CRIATIVA MAGAZINE - SETEMBRO DE 2015

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Ano I Nº 11 setembro 2015

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Ordenados em atraso uma triste realidade

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Pilar Damião Diretora Regional da juventude ENTREVISTA

humberto pavão CEo do Grupo Platano Hotels reportagem

Wine in Azores’15 promete ser o maior de sempre dEPORTO MOTORIZADO

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escola de futebol benfica açores

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Entrevista

entrevista

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Grande Reportagem

desporto motorizado

ficha técnica Propriedade:

criativaçores, Lda Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. Torres do Loreto 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110 • 968 691 361

Nº Registo: 126655 Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Sede da Redação: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande Colaboradores: Renato Carvalho, José de Almeida Mello, Luís Moniz, Paulino Pavão/AFAA, João Costa Direção Comercial: João Carlos Encarnação Design Gráfico, paginação e publicidade: Orlando Medeiros - Criativa Fotografia: Carlos Costa e Orlando Medeiros Depósito Legal: 390939/15 O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

e ainda... reportagem p Wine in Azores’15 promete ser o

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maior e mais participado de sempre

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empresas

aniversário da SATA

receita

CATAPLANA À ALABOTE

testemunhos do tempo com: José de Almeida Mello

desporto

Escola de futebol benfica açores vai ajudar a formar indivíduos


Grande REportagem

Inspeção do Trabalho

chamada a agir para repor ordenados em atraso Quando ao fim do mês a retribuição mensal devida a um trabalhador não chega a tempo e horas, pode muito bem ser o princípio de graves problemas na empresa. Se a dificuldade subsiste por longos meses, então o cenário é ainda mais complicado. Perante muitos casos que permanecem no silêncio, outros há que chegam ao conhecimento da Inspeção Regional do Trabalho. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

É um direito inadiável e que quando falha pode ser reclamado por legitimidade. O pagamento de um salário (retribuição mensal devida) a um trabalhador deve ter eco no momento certo, sob pena de a Inspeção do Trabalho vir a atuar, numa primeira fase alertando para a necessidade do cumprimento da obrigação por parte da empresa num tempo útil, e no limite, com o levantamento de um auto de notícia e posterior coima. Com as dificuldades que enfrentam e enfrentaram no passado recente, têm sido correntes alguns incumprimentos, a esse nível, por parte de algumas empresas açorianas. À Inspeção Regional do Trabalho chegam alguns casos, motivados por denúncias dos trabalhadores, que nem sempre recorrem a esta entidade com o sentido de denúncia, mas antes, e numa primeira fase, tentando obter informação do que fazer. À nossa redação, a inspetora regional Lina

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Freitas admite que o serviço que coordena tem sido muitas vezes procurado no que respeita a dúvidas e questões por parte, em especial, de trabalhadores que desconhecem o que podem fazer quando se encontram em situação de não receberem a sua retribuição mensal, há vários meses. Muitos desses contatos continuam a ser feitos por telefone e por e-mail, o que pode indiciar algum receio ou vergonha, mas há muitas pessoas que se deslocam diretamente aos serviços para conseguir respostas. De resto a falta, ou falhas, de retribuição é um dos itens que estão incluídos no controlo que a inspeção açoriana realiza, anualmente, junto das empresas. Em 2014, por exemplo, relatou a inspetora Lina Freitas, foram levantados 112 autos de notícia com maior incidência nas questões relacionadas com o não cumprimento de notificações, em matéria de apresentação de documentos importan-

tes, para esclarecimento de situações em averiguação, sendo que 20 desses autos corresponderam a retribuições devidas aos trabalhadores. No mesmo ano, os serviços realizaram 260 apuramentos salariais a favor de 2.754 trabalhadores, representando um valor total de 2.060.755,78 euros. O setor da construção civil foi o que abrangeu maior número de situações: 791, que resultaram a favor dos trabalhadores 687.265,58 euros. Seguiu-se o setor da Restauração e Hotelaria com um universo de 527 trabalhadores. O setor informativo dos serviços da Inspeção Regional do Trabalho deu resposta a 16.193 questões, maioritariamente pedidas por trabalhadores, sendo que 4.776 das questões diziam precisamente respeito à retribuição (nas quais se podem incluir horas extraordinárias e outras compensações financeiras decorrentes da prestação do serviço).


O que pode fazer o trabalhador

Entre os comportamentos que constituem justa causa de resolução do contrato pelo trabalhador está a falta culposa de pagamento pontual da retribuição, considerando-se como tal a que se prolongue por período de 60 dias (ou aquela em que o empregador, a pedido do trabalhador, declare por escrito a previsão de não pagamento da retribuição em falta, até ao termo daquele prazo). A par desta situação, a lei prevê a falta não culposa de pagamento da retribuição em que não é necessário que a falta de pagamento se prolongue por um período de 60 dias. Trata-se de uma justa causa objetiva, não imputável, a título de culpa, ao empregador e, deste modo, o trabalhador não terá direito a indemnização. O trabalhador deverá comunicar a resolução do contrato ao empregador, por escrito e com indicação sucinta dos fac-

tos que a justificam, nos 30 dias contados a partir do termo do período de 60 dias ou da declaração do empregador já referidos. Vamos a um exemplo: Se a falta de pagamento do mês de maio (que se venceu no último dia útil do mês, a 31 de maio) se prolongar por período de 60 dias (até 30 julho) o trabalhador tem 30 dias a contar desta data para proceder à resolução do seu contrato com justa causa. O cenário do atraso de pagamentos das retribuições mensais é daquelas situações que se deteriorou com a tão gigantesca crise económica por que passaram muitas famílias e muitas empresas. Para quem se manteve de portas abertas, a alternativa terá, em alguns casos, passado por provocar, e até mesmo de forma indeliberada, o atraso nas retribuições mensais para com os trabalhadores.

O cenário em 2015 é tão menos grave do que o registado em 2014. Segundo dados precisos da Autoridade para as Condições do Trabalho, em Portugal, a meados deste ano, eram 480 as empresas que se apresentavam em falta com os trabalhadores, no que respeita a salários, em atrasos superiores a 60 dias. O presidente da Confederação Empresarial de Portugal não se mostrou surpreendido com os dados da ACT e acrescenta que estes refletem o ajustamento que foi sendo feito no clima de recessão dos últimos anos. Parte das remunerações em atraso acabam por ser resolvidas com o Fundo de Garantia Salarial e, de acordo com a mesma autoridade, só este ano, o fundo de garantia já foi ativado para mais de nove mil trabalhadores que receberam mais de 48 milhões de euros.

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- Em 2014, a Inspeção Regional do Trabalho realizou 2.069 visitas inspetivas, 515 incidiram em particular sobre matérias de segurança e Saúde no Trabalho. - Em 2015, a Inspeção Regional prevê um total de 570 visitas inspetivas a fim de assegurar o cumprimento da legislação laboral em concreto no que respeita ao pagamento da retribuição mensal. - Em junho deste ano existiam 95 entidades empregadoras em Portugal com situação de layoff aplicada.

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Empresas refugiadas no lay off ou nos PER Bem mais complicados são os casos em que as empresas acabam por avançar para um de dois cenários: Lay off ou o PER (plano económico de recuperação). Nestes casos, a legislação, criada não há muito tempo, é complexa e tem de ser vista caso a caso. A inspetora regional admite que nestes casos, os trabalhadores terão outras preocupações e outras respostas, que terão de ser vistas caso a caso, consoante a dimensão e gravidade da sua situação e também da empresa, dado que ambas as medidas à disposição das empresas e empregadores podem de facto ser difíceis de gerir no que respeita aos trabalhadores. Quer numa como noutra situação, o grupo de entidades envolvidas adensa-se. Por exemplo, quando uma empresa recorre ao lay off, o Instituto da Segurança Social ‘entra’ no processo, pelo que a Inspeção

Regional do Trabalho deixa de ter uma ação direta, e só intervém se alguma situação anómala acontece ao universo de trabalhadores que se encontra ativo na empresa. No caso do PER, as eventuais dificuldades dos trabalhadores ainda são mais complicadas de solucionar. Pressupõe-se que quando uma empresa entra neste mecanismo, criado pelo Governo português em 2012, está em franca dificuldade de ‘sobrevivência’, e a recuperação da empresa económica e financeira, é o fator que se coloca em destaque. A bem da verdade o PER, que à partida veio para evitar a falência de empresas, não teve o sucesso desejado. Em meados de (julho) 2014, dos 1874 negócios em dificuldades que aderiram ao PER, 568 também tinham uma falência judicial a correr nos tribunais.


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Entrevista Diretora Regional da Juventude

“Há uma matriz comum a todos os jovens: o sucesso”

O Observatório da Juventude dos Açores está a desenvolver um Estudo Analítico sobre Jovens Açorianos Qualificados, que pretende ser um painel comparativo de informação sobre a realidade açoriana em matéria de emprego e de saídas profissionais para jovens qualificados. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Criativa – Falemos dos jovens açorianos e das políticas que têm sido implementadas para promover uma cidadania ativa dos jovens; das oportunidades que os Açores ainda têm para os nossos jovens e das preocupações essenciais que a tutela encara neste momento. Como enquadra o que representa os Açores para a nossa juventude? Pilar Damião (Diretora Regional da Juventude) - A Região Autónoma dos Açores, pese embora a sua condição ultraperiférica, tem sido uma Região que, através das suas Políticas de Juventude, tem impulsionado não só a emancipação dos jovens e a sua participação na sociedade, reconhecendo-os como atores sociais e políticos que, com a sua sensibilidade, as suas ideias, opiniões, ações e propostas, são determinantes na sociedade do presente e do futuro, como também tem tido um papel proactivo na implementação de medidas que estimulam o capital cultural dos Jovens de forma a que busquem novas alternativas, novas formas empreendedoras e criativas para enfrentar os novos desafios. Criativa – Com a tutela da Juventude, chegam até si testemunhos vivos de jovens que se encontram num vazio quanto à sua vida profissional? Quais são as maiores preocupações? Neste ponto gostaria de salientar que a minha vida profissional, enquanto docente universitária, é marcada pela pro-

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ximidade com jovens. Desde que estou a exercer funções na Direção Regional da Juventude, tenho tido a oportunidade de contactar com um universo mais alargado de jovens. Há uma matriz que é comum a todos os jovens, nomeadamente, o caminho que cada um almeja para a sua vida profissional e pessoal: o sucesso. Em períodos de maiores desafios, tanto económicos como sociais, é natural que a procura de organizações e serviços como os que a DRJ oferece se acentue. Neste sentido, tem sido nossa prioridade encaminhar os jovens, de acordo com as suas preocupações, para os diferentes departamentos do Governo Regional, nos quais estes obtêm respostas e um acompanhamento adequado. Criativa – Que respostas podem ser dadas ou que caminhos devem ser desvendados pelos jovens nos tempos atuais, considerando que o mercado profissional, por exemplo, sofreu alterações profundas nos últimos anos? O empreendedorismo e a criação de alternativas pela própria população jovem é um caminho a consolidar? É reconhecido que o paradigma socioeconómico está a alterar-se substancialmente, com ciclos cada vez mais rápidos e com mudanças, muitas vezes, abruptas e disruptivas. Assim sendo, é de extremo interesse para a Região implementar projetos que promovam o empreende-

dorismo jovem que, para além de já ser uma força motriz capaz de mover os fatores de competitividade, associados à inovação, à tecnologia, à qualidade, ao marketing, à informação e à organização, tornou-se um instrumento central para a criação de riqueza e para a promoção do desenvolvimento. O apoio ao empreendedorismo jovem, enquanto estratégia que visa impulsionar a criação de novos projetos inovadores que virão, certamente, mudar de forma qualitativa a vida dos jovens e da comunidade em geral, tem sido uma desafio para a DRJ que tem-se consubstanciado na implementação de projetos como a Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso! que já envolveu cerca de 12.500 jovens que frequentam o ensino básico, secundário e profissional, em escolas açorianas. Por seu turno, o programa Jovens +, criado em 2014, na área do empreendedorismo social, constitui também uma resposta na implementação de soluções sociais inovadoras e sustentáveis traduzidas na criação e desenvolvimento de respostas sociais alternativas e mais eficientes destinadas aos jovens. Criativa - Embora não sendo uma competência direta da Direção Regional da Juventude, tem existido cuidado em perceber o perfil de jovens que, terminado o seu ciclo de estudos, tendem a procurar no continente e/ou estrangei-


