CRIATIVA MAGAZINE - OUTUBRO 2017

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QUER SUPERAR ÍNDICE DE VISITANTES

PREOCUPAÇÃO COM CANCRO DA MAMA AUMENTA

ANO III Nº 36 OUTUBRO 2017

WINE IN AZORES 2017

MAIORIA DAS FAMÍLIAS NÃO CONSEGUE POUPAR Os portugueses estão a poupar menos, mas os jovens mostram interesse.



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REPORTAGEM

WINE IN AZORES QUER SUPERAR ÍNDICE DE VISITANTES

GRANDE REPORTAGEM

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ENTREVISTA

PATINADOR DANIEL MONIZ BRILHA NA CHINA

EVENTOS

“SUMMER OFF, 38 FESTA RADIO ON” 2017 DAS MARÉS 40 FESTIVAL NOS MOSTEIROS 42 ÓPERA “DON PASQUALE” 42 LOJA “PINTAINHO AMARELO” SEXO INÚTIL” 44 “O LIVRO DE ANA ZANATTI DORA VENCE 46 YAGO AZORES AIRLINES PRO

RUBRICAS CRIATIVO 28 OLHAR COM: JOSÉ FRANCO JURÍDICO 30 CONSULTÓRIO COM: CARLOS MELO BENTO DE SAÚDE 32 CONSULTÓRIO COM: JOÃO BICUDO MELO ÓTICA 34 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO

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REPORTAGEM

CANCRO DA MAMA QUE MATA

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REPORTAGEM DESVALORIZAÇÃO DOS DOCENTES

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DESPORTO MOTORIZADO RALI ALÉM MAR ILHA LILÁS A TERCEIRA VITÓRIA DE LUÍS MIGUEL REGO

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores - Parque Industrial da Ribeira Grande Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

Design Gráfico e paginação: Orlando Medeiros Fotografia: Carlos Costa Depósito Legal: 390939/15 Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA, Paulo Veríssimo, Paulo Renato Sousa e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE ENTREVISTA

HÁ UMA INCAPACIDADE DE POUPANÇA NAS FAMÍLIAS Os portugueses estão a poupar menos. Com uma maior propensão ao consumo, aliado a um menor poder de rendimento, menor poder de compra surge, inevitavelmente, menor capacidade de poupança, e isso mesmo indicam os índices de poupança que caíram substantivamente. Há porém um dado novo e positivo: são os jovens quem mais procura um modelo de poupança para evitar recorrer ao crédito.

Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

Depois de um longo período de dificuldades económicas e financeiras, as famílias portuguesas ainda não conseguiram voltar a um padrão de poupança. Os níveis de poupança desceram vertiginosamente e estamos todos a demorar na recuperação da confiança e na capacidade de colocar o pouco dinheiro disponível em contas poupança. A banca está a monitorizar o mercado e está à procura de responder a este fenómeno criando produtos mais criativos. No Novo Banco dos Açores arrancou uma campanha que pode vir a ter os seus frutos. Numa análise global do que se passa com as dificuldades das famílias em pouparem, Gustavo Frazão, em nome do Novo Banco dos Açores, dita alguns cenários. “Nos últimos anos, assistimos a três fases distintas no que respeita aos níveis de poupança e à forma como as famílias encaravam as questões de uma poupança. Uma primeira fase reporta-se às décadas de 80 e 90 do século passado em que se assistia

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de facto a uma preocupação das famílias quanto a executarem uma poupança. Reportamo-nos a uma época, é preciso dizer, em que as taxas de juro eram muito apelativas e havia outras condições de estabilidade financeira das famílias em geral e uma menor propensão para o consumo. Depois disso, sucedeu que entramos todos numa fase de maior consumo e isso naturalmente que gerou uma menor poupança. Houve inclusive uma certa euforia quanto ao consumo, e nessa data, estamos a falar do início do século XXI, gastava-se muito e poupava-se pouco. Mais recentemente, assistiu-se a uma diminuição desse consumo que vigorou durante uns bons anos, mas houve uma maior contenção ao nível da poupança.” PERFIL DO JOVEM QUE POUPA É UMA NOVIDADE Os jovens neste momento estão a ter uma grande capacidade de poupança para evitar recorrer a crédito(s), mesmo que a rentabilidade não seja muito apelativa. Quando falamos em jovens estamos a referir-nos a uma faixa etária entre os 20 e os 40 anos de idade. Essa é uma lógica que se está a notar junto desta nova geração! Na verdade, conscientes de que o quadro da Poupança é um grande atrativo para a banca, há instituições que, atentas ao fator, estão a lançar campanhas de incentivo à poupança. É o caso no Novo Banco dos Açores, explica Gustavo Frazão. “Dentro do mundo financeiro, e falo em específico pelo Novo Banco dos Açores, temos vindo a incentivar as pessoas à poupança, de tal forma que criamos produtos muito interessantes. Falo do novo conceito “A Pouparia”, uma loja de poupança com uma série de produtos atraentes e posso aqui destacar um deles, em que a pessoa ao criar uma conta a prazo fica habilitada através de sorteio a ganhar um “voucher” para realizar uma viagem. Temos um outro produto que é o “Poupança por Objetivos”, no qual o cliente define um objetivo para atingir, determinando assim o montante mensal a poupar para atingir a meta definida. Um outro produto muito apelativo é caracterizado pela definição de taxas de juros diferenciadas de acordo com a faixa etária em que a pessoa de enquadra. Enfim estamos a implementar uma panóplia muito interessante de produtos, querendo com eles despertar de novo o interesse das pessoas pela preocupação de poupar. Estamos a procurar ser criativos e apresentar soluções variadas à medida de todos os clientes.” Independentemente da classe mais jovem estar atenta às opções de poupança, o mesmo se passa com os seniores, pessoas que estão a caminhar para a sua reforma, que se encontram conscientes de que desde há muito as reformas são complexas e que podem ditar perda de rendimentos. Essa manifestação de preocupação é admitida por Gustavo Frazão.

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“Nota-se de facto uma grande preocupação de poupança por parte daquelas pessoas que estão a ‘caminhar’ para sua reforma.” Desde o início de 1999 que os portugueses não poupavam tão pouco. No ano terminado em março último, por cada 10 euros, os portugueses pouparam 38 cêntimos.

“Nota-se de facto uma grande preocupação de poupança por parte daquelas pessoas que estão a ‘caminhar’ para a sua reforma. Como se sabe as reformas em Portugal podem ditar alguma perda de rendimento, e nessa matéria é com alguma antecipação que vão procurando garantir algum complemento àquela que será a sua reforma.” Os níveis de poupança no país caíram a pique, e estamos nos níveis mais baixo de poupança desde há 18 anos. A bem da verdade construir uma conta poupança é uma meta dificílima para a generalidade das famílias em Portugal. De acordo com Gustavo Frazão, na génese desta dificuldade está algo muito simples: um desequilíbrio muito grande entre aquilo que é o rendimento disponível das famílias e o seu nível de vida. “Não é fácil poupar em Portugal, derivado aos rendimentos disponíveis dos portugueses face ao nível de vida. Estamos numa fase complexa, posso acrescentar-lhe, e vemos isso já nas grandes cidades, que tem que ver com o aumento do nível de vida, por exemplo por via do Turismo. Isso vai acontecer nos Açores. Um exemplo notório onde se verifica esse aumento do custo de vida é na restauração.

