Criativa Magazine - julho 2019

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ENTREVISTA “A QUEDA DO VÉU” PRIMEIRO LIVRO DE POESIA DE MAURA SARMENTO FERNANDES

JORGE PALMA NO COLISEU MICAELENSE MARCHAS DE SÃO JOÃO EM VILA FRANCA DO CAMPO EXPOSIÇÃO “A LAVOURA MICAELENSE” MARCHAS DE SÃO JOÃO NA VILA DA POVOAÇÃO

REPORTAGEM TRIÂNGULO PROTESTA POR MAU SERVIÇO PÚBLICO NOS TRANSPORTES

APRESENTAÇÃO DA OBRA “POUCA TERRA” 10 FEST AÇORES REÚNE 10 GRANDES CHEFS

REPORTAGEM CARLOS MELO BENTO HOMENAGEADO COM MEDALHA DE OURO

RUBRICAS CRIATIVO 28 OLHAR TEMA “VAMOS ENCHER O MUNDO DE FLORES!” SOBRE A BICICLETA NO SÉC. XXI 30 OLHAR COM: FRANCISCO CARREIRO ÓTICA 32 SAÚDE COM: INSTITUTOPTICO

Propriedade:

Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com

962 370 110

Nº Registo: 126655 Depósito Legal: 390939/15

DESPORTO MOTORIZADO XXXVIII RALI SICAL MAIS UM CAFÉ PARA BERNARDO SOUSA

Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 5.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 - 9600-499 Ribeira Grande

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GRANDE REPORTAGEM

EVENTOS

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REPORTAGEM CLÍNICA DE FISIOTERAPIA INFISIO: UM ESPAÇO INOVADOR

Design Gráfico e paginação: Melissa Canhoto Fotografia: António Bettencourt, Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Carlos Melo Bento, Francisco Carreiro, Luís Moniz, João Bicudo Melo, Paulino Pavão/AFAA e Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.

ESTATUTO EDITORIAL - CRIATIVA Magazine A Criativa Magazine é uma revista mensal de informação geral que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, em todos os domínios de interesse, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado da ilha de São Miguel; A Criativa Magazine é independente de qualquer poder político e económico; A Criativa Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português; A Criativa Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições; A Criativa Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia; A Criativa Magazine quer contribuir para o desenvolvimento de cidadãos ativos e conscientes, bem como assim para o desenvolvimento da sociedade na qual se insere.


GRANDE REPORTAGEM

“AS FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO CUMPREM UMA VONTADE DO POVO” Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

Há 16 anos consecutivos que o município de Ponta Delgada organiza as grandes festas em honra do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, uma festividade que o presidente da autarquia, José Manuel Bolieiro, realça merece cada vez mais uma maior participação da comunidade, dos emigrantes e até mesmo dos turistas.

Criativa Magazine - Estamos às portas do início de mais umas grandes festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. Um cartaz festivo que tem já o alcance desejado? José Manuel Bolieiro - Em 2019, o Município organiza, pelo 16º ano consecutivo, as Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada.

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Elemento de devoção, o Divino Espírito Santo incorpora a identidade arquipelágica e reside na alma de cada açoriano, na Região, no País e no Mundo. O Povo sempre requereu estas festas e é por ele que elas existem, com o apoio de todas as freguesias, mordomias e de um vasto conjunto de entidades associativas e empresariais. Na verdade, as Grandes Festas do Divino Espírito Santo do Concelho de Ponta Delgada cumprem uma vontade do Povo.


E apraz-nos constatar que é cada vez maior a participação da nossa população, dos nossos emigrantes e dos nossos turistas. Esta é uma festa com periodicidade anual e previsível, acontece sempre no segundo fim de semana do mês de julho. Este ano terá lugar de 11 a 14 de julho, arrancando com a Conferência Inaugural por D. Carlos Azevedo, Bispo do Conselho Pontifício da Cultura do Vaticano, e encerrando com a Missa e a Coroação. Um dos momentos mais aguardados do programa é a partilha popular das Sopas do Espírito Santo, mas também o Cortejo Etnográfico, ao longo da Avenida Infante D. Henrique, que junta milhares de pessoas. Concertos, concurso da massa sovada, quiosques de solidariedade social e bazar de artesanato dos centros de idosos do concelho são outros dos atrativos do evento, que também inclui a distribuição de pensões a famílias carenciadas e a instituições particulares de solidariedade social do concelho. As festas aliam, portanto, a devoção religiosa à partilha e à solidariedade. São uma excelente mostra da nossa identidade cultural. Um dos momentos mais curiosos desta festa é a partilha das sopas no sábado, o qual encerra uma das premissas da festa em honra do Divino; e que só é possível, também, fruto de muita solidariedade e disponibilidade de instituições e pessoas. Contas feitas, quantas instituições e mãos ajudam a compor este momento? Este ano serão distribuídas quantas sopas? Uma das particularidades mais genuínas desta festa é precisamente o espírito de partilha, patente em diversos momentos como as sopas do Espírito Santo, a distribuição das pensões e o bodo de leite.

Temos um conjunto de personalidades e entidades públicas e privadas que são verdadeiros doadores e que asseguram, assim, a grandiosidade desta festa. Pessoas que dão o seu contributo de forma generosa, vindos das freguesias e mordomias mais os profissionais da Câmara Municipal que dão o seu trabalho e a sua experiência ao longo dos anos em dedicação ao sucesso destas festas. Deixo, por isso, aqui a minha gratidão a todos, porque só com todos é que estas festas têm a dimensão que têm. Com justiça reconheço que são decisivos e generosos esses contributos, quer para a partilha, quer para a organização das festas. Não consigo precisar o número exato de pessoas que serão servidas de sopas e de arroz doce, mas, atendendo a dados estatísticos dos anos anteriores, estaremos preparados para servir 14 mil doses de sopas e arroz doce. À semelhança do que acontece todos os anos, no sábado será montada uma mesa à volta do Campo de São Francisco para que os milhares de convivas possam sentar-se, saborear as sopas e passear por aquele espaço, dando a vez a outros, antes de seguirem para a Avenida Infante D. Henrique, para assistirem ao Cortejo Etnográfico. Sabendo que há momentos mais especiais desta festividade, para si, há algum momento em que sinta maior profundidade em participar? Todos os eventos que compõem o programa das XVI Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada são especiais, por aquilo que representam. É para mim uma honra participar e faço-o com um enorme sentido de respeito pela nossa cultura e identidade. Aliás, constatamos o cada vez maior interesse que as festas despertam na população local e nos nossos visitantes. Vemos, cada vez mais, estas festividades, tão próprias dos

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Açores, serem prestigiadas e reconhecidas pelo mundo da nossa diáspora, e até pelos nossos turistas. É, pois, uma honra poder contar com todos nestas grandes festas do Divino Espírito Santo! São um ícone de identidade cultural, exposto para visitantes. Um cartaz turístico. Enquanto Mordomo, e olhando para todas as edições nas quais participou, há uma mensagem particular que deixe a todos os que vão viver esta festa? A devoção ao Espírito Santo está na matriz do nosso povo, por todas as ilhas e pelo mundo. Independentemente das diferenças de prática, o Divino Espírito Santo apresenta-se como uma inspiração e referência para a prática de convívio inclusivo e solidário entre comunidades e entre pessoas, do nosso modo de ser e de estar. As Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada apresentam várias vertentes, nomeadamente a histórica, cultural, social e também religiosa e turística, refletidas num programa composto por dezenas de eventos. A manifestação na cidade de Ponta Delgada tem vindo a crescer e a aperfeiçoar-se. É do Povo, para o Povo e com o Povo. As pessoas fazem a festa, por isso, reitero o convite para participarem nas Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. Sabendo que há muitos emigrantes que vão acompanhar as festas via TV e Internet, para esta comunidade fica um registo particular?