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ro alternativas que preencham as suas ambições? Também nesta área o Governo dos Açores está muito atento. “Prepara o teu regresso a Casa” é mais uma iniciativa que tem como público-alvo os Jovens Açorianos que se deslocam para a prossecução de estudos superiores. Este projeto tem como objetivo a informação e o acompanhamento destes Jovens através de contactos presenciais com técnicos dos diferentes departamentos governamentais, tais como: Emprego, Habitação, Juventude, Apoio ao Incentivo e à Competitividade. Foi, ainda, criada uma página web com informação direcionada sobre as oportunidades que o Governo oferece aquando do seu regresso, particularmente, programas de Estágio, de Empreendedorismo Jovem, bem como outros programas de incentivo à habitação, à mobilidade regional, à criatividade. Por outro lado, o Observatório da Juventude dos Açores, OJA, está a desenvolver um Estudo Analítico sobre Jovens Açorianos Qualificados a pedido da ALRAA, que pretende ser um painel comparativo de informação sobre a realidade açoriana em matéria de emprego e de saídas profissionais para jovens qualificados. Criativa – Em que circunstâncias, os programas atuais à disposição dos jovens são não só os possíveis (no que respeita à capacidade de intervenção do Governo) como apelativos e uma mais-valia para os jovens? De forma a obter políticas de juventude eficazes e contemporâneas, a Direção Regional da Juventude procede, de forma sistemática, à avaliação dos seus programas. A partir desta análise, temos vindo a implementar, com grande aceitação por parte dos jovens e das entidades que desenvolvem atividades com os jovens, um conjunto de medidas em diversas áreas, nomeadamente: mobilidade através do programa Bento de Góis e Cartão Interjovem; voluntariado local e internacional; empreendedorismo social e indústrias culturais e criativas através dos programas Jovens +, Educação Empreendedora: O Caminho do Sucesso!, LabJovem e Põe-te em Cena; Associativismo Jovem, apoiando e acompanhando os planos de atividades das Associações Juvenis; sensibilização no combate às discriminações; promoção de formações no âmbito tec-

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nológico que favorece o surgimento de ideias, de promoção e de incentivo ao empreendedorismo em todas as suas dimensões; formação pessoal e social para jovens com menos oportunidades; Ocupação de Tempos Livres dos Jovens, nomeadamente, o programa Entra em Campo e o Programa OTLJ; informação ao jovem, mantendo atualizado o Portal da Juventude Açores. Em suma, as ações, os projetos e as iniciativas implementadas pelo Governo dos Açores, através da Direção Regional da Juventude, são adequadas aos novos desafios e dão novas respostas, numa estratégia resultante de orientações políticas que espelham o investimento prioritário do Governo dos Açores numa Juventude que, e na linha dos pressupostos da Agenda 2020, se quer socialmente responsável, criativa, empreendedora, solidária e participativa. Criativa – A propósito, quais os projetos que tendem a ser mais procurados, logo pressupõe-se que são os que garantem a sua eficácia? Como sabemos, a juventude não pode ser concebida com um grupo homogéneo, mas sim heterogéneo, com atributos sociais, códigos culturais e vivências distintas. Neste sentido, as respostas políticas têm, na sua essência, de refletir as diferentes juventudes.

Com efeito, a procura de programas em determinada área está diretamente relacionado com o nível etário dos jovens. Assim, o OTLJ continua a ser um dos programas mais procurados por jovens a partir dos 15 anos e que se estende a todas as ilhas dos Açores e o programa Bento de Góis tem, de igual forma, conhecido uma grande adesão. Por seu lado, os programas de incentivo à criatividade cultural, como o LabJovem e o Põe-te em Cena têm grande procura por parte dos jovens de um nível etário mais elevado. Concluiu-se que o Governo dos Açores procura implementar programas que sejam respostas diferentes a diferentes interesses dos jovens. Criativa – Há sempre uma mensagem de esperança. O que pode transmitir? Bem, quando falamos em esperança, temos de considerar a dimensão subjetiva que a palavra acarreta, quer em termos pessoais, quer em termos coletivos. Apesar disso, a mensagem que poderei deixar aos jovens Açorianos é que, com o seu espírito criativo, crítico, responsável, determinado, ao qual poderão juntar a irreverência que tão bem os caracteriza, têm a capacidade e todo o potencial para ultrapassar os desafios com que se debatem neste período de múltiplas complexidades sociais, económicas e culturais.


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Reportagem

Wine in Azores’15

promete ser o maior e mais participado de sempre O Wine in Azores está de regresso, mas nesta edição mudou o palco do acontecimento. O maior certame realizado nos Açores na área dos vinhos vai ter lugar no Pavilhão de Santana, em Rabo de Peixe, e promete mais novidades do que nas edições anteriores. Natacha Alexandra Pastor

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Será em Santana, no pavilhão da Associação Agrícola, que tem lugar a edição de 2015 do Wine in Azores, um forte parceiro, refere José Coutinho, responsável pela organização deste festival, a que se somam outras entidades que têm apoiado constantemente a sua realização. “A associação agrícola, para além de ser um fortíssimo parceiro, tem uma forma de trabalhar com que nos identificamos muito. Trabalhamos todos no duro para um objetivo comum, somos muito ‘terra a terra’, dizemos um ao outro o que temos a dizer, cada um dá o que pode e a mais não é obrigado, é o que posso dizer. É uma relação muito saudável. Mas é assim cada um ao seu estilo é importante. É preciso não esquecer o Governo Regional dos Açores, principalmente o atual presidente do Governo Regional, que, quando nós estávamos para desistir a seguir ao primeiro evento de vinhos que nos correu bem mal, incentivou-nos pessoalmente e apoiou-nos. Não tem sido fácil para nós e acredito que para eles também não, mas sempre contamos

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com o apoio do governo que é fundamental. Penso que merecíamos mais mas pode não passar de uma minha opinião. Tenho de salientar também o apoio da Câmara Municipal da Ribeira Grande e do seu Presidente, e no ano passado o mesmo com a Câmara Municipal de Ponta Delgada a quem se calhar, se conseguirmos organizar outra coisa que temos em carteira, iremos solicitar o seu apoio. A Bensaúde tem sido muito importante, a SATA, a Ilha Verde, a Jomare, etc. Enfim de apoios não nos podemos queixar mas precisávamos de mais capital para poder alavancar ainda mais o evento e dar uma projeção maior no exterior.” Com algumas alterações feitas, o programa do evento de 2015, além de garantir um espaço muito maior, traz um número recorde de chef’s, enaltece o mesmo responsável. “Serão muitos, mas muitos mais os produtores presentes. Teremos toda a feira alterada a nível de imagem, pois o espaço é diferente e maior. Teremos as nossas famosas tascas gourmet com dois

chef’s do continente. Teremos jornalistas e chef’s de cozinha em número recorde. Os nossos já famosíssimos bares de gins contarão com ainda mais marcas. O programa só está fechado depois do evento arrancar, pois vivemos em constantes alterações. Hoje não vem um produtor que vinha, mas amanhã aparecem dois com os quais não estávamos contando. O mesmo se passa com os chef’s e atividades. Organizar algo como este evento é complexo, exige um grande jogo de cintura e estar preparado para todos os contratempos possíveis e imagináveis. É preciso estar constantemente a encontrar soluções e alternativas. Isto não é um concerto de rock com meia dúzia de bandas. Aqui a coisa é muito, mas muito mais complexa.”

Açores estão na moda

José Coutinho acredita que a imagem que neste momento a região desfruta está a ter um reflexo muito positivo junto do mercado nacional O empresário refere mesmo que “Os Açores estão na moda”. Sendo um certame que movi-


“O Wine in Azores é neste momento

uma tradição, uma cultura e tem os seus fortíssimos aficionados que falam do WINE todo o ano. Temos passado momentos dificilíssimos, mas graças a Deus estamos a ultrapassar o poço aonde a nível financeiro e por falta de experiência nos colocamos. Logicamente a crise também não ajudou nada, mesmo nada.

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menta centenas de pessoas, muitas delas vindas do continente, admite que deveria merecer mais apoios. “Apesar dos muitos apoios que temos, a dimensão e a projeção do evento penso que merecia um apoio muito maior, mas é o que digo penso. No entanto, os Açores estão na moda e isto está a refletir-se muito positivamente no evento. Basta ver o aumento do número de stand’s. Temos sempre dificuldades principalmente a nossa grande preocupação é pelo menos manter o que temos e que muita vez nos parece querer fugir. É assim, as dificuldades são muitas e muito sinceramente há muitos anos eu dizia para mim: este é o último. Graças a Deus as coisas foram-se compondo e neste momento com a situação melhorada a nível económico a coisa já é mais suportável. Para mim sempre achei uma pena acabar com um evento com a projeção que tem e principalmente porque deixa tanta gente feliz e este é o nosso maior orgulho, ver as pessoas virem falar comigo com os olhos a brilhar a quererem saber das novidades para o Wine deste ano. A nossa riqueza, a nossa felicidade está na felicidade dos outros. É estranho para os tempos que correm.” Cada empresário que se desloca a São Miguel para participar neste evento está a investir entre três a seis mil euros. Há casos

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em que este valor chega a ser superior. Daí que a organização considere importante perceber que existe apetência e interesse na participação, quando o investimento de cada produtor ou stand é exigente. “Quando falamos de custos da organização e participantes calculamos que o valor do investimento é muito, mas muito superior aos seiscentos mil euros. Cada participante irá investir valores que irão dos três mil euros aos seis mil euros ou mais. Este investimento está no pagamento do stand, das suas viagens, estadias, alimentação, os vinhos que vão dar a provar gratuitamente, etc. As inscrições ainda estão abertas e “até ao dia do lavar dos cestos é vindima” e imaginando que venham no mínimo cento e vinte stand’s o valor é logo ultrapassado. A organização, com um orçamento reduzidíssimo face aos orçamentos dos festivais congéneres do continente e Madeira, irá investir no mínimo dos mínimos uns 75.000€. Nós não temos orçamento mas sim sonhos. Isto funciona assim: quanto mais capital vamos realizando mais podemos investir e mais sonhos podemos concretizar.”

