Criativa Magazine - outubro 2022

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Consumo de alimentos ultrapro C essados está enraizado Açores querem profissionAis de sAúde mentAl em rácios superiores Aos recomendAdos e ntre l aços: Grupo de apoio a mulheres C om dia G nósti C o de C an C ro Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VIII Nº 96 outubro 2022

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Saúde ótica com iNStitUtoPtico

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Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa

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com celSo tavareS coNSUltório da Saúde com João BicUdo melo Saúde aUditiva com aUdição PortUgal olhar criativo tema: “Na calada da Noite” eveNtoS ageNda acoNteceU RUBRICAS 24 28 30 32 34 36 47 48 rePortagem eNtre laçoS: grUPo de aPoio a mUlhereS com diagNóStico de caNcro 08 rePortagem Falta cUmPrir com a devolUção da aUtoridade e imagem Social do ProFeSSor 12 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos AçoresParque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande
Carlos
Bento, Celso Tavares, Luís Mo
João Bicudo Melo, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho.
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açores querem profissionais de saúde mental em ráCios superiores aos reComendados

Há 10 meses atrás arrancou o processo de consulta e recolha de contributos para o Programa Regional para a Saúde Mental dos Açores. O Programa pretende alinhar-se com aquilo que são as boas práticas a nível internacional, mas o secretário regional espera, ainda, que ao colocá-lo em prática, a Região posso ficar dotada de profissionais de Saúde Mental em rácios superiores aos recomendados.

Criativa Magazine - O Governo dos Açores avançou para a criação de um Programa Regional para a Saúde Mental dos Açores, a par do que já existe no território nacional, o que é que leva a lançar, neste momento, um programa deste género?

Clélio Meneses (Secretário Regional da Saúde e do Desporto) - Desde logo, a perceção da necessidade de intervenção estrutural numa área com a relevância da saúde mental, o que, aliás, está em linha com as recomendações da OMS. É essencial, para garantir que há uma organização dos serviços de saúde mental, uma articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares e que, para além disso, se consiga organizar modelos de prevenção a nível escolar.

A região já tem formadas equipas de cuidados de saúde primários? Sendo que estas equipas podem ser um elo de deteção de algumas situações não diagnosticadas?

Sim, já estão criadas equipas de cuidados de saúde primários. Porém, é necessário promover uma maior articulação entre todos os agentes do sistema de saúde regional, o que

pretendemos assegurar através da Estrutura de Missão criada. De resto, o reforço dos cuidados primários de proximidade, com enfoque primordial na prevenção é uma das estratégias fulcrais do Governo dos Açores, de forma transversal a todas as áreas da Saúde.

O nosso objetivo é concretizar essa estratégia, de forma, particular no âmbito da saúde mental.

Por isso, tais equipas são importantes para levar os cuidados de saúde à proximidade dos doentes. Mais do que diagnosticar, podem acompanhar os doentes de uma forma regular e sem estes terem de se deslocar das suas comunidades, o que se torna determinante, também, para o sucesso da abordagem terapêutica.

Como será feita a implementação do programa? Por etapas? Por ilhas? Por prioridade de intervenções na comunidade?

A implementação será feita tendo em conta dois fatores: prioridade e facilidade de execução. O que for mais fácil de colocar em andamento, naturalmente, acabará por ser feito primeiro, mas está elaborada uma lista de prioridades que se tentará respeitar ao máximo na execução do programa,

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Natacha Alexandra Pastor Governo dos Açores / DR
gRAnDE EnTREVISTA

por exemplo, dotar o arquipélago de capacidade de electroconvulsivoterapia, que é um tratamento de última linha, essencial para doentes graves; criação de um hospital de dia na ilha do Faial e criação de um pátio para os doentes internados na ilha Terceira, entre outros.

Dito isso, qual é o número de médicos afetos aos hospitais açorianos na área da Psiquiatria e, em média, qual o número de pacientes que cada um deles apresenta?

Consultando o Programa para a Saúde Mental dos Açores podemos observar esses números de profissionais logo na sua introdução. Em Março, altura da publicação, o número de psiquiatras e pedopsiquiatras no arquipélago era de 5,9/100.000 habitantes, abaixo dos números mínimos recomendados de 10/100.000 habitantes. Enfermeiros de saúde mental eram 13,6/100.000 e psicólogos de 16,6/100.000.

Estes números, entretanto, têm tido, e é nosso propósito que continuem a ter, uma evolução positiva, com os processos de contratação em curso de psiquiatras, de uma pedopsiquiatra que passou a fazer várias horas mensais na ilha Terceira e com o lançamento do último concurso para psicólogos, que coloca o rácio do arquipélago nos 25/100.000 habitantes.

Em suma, o nosso objetivo é dotar a Região de profissionais de Saúde Mental em rácios superiores aos recomendados. Fala-se na possibilidade dos médicos de família fazerem parte do papel de identificação, aconselhamento e tratamento de alguns pacientes, porém é certo que nem todos os açorianos têm médico de família. Como fica, eventualmente, um paciente não

acompanhado? Qual o critério que deve seguir o doente nesta situação?

Estamos a trabalhar no sentido de dotar os quadros de médicos de Medicina Geral e Familiar em quantidade suficiente para que todos os açorianos tenham médico de família. A nossa expectativa é que até ao final da legislatura isso possa estar alcançado. Desde que este Governo iniciou funções, e até esta data, constatamos que existem mais 73 médicos no Serviço Regional de Saúde.

Enquanto não forem alcançados os níveis desejáveis, as unidades de saúde de ilha estão a implementar estratégias que permitam assegurar o melhor e mais rápido acesso aos cuidados de saúde e acompanhamento dos doentes, nomeadamente através de consultas abertas.

Para que este plano funcione, são necessários médicos/enfermeiros (ademais outros profissionais igualmente). Portanto, à data de hoje, e para o futuro, o SRS precisa de ser reforçado em quantos mais profissionais especializados para responder com tranquilidade às situações?

Para cumprir os rácios recomendados, entre psiquiatras e pedopsiquiatras estaríamos a falar de cerca de 15 profissionais. Com o crescimento dessas equipas especializadas, como está a acontecer, o número de enfermeiros especialistas deveria crescer na mesma proporção. O rácio de psicólogos é já acima do mínimo preconizado pela Ordem dos Psicólogos de 20/100.000, pelo que é uma área onde se está a dar uma boa resposta. Depois não podemos esquecer os terapeutas ocupacionais e psicomotricistas. É difícil dar um número concreto de especialistas, mas o Programa pretende flexibilizar contratos para poder ir ao encontro do que os profissionais

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precisarem para se mudarem para os Açores. É esse o caminho que estamos a seguir.

Destaca-se que, não sendo possível ter todos os especialistas presentes, o plano que está a ser delineado está a contar com teleconsultas? Ainda que seja um modelo hoje mais utilizado, há quem resista às novas tecnologias - falamos de um públicoalvo com perfil muito próprio -, bem como há profissionais de saúde, inclusive na área da psicologia, que se mostram bastante contra este modelo.

As teleconsultas são um recurso de última linha, quando não houver outra opção. O que está previsto é um sistema de videoconferência para consulta entre profissionais, que é diferente. Ou seja, os médicos de família, caso possam esclarecer dúvidas com as várias especialidades no final de cada semana; no caso de haver dificuldade em deslocar um pedopsiquiatra, este pode contactar por vídeo o seu colega médico de família ou pediatra e ajudá-lo na tomada de decisão, apenas em último caso vendo doentes por essa via. Dado o número de psicólogos que se falou acima, esse tipo de acesso nem está previsto para essa classe profissional.

Este poderá ser o maior embaraço no desenvolvimento deste programa/plano ou existem outros, como o da dispersão geográfica, que pode também constituir um grande desafio para quem está a traçar o documento base?

A descontinuidade territorial é um desafio para tudo o que se faz no arquipélago. A distância e isolamento das ilhas e por consequência dos seus habitantes, também, afeta os profissionais de saúde. A tudo isto acresce a circunstância de haver cuidados hospitalares em, apenas, três ilhas, para além dos estruturais problemas do financiamento, da escassez de recursos, da deficiência de instalações e equipamentos, para além do envelhecimento da população. É, por isso, um desafio enorme ultrapassar todas estas condicionantes no sentido de garantir os melhores cuidados de saúde. É com determinação

e a consciência de não ser uma fatalidade todo este conjunto de problemas que encaramos a missão. Sabe-se, por outro lado, e o HDES parece ser disso exemplo, que, apesar dos esforços, nas Consultas Externas não sobra espaço para as Consultas de Psicologia, e que muitas têm vindo a ser adiadas ou alteradas. Tem conhecimento dessa contigência? É caso para se perguntar se o HDES está obsoleto no que respeita ao seu espaço físico? Como referi, existem problemas relacionados com estruturas físicas, infelizmente, em todas as ilhas. Estamos a trabalhar no sentido de recuperar tempo perdido e intervir de modo a resolver estas dificuldades, integrando-se neste processo global, um conjunto de intervenções no Hospital do Divino Espírito Santo.