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Vemos, cada vez mais, estas festividades, tão próprias dos Açores, serem prestigiadas e reconhecidas pelo mundo da nossa diáspora, e até pelos nossos turistas”. A afirmação das ilhas no mundo efetiva-se com as nossas comunidades de emigrantes, no Brasil, nos Estados Unidos, nas Bermudas, no Hawaii e no Canadá. Para nosso benefício, temos de olhá-las como uma parte de nós, numa trilogia de passado, presente e futuro, para entendemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. E a Câmara Municipal de Ponta Delgada tem privilegiado as nossas comunidades nos grandes eventos de tradição, como as Festas do Divino Espírito Santo, ao assegurar regularidade e previsibilidade na sua calendarização para que as pessoas possam programar, com antecedência, a sua vinda à ilha e participar no evento. Por outro lado, ao transmitir as festas para a diáspora através da RTP, da Internet e dos meios próprios da autarquia, como o site e redes sociais (Facebook e Instagram), também chegamos às pessoas mais distantes.


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REPORTAGEM

DEDICAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO ENVOLVE VOLUNTÁRIOS A fé e a devoção fazem mover inúmeras pessoas na organização das festas de Ponta Delgada. São muitas as horas de trabalho, mas no final fica o registo de enorme alegria por fazer parte desta partilha de esforços. Natacha Alexandra Pastor

Carlos Costa

A

s grandes Festas do Espírito Santo de Delgada surgiram pela primeira vez em meados da década de 1970, logo a seguir ao 25 de abril de 1974. Foram seus mentores, entre outros, Humberto Moniz e Victor Cruz. Houve nesta década duas edições, havendo de seguida um interregno, reaparecendo novamente em meados da década seguinte, ou seja em meados dos anos 1980. O apontamento histórico, sucintamente reproduzido pelo historiador José de Almeida Mello transporta-nos, depois, para os tempos atuais. Há 16 anos atrás as festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, como são designadas, voltaram a ganhar corpo. Para a sua realização há todo um conjunto de pessoas que se mobilizam em torno da sua organização, na sua maioria são funcionários da autarquia, que são convidados a prestar um apoio de grande dimensão. José de Almeida Mello está envolvido nas grandes Festas do Espírito Santo de Ponta Delgada desde 2004. Salienta a grande complexidade desta organização que envolve não só as 24 freguesias do concelho de Ponta Delgada, mas também “muitos impérios, grupos folclóricos e bandas filarmónicas, a par de um número bem alargado de colaboradores da edilidade que se juntam para dar corpo à organização.” O período de preparação é grande e chegar ao dia efetivo do início da festividade deixa um sentimento muito especial. “A minha maior alegria é poder ver como tudo se compõe e como tudo funciona, em todos os momentos da Festa, passando pela igreja da Matriz, aos momentos de fórum mais populares, como as sopas no Campo de São Francisco e o grandioso cortejo, que tem lugar na avenida do Infante D. Henrique, aos arraiais, junto dos Paços do Concelho e das Portas da Cidade. A missa e a coração assumem um papel mais solene da festa.

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Sentir a festa é participar nela nos seus mais variados momentos, em cada ação, em cada ato que se partilha a alegria da vida, quando se faz do pão e do leite a festa da união entre todos os seres humanos, que se unem em torno da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade – O Espírito Santo. Sinto também a alegria em ver tantas pessoas, de tantas geografias em redor dos usos e costumes do Povo dos Açores, neste caso do concelho de Ponta Delgada.”


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Durval Medeiros é a figura principal na organização e decoração do quarto do Divino Espírito Santo instalado, durante os dias de festa, no salão nobre dos Paços do Concelho. É das suas mãos que há 15 anos nasce, sempre diferente, a disposição e embelezamento deste quarto visitado por centenas e centenas de pessoas. Como pessoa crente no Divino Espírito Santo garante o seu imenso orgulho em ver todo um vasto trabalho ser elogiado por muitas pessoas. Vive nos Mosteiros, onde há 18 anos faz parte da Comissão de Mordomos. A sua dedicação ao Espírito Santo está enraizada na sua vida, por isso não se estranhará as longas horas que dedica às festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. Não é possível contabilizar os longos serões que passa na sua casa a compor diferentes etapas do futuro quarto do Divino Espírito Santo da au-

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tarquia de Ponta Delgada, da qual é funcionário há 31 anos. Todos os anos idealiza uma nova estrutura expositiva para as 70 a 80 coroas do Divino Espírito Santo que fazem parte deste Quarto. Em relevo está sempre a Coroa do município, que este ano estará rodeado por outras sete coroas. O processo de montagem começa bem cedo e ocupa o dia inteiro. Há outras mãos que se juntam para acelerar o processo. Por norma, explica-nos, há um grupo de 12 a 14 pessoas, todas funcionárias da câmara que se voluntariam para ajudar Durval Medeiros, num compromisso de interajuda e de muita gratidão ao Espírito Santo. Depois de todo o trabalho feito, é tempo de parar e observar o conjunto, ouvir os elogios e as sugestões de quem também percebe destas tarefas. E fica o grato sentido de dever cumprido, uma missão que abraça com extremo gáudio.


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REPORTAGEM

CLÍNICA DE FISIOTERAPIA INFISIO: UM ESPAÇO INOVADOR A Infisio tem pouco mais de três meses de existência, mas o projeto tem já um longo percurso, nasceu quando duas colegas decidiram tirar o curso na área da fisioterapia e construíram o sonho de abrir um espaço quando terminassem a formação superior. Assim o sonharam e agora concretizaram-no. Natacha Alexandra Pastor

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rina Rego e Marina Estrela têm em comum o gosto pela Fisioterapia. Tiraram o curso em simultâneo e foi desde aí que esteve sempre nas suas mentes abrirem um espaço onde pudessem pôr em prática o seu conhecimento. Realizaram um estudo de mercado em São Miguel para perceber que caminho percorrer, candidataram-se ao Programa Açores 2020 e puseram de pé uma clínica de fisioterapia, que para além de oferecer como tratamento/serviço de fisioterapia, dedicam-se à Acupuntura; Ozonoterapia; Insuflação retal; Escleroterapia; Miofascial; Exercícios corretivos; Pressoterapia; Vacuoterapia; EPTE e Electropunctura. O crescimento da clínica está agora numa fase complexa, para avançar para protocolos com o Serviço Regional de Saúde a Infisio precisa de ter um Fisiatra ao serviço, o que ainda não foi possível de colmatar, considerando que há falta de profissionais nesta área, segundo explicam as responsáveis. “Cada Fisiatra só pode ter uma direção clínica, temos sete fisiatras na região e todos eles já têm uma direção clínica, estamos a aguardar por novos profissionais que possam estar em fim de curso para tentar incluir alguém na nossa clínica. Não tem sido fácil e enquanto não tivermos esse profissional não podemos estabelecer acordos com o serviço de Saúde, pelo que estamos maioritariamente a trabalhar com pacientes particulares. Na realidade, hoje, as clínicas médicas estão a trabalhar intensamente com utentes e pacientes que vêm designados pelos hospitais e centros de saúde”. Os restantes utentes que procuram a título privado uma

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Carlos Costa

clínica chegam por outros motivos: ou porque têm algum poder económico que lhes permite suportar as diversas sessões clínicas; ou porque têm um problema grave que precisa de resposta imediata e como tal não podem ficar a aguardar por uma vaga; ou porque já recorreram a outros métodos e não conseguiram resolver o seu caso. Seja qual for a situação, ressalva para a importância das práticas alternativas não serem vistas com bons olhos, e, como tal, não serem alvo de uma comparticipação ao utente por parte do Estado. A luta pela validação da medicina alternativa ainda não está ganha, apesar de existir mais gente à procura de respostas nesta área, muito afamada pela não administração de fármacos na generalidade das respostas. Mas este é processo que ainda não recolhe a credibilidade total, seja do Estado, seja da população, e que envolve muitos embaraços económicos. Ozonoterapia: oferta inovadora na Região na área da Fisioterapia Quando abriram a clínica, Irina Rego e Marina Estrela, ambas com Pós Graduação na técnica de Ozonoterapia, tiveram de basear o conceito da Infisio na oferta de uma componente diferenciadora e foi por aqui que enveredaram, conscientes que este serviço é praticamente inédito nos Açores. “Estamos vocacionadas para as áreas ósseas; musculares; tendinosas e por via retal e auricular. A Clínica já conta com vários testemunhos reais de pessoas com muito bons resultados em curto espaço de tempo.