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Lisboa e Porto, por via da procura de turistas, estão a ter aumentos consideráveis no setor da restauração e no mercado da habitação”. Gustavo Frazão conclui que nem sequer é muito fácil ditar a uma família regras para uma poupança num produto bancário, sobretudo àquelas cujas condições económicas já são tão complexas. “Se estamos a falar de uma família que tem capacidade para fazer alguns gastos supérfluos, posso dizer que procure eliminá-los e que se dedique a um plano de poupança. Mas, e no caso de muitos é assim, se não tem capacidade económica familiar é um facto que essa família não tem margem de manobra. Tudo isto é muito complicado, pois vivemos num mundo de grandes transformações, que têm sido constantes. Antes podíamos programar, prever a médio e longo prazo. Hoje é totalmente impossível. Tudo tem de ser pensado e planeado para o curto prazo. Posso apenas deixar uma nota final dizendo que quanto mais as famílias pouparem, melhor será para o futuro delas. Melhor preparadas estarão para enfrentarem os desafios e as dificuldades do futuro!”.


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REPORTAGEM

WINE IN AZORES 2017 QUER SUPERAR ÍNDICE DE VISITANTES O pavilhão da Associação Agrícola de São Miguel, em Santana, na Ribeira Grande, está a postos para a 10º edição do Wine in Azores. Aquele que é o único evento capaz de reunir um tão grande número de produtores e representantes de vinhos e bebidas espirituosas enfrenta, este ano, um teste de pressão. Natacha Alexandra Pastor

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braços com uma organização muito vasta e exigente, o empresário que trouxe como novidade há 10 anos atrás o Wine in Azores, enfrenta dificuldades acrescidas na edição deste ano. O maior desafio centra-se nos apoios institucionais, destaca Joaquim Coutinho. “Começo a ter a sensação que será impossível continuar. O desgaste é enorme e ficamos com a nítida sensação que, para muitos, todos os outros eventos são mais importantes que o WINE IN AZORES. Quando começamos éramos só nós e de repente surge uma panóplia de eventos similares que se tentam impor e que apesar dos sucessivos falhanços têm sempre apoio para continuar. É preciso notar que somos o evento mais antigo nos Aço-

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Pedro Borges / Silvergrey, lda.

res dedicado aos vinhos e à gastronomia. Todos os outros surgiram inspirados no Wine. Estou a falar de apoios institucionais pois os privados continuam a aumentar. A nível de produtores este será o primeiro ano em que não se verificará um aumento de produtores por motivos externos. Em Lisboa passaram a existir duas grandes feiras perto da nossa data e, sendo assim, estamos a sofrer as consequências.” Os problemas financeiros são o busílis da organização do Wine in Azores. Se há apetência da parte dos empresários em terem um stand no evento, o mesmo não sucede com os patrocínios. Joaquim Coutinho traça um cenário muito complexo.


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“Os nossos problemas são financeiros. Apesar de não termos a logística que outras entidades têm, faríamos todos os dias um evento destes sem qualquer problema. Não termos as condições que os outros não nos incomoda. A única coisa que nos incomoda é não termos as mesmas condições económicas que os outros. Somos os únicos que precisamos de rentabilizar para pagar as contas. Temos, supostamente, importantíssimos eventos que não conseguem vender nada, faturam zero. Não percebo como são tão importantes se nada nem ninguém investe um ‘chavo’ neles. Temos entidades que se comprometem e depois fogem e isto está a levar-nos ao descalabro total. Precisamos de paz e precisamos de estabilidade. Sem isto é impossível continuar. Assim a nível de apoios institucionais e públicos estamos pior, cada vez piores e isto tem implicações terríveis que poderão levar ao fim do evento. Não conseguimos continuar assim.” Será apenas e somente dentro do pavilhão que vai decorrer todo o festival de vinhos, aliado a outros setores de atividade paralelos ao principal produto em destaque. De novo há espaço para mostrar muitas novidades do mundo vitivinícola português.

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“Seria impossível não haver novidades! É exatamente disso que se trata neste evento. É um evento de vinhos, puro e duro. Serve para apresentar todas as novidades no mercado e principalmente dar à prova estes produtos. Por isso é um evento único. O vinho é que paga a maioria do evento. Ele existe por causa do vinho, o resto é pura e simplesmente complementos ao vinho, como seja a gastronomia e as outras atividades económicas. O espaço este ano ficará limitado ao pavilhão e da maneira que as coisas estão a ir até o pavilhão da Associação será grande demais para o evento. Se não se conseguir resolver certas questões a nível de apoios, para o ano será única e exclusivamente dedicado aos vinhos e aí poderá ser realizado num lugar muito mais pequeno. Se não aumentarmos o número de visitantes estaremos condenados a mudar de local para um mais pequeno, sendo um evento mais pequeno e restrito a quem pode pagar. Somos uma escola a nível dos vinhos, da gastronomia e esta abertura a todos tem um custo elevado. Todos falam que é preciso formação no turismo e somos os únicos que temos o evento que permite a todos os açorianos contatarem com os vinhos, gastronomia e chef’s. Somos um evento democrático, não


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pseudo-elitista, de todos e para todos. Sem apoios isto infelizmente terá de mudar. É importante não esquecer que para entrar num evento semelhante a este no continente o custo é de mais de 25 euros. CONCURSO DE VINHOS FICA DE FORA CHEF’S NACIONAIS QUEREM MARCAR PRESENÇA Aquele que seria o primeiro concurso de vinhos dos Açores, a acontecer no decurso do Wine in Azores 2017, não foi possível de realizar. Um projeto que “seria de vital importância para o evento”, diz Joaquim Coutinho, ficou sem efeito fruto da impossibilidade em trazer especialistas do continente. “A falta de apoios inviabilizou mais este projeto. No entanto vamos a ver se conseguimos inserir um outro tipo de concurso. A falta de verba é castradora.” A palete de chef’s que está a trabalhar nos Açores mostra particular interesse em participar no Wine in Azores. Este é um dos motivos que deixa o empresário animado. Ainda assim, gostaria de contar com uma maior presença açoriana mas a disponibilidade mostra-se reduzida. “Os Chef’s regionais estão cada vez mais ocupados, pois o serviço aumentou muito inviabilizando, muitas vezes, a sua participação. No entanto, temos tido agradáveis surpresas de Chef’s de fora que estão a trabalhar na região. Chef’s de muita qualidade que se fizeram chegar até nós e temos todo o gosto na participação deles. Eu sou um organizador de eventos e com o apoio que recebo cabe-me dar algum destaque aos produtos dos Açores. No entanto eu não tenho a capacidade de obrigar os produtores dos Açores a estarem presentes. Temos muitos produtos regionais, nomeadamente na área dos vinhos e destilados. Temos os produtores que querem e podem lá estar, no entanto adoraria trabalhar com produtos aço-