Há espaço para todos

Em 2013, a organização contabilizou cerca de 12.500 pessoas no evento, mas foi um número grande demais para

o Pavilhão do Mar. Com a aposta no Pavilhão de Santana há lugar para que mais pessoas possam visitar e passar pelos muitos stand’s disponíveis. Cada produtor traz consigo vários convidados e está prevista a deslocação de vários jornalistas, e há inúmeros contatos de visitantes das ilhas e do continente interessados em deslocar-se a São Miguel. São motivos de sobra para deixar a organização muito positiva quanto ao resultado final deste gigantesco trabalho. “O nosso evento tem tido cerca de 10.000 pessoas e este ano queremos ter mais. Em 2013 tivemos 12.500 pessoas mas tornou-se insuportável ter tanta gente no Pavilhão do Mar. Este ano temos muito mais espaço de pé e sentado. A organização só por si traz sessenta e cinco pessoas entre chef’s e jornalistas. Se vierem quatro pessoas por stand estamos a falar no total em mais de 400 pessoas que vêm de fora para cá ligadas diretamente ao evento. Visitantes do continente e outras ilhas são cada vez mais e posso demonstrar pelos inúmeros e-mails que tenho recebido. Produtores, este ano, meus amigos, vai ser um evento recorde, vamos lotar o Pavilhão da Associação e vamos ter mais 1000m2 de tenda no exterior.”


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empresas

A SATA olha para o futuro com enorme confiança A entrada no 75º ano de atividade da SATA foi assinalado com o descerrar de uma placa no edifício no qual funcionou o primeiro escritório da empresa. O momento serviu para o atual presidente da administração do Grupo, Luís Parreirão, colocar certezas quanto ao futuro da companhia, que honra o passado, enfrenta o presente e olha para o amanhã com confiança. Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

A SATA completou 74 anos de atividade e entrou no seu septuagésimo quinto ano de existência com duas cerimónias distintas. Tem sido um percurso longo que honra a memória dos seus fundadores, enobrece a empresa e dignifica todos quantos aqui trabalharam e trabalham. São já mais de sete décadas de serviço público prestado aos Açores. 74 anos passados a SATA continua a pensar nos açorianos. Por ocasião das cerimónias de aniversário, a empresa fez por entregar 40 viagens à ilha de Santa Maria para crianças utentes das valências do Instituto de Apoio à Criança/Açores. O momento contou com a presença do corpo de administração da SATA e o ticket da viagem foi entregue de forma pessoal pelo presidente do Grupo SATA, Luís Parreirão, a duas crianças, em representação da instituição, acompanhadas por Cinelândia Cogumbreiro. Um momento de ouro, sendo que para estes meninos

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e meninas será uma experiência memorável. Luís Parreirão fez questão de salientar que a responsabilidade social também toca às empresas e com este gesto permitirá contribuir um pouco para proporcionar um momento alegre às crianças desta instituição. É uma vida permanente de desafios. É uma empresa que tem a sua atividade centrada nos Açores, tem as suas prioridades claras no serviço aos Açores e à sua população e tem também uma marca permanente de serviço público. Luís Parreirão aludiu ainda a alguns números da empresa, lembrando que “hoje transportamos mais de 1 milhão de passageiros, e ligamos todos os dias todas as ilhas dos Açores. Quando, com as mudanças que ocorreram, a companhia continua a crescer, tendo transportado no primeiro semestre deste ano mais 7% de passageiros do que transportou no primeiro semestre de 2014, acho que temos ra-

zões para estarmos confiantes no futuro da empresa.” E apesar de algumas dificuldades, inerentes às empresas e às do setor da aviação, o responsável acredita que quer as pessoas quer a SATA continuam a merecer a confiança. Sempre há e sempre houve dificuldades, mas também há algo que gostaria de realçar neste momento, apesar de todas as mudanças que o transporte aéreo vai tendo e tem permanentemente, a verdade é que sempre que há uma necessidade para satisfazer, as pessoas olham e bem para a SATA, e esta tem olhado e bem também para os seus concidadãos ajudando na medida das suas possibilidade. Esta é uma empresa que se orgulha da visão dos seus fundadores, que anteciparam as tendências do mundo moderno, é uma empresa que se orgulha da história dos seus 75 anos, e que se orgulha do futuro que se antevê, e que olha para o futuro com enorme confiança.”



CATAPLANA À ALABOTE Receita cedida por: A Chef - Crisálida Viveiros - Restaurante Alabote

Modo de Preparação:

Corta-se em juliana o tomate, a cebola e o pimentão e coloca-se no fundo da cataplana. De seguida dispõe-se a batata inteira, sem pele, e por fim os peixes e os mariscos. O preparado é então regado com um caldo, constituído pelo vinho branco, o azeite e a pimenta da terra. Depois de misturado, deita-se o caldo no preparado da cataplana que está pronto para ir a cozer em lume brando por cerca de 25 a 30 minutos. Bom Apetite!

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Ingredientes:

Peixão Boca Nega Cântaro Camarão Ameijoa Tomate Pimentão Cebola Batata Azeite (90ml) Pimenta da Terra (1 c/sopa) Vinho Branco (100 ml) Salsa


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Entrevista a humberto pavão

Turista nacional é o melhor cliente dos Açores

O perfil do visitante alterou-se, e isso trará novas oportunidades aos hoteleiros. A opinião é de Humberto Pavão, que deixa, porém, um conselho: “não esquecer nunca quem esteve a apostar em nós estes anos todos.” Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Criativa Magazine – Estamos a apenas cerca de três meses do final de 2015. Neste momento, e perspetivando os primeiros 8 meses, como define este ano em termos turísticos, quer no que respeita a dormidas e proveitos? Humberto Pavão - As dormidas e receitas na hotelaria dos Açores nos primeiros 8 meses deste ano estão acima do mesmo período do ano anterior com maior ênfase nas ilhas de São Miguel e Pico, sendo que o maior aumento realizou-se depois da entrada do novo modelo de transportes aéreos para os Açores. Ainda que as estatísticas oficiais não saíram para os meses de Julho e Agosto, acredito que haverá aumento em todo o arquipélago sem exceção, muito embora com ritmos diferentes de ilha para ilha. Depois da entrada das low-cost há uma aparência que é transversal a diferentes setores de atividade económica regional (particularmente em São Miguel) de que houve um crescimento no número de turistas, e uma certa animação cidade em São Miguel. Sentiu o efeito positivo da entrada das duas empresas de baixo custo em São Miguel? É perfeitamente visível o aumento de turistas na região, especialmente na ilha de São Miguel. Basta visitar em qualquer dia qualquer um dos sítios mais emblemáticos da ilha para ver uma presença forte de turistas. Tendo mais gentes a visitar as ilhas, obviamente haverá um maior impacto na economia em todas as atividades. Todas

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sem exceção, não só as ligadas ao setor do turismo. Quanto mais gente, mais animação, mais gastam, mais procuram onde gastar o seu dinheiro, mais procuram coisas e atividades para fazer. Dentro do possível, creio que o setor tem correspondido a este aumento da procura, embora ainda haverá espaço para melhoramentos. Haverá sempre espaço para melhoramentos. O efeito da vinda dos ‘low-cost’ para a ilha de São Miguel obviamente trouxe para esta ilha em particular um maior aumento do que nas restantes ilhas, mas acho que já não resta dúvidas que este aumento nesta ilha transbordou de uma forma ou outra para as restantes ilhas. Qual o efeito mais visível desse novo ímpeto? O maior efeito deste novo ímpeto foi acima de tudo em termos financeiros para as empresas. Mais ocupação nos hotéis traz mais receitas. Maior procura também permitiu um ajustamento positivo no preço de venda dos quartos que estava francamente muito baixo e aquém da sobrevivência de algumas unidades e operações. Alterou-se um pouco a dependência quase total da operação turística, ou seja a dependência do fornecimentos de turistas pelos operadores nacionais e internacionais. O perfil do visitante alterou-se. Esta alteração de perfil abriu novos desafios aos hoteleiros, mas também trouxe novas oportunidades. Cada unidade terá que estar atento a estas alterações por forma a tirar o maior proveito possível, mas sem exageros e especulações.

Outro efeito deste novo ímpeto, foi o efeito psicológico positivo que trouxe para um setor de atividade que estava já no limite de sobrevivência. Este efeito positivo é fundamental para uma atividade que lidera diariamente com pessoas, pois o sentimento positivo é transmitido para o visitante que quando regressa a sua casa no fim da viagem, regressa feliz e com boas memórias que certamente serão transmitidos aos amigos e familiares. Surgiu um certo alarido e receio da entrada das low cost e da possibilidade de virmos a verificar uma massificação do Turismo na região. Embora ainda sendo cedo para perceber se viremos a ter alguns problemas, do ponto de vista do empresário, que está ligado a este sector há muito, parece-lhe que faz sentido ter esta preocupação? Esta é uma falsa questão. O nosso destino está muito longe de massificação em termos turísticos. Neste momento o que define o número de visitante e dormidas é a oferta e capacidade hoteleira. No ano de 2007, o Destino Açores bateu o seu recorde de dormidas na hotelaria tradicional. Talvez neste ano de 2015 atingiremos o mesmo valor, ou seja 8 anos depois. Portanto ainda temos espaço para crescer com a capacidade instalada. Existem algumas novas unidades hoteleiras a abrir no próximo ano como também existem alguns projetos de novos hotéis para os próximos anos. O aumento da procura expectante deve absorver naturalmente


“Com a vinda das

‘low-cost’ o mercado nacional deu um novo impulso (…). É um cliente fiel e que gasta mais que outros turistas.

este aumento da oferta. Embora o limite máximo de camas nos Açores nunca foi definido, haverá na altura certa pessoas no setor que defenderão esse limite em prol da sustentabilidade e qualidade do setor como também da qualidade de vida dos habitantes das ilhas. Eu serei uma dessas pessoas de certeza. Acredita que este modelo que permitiu a entrada de companhias aéreas de baixo custo é o que faltava implementar para permitir alavancar o Turismo nos Açores? Mas nem tudo estará dependente das low cost. O que importa perceber e reter para o futuro para não perder ‘a linha’? A pergunta é bastante pertinente. Esta alteração do modelo de transporte aéreo que permitiu a liberalização das rotas do exterior para São Miguel e Terceira era uma alteração há muito esperada e procurada e até diria exigida, pois o modelo antigo já estava ultrapassado para os tempos e já não servia nem o setor e muito mais importante já não servia os residentes dos Açores. Creio que foi encontrado um modelo que serve bem, tantos os residentes em primeiro lugar, como os fluxos turísticos. O desenvolvimento duma indústria turística, especialmente em ilhas, está completamente dependente dos transportes. Os Açores não fogem a esta afirmação. Antes das ´low-cost’, deu-se a volta a esta questão com a aposta forte de voos diretos do exterior operado pelos chamados ‘Operadores Turístico’, tanto nacionais como estrangeiros. Esse modelo embora bom para os operadores, nem sempre foi bom para os hoteleiros, pois ano após ano os operadores apertavam os hoteleiros para reduzirem as suas tarifas, e como não havia grande alternativa de trazer fluxos de mercados, os hoteleiros ano após ano viram o preço de venda a degradar-se até

ao ponto de já não ser bom negócio. Isto não é novidade. Todos os ‘Operadores Turísticos’ que controlam um mercado específico funcionam assim. Sempre foi assim e sempre será no futuro. A vinda das ‘low-cost’ abriu a possibilidade de um novo fluxo de turistas, turistas esses que compram as suas viagens de uma forma diferente do tradicional. A era do ‘on-line’ que há muito tem mudado o mundo, finalmente chegou aos Açores. O desafio agora está em acompanhar estas novas tecnologias e tendências que certamente terão uma maior importância no modo de vida das pessoas. A vinda das ‘low-cost’

veio introduzir esse novo paradigma no turismo e no Destino Açores. Que mercados se mantêm mais fiéis aos Açores? E nos quais é merecida alguma atenção? E o perfil do turista? O turista nacional e o emigrante continuam a ser ambos classes que importa ‘agarrar’ (mais do que nunca)? Os mercados mais consistentes do nosso destino e que fazem parte da espinha dorsal, mantêm-se os mesmos. Alemanha, Reino Unido, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Itália, Canadá e Estados Unidos. Alguns mostram mais apetência para crescimento que outros, nomeadamente

