Criativa Magazine - Novembro 2019

SCONTO ERS DERIDE VOUCHNO INTE OR

ANIVERS Á

AGENTE DA PM DE SANTA MARIA EM MISSÃO NA GRÉCIA

O CENTRO HISTÓRICO ESTÁ REFÉM DA DITADURA DO AUTOMÓVEL

ENTREVISTA MÁRIO FORTUNA

“SISTEMA ELEITORAL É OBSOLETO, INADEQUADO E INEFICIENTE”

5º .

GAZINE MA

GRUPO ILHA VERDE OBTÉM CERTIFICAÇÃO ISO 9001 EM TODAS AS EMPRESAS

CRIATIVA RIO

ENTREVISTA AGENTE DA PM DE SANTA MARIA EM MISSÃO NA GRÉCIA

EXPOSIÇÃO “CARLOS CARREIRO_ UMA RETROSPETIVA” LANÇAMENTO DO LIVRO “O LUGAR DA MAÇÔ DE TOMAZ BORBA VIEIRA WINE IN AZORES 2019

REPORTAGEM EXPOSIÇÃO MOSTRA LADO FRATERNO DOS CUIDADORES

LANÇAMENTO DE LIVRO DO PADRE OCTÁVIO DE MEDEIROS ALMOÇO CONVÍVIO COM IDOSOS DAS FURNAS EXPOSIÇÃO “DESENHOS DE LISBOA E UMA FUGA”

RUBRICAS

ENTREVISTA PROJETO EDUCAMENTE PÕE CRIANÇAS A MEDITAR E A RELAXAR

CRIATIVO 28 OLHAR TEMA EMOLDURADO SOBRE A BICICLETA NO SÉC. XXI 30 OLHAR COM: FRANCISCO CARREIRO

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SAÚDE ÓTICA COM: INSTITUTOPTICO

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

DESPORTO BI-CAMPEONATO PARA LUÍS MIGUEL REGO

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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GRANDE ENTREVISTA

EVENTOS

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REPORTAGEM GRUPO ILHA VERDE OBTÉM CERTIFICAÇÃO ISO 9001 EM TODAS AS EMPRESAS

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Francisco Carreiro, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho.

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ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.

GRANDE ENTREVISTA

SISTEMA ELEITORAL É OBSOLETO, INADEQUADO E INEFICIENTE Uma proposta e petição para a revisão do sistema eleitoral dos Açores foi recentemente apresentada por um grupo de cidadãos (Cidadania Ativa), sendo Mário Fortuna seu porta-voz. Em entrevista à Criativa Magazine falou dos principais propósitos.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - À data de hoje, quantas pessoas já assinaram a petição da Cidadania Ativa? Conquistados os números necessários para levar a discussão na ALRAA, quais são as principais e verdadeiras expetativas? Poderá ou espera haver algumas forças de bloqueio às diferentes propostas? Qual delas é a mais sensível: a redução do número de deputados por ilha?

Mário Fortuna (Cidadania Activa) - A petição já vai com 600 assinaturas de subscrição. Para ser tratada em Plenário da ALRAA são necessárias 300 assinaturas, com identificação de cartão de contribuinte.

As nossas expetativas realistas são de que o assunto seja rapidamente discutido na ALRAA porque temos a consciência perfeita que o direito de iniciativa legislativa nesta matéria cabe às forças políticas ali representadas. Os cidadãos podem, no máximo, convencer estas forças políticas a considerar as suas ideias. Se apresentamos ideias a perspetiva é que sejam consideradas em debate. O ideal é que sejam adotadas.

Mas compreendemos e aceitamos que haja outras opiniões, obviamente. Não podem é ser o pretexto para a não discussão dos assuntos. Da nossa parte esperamos apenas que o assunto seja discutido e que apareçam propostas consensuais

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DR e Carlos Costa operacionalizáveis.

Em democracia não podemos considerar que existam forças de bloqueio. Haverá antes opiniões diferentes que se podem exprimir. Existem mecanismos regulamentados para que os cidadãos possam ver discutidas as suas opiniões. No resto funcionam os mecanismos de representação estabelecidos.

Quanto às propostas, não consigo, depois de muitas trocas de impressões, com muita gente, eleger uma como mais complexa ou sensível. São todas cruciais, na nossa opinião.

Coloquem-nas à discussão e vamos ver o que se apura.

A apresentação foi estrategicamente pensada para acontecer após o último ato eleitoral em Portugal. Se os resultados obtidos tivessem sido mais positivos (por exemplo a começar pelos números da abstenção) teriam avançado igualmente?

A apresentação não foi pensada para acontecer depois das legislativas nem dependia das legislativas. A proposta já estava pronta muito antes deste ato eleitoral e só não foi apresentada antes por falta de oportunidade e por haver alguma incerteza quanto à sua oportunidade naquela altura. Foi uma questão operacional dos proponentes. O tempo que mediou entre as europeias e as legislativas foi muito curto e meteram-se outros compromissos pelo meio. Portanto, teríamos avançado na mesma com a proposta fossem os resultados das legislati-

vas outros, ao nível da abstenção.

Depois da apresentação pública, já receberam algum contacto, pedido de reunião ou de auscultação de algum dos partidos com assento na Assembleia Legislativa Regional dos Açores? O que entende o Grupo Cidadania Ativa desta ausência de contacto? Vão continuar a aguardar ou vão tomar a iniciativa?

Desde que apresentamos a proposta temos estado concentrados nas assinaturas da petição (https://peticaopublica. com/pview.aspx?pi=PT94680). Ainda não pedimos audiências aos partidos, nem os partidos nos pediram informações, até porque já conhecem a proposta na sua íntegra.

Estamos ainda concentrados na divulgação da proposta através de meios eletrónicos, através de entrevistas e através de palestras. A proposta deverá também ser apresentada na ALRAA, seguindo as regras estabelecidas. Alguns partidos, por via indireta de alguns dos seus membros ou mesmo em posições expressas na comunicação social já foram esboçando as suas posições sobre a matéria, em muitos casos na forma de preocupações sobre a exequibilidade ou as implicações das nossas propostas. Alguns preocupam-se com o que poderá acontecer à probabilidade de manterem os seus lugares, outros preocupam-se sobre o equilíbrio de forças que resultar e sobre a governabilidade da Região, outros preocupam-se ainda com questões menos palpáveis, e evidenciam um enorme receio perante uma mudança mais profunda que ameace

Alguns partidos, por via indireta de alguns dos seus membros ou mesmo em posições expressas na comunicação social já foram esboçando as suas posições sobre a matéria, em muitos casos na forma de preocupações...”. o status quo. São reações que consideramos expectáveis. O espaço seguinte de debate do assunto será, naturalmente a ALRAA, em comissão competente e em plenário. Estamos a trabalhar para isto. Entretanto, continuam os momentos públicos, como é o caso desta entrevista.

Também referiu que pretende levar o assunto à Presidência da República. Já há alguma aceitação ou data?

Não tomamos ainda nenhuma iniciativa neste sentido. Primeiro estamos a tratar das questões relevantes internamente.

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Falou na questão da introdução do Voto Eletrónico, e deu ênfase que essa ferramenta é, no vosso entendimento, um dos detalhes que pode ajudar ao combate à abstenção. Pode deduzir-se, assim, que do vosso ponto de vista parte do problema da abstenção não está relacionado com desagrado aos políticos e à política (de uma forma geral)? Ou com um sentimento de descrédito?

O problema da abstenção é, necessariamente, um problema multifacetado. Os fatores relevantes tanto podem estar associados aos mecanismos de votação em mesas de voto tradicionais, como à perceção dos eleitores quanto à qualidade das propostas dos partidos, como ao alheamento dos cidadãos, como à sua revolta por uma razão ou por outra. Atacar o problema passa, por isso, por atuar em várias frentes. Nós propomos quatro frentes, sem pensarmos que esgotamos as possibilidades: proximidade dos candidatos aos eleitores (mais círculos eleitorais); abertura das proposituras a grupos de cidadãos (acabar com o monopólio dos partidos); redução do número de deputados (é possível desempenhar as funções da ALRAA com menos deputados) e; implementação do voto eletrónico (tirando partido das novas tecnologias que já utilizamos extensivamente para quase todas as nossas tarefas diárias). Concluindo, há várias histórias a contar neste problema da abstenção e têm de ser todas contadas.