Queremos que os nossos utentes saiam satisfeitos e com uma recuperação rápida e eficaz, e é por isso que estamos sempre à procura de inovação, pois preferimos ter um utente satisfeito do que ter um utente a fazer tratamento por longos períodos de tempo e insatisfeito. Esta é uma área que gostaríamos de destacar junto do público por uma razão simples: tem resultados excelentes junto dos pacientes. É uma técnica revolucionária, 100% natural, livre de qualquer tipo de químicos e sem efeitos secundários. É importante abrir as mentes da população para esta técnica que tem inúmeras aplicações e com desfechos muito bons, muitas vezes desde a primeira sessão, em que o paciente sente de imediato grandes alterações. Nós aqui estamos a trabalhar na vertente músculo-esquelética”.

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ENTREVISTA REPORTAGEM

“A QUEDA DO VÉU” DE MAURA FERNANDES É um projeto pessoal, que vê agora a luz do dia. Saltaram de um blog pessoal para uma obra física. É a primeira aventura de Maura Sarmento Fernandes, tem por isso mesmo um sabor muito especial. Natacha Alexandra Pastor

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riativa Magazine - Acreditando que esta é a primeira obra da sua autoria, como é que nasce este projeto literário e o que esteve na sua idealização? Maura Sarmento Fernandes - Este projeto literário nasce com a necessidade de partilhar os meus “escritos” num suporte físico. Há mais de dois anos que publicava estes e outros “escritos” num blog pessoal e nas redes sociais. Mas senti que precisava dar o próximo passo, ou seja, materializar o desejo de poder deixar algo palpável...em suporte papel. Podemos descortinar um pouco sobre a obra? “A Queda do Véu” é nada mais que um conjunto de vários “escritos”, fruto de um exponencial crescimento, num despertar como ser Humano e Mulher. Muito intimistas, “retratos” de estado de alma, numa escrita com caráter um pouco ousado e carregado de emoções e sensações. As expetativas para quem escreve e edita um projeto literário são sempre vastas. Há algum objetivo da autora com este primeiro titulo? Embarquei nesta aventura, sem expectativas, nem quaisquer ambições, tenho os pés bem assentes na terra. É um projeto de realização pessoal, surgiu a possibilidade de o concretizar, basicamente agarrei com força e alma e estou muito satisfeita com o desfecho. Obviamente que apesar de ter esta perspectiva pouco ambiciosa, ficaria muito contente se a aceitação deste livro superasse as minhas expectativas.

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DR

Quão pensado e demorado foi este processo criativo? Como havia referido, há mais de dois anos que vou partilhando em suporte digital este tipo de escrita. Portanto, os textos publicados no livro e muitos outros já existiam. Foi apenas reunir alguns textos, considerando alguns critérios e enviar para algumas editoras. A partir daí, após ter retorno positivo, foi seleccionar a que mais me convinha de acordo com critérios pessoais. Após isto, foi um processo rápido, muito profissional e eficiente. Depois de um primeiro é sempre mais fácil executar um segundo. Há algo mais em mente? Sem dúvida que haverá. Gosto de pensar em cada coisa a seu tempo, mas neste processo percebi que havia necessidade de continuar este processo de partilha, que havia a vontade de partilhar outros textos que não vão ser publicados agora. Parece que fica um bichinho, que já começa a remoer. Vamos ver como corre e talvez daqui a uns tempos, poderemos dar continuidade a outros projetos similares. Tem chancela da Chiado, que tem apoiado muitos titulos desta natureza. Foi um processo fácil o de encontrar quem acolhesse os seus primeiros escritos? Não foi um processo difícil, pelo contrário. Após o envio de alguns escritos, tendo o retorno que tive, foi arregaçar as mangas e começar a trabalhar. “A Queda do Véu” está incluída na coleção da editora Chiado “Prazeres Poéticos” e devo acrescentar que foi um prazer trabalhar com esta editora.


GASTRONOMIA TÍPICA AÇORIANA

com a reconhecida qualidade a que o Chef Álvaro Lopes nos habituou. Aberto de Terça a Domingo das 11h00 às 23h00


REPORTAGEM

REGIÃO ASSINALA DIA DOS AÇORES HOMENAGEANDO 29 INDIVIDUALIDADES E PERSONALIDADES São Jorge foi a ilha escolhida para celebrar o Dia dos Açores. O discurso do presidente do Governo dos Açores ficou marcado pela procura de um novo desafio no combate à abstenção eleitoral na região. Natacha Alexandra Pastor

C

om a intenção de suscitar o debate, “lanço a ideia que, não radicando no estabelecimento do voto obrigatório, se traduz num verdadeiro ‘contrato de cidadania’ a propósito do cumprimento do dever cívico que é o voto”. O desafio foi lançado pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, na sessão solene do Dia dos Açores. Segundo disse, esta é uma “solução que não retira nada a ninguém, mas acrescenta a quem participa, que contribui pelo seu voto para a vida da comunidade política em que se insere”. De acordo com Vasco Cordeiro, face ao verdadeiro perigo para a democracia que é a abstenção, torna-se “necessário ir mais longe, porventura mais longe do que as possibilidades constitucionais e estatutárias de intervenção da Região”. O Dia da Região Autónoma dos Açores foi instituído pela Assembleia Legislativa em 1980, sendo feriado regional. Anualmente são atribuídas diversas Insígnias Açorianas, cujo regime jurídico foi aprovado em 2002, e que distinguem “os cidadãos e as pessoas coletivas que se notabilizaram por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à Região”. Nos Açores existem quatro Insígnias Honoríficas, nomeadamente a Insígnia Autonómica de Valor, a Insígnia Autonómica de Reconhecimento, a Insígnia Autonómica de Mérito (com as categorias de Mérito Profissional, Mérito Industrial, Comercial e Agrícola e Mérito Cívico) e a Insígnia Autonómica de Dedicação. Este ano foram atribuídas 29 Insígnias a personalidades e instituições conforme aqui representadas.

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Milton Dias

Insígnia Autonómica de Valor Comando da Zona Marítima dos Açores – Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Ponta Delgada (MRCC Delgada).