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rianos mas infelizmente tenho esbarrado em muitas portas e já começo a estar cansado. Ninguém percebe como é que não temos queijos dos Açores no evento. Temos queijos da Beira de Baixo e da Beira de Cima… para os produtores dos Açores não lhes interessa marcar presença com os seus produtores, paciência.” O organizador do festival de vinhos tem colhido simpatia e críticas muito positivas dos muitos empresários que se deslocam a São Miguel com o propósito de participar no certame e dá conta de que em 10 anos de promoção não tem uma única crítica negativa registada. “Nos nossos dias temos as páginas do facebook onde dá para ver facilmente a qualidade dos eventos. Quanto ao nosso, graças a Deus, não temos tido críticas nenhumas em dez anos. São poucos os eventos que se podem gabar do mesmo, talvez o nosso seja o único. Temos crescido no número de visitantes e estamos a fazer figas para que suceda o mesmo este ano. Se isto não suceder, então garantidamente será para acabar. São dez anos de muitas e muitas lutas, de muitos e muitos sacrifícios. Se o “povo” não nos apoiar com a sua presença teremos de redesenhar todo o evento e passarmos de um evento para ‘massas’ e para formar os açorianos, ou seja passar para um evento para uma suposta elite. Este é o ano das grandes decisões.” SEMPRE FALTARAM OS APOIOS NECESSÁRIOS A generalidade do trabalho que se gera vários dias antes do evento ter lugar é feito por familiares e amigos do empresário. Joaquim Coutinho garante que até esta edição sempre faltaram apoios, os necessários, para construir ano após ano o Wine in Azores. “Nunca tive os apoios que eu precisava e temos tido o apoio de muitos profissionais que, como meus amigos, juntamente com a minha família, têm trabalhado praticamente de borla à espera de tempos melhores. Na verdade, o tempo passa e não assistimos a melhorias, bem pelo contrário. Quanto a merecermos mais apoios eu penso que sim! e penso que todos os outros também acham. As pessoas que me abordam na rua falam nesta injustiça. Penso que é constantemente o tema de conversa na “época” do WINE. Nunca sonhei que há dez anos tinha tido o maior apoio que alguma vez voltarei a ter. Vem um artista de fora cantar e leva cinquenta euros no bolso sem se chatear. Se eu tivesse um lucro destes chamavam-me ladrão, são sortes. Bons são os de fora pois ‘Santos da casa não fazem milagres’.”


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ENTREVISTA

PATINADOR DANIEL MONIZ BRILHA NA CHINA Aos 10 anos de idade calçou pela primeira vez uns patins e facilmente se adaptou à patinagem artística. Evoluiu sob a orientação do treinador Geraldo Andrade. Natacha Alexandra Pastor

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riativa - Podemos traçar aquele que tem sido o percurso do jovem Daniel Moniz na patinagem artística? Geraldo Andrade (Treinador patinagem artística) - O jovem Daniel tem sido um atleta que desde o primeiro dia em que calçou os patins mostrou sempre vontade de aprender e conseguir alcançar o que lhe era ensinado e proposto. Palavras que o caracterizam: teimoso, persistente e humilde. O seu interesse pela Patinagem Artística iniciou-se aos 10 anos, em Outubro de 2009, sentado no banco do pavilhão a assistir ao treino da irmã, Salima Moniz, na altura ela com seis anos. Foi-lhe proposto por mim, enquanto treinador, calçar uns patins em vez de ficar sentado e assim foi… Começou a participar, obtendo aprovação em Testes de Iniciação, Patinagem Livre e Solo Dance. Participou em campeonatos Regionais e, em 2012, participa pela primeira vez no Campeonato Nacional, escalão de Iniciados. Em 2014 é selecionado para integrar na equipa do Clube na Taça de Portugal de Patinagem Artística, escalão de Cadetes alcançando o 1º lugar no seu escalão e 3.º lugar por equipas. Em 2015 representa o seu clube na Taça de Portugal, 1ª prova de âmbito Nacional realizada nos Açores, cidade de Lagoa.

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Quando é que começaram as presenças do Daniel Moniz em campeonatos internacionais? Foi muito recentemente, precisamente no Campeonato Mundial de Patinagem Artística, que decorreu em Nanging – China no seu 1º ano de juniores. Anteriormente participou em torneios internacionais e as presenças começaram em Novembro de 2015, no Torneio Internacional em Madrid onde alcançou o 2º lugar no escalão Juvenil e em Outubro de 2016 na Taça de Itália onde alcançou o 3º lugar também em escalão Juvenil. Para quem está menos familiarizado com a dinâmica dos campeonatos estrangeiros, quão difícil é ser-se selecionado ou marcar presença nestes eventos? Eu como treinador e tendo já a experiência com outros atletas que já representaram o país, como por exemplo a Ana Soares, a Cátia Rebelo e a Lia Raposo, atletas que desde 2008 até 2014 participaram em Campeonatos da Europa, Taças da Europa, conseguindo ser selecionadas para representar Portugal pela evolução ao longo dos anos, cumprindo com as sugestões técnicas do Comité Técnico da Federação Patinagem de Portugal, presença assídua nos estágios de seleção nacional e a participação e com lugares cimeiros (top) nos campeonatos nacionais, costumo dizer que é fácil entrar na seleção, se o atleta/treinador


quiserem. O mais difícil é mantermo-nos na seleção. São muitos treinos, muitas horas, muitas quedas, saber aplicar a técnica, e muitas vezes temos que voltar à base, a “revolta” do atleta, o querer desistir por pensar que não vai conseguir, o querer desistir para poder sair com os amigos. Confesso, e no que diz respeito ao Daniel, que este tinha um objetivo que era representar Portugal num Campeonato da Europa, mas, e devido à sua evolução e o seu querer, foi-lhe dada a oportunidade para representar Portugal num Mundial de Patinagem Artística, sendo o primeiro açoriano a participar num mundial. Uma boa equipa de trabalho e um bom presidente são peças fundamentais para se chegar longe. Considero que o Clube de Patinagem de Santa Cruz tem uma boa equipa de trabalho, um presidente há mais de 20 anos, e uma direção constituída por ex-atletas do clube sempre dispostos a colaborar. Debrucemo-nos sobre esta participação do Daniel Moniz, na China, onde foi coroado com o 10º lugar. No estágio de seleção/visionamento a 23 de Junho de 2017 e em reunião com os técnicos da FPP e dos atletas selecionados para o Europeu e Mundial, foi-me anunciado que o Daniel estava selecionado devido à sua evolução para ir representar Portugal no Campeonato do Mundo de Patinagem Artística – China. Foi sem dúvida um momento de “pânico”, claro de muita felicidade e ficou o prometido: que atleta e treinador iriam dar o melhor. Assim foi, a partir daí o trabalho e treinos aumentaram, continuamos com a exigência mas com maior rigor ainda. Para o Daniel foi emocionante viver cada momento, desde vestir o fato de treino oficial do país, desde tirar a foto para a credencial. Cada vez que o Daniel era entrevistado ou lhe davam os parabéns pelo feito, o discurso foi sempre o mesmo, que estava muito feliz, referia sempre que iria dar o seu melhor nos treinos e na prova, que estava muito feliz por representar o seu clube, a sua cidade, os Açores, Portugal e que o seu principal objetivo era ficar no TOP 10. Assim foi, obteve o 8º lugar no Programa Curto, patinando na final nos 10 melhores do mundo, classificando-se na final em 10º lugar de um total de 18 atletas. Desde o 1º dia (chegada à China), com um fantástico ambiente desportivismo, o Daniel encontrou-se sempre bem-disposto com muita vontade de patinar e assim fez, realizou bons treinos de adaptação e claro não escondeu o nervosismo durante a competição mas sempre muito lutador e nunca desistiu nos momentos menos bons. Quão exigente tem de ser o treino de um atleta que se predispõe a participar em campeonatos de referência? Sem dúvida que é uma preparação física mais exigente, com mais rigor nos elementos técnicos e artísticos. Treinos bi-diários (2 horas de manhã, descanso à tarde e mais 2 a 3 horas de treino ao fim da tarde). Repouso total durante a noite. Praia, saídas à noite com os amigos não existem. São escolhas que têm que ser feitas e o Daniel foi cumpridor e exigente consigo próprio. A par com o Daniel, quantos atletas estão ao seu nível? A par está sem dúvida a atleta Lia Raposo que já integrou a seleção Nacional em 2014 e é uma atleta de TOP Nacional. Tem sido convocada a participar assiduamente em estágios de seleção, infelizmente na presente época não foi selecionada pois o

