CRIATIVA MAGAZINE - NOVEMBRO 2017

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ANO III Nº 37 NOVEMBRO 2017

QUEREMOS APENAS A SUA SATISFAÇÃO!

ENTREVISTA COM JORGE RITA

“PERDAS DE 70 MILHÕES DE EUROS NO SECTOR DO LEITE”



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GRANDE ENTREVISTA

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REPORTAGEM

À PROCURA DE AJUDA PARA ABANDONAR CIGARROS

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REPORTAGEM

FIM DOS VOOS DA AIR BERLIN E DA EASYJET É UMA MÁ NOTÍCIA

EVENTOS

COM MARCELO 36 JANTAR REBELO DE SOUSA

NA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DE SÃO MIGUEL

38 IN AZORES 40 WINE 2017 DO LIVRO 42 LANÇAMENTO QUEM TEM CORAGEM? EUROPEIA 42 NOITE NO EXPOLAB CORAL S.JOSÉ VIVA BRAHMS!

RUBRICAS CRIATIVO 28 OLHAR COM: JOSÉ VAZ JURÍDICO 30 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO DE SAÚDE 32 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO ÓTICA 34 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO

Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

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REPORTAGEM REALIZADOR D’O SENTIDO DA VIDA EM SÃO MIGUEL

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REPORTAGEM

SÃO MARTINHO DO CABOUCO TEM UM SIGNIFICADO DE PARTILHA

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DESPORTO MOTORIZADO

VI PICO PLAY AUTOAÇOREANA RALI X TÍTULO PARA RICARDO & SANCHO, ILIMITADA

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Veríssimo, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE ENTREVISTA

PERDEMOS QUASE 70 MILHÕES DE EUROS NO SECTOR DO LEITE EM DOIS ANOS Os produtores não estão contentes com os rendimentos que estão a ter, porque sabem que deveriam ser melhor pagos pelo trabalho que desenvolvem. É um olhar pouco positivo aquele que Jorge Rita lança sobre mais um ano com muitas dificuldades. O responsável, rosto máximo do setor agrícola e leiteiro nos Açores, também regista com pesar “o desinteresse do governo regional pela agricultura, que não podemos concordar…”. Natacha Alexandra Pastor

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Orlando Medeiros e Carlos Costa

riativa - Entrando nos últimos dois meses de 2017, este foi um ano mais tranquilo para o setor leiteiro nos Açores? Jorge Rita (Associação Agrícola de São Miguel) - Infelizmente não, já que embora tenham existido alguns ajustamentos no preço do leite, não foram os suficientes para fazer face aos prejuízos que ocorreram nos últimos anos. Neste momento os produtores do continente recebem mais quatro cêntimos que os produtores nos Açores e de 8 cêntimos para a média da União Europeia, por isso, não podemos estar contentes. A indústria tem fábricas modernizadas devido aos projetos de investimento a que se candidatou no âmbito dos fundos comunitários, por isso tem a obrigação de inovar e já devia ter procurado novos mercados para a valorização do nosso leite que é o melhor do mundo e o mais mal pago da Europa, por isso, exigimos que haja rapidamente o aumento do preço do leite, porque é de elementar justiça e não é nenhum favor. Também o governo regional não pode descurar a sua responsabilidade e tem de se envolver duma forma mais ativa na fileira do leite, já que tem instrumentos capazes para influenciar o preço de leite pago aos produtores. Precisa de agir e tomar as medidas necessárias, já que até agora, as medidas implementadas têm sido meramente conjunturais e têm sido sempre incompletas.

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Como é que está o nível de confiança dos produtores e lavradores? De uma forma sucinta e por ordem de importância o que mais está a contribuir para o desânimo? É evidente que os produtores não estão contentes nem satisfeitos com os rendimentos que obtêm, porque sabem que deveriam ser melhor pagos pelo trabalho que desenvolvem, por isso, o desânimo de muitos é mais do que justificado. Perdemos, em dois anos e meio, quase 70 milhões de euros no sector do leite na Região Autónoma dos Açores. Não admira, por isso, que muitas explorações estejam descapitalizadas. Muita lavoura está suportada por algumas organizações, pela banca e há alguns lavradores que têm tido uma resistência e uma resiliência impressionante. Se outros setores de atividade tivessem passado por uma crise desta dimensão, talvez não tivessem resistido tanto. Independentemente das condições meteorológicas existentes, que como todos sabemos são muitas vezes difíceis e muito complexas. os agricultores acordam todos os dias do ano de manhã, e vão trabalhar arduamente nas suas explorações, com o objetivo de melhorar o seu rendimento, mas infelizmente, este esforço não tem sido devidamente remunerado.


O que mais falhou ou o que faltou fazer pela classe este ano? Faltou existir mais atenção para o setor, estamos a assistir a algum desinteresse pelo governo regional pela agricultura que não podemos concordar, atendendo à sua importância na economia regional, que gera retorno para a sociedade, como nenhum outro e que é a principal atividade económica capaz de evitar a desertificação em muitas das nossas freguesias e ilhas. Sabemos que o turismo é importante, mas os turistas vêm à região ver as nossas magnificas paisagens, e quem cuida e preserva delas, são os agricultores, que devem ser acarinhados e protegidos num mundo cada vez mais competitivo. A vinda de turistas é boa para a agricultura, porque têm a oportunidade de provar a excelência dos nossos produtos e serão os primeiros a promovê-los quando regressarem a casa. Mas esta insensibilidade que se nota no poder político é confrangedora, já que as opções políticas tomadas são muitas vezes implementadas, por oportunismos mediáticos que não resolvem as questões de fundo. As políticas agrícolas para o país, com especial olhar para os Açores, continuam a falhar e a não ser cumpridas? Que respostas vão tendo, se é que as tem!? A intervenção do Ministério da Agricultura na Região em termos agrícolas é limitada, mas por exemplo achamos

estranho que a Região não procure resolver o problema da Segurança Social, principalmente dos jovens agricultores, do pagamento por conta e agora as modificações que vão surgir no código contributivo. Creio que deveríamos ser mais proativos junto do governo da república, na procura de soluções para os agricultores Açores. Mas a autonomia política da região permite-lhe criar as medidas necessárias para que o setor agrícola possa ser cada vez mais forte e assim, capaz de competir nos vários mercados. Tem de haver uma estratégia clara para a política agrícola regional e o que acontece é que a aplicação da política agrícola comum tem permitido que o governo regional vá se esquecendo um pouco, daquele que deveria ser o seu principal objetivo – fortalecer a agricultura regional. A relação de confiança entre governo regional e agricultores não é a adequada, porque se temos o secretário regional da agricultura e florestas a anunciar constantemente a vinda de milhões para o setor agrícola (muitas vezes vindos diretamente de Bruxelas), persistem muitos pagamentos regionais aos agricultores e organizações em atraso, que se perpetuam no tempo e que não são admissíveis, já que os agricultores têm de ter a sua situação regularizada com a segurança social ou com as finanças.

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“Estamos a assistir a algum desinteresse pelo governo regional pela agricultura que não podemos concordar…”. “A relação de confiança entre governo regional e agricultores não é a adequada…”. “A intervenção do Ministério da Agricultura na Região em termos agrícolas é limitada, mas por exemplo achamos estranho que a Região não procure resolver o problema da Segurança Social (…)”.

