Criativa Magazine - setembro 2020

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Periodicidade: Mensal • Distribuição Gratuita • Ano VI Nº 71 setembro 2020

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Preocupações no

Regresso às Aulas

ribeira grande lança 5 milhões de euros em obras

Bombeiros de Ponta Delgada precisam de apoio

ténis open day com cariz social



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consultório da saúde Com João Bicudo Melo

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Opinião josé andrade livros da minha estante

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Olhar criativo TEMA: “Os nossos PETS”

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Saúde ótica com: INSTITUTOPTICO

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Saúde Auditiva Com: Audição Portugal

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Desporto: CAncelamento do azores rallye 2020

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

entrevista Um projeto apaixonado que dá lugar a todos

entrevista ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS DE P. DELGADA

reportagem MESTRE SAÚL é a nova marca premium das Conservas Santa Catarina

reportagem TÉNIS OPEN DAY 2020 com cariz social

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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Grande entrevista consultório jurídico Com Carlos Melo Bento

RUBRICAS

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entrevista Ribeira Grande lança 5 milhões de euros em obras

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Luís Moniz, João Bicudo Melo, José Andrade, José F. Andrade, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


grande entrevista

Regresso às aulas

Preocupação centrada nas escolas mais lotadas

O olhar mais preocupado do Sindicato de Professores da Região Açores (SPRA) vai para as escolas mais lotadas de alunos, que têm pouco espaço para a quantidade de alunos que as frequentam. No arranque de um ano letivo que se pretende que venha a ser 100% presencial vai ser seguido atentamente pelos delegados sindicais.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - O Sindicato já tomou conhecimento de quais as exigências; regras; orientações emanadas quer pela tutela da Educação quer pela Autoridade de Saúde Regional quanto ao regresso às aulas marcado para o dia 15 de setembro? Estão em linha com aquelas que eram/são as expetativas deste sindicato?

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DR

Ou aguardavam por outras/mais medidas? António Lucas (SPRA) - A posição do Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA) sobre o regresso ao ensino presencial sempre foi que, mantendo o pressuposto de que a epidemia estaria controlada, se deveria iniciar o ensino presencial. Tal como prevíamos, o ensino à distância agravou as desigualdades sociais e aumentou o absentismo,


sobretudo por falta de controlo parental e, essencialmente, nos casos que os docentes já tinham sinalizados antes da pandemia. As medidas do Governo não cumprem na totalidade com as orientações da OMS, DGS e DRS, sobretudo no que diz respeito ao distanciamento e à realização de testes. O Sistema Educativo Regional tem realidades muito díspares, temos escolas com mais espaços que alunos e vice-versa. Preocupa-nos sobretudo as escolas de cidade que são exactamente os casos em que os espaços são insuficientes para o número de alunos. Consideramos, também, que se deveria testar a comunidade escolar iniciando-se o processo pelos alunos do terceiro ciclo e secundário uma vez que este grupo etário é mais propício ao divertimento nocturno e ao convívio em aglomerado. Sendo de prever que todos os professores e auxiliares e demais staff escolar será sujeito a testes de despiste para a Covid-19, sendo que são vários os professores que se ausentam das ilhas, tem alguma preocupação quanto à incapacidade da presença de todos à data do arranque do ano letivo? Não foi assumido, até à data, que toda a comunidade

educativa seria testada. Isso é o que nós defendemos em linha com a OMS. Compreendendo as dificuldades logísticas, defendemos que se deveria começar pelo grupo etário atrás referido. No arranque do ano lectivo todos estarão nas escolas pois já cumpriram os 14 dias de isolamento profiláctico, esta medida parece-nos até excessiva pois consideramos que deveria bastar o segundo teste negativo realizado ao sexto dia. É colocada a hipótese (a decidir pelas escolas) do desdobramento de aulas aos sábados. É uma hipótese viável? Prevê constrangimentos para que tal funcione? O objectivo das aulas ao sábado é diminuir o tempo de permanência diária dos alunos na escola e permitir uma melhor gestão dos espaços, temo, no entanto, que esta medida seja de difícil execução, sobretudo pela dificuldade de adaptação das empresas que realizam os transportes escolares. O SPRA tem, ainda, alguma informação quanto ao que acontecerá aos alunos, nomeadamente se serão também testados para a Covid-19? Como referi, não existe, até à data, nenhuma indicação da tutela sobre este assunto.

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Sindicato defende testes nas próximas férias

O bom desempenho das aulas presenciais e de um ano letivo tranquilo dependerá muito de se conseguir, ou não, conter eventuais surtos a partir do exterior, razão pela qual o sindicato é da opinião que a continuidade de testes de despiste devem ser realizados durante as próximas interrupções letivas: Natal, Carnaval e Páscoa.

Embora não sendo possível prever o futuro, a esta altura, antecipa algumas dificuldades para pôr em prática um início de ano letivo com todas as regras exigidas e de bom senso, de forma presencial? Cremos que o sucesso das medidas de âmbito escolar estão muito dependentes do sucesso em conter o surto a partir do exterior. Em termos práticos, o êxito está no impedimento/controlo da transmissão local, se não se conseguir este desiderato, obviamente, a escola passa a ser um instrumento potencial de contágio. Daí a importância de se fazerem testes, pelo menos, sempre que houver interrupção das actividades letivas (Natal, Carnaval e Páscoa). O SPRA vai acompanhar ainda mais afincadamente as condições que estarão a ser postas em prática no início do ano letivo? O SPRA, para além dos seus associados, mais de dois milhares, conta com delegados sindicais em todas escolas e dirigentes em quase todas as escolas. Assim, à semelhança de outros anos lectivos iremos monitorizar procedimentos e cumprimentos de regras e fazer as respectivas denúncias se for necessário. Quais são as as maiores preocupações?

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A primeira preocupação é comum a todos nós, o controlo da pandemia até à existência de tratamento ou vacina, a segunda prende-se com o facto de a maioria dos docentes ter cinquenta anos ou mais e parece haver uma relação entre a idade e os efeitos mais nefastos do vírus.”


ARS decide não testar todos Os alunos não vão ser testados no seu todo (nem a comunidade escolar). Foi esse o entendimento da Autoridade de Saúde Regional, considerando a evolução da pandemia. Até à data de fecho desta reportagem era este o ponto de situação previsto para o arranque do ano letivo de 2020/21. O Secretário Regional realçou porém que a todos os “membros da comunidade escolar procedentes do exterior”, recairão as medidas adequadas, designadamente a realização dos testes estipulados e isolamento profilático. De acordo com a tutela da Educação nos Açores, a prioridade é no retorno à “normalidade presencial, no recomeço das atividades escolares no dia 15 de setembro”, porém fica sempre em aberto a necessidade de existir um plano B, caso as necessidades assim o obriguem. Os primeiros dias do mês de setembnro serviram, ainda, para uma formação em larga escala para profissionais das escolas do ensino regular e profissional. Mais de 1600 pessoas estiveram a receber formação direcionada para organização escolar, acessibilidade, organização de espaços e de serviços de apoio, comportamentos de proteção, e a higienização de espaços e superfícies, para melhor responder ao combate à Covid-19.

A primeira preocupação é comum a todos nós, o controlo da pandemia até à existência de tratamento ou vacina, a segunda prende-se com o facto de a

maioria dos docentes ter cinquenta anos ou mais e parece haver uma relação entre a idade e os efeitos mais nefastos do vírus.

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entrevista Entrevista Em tempo de Covid-19

Ribeira Grande lança 5 milhões de euros em obras

Até ao fim de agosto, a autarquia avançou com mais de 5 milhões de euros em obras que não estavam previstas de serem lançadas este ano. Alexandre Gaudêncio diz que a Covid-19 obrigou a traçar outras estratégias para combater um cenário que ninguém estava à espera.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Antes de todo o cenário da pandemia da Covid-19, era de esperar um bom ano para o concelho? Alexandre Gaudêncio (Presidente da Câmara da Ribeira Grande) - Tínhamos um ano em alta, relativamente a investimentos turísticos privados, cerca de 10 projetos de de grande e média dimensão, que totalizam cerca de 100 milhões de euros, pelo que a expetativa para o ano de 2020 era bastante alta, considerarando, ainda, os números de 2019, que bateram todos os recordes quer ao nível de licenciamentos, quer ao nível de novos alojamentos locais e números de dormidas, e considerando a abertura pela primeira vez de um hotel de 5 estrelas na cidade. Como é natural, tudo isto acabou por cair com a Covid-19, e nós tivemos de apontar as agulhas para outro sentido. A economia local ressentiu-se sobremaneira, apesar do mês de agosto ter revelado uma melhoria, mas nada que se possa comparar com 2019. Algumas verbas que estavam canalizadas para certas áreas foram alocadas para a área social? Nós tinhamos planeado, aquando da concretização do Pla-