grupo de seniores... é forte. Outro atleta com bom nível e que recentemente participou no 1º centro de treino para representar Portugal na Taça da Europa, escalão cadetes 1º ano é o patinador Gonçalo Pereira. O Clube de Patinagem de Santa Cruz da Lagoa tem inúmeros atletas dos 4 aos 26 anos, e tem como principal objetivo formar atletas e fazê-los crescer como patinadores. Qual foi o atleta que mais evoluiu no clube? É difícil responder, pois já foram muitos os atletas que passaram pelo clube e que ajudaram outros atletas a evoluírem, fizeram outros acreditarem que era possível… Mas estou certo e à vontade de nomear dois nomes que por si só não só elevaram o nome do clube bem como elevaram a Patinagem Artística Açoriana. Foi a campeã Nacional em 2008, Ana Vitória Soares. Foi a 1ª vez que vencemos um título nacional feminino e a 1.ª representação a integrar na seleção nacional, representando o país na Taça da Europa – Itália, onde alcançou o 4.º lugar. Outro atleta, e este sem dúvida foi o que mais evoluiu e chegou ao patamar mais alto até à data, foi o Daniel Moniz. Tenho muito orgulho em referir que muitos já foram os atletas que de uma maneira ou de outra marcaram e fizeram o clube evoluir. Para si, quão gratificante é ver os seus alunos evoluírem tão distintamente? Gosto de ensinar. Gosto de ensinar a calçar os patins, de ajudar a dar os primeiros passos… é-me difícil exprimir o que sinto quando os mesmos atletas que ajudei a calçar os patins, ajudei a darem os primeiros passos, hoje patinam ao mais alto nível. É algo inexplicável, é a sensação de dever cumprido, sensação de trabalho feito. Devo referir ainda que tenho a “sorte” de ter atletas que fazem todo o seu percurso na patinagem passando por todos os escalões desde o mais baixo - benjamins - até aos séniores. Quem é treinador sabe o quão difícil é manter um atleta no desporto durante muitos anos e que consigam fazer a carreira completa. Tem recebido reconhecimento e apoio direto para levar os seus atletas aos concursos mais importantes? Desde que iniciei a minha atividade de treinador, em Junho de 1993, com 15 anos de idade, que sinto e estou grato por isso. Recebi sempre o apoio pelas entidades locais, os pais dos atletas sempre acreditaram e confiaram no meu trabalho. Quase 25 anos depois, sinto o mesmo. Gosto do que faço, gosto de estar com crianças, jovens e adultos. Gosto de os ver crescer não só na idade como também gosto de os ver crescer no desporto, quem é meu atleta e quem me conhece, sabe apoio o atleta tanto na vitória como na derrota. Não escondo a satisfação quando ouço ou comentam variadas expressões, gosto de uma em particular: “a cidade da Lagoa é conhecida pelo CP Santa Cruz”! O Clube de Patinagem de Santa Cruz/Lagoa recebe anualmente o apoio de várias entidades, nomeadamente da Direção Regional do Desporto, da Câmara Municipal de Lagoa, da Junta de Freguesia de Santa Cruz, da Associação Patinagem de Ponta Delgada, da Clínica de Fisioterapia de Lagoa/ Dr.ª Teresa Albergaria, do Atelier Gorete Andrade e da Geração de Som da Povoação.

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REPORTAGEM

CANCRO DA MAMA QUE MATA O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Natacha Alexandra Pastor

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cancro de mama é responsável pela morte de centenas de milhares de mulheres anualmente. O Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) relembra todas as mulheres que também está nas suas mãos a redução do risco de incidência de cancro da mama. No mês de outubro, altura em que se assinala com maior visibilidade pública o dia internacional de prevenção vão decorrer palestras e caminhadas de alerta com o objectivo de sensibilizar para a importância da prevenção do cancro da mama, estimulando a adoção de hábitos saudáveis no dia-a-dia. Nos Açores, a delegação regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro junta-se à campanha de sensibilização. Junto da nossa reportagem, Mónica Martins, presidente da delegação da liga nos Açores, dá nota do número de casos anuais e vinca a importante ação dos rastreios de-

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senvolvidos pelo Serviço Regional de Saúde. “Nos Açores, são detetados anualmente uma média de 130 novos casos de cancro da mama desde que em 2008 foi implementado um programa de rastreio organizado de cancro da mama para todas as mulheres entre os 45 e 74 anos, sob a coordenação do Centro de Oncologia dos Açores (COA). É normal que a incidência tenha aumentado uma vez que se começou o rastreio. No caso do homem, em Portugal, cerca de 1% de todos os cancros da mama dizem respeito aos homens. Grande parte da informação apresentada sobre o cancro da mama é, também, aplicável a homens com cancro da mama.” Cerca de 40 mil mulheres açorianas, entre os 45 e os 74 anos de idade, foram já rastreadas ao abrigo do ROCMA, desde 2008, altura em que foi implementado o sistema de vigilância pelo executivo dos Açores.


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“Felizmente o sistema regional de saúde encontra-se preparado para responder às necessidades do programa através de protocolos de colaboração celebrados com as Unidades de saúde de Ilha e os três hospitais da região. O NRA da LPCC actua ao nível da educação para a saúde através de um programa educativo cujo objetivo especifico passa por sensibilizar para a prevenção e deteção precoce do Cancro da Mama. Pretende-se desta forma, aumentar o conhecimento acerca do cancro da mama na população e incentivar o seu compromisso com a saúde, em especial a relacionada com a mama, ao longo da vida. As palestras realizam-se ao longo de todo o ano, por proposta do Núcleo, preferencialmente nos concelhos e freguesias onde se encontra a decorrer o Rastreio, ou quando somos contactados neste sentido e não importam qualquer custo para a instituição que nos acolhe.” É ao Movimento Vencer e Viver do NRA que cabe a missão de prestar apoio às pessoas que sofrem desta patologia, um mão amiga que chega até às doentes com cancro da Mama e seus familiares, num desafio que é prestado, na maioria das situações, por quem já enfrentou uma luta semelhante. “Ao nível do apoio emocional à pessoa com cancro da mama, o Movimento Vencer e Viver (MVV) do NRA presta apoio a todas as mulheres, familiares e amigos desde que é diagnosticado um cancro da mama. Baseia-se no contacto pessoal entre a mulher que se encontra a viver uma situação de particular vulnerabilidade e uma voluntária que viveu uma situação semelhante, onde é disponibilizado apoio emocional e prático em contexto hospitalar, no domicílio ou nas instalações do NRA da LPCC (sede e delegações).” O encaminhamento para hospitais em Portugal continental, no que respeita a mulheres e homens vítimas do cancro de mama está a diminuir, confirma-nos Mónica Martins. “Nos últimos anos tem-se assistido a uma diminuição do encaminhamento de situações para fora da RAA, por for-