Insígnia Autonómica de Reconhecimento Francisco Inácio da Silveira de Sousa Pereira Forjaz de Lacerda (a título póstumo); Frederico de Menezes Avelino Machado (a título póstumo); Genuíno

Alexandre Goulart Madruga; Manoel Tomaz Gaspar da Costa; Milton Augusto de Azevedo de Morais Sarmento; Nuno Sequeira Correia de Sá; Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA). Insígnia Autonómica de Mérito Profissional Carlos Manuel Pimentel Enes; Maria João Maciel Jorge Dodman. Insígnia Autonómica de Mérito Industrial, Comercial e Agrícola Carlos Manuel da Silva; Maria de Melo Pacheco de Medeiros; João Silveira Tavares; Maria de Jesus dos Santos Bettencourt Félix (a título póstumo); Renato Manuel Gonçalves Goulart; Vasco Elias Bensaude (a título póstumo); Confraria do Queijo São Jorge. Insígnia Autonómica de Mérito Cívico Adelino Paim de Lima Andrade; António de Fraga Pimentel (a título póstumo); Clélia de Fátima de Brito Nunes Vicente; Guilherme João de Fraga Gomes (a título póstumo); João de Brito do Carmo Menezes; Luís Miguel Costa Oliveira Mota dos Santos (a título póstumo); Manuel António das Matas dos Santos; Associação Cultural AngraJazz; Clube Desportivo Escolar Flores; Filarmónica “Clube União Instrução e Recreio”; Instituto São João de Deus – Casa de Saúde de São Rafael e Casa de Saúde de São Miguel e Santa Casa da Misericórdia das Velas.

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REPORTAGEM

18º CONCURSO MICAELENSE DA RAÇA HOLSTEIN FRÍSIA COM ANIMAIS DE EXCELÊNCIA O XVIII Concurso Micaelense da Raça Holstein Frísia voltou a mostrar animais de bom porte. 235 animais marcaram presença neste certame que mereceu casa cheia em dia de votação das melhores vacas a concurso. Natacha Alexandra Pastor

É

já uma imagem de marca e que atrai muitos visitantes. O concurso da Raça Holstein Frísia vai na 18ª edição. Um dos momentos mais aguardados é o da votação dos animais a concurso, este ano foi o juiz canadiano Yvon Chabot quem avaliou os animais que considerou serem “de grande qualidade, boas vacas e com boa qualidade leiteira”. A cerimónia inaugural contou com um discurso de apresentação por parte de Jorge Rita, Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, que não deixou de aproveitar esta oportunidade para reavivar as dificuldades do setor. Jorge Rita pediu medidas efetivas da região no apoio à fileira do leite, de modo a garantir maior sustentabilidade económica dos lavradores, e apontou o SAFIAGRI como modelo de ajuda a avançar incluindo neste sistema de apoio também as cooperativas. Com este sistema, disse, poderia dar-se alguma folga a um setor que vive alguma descapitalização. O responsável recordou também da importância de melhorar a performance da região no próximo Quadro Comunitário de Apoio, um trabalho que cabe sobremaneira ao governo em parceria com as associações da área, e vincou que é preciso não esquecer que o leite e produtos lácteos da região têm qualidade excecional. Para manter e melhorar ainda mais toda a produção, Jorge Rita introduziu a necessidade

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O Retrato/AASM

de continuar a aposta de melhoramentos em caminhos agrícolas, abastecimento de água nas explorações, intervenções que têm sido feitas mas é um trabalho que precisa de continuidade. O Presidente do Governo dos Açores participou na inauguração deste evento, tendo aproveitado o momento para recordar a adesão registada ao programa ProRural+, com mais de 900 candidaturas privadas já aprovadas, que representam um investimento de cerca de 90 milhões de euros. O presidente Vasco Cordeiro debruçou-se sobre questões e matérias que têm assento em decisões da União Europeia, que inicia agora um novo ciclo com a tomada de posse de novos eurodeputados, dizendo que é “necessário articularmos, cada vez mais, os esforços e desenvolvermos parcerias para que a Região fale a uma só voz em relação às suas pretensões face à União Europeia, suscitem elas a intervenção da Comissão, do Parlamento ou do próprio Governo da República.” Uma das questões também abordadas pelo chefe do executivo foi o preço do leite pago à produção. Vasco Cordeiro salientou que este é um desafio ainda presente, razão pela qual apelou a que todas as partes se “sentem à mesa” em prol da maior valorização dos produtos regionais.


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REPORTAGEM

RUI MONIZ LANÇA CANDIDATURA AO GRUPO DESPORTIVO COMERCIAL Rui Moniz apresentou a sua candidatura às eleições do Grupo Desportivo Comercial, para o biénio 2019/2021. Esteve ligado aos rallyes durante largos anos, e pretende agora contribuir de forma diferente à gestão do Grupo Desportivo Comercial que tem a seu cargo a responsabilidade de organizar o Azores Rallye. Natacha Alexandra Pastor

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o ano em que o Grupo Desportivo Comercial assinala 60 anos, há eleições marcadas para meados deste mês de julho. Tem existido algum desassossego interno desde há alguns meses e numa altura em que se aproxima a realização de novo ato eleitoral para a direção da entidade organizadora do Azores Rallye, um fã incondicional do desporto automóvel, lançou o anúncio da sua candidatura no final do mês de junho, a escassas semanas do ato eleitoral. Na comunicação aberta que fez, Rui Moniz começou por destacar o papel importante do comercial na organização do maior evento desportivo dos Açores, que é simultaneamente o maior cartaz promocional da região além-fronteiras; que “vive momentos complicados, como é

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DR

do conhecimento público, mas estou convicto que são ultrapassáveis” e é nestas alturas, continuou “que é necessário arregaçar as mangas e unir, à volta de um objectivo comum, todos os associados, em particular, e os amantes da modalidade, em geral . É este o objectivo deste anúncio: dar um sinal que existem pessoas dispostas a trabalhar para assegurar a continuidade do clube e da sua prova maior, sem alaridos, de forma positiva, construtiva, inclusiva e credível, com ideias claras sobre o que deve ser o futuro do clube, das suas provas e da modalidade”. Face às supostas dificuldades internas, o candidato à presidência do GDC disse que “da minha boca não ouvirão quaisquer críticas, seja a quem for: o clube precisa, mais do que nunca, de serenidade.”


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REPORTAGEM

TRIÂNGULO PROTESTA POR MAU SERVIÇO PÚBLICO NOS TRANSPORTES Viagens canceladas, bagagem perdida, ligações marítimas irregulares, eis os principais motivos que estão a originar muito mal-estar entre os habitantes das ilhas do Triângulo. Natacha Alexandra Pastor

DR SATA

A

meados do mês de junho o cenário já indiciava graves lapsos para a época de verão, deitando por terra um ano mais as já conhecidas fragilidades na entrada e saída de turistas, mas também dos residentes, das três ilhas do triângulo: São Jorge, Faial e Pico. Seja por ar ou por mar, os cerca de 40 mil habitantes destas ilhas estão a ser desprezados e a sofrer grandemente com as constantes falhas da SATA e da empresa marítima que liga as ilhas. São atrasos em voos, cancelamentos, desvios para outras ilhas… um cenário que já vem sendo sentido desde há 5 anos sensivelmente, e que apesar de ter ecos de reclamação, originaram este ano, e talvez numa posição histórica a reunião entre várias associações e entidades das ilhas em questão, para analisar e pedir ao Governo que faça uma intervenção positiva a favor das populações e a bem do Turismo. A tomada de posição fez suscitar curiosidade e, em paralelo, a indignação de alguns habitantes. É o caso do jornalista e empresário Souto Gonçalves que acredita que há um tempo e um limite para tudo. Para demonstrar o apreço pela iniciativa agora concretizada pelo conjunto de entidades que se reuniu à mesma mesa com o sentido de discutir tudo o que vai mal, Souto Gonçalves marcou presença no final dessa reunião, lançando um aplauso, em jeito de agradecimento a este ato inédito. À nossa redação sintetizou que o clima de insatisfação dos habitantes é grande, que a população está cansada de ser esquecida e que a montante este problema atinge muitos setores de atividades destas três pequenas ilhas. “Sentimo-nos um pouco desprezados em relação aos grandes meios de demais ilhas, nomeadamente São Miguel, que tem tido a sorte de não sentir os transtornos que nós – os cerca de 40 mil habitantes do Faial, Pico e São Jorge – vimos sentindo há alguns anos. Parece-nos que já é tempo de se arranjarem soluções para um problema que todos os anos acontece e com os quais ninguém aprende ou sequer tenta corrigir esses erros. Pessoalmente enquanto empresário na área do aloja-