Gostaria de perguntar, talvez de um ponto de vista mais pessoal, a sua visão e opinião sobre a percentagem de abstenção no último ato eleitoral?

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É um registo demasiado elevado para não suscitar a tomada de medidas de curto, de médio e de longo prazo para a sua correção. Mesmo que se aceite que os cadernos eleitorais estão enviesados em Portugal, o registo da abstenção nos Açores é sempre bem mais elevado do que em outras localidades e deve causar-nos apreensão se não mesmo vergonha.

Disse esperar que esta vossa proposta possa dar frutos a um espaço de 1 ano! E se isso não acontecer?

Disse que era possível, conjugando-se vontades, que a proposta produzisse resultados a curto prazo. Se isso não acontecer teremos mais uma edição das eleições legislativas regionais com os mesmos mecanismos que têm produzido os resultados insatisfatórios que todos comentam, mas sobre os quais não se tem agido. Há duas leituras para explicar esta circunstância: os partidos com assento parlamentar não querem, na verdade, mudar nada e, por isso, nada acontece ou; os grupos parlamentares são incapazes de produzir soluções práticas, em tempo útil, para a abordagem do problema.

Como cidadão e eleitor como analisa o atual sistema eleitoral para a ALRAA? E até que ponto funciona em defesa dos Açorianos?

Usando algumas palavras-chaves? P.ex.

Obsoleto; Inadequado; Ineficiente.

Tendo subscrito a proposta apresentada tenho de dizer que o sistema é obsoleto em vários aspetos (forma de votar, por exemplo). É inadequado noutros aspetos (falta de proximidade de candidatos e eleitores) e; é ineficiente porque mobiliza poucos eleitores e produz uma assembleia que, na verdade, se tem revelado pouco eficiente na sua ação central de fiscalização da ação do governo.

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REPORTAGEM

GRUPO ILHA VERDE OBTÉM CERTIFICAÇÃO ISO 9001 EM TODAS AS EMPRESAS O Grupo Ilha Verde obteve a certificação ISO 9001 em todas as empresas que compõem o seu grupo empresarial. A distinção foi entregue por Rui Cordeiro – Manager SGS Ilhas à administração.

Natacha Alexandra Pastor Para Lucília Rego, responsável pela Gestão da Qualidade, este foi um marco realçado “com enorme satisfação, pelo facto de todas as empresas do grupo, terem obtido os certificados de conformidade ISO 9001”, em consequência de “um trabalho árduo e muito exigente, sendo apenas possível graças ao empenho, dedicação e profissionalismo de todos os colaboradores”, a quem aproveitou para agradecer, na presença dos vários responsáveis e chefias.

A concretização deste objectivo a que se propôs o Grupo Ilha Verde não é o fim de um processo mas a continuação de um trabalho de uma vasta equipa, em prol da excelência e uma responsabilidade acrescida na prestação dos seus serviços.

Em representação da SGS Portugal, Rui Cordeiro realçou o facto do “Grupo Ilha Verde ter mostrado um compromisso inequívoco com a gestão da qualidade, sendo uma das suas estratégias e ferramentas de gestão”. O Manager das SGS Ilhas aproveitou ainda para elogiar “o interessante percurso crescente ao nível das certificações conquistadas nos últimos anos, e que deve ser motivo de orgulho para todas as partes interessadas”, salientou.

Recorde-se que o processo de certificação do Grupo Ilha

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DR

Verde iniciou há 13 anos, sendo a Ilha Verde Auto Elgê a primeira entidade a obter tal desígnio.

A norma ISO 9001 A ISO 9001 é um sistema de gestão com o intuito de garantir a otimização de processos, maior agilidade no desenvolvimento de produtos e produção mais ágil a fim de satisfazer os clientes e alcançar o sucesso sustentado.

O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) funciona como um instrumento para ajudar o gestor a encontrar e corrigir processos ineficientes dentro da organização. Além disso, a ISO 9001 é uma forma de documentar a cultura da organização, permitindo que o negócio cresça mantendo a qualidade dos bens e serviços prestados.

Por se tratar de um sistema internacional criado pela ISO (International Organization for Standardization), que é uma organização fundada em 1946 e sediada em Genebra, na Suiça com o propósito de desenvolver e promover normas que possam ser utilizadas por todos os países do mundo, é uma ferramenta que pode ser adotada por qualquer empresa, de qualquer porte e por isso é a norma mais conhecida e adotada em todo o mundo pelas empresas de sucesso..

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ENTREVISTA

AGENTE DA PM DE SANTA MARIA EM MISSÃO NA GRÉCIA Paulo Resendes é agente da Polícia Marítima na ilha de Santa Maria e um dos elementos que integra, em regime de voluntariado, a Missão Poseidon 2019, que está no terreno a apoiar e a garantir a chegada, em segurança, de dezenas de refugiados.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - O que se propõem a fazer os agentes que integram a missão POSEIDON na Grécia?

Como é constituída a equipa? Como foram seleccionados os elementos participantes?

Paulo Resendes (Agente da PM em Santa Maria) - O objectivo principal da Missão Poseidon 2019 é controlar e vigiar as fronteiras marítimas gregas e externas da União Europeia, no combate ao crime transfronteiriço, no âmbito das funções de guarda costeira europeia, e a nossa equipa da Polícia Marítima

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DR

encontra-se integrada na operação POSEIDON, sob égide da agência europeia FRONTEX e em apoio à Guarda Costeira grega. A nossa equipa está dividida em duas vertentes: a vigilância costeira (equipa em terra em pontos estratégicos) com recurso a equipamentos de vigilância e monitorização à distância, e ainda as equipas de abordagens no mar fronteiriço entre a Turquia e a Grécia, no caso específico na ilha de Lesvos. Somos cerca de 13 elementos.

Conforme alguns requisitos, a equipa que faz a gestão do pessoal da missão, maioritariamente voluntários, foi submetida a uma formação, na qual a vertente psicológica é tida em conta e tem extrema importância.

Posteriormente passa à fase do aprontamento para a missão, incluindo uma grande ‘bateria’ de exames de diagnóstico e outras questões médicas que têm de ser tidas em conta.

Houve um trabalho preparatório específico para ingressar nesta missão?

O trabalho de pré-missão tem em conta vários factores, como sejam suporte básico de vida, instrução em equipamentos de monotorização, preparação sob a tutela dos psicólogos da Polícia Marítima, etc.

Quais é que têm sido os maiores desafios no terreno? Para quem faz frente a esta missão, o psicológico tem de estar bem preparado para algumas situações mais críticas?

Claramente para mim o facto de estar actualmente a exercer a minha função policial, numa ilha como a de Santa Maria, em que a actividade criminal não é muito relevante no nosso desempenho diário, felizmente,

Em 2018 soube da renovação da parceria entre a Frontex e a Polícia Marítima e candidatei-me, tendo a noção de que poderia pelo menos com a minha grande pré-disposição fazer algo diferente”. e tendo em conta o meu constante interesse em realizar operações diferentes do meu dia-a-dia, como já aconteceu com o meu voluntariado, para o com exercício da autoridade nas Ilhas Selvagens no arquipélago da Madeira, é algo motivante e que me cria sempre uma adrenalina extra para tentar desempenhar bem a minha função.

Neste caso em particular, a missão, desde que

começou em 2015/2016, tem vindo a criar-me muito interesse, mas nunca tinha avançado para o voluntariado por questões de ordem profissional. Em 2018 soube da renovação da parceria entre a Frontex e a Polícia Marítima e candidatei-me, tendo a noção de que poderia pelo menos com a minha grande prédisposição fazer algo diferente e até por vezes em prol do outro (cidadãos que tentam de todas as formas e

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ENTREVISTA REPORTAGEM feitios melhorar a sua vida, e como tal tentam passar uma fronteira marítima, muitas vezes sem olhar às condições em que o fazem).