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ça dos avanços na aquisição/existência da meios/recursos imprescindíveis a determinados tratamentos de cancro da mama. As mulheres encaminhadas para fora da RAA necessitam de condições não existentes na região, sendo esta a condição que dita a sua deslocação. No entanto sempre houve muitas mulheres tratadas nos nossos hospitais.” Ora, Manuela Dias, Coordenadora Regional do Movimento Vencer e Viver, recorda o quão importante é poder permanecer na ilha de residência no decurso desta etapa da vida. “Numa situação que é particularmente de fragilidade para a mulher e para os seus conviventes, a deslocação da mulher para fora do seu meio, acarreta mais um fator de desestabilização do seu equilíbrio e também do da sua família. A estadia num meio mais “agressivo”, regra geral, favorece um conjunto de estímulos propiciadores de mais stress, num período que já se caracteriza pelo aumento da ansiedade. A distância também favorece que a mulher sinta menos apoio da família e dos amigos. Quando se trata de tratamentos prolongados, a preocupação com os entes queridos e a saudade, bem como, o aumento da fatura da despesa (apesar dos apoios existentes) são alguns dos constrangimentos apontados.” Se há quem veja com grande pesar e dificuldade o afastamento de casa, há doentes que encaram a viagem com grande positivismo. “No entanto, também importa dizer que outras mulheres encaram esta deslocação como uma oportunidade de abrir horizontes e focarem-se mais em si e na descoberta, aproveitando para passear e conhecer outro local, disfrutando dos aspetos positivos que a experiência pode proporcionar e que depende sempre de mulher para mulher.” São imensos os medos e as incertezas das mulheres e homens confrontados com esta patologia. Desde logo, explica Manuela Dias, na qualidade de coordenadora Regional do MVV, surge sempre e inicialmente “a incerteza se vão perder a mama.” “A imagem e autoimagem feminina res-


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sente-se; os receios dos tratamentos e da forma como irão reagir; nalguns casos a preocupação com a fertilidade; a necessidade de falar sobre questões específicas e com quem já passou pela situação; ansiedade e depressão; apoio psicológico e social; dúvidas relativas à alimentação; as alterações/ limitações na mobilidade dos membros superiores e a incerteza do futuro é comum a todas as pessoas, mas nestas, intensifica-se fortemente”, são outras das muitas questões levantadas quando a doença surge. Outra das preocupações frequentes diz respeito “à insuficiente comparticipação na aquisição de materiais (próteses, soutiens, cabeleiras...)”, algo que se acentua mais nuns sistemas de saúde que noutros. Mónica Martins lembra neste caso que, o NRA da LPCC, “quando esgotados os mecanismos estatais de apoio, garante a acessibilidade do doente a cuidados de saúde, bem como a sua subsistência através da satisfação de necessidades básicas e cumprimento de encargos que por si só, não conseguiria suprir.” Hoje as mulheres com cancro da mama têm várias opções de tratamento, entre estes “cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapêutica hormonal e terapêuticas dirigidas. Na maioria dos casos, o factor mais importante, na escolha do tratamento, é o estádio da doença. Muitas mulheres recebem mais do que um tipo de tratamento.” PARTICIPAR NOS RASTREIOS É DA MÁXIMA IMPORTÂNCIA Prevê-se que em Portugal, no ano de 2030, se verifique um aumento da incidência do cancro da mama na ordem dos 20 a 25% em relação aos dados atuais. “Felizmente temos um número muito grande de sobreviventes, deve-se essencialmente à introdução do diagnóstico precoce”, revela a presidente do núcleo açoriano. “Todas as mulheres devem falar com o seu médico acerca do seu risco pessoal para ter cancro de mama; deve colocar questões acerca de quando começar e com que frequência deve fazer exames para despiste da doença. Estas decisões, tal como muitas outras, devem ser estabelecidas individualmente para cada pessoa. É muito importante fazer exames de rastreio, antes de surgirem quaisquer sinais ou sintomas; só assim poderá ajudar os médicos a detectar e tratar precocemente o cancro. Se o cancro for detectado precocemente, a probabilidade do tratamento ser eficaz e bem-sucedido é muito mais elevada. O acompanhamento em termos psicológicos de um doente com cancro é essencial para melhorar a autoestima e qualidade de vida dos pacientes.” A Liga recorda que essa capacidade de resposta deve ser dada pelo hospital que os acompanham, mas também pode ser prestado por psicólogos afetos aos centros de saúde. Mas também nesta matéria a liga tem dado respostas. “É fundamental que as pessoas com doença oncológica tenham acesso a acompanhamento psicológico ao longo de todas as fases da doença. Os utentes podem recorrer às consultas de psicologia do Centro de Saúde da área de

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residência e/ou do hospital onde é acompanhado(a), por encaminhamento do médico ou da assistente social. A LPCC, para além das consultas de psico-oncologia gratuitas, dispõe ainda da Linha Cancro (disponível através do 800 100 100 ou através do endereço electrónico: linhacancro@ligacontracancro.pt, todos os dias úteis das 9h às 18h), destinada a ouvir todos os doentes oncológicos, assim como familiares e amigos, que necessitem de apoio emocional e psicológico. É um espaço de partilha, confidencial, no qual existem Técnicos de Psicologia disponíveis para ajudar a ultrapassar os momentos de ansiedade e angústia que a doença por si acarreta.” REPTO AO VOLUNTARIADO Neste, como em vários outros setores da sociedade, a presença de voluntários disponíveis para um vasto número de tarefas e desafios é cada vez mais importante. Por isso, e numa ocasião em que muito se fala de Cancro, a liga deixa um apelo! “É urgente enfatizar a importância do papel do voluntariado, cuja actividade é inerente ao exercício de cidadania, de reconhecido interesse social e comunitário, assente no projecto duma equipa, devidamente regulamentado, estruturado e comprometido. A génese da LPCC é o Voluntariado. Toda a nossa história, toda a nossa ação assenta no esforço e determinação de Voluntários que, apoiados pelos nossos funcionários, tornam possível esta luta. O NRA lança o repto a todos as pessoas com mais de 18 anos que se inscrevam como voluntários do NRA da LPCC, pois a luta contra o cancro é também sinónimo de luta contra o isolamento.”


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REPORTAGEM

DESVALORIZAÇÃO DOS DOCENTES “O maior desafio da classe docente, nos dias que correm, é o da recuperação do reconhecimento da sua importância social.” Natacha Alexandra Pastor

N

Direitos Reservados

o retomar de um novo ano letivo sobram velhas dificuldades. A classe docente está envelhecida, pese embora a grande oferta de docentes no mercado de trabalho. Mas nem tudo tem sido mau, regista o SPRA. “O ataque à classe começou por ter contornos exclusivamente políticos mas rapidamente se generalizaram, por um lado, por efeito da desvalorização da carreira e pela deterioração das condições de trabalho, por outro, porque a excessiva oferta de docentes no mercado de trabalho levou, inevitavelmente, à sua desvalorização social. Nos Açores a situação não foi muito diferente do Continente, no entanto, foram preservados alguns aspetos positivos, como por exemplo a Gestão Democrática dos Estabelecimentos de Ensino, a dimensão dos agrupamentos escolares, o quadro de unidade orgânica, os concursos de pessoal docente centralizados e sem renovação automática dos contratos, bem como, uma dimensão aceitável para as turmas.” Entre os desafios que se colocam a esta classe há preocupações sindicais a cumprir. Num plano mais vasto, o responsável fala num desafio que diz respeito à sociedade. “Podemos dizer que o outro grande desafio será o da concretização dos objetivos políticos inerentes à Lei de Bases do Sistema Educativo de o sistema educativo público conseguir gerar cidadãos com competências éticas, morais e profissionais tendo como fim último, o exercício de uma cidadania plena. Objetivamente, este ambicioso desígnio não pode apenas ser imputado exclusivamente, à escola e aos docentes, nem se pode realizar sem um comprometimento efetivo da sociedade e dos políticos. No curto prazo, e numa perspetiva essencialmente sindical, podemos considerar que a revalorização da carreira será o principal objetivo, os congelamentos, cortes nos vencimentos, o “choque fiscal” e o aumento das comparticipações para a ADSE atiraram a maioria dos docentes para rendimentos líquidos do final do século passado ou para o início do milénio, por isso, vamos exigir ao Governo a assunção

