos de carcinogénese e, certo dia, encontrei na Revista Nature um trabalho da Cleveland State University, USA,

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David Rodrigues / DR

liderado pelo Professor Jerzy Jankun cujo título era: “Why drinking green tea could prevent cancer” (Como podemos reduzir o risco do cancro com chá verde). Depois de o ler, fiquei muito entusiasmado e decidi comprar chá verde de diversas partes do mundo e guardei-os. Nessa ocasião, estava em processo de aceitação de um convite para vir trabalhar para a Universidade dos Açores, e trouxe comigo essas amostras de chás a fim de desenvolver uma metodologia por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC) que separasse e quantificasse os compostos com atividade biológica (polifenóis, maioritariamente flavonoides, particularmente flavonóis, flavanóis e metilxantinas, que são alguns dos metabolitos naturais capazes de “travar” a ação dos radicais livres e, consequentemente de retardar o progresso das


doenças mais preocupantes da nossa sociedade). Depois de chegar aos Açores e de fazer esse trabalho, verifiquei que o chá verde da Gorreana era menos amargo, menos adstringente, que os de outras partes do mundo, particularmente os chás do Japão, o que me levou a pensar que este chá deveria apresentar um teor superior de um aminoácido, referido por L-teanina, que é ligeiramente adocicado.” Após a obtenção, através do Japão, deste aminoácido puro, para ser usado como padrão, a equipa “avançou para um estudo comparativo do seu teor nas amostras de chá das diferentes origens por dois motivos: primeiro porque ele só existe na folha de chá da C. sinensis e numa variedade rara de cogumelos não comestíveis; segundo porque este aminoácido altera-nos a química do cérebro. Por experiências com animais de laboratório, verificou-se que a L-teanina atravessa a barreira hemato-encefálica sem qualquer alteração metabólica. Este aminoácido tem a propriedade de estimular neurotransmissores que são substâncias químicas

produzidas pelos neurónios com a função de bio-sinalização e de enviarem informações a outras células. Por exemplo: A dopamina dá-nos uma certa sensação de auto-confiança, a serotonina é fundamental na regulação do sono, do humor, do ritmo cardíaco e da temperatura do corpo, a acetilcolina desempenha um papel importante nas funções cognitivas com impacto na doença de Alzheimer e ainda o ácido gamaaminobutírico (GABA) é um relaxante natural, responsável pela sensação de bem-estar e ainda induzir o aumento das ondas alfa do cérebro ajudando a reduzir a ansiedade, a insónia e a controlar o stress, não provocando sonolência nem falta de coordenação cerebral. Com o avanço da idade a comunicação entre neurónios começa a ficar mais lenta, pelo que a presença deste aminoácido ajuda grandemente a estimular novamente estes neurotransmissores permitindo que cheguemos a idades mais avançadas com as nossas funções cognitivas a funcionar em pleno. O nosso objetivo passou então por convencer a Comunidade Europeia a financiar um projeto de parceria entre a Plantações

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de Chá Gorreana e a Universidade dos Açores, no sentido de se perceber como poderíamos aumentar a quantidade desse aminoácido nas folhas de chá. O projeto foi aceite. A Doutora Lisete Paiva é a investigadora principal deste projeto, e a nossa preocupação tem sido estudar todo o processo da evolução deste aminoácido desde a raiz da planta, onde é sintetizado até às folhas, assim como a influência dos vários passos do processamento. A nossa ideia foi perceber a variabilidade da sua concentração nas diferentes partes da planta, isto é, qual era a importância do murchamento das folhas no aumento do teor deste aminoácido; qual a importância do calor durante o processamento e ainda a variação da sua concentração em amostras de C. sinensis de diferentes zonas da plantação do chá da Gorreana, entre outros aspetos da investigação em estudo. Ou seja, estivemos a monitorizar tudo o que era possível para perceber como poderíamos aumentar a sua concentração nas folhas do chá.” Um das grandes e principais conclusões do estudo que tem ainda mais algum tempo para ficar concluído, é a de que o chá verde da Gorreana é inquestionavelmente bom para a nossa saúde, explica-nos o professor José Baptista. “Vantagens destas conclusões: a primeira delas é que este passa a ser o único chá no mundo que tem mais quantidade deste aminoácido (bom); segundo ele tem uma função de relaxamento sem provocar sonolência; por outro lado, permitirá chegarmos a uma idade avançada com as nossas capacidades cognitivas a funcionar. Portanto, é um chá bom para pessoas mais jovens que pretendem reduzir os seus níveis de ansiedade, assim como para pessoas de média idade em que é importante reduzir a eventual possibilidade da degenerescência cerebral que vai

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progredindo com o avanço da idade. Na verdade, para que não se percam as propriedades vitais (a atividade antioxidante) deste chá verde, é importante saber prepará-lo nas nossas casas, à semelhança do que acontece na unidade fabril. As catequinas existentes nas folhas da C. sinensis alteram-se com a temperatura, por isso é importante, explica o Professor e Investigador que devemos ferver a água, deixar arrefecer a uma temperatura não superior a 70 °C e só depois colocá-la sobre as folhas, caso contrário estaremos a destruir as catequinas que tem uma função benéfica na nossa saúde.” O projeto já dura há cerca de dois anos e tem ainda mais sensivelmente um ano e meio para a sua conclusão. O trabalho de investigação do Professor, formado em Química, nos últimos 30 anos especialmente dedicado à Bioquímica Analítica, engloba outras análises e projetos tendo alguns por base estudar o efeito benéfico da composição química dos alimentos na sua relação com a saúde. “Nós dependemos muito da nossa alimentação, e muito mais do que aquilo que possamos pensar. Gostaria de lembrar que um corpo de estatura média é capaz de ter cerca de dez triliões de células e em cada segundo que passa há milhares de reações químicas que se estão a realizar no nosso organismo. Estamos sempre a produzir moléculas novas, por isso a alimentação é essencial na síntese de novas estruturas moleculares. Antigamente pensavamos que algumas doenças eram influenciadas pelo fator genético, hoje em dia sabemos que muitas das doenças estão também relacionadas com a epigenética, que depende do nosso estilo de vida e sobretudo da nossa alimentação.”


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reportagem

Ciência e tradição juntas

Num ano bom é possível produzir cerca de 37 toneladas de chá, na unidade fabril da Gorreana. Com uma área de 32 hectares de plantação, o consumo interno de chá continua a ser relevante, pese embora os mercados externo e internacional representem 68% do total da exportação.

Natacha Alexandra Pastor 137 anos depois, a Gorreana continua a evoluir e à procura da inovação, sem perder os traços da sua história. Quem o refere é Madalena Motta, uma das proprietárias do Chá Gorreana. “A inovação é uma constante na vida, no tempo, do mundo. O tempo passa e com ele novas descobertas fazem parte da nossa evolução, surgem novas tendências, estilos de vida e a ciência evolui. A Gorreana com os seus 137 anos de vida, não está estagnada no tempo. É uma empresa que acompanha o tempo em que vive, mas sempre sem esquecer o seu passado e a sua essência. Nesta área da inovação, há sempre campo e matéria para crescer. A ciência não pára e nós temos o dever de acompanhá-la. O nosso processo é o nosso ADN, deixá-lo seria perder o que nós somos. Somos uma empresa com o coração no passado. O presente na mente e o olhar no futuro. Somos tradição e inovação.” Hoje, a Gorreana possui 32 hectares de plantação, e a produção atual, “num ano bom”, refere Madalena Motta, atinge as 37 toneladas de chá, sendo o mercado consumidor interno responsável por 45% do consumo de chás da marca açoriana. A exportação externa soma 68%, sendo que o mercado internacional representa 30% e o externo 38%. Há mercados mais interessantes, o alemão e o chamado mercado da “saudade” são dois bons exemplos. “O mercado alemão não compra em quantidade, mas sim em qualidade. É um mercado com o qual trabalhamos há muitos anos, onde já conquistamos uma geração. Partimos para a segunda. Conquistar uma geração é conquistar o futuro . O chá da nossa avó será sempre o chá dos nossos netos. O chá é também uma bebida que nos leva à memória. Outro mercado que gostamos muito de trabalhar é o da