Aproveitou a presença física do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para lhe colocar alguma questão em particular? O que achou do discurso? Esta foi uma oportunidade excelente para mostrar ao Sr. Presidente da República as principais preocupações da Lavoura que esteve em massa no parque de exposições, tendo estado presentes cerca de 3.000 pessoas. Tive como objetivo divulgar a importância da agricultura nos Açores, apelando à ajuda do chefe de Estado nas negociações do quadro comunitário pós 2020, onde o Posei assume uma importância fundamental, tendo abordado os problemas existentes na fileira do leite, e também da carne e da diversificação agrícola, além da problemática dos transportes que condicionam sempre a atividade nas nossas ilhas. A vinda do Presidente da República Portuguesa nas instalações da Associação Agrícola de São Miguel foi uma honra, não só para a própria instituição, mas também, para os agricultores dos Açores, tendo constituído um

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sinal de confiança na agricultura regional muito necessário numa fase difícil que o setor atravessa. Creio que o discurso do Presidente da República veio reconhecer a importância da agricultura na região, prontificando-se a ajudar os agricultores. Valeu a pena a sua vinda e estou em crer que a sua visita será proveitosa para o futuro do setor. Nos últimos anos, a Associação Agrícola de São Miguel reposicionou a sua forma de estar e deu corpo a alguns projetos (Pavilhão de Exposições, novo restaurante; mercado agrícola, etc…) que estão a dar novo e acrescido valor. É possível dar nota do reverso positivo destes investimentos? Na realidade, tal permitiu à Associação Agrícola uma outra notoriedade? A notoriedade da Associação Agrícola é óbvia sendo hoje uma instituição respeitada por todos e as atuais infraestruturas da Associação e da Cooperativa não têm nada a ver com o que eram quando eu entrei para Presidente. Atualmente a Associação Agrícola de São Miguel


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Sabendo que é um homem de sentido do bem, quer deixar uma palavra de apreço e de incentivo a todos aqueles que perderam tudo no decorrer dos violentos incêndios em Portugal Continental? Sinto um grande sentimento de tristeza pelos mortos que ocorreram e também por aquelas populações que sofreram. É muito difícil perder tudo e ter de recomeçar tudo de novo. Gostaria de expressar a minha solidariedade a todos e estou convicto que vão encontrar forças para dar a volta a este período mau, e que tenha a ajuda das entidades oficiais, que até aqui, deixaram muito a desejar, porque o ordenamento do território no continente nunca foi prioritário para os diversos governos da república. Os nossos governantes têm de olhar para o interior do país duma forma mais atenta porque só assim é que poderemos evitar a verdadeira tragédia que ocorreu este ano.

e a Cooperativa União Agrícola são duas instituições totalmente diferentes do passado. Cresceram no apoio técnico aos associados, nos serviços prestados e criaram um conjunto de infraestruturas que lhes permitem projetar uma imagem de qualidade não só na região, como no exterior. Recentemente, a Cooperativa União Agrícola foi vencedora na categoria Associações/ Cooperativas do prémio Nacional de Agricultura, numa iniciativa promovida pela Cofina Eventos e BPI. Este é mais um reconhecimento da nossa evolução e é sempre gratificante ouvir as opiniões de quem nos visita, nacionais e europeus, que percebem bem a nossa dimensão e a nossa capacidade de intervir. Mas de qualquer forma e independentemente dos crescimentos das nossas instituições, o nosso principal objetivo continua a ser o mesmo, reivindicar pelos rendimentos dos nossos associados. Projetos desta natureza terão continuidade a curto prazo? Qual será o projeto mais emblemático para desenvolver nos próximos tempos? O melhoramento dos nossos serviços e apoio técnico aos agricultores é sempre uma preocupação, mas não descuramos outras vertentes, e assim, o centro interpretativo da agricultura é um projeto que está já em andamento e

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qual tem por objetivo, dignificar a atividade do agricultor para os mais novos e também, para quem nos visita. Já conheceu a principais medidas, apoios e ajudas previstas no Plano e Orçamento do Governo dos Açores para 2018? Como lê o que está previsto? O seu parecer ao que está inscrito e previsto é negativo? Vai dar nota muito clara do que falta inscrever? O nosso parecer já foi enviado e a nossa grande preocupação são as baixas execuções que têm existido dos planos anuais, porque os meios financeiros efetivamente despendidos no setor são manifestamente insuficientes, para fazer face às necessidades. Não basta o Governo Regional anunciar milhões e, na prática, paga tostões. O Governo pode dizer que tem perto de 60 milhões para a agricultura este ano, ficando todos com a ideia de que os agricultores contam com um investimento significativo, mas se a execução se limitar a 75 por cento, ficam muitas promessas por cumprir. Os planos anuais de investimento têm de ser elaborados de acordo com a realidade e não podem ser documentos meramente orientadores das políticas a adotar. Temos de saber o que realmente contamos, e os pagamentos em atraso aos agricultores não podem começar a ser usuais. Os compromissos assumidos devem ser cumpridos.


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REPORTAGEM

À PROCURA DE AJUDA PARA DEIXAR OS CIGARROS Desde que foram iniciadas as consultas de cessação tabágica, a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel recebeu 800 utentes. Durante o ano surgem picos de procura por uma consulta, que tem uma taxa de sucesso na ordem dos 30%. Quem termina a relação com os cigarros mantém-se em vigilância cerca de um ano. Natacha Alexandra Pastor

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consulta de cessação tabágica (CCT) iniciou a sua atividade em 2012, havendo uma adesão gradual dos utentes na consulta através de alguns meios de divulgação da mesma, nomeadamente através de cartazes, panfletos e informação interna aos profissionais de saúde. Nota-se que há alturas fixas em que as inscrições são em maior número, nomeadamente época de fim de ano, onde as pessoas querem tentar um ano novo sem fumo. Maior volume de inscrições também se notaram devido ao aumento do preço do tabaco e a inclusão de imagens a cores nos maços. No que respeita ao perfil do utente da CCT, com referência a dados do ano 2016, é praticamente dividido de forma igual

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no que respeita ao sexo, a faixa etária que mais pede ajuda está situada entre os 40 e 60 anos de idade, a média do consumo situa-se entre 20 a 30 cigarros por dia, mas 20% dos utentes fumavam mais de 40 cigarros por dia. A maior parte já apresenta patologias associadas ao consumo, nomeadamente do foro cardiorrespiratório. Como toda a dependência, a da nicotina não é diferente e existe sempre o risco de recaída. Não se pense que as pessoas só recaem quando estão tristes ou irritadas, recaem também por situações positivas, celebrações, convívio social, entre outros momentos positivos. O que tentamos fazer é preparar as pessoas para essas situações, onde antes o cigarro era companhia, para