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de compromissos negociados e não concretizados no âmbito da carreira docente.” As condições de trabalho foram agravadas. Acresce uma saltitante alteração em Matéria de Educação sempre que há uma mudança de poder político governativo. É um acumular de notas negativas, explica António Lucas. “A classe docente, hoje, é uma classe envelhecida, fruto do processo demográfico do País e da Região, mas também, em resultado das sucessivas alterações aos regimes de aposentação. Se juntarmos a este quadro o agravamento das condições de trabalho temos um quadro geral de uma profissão envelhecida, esgotada e com elevado nível da precariedade. Do ponto de vista político-social consideramos que a escola pública é o principal instrumento de mobilidade social, infelizmente, alguns setores da sociedade não veem este papel da escola pública nem lhe atribuem o devido valor, por isso, temos muitas crianças e jovens que apenas frequentam a escola, por vezes de forma intermitente, pela relação entre a frequência e os apoios sociais. A valorização da escola pública apresenta-se, assim, como um desiderato político e social no qual todos temos que participar. Por último, uma referência às sucessivas alterações legislativas no Sistema de Ensino Nacional e Regional, em termos práticos isto significa que sempre que mudam os governos fazem-se alterações significativas ao sistema provocando perturbações constantes e, por vezes, contraditórias. Consideramos que seria importante a existência de “um pacto de regime”, eventualmente de uma década, para que as políticas educativas pudessem ter estabilidade e consenso político alargado.” Numa classe que ao longo dos anos tem sofrido desgastes, o mesmo responsável admite que muitos abandonaram a carreira docente, mas não tem números exatos. “Não temos números precisos sobre os docentes que abandonaram a atividade, até porque gravitam entre três sistemas educativos, o do continente e os das Regiões Autónomas, no entanto, seguramente, são alguns milhares.”


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QUEIJOS DOS AÇORES

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DESPORTO MOTORIZADO RALI ALÉM MAR ILHA LILÁS

A TERCEIRA VITÓRIA DE LUÍS MIGUEL REGO Depois do sucesso alcançado no Rali de Santa Maria, Luís Miguel Rego viajou até à ilha Terceira para conquistar o triunfo no Rali Além Mar Ilha Lilás e a terceira vitória da presente temporada. Com este resultado e a uma prova do fim, o piloto do Team Além Mar ascendeu à liderança do Campeonato de Ralis dos Açores, destronando Ricardo Moura que neste rali desistiu por avaria mecânica. Renato Carvalho

António Bettencourt

O

esquema idealizado pela equipa técnica do Terceira Automóvel Clube assentava numa dupla passagem por três troços, mais uma longa especial a fechar o rali. Antes, na sexta-feira, a habitual citadina abria o apetite ao público. O campeão em título, Ricardo Moura acompanhado por Sancho Eiró no Ford Fiesta R5, foi o mais rápido nas ruas da cidade de Angra do Heroísmo, com uma vantagem de somente um segundo sobre a dupla formada por Luís Miguel Rego e Jorge Henriques também num Ford Fiesta R5. As expectativas de uma grande disputa entre estes dois pilotos ficaram goradas logo no início da manhã de sábado quando Ricardo Moura foi obrigado a desistir por avaria no seu Ford Fiesta, após ter vencido o troço inaugural do dia. Sem a presença de Moura, o outro piloto do Team Além Mar, Luís Miguel Rego assumiu a liderança e a vitória em três troços consecutivos possibilitou amealhar um avanço de 22,8 segundos sobre toda a concorrência que foi diminuindo na parte final do rali quando o piloto optou por uma prestação mais cautelosa. Mesmo assim, Rego não se livrou de alguns sustos, como seja uma ligeira saída de estrada, mas chegou ao fim em primeiro e com este resultado está à frente no campeonato. Após o desaire sofrido em Santa Maria, Ruben Rodrigues e Estevão Rodrigues no Citroën DS3 R5 da Play/Auto Açoreana Racing entraram neste rali com algumas cautelas e aos poucos foram perdendo tempo para Luís Miguel Rego. No entanto, venceram as derradeiras três provas especiais, o que permitiu reduzir a desvantagem e terminar em segundo lugar. Com esta pontuação, Ruben Rodrigues mantém-se na corrida pelo título. O piloto terceirense, Tiago Azevedo voltou a alugar um Skoda Fabia R5 e assim tentar repetir a prestação realizada no Rali Sical.

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Tendo Mário Castro no banco do lado direito, Tiago Azevedo não conseguiu acompanhar o ritmo imposto pelos seus principais opositores e sem correr riscos garantiu o terceiro lugar do pódio. Já com a revalidação do título de campeão das 2 Rodas Motrizes no bolso, Rafael Botelho na companhia de Nuno Rodrigues da Silva levou o Citroën DS3 R3T até à ilha Terceira para somar mais um triunfo na categoria. A luta com a dupla Bruno Tavares e Rui Ávila em Peugeot 205 MI16 ficou decidida no último troço quando Rafael Botelho foi mais rápido e subiu ao quarto lugar por troca com Tavares. A diferença entre os dois pilotos da ilha de S. Miguel foi de apenas 4,9 segundos. De salientar, o triunfo de Bruno Tavares na categoria reservada aos Veículos Sem Homologação. A próxima prova é o Pico Play AutoAçoreana Rali na ilha do Pico.


TRAA - TRIUNFO DE TIAGO AZEVEDO

A penúltima prova do Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores utilizou os primeiros cinco troços do Rali ilha Lilás. O triunfo coube a Tiago Azevedo, que foi o mais rápido em todas as provas especiais e terminou com um avanço de quase dois minutos sobre a concorrência. No segundo posto ficou a dupla constituída por Tiago Valadão e António Castelo Branco num Citroën Saxo Cup que levaram a melhor sobre a equipa composta por Pedro Lança e Paulo Marques em carro idêntico, pela diferença de somente um segundo. Terminaram a prova vinte equipas.

25 0+3.72

20+0.62 25+1.65 25+1.86

25+3.85 25+4.40 25+4.34 20+1.65

0+1.24

20+0.93

20+1.1

17+0.55

17

0+1.1

20+1.86

17

6

14

10

14

14

--

17

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--

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17

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10

6

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12

17

0

12

10

0

4

--

0

--

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12

0

0

12

--

2

4

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12

0

CAMPEONATO DECIDE-SE NO PICO AS HIPÓTESES DO TÍTULO

Este ano, o título de campeão absoluto vai ser atribuído na última prova do Campeonato de Ralis dos Açores. São três os candidatos: o atual líder, Luís Miguel Rego, o campeão em título, Ricardo Moura e Ruben Rodrigues e neste momento todas as hipóteses são possíveis. De acordo com o regulamento para a pontuação final contam-se os seis melhores resultados. Além disso, por cada vitória obtida num troço é adicionado 0,55 pontos, o que não foi considerado no quadro abaixo.