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mento local este é o meu segundo ano de experiência, de modo que até nem tenho grandes motivos de queixa, mas já senti na pele turistas a desistir de viagens por não conseguirem ter os seus voos confirmados. Não foi grande o prejuízo mas para quem tem uma estrutura pequena, como é o meu caso, é sempre complicado. A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) lançou também um comunicado onde deixa críticas ao Governo pela situação do transporte de passageiros inter-ilhas, aéreo e marítimo, no início deste verão, considerando-o “um fracasso”. Num comunicado os responsáveis referem que “o problema torna-se ainda mais grave, quando abrange as três empresas tuteladas pelo governo regional, prejudicando, simultaneamente, residentes e turistas, numa altura em que muito se propala turismo de qualidade, que pressupõe serviços de qualidade. (…) A CCIA entende como prioritário a adoção de um novo modelo de OSP inter-ilhas, mais flexível, a aplicar já em 2020. A Região não pode suportar outro ano igual ao atual.”


REPORTAGEM

CARLOS MELO BENTO HOMENAGEADO COM MEDALHA DE OURO A sessão solene de abertura dos festejos do feriado municipal de Vila Franca do Campo foi o momento tradicionalmente associado à distinção de individualidades. A Medalha de Ouro, este ano foi entregue ao advogado e historiador Carlos Melo Bento. Natacha Alexandra Pastor

N

asceu no ano de 1941 em Ponta Delgada, tendo estudado Direito em Lisboa. Regressa à terra natal e tem desempenhado desde essa altura advocacia. Carlos Melo Bento, figura ilustre e reconhecida na região, manteve um forte e regular colaboração em jornais açorianos. Nos últimos anos dedicou especial atenção à literatura, tendo já editadas obras no campo da Arqueologia; História dos Açores e Biografia. Preside atualmente à Fundação Sousa de Oliveira. Descendente de Vila-franquenses, a atribuição da Medalha de Outubro do Município, e do Diploma de Cidadão Honorário de Vila Franca do Campo, foi uma decisão tomada por unanimidade em reunião da Assembleia Municipal fundamentada “pelos méritos que lhe são reconhecidos e por um exemplar percurso de vida, seja no trato que tem para com os cidadãos, seja no exercício da sua profissão”, destacou no ato da cerimónia o presidente da autarquia Ricardo Rodrigues. Para além disso, anotou o autarca, Melo Bento “deu continuação a um nome muito importante para Vila Franca do Campo, Manuel Sousa d’Oliveira, que durante anos a fio realizou escavações arqueológicas, que hoje são testemunho da nossa vivência passada” e também contribuiu

CMVFC

para o “redescobrir de um escritor que nos engrandece e orgulha, Armando Côrtes-Rodrigues”. O homenageado afirmou que, ao saber que Vila Franca do Campo o iria condecorar “um milhão de sentimentos” lhe invadiu a alma e um “misto de incredibilidade e bem-estar” tomou conta de si. “Gostei da atenção e do gesto, especialmente pelo meu falecido pai que, se tivesse vivido para assistir à cerimónia, teria certamente vibrado de alegria, porque a sua Vila que ele tanto amou e serviu, lhe galardoava um dos filhos”, disse em cerimónia solene, acrescentando que, “oxalá, Deus me dê ainda vida para poder pagar, aos mais altos representantes da nossa primeira capital, uma honra que trará aos meus filhos e netos o encargo de respeitar um povo que quis saudar, quem apenas ama sinceramente esta gente e esta terra”.

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CONSULTÓRIO JURÍDICO

com: Carlos Melo Bento ADVOGADO

(Imaginemos um caso de violência doméstica): Quando se recebe uma intimação para comparecer em tribunal, mas a pessoa não quer o confronto presencial/ visual com o agressor, pode invocar ou solicitar algum mecanismo que a proteja? Diz o Artigo 352.º do Código do Processo Penal (Não confundir com o Código Penal que diz o que é que é crime e quais as penas respetivas, enquanto o Código do Processo Penal rege a maneira como se faz a investigação, os julgamentos, etc.)

“Afastamento do arguido durante a prestação de declarações”. 1 - O tribunal ordena o afastamento do arguido da sala de audiência, durante a prestação de declarações, se: a) Houver razões para crer que a presença do arguido inibiria o declarante de dizer a verdade; b) O declarante for menor de 16 anos e houver razões para crer que a sua audição na presença do arguido poderia prejudicá-lo gravemente; ou c) Dever ser ouvido um perito e houver razão para crer que a sua audição na presença do arguido poderia prejudicar gravemente a integridade física ou psíquica deste.” No fundo, se a presença do arguido (o que é acusado dum crime), na mesma sala, impedir a pessoa que tenha de prestar declarações de dizer a verdade toda, por meter medo (se for pessoa perigosa), impor respeito exagerado (se for pai, por exemplo), ou vergonha (por ter de falar de coisas íntimas) ou qualquer outra razão forte, tem de pedir-se ao tribunal que o afaste da sala de audiência. Os Juízes não gostam muito de afastar os arguidos (até para apreciarem a linguagem corporal durante os depoimentos e para garantir os direitos da defesa que são sagrados) pelo que os requerimentos têm de ser muito bem fundamentados, senão o pedido não é deferido. Embora a lei refira apenas o afastamento da sala de audiência, é natural que tal afastamento possa ser pedido na polícia e no Ministério Público e a pessoa é que tem de tomar a iniciativa de chamar a atenção do que dirige a diligência para a necessidade daquele. NOTE BEM: estes pequenos conselhos não dispensam a consulta a um advogado. Pois, cada caso é um caso e, para se dar um conselho, é preciso saber muitos detalhes que não cabem nas perguntas que me são feitas.

Tem alguma questão jurídica que gostaria de ver respondida? Envie-nos por email: criativa.azores@gmail.com

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DESPORTO MOTORIZADO DESPORTO AUTOMÓVEL

XXXVIII RALI SICAL

MAIS UM CAFÉ PARA BERNARDO SOUSA

Ao vencer o Rali Sical, o madeirense Bernardo Sousa repetiu o êxito alcançado o ano passado. Com este triunfo, o segundo da época, reforçou a liderança do Campeonato dos Açores de Ralis.