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o mercado norte-americano e no caso europeu, o alemã, o holandês e o espanhol, curiosamente mercados onde temos ligações aéreas diretas. Com a vinda dos ‘low-cost’ o mercado nacional deu um novo impulso dado tratar-se do mercado mais próximo e onde os Açores têm maior notoriedade. É um cliente fiel e que gasta mais que outros turistas. No mercado norte-americano devemos alterar um pouco a mensagem que transmitimos aos potenciais turistas, pois temos vindo até agora baseado a vinda de fluxos nos emigrantes e o potencial de crescimento nesse mercado não está no mercado da saudade. A mudança mais acentuada no perfil do turista verificou-se no mercado nacional. É um novo tipo de cliente que há muito guardava oportunidade para visitar os Açores, mais novo, casais com filhos, mais ativos, mais ligado às novas tecnologias, muito mais informado e daí resultante, muito mais exigente. Temos que ter uma maior atenção a este cliente pois é o melhor cliente dos Açores. Finda a época alta, quais são as melhores previsões para a época baixa? As reservas estão a superar os últimos tempos? Por referência, à data atual diria que as mesmas estão aos níveis de que anos? Os voos ‘low-cost’ iniciaram-se no mês de Abril 2015, o que significa que temos até Abril do próximo ano para supostamente crescer em resultado do novo modelo. Para já os meses de Setembro e Outubro estão com tendência positiva em relação ao ano anterior aqui na ilha de São Miguel e com o respetivo transbordo para as outras ilhas. Com a vinda dos voos ‘low-cost’ mudou muito a maneira das pessoas fazerem as suas reservas, pois trata-se de um cliente ‘on-line’. Reservas são marcadas com antecedência de 45 a 60 dias para assim aproveitar as melhores tarifas no transporte aéreo. A maioria dos hoteleiros alteraram, especialmente os que têm forte presença nos canais ‘on-line’ as suas estratégias de tarifário, muito em linha com as companhias ‘low-cost’, ou seja, marcando viagem e hotel com antecedência, as tarifas são mais baratas. Prevê-se que esta tendência manter-se-á durante os próximos meses de época baixa. Neste momento, já existe procura q.b. para a próxima época alta? O ano turístico trabalha-se sempre com

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um ano de antecedência. Os ‘Operadores Turísticos’ nacionais e estrangeiros estão antecipando as contratações com os hoteleiros de modo a garantir a sustentabilidade das suas operações, especialmente os que têm operações de risco, ou seja aqueles que garantam além dos quartos contratados, também a componente da operação aérea. Sempre existiu uma concorrência saudável entre os ‘Operadores Turísticos’ e os Hoteleiros. A Lei da oferta e da procura funciona na perfeição. Durante estes últimos anos os ‘Operadores Turísticos’ estavam em vantagem devido à procura mais franca do nosso destino. Agora, a tendência mudou e os hoteleiros estão por cima, tendo o poder de escolher melhor os parceiros com quem trabalhar. Um único aviso aos colegas hoteleiros, não esquecer nunca quem esteve a apostar em nós estes anos todos e lembrar que esta nova tendência pode mudar de um momento para outro.

Da sua perceção enquanto também cidadão, os restantes setores de atividade que indiretamente se relacionam com o público que nos visita estão a responder bem aos novos desafios? Em primeiro lugar devo dizer que o Povo Açoriano é um povo puro e hospitaleiro. Vejo muitas vezes cidadãos comuns a interagir espontaneamente com turistas, e isso é muito positivo num destino que pretende demarcar-se. Não posso afirmar que tudo está perfeito. Temos sempre espaço para melhoramentos, não só nas atividades diretamente ligadas ao setor, mas também no que diz respeito ao setor público. A sustentabilidade de um destino necessita de coordenação muito afincada entre o setor privado e o setor público. Todos têm influência no resultado final, independentemente do papel que desempenha. Neste setor de atividade, tudo está ligado. Todos têm responsabilidades a cumprir. No fim, todos têm a ganhar.


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Literatura

Enfermeira Maria Manuela

conduz investigação em contexto de trabalho

Os enfermeiros manifestam alguma insegurança em gerir as implicações que as mudanças no desempenho provocaram, principalmente, a nível da imagem e da responsabilidade, e mantêm o receio de abandonar o modelo tradicional do enfermeiro em desprestígio da autonomia já legalmente conquistada. Esta é uma das conclusões de um trabalho de investigação da enfermeira Maria Manuela Ferreira agora editado em livro.

Natacha Alexandra Pastor

Direitos Reservados

A proposta é a de refletir sobre as várias alterações importantes que vieram estruturar o desempenho da classe profissional de enfermeiros. Perante o trabalho diário, as preocupações, as aspirações e os desafios que enfrentam os profissionais, Maria Manuela Ferreira, enfermeira, partiu para uma investigação que lhe permitiu agora lançar a obra “Autonomia Profissional - Só Um Indivíduo Autónomo Tem Sucesso”. À nossa revista, a autora deste documento interpreta as principais conclusões da sua investigação, que deixa portas abertas para tantas outras questões. “Tivemos como objetivo principal compreender que estratégias são utilizadas, pelos enfermeiros chefes, para promoção da autonomia profissional dos enfermeiros.

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No nosso contexto de trabalho, verificamos que ainda, hoje, os enfermeiros manifestam alguma insegurança em gerir as implicações que estas mudanças provocaram, principalmente, a nível da imagem e da responsabilidade, e mantêm o receio de abandonar o modelo tradicional do enfermeiro em desprestígio da autonomia já legalmente conquistada.” Foi um pouco na linha do processo de autonomização do enfermeiro, que, de acordo com a autora se sentiu a necessidade de efetuar um trabalho de investigação. “O processo de autonomização do enfermeiro tem seguido um percurso de conquista lento, o que tem originado alguma conflituosidade principalmente entre os próprios enfermeiros mas, também com os outros profissionais da equipa de cuidados, o que nos motivou a desenvolver esta investiga-

ção. Tivemos como objetivo principal compreender que estratégias são utilizadas, pelos enfermeiros chefes, para a promoção da autonomia profissional dos enfermeiros.” Focando-se numa das questões essenciais do trabalho que auscultou 16 enfermeiros, a autora concluiu que “podemos dizer que em resposta à nossa pergunta de partida obtivemos como resultado que os enfermeiros chefes não desenvolvem estratégias de forma explícita, mas assumem ter estratégias implícitas, nomeadamente: o dar visibilidade dos cuidados de enfermagem; a formação; o trabalho multiprofissional; a integração de enfermeiros; o plano de cuidados, os projetos de intervenção, a reflexão profissional, a delegação e o planeamento (plano de trabalho, normas e protocolos e a gestão do tempo).”


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música

Músicos açorianos aderem ao Playing For Change

É a 19 de setembro que tem lugar a 5ª edição anual do evento FPC – Playing For Change. A ação é liderada pela fundação Playing For Change que procura mobilizar músicos em todo o mundo para cantarem neste dia e todos juntos fazerem algo que contribua para um mundo melhor. Natacha Alexandra Pastor

Fernando Resendes

Luís Alberto Bettencourt, músico açoriano, é um dos rostos que a nível dos Açores se associa a esta causa. À Criativa Magazine o músico disse ter sido alertado para a causa que tem dimensão mundial e enquadrou a sua participação neste projeto. “Tomei conhecimento desta iniciativa através de um amigo músico que me alertou para a importância deste evento que se realiza a nível mundial. Pelo que sei, nesse dia músicos de todo o mundo vão tocar à mesma hora em diversos espaços numa acção destinada a alertar para a paz no mundo e ajudar as crianças desfavorecidas, contribuindo desse modo para um apelo à consciência daqueles que andam mais distraídos. A Fundação Playing for Change pretende também construir escolas de música para crianças necessitadas e, para isso, existe a possibilidade de contribuir com donativos. A minha participação será a solo com 2 ou 3 temas.” Apesar de se pretender a participação musical de cada um dos participantes no evento, Luís Alberto Bettencourt que vai cantar no Estúdio 3 da cidade de Lagoa, com transmissão para todo o mundo via internet, admite que possa vir a transmitir uma mensagem no momento. “Como músico, sinto que tenho a obrigação de estar atento a organizações de caráter social e humano, a minha alma não sossega se adormecer na indiferença dessas coisas, por vezes sinto-me peque-

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nino, e só poderei ser útil acariciando uma simples guitarra. Nesses casos, a música leva-me onde nunca posso ir…. Além dos temas que vou tocar, é possível que diga qualquer coisa... talvez o meu coração me peça.”

Outros artistas açorianos associaram-se a este movimento mundial, nomeadamente Jaime Goth, Emanuel Amaral e Alexandra Cordeiro, Ana Cláudia Nunes e Filhos da Terra, Mariana Ferreira, Azul Suave, STAMP e Olavo Lopes.


Pão de Ló Receita cedida por: Colmeia Confeitaria

Modo de Preparação:

Comece por bater os ovos inteiros e o açúcar numa batedeira, a velocidade rápida, durante cerca de 10 minutos. De seguida, acrescente as gemas uma a uma. Junte a farinha peneirada gradualmente e envolva-a levemente, sem usar a batedeira. Passe a massa para uma forma redonda sem buraco, forrada com papel vegetal antiaderente. Vai ao forno pré-aquecido a 180 °C durante cerca de vinte minutos. Passados 10 minutos, diminui-se a temperatura do forno para 160 °C. Poderá aumentar ou diminuir ligeiramente o tempo de cozedura caso queira o pão de ló mais ou menos cozido, respetivamente. Uma maneira de se certificar que está pronto é espetar um palito junto à borda da forma e fazê-lo novamente no centro. Se o primeiro sair seco e o segundo húmido, está pronto. Deverá aguardar que o pão de ló arrefeça para o desenformar. É normal que este abata depois de sair do forno. Bom apetite!

Ingredientes: 4 ovos inteiros 12 gemas 250 gramas de açúcar 100 gramas de farinha

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tudo para o seu negócio! as melhores soluções do mercado Travessa Laranjeiras 13-A 9500-318 PONTA DELGADA Telefone: (+351) 296 201 640 Email: info@atlantinox.pt

www.atlantinox.pt

Pioneiros e inovadores Começou do zero e construiu uma empresa de sucesso. Quando avançou para o mercado, não havia nenhuma empresa do género, que equipasse cafés ou mercearias ou outro tipo de lojas de conveniência, com equipamentos apropriados para o desempenho da atividade comercial. Em São Miguel, à data, existiam apenas sete máquinas de café instaladas. Um ano depois, a Atlantinox tinha feito uma revolução e já tinha equipado vários espaços. “Fomos pioneiros neste serviço ao cliente, direcionado para a restauração e hotelaria.”, destaca com orgulho o gerente da empresa, António Maia.