Pontuação Actual

Pontuação Eliminada

Pontuação Efectiva

HIPÓTESES 1º Lugar

Total

2º Lugar

Total

3º Lugar

Total

4º Lugar

Total

1

2

(3)=1-2

4

(5)=3+4

6

(7)=3+6

8

(9)=3+7

10

(11)=3+10

Luís Miguel Rego

133,13

14

119,13

25

144,13

20

139,13

17

136,13

14

133,13

Ricardo Moura

114,20

1,26

112,94

25

137,94

20

132,94

17

129,94

14

126,94

Ruben Rodrigues

99,54

1,10

98,44

25

123,44

20

118,44

17

115,44

14

112,44

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Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 13/14 Outubro

Rali Ilha Lilás 15/16 Setembro

20

Rali Santa Maria 11/12 Agosto

14

Rali Lotus 08/09 Julho

Rali Ilha Azul 16/17 Junho

Rali Sical 29/30 Abril

Luís Miguel Rego Ricardo Moura 3º Ruben Rodrigues 4º Rafael Botelho 5º Tiago Azevedo 6º João Faria 7º Hugo Mesquita 8º Carlos Andrade 9º Bruno Tavares 10º João Correia

Azores Airlines Rallye 30 mar. a 01 abril

1º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Ford Fiesta R5) 50m10,6s; 2º Play/AutoAçoreana Racing/Ruben Rodrigues/Estevão Rodrigues (Citroën DS3 R5) a 15,7s; 3º Tiago Azevedo/Mário Castro (Skoda Fabia R5) a 1m29,0s; 4º Rafael Botelho/Nuno Silva (Citroën DS3 R3T) a 4m37,6s; 5º Bruno Tavares/Rui Ávila (Peugeot 205 MI 16) a 4m42,5s; 6º Pedro Lança/Paulo Marques (Citroën Saxo Cup) a 6m33,0s; 7º Paulo Santos/André Barros (Citroën Saxo Cup) a 8m27,8s; 8º Ricardo Silva/Carla Silva (Citroën Saxo Cup) a 8m44,9s; 9º Teófilo Pires/Ricardo Fagundes (Citroën Saxo Cup) a 8m47,9s; 10º Telmo Riqueza/Rui Silva (Ford Escort RS 2000 MKII) a 10m40,2s; 11º Marco Medeiros/Tiago Mota (Citroën Saxo Cup) a 12m56,5s; 12º Carlos Oliveira/Flávio Mota (Citroën Saxo Cup) a 14m08,1s; 13º Mário Jorge/Marco Silva (Hyundai Getz 1.5 D) a 15m39,5s; 14º Alexandre Aguiar/ Hélio Inácio (Renault Clio 1.7) a 16m34,1s; 15º Luís Lopes/Sandra Lobão (Toyota Starlet 1.3) a 17m16,1s; 16º Augusto Ferreira/Marlene Ferreira (Renault Megane Coupé 1.4) a 17m33,6s; 17º Carla Costa/Maria Correia (Renault Clio 1.8 16V) a 19m51,2s; 18º Fábio R. Silva/Catarina Barroso (Renault Clio 1.8 16V) a 20m45,6s; 19º Ana Castro/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 24m33,1s; 20º Paulo Lima/ Fábio Pereira (Fiat Cinquecento) a 32m19,9s.

Concorrente

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Posição

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO RALI ALÉM MAR ILHA LILÁS

133.13 114.20 99.54 75 34 30 29 26 24 18


OLHAR CRIATIVO

José Franco

Saudades das saudades...

Obrigado por mais um ano

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“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

Edição:

Será que consigo mudar?

Saudades do tempo que era a sério cria ti va magazine • 29


CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Existe alguma(s) ou exceção para um cliente não comparecer em audiências e/ou leitura de julgamento? Depende da posição do cliente no processo e do tipo do processo. Se for processo-crime toda a gente tem obrigação de comparecer em tribunal, a bem ou a mal. O arguido, ou seja, aquele contra quem é feita uma acusação, em certos casos, pode ser dispensado de comparecer ao próprio julgamento. Isso por vezes não é bom para a sua defesa mas a verdade é que por razões de idade, saúde ou ausência o tribunal pode dispensar a sua presença, situação em que o tribunal toma providências especiais para que o julgamento seja feito da melhor forma possível. Mesmo quando autorizado a faltar, o seu advogado é sempre obrigado a estar presente. Testemunhas, ofendidos etc. têm que comparecer quer queiram quer não, sob pena de multa ou de serem conduzidos à força ao tribunal. Algumas testemunhas de defesa podem ser dispensadas pelo próprio arguido. Nos processos cíveis (heranças, cobranças de dívidas, divórcios, etc.) são as partes quem os pode dispensar, sempre com a ressalva de o Juiz poder mandá-los comparecer, caso em que se não podem escusar.

Qualquer réu ou advogado pode arrolar testemunhas abonatórias ou não num determinado processo, mesmo que indo contra o desejo dessa potencial testemunha? Pode, porque a testemunha é um elemento do tribunal e não da parte que a indica. Claro que uma pessoa discreta só excecionalmente arrola uma testemunha contra a vontade desta, pois que, contrariada, pode fazer um depoimento desfavorável. Mas há casos em que tem de arriscar-se, principalmente quando não há alternativa.

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas. Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

GRIPE: PROTEJA-SE NESTE INVERNO!

Chegado o mês de outubro é tempo de preparar o inverno que se avizinha. Começa-se a ouvir falar de gripe, vacinação e outras precauções. Mas afinal o que é a gripe? Será uma doença grave? Quem deve receber a vacina? Estas são algumas das questões que tenciono responder-lhe. A gripe pertence ao grupo das doenças infecto-contagiosas e é causada por um vírus. Entre os sintomas mais frequentes de gripe estão a febre, a tosse, os calafrios, o corrimento nasal, as dores de cabeça, as dores musculares, o cansaço/fraqueza e o mal-estar generalizado. Em alguns casos (mais frequentemente em idade pediátrica) podem coexistir alterações gastrointestinais como, por exemplo, náuseas, dores abdominais e/ ou diarreia. Esta doença, embora na maioria dos casos não tenha repercussões graves e a cura seja espontânea, pode causar sérias complicações e morte. No entanto, nem todas as pessoas estão sujeitas a igual risco de complicação. Assim, encontram-se mais suscetíveis os indivíduos portadores de doenças crónicas e/ou com idade superior a 64 anos. A vacinação contra a gripe inicia-se em outubro e deve ser cumprida preferencialmente até ao mês de dezembro. A vacinação é anual pois o vírus da gripe está em constante alteração tornando a imunização não duradoura. Portanto, se foi vacinado(a) em 2016 não está protegido(a)! Informe-se junto do seu médico de família. A vacinação é a principal estratégia de prevenção da gripe permitindo que pessoas especialmente vulneráveis não fiquem sujeitas aos potenciais perigos de uma infeção por estes vírus. De acordo com a Direção Geral de Saúde (2016), a vacinação contra a gripe é fortemente recomendada a grávidas, prestadores de cuidados de saúde, portadores de doença crónica e imunodeprimidos (com 6 ou mais meses de idade) e indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Esta vacina é gratuita para idosos, utentes institucionalizados em lares ou integrados em serviços de cuidados continuados, doentes a cumprir

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diálise ou quimioterapia, indivíduos transplantados ou a aguardar transplante, portadores de fibrose quística, doença neuromuscular que comprometa a função respiratória, síndrome de Down ou diabetes. Aconselha-se igualmente a vacinação de pessoas com idades empreendidas entre os 60 e os 64 anos de idade. Para as pessoas não abrangidas pela vacinação gratuita a sua administração está dependente da prescrição médica após avaliação clínica. Aconselhe-se junto do seu médico de família. Este profissional está apto para esclarecer as suas dúvidas. Ainda que a vacinação esteja entre as medidas de prevenção da gripe mais mediatizadas, existem comportamentos que podem ser igualmente importantes. Neste sentido, higienizar adequadamente as suas mãos é fundamental. Se espirrar ou tossir faça-o para o antebraço ou para um lenço de papel. Se estiver com sintomas de gripe, evite frequentar espaços públicos, visitar bebés ou doentes internados. Proteja-se a si. Proteja os outros.