Renato Carvalho

D

evido às alterações efectuadas no calendário desportivo desta temporada, o rali organizado pelo Terceira Automóvel Clube realizou-se numa data do ano mais adiantada do que é costume. Outra novidade foi a estrutura da prova que passou a desenrolar-se somente no dia de sábado. Desta forma, a prova citadina disputada na sexta-feira à noite, deixou de contar para a classificação mas os pilotos foram obrigados a participar. Mais uma vez, a luta pela vitória centrou-se entre o campeão em título, Luís Miguel Rego acompanhado por Jorge Henriques no Skoda Fabia R5 e Bernardo Sousa. De referir, que na classificação do campeonato, os dois pilotos estavam separados por menos de um ponto. Na primeira prova especial, Luís Miguel Rego ganhou para na seguinte a vitória pertencer a Bernardo Sousa que assumiu a liderança com uma vantagem de 7,6 segundos sobre Rego que sofreu um furo. Na segunda passagem pelos mesmos troços, Sousa voltou a vencer e ampliou o pecúlio mas na derradeira

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António Bettencourt prova especial da manhã, Luís Miguel Rego averbou o melhor tempo e reduziu a diferença para 2,8 segundos. No primeiro troço da tarde de sábado, o piloto da equipa Play Auto Açoreana Racing foi o mais rápido e ganhou 26,5 segundos sobre Luís Miguel Rego, que sentiu problemas mecânicos no Skoda o que levaram posteriormente à sua desistência. O vencedor desta edição do Rali Sical estava praticamente definido, para isso bastava a Bernardo Sousa controlar o andamento até final, gerindo o avanço de 1 minuto e 53 segundos que possuía sobre a concorrência. E foi o que fez. Além disso, ainda venceu todas as restantes provas especiais, o que possibilitou angariar mais pontos para o campeonato. No segundo posto ficaram Ruben e Estevão Rodrigues no pequeno Peugeot 208 R2. Rodaram sempre na terceira posição até à desistência de Luís Miguel Rego, altura que subiram mais um degrau do pódio. Venceram a categoria reservada aos Veículos 2 Rodas Motrizes e com este resultado ascenderam ao segundo lugar do campeonato.


Bernardo Sousa

17

Rúben Rodrigues

14

17

20

25+1,65 25+3,72

Luís Miguel Rego

20

20+3,3

0+1,24

Rafael Botelho

12

14

14

Ricardo Moura

25+5

--

--

Henrique Moniz

--

12

12 17

Filipe Pires

--

--

Ruben Santos

6

6

--

Ricardo Silva

--

--

10

10º

Carlos Miguel

--

10

--

Pontos Totais

Rali Lotus

15/16 Novembro

18/19 Outubro

Rali Ilha do Pico

Rali Ilha Lilás

13/14 Setembro

09/10 Agosto

Rali Santa Maria

Rali Sical

07/08 Junho

26/27 Abril

21/23 Março

Rali Ilha Azul

Azores Rallye

CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO RALIS DOS AÇORES - ABSOLUTO Concorrente

CLASSIFICAÇÃO FINAL DO XXXVIII RALI SICAL

1º Play/AutoAçoreana Racing/Bernardo Sousa/Victor Calado (Citroen C3 R5) 43m43,5s; 2º Ruben Rodrigues/Esteváo Rodrigues (Peugeot 208 R2) a 2m05,9s; 3º Filipe Pires/Vasco Mendonça (Mitsubishi Lancer Evo X) a 3m59,3s; 4º Rafael Botelho/Rui Raimundo (Citroen DS3R3T) a 4m28,6s; 5º Henrique Moniz/Jorge Diniz (Peugeot 208 R2) a 5m37,2s; 6º Ricardo Silva/Rui Valadão (Citroen Saxo Cup) a 6m34,9s; 7º Paulo Borges/Fábio Pereira (Peugeot 106 GTi) a 6m50,6s; 8º Ricardo M. Moura/Rui Ávila (Peugeot 206 RC) a 7m47,7s; 9º João Correia/ Paulo Jesus (Peugeot 106 XSi) a 7m59,9s; 10º Emanuel Garcia/Nelson Dinis (Citroen Saxo Cup) a 8m44,2s; 11º Francisco Costa/Elisabete Jesus (Peugeot 206 RC) a 8m54,7s; 12º Marco Soares/Fernando Nunes (Citroen Saxo Cup) a 8m54,9s; 13º António Nunes/Alexandre Lopes (Mitsubishi Lancer Evo V) a 9m14,4s; 14º Pedro Silva/Fábio Silva (Citroen Saxo Cup) a 9m33,6s; 15º Firmino Mendes/Délio Rodrigues (Citroen AX 1.6) a 9m36,4s; 16º Manuel Pontes/Miguel Azevedo (Toyota Celica 4WD) a 10m00,1s; 17º João Ferreira/André Ferreira (Peugeot 106 1.6) a 11m20,9s; 18º Luís Lopes/Márcio Martins (Citroen Saxo Cup) a 11m36,0s; 19º Alexandre Aguiar/Artur Dias (Renault Clio 1.6) a 12m01,2s; 20º Mário Jorge/Jorge Mendes (Hyundai Getz 1.4 D) a

12m04,7s; 21º Mário Nunes/José Borba (Citroen Saxo 1.4) a 12m56,0s; 22º Jaime Veredas/Tiago Inácio (Citroen AX Sport 1.6) a 13m04,4s; 23º Carla Costa/Tatiana Borges (Renault Clio 1.8 16V) a 13m30,0s; 24º Fábio R. Silva/Catarina Barroso (Renault Clio 1.8 16V) a 13m58,7s; 25º Jorge Vicente/Nuno Vicente (Renault Clio 1.8 16V) a 14m17,7s; 26º Paulo Silva/Duarte Martins (Subaru Impreza WRX STI) a 14m34,5s; 27º Adalberto Correia/Tomás Vultão (Toyota RAV4) a 14m45,9; 28º Catarina Esteves/João P. Costa (Renault Clio 2.0 RS) a 16m52,8s.

Posição

A última posição do pódio ficou reservada para a dupla madeirense constituída por Filipe Pires e Vasco Mendonça que utilizaram um Mitsubishi Lancer Evo X. Após o segundo troço ascenderam ao quarto lugar que mantiveram até que o abandono do piloto do Team Além Mar permitiu alcançarem a última posição do pódio. Sem argumentos técnicos para acompanhar o ritmo de Filipe Pires, o piloto micaelense Rafael Botelho e o seu navegador Rui Raimundo no Citroen DS3R3T obtiveram por seis vezes o quinto posto em troços. Com o infortúnio de Luís Miguel Rego subiram ao quarto lugar da tabela. Um problema com os travões do Peugeot 208 R2 de Henrique Moniz e do co-piloto Jorge Diniz no segundo troço atiraram a dupla para o 22º posto da classificação geral. Ao longo do dia encetaram uma recuperação que permitiu terminarem na quinta posição. No escalão reservado aos Veículos sem Homologação, o triunfo pertenceu a António Nunes e Alexandre Lopes num Mitsubishi Lancer Evo V. Enquanto no Troféu de Ralis de Asfalto dos Açores, a vitória coube à formação da ilha da Madeira, Filipe Pires e Vasco Mendonça num Mitsubishi Lancer Evo X. A próxima prova é o Rali de Santa Maria.

72,37 51 44,54 40 30 24 17 12 10 10

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OLHAR CRIATIVO DESAFIO MENSAL DO MÊS TRANSATO

COM O TEMA: “VAMOS ENCHER O MUNDO DE FLORES!”

1º Lugar - Osvaldo Janeiro - Raise me up “ESTAS PÁGINAS SÃO DEDICADAS AOS ENTUSIASTAS, QUE DE UMA FORMA APAIXONADA PARTILHAM O SEU OLHAR, POTENCIANDO A ARTE E O GOSTO PELA FOTOGRAFIA.”