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que consigam divertir-se sem o cigarro e que consigam resistir ao consumo, o que torna-se mais difícil quando há elementos de família/amigos/colegas que fumam. De acordo com dados de 2016, a nossa taxa de sucesso, quando aplicada a todos os utentes que entram na consulta, apesar de alguns deles não marcarem Dia para deixar de fumar é de cerca de 30%, o que vai ao encontro da literatura. Mas, quando aplicamos a taxa somente aos utentes que marcaram Dia para deixar de fumar, ela quase duplica, atingindo cerca de 50% de sucesso. O que quer dizer que há utentes que integram a consulta e quando apercebem-se da dinâmica da mesma, acabam por desistir, seja devido a constrangimentos de horário (uma vez que no início do processo há consultas mais regulares) e/ou da perceção que têm que esforçar-se no processo e que não há “comprimido milagroso”, podem ser fatores de desistência. Mas, independentemente da desistência, há quase sempre uma alteração feita ao comportamento, nomeadamente a redução do consumo, alteração da rotina tabágica e cessação do consumo no interior da casa e desta forma, proteger os fumadores passivos, que muitas vezes são crianças e idosos. Todos os utentes inscritos no SRS podem solicitar consulta, uma vez que a mesma é aberta, não necessita de referenciação médica. No ano de 2016, 64% dos utentes solicitaram consulta por iniciativa própria. O que se traduz numa fraca referenciação por profissionais de saúde. Caso o utente seja referenciado por profissional de saúde é importante que venha acompanhado de uma informação clínica. Há situações que são analisadas pela equipa e consideradas prioritárias, tais como grávidas, doentes oncológicos, enfarte miocárdio recente, entre outras. PEDIDOS DE APOIO DE QUEM DEIXOU DE FUMAR A consulta é para cessar o consumo, por tal destina-se essencialmente a fumadores ativos, no entanto já temos recebido alguns casos de pessoas que cessaram o consumo e depois pedem-nos ajuda para não recaírem, apresentando neste pedido de ajuda sintomas de privação da nicotina, tais como ansiedade, irritabilidade, alterações humor e do sono, entre outros que provocam desconforto e aumentam a probabilidade de recaída. A consulta é multidisciplinar e composta por médica, enfermeira, psicóloga e nutricionista, havendo um trabalho em equipa de muita proximidade para articulação dos casos e promover a adaptação da intervenção ao utente em questão, na sua individualidade. Desde o dia que o utente cessa o consumo de tabaco, mantém-se na consulta até 1 ano após a cessação, pois também muito importante é a manutenção da cessação. Sendo, naturalmente as consultas iniciais mais regulares e à medida que o tempo de cessação avança, as mesmas são mais espaçadas, havendo sempre a possibilidade do utente antecipar a consulta ou fazer um contato telefónico, caso necessite. Desde o início da CCT, já se inscreveram nas equipas cerca de 800 utentes, distribuídos pelos Centros de Saúde dos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo.

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“Nota-se que há alturas fixas em que as inscrições são em maior número, nomeadamente época de fim de ano, onde as pessoas querem tentar um ano novo sem fumo. Maior volume de inscrições também se notaram devido ao aumento do preço do tabaco e a inclusão de imagens a cores nos maços.” “Desde o dia que o utente cessa o consumo de tabaco, mantém-se na consulta até 1 ano após a cessação, pois também muito importante é a manutenção da cessação.”


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REPORTAGEM

FIM DOS VOOS DA AIR BERLIN E DA EASYJET É UMA MÁ NOTÍCIA A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada não vê como um mau presságio o fim em simultâneo da operação das companhias aéreas EasyJet e da Air Berlin para os Açores, mas confirma que esta não é uma boa notícia. É preciso encontrar alternativa imediata, diz Mário Fortuna. Natacha Alexandra Pastor

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uase em simultâneo as companhias aéreas EasyJet e Air Berlin abandonam a rota para os Açores. Embora por circunstâncias distintas, a verdade é que a saída de ambas não é uma boa notícia para o mercado. A Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, na voz de Mário Fortuna, refere que o fim da operação da EasyJet para São Miguel implica menos ambiente concorrencial. “Não é uma boa notícia! Mas não diria que é um mau presságio. Temos considerado a saída da EasyJet como um revés porque é menos um jogador em campo e reduz o ambiente concorrencial, para além de sairmos dos roteiros servidos por esta companhia que está em toda a Europa. É menos uma companhia de grande dimensão a ajudar-nos na construção da nossa notoriedade. Não faltarão lugares para mais passageiros mas não teremos estes outros elementos que a Easyjet proporciona. Quanto à Air Berlin, é uma situação diferente que advém da falência da companhia. Esperamos que se faça uma transição rápida para outra empresa que faça a mesma função nas ligações com a Alemanha. Mas não deixa de ser mais uma perturbação e mais um revés que pode ser anulado com ação adequada. Como referido, na nossa avaliação, o impacto da saída da Easyjet implica menos ambiente concorrencial, preços médios eventualmente mais elevados dos que aconteceriam se a com-

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panhia se mantivesse e menos um agente a puxar pela nossa notoriedade. No caso da Air Berlim pode haver quebra de procura do mercado alemão se não se encontrar uma alternativa imediata similar. A CCIPD mantém total confiança no papel que desempenham as low cost por todo o mundo e da importância de haver apetência das mesmas em continuarem a voar para os Açores.” Mário Fortuna diz que esta é a nova realidade da aviação civil e caso falhe no destino Açores isso significa perda de competitividade. “As companhias ditas low cost são uma nova realidade da aviação civil. Estão cá para ficar porque são a expressão de uma maior competitividade ao responderem a um novo perfil de cliente de serviços de aviação. Há procura crescente para serviços baratos de transporte aéreo conforme as pessoas vão valorizando mais a experiência no destino em contraponto com a experiência da viajem. Andar de avião tornou-se uma experiência banal onde se valoriza sobretudo a segurança e a pontualidade. As low cost respondem bem a estes fatores com custos mais baixos do que a concorrência, por razões diferentes. Por isso a nossa expetativa é que esta tendência continue. Por isso é importante que os Açores continuem servidos por companhias com este perfil sob pena de, não acontecendo isso, o nosso destino perder competitividade.”


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REPORTAGEM

REALIZADOR D’O SENTIDO DA VIDA EM SÃO MIGUEL As filmagens d’O Sentido da Vida terminaram recentemente em Viana do Castelo e ao fim de quatro longos anos de filmagens o seu realizador fez uma semana de férias. O destino de eleição: Açores. Aproveitou para trazer consigo o seu mais recente trabalho cinematográfico, com uma história de vida e de vidas. Natacha Alexandra Pastor

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s Açores, a par com a Islândia, são sem dúvida dos lugares mais especiais e mágicos de todo o planeta. E olhe que já os conheço bem… Adoro os Açores e tenho pena de não poder visitar as ilhas mais vezes. E como para todo o lado onde vou gosto de levar os meus filmes comigo, surgiu esta oportunidade de poder exibir as minhas obras (e o filme da Cláudia Rita Oliveira que produzi) na Arco 8.” Aqui teve oportunidade de discutir O Sentido da Vida, “um filme muito mais focado na vida e na vontade de viver, em vez do peso da morte que é transversal a todos os meus filmes anteriores. É um filme sobre um miúdo, Giovane Brisotto, que descobre que tem uma doença rara e de origem portuguesa da qual pode não sobreviver (Paramiloidose Familiar) e que decide dar a volta ao mundo à procura de um propósito para a sua existência percorrendo a mesma rota daquela que se pensa ter sido a primeira viagem a espalhar a doença há 500 anos. Durante essa viagem ele cruza-se com sete personagens reais, sete arquétipos que de alguma forma representam qualquer um de nós. Pessoas reais de diferentes áreas, de diferentes partes do mundo, que influenciam a vida de multidões e que no fundo acabam por representar todo o espectro da humanidade. Um escritor (o português Valter Hugo Mãe), um músico (o islandês Hilmar Örn Hilmarsson, que é também o último padre viking), uma artista plástica (a japonesa Mariko Mori), um astronauta (Andreas Mogensen, o primeiro astronauta dinamarquês a ir ao espaço), uma política (a candidata à presidência Brasileira, Marina Silva), um juíz (o espanhol Baltsar Garzón) e um ator pornográfico gay (o norte-americano Colby Keller). No filme, o protagonista Giovane é o ponto de união entre estas sete histórias. Ele não interage com elas diretamente,