Há no plano a chamada de atenção para a criação do serviço de eletroconvulsivoterapia, uma terapia muitíssimo pouco conhecida por cá e que carecerá eventualmente de muita explicação e desmitisficação, fruto do tipo de procedimento que é aplicado.

Trata-se, efetivamente, de um tipo de tratamento essencial, por exemplo, para as depressões que não respondem a qualquer outro tipo de tratamento, esquizofrenias que não cedem à medicação, alguns casos de grávidas que não podem fazer medicação ou doentes com catatonias graves. Apesar de ter muito estigma à sua volta, é muitas vezes descrito como um tratamento life saving.

Por último, e perante os contributos que foram recebidos para a elaboração do Programa, houve pertinência nas sugestões que chegaram ao grupo de trabalho?

Houve, claro e algumas foram incluídas. Outras, chegaram como forma de preocupação e a Estrutura para a Saúde Mental vem agora reunindo com vários players com o objectivo de ir respondendo a todas as preocupações levantadas.

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ENTRE LAçOS: GRuPO DE APOiO A MuLHERES COM DiAGNóSTiCO DE CANCRO Natacha Alexandra Pastor DR

“Dos laços que nos vão juntar, nascerão abraços que ajudarão a curar”. É esta a imagem, mensagem, conceito presente na criação do grupo Entre Laços. Nasceu do sonho de três mulheres com diagnóstico de cancro da mama, que não se conheciam, mas que partilhavam o mesmo desejo de ajudar outras mulheres a lidar não só com a doença e os tratamentos, mas sobretudo a encarar a vida após o diagnóstico.

Criativa Magazine – Como surgiu o grupo Entre Laços? O que se propõem a realizar? Quem será o público-alvo que poderá encontrar no grupo alguma informação e apoio?

Entre Laços - O grupo Entre Laços nasceu do sonho de três mulheres com diagnóstico de cancro da mama, que não se conheciam, mas que partilhavam o mesmo desejo de ajudar outras mulheres a lidar não só com a doença e os tratamentos, mas sobretudo a

encarar a vida após o diagnóstico com um olhar de esperança e positivismo.

O público-alvo do Entre Laços são, obviamente, as mulheres de qualquer faixa etária a quem foi diagnosticado um cancro da mama (atualmente ou no passado). Numa fase posterior, é nossa intenção envolver os familiares das mulheres com este diagnóstico, dada a importância que o suporte familiar tem na recuperação e bem-estar da paciente. Através das interações e das dinâmicas implementadas

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nas reuniões pretendemos contribuir para atenuar os sentimentos de dor e solidão (ao conectarmo-nos com outras pessoas que passam pelo mesmo), criar oportunidades de partilha de experiências (de forma voluntária), proporcionar um clima de compreensão e entreajuda (sem formalidades), disponibilizar suporte emocional através de testemunhos na 1.ª pessoa (aliviar medos, dúvidas, inseguranças; potenciar uma visão de futuro mais positiva e confiante), reforçar a autoestima, divulgar informações pertinentes (ex.: guia dos direitos gerais do doente oncológico), entre outras. Como funcionará o grupo e quantas vezes se reunirão? É certo que não sendo profissionais, tudo aquilo que poderão fazer é apenas baseado no vosso senso comum/sensibilidade. Propõem-se mais a escutar do que falar?

O grupo Entre Laços funcionará como um grupo de apoio informal e aberto, com encontros presenciais semanais, dinamizados pelas três fundadoras do grupo. As reuniões decorrerão todas as 5.ªs feiras, das 17:00 às 18:00h, no Centro Intergeracional de São Sebastião, Rua de São Gonçalo nº 20, Ponta Delgada. O Entre Laços pretende, em primeiro lugar, proporcionar um ambiente seguro, de confiança e de escuta ativa, onde o foco estará em escutar com a intenção de entender a outra pessoa com as suas particularidades, pois cada vivência da doença é única. Todavia, a essa escuta será dado um feedback, traduzido em partilhas pessoais de quem sentir que a sua experiência poderá contribuir para que as outras mulheres descubram novas formas de olhar, sentir e agir perante este desafio que, inevitavelmente, traz inúmeras mudanças na nossa vida. Para além disso, e de acordo com as necessidades e solicitações dos membros do grupo, poderão proporcionar-se sessões mais estruturadas que abordem temas específicos, dado que uma das fundadoras do grupo é psicóloga.

Porque todas sabemos que o bem-estar da doente oncológica é essencial para vencer, juntas temos o poder de mudar as nossas vidas e tornar este sonho realidade.

Alguma das suas responsáveis tentou obter o tipo de apoio que pretendem desenvolver junto de alguma instituição ou estrutura? Encontraram-no, ou foi perante esta dificuldade que decidiram avançar para a criação do Entre Laços? Sim, por meio de pesquisas tentamos, mas deparamo-nos com a inexistência de um grupo com estas caraterísticas. Logo, se já tínhamos essa necessidade em nós, decidimos unir-nos para criar este projeto (Ora ouve-se, ora conta-se, ninguém é obrigado a falar

a não ser que sinta vontade de o fazer).

Para quem passa por uma situação oncológica há ou não há (em substância) apoio que pode ser solicitado, por exemplo, dentro dos hospitais de referência e, também, fora destes? Se sim, torna-se necessário mais tempo? Maior número de consultas de outras especialidades, tais como as de Psicologia?

Dentro do Hospital do Serviço Nacional de Saúde é seguido um protocolo no qual é fornecida alguma informação à paciente. Contudo, nada melhor do que uma pessoa que tenha passado pela mesma situação para transmitir informações informais que ajudam na aceitação do processo. Estão disponíveis consultas de psico-oncologia que também são muito importantes para aceitação da doença, mas de um ponto de vista diferente, porque como diz o velho ditado “só quem passa é que compreende”. Ressaltamos que, de forma alguma, o nosso grupo pretende substituir qualquer outro tipo de apoio já existente, somos apenas um grupo informal de partilha gratuito.

Para quem já experienciou todo o processo oncológico, em traços gerais, como é disponibilizada ajuda/apoio aos doentes durante o seu processo de tratamento e após a sua conclusão, ele existe por algum tempo? Tem de ser solicitado ou é desde logo aconselhado/facultado?

Salientamos que a resposta a esta questão tem por base apenas a nossa experiência. Assim, como doentes oncológicas, podemos referir que durante o processo de tratamento o hospital disponibiliza diferentes tipos de apoio consoante o tipo e o nível de desenvolvimento da doença. No geral, após os tratamentos a paciente continua a ter acompanhamento com consultas periódicas de oncologia. Quanto ao apoio psicológico, este é solicitado pelo oncologista quando necessário. Este apoio normalmente acompanha a paciente durante, após os tratamentos e o regresso à vida quotidiana após a doença. Quem pretender contactar, interagir ou acompanhar as iniciativas do Entre Laços, de que maneira o poderá fazer?

Ao Entre Laços estará contactável através do email: entrelacos.azores@gmail.com, do telemóvel: 96 229 70 03, do Facebook: Entre Laços e do Instagram: @ entrelacos.azores.

Deixamos o nosso agradecimento à Dr.ª Patrícia Mestre, Psicóloga da Oncologia e ao Presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Sr. José Maria por ter disponibilizado o espaço para os nossos encontros semanais.

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FALTA CuMPRiR COM A DEvOLuçãO DA AuTORiDADE

E iMAGEM SOCiAL DO PROFESSOR

O Sindicato dos Professores dos Açores (SPRA) assinalou o dia mundial da classe, com alguns eventos, que decorreram na região, mas a data serve sobretudo para recordar o que se perdeu nos últimos anos, e deixar avisos quanto aos sucessivos incumprimentos dos governos perante “um dos pilares da Democracia”, conforme transmite António Lucas, presidente do SPRA.

“Os maiores desafios da classe docente são a manutenção da qualidade da escola pública como garantia do principal meio de mobilidade social ascendente e a implementação da educação inclusiva. Estas responsabilidades não são visíveis para a maioria dos cidadãos e, por isso, desprezadas ou passadas para planos secundários pela classe política, no entanto, elas significam o substrato da democracia e do estado de direito. Torna-se hoje visível as distorções sociais e as radicalizações das sociedades “democratas” que desinvestiram na educação, mesmo países desenvolvidos com os EUA ou a Grã-Bretanha.