A língua é uma barreira complicada de ultrapassar?

O português tem por natureza uma capacidade nata de improvisar e desenrascar, neste sentido é óbvio que existe um barreira linguística que poderia limitar algumas situações, mas são sempre rapidamente ultrapassadas, pois existe sempre um ou outro cidadão que consegue ajudar. Nós portugueses já adquirimos algum vocabulário simples para que nos façamos entender, e que me conste, até ao dia de hoje, este pormenor nunca foi entrave para o nosso desempenho.

Até agora, qual foi o momento mais alto desta experiência – do ponto de vista pessoal e profissional?

Tenho alguns camaradas de serviço que, pelas vezes que já participaram na missão e tendo em conta as suas funções específicas essencialmente nas equipas de abordagens, tiveram muitas situações dignas de registo e que não esqueceram. Eu, estando mais numa função de detecção na equipa costeira tenho, através da minha constante vontade e curiosidade, sido voluntário em algumas operações de resgate, e na verdade algo que me retém a atenção é a face das

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O apelidado “cemitério” de coletes também é um local que nos faz pensar, pois é onde estão depositados os milhares de coletes salva-vidas...”. crianças no momento da abordagem da embarcação portuguesa aos “botes” com dezenas de cidadãos, e é um momento intenso!

O apelidado “cemitério” de coletes também é um local que nos faz pensar, pois é onde estão depositados os milhares de coletes salva-vidas, que na prática, muitos deles não sendo certificados, nem sequer flutuam! O momento em que a minha equipe em terra detecta em águas turcas um pequeno ponto no meio da escuridão da noite, que depois de monitorizado se verifica que é um bote, também é de destacar. É um momento de alguma adrenalina e concentração, visto ser o momento em que se dá início a toda a operação de abordagem. Ou seja têm sido um leque de situações que sem dúvida me ficarão na retina durante muitos anos.

Devo registar a camaradagem numa equipa de 13 pessoas que vivem diariamente juntas, e apesar da função específica de cada um, estão todos a trabalhar em prol do mesmo, a dignificar a camisola que vestem e a desempenhar bem a sua função, mesmo com situações por vezes difíceis de digerir tendo em conta a missão em causa.

Quanto tempo durará a missão!? É a primeira do género? Como se processa a gestão emocional do afastamento de casa e família? É a primeira missão que participo deste género, mas também já tive a possibilidade de estar em 2017 numa missão nas ilhas Selvagens. Felizmente, tenho uma família que me apoia nestas minhas aventuras profissionais e percebe o meu anseio em dar mais de mim em prol da comunidade, e como tal temos conseguido gerir bem a distância, e é também este um dos factores que me faz sentir bem ao realizar tal missão.

Nós vimos para as missões sempre por períodos de dois meses, e vamos sendo substituídos por outros elementos findo este período.

REGIONAL

GOVERNO ELOGIA ALARGAMENTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS A Secretaria da Saúde assinou um protocolo de colaboração entre o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira e a Unidade de Saúde da Ilha Terceira que vai permitir uniformizar procedimentos e parâmetros de avaliação para todas as unidades da rede de cuidados paliativos nas nove ilhas.

DR O acordo agora assinado vai permitir reforçar o conforto e a segurança dos doentes e das suas famílias, através de um acompanhamento estruturado e diferenciado, em internamento ou no domicílio.

Reforça igualmente a cooperação e o funcionamento em rede entre as Equipas Comunitárias de Suporte

centro de saúde para a consulta externa de cuidados paliativos e do hospital para as equipas comunitárias de suporte em cuidados paliativos.

Este acordo é semelhante ao que existe entre o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, que conta com uma Unidade de Cuidados Paliativos,

em Cuidados Paliativos da Unidade de Saúde da Ilha Terceira e a Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos, no sentido da melhoria contínua e da continuidade de cuidados, de acordo com as necessidades efetivas dos utentes.

A cooperação abrange o material de consumo clínico e a prescrição e cedência de medicação de uso exclusivo hospitalar, bem como a referenciação do

e a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel.

Atualmente, estão em funcionamento ou a iniciar atividade equipas de suporte intra-hospitalar de cuidados paliativos nos três hospitais da Região.

A Unidade de Saúde da Ilha Terceira foi a primeira a oferecer cuidados paliativos domiciliários, através das equipas de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória..

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ENTREVISTA REPORTAGEM

O CENTRO HISTÓRICO ESTÁ REFÉM DA DITADURA DO AUTOMÓVEL Ponta Delgada vive uma nova realidade, é uma cidade cada vez mais turística, mas vive com um fluxo automóvel mais significativo. Parte do centro mantém-se inalterado, com ruas estreitas em seu redor, características difíceis de alterar. Conjugar todos os pormenores pode não ser tarefa fácil. À Criativa Magazine, o Arquitecto Jorge Kol de Carvalho faz uma leitura presente do que está a correr bem e do muito que falta fazer.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - Olhando para a cidade de Ponta Delgada – que é o maior centro urbano dos Açores – e face à realidade atual, uma cidade cada vez mais turística, e com um fluxo automóvel já significativo, com ruas estreitas em seu redor, em que medida fica o centro histórico prejudicado com esta nova realidade?

Jorge Kol de Carvalho (Arqº) - O Centro Histórico está refém da ditadura do automóvel.

A sua estrutura urbana é de reduzidas dimensões, que não comportam o tráfego e o parqueamento que lhe fomos impondo, reforçado agora pela onda do turismo, e por isso sofre.

E se não atalharmos caminho, como está a acontecer, vai ficar ainda pior. É urgente um Plano de mobilidade que reforce parques de estacionamento, aumente as áreas pedonais, estabeleça um regulamento de cargas e descargas, e se correlacione com os transportes públicos.

Até lá temos os carros a tomar café connosco nas esplanadas…ou quase debaixo do altar…o que não deixa de ser original.

Com o seu olhar crítico, e de profissional, se lhe pedir duas ou três

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DR e Carlos Costa

das intervenções/obras que foram e são uma péssima opção, quais são elas?

Todas as que não respeitaram a escala do Centro Histórico, impondo maiores volumetrias no desrespeito pela continuidade. E o pior é que o fazem legalmente a coberto do Plano Director Municipal e com apoios do “Reviva”.

Decerto que, como cidadão atento, tem visto o recuperar de vários imóveis

na ilha, com uma expressão maior em alguns concelhos. Esta é uma parte interessante da dinâmica do turismo.

Apraz-lhe ver toda essa recuperação?

O turismo veio promover, e bem, a recuperação de muitos imóveis, só que o faz tantas das vezes sem qualquer preocupação com o existente. Mas há casos de boas reabilitações. Repare que propositadamente lhes chamei de reabilitações, porque são aquelas que respeitam os valores da preexistência.

Em que circunstâncias é que acha que têm forçosamente de existir grandes cuidados ou mesmo proibições claras?

P.ex. construções na costa; falésias; junto a ribeiras? Nesse sentido, do que conhece, consegue apontar dois ou três maus exemplos?

As situações que me aponta estão regulamentadas pela Secretaria Regional com a tutela do Ambiente, e por isso não é natural que nessas zonas ocorram tais casos.

O problema está nas zonas limítrofes dessas áreas, onde a tutela é outra, e a legislação um qualquer Plano Director Municipal, cheio de vazios…

E mesmo quando há planos, suspendem-se para construir as Calhetas de Pêro de Teive.

Há ilhas onde encontra mais

apontamentos positivos?

A Terceira e o Pico, porque as classificações da Unesco trouxeram-lhes outra consciência sobre a importância pelo respeito da história e do ambiente.

Como arquitecto de profissão, qual foi a obra mais bem conseguida que viu ser concretizada até hoje (por cá!)?

Julgo unânime e indiscutível a reabilitação da fábrica da Ribeira Grande que permitiu a instalação do Centro de Artes Contemporâneas – Arquipélago, que resultou de um exemplar concurso de ideias.