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Os primeiros passos

Um passado cheio de histórias E quando nas freguesias só existiam mercearias, muitas delas a necessitar de reformas na forma como expunham os seus produtos, foi a Atlantinox quem promoveu, também, uma reforma incomparável. Mudou espaços comerciais, não sem que antes tivesse de fazer o comerciante entender que precisava de atualizar-se. “Tivemos um trabalho imenso em convencer as pessoas - os clientes -, da importância de alterarem o figurino dos seus estabelecimentos comerciais. Passávamos noites com eles a ajudar a desmontar o que tinham, e a montar as novas estruturas, porque eles não queriam fechar as portas do espaço em horário de trabalho.” Já viu fechar muitas das portas de espaços que conheceu bem. Hoje não há semana que passe que não tenha de ajudar a desmontar equipamentos. Todo o mercado se alterou e “está a passar por grandes dificuldades, e na área dos minimercados, por exemplo, desde que começaram a surgir as grandes marcas e as grandes unidades, que os mais pequenos começaram a ressentir-se desse efeito. Todas as semanas está a acontecer que temos material para desmontar em casas que estão a fechar as portas, algumas delas, como a que estivemos a desmontar esta semana, com 17 anos de atividade. Nos dias de hoje, se eu pudesse inverter os papéis, até me libertava da empresa, pois são muitas as dificuldades impostas. Os tempos áureos já passaram.”

“O primeiro balcão que vendi foi para a cervejaria Pereira, no Largo da Matriz. Esse balcão tinha 4,80 metros. Era uma zona de paragem dos autocarros, com muitos clientes, pelo que no dia a seguir sou contatado pelo proprietário a pedir-me mais um balcão. Passados dois dias, o vizinho do lado contata-me com o mesmo propósito. Daí em diante foram os próprios clientes os melhores vendedores e nessa altura não havia mãos a medir. Claro que hoje as coisas estão muito diferentes, há empresas concorrentes, que fazem até muito bem eles um trabalho bem feito. Posso dizer-lhe que quando surgimos neste negócio havia em São Miguel apenas 7 máquinas de café. As pessoas não tomavam café, não havia hábito. No primeiro ano da nossa atividade instalamos 447 máquinas de café! Nesse tempo, o cliente fazia o negócio hoje e já queria a máquina amanhã. Foram tempos muito bons. E no fim, 30 anos já se passaram desde que iniciamos o negócio. Um dos meus primeiros clientes, que tenho de recordar, foi a Casa de Pasto Filipe, de Filipe Roque, que foi um homem que me marcou. Ao terminar o primeiro mês, depois de ter investido mais de três mil contos no stand, em mercadoria, e numa carrinha, estava com dificuldades em vender, porque as pessoas não encontravam necessidade no produto, e no dia 30 do mês com os pagamentos prestes a acontecerem apareceu-me a dizer que precisava de um equipamento que custava 72 contos. Descarreguei no cliente, ele passou-me um cheque e corri ao banco a depositar o mesmo e fiz os pagamentos, incluindo o meu ordenado. Foi o cliente que me deu a ganhar o primeiro escudo! Por isso recordo-me dele, e ainda hoje somos muito amigos, e gosto dele, como gosto de todos os meus clientes, porque se não fossem eles eu não teria atingido o nível que felizmente atingi. Por isso, o meu Obrigado a todos eles.”

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Testemunhos do tempo

Denor Cabral de Mello

… um tempo vivido entre a Salga e a Achadinha… de 1926 a 2013...

José de Almeida Mello Historiador

Denor Cabral de Mello nasceu a 14 de abril de 1926, na Salga, então lugar da Achadinha e faleceu no Centro Clínico, na Vila do Nordeste, a 12 de março de 2013. Era filho de José de Mello Afonso e de Izaura Cabral de Mello, neto paterno de Francisco de Mello Afonso e de Angélica Moniz Soares e materno de António Cabral de Mello e de Maria da Glória de Sousa. Foi batizado na igreja de São José, na Salga. Poucos foram os seus estudos, frequentou a escola da Salga, onde aprendeu a ler e a escrever, bem como a fazer contas. Viveu por muitos anos no Challet, de seus pais, na rua Padre Francisco, onde seu pai tinha a sua loja. Ao longo da vida, o biografado foi, até à data da sua morte, lavrador. A sua manada de vacas foi sempre extremamente reduzida, tendo por muitos anos pouco mais de meia dúzia de animais, os quais

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se foram reduzindo até uma única vaca, que teve por mais de 30 anos, para além das crias, que vendia de seguida. O animal era alimentado entre o estábulo e o pasto. A pastagem ficava na Achadinha e o estábulo junto da casa onde vivia. Todos os dias pelas 7h00 e pelas 15h00 era costume ver Denor pela entrada regional, entre a Salga/ Achadinha/ Salga acompanhado pela sua vaca, como se fosse um animal de estimação. Como todos os dias o animal tinha que fazer uma viagem, com duração de uma hora (não pela distância, mas pela forma como andava, devagar e a contemplar a paisagem), o lavrador calçava a vaca com umas sapatas (que ele mesmo fez), e passou a ser uma atração turística, sendo ambos fotografados por centenas de estrangeiros que paravam as viaturas para tirar fotografias do ancião com o seu animal. Quando a vaca estava no estábulo, Denor todos os dias fazia uma espécie de cama para a ela. Era costume ver o dono e o animal deitados a dormir, junto um do outro, colocava música para a vaca e penteava-a. Quando ele não ia para o pasto, colocava a vaca no pátio da casa e sentado num pequeno muro onde passava grande parte a cuidar dela e por vezes a falar com ela, chamando-a de Costureira. A vida diária deste homem girava em torno da vaca, ia dormir por volta das 20h00 e às 3h00 horas levantava-se e ia para o estábulo cortar erva seca aos bocadinhos para a vaca, tendo feito isso durante anos. Denor nas últimas três décadas pouco ou nada saiu desta rotina, casa/ estábulo/ pasto, não saía para espaços de socialização e de confraternização social, não comentava a vida de ninguém, vivia para si e para a sua vaca. Cuidava da sua alimentação diária. Esteve mais de 50 anos sem ir à cidade de Ponta Delgada, as saídas da Salga e da Achadinha foram muito raras ao longo da vida.

Poucas foram as vezes que teve que ir ao médico. Esteve mais de 30 anos sem nunca ter ficado doente. Todos os dias tomava «comprimidos de alho» como ele dizia. A sua alimentação era pesada e comia à base de sopas e de cozidos, com muita fruta. Após a morte de sua mãe, Denor ficou a viver sozinho, na casa paterna, na rua do Rochão, 4, na Salga. Ali era o seu mundo, passava todos dias naquele espaço onde tudo girava à sua volta. Ouvia todos os dias o serviço noticioso e tinha opinião formada sobre vários assuntos do dia. Entre os anos de 2011 e 2012, com 85 anos, os sinais de decadência física acentuaram-se de forma significativa, a família teve que desfazer-se do animal, então foi pedida ordem para tal, ficando acordado que a vaca ia para uma escola, no concelho de Ponta Delgada, onde ia ser bem tratada pelos alunos. Na verdade ela foi para o matadouro industrial de Ponta Delgada. Ele nunca soube que ela tinha sido abatida. Quando voltou de novo para o Centro Clínico do Nordeste, em meados de dezembro de 2012 e onde ficou até à data da sua morte, chamava várias vezes pela Costureira. O corpo clínico perguntou a sua cunhada quem era a Costureira, pensando que era a mulher ou algum familiar… Na sua mente ela viveu sempre. Denor Cabral de Mello foi um homem simples, que pouco ou nada conheceu da ilha de São Miguel, teve poucos amigos e viveu em torno de si e da sua vaca. Faleceu na Vila de Nordeste, foi velado na casa mortuária da Achadinha, terra que todos dias ia e foi sepultado no cemitério público da Salga, junto dos seus, em cova rasa, que o tempo encerra e faz desaparecer no decorrer dos anos. Assim foi a vida deste homem, que marcou apenas uma parcela reduzida da ilha de São Miguel, mas que hoje é lembrado, pelo facto de ter tido um animal de estimação e como destino da sua afetividade, mas invulgar por se tratar de uma vaca … Denor morreu e a sua grande «companheira e amiga» também …


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desporto

Escola de futebol Benfica Açores vai ajudar a formar indivíduos completos

Tudo começou com uma reportagem na televisão sobre a Dragon Force na Madeira, o que fez despoletar em Marco Pessoa a pergunta, como é que até agora não há uma escola do género nos Açores. À questão levantada por um jovem que durante muitos anos esteve ligado ao Desporto, cedo chegaram respostas. Hoje Marco Pessoa é o espelho da Escola de Futebol Benfica Açores, que arranca no terreno durante o mês de setembro. Natacha Alexandra Pastor 32 • c ria ti va magazine

Direitos Reservados


“Fazer com que Depois do primeiro impacto, Marco Pessoa, numa ocasião perfeitamente informal, questionou um amigo se dispunha de algum contato a nível nacional, com quem pudesse discutir a possibilidade da criação de uma escola de futebol nos Açores. O contato chegou rápido e a primeira reunião com elementos do Benfica foi rapidamente agendada. “Foi em maio de 2014 que tudo começou, fui ao Estádio da Luz, para uma primeira reunião, e demonstrar a minha disponibilidade em ser a ponte para os Açores da escola de formação do Benfica. Ficamos logo ali com um pré-acordo, e eu com a incumbência de reunir as condições que eram precisas para tornar essa escola real. A primeira reunião surpreendeu-me logo pela positiva, pela postura de Miguel Reis, coordenador do projeto das escolas, que é uma pessoa muito acessível, colocou-me completamente à vontade, explicou-me o projeto, disse que me apoiava em tudo o que fosse preciso, é uma pessoa altamente disponível, que me tem acompanhado desde a primeira hora. Devo dizer que foram muito mais recetivos do que muitas entidades por cá, que ou não acreditaram no meu projeto, ou acharam que isto nunca avançaria e que me fecharam as portas por completo. Houve muita gente que não confiou em mim.” A escola Benfica Açores trabalhará com crianças até aos 12 anos, num misto de masculino e feminino, um fator que Marco Pessoa considera importante. “As raparigas têm de começar a praticar futebol, já que ao nível mundial o futebol feminino está num patamar altíssimo, mas em Portugal tem sido difícil, porque há um rótulo de que as raparigas não jogam futebol”. “Gosto muito destas faixas etárias, daí que me tenha identificado muito com este projeto. Vamos trabalhar para que o atleta seja um indivíduo completo, tanto a nível psicológico, como físico, técnico e tático.”