Portugal, nos últimos 15 anos, tem vindo a reduzir a percentagem do PIB afeta à educação, estando já a baixo da média dos países da OCDE. Acresce à falta de investimento, uma classe docente envelhecida e exausta que carrega sobre si, como foi atrás referido, a sustentação de um dos pilares da democracia.”

O sindicalista reporta-se ainda àquelas que têm sido as desconsiderações sucessivas, e as promessas por cumprir em todo o país.

“Falta cumprir quase tudo, sobretudo no território continental, falta cumprir com o desenvolvimento da carreira, mais de 75% dos docentes, que dependem do Ministério da Educação, nunca chegarão ao último terço da carreira com consequências no rendimento atual e repercussões graves na aposentação, falta cumprir com a estabilidade profissional e pessoal, falta cumprir com horários de trabalho dignos e exequíveis, falta cumprir com apoios para suportar rendas de casa nas áreas da grande Lisboa, Porto e Algarve. Falta cumprir com a devolução da autoridade

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e da imagem social do professor.”

António Lucas recorda, também, neste momento, que de pouco servem medidas avulsas ou superficiais para resolver o problema de fundo com que o país e a região se deparam, em concreto a escassez de docentes em número objetivo capaz de sustentar o presente e o futuro.

“A desvalorização da profissão está a dar sinais, mormente com a redução de jovens licenciados na área. O país e a região reagem tardiamente a este fenómeno.

A falta de docentes faz-se sentir nos três sistemas educativos do país (Continente, Madeira e Açores).

A escassez de professores tem causas diversas e não é igual em todo o território nacional e tem diferenças significativas nos grupos de recrutamento (disciplinas).

Os grupos de recrutamento com mais escassez de docentes, por ordem decrescente, são os seguintes: Informática, Físico-química, Geografia, Biologia/ Geologia e História.

Quanto às causas da escassez de docentes, elas têm origem diversa, mas conjugada, começaria pelo ataque político à profissão iniciada em 2005 às condições de trabalho, conjugadas com as alterações à carreira docentes e ao estatuto operadas em 2007, bem como os dois congelamentos operados, respetivamente em 2005 e 2010. As alterações aos regimes de aposentação que levaram ao prolongamento da vida

profissional que concorreu, definitivamente, para que as escolas não renovassem os seus profissionais uma vez que a renovação saltou uma geração que não ingressou na profissão. Por último, o longo período de precariedade a que foram sujeitos os docentes contratados que, em média, ingressavam no quadro com mais de 40 anos de idade e 15 de serviço, fator de grande instabilidade profissional e pessoal que levou muitos a abandonar a profissão ou a nem acederam aos cursos de formação de professores.

A definição do regime de habilitações para a docência é uma prerrogativa do Ministério da Educação. Até ao presente despacho de alargamento do regime habilitacional, apenas os licenciados pré-Bolonha poderiam lecionar com habilitação própria para a docência, apesar de não terem profissionalização. No entanto, não podem ingressar na carreira e têm um vencimento mais baixo. Em termos práticos, o despacho vem reconhecer que os licenciados pós-Bolonha possam aceder ao mesmo regime habilitacional que os licenciados pré-Bolonha.

Medidas avulsas e superficiais não resolvem o problema estrutural, a medida que já começou a ser implementada pelo Governo Regional de bolsas de apoio a estudantes que queiram ingressar na universidade em cursos de via ensino necessita de uma maior generalização, nos cursos e no país. Parece-nos que esta seria uma medida acertada que, não resolvendo os problemas do presente, poderia vir a ter um impacto positivo na próxima década.”

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RABO DE PEIXE

Aninhada da costa norte da ilha a, agora, vila de Rabo de Peixe atrai pelas estórias que em torno dela cresceram, o certo é que Rabo de Peixe ganhou o seu lugar no mapa das histórias de uma ilha e de uma região. Caracterizada por um centro de ruelas estreitas e labirínticas onde sobressai o seu casario policromático, e nas suas soleiras e ombreiras onde gentes da terra descansam e convivem. Em Rabo de Peixe, a rua é “casa”. Tal como o seu porto de pesca, que alberga toda uma azáfama de afazeres que antecedem a ida e a vinda do mar. Há sempre um corrupio de vida naquele porto, onde sobre ele está a igreja do santo que os protege e os guia.

CONSuMO DE ALiMENTOS uLTRAPROCESSADOS ESTá ENRAizADO

Findo o verão, com o regresso à rotina diária, e numa altura em que um cabaz alimentar num supermercado está, hoje, bem mais caro, importa adotar novas medidas do consumo doméstico, e ajustar a dieta para uma dieta mediterrânea que se está perdendo.

Temos vindo a perder para os alimentos ultraprocessados a conhecida dieta mediterrânea, que tem na sua base uma gastronomia simples. O alerta parte da nutricionista especialista em clínica do HDES – Hospital do Divino Espírio Santo de Ponta Delgada, Egídia Silva Matos “O nosso património cultural, a dita dieta mediterrânea, que privilegia o consumo de alimentos sazonais e locais, em que a gastronomia é simples e tem por base preparados em panela, cozidos e grelhados, o azeite como gordura de eleição, o consumo abundante de alimentos de origem vegetal, fruta, peixe, cereais pouco refinados, leguminosas secas e frescas, frutos secos e oleaginosos e um baixo e pouco frequente consumo de carnes, está-se perdendo. Por outro lado, a vigência de um padrão alimentar pouco saudável, caracterizado pelo baixo consumo de sopa, legumes, fruta e um alto consumo de alimentos ricos em sal, gordura hidrogenada/trans, açúcar e aditivos, como é o caso dos alimentos ultraprocessados que pela sua híperpalatibilidade, acessibilidade e marketing agressivo estão

enraizados na nossa sociedade.”

Acrescem outros maus hábitos, muito presentes nas mesas dos açorianos, que importa eliminar, ao mesmo tempo que devemos aprender a substituir alguns componentes por outros.

“Ainda existe muita tendência em usar muito sal, muito açúcar na alimentação dos açorianos, o sabor dos alimentos ao natural ainda não é muito apreciado, no entanto existem alternativas mais saudáveis que ajudam a colmatar a falta de sal, nomeadamente ervas aromáticas, limão e legumes mais doces como é o caso do pimentão vermelho e da cenoura. Outra alternativa é “marinar” previamente os alimentos para adquirirem mais sabor. Relativamente à substituição do açúcar podemos usar a canela que contrasta com o sabor amargo de alguns alimentos, o mel, o xarope de agave extraída da planta agave, a stevia que é um adoçante natural e a própria fruta que pode ser adicionada em preparações culinárias. No entanto, estas alternativas também devem ser consumidas

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com moderação.”

Dados do estudo COSI Portugal, um sistema de vigilância nutricional infantil, colocam os Açores como a região onde se verifica maior prevalência de excesso de peso, entre crianças.

A nutricionista confirma que os níveis de obesidade e de diabetes registados na região têm ligação muito direta à forma como nos compotamos à mesa, e admite que a pandemia poderá ter agravado o problema.

“O confinamento e o distanciamento social vividos nos últimos tempos de pandemia acarretaram um aumento do sedentarismo, além do consumo de alimentos fornecidos por aplicativos de delivery, com maior oferta de alimentos ultraprocessados, com alto conteúdo calórico e de baixo valor nutricional. Houve, ainda, um agravamento da ansiedade pela perda de entes queridos, o medo de ficar doente ou de perder o emprego que levaram ao consumo de alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, muitas vezes de menor custo.”

Se por um lado existem maus exemplos a apontar, por outro lado não é menos verdade que há um grupo mais consolidado de pessoas que procuram uma alimentação alternativa. Sem recurso a carnes ou peixes, mas para essas pessoas, em particular a nutricionista faz a chamada de atenção para a necessidade de estarem mais atentos à literacia nutricional. Em simultâneo, a profissional de saúde regista algumas diferenças entre alimentos in natura e alimentos ultraprocessados.

“Ao eliminar a carne, peixe, ovos e os produtos lácteos é

necessária uma maior literacia nutricional para substituir corretamente estes alimentos, de modo a suprir as necessidades nomeadamente de ferro e vitamina B12 presentes nos alimentos de origem animal. Dependendo da idade e da existência de alguma doença, os cuidados devem ser redobrados na escolha e combinação dos alimentos de origem vegetal.

Os alimentos in natura, ou seja, os alimentos que não sofreram nenhuma alteração após deixarem a natureza, e que fazem parte de uma alimentação saudável, não são mais dispendiosos, quando comparados com os alimentos ultraprocessados. Como alimentos ultraprocessados refiro-me aos refrigerantes, bebidas lácteas, néctar de frutas, salgadinhos de pacote, doces, chocolates, barras de cereais, gelados, margarinas, bolachas, biscoitos, bolos, “cereais” matinais, pratos de massa, pizzas pré-preparadas, macarrão instantâneo, nuggets de frango/peixe, salsichas, hambúrgueres, sopas instantâneas, etc.”