Onde encontra as maiores falhas ou desafios ao edificado novo, ou à renovação de espaços que combinem o contemporâneo com a traça antiga? Mas também às entidades governamentais/ camarárias (impondo e cumprindo regras importantes)?

A falha está sempre no planeamento, que não existe e que quando existe não se quer, como nos diria o Nuno Portas: “Em Portugal a questão é quase académica, na medida em que nem é costume aprovarem-se os planos que se iniciam, nem é costume a administração, a começar pela central, ir ao plano que mandou elaborar (e eventualmente aprovou) para decidir qual o caminho mais conveniente”.

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REPORTAGEM

EXPOSIÇÃO MOSTRA LADO FRATERNO DOS CUIDADORES A “Arte do Cuidar” é um projeto fotográfico, promovido pela Casa do Povo das Capelas, em parceria com a AFAA, que pretende homenagear os Cuidadores formais e informais, bem como sensibilizar a população em geral para a importância do “Cuidar”.

Natacha Alexandra Pastor

A Associação de Fotógrafos Amadores dos Açores contextualiza o objetivo primordial que deu origem a esta parceria de intenções, que culmina com a exposição.

“Pretende-se com este projeto valorizar os prestadores de cuidados, que tantas vezes abdicam das suas próprias vidas em prol do amor que sentem pelas pessoas que cuidam.

Pretende ainda chamar a atenção, preferencialmente dos mais novos, para a importância de se cuidar dos nossos idosos, de fazer parte das suas vidas e de se aprender com a sua vasta experiência.

A exposição será apresentada em 11 cubos, de diferentes tamanhos, em cujas faces irão constar cerca de 30 fotografias de 12 fotógrafos (Carlos Brum Melo, Gabi Pontes, José Maria Sousa, Pedro Vaz de Carvalho, Pedro Rosa, Maria João Pacheco, Victor Jarimba, Sandra Botelho, António Travas-

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DR

sos, Arnaldo Viveiros e Teresa Rodrigues). É uma exposição itinerante que irá visitar diversos espaços da ilha de São Miguel.”

A AFAA destaca, ainda, que este trabalho conjunto expressa a vertente humana dos cuidadores e dos idosos.

“As fotografias são das pessoas “cuidadas” e dos respetivos cuidadores e foram tiradas no ambiente familiar de cada um, durante as visitas diárias dos técnicos.

Os fotógrafos apresentaram diversos olhares sobre a “Arte do Cuidar”, que vão muito para além dos cuidados físicos, sendo manifestamente um ato de amor, generosidade e respeito pelo ser humano.

De forma a envolver os jovens neste projecto, propôs-se às escolas que os alunos contribuissem dando os títulos às fotografias.”

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ENTREVISTA

PROJETO EDUCAMENTE PÕE CRIANÇAS A MEDITAR E A RELAXAR Desde o presente ano letivo que a Olhar Poente - Associação Desenvolvimento promove Yoga direcionada para as crianças e colaboradoras da Instituição, na Praia da Vitória. É um projeto que poderá vir a crescer para outros concelhos mas o responsável pela associação diz que é preciso o envolvimento de vários parceiros, e que este projeto deve ser analisado como pura inovação social.

Natacha Alexandra Pastor Criativa Magazine - É um projeto pioneiro na ilha Terceira (e nos Açores)?

Sérgio Nascimento - O projeto EducaMente Meditação e Relaxamento para Crianças é uma novidade para a Região, centrado em acompanhar e estimular as diferentes fases de desenvolvimento de cada faixa etária, onde simultaneamente, promove um maior equilíbrio emocional e capacidade de gerir as situações diárias entre adultos e destes com os bebes e crianças. Pela pesquisa e contactos realizados com outras escolas e instituições, tivemos acesso a algumas atividades de meditação mas não sob a forma de projeto. O EducaMente tem uma metodologia própria, coordenada por Fabiana Silveira, licenciada, com formação certificada em Tantra Yoga, Yoga Kids, formação em Educação Emocional para crianças e jovens e com experiência de projetos de voluntariado social em diferentes países. E como projeto que é, envolve a participação e o comprometimento de todos os membros da comunidade educativa. Ao longo do processo vão existindo momentos de avaliação, sendo que, na fase de arranque já foi aplicado uma grelha de observação comportamental do grupo. E os dados que já tivemos acesso ainda nos dão maior motivação para a implementação deste projeto piloto.

Como é que a comunidade está a ver esta iniciativa?

Na ilha Terceira, mais propriamente no município da Praia da Vitória, a Olhar Poente é reconhecida como tendo um papel importante na área da infância e juventude. Desde 2010 que desenvolvemos projetos educativos e sociais nas zonas rurais, investindo fortemente nas crianças, sendo que muitas já estiveram envolvidas em variadíssimos projetos, alguns pontuais como o que foi apoiado pelo Parlamento Europeu

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DR

que permitiu a ida das crianças a Bruxelas, e outros mais metódicos como a Filosofia para Crianças, Expressão Musical ou a prática de Yoga. Em números, o projeto EducaMente, já formou 28 colaboradoras da Instituição, educadoras de infância, ajudantes de educação e auxiliares de serviços gerais, de 6 respostas sociais localizadas nas freguesias da Vila

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MATRIZ, RIBEIRA GRANDE ID: 123541006-123

MORADIA T4

NA FREGUESIA DE ROSTO DO CÃO

S.ROQUE,PONTADELGADA ID: 123541003-1429

LOCALIZADO NO CORAÇÃO DA CIDADE

MORADIA T4

COM VISTA MAR E LINDO JARDIM

FENAIS DA LUZ, PONTA DELGADA

ID: 123541027-203

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 19

criativaDESIGN

235.000€

ENTREVISTA REPORTAGEM

Nova, Fontinhas e Fonte do Bastardo, alcançando diariamente 189 crianças dos 4 meses aos 12 anos e respetivas famílias. Temos o privilégio de contar com famílias exigentes no processo educativo dos seus educandos e que se envolvem ativamente nos desafios lançados pela Instituição. Também este projeto não é exceção, e já a partir de novembro as famílias terão acesso a um Kit composto por um Book com Conceitos, Benefícios, Atividades, Dicas e Sugestões de Literatura, mas também a músicas selecionadas para o desenvolvimento do projeto.

Como se desenrolará no futuro?

Este projeto educativo é mais um passo para apoiar a criança a saber viver neste mundo global, eletrizante, muitas vezes ameaçador e que estimula a satisfação de necessidades supérfluas, cheio de atividades depredadoras e de situações geradoras de stress. E o que fazemos, é tentar cicatrizar as feridas das crianças abrandando o seu ritmo, relaxar o corpo e a mente, entrar em contacto com as suas emoções e sentimentos. Pela nossa experiência no acompanhamento de crianças desde a primeira infância, percecionamos hoje que a entrada no 1º ciclo, para muitas crianças, mas mesmo muitas, transforma a sua vida e da família num autêntico caos. E isso não pode acontecer. É preciso reconhecer que estes problemas não se resolvem no gabinete. É preciso formar pessoas, dando-lhes estabilidade não apenas financeira mas sobretudo emocional. E é preciso ouvir as crianças, bater à porta e entrar, estar com elas, conversar, brincar, relaxar e porque não meditar.

Pretendemos perpetuar para o futuro e complementá-lo com iniciativas próprias que envolvam outros parceiros.

20 • c ria ti va magazine - novembro 2019

Já estivemos presentes na Escola Infante Dom Henrique, em Angra do Heroísmo, numa sensibilização direcionada a 20 professores de 1º ciclo. E o engraçado é que já nos chegou feedback das novas técnicas implementadas na sala de aula. Como diz a Fabiana Silveira, o que “importa é ampliar a consciência!” E é isso que continuaremos a fazer. É uma experiência piloto? Foi apresentada à tutela da Educação? É interessante fazer essa pergunta porque há portas abertas para apresentar este projeto à tutela da Educação e Solidariedade Social. Mas só o faremos se realmente sentirmos que as metas a que nos propomos sejam alcançadas e os resultados se manifestem com valor para a criança, família e comunidade. E para este efeito teremos primeiro que ter a nosso lado outros parceiros sociais, desde escolas coordenadas por professores com sensibilidade para este tema, municípios que privilegiem a Educação como base da pirâmide das suas políticas e por fim outras entidades desde clubes desportivos, conservatórios e afins.