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David Rodrigues

“saudade”, EUA e Canadá, onde estão os nossos emigrantes. A Gorreana leva nos seus pacotes o aroma e paladar da memória da sua terra e aquece a saudade.” O próximo ano trará novidades para esta unidade fabril, fruto da parceria que existe entre a Gorreana e a Universidade dos Açores, e do trabalho de investigação que está a ser orientado pelo Professor José Baptista em colaboração com a Doutora Lisete Paiva. “A Universidade dos Açores tem sido um pilar onde assenta o conhecimento científico, que não nos podemos alienar. Com a Uac, a Gorreana torna-se mais sábia. Temos feito um trabalho em conjunto, onde existe muita cumplicidade. Todas as semanas, durante a apanha do chá, a Universidade vem fazer colheitas de folhas para análises e também controla o processo industrial. São feitas reuniões entre a Universidade dos Açores, o Professor Doutor José Bettencourt Baptista e a Doutora Lisete Paiva, com os colaboradores da nossa fábrica Gorreana. Existe uma conversa muito rica em conhecimento, uma nova consciência de procedimentos, quer na parte agrícola, quer industrial. De salientar que o Professor Baptista e a Doutora Paiva são pessoas que sabem fazer chegar o conhecimento dos sábios aos mais simples, inclusivamente, eu. Desta parceria já saiu uma coleção de novos chás, onde o chá verde é ligado a ervas, flores, frutos e sementes. Em 2021 vai sair um novo tipo de chá e único, consequência de um estudo de três anos e que será o ex-libris desta parceria. Só me resta agradecer ao Professor Baptista e à Doutora Lisete o trabalho que fazem nesta fábrica, pois levam para o mundo científico o nome da Gorreana. Não existem palavras para agradecer...”.


entrevista

Crescimento exponencial da Vigilância Eletrónica

Em particular nos últimos três anos, o crescimento da Vigilância Eletrónica mereceu um crescimento, muito por via dos elevados níveis de confiança que o sistema tem conseguido passar aos tribunais e à comunidade. Nos Açores, a equipa tem atualmente 95 arguidos e condenados fiscalizados com recurso a este sistema de controlo.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Nesta data, quantos são os casos com pulseira eletrónica nos Açores? E como se encontram divididos? Pelo tipo de delito; se aguardam julgamento ou se a pulseira eletrónica está aplicada no âmbito da condição de pena de prisão? Anabela Melo (Coordenadora da Equipa de Vigilância Eletrónica 10 Ponta Delgada) Nesta data, o número de arguidos e condenados fiscalizados com recurso a meios técnicos de vigilância eletrónica é de 95. Destes, 53,7% são fiscalizados no âmbito de decisões judiciais de proibição de contactos pelo crime de violência doméstica e os restantes 46,3% estão confinados à habitação em contexto de medida de coação de obrigação de permanência na habitação ou execução de pena de prisão em regime de permanência na habitação, sendo a categoria de crimes mais registados os crimes rodoviários (crime de condução sem habilitação legal ou com taxa de álcool igual ou superior a 1,2g/l de sangue), os crimes contra o património e tráfico de estupefacientes.

Carlos Costa

Que cenário existe, em regra, para os arguidos que aguardam julgamento: estão no ativo (trabalho) ou aguardam em casa? Nos casos em que se encontram ao serviço, que metodologia é utilizada para o controlo das saídas? Por regra as decisões judiciais de fiscalização eletrónica em contexto de medida de coação de obrigação de permanência na habitação são de confinamento total, 24horas/dia, porém, o tribunal pode autorizar os arguidos a sair da habitação, por motivos excecionais, que se prendem com necessidades do seu quotidiano: realização de atos médicos, processuais, ou outros motivos atendíveis. Caso o arguido apresente ao tribunal uma proposta de saída da habitação, para trabalhar, estudar ou frequentar outra atividade regular, os serviços de vigilância eletrónica avaliam previamente os motivos e os trajetos a utilizar pelo arguido e, se judicialmente autorizada, procedem ao controlo dessas saídas através de meios alternativos uma vez que a monitorização eletrónica se interrompe com a saída do arguido da

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entrevista Entrevista

sua habitação. A dispersão de casos e de situações pelas nove ilhas açorianas é um handicap para o serviço? Há necessidade de melhorar a capacidade de resposta ou de implementar outra estratégia mais eficaz? A intervenção geográfica da equipa de vigilância eletrónica 10 Ponta Delgada distribuída pelas 9 Ilhas da Região Autónoma dos Açores eleva os custos associados à sua gestão operacional quando comparada com outras equipas de vigilância eletrónica localizadas em Portugal continental, pelo recurso a deslocações em viagens de avião com alguma frequência. Ainda assim, a atividade é otimizada com a colaboração das equipas de reinserção social e os vários órgãos de polícia criminal localizados nas várias Ilhas, estabelecendo esta equipa com estas estruturas uma articulação funcional e eficaz à prossecução da sua missão. No caso da Vigilância Eletrónica por violência doméstica, há alterações significativas como o sistema é implementado e controlado?! É um serviço dentro da VE que implica uma maior atenção? O que é mais complexo de controlar na VE nos casos de Violência Doméstica? A pequenez e proximidade de certas localidades (onde coabitam ambos) tem trazido embaraços? A fiscalização eletrónica em contexto de violência doméstica é um subsistema tecnológico dentro da estrutura operacional dos serviços de vigilância eletrónica destinado ao controlo da proibição de contactos de arguidos e condenados pelo crime de violência doméstica. No âmbito deste subsistema,

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uma vez que a vítima é também portadora de um equipamento de localização, o Sistema permite também protegê-la da não aproximação do arguido ou condenado, sempre que se encontra em movimento ou fora de zonas de exclusão definidas pelo tribunal (habitualmente a sua residência ou outros relevantes). As operações de vigilância eletrónica, no âmbito deste Subsistema, revelam maior complexidade quando comparado com a vigilância eletrónica em contexto de confinamento habitacional, desde logo porque estão envolvidas duas pessoas e porque ambas se movimentam no seu dia-a-dia. Sempre que surge um alarme no Sistema, o técnico operacional tem de aferir quem se aproxima de quem, em que local, a que velocidade, para poder aferir a intencionalidade e o eventual risco para a vítima, pelo que, caso não estejam garantidas distâncias razoáveis entre as partes, a fiscalização eletrónica não pode assegurar a sua adequada funcionalidade. Há algum padrão no tipo de delitos que os tribunais acabam por solicitar instalação da pulseira eletrónica? No âmbito do nosso ornamento jurídico a vigilância eletrónica não está associada a certos tipos de crime ou perfis de comportamento, podendo ser aplicada a qualquer tipo de crime desde que reunidos os requisitos legais e formais. No que respeita a incumprimentos: o que acontece se houver um ou mais incumprimentos das medidas que têm de ser respeitadas por quem está abrangido pelo sistema? O sistema de monitorização eletrónica deteta todas as circunstâncias passíveis de constituírem violação da decisão