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mas depara-se, acidentalmente, com a dimensão pública destas personagens. Já o espectador, através do acesso privilegiado que o filme oferece, consegue acompanhar a dimensão privada da vida de cada uma destas sete personagens, tendo assim uma visão global das personagens e deste mundo esquizofrénico (com tudo de bom e de mal) em que vivemos. Ambiciona pois ser uma espécie de cápsula do tempo deste mundo louco em que vivemos hoje. Encontrar estes personagens não foi fácil, para protagonista entrevistámos mais de 100 pessoas em Portugal e no Brasil, até encontrarmos o Giovane. Para os restantes personagens, para cada área de especialização, fui escolhendo pessoas que


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admirava e que gostava de conhecer, pessoas que movessem multidões e que tivessem um ponto de vista particular sobre o mundo e sobre a vida. Algumas até já conhecia superficialmente como o Valter Hugo Mãe ou o juiz Baltasar Garzón, as outras fui arriscando o contacto e tive a sorte de muitas delas aceitarem o projecto.” O filme deverá chegar aos cinemas em 2019. Até lá, Miguel Mendes revela um pouco da sua história. “Com cada um dos 7 personagens iremos ter diferentes mensagens que o público poderá reter, são 7 culturas de diferentes partes do globo com 7 formas distintas de ver a vida. Mas para mim e focando principalmente na narrativa do personagem princial, Giovane Brisotto, a mensagem mais importante que eu quero transmitir com este filme é que as pessoas tomem as rédeas da sua vida. O nosso tempo na terra é finito e de nada serve passarmos esse tempo a sermos alguém que não queremos ser ou a fazer algo que não nos satisfaz plenamente. Quero que as pessoas saiam do filme cm urgência de vida, com ganas de serem felizes e principalmente com vontade de mudar a sua vida totalmente se for necessário. Quero que seja um filme que fomente ações, que motive pessoas a reverem a sua própria vida, motivados pela vida do giovane e dos restantes 7 personagens.” Para levar a bom porto mais este projeto, o orçamento rondou os 1,5 milhões de euros. Para documentário “é um projeto caro pois envolve muitas viagens, longos períodos de tempo fora de Portugal a acompanhar sete personagens de diversas nacionalidades espalhadas pelo mundo. Se a isso ainda acrescentarmos o facto de que para poder acompanhar cada um destes personagens o projecto foi desenhado a 5 anos, o valor encarece novamente.” Foi preciso ir procurar financiamento externo já que dentro de portas não há capacidade para enfrentar projetos tão ambiciosos. “Honestamente, Portugal não está minimamente preparado para financiar um projecto desta dimensão, seja ele ficção ou documentário. Por isso mesmo e à semelhança do José e Pilar, comecei logo a trabalhar num molde de co-produção com a O2 Filmes do Fernando Meirelles (realizador da Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira e O Fiel Jardineiro)

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para assim poder diversificar as fontes de financiamento. Tivemos apoio dos institutos de cinema português e brasileiro, apoio financeiro de alguns municípios portugueses e de alguns (poucos) investidores privados. Mas não estamos nem perto de ter o filme totalmente financiado. Até agora conseguimos angariar cerca de 70% do orçamento total. E estamos a lutar desesperadamente e com enorme dificuldade pelos 30% que faltam.” Com todas as dificuldades que assistem qualquer realizador fazer cinema é sempre difícil. Não só em Portugal, note-se bem, remata Miguel Mendes. “Escrevi muito recentemente um artigo publicado no jornal Público intitulado “Portugal: brincar aos países e ao cinema” (que pode encontrar-se em: mgm.org.pt no separador de textos publicados) que visava justamente os problemas e algumas possíveis soluções para a produção cinematográfica portuguesa. Fazer cinema é sempre difícil, seja em Portugal ou qualquer outro lugar do mundo. E a qualidade das produções, ainda que sempre relativa e subjetiva, consegue-se encontrar filmes extraordinários, relevantes e galardoados internacionalmente em qualquer cinematografia do mundo. Se tomarmos como exemplo a nossa, já quase não temos dedos nas mãos para contar os filmes portugueses aclamados pela crítica internacional nos últimos anos. A grande questão que se coloca na produção nacional é algo complexa e diz respeito à postura que o país como um todo tem para com esta arte. Somos um país pequeno e com fracos hábitos de consumo de cultura. Mas as pessoas infelizmente esquecem-se que o que determina a história de um povo é a cultura e a ciência. E como dizia Prado Coelho se em 40 anos conseguirmos alguma descoberta científica relevante ou produzirmos uma hipotética obra-prima, já nos podemos dar por satisfeitos.” NEM OS REALIZADORES QUE FILMAM VÊEM SE­ QUER OS FILMES DOS SEUS PRÓPRIOS COLEGAS O público que vai ao cinema está a diminuir. Entre colegas reina o desconhecimento do trabalho produzido. A quem atribuir as culpas? Miguel Gonçalves Mendes refere que é de todos. “O público de salas de cinema está a reduzir. É cada vez mais escasso e transversal a todos os filmes, isto é, não acontece só com um género. Existe cada vez menos público disposto a ir ver filmes às salas, preferindo vê-los em casa na televisão ou mesmo nos transportes públicos através dos seus telemóveis. Acontece cá em Portugal, como acontece nos Estados Unidos e no resto do mundo. Cá em Portugal temos a agravante de haver uma predisposição ainda menor para o consumo da cinematografia nacional. Existe um divórcio real entre o país e a sua cinematografia. E a aqui as culpas podem ser atribuídas a todos nós. Sobretudo quando nem os realizadores que filmam vêem sequer os filmes dos seus próprios colegas. Ou a escola de Cinema não ter sequer uma unidade curricular de história do cinema português. Ora com este panorama o próprio meio devia começar por reclamar de sim mesmo e não do público.”


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ID: 123541012-2 Apart. T2+Esp. Comercial

Composto por 2 frações, uma destinada a habitação e a outra destinada a espaço comercial.

VFC

150.000 €

ID: 123541069-2 - Moradia T7

Moradia para restaurar mesmo no centro da cidade da Ribeira Grande. Composta por 3 pisos, com pequeno quintal e terraço na parte lateral.

MATRIZ - RIBEIRA GRANDE

700.000 €

ID: 123541075-68 Edificio Habitacional - Venda

Edifício c/ elevador, 5 pisos no Centro Histórico.

SÃO SEBASTIÃO - PDL

135.000 €

ID: 123541003-1050 - Moradia T4

Situada nos Bairros Novos, perto de todas as principais artérias da cidade. Conta também com vista-serra.