Ao analisarmos os rótulos dos alimentos ultraprocessados, observamos que os alimentos in natura estão presentes em muito baixa percentagem ou mesmo ausentes. Isto significa que estamos a comprar alimentos com muito baixo valor nutricional, uma vez que estão desprovidos praticamente de alimentos saudáveis, em contrapartida são ricos em açúcar, sal, gordura e aditivos. E como diz o ditado, o barato sai caro atendendo a que as evidências científicas demonstram que os alimentos ultraprocessados estão associados ao aumento de doenças cardiovasculares, obesidade, depressão, diabetes e hipertensão e cancro.”

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11 dicas para a aquisição de alimentos/preparação de refeições/aproveitamentos

1 Faça uma pesquisa de mercado, os preços dos consumíveis variam muito conforme as superfícies comerciais.

2 Compare preços entre os produtos frescos e congelados, muitas das vezes os alimentos congelados são mais económicos que os frescos e possuem semelhante valor nutricional.

3 Opte por marcas brancas são muito mais económicas e possuem idêntico valor nutricional.

4 Aproveite as promoções, se houver disponibilidade financeira e se o produto não for perecível compre em maiores quantidades.

5 Prefira fruta e legumes da época são mais baratos do que os de estufa.

6 Reduza a porção de carne ou peixe, não são necessárias grandes quantidades destes alimentos para suprir as nossas necessidades proteicas. Pode optar por fazer uma refeição vegetariana uma vez na semana com recurso a leguminosas secas (feijão, grão, fava, ervilha).

7 Não desperdice alimentos, aproveite talos, cascas e sementes, estas partes possuem vitaminas, minerais e fibra. Por exemplo, utilize os talos das couves para enriquecer a sopa, as sementes de abóbora no forno como aperitivo, as cascas dos legumes para a preparação de caldos e as cascas dos frutos para a preparação de infusões.

8 Evite o desperdício fazendo antecipadamente um planeamento das refeições e a sua lista de compras, assim evita comprar aquilo que não precisa ou comprar alimentos em duplicado. A ementa também deverá ser flexível de modo a incorporar os alimentos que estiverem de momento em promoção. E compre apenas a quantidade de alimentos que precisa!

9 O congelador é um ótimo aliado para evitar o desperdício, no caso de não conseguir consumir o alimento fresco ou confecionado e se prevê que o vai perder, a melhor solução será congelá-lo. A maior parte dos alimentos podem ser congelados. Não se esqueça de rotular e consumi-los o mais rapidamente possível.

10 Confecione tudo do zero, use os alimentos in nature são mais saudáveis e económicos. Evite os alimentos ultraprocessados, nomeadamente refeições pré-preparadas porque, além de serem mais caras, possuem mais gordura, açúcar, aditivos e são de menor valor nutricional. Se tem desejos de uma pizza porque não fazê-la em casa com alimentos saudáveis?

11 E, por último, crie uma horta na varanda de casa ou num canto luminoso no interior de casa com recurso a vasos ou canteiros.

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megafone

Diogo Amaral

É um dos nomes proeminentes das pistas de dança da região. Com a sapiência e humildade que lhe são reconhecidas, vai conquistando aos poucos um mercado cada vez mais exigente. É, sem dúvida, um exemplo entre os demais…

Comemoras 10 anos de carreira em 2022. Era algo que previas aquando do teu início? Não, de todo. De início começou com o gosto e interesse pela arte em si. Comecei nas típicas festas de amigos, churrascos e afins. Em 2012 é que surgiu a oportunidade a sério e meti-me de cabeça. Como era de esperar, dei-me mal porque percebi que não entendia nada daquilo e que não era tão fácil como parecia. Depois, comecei a fazer casamentos e fui ganhando alguma experiência em leitura de pista (por ex.).  Há cerca de 6/7 anos é que resolvi investir muito do meu tempo (e algum dinheiro) neste mundo para adquirir competências, conhecimento e técnica para tentar singrar na arte em si. Quem me conhece e já viu o meu computador sabe que sou perfecionista nesse aspeto e esforço-me para estar tudo certo para que nada falhe no dia do espetáculo.

Equacionaste desistir alguma vez, por algum motivo, du rante esse tempo?

Desistir a sério nunca equacionei, mas houve momentos em que tive que dar prioridade a outros assuntos mais importan tes. Cheguei a uma altura em que tinha que acabar a minha licenciatura e tive que deixar o curso de DJ que estava a tirar. Outra situação em que pensei dar um “tempo” foi quando investi muito tempo em casa, no computador para evoluir na área e não apareceram espetáculos. É um factor desmotivan te, mas optei por trabalhar mais ainda para que, quando sur gisse a oportunidade, eu estivesse pronto para dar o melhor de mim. Durante algum tempo, tive sempre no meu pensa mento a seguinte frase: “Só tens um show por ano? Então que seja o melhor de todos!”. Assim obrigava-me a trabalhar imenso para que aquele show fosse inesquecível.  Durante esse período, certamente existiram momentos marcantes. Qual ou quais os mais relevantes?

(A puxar a brasa à minha sardinha) tenho que referir a minha atuação no festival da Povoação em 2018. Sabia que ia ter casa cheia e preparei-me imenso para o efeito. Valeu a pena todo o tempo investido porque no final da noite (pelas 06h),

ainda tinha imensa gente no recinto a pedir mais. Lembro -me de colocar a última música (Frank Sinantra - My Way) e vi muita gente abraçada e a cantar. Aí soube que tinha feito um bom trabalho. Outro momento que me marcou, foi uma noite em São Jorge que actuei depois de uma banda de covers que estava a dar um show daqueles. Percebi que a maioria do público estava ali pela banda e pelo rock e quando entrei, a primeira música que toquei foi Queen - I Want To Break Free. Lembro-me perfeitamente de toda a gente se virar para mim com um olhar perplexo do tipo “Mas este dj está a tocar Queen à 1:30h da manhã??” Porquê? Porque era a onda mu sical que o público estava a ouvir e quis continuar no mesmo estilo. Começaram a cantar e dou por mim já tenho pessoal na cabine a cantar comigo e a dançar. Foi a questão de saber ler o público e dar o que eles queriam. Que objectivos ou patamares tens definidos para a tua carreira?

O objetivo maior passa por evoluir em termos de conheci mento, técnica e leitura de pista. Tenho também a ambição de tocar nos maiores festivais da região. Continuo a traba lhar para isso e hei-de chegar lá. Estou também a desenvol ver um projeto com vídeo para um alter ego/personagem que estou a criar de raiz, com indumentária própria, luzes e fogo de artifício. Tento sempre pensar “outside the box” e procurar cenas novas que me destaquem enquanto dj. Pro curo sempre ser diferente para trazer novidades para o nosso público.

Conciliar o djing com a carreira profissional (enferma gem) tem sido fácil?

Por vezes não é fácil. Como trabalho por turnos num servi ço muito exigente, não é fácil efetuar trocas para ir a outra ilha, por exemplo. Mas com alguma antecedência, esforço e compreensão dos colegas, consegue-se conciliar as duas coi sas. Aproveito para agradecer a todos eles a compreensão, por todas vezes que os chateio para conseguir aquela troca desejada.

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24 • criativa magazine - outubro 2022
OCEAN PELLETS FONTE DE ENERGIA NATURAL AMIGA DO AMBIENTE A Ocean Pellets assegura a produção de acordo com as melhores práticas, desde a recolha à seleção da matéria-prima endógena, passando pelas diferentes fases de produção. Morada: Estrada Regional 3-1 n.º 57 9600-102 Rabo de Peixe Telf. +351 296 490 060 email: ambiente@tecnov ia.pt

Cuide dos seus óculos para que durem mais tempo

A durabilidade dos seus óculos também depende da forma como cuida deles. Registe algumas dicas para garantir uma maior durabilidade dos seus.

A sua cabeça é mais larga do que o seu rosto, por isso evite colocar os óculos em cima da cabeça pois pode deformar a armação.

Não precisa lavar as lentes dos óculos todos os dias, mas sempre que sentir que as lentes estão engorduradas e o pano de microfibra não é eficaz, lave as lentes. Para que fiquem bem limpas, basta usar uma gota de detergente ou sabão neutro em cada lente e passar gentilmente a ponta do dedo. Não use as unhas para não correr o risco de riscar. Depois, basta enxaguar abundantemente, com água. Seque com um papel macio e finalize com uma flanela de microfibra.

Sempre que possível, evite expor os seus óculos a temperaturas extremas, sejam muito al tas ou muito baixas, para não correr o risco de danificá-los, deformando-os.