Porque este projeto deve ser analisado como pura inovação social. Não porque trazemos novidades virtuais, estas as crianças já as conhecem antes mesmo do seu nascimento. O nosso foco é ajudar a criança a conhecer-se, promovendo a necessária estabilidade mental e emocional, ajudando-a a observar os seus padrões de pensamentos e de emoções. O projeto é suportado por 10 Regras D´Ouro para uma Educação Positiva e são estes princípios que trabalhamos diariamente e que pretendemos que a curto prazo estejam assimiladas por todos os envolvidos. Porque só assim fará sentido.

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459€

CIRCUITO CULTURAL INCLUINDO FÁTIMA

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PARTIDA DE PONTA DELGADA DE 20 A 22 DE MARÇO

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MERCADOS DE NATAL BERLIM - DRESDEN PARTIDAS DE LISBOA/PORTO SAÍDA DE 30 DE NOVEMBRO A 24 DE DEZEMBRO desde

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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

Um proprietário queixa-se de ter um inquilino em incumprimento, que não consegue despejar de sua casa.

Como deve proceder, de forma legal?

Há duas maneiras de reagir a esta situação. A primeira passa por ir a um advogado que analisa a situação e, se confirmar que o senhorio tem razão em despejar a casa, manda uma carta, normalmente registada, ao inquilino, convidando-o a ir ao seu escritório, onde o tentará convencer a entregar a casa sem gastos de dinheiro no tribunal. Trata-se nesta fase dum negócio. O senhorio normalmente dá um prazo de um mês ou dois para o inquilino permanecer na casa e arranjar outra. Às vezes até perdoam as rendas em atraso, porque uma ação de despejo custa dinheiro e pode demorar mais dum ano, pelo menos em certos casos.

Caso não haja acordo, então o senhorio não tem outro remédio senão intentar uma ação de despejo, obrigatoriamente feita por advogado que tem de contratar. Neste caso, o advogado põe a ação no tribunal, em que explica ao Juiz que o seu cliente é dono ou legítimo possuidor da casa que arrendou ao inquilino e que este não cumpriu o contrato, porque não pagou a renda, ou fez obras ou prejuízos não autorizados, ou subarrendou a outra pessoa a casa ou parte dela (só se diz aluguer quando se trata de coisas móveis: aluguei um carro; com os imóveis diz-se: arrendei uma garagem) apresentando logo as suas provas (testemunhas, documentos, etc.).

O inquilino é citado para a ação cuja cópia recebe e tem certo prazo para responder às acusações do senhorio e apresentar as suas provas. Se o senhorio, que toma o nome de Autor, provar a falta do inquilino que aqui é Réu, então é possível obter uma sentença de despejo. Desta sentença é sempre possível recorrer para o tribunal superior que normalmente demora alguns meses a decidir o recurso. Se o senhorio ganhar o recurso, pede então um mandado de despejo ao juiz, e o inquilino se não sair a bem, sai pela força. Hoje, a lei permite que o inquilino peça um adiamento do despejo que lhe pode ser concedido pelo tribunal, em certas circunstâncias.

NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

22 • c ria ti va magazine - novembro 2019

criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN

VOUCHER pรกg. 47

c ria ti va magazine - novembro 2019 โ ข 23

CONSULTÓRIO DA SAÚDE

Coloque uma questão dirigida ao Consultório da Saúde utilizando o e-mail: consultoriodasaude@hotmail.com

João Bicudo Melo Médico e Psicólogo Clínico

SUPLEMENTOS ALIMENTARES: UM PAU DE DOIS BICOS...

Os fenómenos psicossociais que favorecem o culto da imagem corporal, possíveis produtos da pressão exercida pelos interesses económicos e pelo marketing irresponsável, têm levado a um consumo cada vez mais frequente de suplementos alimentares, sobretudo em grupos específicos como os indivíduos em idade juvenil e adultos jovens.

A pressão a que estão sujeitos muitos dos alvos condicionou a que a utilização dos suplementos alimentares deixasse de ser exclusiva dos atletas profissionais, tendo-se banalizado à população geral.

Ainda que alguns suplementos alimentares sejam vendidos sob a máxima de que são benéficos para a saúde e sejam normalmente associados a comportamentos de vida saudáveis, nem sempre o publicitado é uma verdade absoluta. Outra ideia que importa reter é que a utilização dos suplementos alimentares não substitui, nem tão pouco desresponsabiliza o seu utilizador para a necessidade de adotar uma alimentação rica e diversificada. Neste sentido, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar tem alertado para o facto de alguns suplementos alimentares apresentarem substâncias em concentrações que excedem as margens de segurança terapêutica. A título de exemplo, as catequinas, fitonutrientes da família dos polifenóis, existentes em alguns chás, são seguras em doses residuais, porém em alguns suplementos, ao ultrapassar os 0,8g/dose podem ter consequências nefastas para a saúde, podendo levar a lesões multiorgânicas potencialmente irreversíveis. Outro exemplo é a quantidade de cafeína presente em alguns suplementos alimentares. A utilização abusiva e/ou de risco de cafeína pode ter uma ação negativa sobre o sistema nervoso central e, consequentemente, levar a situações de dependência, perturbações do sono, alterações do comportamento e/ou alterações do ritmo cardíaco e, assim, fazer emergir graves problemas para a saúde do seu utilizador.

24 • c ria ti va magazine - novembro 2019

A corroborar com o anteriormente afirmado, têm sido publicados diversos relatos de caso em revistas de divulgação científica que reafirmam a necessidade da decisão de suplementação ser assumida por um profissional de saúde com competência nesta matéria. Neste sentido, a suplementação deve ser uma decisão personalizada, adequada às necessidades do utente e sempre em conformidade com a indicação terapêutica.

Assim sendo, o acompanhamento clínico é fundamental.

Os suplementos podem trazer benefícios para a saúde quando utilizados de forma racional, enquanto a sua utilização abusiva, desproporcionada relativamente às necessidades e desprovida de monitorização pode trazer sérias complicações para a saúde, podendo culminar na morte súbita do seu utilizador.

Do ponto de vista terapêutico os suplementos têm indicações precisas, podendo ser recomendados a utentes que apresentam dietas pobres, alterações específicas do metabolismo ou necessidades energéticas aumentadas (por exemplo, indivíduos com atividade física intensa) e que necessitam de complementos nutricionais. Desta forma, os suplementos podem ser benéficos em situações específicas ao suprimirem carências nutricionais inferidas, conhecidas ou estudadas. Porém, a boa resposta à terapêutica estará diretamente dependente da qualidade do produto prescrito e, sobretudo, da quantidade recomendada.

Se tem por hábito pedir opinião ao seu médico, nomeadamente ao seu médico de família, para os mais diversos assuntos não desvalorize este! Se pretende iniciar suplementação alimentar procure um profissional habilitado para o efeito. Procurar ajuda junto de um técnico de saúde é essencial para receber as orientações adequadas e, desta forma, evitar problemas de saúde. Evite dissabores! Informe-se. Não morra na ignorância...

cria ti va magazine - novembro 2019 • 25

DESPORTO MOTORIZADO CAMPEONATO DOS AÇORES DE RALIS DE 2019

PICO PLAY AUTO AÇOREANA RALI

BI-CAMPEONATO PARA LUÍS MIGUEL REGO O piloto Luís Miguel Rego e o navegador Jorge Henriques venceram o Pico Play Auto Açoreana Rali e conquistaram pela segunda vez consecutiva o Campeonato dos Açores de Ralis.

Renato Carvalho O Pico Automóvel Clube organizou a última prova da temporada. A equipa técnica esquematizou um rali composto por oito provas de classificação que foram percorridas nas estradas de asfalto da ilha montanha.