SÃO SEBASTIÃO - PDL

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criativaDESIGN

195.000 €


REPORTAGEM

SÃO MARTINHO DO CABOUCO TEM UMA BASE SÓLIDA NA PARTILHA São três dias de festa, e na sua génese está a partilha de refeições à população. É uma festa que recria a lenda de São Martinho, aberta a todos os que queiram participar. No Cabouco, na cidade da Lagoa, a festa em honra do santo ganhou uma expressão muito especial. Natacha Alexandra Pastor

C

abe ao Grupo de Amigos de São Martinho do Cabouco a organização há já cinco anos de uma festa que honra o santo. É uma festa que se tem tornado mais popular, na Praça D. Amélia, onde se concentra todo o cenário de uma feira. Por ela terão passado o ano passado mais de 1.500 pessoas, uma significativa parte são pessoas de fora da freguesia. Todos são bem-vindos, segundo repara um dos responsáveis. Cláudio Gaspar é um dos rostos do Grupo de Amigos de São Martinho do Cabouco, e um dos responsáveis pela dinâmica desta festa, que se assemelha a uma feira e que caracteriza um pouco da lenda envolta na lenda do cavaleiro gaulês, chamado Martinho, que no regressaro a casa encontrou a meio do caminho, durante uma tempestade, um mendigo que lhe pediu uma esmola. Nada tendo consigo, Martinho retirou das costas o manto que o aquecia, cortou-o ao meio com a espada e deu-o ao mendigo. Nesse momento, a tempestade desapareceu e um sol radioso surgiu. É com base nesta perspetiva de partilha que assenta a festa, por isso há comida que sai das brasas para servir todos aqueles que à mesa se sentam. É esse o espírito, diz-nos Cláudio Gaspar. “Pretendemos que seja uma festa da partilha, sempre, pois é isso que vamos encontrar na lenda de São Martinho. Aqui não há bilhetes de entrada, não cobramos qualquer valor. Quem quiser participar é bem-vindo. Recriamos a época da vivência de São Martinho, vestidos a rigor, criando um ambiente de feira, que se passa na Praça Dª Amélia,

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onde montamos uma tenda para as refeições. Por norma fazemos porco no espeto e sardinhas e este ano vamos introduzir algo diferente, que com toda a certeza vai ter bom acolhimento, que será carne de novilho no espeto. À parte desta oferta gastronómica, para a qual convidamos todos os que queiram participar, o nosso ex-libris, é o cortejo medieval, em que damos corpo à lenda. Os figurantes estão trajados à altura dos factos e contamos com cerca de 300 figurantes. Na praça Dª Amélia existe uma série de tasquinhas onde é possível encontrar alguns empresários que fazem uma outra oferta gastronómica. A festa, nesta que é a 5ª edição, decorre este ano nos dias 10, 11 e 12 de novembro, tem ganho maior dimensão ano após ano. É algo de que nos orgulhamos muito, que envolve muito trabalho, só possível graças à interação de várias entidades. Posso dizer-lhe, com orgulho, que se trata, porventura, da única festa em que todas as forças vivas da freguesia interagem.” Para que a partilha seja possível, tem havido o envolvimento de muitos sponsors particulares, que fazem doações de vários níveis. “Todos são importantes, mas há alguns patrocínios que falam por si só. Caso da estrutura comercial da Delta Cafés, através de Rui Nabeiro, que oferece um lanche infantil para a comunidade de crianças no Cabouco, e em que é proporcionada muita animação infantil. Falo neste apoio em específico porque é de facto um grande gesto. Imprescindível também é a colaboração logística e o apoio da Câmara Municipal da Lagoa.”


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REPORTAGEM

DREAMS ARE REAL: SOLIDARIEDADE A PARTIR DOS AÇORES PARA AJUDAR UM MUNDO Foi em Angra do Heroísmo que teve lugar o primeiro espetáculo solidário da DAR – Dreams Are Real designado “Humor para Dar”. A associação sem fins lucrativos foi criada pelo fotógrafo Luís Godinho com o intuito de promover a educação através da arte em países subdesenvolvidos. Natacha Alexandra Pastor

A

associação pretende ser uma entidade que sensibiliza, educa, cria e (re)produz iniciativas, aliando eventos sociais e culturais à formação. A ideia de fomentar percursos de vida saudáveis que promovam ferramentas pedagógicas para o futuro surge em resultado das múltiplas experiências adquiridas ao longo das suas viagens e pela enorme sensibilidade do fotógrafo Luís Godinho, junto de crianças de países do continente africano e asiático. Com o evento agora gerado pretendeu-se a angariação de fundos para apoiar atividades de sensibilização em parceria

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com a HELPo, organização não-governamental, que apoia a educação de crianças em países africanos, nomeadamente Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné, e outros. A iniciativa, além do caráter solidário, pretende ser o mecanismo para dar a conhecer a DAR – Dreams Are Real e os respetivos elementos que compõem a associação. De igual modo, o espetáculo aliará o standup comedy com a presença dos humoristas António Raminhos, muito conhecido nos últimos tempos por emprestar a sua voz ao programa Café da Manhã, da RFM, e Luís Filipe Borges (membro da associação).


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QUEIJOS DOS AÇORES

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DESPORTO MOTORIZADO VI PICO PLAY AUTOAÇOREANA RALI

X TÍTULO PARA RICARDO & SANCHO, ILIMITADA O piloto Ricardo Moura e o navegador Sancho Eiró ao vencerem o VI Pico Play AutoAçoreana Rali, última prova da temporada, conquistaram o título de Campeões de Ralis dos Açores Absoluto pela 10ª vez. Renato Carvalho

O

Pico Automóvel Clube definiu para o derradeiro e decisivo rali da época um figurino assente em nove provas de classificação desenhadas nas estradas de asfalto da ilha montanha, das quais uma era a Super Especial nas ruas da vila da Madalena. A luta pelo título estava reservada a três pilotos, todos da ilha de S. Miguel, Luís Miguel Rego, líder do campeonato, Ricardo Moura, campeão em título e Ruben Rodrigues. O piloto terceirense Tiago Azevedo viajou até ao Pico e poderia ser um interveniente directo nas contas dos candidatos. Uma surpresa desagradável para todos foram as condições atmosféricas que se fizeram sentir durante os dois dias da prova que condicionaram a prestação de todos. Na sexta-feira, Ricardo Moura acompanhado por Sancho Eiró no Ford Fiesta R5 do Team Alem Mar fizeram o melhor tempo na Super Especial e deixaram a concorrência a mais de dois segundos.

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António Bettencourt

Na manhã de sábado e logo no primeiro troço do dia, um dos pretendentes ao título, Ruben Rodrigues navegado por Estevão Rodrigues no Citroën DS3 R5 da Play/ AutoAçoreana Racing desistiu devido a uma saída de estrada. Entrando ao ataque, Ricardo Moura foi sendo o mais rápido em todos os troços e chegou ao meio do rali com um avanço sobre o segundo classificado, Tiago Azevedo que voltou a ter Mário Castro no banco do lado direito do Skoda Fabia R5, de um minuto, mau grado ter sentido alguns problemas de visibilidade pelo embaciamento dos vidros. Durante a tarde, Moura voltou a ganhar as duas primeiras provas especiais e um dos objectivos definidos para este rali estava cumprido, o de assegurar o triunfo em seis troços. Na ponta final, Ricardo Moura optou por controlar o andamento, gerir a vantagem, obter a vitória na prova e a conquista de mais um campeonato.