Quando não os estiver a usar, guarde sempre os óculos no estojo. Esta é a melhor forma de garantir que não se riscam ou partem. Se não puder guardar, deixe as hastes abertas ou fechadas, mas sempre com as lentes viradas para cima.

Por mais que pareça simples, não tente ajustar as hastes sozinho. Desloque-se ao seu ótico de família #institutoptico que fará o ajuste de forma rápida, profissional e eficiente.

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Artigo elaborado com suporte em: InSTITUTOpTICO www.institutoptico.pt SAúDE óTICA
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ESTREiA DE PEDRO CÂMARA… E A RECONQuiSTA DE LuÍS MiGuEL REGO

O final do rali ficou marcado pela festa. A equipa Play Racing festejou o primeiro triunfo de Pedro Câmara e João Câmara em provas do campeonato. Enquanto Luís Miguel Rego e Jorge Henriques do Team Além Mar celebraram a vitória do Campeonato dos Açores de Ralis Absoluto, o que acontece pela terceira vez. Já Bruno Tavares e André Seabra comemoraram o título do Campeonato dos Açores de Ralis – 2 Rodas Motrizes, pelo segundo ano consecutivo.

O Pico Automóvel Clube esquematizou um rali muito se melhante ao ano passado. Na sexta-feira, os concorrentes começaram por percorrer a Super Especial desenhada nos arruamentos da Vila da Madalena, para, no dia seguinte dis putarem oito provas de classificação, em sistema de ronde, com dupla passagem por quatro troços de asfalto.

As previsões meteorológicas apontavam para um fim de se mana de mau tempo, com muita chuva e vento. Assim, os cuidados passaram a ser redobrados para as equipas e orga nização.

Como previsto, a prova começou na sexta-feira à noite e o líder do campeonato, Luís Miguel Rego acompanhado por Jorge Henriques no Skoda Fabia R5 Evo do Team Além Mar foram os mais rápidos com uma vantagem de 2,3 segundos, sobre a dupla formada por Pedro Câmara e João Câmara que utilizam o Citroën C3 R5 da equipa Play Racing. Na terceira posição ficaram Rúben Rodrigues e Estevão Rodrigues no Citroën C3 R5 da Auto Açoreana Racing a quase três segun dos do vencedor.

As condições atmosféricas mantiveram-se no sábado com a presença de fortes aguaceiros, o que fez atrasar a partida em

uma hora.

O rali ficou praticamente decidido no primeiro troço do dia. O comandante da prova, Luís Miguel Rego, voltou a ser o mais rápido e ganhou mais 1,1 segundos a Pedro Câmara. Só que Rúben Rodrigues devido a um toque ficou fora do rali. Esta situação permitiu a Luís Miguel Rego encarar o restante do rali a pensar nas contas do campeonato. O piloto do Team Além Mar apenas tinha de terminar a prova para reconquis tar o título.

O triunfo na segunda prova de classificação de sábado per tenceu a Pedro Câmara com uma vantagem de… 26 segun dos sobre Luís Miguel Rego, que tinha entrado em modo de gestão. Com esta superioridade, o piloto da equipa Play Racing ascendeu ao comando do rali.

Antes da pausa para almoço só se percorreu mais um troço porque a segunda passagem por S. João/Matadouro foi anu lada. O Citroën C3 R5 de Pedro Câmara foi o mais rápido em São Mateus/São Caetano 2 e ganhou mais 13 segundos a Rego que ocupou a quarta posição. Desta forma, a meio do rali, Pedro Câmara era o líder com um avanço de 36,5 se gundos, sobre Luís Miguel Rego que conservava o segundo

28 • criativa magazine - outubro 2022 DESpORTO MOTORIzADO
Renato Carvalho António Bettencourt
CAMPEONATO DOS AçORES DE RALiS DE 2022 Xi PiCOWiNES RALi

posto. No lugar abaixo ficava José Paula navegado por Paulo Lopes num Citröen C3 R5, a mais de um minuto de Câmara e a 24,6 segundos de Rego. Durante a tarde, as quatro provas de classificação previstas foram todas ganhas por Pedro Câmara e não houve qualquer alteração no escalonamento da classificação geral. No final, houve festa em várias equipas, a Play Racing feste jou o primeiro triunfo de Pedro Câmara e João Câmara em provas do campeonato e o Team Além Mar celebrou a recon quista do título de Campeão dos Açores de Ralis Absoluto por parte de Luís Miguel Rego e Jorge Henriques.

O último lugar do pódio pertenceu a José Paula, que ascen deu a este patamar no primeiro troço de sábado e conservou -o durante todo o dia, mau grado a ameaça vinda da segunda formação do Team Além Mar, constituída por Bruno Amaral e Sancho Eiró no Ford Fiesta R5, que terminaram na quarta posição.

No quinto posto ficou a equipa madeirense Filipe Pires e Vas co Mendonça num Mitsubishi Lancer Evo X. No início do último troço tinham menos um segundo de vantagem sobre o sexto classificado, mas conseguiram ser mais rápidos cinco segundos e conservaram a quinta posição.

Na categoria reservada aos Veículos de 2 Rodas Motrizes, o triunfo coube à dupla constituída pelo piloto micaelense Henrique Moniz e pelo navegador terceirense que estrearam um Renault Clio Rally 4, enquanto Bruno Tavares e André Seabra em Citroën C2 R2 MAX conquistaram o título pela segunda vez consecutiva.

A próxima prova do campeonato é o XXIII Além Mar Rali Ilha Lilás na ilha Terceira, marcado para os dias 28 e 29 de Outubro de 2022.

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO XI PICOWINES RALI

1º Play Racing/Pedro Câmara/João Câmara (Citroën C3 R5) 29m48,1s; 2ºTeam Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Skoda Fabia R5 Evo) a 1m30,3s; 3º José Paula/Paulo Lopes (Citroën

C3 R5) a 1m42,6s; 4º Team Além Mar/Bruno Amaral/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5) a 1m54,5s; 5º Filipe Pires/Vasco Mendonça (Mit subishi Lancer Evo X) a 2m46,3s; 6º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Renault Clio Rally 4) a 2m52,2s; 7º Bruno Tavares/André Seabra (Citroën C2 R2 Max) a 3m47,1s; 8º Emanuel Garcia/Nelson Dinis (Peugeot 208 VTI) a 6m22,8s; 9º João Faria/Carlos Melo (Peugeot 206 RC) a 6m37,3s; 10º Filipe Marques/Edgar Silva (Citroën Saxo) a 6m46,5s; 11º Rúben Santos/Nuno Pereira (Peugeot 106) a 7m26,6s; 12º José Rodrigues/Ivone Rodrigues (Peugeot 208 VTI) a 7m30,3s; 13º Ricardo Silva/Rui Valadão (Citroën Saxo Cup) a 7m52,9s; 14º Luís Pimentel/Fernando Nunes (Porsche 911 GT3 Cup) a 8m11,8s; 15º Francisco Costa/Luís Faria (Peugeot 206 RC) a 9m34,5s; 16º An dré Simas/Paulo Vilas (Citroën Saxo) a 10m16,8s; 17º Ricardo Batis ta/Fernando Menezes (Citroën AX GT 1.6) a 10m29,8s; 18º Mário Jorge/Camila Jorge (Hyundai Getz 1.5D) a 10m44,2s; 19º Teófilo Pires/Ricardo Fagundes (Citroën Saxo Cup) a 10m52,2s; 20º Hélder Pimentel/Márcio Sousa (Toyota Yaris) a 11m33,3s; 21º David Paiva/ Emanuel Cabral (Peugeot 306 GTI) a 12m30,3s; 22º João Costa/Dio go Costa (Opel Corsa B-GSI) a 12m32,6s; 23º Fábio Bettencourt/ Guilherme Duarte (Nissan Micra K11) a 13m46,5s; 24º Aquilino Bettencourt/Rodrigo Pinto (Toyota Starlet) a 14m06,3s; 25º Carla Costa/Elisabete Jesus (Renault Clio) a 14m39,8s; 26º Telmo Rique za/Miguel Sousa Azevedo (Ford Escort MKII) a 14m43,0s; 27º Rogé rio Veiga/Délio Melo (Toyota Starlet) a 15m49,8s; 28º Tiago Sousa/ Paulo Leal (Peugeot 206) a 16m09,1s; 29º Rui Figueiredo/Catarina Bernardino (Fiat Cinquecento) a 17m44,1s; 30º Jorge Ramos/Nuno Silva (Peugeot 106) a 17m58,5s.

criativa magazine - outubro 2022 • 29 CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS - ABSOLUTO Posição Concorrente Azores Rallye 26/27 Março Rali Ilha Azul 22/23 Abril Além Mar Rali 03/04 Junho Além Mar Rali TAC 08/09 Julho Rali Santa Maria 12/13 Agosto Picowines Rali 23/24 Setembro Rali Ilha Lilás 28/29 Outubro Pontos Totais 1º Luís Miguel Rego 18 28 18 28 28 22 142 2º Rúben Rodrigues 23 22 27 0 22 0 94 3º Bruno Amaral 12 17 14 14 18 17 92 4º Pedro Câmara 14 1 23 22 0 28 88 5º Bruno Tavares 14 0 10 12 12 48 6º Filipe Pires 18 14 15 47 7º Gilberto Ferreira 10 10 12 32 8º Ricardo Moura 28 28 9º João Faria 0 0 10 8 8 26 10º Filipe Marques 8 4 2 10 24

EXERCÍCIO FÍSICO pela sua SAÚDE

m antém-te em movimento.