Para o campeão em título, Luís Miguel Rego renovar o ceptro, era necessário que realizasse uma prestação baseada na gestão do rali e assim conseguir atingir os seus objectivos. O outro candidato, Ruben Rodrigues manteve a aposta na habitual viatura, o Peugeot 208 R2 de 2 Rodas Motrizes e que está um escalão inferior ao do seu adversário. Assim, Rodrigues apenas estava dependente dos resultados do seu opositor para chegar ao título.

Fora desta luta estava Diogo Gago e o navegador Victor Calado no Citroën C3 R5 que eram apontados como principais

26 • c ria ti va magazine - novembro 2019

António Bettencourt candidatos à vitória do rali, apesar de ser a primeira vez que estavam a correr na ilha do Pico.

O piloto da equipa Play Auto Açoreana Racing foi o mais rápido na Super Especial de sexta-feira 1,2 segundos do que Luís Miguel Rego. Já na primeira prova de classificação de sábado, o piloto do Team Além Mar venceu e subiu à liderança do rali com um avanço superior a 4 segundos. Só que Diogo Gago, logo a seguir, obteve o melhor tempo em três troços consecutivos e no intervalo para o almoço tinha uma vantagem de 20 segundos sobre Luís Miguel Rego. O pecúlio foi aumentado para 25 segundos, com um novo triunfo na primeira prova de classificação da tarde de sábado, mas logo a seguir umas pedras danificaram um órgão mecânico do Citroën C3 R5 da equipa Play Auto Açoreana Racing, o que

1º Team Além Mar/Luís Miguel Rego/Jorge Henriques (Skoda Fabia R5 Evo) 39m05,7s; 2º Ruben Rodrigues/Estevão Rodrigues (Peugeot 208 R2) a 1m54,1s; 3º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Peugeot 208 R2) a 2m19,2s; 4º Rafael Botelho/Rui Raimundo (Citroën DS3R3T) a 2m50,6s; 5º José Paula/Jorge Carvalho (Peugeot 208 T 16 R5) a 4m31,2s; 6º Filipe Pires/ Vasco Mendonça (Mitsubishi Lancer Evo X) a 5m26,0s; 7º João Faria/ José Rodrigues (Peugeot 206 RC) a 7m26,2s; 8º Ruben Santos/Nuno Pereira (Peugeot 106 1.6) a 7m59,6s; 9º Ricardo Silva/Rui Valadão (Citroën Saxo Cup) a 9m09,0s; 10º Marco Soares/Fernando Nunes (Citroën Saxo Cup) a 9m16,6s; 11º Décio Gonçalves/Emanuel Barcelos (Citroën Saxo Cup) a 10m42,1s; 12º Mário Jorge/Camila Jorge (Hyundai Getz 1.5 D) a 12m03,7s; 13º Ana Castro/Ivone Rodrigues (Toyota Yaris) a 14m16,1s; 14º Firmino Mendes/Délio Rodrigues (Citroën AX 1.6) a 15m29,3s; 15º Adalberto Correia/Tomás Vultão (Toyota RAV4) a 16m10,3s; 16º João Costa/ Sérgio Machado (Opel Corsa B 1.7) a 16m43,2s; 17º Francisco Costa/Luís Faria (Peugeot 206 RC) a 17m56,2s; 18º Alexandre Aguiar/Artur Dias (Renault Clio 1.6) a 18m11,8s; 19º Luís Lopes/Márcio Martins (Citroën Saxo Cup) a 19m10,4s; 20º Fábio R. Silva/Catarina Barroso (Renault Clio 1.8 16V) a 19m29,3s; 21º José Borba/Carlos Rodrigues (Citroën Saxo 1.4) a 20m42,1s; 22º Carla Costa/Lisandra Inácio (Renault Clio 1.8 16V) a 20m56,6s; 23º Marco Paulo Silva/Luís Lisboa (Nissan Micra) a 22m56,6s. rina Esteves/João Costa (Renault Clio 2.0 RS) a 16m11,9s; 25º Carla Costa/Lisandra Inácio (Renault Clio 1.8 16V) a 16m25,1s; 26º David Paiva/ Miguel Pimentel (Toyota Starlet) a 17m02,2s; 27º Alexandre Aguiar/Artur Dias (Renault Clio 1.6) a 17m04,8; 28º Augusto Ferreira/Marlene Ferreira (Renault Mégane Coupé 1.4) a 19m06,2; 29º Carlos Miguel/Flávio Mota (Citroën Saxo Cup) a 19m44,9s; 30º Fábio R. Silva/Catarina Barroso (Renault Clio 1.8 16V) a 23m47,9s; 31º Marco Paulo Silva/Leonel Mendes (Nissan Micra) a 24m33,3s; 32º José Borba/Carlos Rodrigues (Citroën Saxo 1.4) a 30m11,7s.

Luís Miguel Rego

20

Ruben Rodrigues

14

3º

Henrique Moniz

4º

Rafael Botelho

17

25+2,48

20

17

20

--

12

14

17

12

17

12

14

17

14

(8)

14 12

5º

Filipe Pires

--

--

20

0

14

6º

Ruben Santos

6

6

--

10

4

8

7º

João Faria

0

8

--

4

6

10

8º

Diogo Gago

--

--

--

0+2

20+1,1

0+3,1

9º

Ricardo Silva

--

--

12

0

1

6

10º

Marco Soares

4

0

8

1

--

4

Pontos Totais

Rali Lotus

15/16 Novembro

18/19 Outubro

Rali Ilha do Pico

Rali Ilha Lilás

13/14 Setembro

09/10 Agosto

Rali Santa Maria

Rali Sical

07/08 Junho

26/27 Abril

20+3,3 (0+1,86) 25+2,5 25+3,3 25+1,86

Anulado

1º 2º

Rali Ilha Azul

21/23 Março

Azores Rallye

Concorrente

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Posição

levou à desistência de Diogo Gago. Desta forma, Luís Miguel Rego voltou à liderança do rali, obteve a vitória em mais dois troços, ganhou o rali e venceu o campeonato pela segunda vez consecutiva.

Na segunda posição ficaram Ruben Rodrigues e Estevão Rodrigues, que mantiveram o sonho de conquistar o campeonato absoluto até ao último metro, mas que não foi concretizado. Só no final do terceiro troço é que passaram para o terceiro lugar absoluto, atrás dos carros da categoria R5, que mantiveram até à desistência de Diogo Gago. Venceram mais uma vez para o Campeonato Reservado a Veículos de 2 Rodas Motrizes.

A dupla constituída pelo piloto micaelense Henrique Moniz e pelo navegador terceirense Jorge Diniz levaram o Peugeot 208 R2 até ao último lugar do pódio. No início de sábado subiram ao terceiro lugar da geral, mas logo depois baixaram uma posição. Rodaram sempre perto de Ruben Rodrigues perdendo pouco tempo em cada classificativa. Regressaram ao terceiro posto após o abandono de Diogo Gago e garantiram igual resultado no campeonato.

Durante toda a prova, Rafael Botelho e Rui Raimundo no Citroën DS3R3T tiveram a presença de um carro da categoria R5 a perseguir, só que não foram incomodados. Mantiveram o quinto lugar até à desistência de Diogo Gago, o que permitiu subir um degrau na classificação final. Tentaram estorvar a prestação de Henrique Moniz com o objectivo de garantir um lugar no pódio do campeonato mas não conseguiram.

Depois de algumas participações em provas dos Campeonatos Regionais de Ralis no continente, José Paula levou pela primeira vez o Peugeot 208T16 R5 até à ilha do Pico e teve Jorge Carvalho como navegador. Foi o melhor piloto local e conservou o seu lugar na classificação de princípio ao fim do rali.

No escalão reservado aos Veículos Sem Homologação, mais uma vitória para Ruben Santos navegado por Nuno Pereira no Peugeot 106 1.6 que também garantiu o título.

No Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores, novo triunfo para a equipa Filipe Pires e Vasco Mendonça em Mitsubishi Lancer X que levaram o troféu final para a ilha da Madeira.