Coordenação: Paulino Pavão

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Edição:


2º Lugar - Rui Freitas - Do Bosque

3º Lugar - Teresa Rodrigues - Azul

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BICICLETAS UM OLHAR SOBRE A BICICLETA NO SÉC. XXI

E AS CRIANÇAS? AINDA ANDAM DE BICICLETA? Francisco Carreiro

Andam, mas pouco! Vivemos no tempo da eletrónica, do digital e do virtual, em que até a atividade física se processa mais no ecrã do tablet ou smartphone, sob a forma de vídeo jogos, sem que se sintam as verdadeiras sensações do ar livre e puro, do que a infância das gerações passadas proporcionava! É neste contexto de grande modernidade, a que alguns chamam de desenvolvimento, que os nossos filhos vão crescendo, no tamanho, na idade e no peso, num espaço virtual que insistimos em alimentar, longe da realidade do mundo que os rodeia e incapazes dos mais simples atos de destreza física e coordenação motora. E a bicicleta podia ajudar! Podia, pode e sempre pôde! Pedalar na infância é tão bom que, para aqueles que o fizeram, quando pedalam hoje, lembram-se das primeiras grandes sensações em cima da bicicleta. O vento na cara, o grande desafio de manter o equilíbrio, o misto de medo e de alegria de deixar as rodinhas para trás e perceber que o pai já não está a segurar na traseira da bicicleta e que, finalmente, já somos capazes de seguir sozinhos o nosso próprio caminho... que grande ensinamento para o resto das nossas vidas! Ao pedalar na sua bicicleta, a criança desfruta de uma agradável sensação de autonomia, mantém o corpo em movimento e desenvolve a coordenação motora e o equilíbrio. E não são apenas benefícios físicos! “Pedalar estimula a atenção, a disciplina, a concentração e integra amigos. Podem ter mais dificuldades para pedalar as crianças obesas e aquelas que não recebem o estímulo adequado. Isso porque pedalar não é instintivo, mas um processo de aprendizagem”, referem alguns especialistas em pediatria. Então, se é assim tão bom, porque se perdeu este hábito? O que se passa com este mundo moderno, altamente desenvolvido, em que nunca existiu tanta informação e tão acessível a todos, que nos está a fazer perder boas práticas que, comprovadamente, estão a contribuir para a degradação da nossa saúde física e mental? E se à custa de todo este desenvolvimento científico estamos a viver até cada vez mais tarde, porque é que não aproveitamos todo este tempo de vida para vivê-la de forma saudável e autónoma, até ao fim dos nossos dias? A resposta pode ser simples e até podia ser esta: porque as crianças deixaram de andar de bicicleta! E porquê? Foi resultado do desenvolvimento tecnológico? Terá sido por sua iniciativa? A culpa foi dos pais? É uma consequência da forma como a

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Foto Créditos: Francisco Carreiro

unidade basilar da sociedade, a família, se alterou? Ou talvez tenha sido um pouco de tudo isso! Certo é que a sua consequência teve um impacte tão grande na saúde, na atitude sedentária da generalidade da sociedade portuguesa, com consequências graves na qualidade ambiental, que o governo anunciou recentemente a introdução, no currículo escolar, da obrigatoriedade das crianças aprenderem a andar de bicicleta no ensino básico. A medida está prevista na Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa que, até 2030, pretende ainda que haja 15 vezes mais utilizadores de bicicleta em todo o país. O objetivo, segundo explicou o Secretário de Estado responsável pela medida, José Mendes, é criar condições para uma “mudança drástica de comportamentos nas novas gerações”. “A educação para a mobilidade ativa e sustentável, e para a cidadania rodoviária será providenciada a partir do préescolar, e continuada nos níveis seguintes, incentivando o uso partilhado e responsável do espaço público”. Eis como aquilo que parecia ser apenas uma brincadeira de crianças se transformou num assunto tão sério, com implicações profundas em toda uma sociedade! E a solução é simples: andar de bicicleta, para mantermos a sociedade e o planeta em equilíbrio!


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SAÚDE ÓTICA

Tremor na pálpebra!

Um incómodo com muitas causas prováveis Quem de nós nunca experienciou uns desconfortáveis tremores na pálpebra?! Deixamos nota de algumas das causas que podem estar na origem dessa perturbação. Poucas horas de sono, stress, consumo excessivo de álcool ou café, desidratação, olhos secos, problemas de visão ou alergias, e ainda carência de vitaminas (especialmente de vitamina B), magnésio e de sais minerais ou traumas emocionais são algumas das causas para este movimento involuntário da pálpebra, cujo termo clínico é: Blefaroespasmo. O tremor normalmente não é grave e desaparece em poucos dias. No entanto deve consultar um médico especialista quando surgem outros sintomas como vermelhidão do olho ou inchaço da pálpebra; pálpebra mais descaída que o normal; as pálpebras fecham completamente durante os tremores; o tremor dura mais de uma semana; o tremor afeta outras partes do rosto.

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Artigo elaborado com suporte em: INSTITUTOPTICO www.institutoptico.pt


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EVENTOS JORGE PALMA NO COLISEU MICAELENSE Miguel Machado Jorge Palma esteve em Ponta Delgada para um concerto bastante intimista, no Coliseu Micaelense. “Só” é um espetáculo ímpar e especial de um dos artistas mais reconhecidos do nosso país. Em palco, Jorge Palma é apenas acompanhado pelos conteúdos projetados na tela, da autoria de André Tentugal.

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EVENTOS MARCHAS ANIMAM NOITE DE SÃO JOÃO EM VILA FRANCA DO CAMPO CMVFC A noite de São João, em Vila Franca do Campo, voltou a ser uma das mais animadas em toda a ilha de São Miguel. Várias marchas, verdadeiramente exuberantes, desfilaram pelas principais artérias do concelho, cativando o olhar dos muitos visitantes.

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EVENTOS EXPOSIÇÃO “A LAVOURA MICAELENSE” José Maria Sousa A AFAA em parceria com a AASM, lançou um concurso fotográfico com o objetivo fundamental de valorizar a lavoura micaelense, bem como a produção de produtos lácteos. Do concurso saíram vários vencedores e uma mostra expositiva que decorreu, em simultâneo, com a edição de 2019 do Concurso Micaelense da Raça Holstein Frísia.

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EVENTOS MARCHAS DE SÃO JOÃO NA VILA DA POVOAÇÃO CM Povoação Vários grupos de marchantes deram um colorido muito especial à noite de São João no concelho da Povoação. Vestidos a rigor, alguns grupos organizados desfilaram pelas principais ruas da Vila, que se encontravam apinhadas de espetadores.

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EVENTOS APRESENTAÇÃO DA OBRA “POUCA TERRA” Carlos Costa Carlos Carvalho fotografou as ilhas e Leonor Sampaio da Silva assina os textos da obra “Pouca Terra”. Trata-se de um livro onde duas linguagens se complementam para mostrar e falar de viagens e paragens, de memórias e afetos, celebrando a toada da vida, mesmo sendo ela feita de inquietação, de brevidade e pequenez.

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eventos 10 Fest Açores reúne 10 grandes chefs Leandro Duarte / Silvergrey, Lda. A 8ª edição do evento 10 Fest Açores contou com a presença e participação direta de 10 grandes chefs, que apresentaram 10 jantares de degustação, de 6 pratos, acompanhados por experiências vínicas únicas. Organizado pela Escola de Formação Turística e Hoteleira dos Açores, este ano os chefs convidados

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foram: Chef António Loureiro, Chef Pasteleiro Francisco Pavia, Chef Vasco Coelho dos Santos, Chef Gonçalo Costa, Chef Antony Gonçalves, Chef António Galapito, Chef Leandro Carreira, Chef Fernando Cardoso, Chef Francesco Dilli e Chef Óscar Geadas.