Aos poucos, Luís Miguel Rego, e o navegador Jorge Henriques no Ford Fiesta R5 do Team Além Mar, foi perdendo tempo significativo para Ricardo Moura e passou a lutar pela segunda posição com Tiago Azevedo. A disputa manteve-se intensa com o piloto terceirense a ascender à segunda posição no final da manhã e que conservou até ao derradeiro troço.

Um percalço ditou a perca de muito tempo e Rego regressou ao segundo lugar. Com este resultado, Luís Miguel Rego alcançou o título de vice-campeão numa época em que lutou com Ricardo Moura pela discussão do ceptro. Na categoria das 2 Rodas Motrizes, a vitória veio a pertencer à dupla constituída por Pedro Lança e João Marques num Citroen Saxo que ficaram no quarto posto da classificação geral.

TRAA - TRIUNFO DE TIAGO AZEVEDO E TÍTULO DE PAULO SANTOS

O piloto terceirense Tiago Azevedo venceu a prova do Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores. Apesar de ter somado o maior número de pontos, fruto de três vitórias, o vencedor do troféu foi Paulo Santos, já que Azevedo não participou no número mínimo de provas (4) para pontuar na classificação final do troféu. O pódio ficou completo com as presenças do segundo classificado Pedro Lança e de Paulo Santos. Terminaram a prova catorze equipas.

TRC - VITÓRIA E TÍTULO DE CARLOS OLIVEIRA

A última prova do Troféu de Ralis do Canal contou com apenas três participantes. A vitória coube a Carlos Oliveira que também amealhou o triunfo no troféu. Na segunda posição ficou Mário Nunes e o último lugar do pódio pertenceu a Carlos Miguel. Terminaram a prova três equipas.

Ricardo Moura Luís Miguel Rego 3º Ruben Rodrigues 4º Rafael Botelho 5º Tiago Azevedo 6º João Faria 7º Bruno Tavares 8º Hugo Mesquita 9º Carlos Andrade 10º João Correia 1º

0+3.72

25

(14)

20

20+0.93

20+1.1

17+0.55

17

0+1.1

20+1.86

(0)

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14

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2

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0

8

25+3.85 25+4.40 25+4.34 20+1.65 (0+1.24)

25+3.85

20+0.62 25+1.65 25+1.86 20+1.1

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Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 13/14 Outubro

Rali Ilha Lilás 15/16 Setembro

Rali Santa Maria 11/12 Agosto

Rali Lotus 08/09 Julho

Rali Ilha Azul 16/17 Junho

Rali Sical 29/30 Abril

Azores Airlines Rallye 30 Março a 01 Abril

Concorrente

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5) 45m39,7s; 2º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Ford Fiesta R5) a 1m17,3s; 3º Tiago Azevedo/Mário Castro (Skoda Fabia R5) a 1m37,9s; 4º Pedro Lança/Paulo Marques (Citroën Saxo) a 6m09,9s; 5º Bruno Tavares/Pedro Castro (Peugeot 205 MI 16) a 6m34,1s; 6º Paulo Santos/André Barros (Subaru Impreza WRX) a 6m41,3s; 7º Rafael Botelho/Nuno Silva (Citroen DS3 R3T) a 7m17,2s; 8º João Faria/António Olas (Peugeot 206 RC) a 7m59,5s; 9º João Correia/Paulo Jesus (Peugeot 106 XSI) a 11m34,2s; 10º Marco Soares/Tomás Vultão (Citroën Saxo 16V) a 11m56,9s; 11º Mário Jorge/Marco Silva (Hyundai Getz 1.5 CRDI) a 12m08,6s; 12º Telmo Riqueza/ Rui Silva (Ford Escort MK2 2.0) a 13m50,5s; 13º Ricardo Silva/Carla Silva (Citroën Saxo Cup 1.6) a 14m35,5s; 14º Carlos Oliveira/Flávio Mota (Citroën Saxo Cup 1.6) a 16m23,1s; 15º Carlos Miguel/João Miguel (Suzuki Swift GTI 1.3) a 16m46,1s; 16º David Paiva/Marcelo Andrade (Toyota Starlet 1.3) a 19m22,5s; 17º Tânia Vargas/ Erik Theodoro (Citroën AX Sport 1.3) a 23m40,2s; 18º Luís Lopes/Sandra Lobão (Toyota Starlet 1.3) a 23m55,1s; 19º Ana Castro/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris 1.2) a 24m14,4s; 20º João Torres/João Reis (Toyota RAV4) a 25m00,8s; 21º Paulo Renato Silva/Pedro Macedo (Renault Clio 1.8 16V) a 25m16,2s.

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Posição

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO VI PICO PLAY AUTOAÇOREANA RALI

141.81 140.23 99.54 81 51 40 38 29 26 26


OLHAR CRIATIVO

José Vaz

Beijo

Os nossos melhores amigos!

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“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

Edição:

“Cevada bem fresca ao final de um dia”

“Um final amoroso” cria ti va magazine • 29


CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Falemos da expropriação de terrenos privados, por necessidade dos poderes públicos (governos, autarquias…). Quais os limites(?) do Estado e que direitos assistem aos proprietários? A recusa ou o não entendimento decide-se em tribunal? Da sua experiência, como terminam estes casos? O Estado pode fazer uma série imensa de expropriações por utilidade pública, para fazer estradas, pontes, aquedutos, tribunais, quarteis e, por aí fora. As Regiões Autónomas também, e outras pessoas de direito público, idem aspas. Não conheço limites a este poder público a não ser a própria utilidade pública. A autoridade começa por declarar de utilidade pública certa expropriação, e essa declaração é publicada nos jornais oficiais, a fim de os lesados poderem discutir a própria existência da utilidade pública. Se, por exemplo, um mau governante quiser deitar abaixo imóveis que lhe estorvem a vista do seu palacete, e consegue convencer o governo a declarar a utilidade pública da expropriação, para, por exemplo, fazer um jardim com um parque infantil, os expropriados têm um prazo para denunciarem esse abuso de poder quer por recurso hierárquico quer para os tribunais administrativos competentes. Depois, provado o abuso o tribunal anula a decisão do governo, porque os tribunais é que têm sempre a última palavra. Podem ser feitas expropriações para fins de utilidade pública mas de iniciativa particular, como por exemplo em caso de empresas turísticas importantes para arranjar empregos e divisas. Há também expropriações por utilidade particular, como é o caso das servidões de passagem de prédios encravados.

Supondo que a utilidade pública é reconhecida, então passa-se para a questão seguinte que é o valor das coisas expropriadas. Normalmente, o expropriante manda fazer uma avaliação por técnicos abalizados e é esse o valor que oferece ao expropriado. Se este não se conformar com esse valor, tem de arranjar um advogado que proceda ao recurso para o tribunal, indicando o seu perito avaliador, o governo nomeia outro e o tribunal, outro ainda. Esta comissão (que pode variar de composição conforme os tempos e as modas) emite um parecer e é esse parecer que normalmente serve de base à sentença que determina o valor a pagar que às vezes tem de ter em conta o prejuízo que uma expropriação traz para o resto do prédio (desvalorizado com a expropriação) que o governo não quer, podendo neste caso, o expropriado exigir a expropriação total. A minha experiência ensina-me que, quando o valor em causa é injusto, consegue-se levantá-lo e, às vezes, muito. Mais raro é ser baixado. Mas vale sempre a pena lutar pelo o que é nosso, porque qualquer expropriação é sempre uma violência dolorosa e as indemnizações raramente pagam o justo valor das coisas que se perdem. Também é de referir que, por vezes, é feita a expropriação para construir uma estrada e esta não é construída. Neste caso, o expropriado tem o direito de reaver a sua propriedade.