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CMRG

no e Orçamento para 2020, cerca de 500 mil euros para apoio a eventos de atração turística. Não havendo esses eventos, grande parte desta verba foi orientada para a ação social, já que tivemos de rapidamente canalizar apoios ao nível do fundo de emergência social, e, numa diferenciação dos demais concelhos, quisemos rapidamente também lançar o máximo de obras possíveis para que a economia local não fosse tão afetada. Até ao momento – fim de agosto – lançamos mais de 5 milhões de euros em obras que não estavam previstas de serem lançadas este ano. Isso diz bem da reorganização que tivemos de fazer face à Covid-19. Este número, que é significativo para uma autarquia da nossa dimensão, está claramente voltado para o setor da construção civil, mas indiretamente influencia outros setores, que mais não seja porque, havendo trabalho as pessoas têm rendimento mensal, e isso mexe com a economia local. Qual foi a sua primeira preocupação, quando em março se percebeu que a economia iria parar, forçosamente? Nós tivemos o verdadeiro impacto quando percebemos que os nossos serviços teriam de, obrigatoriamente, fechar. A Câmara da Ribeira Grande tem 260 funcionários no


quadro e não é nada fácil de um dia para o outro colocar os serviços em funcionamento em regime de tele trabalho. Felizmente, a resposta foi excepcional, posso referi-lo. Tivemos que apostar na aquisição de portáteis para que alguns funcionários pudessem trabalhar em casa, bem como ao nível das redes informáticas, para que os sevidores não fossem abaixo. Chegamos a ter momentos de ter 60 pessoas ligadas à rede e o servidor funcionou na sua plenitude. As pessoas foram excepcionais nessa adaptação e foi muito curioso verificar que muitos serviços até melhoraram a sua eficiência de trabalho reduzindo prazos de resposta. Qual foi a sua preocupação em termos sociais? A nossa primeira preocupação foi que não deixasse de haver respostas, pelo que criamos logo uma linha telefónica de apoio, porque estavamos a recear que houvesse uma crise alimentar, e que as pessoas entrassem em pânico. Em dois meses, tivemos o contacto de quase 2 mil pessoas, que nos pediram apoio. Nem todos os casos foram resolvidos por esta câmara municipal, porque felizmente trabalhamos bem em rede com outras entidades e instituições e isso foi fundamental para dar resposta atempada às pessoas. Tínhamos uma grande preocupação para com os três lares de idosos do concelho, que cuidam de quase 500 pessoas, e com as pessoas de risco, vendo o que estava a acontecer no continente e até mesmo, infelizmente, no Nordeste, daí que tivemos grande preocupação em proteger os lares e desde a primeira hora mantivemos reuniões com equipas técnicas e entidades várias para garantir que tudo corria bem. Houve aqui duas fases importantes, uma primeira de res-

posta imediata na fase de confinamento e com isso a nossa intenção de chegarmos junto dos públicos mais vulneráveis, e aqui uma palavra de apreço às juntas de freguesia que criaram equipas para garantir compras em casa para aquelas pessoas que mais precisavam; e uma segunda fase, que é a que vivemos agora, que se traduz num apoio à economia local. Lançamos recentemente uma campanha para a restauração, convidando as famílias a virem fazer refeições à Ribeira Grande em que as crianças com menos de 12 anos de idade não pagam a sua refeição até aos 7.5 euros. Aproveito para anunciar que vamos levar um regulamento à assembleia municipal do fim do mês de setembro, com 3 medidas de apoio direto às empresas da Ribeira Grande. Uma delas é um apoio a fundo perdido para aquelas empresas que mantiveram os seus postos de trabalho; uma medida ao empreendedorismo para quem se instalar no centro empresarial da Ribeira Grande, que ficará isento de pagamento de renda pelo período de um ano; e temos ainda uma terceira medida ao nível dos impostos, para todos aqueles que tendo Alojamento Local e adiram ao programa do Governo regional – Mais Habitação – fiquem isentos do pagamento de IMI durante três anos. Julgamos que será possível avançar com este regulamento, após a sua aprovação, até ao fim do ano. Sabemos que temos uma autonomia financeira limitada, por comparação a um governo regional, que tem outra capacidade de resposta, mas estamos a alocar recursos para que os efeitos negativos da pandemia sejam os mínimos possíveis. De forma geral, as políticas tomadas até aqui, ao nível do governo regional, são

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entrevista

suficientemente positivas para responder a uma crise destas? Acho que todas as medidas são bem-vindas. E se trabalharmos em rede só temos todos a ganhar. Infelizmente não há este sentimento. De uma forma transversal, e aquilo que tenho colhido dos empresários, é que a questão do layoff foi fundamental para que pelo menos a maior parte das empresas se mantivesse em funcionamento, e isso é muito importante, mas que poderiam ser complementadas com outras medidas locais e que poderiam ser possíveis se entrassemos em conversações. Não sendo de todo possível prever o futuro, partindo do princípio que haverá uma segunda vaga, conforme apontam os especialistas, há que tirar lições desta experiência? Se há alguma coisa que aprendemos, é que as novas tecnologias fazem parte do nosso dia e é curioso ver que hoje, remotamente, conseguimos resolver um problema que antigamente era presencial. Exemplo disso são as assinaturas digitais, algo que poucas pessoas utilizavam. Nós estamos a evoluir na desmaterialização dos processos da nossa autarquia, significa isto que até ao final deste ano, assim o esperamos, ao nível do licenciamento de obras particulares, não haja qualquer documento em papel na autarquia, permitindo que o cidadão particular, a partir da sua casa, possa submeter o seu pedido de licenciamento. Aprendemos isto com esta pandemia; nós não paramos, pelo contrário evoluímos, ganhamos eficiência e eficácia. A acontecer uma segunda vaga, penso que estamos todos

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melhor preparados do que na primeira, em que fomos apanhados de surpresa. Oxalá que tal não aconteça, mas a acontecer uma segunda vaga, a Ribeira Grande está mais do que preparada para continuar a trabalhar sem nunca perder a ligação às pessoas. Por falar em ligação às pessoas, creio que foi dos poucos presidentes de câmara que durante a pandemia, regularmente, fez diretos, via facebook, fazendo um papel de aconselhamento e elucidando os munícipes sobre diferentes assuntos. Foi uma opção sua que surgiu de modo espontâneo? A nossa postura desde que entramos nesta câmara municipal foi sempre de acolher os municípes, e essa também foi sempre uma postura muito minha, de querer falar com todos e receber a todos, de forma quase informal, e durante a fase da pandemia, em virtude de surgirem muitas dúvidas e também vendo colegas meus no país a tirarem um hora para abordar diversas questões, achei que era de facto uma ideia curiosa e tentei replicar cá, com algum sucesso. Nos primeiros tempos os diretos tiveram um bom alcance, talvez muito por via da ânsia das pessoas, pela preocupação e pelas muitas dúvidas que mostravam ter e só o facto de ter alguém que lhes transmitia alguma informação, sentiam-se mais seguros. Foi com essa intenção de ajuda, e nada mais, e tem que ver com uma maneira de ser muito própria, minha, de não querer perder o contacto com as pessoas. Acho que correu muito bem e vamos continuar a privilegiar as redes sociais, porque as pessoas cada vez mais têm maior apetência para seguir de perto o que vai acontecendo nas redes sociais e nós vemos isso pelo nosso facebook.


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entrevista

Galeria de Educação pela Arte

Um projeto apaixonado que dá lugar a todos

Natural de Ponta Garça, em São Miguel, é na ilha Terceira que vive há alguns anos e é aqui que Flávia Medeiros acaba de inaugurar uma galeria, regida por uma dinâmica flexível e envolvente, que lhe possibilitará colocar em prática o desenvolvimento do ensino artístico de um modo mais livre. Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine – Este espaço agora inaugurado – a Galeria de Educação pela Arte –, é um projeto antigo? Flávia Medeiros (mentora do projeto) - De certa forma, sim. Há cerca de quatro anos, tive a pretensão de criar uma escola de artes. Porém, depois de procurar informações legais sobre os procedimentos necessários, senti-me imersa num pântano burocraticamente castrador. Afastei-me desta ideia e permiti que o tempo me guiasse a outro rumo mais assertivo do meu real anseio. Assim aconteceu. Vejo-me agora com um espaço ao qual dei o nome de Galeria de Educação pela Arte, regido por uma dinâmica flexível e envolvente, que me possibilitará colocar em prática o desenvolvimento do ensino artístico de um modo mais livre, tal como a arte requer. O que te levou nesta fase a concretizá-lo?