No Troféu de Ralis de Canal, o mais rápido foi Filipe Marques e o co-piloto Edgar Silva num Citroën Saxo Cup. O campeonato regressa no ano de 2020.

125,96 101,48 72 71 46 34 28 26,2 19 17

Para a classificação final do campeonato contam os cinco melhores resultados. Para pontuar no campeonato, o piloto tem de participar no mínimo em três provas.

cria ti va magazine - novembro 2019 • 27

OLHAR CRIATIVO DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO

COM O TEMA:

EMOLDURADO

1º Lugar - Paulo Medeiros - Memories

“ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

28 • c ria ti va magazine - novembro 2019

Edição:

2º Lugar - Francisco Carreiro - Entre Ruínas

3º Lugar - Fernando Abreu - Sob a Teia

cria ti va magazine -novembro 2019 • 29

UM OLHAR SOBRE A BICICLETA NO SÉC. XXI

PAIS E FILHOS QUE PEDALAM JUNTOS FORTALECEM OS LAÇOS FAMILIARES! Foto Créditos: http://www.magazinebikeshow.com.br/blog/10-presentes-para-o-papai-ciclista-dicas-infaliveis/

Francisco Carreiro A bicicleta é um excelente objeto tanto para prática desportiva como para meio de transporte. Mas, ela também pode ser muito mais do que isso!

Pedalar em família é uma ótima forma de crianças, adolescentes e adultos passarem um tempo de qualidade juntos, ao ar livre e sem a interferência de gadgets.

A bicicleta é, ou era, o nosso primeiro grito de liberdade e autonomia na infância, quando dávamos as nossas primeiras pedaladas, libertos da mão paternal que nos ajudava a ganhar o equilíbrio, proporcionando-nos essa incrível sensação de estarmos a seguir o nosso caminho sozinhos!

Mas, quis a vida moderna, da eletrónica, dos tabletes, dos smartphones e dos auriculares permanentemente instalados nas orelhas, que as coisas sejam diferentes e que à medida que as crianças começam a crescer muito rapidamente se vão individualizando e fechando em casulos de cada vez mais difícil acesso para os pais.

Com tantos incentivos para viver de maneira individualista e virtual, as famílias têm sofrido muito com a falta de interação e com a falta de diálogo. É neste contexto que uma atividade ao ar livre, como andar de bicicleta, pode ser um bom pretexto para um programa saudável em família. Pedalar é uma atividade física que dá prazer e que em si mesma já traz muitos benefícios para pessoas de todas as idades.

A bicicleta, num ambiente de lazer, pode proporcionar momentos importantes de partilha de experiências, de diálogo, de respeito, de entreajuda e de superação conjunta, fundamentais para estreitar os laços familiares, de amizade e de respeito mútuos, que são muito importantes para que todos percebam que podem divertir-se

30 • c ria ti va magazine - novembro 2019

juntos, não sendo companhia apenas nos momentos difíceis.

Ao andar de bicicleta acompanhado, temos a oportunidade de interagir mais com as pessoas que estão ao nosso lado e, com isso, podemos construir relacionamentos mais fortes e boas memórias em conjunto. Pais e filhos que pedalam juntos terão sempre as lembranças dos bons momentos e aventuras que desfrutaram na companhia um do outro. Além disso, como as crianças aprendem pelo exemplo, mostrar ao seu filho como uma atividade física pode proporcionar momentos de enorme prazer, com certeza o ajudará a crescer mais ativo e saudável.

Os estudos mostram que as crianças que praticam mais atividade física e desportiva possuem maior desenvolvimento das capacidades motoras, sociais e emocionais.

São mais disciplinadas e possuem maior capacidade de trabalhar em grupo. Essas características, aliadas à adoção de ações de prevenção, resultam em crianças, adolescentes e jovens preparados e capazes de tomar decisões mais rápidas para reconhecer e evitar possíveis riscos de sofrerem um acidente.

Felizmente que, também entre nós, já são muitos os exemplos de jovens pais que, adotando estilos de vida mais ativos e saudáveis, começam a perceber a importância de trazerem os filhos para o ar livre e para a prática conjunta de atividades desportivas, de que a bicicleta, por tudo aquilo que aqui referi, é um excelente exemplo! Precisamos de relações fortes e saudáveis com os nossos filhos, a bem do futuro da nossa sociedade!

Por isso, pais, saiam do sofá… e se não o fizerem por vós, façam-no pelos vossos filhos!

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 31

SAÚDE ÓTICA

Esquece-se com frequência de tirar as suas lentes de contacto antes de ir dormir?

Pessoas que têm esse hábito, têm 20% mais risco de desenvolver infeções oculares, lesões ou até mesmo perda de visão, do que as pessoas que as retiram todas as noites.

Para além deste facto, há outros erros e descuidos muito frequentes por parte de quem usa lentes de contacto e que importa recordar e eliminar: - Não lavar as mãos antes de as colocar; - Não limpar a caixa onde estão armazenadas; - Usar água da torneira para as lavar; - Usar durante demasiado tempo (mais de 12 horas consecutivas ou o mesmo par de lentes diárias durante mais de um dia); - Dormir com as lentes; - Não consultar o oftalmologista; - Usar a graduação errada.

32 • c ria ti va magazine - novembro 2019

Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 33

EVENTOS EXPOSIÇÃO “CARLOS CARREIRO_UMA RETROSPETIVA” Miguel Machado O Pintor açoriano, nascido em Ponta Delgada, tem patente ao público até ao fim do ano, no Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, uma seleção de obras do autor realizadas no período compreendido entre 1967 e 2019.

34 • c ria ti va magazine - novembro 2019

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 35

EVENTOS LANÇAMENTO DO LIVRO “O LUGAR DA MAÇÔ DE TOMAZ BORBA VIEIRA CM Lagoa O Convento de Santo António, em Santa Cruz da Lagoa, acolheu a cerimónia de lançamento do livro “O Lugar da Maçã” da autoria de Tomaz Borba Vieira, editado pela Artes e Letras.

Em “O Lugar da Maçã” sobressai o imaginário de paisagens interiores de um contador de histórias, onde o autor nos apresenta diversas histórias vivenciadas pelo mesmo, numa junção da arte com as letras.

36 • c ria ti va magazine - novembro 2019

cria ti va magazine - novembro 2019 • 37

EVENTOS WINE IN AZORES 2019 Pedro Borges / Silvergrey O Pavilhão da Associação Agrícola de São Miguel recebeu mais de 20 mil pessoas no fim-de-semana da realização da 11ª edição do Wine in Azores, um evento vínico, onde se destacam as várias provas de vinho e os showcookings proporcionados por vários chefs convidados.

38 • c ria ti va magazine - novembro 2019

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 39

EVENTOS LANÇAMENTO DE LIVRO DO PADRE OCTÁVIO DE MEDEIROS CM Povoação “Água Retorta para Memória das Gentes – os Agentes do Sagrado” é o mais recente livro do Padre Octávio de Medeiros, lançado ao público recentemente.

Com prefácio do Professor José Luís Brandão da Luz, esta nova publicação retrata a vida e os factos mais importantes dos Padres, das Freiras e dos Ministros da Comunhão que passaram pela paróquia de Nossa Senhora Penha de França, entidade responsável pela edição da obra.

40 • c ria ti va magazine - novembro 2019

EVENTOS

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 41

EVENTOS ALMOÇO CONVÍVIO COM IDOSOS DAS FURNAS CM Povoação Cerca de 180 idosos das Furnas reuniram-se no Centro Social e Paroquial da localidade para um almoço convívio, promovido pela Comissão de Coroas do Espírito Santo daquela freguesia.

42 • c ria ti va magazine - novembro 2019

criativaDESIGN criativaDESIGN c ria ti va magazine - novembro 2019 • 43

EVENTOS EXPOSIÇÃO “DESENHOS DE LISBOA E UMA FUGA” CM Lagoa Inaugurou no Convento de Santo António, Lagoa, a exposição “Desenhos de Lisboa e uma Fuga”, da autoria de Maria José Cavaco.