Violência doméstica: modalidade com maior número de solicitações recebidas O histórico de percentagem de solicitações judiciais recebidas entre 2002 (ano de arranque do sistema em Portugal) e 2019 tem apresentado algumas diferenças, sendo que a Violência Doméstica é, em dois períodos temporais distintos, a modalidade que maiores registos apresenta. Por contexto penal, a Obrigação de Permanência na Habitação (OPH) representou 49,38% do total entre 2002 e 2019, tendo-se destacado, relativamente às solicitações recebidas, como medida dominante até 2014. A partir de 2015, e até 2017, a violência doméstica dominou, sendo a modalidade com maior número de solicitações recebidas. Em 2018, fruto das alterações legislativas, a (Pena de Prisão na Habitação) PPH dominou os pedidos de execução recebidos com uma representatividade de quase 40%. Em 2019, a Viglância Eletrónica em contexto de violência doméstica voltou a ser a “modalidade” com maior número de solicitações recebidas. judicial, o que é imediatamente reportado ao tribunal pelos serviços de vigilância eletrónica. A competência para alterar/agravar a medida de coação ou revogar a pena aplicada compete sempre ao tribunal. Existem violações que pela sua especial gravidade determinam desde logo a imediata intervenção do tribunal e outras, menos graves, que determinam a reação do tribunal pela fixação de um padrão de incumprimento com possível impacto na proteção da comunidade. Qual é o maior embaraço do serviço nos dias de hoje? Decorridos 18 anos de vigilância eletrónica em Portugal, o seu modelo conceptual encontra-se alicerçado em protocolos injuntivos estabilizados e em recursos humanos especializados com vasta experiência, que transmitem segurança a uma atividade de grande risco e complexidade. Pelos elevados níveis de confiança que a vigilância eletrónica tem conseguido passar aos tribunais e à comunidade, o seu crescimento tem sido exponencial nos últimos três anos, o que tem merecido o investimento público em mais recursos humanos e logísticos, ainda assim, insuficientes para o volume de trabalho que atualmente

abarca e às problemáticas criminais que tem de atender. Estatística de janeiro a setembro Entre janeiro e setembro de 2020, a DGRSP recebeu um total de 1.904 solicitações judiciais para execução de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica. Este número correspondeu a um crescimento de 3,99%, comparativamente com as 1.831 solicitações recebidas no mesmo período de 2019. Por tipo de pena/medida, destacou-se, fruto da situação de pandemia, o aumento de solicitações recebidas para execução da Modificação da execução da pena de prisão (266,67%), da Adaptação à Liberdade Condicional (150,00%) e da Medida de coação de Obrigação de permanência na habitação (32,58%). A vigilância eletrónica em contexto de violência doméstica registou igualmente um crescimento de 9,40%, aumentando o seu “peso” face aos restantes contextos para 44,64%. A OPH foi o segundo contexto mais representativo, com quase 30%, lugar ocupado pela PPH no mesmo período do ano anterior, em que registou 33,48% face ao total.

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reportagem

“Histórias em casa por um final feliz” Projeto de Miguel Esteves

Miguel Esteves, educador de infância desde 2007, na Creche e Jardim de Infância “A Estufinha” que pertence ao Centro Social e Paroquial de Fajã de Baixo, viu nascer o seu projeto “Histórias em casa por um final feliz” durante uma fase particularmente difícil para as famílias portuguesas. À nossa reportagem, diz-se apaixonado pelos livros infantis e pelo contar histórias, enquadrando como surgiu a sua iniciativa que se tornou num caso sério de sucesso. Natacha Alexandra Pastor “Sou um “apaixonado” por livros infantis, pelo encanto que estes trazem em si e pela capacidade que têm de fazer-nos viajar pelo mundo da imaginação e fantasia oferecendo nos sempre algo no final de cada viagem para que possamos trazer connosco para as nossas vidas. Deste amor, aos livros para a infância, nasceu

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DR

o gosto de contar histórias, que faço com frequência com as crianças que me acompanham diariamente na Estufinha. Tive a sorte de poder ter a oportunidade de crescer nesta área entrando, no final do ano passado, para o grupo de contadores “Histórias Requinhas”, que


aos sábados, uma vez por mês, contam histórias na Biblioteca de Ponta Delgada.” Em março, com o confinamento global da sociedade, Miguel Esteves manteve-se ligado aos seus alunos com o propósito de partilhar histórias, e foi na sequência de uma história em particular que suscitou milhares de visualizações, que decidiu criar uma página no facebook e um canal no Youtube onde diariamente partilhava histórias. Assim nasceu o“Histórias em casa por um final feliz, de Miguel Esteves. “Em Março, dá-se o confinamento por força da Pandemia, continuei a enviar atividades para os meus alunos, partilhando também vídeos com histórias que gravava. Ao contar e publicar no meu perfil uma história escrita por Maria Teresa Ribeiro intitulada “O sonho do Corona”, esta publicação teve um alcance enorme e milhares de visualizações num espaço tão curto, essencialmente por ser um tema tão atual e poder ajudar, de uma forma lúdica, os pais a explicarem aos filhos o que se estava a passar. Aí comecei a pensar que deveria partilhar as histórias, não só com os meus alunos, mas com todas as outras crianças que estavam

em casa, como uma forma de distração, ajudar de certa forma a passar o tempo e de as divertir em algum momento do seu dia. Então criei uma Página no Facebook “Histórias em casa por um final feliz” e um canal no Youtube com o mesmo nome onde diariamente colocava uma história. Depois houve um momento que fiquei na dúvida se eram as crianças que gostavam mais das histórias ou os pais. Cheguei a receber vídeos que os pais faziam das crianças às gargalhadas a assistirem aos meus vídeos como também de crianças a contarem histórias para mim, e estes gestos foram para mim muito gratificantes. Durante a quarentena não só partilhava histórias na minha página como participava duas a três vezes por semana nas “Histórias da Quarentina” na Página “Uma foto, uma cena em Quarentena” que teve uma projeção enorme a nível nacional. Foi assim que as minhas histórias começaram a navegar e a voar com muitas visualizações e sem dúvida que me ajudaram muito a divulgar uma das coisas que mais gosto de fazer que é contar histórias…ao vivo.”

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entrevista

Délia e António Bettencourt

A paixão pela fotografia dos ralis Natacha Alexandra Pastor

Délia e António Bettencourt

A arte de fotografar uniu-se à paixão pelos ralis. O casal António e Délia Bettencourt caminha lado a lado numa admiração pelas provas automobilísticas, e percorrem todas as ilhas açorianas onde estas decorrem. A ausência, este ano, de um calendário deixou-os em terra firme, e o pesar não poderia ser maior. Criativa Magazine - Como apaixonados pelos ralis, este está a ser um ano atípico, também para vocês, considerando que o Campeonato dos Açores de Ralis foi praticamente todo cancelado? Délia e António Bettencourt (fotógrafos) - Naturalmente que sim. Há vários anos que, eu e a minha esposa Délia, marcamos as nossas férias e deslocações em função das datas dos ralis, nos Açores e até fora da Região. Em 2020, para além de todo o problema de saúde pública, só tivemos provas no princípio do ano e o campeonato dos Açores nem começou. Como em tudo na vida, sentimos falta das coisas

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quando não as temos, e claro que os ralis nos fazem falta. Compreende as razões que motivaram o cancelamento das provas açorianas? Ou quanto a si havia forma de conseguir pôr de pé estes eventos? Acho que a decisão dos clubes de cancelarem as suas provas foi a mais acertada. As regras que teriam de cumprir não se encaixam no espírito dos ralis, que são uma festa popular, onde as pessoas e as equipas convivem. Na Terceira seria impossível fazer ralis sem o grande público poder participar dessa festa, e acho que nas outras ilhas também é assim. Acho que agora se deve preparar o próximo ano e aguardar boas notícias. Em tantos anos de fotografia, alguma vez se deparou com um cenário idêntico a este? Em termos pessoais teve reflexos destes cancelamentos? Sou um amante dos ralis que fotografo por gosto, e o que aconteceu este ano privou-nos dessa grande paixão da forma como estávamos habituados. Essa foi a grande perda.

Sente falta da fotografia e destes eventos? Claro que sim. Para lá da emoção e do espetáculo, há amigos que vamos vendo e revendo, e ainda a hipótese de conhecer novas terras. Aproveitamos sempre para juntar tudo isso. Qual a sua visão do que pode vir a acontecer já em 2021 e, partindo do princípio que o Azores Rallye tem decorrido em março, crê que tudo será feito para que tal venha a acontecer? Depende de como evoluir esta pandemia que está a mudar o mundo. Temos de acreditar que as coisas vão melhorar, e fazer a nossa parte como cidadãos responsáveis, cumprindo as regras de segurança e tendo todos os cuidados. Já conseguiu fotografar algum rali este ano? Felizmente sim, pois ainda estivemos no Rali Serras de Fafe, onde para além dos pilotos do CPR houve o gosto de ver os pilotos da Hyundai – Tanak e Sordo – com os i20 WRC.