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DR

Uma vez cruzei-me com esta frase: Everything you need will come to you at the perfect time. Tendo em conta o desconfinamento restritivo que estamos a viver, pensei que esta não seria, de todo, a melhor fase para concretizar um projeto com este grau de responsabilidade e a dinâmica social que pretende promover. No entanto, e comparativamente à experiência que tive há quatro anos, as condições foram surgindo com uma naturalidade que não me foi indiferente. Apercebi-me que este era o momento oportuno. Trata-se de um projeto inédito? Se nos focarmos unicamente na nomenclatura ‘Galeria’, obviamente que não estamos perante um projeto inédito. Ora, se associarmos a designação ‘Galeria’ à de ‘Educação pela Arte’, a resposta já não é tão linear como possa parecer. Isto é, a nível nacional existem projetos semelhantes. A nível regional, embora tenhamos academias, centros


culturais, espaços multiusos, entre outros, creio que, regido unicamente pela Educação pela Arte como metodologia, este seja inédito. E é um desempenho individual? Sim, apesar de consciente de que a distribuição de responsabilidades suavizaria o trabalho que é necessário, trata-se de algo com um interesse profissional muito próprio e um cunho pessoal, daí a minha decisão de avançar, para já, sozinha nesta aventura. Qual é o conceito? Esta Galeria de Educação pela Arte tem como objetivo primordial o de tornar acessível, aos interessados, uma relação direta com as diferentes formas de expressão, onde a educação e a formação são colocadas ao alcance de todos. Verifico que, grosso modo, existe um preconceito em relação à arte e a tudo o que a ela está associado, muito direcionada aos interesses elitistas e, por esta razão, fora do alcance de muitos. Neste sentido, a Galeria tem previsto uma oferta diversificada, entendendo cativar e satisfazer um público variado. Qual será a metodologia de ensino? Quando falamos em Educação pela Arte, estamos a abordar uma metodologia que prima por uma educação vocacionada para o desenvolvimento integral da criança. A arte, ou mais concretamente, neste contexto, a dimensão expressiva assume grande relevo na construção da personalidade, de forma harmoniosa, na medida em que abarca as componentes biológica, cognitiva, motora, afetiva e social. Além do

referido, proporciona igualmente o conhecimento ao nível das letras e das ciências, bem como da arte em geral. Quando projetada para outros grupos etários, concretamente para jovens e adultos, as restantes atividades funcionarão com o propósito de alargar conhecimentos. É na metodologia da educação pela arte que esta Galeria está assente. Que ‘oficinas’ estão a ser criadas? Este espaço contemplará, durante os interregnos letivos, o desenvolvimento de oficinas artísticas, onde se levará a cabo a promoção de iniciativas relacionadas com as expressões, passando pela literária, plástica, musical, corporal e dramática, dirigidas exclusivamente a crianças dos 6 aos 12 anos. Durante todo o ano serão promovidos eventos diversificados, como por exemplo, exposições, palestras, performances, como também formações e workshops. Paralelamente a esta oferta, a Galeria terá o ensino artístico contínuo para crianças, jovens e adultos que queiram aprofundar os seus conhecimentos artísticos a nível teórico e prático. A Galeria de Educação pela Arte estará igualmente recetiva a propostas formativas externas. Assim, os interessados deverão recorrer aos nossos contatos de forma a fazerem-nos chegar as suas sugestões. Contas com colaboradores para esse efeito? Posso considerar-me a responsável por este espaço, mas filo a pensar no outro. Isto é, quando gizei os objetivos que estão na base desta Galeria, foi no sentido de constituir um lugar onde todos os interessados pudessem fazer dela a sua Galeria. Quer-se potenciar o apoio, orientação e acolhimento

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entrevista das iniciativas, que por vezes não acontecem por carecerem destes três elementos que são fundamentais para a sua concretização. Além disso, as colaborações, como as do ensino artístico contínuo, pretendem permitir uma resposta a necessidades sociais no âmbito das artes. Em suma, esta Galeria será a alma de quem passar por ela. Terás algumas parcerias estabelecidas? Neste momento embrionário, não posso afirmar que já existam parcerias com outras entidades. É uma fase de encontros para possíveis acordos que, creio, no próximo ano já possam ser consolidados e, deste modo, enriquecer a oferta já disponibilizada. Toda a tua vivência profissional tem passado pelas crianças e por um público mais jovem. Deste teu relacionamento e conhecimento, há falhas em matéria de oferta de espaços diferenciadores para as crianças? Se, por um lado, olharmos para o público infantil, a minha resposta é negativa. Há várias instituições tanto públicas como privadas que demonstram, de imediato, a preocupação em focalizar a sua atenção para as crianças, normalmente a um público alvo que se baliza entre os cinco e os doze anos. Por outro lado, se olharmos para o público jovem é diferente. Realmente, há muito que verifico uma falta de atividades pensadas apenas para os jovens, à exceção dos desportos, tratando-se de uma área que dá resposta a uma grande parte das necessidades deste público. Por si só, é um grupo etário extremamente exigente, porque muitas vezes eles próprios não sabem o que procurar ou o que frequentar. Eu dou o nome da ‘fase dos descobrimentos’ considerando que se evidencia um desejo de chegar ao outro lado do mundo, bem como os medos que esse mesmo percurso acarreta. Contudo, esta Galeria terá isso em conta e, da mesma forma que irá constituir um suporte para as iniciativas dos adultos, assim será para os jovens.

Por outro lado, com a intensificação do uso das tecnologias, é importante desviar a atenção destas para áreas de aprendizagem diferenciadas?

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Não considero uma necessidade de nos desviarmos da intensificação do uso das tecnologias, partindo do princípio que dependemos delas por nos permitirem uma melhor qualidade de vida e uma abertura formidável ao mundo. Neste espaço tenciona-se estabelecer uma relação saudável entre os mundos da tecnologia e da arte, em que um impulsionará o outro em prol da maximização deste espaço. Além disso, para esta Galeria, está em construção um site que irá permitir o acesso virtual aos seus conteúdos. Haverá ofertas online que estarão disponíveis, principalmente para quem não esteja na ilha e que a pretenda frequentar.

Como será o funcionamento? Para além da localização constituir uma mais valia para esta Galeria, o seu funcionamento também o é. Ou seja, funcionará todos os dias da semana, com um horário flexível pretendendo ir ao encontro das necessidades do que nela for desenvolvido. A divulgação das atividades será realizada através da página de Facebook nomeada por Galeria de Educação pela Arte ou através do email: galeriaedupelaarte@ gmail.com Como decorreu o evento de inauguração que se realizou em agosto? Para a inauguração procurou-se englobar a presença de algumas artes, por esse motivo a Galeria, além dos oradores convidados, recebeu a exposição de fotografia de Hugo Bernardo, que foi animada pelo momento musical promovido por João Leonardo e Carla Ferreira, pela declamação do poema ‘A Nau Catrineta’ de Almeida Garrett por Lara Costa, terminando com a performance, do livro ‘Segredo no Zoo’, por mim interpretada. A inauguração constituiu aquilo que pretende ser esta Galeria ao longo de todos os fins-de-semana, ou seja, um espaço cultural e de convívio onde todos são bem-vindos.


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reportagem

BOMBEIROS DE P. DELGADA

“Há investimentos que não podem aguardar mais” Depois de ter iniciado em maio uma campanha, através do Facebook, onde a associação humanitária dos Bombeiros de Ponta Delgada ambicionavam angariar verbas – no total das necessidades impôs um valor de 200 mil euros – não foi possível atingir nem de perto nem de longe o montante necessário. A direção aponta agora novos modelos para conseguir angariar mais doações e pede à população que seja sensível.

Natacha Alexandra Pastor A campanha de angariação de fundos, lançada pela associação humanitária dos Bombeiros de Ponta Delgada terminou no fim do mês de agosto e não conseguiu angariar mais de 3.300 euros. Uma ínfima parcela dos cerca de 200 mil que a associação diz serem imprescindíveis para fazer frente a muitas despesas. João Paulo Medeiros, que está na liderança dos bombeiros, admite que o objetivo possa ter sido ambicioso, mas é, ao mesmo tempo, realista. “A campanha de angariação de fundos lançada a 25 de maio último, na rede social do Facebook, terminou a 23 de agosto, não estando prevista a sua retoma, pelo menos nos mesmos moldes; o resultado alcançado fixou-se em cerca de 3.300 euros. Ora, como é público, o objectivo era muito superior, se calhar ambicioso, mas ao mesmo tempo realista, tendo em conta as necessidades da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada e a população que servimos de forma directa, isto é, cerca de 85.000 habitantes, distribuídos pelas cidades de Lagoa e de Ponta Delgada. O nosso apelo era no sentido de que metade dessa população, portanto cerca de 40.000 habitantes, fizessem um donativo de 5 euros. Não foi alcançado.