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SAÚDE ÓTICA

ÓCULOS À SUA MEDIDA Porque não existem duas pessoas iguais, no Institutoptico encontra uma panóplia de armações, de diferentes marcas, podendo encontrar o modelo ideal para si. Difícil mesmo vai ser escolher! Aquando da escolha dos seus óculos novos deve ter em conta a sua estética facial, a sua personalidade, estilo de vida, profissão ou atividade e, principalmente, deve procurar um modelo que lhe proporcione comodidade e o faça sentir-se bem. A propósito de aquisições, não esqueça que as suas lentes oftálmicas com o passar do tempo precisam de ser substituídas, mesmo que a sua graduação se mantenha a mesma. Tal acontece porque o uso prolongado leva ao desgaste e a alterações físicas. Para além de fazer uma consulta anual para avaliar a sua saúde ocular, também deve verificar em que condições estão as suas lentes.

CONFIE NO SEU ÓTICO E FAÇA-LHE UMA VISITA REGULAR. A BEM DA SAÚDE DOS SEUS OLHOS! Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt

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EVENTOS

FESTA SUMMER OFF, RADIO ON 2017 Paulo Renato Sousa É uma das últimas festas de verão em São Miguel. A “Festa Summer Off, Radio On”, que decorre no Coliseu Micaelense, leva os participantes a vestirem-se de acordo com os padrões mais utilizados nos anos 70, 80 e 90. O repertório musical este ano esteve a cargo da Banda.Com e da banda DIB e ainda do Dj Matti e do animador Carlos Rodrigues.

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“Harmoniza os elementos do teu corpo e reencontra o equilíbrio” Massagem de relaxamento

A massagem é uma troca de energias, em que através de técnicas de deslizamento, fricção e amassamento, trabalha-se o sistema circulatório, linfático, nervoso e energético. Os benefícios podem ser observados durante a massagem mas quando a pessoa cria o hábito de receber pelo menos uma vez por semana é possível evidenciar todos os benefícios que este tipo de tratamento traz para a saúde. Benefícios: Controlar o stress; Diminuição da ansiedade; Alívio da tensão e dores musculares; Melhorar a circulação sanguínea, elasticidade da pele e o sistema imunitário; Diminuir a pressão arterial no caso de pacientes hipertensos, a massagem atua profundamente; Aliviar as dores de cabeça; Diminuição do cansaço; Diminuição das insónias; Eliminar toxinas e resíduos do metabolismo; Combater a depressão, pois a massagem reduz a frequência cardíaca, níveis elevados de stress, ajuda a melhorar o humor e a relaxar devido à libertação da oxitocina (combate a tensão muscular) e serotonina (promove a sensação de bem-estar).

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EVENTOS

FESTIVAL DAS MARÉS 2017 Paulo Renato Sousa Cerca de 10 mil pessoas passaram pela edição de 2017 do Festival das Marés, nos Mosteiros. Um dos momentos altos deste evento foi a atuação conjunta da atriz e cantora portuguesa Simone de Oliveira, FF e Banda Filarmónica Fundação Brasileira. Também passaram pelo palco deste evento: Calema, Mia Rose, Sara Cruz, The Code, DIB, a Urkestra Filarmoca, Ricky Sky, FHV, Az Kicker, Patrícia Leite, Play e Pete tha Zouk.

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EVENTOS

ÓPERA “DON PASQUALE” Paulo Renato Sousa No âmbito da programação da 2ª temporada das comemorações do centenário do Coliseu Micaelense, a Sinfonietta de Ponta Delgada, agrupamento tutelado pela Quadrivium – Associação Artística, promoveu a Ópera “Don Pasquale”, um drama buffo em três atos, de Gaetano Donizetti.

INAUGURAÇÃO “PINTAINHO AMARELO” Paulo Renato Sousa Há um novo espaço comercial na cidade da Ribeira Grande. A nova boutique “Pintainho Amarelo” está focada na venda de artigos para bebés. O negócio é o culminar de um projeto de Marta Simões. O estabelecimento fica situado na Rua Gonçalo Bezerra.

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EVENTOS

“O SEXO INÚTIL” LIVRO DE ANA ZANATTI CMPDL Decorreu em Ponta Delgada a apresentação do livro “O Sexo Inútil”, da apreciada atriz Ana Zanatti, uma obra onde a autor se foca nos preconceitos, que afetam, principalmente, as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgénero).

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EVENTOS

YAGO DORA VENCE AZORES AIRLINES PRO WSL/Poullenot Foi a jovem promessa de origem brasileira, Yago Dora quem venceu a 9ª edição do Azores Airlines Pro, prova de qualificação para o mundial de surf que teve lugar na praia de Santa Bárbara. O jovem surfista totalizou 13.50 pontos na final, contra 12.27 do compatriota Michael Rodrigues.

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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ (RIKINHO)

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

PREVISÕES PARA OUTUBRO A vida afetiva favorece os aspetos relacionados com os prazeres da vida, inevitavelmente, harmonizados com o seu “Ser” consciente. A nível profissional algumas questões desagradáveis podem ser ultrapassadas, a partir de uma atitude corajosa e criativa.

SIGNO DO MÊS

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10 A vida afetiva marca o desejo de uma nova união amorosa, ou a reestruturação das relações válidas e renovadas. A nível profissional pode esperar progressos muito proveitosos, assentes fundamentalmente na perspicácia, dedicação e humildade.

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva manifesta sentimentos fortes e certas mudanças positivas contribuem para a estabilização dos relacionamentos. A nível profissional a conjuntura é extremamente favorável para agarrar novas oportunidades, com convicção e dedicação.

A vida afetiva reflete a grande paixão que poderá passar por algumas tensões ou precipitações, provocando ruturas escusadas. A nível profissional há a possibilidade de promoções, alicerçadas na flexibilidade e capacidade de adaptação às situações.

A vida afetiva acusa sinais de mudança e a coragem aliada à consciência pode mudar perfeitamente o rumo do seu casamento. A nível profissional a inspiração possibilita lançar novos projetos auspiciosos e, portanto, pode concretizar os seus sonhos.

A vida afetiva evolutiva permite resolver problemas antigos e entusiasticamente vai construir relações muito prósperas. A nível profissional saberá pacientemente aceitar opiniões opostas e complementares, essenciais à valorização pessoal.

A vida afetiva progride na base de uma nova consciência e, neste sentido, renove inteligentemente o padrão do seu relacionamento. A nível profissional, embora o caminho não seja fácil, persista confiantemente no seu projeto e obterá muitos êxitos.

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A vida afetiva evidenciará a sua capacidade de transformar a energia negativa em positiva e de renovar as relações familiares. A nível profissional a fase é positiva e todas as questões devem ser tratadas com muita delicadeza, atenção e serenidade.

A vida afetiva apresenta uma fase idealista, sonhadora e muito sensível. Evite ilusões, procurando conciliar a emoção e a razão. A nível profissional mantenha a calma e insista nos seus projetos, embora nem sempre a evolução seja tão rápida como desejaria.

A vida afetiva concede a oportunidade para entender o sentido das relações e, também, permite concretizar o seu livre-arbítrio. A nível profissional também o seu estatuto permite agir com firmeza, materializando a sua liberdade em busca de realização.

A vida afetiva apela à prudência e a definição dos sentimentos ajudará a tomar decisões mais justas, para todos os envolventes. A nível profissional análise racionalmente os desenvolvimentos realizados no passado. A introspeção descobrirá o caminho a trilhar.

A vida afetiva demonstrará que está no caminho certo e sentirá a autoconfiança capaz de edificar toda a paz interior. A nível profissional poderá sentir a segurança emocional adequada para ajudar a concretizar projetos, de acordo com a sua vocação.


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