Independentemente da nossa patologia clínica, e da nossa idade, é importante continuarmos a exercitar o nosso corpo ao ritmo das nossas capacidades e even tuais limitações.

Para quem, como o Senhor Daniel Tavares, tem pro blemas cardiovasculares perfeitamente identificados e acompanhados pela especialidade clínica em ques tão, é importante abordar as diferentes opções para um estilo de vida e de exercício físico saudáveis, es cutando as orientações médicas.

As caminhadas em espaço exterior são uma excelente escolha, sempre que as condições climatéricas o per mitam. Quando tal não for possível, optem pela pas sadeira fixa. Em qualquer um destes treinos, deve-se regular as pulsações, daí que se recomenda, também, a utilização de um relógio cardiofrequencímetro para que se mantenham dentro das instruções médicas já previamente indicadas.

Não falhes as consultas médicas programadas e, em caso de dúvida, consulta o teu médico!

30 • criativa magazine - outubro 2022
CELSO TAVARES - TÉCNICO ESPECIALISTA EM EXERCÍCIO FÍSICO Não vejas o exercício físico como uma moda só porque os demais o fazem. v ê como um medicame N to N atural para a tua saúde física e me N tal. Parar é morrer!
#saidosofá
criativa DESIGN criativa DESIGN

Dia Da alimentação é Dia De lembrar a fome...

A 16 de outubro comemora-se o dia mundial da alimentação, data para fazer memória da fome que teima em assolar o nosso mundo. A fome, a miséria, as condições de vida conotadas com a privação de bens essenciais à vida, a falta de segurança alimentar, a desnutrição e a responsabilidade de garantir um futuro sustentável são temas infeliz mente atuais e que importam (re)lembrar. No mundo actual, tempo de grandes feitos tecnológicos, onde se apregoam avanços científicos a cada dia, momento em que que as ciências da saúde se centram no combate ao envelhecimento e à longevidade, estamos todos a reviver tempos de escassez e fome como arma de guerra e como forma de plorável de controlar e manipular massas, fomentando a discórdia, o conflito e as ruturas entre povos que se querem irmãos. Jamais a me dicina e restantes ciências da saúde, ciências sociais e ciências huma nas poderão deixar de considerar a fome como um atentado grave e intolerável à dignidade da vida humana que juntos juramos sempre defender enquanto bem mais precioso e que motiva a nossa praxis. A escassez de alimentos tem perpetuado conflitos e privado tantos e tantos de uma vida que se quer plena, onde a nutrição e a saúde se esperam direitos inquestionáveis e invioláveis. Hoje, num mundo em constantes turbulências, onde se beneficiam grupos restritos, privan do uma maioria do seu direito a beber e a comer, importa lançar, uma vez mais, um grito de alerta e afirmar que, enquanto médico não posso deixar de considerar científicamente reprovavel que a nutrição ainda não tenha assumido a prioridade nas agendas dos (des)governos deste mundo que se diz moderno, global e globalizado. Os interesses eco nómicos individuais têm suplantado o bem comum, comprometen do a qualidade dos ecossistemas e conduzindo a mudanças climáticas severas que condicionam negativamente a quantidade de alimentos

disponíveis, bem como a qualidade do que comemos. A par disto, a utilização indiscriminada de químicos tem-se traduzido numa verda deira calamidade na saúde comunitária de diferentes regiões do mun do. Importa assim criarmos uma consciencialização universal para as questões relacionadas com a pobreza, com as condições insalubres de vida, com a fome e com a desnutrição de bebés, crianças e adolescen tes. Jamais num mundo onde se apregoa saúde para todos, inovação e cura para diferentes doenças se pode aceitar esse atentado à dignidade humana, perpetuado diariamente em silencio em diferentes recantos da nossa casa global. É minha convicção que todos os profissionais de saúde, gente de princípios humanistas por formação académica, sejam chamados hoje e sempre a mostrar em uníssono que os inte resses individuais e/ou estratégias políticas opressivas que utilizam a escassez de bens essenciais à vida e à saúde jamais poderão ser aceites e calados. Pelo contrário, deverão ser denunciados com persistência e sempre com diplomacia, diálogo, cedências, sensibilização, (re)educa ção... Defender alimentos para todos, fomentar técnicas de agricultura sustentada, apelar à biodiversidade, garantir a segurança alimentar, quebrar ciclos transgeracionais de pobreza material e imaterial e sal vaguardar a água como fonte imprescindível de vida são temas que devem ser trazidos à primeira linha de debate das diferentes comuni dades científicas e ordens profissionais. Pensarmos que cerca de 800 milhões de pessoas vivem privadas de uma alimentação compatível com os mínimos necessários à vida deverá ser suficiente para assu mirmos que optamos por um caminho errado. Decisão agravada se considerarmos o desperdício praticado no mundo dito desenvolvido e que a cada ano vai transformando em lixo cerca de mil milhões de toneladas de comida...

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João Bicudo Melo Médico e psicólogo Clínico
Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com COnSULTóRIO DA SAúDE

SAúDE AUDITIVA

Quais são as causas de perda de audição?

Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: ma quinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc.

Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colate rais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal.

Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos?

Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista.

Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva!

Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado.

Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multi dão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras.

Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desaponta mento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

34 • criativa magazine - outubro 2022

confie em quem lhe dá assistência!

Faça como a Alexandra Lencastre

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Estas páginas são dE dicadas ao olhar dos E ntusiastas qu E , com a a ssociação dE FotógraFos a mador E s dos açor E s, promov E m dE Forma apaixonada a FotograFia E a artE dE FotograFar nos açor E s, dE sdE 2007.” DESAFIO MEnSAL COM O TEMA: “nA CALADA DA nOITE” Coordenação: Paulino Pavão Edição: OLhAR CRIATIVO 1º Lugar - A mulher das castanhas Fernando Abreu
3º Lugar - Amores impossíveis Nuno Botelho 2º Lugar - O mundo gira ao contrário Nelson Raposo

1.ª EDIçãO DO pRéMIO

FOTOgRáFICO AFAA

Inaugurou no passado dia 24 de setembro, no Museu de Angra do Heroísmo, a exposição da 1.ª Edição do Prémio Fotográfico AFAA, na Carmina | Galeria de Arte Contemporânea Dimas Simas Lopes. Esta mostra foi promovida pela Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores (AFAA) e é composta por 12 trabalhos selecionados por um júri constituído pelos fotógrafos António Luís Campos, Pepe Brix e Eduardo Leal. Estão presentes fotografias de Ana Rute Me deiros, Francisco Carreiro, Gabi Pontes, Jorge Kol de Carvalho, José Maria Sousa, Nelson Raposo, Paulo Medeiros, Pedro Rosa e de Paulo Rodrigues Jorge, vencedor desta 1ª edi ção do concurso.

38 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS

ExpOSIçãO UnEARThED DE pAT LOUCkS

CMVFC

No dia 16 de setembro foi inaugurada a exposição UNEARTHED da artista Pat Loucks, na Galeria Dr. Augusto Simas no Centro Cultural de Vila Franca do Campo.

Trata-se de uma exposição com trabalhos têxteis utilizando processos de reciclagem, reutilização e configuração e que contam a história de um deter minado tempo e lugar.

criativa magazine - outubro 2022 • 39
EVEnTOS

CM Lagoa

A cidade da Lagoa acolheu o evento Lagoa Tech, onde foram realizados três workshops em conjunto com o Centro de Ciência Viva – Expolab e o Clube CoderDojo, direcionados para a comunidade mais jovem, entre os 7 e os 13 anos.

40 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS FESTIVAL LAgOA TECh pROMOVE WORkShOpS pARA COMUnIDADE JOVEM
criativa magazine - outubro 2022 • 41 EVEnTOS

“A ExpRESSãO DA ADMIRAçãO”

CMPD

A Sala do Forno do Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada tem pa tente para observação a exposição de pintura “A Expressão da Admiração”, de SIRIUS, heterónimo de Tiago Miguel Benevides Cabral, natural da freguesia de São José, Ponta Delgada. Este jovem artista plástico já expôs al guns dos seus trabalhos em mostras co letivas e numa individual.