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reportagem

Média de 24 evacuações urgentes por ano

No primeiro semestre deste ano foram 11 as evacuações médicas de carácter urgente que não tiveram resposta médica no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada. A média anual tem-se situado nas 24 evacuações, e concentram-se em seis grandes especialidades clínicas cuja capacidade de resposta é inexistente na região.

Natacha Alexandra Pastor Em 2018 foram 23 as evacuações de carácter urgente/ emergente e em 2019 totalizarm as 24 evacuações. Essa tem sido mais ou menos a média anual de evacuações entre os Açores e o continente, para onde têm de seguir para acompanhamento urgente a vários doentes dos Açores. A capacidade de resposta para certas patologias, cirurgias, e até mesmo para a realização de partos, na região, é limitada, razão pela qual a única opção passa pela transferência que é coordenada com a Força Aérea Portuguesa.

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Os dados facultados pelo Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada demonstram que há seis especialidades/ patologias onde tal acontece. Cardiologia, para cirurgia cardíaca urgente por doença coronária crítica, patologia valvular aguda de diferentes etiologias, disseções da aorta torácica, situações de Insuficiência cardíaca refractária à terapêutica para transplante cardíaco, todas elas intervencionadas pela cirurgia cardíaca; também existem situações de tempestade arrítmica para intervenção por cardiologistas com diferenciação em electrofisiologia, tanto a especialidade de Cirurgia Cardíaca como, dentro da Cardiologia, a valência de Electrofisiologia são inexistentes na região; Cirurgia Plástica, no caso de grandes queimados, que são referenciados para centros de referência, com instalações dedicadas, do SNS e inexistentes na Região Açores; Ginecologia-Obstetrícia, por patologia materna que justifique a ocorrência do parto em centro de referência, mas muitas vezes por patologia fetal, em que se antecipa a necessidade de cuidados especializados aquando do nascimento; Hemato-oncologia, em situações de necessidade de indução de quimioterapia, com referenciação para centros de referência, com instalações dedicadas do serviço nacional de Saúde; Neurocirurgia, no caso de doentes neurocríticos que beneficiam de intervenção por centros de referência do SNS,


especializados/peritos em patologias específicas; Pediatria e Neonatologia, no âmbito de cuidados intensivos pediátricos e neonatais, nestes últimos particularmente no contexto de situações de grande prematuridade e malformações congénitas, com necessidade de intervenção urgente/emergente por equipas de especialidades/ subespecialidades pediátricas inexistentes nos hospitais dos Açores. Sempre que há uma evacuação aérea, o HDES conta, na maioria das evacuações, com o apoio da equipa de médicos e enfermeiros da própria Força Aérea Portuguesa, em caso de indisponibilidade destes, a equipa de evacuações do Hospital de Santo Espírito, da ilha Terceira, tem estado sempre disponível para o efeito. O HDES reitera ainda a importância destes profissionais, considerando-os “da maior relevância para a nossa Instituição, uma vez que vêm colmatar a dificuldade recorrente na constituição de equipas que se possam libertar de outras atividades para assegurar estes transportes, agravada pela inevitável ausência nas 12-24h seguintes.” Nos primeiros nove meses deste ano, a Força Aérea Portuguesa totalizou meio milhar de deslocações de doentes. No total, foram realizadas 390 missões em mais de 830 horas de voo, maioritariamente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

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reportagem

livro digital “A Pitosga” de Renato Calado Foi em plena fase de pandemia que Renato Calado decidiu retirar da gaveta algumas histórias para crianças, escritas por si, e publicá-las em formato ebook. Simples, prático, acessível aos pais, foi neste formato que encontrou segurança para lançar o pequeno livro infantil “A Pitosga”, indicado para crianças com menos de 10 anos.

Natacha Alexandra Pastor O texto, mas também os desenhos, são da autoria de Renato Calado, que se iniciou, com este trabalho, na pimeira abordagem literária para os mais pequenos. A ideia já tem alguns anos, mas foi só durante a fase da pandemia que finalmente resolveu tirar da gaveta os escritos e publicá-los. “É o meu primeiro trabalho literário. Tratou-se de um projeto antigo que já havia idealizado. Foi só agora, perante esta pandemia, que resolvi tirá-lo da gaveta e publicá-lo em formato ebook. A obra destina-se particularmente a crianças com menos de 10 anos de idade, mas será ainda um instrumento para toda a família! Esta edição está apenas disponível em formato ebook. Foi através da Escrytos, pertencente ao grupo Leya, que surgiu esta oportunidade. Através deles é possível efetuar publicações gratuitas

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em formato digital. Posteriormente, os livros são vendidos nas plataformas parceiras como a Wook, Amazon, Leya Online, entre outras.” A edição impressa poderá vir a acontecer futuramente, explica Renato Calado, para que isso aconteça serão necessários alguns apoios. “A ideia de publicar em formato digital foi com o intuito de poder chegar ao público sem a necessidade deste ter de sair de casa e ir a uma livraria. Assim, através do formato digital, evita-se o risco de transmissão da Covid-19. Além disso, e não menos importante, é muito mais ecológico. Tal como mencionei, foi tudo através da plataforma Escrytos, sem necessitar de apoios para tal. Claro que, talvez daqui há uns meses, venha a pedir algum apoio para a publicação em formato físico.”


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reportagem

Ribeira Grande com policiamento no centro histórico

A Câmara da Ribeira Grande assegurou junto da Polícia de Segurança Pública o reforço do policiamento no centro histórico da cidade, até ao final deste ano, mas que o autarca Alexandre Gaudêncio admite estender para o próximo ano.

Natacha Alexandra Pastor “Optamos por dar continuidade a um projeto que já tinha sido implementado tendo em vista o reforço da segurança de pessoas e bens no centro histórico da cidade”, explicou Alexandre Gaudêncio. O presidente da autarquia realçou que a “retoma do policiamento presencial no centro histórico era um objetivo que pretendíamos manter e que foi possível agilizar aquando da última reunião com o subcomissário da PSP da Ribeira Grande. A salvaguarda de pessoas e bens é uma das nossas preocupações e esta medida vai ao encontro do sentimento de segurança que queremos transmitir às pessoas. A Ribeira Grande é um concelho seguro para se viver, mas nunca é demais manter a vigilância ativa para dissuadir quaisquer práticas menos próprias”, acrescentou. O serviço de policiamento no centro histórico vai prolongar-se até ao final do corrente ano, sendo passível de renovação a partir de janeiro de 2021. “O que queremos é que as pessoas sintam que a PSP está na rua e atenta a quaisquer prevaricações. Se necessário for voltar a prolongar esta medida,

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CMRG

não teremos dúvidas em fazê-lo”, vincou Alexandre Gaudêncio. Quase em simultâneo, a autarquia também assumiu os custos inerentes à recuperação de uma viatura policial que estava parada há sensivelmente dois anos por falta de verba para que as necessárias revisões fossem realizadas, acabando a autarquia por assumir esse investimento tendo em vista a disponibilização de mais meios ao serviço daquela força de segurança. “Quando soubemos que a PSP da Ribeira Grande tinha uma viatura parada a aguardar revisão, disponibilizamo-nos de imediato para investir no necessário, para que a mesma voltasse a circular. Os meios que a PSP tem ao seu dispor já são escassos e não nos podemos dar ao luxo de ter um carro parado por falta de verba para a sua revisão”, explicou Alexandre Gaudêncio. A viatura em questão já tinha cedida pela autarquia à PSP, em junho de 2013, ao abrigo de uma cooperação entre a Câmara da Ribeira Grande e as juntas de freguesia da cidade (Matriz, Conceição, Ribeira Seca, Ribeirinha e Santa Bárbara).