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De entre as necessidades, destaque para diversas obras de beneficiação no quartel, mas sobretudo o grande investimento que a associação diz necessitar situa-se ao nível do fardamento do seu corpo de bombeiros e na aquisição de equipamentos para desencarceramento e duas viaturas de transporte de doentes não urgentes. Enquanto os apoios externos não surgem, o responsável diz que vai dar seguimento a alguns investimentos, consoante as prioridades. Na verdade, a associação não pode simplesmente desistir de conseguir tudo o que precisa, já que, refere João Paulo Medeiros, não é possível aguardar e ignorar muitos investimentos. “Os fundos extraordinários necessários, de 200.000€, são extremamente precisos para fazer face a um conjunto de investimentos que é necessário fazer, a curto prazo e para os quais teremos de encontrar outras fontes de financiamento. De forma mais detalhada, são no mínimo 40.000€ para aquisição de fardamento básico para o Corpo de Bombeiros; 36.000,00€ para fazer face à aquisição de duas viaturas de transporte de doentes não urgentes; 30.000€ para aquisição de equipamentos e material de desencarceramento; 10.000,00€ para pequenas


obras de beneficiação do quartel, como por exemplo a substituição da iluminação por tecnologia LED e a reparação dos portões da garagem; 25.000€ para substituição integral do parque informático que tem cerca de 15 anos e está completamente obsoleto e o restante para grandes reparações e conservação de viaturas de combate a incêndios e obras de maior envergadura no quartel. Naturalmente que teremos de recalendarizar todos os investimentos previstos, dando prioridade faseada, por grau de urgência, sendo que a aquisição das viaturas de transporte de doentes não urgentes já se encontra concluída, com recurso a capitais próprios, a aquisição do fardamento está em curso, com pagamento faseado, através de parcerias com os nossos fornecedores e a aquisição dos equipamentos informáticos será efectuada com recurso a um financiamento bancário, já aprovado; há investimentos que não podem mesmo aguardar mais”. “Estejam de mente e coração abertos” Desistir não é palavra que caiba no vocabulário da associação. João Paulo Medeiros clarifica que vão apostar noutras ações e iniciativas para alcançar os propósitos de uma instituição que tem 142 anos de vida e deixa um apelo à sociedade: “Só pedimos que estejam de mente e coração abertos para receber essa informação, ajuizando e valorizando este trabalho social e humanitário, ímpar na nossa sociedade. Não conheço mais nenhuma instituição que tenha como lema “Vida por vida!”! Isso acaba por dizer quase tudo… Nós não vamos desistir, vamos é redefinir as campanhas em curso e dar prioridade, centrando as nossas atenções não na angariação de fundos propriamente dita, mas numa campanha massiva

de angariação de novos sócios; temos apenas cerca de 3.000 sócios e queremos chegar pelo menos aos 10.000 no espaço de três anos; entretanto estamos a

“Vamos avançar com uma grande campanha de marketing social, no sentido de dar a conhecer, em detalhe, as muitas valências desta Instituição. Temos mais de uma dezena de especialidades, todas com inúmeros bombeiros. Na área dos transportes, uma ambulância faz num mês aquilo que muitas viaturas não fazem num ano, mais de 10.000 kms; são mais de 100 serviços por dia...”.” cria ti va magazine - setembro 2020 • 17


reportagem Entrevista

diligenciar na rentabilização de alguns espaços do quartel, para arrendamento, de forma a assegurar fontes de receita alternativas e duradouras. Temos de ser muito criativos e dinâmicos na gestão da

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Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, sempre imbuídos do espírito que nos está incutido, de verdadeira missão, a bem da humanidade e do nosso Corpo de Bombeiros e desta instituição que conta com mais de 142 anos de existência. Vamos continuar a lutar; desistir não é opção; o nosso trabalho, apesar de muito exigente, não é nada comparado com o que estes homens e estas mulheres fazem, todos os dias, em prol das comunidades que servimos. Por isso, é um privilégio e uma honra muito grande estarmos a cumprir essa missão. O nosso trabalho passará também por dar maior visibilidade a esse trabalho quase silencioso destes mais de 100 bombeiros que compõem esta grande família da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada e de Lagoa, que muita gente desconhece, por isso vamos avançar com uma grande campanha de marketing social, no sentido de dar a conhecer, em detalhe, as muitas valências desta Instituição. Só para lhe dar um exemplo, temos mais de uma dezena de especialidades, todas com inúmeros bombeiros. Na área dos transportes, uma ambulância faz num mês aquilo que muitas viaturas não fazem num ano, mais de 10.000 kms; são mais de 100 serviços por dia; é uma dimensão enorme, desconhecida da larga maioria, ora por desconhecimento, ora por desinteresse, e por isso vamos “formar” mentalidades, dando a conhecer, dia a dia, a nossa realidade!


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reportagem

MESTRE SAÚL: nova marca premium das Conservas Santa Catarina As Conservas Santa Catarina apresentam a nova marca Mestre Saúl, a primeira conserva premium portuguesa de atum maturado, criada em homenagem a Mestre Saúl Casimiro, homem de grande saber na arte das conservas, cujo contributo foi determinante para Santa Catarina na elaboração de um produto único.

Natacha Alexandra Pastor Mestre Saúl é a primeira marca portuguesa que entra no segmento das conservas de atum maturado, uma nova tendência da produção conserveira e que vem dar resposta aos consumidores mais exigentes, que procuram produtos selecionados e exclusivos para uma experiência de degustação diferente. Para a elaboração das conservas Mestre Saúl, o filete de atum selecionado é “sabiamente” manipulado, de acordo com as técnicas ancestrais de curar o peixe em conserva e mantém-se em maturação mais de um ano em lata até estar pronto para ser consumido. O processo de maturação serve para agregar sabor sem intervir no ingrediente principal, ou seja, o atum. Este, transforma-se com o tempo, as fibras ficam mais macias e o sabor mais suave e delicado. O atum maturado é degustado e apreciado no melhor estádio de conservação. Através de um método simples e artesanal, que passou de geração em geração, é graças a Mestre Saúl Casimiro, que hoje chega às nossas mesas o melhor sabor do mar dos Açores, numa lata de conserva da marca com o nome do conserveiro. Tal como Santa Catarina, Mestre Saúl assume um compromisso com a sustentabilidade, ostentando nas embalagens os seguintes selos: - Friend Of The Sea, certificado de produção sustentável;

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- Açores Certificado pela Natureza, comprova a origem do produto; - Pesca salto e vara, informa da pesca artesanal que respeita o meio ambiente; - Dolphin Safe, traduz o respeito pelos golfinhos e pelo ecossistema marinho; - Laborado Manualmente, produção artesanal; - Conservas de Portugal, selo atribuído pela ANICP que certifica que a produção é nacional e que tem assinalável incorporação de valor acrescentado.


voucher pรกg. 47

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reportagem

TÉNIS OPEN DAY 2020 com cariz social

Aulas de Pilates e de treino funcional, convívio e muitos momentos orientados para todos os amantes de ténis, fizeram parte este ano do Ténis Open Day, organizado pelo CTSMiguel, que teve, ainda, um cariz social, com uma aula a crianças e jovens dos Lares de N. S. dos Anjos e ténis em cadeira de rodas.

Natacha Alexandra Pastor O CTSMiguel organizou a 8 de Agosto o TÉNIS OPEN DAY. O objetivo deste evento foi, para além da promoção da modalidade, criar momentos de lazer e diversão para as famílias com a prática do ténis e não só. Em 2019, já havia organizado um evento idêntico, mas de 24 horas. Este ano optaram por realizá-lo num formato um pouco diferente e melhorando a qualidade. O TÉNIS OPEN DAY esteve aberto ao público com alugueres de campo grátis, aulas de ténis para crianças, jovens e adultos e numa vertente de cariz social uma aula com as crianças e jovens dos Lares de N. S. dos Anjos e ténis em cadeira de rodas. Numa parte mais competitiva, organizou um torneio social masculino e feminino. Os presentes também tiveram oportunidade de participar numa aula de Pilates (PILATES AZORES) e treino funcional (PAKTUS). O ponto alto foi a batalha de balões de água para as crianças e o insuflável. Ao final do dia, alunos e sócios desfrutaram de um churrasco em esplanada. Ficou a garantia de novo evento para 2021!

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CTSMiguel


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Reportagem

Eco Festival Azores Burning Summer foi além das regras exigidas

Num formato mais reduzido, e cumprindo regras, a 6ª edição do Eco Festival Azores Burning Summer foi um sucesso e um enorme motivo de orgulho, refere o promotor Filipe Tavares, em nome da ARTAC, associação que tem vindo a organizar o evento.