42 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS OpInIãO

LAnçAMEnTO DO LIVRO “nInURTA”

A Biblioteca Municipal Daniel de Sá recebeu a sessão de lançamento do livro “Ninurta”, da au toria do artista ribeiragrandense Vítor Teves. Licenciado em História de Arte pela Univer sidade do Porto, o artista plástico, pensador e criador, conta com diversas obras publicadas.

criativa magazine - outubro 2022 • 43
CMRG
EVEnTOS

pROCISSãO EM hOnRA DE nª SEnhORA DAS nECESSIDADES

CM Lagoa

A freguesia da Atalhada preparou-se para as reli giosidades festivas que decorreram nos primeiros dias do mês de setembro, tendo sido o ponto alto das festas a tradicional procissão.

44 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS

VEíCULOS COM hISTóRIA nO LARgO BEnTO DE góIS

CMVFC

Nos dias 17 e 18 de setembro, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, o Museu Mu nicipal de Vila Franca do Campo exibiu a expo sição “Veículos com História”, no Largo Bento de Góis, mostrando antigos veículos que ser viam as populações passadas nas suas desloca ções para as atividades domésticas; trabalhos no campo e até para passeios.

criativa magazine - outubro 2022 • 45
EVEnTOS

500 AnOS DAS ROMARIAS QUARESMAIS ASSInALADOS EM

pOnTA DELgADA

CMPD

Programa comemorativo dos 500 anos das Romarias Quaresmais de São Miguel arran cou em Ponta Delgada com uma sessão solene nos Paços do Concelho, seguindo-se a inauguração de uma exposição no lado norte da Matriz e a Eucaristia Solene. Na ocasião da sessão solene, o autarca Pe dro do Nascimento Cabral manifestou o seu apoio à candidatura das Romarias Quares mais de São Miguel a Património Cultural Imaterial da UNESCO.

46 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS

COMEMORAçãO DO DIA InTERnACIOnAL DO IDOSO

CMPovoação

A Quinta da Madeira Velha, na Povoação, foi palco das celebrações do Dia do Idoso, uma or ganização da Câmara Municipal da Povoação que contou com um almoço e animação musi cal, numa tarde bem passada.

criativa magazine - outubro 2022 • 47
EVEnTOS

O flagelO dO tabagismO na eurOpa e O seu impactO na OcOrrência de aVc

O tabagismo continua a ser o principal fator de risco prevenível de morbilidade e mortalidade precoce. Ainda hoje é muitas vezes com compla cência que olhamos para este hábito, que conti nua a ser socialmente tolerado.

A Europa é a região com maior proporção de mortes pelo tabaco, com cerca de 1,5 milhões de mortes anuais atribuíveis ao tabaco. Apesar da tendência para a diminuição dos hábitos tabági cos na Europa, estima-se que pelo menos 1 em cada 4 pessoas com mais de 14 anos ainda seja fumador ativo.

Nos países desenvolvidos, o tabagismo está asso ciado a uma diminuição da esperança média de vida em pelo menos 10 anos. Contudo, a cessa ção tabágica, especialmente antes dos 40 anos de idade, pode reduzir dramaticamente esse risco de morte prematura.

O risco de desenvolver doenças associadas ao tabaco, nomeadamente o Acidente Vascular Ce rebral (AVC), é tanto maior quanto maior for o número de cigarros fumados durante a vida. Estima-se que o risco de AVC nos fumadores seja 2 a 4 vezes superior ao dos não fumadores. Mesmo o fumo passivo pode aumentar o risco de AVC em cerca de 25%.

Quando o fumo do cigarro é inalado, a nicoti na e monóxido de carbono entram na circulação sanguínea. A nicotina aumenta a frequência car díaca e a pressão arterial, enquanto que o monó xido de carbono torna o transporte de oxigénio no sangue menos eficiente. A exposição tabágica também acelera os processos ateroscle róticos, causa lesões na camada interna da pare de das artérias, facilita a agregação das plaquetas e formação de “coágulos”, diminui a proporção de colestrol-HDL (o “bom” colestrol) e aumenta o risco de certas arritmiascardíacas, nomeada

mente a fibrilhação auricular, que aumentam o risco de AVC.

Nunca é tarde para deixar de fumar! Depois de 5 anos sem fumar, o risco de AVC parece ser seme lhante ao dos não-fumadores. Mesmo após um AVC, a cessação tabágica tem benefícios na recu peração e prevenção de novos eventos.

Se é fumador, deixar de fumar é o passo mais im portante que pode dar pela sua saúde. Os que o rodeiam também vão agradecer! Até o ambiente ficará a ganhar com a redução do consumo do tabaco.

Se é já um ex-fumador, já está a usufruir de mais e melhor tempo de vida e saúde, benefício que começou no dia em que fumou o último cigarro. Desejamos que continue a celebrar essa conquis ta e que inspire outros a valorizar a liberdade e o bem-estar que advêm da cessação tabágica.

48 • criativa magazine - outubro 2022 EVEnTOS OpInIãO
criativa magazine - outubro 2022 • 49 exPoSição traNSFormatório - themlitz & comPaNhia Arquipél A go - Centro de Artes Contemporâne A s AgEnDA outubroexPoSição “a exPreSSão da admiração” sAlA do forno do CmC de pontA delgAdA até 27 Peça de teatro “Sketch iSSo” Centro m uni C ipA l de Ativid A des Cultur A is do n ordeste outubro08 outubroomiri - eSPetácUlo mUSical t e Atro m i CA elense 1521H30 Agenda sujeita a eventuais alterações. dezembro outubroeSPetácUlo voca PeoPle Coliseu m i CA elense 2221H30 20H30 até 31 FeStival de hUmor PalcomÉdia teAtro miCAelense 2921H30 outubro

DEslOCADA má QuInA DE RE COlh A DE E m BAl AgEns nãO REu TIlIzávEIs DE BEBIDA s

A Câmara Municipal de Ponta Delgada procedeu à deslocação da máquina de recolha de embalagens não reutilizáveis de bebi das, que se encontra no Mercado da Graça, para o parque de estacionamento da Madruga, situado na fre guesia de São José.

A retirada deste equipa mento ocorre na sequência de um conjunto de altera ções em curso no Mercado da Graça, em articulação

cia climática e para a necessidade de uma maior proteção do oceano. Ao longo de uma hora e meia foram recolhidos cento e quarenta quilos de lixo.

CÂ mARA DE l AgOA PRO mOvE PAusA s ATIvA s nO TRABAlhO nA sE mAnA Eu ROPEIA DO DEsPORTO

A Câmara Municipal de Lagoa, através do Aquafit – Health and Fit ness Club, promoveu várias sessões sobre pausas ativas no local de tra balho, no âmbito da Semana Euro peia do Desporto, assinalada de 23 a 30 de setembro.

se verificaram 152 visitas de navios de cruzeiro nos portos açorianos.

Este marco deverá conhecer novos números muito em breve, uma vez que estão previstas, até ao final do ano, mais 64 escalas de navios de turismo, que deverão trazer às ilhas mais 52 mil passageirosuma realidade que poderá atingir cerca de 217 escalas e mais de 200 mil passageiros a visitar os Açores por via marítima.

JOsÉ mAnuEl BOlIEIRO

En TROnIz ADO COn

FRADE DA COnFRARIA

DO vInhO vERDElhO DOs BIsCOITOs

O Presidente do Governo Re gional dos Açores, José Ma nuel Bolieiro, foi entronizado como Confrade da Confraria do Vinho Verdelho dos Bis coitos, vincando que “a cul tura de um povo e um terri

com os seus comerciantes, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos mesmos enquanto decorrem as respetivas obras.

lI mPEz A COsTEIRA nA PRAIA DO mOn TE vER DE

Cerca de três dezenas de volun tários participaram numa ação de limpeza da Praia do Monte Verde. Esta atividade, enquadra da nas comemorações do Dia Internacional da Limpeza Cos teira, e que visa preservar o meio ambiente, neste particular a orla costeira, as praias e o mar, foi pro movida pela Fundação Oceano Azul à qual a Câmara Municipal da Ribeira Grande se associou. A iniciativa também integra a campanha #EUBeachCleanup da Comissão Europeia, a qual preten de mobilizar a sociedade para uma maior consciência ambiental e para a alteração de comportamentos, com especial alerta para a emergên

A primeira sessão decorreu no au ditório da Câmara Municipal com a participação dos funcionários da Câmara Municipal. Dois monitores do Aquafit demonstraram vários exercícios possíveis de realizar no próprio local de trabalho. Foram realizadas outras sessões nas em presas Connexall e Costa Pereira, ambas sediadas na cidade de Lagoa.