A autora conta já com 18 exposições individuais, realizadas desde 1991, e participou em várias exposições coletivas, em Portugal e em Espanha, estando, ainda, representada em coleções públicas e privadas. É consultora para as Artes Visuais do Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada.

44 • c ria ti va magazine - novembro 2019

AGENDA

PORTAS DO MAR

08 e 09 novembro

GRANDE NOITE DE SÃO MARTINHO

CENTRO COMUNITÁRIO DA RIBEIRA CHÃ

MARIZA

COLISEU MICAELENSE

FERNANDO DANIEL COLISEU MICAELENSE

O MUNDO DA SARA COLISEU MICAELENSE

EXPOSIÇÃO “CARLOS CARREIRO_UMA RETROSPETIVA” CMC DE PONTA DELGADA

até

09

novembro

16

novembro

23

novembro

07

dezembro

31

dezembro

20h30 / 22h00

21h30

21h30

17h00

c ria ti va magazine - novembro 2019 • 45

Agenda sujeita a eventuais alterações.

11ª EDIÇÃO DO FESTIVAL O MUNDO AQUI

ACONTECEU

INAUGURADO CENTRO DE APOIO AO IDOSO “JOSÉ DA COSTA FRANCO” O Centro Integrado de Apoio ao Idoso “José da Costa Franco”, na freguesia dos Mosteiros, foi inaugurado pelo Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, tornando o sonho de José Franco uma realidade e suprimindo uma necessidade da freguesia.

No caso em apreço, foi possível na sequência da doação da “Casa dos Avós” pelo empresário José Franco ao Município de Ponta Delgada com o propósito de servir e valorizar os idosos da sua freguesia de origem e, ao mesmo tempo, prestar homenagem à sua mãe.

A edilidade, em cooperação com a Junta de Freguesia, cumpriu com o desejo do empresário.

RIBEIRA GRANDE ABRE CANDIDATURAS PARA APOIO À AQUISIÇÃO GRATUITA DE MEDI­ CAMENTOS A Câmara da Ribeira Grande abriu candidaturas ao programa Abem tendo em vista a comparticipação a 100% dos medicamentos prescritos e não comparticipados na sua totalidade aos agregados familiares carenciados.

A implementação do programa Abem no concelho da Ribeira Grande resulta de um protocolo celebrado com a Associação Dignitude (que tem como parceiros promotores a Associação Nacional de Farmácias, a APIFARMA, a Plataforma Saúde em Diálogo e a Cáritas Portuguesa).

46 • c ria ti va magazine - novembro 2019

VILA FRANCA DO CAMPO ASSINALA DIA MUNICIPAL PARA A IGUALDADE A Câmara Municipal de Vila Franca do Campo assinalou as comemorações do Dia Municipal para a Igualdade, por intermédio da Vereadora com o pelouro da Igualdade de Género, que visitou alguns serviços da Edilidade e os estabelecimentos de ensino do Concelho, onde falou sobre a importância da da promoção da igualdade entre mulheres e homens nas políticas públicas; da independência económica, mercado de trabalho e organização da vida profissional, familiar e pessoal e da consolidação da intervenção no domínio da violência doméstica.

CAMINHADA SOLIDÁRIA CON­ TRA O CANCRO DA MAMA ANGARIA 3.500 EUROS A Caminhada Solidária Contra o Cancro da Mama em Ponta Delgada teve, este ano, mais de 800 inscritos.

Não importou o género, nem a idade, apenas a vontade de ajudar e participar nesta caminhada, que decorreu entre as Portas da Cidade e o Forno da Cal, e angariou perto de 3.500 euros. À semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, a verba reverte integralmente para o Núcleo Regional dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

PRODUTORES DE PRÓTEAS RECE­ BEM AJUDA O Governo dos Açores vai apoiar os produtores de próteas afetados pela passagem do furacão Lorenzo, numa área total de 25 hectares de produção.

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, declarou que esta ajuda se justifica pelo caráter excecional dos prejuízos em causa, devido à perda de rendimento que os agricultores vão sentir e também pelo grande desenvolvimento que a área da floricultura regista, com particular incidência nas ilhas do Faial e da Terceira.

SENIORES DA RIBEIRA GRANDE COM AULAS GRÁTIS DE HIDROGI­ NÁSTICA A Câmara da Ribeira Grande vai voltar a proporcionar aulas gratuitas de hidroginástica à população sénior do concelho promovendo hábitos de vida ativa na terceira idade que fomentam estilos de vida saudável e contribuem para o bem-estar dos idosos.

O sucesso que a iniciativa conheceu nos anos anteriores já permitiu aumentar de dois para três os dias em que as aulas se realizam no complexo de piscinas Viriato Madeira, nos bombeiros voluntários da Ribeira Grande, abrangendo mais de uma centena de utentes em representação de nove instituições do concelho.

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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

A vida afetiva reflete maior capacidade de diálogo e poderá aproveitar esta fase de crescimento sentimental para harmonizar as relações familiares.

A nível profissional, seja mais perfecionista e procure aprender novos métodos de trabalho para alcançar estabilidade em termos da carreira.

A vida afetiva vivencia encontros muito promissores e a sua sensualidade vai estar em evidência. Porém, aja de acordo com a sua sensibilidade.

A nível profissional, este é um período de grande atividade intelectual e de enorme capacidade de expressão. Aproveite essa energia libertadora.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva marca a sua vontade de iniciar novos planos e decerto terá a oportunidade de demonstrar o seu valor, através de ações concretas.

A nível profissional, adote uma atitude otimista e mostre a sua criatividade. Assuma as suas responsabilidades e tome iniciativas perseverantes.

A vida afetiva em crescimento dá-lhe a possibilidade de começar um ciclo muito próspero e poderá assumir novas responsabilidades familiares.

A nível profissional, avance com tarefas anteriormente adiadas e concretize os seus novos projetos. Ótima fase para a realização de bons contratos.

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva pode beneficiar da sua capacidade de diálogo, essencial para resolver problemas familiares, no entanto deve evitar o isolamento.

A nível profissional, estabeleça prioridades e seja persistente.

Conseguirá efetuar todas as suas tarefas quotidianas e atingirá os seus objetivos.

A vida afetiva traz-lhe a possibilidade de vivenciar um romance encantador, baseado na honestidade e de acordo com os seus sentimentos.

A nível profissional, pode confiar no plano que imaginou, mas adote uma atitude despreocupada e firme para poder agarrar as oportunidades.

A vida afetiva depende especialmente do diálogo sincero, justo e compreensivo. Provavelmente resolverá dúvidas e encontrará sossego.

A nível profissional, surgirão novas propostas ou mudanças de rumo muito benéficas. Analise as suas atitudes e atue de modo muito consciente.

A vida afetiva revela maior harmonia nas relações familiares, mas seja coerente e não tenha medo de manifestar os seus verdadeiros sentimentos.

A nível profissional, valorize a expansão dos seus conhecimentos e evidencie a sua competência. Defenda as suas ideias com convicção e ética.

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A vida afetiva acusa a sua necessidade de proceder a mudanças. O desejo de conquista e de novidade promoverá aventuras em busca da paixão.

A nível profissional, estude profundamente um novo projeto de investimento. Época de negociações, que poderão ser muito lucrativas.

A vida afetiva proporciona-lhe a oportunidade de encontrar os meios necessários para equilibrar a sua harmonia interior, através do pensamento.

A nível profissional, dirija a atenção para o futuro e não tenha medo de afirmar os seus pensamentos, que deverão estar coerentes com o “Ser”.

A vida afetiva atravessa uma grande agitação em termos sociais, contudo terá a energia e as ideias originais para ultrapassar todos os desafios.

A nível profissional, expanda o sentido coletivo e valorize e as opiniões das pessoas circundantes. Contudo, seja sempre leal ao seu pensamento.

A vida afetiva enfatiza o seu poder de sedução e tranquilamente poderá usufruir da sua faceta romântica para vivenciar uma paixão deliciosa.

A nível profissional, sentirá todas as condições para encontrar maior satisfação no seu quotidiano. É tempo de acreditar nas suas habilidades.

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