Natacha Alexandra Pastor Quando praticamente todos os eventos culturais foram cancelados, o Azores Burning Summer, festival eco, acabou por realizar-se, depois da organização ter submetido às entidades competentes o pedido de autorização para realizar um evento de quatro dias. Filipe Tavares diz que foram além das regras impostas, demonstrando, assim, que mesmo em tempo de pandemia, é possivel concretizar projetos culturais. “Após 5 meses de confinamento / desconfinamento, de alterações constantes ao formato que havíamos definido e das perdas financeiras devido ao cancelamento de viagens já adquiridas, o Festival conseguiu adaptar-se e provar que esta edição seria possível concretizar-se sem subverter o conceito de “festival de Verão” e sem ter de recorrer ao online como forma de assinalar mais uma edição. Definimos como missão primordial, demonstrar que é possível realizar actividades culturais de forma segura em tempo de pandemia, num gesto de solidariedade para com os artistas e profissionais do mundo do espetáculo e também com o nosso público, sempre exemplar e ordeiro, que tanto nos apoia e ansiava por mais uma edição do festival. Permitir que um músico ou DJ pisasse o palco após cinco meses sem qualquer actividade, é absolutamente gratificante. Recuperar

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Contratempo

as performances ao vivo e possibilitar que o público vibrasse e dançasse, mesmo com distanciamento, dá-nos uma enorme alegria, confiança e sobretudo deixa-nos um sentimento profundo de dever cumprido. Foi fundamental para a concretização do Azores Burning Summer 2020 criar um plano de contingência que fosse além do que nos era exigido. Foi esse o desafio que colocamos à nossa equipa e que foi claramente atingido. O plano de contingência do evento recebeu pareceres positivos do Delegado de Saúde da Ribeira Grande e da Autoridade de Saúde Regional. Cumprir e fazer cumprir foi a mensagem que partilhamos com o público, artistas, equipas de produção, técnica, audiovisual, press e staff. De forma simples, o que fizemos foi adaptar o Festival ao normal funcionamento de um bar / esplanada. Limitamos a lotação diária a 150 pessoas, controlamos a entrada, saída e movimentações do público, equipamos todo o staff com máscaras e luvas, procedemos à higienização do recinto, disponibilizamos gel desinfetante e encerramos o evento às 22:00h para respeitar os horários definidos pela Autoridade de Saúde para os estabelecimentos de venda de bebidas na ilha de São Miguel. O evento decorreu de forma pacífica e exemplar durante quatro dias,


no Moinho Terrace Cafe, localizado na maravilhosa praia dos Moinhos no Porto Formoso.” Na realidade, a opinião pública, que está muito atenta a todas as movimentações culturais e recrativas que acontecem por esta altura nas ilhas, deixou algumas críticas aquando do anúncio da sua organização, facto que o responsável pela ARTAC lamenta, recordando que pelo facto de ter sido até agora o único evento a ter lugar, não deixa de ser preocupante, face à grave situação que vivem os artistas açorianos. “Entristece-me alguma opinião pública desfavorável ao evento, embora reconheça que tenha sido o medo e o desconhecimento os principais motivos de alguma contestação que se sentiu. No entanto, as provas foram dadas e o sucesso desta edição deve-se efetivamente ao planeamento, ao trabalho desenvolvido pela nossa equipa e ao comportamento exemplar do nosso público que tanto nos orgulha e nunca, em edição alguma, nos deu motivo para pensar de forma contrária. Começamos este projeto em 2015, sempre estabelecemos como lotação máxima 50% do público que nos era permitido por lei e todos os anos, o nosso público faz questão de nos lembrar que somos o festival de Verão mais bem organizado, seguro e confortável dos Açores. Em 2020 trabalhamos com 2,5% do público que seria permitido fora da situação de pandemia. O facto de termos sido o único festival, até ao momento, a concretizar-se nos Açores não é propriamente motivo de satisfação porque a oferta cultural no arquipélago é diversa e não festejamos as dificuldades ou insucessos de outras organizações, não é

esse o nosso espírito. Pelo contrário, estamos solidários com todas as organizações que não puderam realizar as suas actividades. No entanto, tenho de reconhecer que, ao sermos o único festival dos Açores a realizar-se, o Eco Festival Azores Burning Summer beneficiou de uma projeção mediática muito importante para a consolidação do projeto a nível nacional. A ARTAC, Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo, Ambiente, Cultura e Saúde, enquanto entidade organizadora do Eco Festival Azores Burning Summer, considera que trazer a música e o cinema à população local e visitantes é um contributo essencial para a saúde pública!”

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desporto motorizado

CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS

O IMPACTO ECONÓMICO DO ADIAMENTO DO AZORES RALLYE Renato Carvalho

Carlos Costa

O Grupo Desportivo Comercial decidiu adiar para o ano de 2021 a realização da edição 55 do Azores Rallye. Os motivos para o adiamento devem-se à falta de meios humanos e materiais para garantir que a prova decorra sem a presença de público. Isto poderia comprometer a segurança dos intervenientes naquele que é o maior evento de promoção da região.

Durante a apresentação do Azores Rallye, ocorrida em Março deste ano, o Grupo Desportivo Comercial (GDC) e a Eurosport Events, promotora do Campeonato da Europa de Ralis, assinaram um documento em que ficou definido que o Azores Rallye integrava o campeonato até ao final de 2022. Desta forma, a questão desportiva está assegurada para os próximos anos. De salientar que em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira se estão a realizar ralis com a presença de público nas estradas. Neste momento o principal problema reside na pandemia da Covid-19. As autoridades de saúde do Governo dos Açores impuseram várias medidas aos promotores de eventos e a organização do Azores Rallye também foi uma das visadas ao ser obrigada a realizar o rali sem a presença de público. Perante a situação, o GDC decidiu adiar a prova para o ano de 2021. Se a questão desportiva está salvaguardada devido à existência do contrato com a Eurosport Events, o mesmo já não acontece com o lado económico. O rali é um acontecimento que movimenta com a economia da região. Um estudo coordenado pelo Prof. Doutor Fernando Pereira

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Perna, da Universidade do Algarve – Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo, e com dados recolhidos durante a edição de 2018, indica que o impacto total foi de 16,2 milhões de euros, em que a despesa total directa gerada na economia do turismo dos Açores atingiu os 11,408 milhões de euros e que se acresce a exposição mediática valorizada em 4,684 milhões de euros. No mesmo documento pode-se analisar que a despesa diária do adepto residente varia entre os 30,56 euros e os 51,75 euros, o que corresponde a uma média de 41,16 euros. Este valor é 42,6% gasto no sector da Alimentação e Bebidas, seguido dos Transportes com 27,4%. Por outro lado, a despesa diária do adepto visitante varia entre os 120,84 euros e os 299,99 euros, o que corresponde a uma média de 210,41 euros. Este valor é 32,5% gasto no sector da Alimentação e Bebidas, seguido do Alojamento com 29,5% e dos Transportes com 16,6%. Outro dado a salientar é que o Grupo Desportivo Comercial entrega ao Estado anualmente o valor de 130 mil euros relativo a IVA. A Hotelaria, a Restauração, o Aluguer de Viaturas e os Com-


bustíveis são os sectores de negócio mais utilizados pela organização, equipas e adeptos. Considerando que as viaturas são um instrumento imprescindível para acompanhar o rali, o aluguer é uma das soluções utilizadas pelos visitantes. Para Luís Rego, responsável máximo da Ilha Verde Rent-a-Car, o adiamento da rali resultou “na perda de oportunidade de uma semana tão boa ou melhor do que na época alta. É um evento

que traz muito movimento à nossa empresa. As equipas precisam de meios de transporte para se descolar nas nossas estradas. É extremamente importante um acontecimento desta natureza para a nossa actividade.” A realização do Azores Rallye podia ter sido uma ocasião para as empresas ligadas ao turismo atenuarem as dificuldades actuais resultantes da pandemia da Covid-19.

Peugeot Rally Cup Ibérica 2020

7º LUGAR DE RUBEN RODRIGUES NO RALI ALTO TÂMEGA A dupla micaelense Ruben e Estevão Rodrigues, na estreia do Peugeot 208 Rally 4, ficaram no sétimo lugar da classificação final do Peugeot Rally Cup Ibérica 2020, um novo troféu que engloba provas em pisos de asfalto a disputar em solo português e espanhol, bem como a participação de pilotos dos dois países. A primeira prova foi o Rali Alto Tâmega disputado na zona de Chaves. A equipa açoriana ocupou a décima quarta posição da classificação final absoluta, num rali em que a vitória pertenceu a Bruno Magalhães

em Hyundai i20 R5. O troféu é composto por quatro provas e deveria prosseguir com o Rali da Princesa de Asturias - Ciudad de Oviedo (Espanha) que foi entretanto cancelado. Assim, a próxima prova será o Rali Vidreiro, no Centro de Portugal. A vitória nesta prova pertenceu a Pedro Antunes e Pedro Alves da equipa PT Racing, na qual está integrado Ruben Rodrigues, com uma vantagem de 19,4 segundos sobre a dupla espanhola constituída por Oscar Ortiz e Jose Bouzas. c ria ti va magazine - setembro 2020 • 27


consultório jurídico

com:

Carlos Melo Bento advogado

Que uso ou não uso podem dar os pais de um menor de certos bens que lhe possam pertencer (por herança p.x.)? Fazendo venda de algum desses bens, quem pode denunciar? Depois da maioridade pode ser reclamado o valor do que foi vendido? Os pais do menor não podem dispor dos bens imóveis deste sem autorização prévia e expressa do Tribunal de Família e Menores. Tal autorização só é dada em circunstâncias extremas e muito bem justificadas, designadamente: tratamento de doença grave para que sejam necessários meios que não existam nos serviços do Estado, a sobrevivência do menor que os pais estejam em absoluto incapazes de proporcionar, etc. Na prática isso é muito difícil de obter, pois aquele tribunal só nessas situações muito especiais é que dá o consentimento que mesmo assim está sujeito a prestação de contas, vigiada de perto pelo Ministério Público. O mesmo se passa com os bens móveis, designadamente o dinheiro que, caso seja desviado, pode dar lugar a processo crime e a uma indenização, que o menor, atingida a maioridade, tem um prazo para pedir. Como esses crimes são públicos, qualquer pessoa que deles tenha conhecimento pode denunciá-los. Note bem: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

28 28 •• ccria riatitiva va magazine magazine -- setembro setembro 2020 2020


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Entrevista

Empresas investem na promoção da Saúde Psicológica

Carolina Ferreira - Psicologia & Coaching. Missão: criar um caminho de mudança, transformando fragilidades em potencialidades. Construa a melhor versão de si mesmo ou da sua empresa. É com esta mensagem que psicóloga clínica, master coach e formadora acaba de apresentar o seu projeto clínico dirigido a particulares mas também a empresas e organizações.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Sente que o recurso aos psicólogos ainda acarreta algum estigma?... Carolina Ferreira - Parece-me que não tem a ver diretamente com o psicólogo, mas sim com o estigma que existe perante a dor psicológica. Esta por ser “invisível” é frequentemente ignorada. E continua-se a acreditar que a dor psicológica deve ser melhor suportada do que uma dor de cabeça/dentes/ barriga… vejamos o seguinte exemplo: imagine que deu uma estrondosa queda e naquele instante dispara uma intensa dor na perna. O que faz? Ignora? Provavelmente vai imediatamente para o hospital, dará entrada no hospital, é-lhe feita uma avaliação inicial. Provavelmente o médico decide fazer um Raio-X e

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CTSMiguel

é identificada uma fratura na perna. O médico diz “lamento tem aqui uma fratura, teremos de colocar gesso durante algum tempo e talvez posteriormente necessite de fisioterapia”. E sem sequer pestanejar aceitamos as indicações. Será que fazemos o mesmo com a dor psicóloga? Será que ao vivenciarmos uma situação de vida difícil (como a perda de um ente querido, divórcio, desemprego, diagnóstico de uma doença grave, etc…) procuramos ajuda? Ou pensamos “isto vai passar”, “é só uma fase”, “não é nada de especial”, “eu aguento”, “psicólogo?! Eu não estou doente” “quem procura ajuda é fraco”. Este tipo de ideias estigmatiza a procura de um psicólogo, no entanto este estigma tem vindo a ser esbatido e cada vez mais pessoas preocupam-se com a sua saúde integrada. Beneficiar


de consultas de psicologia é tão importante como ter seguimento por um médico de família, por um dentista ou qualquer outro profissional de saúde. ...e que isso prejudica o trabalho do profissional? Quando os pacientes já recorrem num estado avançado do seu problema? Acima de tudo prejudica quem nos procura, que chega até nós com um nível de sofrimento mais elevado. Se imaginarmos que ao longo da nossa vida vão ocorrendo situações desafiantes e que estas criam um nó no nosso novelo emocional, poderemos perceber que ao decorrer do tempo estes nós acumulam-se e aumentam a nossa dor. Quando escolhe aprender a ouvir as suas emoções e a regulá-las de forma saudável, desembraçando estes nós, escolhe recuperar liberdade e poder na sua vida. Escolhe fomentar saúde física e psicológica. Há algum perfil do paciente que seja mais comum? E do tipo de situações? As perturbações que apresentam maior prevalência são as Perturbações Depressivas e de Ansiedade, no entanto, cada vez mais as pessoas procuram o trabalho do psicólogo para desenvolvimento pessoal, com a consciência que necessitam de potenciar determinadas competências. Um processo psicoterapêutico pode ajudar quando queremos desenvolver o autoconhecimento ou potenciar o nosso desempenho na vertente profissional/académica/pessoal. Ou quando temos um sentimento geral de que algo não está bem e queremos descobrir e construir uma vida com propósito. A intervenção do Psicólogo Clínico poderá ocorrer, tanto numa perspetiva de recuperação de saúde psicológica como de potenciar um caminho de mudança que passe pelo auto-conhecimento e aumento da satisfação global. Podemos esperar de um processo psicoterapêutico, um ambiente seguro, de confiança e privacidade para explorarmos os nossos problemas e sentimentos, em que Psicólogo Clínico e Cliente irão desenvolver uma relação Terapêutica, que permitirá mobilizar recursos pessoais para realizar a mudança necessária e consolidá-la. Ou seja, um processo psicoterapêutico irá ajudar-nos a pensar de forma mais clara e flexível e resolver as nossas dificuldades. A nível empresarial ainda não há grande cultura de coaching e de outras formações que permitam capacitar funcionários e melhorar o espírito de grupo? Ao nível internacional existe uma cultura organizacional pautada pelo bem-estar, em que o psicólogo com ferramentas de coaching poderá implementar nas empresas. Em Portugal pouco mais de 10% das empresas têm procedimentos

para lidar com os riscos psicossociais. Sendo um nº, ainda, bastante reduzido. Observo que cada vez mais as empresas investem na promoção da Saúde Psicológica percebendo os benefícios organizacionais e individuais para os seus colaboradores. A Ordem dos Psicólogos lançou um estudo recente intitulado “Custo do Stress e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho em Portugal”. Este estudo tem como grande objectivo contribuir para a reflexão sobre o impacto destes problemas na realidade laboral portuguesa. De acordo com o mesmo “a perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por Stress e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até €3,2 mil milhões por ano” que se traduz numa perda de produtividade até 0,9% do seu volume de negócios. A prevenção e a promoção da Saúde Psicológica e do bem-estar, no setor empresarial em Portugal, pode “reduzir as perdas de produtividade pelo menos em 30% e, portanto, resultar numa poupança de cerca de mil milhões de euros por ano”. A estimativa deste estudo acerca de faltas dadas pelos trabalhadores são de até 6,2 dias por ano devido aos problemas de stress e Saúde Psicológica, e de 12,4 dias devido ao presentismo. A investigação demonstra ainda, amplamente, outros efeitos adversos do Stress e dos problemas de Saúde Psicológica para as organizações, o aumento de erros e acidentes por erro humano, assim como o aumento dos conflitos laborais, da rotatividade e intenção de sair da organização. E, por outro lado, a diminuição da motivação e compromisso dos colaboradores e da imagem e reputação positivas da organização. Este estudo frisa que 3 em cada 5 colaboradores experienciam problemas de saúde psicológica devido ao trabalho. As evidências científicas comprovam que realizar acções para prevenir as causas do Stresse Ocupacional, intervir nos problemas de Saúde Psicológica e promover a Saúde Psicológica no Local de Trabalho pode não só reduzir os custos, mas também traduzir-se num conjunto de benefícios: A Saúde organizacional está associada a um desempenho financeiro mais forte – cerca de 2,2 vezes superior à média; cada euro investido na implementação eficaz de programas de intervenção que apoiam os colaboradores com problemas de Saúde Psicológica produz um retorno que corresponde a um aumento cinco vezes superior da produtividade. Os custos das intervenções de promoção da Saúde Mental no trabalho, geralmente, são claramente ultrapassados pelos ganhos na redução do absentismo e melhoria da produtividade. Existem investigações sobre intervenções custo-efectivas que promovem a Saúde Psicológica no trabalho que sugerem um retorno do investimento de mais de €9 por cada €1 gasto.