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas. Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

O QUE É TER SAÚDE?

Atualmente a saúde é globalmente reconhecida como sendo o recurso mais importante para o desenvolvimento pessoal, económico e social, bem como uma das mais importantes dimensões a condicionar a qualidade de vida. No entanto, saúde e doença são, muitas vezes, conceitos de difícil operacionalização e quando postos em confrontação, a fronteira entre um estado e o outro nem sempre é clara e facilmente divisível. Se revisitarmos a definição de saúde proposta pela Organização Mundial de Saúde, ser saudável é gozar de um “completo bem-estar físico, mental e social”. Ou seja, ter saúde transcende a ausência de doença! No entanto, conceptualizar a saúde desta forma idealizada torna-a um estado inatingível… Mais recentemente, em 2001, Lennart Nordenfelt, professor de Filosofia da Medicina da Universidade de Linkoping (Suécia), propôs uma definição de saúde passível de ser utilizada como meta pelos serviços de saúde e pelo Estado. Para o autor a saúde define-se como “um estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais”. Analisadas as definições anteriormente apresentadas ficamos esclarecidos que para estarmos saudáveis não basta não termos dores, sensação de mal-estar ou dependências. Ter saúde é, sobretudo, ter qualidade de vida! É dispormos das condições físicas, psicológicas e económicas para concretizar projetos e realizarmo-nos enquanto homens e mulheres irrepetíveis. Portanto, a saúde enquanto estado positivo, é o produto das condições orgânicas do indivíduo, assim como do seu ambiente, estilo de vida e qualidade dos cuidados de saúde e políticas de assistência social. Assim, a saúde não é uma responsabilidade exclusiva de médicos e enfermeiros. É um sector transversal a inúmeras áreas da comunidade e domínios científicos. Com efeito, entendermos que apenas otites, pneumonias ou hérnias são doenças está completamente errado. Também é doença experienciar situações de vida difíceis e degradantes, estar exposto a experiências disruptivas, sentir solidão ou ter comportamentos de abuso.

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Pode parecer estranho considerar como doença estados não fisiopatológicos. Mas pense comigo: Quantos de nós, perante situações extremas, sentimos no corpo dores da alma? Quantas vezes passamos para o corpo a dureza da vida e deixamos retratar-se na pele o cansaço do dia-a-dia? Talvez até dores maiores do que as causadas por uma amigdalite, mais traumáticas do que uma fratura ou mais desconfortáveis do que uma gastroenterite… sim, isto também é estar doente! Portanto, para atingir um estado de bem-estar físico, psicológico e social devemos, a título individual e comunitário, saber clarificar objetivos, satisfazer necessidades e contribuir para uma mudança favorável do ambiente natural e social. Deixar a nossa saúde exclusivamente na mão de outros é um erro. Responsabilize-se. Colabore!


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SAÚDE ÓTICA

ATENÇÃO À MAQUILHAGEM Se gosta de se maquilhar deve ter alguns cuidados com os produtos que adquire, principalmente os dos olhos, pois uma maquilhagem adulterada pode trazer sérios problemas para a sua saúde ocular. Os produtos devem ser devidamente certificados pelas entidades competentes e anti-alérgicos. Confirme que estão dentro do prazo de validade. Não deve partilhar a maquilhagem, pois cada pessoa tem um tipo de flora bacteriana e a partilha aumenta o risco de contaminação da conjuntiva e da córnea. Nunca durma com a maquilhagem e deite fora todos os produtos que tenham uma alteração na cor, cheiro ou consistência. Evite aplicar a maquilhagem na borda interna das pálpebras, não use os produtos de teste das lojas, principalmente nos olhos, e se usa lentes de contacto deve colocá-las antes de se maquilhar. Lave com frequência as suas esponjas e pincéis e em caso de desconforto lave os olhos e se este persistir consulte um especialista da visão.

CONFIE NO SEU ÓTICO E FAÇA-LHE UMA VISITA REGULAR. A BEM DA SAÚDE DOS SEUS OLHOS!

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt

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EVENTOS

JANTAR COM MARCELO REBELO DE SOUSA NA ASSOCIAÇÃO AGRÍCOLA DE SÃO MIGUEL Vitor Melo Foi com um pavilhão totalmente esgotado que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi recebido para um jantar de boas-vindas, no qual participaram várias individualidades açorianas e uma vasta comitiva de lavradores.

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EVENTOS

CONCERTO VIVA BRAHMS! Paulo Renato Sousa Em Dia Mundial da Música, decorreu, em Ponta Delgada, um concerto especial, pelo Coro de Câmara do Coral de São José, com a participação da Maestrina Titular Mariana Leite e da Soprano Helena Ferreira. Ao Piano, Irina Smënova/Svetlana Pascoal. O concerto teve direção musical de Paulo Vassalo Lourenço.

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Tratamento Capilar Com a chegada do Outono é normal a queda do cabelo, pois é um comportamento típico desta época. Mas existem outros fatores para a queda, nomeadamente: • Stress, ansiedade e um estilo de vida mais atarefado, a queda do cabelo ou inibição do crescimento são consequências frequentes, sobretudo se estes estados emocionais forem mais graves – falamos de períodos depressivos ou de experiências traumáticas. • Dietas: O regresso às dietas nesta altura é muito frequente – no entanto, se a dieta escolhida for drástica e desequilibrada, não contemplando vitaminas e proteínas fundamentais ao organismo, pode resultar no enfraquecimento e queda dos fios. • Os primeiros sinais de queda nos homens podem ser assustadores, sobretudo se ainda for jovem e passar a receber comentários sobre as chamadas “entradas”. Muitas vezes, acordam para uma realidade genética e, por vezes, hereditária que motiva a perda de cabelo e a calvície.

Como tratar?

Com loção tópica complementando com capacete tecnologia laser para estimular o crescimento do seu cabelo Faça o seu diagnóstico e encontre o tratamento ideal em 5 Av. Hair Studio Carla Vieira

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EVENTOS

SUCESSO NA 10ª EDIÇÃO DO WINE IN AZORES Pedro Borges / Silvergrey O Wine in Azores, o maior evento de vinhos dos Açores, voltou a ser palco de show cookings com vários chef’s de cozinha. À prova estiveram centenas de vinhos e pela primeira vez este evento integrou um concurso de design de rótulos de vinhos: o Wine in Azores Design Awards 2017.

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EVENTOS

LANÇAMENTO DO LIVRO QUEM TEM CORAGEM? CMPDL O autor José Canita esteve em Ponta Delgada para a apresentação do seu trabalho de orientação pessoal, uma obra que vai na sua 4ª edição. Na obra Quem tem Coragem?, o autor compila 50 orientações, 50 exemplos pessoais e 50 testemunhos de coragem. É um guia prático de orientação pessoal e profissional.

NOITE EUROPEIA NO EXPOLAB Paulo Renato Sousa O Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia associou-se de novo à Noite Europeia dos Investigadores, promovendo, no EXPOLAB, na Lagoa, diversas atividades, como laboratórios, oficinas, exposições, observações astronómicas, palestras e desafios, iniciativas estas abertas a todo o público.