AGENDA

RIBEIRA GRANDE

FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO PONTA DELGADA

FESTAS DO NORDESTE NORDESTE

FESTA DA VIOLA LOMBA DA MAIA

RFM BEACH POWER PRAIA DE SANTA BÁRBARA

WHITE OCEAN PDL PONTA DELGADA

FESTA NO CONVENTO LAGOA

EXPOSIÇÃO “EXTERNATO RIBEIRAGRANDENSE: UM VALOROSO ESPAÇO EDUCATIVO”

ARQUIVO MUNICIPAL DA RIBEIRA GRANDE

14 11 a 14 11 a 18 20 a 21 26 a 27 03 17 até 31 08 a

julho julho julho julho julho agosto agosto agosto

Nota de Redação

Na última edição, por lapso, foi indicado na página 16 o título “Até que a Morte nos Separe: Uma obra ficcional com contornos bem reais”, quando na realidade o título da obra é: “Até que a Violência nos Separe”. Pela gralha as nossas sinceras desculpas.

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Agenda sujeita a eventuais alterações.

FEIRA QUINHENTISTA


ACONTECEU

COOPERAÇÃO COM INSTITUTO DA VINHA E DO VINHO O Governo dos Açores e o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) vão reforçar a cooperação e a colaboração para melhor responder aos desafios do setor e às necessidades dos viticultores e dos operadores económicos açorianos. A cooperação acontecerá ao nível da formação dos técnicos da Direção Regional do Desenvolvimento Rural e da CVR Açores sobre rotulagem para produtos certificados e não certificados nos Açores, bem como o apoio técnico na atualização dos cadernos de especificações DO e IG, uma necessidade reforçada pelo crescimento que o setor do vinho está a registar na Região e pelo consequente aumento do número de marcas no mercado. LREC COM WORKSHOP DEDICADO À SEGURANÇA DE TALUDES O Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), no âmbito do Plano de Divulgação do Conhecimento Científico e Tecnológico (PDCCT) para 2019, realizou recentemente um workshop sobre “Soluções para estabilizar taludes”.

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REDE WI-FI EM TODAS AS FREGUESIAS DA LAGOA A Câmara Municipal de Lagoa disponibiliza a partir de agora rede wi-fi gratuita em todas as freguesias do concelho, nomeadamente na Praça de Nossa Senhora do Rosário, Porto dos Carneiros, Complexo de Piscinas Municipais, Praça de Nossa Senhora da Graça, Parque Tecnológico, Praça da República – Santa Cruz, Convento dos Franciscanos, Jardim e Polivalente de Água de Pau, Zona Balnear da Caloura, Praça D. Amélia (Cabouco) e zona envolvente da Igreja da Ribeira Chã.

25 JOVENS EM ESTÁGIO AO ABRIGO DO EURODISSEIA Um grupo de 25 jovens está nos Açores ao abrigo do programa Eurodisseia. Desde 2011, mais de 400 jovens de outros países da Europa, escolheram os Açores para o seu estágio. Os jovens são oriundos das regiões espanholas de Múrcia, Comunidade Valenciana e Catalunha, bem como de Bruxelas e Valónia, na Bélgica, e de Ístria, na Croácia.

PONTA DELGADA ASSINA PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA A IGUALDADE E A NÃO DISCRIMINAÇÃO O município de Ponta Delgada e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género assinaram, o “Protocolo de Cooperação para a Igualdade e a Não Discriminação”. Visa a promoção, execução, monitorização e avaliação da implementação de medidas e ações que concorram para a territorialização da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal+Igual” (ENIND), ao nível do município. BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA RIBEIRA GRANDE COM BONS RESULTADOS NO CONCURSO NACIONAL DE MANOBRAS Duas equipas da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande conquistaram o 2.º lugar no Concurso Nacional de Manobras nas duas categorias em que participaram, nomeadamente Classe A masculinos e Classe Cadetes masculinos. Na competição, a classificação obtida pela equipa Classe A masculinos colocou os Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande em vantagem no apuramento do representante português, que será conhecido no próximo ano, para o Concurso Internacional de Manobras, a ter lugar na Suíça, em 2021.


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HORÓSCOPO ASTRÓLOGO LUÍS MONIZ

rikinho-astro@hotmail.com www.meiodoceu-com-sapo-pt.webnode.pt

CARNEIRO 21/03 A 20/04

BALANÇA 23/09 A 22/10

TOURO 21/04 A 20/05

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

GÊMEOS 21/05 A 20/06

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

CARANGUEJO 21/06 A 22/07

CAPRICÓRNIO 22/12 A 19/01

LEÃO 23/07 A 22/08

AQUÁRIO 20/01 A 18/02

VIRGEM 23/08 A 22/09

PEIXES 19/02 A 20/03

A vida afetiva reflete a sua energia positiva, que permite-lhe decidir o seu futuro em busca de novas aventuras corajosas e certamente excitantes. A nível profissional, use a sua intuição para trilhar o seu rumo e proceder a escolhas que contribuirão para melhorar a sua condição financeira.

A vida afetiva propicia-lhe a oportunidade de organizar os assuntos familiares e relacionados com o lar, de forma a encontrar muito conforto. A nível profissional, evitando preocupações, terá a lucidez de escolher a melhor solução para proceder a mudanças que estabilizarão a carreira.

SIGNO DO MÊS

A vida afetiva apresenta-se inclinada para a participação em eventos e estudos informais, que melhorarão a qualidade da sua harmonia interior. A nível profissional, estabeleça novos contatos e aproveite a sua versatilidade mental para preparar planos inovadores para o futuro.

A vida afetiva marca a necessidade de estabelecer uma relação mais profunda com a sua faceta sensível, sonhadora e principalmente espiritual. A nível profissional, aproveite o momento propício para tomar iniciativas e iniciar um projeto que possa melhorar os seus proveitos financeiros.

A vida afetiva dependerá especialmente da sua capacidade de compreender, libertar e aceitar a natureza das pessoas que ama mesmo verdadeiramente. A nível profissional, utilizando o seu poder com humildade e bondade, alcançará os seus grandes objetivos que trarão benefícios económicos.

A vida afetiva em fase de reconciliação permite-lhe demonstrar as suas qualidades e certamente saberá utilizar a sua razão com muita subtileza. A nível profissional, transmitirá facilmente as suas convicções e encontrará os apoios imprescindíveis para finalmente alcançar os seus objetivos.

50 • c ria ti va magazine - julho 2019

A vida afetiva proporciona-lhe novos contatos e amizades enriquecedoras, que trarão um novo entusiasmo, fundamental para o seu equilíbrio. A nível profissional, os relacionamentos poderão ser muito úteis nas mudanças de emprego e na implementação de uma nova atividade.

A vida afetiva beneficiará da sua maior sintonia com o seu “Eu interior” e sentirá um sentimento de paz, independentemente dos fatores externos. A nível profissional, usará todo o seu discernimento para avaliar as suas decisões e naturalmente saberá aproveitar esta fase bastante favorecida.

A vida afetiva evolui bastante positivamente e provavelmente estará mais disponível para acompanhar às necessidades das pessoas circundantes. A nível profissional, estará muito eficiente e com enorme vontade de iniciar projetos interessantes de acordo com os seus intuitos particulares.

A vida afetiva encontra-se em dificuldades, mas aproveite esta fase de maior facilidade de expressão de sentimentos para clarificar a sua posição. A nível profissional, preste muita atenção a todas as áreas relacionadas com o seu trabalho e procure desenvolver um comportamento mais produtivo.

A vida afetiva deverá ser desenvolvida com muita compreensão, de modo a poder construir uma relação amorosa na base das liberdades individuais. A nível profissional, sentirá maior vontade de criar um novo impacto na comunidade e transmitirá uma imagem mais nítida da sua personalidade.

A vida afetiva mostra a sua maior força interior e a segurança pessoal manifestada através de sentimentos, coerentes com a sua consciência. A nível profissional, a conjuntura traz-lhe a oportunidade de trabalhar com firmeza e atingirá os seus objetivos que trarão magníficas vantagens.




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