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CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

Doença de Alzheimer

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

A doença de Alzheimer é uma demência resultante de causa ainda não completamente conhecida, mas que parece associada à acumulação de substâncias lesivas no tecido cerebral, levando à sua degradação. Normalmente, os primeiros sinais/sintomas da doença são os esquecimentos para acontecimentos recentes. É muito comum o utente ou o seu familiar/cuidador referir que o passado está muito presente havendo, no entanto, uma ausência de memória para acontecimentos recentes, muitas vezes ocorridos no próprio dia. Depois, com a evolução da doença, os familiares/cuidadores tendem a reportar erros graves como deixar a comida queimar no forno, deixar portas de casa abertas, não fechar torneiras provocando inundações, etc… Com o passar do tempo, a doença tende a agravar-se verificando-se uma diminuição da iniciativa, apatia, isolamento social e/ou desinteresse por atividades que durante toda a vida haviam despertado particular gosto. Muitas vezes estes sinais/sintomas são interpretados de forma errada como sendo relativos a uma perturbação depressiva. Com a evolução da doença tende a verificar-se um agravamento de outros défices cognitivos, como dificuldade na realização de cálculo, perda da capacidade de orientação espacial, alteração da capacidade de desenvolver um raciocínio abstrato, incapacidade em planear atividades, alteração do conteúdo do pensamento e alterações da linguagem. Partindo do conhecimento atual, a idade avançada parece ser o fator de risco mais importante. De acordo com a evidência epidemiológica, a doença de Alzheimer é muito rara em indivíduos com idade inferior a 60

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anos, sendo que este grupo representa apenas 1 a 2% do total de acometidos pela patologia. No entanto, o tabagismo, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, a diabetes e a obesidade também podem concorrer positivamente para a doença. Outro fator de risco frequentemente questionado nas consultas são os fatores genéticos e a hereditariedade. É comum, sobretudo em senhoras, questionarem o médico de família que a sua mãe teve/tem doença de Alzheimer e que, portanto, gostaria de saber qual o risco de vir a sofrer da mesma doença. Importa esclarecer junto da utente a idade de diagnóstico da doença no progenitor. Se este tiver ocorrido antes dos 50 anos, parece existir um risco de 50% de desenvolver a doença nos filhos. Neste sentido, não pense que a sua pergunta é descabida ou que os seus receios são despropositados. Pelo contrário, informar o seu médico de família acerca da história de saúde da sua família é muito importante. Presentemente, o diagnóstico tem tido lugar em fases cada vez mais precoces da doença, com implicações positivas para o seu tratamento. Têm tido um papel fundamental os cuidados de saúde primários com especialistas em Medicina Geral e Familiar atentos aos sinais precoces de demência, bem como ao nível da prevenção e monitorização do risco familiar. A par destes avanços, embora não dispondo atualmente de cura, existem diferentes planos terapêuticos que podem alterar o curso normal da doença, retardando o declínio cognitivo. Portanto, recorra ao seu médico assistente. Ele saberá orientar o seu caso e oferecer a resposta mais adequada.


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José Andrade

O ANO DA AUTONOMIA O livro 1976: Autonomia! – O Governo Próprio dos Açores foi editado em 2016, como último volume da trilogia “Anos Decisivos”, comemorando os 40 anos da Região Autónoma dos Açores. Tem prefácio de João Bosco Mota Amaral e é editado pela Letras Lavadas. As suas primeiras apresentações públicas ocorreram a 26 de junho, em Angra do Heroísmo, com Álvaro Monjardino, Reis Leite, Dionísio Sousa e Francisco Coelho; a 27 de junho, na Horta, com Ana Luís e Fernando Menezes; e a 28 de junho, em Ponta Delgada, com Jaime Gama. No ano evocativo do 40º aniversário da Autonomia Constitucional, os três volumes foram também apresentados nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Flores e Corvo, bem como nas Casas dos Açores de Lisboa, Norte e Algarve. A trilogia “Anos Decisivos” reconstitui a vida política do arquipélago dos Açores, desde a revolução nacional de 25 de abril de 1974 até à posse do primeiro governo regional a 8 de setembro de 1976, com base nos relatos da imprensa diária dos distritos autónomos de Ponta Delgada (Diário dos Açores, Correio dos Açores e Açores), Angra do Heroísmo (A União e Diário Insular) e Horta (O Telégrafo e Correio da Horta). O primeiro volume, editado em 2014, intitula-se 1974: Democracia… - O 25 de Abril nos Açores e tem prefácio de Jaime Gama. O Volume II, intitulado 1975: Independência? – O ‘verão quente’ nos Açores, foi editado em 2015 com prefácio de Álvaro Monjardino. Outros factos importantes ocorreram, entretanto, neste triénio histórico em que os Distritos Autónomos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta dão lugar à Região Autónoma dos Açores: • A apresentação do projeto pioneiro das “Bases do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores”, pelo PPDA – Partido Popular Democrático Açoreano, a 8 de novembro de 1974; • A eleição da Assembleia Constituinte, a 25 de abril de 1975, com seis deputados distritais dos Açores; • A manifestação popular do dia 6 de junho de 1975 na cidade de Ponta Delgada; • A posse da Junta Administrativa e de Desenvolvimento Regio-

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nal dos Açores, a 26 de agosto de 1975; • A realização simultânea de manifestações populares em todas as ilhas de apoio à Junta Regional dos Açores face à instabilidade política de Lisboa, a 17 de novembro de 1975; • A criação da Região Autónoma dos Açores decretada no Título VIII da nova Constituição da República Portuguesa, a 2 de abril de 1976; • A publicação do novo decreto que consagra o Estatuto Provisório da Região Autónoma dos Açores, a 1 de junho de 1976; • A proclamação da constituição da primeira Assembleia Regional dos Açores, a 21 de julho de 1976; • A abertura oficial da Assembleia Regional dos Açores pelo Presidente da República, a 4 de setembro de 1976. Mas, de entre as 10 datas que marcam e motivam os anos decisivos da autonomia açoriana, sobressai o dia 27 de junho de 1976, em que os açorianos das nove ilhas, pela primeira vez em cinco séculos de história, elegem o primeiro órgão representativo da Região Autónoma dos Açores. Foi aqui que, efetivamente, tudo começou…


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Olhar Criativo Desafio Mensal do Mês transato

com o Tema:

“Os nossos PETS”

1º Lugar - Umai - Valentino Pandiscia

“ESTAS PÁGINAS são DEDICADAs AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Palavras para quê? - Ana Bela Correia

3º Lugar - Janela Indiscreta - Gabriela Oliveira

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saúde ótica

Com que frequência deve mudar os seus óculos de sol? Tal como as lentes oftálmicas, os óculos de sol devem ser mudados pelo menos a cada dois anos, pois os raios UV com o passar do tempo vão danificando os filtros protetores que as suas lentes têm, deixando de proteger os seus olhos dos raios UV e aumentando assim o risco de danos na córnea e de problemas de visão. Não arrisque com a sua visão! Aposte sempre nuns óculos de sol com umas boas lentes solares que tenham os filtros adequados e com certificado de garantia de qualidade. Mantenha o cuidado de higiene dos seus óculos sempre que for à praia. Quer o sal, quer a areia podem danificar as lentes. Deverá guardá-los na caixa, sempre que não estiver a usá-los.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt



saúde auditiva

Quais são as causas de perda de audição? Existem muitas causas diferentes de perda auditiva. Algumas são provocadas pelo mundo que nos rodeia: maquinaria barulhenta, música alta, tiros, explosões, rugido de motos e aviões, etc. Algumas outras causam podem vir de ‘dentro de nós’, incluindo a perda auditiva causada pelos efeitos colaterais de medicação ou infeções no ouvido. Porém, as causas mais comuns de perda auditiva têm que ver com o envelhecimento normal. Faça um rastreio auditivo e saiba como está a sua saúde auditiva.

A perda de audição pode afetar os seus relacionamentos? Os sintomas de perda auditiva podem ser mal interpretados pelos seus colegas de trabalho e entes queridos. Quando você não responde imediatamente ao que eles estão dizendo, eles podem pensar que você não está prestando atenção ou que não está apenas interessado no seu ponto de vista. Os eventos sociais tornam-se menos agradáveis ​​quando se vive com perda auditiva. Pode ser difícil entender o que está sendo dito quando há muito ruído em segundo plano.

1 em 6 adultos possuem algum grau de perda auditiva! Imagine estar a jantar num restaurante movimentado. No fundo, existe barulho de pratos, cadeiras arrastadas, pessoas falando e rindo. Você está esforçando-se para acompanhar o que está acontecendo na sua mesa, e o esforço de fazer isso está começando a fazer-se sentir mais e mais cansado. Eventualmente, você começa a fingir que pode ouvir. Acena com a cabeça, parece interessado e ri com a multidão, mesmo que não tenha entendido as brincadeiras. Começa a sentir-se deixado de fora. Quando sai do restaurante tem uma dor de cabeça palpitante, desapontamento e não pretende repetir a experiência tão cedo. Pense sobre essas situações diárias e sobre como elas o afetam, faça um rastreio auditivo gratuito e previna estas situações.

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eventos Quatro dias de Eco Festival Azores Burning Summer Contratempo A ARTAC - Associação Regional para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo, Ambiente, Cultura e Saúde organizou, sobre apertadas regras de segurança, higiene e distanciamento social, a 6ª edição do Azores Burning Summer, que se desenrolou no mesmo palco de sempre. Em quatro dias, combinou concertos com dj’s e cinema.

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eventos Animar PDL no centro histórico CMPD A ação Animar PDL voltou ao centro histórico de Ponta Delgada com música e animação de rua.