Localmente, o projeto arranca utilizando três campos distintos, dois em Ponta Delgada, e um na Lagoa. No futuro, pode crescer para outras localidades dentro da ilha de São Miguel, de modo a tornar-se num projeto de proximidade da população alvo, distingue Marco Pessoa, já que infraestruturas não faltam e em excelentes condições, conforme foi elogiado pelo responsável do Benfica que se deslocou a São Miguel para conhecer os recursos existentes. “O responsável do Benfica para os projetos das escolas veio cá e ficou deslumbrado com as infraestruturas que dispomos. Ele não fazia a mínima ideia da quantidade de campos e de boas infraestruturas que temos, inclusivamente o nível de iluminação de cada campo, que nos coloca a um nível de destaque. Considero, que de facto foi feito um investimento pela Região Autónoma dos Açores e a nível autárquico muito grande que nos distingue. De facto temos as condições todas, mas falta-nos o know-how. Há clubes que tentam fazer mas que têm muitas dificuldades em chegar lá. De início vamos começar a treinar em três polos: em Ponta Delgada será no Municipal Jácome Correia e no campo da Escola Secundária Antero de Quental; e no campo de Água de Pau, na Lagoa. O primeiro treino tem lugar a 23 de setembro, no Jácome Correia, o segundo no dia seguinte, em Água de Pau. Há outros polos em vista, mas em termos logísticos é mais complicado, e prematuro até estar a falar noutras localidades. Vamos trabalhar com técnicos locais, não vou trazer ninguém de fora, teremos todos formação específica, anual, portanto isto também é uma aposta que está a ser feita a nível regional dos técnicos que existem.” Para o sucesso deste projeto que nasceu de forma muito espontânea, Marco Pessoa enaltece três entidades: a Câmara Municipal de Ponta Delgada, a Câmara Municipal da Lagoa e o Santiago Futebol Clube.

uma criança, nos Açores, sinta a mística benfiquista, nem que seja por utilizar a camisola do Benfica, criada para as escolas do Benfica, pelo próprio Benfica, é muito importante. Nós não vamos usar uma camisola qualquer.

“Nós não vamos

formar Cristianos Ronaldos. Vamos, primeiro, formar indivíduos e atletas. Vamos trabalhar na formação específica da pessoa!

“Vamos criar uma

bolsa para jovens que não têm capacidade para ingressar na nossa escola, e vamos atribui-la a crianças que tenham um bom percurso escolar. Por isso, vamos acompanhar o seu ano letivo.

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Desporto motorizado

RALI ALÉM MAR SANTA MARIA

O OITAVO CAMPEONATO DE RICARDO MOURA

Ao vencer o Rali de Santa Maria, Ricardo Moura conseguiu amealhar os pontos suficientes para ganhar o campeonato da presente temporada. Desta forma, o piloto do Team Além Mar obteve o oitavo título consecutivo de Campeão de Ralis dos Açores. Renato Carvalho

Luciana Magalhães

Como é tradicional, durante o mês de Agosto, a caravana do campeonato ruma até à ilha de Santa Maria, para a disputa do rali local. O Clube Asas do Atlântico, mais concretamente a sua secção ligada ao automobilismo, montou um evento muito semelhante aos anos anteriores. A prova contou, também, para o Troféu de Ralis Terceira - Graciosa e para a Taça de Ralis de Santa Maria. Sabendo que uma pontuação máxima permitiria obter mais um título e cumprir o objetivo definido para esta época, Ricardo Moura e o seu navegador Sancho Eiró, ao volante do Ford Fiesta R5, desde o início que imprimiram uma toada cautelosa. Mesmo assim, conseguiram obter a vitória em todos os troços, terminando o rali com mais de 50 segundos de vantagem sobre a concorrência.

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Na segunda posição ficou Luis Miguel Rego, acompanhado de Jorge Henriques, no habitual Mitsubishi Lancer Evo IX que assumiu este lugar logo no primeiro troço e manteve até ao fim sem qualquer dificuldade. Durante a primeira parte do rali, o piloto do Team Além Mar ganhou um avanço que permitiu gerir até ao final. Um problema no motor do Mitsubishi Lancer Evo IX impediu que Rúben e o irmão Estêvão Rodrigues tivessem a possibilidade de efetuar os troços nas melhores condições e o resultado foi que no final da manhã eram quinto classificados. Com a anomalia resolvida, a recuperação foi notória terminando em terceiro da geral. A prestação da equipa formada por Henrique Moniz e Jorge Diniz foi brilhante. Subiram ao lugar mais baixo do pódio após o

terceiro troço, classificação que defenderam quase até final. Na derradeira prova especial, uma avaria no sistema de travagem do Citroen DS3 R3T fez perder muito tempo e, consequentemente, desceram para a quarta posição. Todavia, Moniz conseguiu a vitória na categoria reservada aos veículos com 2 rodas motrizes. O piloto continental, Daniel Nunes voltou a marcar presença em Santa Maria, tendo como navegador Rui Raimundo. Durante o período matinal, Nunes ainda rodou na quarta posição, no entanto, o forte andamento de Rúben Rodrigues na parte final do rali, fez a dupla do Peugeot 208 RC2 cair para o quinto lugar. Mesmo com algumas dificuldades técnicas no Renault Clio R3, mais concretamente de travões e pneus, os terceirenses Artur Silva


CLASSIFICAÇÃO FINAL

1º Team Além Mar/Ricardo Moura/Sancho Eiró (Ford Fiesta R5), 42m59,6s; 2º Team Além Mar/ Luis Miguel Rego/Jorge Henriques (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 50,9s; 3º Rúben Rodrigues/Estêvão Rodrigues (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 1m43,4s; 4º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Citroen DS3 R3T), a 2m24,3s; 5º Inside Motor/Daniel Nunes/ Rui Raimundo (Peugeot 208 R2), a 2m28,0s; 6º Clubauto Racing/Artur Silva/Paulo Jesus (Renault Clio R3), a 3m49,5s; 7º Pedro Rodrigues/Rui Medeiros (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 4m19,6s; 8º Hugo Mesquita/Carlos Magalhães (Mitsubishi Lancer Evo IX), a 4m38,0s; 9º Rui Torres/Sousa Martins (Ford Fiesta), a 4m39,3s; 10º Rafael Botelho/Nuno Rodrigues da Silva (Citroen Saxo), a 6m30,0s; 11º Clubauto Racing/Paulo Renato Silva/Márcio Martins (Renault Clio 16V), a 6m56,1s; 12º Ricardo M. Moura/Rui Ávila (Peugeot 106 S16), a 7m21,1s; 13º Rúben Santos/David Paiva (Peugeot 106), a 7m39,3s; 14º Tiago Mota/José Pimentel (Citroen Saxo), a 7m41,9s; 15º João Silva/Miguel Marques (Fiat 500 Abarth), a 8m29,8s; 16º Marco Medeiros/Alexandra Pereira (Citroen Saxo Cup), a 8m51,2s; 17º Adriano Medeiros/ Filipe Tavares (Renault Clio RS), a 9m04,2s; 18º Pedro Ferreira/Fernando Jorge (Renault Clio Sport 2.0), a 9m19,7s; 19º João Correia/Maria Correia (Peugeot 106), a 10m11,0s; 20º Bruno Silva/ André Silva (Citroen Saxo Cup), a 11m53,6s; 21º António Ortins/José Borba (Toyota Yaris), a 11m58,3s; 22º Marco Soares/Rita Silva (Citroen Saxo), a 12m18,1s: 23º Paulo Leal/António Moniz (Peugeot 306 2.0 16V), a 13m20,8s; 24º Magno Luís/Susana Baltazar (Toyota Yaris), a 15m55,8s; 25º João Torres/João Reis (Toyota RAV4), a 17m41,2s.

Pontos Totais

Rali Ilha do Pico 02/03 Outubro

Rali Ilha Lilás 04/05 Setembro

Rali Santa Maria 07/08 Agosto

Rali Lotus 03/04 Julho

Sata Rali Açores 04/06 Junho

Rali Ilha Azul 17/18 Abril

Posição

e Paulo Jesus conservaram o sexto posto de princípio ao fim do rali. Os sétimos classificados foram os micaelenses Pedro Rodrigues e Rui Medeiros num Mitsubishi Lancer Evo IX, que mantiveram uma interessante luta com os terceirenses Carlos Andrade e Tomás Pires, que viriam a desistir com problemas no Renault Clio R3. Um segundo e três décimos foi a diferença que separou o oitavo lugar de Hugo Mesquita e Carlos Magalhães em Mitsubishi Lancer Evo IX, do nono posto de Rui Torres e Sousa Martins na estreia do Ford Fiesta com mecânica Mitsubishi. A fechar o top ten ficou Rafael Botelho e o navegador Nuno Rodrigues da Silva que no habitual Citroen Saxo apresentaram uma regularidade assinalável, reconhendo uma importante pontuação para o campeonato. Terminaram o rali vinte cinco equipas. A prova que se seguiu foi o Rali Ilha Lilás na ilha Terceira.

Rali Sical 28/29 Março

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO

Ricardo Moura

Rúben Rodrigues

14

20

20

17

17

88

Luis Miguel Rego

20

0

0+8

20

20

68

Rafael Botelho

8

12

14

4

6

44

Henrique Moniz

17

0

0+6

6

14

43

Pedro Rodrigues

--

17

--

12

10

39

25+4,5 25+4,5 25+8 25+2 25+4,5

148,5

João Faria

--

14

17

--

0

31

Carlos Andrade

12

10

0+4

1

0

27

António Ortins

1

8

12

--

1

22

10

0

--

10

--

20

10º Rui Torres

TRTG – Troféu de Ralis Terceira - Graciosa TRIUNFO DE ARTUR SILVA

A quarta e penúltima prova do Troféu de Ralis Terceira - Graciosa foi constituída pelos cincos primeiros troços do Rali de Santa Maria. O piloto terceirense Artur Silva acompanhado por Paulo Jesus num Renault Clio R3 venceu todas as provas especiais, terminando o rali com uma significativa vantagem sobre o restante pelotão. Com este resultado, o piloto da equipa Clubauto Racing passou a liderar a classificação do troféu com um avanço de 24 pontos sobre Carlos Andrade, que, nesta prova, desistiu no último troço com problemas mecânicos no Renault Clio quando era segundo classificado. A dupla formada por Paulo Renato Silva/ Márcio Martins aos comandos de um Renault Clio 16V ao ficar na segunda posição ofereceu uma “dobradinha” à equipa Clubauto Racing. O último lugar do pódio foi para outro piloto da ilha Terceira, mais concretamente Ricardo M. Moura, navegado por Rui Ávila ao volante do Peugeot 106 S16. CLASSIFICAÇÃO: 1º Clubauto Racing/ Artur Silva/Paulo Jesus (Renault Clio R3), 24m15,0s; 2º Clubauto Racing/Paulo Renato Silva/Márcio Martins (Renault Clio 16V), a 1m44,8s; 3º Ricardo M. Moura/Rui Ávila (Peugeot 106 S16), a 1m59,2s; 4º Tiago Mota/José Pimentel (Citroen Saxo), a 2m15,6s; 5º João Silva/Miguel Marques (Fiat 500 Abarth), a 2m31,9s;…Terminaram 9 equipas.

TRSM – Taça de Ralis de Santa Maria RUI TORRES EM CASA

As cinco primeiras provas especias do Rali de Santa Maria constituiam a primeira prova da Taça de Ralis de Santa Maria. A vitória pertenceu a Rui Torres, acompanhado por Sousa Martins na estreia do Ford Fiesta que foi o mais rápido no primeiro troço, mas rapidamente perdeu a liderança para a dupla Carlos Andrade/Tomás Pires. No entanto, a equipa do Renault Clio R3 desistiu na última prova especial e Rui Torres ascendeu ao primeiro lugar e ao consequente triunfo. A dupla terceirense, Ricardo M. Moura/Rui Ávila, num Peugeot 106 S16 foi subindo na classificação até ocupar o segundo lugar que conseguiu na última prova especial. Na terceira posição do pódio ficaram os micaelenses Tiago Mota e José Pimentel que, aos comandos do Citroen Saxo, ascenderam a esta classificação no derradeiro troço. CLASSIFICAÇÃO: 1º Rui Torres/Sousa Martins (Ford Fiesta), 24m59,6s; 2º Ricardo M. Moura/Rui Ávila (Peugeot 106 S16), a 1m14,6s; 3º Tiago Mota/José Pimentel (Citroen Saxo), a 1m31,0s; 4º João Silva/Miguel Marques (Fiat 500 Abarth), a 1m47,3s; 5º Marco Medeiros/Alexandra Pereira (Citroen Saxo Cup), a 1m55,6s;…Terminaram 10 equipas.