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Reportagem

Semana Mundial de consciencialização Antimicrobiana

A semana mundial de conscienlização antimicrobiana (WAAW) visa aumentar a conscientização sobre a resistência antimicrobiana global (AMR) e incentivar às melhores práticas entre o público em geral, profissionais de saúde e legisladores para evitar o surgimento e disseminação de infecções resistentes aos medicamentos.

Natacha Alexandra Pastor A resistência antimicrobiana (AMR) ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas resistem aos efeitos dos medicamentos, tornando as infecções comuns mais difíceis de tratar e aumentando o risco de propagação de doenças, doenças graves e morte. Os antimicrobianos são agentes essenciais para combater doenças em humanos, animais e plantas e incluem antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiprotozoários. Vários fatores - incluindo o uso excessivo de medicamentos em humanos, gado e agricultura, bem como o acesso precário a água potável, saneamento e higiene - aceleraram a ameaça da resistência antimicrobiana em todo o mundo. Após uma reunião de consulta com as partes interessadas em maio de 2020, organizada pelas Organizações Tripartidas (Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO), a Organização Mundial para a Saúde Animal (OIE) e a OMS), o propósito do WAAW (WORLD ANTIBIOTIC AWARENESS WEEK) alterou o seu foco de “antibióticos”

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para o termo mais abrangente e inclusivo “antimicrobianos”. O slogan para 2020 à comunidade será “Antimicrobianos: utilize com cuidado”, enquanto o tema para o setor de é “Unidos para preservar os antimicrobianos”. O uso inapropriado dos antibióticos está a ser fortemente encarado como um sério problema de saúde pública global, dado que tem aumentado a frequência de doenças infeciosas estabelecidas e emergentes em consequência da ineficácia dos antibióticos. Países do norte da Europa, que apresentam um menor consumo de antibióticos, são também os países onde o nível de resistência é menor, verificando‐se o oposto nos países do sul da Europa, incluindo Portugal. É hoje claro que um consumo inadequado de antibióticos tem custos elevados para a sociedade e consequências nefastas para a saúde. Além de outros problemas, criam diminuição da eficácia dos tratamentos e contribuem ara maior número e o aumento da morbilidade e mortalidade.


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Reportagem

Padrões alimentares dos portugueses são insustentáveis Um estudo da Universidade de Aveiro (UA) deixa um alerta importante para uma balança muito desequilibrada: “Portugal importa 73% dos alimentos, ao mesmo tempo, a pegada ecológica nacional, por habitante, é superior à biocapacidade do país ou do próprio planeta, o que significa que, se todas as pessoas no mundo consumissem como os portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra.

Natacha Alexandra Pastor A alimentação pesa 30% na pegada ecológica dos portugueses, mais do que os transportes ou o consumo de energia. A percentagem faz de Portugal o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita. A conclusão é de um estudo da Universidade de Aveiro que deixa o alerta para uma balança muito desequilibrada: “Portugal importa 73% dos alimentos e só o peixe e a carne ocupam cerca de metade do peso da pegada alimentar nacional”. A pegada ecológica nacional, por habitante, é superior à biocapacidade do país ou do próprio planeta, o que siginifica que se todas as pessoas no mundo consumissem como os portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra. 29% dessa pegada diz respeito à alimentação, 20% aos transportes e 10% à habitação. “A pegada alimentar avalia em hectares globais (gha) a quantidade de recursos naturais que necessitamos para produzir o que comemos num ano. Sabendo que o país tem anualmente um ‘orçamento natural’ de 1,28 gha por habitante [valor de 2016], percebemos que só para

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nos alimentarmos ‘gastamos’ 1,08 gha, ou seja, 84% desse orçamento”, aponta Sara Moreno Pires, professora do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA. Se dependêssemos exclusivamente da biocapacidade de Portugal para nos alimentarmos, refere a coautora do estudo, “ficaríamos com um saldo de 0,20 gha para todas as restantes atividades de consumo [transporte, habitação, energia, vestuário, etc.], se não quiséssemos ter défice ecológico”. Não menos importante, os investigadores admitem que será necessário uma alteração às políticas públicas em vigor. “Urge mudar hábitos alimentares e ter tolerância zero quanto ao desperdício”, sublinha Sara Moreno Pires garantindo que “o papel das políticas públicas é igualmente crítico para promover sistemas alimentares mais sustentáveis, desde a produção agrícola, ao processamento, à distribuição, ao consumo ou ao reaproveitamento dos alimentos, e para envolver todos nesta mudança”.

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desporto motorizado XXXI RALI ILHA AZUL

VITÓRIA DE JOÃO BORGES

Renato Carvalho

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Após um longo período de interregno, mais concretamente oito meses, os carros de ralis voltaram às estradas da região. O Clube Automóvel do Faial organizou mais uma edição do Rali Ilha Azul, que contou com a presença de pilotos oriundos de diversas ilhas. O Clube Automóvel do Faial montou uma prova muito simples. Dois troços, os conhecidos Caminho do Goulart/Trupes e Capelinhos/Varadouro, em pisos de terra, percorridos por três vezes cada e com o centro operacional localizado na zona do Capelo. O clube faialense perdeu o apoio do principal patrocinador, mas mesmo assim decidiu realizar mais uma edição do Rali Ilha Azul. Contaram com a colaboração da Câmara Municipal da Horta e de empresas privadas. Além disso, também, tiveram de cumprir com as directrizes emanadas pela Autoridade Regional de Saúde dos Açores. A lista de inscritos contava com 19 concorrentes. A vitória pertenceu a João Borges acompanhado pelo navegador Sandro Laranjo, a bordo de um Subaru Impreza WRX STI, que venceu todas as provas de classificação. O piloto da ilha do Faial não teve praticamente oposição e liderou de princípio ao fim. Na segunda posição ficou Fábio Silva acompanhado por Gustavo Silva, também, em Subaru Impreza WRX STI, mas de uma geração anterior ao carro do vencedor e que imprimiu um andamento surpreen-

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dente. O último lugar do pódio pertenceu a João Faria navegado por Carlos Melo que levaram o Peugeot 206 RC à vitória na categoria reservada aos veículos de 2 Rodas Motrizes. A dupla constituída por Mário Nunes e Carlos Rodrigues colocou o pequeno Citroen Saxo 1.3 no quarto posto da classificação geral. A equipa micaelense Marco Soares e Fernando Nunes no habitual Citroen Saxo Cup fechou o top five. De referir, o considerável número de desistências, com destaque para Marco Silva, um dos candidatos ao triunfo que abandonou logo no início com problemas no Subaru Impreza. A entrega de prémios decorreu no centro da cidade da Horta. RALI TERRAS DA ABOBOREIRA PILOTOS AÇORIANOS PRESENTES Uma comitiva constituída pelos pilotos micaelenses, Luís Miguel Rego, Rúben Rodrigues e Rafael Botel-


ho, marcou presença no Rali Terras da Aboboreira, a penúltima prova do Campeonato de Portugal de Ralis que se disputou nos concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canavezes, região Norte de Portugal. A prova organizada pelo Clube Automóvel de Amarante contou com seis provas de classificação, numa extensão aproximadamente de 100 kms de troços, em pisos de terra. O campeão em título, Luís Miguel Rego acompanhado pelo navegador Jorge Henriques no Skoda Fabia R5 Evo 2 terminou na sétima posição da classificação geral e durante o rali obteve quase sempre o sétimo melhor tempo nos troços. Foi o piloto açoriano melhor classificado. Na posição seguinte ficou Rafael Botelho navegado por Rui Raimundo num Skoda Fabia R5. Manteve o oitavo lugar desde o início até ao final. Teve como melhor resultado numa prova de classificação, o sétimo lugar conquistado em Baião Vida Natural 1. Esta foi a primeira vez que Rafael Botelho participou em ralis fora dos Açores. Muito perto da vitória na categoria reservada aos veículos das 2 Rodas Motrizes esteve Rúben Rodrigues sempre acompanhado pelo seu irmão Estevão. Liderou do princípio até ao penúltimo troço. Um pequeno problema técnico no Peugeot 208 R2 fez perder tempo na derradeira classificativa e ficar a