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eventos

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aconteceu In tervenção no trilho de acesso à Cal­ deira de Santo Cristo concluí­ da Foi concluída a alteração do traçado original de um troço do trilho PR1SJO entre as fajãs dos Cubres e da Caldeira de Santo Cristo, executada num curto espaço de tempo após uma derrocada

envolver 229 artistas contabilizando 65 atuações até dia 1 de outubro (Dia Mundial da Música), com concertos que têm lugar de quarta-feira a sábado. Os concertos têm lugar no centro histórico da cidade e pretendem apoiar os vários artistas que estão sem atividade profissional há vários meses. Polidesportivo dos Re­ médios com cobertura Este equipamento desportivo no lugar dos Remédios, freguesia de Santa Cruz, será requalificado, procedendo-se à sua cobertura e substituição do piso, sofrendo ainda melhorias na zona de balneários e instalações sanitárias. Além disso, será levada a cabo uma intervenção

ocorrida em maio, reforçando assim a segurança neste importante acesso pedonal. As obras consistiram na alteração para montante do traçado de uma parte do trilho, na zona das derrocadas. Animar PDL até 1 de outubro A autarquia de Ponta Delgada tem estado a promover o programa Animar PDL, uma iniciativa que vai

no acesso para praticantes e para o público em geral, num investimento que ultrapassa o valor de 200 mil euros.

Instituto Cultural Pa­ dre João José Tavares com novo espaço O Instituto Cultural Padre João José Tavares, da Lagoa, irá ter um novo espaço sede e que ficará instalado na rua Manuel Inácio da Mota, ocupando parcialmente o edifício do Museu do Alambique. O Instituto foi constituído a 7 de abril de 2008 e tem como principal objetivo divulgar e enriquecer a cultura no concelho de Lagoa. O Instituto atua em áreas como o património, história, museologia e arte sacra, entre outras. Pretende promover atividades culturais como conferências e concertos musicais, a par de publicações lagoenses. Governo cede imóvel à Kairós A Secretária Regional da Solidariedade Social, Andreia Cardoso, assinou um protocolo para cedência de um imóvel - Terreno Agrícola da Malaca - entre o Instituto da Segurança Social dos Açores, IPRA, e a Kairós - Cooperativa de Incubação de Iniciativas de Economia Solidária. O projeto prevê três componentes: ambiental, económica e social.

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aconteceu tecnologias de informação e comunicação (TIC), que estimulem a criatividade, a imaginação e o desenvolvimento de competências emocionais e de raciocínio verbal e lógico. Cada desafio será composto por várias atividades que promovem hábitos de vida saudáveis e que consciencializam para o estado do mundo atual.

PROJETO ÉDUCA EM CASA A Câmara Municipal de Lagoa irá avançar com o projeto Éduca em Casa, com o objetivo de contribuir para o bem-estar das famílias, tendo em conta as necessidades da comunidade, numa altura particularmentre especial. Num tempo de distanciamento social, este projeto surge como alternativa à mobilidade reduzida que é imposta, cultivando a proximidade entre a comunidade e o município e, ao mesmo tempo, irá promover o divertimento e o desenvolvimento de conhecimentos. Este projeto destina-se ao público infantojuvenil, assumindo-se como uma forma de entretenimento lúdico com vários desafios, a partir das

10

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Requalificação da EBI de Rabo de Peixe com visto do TC O Tribunal de Contas, através da Secção dos Açores, concedeu o visto à empreitada de requalificação das instalações do 2.º e do 3.º Ciclo da Escola Básica Integrada (EBI) de Rabo de Peixe, em S. Miguel. A empreitada, no valor de 13,7 milhões de euros, vai contemplar a construção de dois pisos num único volume de configuração em “J”, permitindo o aumento das salas de aula, passando a escola a contar com 36 salas de aula normais. No que diz respeito às áreas sociais e administrativas, a escola ficará dotada com uma nova cozinha e refeitório, auditório, gabinetes de trabalho de professores e de atendimento dos encarregados de educação, áreas para a secretaria, administração e gestão da escola, além de espaços de convívio para professores e alunos.

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Aberto período de can­ didaturas ao estatuto da Agricultura familiar Os agricultores dos Açores podem apresentar as candidaturas para a atribuição do título de reconhecimento do Estatuto da Agricultura Familiar. Para o efeito, os candidatos têm de ter um rendimento coletável inferior ou igual ao valor enquadrável no 4.º escalão do IRS, recebam um montante de ajudas do POSEI não superior a 10.000 euros e recorram a mão-de-obra familiar não remunerada em percentagem igual ou superior a 50 % do total de mão-de-obra estimada para a exploração. Ponta Delgada cria Vale Ler PDL No âmbito do Fundo de Emergência Empresarial, a Câmara Municipal de Ponta Delgada criou o “Vale Ler PDL”, com vista a apoiar o mercado livreiro, através da comparticipação de 30% a 50% da compra de um livro, e, ao mesmo tempo, incentivar a leitura, privilegiando os autores locais.

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eventos Clube de Ténis organiza ténis open day CTSMiguel O CTSMiguel organizou o TÉNIS OPEN DAY que ofereceu um leque de atividades a todos os interessados. Pilates, aula de ténis para crianças, jovens e adultos, treino funcional, batalha de água, torneio social masculino e feminino, ténis em cadeira de rodas e no final um churrasco.

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horóscopo Astrólogo Luís Moniz

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

Carneiro 21/03 a 20/04

A vida afetiva atravessa um período em que sentirá maior capacidade de expressar a sua verdadeira identidade e de traçar os seus novos objetivos. A nível profissional, escute as opiniões das outras pessoas e não descuide a área particular. É tempo de tomar decisões e de avançar com projetos.

Balança 23/09 a 22/10 A vida afetiva evidencia a sua grande vontade de agradar e de ser uma figura simpática. No entanto, tente adotar um comportamento muito assertivo. A nível profissional, estão facilitadas as participações em grupos. É um momento ótimo para encontrar os apoios necessários para poder progredir.

touro 21/04 a 20/05 A vida afetiva apresenta um ambiente de segurança e de tranquilidade, que pode ser aproveitado para experienciar momentos de grande cumplicidade. A nível profissional, existe uma forte capacidade de trabalho que lhe permite abrir novas perspetivas na carreira. Os contatos estão protegidos.

Escorpião 23/10 a 21/11 A vida afetiva vivencia grandes emoções, que promovem ocasiões escaldantes. No que diz respeito à sexualidade, experimente situações diferentes. A nível profissional, analise o seu passado com responsabilidade e inteligência para poder aproveitar as novas oportunidades que decerto surgirão.

gêmeos 21/05 a 20/06 A vida afetiva rompe um ciclo de crescimento sentimental. Esta pode ser uma boa maneira de amadurecer e de aprender a controlar as suas reações. A nível profissional, procure abrir os seus horizontes e desenvolva as suas atividades de forma mais inovadora para conseguir enfrentar o futuro.

sagitário 22/11 a 21/12

Caranguejo 21/06 a 22/07 A vida afetiva reflete dificuldades na relação mais íntima. Mostre os seus sentimentos, ouça a outra pessoa e atue de modo bastante compreensivo. A nível profissional, durante esta fase benéfica, terá a oportunidade de expandir a sua imaginação e de colocar em prática os seus velhos planos.

capricórnio 22/12 a 19/01 A vida afetiva dá-lhe a hipótese de escolher entre dois rumos. Se entender, desenvolva o autoconhecimento para entender as suas exatas motivações. A nível profissional, podem aparecer algumas contrariedades e vai ter de manter a lucidez para conseguir tirar o melhor proveito desta conjuntura.

leão 23/07 a 22/08

aquário 20/01 a 18/02

virgem 23/08 a 22/09 A vida afetiva marca relacionamentos muito profundos e consolidados. Vai sentir mais vontade de experienciar momentos mais intensos com o seu par. A nível profissional, tome decisões e elabore novos planos que lhe possam trazer benesses. Demonstre as suas razões e os seus métodos de trabalho.

peixes 19/02 a 20/03 A vida afetiva evolui muito positivamente. Um bom livro, a prática da meditação e uma música mais profunda podem dar-lhe a sensação de serenidade. A nível profissional, precisa de inovar com coragem. Ainda, certos eventos sociais podem trazer novos encontros que fomentarão mudanças otimistas.

signo do mês

A vida afetiva passa principalmente pelo desejo de reconstituir uma família, de consolidar laços e de expressar o seu amor pelas pessoas que ama. A nível profissional, descubra a sua faceta criativa para brilhar de forma positiva e no sentido de preparar bases que lhe serão uteis no futuro.

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A vida afetiva encontra- se dirigida para a sua intimidade, que lhe possibilitará tomar consciência dos seus dotes e do lado subtil da existência. A nível profissional, canalize as suas forças e o seu otimismo para começar novos desafios. Vai certamente sentir maior capacidade de iniciativa.

A vida afetiva beneficia das boas energias que lhe ajudam a harmonizar a estrutura familiar, mas desenvolva atividades lúdicas com os seus filhos. A nível profissional, há fortes oportunidades de mudanças e de concretizações há muito tempo esperadas. Procure avançar, mas sem medo de arriscar.


voucher pรกg. 47

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