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AGENDA

PORTAS DO MAR

FESTIVAL DE ARTESANATO REGIONAL PRENDA PAVILHÃO DO MAR

EX-VOTO - À MEMÓRIA DO DR. GUILHERME PINTO ACADEMIA DAS ARTES

FESTIVAL DE TUNAS FEMININAS DA UAÇ COLISEU MICAELENSE

EXPOSIÇÃO “E AQUI HÁ TANTOS ARCO-ÍRIS” GALERIA FONSECA MACEDO

EXPOSIÇÃO 25 ANOS CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA

EXPOSIÇÃO PRECE GERAL NÚCLEO DE ARTE SACRA NA IGREJA DO COLÉGIO

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11 de 23 a26 até 24 25 até 25 até 06 até 31 10 e

novembro

novembro

novembro

novembro

novembro

janeiro janeiro

Agenda sujeita a eventuais alterações.

FESTIVAL O MUNDO AQUI


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ACONTECEU LEITE DOS AÇORES VAI SER ALVO DE UM ESTUDO COMPARATIVO O Centro Açoriano do Leite e Lacticínios vai encomendar um estudo comparativo do leite dos Açores, com a produção nacional e internacional, a uma entidade reconhecida internacionalmente e proceder à classificação da manteiga. ESTERILIZAÇÃO DE CADELAS EM PONTA DELGADA PROLONGADA O Centro de Recolha Oficial de Ponta Delgada (Canil Municipal) vai continuar, até dezembro, a esterilizar cadelas, gratuitamente, desde que as mesmas tenham as vacinas em dia e chip, bem como estejam registadas nas respetivas juntas de freguesia.

FESTIVAL DE SOPAS NA LAGOA O Centro Comunitário João Bosco Mota Amaral, em Água de Pau, recebeu o Festival de Sopas, uma iniciativa organizada pela Associação “Os Quiridos”, contando com o apoio da Câmara Municipal de Lagoa.

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DOAÇÃO DE ALIMENTOS À CASA DOS ANIMAIS As crianças que frequentam a EB1/ JI António Augusto Mota Frazão, na freguesia do Pico da Pedra, assinalaram o Dia do Animal com algumas atividades, entre as quais a recolha de alimentos para serem doados à Casa dos Animais. Ao longo de cerca de dez dias os alunos conseguiram recolher mais de 200 quilos de alimentos.

BOMBEIROS DOS AÇORES APOIARAM FOGOS EM PORTUGAL CONTINENTAL Uma equipa de 55 elementos de sete corpos de bombeiros de S. Miguel e da Terceira foram mobilizados para ajudar no combate aos fogos em Portugal continental. Esta Unidade Especial de Bombeiros incluiu 16 elementos da ilha Terceira, sendo cinco dos voluntários de Angra do Heroísmo e 11 da corporação da Praia da Vitória, e 39 elementos oriundos de S. Miguel, dos quais 14 de Ponta Delgada, oito da Ribeira Grande, sete de Vila Franca do Campo, seis do Nordeste e quatro da Povoação.

EXPOSIÇÕES CANINAS NA RIBEIRA GRANDE A Ribeira Grande recebeu duas exposições caninas – uma nacional e outra internacional – tendo sido inscritos meio milhar de animais, praticamente duplicando o número de inscrições em relação à edição do ano passado. CAMINHADA SOLIDÁRIA CONTRA O CANCRO DA MAMA A Caminhada Solidária Contra o Cancro da Mama, organizada pelo GAD - Gabinete de Apoio ao Desporto da Câmara Municipal de Ponta Delgada, contou com a participação de mais de 1.500 pessoas, e foi como tal a caminhada com a maior participação de sempre. EB1/JI DE MATRIZ VENCE “O TEU PLANETA A TUA TERRA” A Câmara Municipal de Ponta Delgada entregou o prémio do Concurso “O teu Planeta a tua Terra” à EB1/JI de Matriz. O prémio, no valor de 600 euros, foi convertido em material escolar. GOVERNO PROPÕE CAMPANHA COMUM QUE MOTIVE JOVENS A DAR SANGUE O Secretário Regional da Saúde defendeu recentemente uma estratégia conjunta entre o Governo dos Açores, a Federação Portuguesa de Dadores de Sangue e as associações para garantir a adesão de dadores jovens no futuro.


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2 Frangos Panados, 2 Pão de Alho, 1 Dose de Batata Frita e 1 Dose de Arroz

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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

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PREVISÕES PARA NOVEMBRO A vida afetiva permite até final do ano renovar o Ser, alterando o comportamento pessoal e transformando a relação amorosa. A nível profissional o crescimento interior aperfeiçoa as qualidades pessoais e a persistência determinará evolução na carreira.

BALANÇA 23/09 A 22/10 A vida afetiva confere situações imprevisíveis que alterem o destino, possibilitando um novo rumo mais agradável e produtivo. A nível profissional a evolução na carreira e as melhorias financeiras dependem essencialmente da disciplina, dedicação e persistência.

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

A vida afetiva será reconsiderada e reestruturada positivamente, de forma a estabelecer relacionamentos mais profundos e estáveis. A nível profissional o passado recente colocou sérias provações que permitiram ganhar “consciência” e crescer com as experiências.

SIGNO DO MÊS

CARNEIRO 21/03 A 20/04

A vida afetiva evidencia um progresso pessoal que promove, positivamente, os relacionamentos flexíveis e compreensíveis. A nível profissional a intuição aliada ao discernimento favorece o desenvolvimento das atividades e impulsiona novas iniciativas.

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva coloca à prova o respeito existente, concretizado na compreensão presente entre ambos os elementos do par. A nível profissional a especialização dos conhecimentos e a concentração mental contribuirão para atingir grandes objetivos na carreira.

A vida afetiva reflete a estabilidade emocional capaz de proteger as relações válidas e de acabar com as associações desgastadas. A nível profissional a conjuntura anuncia desafios e, com imaginação, encontrará o rumo certo para realizar os seus sonhos.

A vida afetiva contempla todos os relacionamentos baseados na generosidade e no recíproco entendimento entre os envolventes. A nível profissional a formação continua e a expansão da criatividade são elementos cruciais, na transformação da carreira.

A vida afetiva marca uma forte regeneração nas relações e, com muita inteligência, será capaz de constituir muita prosperidade. A nível profissional o sucesso provém da autoconfiança proveniente do autoaperfeiçoamento, que traz viagens e benefícios financeiros.

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A vida afetiva acusa alguma instabilidade que deverá ser contrariada a partir de uma atitude mais tolerante, sábia e consciente. A nível profissional e particular é tempo de começar a trilhar o futuro, novamente, com todo o otimismo e muito discernimento.

A vida afetiva e familiar têm contribuído para um amadurecimento interior e a obtenção de noções filosóficas expandem a sua mentalidade. A nível profissional é crucial trabalhar de acordo com a vocação natural, contudo, as decisões devem ser sustentadas pela lógica.

A vida afetiva mais extrovertida aponta aventuras muito entusiásticas e as novas amizades abrem um novo ciclo muito propício. A nível profissional é fundamental estar disponível mentalmente para mudanças inevitáveis, inteligentes e sobretudo originais.

A vida afetiva evolui magnificamente e a compreensão aliada à fé renova plenamente as instituições amorosas, sociais e comunitárias. A nível profissional o trabalho será desenvolvido com dedicação e a autoconfiança pode dar início a novas atividades pessoais.


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