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Segurança

Segurança elétrica: Trabalho especializado garante eficácia A eletricidade é, talvez, a forma de energia mais fascinante descoberta até hoje pelo Homem. O seu domínio ao nível da produção, utilização e aplicação traçou o destino da humanidade nas mais variadas áreas. Lazer, saúde, investigação, ciências, telecomunicações, transportes, conforto, um número extraordinário de utilizações e aplicações faz da energia elétrica o “motor” do planeta. Hoje seria inconcebível um mundo sem esta forma de energia.

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A eletricidade é um bem precioso mas também perigoso! E a sua utilização comporta riscos. Curto-circuitos, choques elétricos ou incêndios são apenas alguns problemas associados a uma instalação elétrica que não cumpra todas as regras de segurança, pelo que esta deve ser uma questão central. Por este motivo, durante a preparação de um festival o trabalho de eletricidade deve ser entregue a empresas e profissionais

competentes e especializados, de modo a garantir a eficácia desejada, a par com as condições de segurança acauteladas. A intervenção periódica qualificada numa instalação elétrica é determinante para a nossa segurança, conforto. Cuidados corretos ajudam a evitar acidentes que podem resultar em danos irrecuperáveis, e até mesmo na perda de vidas humanas. Mais vale prevenir…


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saú d e Saúde

Perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA) Estes dois conceitos, tão frequentes pelas piores razões no vocabulário de pais e educadores, continuam a ser objeto de considerações e diagnósticos relativamente avulsos e, muitas vezes, erróneos e abusivos. Nunca é demais, portanto, clarificar os aspetos essenciais destas perturbações. Primeiro, é necessário que se compreenda definitivamente que não se trata de “má vontade da criança/jovem” ou indisciplina, ou o resultado de “má educação” por parte dos pais. Dizer que a pessoa com PHDA poderia concentrar-se, se se aplicar, é o mesmo que dizer que um coxo não corre o mesmo que o uma pessoa normal porque não quer. A PHDA resulta do sub-desenvolvimento e mau funcionamento de zonas cerebrais específicas, a saber: - lobos frontais – ligados à capacidade de atenção, tomada de decisões, resolução de problemas, controlo emocional, entre outras. São as áreas menos desenvolvidas no cérebro de uma pessoa com PHDA; - gânglios da base – além de um importante papel no controlo muscular e do movimento, são um dos reguladores do sistema de recompensa do cérebro; - cerebelo – responsável pelo controlo motor e com uma importante função de computação das novas aprendizagens

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complexas, com importância também na memória, linguagem e atenção; - corpo caloso – feixe de fibras que permite a comunicação entre hemisférios cerebrais; Além destas alterações, o cérebro de um indivíduo com PHDA evidencia também um mau funcionamento dos sistemas dopaminérgico e noradrenérgico, alterações da circulação sanguínea cerebral e má gestão do consumo de glicose. A PHDA pode ser encontrada em três versões: 1. Predominantemente desatento a. Dificuldade em prestar atenção a detalhes b. Cometer erros “de distração” c. Falha em se manter na tarefa d. Evitamento de tarefas que envolvem esforço e. Dificuldade em compreender e/ou seguir instruções f. Ser “esquecido” ou perder coisas com frequência

São, muitas vezes, crianças que não perturbam a aula mas cujo foco de atenção está frequentemente disperso. 2. Predominantemente hiperativo e impulsivo a. Inquietude física b. Dificuldade em parar de se mover c. Levantar-se quando é suposto manter-se sentado(a) d. Falar demais ou fora da sua vez e. Parece estar sempre ligado a um motor extra f. Correr ou subir para cima de objetos em momentos inapropriados É a criança que é mais disruptiva, apresentando um comportamento motor mais expansivo e perturbador da ordem. 3. Combinado – desatento e impulsivo. É o tipo mais frequente de PHDA e, como o nome indica, é uma combinação das duas formas anteriores. Em termos de tratamento, as abordagens possíveis são diversas pelo que os melhores resultados se obtêm por uma combinação de intervenção farmacológica e acompanhamento psicológico/ neuropsicológico, treino cognitivo, treino dos pais e educadores. A opção tomada deve, isso sim, ser adaptada a cada caso e às caraterísticas de cada paciente.


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Um olhar criativo Fotos: Nelson Raposo

“ESTA PÁGINA É DEDICADA AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Perdido na noite, esquecido no tempo Starlight

Recanto dos encantos Entre o céu e o mar

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


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sAÚDE

Terapia da Fala: quando?

desporto

Sete Cidades recebe Green Triathlon

Marisa Henriques - Terapeuta da Fala

No meu dia-a-dia como terapeuta deparo-me muitas vezes com pais/ familiares com dificuldade em saber quando devem procurar a ajuda da terapia da fala para as suas crianças. Conhecer os sinais de alerta associados a cada idade possibilita a procura, o mais atempadamente possível, de ajuda terapêutica que permite que a criança recupere o seu desenvolvimento até a um nível de acordo com o da sua faixa etária. São vários os sinais de alerta que as crianças dão, ao longo do seu desenvolvimento, de que algo não está a correr como o previsto, ao nível da comunicação, linguagem e fala: • 0-6 meses: não reage aos sons; não estabelece contato ocular e não brinca; não vocaliza. • 6-12 meses: não reage ao seu nome; não reage a sons familiares como o telefone; não vocaliza; não faz lalação. • 12-24 meses: não diz palavras; não reconhece o nome; não conhece as funções dos objetos do dia-a-dia; não usa gestos; não compreende ordens simples. • 2-3 anos: não diz o seu próprio nome; não reconhece objetos; não utiliza palavras nem gestos para explicar as suas vontades; usa palavras sem sentido; discurso impercetível; desinteresse em comunicar com os outros; uso de várias palavras sem sentido. • 3-4 anos: não constrói frases; não compreende frases com três palavras; não se concentra a ouvir uma história; não identifica os objetos pela sua função; não executa ordens; não descreve acontecimentos; utiliza um discurso que não é compreendido por todos; usa mais gestos do que palavras para dizer o que pretende; linguagem imatura e infantil para a idade; não desenvolve conceitos numéricos e espaciais. • 4-5 anos: não obedece a ordens; omite ou troca sons em palavras, omite partes de palavras; não reproduz histórias ilustradas ou pequenos acontecimentos; dificuldade em identificar rimas. • 5-6 anos: não articula alguns sons ou troca a sua posição; distorce os sons da fala; constrói frases de forma incorreta; tem um discurso sem conteúdo; indícios de gaguez; dificuldades em identificar erros gramaticais. Qualquer seja a idade da criança, se está em dúvida procure um terapeuta da fala.

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A Casa do Parque da Lagoa das Sete Cidades organiza, pela primeira vez, uma prova de Triatlo por estafetas. A prova terá lugar na Área de Paisagem Protegida das Sete Cidades. São três as modalidades a que os concorrentes têm de se submeter. Pretendendo divulgar a Área de Paisagem Protegida das Sete Cidades e promover, simultaneamente, o desporto e a saúde física, através da envolvência das comunidades com o intuito de as sensibilizar e unir esforços rumo a uma sociedade com hábitos cada vez mais ecológicos e sustentáveis, tem lugar pela primeira vez, a 27 de setembro o Green Triathlon. A prova conta com o apoio de mais de 10 parceiros e será realizada por equipas de 4 elementos, sendo composta por 3 modalidades desportivas, nomeadamente o ciclismo (1 elemento), a corrida (1 elemento) e a canoagem (2 elementos). A participação é aberta a todos os interessados com idade igual ou superior a 16 anos.


Porquê esterilizar? A esterilização de animais de companhia é a forma mais eficaz de impedir e controlar a superpopulação que causa todos os dias abandono, maus tratos e abate em canis municipais. Combater esta triste realidade está nas mãos de todos nós, evitando que os nossos animais de companhia se reproduzam e sensibilizando a população acerca da importância da esterilização. A esterilização nos animais domésticos consiste na remoção cirúrgica dos órgãos com funções reprodutoras, designadamente o útero e os ovários nas fêmeas, e os testículos nos machos. Nas fêmeas a esterilização apresenta inúmeras vantagens, tais como: eliminar comportamentos de cio e corrimentos,

evitar gestações indesejáveis (e o consequente abandono de animais), diminuir a probabilidade de tumores mamários, infecções uterinas e patologias ováricas. A esterilização deve ser realizada a partir dos 6 meses de idade, para que ocorra antes do primeiro cio, e assim reduzir drasticamente o risco de tumores mamários. Relativamente à utilização da pílula contraceptiva em cadelas e gatas, esta deve ser evitada, pois predispõe a tumores mamários e a infeções uterinas (piómetra) potencialmente fatais. Nos machos a esterilização reduz a marcação territorial e agressividade, diminuindo as lutas e consequentemente o risco de transmissão de doenças infecciosas.

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Assim, não só a esterilização dos animais é considerada como o mais importante procedimento para controlo populacional, como também é benéfica para a saúde dos próprios animais e para a Saúde Pública. Ana Medeiros, Francisco Costa e Rafaela Machadinho Médicos Veterinários e proprietários da Clínica Veterinária São Gonçalo


Praça do Rosário acolhe Noite de Fados Carlos Costa Os fadistas Arminda Alvernaz e Alfredo Gago da Câmara cantaram o Fado e encantaram com os seus dotes quem assistiu à Noite de Fados organizada pela Câmara Municipal da Lagoa. A Praça de Nossa Senhora do Rosário transformou-se num espaço de acolhimento para um evento que mereceu a atenção das muitas pessoas que se deslocaram ao recinto.

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A queda de cabelo

é um problema frequente A queda de cabelo é um problema frequente e afecta tanto Homens como Mulheres. Existem vários factores, como por exemplo uma dieta pobre em determinados nutrientes (magnésio e o

zinco), períodos de maior stress, alguns tratamentos, doenças etc... A solução passa por formulações que visem o restabelecimento dos nutrientes em falta ou a estimulação do folículo piloso para tornar o cabelo mais resistente e saudável. No 5av Hair Studio Carla Vieira pode fazer um diagnóstico e encontrar o tratamento mais indicado para a vida do seu cabelo. No 5av Hair Studio Carla Vieira pode fazer um diagnóstico e encontrar uma solução para o seu problema capilar. Como novidade temos a tecnologia laser para

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“Código Postal: A2053N” de Pepe Brix Carlos Costa A galeria Arco 8, em Ponta Delgada, acolheu em agosto a exposição “Código Postal: A2053N”. Da autoria do conhecido fotógrafo Pepe Brix, a seleção fotográfica em causa retrata a vida dos pescadores portugueses do bacalhau. A noite da inauguração mereceu a presença de muitos amigos de Pepe Brix, conhecido há muito por registos fotográficos exemplares, onde cada imagem conta uma história.

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Festival da Povoação garantiu mais uma edição de arromba Gab. Imp. CMP O Festival da Povoação by Nissan voltou a registar uma enorme afluência durante os três dias de concertos. O evento “Bom C’mó Milho” recebeu este ano os “B4”, “Slimmy” e “Mundo Secreto”, que proporcionaram momentos de muita animação a quem assistiu aos espetáculos.