somente 3,2 segundos de Daniel Nunes, também em Peugeot 208 R2, o vencedor e principal opositor durante todo o rali. A próxima prova e última do Campeonato de Portugal de Ralis é o Rali do Algarve, agendado para os dias 13 a 15 de Novembro e que deverá contar com a presença de Luís Miguel Rego. CLASSIFICAÇÃO FINAL DO XXXI RALI ILHA AZUL 1º João Borges/Sandro Laranjo (Subaru Impreza WRX STI) 23m28,2s; 2º Fábio Silva/ Gustavo Silva (Subaru Impreza WRX STI) a 49,2s; 3º João Faria/Carlos Melo (Peugeot 206 RC) a 2m41,0s; 4º Mário Nunes/Carlos Rodrigues (Citroen Saxo 1.3) a 2m55,5s; 5º Marco Soares/Fernando Nunes (Citroen Saxo Cup) a 3m39,6s: 6º Paulo Silva/Sérgio Rosa (Toyota Starlet) a 3m47,9s; 7º Hélder Pimentel/ João Soledade (Toyota Yaris) a 5m07,6s; 8º Diogo Pereira/Manuel Lemos (Citroen Saxo Cup) a 5m33,5s; 9º João Garcia/Alexandra Dias (Subaru Impreza) a 6m13,5s; 10º Marco Paulo Silva/Luís Lisboa (Nissan Micra K 11) a 6m19,9s; 11º José Rodrigues/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 6m22,3s; 12º Carlos Miguel/ Flávio Mota (Toyota Starlet) a 7m37,4s; 13º Tiago Miguel/Vitor Bulcão (Renault 5 SL) a 26m50,4s; 14º Pedro Mendonça/José Melo (Peugeot 205 GTI 1.9) a 28m44,2s.

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consultório jurídico

com:

Carlos Melo Bento advogado

Em que circunstâncias pode um jovem menor (16 anos de idade) ser abordado pelas autoridades policiais e ser revistado, sem a presença de um maior?

Do ponto de vista do direito criminal, qualquer pessoa com 16 anos feitos, é responsável perante a lei e pode ser condenado pela prática de crimes como qualquer cidadão de maioridade (18 anos). Mas, atendendo à idade, a lei penal estabelece, para eles, penas mais leves em quase todos os crimes, pois o objetivo das penas é recuperar o criminoso para a sociedade e não só puni-lo. Daí que tenha acabado a pena de morte, as penas corporais e o degredo. Outra questão são os direitos de defesa do menor que tem direito, como qualquer outro cidadão de maioridade, à presença dum advogado de defesa, podendo também, caso seja ouvido como arguido, não prestar quaisquer declarações se essa for a sua vontade, sem que isso possa prejudicar os seus direitos. Se ele não puder pagar o advogado, o estado é obrigado a pagar-lhe um, que é conhecido como defensor oficioso.

Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

28 novembro 2020 28 •• ccria riatitiva va magazine magazine --novembro


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José F. Andrade

Os Académicos

Foram, sem sombra de dúvida, os principais impulsionadores da música de baile, feita no início da década de `60 mas, também, e segundo se diz, os mais populares. The Shadows, The Beatles e The Rolling Stones foram apenas algumas das referências que tinham na altura. A banda forma-se na antiga Escola Comercial e Industrial de Ponta

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Delgada, onde o quarteto estudava. Orlando Medeiros no acordeão, José Carlos Simas na bateria, Manuel Carlos Taveira no contrabaixo e Tovi na guitarra eléctrica. A estreia acontece no Coliseu Micaelense, em Dezembro de 1963, mais concretamente, no Natal do Gaiato. Pela banda, passaram alguns dos principais músicos da área de Ponta Delgada. Victor Melo, Carlos Teixeira de Melo, Roberto Botelho, Franco Moniz, Emanuel Simas, Carlos Rangel, Emanuel Jorge Botelho, João de Deus Raposo, Carlos Rodrigues, Octávio Medeiros, Bertim, Jaime Andrade, José Roque, finalmente, Carlos Madu-

reira. Em 1970 o legado dos Académicos termina, para dar lugar à Turma 5 e posteriormente, Turma 5+2. Em 2013, os Académicos regressam ao palco, para homenagear o guitarrista João de Deus, num evento realizado no Pinhal da Paz. Carlos Drumond Silva na bateria, Tovi, Luís Alberto Bettencourt e Guilherme Pacheco nas guitarras, Bertim no baixo, José Manuel Almeida na voz e Rui Alberto Medeiros nos teclados. Actualmente, a banda é constituída por Tovi e Luís Alberto Bettencourt nas guitarras, Guilherme Pacheco no baixo, José Alves na bateria e, finalmente, Raúl Damásio na voz principal.

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

Vacina contra a Covid-19:

são normais os avanços e retrocessos na investigação?

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

Nas últimas semanas temos assistido através dos meios de comunicação social a avanços e retrocessos no processo de criação e produção em massa de uma vacina que ponha termo à Covid-19 e às sérias implicações económicas e sociais que trouxe às nossas vidas. Colocando toda a nossa esperança e expectativa na sua distribuição à população, sobretudo aos grupos que acumulam comorbilidades que concorrem como fator de risco acrescido para um desfecho menos favorável perante uma possível infeção, somos tentados a experimentar o desalento sempre que uma notícia vem anunciar a suspensão de um qualquer programa de investigação. Alheios aos trâmites que envolvem o complexo processo de investigação e reconhecimento científico da eficácia e segurança de uma vacina, somos constantemente abalados na nossa esperança. Mas afinal, é normal que assim aconteça? É expectável que as investigações, mesmos sendo desenvolvidas por grandes centros académicos e científicos, apresentem sucessos, retrocessos e insucessos? A resposta é sim! Atualmente estão na corrida dezenas de projetos de investigação tendo em vista a criação de uma vacina. Uma expressiva maioria destes estudos estão sediados em universidades e laboratórios de indiscutível mérito. Este é um facto que nos deve tranquilizar. Estão muitos e bons cientistas à procura da resposta que todos almejamos. Igualmente otimista será o facto dos diferentes projetos de investigação em curso seguirem linhas metodológicas diferentes, especto que se poderá traduzir numa maior probabilidade de encontrar a chave de ouro. No fundo, perante a complexidade e urgência que a situação exige, temos muitos a procurar em “diferentes compartimentos”. Assim, procurando resumir as principais linhas de investigação em curso, existem neste momento quatro grandes linhas de pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina: uma recorrendo à

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introdução no organismo de vírus atenuados e/ou inativados, outra centrada na administração de fragmentos proteicos do vírus, uma terceira que aposta na inoculação de material genético do vírus no organismo humano e, por fim, uma linha que se concentra na investigação dos anticorpos desenvolvidos pela exposição do organismo ao vírus que provoca a Covid-19. Dadas todas estas cartadas, é expectável que uma, ou mais do que uma, resulte triunfante. Outra notícia que nos deve animar é que a investigação para o aprofundamento do conhecimento do vírus tem apontado para semelhanças do novo coronavírus com um outro parente que causou a pandemia de 2002-2003. Além disso, já se conhece a sua estrutura, o seu mecanismo de ligação às células, a forma como a doença tende a desenvolver-se e como a mesma se transmite humano a humano, embora relativamente a este último ponto hajam alguns aspetos ainda não totalmente esclarecidos, sobretudo o tempo de permanência do vírus sobre as superfícies. No entanto, até garantir que uma vacina é eficaz e segura é necessário que a mesma seja exposta a diferentes fases de testagem até que seja reconhecida pelos organismos próprios. Todas estas fases são monitorizadas de forma muito séria e é positivo que os sucessos e possíveis falhanços sejam do domínio público. Demonstra transparência no processo de pesquisa. Não menos importante será referir que todo este caminho demora um tempo. Mesmo perante uma cascata de sucessos em todas as fases, o desenvolvimento de uma vacina dificilmente ocorrerá num período inferior a 18 a 24 meses desde o início do processo de investigação. Portanto, é normal que nos mantenhamos a aguardar pela sua chegada. Até lá, prevenir é o nosso único remédio. Cumpra com as recomendações da Autoridade de Saúde.