R ECORDE DE EsCAl A s DE nAvIOs DE CRuzEIRO nA REgI ãO

O porto de Ponta Delgada recebeu, recentemente, a 153.ª escala de um navio de cruzeiro, número que faz ultrapassar as escalas verificadas em 2017, o seu mais expressivo ano. As 153 escalas ultrapassam, assim, o anterior registo de 2017, quando

tório” tem nas confrarias representação de “orgu lho”.

As confrarias são um “verdadeiro instrumen to” também para os produtos açorianos, e podem representar uma mais-valia económica, já que os produtos aço rianos “comparam com o melhor do país, da Europa e do mundo”, defende o governante. A cerimónia teve lugar na Escola Profissional da Praia da Vitória, e contou com repre sentantes de várias outras confrarias açorianas.

50 • criativa magazine - outubro 2022
ACOnTECEU

áREA s OCIA l vAI s ER A PRIORIDADE

DO PR óXI m O O m DE P O n TA D E lg A DA

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Del gada, Pedro Nascimento Cabral, anunciou que o investimento na área so cial vai ser a prioridade do próximo orçamento municipal.

“A área mais determi nante que este executivo camarário vai levar ao próximo próximo Plano e

te papel na resposta à inclusão social, tornando o concelho cada vez mais inclusivo. Para dar continuidade à sua ativida de, Alexandre Gaudêncio anun ciou a intenção de se criar uma nova infraestrutura de apoio à valência, destinada a uma resi dência assistida.

mAI s 15 A g E n TE s DA P O lí CIA m un ICIPA l PARA P O n TA D E lg ADA

A Câmara Municipal de Ponta Delgada vai iniciar um procedi mento para a abertura de con curso externo para o preenchi mento de 15 postos de trabalho da carreira de agente da Polícia Municipal.

de enaltecer a vossa postura e empenho”.

A época balnear de 2022, na Ribeira Grande contou com cerca de 50 nadadores salva dores.

n O v O s I s TE m A DE

Orçamento para ser votada na Assembleia Municipal, é a área social”, avançou o autarca.

A l EXA n DRE g Au DÊ n CIO PRETE n DE CRIAR um A RE s IDÊ n CIA A s s I s TIDA

O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Gran de, Alexandre Gaudêncio es teve presente na celebração do 20.º aniversário da CACI

– Centro de Atividades e Ca pacitação para a Inclusão, da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande. Esta valência conta, atual

A medida foi anunciada pelo Presidente da Câmara Muni cipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral, que disse “vamos reforçar os meios da Polícia Municipal porque é um departamento com um papel muito importante no conce lho de Ponta Delgada. A minha missão será garantir o reforço de meios para a fiscalização am biental, urbanismo e patrulha mento no concelho de Ponta Delgada”, anunciou o presiden te do município.

CÂ m ARA DA RIBEIRA g RA n DE E n A lTECE PA PE l DO s n ADADORE s s A lvADORE s

O presidente da Câmara Mu nicipal da Ribeira Grande, Ale xandre Gaudêncio marcou pre sença na cerimónia de entrega de diplomas da Associação de Nadadores Salvadores da Costa Norte aos elementos que ter minaram as suas funções nesta época balnear.

ABA s TECI m E n TO DE águA à l Av O u RA

O Secretário Regional da Agricultura e do Desen volvimento Rural, Antó nio Ventura, anunciou que “está a ser instalado em to das as ilhas o novo sistema de abastecimento de água” que “disciplina e racionali za as quantidades de água a fornecer, evitando que esta água seja utilizada por outras atividades econó micas”.

Este sistema será “de uso exclusivo para os agricul tores que possuem uma chave eletrónica de aces so ao abastecimento da água”, sendo que o pri meiro terreno a receber este sistema está situado na freguesia da Terra -Chã, em Angra do He roísmo, na ilha Terceira.

mente, com cerca de quarenta utentes e assume um importan

Na ocasião, Alexandre Gaudên cio agradeceu o empenho e pro fissionalismo com que estes ele mentos desempenharam as suas funções e recordou “estamos a apostar, cada vez mais, para que as nossas zonas balneares sejam seguras”, aacrescentando que “é, por isso, determinante ter mos bons profissionais, sendo

“Este é um passo impor tante para a sustentabili dade do abastecimento de água à agricultura e na gestão global da cap tação, armazenamento e abastecimento de água. Todos os novos postos de abastecimento de água passarão a contar com estas característi cas de sustentabilida de”, diz o mesmo res ponsável.

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CARnEIRO 21/03 A 20/04

Amor: é uma ótima altura para reorganizar a sua vida. Neste sentido, procure adotar um comportamento mais compatível com este ciclo de crescimento.

Trabalho: perspetivam-se progressos em termos profissionais, mas assuma uma postura equilibrada e tente aceitar opiniões diferentes das suas ideias.

TOURO 21/04 A 20/05

Amor: Este pode ser um momento em que sente necessidade de que a sua família aprecie as suas ações generosas. Porém, mantenha uma atitude muito bondosa.

Trabalho: a conjuntura eleva a sua autoconfiança e aumenta o seu sentido prático de modo que vai conseguir aproveitar todas as boas oportunidades.

gêMEOS 21/05 A 20/06

Amor: a ocasião é favorável para afastar memórias antigas que prejudicam a sua evolução. Agora é tempo de aprender a harmonizar a sua vida interior.

Trabalho: as suas relações mais próximas podem apoiar os seus projetos laborais. No entanto, apresente os seus planos de forma clara e transparente.

CARAngUEJO 21/06 A 22/07

Amor: a relação amorosa entra numa fase de profunda reestruturação e a comunicação aberta pode contribuir para a compreensão das lacunas existentes.

Trabalho: sente maior capacidade de resolver um eventual problema que possa surgir na carreira. Todavia, tire proveito da sua faceta imaginativa.

LEãO 23/07 A 22/08

Amor: acredite que pode resolver qualquer eventual problema que possa surgir na área doméstica. Contudo, siga a sua intuição e demonstre segurança.

Trabalho: pode ter uma maior necessidade de controlar as suas despesas. Neste contexto, preste atenção a todas as matérias que envolvam dinheiros.

VIRgEM 23/08 A 22/09

Amor: a atividade física é importante para o seu bem-estar geral. Por outro lado, faça uma alimentação mais saudável ou um novo regime alimentar.

Trabalho: durante esta fase o seu poder de análise está enfatizado, mas valorize os detalhes que possam influenciar o desfecho final das suas ações.

ASTRóLOgO LUíS MOnIz

BALAnçA 23/09 A 22/10

Amor: possivelmente, alguma nostalgia pode surgir e provocar-lhe variações de humor. Está sensível, mas trata-se de uma inquietação injustificada.

Trabalho: abrem-se novos horizontes, mas enfrente os desafios sem hesitações e mostre que está disponível para aceitar alterações no seu destino.

ESCORpIãO 23/10 A 21/11

Amor: esperam-se novidades e acontecimentos maravilhosos vivenciados no conforto do seu lar e tudo tende a decorrer de acordo com os seus desejos.

Trabalho: aproxima-se um ciclo ideal para melhorar o setor financeiro. Mas, invista na sua vida profissional e concretize um plano que tem em mente.

SAgITáRIO 22/11 A 21/12

Amor: a troca de ideias é crucial para que consiga consolidar laços e criar consensos numa relação. Não hesite em mostrar os seus dotes oratórios.

Trabalho: os esforços intelectuais que desenvolver agora levam a produzir desfechos proveitosos. Use o poder do seu pensamento para atrair sucessos.

CApRICóRnIO 22/12 A 19/01

Amor: os estudos relacionados com a área das ciências transcendentais trazem-lhe segurança e podem potencializar as suas capacidades individuais.

Trabalho: o papel que desempenha na sociedade é muito importante para si, mas a aquisição de conhecimentos pode favorecer a sua ascensão social.

AQUáRIO 20/01 A 18/02

Amor: atravessa um longo período de transformação da sua vida. Está a experienciar o fim de um ciclo difícil e o início de uma época mais abundante.

Trabalho: algumas contrariedades ou desilusões servem de lições que lhe criam a possibilidade de compreender o lado mais espiritual da existência.

pEIxES 19/02 A 20/03

Amor: os sonhos, as fantasias e os romances fazem parte do seu carácter. Daqui em diante, vai sentir maior predisposição para começar um romance.

Trabalho: deve aproveitar esta etapa protegida para reorganizar melhor o seu futuro. Há indicações que vai finalmente atingir as metas pretendidas.

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SI gn O DO M ê S
rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt hORóSCOpO

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