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Monte Verde fez a delícia de milhares de festivaleiros Diretos Reservados Milhares de jovens de várias ilhas dos Açores passaram por mais uma edição do festival Monte Verde. O campismo no espaço circundante ao palco de atuações encheu-se de festivaleiros que acompanharam, muitos deles, desde o primeiro dia, todos os concertos previstos para a edição de 2015, que voltou a merecer nota positiva, pela sua organização.

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Primeiro water slide na Ribeira Grande CMRG Pela primeira vez, São Miguel acolheu um water slide. A cidade da Ribeira Grande transformou-se num local de eleição para os muitos entusiastas que procuraram a novidade. Durante dois dias, foi possível deslizar num mega escorrega ao ar livre com cerca de 500 metros de comprimento. Houve ainda espaço para aulas de zumba, lounge spot e uma sunset party.

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Maré de Agosto voltou a encher a praia formosa Pepe Brix Géneros musicais de todo o Mundo, artistas de renome, e de elevada qualidade artística continuam a ser o mote de um dos maiores festivais dos Açores: a Maré de Agosto. A Praia Formosa recebeu a 31ª edição de um festival que atrai adeptos dos quatro cantos do Mundo.

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Elegância e boa disposição na Festa Branca da Lagoa José Borges Foi uma noite a tons de branco, com muita diversão e boa música a que se viveu no Convento dos Franciscanos da Lagoa. O espaço foi todo decorado a preceito para a festa que reuniu mais de 2 mil pessoas.

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Casino das Furnas recebe festa de verão Pedro Borges Com lotação praticamente esgotada, o Casino das Furnas marcou a diferença este verão ao celebrar a estação com uma festa que permitiu recordar os bons anos 40, 50 e 60. Lucky Duckies, Banda 8, Emanuel e Alexandra, DJ Richard Claine e DJ El Loco proporcionaram uma noite de boa música e animação que durou até ao raiar do dia.

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infantil

DESCOBRE AS 10 DIFERENÇAS

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Pinta-me

AJUDA-ME


passatempos

rir

sopa de letras

Diz o chefe para o empregado: - Zé! Tu acreditas na vida depois da morte? Responde-lhe o empregado: - Claro que não! Não existem provas nenhuma disso! Diz-lhe então o chefe: - Pois, mas agora existem. Ontem, depois de teres saído mais cedo para ires ao funeral do teu tio, ele veio aqui à tua procura... ............................................................................................. Ela, cheia de medo: - Não vai caber, amor. Diz ele: - Tem calma, amor, vai caber sim. Ela: - Cabe não, amor, é muito grande. Ele: - Cabe sim, tenta só mais uma vez. Ela: - Mas custa muito, amor. Ele: - Está bem, amor, sai daí e deixa eu arrumar o carro.

sudoku

isotérmico lazão misto moldado problemático público

sensitivo suplementar utilitário

............................................................................................. Num voo internacional, como é habitual, o comandante do avião liga o microfone e fala aos passageiros: - “Bom dia, senhores passageiros. Neste exacto momento estamos a 9 mil Metros de altitude, velocidade cruzeiro de 860 Km/ hora e estamos a sobrevoar a cidade de... AAAAAAAHHHH... VALHA-ME DEUS...!!!” Os passageiros ouvem um barulho infernal, seguido de um grito pavoroso : - “NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO !!!” Depois de um breve momento de silêncio sepulcral, volta a ligar o microfone e, timidamente, diz: - “Peço imensa desculpa, mas a hospedeira deixou cair a bandeja e uma chávena de café caiu-me no colo. Imaginem lá como é que ficaram as minhas calças à frente !!!” Prontamente, um dos passageiros gritou: - “Filho da p..... !!! Imagina lá como é que ficaram as minhas calças atrás!!!”

soluções

EStático Garço generalíssimo histológico homiziado intelectivo

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CINEMA

em SETEMBRO

estreia 10SET

Transporter: Potência Máxima O quarto filme da saga Transporter, Transporter: Potência Máxima, com Ed Skrein a surgir agora no papel do ex-mercenário de operações especiais, Frank Martin. O elenco do novo capítulo de Transporter conta ainda com Ray Stevenson (Volstagg em Thor: Mundo das Trevas) e a sedutora Loan Chabanol (Anna em Transporter 3) nos papéis principais.

estreia 17SET

estreia 24SET

Sem Saída

Evereste

Um empresário americano (Owen Wilson) e a sua família fixam residência no sudeste da Ásia. De repente, vêem-se no meio de uma violenta revolta política e passam a ter de procurar uma forma segura e rápida de fugir enquanto os rebeldes atacam a cidade.

Baseado em factos reais, Evereste acompanha a história que aconteceu em 1996, quando três equipas rivais de alpinismo tentavam chegar ao ponto mais alto do mundo no Monte Everest. Mas a situação ficou complicada quando uma nevasca atingiu o local e causou vários acidentes colocando, assim, a vida de todos em risco.

Outras EStreias

estreia 10SET 60 • c ria ti va magazine

estreia 17SET

estreia 24SET

estreia 29SET


AGENDA DA AGEN 12 sáb.

12 sáb.

Flyboard Pool Party

19

Festa dos Loucos Anos 80

Summer of Radio On

20

“CoMTradição – Prémio de Artesanato dos Açores”

Piscinas da Ribeira Grande

Coliseu Micaelense

12

Palestra sobre Natália Correia

13

Concerto pela Sinfonietta de Ponta Delgada

sáb.

dom.

Centro De Estudos Natália Correia

Teatro Micaelense

19

Concerto por Carlos do Carmo

19

Azores Burning Summer Festival

sáb. sáb.

Teatro Micaelense

sáb.

dom.

21 seg. 25a

28set até

30set

Convento dos Franciscanos – Lagoa

Igreja do Colégio

Festival Curtas Metragens

Teatro Ribeiragrandense

Feira AçorExpo Pavilhão do Mar das Portas do Mar

Exposição de Pintura “Ondas do Mar” de Dina Mamede

Terminal Marítimo - Portas do Mar

Praia do Porto Formoso

SETEMBRO Agenda sujeita a eventuais alterações.

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aconteceu aconteceu

Geocaching no Parque Terra Nostra No âmbito do projeto Geo Tour Ilha Verde, o parque do hotel Terra Nostra, nas Furnas, recebeu o evento de Geocaching “Glow in the park” - Jardins e Parques das Furnas. Tratou-se de uma parceria estabelecida entre o Terra Nostra Garden Hotel e os geocachers Luis Filipe Machado e Pedro Almeida que pretendeu dinamizar e informar acerca desta prática enquanto produto turístico.

ARQUIPÉLAGO nomeado para Prémios CONSTRUIR 2015 O ‘Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas dos Açores’, empreendimento da autoria ‘Menos é mais Arquitectos’ e do arquiteto João Mendes Ribeiro, está nomeado para Melhor Projeto Público nos Prémios Construir 2015. Os vencedores são escolhidos através de uma votação online, em http:// premios.construir.pt até dia 22 de setembro.

Livro de bolso sobre as Sete Cidades Foi lançado em Ponta Delgada a versão em inglês da edição de Bolso do Livro “Verdeazul - SETE CIDADES: Lendas, Contos e Factos”, de Jorge Arruda.

Gaudêncio em ação de limpeza na praia do Monte Verde Cerca de duas dezenas de voluntários participaram numa limpeza da praia do Monte Verde, entre os quais Alexandre Gaudêncio, presidente da Câmara da Ribeira Grande, entidade que apoiou a campanha de sensibilização em parceria com o Monte Verde Festival. Ao longo de uma hora foram recolhidos cerca de 50 quilos de detritos.

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Governo doou mais de 300 livros à Universidade de Massachusetts Mais de 300 livros e cerca de 80 CD e DVD de temas e autores açorianos foram doados pelo o Governo dos Açores à Universidade de Massachusetts numa clara aposta na divulgação dos Açores nos EUA.

Redução de IMI na Povoação A Câmara Municipal da Povoação aprovou uma proposta de redução de IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis que pretende beneficiar todas as famílias que possuam filhos a cargo e, muito em especial os casais jovens que sejam proprietários das suas habitações, em benefício do seu rendimento disponível e como incentivo à fixação dos jovens no concelho da Povoação. Novo parque de estacionamento junto ao Mercado Já está em utilização o novo parque de estacionamento junto ao Mercado da Graça, com entrada e saída nas Ruas do Mercado e Padre Serrão. Existem 35 lugares gratuitos e livres, e esta facilidade de estacionamento permite beneficiar o acesso a todo o comércio da zona.


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setembro

horóscopo Astrólogo Luís Moniz (Rikinho) rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu.com.sapo.pt

Carneiro 21/03 a 20/04 A vida afetiva permite desenvolver a relação amorosa de forma muito apaixonada, todavia, evite atitudes egocêntricas. A nível profissional não corra riscos desnecessários e não opte por pensamentos superficiais ou por atitudes impulsivas.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva anuncia momentos muito agradáveis, porém, será essencial desenvolver uma atitude equilibrada e na base da igualdade. A nível profissional mantenha a persistência, sempre que os seus projetos não acontecem de acordo com o que tinha previsto.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva aconselha a introspeção profunda necessária a compreender o seu comportamento e o sentido dos relacionamentos. A nível profissional analise, com rigor, os seus projetos e avalie cuidadosamente a motivação dos seus planos a longo prazo.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva exige uma transformação constante, alicerçada num ambiente marcado pela criatividade, liberdade e compreensão. A nível profissional guarde muito bem os seus trunfos e estratégias, de forma a poder vencer as batalhas no momento certo.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva exige uma atenção suplementar e os relacionamentos conhecerão uma fase de afirmação de sentimentos. A nível profissional utilize mais a perspicácia em tudo o que se relacione com negociações e em breve alcançará os seus objetivos.

sagitário 22/11 a 21/12 A vida afetiva aponta um período de alguma sensação de insegurança e de incompreensão, em relação ao outro elemento do par. A nível profissional procure fazer tudo com clareza, explicando pacientemente os seus pontos de vista e intenções.

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva confere uma conjuntura excelente para a reestruturação dos relacionamentos desgastados e favorece reconciliações estáveis. A nível profissional promova um novo dinamismo à sua atividade e, com humildade, procure o apoio das pessoas circundantes.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva encontra harmonia se optar por um comportamento justo e flexível, influenciando sensivelmente os relacionamentos. A nível profissional tenha o maior cuidado com as suas atitudes e adote a humildade como um elemento crucial, presente no quotidiano.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

A vida afetiva reflete a necessidade de controlar a forma autoritária como fala e pense duas vezes antes de expressar as suas ideias. A nível profissional, com as suas atitudes irrefletidas e orgulhosas, poderá de alguma forma prejudicar a evolução na carreira.

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva, apesar de alguns obstáculos, pode ser vitoriosa e impulsionadora de relacionamentos muito gratificantes. A nível profissional os desafios serão constantes e, desta forma, procure abraçar as suas atividades com arrojo e determinação.

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A vida afetiva renovada pode provocar situações difíceis de digerir, contudo, aja com sentido de humor e muita inteligência. A nível profissional pode surgir a oportunidade de um trabalho suplementar, aproveite a oportunidade para melhorar as finanças.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva assinala desentendimentos familiares, porém, com fé e compreensão tudo será resolvido tranquilamente. A nível profissional a evolução afigura-se estimulante e, com autoconfiança, certamente poderá evoluir na carreira.


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