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José Andrade

Açores Abril Autonomia Vinte e cinco de abril de 1974 era uma normal quinta-feira nos três distritos autónomos do arquipélago dos Açores. De manhã, em Ponta Delgada, o ‘Correio dos Açores’ insurgia-se contra o esquecimento das ilhas adjacentes e o ‘Açores’ relatava a ditadura da metrópole; em Angra do Heroísmo, o ‘Diário Insular’ informava sobre o governo de Marcelo Caetano e, na Horta, ‘O Telégrafo’ sonhava com um porto livre de impostos. Mas, de tarde, já o ‘Diário dos Açores’ anunciava um “Movimento Militar no Continente”, ‘A União’ duvidava de um “Golpe Estado em Lisboa?” e o ‘Correio da Horta’ noticiava “uma subversão cujas principais características são ainda desconhecidas”. Chegava assim a Revolução dos Cravos à imprensa diária açoriana e a democracia portuguesa à futura Região Autónoma dos Açores. Os primeiros dias são de ocupação militar das delegações distritais da Direção Geral de Segurança, da Ação Popular Nacional, da Legião Portuguesa, da Mocidade Portuguesa, mas também de destituição dos governadores civis de Ponta Delgada, Angra e Horta. Os dias seguintes são de organização distrital das novas expressões políticas nacionais, como o Movimento Democrático, o Partido Popular Democrático, o Partido Socialista Português. Entre as manifestações populares do 1 de maio e do 5 de outubro, a Base das Lajes recebe a cimeira luso-americana dos presidentes Spínola/Nixon, acompanhada pelo ministro Sá Carneiro, e as três capitais de distrito acolhem os comícios socialistas de Mário Soares e Salgado Zenha. No verão, são empossados os novos governadores de Ponta Delgada (Borges Coutinho), Angra do Heroísmo (Oldemiro Figueiredo) e Horta (Sá Vaz). No outono, Mota Amaral avança com as “Bases do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores”. No inverno, o MAPA assume-se como Movimento para a Autodeterminação do Povo Açoreano. Os Açores viviam assim a primavera da democracia… Assim se resume o livro 1974: Democracia… O 25 de Abril dos Açores, editado em 2014 como primeiro volume da trilogia “Anos Decisivos”. O pretexto inicial era a evocação dos 40 anos da Democracia em Portugal. O propósito final foi a celebração

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dos 40 anos da Autonomia dos Açores. Da revolução nacional de 25 de abril de 1974 à governação regional de 8 de setembro de 1976, recordámos assim os anos da democracia portuguesa que foram decisivos para a autonomia açoriana. É disso que trata este projeto editorial de investigação jornalística. Assume-se aqui como fonte exclusiva de informação documental, tão-somente, a imprensa açoriana – todos os sete jornais diários que então se publicavam nas capitais dos distritos autónomos de Ponta Delgada (Diário dos Açores, Correio dos Açores e Açores), Angra do Heroísmo (A União e Diário Insular) e Horta (O Telégrafo e Correio da Horta). Para este primeiro volume, foram consultadas todas as cerca de 1.400 edições publicadas entre 25 de abril e 31 de dezembro de 1974. Com as suas limitações e contradições, mas também com as suas atenções e paixões, os jornais retratam bem as comunidades onde se inserem, como causa e consequência do sentimento coletivo. Reconstituir a história pela fonte direta do relato jornalístico – quando a própria imprensa, em concorrência local, se encarrega de confirmar, complementar ou contrariar entre si a realidade vivida ou sentida – representa um duplo desafio. Possibilita um acompanhamento genuíno das ocorrências sociais e permite uma perceção interessante do tratamento distinto de diferentes jornais a eventos comuns. Pelos olhos atentos da imprensa quotidiana, conhecemos e percebemos como tudo começou.


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Olhar Criativo Desafio Mensal com o Tema:

“Vermelho”

1º Lugar - Colorido dia de chuva - Ana Bela Correia

“ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2ยบ Lugar - Aรงores a cores - Francisco Carreiro

3ยบ Lugar - Vendedora de pipocas - Maria Gabriela Oliveira

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saúde ótica

Sabe porque é que nunca deve esfregar os olhos com as mãos? Porque as nossas mãos estão cheias de bactérias e quando esfregamos os olhos, estamos a transferir essas bactérias indesejadas e a exercer pressão numa área muito sensível e vulnerável. Especial atenção, ainda, para quem sofre de alergias, sendo que muitas vezes ‘atacam’ os olhos. Deve cuidar de tratar das alergias para melhorar toda a sua condição de saúde.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt



saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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eventos Wine in Azores 2020 Pedro Borges e Leandro Duarte A edição de 2020 do Wine in Azores decorreu em duas zonas distintas: uma zona de provas na Associação Agrícola de São Miguel e uma zona de restauração nas Capelas. O evento contou com a presença de 600 pessoas na zona de prova ao longo dos seus três dias de organização, este ano sob apertadas regras de distanciamento social e com um número de entradas limitado.

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eventos Ensaio sobre o retorno de catarina alves CMRG Está patente na Casa do Arcano, na Ribeira Grande, a mostra de “Ensaio sobre o retorno”. Trata-se de um conjunto de peças escultóricas que nascem da simbiose de materiais reciclados. A exposição traduz a necessidade de partilhar a visão que tem do mundo em que vivemos utilizando materiais considerados resíduos, como o plástico, o papel e o vidro.

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eventos Gala de Ópera pelo Coral de São José CMRG A Gala de Ópera, interpretada pelo coro sinfónico do Coral de São José, sob direção artística de Luís Filipe Carreiro, acompanhado por Helena Castro Ferreira (soprano) e Svetlana Pascoal (pianista), assinalou a reabertura do Teatro Ribeiragrandense, após obras de remodelação e o regresso dos espetáculos.

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eventos Entrega de Prémios Play AutoAçoreana Trophy Carlos Costa No final do mês de outubro, decorreu a cerimónia de entrega de prémios do Play AutoAçoreana Trophy 2020, um troféu que contou com apenas uma classificativa, em virtude dos constrangimentos provocados pela pandemia da Covid-19, e que foi promovido e organizado pelo Grupo Desportivo Comercial, em parceria com a Play e AutoAçoreana.

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aconteceu

Opj-Lagoa no III encontro de proponentes de op´s O Orçamento Participativo Jovem (OPJ) de Lagoa participou no III Encontro de Proponentes de OP´s, organizado pelo município de Valongo, no âmbito da Semana Europeia da Democracia Local (SEDL), intitulada “Democracia Local: Construir Confiança | Local democracy: building trust. Co-designing local democracy together with citizens and practicing open government”. Manteiga dos Açores reconhecida como DOP A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, através do Instituto da Alimentação e Mercados Agrícolas (IAMA), informa que a Manteiga dos Açores foi

reconhecida a nível nacional como produto com Denominação de Origem (DO), enquanto aguarda a decisão da Comissão Europeia quanto ao pedido de registo como Denominação de Origem Protegida (DOP). Iniciado em 2018 pelo Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL), na sua qualidade de Agrupamento Gestor, o processo de registo da Manteiga dos Açores DOP implicou a elaboração de um caderno de especificações que descreve o produto, as regras de produção e a sua relação com a área geográfica. Câmara da Ribeira Grande adere à prevenção rodoviária

O presidente da Câmara da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, marcou presença na sessão de demonstração do projeto “Rodaseguro”, desenvolvido pela Asso-

ciação Vidaçor, em parceria com o município, evento que teve lugar na escola Gaspar Frutuoso. Este é um projeto que vai percorrer todas as escolas básicas do concelho com o intuito de “atuar cedo, junto dos mais novos, fazendo da educação rodoviária uma estratégia, por excelência, na prevenção da sinistralidade”, segundo explicou o autarca. Câmara Municipal associa-se às comemorações dos 75 anos da ONU A Câmara Municipal de Ponta Delgada associou-se às comemorações do 75º aniversário das Nações Unidas (ONU), com duas iniciativas distintas. A adesão do município de Ponta Delgada, a pedido da ONU, inclui a iluminação das arcadas centenárias da Praça Gonçalo Velho Cabral a tons de azul - a cor desta organização mundial e a realização de um concerto evocativo dos 75 anos das Nações Unidas, da responsabilidade da Orquestra de Câmara de Ponta Delgada.

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aconteceu

Câmara do Nordeste abre concurso para atribuição de bolsa de estudo A Câmara Municipal do Nordeste procedeu à abertura de candidatura a bolsa de estudo para alunos do ensino superior. O município atribui 5 bolsas de estudo, no montante de 1.100 euros por bolsa, a pagar em duodécimos. O município do Nordeste, consciente de que a precariedade económica de alguns agregados familiares do concelho constitui um entrave à prossecução dos estudos, considera fundamental atribuir bolsas de estudo a estudantes oriundos de famílias economicamente mais carenciadas, com o objetivo de ultrapassar as dificuldades socioeconómicas que dificultam o acesso destes cidadãos ao ensino superior.

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Ribeira Grande prorroga prazo para apresentação de pedidos a apoios A Câmara da Ribeira Grande decidiu prolongar até 30 de outubro do corrente ano o prazo para apresentação de candidaturas aos apoios para relançamento da economia e do investimento no concelho no pós-covid. A prorrogação do prazo vai ao encontro da intenção de abranger o máximo possível de empresários que queiram requerer os apoios em vigor neste momento, por iniciativa desta autarquia. O projeto prevê três componentes: ambiental, económica e social. Vila Franca do Campo cedeu espaço para sede do Clube Desportivo Escolar de Ponta Garça O Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo assinou um protocolo que visa a cedência do primeiro piso do edifício do Balcão Único de Atendimento de Ponta Garça, situado na Rua da Marcelina, para a instalação da sede do Clube Desportivo Escolar de Ponta Garça. Na cerimónia de assinatura do protocolo, Ricardo Rodrigues afirmou que a cedência do es-

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paço, é o reconhecimento da importância da atividade que o Clube Desportivo Escolar de Ponta Garça tem vindo a desempenhar, visto que compete à Câmara Municipal apoiar iniciativas relevantes de promoção social e recreativa e cultural dos Vila-franquenses, neste caso com atenção especial para os jovens. Ponta Delgada adquire serviço de mobilidade urbana e “bike sharing” A Câmara Municipal de Ponta Delgada celebrou um protocolo de parceria, que inclui a aquisição de um serviço de mobilidade urbana e “bike sharing”, com a Atlantic Bikes. O protocolo foi assinado pela Vereadora Alexandra Viveiros, que detém o pelouro da Mobilidade e Trânsito, e por Roberto Medeiros, da Atlantic Bikes, a primeira empresa de partilha de bicicletas dos Açores, com sede em Ponta Delgada. Com esta parceria a câmara melhora a mobilidade elétrica.

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eventos Canyoning no Parque da Ribeira dos Caldeirões CDRCN O Centro Desportivo e Recreativo do Concelho do Nordeste (CDRCN) dinamizou a 4 de outubro mais um evento direcionado para a natureza, desta vez as modalidades de canyoning, slide e BTT, no Parque da Ribeira dos Caldeirões. A atividade esteve programada para 21 de março mas foi cancelada na sequência da pandemia Covid-19. Aderiram à atividade 40 pessoas, provenientes de várias zonas da ilha de São Miguel, tendo sido distribuídas por dois grupos e dois períodos (manhã e tarde), com o máximo de 20 pessoas por grupo em consequência das atuais orientações de saúde pública. Os participantes usufruíram de um vasto leque de atividades, gratuitas, num local ideal para a prática de todas estas e sobretudo para o canyoning. Colaboraram com a organização a Câmara Municipal do Nordeste e a empresa Azores Adventure Islands.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

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A vida afetiva pode causar-lhe alguma ansiedade e sentirá a necessidade de analisar a qualidade da relação amorosa de forma a afastar dissabores. A nível profissional, tem capacidade de transformar positivamente a sua situação. No entanto, adote uma atitude muito entusiástica e persistente.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva decorre com naturalidade, mas precisa de manter o equilíbrio e de tomar medidas para conseguir encontrar a felicidade pretendida. A nível profissional, aproveite a sua boa fluidez mental para fazer opções lúdicas que visem melhorar a área económica. Não tenha receio de mudar.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva está protegida e traz-lhe ótimas novidades, que lhe proporcionarão muitas alegrias. É tempo de começar um ciclo muito proveitoso. A nível profissional, vai conseguir trabalhar de modo mais eficaz e rentável. Ainda, procurará outras atividades que lhe trarão ótimos resultados.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva reflete a forte harmonia no que diz respeito às relações mais próximas. Sente que tem condições de manifestar os seus sentimentos. A nível profissional, todo o trabalho deve ser desenvolvido de acordo com a sua vocação. As tarefas devem ser executadas de forma muito prazerosa.

signo do mês

Carneiro 21/03 a 20/04

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva marca alguma instabilidade, que lhe provoca inquietação. Procure ler, estudar e aprofundar as matérias relacionadas com o espírito. A nível profissional, abrem-se novos horizontes. Cabe-lhe a si tomar as iniciativas certas para poder construir um futuro mais próspero e estável.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva encontra-se favorecida e possibilita-lhe estabelecer um relacionamento harmonioso, mas evite qualquer sentimento de possessividade. A nível profissional, pode passar por provações que colocam à prova a sua capacidade de superar obstáculos. Contudo, avance, sem medo de arriscar.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva recebe influências “superiores” que promovem avanços surpreendentes. Procure organizar o setor amoroso, de forma muito consciente. A nível profissional, a conjuntura cria-lhe as condições necessárias para clarificar algumas contrariedades. Mas, seja muito tolerante e flexível.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva começa uma época de maior profundidade em termos relacionais. Todavia, tome iniciativas para poder vivenciar momentos emocionantes. A nível profissional, provavelmente, está a ganhar bases sólidas para o seu futuro. Se houver o empenho e a dedicação, então, alcançará sucessos.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva depende da sua habilidade de afastar situações que lhe provocam desgaste e sofrimento. Se necessitar, procure ajuda especializada. A nível profissional, durante esta etapa, sentirá muita tranquilidade. Bom momento para reestruturar a carreira. De qualquer modo, avance com fé.

A vida afetiva atravessa uma excelente fase de novas oportunidades de consolidar os laços familiares, mas privilegie o diálogo aberto e sincero. A nível profissional, certas mudanças vão contribuir para a transformação da carreira. Esteja disponível para iniciar um novo rumo mais benéfico.

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A vida afetiva dá-lhe a oportunidade de demonstrar a sua sabedoria. Neste sentido, as suas atitudes devem estar de acordo com os seus sentimentos. A nível profissional, há a possibilidade de surgirem oportunidades que lhe trarão maior estabilidade no futuro. As deslocações estão favorecidas.

A vida afetiva apresenta-se prometedora e, possivelmente, a tendência será para que tudo decorra da melhor maneira possível. Mas, seja competente. A nível profissional, existe a forte possibilidade de experienciar mudanças radicais. Podem surgir propostas ou convites realmente surpreendentes.


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